#levante pela terra
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lobamariane · 3 years ago
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Levante pela Terra
O acampamento Levante pela Terra ocupou Brasília ao longo de todo o mês de Junho. O chamado urgente é pela necessidade de combate às políticas de morte do governo genocida que através da modificação ou alteração de vários projetos de lei visa a destruição dos povos originários do Brasil entregando seus territórios às grandes empresas de mineração. Um projeto de morte.
O canal de comunicação Mídia Ninja fez a cobertura do acampamento, apresentando as principais pautas do movimento:
“Em um mundo doente e enfrentando um projeto de morte, nossa luta ainda é pela vida, contra todos os vírus, e invasores, e empresas, e políticos, e projetos que nos matam!”
Manifesto APIB pelo direito à vida e aos territórios dos Povos Indígenas
No dia 17 de junho, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) publicou seu Manifesto pelo Direito à Vida e ao Território dos Povos Indígenas, documento que discorre as atividades da APIB juntamente com outras organizações nos últimos anos, os efeitos da pandemia e das ações do governo atual além de reunir todas as denúncias e reinvindicações dos povos indígenas. O Manifesto pode ser lido na íntegra aqui. 
Uma das pautas mais urgentes de Junho era a votação pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados (CCJ) do PL 490/2007, projeto de lei de Homero Pereira (PR-MT) que transfere da Funai para o Poder Legislativo a competência para demarcar terras indígenas, e também das alterações propostas pelo texto substitutivo do Deputado Arthur Maia (DEM-BA) que consolida o marco temporal (marco que garante como terras indígenas apenas aquelas demarcadas da Constituição de 1988) além da proibição de ampliação de terras já demarcadas e a permissão de exploração de terras indígenas por garimpeiros. A reação extremamente violenta da polícia aos protestantes do acampamento no dia 22 de junho fez a votação ser transferida para o dia seguinte, em que mulheres indígenas manifestantes retornaram à Câmara para entregar flores aos mesmos policiais. Ainda assim, no dia 23 o PL 490/2007 foi aprovado na íntegra pela CCJC e segue agora para o Plenário.
O Levante retorna em Agosto
No dia 30 de Junho o Supremo Tribunal Federal adiou para Agosto outra pauta da luta indígena, o julgamento do ação de reintegração de posse movida pelo governo de Santa Catarina contra o povo Xokleng, referente ao território indígena Ibirama-Laklãnõ, terra onde também vivem povos Guarani e Kaingang. Marcada como Repercussão Geral, o que for decidido nesse caso valerá como diretriz para a gestão federal e Justiça, e também servirá como referência em todos os projetos relacionados com a demarcação de terras indígenas.
Agosto é considerado o mês do reconhecimento internacional dos povos indígenas e a APIB já anunciou que o Levante pela Terra retornará a Brasília. Daqui até lá a luta continua. Um apelo da APIB junto com a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) foi enviado para a Organização das Nações Unidas (ONU) denunciando os projetos de lei que estão em tramitação no Congresso Nacional Brasileiro ameaçando a demarcação e proteção das terras indígenas. Você pode ler o documento completo enviado à ONU aqui.
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crarinhaw · 5 months ago
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Girassol
Olá estrelinhas, como estão? Bem vindes a mais uma imagine!!
Vocês não fazem ideia do quanto eu amei escrever esse imagine, consegui juntar coisas que eu amo muito: Alceu Valença, a praia de Canoa Quebrada (que é como uma segunda casa pra mim) e claro, meu namorado Felipe Otaño.
Espero que gostem, meus amores 🫶🏻
Avisos: Smut (+18), sexo sem proteção (tá proibido hein!), dirty talk, masturbation (masc.) nipple play. (se tiverem mais, me avisem por favor!!)
"Um girassol nos teus cabelos
Batom vermelho, girassol
Morena, flor do desejo
Ai, teu cheiro em meu lençol"
Layla encosta sua cabeça com delicadeza no ombro de Felipe, respirando fundo sentindo a brisa gostosa do mar em sua face.
Sentados juntos sobre a areia na famosa duna do por do sol da praia de Canoa Quebrada no Ceará, estado natal da mulher, juntos eles assistiam o evento divino ouvindo a melodia de Girassol, de Alceu Valença tocar baixinho na JBL.
Era como um sonho para Pipe ter essa mulher em seus braços, saber que ela era dele e de mais ninguém. Ela era a flor do seu desejo, a mais bela obra de arte ja criada, Otaño poderia jurar que ela foi concebida pelo próprio Alceu quando cantou pela primeira vez a música que saia da caixa de som.
Com os corpos colados, o argentino escutava com atenção a brasileira, que contava com alegria todas as suas diversas memórias naquela praia, em como aquele lugar era especial, como ela considerava a pequena vila como sua segunda casa e o quanto era importante para ela que a primeira viagem como casal dos dois fosse lá.
Felipe sentia o cheiro da mulher adentrando suas narinas, o perfume mais doce que ja inalou, desejando ter aquele aroma em seu lençol todos os dias do anoitecer ao amanhecer. Mergulhar não só nas ondas do mar mas também nas ondas daquele corpo tão divino.
A luz laranja causava um efeito maravilhoso nos cachos tingidos de ruivo, tão sublimes que despertavam em Pipe sentimentos que ele nunca teve por ninguém, e que ele não conseguia explicar.
Após o sol sumir por entre as dunas, Layla fica de pé, sacudindo a areia de suas pernas e estendendo o braço para que Pipe se levante, o argentino não resiste em deixar um selinho nos lábios da ruiva quando fica de pé, causando na mais nova um sorrisinho, expondo suas covinhas.
Os pombinhos caminham pelas ruas da vila de mãos dadas, o argentino com o cooler e a brasileira com a bolsa que carregava as toalhas e os outros pertences do casal. Juntos eles observavam a alta movimentação da vila de pescadores, que mesmo sendo pequena é um dos maiores pontos turísticos do nordeste, atraindo pessoas do Brasil e do mundo.
Durante o trajeto até o hotel, pararam em uma sorveteria para tomar um belo açaí, tudo tranquilo até que um grupo de argentinos turistas entrassem no mesmo estabelecimento conversando em espanhol no volume máximo, Pipe fica encantado em ver tantas pessoas se sua terra natal tão longe dela, e passa um tempo considerável conversando com os hermanos, esbanjando um sorriso no rosto e fazendo questão de incluir Layla na conversa, mesmo ela não sendo tão fluente na língua hispânica.
No hotel, Layla logo entra no banheiro assim que chegou no quarto, desata os nós que prendiam o biquini ao seu corpo e entra no box, deixando a água cair sobre todo o seu corpo, carregando consigo a maresia de seus cabelos e a areia de seu corpo. Estava tão concentrada na água que escorria sobre si que mal percebe quando Felipe entra dentro do box, abraçando a mulher por trás e despejando beijinhos sobre seu ombro, ela vira seu corpo, frente a frente com ele, se deparando com um Pipe pimentão.
“Meu Deus Pipe, como você tá vermelho, o que eu te disse sobre passar protetor? Parece até que não tem sol na Argentina” A brasileira fala em tom de repreensão, quase como se fosse sua mãe. “Mas eu passei nena” Otaño faz bico “Mas você passou o dia no mar, amor, deveria ter passado mais de uma vez”
O argentino volta a beijar a região do ombro e pescoço da namorada, murmurando e sussurrando palavras como “desculpa nena” “amanhã eu faço do jeitinho que você mandar” que logo são substituídos por “você tá tão linda bronzeadinha, meu amor” “não quer deixar eu te foder enquanto admiro essa sua marquinha não”
Claro que a brasileira não resiste, deslizando suas mãos pelo abdômen do homem até chegarem em seu membro que já estava completamente enrijecido, desliza seus dedos pela cabeça melada de pré gozo, logo tendo uma boa lubrificação para começar a o masturbar. Sentindo o prazer tomar seu corpo, Felipe agarra a cintura de Layla com mais firmeza, passando a descer os beijos para seu busto, chegando até os seios, o mais velho beija toda a região com delicadeza até começar a chupar os mamilos dela, que geme em aprovação, ele se dedica fielmente a beijar, chupar e lamber os seios dela, gemendo contra sua pele enquanto a brasileira o masturba, Layla podia ter certeza que gozaria ali mesmo apenas com aquele estímulo. Mas o Otaño tinha outros planos.
“Vira de costas e empina essa bunda pra mim, amor” Quanto Layla o faz, Pipe não tarda em deixar um tapa estalado em sua nádega, seguido de mais outros antes que ele começasse a deslizar o seu pênis sobre a intimidade dela.
O Otaño amava provocar sua namorada, deixa-la cheia de tesão ao ponto de implorar para que ele a fodesse, mas naquele dia ele mesmo não resistiu, penetrando seu mastro na buceta apertada e molhada de sua companheira, grunhindo com a sensação prazerosa que as paredes internas de seu canal causavam ao lhe apertar com força.
Aproveitaram aquele momento como se não fosse haver outro, com movimentos bruscos e profundos Pipe fodia sua namorada sem se importar nem um pouco se os outros hóspedes poderiam ouvir, na verdade, ele até preferia que ouvissem e soubessem que ela era só dele.
Pressionando ainda mais o corpo de Layla contra a parede, o argentino encosta seu peitoral nas costas da brasileira, posição essa que atinge o ponto sensível no íntimo da moça, que geme alto o nome do seu namorado repetidas vezes como um mantra.
