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#brasil terra indígena
unspokenmantra · 4 months
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A ameaça do Marco Temporal voltou... Assinem ae, caralho!!!
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girlunionize · 9 months
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Caramba, o Congresso brasileiro derrubou o veto do presidente ao protejo do marco temporal, isso é um absurdo enorme, sem palavras
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edsonjnovaes · 1 year
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Ponto de não retorno, Marina Silva
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, propôs nesta terça-feira (16) um acordo para evitar que seja alcançado o “ponto de não retorno” de destruição da Amazônia. POLÍTICA LIVRE – 16 de maio de 2023 O Brasil deve defender esse pacto em agosto, durante encontro dos países que integram a OTCA (Organização do Tratado de Cooperação Amazônica). Mateus Vargas – Folhapress “Se a…
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cubojorbr · 2 months
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Governo Federal completa mil operações realizadas na Terra Indígena Yanomami no período de cinco meses
Desde a instalação da Casa de Governo em Boa Vista (RR), presença do Estado foi ampliada e proteção ao povo yanomami se consolida. Operação de número mil ocorreu na região de Palamiú e resultou em prisão de suspeito
Desde a instalação da Casa de Governo em Boa Vista (RR), presença do Estado foi ampliada e proteção ao povo yanomami se consolida. Operação de número mil ocorreu na região de Palamiú e resultou em prisão de suspeito A milésima operação de segurança do Governo Federal na Terra Indígena Yanomami para a retirada do garimpo ilegal ocorreu no sábado (13). A ação foi realizada na região de Palimiú com…
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aire1111 · 3 months
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lobamariane · 3 years
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Levante pela Terra
O acampamento Levante pela Terra ocupou Brasília ao longo de todo o mês de Junho. O chamado urgente é pela necessidade de combate às políticas de morte do governo genocida que através da modificação ou alteração de vários projetos de lei visa a destruição dos povos originários do Brasil entregando seus territórios às grandes empresas de mineração. Um projeto de morte.
O canal de comunicação Mídia Ninja fez a cobertura do acampamento, apresentando as principais pautas do movimento:
“Em um mundo doente e enfrentando um projeto de morte, nossa luta ainda é pela vida, contra todos os vírus, e invasores, e empresas, e políticos, e projetos que nos matam!”
Manifesto APIB pelo direito à vida e aos territórios dos Povos Indígenas
No dia 17 de junho, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) publicou seu Manifesto pelo Direito à Vida e ao Território dos Povos Indígenas, documento que discorre as atividades da APIB juntamente com outras organizações nos últimos anos, os efeitos da pandemia e das ações do governo atual além de reunir todas as denúncias e reinvindicações dos povos indígenas. O Manifesto pode ser lido na íntegra aqui. 
Uma das pautas mais urgentes de Junho era a votação pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados (CCJ) do PL 490/2007, projeto de lei de Homero Pereira (PR-MT) que transfere da Funai para o Poder Legislativo a competência para demarcar terras indígenas, e também das alterações propostas pelo texto substitutivo do Deputado Arthur Maia (DEM-BA) que consolida o marco temporal (marco que garante como terras indígenas apenas aquelas demarcadas da Constituição de 1988) além da proibição de ampliação de terras já demarcadas e a permissão de exploração de terras indígenas por garimpeiros. A reação extremamente violenta da polícia aos protestantes do acampamento no dia 22 de junho fez a votação ser transferida para o dia seguinte, em que mulheres indígenas manifestantes retornaram à Câmara para entregar flores aos mesmos policiais. Ainda assim, no dia 23 o PL 490/2007 foi aprovado na íntegra pela CCJC e segue agora para o Plenário.
O Levante retorna em Agosto
No dia 30 de Junho o Supremo Tribunal Federal adiou para Agosto outra pauta da luta indígena, o julgamento do ação de reintegração de posse movida pelo governo de Santa Catarina contra o povo Xokleng, referente ao território indígena Ibirama-Laklãnõ, terra onde também vivem povos Guarani e Kaingang. Marcada como Repercussão Geral, o que for decidido nesse caso valerá como diretriz para a gestão federal e Justiça, e também servirá como referência em todos os projetos relacionados com a demarcação de terras indígenas.
