NInC - Os causo estórico da Paulistânia, pioneering in documenting history in the Caipira language — Currently the "Caipira dialect", despite having many characteristics distinct from the Portuguese language, is not officially recognised as a "language", it does not have autonomy. As this language is not preserved in Brazilian society, it is in serious danger of disappearing.
Don't wanna be here? Send us removal request.
Text
Causo do 'O Xálestão'
Condo um caveiêro, ansim, cumo que djá meio sapecado, adespois de freqüentá o bufete, meio abufetado portanto, o mai mió que tem de fazê é campiá um berço.
Puis num vê que nóis tinha sido inconvidado mode cumemorá i bebemorá¹ um aniversáro de ano do fiio da mãe do coisa?
Nóis fumo. Nem bem tcheguemo se instalemo logo no quarto dos doce. Tinha lá dgente p’ra pedra.²
De musgo um despotismo deles, tire só u’a linha: dois colorinete, seis pinho, dois cavaco i u’a frauta munto anarchisada, um trombone i um pistão.
Ieu num gosto dessas bestêra de famía, im todos causo banquemo o respeitáve.
Atirei u’a zinha toda tchêa de coisa que bateu p’ra riba de ieu, güentei a cuja saí tungano u’a varsa meio aporcada.
Ieu amó que dessas dança amuderna num intendo munto, mai no mió das forma me disempenho; no negoço da falação é qu'ieu me istrepo.
Isto de dizê bestêra cum delicadeza nunca foi o meo forte.
Ieu falo cum todo o corretismo no mai. Mai porem num adecorei o “travadô da malandrage” p’ra me arrecordá do verso rimado, nem num apretendo se amorfadinhá p’ra vivê pensano nessas melenquencia.
Foi lá p’ras tanta adespois du’as tanta telegada d’um licô que se tchama chatreze, qu'ieu cumecei a ficá meio fora dos horizonte.
A orquestra tamem tava djá meio arta i garrô a tocá um negoço todo inlétrico, todo fuloriado — era só cada pestana no pinho, os calarinete gemeno nas tchave, o cavacame saluçano…
Ieu tirei um fiapo da tar sojeitinha i fui logo dizeno:
— Antonce, nega veia? Imo sapecá mai êsse troço…
Ela nem disse tique i ieu djá tava c’a mão na cintura.
Se nóis disconjuntá tudo, bem no meio do causo, ela me dexô, disafastô um pôco i cumeçô c’um raio d’um tremilique, se lambeno nos dedo, caretiano, num tar sapatiado qu’ieu dei de dança de véio, alongano o corpo, fazeno letras bem no mêo da sala.
Foi um insucesso.
Inté a musga parô.
Êta nóis lá im casa!
Foi só parma i mai parma.
Se arripitiu a dósia, gostêmo.
Ara se não!
Mai, ante porem, achei munto inconvinhente riscá um fraziado, u’as amabilidade, p’ra riba da cavaiêra:
— Insolentíssima, discurpe a peitulancia mai porem num posso dexá de le ademostrá a baita la sastifa que me safóca na inconjuminência dêsse forró, só pur via de incontrá u’a dama tão distramancada cumo 'vossa' insolentíssima.
Ela incheu-se de dedo, feiz u’a visage i arrespondeu logo no sustenido:
— Quá, Nhô Malaquia, isto é modestia de sua parte…
— Ieu inté que sô quage anarfabeta nessas moda americana; isto é de nacensia…
— Os cavaiêro distinto é que é os chofré; nóis é que nem forde.
Ieu fiquei besta c’a resposta, mai nem dexei o troco:
— Vossa insolência nem é forde, isso inté é munta modestia demai Madamasella é u’a buique, é u’a pecár, u’a roiroce…
I assuspirei: — quem me dera sê um chofrê dêsse carro?
Mai a musga cumeçô i nóis fumo ali só isterçano im cada baita la derrapada…
Condo má me aprecatei tava falano c’o pae da zinha.
— Apois não Nhô Malaquia, me disse êle, ansim procede um cavaiêro de inducação.
O sior tá mêmo im indade de cuntituí famía i le aceito o pidido cum munta sastifação, pode amenhã í bebê o chá cum nóis.
Incoincidênça marvada!
Prispiei no chatreze, caí no chalestão i trimino no chá de casório.
Vô fazê a burrada contra u’a zinha que antes de cuincê num sabia quem era.
Pur isso arrepito: condo a dgente tá meio sapecado, o dereito é í cavá u’a cama p’ra invitá que as inconseqüênça seje lastimáve.
Autoria
O SACY (Malaquia Gularte) — ediç. orig. de 1926 — Ano I., Nº 40
Notas
"Bebemorá" é gíria, junção de "bebê" i "cumemorá," ô seje, cumemorá cum munta bebida, de perferênça arcólica.
"Pedra" aqui é u'a gíria p'ra contidade, "dgente p'ra pedra" é o mêmo que "munta dgente."
0 notes
Text
Causo da 'Festa increncada'
P’ra falá bem a verdade, ieu dja ando discunjurano tudo conto é pagodêra de rico. Essas fulia num dá certo mêmo. Puis ói, na sumana passada, ieu inda fui nu’a festa na casa do podrinho; num vê que êle é é serra-negrêro i nêste dia tchegô uns patrício dêle. P’ra fazê um bunito ieu quis í de cavalo: peguei um piadô de inhambú, i garrei tchamá; no largo da Sér arrespondeu que nem chororó tchoco i apareceu um grilo. Dei quinhentão p’ro tar. Pulei na garupa i mandei tocá o tordío…
Disapiei na casa de Nhô Amerco i fui intrano, mai o suáio tava liso num sabão i aquilo foi ieu tchegá na sala, iscorreguei i cacei um tatu dos dianho!
P’ra pudê se alevantá mandei a mão num banquinho que tinha im riba um carderão de frô i o tar veio na mea cacunda que me moiô tudo! C’as baruiada apareceu Nhô Amerco dano risada i me feiz vistí um tar ismórque, p’ra nóis arrecebê as bigita que havê de tchegá.
Sirimonha tchegô inté ali i parô!
Pircisava inté bejá as mão da muierada!
Ieu tamem judiei bejá, ué! Condo argu’as tar era bunita, ieu dava cada tchupão que istralava… I cumo era gostoso aquelas mãozinha sargado de suó! Agora que discubri pruque Padrinho qué qu'ieu tchame de Nhô Amerco…
O tar num é de se matá c’a unha!
Puis é pr’as moça num pensá que êle é mai véio do qu'ieu… Oh! cabra istorado p’ra mordê saia! Era um delúvio de dgente, tudo cumbersano n’um guerê-guerê i ieu c’a fomêra dos quinto!
Garrei a cuzinha pidí um incosto p’ro istamo; ness’hora Nhô Amerco me tchamô p’ra contá uns causo i ieu vortei c’o prato na mão, fiquei de croque n’um canto da sala i garrei contá os aperto de cumpade Calorino condo vem na capitá, mai ia mandano torresmo cum farinha p’ros peito… Atcho que inté pirdí o lugá no céu de tanta mensonha que contei… D’aqui nada tchamô nóis p’ra cumê doce. Ola! mundera de doçaria! U’a hora ieu istiquei o braço p’ra grudá um pan-de-lór i mea cadêra fugiu o corpo o iscorregô no tar suáio marvado… Num les conto nada! Ieu, p’ra num caí, quis me assigurá na mesa, mai só pude grudá na varada da tuiáia, i lá fui pro tchão rastano a tuiáia i u’a proção de prato de doce! Foi u’a baruiêra de garrafa que se ispedaçô i um gritêro de muié… Home, ficô um angú de doce p’ro tchão i p’ros vistido das moça, que contano ninguem cridita! A mea dentadura postiço avuô num sei que djeito, i o Jolir — aquêle cuisa-mazinho de catchôrro — garrô a tar pensano que era osso de galinha, i afundô p’ro quarto de Madrinha!