“Já vai gozar, gatinha, não quer esperar por mim” Por mais que Felipe tentasse esconder, ele sabia que seu orgasmo estava tão próximo de chegar quanto o dela, levando aos dois se desmanchando um no outro ao mesmo tempo.
Demoram alguns segundos para que Pipe retire seu membro de dentro da vagina de Layla, que precisa se apoiar na parede para ter forças para ficar de pé, Otaño ajuda ela a ficar frente a frente com ele e beija seus lábios delicadamente, como se ela fosse um frágil vaso de porcelana, mesmo estando fodendo ela como uma putinha a menos de um minuto atrás.
“Eu te amo, meu pimentãozinho”
Pipe sorri, ah… que sorriso. Os lábios carnudos, as bochechas fofinhas cheias de sardas e vermelhas pele leve queimadura do sol, os olhos azuis que fechavam levemente quando ele sorria, o cabelo molhado. Layla não tinha palavras para descrever o quanto ela amava aquele homem.
“Eu também te amo, meu girassol”
“Desço pra rua, sinto saudade
Gata selvagem, sou caçador
Morena, flor do desejo
Ai, teu cheiro matador”
Texto não revisado!
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diegosouzalions · 6 months ago
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Diego, você já levantou uma hipótese ou teoria pra origem das diamantes da história original? Eu criei uma só que é muito técnica, como seres de luz sem forma provindos do colapso de uma estrela se estabelecendo em um planeta, com milhares de anos se passando eles foram evoluindo fisicamente e mentalmente explorando o planeta e sua vida, assim descobrindo sem querer que podiam se "reproduzir" com a essência pingando em um tipo de mineral ou até metal(não sabemos se metais também podem se tornar gens)
Eu acredito que quem criou as Diamonds foram outra raça alienígena, os Sneoples. Já temos um possível foreshadowing na frase do Ronaldo em "Keep Beach City Weird", o mesmo episódio que revelou a Great Authority Diamond.
"A cobra representa o domínio que exercem sobre o nosso país. O diamante representa as suas minas subterrâneas"
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Eu li bastante teoria para chegar nessa conclusão, e uma das coisas que me chamou atenção é que a representação da cobra está ligada também à alquimia. Aqui está a teoria caso queiram saber melhor:
Eu acredito que White foi criada primeiro, porque a intenção da espécie era criar algo perfeito para fazer tudo melhor e consertar todos os problemas dos Sneoples. Porém White se viu tão perfeita que decidiu expandir sua perfeição criando outras Gems e montando seu próprio império e deixando de lado seus criadores.
E continuando a frase do Ronaldo, eu acredito que os Sneoples ainda existem e estão na Terra. Onion e Yellow Tail possivelmente são descendentes desses seres, por serem os únicos humanos que não possuem orelhas, além de costumes estranhos e tendo sua própria língua.
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E possivelmente existem mais da espécie rondando pela Terra
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lucuslavigne · 5 months ago
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Oiee ,você poderia escrever algo com a Giselle??
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Only you.
Giselle × Leitora.
fluffy (só um tiquinho assim 🤏🏻), angst.
Obs: é mencionado que a Giselle está apaixonada pelo Mark, mas isso é ficção ☝🏻 não levem a sério.
﹫lucuslavigne muito obrigada pelo pedido meu bem! Espero que esteja do seu agrado <3 ficou bem curtinho pq não consegui desenvolver a ideia do jeito que eu queria, mas acho que vocês vão entender mesmo assim.
Espero que gostem.
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Todos os anos Giselle te chama para fazer um acampamento junto com ela. Sempre diz que lá estarão os outros amigos dela, mas acaba sendo somente vocês duas.
Ama a companhia de Giselle. Por isso não se importa de estar sozinha com ela. Adora quando a mesma te abraça pelos ombros e ri junto com você de alguma piada que ela contou, ou quando ela dá um cheirinho no seu cabelo porque para ela “ você parece uma flor. ”
— Ah! Esqueci de te contar. — ajeitou a postura. — O Mark me levou num encontro na semana passada!
Tudo seria perfeito se ele não tivesse aparecido na vida de Giselle.
Mark Lee, o rapaz da loja de instrumentos musicais. Bonito, gente boa, bom de conversa, toca violão e guitarra. O tipo de rapaz que Giselle sonha em namorar desde criança.
— E como foi Gi? — perguntou sorrindo, mesmo que sua vontade fosse fingir que não tinha escutado.
— Foi maravilhoso! — ela suspirou. — A gente foi para aquela cafeteria que eu te falei que queria conhecer. Lembra?
— Uhum. — concordou.
— A gente tomou café e conversamos tanto! — sorria. — Era assunto que não acabava mais. — riu.
— E aí?
— Aí ele me levou na pracinha que a gente sempre vai. — continuou. — Ele estava com o violão dele, então a gente começou a cantar algumas músicas enquanto ele tocava. — te contava animadamente. — Foi tudo tão perfeito! — viu as bochechas da amiga ficarem rosadas. — E depois de tudo ele ainda me deixou em casa. Ainda perguntou se a gente poderia sair de novo! — deu risada.
— Que incrível Gi! — sorriu, afinal, estava feliz por ela, queria mais do que tudo que Giselle achasse o amor da vida dela.
— Eu acho que estou apaixonada por ele. — confessou.
Sentia que havia deixado de ser o Sol da vida de Giselle, passando a ser a Lua. Não era mais o mar, era apenas a brisa. Não era mais a prioridade dela.
Ele era.
Mas para você, é somente Giselle. Ela é tão, tão, mas tão bonita! Quando pensa em Giselle, imagina um oceano vesto, tão cristalino quanto um diamante. Ou então em um enorme campo de alecrim, tão dourado quanto a luz do Sol.
Giselle é literalmente o significado de perfeição. Não importa o que ela faça.
— Fico feliz por você Gi. — falou, pegando um pedaço da torta de limão que levaram para o pequeno piquenique que estavam fazendo. — Espero que dê tudo certo. — mas no fundo sabia que não queria.
— Obrigada... — riu envergonhada.
Seus olhos não se movem quando está com ela. Ela é seu único foco. Quando a vê, perde o controle do seu coração, o sente batendo tão rápido que acha que pode morrer.
E foi no meio desses pensamentos que agiu sem pensar. Chegou perto de Giselle, segurou o rosto dela com as duas mãos e a beijou delicadamente. Será que ela finalmente havia percebido seus verdadeiros sentimentos?
Só se afastaram quando sentiram a brisa fria da noite batendo contra os corpos quentes de vocês. O olhar de choque de Giselle fez seu coração errar uma batida.
Não deveria ter feito isso.
— Giselle, me perdoa. — começou a falar. — Eu agi sem pensar. — Se levantou, começando a correr em direção a cabana que tinham montado.
— S/N! — a escutou gritando.
Mas a única coisa que você conseguia prestas atenção no momento eram as suas lágrimas, o medo, a angústia da hipótese de nunca mais poder ficar perto de Giselle.
Quando finalmente chegou na trilha que te levaria para a cabana, permitiu seus joelhos falharem. Sentindo as pedras do chão entrarem em contato com seus tendões e o sangue escorrer pela terra. Suas mãos foram para seu peito, seus pulmões ardiam. Mas suas lágrimas por ela não cessavam.
Por que tudo que envolve Giselle tem sua total devoção e constância.
Estava cansada, derrotada. Seu corpo implorava por descanso, mas não conseguia se mexer. Paralisada pelo medo.
— Me deixa te ajudar. — escutou. E logo após sentiu mãos delicadas segurarem seu corpo fraco, te ajudando a caminhar até a cabana.
Giselle também se sentia culpada. Afinal, como pode não perceber os seus sentimentos? O mínimo que poderia lhe retribuir seria te ajudando. Mesmo que isso não fosse muita coisa.
Te carregou até sua cama. Tirou as folhas das suas roupas e ficou com você até ver que seu corpo havia relaxado totalmente.
— Me perdoa. — sussurrou. — Eu não consegui ver o que você sentia. — e se deitou ao seu lado, abraçando seu corpo cansado enquanto sentia a noite a ninar.
Quando acordou, apenas viu um bilhete em cima do criado mudo.
“ Obrigada por todos os momentos juntas. Mas eu sei que preciso abrir mão da minha felicidade para te ver feliz. Me perdoe, Giselle.
Com amor,
Sua florzinha. ”
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autum1garden · 1 month ago
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Capítulo Dois
   O eco dos passos de Ethel ecoaram pelo corredor parcialmente escuro do laboratório, em suas mãos estava um pequeno pote de comida dado pelo seu tutor, Nathan havia ficado responsável pelas meninas desde que o último tutor acabou se ferindo gravemente em uma das rondas.
   Os boatos eram que os gigantes azuis estavam cada vez mais perto, que eles atacavam os transportes de armas e as roubavam, algo que prejudicava todos no local, se os 'monstros' entrassem no território, eles estariam perdidos.
   Ethel entrou na sala dos computadores, algo que o trio apelidou de 'Sala da Fofoca', basicamente eles passavam a noite toda ali conversando, trocando ideias e rindo de coisas banais enquanto a câmera rodava tudo, era só eles, livres pela primeira vez, fazendo coisas de normais adolescentes deviam fazer.
  Pondo o pote de comida na mesa da frente ela se sentou na cadeira que antes era de Alden, hoje ela estava sozinha ali, ela se inclinou para a câmera e sorriu para a tela.