Agosto é considerado o mês do reconhecimento internacional dos povos indígenas e a APIB já anunciou que o Levante pela Terra retornará a Brasília. Daqui até lá a luta continua. Um apelo da APIB junto com a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) foi enviado para a Organização das Nações Unidas (ONU) denunciando os projetos de lei que estão em tramitação no Congresso Nacional Brasileiro ameaçando a demarcação e proteção das terras indígenas. Você pode ler o documento completo enviado à ONU aqui.
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antonioarchangelo · 11 months
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América: Território indígena
Este conteúdo educativo explora a complexa situação das terras indígenas no Brasil, destacando sua importância para a sobrevivência física e cultural dos povos indígenas.
Os povos indígenas das Américas têm uma rica história que remonta a milhares de anos. Atualmente, eles enfrentam uma série de desafios relacionados à terra, cultura, direitos e desenvolvimento. Esta visão geral examinará a situação dos povos indígenas em várias regiões das Américas, com foco especial no Brasil e suas populações originárias. I. Américas: Uma Diversidade de Povos…
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mensagemcompoesia · 2 years
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Fantástico mostra a tragédia humanitária na Terra Indígena Yanomami
Os repórteres Sônia Bridi e Paulo Zero acompanharam uma operação para levar socorro até a região. Você vai ver como a maior terra indígena do Brasil chegou a essa situação de emergência.
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brasilbrasilbrasil · 2 years
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Brasil terra indígena
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projeto-potiguara · 21 days
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Quem é a Eliane Potiguara ?
Eliane Lima dos Santos  nascida no Rio de Janeiro no dia 29 de setembro de 1950 mais conhecida por Eliane Potiguara é uma professora, escritora, ativista e empreendedora indígena brasileira. Fundadora da Rede Grumin de Mulheres Indígenas. Foi uma das 52 brasileiras indicadas para o projeto internacional "Mil Mulheres para o Prêmio Nobel da Paz".
Eliane é uma mulher indígena da etnia Potiguara, originária do estado da Paraíba, no nordeste do Brasil. Nasceu no Rio de Janeiro, pois seus antepassados tiveram que migrar das terras tradicionais da etnia Potiguara para o Rio de Janeiro, por conta das invasões de terra. Iniciou a exercitar a escrita ainda na infância, redigindo cartas a pedido de sua avó Maria de Lourdes, para que a família mantivessem os vínculos com os parentes paraibanos e não se afastasse das tradições de seu povo. A avó, referência de luta e ancestralidade, é figura central na produção literária da escritora e na aguerrida atuação que ela encampa pelos direitos, sobretudo, das mulheres indígenas.
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fontes : wikipédia e editora do brasil
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multlingvulo · 24 days
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Guarani & Tupi
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TUPI Iaimoeté guaraninhe'enga tupinhe'enga kó iasy. Guaraninhe'enga i pyatãeté. I nhe'engara nda abaeté nhõ ruã; i tyb karaibetá onhe'éngyba'e supi bé. Tabyguaretá nomongetapotári pitanga guaraninhe'enga rupi, kasiananhe'enga pysyrõmo. Oikobete guaraninhe'enga. Emonãnamo, tiaimoeté! Xe apysyketé tupinhe'enga resé nhembo'iabo abé. Asé oikotebẽ tupi ri kó tetama rekoaguera kuapa. Tupinhe'enga resé nhembo'éreme, asé kó tetamyguareté rasy kuábi. Porapitiguasu nde'i opapa ranhẽ. Itaiuberabekasara oiuká anametá 'y motuiuka; latifundiário oporapiti, i mondá yby ri; tabusuetá oroimonhang se'õmbuera resé. Iandé resarai umẽ iandé retamyguareté suí!
GUARANI Ko jasy jagueromandu'a guaraniñe'ẽ ha tupiñe'ẽ. Guarani imbareteite. Oñe'ẽva guaraníme ndaha'éi ypykuérante; oĩ avei heta pytagua oiporúva. Heta tavaygua nomongetasevéima mitãnguérape guaraníme, ha oiporavo karaiñe'ẽnte. Hakatu guaraniñe'ẽ oikove. Upéicharõ, tañamomba'eguasu! Chegustaite avei añemoarandu tupiñe'ẽ. Ñaikotevẽ tupi jaikuaa hag̃ua ko tetama rembiasakue. Ñañemoarandu aja tupi, jaikuaa avei ñane retã ypykuéra rekoasy. Porojukapa ndopái gueteri. Garimpeiro-kuéra ojuka hetaite tapichápe ysyry omongy'ávo; latifundiário-kuéra oporojuka, omonda ijyvy; orojapora'e heta táva te'õngue ári. Ani ñanderesarái ñane retã ypykuérare!