Ieu fiquei ali tão disinchavido, tudo distendado, pidino discurpa, varado de vergonha i tudo inlambuzado de doce de abóbra! Inté me deu vontade de maiá a cabeça na parede! Tudo garrô a ispiá p’ra mim i a morrê de sirrí… Tinha uns home de casaca, a coisa mai feio do mundo, vê aribú, que inté tchorava de dá risada!
Ieu num pude güentá mai: fiz cumo quem ia bebê á’ua, grudei o tchapéu, pulei a jinela i botei o arco! O ismórque inda tá no hoté i amenhã vô vistí o tar, ponha tchapéu de chile i fazê o triango o dia intêro p’ra porveitá…
Autoria
O SACY — ediç. orig. de 1926 — Ano I., Nº 40
0 notes
Text
A Lenda de Sumé
Condo o jesuíta Manuel da Nóbrega isteve im Santos, no ano de 1549, foi relatado u’a lenda indígena arrespeito de Sumé. Discrito como um home arto, branco, cum longos cabêlo i barba grisaio i que frutuava no ar, teria vino do céu, inviado pur Tupã, adonde tchegô à antonce Enguaguaçu p'ra bebê a áua du’a fonte, localizada nas proximidade da isquina da Av. Bernadino de Campos c’a Rua Floriano Peixoto.
Êle trazia um grande saco nas cacunda. Tchamô a dgente da região i, pinchano pelo tchão um delúvio de semente que inchia aquêle saco, mostrô a todos que do tchão brotava pranta que logo produzia cumida i riqueza, fartura p'ra tribo, deixano a êles arguns punhado dela p'ra que prantiasse. Cumeçô a sê visto cum scisma pelos cacique locá, os quá tentô matá cum frechada im certa menhã; tentativa essa fáia, visto que as frecha misteriosamente retornô i matô seus atirador. Era tamem u’a das habilidade do istrangêro: tirá frecha de seu corpo sem sangrá. Teve dois fiio, tchamado de Tamandaré i Ariconte, que se odiava mortámente.
Sumé antonce teria andado de costa inté o mar, suverteno im seguida n'um vôo sobre a Baía de Santos p'ra nunca mai vortá. Não sem antes tê deixado na bica adonde apareceu u’a série de desenho, cum distaque p'ra u’a inorme pegada, fora dos tamanho normá p'ra um ser humano. Relatos posterior dos jesuíta dão conta que o motivo da ispursão dele foi tê proibido a poligamia i o canibalismo, motivano a réiva dos cacique.
A estória pur tráis da lenda
Pesquisas mai recente cunseguiu traçá a estória do misterioso home que, adespois de sua saída da Baixada Santista, teria chegado a Assunção, no Paraguai, i aos inca, no Perú, teno aberto o famoso Caminho do Piabirú, que ligava Santos ao Oceano Pacífico i foi utilizado pelos índio p'ras tróca cumerciá i adespois nargu’as iscursão dos banderante. Os inca da região do Piabiru curtiva lendas im arrespeito da Viracocham que im suas aparição seria munto semeiante à Sumé, levano a crê que seria antonce a merma criatura.
Os colonizador purtuguêis levô a hipótese de Sumé sê o apóstolo São Tomé, que sigundo a tradição católica, adespois de presenciá a assunção de Maria, teria ido à Índia pregá o catolicismo. Sua passage é discrita n'um texto do ano 200 denuminado “Atos de Tomé.” Na Índia, teria participado da fundação de 8 eigreja na região de Paravoor Thaluk, no ano 52. Os purtuguêis aquerdita que, adespois de sua passage na Ásia, rumô p'ra América, adonde insinô as benfeitoria aos índio paulista i da região do Piabirú.
C’o advento do abastecimento de áua amuderno im Santos, a fonte foi caino im desuso, inté caí no abandono i tê sido infelizmente demolida im fins do século XIX p'ra proveitamento de suas pedra im lajes i carçada na cidade. Apesá disto, num cunseguimo incontrá ôtros registro ô maior informação sobre a merma, talequá quarqué risquício hoje no locar. O mito ao redor das figura de Sumé, Viraconcha i São Tomé persiste repleto de mistério i estórias na região pur adonde teria passado, representano um interessante relato da mitologia paulista.
Autoria
Thales Veiga
#folklore#caipira#paulista#são paulo#folclore brasileiro#indígenas#jesuítas#sumé#são tomé#mitología#Viraconcha
7 notes
·
View notes
Text
Paraná: Jesuítas na Provinça do Guairá
C’o Tratado de Tordesi’a, im 1494, as nova terra discuberta a oeste da linha maginária pertencia a Ispanha i a leste a Purtugá. A linha do Tratado de Tordesi’a dividia o Paraná entre as duas potência marítima da época, Purtugá i Ispanha, seno a que úrtima ficô c’a maioria das terra do Istado, deixano só o litorá paranaense sôbre a administração purtuguêsa. Nêsse território que pertencia aos ispanhór num foi um vazio demográfico, apois ali vivia diversos índio da famia lingüística tupi-guarani i jê, se istima que vivia na região im torno de 200 mir índio ispaiado im vários agrupamento, só que suas curtura num tava n'um de munto cunhecimento, apois pissuía u’a agricurtura i cerâmica munto rudimentá, viveno da coleta de cumida pelas mata, da caça i da pesca, os índio inda tava na indade da pedra pulida.¹
Presença ispanhóla
A presença colonizadora ispanhóla no território paranaense cumeçô na segunda metade do século XVI (dezasseis), ispecificadamente im 1554, condo o território formato pelos rio Paraná, Paranapanema, Tibagi i Iguaçú foi incorporado à corôa ispanhóla. O guvernador de Assunção, Martinez de Irala, inviô u’a ispedição de oitenta homes c’a idéia de fundá a vila de Ontiveiros. Só que, im 1524 o viajante ispanhór Aleixo Garcia i im 1542 o conquistador ispanhór Álvar Núñes Cabeza de Vaca já tinha feito ispedição partida do litorá catarinense, discobrino as Catarata do Iguaçú, isprorano tamem o curso do rio Paraguai i submeteu argu’as tribo de índio que mai tarde intrô im confrito cum arguns colono ispanhór chefiado pur Domingo Martínez de Irala.² Os objitivo da intrada do guvernador de Assunção no Guairá é trêis: primêro, a ocupação era cunsiderada istratégica, pensano im istabelecê um porto im Laguna, no litorá de Santa Catarina, a fim de assegurá essa saída p'ro mar i ansim quebrá o isolamento dos colono de Assunção. Sigundo, o povuamento do Guairá permitiria defendê as provinça das cuntínua intrada que fazia os purtuguêis i ao mêmo tempo viabilizá as comunicação cumerciá c’o Brasí, travéis de São Vicente, seno de vantaje tanto p'ros paraguaio como p'ros luso-purtuguêis.³
A cidade de Ontiveiros chegô a tê um grande número de índio, que vivia sob o regime de encomienda, só que a cidade teve u’a curta duração de dois ano, de 1554 a 1556. U’a nova cidade foi construída im 1557, perto da foz do rio Piquiri, adonde hoje se localiza o município de Guaíra i Terra Roxa, pôco riba das istinta Sete Quéda, se chamava Ciudad Real Del Guairá, fundada pur Ruy Dias Malgarejo, adonde foi transferidos os pôco habitante que inda restava de Ontiveiros, que “suverteu” cum isso. Êle mêmo, cum quarenta (40) homes i cinqüenta i trêis (53) cavalo, fundô a sessenta léguas da Ciudad Real u’a tercêra cidade ispanhóla no Paraná, im feverêro de 1570, nas marge do rio Ivaí, a chamada Vila Rica Del Espírito Santo, que recebeu essa nomeação pelo grande despotismo de pedras cum cristá de ágatas que pissuía na região. Im 1592, hôve u’a ipidemia de varíola forçano a transferência de Vila Rica pur orde do capitão Guzman p'ra região perto da foz do rio Corumbataí, no Ivaí. A principar atividade inconômica realizada na região era a istração de erva-mate.⁴
Essas cidade ispanhóla tinha como grande objitivo suborná os índio i garantí a proteção do caminho do Piabiru, que ia de São Vicente, passava na região do Guairá i ia inté o Oceano Pacífico, proximidade de Lima, no Perú, defendeno o acesso a Potosí, cum suas mina de prata, arvo da cobiça purtuguêsa.
