#apoio aos indígenas
Explore tagged Tumblr posts
Text
A ameaça do Marco Temporal voltou... Assinem ae, caralho!!!
#Marco Temporal#apoio aos indígenas#guardiões da Terra#Greenpeace#Greenpeace Brasil#política#conscientização#abaixo-assinado#em prol dos indígenas
2 notes
·
View notes
Text
Todo ano nessa data tem milico de cu na mão defendendo que em 1964 ocorreu uma revolução que salvou o Brasil, que se vivia uma utopia, e vários civis que nunca encostaram num livro de história repetem saudades de um tempo em que eles mesmos seriam alvo. Não foi revolução. Foi golpe militar. Golpíssimo. Violento, milhares de torturados, mortos e desaparecidos. Quantas famílias até hoje não conseguem viver o luto por essas pessoas? Bebês de menos de um ano acusados de subversão e torturados. Quase 9 mil indígenas mortos e tantos outros escravizados. Milhares de registros escritos das atrocidades queimados para "esquecer o passado, pensar no futuro, superar". Crueldade absurda dos milicos silenciar o período terrível que foi a ditadura militar. O resultado disso é um povo que defende tortura e a cara nem queima. É um projeto bem sucedido não só de apagamento histórico, mas de defesa do indefensável. E pra ter apoio da direita (que permanece forte pós bolsonarismo, inclusive pnc dessa família) e desses parasitas milicos que são a classe mais privilegiada e que usurpam espaços na política (até mesmo assassinando quem consideram uma ameaça, como Marielle Franco) junto com grupos evangélicos, o presidente evita tocar em assuntos como ser contra a anistia e revelar documentos que comprovam crimes dos milicos. Lula, pelamor, a gente não votou em ti pra arregar pra conservador. Vermes. Vergonhoso. Nojo e ódio à ditadura militar e aos que a defendem.
4 notes
·
View notes
Text
Centrão coloca governo em posição difícil na questão ambiental
Fatura de apoio no Congresso não se mede apenas por cargos e emendas
Não deu nem tempo de comemorar. Menos de 24 horas depois da aprovação do texto-base do arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados, o Centrão coloca o governo numa situação difícil ao esvaziar os ministérios do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas, aprovar a urgência para votação do projeto que transfere ao Congresso o poder para definir o marco legal para a demarcação de terras indígenas e ampliar as possibilidades de desmatamento na Mata Atlântica.
Foi uma sequência de derrotas impostas ao governo ao longo do dia.
Durante a tarde, na Comissão Mista que avalia a Medida Provisória nº 1.154/2023 aprovou o substitutivo que dispõe sobre a nova organização administrativa do governo com mudanças menores do que se anunciava no início da semana, mas bastante sensíveis. Com a transferência de competências relacionadas à demarcação dos territórios indígenas e de saneamento básico para outras áreas do governo, o Congresso enfraqueceu as pastas do Meio Ambiente e do recém-criado Ministério dos Povos Indígenas.
Um comentário espirituoso no Twitter captou essa jogada com uma imagem muito apropriada: o Palácio do Planalto “deu os anéis para perder os dedos”. Em outras palavras, para não ver sua estrutura ministerial totalmente desconfigurada no Parlamento, o governo Lula aceitou a ingerência nas questões que lidam diretamente com a sustentabilidade ambiental e a preservação da Amazônia e dos seus habitantes originários.
A jogada do Centrão impõe um ônus político imenso para Lula. De um lado, deixa numa posição delicada a ministra Marina Silva, figura de peso que deu lastro para a formação da “frente ampla” que rendeu votos decisivos para a vitória eleitoral do petista. Além disso, põe em dúvidas o real comprometimento de Lula com a proteção dos povos originários perante o eleitorado de esquerda.
Extrapolando as fronteiras nacionais, medidas que enfraquecem a governança na área ambiental afetam a credibilidade de Lula no exterior, pois emite sinais dúbios sobre seu poder de liderança em ações concretas contra os efeitos das mudanças climáticas.
Como se não bastasse, no início da noite Lira colocou em pauta pedido do bolsonarista Zé Trovão (PL/SC) requerendo urgência na votação do PL nº 490/2007, que regula o marco legal.
E a derrota do governo foi acachapante: 324 a 131. A pressão foi tão grande que o governo se acovardou e liberou sua bancada para votar como cada parlamentar preferisse.Não deu outra: os aliados MDB, PSD e União Brasil deram 113 votos, de um total de 123 presentes, a favor do encurtamento dos prazos para a deliberação da proposta que pretender atribuir à bancada do desmatamento a responsabilidade para definir os territórios indígenas.
Embora o recorte partidário da votação de ontem seja relevante, pois explicita as dificuldades que o governo tem em pautas que extrapolam as questões econômicas mais consensuais, é importante destacar a questão das bancadas estaduais.
Quando se observa como se posicionaram os deputados provenientes dos Estados da Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins), houve 61 votos a favor da urgência do PL nº 490/2007, e apenas 15 contrários.
Esses números expõem a imensa dificuldade que o governo terá para dialogar com a bancada do agronegócio mais retrógrado para evitar o avanço de uma agenda retrógrada na área ambiental.
Por fim, a Câmara alterou dispositivos da Medida Provisória nº 1.150/2022, editada nos estertores do governo Bolsonaro, com regras que liberalizam ainda mais as possibilidades de desmatamento na Mata Atlântica e dificultam as autuações dos órgãos ambientais. Desta vez nem a esquerda votou unida. O trator a favor da devastação arrastou até parlamentares petistas (13 votaram a favor) e a medida foi aprovada por 364 votos a favor e apenas 66 contrários.
Nas decisões de ontem no Congresso, o Centrão demonstrou que cobrará pelo apoio a pautas do governo não apenas por meio de emendas ou cargos. Temas como a sustentabilidade ambiental estão na mira da bancada conservadora e retrógrada, que é majoritária no Legislativo.
Com uma base frágil e distante das negociações no Congresso, Lula precisa reagir à deterioração do seu capital político. As forças do retrocesso não foram derrotadas junto com Bolsonaro e permanecem muito ativas no Congresso Nacional.
12ft | Centrão coloca governo em posição difícil na questão ambiental | Bruno Carazza | Valor Econômico
3 notes
·
View notes
Photo
No dia 1 de Janeiro de 1994, os Zapatistas se mostraram para o mundo como uma defesa do povo indígena na região sul do México, contra os ataques neoliberais da economia americana por meio do Nafta (Tratado de livre comércio Norte Americano). Neste contexto, os indígenas mexicanos, descendentes dos povos Maias da região de Chiapas, o Estado mais pobre do México, se viam totalmente desfavorecidos e com a necessidade urgente de autogerir suas terras e seus ganhos. Com isso, desprezaram os apoios externos e até mesmo de governantes que propunham reformas pontuais em seus territórios, bem como de organizações não indígenas, num processo extraordinariamente autônomo e jamais visto pela humanidade naquela conjuntura, tendo em vista o poder e o peso que o Estado Americano teria sobre o México a partir daquele acordo. Em Chiapas o Socialismo Libertário é sem dúvida a bandeira principal do EZLN (Exército Zapatista de Libertação Nacional). Sob a liderança do subcomandante Marcos, os Zapatistas conquistaram muitas vitórias perante o governo mexicano, barrando inúmeros intentos sinistros do Nafta sobre o povo indígena mexicano. Hoje, a luta zapatista está voltada para os direitos cívicos dos povos originários mexicanos, mas sem nunca perder seu teor revolucionário. Todos nós, antifascistas, precisamos conhecer essa experiência fundamentada na identidade e ao mesmo tempo na luta de classes, já que hoje nos falta muito enquanto esquerda esse entendimento. Os Zapatistas, sem dúvidas, foram a maior experiência libertária e de autogestão da América Latina, pela quantidade de pessoas vivendo sob uma coletividade libertária! Vale embrar que as máscaras dos zapatistas significam que todos são soldados e não têm nome, por que são um só, razão pela qual se confunde a EZLN com FZLN, no qual estão todos os zapatistas, porque ao final todos são combatentes nesse exército gigante de Libertação! Avante sub-comandante!!! Repostado de @plataforma_antifascista #antifascistasempre #ezln #zapatistas #fzln #subcomandante #indigena #mexico #chiapas #plataformaantifascista . #ateliecanudos https://www.instagram.com/p/Cm5C8LmP0UP/?igshid=NGJjMDIxMWI=
#antifascistasempre#ezln#zapatistas#fzln#subcomandante#indigena#mexico#chiapas#plataformaantifascista#ateliecanudos
7 notes
·
View notes
Note
E quando vc joga hp, mas fazendo personagens e plots que vão contra tudo que a transfóbicas fala? A criação de ocs asiáticos (ou até mesmo ic com ascendência), fazendo personagens trans/Nb, e reescrevendo todo o universo de forma que ele funcione sem toda a carga que ela coloca? Não é uma forma de combater todo esse preconceito? Literalmente você pega e faz todo o contrário do que ela prega usando a própria obra dela para algo que ela jamais vai conseguir fazer/entender, honestamente, não consigo ver como um jogo assim pode ser prejudicial, pode me ajudar?
admiro muito quem quer mudar esse universo, e entendo elus. é um universo que eu sempre gostei muito por causa da questão da magia, até tenho um rpg sobre mahoutokoro que eu e uma amiga criamos do zero, com todos os elementos que a bozo odeia: inclusão, asiáticos de todo o continente e gays. apoio se a intenção for usar as escolas que ela só deu nome e soltou ao vento, como mahoutokoro, castelobruxo e uagadou. tinha um amigo que estava montando a própria castelobruxo com foco nos indígenas e no folclore e mitologias da américa latina, e um que queria montar uagadou no estilo wakanda, isso em 2016, porque a gente já entendia os problemas da autora. só não concordo em usar hogwarts ou os personagens originais, porque ainda são reflexos da autora pois foi ela que os criou. sempre vão estar ligados, entende? mas as outras escolas nos dá maior liberdade de explorar e afastar da madame adolfa.