PORTUGUÊS Este mês, celebramos as línguas guarani e tupi. A língua guarani é muito forte. Seus falantes não são apenas indígenas, mas também muitas pessoas brancas a usam. Tem pessoas da cidade que não querem mais falar em guarani com as crianças, escolhendo o castelhano. Mas o guarani vive. Então, vamos celebrá-lo! Gosto muito também de estudar tupi. Precisamos do tupi pra entender a história deste país. Estudando tupi, conhecemos o sofrimento dos povos indígenas daqui. O genocídio ainda não acabou. Os garimpeiros matam muitas famílias poluindo rios; os latifundiários exterminam povos e roubam suas terras; várias cidades foram construídas sobre indígenas mortos. Não nos esqueçamos dos povos originários deste país!
CASTELLANO Este mes celebramos las lenguas guaraní y tupí. La lengua guaraní es muy fuerte. No sólo indígenas la hablan, sino también mucha gente blanca. Hay mucha gente en las ciudades que no quiere hablar más en guaraní a los niños, y están elegiendo al castellano. Pero el guaraní vive. ¡Entonces vamos a celebrarlo! También me gusta mucho aprender el tupí. Necesitamos el tupí para conocer la historia de este país (Brasil). Estudiando el tupí, comprendemos el sufrimientos de los pueblos originarios. El genocidio no acabó todavía. Los garimpeiros matan a mucha gente contaminando los ríos; los latifundiários exterminan pueblos y roban sus tierras; contruimos muchas ciudades sobre indígenas muertos. ¡No olvidemos los pueblos originarios de este país!
ENGLISH This month, we celebrate the Guarani and Tupi languages. The Guarani language is very resilient. Its speakers aren't only indigenous people, but also many whites speak in it. There are many people in the city who don't want to speak in Guarani with children anymore, choosing Spanish instead. But Guarani still lives. So let's celebrate it! I also love studying Tupi. We need Tupi in order to know this country's (Brazil) history. Learning Tupi, we understand the suffering of the indigenous peoples. The genocide is not over yet. Garimpeiros (illegal miners) kill many villages by polluting the rivers; latifundiários (large land-owners) exterminate peoples and steal their land; we've build many cities over dead indigenous warriors. We mustn't forget the first nations of this country!
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Errei sobre uma das vidas do Chico.
Nessa postagem abaixo, fiz uma relação errada sobre as reencarnações desse mestre Emmanuel. Uma de suas vidas, Padre Manuel da Nóbrega, escrevi sendo uma das vidas do Chico Xavier. Fiz questão de revisar o texto. A confusão foi porque ele foi o mentor do nosso mestre mineiro.
Chico e Emmanuel se revezam em suas posições. Quando um reencarna, o outro é o seu mentor, pelo trabalho conhecido do Chico,com certeza, merecem a nossa atenção.
José de Anchieta e Nóbrega, fundaram a Vila que se transformou nessa gigante São Paulo. Por que esse fato é importante? Porque José de Anchieta foi a reencarnação de um grande espírito na Terra. Suas ações sempre foram profetizadas e não seria diferente agora. Seu compromisso sempre foi com a Verdade e teve que reencarnar várias vezes ao longo dos tempos, direcionando a nossa humanidade. Na Bíblia ele foi conhecido como Elias, prometido para os tempos de Jesus, sendo ele João Batista, e para os tempos atuais, quando ele é mencionado no Apocalipse. Na última oportunidade ele reencarnou como Osvaldo Polidoro e mais uma vez, cumpriu o prometido e entregou o "Evangelho Eterno"
No Evangelho Eterno, o mestre Polidoro trata o Brasil como a Atlântida Redesconerta e o centro desse grande império era a região da cidade de São Paulo, fato ocorrido Eras antes. Focado nesse assunto, fui presentiado com lembranças daquele tempo. Os altos planos tinham os olhos direcionados aqui porque a humanidade teve parte do seu progresso também aqui. O acaso não existe, fazemos o necessário para fazer da ATLÂNTIDA REDESCOBERTA onde está entregue agora a Doutrina de Deus.