Início das redução
C’o tempo, êsse regime de encomienda gerô certa resistênça aos índio, im ispeciá nos índio do tronco jê, como os kaingang, que era mai hostir a duminação ispanhóla. P'ra miór catequizá i invorvê êles no mundo ocidentar, o guvernador Hernando Arias de Saavedra c’a autorização do rei Filipe III, que buscô ampriá os domínio da região, criô a Provinça Del Guairá, tamem cunhecida como “Repúbrica Guarani”⁵ i chamô inté a região os padre jesuíta, dano o comando de istensa faixa de terra. Filipe III foi o rei no chamado domínio ispanhór, entre 1580 i 1640, adonde ocorreu a união entre a coroa purtuguêsa i ispanhóla.Os padre jesuíta criô u’a nova manêra de ministrá a catequese, criano ardeamento, adonde seria mai fácir de protegê os índio i daria u’a maior liberdade aos índio, seno assistido pelos religioso, que passô a estória como o nome de missão jesuítica. A primêra região que isprimentô o sistema de redução jesuítica foi a do Guairá, que passô a atraí um grande número de índio que cumeçô a fugí das encomiendas ispanhóla ino p'ra essa povuação. As primêra redução fundada foi a Nuestra Señora de Loreto i San Ignácio Mini, criadas im 1610. A primêra se situava na foz do rio Pirapó, i passô a sê capitá da provinça, adonde passô a residí o superior da Cumpanhia de Jesus da região. Ao todo, foi fundada quatorze missão principar ispaiada pelos rio Paranapanema, Tibagi, Iguaçú, Piquiri i Ivaí, quar chegô a tê im torno de cem mir (100.000) índio, na maioria guaraní, fazeno prosperá as missão.⁶ O sucesso dessas redução levô a decadência de Ciudad Real i Vila Rica, apois a mão de obra que vivia ali iscoieu ficá nas redução, deixano as encomiendas ispanhóla sem mão-de-obra p'ra istração da erva-mate.
Organização du'a redução jesuítica
As redução era dirigida pur um missionário, que os índio chamava de “pae-véio” im sua língua, i êsse era auxiliado pur um assistente, o “pae-novo.” Os jesuíta procurô não quebrá a hierarquia c’o quar os índio tava curtumado. Tinha propriedades particular i coletiva, que era cuidada i fruitificada im turno pelos índio, que a chamava de “propriedade de Deus”. Tinha u’a criação coletiva de cavalo, boi i galinha. O produto dêsse trabaio era armazenado im depósitos púbrico, adonde cada famia recebia o necessário p'ro seu sustento, seno limitada a distribuição, p'ra que as índia dona de casa num se curtumasse a gastá demasiadamente. Dêsses mêmo depósito tamem se retirava o necessário p'ro curto i o pagamento de imposto, que era pago a coroa ispanhólas. Os missionário não introduziu a o dinhêro entre os índio, p'ra num dispertá cubiça.
O termor dos paulista
C’o sucesso das redução jesuítica, isso gerô temor nos paulista. Entre os principar interesse dos paulista tava o temor du’a ispansão ispanhóla p'ro leste, im direção à baía de Paranaguá, a captura de índio p'ra trabaiá im suas lavôra i o desejo de atingí as famosa mina de Potosí. Os purtuguêis sempre teve a intenção de tê como limite meridionar do Brasí, o rio da Prata, já os ispanhór desejô êsse limite im Cananéia ô inté a baía de Paranaguá.
C’a ispansão das redução ispanhóla, que já tava açcançano o vale do rio Tibagi, causô u’a pensão entre os paulista, tamem chamados de “mameluco”, que viu como u’a guerra justa, já que ameaçava a inzistênça do Tratado de Tordesi’a. Hai tempos que os paulista organizô bandêras adonde percorria o litorá i o interior campeano índio, que era gerarmente preso i levado a São Paulo, adonde seria vendidos como iscravo.
As ispedição banderante i o fim das redução do Guairá
Os ataque dos banderante paulista se tornô mai freqüente a partí de 1628, principarmente pela omissão do guvernador do Paraguai, Luís de Céspedes Xéria, que nêsse tempo percurava rompê o broco hegemônico do sistema coloniar no Paraguai, entre o Istado i a eigreja, deixano os jesuíta infrentá sozinho os banderante paulista. Os missionário propôs junto ao provinciar do Brasí, Dom Diego de Oliveira a liberdade dos índio, só que não obteve ajuda. Mêmo sem apoio das autoridade paraguaia, i sem apoio das autoridade brasilêra, os jesuíta manteve fiér as orde vinda de Roma.⁷
Os pobrema invorveno os banderante paulista num era novidade no Guairá, como já citado anteriormente, iniciô a tê mai força a partí de 1611, condo o guvernador paulista Luís de Sousa ordenô que os cacique de ardêia próxima a São Paulo fosse buscá índio parente nos sertão do Guairá, p'ra trabaiá nas mina dos purtuguêis.
Os paulista era cunhecido pelos jesuíta i índio como “mameluco,” (o mêmo que “cabôcro”) i a partí de 1628 passô a atacá as missão do Guairá cum verdadêros inzército, principarmente a bandêra liderada pur Antônio Raposo Tavares, organizada im São Paulo no finar de 1628 cum sessenta i nove (69) paulista, novecentos (900) “mameluco” i trêis mir (3 000) índio. Alêm do próprio Raposo Tavares na liderança da bandêra, tamem tava presente o seu irmão Pascual i seu sogro, Manuel Pires.⁸ A primêra missão devastada pelos banderante, inda im 1628, foi a missão de Encarnación, adonde todos os home foi preso i levado como iscravo. As criança, os véio i pessoa mai fraca foi todas morta pelo caminho.⁹
Os banderante paulista era tropas mercenária, que agia pur conta própria, num comprometendo ansim os purtuguêis i nem os ispanhór, os quar num aceitava a inzistênça dessas missão jesuítica. P'ros purtuguêis, devastá o território do Guairá era um modo indireto de desgastá o domínio ispanhór, evitano ansim u’a guerra direta entre as duas coroa. Pur cunseqüência, adespois de distruí a maioria das missão jesuítica no território do Guairá, os paulista oiô p'ra duas cidade ispanhóla na região, Ciudad Real del Guairá i Villa Rica del Espírito Santo, visto que as duas cidade tava praticamente ispósta, cumeçô a pranejá a distruição dêsses núcreo i povuação.¹⁰ O guvernador do Paraguai, im 1630, ispediu u’a orde proibino que os ispanhór de Villa Rica i Ciudad Real num auxiliasse cum armamento de fogo as missão jesuítica.¹¹
Inda fartava duas missão jesuítica não distruída pelos paulista, seno elas Nuestra Señora de Loreto i Santo Ignácio Mini, i adespois da invasão da missão de São Francisco Xavier, os sobrevivênte das povoação próxima a essas missão se tirô inzatamente nas duas primêra missão. O padre Antônio Ruiz de Montoya cunsiguiu juntá 12 000 índio nas duas missão, i cum 700 barsa cunseguiu transportá êsses índio, desceno os rio Paranapanema i Paraná, i se istabeleceu no território da Provinça de Missiones, no noroeste argentino. Dos 12 000 índio levado pur Montoya, cerca de 8 000 cunsiguiu chegá à região argentina, adonde seria reerguida as missão.¹³ Os ispanhór de Ciudad Real del Guairá i Villa Rica sofria pela pobreza derde 1628, teno farta de cumida i de índio p'ra trabaiá na istração de erva-mate. Adespois dos banderante paulista distruí as missão jesuítica, atracô im 1632 as duas cidade, a primêra delas foi Villa Rica, que foi sitiada pur trêis mêis i seus morador fugiu p'ra região mai ocidentar do Paraná i ôtros foi p'ra São Paulo. Os ispanhór de Ciudad Real del Guairá abandonô a cidade temeno os paulista, deixano o Guairá sem nium núcreo de colonização oropéia, c’o fim da colonização pur ação dos paulista, a véia região do Guairá se tornô só u’a região de trânsito p'ra purtuguêis que saía de São Paulo.¹⁴ Mêmo o Guairá pelo Tratado de Tordesi’a seno de posse ispanhóla, os próprio ispanhór foi ispurso de suas terra, i o que antes era chamado de “Repúbrica Guarani” ficô só seno um vazio demográfico, sem nium núcreo populacionar, u’a terra vazia a ispera du’a colonização.