-- Esse é o dia 35 _ murmurou de forma pensativa, ela coçou o braço. - Estou sozinha hoje porque Alden foi até o treino e Sayen foi pra bacia _ pegou o pote de alimento o mexendo com o talher. - A bacia é um meio de castigo, uma punição._ explicou para a câmera. - Você não fez o que eles pedem, eles te colocam lá, você erra... vai pra bacia. _ riu sem humor. - É um ciclo vicioso. _ pôs o alimento na boca. - Eu não sei sobre o que falar, Alden faz esses papéis idiotas pra falar, funciona, mas fica uma bagunça enorme. _ jogou os papéis na mesa. - Então, vamos falar sobre biologia! _ se arrumou no acento. - Vocês sabiam que tinha um pássaro que imitava os movimentos humanos? Ele aprendia observando. _ sorriu, um sorriu que fazia os seus olhos brilharem. - Ele foi nomeado de Casuar. _ murmurou. - Era perigoso, tipo... muito! Porém não chegava a ser o animal mais perigoso do nosso mundo, esse ficou para um chamado vespa-do-mar_ suspirou, Ethel mexeu a comida mais uma vez. - Vocês querem saber o que eu acho? Eu acho que nós, seres humanos, somos a espécie mais burra do universo. _ rolou os olhos. - Nós tínhamos uma Pandora, e nós a destruímos assim _ estalou os dedos. - Como NADA! _ pôs a comida na boca. - É tão ridículo! Nós somos tão ridículos.
    Biologia e a história do seu antigo mundo, era o que Ethel mais prestava atenção nas aulas que tinha com o seu tutor, Nathan era um dos homens que acreditavam que tudo o que estavam fazendo ali era de extrema burrice, mas ele não podia falar nada, ele não tinha tal poder, então ele tentava - por meio de Ethel - fazer tudo melhorar, ele acreditava que a próxima geração seria menos incompetente. 
[ ... ]
   No dia 40 do diário não ouve uma gravação, as coisas dentro do local ficaram piores, em um extremo que eles não sabiam mais como controlar, ninguém mais sabia como controlar. Foi no dia quarenta que a noticia que Alden tinha entrado em um choque rodou o local, na manhã seguinte foi ouvido que ele morreu, Penelope - a tutora do garoto - ficou encarregada de dar um fim ao corpo, Nathan estava com o mesmo quando ele morreu, foi onde Ethel ganhou o colar que ele sempre carregava, um colar da lua, um presente dado por seus pais na Terra.
-- Eu não quero morrer. _ Sayen sussurrou sentada na cama da sala, Ethel a encarou por de trás da tela do local onde fazia suas tarefas diárias.
-- Você não vai morrer. _ rebateu, Sayen deu uma leve risada.
-- Você não entende, certo? _ as meninas se encararam. - Como pode entender? Você não é um erro! É a queridinha deles, o projeto perfeito.
-- Eu não pedi por isso.
-- Você sequer ligava pra ele? _ se levantou irritada.
-- É claro que eu ligava pra ele! _ exclamou de forma indignada. - Por que está dizendo isso agora?
-- Você nem chorou quando eles disseram que Alden estava morto. _ apontou em julgamento. - Você nem deve saber o que são sentimentos... talvez eles tenham tirado o seu coração.
-- Você é tão estúpida as vezes. _ Ethel fez uma careta.
-- Eles nos chamam de erros _ Sayen cuspiu. - Quer saber o que eu acho, Ethel? Você é o único erro que eles cometeram aqui.
-- Acabou? _ Ethel a encarou em tédio. - Eu preciso terminar o relatório.
-- Eu não vou morrer aqui. _ Sayen murmurou. - Eu não quero morrer aqui, se você quiser... o problema é todo seu.
   Ethel a viu sair do quarto e se encostou na cadeira, um suspiro tremulo saiu de seus lábios enquanto ela massageava as têmporas com os nós dos dedos, foi onde a voz de seu primeiro tutor soou por seus ouvidos.
'Chorar é fraqueza, se você chorar vão te achar fraca. Quer que eles te achem fraca?'
-- Eu não sou fraca. _ voltou para o relatório. - Choro é para os fracos.
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bruxinholascado · 2 months ago
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POV.
A LUTA CONTRA CLARISSE.
Podia jurar que algo no cérebro dele escorreu pelo nariz junto com o sangue quente. Algo químico, como os hormônios, as sinapses, os fenômenos das conexões neurais. Estrelas brancas surgiram atrás do crânio, cintilando; enquanto o mundo ao seu redor se distorcia em ângulos desconhecidos. No instante seguinte, Santorini se viu imóvel, deitado com as costas na areia do solo da Arena. "Espere até que os universitários descubram que um soco da própria Clarisse La Rue provoca um efeito entorpecente superior a uma injetada na veia", ele pensou, abaixando os cílios. Considerou, naquele minuto, desmaiar ali mesmo. Um pensamento bobo, é claro. Não possuía o luxo de assistentes para levar o quê sobrou dele para o conforto do quarto de hóspedes; se possuísse, talvez, suas costas já estivessem sobre a maciez dos lençóis dos seus aposentos. O engraçado é que Santorini nem sempre teve um colchão à disposição para aliviar a coluna à noite. Foi, desde muito novo, acostumado à miséria; ao nada e às consequências que acompanham a crueldade do mundo. A julgar pela lentidão agarrada à sombra de Santorini, a consequência da vez havia sido os punhos de aço de Clarisse La Rue. Ele se levantou, mesmo que uma bigorna invisível tentasse puxá-lo de volta à terra. Em grande euforia, a plateia encheu com gritos. Transbordou com aplausos. O porquê? Bem. O garoto não sabia ainda. Talvez aguardassem ansiosos pelo instante em que Clarisse pessoalmente começaria a desmembrar o perdedor, pedacinho por pedacinho. Em vez disso, ela se entregou à misericórdia de alcançar a mão de Santorini e erguê-la trêmula no ar. Como se houvesse dignidade naquele gesto; como se existisse nele algo merecedor de segundos olhares. É isso o que as pessoas fazem quando querem evitar que outras se sintam mal; ele percebeu, cansado demais para reagir contra ela. Quem o conhecesse bem — ah, mas ninguém o conhecia; não de verdade — notaria o pequeno lampejo brincando por trás dos dentes. A vergonha. Santorini resistiu à vontade de ser desagradável, forçando um sorriso largo que feriu-lhe as bochechas. Apenas por hoje. Apenas por um instante. Apenas por um breve segundo, haveria dois vencedores. Mesmo que isso fosse mentira. Depois, a realidade esmagaria o perdedor quando o verdadeiro herói viesse à tona. Mas ele conseguiria entrar no jogo, fingir que estava tudo bem, que não era assim tão fraco — apenas enquanto a brincadeira do fingimento perdurasse.
@demigodscurse-av
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lauritamendes · 3 months ago
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Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia.
Portanto não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se transportem para o meio dos mares.
 Ainda que as águas rujam e se perturbem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza. (Selá.)
Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo.
Deus está no meio dela; não se abalará. Deus a ajudará, já ao romper da manhã.
Os gentios se embraveceram; os reinos se moveram; ele levantou a sua voz e a terra se derreteu.
O Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio. (Selá.)
Salmos 46:1-7
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stand1ngn3xtou · 2 months ago
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| our secret moments, in a crowded room
— player! yuki ishikawa× OC
— gênero: fluff, SMUT
— conteúdo/avisos: menor de 16 anos, vamos passando por favor! Os diálogos que estão em itálico são em inglês. Conteúdo sexual EXPLÍCITO!!
— word count: 5,9k
— nota da autora: essa história segue em sequência da história passada do Yuki, e como diz nos avisos, tem cenas de sexo gente, então se não se sentem confortáveis não leiam e se forem menores NÃO LEIAM também.
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P.O.V
Sábado estava com o começo de dia bem ameno, uma brisa suave balançava as folhas das árvores e deixava o céu limpo. Yuki se levantou mais cedo com a intenção de arrumar o máximo de coisa que conseguia, pois viria com a atual namorada, Helena, pra sua casa após o jogo de hoje. Fazia apenas dois meses que a garota se encontrava em terras italianas, em Florença mais precisamente, para realizar seu intercâmbio acadêmico de medicina veterinária, e nesses dois meses ela estava se adaptando à nova vida e tentando conseguir se transferir para Universidade de Perugia.
Os dois não tiveram muito tempo de se encontrar nesse tempo, já que o campeonato italiano de vôlei estava com tudo e a vida da garota muito corrida, eles se viam geralmente por chamada de vídeo ou ligações. Mas como hoje seria um dia livre para a moça, nada melhor que ver seu namorado jogar e matar a saudade dos quase 8 meses que não viam, mesmo com 2 meses em terras Itálicas. Era uma viagem de quase 2 horas, então ela decidiu ir devagar e sem pressa, saiu cedo de casa pra conseguir chegar à tempo de tudo. Yuki havia deixado sua entrada livre com passe VIP para o jogo, então seria somente dar seu nome e entrar. O jogo seria de noite apenas, mas resolveu sair mais cedo pra poder aproveitar o caminho. Parou para almoçar, comprou algumas coisas para Yuki como presente, e seguiu caminho.
Chegou por volta das 17:00hs, o jogo seria somente às 18:30Hs, então decidiu se distrair pela cidade. Tomou um café, foi em lojas com coisas típicas, antiguidades e até floriculturas. Pediu um pequeno buquê para o namorado e percebeu que tinha dado o horário de ir para o ginásio. Escreveu uma notinha para colocar nas flores e foi em direção ao local, deixando o carro que veio estacionado por perto, apenas pegando a bolsa que tinha tudo que precisava para o fim do dia.