2 notes
·
View notes
Text
Bugrerismo: Genocídio indígena i motivação da atividade bugrêra
No Brasí do século XIX (dezanove), im Santa Catarina, cumeçô o processo de colonização oropéia, adonde muntos oropeu migrô p'ras zona rurá dêsse istado, campeano miores condição de vida i trabaio. A população indígena, tamem denuminada "bugre", era maior, teno etnias ispaiada pur toda a região, no intanto essa realidade cabô se tornano um pobrema p'ros colono, apois os índio era pessoa agressiva, invadia propriedade privada i agredia as pessoa inté a morte, tamem era mui freqüênte o rôbo de utensios doméstico, cumida i rôpa, êsse cumportamento era o que tornava os colono arreminado, que arrespondia os índio cum caça i morte.
Im 1836, a atividade dos colono se tornô oficiá, condo muntos home branco, cabôcro i arguns bugre aliado passaria a sê cunhecido como "bugrêro", termo originado de "bugre", o mêmo que "índio" i "indígena",² que nargu'as região do Brasí pode sê visto como um pejorativo.³ Nargu'as image associada aos bugrêro, pussive notá a presença de homes cum característica africana, isto indica que os negro tamem era aceito na caçada aos bugre.
Os bugrêro era u'a récula de homes rurá que conduzia trópas de 8 a 15 pessoa, no fim do dia, cum seus apêro, esses home atorava im direção às froresta, as dada contra os bugre era feita de forma silenciosa de noite, matano homes adurto i poupano argu’as muié. As criança, im ispeciá as minina, tamem era poupada, seno separada de sua famia i levadas a ôtra localidades, como Florianópolis i Blumenau, adonde lá seria bautizadas im eigrejas cristã i agregadas pur novas famia.³ Travéis dos bugrêro, ao invêis de, como nos tempo de dante, oferecê "ispeinho" aos índio, o único jêito de passificá era matano êles cum facão ô arma de fogo, ô condo num cuntecia derramamento de sangue, os índio era ispurso.
Na época, foi criado um arraiá cunhecido como “São Paulo de Blumenau”, que era basicamente u’a ispécie de colônia alemôa im Santa Catarina, c'o objitivo de se torná u’a colônia agrícola. O arraiá de São Paulo de Blumenau foi istabelicido im 2 de setembro de 1850 pelo químico alamão Hermann Bruno Otto Blumenau, inaugurano cum 17 colonos. Nos primêro anos, os habitante da colônia cumeçô a sofrê ataques dos índio que habitava a região, o primêro dêsses ataque ocorreu im 28 de dezembro de 1852,⁴ causano pânico naquêle arraiá-miúda, forçano o dotôr Hermann Blumenau a se comunicá c'o guverno da provinça, solicitano a presença permanente dos bugrêro na região, não obteno sucesso. C’a farta de apoio do guverno de Santa Catarina, o dotôr alamão pionêro penso mió i organizô sua própia trópa de bugrêro, composta pur habitantes de sua colônia, i ansim os alamão cumeçô a caçá os índio.
A inzistênça dum grupo de isterminador de índio nu’a colônia alamã catarinense se ispaiô rapidamente p'ra ôtras região da provinça, atraíno a atenção de Martinho Marcelino de Jesus, vurgo “Martin Bugreiro”, um dos mai cuincido bugrêro, nascido im 1876 nu’a região que atuarmente corresponde ao município de Bom Retiro, im Santa Catarina. Martin, de acordo cum argu’as fonte, era bastante popular entre as pessoa de Blumenau,⁵ i, portanto, foi convidado a trabaiá na localidade, aceitano no mêmo instante a certa casião. Seu objitivo era só matá ô ispursá os índio de sexo masculino; êle evitava matá muié i minina i, narguns causo, tamem piá, pur teoricamente num presentá risco. Os índio preso pur Martin foi entregue p'ras autoridade provinciá, adonde taria siguro i eventuarmente poderia se torná parte du’a nova famia.⁶ A ispursão de homes nativo pur Martin Bugreiro num resorveu inzatamente todos os pobrema, apois im 25 de novembro de 1902, foi relatado que os índio ispurso, armados cum pau, ispancô u’a muié alemôa de 36 anos, Giuseppina Schiochet, i inda pur riba, matô istrangulada u’a minina de 11 anos de nome Emilia, cuja era fiia dessa moça.
O maior mundéu de Martin Bugreiro cunteceu im dezembro de 1906, adonde déiz índio foi preso, incruíno duas muié, cinco minina i trêis piá.⁷ Imbora êle aparentemente se amostrasse um bão moço c’as criança, Martin nem sempre era ansim. Na região de Brusque, êle cunsiguiu localizá os índio, cercano êles de noite i pela menhã, todos foi morto, incruino as criança pequena. No causo das criança, Martin tinha o curtume de pinchá os piá p'ra riba, p'ra condo caísse, tivesse o crânio perfurado pur u'a ispada, resurtano nu'a morte definitiva.⁸ ⁹ De 1923 a 1928, a sirviço do inspetor Carlos Miguel Koerich, êle trabaiô na região do município de São Bonifácio, adonde hôve o causo do massacre dos índio xokléng.¹⁰ Martin cuntinuô atuâno como caçador de índio provavemente inté o finá de sua vida.
Ôtras região
A atividade dos bugrêro num se limitô a Santa Catarina. Inda no século XIX, êsse tipo de atividade teria se ispaiado p'ra ôtros lugá do Brasí, como Paraná, São Paulo i Rio Grande do Sur. Im São Paulo, a guerra entre brancos i índio sempre inzistiu i se istendeu a ôtros lugá da Paulistânia — região de curtura do povo caipira — teno cumeçado ispedição realizadas entre os século XVI (dezasseis) i XIX pelos banderante, mai o foco das "bandêra" num era iscrusivamente o istermínio de índios, levano im cunsideração que havia inté aliança entre os índio i os banderante, alêm da cuéra presença curturá dos índio na suciedade paulista i na vida dos banderante, como o causo da língua paulista (nehengatú paulista), que se originô do tupi, i tamem o causo do banderante Manuel de Borba Gato, que adespois de matá um inviado do Reino de Purtugá,¹¹ se atorô nos mato da Capitania de São Vicente (parte atuá de Minas Gerais) i foi aculido pelos índio, o que dificirmente cunteceria c'um bugrêro.
P'ros oropeu (maioria intaliano i alamão), paulista i brasíano (maioria de Minas Gerais) que colonizô o interior de São Paulo, os índio era visto como u'a "barrêra" ao porguesso capitalista na região, tornano necessária a solicitação de trópas bugrêra, c'a intenção de isterminá os índio ô de ispursá êles p'ra ôtras região do istado.¹²
No cumeço do século XX, o povo kaingang percurô se aliá cum esses colonizador, c’a intenção de derrotá grupos étnico cunsiderados “deferente”, mai sem sucesso. Imbora num tenha cunsiguido suporte dos colonizador, a atitude foi útil p'ras agência de proteção aos índio, que acoieu êles.¹³ Os índio kaingang sempre compusero grandes população im São Paulo, cum muié i homes trabaiano — os home kaingang trabaiava c’a pésca, caça, coiêta de fruita i im ôtras atividade p'ra mantê a ardêia (arraiá de índio) sempre ativa¹⁴ — i imbora já tivesse um sirviço p'ra briquitá c’os índio de forma amigave, isto mudô precisamente c'o processo de povoação, que se tornô cada vêiz mai necessário p'ro disinvorvimento inconômico de São Paulo. Os kaingang era um povo festêro, realizava festas tradicioná, u’a cuja bastante popular, era cuincida como “Veingreinyã”, adonde tinha casamento, namoro, filiação de fiios — tradicionarmente feita pelo pae, arrespeitano a patrilinearidade — i foi tamem adonde os índio teve tempo livre p'ra se divertí i se imbriagá i, nêsse cuntesto, c’os índio vunerave, os bugrêro se porveitava i matava a todos. Como cunseqüência das dada bugrêra feita durante o Veingreinyã, essa tradição cabô intrano im istinção im São Paulo.¹⁵
Características i índios bugrêro
Os bugrêro era composto pur homes branco, arguns homes negro, cabôcro i, ironicamente tamem haveno o registro de índios bugrêro, como é o causo do cacique kaingang Vitorino Condá, que trabaiô p'ros colono im nome do istermínio de seu próprio povo, como recompensa pelo trabaio, recebia dinhêro i distinção militar, ficano êle responsáve pelos índio que era apreindido. No finá de sua vida, o cacique bugrêro deixô as atividade focada na caça indígena i se tirô entre os kaingang. Arguns índio bugrêro, ao preferí deixá o bugrerismo p'ra trás i retorná às raiz, cabô seno mortos como u’a forma de vingança, como é o causo de Tondó, que foi ingambelado pur u’a farsa proposta de páiz entre êle i os índio, mai ao chegá na ardêia, foi assassinado.¹⁶
A situação na atualidade
O bugrerismo gerarmente tá relacionado a u’a atividade comum no passado da parte brasíana do Cone Sur, o têrmo num é proibido, mai raramente é usado im ôtros cuntesto, tarvêiz pruque “bugrêro” seje um têrmo construído sôbre u’a palavra que, nargu’as região, se tornô pejorativa, pussivemente.