Autoria
Felipe Teixeira Moraes
Tradução
Danfosky
Referênça
CORTESÃO, Jaime. Raposo Tavares e a formação territorial do Brasil, 1966. p. 22
WACHOWICZ, Ruy C. História do Paraná, 2001
GADELHA, Regina Maria. Do Guairá à conquista do Paraná (1553-1680): Subsídios para a história da expansão territorial do Brasil, in Anais do Seminário Internacional, Missionários e Espanhóis: o Paraná no Contexto da Bacia do Prata Séculos XVI e XVII, 2010. p. 22
PARELLADA. Claudia Inês. Vila Rica del Espirito Santo: Ruínas de uma cidade colonial Espanhola no interior do Paraná, 1993. p. 6
LUGON, Clovis. A república comunista cristã dos Guaranis, 1610 a 1768, 1977
PARELLADA. Claudia Inês. Vila Rica del Espirito Santo: Ruínas de uma cidade colonial Espanhola no interior do Paraná, 1993. p. 7
SCHALLENBERGER, Erneldo. O Guairá e o espaço missioneiro: índios e jesuítas no tempo das missões rio platenses, 2006, p. 82
WESTPHALEN, Cecília Maria, BALHANA, Altiva Pilatti. Presença Espanhola no Paraná- Séculos XVI e XVII, 2003, p. 381
LUGON, Clóvis. A república comunista cristã dos guaranis, 1610 a 1768; 1977, p. 46
LUGON, Clóvis. A república comunista cristã dos guaranis, 1610 a 1768. (1977), p. 51
PARELLADA, Claudia. Resistência e Mudança Guarani: A Linguagem Visual nas Missões Jesuíticas do Guairá (1610 – 1631), 2011, p. 16
WESTPHALEN, Cecília Maria, BALHANA, Altiva Pilatti. Presença Espanhola no Paraná- Séculos XVI e XVII, 2003, p. 382
PARELLADA, Claudia. Resistência e Mudança Guarani: A Linguagem Visual nas Missões Jesuíticas do Guairá (1610 – 1631), 2011, p. 16
0 notes
Text
Banderantes, estória dos herói caipira
Banderante é o nome dado aos home que surgiu no século XVI na América do Sur, formados principarmente pur paulista i a princípio tamem pur purtuguêis, que iniciô suas atividade saino da Capitania de São Vicente i se aventurano pelas froresta discunhecida i isolada da América do Sur, sempre im busca de riquezas minerar i de índios p'ra iscravizá, argo que era munto comum teno im vista que os próprio nativo "brasilêro" iscravizô índios deferente, i como, naquela época, a Capitania de São Vicente era um lugá istremamente pobre, a iscravidão era vista como argo necessário, i de certa forma, argo justo tamem. Levano im cunsideração que im todo o mundo ela era praticada, incrusive entre os próprio índio.¹
Iscravizá índio era u'a atitude ilegá, apois, alem de sê do interesse de Purtugá mantê o monopólio sobre os iscravo africano, autorizá a iscravidão de indígena tioricamente atrapaiaria a união entre esses povo i os oropeu, principarmente os católico, que queria catequizá êles im nome da ispansão do cristianismo pelo Novo Mundo. Os banderante, no intanto, num se importava, apois era autonomo i independentes, não istano diretamente ligados à coroa purtuguêsa i munto menos aos objitivo da eigreja.
Durante o período que ficô cunhecido como Entradas e Bandeiras (cai: Intradas i Bandêra), esses home ispandiu a pequena Capitania de São Vicente p'ra alêm dos limite imposto pelo Tratado de Tordesi'a, fazeno dessa capitania u'a das mai próspera i maior do período coloniar luso-brasilêro. Além de São Paulo, que é a orige dêsse grande império banderante, hoje essa capitania, já istinta corresponde a toda a região Centro-Oeste i Sur do Brasí, partes do Norte do Brasí como os istado de Tocantins i Rondônia i partes do Sudeste como Minas Gerais i sul do Rio de Janêro. Argu'as parte do Uruguai tamem foi reinvidicada como parte da Capitania de São Vicente.
Esses home tamem era chamados de "caipira" pelos índio guaianá, o apelido surgiu na região do arto Tietê, im São Paulo. Se intende que o termo "caipira" na antiga língua tupi, significa "cortador de mato", teno sido a parti dêsse cuntesto que surgiu a curtura caipira, que é hoje nóis pode afirmar que ela é basicamente um agrupamento de toda a curtura banderante.²
Muntos banderante vivia na região de São Paulo dos Campos de Piratininga, u'a região marginalizada da Capitania de São Vicente, adonde os recurso i materiar era iscasso. As ispedição dos paulista, denuminadas "bandêra", se tornô cada vêiz mai organizada, seno composta pur desbravador, coletor de cumida, guias i capelão, essas ispedição gerarmente tinha um líder banderante, que comandava toda a trópa.³
C'o passá dos ano, o banderantismo foi seno substituído pela atividade tropêra, que surgiu da necessidade dêsses home im utilizá alimá p'ra mantê seus centro de mineração, substituíno antonce o trabaio iscravo índio i negro nargu'as função que inzigia força p'ra isportação, quá foi munto bem impregada pur mulas.
Os banderante i a Santa Inquisição
Os banderante se cunsiderava poderoso, fazia dispacho sem autorização, nomeava capitães-generais i oficiar de guerra, hasteava bandêras im territórios aleio i formava um forte inzército, era ferrenhos opositor do sistema teocrático católico, que im certos causo, ao invadí missão jesuítica, distruía eigreja, quebrava istátua de santos i devastava cidades i vilas intera, deixano elas desabitadas i sem colonização.
A região do Guairá, que corresponde ao atuar oeste do Paraná, foi um dos lugá que foi distruído de conquistado pelos banderante, o padre Antônio Ruiz de Montoya, apóstolo da região, afirmava que os paulista era autênticos aliado de Satanás, i que o dianho intervinha a cada passo junto aos índio, usano vários desfarce p'ra disviá êles da fé. Os banderante, alêm de "judeu" i "dianho", foi chamado nos século seguinte nas crônica jesuítica de "corsário", "pirata", "bandido" i "besta".