Estava movimentado, como esperado. Várias pessoas se reuniam por ali, e ela foi discretamente para a entrada VIP, seguindo todos os passos que seu companheiro havia falado. E pediu para lhe entregarem o buquê, sem dizer sua identidade.
Seu relacionamento com Yuki ainda era um segredo para o mundo à fora, somente alguns amigos próximos sabiam e até então estavam confortáveis dessa maneira. Então, ela não queria chamar muita atenção para esse fato. Seguiu seu caminho até seu local, e mandou uma mensagem para Ishikawa avisando que já tinha chegado. A resposta que recebeu em seguida foi a foto do seu buquê, perto do rosto dele e um "Eu sei ;)". Riu da mensagem dele e se concentrou na movimentação que começava a surgir dentro da quadra.
O homem por sua vez, não conseguia tirar o sorriso bobo do rosto pela surpresa adorável que sua namorada tinha feito. Nunca havia recebido uma coisa assim, apenas com um desejo de boa sorte e se sentiu tão bem que queria mostrar as rosas para todo mundo que passava, apenas para se gabar, 'você sabia que minha namorada me deu essas flores? Só pra me desejar boa sorte? Ela é incrível.' e seguindo. Os companheiros de time até tentavam tirar sarro da cara de apaixonado que ele estava, mas não dava a mínima, ainda mais sabendo que ela estaria ali hoje, e finalmente poderia matar a saudade de quase 1 ano sem vê-la.
Saber que contaria com a presença de Helena vendo seu jogo só deu mais gás ainda pra jogar o seu melhor. Assim que entrou no ginásio passou os olhos vagamente pelo local, procurando a amante discretamente e quando à encontrou, sorriu leve e acenou, mas não teve tempo de prestar muita atenção nela. A partida começou e Yuki jurava que conseguia sentir as vibrações positivas que emanavam de Helena, com cada grito ou comemoração de um ponto, sempre mais altos se fossem dele, que sorria abertamente o jogo todo. E foi com esse bom humor que venceram rapidamente o jogo de 3x0, sem nem dar tempo de pensar.
Teria início breve a parte burocrática do pós jogo, entrevistas, fotos, uma breve reunião para poderem serem liberados, e Ishikawa resolveu avisar a moça pelo celular.
"Oi linda, eu já estou quase terminando minhas obrigações por aqui está bem? Vou tentar fazer tudo o mais rápido que posso, prometo. Enquanto isso, me espera no estacionamento, perto do meu carro. Assim que sair, te aviso. ;)"
A moça seguiu sem a menor contestação e foi esperar seu amado. Yuki pediu a ajuda de Loser para acelerar as coisas pra ele, tentava dar entrevistas enquanto ele atendia alguns fãs, mas também com ajuda de Agustín, a reunião logo teve início. Apenas para falar sobre o jogo e treinos da próxima semana. Yuki seguiu correndo para o banheiro e tomou um banho rápido apenas para tirar o suor e já se trocou. Colocou uma roupa leve mas arrumada, mesmo que não fossem sair, queria estar apresentável para a amada. Resolveu deixar seus equipamentos no seu armário, levar apenas a roupa pra casa, mandou mensagem para Helena e seguiu para o estacionamento.
Ela estava de costas pra ele, facilmente identificada pelo vestido leve e curto que estava usando, escorada na lateral do carro, mexendo no celular e facilitou o trabalho dele de fazer uma surpresa. Envolveu seus braços longos pela cintura dela, enquanto deixava sua boca encostar na curva de seu pescoço, dando um leve selar.
"Ai que susto Yuki!" ela tentava se desvencilhar do aperto do mais velho, mas sem sucesso, então apenas virou para encará-lo de frente.
"Estava esperando alguém?" pergunta com as mãos ainda a segurando, e um sorriso ladino no rosto.
"Estava na verdade. Um homem muito bonito porém bem bobo que eu chamo de namorado. Viu ele por ai?" suas mãos envolviam agora o pescoço de Yuki, trazendo ele mais pra perto.
"Olha eu acho que não, mas assim que eu ver eu te aviso." Helena riu do comentário e se levantou um pouco na ponta dos pés pra depositar um selar nos lábios de Yuki. O primeiro em muito tempo.
Parecia certo, ter suas bocas juntas de novo, já que fazia muito tempo desde que tiveram um momento assim. Quando se viram a última vez, Yuki ainda tinha certo receio sobre como poderia fazer a relação funcionar, sempre falava com Ran, e pedia ajuda de outros amigos seus, inclusive aqueles que já eram comprometidos. Nunca tinha estado tão vulnerável e em toque com seus sentimentos como quando estava longe de Helena, mas precisava entender o que estava acontecendo para poder fazer algo acontecer. Três meses antes dela anunciar que estaria indo para Itália para estudar, ele à pediu em namoro e ela prontamente, aceitou.
A distância pareceu estranha e era desconfortável no começo, para se comunicarem e procurarem um modo de se entender enquanto não arrumavam um jeito de estarem juntos. E para facilitar isso, em ambos os sentidos de vida pessoal e acadêmica/profissional, Helena estava aprendendo italiano, gostaria de tentar surpreender seu amado de alguma forma, mas teria que ver depois. Enquanto estavam à caminho do apartamento de Yuki, a garota se pegou pensando em como, mesmo distantes eles faziam aquilo funcionar de algum modo, e isso era o que mais importava pra ela. Sua comunicação foi difícil, mas depois virou sua principal fonte de compreensão e segurança. Eles sempre respeitavam o tempo do outro, e a correria das suas vidas. Realmente mal podia esperar para sentir essa relação mais de perto. Ishikawa não fazia ideia dos planos dela para se transferir para a Universidade de Perugia, mas ela quis esperar para estar tudo certo antes de contar.
Chegaram no apartamento em pouco tempo, Yuki pegou tudo que precisava dentro do carro, e agarrou a mão da amada, à guiando para dentro de sua casa, a mesma que ela esteve 8 meses atrás e tudo isso teve início. Enquanto esperavam o elevador, Yuki se mantinha abraçado com a moça, não querendo perder nenhum contato com o seu calor. Às vezes depositava um beijo no topo da sua cabeça, deixava o polegar fazer carinho em sua mão, sempre por perto. Ele nunca foi muito de fazer isso, mas mesmo não estando tão próximo fisicamente de Helena, ele ainda assim se sentia confortável e confiante, para fazer tudo. Com o elevador vazio até chegar no seu andar, ele roubava um selar rápido vez ou outra da moça, que ria baixo pela atitude do namorado, mas sem parar ele, afinal, estava com muita saudade de tudo aquilo.
Ao abrir a porta do apartamento e deixar ela se acomodar na sua sala, Yuki foi preparar algumas coisas na cozinha e pela primeira vez iria sair um pouco do protocolo e beber um pouco de champagne, apenas para acompanhar a amada. À serviu na mesinha da sala e pediu para ela escolher um filme para assistirem, apagou as luzes e deixou o possível para ter um clima aconchegante, para se sentar no sofá e trazê-la para perto, no seu peito.
"Você vai beber hoje? Estou surpresa." Helena comentou, depois de deixar sua mini mala no quarto do mais velho e voltar pra sala, reparando nas duas taças em cima da mesa.
"Apenas uma taça, para te acompanhar. Ele tem uma porcentagem de álcool pequena então eu aguento, deixei um suco na geladeira para depois." sua mão grande acariciava os cabelos sedosos da namorada que já estava perto dele.
"Yuki você não precisa beber para me acompanhar. Na verdade eu nem preciso beber, principalmente para aproveitar um momento contigo. Você jogou hoje e deve estar cansado, não precisa fazer isso por mim, eu bebo suco ou água sem o menor problema!"
"Não se preocupe, não é um fardo beber um pouco com você, estou fazendo isso para termos um momento legal e romântico mesmo que seja dentro da minha casa. O jogo de hoje não me cansou o suficiente pra não aguentar beber um pouco contigo, e você pode beber à vontade, já que não irá sair daqui nem tão cedo." a garota se ajeitava no sofá, com as pernas dobradas sem os sapatos, em cima do coxim, para ficar de frente para ele, enquanto ele falava com uma de suas mãos mexendo em seus cabelos enquanto servia a bebida com a outra.
"Ah é mesmo senhor Ishikawa? Não estava sabendo disso não viu... Vai me prender aqui é?" suas mãos pequenas em relação ao corpo grande dele faziam linhas aleatórias em seu peito, por cima da blusa fina de botões.
"Vou sim. Vou te trancar dentro da minha casa para você nunca mais sair." sua voz era baixa, rouca, potente ainda assim, e se aproximava sordidamente do rosto da amada, roçando seus narizes.
"Ah então já que é assim, eu vou aceitar então." sua voz também se mantinha baixa, num sussurro que era só para ele ouvir, enquanto sua mão subia lentamente para a nuca do namorado.
"Vai é?" seus olhos subiam e desciam da boca brilhosa dela, com pequenas partículas de álcool visíveis ali, pela proximidade. O que também permitia ver o pequeno decote do seu vestido azul, que ele tentava fortemente ignorar.
"Vou sim..." sua voz foi sumindo até ser calada pelos lábios carnudos de Yuki. Pela primeira vez no dia, um beijo que tinha calor e que mostrava toda a saudade que estavam um do outro.