No século XX (vinte), um evento ocorrido im 1963 no istado de Mato Grosso puderia sê cunsiderado semeiante ô equivalênte às atividade dos bugrêro. Nêsse causo, a imprêsa de mineração “Arruda & Junqueira” contratô pistolêros p'ra realizá um massacre, matano todos os índio que incontrava. Alêm disto, muntos dos índio cumeu alimento entreverado cum arsênico, que é um veneno.
Como resurtado do massacre, mai de 3.500 (treiz mir i quinhentos) pessoa da etnia cinta-larga foi morta, tornano êsse o maior causo de genocídio de índio da estória do Brasí. O evento ficô cunhecido como o “Massacre do Paralelo 11”, seno o nome u’a referênça ao Paralelo 11 S, u’a linha maginária que circula o praneta Terra, tâno a região do massacre, que é próxima ao rio Aripuanã, im riba da linha terrestre.¹⁷ No finá dos ano 1980, o massacre de dezenas de urueu-wau-wau i arara tamem foi relatado nos istado de Rondônia i Pará, os dois no Norte do Brasí.
No século XXI (vinte-um), teve arguns ataque direcionado aos índio, gerarmente relacionado à reintegração de posse. No intanto, num hai necessariamente um certo ódio “anti-indígena” ô um violento desejo de istermínio pur êles presentá perigo p'ra suciedade, da forma como as ação dos grande bugrêro era justificada.
Argu’as organização, como a Nação Mestiça (ô Movimento Pardo-Mestiço Brasileiro), fundada im 2001, im Manaus (Amazonas, Brasí), trabaia democraticamente contra a ispansão dos denuminado “território indígena”, veno êles como u’a versão brasilêra do Apartheid, adonde os mestiço seria duminado pelos índio i a população não-indígena, ispeciarmente cabôcra, passaria pur u’a limpeza étnica, como um genocídio. Im 2012, fizero um protesto contra o Guverno Federá, que pranejava ampriá os território dos índio mura, que de acordo c'o movimento, seria “povos invasor” de propriedade privada, mai p'ros mestiço, os militante num reinvidica as terra indígena, apenas quer cuntinuá viveno im sua própria terra, adonde comprô i investiu pur munto tempo.¹⁸
Ne 11 de abrir de 2015, um avião que transportava pesticidas atacô a comunidade Te’yi Jusu, que reúne os povo guarani-kaiowá derde 2014, localizada im Mato Grosso do Sur. Adespois do ataque, niu’a morte foi relatada, mai divido aos efeito químico, as vítima ficô acamada, relatano dôr de cabeça, dôr de garganta i febre. Duas pessoa i u’a imprêsa foi responsabilizada — um fazendêro, o piloto do avião i a imprêsa C. Vale, u'a cooperativa paranaense agroindustriá — seno condenados a pagá mai de BRL 150.000 à comunidade indígena. Foi a primêra vêiz que cunteceu êsse tipo de ataque direcionado a essa comunidade ispecífica. Im 2016, um ataque químico semeiante ocorreria c’a merma comunidade, porêm agora c’a farta dum avião p'ra ispaiá o veneno, utilizô um trator.¹⁹
Ôtros atentado contra ôtras etnia ocorreu no Brasí amuderno, o que ividencía a cuntinuação du’a guerra entre índios i pessoa não-indígena im território brasilêro. Argum dêsses ataque, como o Massacre do Paralelo 11 im Mato Grosso i os ataque químico de 2015 i 2016 im Mato Grosso do Sur, pela forma como foi realizado, c’o objetivo de isterminá ô ispursá os índio, se assemêia munto ao véio bugrerismo, pudeno sê tarvêiz u’a corrente amuderna dos antigo bugrêro.
Autoria
Danfosky
Bibriografia
AMARAL, Amadeu. O Dialeto Caipira, 1920. p. 53
FIGUEIREDO, Cândido. Novo Diccionário da Língua Portuguesa, 1913. p. 314
SANTOS, Silvio Coelho dos. Índios e brancos no Sul do Brasil, 1973. p. 78
ATHANÁZIO, Enéas. Martinho Bugreiro, criminoso ou herói?, 1984. p. 267
ATHANÁZIO, Enéas. Martinho Bugreiro, criminoso ou herói?, 1984. p. 266 – 267
ATHANÁZIO, Enéas. Martinho Bugreiro, criminoso ou herói?, 1984. p. 267
ATHANÁZIO, Enéas. Martinho Bugreiro, criminoso ou herói?, 1984. p. 268
DALL'ALBA, João Leonir. O Vale do Braço do Norte, 1973. p. 293
PEREIRA, Carol. Marcelino de Jesus Martins - o Martinho Bugreiro
MARTINS, Pedro + WELTER, Tânia. Egon Schaden, um alemão catarinense, 2013. pp. 453 – 454
BUENO, Eduardo. Brasil, uma história, 2018. p. 480
PINHEIRO, Niminon Suzel. Os Nômades: Etnohistória Kaingang e seu contexto, 1992. p. 100
PINHEIRO, Niminon Suzel. Os Nômades: Etnohistória Kaingang e seu contexto, 1992. p. 120
PINHEIRO, Niminon Suzel. Os Nômades: Etnohistória Kaingang e seu contexto, 1992. p. 67
PINHEIRO, Niminon Suzel. Os Nômades: Etnohistória Kaingang e seu contexto, 1992. pp. 73 – 77
D’ANGELIS, Wilmar da Rocha, Toldo Chimbangue: História e Luta Kaingang em Santa Catarina, 1984. p. 207
NETO, João Dal Poz. No país dos Cinta Larga: uma etnografia do ritual, 1991. p. 91
RYLO, Ive. Amazonas em Tempo: Movimento alega invasão de muras antes de decisão, 2012
GRIGORI, Pedro. Repórter Brasil: Em decisão inédita, indígenas vítimas de ‘chuva de agrotóxico’ recebem R$ 150 mil de indenização, 2020.
#indígenas#genocide#caipira#bugreiro#bugre#exterminio#santa catarina#são paulo#paraná#brasil#genocídio#kaingang#colonização
2 notes
·
View notes
Text
A técnica de cultivo conhecida como "As Três Irmãs" ou "Milpa" é uma prática ancestral utilizada pelos povos indígenas das Américas para otimizar o crescimento de três culturas básicas: milho, feijão e abóbora.
Essa estratégia baseia-se nos benefícios complementares que cada planta oferece ao conjunto, criando uma relação de apoio mútuo.
🌽 Milho: Fornece estrutura e sombra para as outras plantas. Sua altura permite que o feijão suba, funcionando como uma escada natural!
🌱 Feijão: Fixa nitrogênio no solo, enriquecendo o ambiente para o milho e a abóbora. Além disso, oferece proteínas essenciais 🍛, tornando-se uma fonte nutritiva.
🎃 Abóbora: Cobre o solo, bloqueando a luz necessária para o crescimento das ervas daninhas 🌞🚫. Suas grandes folhas também retêm a umidade do solo 💧, mantendo-o fresco e reduzindo a necessidade de irrigação frequente.
Essa técnica tradicional não só melhora a produção das plantas, mas também promove um cultivo mais sustentável e equilibrado.
0 notes
Text
A Influência Guarani: Cultura e Tradições Indígenas em Foz do Iguaçu
A cultura Guarani é uma das heranças mais ricas e autênticas de Foz do Iguaçu, cidade que integra a Tríplice Fronteira e concentra uma população diversa e multicultural. Desde tempos imemoriais, os Guarani habitaram a região, deixando marcas profundas em sua história, suas tradições e seu relacionamento com a natureza. A influência dessa cultura indígena é visível tanto nos costumes locais quanto na própria organização do espaço natural e cultural da cidade. Vamos explorar a riqueza das tradições Guarani e como essa cultura continua viva e acessível para quem visita Foz do Iguaçu.