No meio da maldade e das distorções humanas no velho mundo, os riscos seriam maiores. A Providência Divina trabalhou assim para que o trabalho de restauração fosse completado, antes das catástrofes punitivas. O próprio Kardec revelou que retornaria.
José de Anchieta e Manuel da Nóbrega, Jesuítas, vieram com a missão de catequizar os povos indígenas. Mas o meu raciocínio não deixa eu pensar diferente. No astral, o que aconteceu naquela época foi um trabalho de integração desses grupos. Os Americanos Guaranis, os Europeus e os Africanos, todos tinham em comum a crença de um Deus Supremo. Também os índios e os Africanos praticavam esse intercâmbio entre os planos e cada grupo tinham as suas raízes definidas. Não era apenas parte da história o descobrimento do Brasil e a escolha de SP para estarem juntos, Emmanuel e João Batista.
Chico Xavier, um dos maiores médiuns do século XX, tinha Emmanuel como seu mentor. Ao mesmo tempo, Osvaldo Polidoro, escoltado também por grandes espíritos encarnados e desencarnados, trabalhou para para deixar os informes necessários para essa Etapa.
Duas frases:
O Brasil é considerado a Pátria do Evangelho - Chico;
O Brasil é a Atlântida Redescoberta -Polidoro.
Jesus virá depois, quando passar todos os abalos punitivos. A base construída por Osvaldo Polidoro está naqueles que seguem os ensinamentos de Deus e os Dez Mandamentos, encontrados dentro dos grupos divinistas, divinismo. É a doutrina do Divino Monismo.
José de Anchieta e Manuel da Nobrega sem dúvida são bons espíritos. Há forças que não possuímos condições de explicar. Somos relativos ao peso dessa esfera onde encarnamos, também lotada de desencarnados cheios de dúvidas. A multidão concentrada em São Paulo, o número grande de centros espíritas e de pessoas praticantes do intercâmbio entre os planos, é um indicativo enorme da importância dessa região.
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edsonjnovaes · 3 days
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Lançamento exclusivo: Resistência Mbya 1.2
Não digo isso com a intenção de julgar outros povos, mas sei que meu povo é um exemplo a ser seguido, e uma inspiração de resistência e minha intenção é exaltar meu povo. Por isso não temos medo. Os que se rendem, no universo, são minoria, sempre foram , pq nosso Nhanderu hete é o mais poderoso. Resistência Mbya – 2024 set 16 Jdewete! Artista, guardião da Mata Atlântica, ARTivista independente…
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cubojorbr · 2 months
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Garimpo devastou 584 campos de futebol em apenas três Terras Indígenas da Amazônia no primeiro semestre de 2024
Território Kayapó registrou a maior parte das aberturas de novas áreas entre janeiro e junho.
Território Kayapó registrou a maior parte das aberturas de novas áreas entre janeiro e junho. Levantamento exclusivo do Greenpeace Brasil via satélite mostra que o garimpo continua abrindo novas áreas de exploração dentro de Terras Indígenas da Amazônia: entre janeiro e junho de 2024,  417 hectares de novas áreas de desmatamento associado ao garimpo foram abertas nas Terras Indígenas Kayapó,…
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mariana-mar · 5 months
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"Que neste dia de resistência dos povos indígenas, possamos celebrar e honrar a sabedoria ancestral dos nossos povos. Que possamos aprender, respeitar e valorizar as tradições, a conexão com a natureza e a luta contínua por justiça e reconhecimento. 🌿✨ Como escreve Célia Xakriabá (@celia.xakriaba), “é dia das mulheres biomas, do povo dono dessa terra, dia de contar a história que tentam apagar e ecoar nosso canto ancestral. Dia de compromisso com a vida, dia de compromisso com a luta, dia de compromisso com o futuro do planeta”
O Brasil começa pelos povos indígenas ✊🏾🏹"
📝: @casaninjaamazonia
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lobamariane · 6 months
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do caminho até aqui
A viagem ao sertão da raiz de minha família, o reencontro com meus avós e a visita ao território Payayá em dezembro do ano passado foi culminância de um primeiro momento da pesquisa na qual veio me envolvendo ao longo dos últimos tempos e que hoje entendo ser um estudo de ancestralidade como memória e raiz de uma existência poética em diálogo com os tempos do agora.