Pareciam ter guardado esse beijo para quando estivessem sozinhos, apenas para que eles pudessem saborear e sentir naquele momento. Tinha calor, um pouco de pudor e muito desejo. As mãos firmes de Yuki seguravam o corpo de Helena para mantê-la na posição que não era tão confortável, de uma forma menos incômoda, enquanto as dela se revezavam entre seus ombros largos e seu cabelo macio, sempre arrancando suspiros longos e suplicados do rapaz. Suas bocas e seus corpos pareciam imãs, não queriam se soltar de nenhuma maneira, se colavam cada vez mais. Mas o oxigênio não parecia querer que eles continuassem com a demonstração carnal da falta que faziam um para o outro. Se separaram do beijo de forma lenta, depositando selinhos aqui ou ali para ainda manter o contato próximo, as mãos fortes de Yuki acariciavam a cintura de Helena, vez ou outra deslizando pelo tecido macio das vestes, e as dela, afagavam os cabelos sedosos dele, que por conta do ato, estavam bagunçados e ambos, arrepiados.
O rapaz estava ofegante pelo momento que tiveram, o corpo vermelho e sentia o rosto queimar. Tinha um pouco de vergonha por ter deixado a vontade falar mais, mas ele se sentia ainda mais afobado pois queria continuar e ir além com ela. Mas jamais forçaria ela para tal, então apenas saboreou o momento enquanto ela se ajeitava no seu abraço e pegava a taça, para continuarem com a noite. Tentava discretamente abrir um pouco mais dos botões da camisa por conta do calor que sentia no corpo inteiro, mesmo com o tempo estando gélido. Não conseguia focar no que passava na tela, ou na bebida que tomava, ou qualquer coisa que não fosse a sensação das mãos gentis de Helena passando por dentro dos seus fios. Essas mãos que estavam rodeando sua cintura e descansando no seu peito, sua taça estava parcialmente vazia e sua respiração ficava cada vez mais escassa.
"Yuki, eu vou pegar um pouco mais de- o que houve? Tá tudo bem?" a jovem perguntava se desvencilhando do aperto do rapaz, percebendo que estava com a cabeça jogada pra trás do sofá e respirando fundo.
Ele despertou dos pensamentos num susto. "O quê? Sim, sim, está tudo bem! Você precisa de algo? Quer um pouco mais de champagne? Vou pegar pra você, não se preocupe." ele falava rápido, embolado, como se estivesse com pressa pra sair dali, e foi em direção à cozinha pegar um pouco mais de espumante pra namorada.
Helena permaneceu na sala, estupefata, sem nenhuma reação e queria entender o que havia acontecido. Ao perceber que fazia alguns longos minutos pro namorado voltar pra sala com a bebida, já que esqueceu sua taça na mesa de centro, resolveu ir atrás dele. Quando chegou no cômodo, viu ele de costas para ela, escorado na bancada da cozinha, a garrafa do espumante ao seu lado enquanto ele respirava fundo, tão fundo que não percebeu que ela chegou, até sentir um toque suave nas suas costas e os pelos do seu corpo eriçarem por completo.
"Meu bem, você estava demorando e eu vim ver o que tinha acontecido. O que está havendo Yuki? Pode falar pra mim." sua voz era baixa, sem nenhum tom de acusação, apenas preocupação. Sua mão subia e descia nas costas largas e musculosas de Ishikawa, o que não estava melhorando a situação do rapaz.
"Eu sinto que vou enlouquecer. À qualquer momento. Vou perder a cabeça, a noção, o senso, o controle. Tudo. Tudo isso porque desejo você. Quero você. Como nunca quis ninguém antes e isso me assusta." sua voz era rouca, como se tivesse gritado antes de proferir as palavras, que vinham seguidas de um olhar afiado e predatório. Excitante. Helena estremeceu.
"Nem mesmo com noites que tive na vida, senti a combustão que estou sentindo dentro de mim agora. Mas quero me manter respeitável porque é a nossa primeira vez juntos de novo depois de um longo tempo, depois daquela nossa noite. E nada daqueles pensamentos me aflingem mais, me livrei deles à muito tempo. Agora só o que me consome é o desejo que eu estou por você. Esse seu vestidinho não está ajudando, e a saudade profunda que senti de você também não. Mas não posso deixar isso falar mais alto só porque eu quero ou porque estou sentindo, você é o que mais importa aqui." respirações ofegantes pairavam no ar.
"Isso me assusta, não porque não confio no que sinto por você, me assusta porque sei até demais, confio até demais e nada disso é incerto pra mim. Mas não quero atropelar nossos momentos com um desejo incessante que tenho porque não consigo manter minhas calças fechadas. Isso me assusta porque desde que nos beijamos, aquela nossa primeira noite voltou pra mim com ainda mais força, e tive vontade de ter ali mesmo e estou tendo que fazer um esforço sobre-humano para me manter são. O que está havendo é que quero você. Completamente."
Helena sentia seu corpo em brasa, com cada palavra que foi dita. O olhar de Yuki apenas colocava mais gasolina nessa fogueira que ele mesmo acendeu. Ela se sentia tonta, mas acordada o suficiente pra seguir em frente. E em frente ela seguiu, e caminhou, se aproximando mais e mais dele, até que Yuki sentiu suas costas baterem contra a bancada na qual estava escorado, e as mãos de Helena irem para sua blusa, desabotoando cada botãozinho, pacientemente. Sentiu seus lábios grossos selarem sua clavícula repetidas vezes, no mais completo silêncio, enquanto era encarado pelos olhos grandes e de cor de mel. Sentiu um déjà vu da primeira noite que tiveram, e seu corpo vibrou.  Seu corpo tremeu quando o último botão foi aberto, e as mãos geladas de Helena passearam pela extensão de seu abdômen, peitoral e ombros, calmamente e então parou. Agarrou sua camisa e se puxou mais para perto do homem, que por reflexo pela posição que estava, segurou fortemente o quadril macio da moça, enquanto ela falava.
"Então eu estou pedindo, implorando se você quiser, Yuki Ishikawa. Perca seu respeito, sua sanidade e sua tão bondosa consideração e me tenha. Pois não sei mais o que fazer pra você entender que estou morrendo para que você me faça sua." sua mão estava fortemente agarrando a blusa branca macia com uma das mãos, e a outra fazia o contato visual não ser perdido segurando o rosto forte do amado.
Yuki revirou os olhos pelo prazer eminente que sentiu quando ouviu as palavras saírem tão cruas e nuas da boca convidativa de sua amásia. Boca essa que ele beijou de forma tão feroz que tinha certeza que havia consumido todo e qualquer ar que estivesse ali. Suas mãos estavam fora de controle, assim como ele começava à ficar, hora passavam pela suas costas e cintura ou então desciam o suficiente para agarrar suas nádegas. O choramingo que saia da boca de Helena era uma melodia única e ele queria mais daquilo. Com suas mãos fortes, levantou brevemente o corpo ofegante da amada o posicionando em cima da bancada e assim parando o beijo devorador que compartilharam.
"Preciso que me diga, que me informe, que me dê certeza que tá tudo bem, que eu posso seguir. Porque não sei se consigo parar mais. Por favor me dê o seu aval. Por favor." sua fala baixa e rápida saia entre cortada com sua respiração pesada, ansiando uma resposta.
"Não existe nenhuma hipótese que me faça parar isso. Quero ser sua Yuki, completamente sua, e quero que seja meu por igual. Por favor." seu pedido saia arrastado, como se suas forças estivessem se esvaindo de si, e para recuperá-la, os lábios macios de seu amado voltaram a se encontrar com os dela.
Seu corpo foi novamente levantado com facilidade e agora guiado para o quarto de Ishikawa, onde já havia estado uma vez, mas agora deitada em sua cama macia, enquanto assistia o namorado se despir em sua frente, ficando apenas de roupa íntima, percebia o quão ele aquele espaço era, e à fez relaxar ainda mais. Depois de se livrar da roupa que estava, Yuki olhou de verdade agora para Helena em sua cama, de um jeito que não prestou atenção na primeira vez que estiveram aqui. Percebeu o quando linda ela era, o quão certo era tê-la ali, deitada em seus lençóis, com os olhos queimando de desejo, implorando por mais dele. E ele prontamente proveu.
Seus beijos começaram das suas pernas, depositava levemente pequenos selares pela extensão de suas belas e grossas coxas, enquanto mantinha o contato visual, sempre indagando confirmação para continuar, que era sempre concedida pelo arqueamento das costas, ou a cabeça jogando pra trás, em pura antecipação pelo prazer. Com o consentimento dado, suas duas mãos pairavam sob a lateral do corpo desenhado da garota, levantando o vestido mais e mais, numa calma enorme, numa antecipação inesperada. Sempre que o tecido subia um pouco de pele à mais, mais um beijo era depositado ali, como que para lembrar que ele esteve ali por mais breve que tenha sido, e o corpo da morena queimava. Ao terminar de passar a peça pela cabeça e braços da moça, o vestido foi jogado cuidadosamente no chão e sua atenção foi devotamente redirecionada para o corpo ofegante que estava embaixo dele.