Arguns autor aquerdita que a Inquisição i suas personalidade, como os jesuíta, perseguiu os banderante pur causa de suas orige judaica sefardita. Os jesuíta ispanhór aquerditava firmamente i arripitia que os judeu paulista tava ligado ao demônio. Im 1639, no auge da ispansão banderante, o padre Diogo de Alfaro, comissário da Inquisição peruana, foi inviado p'ra investigá os paulista, teno como um dos objitivo prendê o banderante Antônio Raposo Tavares — cujo foi criado pur u'a madrasta judia — i intregá ao Santo Ofício. Os católico num maginava que o banderante Baltazar Fernandes, fundador de Sorocaba, acabaria matano o padre cum tiro na cabeça, garantino ansim a liberdade aos paulista.⁴
O nome "banderante"
Se pode dizê que "banderante" num é um termo tão antigo conto a própria estória de São Paulo, "banderante" é um nome relativamente novo, criado munto adespois do auge das bandêra. O nome banderante apareceu pela primêra vêiz como registro gráfico im 1871, seno o equivalente a um "sertanista" de São Paulo.
Já im relação ao termo "sertanista", muntas vêiz usado como sinônimo de banderante, é certamente mai novo, teno sido arregistrado pela primêra vêiz im 1877, p'ra definí u'a pessoa que cunhece o "sertão" — u'a região cumpósta pur pôcas pessoa, sempre longe dos centro urbano. O nome sertanista surgiu como um requisito conceituar i antropológico que puderia definí os paulista do século XVI (dezasseis) ao XVIII (dezóito) que já num tava mai diretamente ligado aos banderante.⁵
Autoria
Danfosky
Referênça
BARRETO, Benedito Carneiro Bastos — “No Tempo dos Bandeirantes”, 1939
CARDOSO, Cristina de Lima — “Estudos das tradições caipiras em Itapetininga”, 2016
PICINATO, Pricila Balan — “O Novo “Caipira”: O olhar do “eu” e do “outro””, 2013
NOVINSKY, Anita Waingort — “A Conspiração do Silêncio: Uma história desconhecida sobre os bandeirantes judeus no Brasil”
MACEDO, Tairone Zuliani de — “As origens e evoluções etimológicas dos termos sertão e sertanejo”, 2006
0 notes
Text
Do banderantismo ao troperismo: das divisa ao porguesso
P'ra se buscá o intendimento sôbre o que foi o troperismo i suas ispecificação, se precisa remetê a períodos anterior i a processos que pur sua vêiz cuntribuiu p'ra que o troperismo se tornasse um sistema de istrema importância durante os século XVIII (dezóito) i XIX (dezanóve). A colonização purtuguêsa nessas terra que hoje cunhecemo como Brasí se deu primeramente im isprorá as riqueza naturá, posteriormente se instaurô, o cicro da cana de çucre adonde o prantio i o manejo dessa curtura foi vortano p'ra isportação sob o controle da metrópole oropéia, só que, sabemo que iniciarmente essa curtura foi ristrita a argu’as capitania.
Nêsse cuntesto se pode inserí, São Paulo, que nêsse momento tava passano pur um aumento im sua população, divido a u’a grande migração dos habitante de São Vicente, fato êsse que se deu pela decadência de seus canaviar levano muntos fazendêro a ruína, nêsses tempo num hai São Paulo inda como um grande cêntro cumerciá i agrícola, nos morde de isportação cumparado as capitania do Nordeste, hai inda fator que dificurtô a comunicação de São Paulo c’os principar cêntro mercantir, São Paulo era separada do litorá pela istênsa Serra do Mar, antonce c’o creçumento demográfico, seus habitante percisô buscá formas de subsistí, apesá dessas dificurdade geográfica de comunicação imposta a São Paulo, pur sua vêiz i geografia num le dificurtô apenas, mai le deu tamem vantage, apois São Paulo era vortada p'ro interior i essa penetração foi facilitada pelo rio Tietê i seus afruênte que comunicava os paulista c’o interior, essas condição propiciô p'ra que surgisse os banderante, ô simpresmente como era cunhecido na época os paulista, homes que im sua maioria era mestiço fii de purtuguêis cum nativa, ô inté mêmo já era a segunda ô tercêra geração dessa miscigenação cabôcra.
Esses home se imbrenhava na mata pur mêis i inté anos im busca de riquezas minerar, êles deu sua cuntribuição a corôa [purtuguêsa] na ispansão do território que era dividido c’a Ispanha midiante ao Tratado de Tordesi’a de 1494, cuntribuiu tamem na discuberta das riqueza minerar, só que sua atuação tamem truxe malifício, seno sua principar cunseqüência o istermínio das população indígena, seje pelas bataia i iscravidão ô pelo simpres contato levano duença que os índio num tinha defesas biológica. Os paulista banderante percorria os sertão aprisionano os índio i escravizano êles — êsse fato era comumente cunhecido como "preação dos índio" — o cativêro de índio se tornô um mêi de subsistência p'ros banderante, nessas impreitada pelas mata i pelo interior inóspito da colônia êles cuntribuiu tamem p'ra discoberta do ouro.
Era do "cicro do ouro"
Se inicia antonce o cicro do ouro i cum êle a febre do ouro, que infruenciô u’a migração p'ro interior das Gerais, provocano um grande despovuamento nos primêro núcreo coloniar i principarmente nas capitá das provinça do sertão nordestino [brasilêro] i do litorá çucrerêro, im poucos ano região desertas se transformô na área mai densamente povuada das América, concentrano cêrca de 300 mir habitante pur vorta de 1750.
Cum essa maior muvimentação i c’a retirada do ouro, inté mêmo p'ro abastecimento dessas região era perciso um mêi de transporte, sabemo antonce que nêsse período os mêo de transporte num fazia parte da pauta dos colonizador, apois, os primêro núcreo cumerciá i istraviaste tava concentrados im lugá de fácir acesso, gerarmente perto ao litorá i aos porto de isportação, iniciarmente p'ra arresorvê o pobrema no transporte foi impregado o uso da mão-de-obra iscrava tanto de negro como de índio, valorizano ansim o custo dêsses iscravo i inriqueceno tanto os negrêro conto os paulista que fazia o tráfico dos criôlo, ô seje os índio, i os iscravo era obrigado a carregá de tudo derde donzelas inriquecida inté lingotes de ferro entre ôtros materiar. C’o creçumento da atividade mineradora, o elemento humano (índio i negro), num cunsiguiu mai atendê a demanda de transporte imposta pela inconomia de isportação, u’a vêiz que p'ra êsse fim precisava sê dispensado um delúvio de iscravo, uns p'ro trabaio nas mina i ôtros p'ro transporte, isso se tornô inviáve divido ao arto preço do iscravo no mercado. P'ra tróca do iscravo no transporte, se deu artenativa do imprêgo dos muar, que era incontrado nos campo do Sur i que durante munto tempo havia sido inorada, a cumercialização do muar antonce se intensifica i agora intra nêsse cenário a figura dos tropêro, que foi se tornano os negociante que atraiu na região i gradativamente substituiu os banderante.