1. A Aldeia Guarani: Conhecendo a Cultura de Perto
Em Foz do Iguaçu, é possível visitar aldeias Guarani, onde os visitantes têm a oportunidade de vivenciar aspectos do cotidiano dessa população. As aldeias são comunidades organizadas em harmonia com a natureza, e suas moradias, rituais e práticas refletem uma profunda conexão com o meio ambiente. Ao visitar esses locais, os turistas podem participar de apresentações culturais, onde danças e músicas tradicionais revelam um pouco da espiritualidade e da visão de mundo dos Guarani.
2. Artesanato Guarani: Símbolos e Significados
O artesanato é uma expressão importante da cultura Guarani, e cada peça carrega simbolismos profundos que revelam a relação do povo com a natureza. Nas aldeias e feiras locais, é possível encontrar colares, cestos, instrumentos musicais e outros itens feitos com técnicas passadas de geração em geração. O uso de sementes, fibras e elementos naturais na criação de peças únicas demonstra um respeito pelo meio ambiente e uma habilidade artística que conquista visitantes. Adquirir uma dessas peças é levar consigo um fragmento autêntico dessa cultura tão rica e expressiva.
3. Rituais e Crenças: A Espiritualidade Guarani
A espiritualidade dos Guarani é profundamente ligada aos elementos da natureza, como a terra, as águas e o céu. Nas aldeias, são comuns os rituais que celebram essa conexão, incluindo cerimônias de agradecimento aos espíritos da floresta. Esses rituais, realizados ao som de músicas e cantos tradicionais, são demonstrações de respeito e reverência aos antepassados e aos recursos naturais. Para os Guarani, cada ser vivo possui um espírito, e as cerimônias refletem o equilíbrio entre homem e natureza. Visitar Foz do Iguaçu com essa perspectiva permite uma experiência mais significativa e enriquecedora.
4. A Língua Guarani: Patrimônio Imaterial
A língua Guarani é uma das línguas indígenas mais preservadas e ainda é falada por comunidades locais. Alguns nomes de lugares e pontos turísticos da região são de origem Guarani, evidenciando a presença dessa cultura no cotidiano. Conhecer algumas palavras e expressões pode ser uma forma de homenagear essa tradição e compreender melhor a visão de mundo dos indígenas. A língua, que já foi ameaçada, é agora ensinada para as novas gerações nas aldeias, garantindo que essa riqueza cultural não seja perdida.
5. Turismo Sustentável e Respeitoso: Valorize a Cultura Local
Ao visitar as comunidades Guarani, é essencial adotar uma postura de respeito e valorização pela cultura local. O turismo sustentável promove a preservação da identidade indígena e apoia as comunidades, proporcionando benefícios mútuos. Optar por guias locais e consumir produtos das aldeias é uma forma de incentivar o fortalecimento da cultura Guarani e garantir que suas tradições continuem vivas e fortes. Esse tipo de turismo promove uma troca cultural genuína, onde os visitantes aprendem com a sabedoria indígena e as comunidades recebem o apoio necessário para seguir preservando seu modo de vida.
Onde Ficar: Hotel Dan Inn Express Foz do Iguaçu
Para quem deseja explorar as raízes culturais de Foz do Iguaçu e conhecer a influência Guarani, o Hotel Dan Inn Express Foz do Iguaçu é uma opção de hospedagem conveniente e confortável. Localizado próximo às principais atrações da cidade e com fácil acesso às aldeias indígenas, o hotel oferece uma estadia prática e acolhedora para todos os perfis de viajantes.
Mais informações sobre hospedagem: https://www.nacionalinn.com.br/hotel/39/dan-inn-express-foz-do-iguacu
Para saber mais sobre a história e as atrações culturais de Foz do Iguaçu, confira o blog da Nacional Inn: https://blog.nacionalinn.com.br/
Conclusão
A cultura Guarani em Foz do Iguaçu representa uma herança valiosa que contribui para a identidade cultural da região. Conhecer a tradição, o artesanato, a espiritualidade e a língua Guarani é um convite para enxergar o mundo sob uma nova perspectiva, valorizando a conexão com a natureza e o respeito pela sabedoria ancestral. Essa é uma experiência que transforma o simples ato de viajar em uma jornada de conhecimento e respeito.
0 notes
Text
Caminhos de Esperança: TransformAÇÃO Viva na Amazônia Brasileira
O Projeto Luz e Vida: Missão Amazônia se apresenta como um braço estendido às comunidades indígenas e ribeirinhas da Amazônia brasileira, fazendo um chamado para aqueles que desejam testemunhar e criar mudanças que envolvam todo o seu entorno. Esta não é uma simples iniciativa; é uma aliança de almas, uma união de propósitos que atravessa gerações, nutrindo um compromisso singular com a dignidade humana, com o renascimento e com a esperança onde mais se precisa.
Em uma recente missão, o Projeto visitou um dos Centros de Acolhimento e Reabilitação, um lugar onde vidas se redesenham, onde o amparo e a resiliência se unem em um abraço caloroso. Ali, nossos voluntários dedicados tornam-se mais que ajudantes – tornam-se gigantes da escuta profunda, do consolo, do renascimento. Eles oferecem muito mais do que apoio; oferecem o raro alento do entendimento, reafirmando os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 3 e 10 ao promover a saúde, o bem-estar e reduzir desigualdades com mãos que curam e palavras que confortam.
A experiência de todo o nosso voluntariado e da nossa querida professora Sônia, aposentada, mas nunca inativa em seu espírito, ilumina os olhos de quem aprende com ela. Sua aula de letramento vai além da educação formal: ela planta sonhos, reacende esperanças e promove a autoconfiança. Este encontro de gerações transcende o ODS 4 de educação de qualidade; ele transforma vidas, guiando-as rumo a um amanhã onde o saber é força e autonomia.
O cuidado integral é um pilar do Projeto Luz e Vida: Missão Amazônia. Nossa missão leva serviços médicos, odontológicos, massoterapia e cuidados estéticos que são, para muitos, inacessíveis. Com isso, ampliamos o conceito de saúde, levando mais do que tratamento: levando dignidade, esperança e fé. Este é o nosso compromisso com o ODS 3 – saúde e bem-estar como conceito e como prática viva, de mãos dadas com a realidade.
Este projeto é um ciclo contínuo de impacto e convívio; estamos em constante crescimento e evolução, sempre prontos a acolher novos voluntários que desejam oferecer suas mãos e mentes. Profissionais como Sônia tornam-se mentores, líderes e guias, inspirando as gerações futuras a trilhar caminhos de empatia, promovendo a autossuficiência e a resiliência em cada vida tocada.
Este é um convite à transformAÇÃO. Ao se unir ao Projeto Luz e Vida: Missão Amazônia, você está ajudando a redescobrir o valor da conexão humana, da entrega sem reservas, do verdadeiro sentido de compartilhar saberes. Venha e faça parte de um legado que transcende o tempo, plantando hoje as sementes de um futuro em que saúde, educação e dignidade florescem no coração da nossa Amazônia.
0 notes
Text
Fundo Ecos lança edital para apoiar projetos de gestão ambiental em Terras Indígenas
O Fundo Ecos lançou no dia 30 de setembro um novo edital voltado ao apoio de projetos para promover a gestão ambiental e territorial de Terras Indígenas nos estados do Maranhão, norte do Tocantins (Apinajé e Kraolândia) e leste do Pará (Alto Rio Guamá). O foco é fortalecer a conservação da biodiversidade e promover o bem-estar das comunidades indígenas por meio do uso sustentável dos recursos…
0 notes
Text
A Conquista da América e as Missões Religiosas (Séculos XV-XIX)
A conquista das Américas pelos europeus, iniciada no final do século XV com a chegada de Cristóvão Colombo em 1492, foi um dos eventos mais impactantes da história mundial. Esse período, que durou até o século XIX, trouxe transformações profundas, não apenas políticas e econômicas, mas também religiosas. Durante a colonização, as missões religiosas desempenharam um papel fundamental, tanto na expansão do cristianismo quanto no apoio às potências coloniais, com impactos duradouros nas sociedades indígenas e na cultura das Américas.
Contexto Histórico: A Chegada dos Europeus
Após a chegada de Colombo, as grandes potências europeias, principalmente Espanha, Portugal, França e Inglaterra, lançaram expedições para explorar, conquistar e colonizar as novas terras descobertas no continente americano. A conquista foi muitas vezes brutal, marcada por guerras, escravidão, exploração e a morte de milhões de indígenas, em grande parte devido às doenças trazidas pelos colonizadores, para as quais as populações nativas não tinham imunidade.
Nesse contexto, a conversão ao cristianismo foi uma das justificativas principais para a colonização. As missões religiosas, compostas principalmente por ordens católicas como os franciscanos, jesuítas e dominicanos, desempenharam um papel central no esforço de conversão dos povos indígenas e africanos escravizados.
O Papel das Missões Religiosas
As missões religiosas foram estabelecidas para converter as populações indígenas ao cristianismo e inseri-las na cultura europeia. No entanto, o processo de conversão muitas vezes envolveu a imposição de novas crenças e práticas religiosas, que substituíram ou suprimiram as tradições espirituais nativas. As ordens religiosas justificavam esse processo como uma salvação das almas dos povos indígenas.