Yuki agora fazia o caminho reverso, beijaria ela da cabeça aos pés. Seus selares circulavam por toda a face, se demorando mais na boca que soltava os mais adoráveis barulhos que ele havia ouvido na vida. Na curva de seu pescoço arqueado, deixou algumas marcas e mordidas, por puro poder e logo em seguida desceu para ter contato com os seios da amante. Sua boca, salivando, abocanhou facilmente o peito esquerdo, enquanto sua mão livre, instintivamente ia apalpar o direito. Eles eram robustos, um pouco maior do que as mulheres que Ishikawa costumava se relacionar, ela também era, e mesmo assim parecia pequeno, porém perfeito nas mãos grandes e quentes do jogador. Ele poderia dedicar horas aos belos seios da amada, mas algo molhado que estava em contato com sua coxa, parecia precisar mais de atenção.
Helena precisava de alívio, qualquer alívio que ela pudesse encontrar. Com o namorado debruçado sob seu corpo, com uma das pernas musculosas no meio das suas ela resolveu procurar um atrito para o desejo úmido entre sua virilha. E como se adivinhasse, ou pelo visto ele cansou de sentir a intimidade roçar em sua perna, resolveu acudir a pobre moça, que estava ofegante pelo desejo e com a fala incompreensível. Ainda depositando beijos na área do seu estômago, causando leves cócegas na garota, ele prontamente foi chegando perto do local que implorava pra ser tocado. E ele o fez, por cima da calcinha, tocou, beijou, acariciou, mas Helena precisava de mais, e ele sabia, mas gostaria de ouvir.
"Yuki por favor..." sua fala arfada e trêmula deixou raios de eletricidade descer pelas costas do moreno, que continuava com as carícias esporadicamente.
"Sim linda? Deseja algo?" sua voz tinha um tom sarcástico entranhado nela, apenas uma provocação sutil.
"Yuki, eu preciso de você, por favor. Não faz assim comigo." sua voz manhosa e seu corpo revirando para conseguir algum tipo de contato deixava a mente de Ishikawa nublada de desejo, que ele prontamente atendeu.
Suas mãos calejadas se prenderam no tecido macio de algodão da sua calcinha azule puxaram pra baixo, novamente depositando beijos molhados e estalados pela extensão de pele que encontrava. Deixou a peça íntima junto do vestido da namorada e voltou pra sua posição. Abriu lentamente as pernas da amada, afagando a parte interna das coxas suaves, onde roçava os lábios na área, e sentia Helena tremer em seus braços. Esses que mantinham ela parada, sem conseguir se movimentar muito ou se desvencilhar da sensação molhada que logo à invadiu. Suas mãos que estavam agarradas no forro da cama, logo foram de encontro para os cabelos volumosos de Yuki, fazendo pressão e puxando um pouco, para ter algo em que se segurar.
A língua quente passeava entre os lábios da vulva com movimentos longos e lentos, para saborear cada momento. Com o braço direito, soltou o agarro que tinha no quadril largo da moça e o levou para a boca entreaberta e arfante, enquanto matinha o contato visual e sua boca no clitóris. Helena recebeu de bom grado dois dedos que Yuki adentrou gentilmente em sua garganta, deixando molhado o suficiente da sua saliva, retirou os dedos, e passando o braço esquerdo por cima do corpo parar mantê-lo no lugar, introduziu lentamente as falanges na intimidade necessitada da namorada. Enquanto deixava ela se acostumar com a sensação, selares eram distribuídos pelas coxas e voltavam para chupar brevemente o clitóris, para ajudar ainda mais a relaxar. Os gemidos arfados que eram proferidos faziam ele se excitar ainda mais, gemendo apenas por ouvir e por sentir, o interior quente e viscoso que apertava seus dedos numa intenção desesperada de não soltar. Assim que recebeu batidinhas no seu antebraço como pedido para continuar, os dedos longos começaram um movimento de vai e vem, sempre parando dentro para fazer um carinho no ponto esponjoso que estava tão aparente, fazendo com que Helena se sentisse perdida, tonta, desestruturada, tudo que passava em sua cabeça era apenas a sensação que lhe era proporcionada.
Uma sensação tão boa que com os carinhos que a boca, língua e dedos habilidosos de Yuki, não demorou para seu orgasmo atingi-la em cheio. Nem chegou sentir ele se formar no pé da barriga, de tão desnorteada que se encontrava, apenas que a sensação estava demais, e ela se sentiu à beira da loucura. Batendo levemente no ombro do rapaz, ela pediu repetidamente para que ele parasse, pois já tinha chegado ao orgasmo, pedido que ele relutantemente acatou, pois poderia passar horas entre as pernas deliciosas da amante. Enquanto ela respirava fundo, de olhos fechados, tentando se recuperar do ápice inerente que sentiu lavar seu corpo, Yuki retirou sua cueca e pegou uma camisinha que tinha na sua mesa de cabeceira, colocando rapidamente em seu membro. Foi ao encontro do rosto abafado da sua namorada, beijando suas bochechas coradas e retirando os cabelos de sua face molhada. Enquanto ela se acalmava, sua mãos perdidas foram em encontro do torso de Yuki, que logo se mostrou na sua frente, recebendo um beijo desnorteado em seguida.
"Você está bem meu amor?" sua mão limpa, fazia um afago leve em suas madeixas esperando a respiração normalizar.
"Estou... Estou. Por favor Yuki, por favor. Preciso de você, por favor..." suas palavras eram desconexas, cortadas no meio, arfantes, mas compreensíveis para ele, que sorriu brevemente e se posicionou novamente no meio das pernas dela.
"Eu sei amor, eu sei. Eu também preciso muito de você, mas você precisa respirar linda. Relaxa um pouquinho e confia em mim. Qualquer mísera dor você aperta meu ombro e eu paro na hora está bem?" ela assentiu rapidamente, com os olhos quase fechados, apenas antecipando o sentimento de ser preenchida.
Yuki pegou um travesseiro entre os vários que estavam dispostos na cama, e posicionou embaixo do quadril de Helena, para com que o prazer fosse ainda mais explosivo. Abriu mais suas pernas enquanto se posicionava na sua entrada, respirou fundo e começou a introduzir seu membro lentamente. A cada centímetro que entrava mais, ambos sentiam as forças se esvairem de seu corpo, numa erupção de prazer. Quando estava completamente inserido dentro dela, Yuki parou e deixou ela se acostumar com a sensação. Alisava sua barriga, a lateral de seu corpo, suas pernas, que deixou envolver sua cintura, e beijando sua clavícula e pescoço, sentindo seu peito subir e descer tal qual o dele. Com seu corpo grande curvado sobre o dela, apenas deixando as respirações ressoarem pelo local. Com a mão trêmula, seus dedos foram de encontro ao cabelo, agora bagunçado, para afirmar que ele podia se mexer, pois não tinha forças pra falar, e foi o que fez.
Começando com movimentos lentos, e com a mão sempre depositada no quadril para adquirir firmeza à cada estocada. Helena passeava as mãos pelo torso esculpido, tentando não se perder completamente no prazer imenso que sentia, com sua cabeça jogada pra trás e os olhos revirados, assim como os do amado. Yuki nunca se considerou uma pessoal vocal na cama, mas com a sensação que passeava pelo seu corpo inteiro, não conseguia evitar a deixar o nome de Helena sair no mais rouco dos gemidos de sua garganta. Enquanto se abaixava procurando a boca de sua amada para beijá-la, as mãos da mesma se fincaram em seus ombros, e os movimentos que estavam contidos, ganharam força e profundidade. Não queria ser rápido, pois queria que aquele momento durasse pra sempre, então apenas aumentou a intensidade, pois estava pra enlouquecer de prazer.
Helena gemia e arfava mais à cada estocada funda que recebia, suas unhas fazendo arte nas costas largas que agora tinha uma pintura desse momento que estavam vivenciando. Yuki respondia do mesmo jeito, gemendo repetidamente o nome dela em seu ouvido, enquanto levava uma das mãos para estimular seu clitóris, pois sentia que estava cada vez mais perto de chegar ao seu limite, mas jamais permitiria que ela não gozasse novamente antes dele. Ver ela perdida de prazer, com os olhos revirados, as mãos sem achar um local para se fincarem, era uma visão que ele jamais queria esquecer. Queria vê-la todos os dias assim, por causa dele, pra que ela soubesse que fazia o mesmo com ele. Sentia a vagina contrair com força seu membro e sabia que ela estava perto de se deixar afogar pelo prazer, e beijando sua face e seus seios vez ou outra, enquanto estimulava seu clitóris, Yuki se aproximou lentamente do ouvido de Helena, mordiscando seu lóbulo, e em voz baixa, proferiu.
"Vai meu amor, goza pra mim por favor. Se deixa ir e goza pra mim." era o estímulo final que Helena precisava. E assim ela fez.
Suas pernas que estavam entrelaçadas na cintura do namorado, se soltaram, tamanha a intensidade do orgasmo. Sentiu seu coração acelerar à ponto de ficar ainda mais ofegante, seu corpo tremia, e sua visão ficou levemente turva. Teve algumas relações na sua vida, e sempre soube se satisfazer sozinha, mas jamais havia experimentado a sensação que teve com aquele orgasmo, guiado gentilmente pela voz grossa e dedos ágeis de Yuki. Sentiu seu corpo ficar leve, flutuando pelo ar, mesmo a superestimulação já fazendo efeito em si. Com os olhos fechados apenas sentindo o calor de Yuki perto do seu, enquanto ele depositava mais algumas estocadas enquanto chegava ao seu ápice, sempre proferindo palavras doces em seu ouvido.
"Você foi tão bem linda, gozou tão bem pra mim. To muito orgulhoso de você." sua voz já ficava enguiçada, a respiração entre cortada e os sentidos e o corpo sensíveis ao toque.