Atividade tropêra
O troperismo foi um sistema sociá de istrema importância p'ra ocupação de fato das frontêra aberta anteriormente pelos banderante, os tropêro cruzava o interior do Brasí criano rotas i trias im busca de burro i mula p'ra utilização dêsses como mêi de transporte, no lombo dêsses alimá foi transportado de tudo um pôco. Nêsse sistema sociá inzistia tamem u’a divisão do trabaio tropêro, que tava em, criá, negociá, vendê i tangê esses alimá, essas divisão num se dava apenas no trabaio im si, mai tamem na hierarquia dêsses home, inzistia o dono da trópa que levô boa parte do dinhêro, adespois tinha os condutor, camarada, cuzinhêro i aprendiz, essa divisão tamem se dava no campo territoriar apois cabia aos gaúcho a criação dos alimá, aos paranaense o aluguer dos campo p'ras invernada i aos paulista cabia a tarefa de cumercializá nas fêra realizada im Sorocaba, apois, era a partí daí que os alimá era distribuído p'ra ôtras região, a atividade tropêra i as fêra proporcionô ansim o surgimento de inúmeras vila que mai tarde istabeleceu como cidade, inconto argu’as região, seguia os modelo mercantilista imposto pela metrópole como as região auríferas i çucrerêra, u’a grande porção do território coloniar seguia a lógica da atividade tropêra, toda a cumercialização do muar incontrado no Sur destinada a região centrar da colônia i a Minas Gerais, Mato Grosso, Rio de Janêro, Ispirito Santo, São Paulo i a ôtras capitania adonde era utilizada como mêi de transporte, seno elas trópa arriada ô trópa de carga, mai ao longo dessas rotas adversa i muntas vêiz estreita i repletas de perigo, é que se refretia a vida do tropêro, as rôpa que êles usava, i seus curtume alimentá, divido a distância i a dificurdade de transportá alimento seu cardápio se constituía basicamente de, carne seca, feijão, angu de mio, farinha de mandioca i torresmo. O arto preço do sar impedia a sua utilização, cum isso se dava o preparo do feijão tropêro que inté hoje é um prato freqüente na alimentação de muntas cidade da Paulistânia.
Ôtro fator importânte a sê istudado no troperismo são seus ponto de parada p'ro discanso, os pouso divido a grande distância percorrida pelos tropêro, ao finar de cada dia vencido havia a necessidade de pará p'ra discançá, essas parada p'ra pernoite foi se tornano antonce cada vêiz mai fixa i definitiva, inziste várias tipíficação dos lugá de pouso tropêro, podia sê rancho, venda, estalage ô fazenda, cada quá cum suas característica própria, a partí dêsse cenário foi pussíve incontrá o compréxo fazenda-rancho-venda (cumércio), esses compréxo combinava de manêra rudimentar i imidiata, a isproração da terra i a colocação de seus produto, a fazenda miúda fornece a mercadoria que nela se produzia o rancho mai a venda atraía o provave comprador i pussibilitava as transação, pode se colocá que êsse isquema foi fundamentar p'ra cuntinuidade do troperismo, apois, o morador locá se istabelecia próximo aos pouso, curtivava curturas de subsistência i as colocava nas venda p'ra cumercialização, esses produto era basicamente feijão, farinha, carne seca, mio i mandioca, outros produto necessário p'ro cotidiano dos tropêro era inserido na venda, i ansim im torno dessa atividade lentamente se formava as praça ao seu redor, hovesse porguesso, o número de casa ia aumentâno gradativamente, ganhâno autonomia política i se elevano p'ra condição de vila i inté mêmo cidade, se pode concruí antonce que o povuamento quage sempre se dava ao redor dos pouso i aos istabelecimento cumerciá deixano ansim nítida a impressão de transformação posta pelo troperismo, não só transformação mai tamem forma de arrecadação que se montô im torno da atividade tropêra, como se pode citá as vila que detinha pontes, c'o avar da corôa se torna inconstitucionalizada a cobrança de pedágio ao fruxo que pur elas passava, cobrano u’a taxa pur muar que ali passasse, criano antonce a pussibilidade de arrecadação de imposto.
Decrínio da atividade tropêra
Durante mai de 150 (cento i cinqüenta) anos a atividade tropêra foi a principar fonte de transporte i ligação entre as provinça, porêm c’o surgimento da inconomia cafeêra im miados do século XIX, cum novas forma im seu processo de produção inzigia maior velocidade i capacidade na circulação i distribuição das mercadoria, muntos estoriador têm a data de 1875 como marco finar da atividade tropêra, c’o advento da ferrovia, colocano êsse fato como gorpe de misericórdia no troperismo, só que inziste registros da úrtima fêra de venda de muar im Sorocaba im 1897 que ôtros estoriador data como um marco finar do troperismo, entretanto a ispansão dos triio p'ro Oeste Paulista i a istrada de ferro que ligava o Rio de Janêro a São Paulo, superô munto a capacidade de transporte p'ro porto de Santos tornano o muar ineficiênte p'ra essa atividade. Hai a ferrovia como um ponto cruciar p'ro decrínio da atividade tropêra, só que não p'ro seu fim de imidiato, apois a istrada de ferro cum todo seu dinamismo inda num atingia todas as frente de disinvorvimento i sua abrangência se dava apenas narguns introncamento, as mula cuntinuô seno utilizada im trabaio interno nos cafezar i canaviar, na preparação de terra i im ôtros sirviço de transporte, inté os introcamento i as istação de imbarque, levano o troperismo a adentrá o século XX, apois im 1935 inda inzistia cêrca de 30 a 50 tropêro que trazia p'ra São Paulo im torno de 30.000 cabeças de muar.
Num se pode negá que a ferrovia produziu um tepo mai velóiz p'ra arguns lugá, privilegiano inconomicamente aquêles que ajudô im sua instalação, ô seje, grandes fazendêro i cafeicurtor nas região de maior produção, i aos pequeno produtor só restava inda os muar como mêi de acesso aos principar tronco ferroviário, a ferrovia conviveu inté as primêra década do século XX cum um têmpo mai lento conduzido pela velocidade do muar, só que, um elemento determinante, foi o aparecimento das máquina de tração i dos veículo automotor preparados p'ro transporte de carga i arado, como camião i trator proporcionava velocidade i circulação aos produto, a partí daí o muar num era mai necessário p'ra transportá a mercadoria da fazenda inté a istação de trem, nem p'ra ará o campo ô sungá o bonde nas cidade, a máquina definitivamente substituiu o muar. Im 1950 os tropêro deixô de conduzí trópas de muar do Sur i cum a era do presidente Juscelino Kubitschek, vigora o Brasí do automóve, colocano um fim no troperismo.
Resumo
Inda sob essa perspectiva, se pode concruí que inzistiu trêis cicro importânte inconomicamente p'ra metrópole purtuguêsa i posteriormente p'ro império brasilêro, foi êles: da cana-de-çucre, do ouro i do café, só que num se pode disprezá o troperismo, apois êsse foi de inguá magnitude, importante não apenas p'ros interesse istérno, mai vitar p'ro disinvorvimento interno, se pode colocá sua importância istérna na manutenção dêsses cicro, tão importante p'ras metrópole i para o surgimento i fortalecimento do mercantilismo i capitalismo oropeu, o troperismo pur sua vêiz, foi tão mai importante internamente pussibilitô a ocupação de todo o Sur, ispandino i fixano frontêras, pussibilitô tamem o surgimento de cidades tão importante que im sua superô inconomicamente argu’as capitá de provinça, cidades essa que inté os dias de hoje são fundamentar no cuntesto istaduá i federá.