Missões na América Espanhola
Na América espanhola, os missionários católicos seguiram os conquistadores em suas campanhas. Com o apoio do Estado, que via a religião como uma ferramenta para controlar as populações locais, missionários como os franciscanos e dominicanos iniciaram a evangelização em massa. Um dos mais conhecidos defensores dos direitos indígenas foi Bartolomé de las Casas, um frade dominicano que criticou os abusos cometidos pelos colonizadores e argumentou a favor da humanidade e da dignidade dos povos nativos.
As missões jesuíticas se destacaram por estabelecer comunidades autossuficientes chamadas reduções, principalmente na região que hoje compreende o Paraguai, o sul do Brasil e a Argentina. Nessas reduções, os jesuítas tentaram proteger os indígenas da escravidão e da exploração dos colonizadores, mas, ao mesmo tempo, exigiam a adoção do cristianismo e das práticas culturais europeias.
Missões na América Portuguesa
No Brasil, a evangelização dos indígenas começou com os primeiros colonizadores portugueses e ganhou força com a chegada dos jesuítas no século XVI. O líder jesuíta Manuel da Nóbrega e seu sucessor, José de Anchieta, desempenharam papéis importantes na evangelização e na fundação de missões, que se tornaram núcleos de colonização. No entanto, assim como na América espanhola, as missões religiosas portuguesas estavam frequentemente ligadas à exploração do trabalho indígena e ao processo de subjugação cultural.
O Impacto nas Populações Indígenas
A chegada dos missionários trouxe impactos devastadores para as sociedades indígenas. Embora alguns missionários tentassem proteger os nativos dos abusos mais extremos dos colonizadores, as missões muitas vezes destruíam as culturas tradicionais ao impor o cristianismo e desestruturar sistemas sociais e religiosos ancestrais. Além disso, a resistência às missões muitas vezes resultava em violência.
As tradições espirituais indígenas foram severamente reprimidas, e o sincretismo religioso tornou-se uma estratégia de resistência. Em muitos casos, os indígenas integravam aspectos do cristianismo às suas práticas religiosas, criando uma fusão entre as crenças tradicionais e as novas imposições coloniais.
A Escravidão e a Conversão dos Africanos
A introdução da escravidão africana nas Américas a partir do século XVI trouxe uma nova dimensão para as missões religiosas. Milhões de africanos foram trazidos para as colônias europeias para trabalhar em plantações e minas, especialmente nas colônias portuguesas e espanholas. As ordens religiosas, em muitos casos, apoiaram a conversão forçada dos africanos ao cristianismo.
No entanto, os africanos escravizados também resistiram, preservando aspectos de suas religiões tradicionais e criando novos sistemas de crenças que mesclavam o cristianismo com as religiões africanas. Um exemplo disso é o candomblé no Brasil, que combina elementos das religiões iorubás com práticas cristãs.
As Consequências Culturais e Sociais
As missões religiosas tiveram um impacto cultural duradouro nas Américas. Embora tenham contribuído para a cristianização do continente, também desempenharam um papel na destruição de culturas indígenas e na marginalização das religiões africanas tradicionais. No entanto, as populações indígenas e africanas resistiram à total assimilação, criando formas de sincretismo religioso que sobrevivem até os dias de hoje.
A arquitetura das missões, por exemplo, permanece como um testemunho do legado das ordens religiosas na América Latina. Muitas cidades e regiões, como as Missões Jesuíticas na Argentina, Brasil e Paraguai, tornaram-se Patrimônios Mundiais da Humanidade, simbolizando tanto a imposição europeia quanto a resistência das culturas locais.
O Fim das Missões e o Legado Religioso
No final do século XVIII e início do século XIX, com as guerras de independência na América Latina e a secularização das sociedades ocidentais, o poder das missões religiosas começou a declinar. A expulsão dos jesuítas de várias colônias, como ocorreu em 1767, marcou o início do fim do domínio missionário.
Ainda assim, o legado das missões continua vivo nas práticas religiosas e culturais das Américas. O cristianismo, em suas várias formas, tornou-se a religião predominante no continente, mas em muitas regiões ele continua a coexistir com práticas indígenas e africanas. O sincretismo resultante desse encontro forçado entre culturas moldou a identidade religiosa da América Latina, onde tradições cristãs convivem com crenças locais e africanizadas, dando origem a manifestações religiosas únicas, como o candomblé, a santería e o culto à Virgem de Guadalupe.
Conclusão
A conquista da América e as missões religiosas foram inseparáveis na criação do novo mundo colonial. Embora a intenção das missões fosse evangelizar e salvar almas, a imposição do cristianismo veio acompanhada de violência, repressão cultural e destruição de sociedades indígenas. Por outro lado, os povos indígenas e africanos escravizados demonstraram resiliência, preservando e transformando suas crenças e tradições, resultando em uma fusão complexa de culturas e religiões que continuam a moldar as identidades das Américas.
O legado das missões religiosas na América é, portanto, uma mistura de imposição, resistência e adaptação, com consequências que ainda reverberam na vida espiritual e cultural do continente até hoje.
0 notes
Text
[Entrevista] Uma irmã cisgênero pelo seu irmão trans - Apoios familiares e negritude
Entrevista entre o blog e u/cuddlefishh
Introdução
Há muitas dúvidas nas famílias de pessoas trans em como reagir, ou em como ajudar seu familiar. A pergunta que fica é como se sentir sobre suas experiências e passar por cima delas para ajudar quem realmente precisa - a pessoa trans* marginalizada que está pedindo sua ajuda e compreenção. O apoio familiar é crucial para eles. Como fazer seu amor chegar a ela de uma maneira gentil?
Trazemos hoje uma entrevista com Gabriela, uma moça negra que possui um irmão transmasculino. Com ela, exploraremos um pouco como foi a experiência de ajudar um irmão trans pela visão da negritude.
Entrevista
Gostaria de se introduzir?
Eu sou a Gabriela, tenho 24 anos, sou uma mulher [cisgênero] negra e lésbica. Moro em Salvador, Bahia, já fora da casa dos meus pais.
Você é atualmente a pessoa que mais apoia seu irmão transgênero menor de idade, correto? Isso sente como um grande fardo para você?
Acredito que sou sim um dos adultos que mais apoia ele. Na transição, nunca me foi um fardo. Eu amo ele e quero fazer tudo pra fazer ele feliz. Ele como todo adolescente tem suas dificuldades, nunca algo relacionado à questões de gênero ou sexualidade. Eu cuidei dele durante minha infância então acredito que vem daí minha posição e a confiança que ele tem em mim.
Acredita que sua relação com raça e sexualidade moldou como você via seu familiar trans?
Eu acredito que gênero e raça estão mais próximos um do outro que sexualidade.
Eu sou uma mulher negra lésbica. Não apenas minha experiência de gênero é totalmente diferente das de mulheres brancas, ela também é diferente da experiência de mulheres indígenas, asiáticas e por aí vai. Junto com a identidade de mulher negra vem a masculinização, fetichização e objetificação.
Pra citar como exemplo, traços negros de mulheres grossas são vistos como masculinos, ou não tão dignas de carinho e afeto que pode ser reservado pra mulheres brancas, ideia de que somos mais fortes ou mais corajosas. Nosso cabelo também muitas vezes curto, por ser crespo, é visto como masculino.
Em tempos de colégio, eu fui alvo de bullying onde inventaram que eu tinha pênis. Eu não me importei por que sabia que não era verdade. E ao mesmo tempo que eu sei que ter um pênis não faz de alguém um homem, a forma que se foi usada foi pra implicar que eu era um. Na época não pensei muito nisso, mas depois de adulta vejo como tenho medo de não ser feminina o suficiente, nunca me sinto confiante sem maquiagem.
Pro meu irmão, que é uma pessoa agênero, vem a masculinização também. Ele parece um garoto cis. Ele quer ficar mais masculino mas ele não tem interesse em parecer um homem cis. Mas a masculinidade de pessoas que são entendidas como homens negros vêm com a violência direcionada à homens negros. Então, maior taxa de violência policial, desconfiança, objetificação e outros problemas.
Meu irmão até então teve uma experiência tranquila, mas eu temo sim pelo futuro, onde ele é um adulto, que se veste de forma mais alternativa, e precisa procurar emprego. Eu temo por ele agora, que é uma pessoa bem sincera e nem sempre tão paciente, por conta da adolescência. Não vou mentir, fico um pouco aterrorizada quando alguém fala do quanto a gente se parece. Nós somos parecidos, mas enquanto eu tenho medo de ser vista como masculina, ele tem um certo nojo de feminilidade em si. Conversando com amigos AFAB, percebi que eles tiveram experiências similares sobre masculinização. Eu digo que sou uma mulher cis, mas sempre acho importante pontuar que sou uma mulher cis negra, por que é muito ligado à como me vejo, como me sinto e o que experenciei. Muitas coisas mudam, mas a experiência de ser uma pessoa negra AFAB é algo bem presente, tanto pra mim quanto pros meus amigos, ao menos.
Isso é extremamente relevante. O feminismo negro sempre teve que apontar pautas próprias por um motivo, afinal. Como tudo isso afetou sua visão sobre seu irmão transicionar para fora do gênero feminino? Acredita que foi difícil aceitar por causa de questões relacionadas a raça?