Com mais algumas estocadas e com ajuda do toque suave em suas costas, Ishikawa se desfez por inteiro. Seu corpo inteiro estremeceu enquanto os últimos momentos do seu orgasmo banhava seu corpo. Assim que se recuperou, olhou para Helena que estava embaixo de si, alisando seu rosto, beijando sua têmpora e posicionando para sair de dentro dela. Foi ao banheiro, jogou a camisinha usada no lixo e se limpou. Voltou para o quarto um tempo depois com uma toalha úmida e outra mais seca em mãos para limpar a intimidade de sua amada. Com calma, para não estimular e nem causar nenhum tipo de desconforto, enxugou a parte interna completa e devagar retirou o travesseiro debaixo de seu quadril. Levou a almofada para a landeveria e deixou lá para poder cuidar dela amanhã, passou na cozinha e pegou um copo de água e um chocolate para Helena, que recebeu de bom grado mesmo sem muita força. Com ajuda, e insistência, de Yuki, se levantou para ir ao banheiro e fazer suas necessidades. Ele esperava do lado de fora, já vestido, e assim que ela terminou, a carregou novamente para cama, depositando um beijo em sua testa e se ajeitou ao seu lado para dormirem uma noite de sono merecida.
* - - ⓨ - - *
Acordando na manhã seguinte, Helena se sentia perdida, sem lembrar direito onde estava, e ai com um pouco mais de tempo, recordou que estava na cama de seu namorado, e tudo que aconteceu na noite passada. Sentiu sua bochecha queimar com a lembrança, mas não tinha se arrependido de nada. Olhou ao redor e não encontrou o corpo que estava lhe abraçando durante a noite, do seu lado, então com muito custo resolveu levantar. Foi no banheiro primeiro, escovou os dentes e tentou melhorar a aparência, e na pressa para saber qual era o cheiro bom que sentia, não pegou sua roupa de ontem, apenas uma blusa que encontrou por ali. Pelo tamanho que ficou em seu corpo, um pouco acima das suas coxas, soube que era de Yuki, vestiu sua calcinha e saiu do quarto pra cozinha e teve a visão das costas marcadas como a primeira coisa que viu. Se aproximando lentamente dele, o abraçou por trás, depositando alguns beijos na extensão de seus ombros, onde conseguia alcançar na ponta dos pés, e sentiu Yuki ressoar com uma risada baixa.
"Bom dia flor do dia, eu estava terminando aqui pra levar o café pra você na cama." falou inclinando a cabeça pro lado para conseguir vê-la melhor.
"Ai olha só que romântico ele é." se desvencilhou do abraço e subiu rapidamente na bancada livre que estava perto do fogão. Seu corpo queimou pelo olhar gradativo que Yuki ofereceu ao seu corpo, mas deixou passar. "Eu adoraria ter ficado lá e esperado para ver essa cena, mas senti falta de você na cama e resolvi te procurar, e adorei a visão que tive assim que desci." com o fogão agora desligado, e a atenção do moreno única pra ela, com seus braços musculosos a envolvendo, ela passou os braços por volta do seu pescoço.
"Ah você gostou é? Bom, pode se acostumar então, pois essa visão vai ser recorrente pra você." alternava a fala com beijos intercalados entre o rosto e pescoço da garota, arrancando risinhos gostosos.
"Agora sim eu vi alguma vantagem."
"Ah eu também vi vantagem, bastante até..." sua voz baixa se fez enquanto descia seu olhar pelo corpo adornado pela sua vestimenta de ontem à noite. "Inclusive, minha visão está bem melhor que a sua. Gostei muito de você na minha camisa."
"Estou pensando em ficar com ela, combinou muito comigo." balançava suas sobrancelhas de forma cômica, e ele concordou rindo.
"Eu também achei, mas acho que você fica muito melhor sem ela viu?" seu tom leve rendeu um tapa fraco em seu peito, com uma cara de indignação pela parte de Helena.
"Yuki!"
"Que foi, ta com vergonha?"
"Ai você é impossível sério."
"É, efeito seu." com a voz agora mais suave, a troca de olhares foi inevitável, e se perdurou por um tempo até ele quebrar se aproximando para um beijo. Aproveitaram o selar com calma, sem pressa, explorando cada canto da boca do outro. Se separaram com pequenos selinhos e sorrisos abertos.
"Você também tem um efeito enorme em mim, você nem imagina. Muito obrigada pela noite de ontem Yuki, por me respeitar tanto, e ser tão gentil comigo. Eu só consigo me apaixonar cada vez mais por você. E mal posso esperar pra fazer a transferência para a Universidade daqui e construir ainda mais uma relação com você." o choque era evidente no rosto do homem, mas o sorriso que adornava seu rosto era bem maior.
"Você vai vir pra cá? Você não está brincando comigo não é?" ela negou com a cabeça, feliz pela reação que ele teve. "Meu amor, meu Deus!" ele levantou ela rapidamente da bancada, abraçando ela e rodando um pouco. Colocou ela novamente no chão enchendo a mesma de beijo.
"Eu não fiz a transferência para cá apenas por causa da gente, pois não sei o que o futuro guarda pra nós, mas eu quero arriscar isso que eu estou sentindo e quero fazer funcionar."
"Eu também quero meu amor, eu também quero e eu prometo que vou me esforçar pra gente crescer muito juntos. Eu te amo tanto, tanto. Muito obrigada por isso. Por ontem, por hoje e por todos os dias que teremos juntos." as testas coladas e os corpos envolvidos um pelo outro.
"Eu também te amo Yuki, muito." e com mais um selar, eles estavam ali prontos pra começar mais um momento em suas vidas.
Juntos.
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Bom gente, esse foi o do momento. Espero que vocês curtam a leitura. Eu não coloquei muito diálogo porque eu tenho um pouco de vergonha de escrever esse tipo de conteúdo 🙃 mas foi isso.
Os visuais que eu separei para vocês, mas pode imaginar como vocês quiserem!
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paidedragao · 7 months ago
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𝐮𝐦 𝐦𝐨𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐝𝐞 𝐜𝐨́𝐥𝐞𝐫𝐚; 𝐮𝐦 𝐟𝐥𝐚𝐬𝐡𝐛𝐚𝐜𝐤 .
soluço ficou em silêncio por um longo tempo, olhando para o rosto pálido de astrid enquanto ela dormia. seu coração estava em pedaços, mas algo mais pulsava dentro dele: raiva, uma raiva imensa que transbordava de suas veias como lava fervente. o aborto espontâneo havia destruído os sonhos que ele e astrid tinham para o futuro, e ele sabia que a culpa era dos deuses, especialmente de merlin, aquele bruxo traiçoeiro. soluço jurou que pagariam por isso. ele moveria céus e infernos para vingar o sorriso perdido de sua amada. ele deixou a cabana onde astrid descansava, indo para um lugar alto, onde o vento soprava com força e o mar batia furiosamente nas rochas. ali, no topo do penhasco, ele gritou para o céu, uma súplica que ecoou como trovão. "eu os odeio!" ele clamou, com o peito ardendo de fúria. "merlin! odin! todos vocês! como ousam tirar o nosso futuro? como ousam machucar astrid? eu juro, vou fazer vocês pagarem!"
os dragões começaram a aparecer, atraídos pela força do seu chamado e pela intensidade de sua emoção. soluço não conseguia conter a raiva que crescia cada vez mais. ele reuniu todos os dragões que pôde encontrar, suas asas negras cortando o ar como sombras vingativas. "vamos movê-los!" ele gritou para eles, cada palavra repleta de dor e vingança. "vamos mover céus e infernos até encontrarmos merlin e todos os outros responsáveis! eles vão pagar por isso!" banguela estava ao seu lado, o grande fúria da noite, seus olhos brilhando com a mesma raiva que soluço sentia. o dragão rugiu alto, um som que fez a terra tremer e as nuvens se moverem. soluço sabia que ele não estava sozinho nessa busca por vingança. os outros dragões se reuniram ao redor, prontos para seguir seu líder em uma busca sem retorno. soluço prometeu a todos que essa seria a maior batalha que já tiveram.
ele olhou para o céu, onde as nuvens se acumulavam como um presságio do que estava por vir. soluço sabia que estava prestes a enfrentar forças poderosas, mas ele não tinha medo. a dor de astrid era agora sua dor, e ele não descansaria até que a justiça fosse feita. o som das asas dos dragões criava um rugido ensurdecedor, um som que falava de guerra e vingança. soluço sentiu seu espírito inflamar-se com a certeza de que ele não pararia até encontrar merlin e todos os outros deuses que tinham ferido sua amada. e ele os faria pagar, um por um.
soluço virou-se para a multidão de dragões que agora se aglomeravam ao seu redor, formando um círculo cada vez mais apertado. os olhos brilhantes e as escamas reluzentes eram um sinal de que eles estavam prontos para lutar, mas soluço precisava saber se estavam dispostos a lutar por ele, para trazer justiça por astrid. "vocês vão comigo?" ele perguntou, sua voz ecoando pelas montanhas ao redor. "vão lutar para que astrid nunca mais sofra? vão comigo até o fim?" 
o silêncio caiu por um breve momento, como se os dragões precisassem de um segundo para compreender o peso da pergunta. então, como se tivessem uma única voz, todos os dragões rugiram juntos, um som ensurdecedor que abalou o céu e fez as árvores balançarem violentamente. as chamas irromperam de várias bocas, iluminando a noite com um brilho vermelho e dourado. a resposta era clara: eles estavam prontos para lutar por soluço e por astrid. soluço sentiu um arrepio de emoção e levantou sua espada para o alto, gritando junto com eles. ele sabia que agora tinha um exército de dragões ao seu lado, e nenhum deus, bruxo ou qualquer outra força seria capaz de detê-los. eles estavam indo em busca de vingança, e nada os pararia.