Autoria
Andre Benitez
Referênça mencionada
STRAFORINI, Rafael. No Caminho das Tropas. Sorocaba. 2001
#tropeiro#bandeirante#estória#história#caipira#São Paulo#Paraná#Santa Catarina#Rio Grande do Sul#Minas Gerais#Rio de Janeiro#Esp��rito Santo#Paulistânia#Brasil#portugal#império brasileiro
2 notes
·
View notes
Text
Bugrerismo: Genocídio indígena i motivação da atividade bugrêra
No Brasí do século XIX (dezanove), im Santa Catarina, cumeçô o processo de colonização oropéia, adonde muntos oropeu migrô p'ras zona rurá dêsse istado, campeano miores condição de vida i trabaio. A população indígena, tamem denuminada "bugre", era maior, teno etnias ispaiada pur toda a região, no intanto essa realidade cabô se tornano um pobrema p'ros colono, apois os índio era pessoa agressiva, invadia propriedade privada i agredia as pessoa inté a morte, tamem era mui freqüênte o rôbo de utensios doméstico, cumida i rôpa, êsse cumportamento era o que tornava os colono arreminado, que arrespondia os índio cum caça i morte.
Im 1836, a atividade dos colono se tornô oficiá, condo muntos home branco, cabôcro i arguns bugre aliado passaria a sê cunhecido como "bugrêro", termo originado de "bugre", o mêmo que "índio" i "indígena",² que nargu'as região do Brasí pode sê visto como um pejorativo.³ Nargu'as image associada aos bugrêro, pussive notá a presença de homes cum característica africana, isto indica que os negro tamem era aceito na caçada aos bugre.
Os bugrêro era u'a récula de homes rurá que conduzia trópas de 8 a 15 pessoa, no fim do dia, cum seus apêro, esses home atorava im direção às froresta, as dada contra os bugre era feita de forma silenciosa de noite, matano homes adurto i poupano argu’as muié. As criança, im ispeciá as minina, tamem era poupada, seno separada de sua famia i levadas a ôtra localidades, como Florianópolis i Blumenau, adonde lá seria bautizadas im eigrejas cristã i agregadas pur novas famia.³ Travéis dos bugrêro, ao invêis de, como nos tempo de dante, oferecê "ispeinho" aos índio, o único jêito de passificá era matano êles cum facão ô arma de fogo, ô condo num cuntecia derramamento de sangue, os índio era ispurso.
Na época, foi criado um arraiá cunhecido como “São Paulo de Blumenau”, que era basicamente u’a ispécie de colônia alemôa im Santa Catarina, c'o objitivo de se torná u’a colônia agrícola. O arraiá de São Paulo de Blumenau foi istabelicido im 2 de setembro de 1850 pelo químico alamão Hermann Bruno Otto Blumenau, inaugurano cum 17 colonos. Nos primêro anos, os habitante da colônia cumeçô a sofrê ataques dos índio que habitava a região, o primêro dêsses ataque ocorreu im 28 de dezembro de 1852,⁴ causano pânico naquêle arraiá-miúda, forçano o dotôr Hermann Blumenau a se comunicá c'o guverno da provinça, solicitano a presença permanente dos bugrêro na região, não obteno sucesso. C’a farta de apoio do guverno de Santa Catarina, o dotôr alamão pionêro penso mió i organizô sua própia trópa de bugrêro, composta pur habitantes de sua colônia, i ansim os alamão cumeçô a caçá os índio.
A inzistênça dum grupo de isterminador de índio nu’a colônia alamã catarinense se ispaiô rapidamente p'ra ôtras região da provinça, atraíno a atenção de Martinho Marcelino de Jesus, vurgo “Martin Bugreiro”, um dos mai cuincido bugrêro, nascido im 1876 nu’a região que atuarmente corresponde ao município de Bom Retiro, im Santa Catarina. Martin, de acordo cum argu’as fonte, era bastante popular entre as pessoa de Blumenau,⁵ i, portanto, foi convidado a trabaiá na localidade, aceitano no mêmo instante a certa casião. Seu objitivo era só matá ô ispursá os índio de sexo masculino; êle evitava matá muié i minina i, narguns causo, tamem piá, pur teoricamente num presentá risco. Os índio preso pur Martin foi entregue p'ras autoridade provinciá, adonde taria siguro i eventuarmente poderia se torná parte du’a nova famia.⁶ A ispursão de homes nativo pur Martin Bugreiro num resorveu inzatamente todos os pobrema, apois im 25 de novembro de 1902, foi relatado que os índio ispurso, armados cum pau, ispancô u’a muié alemôa de 36 anos, Giuseppina Schiochet, i inda pur riba, matô istrangulada u’a minina de 11 anos de nome Emilia, cuja era fiia dessa moça.
O maior mundéu de Martin Bugreiro cunteceu im dezembro de 1906, adonde déiz índio foi preso, incruíno duas muié, cinco minina i trêis piá.⁷ Imbora êle aparentemente se amostrasse um bão moço c’as criança, Martin nem sempre era ansim. Na região de Brusque, êle cunsiguiu localizá os índio, cercano êles de noite i pela menhã, todos foi morto, incruino as criança pequena. No causo das criança, Martin tinha o curtume de pinchá os piá p'ra riba, p'ra condo caísse, tivesse o crânio perfurado pur u'a ispada, resurtano nu'a morte definitiva.⁸ ⁹ De 1923 a 1928, a sirviço do inspetor Carlos Miguel Koerich, êle trabaiô na região do município de São Bonifácio, adonde hôve o causo do massacre dos índio xokléng.¹⁰ Martin cuntinuô atuâno como caçador de índio provavemente inté o finá de sua vida.
Ôtras região
A atividade dos bugrêro num se limitô a Santa Catarina. Inda no século XIX, êsse tipo de atividade teria se ispaiado p'ra ôtros lugá do Brasí, como Paraná, São Paulo i Rio Grande do Sur. Im São Paulo, a guerra entre brancos i índio sempre inzistiu i se istendeu a ôtros lugá da Paulistânia — região de curtura do povo caipira — teno cumeçado ispedição realizadas entre os século XVI (dezasseis) i XIX pelos banderante, mai o foco das "bandêra" num era iscrusivamente o istermínio de índios, levano im cunsideração que havia inté aliança entre os índio i os banderante, alêm da cuéra presença curturá dos índio na suciedade paulista i na vida dos banderante, como o causo da língua paulista (nehengatú paulista), que se originô do tupi, i tamem o causo do banderante Manuel de Borba Gato, que adespois de matá um inviado do Reino de Purtugá,¹¹ se atorô nos mato da Capitania de São Vicente (parte atuá de Minas Gerais) i foi aculido pelos índio, o que dificirmente cunteceria c'um bugrêro.