Sinceramente, eu sempre soube que ele não era uma menina. Desde que me entendo por gente. Ele só nunca foi.
Quando ele tinha 11/12, eu tinha 19 por aí. Eu já sabia que era da comunidade, sou uma mulher lésbica. Tinha amigos trans e estava ciente da experiência deles. Dos dados, das expectativas, da aceitação. Eu lembro que eu torci pra estar errada. Por que eu queria ser a pessoa que receberia o ódio da minha família, receberia as costas. Eu poderia fazer isso. Eu queria que qualquer coisa de ruim acontecesse comigo antes de acontecer com ele.
Eu não queria que ele fosse trans. Me aterrorizava. Tudo que eu vejo na nossa criação, que também foi reservado pra ele, me assusta. Não foi difícil entender que ele era trans, nem especificamente aceitar. Foi difícil ficar em paz com o que o futuro pode segurar pra ele.
Hoje em dia eu procuro ser o apoio que ele não vai achar em maioria dos lugares. E penso no futuro depois.
Como você avaliaria a importância do seu apoio na vida dele? Há alguem mais da familia, no momento, que o ajude?
Esse episódio [de ver como achar para ele] testosterona é uma conversa que a gente teve um tempo atrás. Ele nunca se assumiu pra minha família, ele só nunca escondeu. Eventualmente meus pais descobriram. Minha mãe tenta apoiar do jeito dela. Ele não fala muito sobre os próprios sentimentos mas acho que minha aceitação e ajuda fazem ele se sentir acolhido, ou melhor. É um processo difícil pra ele, então quero que ele tenha o máximo de apoio possível. Além da minha mãe e eu, temos uma prima que é bem próxima dele e que também ajuda bastante.
De que maneiras você conseguiu ficar em paz sobre a situação?
Sobre a paz, ela veio depois que ele se assumiu pra mim. Nem lembro como foi. Acho que eu descobri antes e a gente só falou casualmente depois. Eu ainda temo por ele, mas o meu foco tem que ser proteger ele e a felicidade dele.
Quando a possibilidade de ele ser LGBTQ era só isso, me assustava muito. Depois que eu pude parar de pensar nessa parte, a gente foi dando passos lentos pra ele se sentir mais confortável. Coisas estéticas.
Quanto a essa situação, oque é considerado apoio e ajudar? Na sua opinião, o que foi necessario para deixar seu irmão mais confortável, e que familiares de outras pessoas trans deveriam fazer?
Apoio e ajuda podem vir quando você se presta a ouvir aquela pessoa trans, o que pode ser particularmente difícil pra pessoas mais velhas, ainda mais se tratando de jovens.
Sobre confortável, o momento em que ele se assumiu pra mim, nossa relação mudou bastante. Nosso diálogo é muito bom e aberto. Ele me procura enquanto figura mais velha pra conselhos por saber que vai encontrar um local de respeito à individualidade dele. Outros familiares precisam entender individualidade pra superar os próprios preconceitos e criarem um ambiente sem riscos.
Você costuma se sentir fora de sua área de conforto quando lidando com as questões trans do seu irmão? Como você lida quando não entende algo?
Não me sinto tão fora da área por que tenho muitas pessoas trans na minha vida. Ainda, costumo voltar pra eles quando algo do tipo medicamentoso aparece, dicas sobre binders ou packers, tops e tudo que pode melhorar a experiência de expressão de gênero dele.
Se não entendo algo, pesquiso com outras pessoas trans, amigos trans ou pergunto à ele. Nunca tive problemas.
Como normalmente você procura recursos para ele?
Sobre recursos, por eu ter muito contato com pessoas lgbtq, uso bastante desse apoio. Sites e experiências de outras pessoas trans também ajudam bastante.
Qual papel você acha que a pesquisa tem para a família de uma pessoa trans ou um aliado?
A pesquisa é muito importante. Recentemente, enviei pra minha mãe um vídeo sobre um ambulatório em São Paulo focado em questões de gênero em crianças e adolescentes. A reação dela foi muito boa. É importante ver outras pessoas lidando com a mesma dúvida e receber respostas unbiased.
A experiência trans é bastante individual e transfobia é bem mais normalizada, aberta e aceita que outros preconceitos . Eu tenho algumas ideias por viver com pessoas trans, por ouvir suas experiências. Ainda, é limitado. Como seres humanos, é impossível entender 100% a experiência de qualquer pessoa, trans ou não. A própria experiência trans vai ser diferente pra cada pessoa, medicalista ou não, binária ou não, branca ou não, pobre ou não. Diálogo e escuta é a chave.
Muitos familiares sentem um luto sobre quem a pessoa em questão era antes de transicionar. Você já sentiu isso sobre seu irmão? Oque você acha que ajuda alguém a ultrapassar a concepção de luto?
Não existe luto em relação ao meu irmão. Ele sempre foi ele. Mudando ou não, sempre foi e sempre vai ser a pessoa que mais amo no mundo. Mesmo entendendo de onde vem, acho que o processo de luto é dramático e egoísta em sua natureza.
[Peço] que processem seu luto sem fazer a pessoa trans em questão se sentir culpada por supostamente assassinar alguém que nunca existiu.
Como você se sente sobre familiares que dizem fazer o "minimo" e aceitar, apesar de não procurarem passar dos obstaculos que discutimos antes?
Familiares em negação e que dizem "aceitar" vão perceber que no longo termo não é algo que dá pra se manter. Aceitar não é suficiente no amor. Amor é cuidar constantemente, e você não cuida de alguém sem entender o que ela espera e tentar encontrar uma ponte em qualquer diferença de pensamento ou crença.
Qual foi a parte mais difícil em acompanhar seu irmão? E a melhor parte?
A parte mais difícil é o medo de outras pessoas no futuro dele, que podem não ser tão gentis ou compreensivas.
A melhor parte é sem dúvida ver ele se tornar uma pessoa com a personalidade longe de coisas que lhe foram impostas. Ver ele muito mais satisfeito com a própria aparência, com sua vida religiosa, saúde mental e física.
As partes incríveis são bem mais importantes que qualquer adversidade.
Há algo que gostaria de dizer para os familiares de pessoas trans* que possam ler essa entrevista?
Acho que pra qualquer familiar de pessoa trans eu diria para pensar nas experiências que tiveram com pessoas trans, na mídia, em notícias. Não é um mundo justo ou fácil. A família deve manter o papel de oferecer amor, principalmente pra uma pessoa que vai encontrar um mundo não tão receptivo. A família tem um papel crucial no processo.
---------
Agradecemos profundamente à Gabriela por trazer sua experiência como familiar de uma pessoa trans*. Esperamos que sua entrevista possa inspirar mais familiares pelo mundo.
0 notes
Text
Como funciona a aposentadoria do indígena: Guia Completo e Atualizado
O sistema de aposentadoria indígena no Brasil é um tema relevante dentro do contexto da previdência social. A aposentadoria para os indígenas é um benefício previdenciário específico que garante suporte financeiro aos trabalhadores indígenas que atingem a idade mínima ou enfrentam incapacidade. O objetivo principal é assegurar que esses povos, reconhecidos como cidadãos brasileiros, tenham acesso aos mesmos benefícios previdenciários que qualquer outro trabalhador no país.
A importância da previdência social indígena é reforçada por acordos e iniciativas para ampliar o acesso aos direitos previdenciários dos povos originários. Esses acordos visam simplificar a burocracia e oferecer reconhecimento automático, permitindo uma maior eficiência no acesso a benefícios como aposentadoria, salário-maternidade e pensão por morte. A colaboração entre órgãos como a FUNAI e o INSS é um passo importante nesse processo.
Além disso, a categoriza como segurados especiais, reconhecendo a necessidade de oferecer proteção social adequada e inclusão desses grupos no sistema. Para muitos indígenas, essa assistência é crucial para garantir uma vida digna após anos de trabalho ou em casos de invalidez. Para saber mais sobre como funciona a aposentadoria indígena, é essencial entender os detalhes dos benefícios e o processo de inscrição.
Entendendo a Previdência Social no Brasil
A Previdência Social no Brasil é um sistema que garante assistência financeira em momentos como aposentadoria, invalidez ou maternidade. Ela se baseia em princípios fundamentais que são parte da legislação brasileira desde a Constituição Federal de 1988.
Princípios Fundamentais e Histórico
A Previdência Social é guiada por princípios como universalidade, solidariedade e equidade. Esses princípios asseguram que todos tenham acesso ao sistema, contribuindo de maneira justa.
Historicamente, o sistema começou a ser estruturado em 1923, crescendo ao longo das décadas para apoiar um público mais amplo. Inicialmente focado em categorias específicas de trabalhadores, hoje abarca um leque diversificado, incluindo trabalhadores formais e informais. A evolução deste sistema reflete mudanças sociais e econômicas significativas.
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é a entidade responsável por administrar os benefícios previdenciários. Ele gerencia aposentadorias, pensões e auxílios diversos, seguindo a legislação previdenciária vigente.