Nasci e cresci em contexto urbano, no centro antigo de Salvador, no entanto meus pais são do interior. Minha mãe é de Ibiaporã, distrito de Mundo Novo e meu pai, do Rio Sêco, povoado de Itatim. São apenas 3 horas de viagem entre um lugar e outro, no entanto só estou aqui hoje porque ambos, cada um por suas razões, resolveram migrar para construir a vida na “cidade da Bahia”. 
Sou de 95, portanto faço parte daquela geração atingida pela ascensão da esquerda no Brasil, muito marcada pela enorme abertura de possibilidades, a exemplo da entrada nas universidades, acesso à internet e aos cartões de crédito. Não foi difícil ser levada pela cultura pop, ser escravizada pelo padrão das garotas brancas e viciar no açúcar capitalista não só porque tive a possibilidade de enfiar revistas, fanfics e literatura europeia goela abaixo por anos, mas também porque, no fim das contas eu não sabia responder o que levou meu pai e minha mãe a deixarem seus territórios para viver na capital.
Demorou muito, mas muito mesmo para que eu visse os traços e raízes indígenas nesses lugares desde o nome. Sei que não sou a única e que isso não é uma coincidência. Crescendo em Salvador eu estava muito mais próxima das filhas e filhos da diáspora africana e morei toda vida na beira do Dique do Tororó que embora também tenha rastro indígena no nome é muito conhecido como lar dos orixás e terra sagrada para as diversas casas de candomblé nos arredores daquele corpo d'água. E quando me aproximei da literatura fiz visitas constantes a Castro Alves e tanto aprendi fazendo e desfazendo o caminho do Pelourinho até a Barra. No entanto, não havia nenhum espelho visível em beco algum da Avenida Sete, nada que eu lia ou ouvia parecia comigo, não reconhecia semelhantes na escola. Apenas na cara do meu pai e da minha mãe havia identificação e mesmo eles pareciam estranhos dentro da "cidade mais negra fora da África", e eu sempre pensei assim, somos pessoas estranhas. Isso porque havia um dado na mistura deles que nunca foi realmente identificado, compreendido, sequer visto. Por muitas vezes fui chamada de japinha por conta dos olhos pequenos e do cabelo muito preto. Eu mesma dizia que tinha a pele amarela, sabia que não era nem branca, nem preta. Ser filha dessa terra por herança era um pensamento inexistente porque eu "sabia" que todos foram mortos ou resistiam em povos isolados. Fora da aldeia, indígenas eram aparições alienígenas.
O primeiro abalo nessa construção de pensamento aconteceu em 2015, eu contava 20 anos e fazia parte do Núcleo Viansatã de Teatro Ritual, grupo que naquele ano viajava em turnê por diversas cidades da Bahia com espetáculo que se propunha a reler o clássico de Shakespeare Romeu e Julieta. Na época estávamos estudando sobre o Sagrado então durante as viagens além de apresentar o espetáculo, saíamos em busca de diferentes manifestações e egrégoras em cada lugar que passávamos. Visitamos prédios históricos, igrejas, terreiros, conversamos com suas lideranças. E no Extremo Sul da Bahia visitamos Cumuruxatiba, no Prado. Nesse dia meu rosto foi pintado com urucum por uma criança do povoado Pataxó da Aldeia Gurita. Eu tirei uma foto e publiquei no instagram. Na legenda eu dizia "virei índia". Nesse mesmo dia olhei para o cacique e pensei "nossa, ele é a cara do meu avô".
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A vida continuou, a foto se perdeu no tempo assim como esse lampejo de memória. No entanto, o incômodo de ser uma estranha nunca cessou. E se na infância não havia história alguma sobre as origens da minha família, tratei logo de preencher os vazios com os produtos ofertados pela colonização que nunca terminou.
E poderia ser assim pra sempre não fosse aquela pesquisa sobre sagrado que foi expandindo, expandindo até Amanda encontrar-se na encruza de povos e a partir disso, artista que é, dar conta de criar a própria realidade, a Bruxaria Mariposa. Vivi a sorte de caminhar ao seu lado ao longo de todo esse itinerário, continuo até hoje e é desse tempo vivido que veio o chamado de ir atrás do que fazia sentido pra mim. Minha ficha foi caindo aos poucos, até perceber que não me reconhecia como coisa alguma, até olhar no espelho e me ver coberta das marcas do apagamento da memória e ver também o desejo de estudar, investigar, limpar e cuidar das raízes que hoje me põem de pé.
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