P'ros oropeu (maioria intaliano i alamão), paulista i brasíano (maioria de Minas Gerais) que colonizô o interior de São Paulo, os índio era visto como u'a "barrêra" ao porguesso capitalista na região, tornano necessária a solicitação de trópas bugrêra, c'a intenção de isterminá os índio ô de ispursá êles p'ra ôtras região do istado.¹²
No cumeço do século XX, o povo kaingang percurô se aliá cum esses colonizador, c’a intenção de derrotá grupos étnico cunsiderados “deferente”, mai sem sucesso. Imbora num tenha cunsiguido suporte dos colonizador, a atitude foi útil p'ras agência de proteção aos índio, que acoieu êles.¹³ Os índio kaingang sempre compusero grandes população im São Paulo, cum muié i homes trabaiano — os home kaingang trabaiava c’a pésca, caça, coiêta de fruita i im ôtras atividade p'ra mantê a ardêia (arraiá de índio) sempre ativa¹⁴ — i imbora já tivesse um sirviço p'ra briquitá c’os índio de forma amigave, isto mudô precisamente c'o processo de povoação, que se tornô cada vêiz mai necessário p'ro disinvorvimento inconômico de São Paulo. Os kaingang era um povo festêro, realizava festas tradicioná, u’a cuja bastante popular, era cuincida como “Veingreinyã”, adonde tinha casamento, namoro, filiação de fiios — tradicionarmente feita pelo pae, arrespeitano a patrilinearidade — i foi tamem adonde os índio teve tempo livre p'ra se divertí i se imbriagá i, nêsse cuntesto, c’os índio vunerave, os bugrêro se porveitava i matava a todos. Como cunseqüência das dada bugrêra feita durante o Veingreinyã, essa tradição cabô intrano im istinção im São Paulo.¹⁵
Características i índios bugrêro
Os bugrêro era composto pur homes branco, arguns homes negro, cabôcro i, ironicamente tamem haveno o registro de índios bugrêro, como é o causo do cacique kaingang Vitorino Condá, que trabaiô p'ros colono im nome do istermínio de seu próprio povo, como recompensa pelo trabaio, recebia dinhêro i distinção militar, ficano êle responsáve pelos índio que era apreindido. No finá de sua vida, o cacique bugrêro deixô as atividade focada na caça indígena i se tirô entre os kaingang. Arguns índio bugrêro, ao preferí deixá o bugrerismo p'ra trás i retorná às raiz, cabô seno mortos como u’a forma de vingança, como é o causo de Tondó, que foi ingambelado pur u’a farsa proposta de páiz entre êle i os índio, mai ao chegá na ardêia, foi assassinado.¹⁶
A situação na atualidade
O bugrerismo gerarmente tá relacionado a u’a atividade comum no passado da parte brasíana do Cone Sur, o têrmo num é proibido, mai raramente é usado im ôtros cuntesto, tarvêiz pruque “bugrêro” seje um têrmo construído sôbre u’a palavra que, nargu’as região, se tornô pejorativa, pussivemente.
No século XX (vinte), um evento ocorrido im 1963 no istado de Mato Grosso puderia sê cunsiderado semeiante ô equivalênte às atividade dos bugrêro. Nêsse causo, a imprêsa de mineração “Arruda & Junqueira” contratô pistolêros p'ra realizá um massacre, matano todos os índio que incontrava. Alêm disto, muntos dos índio cumeu alimento entreverado cum arsênico, que é um veneno.
Como resurtado do massacre, mai de 3.500 (treiz mir i quinhentos) pessoa da etnia cinta-larga foi morta, tornano êsse o maior causo de genocídio de índio da estória do Brasí. O evento ficô cunhecido como o “Massacre do Paralelo 11”, seno o nome u’a referênça ao Paralelo 11 S, u’a linha maginária que circula o praneta Terra, tâno a região do massacre, que é próxima ao rio Aripuanã, im riba da linha terrestre.¹⁷ No finá dos ano 1980, o massacre de dezenas de urueu-wau-wau i arara tamem foi relatado nos istado de Rondônia i Pará, os dois no Norte do Brasí.
No século XXI (vinte-um), teve arguns ataque direcionado aos índio, gerarmente relacionado à reintegração de posse. No intanto, num hai necessariamente um certo ódio “anti-indígena” ô um violento desejo de istermínio pur êles presentá perigo p'ra suciedade, da forma como as ação dos grande bugrêro era justificada.
Argu’as organização, como a Nação Mestiça (ô Movimento Pardo-Mestiço Brasileiro), fundada im 2001, im Manaus (Amazonas, Brasí), trabaia democraticamente contra a ispansão dos denuminado “território indígena”, veno êles como u’a versão brasilêra do Apartheid, adonde os mestiço seria duminado pelos índio i a população não-indígena, ispeciarmente cabôcra, passaria pur u’a limpeza étnica, como um genocídio. Im 2012, fizero um protesto contra o Guverno Federá, que pranejava ampriá os território dos índio mura, que de acordo c'o movimento, seria “povos invasor” de propriedade privada, mai p'ros mestiço, os militante num reinvidica as terra indígena, apenas quer cuntinuá viveno im sua própria terra, adonde comprô i investiu pur munto tempo.¹⁸
Ne 11 de abrir de 2015, um avião que transportava pesticidas atacô a comunidade Te’yi Jusu, que reúne os povo guarani-kaiowá derde 2014, localizada im Mato Grosso do Sur. Adespois do ataque, niu’a morte foi relatada, mai divido aos efeito químico, as vítima ficô acamada, relatano dôr de cabeça, dôr de garganta i febre. Duas pessoa i u’a imprêsa foi responsabilizada — um fazendêro, o piloto do avião i a imprêsa C. Vale, u'a cooperativa paranaense agroindustriá — seno condenados a pagá mai de BRL 150.000 à comunidade indígena. Foi a primêra vêiz que cunteceu êsse tipo de ataque direcionado a essa comunidade ispecífica. Im 2016, um ataque químico semeiante ocorreria c’a merma comunidade, porêm agora c’a farta dum avião p'ra ispaiá o veneno, utilizô um trator.¹⁹
Ôtros atentado contra ôtras etnia ocorreu no Brasí amuderno, o que ividencía a cuntinuação du’a guerra entre índios i pessoa não-indígena im território brasilêro. Argum dêsses ataque, como o Massacre do Paralelo 11 im Mato Grosso i os ataque químico de 2015 i 2016 im Mato Grosso do Sur, pela forma como foi realizado, c’o objetivo de isterminá ô ispursá os índio, se assemêia munto ao véio bugrerismo, pudeno sê tarvêiz u’a corrente amuderna dos antigo bugrêro.
Autoria
Danfosky
Bibriografia
AMARAL, Amadeu. O Dialeto Caipira, 1920. p. 53
FIGUEIREDO, Cândido. Novo Diccionário da Língua Portuguesa, 1913. p. 314
SANTOS, Silvio Coelho dos. Índios e brancos no Sul do Brasil, 1973. p. 78
ATHANÁZIO, Enéas. Martinho Bugreiro, criminoso ou herói?, 1984. p. 267
ATHANÁZIO, Enéas. Martinho Bugreiro, criminoso ou herói?, 1984. p. 266 – 267
ATHANÁZIO, Enéas. Martinho Bugreiro, criminoso ou herói?, 1984. p. 267
ATHANÁZIO, Enéas. Martinho Bugreiro, criminoso ou herói?, 1984. p. 268
DALL'ALBA, João Leonir. O Vale do Braço do Norte, 1973. p. 293
PEREIRA, Carol. Marcelino de Jesus Martins - o Martinho Bugreiro
MARTINS, Pedro + WELTER, Tânia. Egon Schaden, um alemão catarinense, 2013. pp. 453 – 454
BUENO, Eduardo. Brasil, uma história, 2018. p. 480
PINHEIRO, Niminon Suzel. Os Nômades: Etnohistória Kaingang e seu contexto, 1992. p. 100
PINHEIRO, Niminon Suzel. Os Nômades: Etnohistória Kaingang e seu contexto, 1992. p. 120
PINHEIRO, Niminon Suzel. Os Nômades: Etnohistória Kaingang e seu contexto, 1992. p. 67
PINHEIRO, Niminon Suzel. Os Nômades: Etnohistória Kaingang e seu contexto, 1992. pp. 73 – 77
D’ANGELIS, Wilmar da Rocha, Toldo Chimbangue: História e Luta Kaingang em Santa Catarina, 1984. p. 207
NETO, João Dal Poz. No país dos Cinta Larga: uma etnografia do ritual, 1991. p. 91
RYLO, Ive. Amazonas em Tempo: Movimento alega invasão de muras antes de decisão, 2012
GRIGORI, Pedro. Repórter Brasil: Em decisão inédita, indígenas vítimas de ‘chuva de agrotóxico’ recebem R$ 150 mil de indenização, 2020.
#indígenas#genocide#caipira#bugreiro#bugre#exterminio#santa catarina#são paulo#paraná#brasil#genocídio#kaingang#colonização
2 notes
·
View notes