O INSS coleta contribuições dos trabalhadores e empregadores, utilizando esses recursos para pagar benefícios. Tem um papel vital na execução das políticas de seguridade social. A eficiência do INSS impacta diretamente a vida de milhões de brasileiros que dependem de seus serviços para manter o bem-estar financeiro durante a aposentadoria.
Constituição Federal de 1988 e Seguridade Social
A Constituição Federal de 1988 é um marco na história da seguridade social brasileira. Ela ampliou os direitos previdenciários, estabelecendo a seguridade como um direito de todos os cidadãos.
Com essa constituição, a seguridade social foi dividida em setores: saúde, assistência social e previdência. Cada setor é responsável por garantir que os cidadãos recebam apoio adequado conforme suas necessidades. A legislação previdenciária evoluiu desde então para incluir mais grupos e ajustar-se às mudanças demográficas e econômicas do país.
A População Indígena e o Acesso aos Benefícios
Os povos indígenas têm acesso a benefícios previdenciários, mas é crucial entender os processos envolvidos. O reconhecimento das comunidades e a atuação da FUNAI são fundamentais. Além disso, obter informações claras sobre os auxílios disponíveis pode ajudar na efetivação desses direitos.
Identificação e Caracterização dos Povos Indígenas
Para que os indígenas acessem benefícios previdenciários, é essencial sua identificação formal. Esse processo envolve o reconhecimento do status de "segurado especial". A caracterização adequa-se às normas estabelecidas pela legislação brasileira, garantindo direitos como aposentadoria e outros auxílios. A identificação é crucial para que possam obter benefícios e participar plenamente dos programas de assistência social.
Os povos indígenas, por meio de documentos específicos e protocolos, demonstram sua origem e identidade cultural. Este medidas são parte dos processos de reconhecimento. Assim, o acesso não enfrenta disputas burocráticas que possam retardar a concessão de benefícios como aposentadoria por invalidez ou auxílio-doença.
Fundação Nacional do Povo Indígena (FUNAI)
A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI) é um órgão importante nesse contexto. Ela age na proteção dos direitos dos indígenas e facilita o acesso aos benefícios previdenciários por meio de acordos com o INSS. A FUNAI coopera ativamente para simplificar o processo de reconhecimento e autorização para acesso aos benefícios, assegurando que a população indígena obtenha seus direitos sem enfrentar barreiras desnecessárias.
Um aspecto essencial da FUNAI é fornecer termos de representação e autorizações de acesso a informações previdenciárias. Esses documentos permitem um canal direto de comunicação e validação entre os povos indígenas e as instituições governamentais responsáveis. Assim, a FUNAI atua como um mediador essencial nesse processo.
Acesso a Informações Previdenciárias e Auxílios
Entender os direitos previdenciários disponíveis é crucial para os indígenas. Informações claras sobre benefícios como salário-maternidade, pensão por morte e diversos auxílios garantem que os povos indígenas possam solicitar o que lhes é devido. O acesso a essas informações pode ser facilitado por cartilhas e guias disponíveis em diversos canais de comunicação, promovidos tanto pelo INSS quanto pela FUNAI.
A disponibilização de acesso fácil e direto a informações é fundamental. Instrumentos como autorização de acesso a informações previdenciárias ajudam a esclarecer dúvidas e permitem que a população indígena se informe de maneira autônoma e eficaz. Dessa forma, a diminuição de barreiras informativas é essencial para que não haja exclusão dos direitos previdenciários.
Aposentadoria para Indígenas
A aposentadoria para indígenas considera as condições específicas desse grupo, garantindo segurança previdenciária. Reconhecimento como segurado especial, valorização da atividade rural, e documentos essenciais são pilares desse benefício.
Elegibilidade e Categorias de Segurados
Os indígenas têm direito a se aposentar como segurados especiais. Para isso, eles devem ser reconhecidos pela FUNAI e ter contribuído através de suas atividades cotidianas. As idades mínimas para aposentadoria são 60 anos para homens e 55 anos para mulheres. O tempo mínimo de contribuição é de 15 anos, que corresponde a 180 meses de trabalho. O reconhecimento oficial pela FUNAI é crucial, pois assegura que o indivíduo é efetivamente um indígena, permitindo o acesso aos benefícios adequados.
Processo de Solicitação
O processo de solicitação exige que o indígena compareça ao INSS ou à FUNAI com documentos específicos. Entre os principais estão o RG, CPF e a Certidão de Exercício de Atividade Rural Indígena (CEAR). Esta certidão é emitida pela FUNAI e comprova o tempo de trabalho rural. Além disso, o solicitante deve acessar o Meu INSS para acompanhar o processo e verificar a necessidade de apresentar documentos adicionais.
Aposentadoria por Idade e por Invalidez
Os benefícios incluem a aposentadoria por idade e por invalidez. Aposentadoria por idade é destinada a quem atinge a faixa etária estipulada e comprova o tempo de serviço necessário. Já a aposentadoria por invalidez é concedida àqueles que ficam permanentemente incapazes de trabalhar, devido a doenças ou acidentes. Nesses casos, pode haver um adicional de 25% no benefício se o aposentado precisar de assistência permanente de terceiros.
Essas modalidades prezam pela segurança financeira dos indígenas, especialmente dos que dependem do trabalho rural para prover sustento.
Outros Benefícios Previdenciários para Indígenas
Os povos indígenas têm acesso a vários benefícios previdenciários no Brasil. Estes benefícios incluem pensão por morte, auxílio-reclusão e salário-maternidade, bem como o seguro-defeso para pescadores artesanais. Esses auxílios são essenciais para garantir o bem-estar das comunidades indígenas e apoiar suas necessidades específicas.
Pensão por Morte e Benefícios Familiares
A pensão por morte é um benefício importante para os familiares dos indígenas falecidos. Ele oferece suporte financeiro para cônjuges, filhos e outros dependentes. A pensão busca assegurar que a família continue recebendo um auxílio regular após a perda do ente querido. Além disso, essa ajuda pode incluir recursos para educação e saúde, facilitando a continuidade de condições básicas para o sustento familiar.
O acesso fácil e sem burocracia excessiva é garantido, o que torna o benefício crucial em situações de emergência. Para receber a pensão, os familiares devem comprovar a condição de dependentes. Cada caso é avaliado individualmente, respeitando a legislação vigente e as particularidades culturais dos povos indígenas.
Auxílio-Reclusão e Salário-Maternidade
O auxílio-reclusão é disponibilizado para famílias de indígenas que estão em regime de prisão. Este benefício garante que os dependentes não fiquem desamparados financeiramente durante o período de encarceramento do segurado. Os critérios para receber esse auxílio incluem comprovação de dependência e adequação a certas faixas de renda.
O salário-maternidade é outro auxílio relevante, destinado a mulheres indígenas. Ele assegura um suporte financeiro durante o período de licença maternidade, possibilitando que mães dediquem tempo ao cuidado dos recém-nascidos sem preocupações financeiras. Para ter acesso, é necessário registrar o nascimento e comprovar a condição de segurado especial, que abrange indígenas em atividades tradicionais.
Seguro-Defeso para Pescador Artesanal
O seguro-defeso é um benefício vital para pescadores artesanais indígenas. Durante o período de defeso, que é a pausa obrigatória da pesca para proteger a reprodução de espécies, os pescadores recebem auxílio financeiro. Esse benefício assegura a manutenção do sustento da família, enquanto preserva o meio ambiente.
A elegibilidade para o seguro-defeso requer que o pescador registre suas atividades e prove sua dependência da pesca para sobrevivência. Este auxílio reforça o compromisso do governo em proteger tanto os recursos naturais quanto as comunidades que dependem deles para sua subsistência.
Aspectos Legais e Direitos dos Indígenas
Os direitos previdenciários dos indígenas no Brasil são garantidos por legislações específicas que visam preservar sua proteção social. Cooperações técnicas entre organismos federais facilitam o acesso a esses direitos. Além disso, sua representação social e política assegura a ampliação dos benefícios e a proteção de suas tradições.
Legislação Específica e Proteção Social
No Brasil, a Constituição Federal estabelece garantias de proteção social aos povos indígenas. Eles têm direito aos benefícios previdenciários como aposentadoria e auxílio-maternidade. A legislação previdenciária considera as tradições e particularidades culturais para facilitar o acesso dos indígenas aos serviços oferecidos pelo INSS.
A Certidão de Exercício de Atividade Rural Indígena (CEAR), um documento essencial, é emitida pela Funai para comprovar a atividade rural. Isso fortalece a efetividade da proteção social. Além de facilitar o acesso aos benefícios previdenciários, essa legislação procura respeitar a identidade cultural dos povos indígenas.
Acordos de Cooperação Técnica
Os acordos de cooperação técnica entre a Funai e o INSS representam um avanço no reconhecimento dos direitos indígenas. Tais acordos simplificam processos e reduzem a burocracia, garantindo um atendimento mais ágil e eficiente aos indígenas.
Estes acordos permitem o reconhecimento automático e simplificado dos indígenas nos sistemas previdenciários, dispensando a análise detalhada dos processos administrativos. Essa cooperação técnica assegura que os povos indígenas tenham acesso facilitado a direitos essenciais como aposentadoria, sem as barreiras burocráticas que geralmente atrasam o processo.
Representação Social e Política
A representação social e política dos indígenas é crucial para a defesa de seus direitos. O Termo de Representação garante que suas vozes sejam ouvidas e respeitadas em discussões sobre políticas públicas. Essa representação assegura a proteção de suas tradições e a ampliação de direitos na legislação.
Organizações indígenas e líderes desempenham um papel vital na defesa de seus interesses. A atuação ativa em fóruns e discussões políticas resulta em políticas públicas mais inclusivas e que respeitam a diversidade cultural dos povos indígenas. Isso reforça o papel desses grupos na sociedade brasileira, garantindo melhores condições de vida.
Procedimentos Administrativos e Documentação
Esses procedimentos são essenciais para garantir que os povos indígenas tenham acesso correto aos benefícios de aposentadoria. O foco será nos documentos necessários e no fluxo de procedimentos administrativos no INSS.
Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS)
O Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) é vital para registrar as informações de contribuição. Ele mantém um histórico preciso das atividades de trabalho e remunerações.
O CNIS ajuda a comprovar o tempo de contribuição necessário para a aposentadoria ou outros benefícios sociais, como o benefício por incapacidade temporária. Ter um cadastro atualizado evita complicações durante a solicitação dos benefícios.
Para assegurar que o CNIS esteja atualizado, é preciso acessar o portal do INSS. Lá, as informações podem ser verificadas e corrigidas, se necessário, usando documentos comprobatórios. Sincronizar essas informações com o cadastro facilita a análise e aprovação dos pedidos de benefícios.
Comprovantes de Atividade e Renda
Os comprovantes de atividade e renda são essenciais para qualquer solicitação de aposentadoria. Para os indígenas, isso inclui documentação que prove a atuação em atividades rurais ou específicas da comunidade, sem esquecer a renda obtida.
Esses documentos são utilizados para confirmar a elegibilidade do benefício desejado. Papéis como recibos de venda de produtos agrícolas ou declarações de líderes comunitários são aceitos.
A apresentação desses comprovantes ao INSS é crucial, principalmente se o indivíduo ainda não tiver vínculos empregatícios formais registrados no CNIS. Manter registros detalhados e organizados é uma prática recomendada para agilizar o processo.
Fluxo de Atendimento no INSS
O fluxo de atendimento no INSS começa com a agendamento da consulta. Esse passo inicial pode ser feito online ou por telefone, permitindo ao segurado escolher o melhor horário e local.
Durante a consulta, o solicitante precisa fornecer todos os documentos exigidos e esclarecer qualquer dúvida com o atendente. A documentação correta garante que o processo não tenha atrasos.
Após o envio dos documentos, o INSS analisa a documentação para aprovar ou não o benefício. É importante seguir todas as orientações dadas pelos funcionários do INSS para aumentar as chances de aprovação do pedido.
Saiba Também sobre:
Aposentadoria por Idade
Aposentadoria por Tempo de Contribuição
Aposentadoria Especial
Aposentadoria por Invalidez
Pensão por Morte
Salário Maternidade
Auxílio-Acidente;
Auxílio-Doença
Auxílio-Reclusão
Benefício Assistencial
Aqui, você, segurado do INSS, pode esclarecer todas as suas dúvidas sobre aposentadoria e direitos do INSS, 24 horas por dia, 7 dias por semana. Realize gratuitamente o cálculo do seu tempo de contribuição e descubra se já está na hora de se aposentar.
Se você é advogado, cadastre-se para acessar cálculos e petições sem custos. Nossa plataforma facilita seu trabalho com ferramentas exclusivas. Faça seus cálculos hoje mesmo e descubra se você pode se aposentar.
Advogado, acesse agora suas ferramentas exclusivas
Forte Abraço!
Equipe
MeAjudaDoutores
1 note
·
View note
Text
A reportagem é de junho de 2023. Desde então Pedro Castillo teve sua prisão preventiva prolongada várias vezes e continua preso. Na época a iPhonesquerda brasileira no YouTube achava graça nas circumstâncias esdrúxulas do suposto «autogolpe» e nem se deram ao trabalho de entender o que aconteceu.
Há de entender a fúria sem limites da classe dominante parasita mais podre das Américas quando um sindicalista indígena chegou no poder. Alberto Fujimori tinha comandado a esterilização forçada de 300.000 mulheres.
A cobertura midiática das manifestações violêntas em apoio a Castillo que duravam semanas não podiam ter sido mais racista: terroristas marginais descontrolados ameaçando as forças de paz e segurança. Não era bem assim.
«O governo de sua vice, articulado dentro da embaixada dos Estados Unidos, é marcado pela repressão contra manifestantes, conforme denuncia a própria ONU. Nesse cenário explosivo, a oligarquia peruana aprovou a entrada de tropas norte-americanas no país.»
0 notes
Link
#DESENVOLVIMENTOSUSTENTÁVEL#GESTÃOAMBIENTAL#GESTÃOFLORESTAL#GESTÃOSOCIOAMBIENTAL#GESTÃOSUSTENTÁVEL#PROTEÇÃOAMBIENTAL
1 note
·
View note
Text
A vice-governadora de Santa Catarina, Marilisa Boehm, participa no dia 12 de setembro, em Chapecó, no Oeste do estado, do Seminário sobre Prevenção e Combate à violência doméstica e familiar. A ação ocorre a partir das 10h, no auditório da Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc) e é uma realização da Secretaria de Estado da Assistência Social, Mulher e Família (SAS). “A região Oeste é uma das que tem os maiores índices de violência contra a mulher e e temos que trabalhar este tema durante todo o ano. Nossa intenção é conscientizar e ainda incentivar que as participantes divulguem essa informação e ajudem outras mulheres que estejam sofrendo violência para que possam encerrar esse ciclo”, lembra a secretária da SAS, Maria Helena Zimmermann. Além da vice-governadora e da secretária da SAS também participa do seminário a delegada e coordenadora das Delegacias de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso de Santa Catarina (DPCAMI’s), Patrícia Zimmermann. No evento as participantes poderão saber mais ações do Governo do Estado, os poderes Judiciário e Legislativo, além da sociedade civil organizada, e torná-las multiplicadoras na defesa das mulheres e no enfrentamento à violência doméstica e familiar. As inscrições podem ser feitas neste link. De acordo com o art. 5º da Lei Maria da Penha, violência doméstica e familiar contra a mulher é “qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial”. Ações de combate à violência contra a mulher em SC O Governo do Estado realiza várias ações de enfrentamento à violência contra a mulher. Dentre elas está a campanha Agosto Lilás, de sensibilização sobre a violência doméstica e familiar contra a mulher e divulgação da Lei Maria da Penha. A SAS também organizou, em parceria com o Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (Cedim/SC), o Guia para Criação de Conselhos Municipais dos Direitos da Mulher. A SAS também assinou um acordo de cooperação com o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) para a implementação do Projeto Íris. Por meio do projeto a Assistência Social vai promover cursos de capacitação sobre violência doméstica e familiar contra a mulher, com enfoque na prevenção para as equipes técnicas dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e nos Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas) em todos os municípios de Santa Catarina. Outra iniciativa foi a participação na entrega das cartilhas da Lei Maria da Penha na língua Kaingang numa solenidade em Abelardo Luz. Essa foi uma iniciativa do Tribunal de Justiça (TJSC) em parceria com o Conselho Estadual dos Povos Indígenas (Cepin/SC) e a SAS. A Assistência Social também desempenha um papel importante no enfrentamento à violência contra as mulheres porque oferece apoio, orientação e encaminhamentos devido a situações de vulnerabilidade e risco social por direitos violados. Os profissionais da área atuam para garantir que os direitos das mulheres que foram vítimas de violência sejam respeitados e que elas recebam o acolhimento necessário para superarem essa realidade. A rede de Assistência Social inclui as Secretaria Municipais de Assistência Social, Centros de Referência de Assistência Social (Cras), Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas), Centros de Referência Especializados para Pessoas em Situação de Rua (Centro Pop), Unidades de acolhimento, Conselhos Municipais de Direitos da Mulher, Conselho Estadual dos Direitos da Mulher. Canais de denúncia: Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher Ligue 190 – Polícia Militar de Santa Catarina Ligue 197 – Polícia Civil de Santa Catarina Disque Denúncia 181 (aceita denúncia anônima) ou (48) 98844-0011 (WhatsApp/Telegram) Delegacia de Polícia Virtual – Site: https://delegaciavirtual.sc.gov.br/ Ouvidoria das Mulheres do Conselho Nacional do Ministério Público (Canal especializado Conselho Nacional do Ministério Público para recebimento de denúncias relacionadas à violência contra a mulher)
E-mail: [email protected] Serviço: O quê? Seminário sobre Prevenção e Combate à violência doméstica e familiar na região Oeste de SC Quando? 12 de setembro a partir das 10h Onde? Auditório da Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc), localizado na Avenida Nereu Ramos, 3777D, em Chapecó. Mais informações: Jornalista Luciane Lemos. Arte: Gabriela Nicolini/Ascom SAS Secretaria de Estado da Assistência Social, Mulher e Família (48) 3664-0916 e-mail: [email protected] Fonte: Governo SC
0 notes