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windynwild-archive · 7 months ago
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✦ ・ MISSÃO : Em busca de Apolo parte I with: @indgc ; @tachlys | @silencehq
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Ventos suaves, ela rezou a Éolo pela primeira vez em muitos, muitos anos. Ventos suaves e certeiros, que nos levem a Delos em segurança. O cheiro da fumaça era quase aromático, e não desagradável como deveria ser. Seu sacrifício era, exatamente: dois waffles com mel e um pedaço gordo de carne de cordeiro, tudo regado com muito leite achocolatado. Sawyer havia, depois de muita tentativa e erro, decidido que era esse o exato sacrifício que seu pai gostava mais, o que dava mais certo quando ela precisava pedir algo. Por favor, ela implorou. Eu não te peço algo há tanto tempo. Me ajude a fazer isso. Me ajude a sobreviver.
Sua segunda oferta foi mais modesta, apenas uma barra de seu chocolate favorito e dois croissants. Era provavelmente inútil, mas com toda a sua convicção, Sawyer rezou, mais um aviso do que uma prece: Apolo, se estiver me ouvindo e estiver em Delos, não saia daí. Estamos indo atrás de você.
A filha de Éolo mal conseguiu processar a sequência de acontecimentos que a levaram até aquele barco no meio da Grécia, mas estava certamente aliviada de deixar o Acampamento por um tempo. É óbvio que a falta do sol era sentida por Sawyer, principalmente nas ilhas gregas, que já visitara inúmeras vezes. Queria poder estar lá nas mesmas condições anteriores, em verões paradisíacos naquelas águas tão azuis. Infelizmente, naquele momento, paradisíaco era o mais distante possível na realidade.
Seus pensamentos estavam seguindo aquela linha de raciocínio quando sentiu o primeiro tranco no barco. Levantou-se de onde estava sentada e, com um toque em seu bracelete, sua lança estava em mãos. O que foi isso?, Indigo, o filho de Melinoe que liderava a missão, perguntou. "Gostaria de pensar que é Poseidon aparecendo para nos dar uma ajudinha, mas duvido muito."
Foi para a beirada do barco e olhou atentamente para a água límpida, posicionando sua lança em posição de pesca, com a ponta na direção do mar. Por alguns instantes, nada foi ouvido além do suave som da água e das respirações aceleradas dos semideuses. Então, caos.
Escolopendras começaram a subir no barco. Sawyer odiava monstros marinhos por princípio, visto que, tendo o ar como elemento, era um tanto vulnerável a animais aquáticos, mas não deixaria isso a paralisar. Atirou sua lança na direção de um deles enquanto tentava contar em sua mente sua quantidade. Um, dois, três... seis?! Usou os ventos para trazer sua lança de volta à mão ao perceber que não causara tanto estrago na escolopendra e, uma vez que o barco era mais e mais destruído pelos monstros, Sawyer não viu opção a não ser segurar bem em sua lança e pular.
Não era uma exímia nadadora. Sabia como sobreviver na água, mas jamais ganharia uma competição de natação, por exemplo. Fez o possível para nadar para longe dos dois monstros marinhos que a seguiram, mas eles se aproximaram com rapidez. Ela ainda tinha uma lança, porém, ainda era uma semideusa, e brandiu sua arma de um lado para o outro, quase cegamente, até atingir algo macio. Ótimo. Fincou ainda mais a lança, no que esperava ser a garganta do animal, e viu ele desfalecer com isso. O problema, porém, é que agora sua lança estava fincada no corpo do monstro e, distraída em libertá-la, ela não percebeu a segunda escolopendra se aproximar e abocanhar sua perna. Gritou de dor e agonia, tentando libertar a perna e, por um milagre, sua lança se soltou. Com toda a sua força, fincou a arma em um dos muitos olhos do animal, o que o fez soltá-la e fugir. Não havia sido capaz de matá-lo, mas ao menos ele não era mais um problema para ela.
Nadou como pôde, perdendo cada vez mais sangue pelo ferimento em sua perna, se agarrando à própria consciência como podia. Logo viu terra à sua frente. Estava chegando em Delos. Graças aos deuses, pensou, dando o seu melhor para chegar em terra firme. Se deitou no chão, ofegante, e descansou por alguns instantes até pôr as mãos à obra. Subiu a perna da calça para conferir o ferimento causado pela escolopendra em sua canela que, ao menos, não parecia tão ruim. Tirou a camisa que usava por cima da camiseta e a amarrou firmemente em torno do ferimento para estancar o sangue. Ela poderia cuidar disso depois. Se levantou, olhando em volta e, uma vez que sua vida não estava mais em risco, sua mente foi direto para seus companheiros de missão. Teriam Indigo e Achlys sobrevivido ao ataque? Não os via em lugar nenhum. Estaria ela sozinha? E como voltaria para a casa, agora que seu barco fora destruído?
Eu vou encontrar Apolo, disse a si mesma. Eu vou encontrar Apolo, vou encontrar meus amigos e vou voltar para a casa. Com esse mantra, Sawyer começou a andar pela ilha, em busca de... bem. De Apolo, dos outros semideuses, do templo... o que viesse primeiro. E ela encontrou algo, mas não o que estava procurando.
Um gegene. A porra de um gegene. Sawyer encarou o gigante de seis braços que, naquele momento, também percebia a sua presença. O gegene deu um grito de ódio ao avistá-la e começou a vir em sua direção. Ele carregava consigo um machado, um facão e uma adaga e, por sua expressão feroz, Sawyer sabia que ele estava disposto a usar todos nela. A semideusa olhou para sua perna machucada. As chances definitivamente não estavam a seu favor, mas ela não tinha escolha a não ser tentar.
Mais uma vez, tocou em seu bracelete e observou sua lança crescer em sua mão. Respirou fundo, fechou os olhos por um breve segundo. Pensou em sua mãe, no Marrocos ou em qualquer outro lugar que o mundo a levasse, se perguntando quando veria a filha de novo. Pensou no Acampamento, o único lugar constante o suficiente em sua vida para ser considerado um lar. Pensou em Indigo e Achlys, onde quer que eles estivessem.
A menina que passou a vida em atalhos finalmente teria que encarar algo de frente. Sawyer abriu os olhos, juntou toda coragem presente em seu corpo, e avançou na direção do gigante.
A luta foi curta. Arremessou a lança e utilizou o vento para conduzir seu trajeto até a garganta do gegene, que a desviou com facilidade usando a lâmina de seu machado. Sawyer, mais uma vez, usou o ar para trazer a arma de volta à sua mão e, quando próxima o suficiente, conseguiu cravá-la, de forma desastrada, na mão que segurava o machado, querendo inutilizar a arma maior. Ele rugiu de dor, a empurrando para longe, mas de fato derrubando o machado. Infelizmente para ela, porém, ele arrancou a lança da mão e a quebrou em duas, como se fosse um mero palito.
Isso não era nada bom. Sawyer se levantou, mais uma vez e, sem muitas opções, pegou o machado, que era pesado demais para ela, mas era o que tinha. Tentou atacá-lo com ele, mas o gegene a parou facilmente e arrancou o machado de si, mas não tentou usar a arma. Ele não precisava dela. Com as mãos restantes, empurrou Sawyer para o chão e pisou em sua perna ferida, a fazendo gritar de dor. Então ele aproximou seu rosto feioso do dela, olhando para a garota com muita atenção. E com a sua adaga, sua menor arma, aquela com que Sawyer nem havia se preocupado, ele furou seu olho esquerdo.
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somaisumsemideus · 6 months ago
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"O poder das runas não é apenas aprendido, é sentido, vivido em cada pulsar de magia"
O céu nublado lançava uma luz difusa sobre o Acampamento Meio-Sangue, criando uma atmosfera quase etérea. Héktor estava no coração do acampamento, onde uma fenda para o Submundo ameaçava a segurança de tudo e de todos. A brisa leve carregava o cheiro de terra molhada e folhas secas, enquanto ele segurava com firmeza a varinha de Hécate, sentindo seu poder pulsar em suas mãos.
Diante de si, o grimório de Hécate flutuava envolto da sua magia escarlate, aberto na página que detalhava o feitiço de fechamento da fenda. As runas antigas, brilhando com um leve tom dourado, pareciam dançar sob seus olhos, revelando segredos arcanos que só ele podia compreender. Héktor respirou fundo, permitindo que a magia escarlate começasse a fluir de dentro de si, envolvendo seu corpo em uma aura rubra cintilante.
Ele levantou a varinha e, com um movimento fluido, desenhou no ar as runas indicadas no grimório. Cada gesto era preciso, carregado de intenção e poder. A magia escarlate se manifestava como fios de luz que traçavam padrões intrincados, formando símbolos que pairavam no ar antes de se fundirem com a energia ao seu redor.
Enquanto Héktor treinava o feitiço, o chão ao redor da fenda respondia levemente à sua magia, ressoando com a energia que ele invocava. a fenda diante parecia reagir, sussurrando segredos sombrios e emitindo uma névoa fria que se dissipava ao tocar a luz escarlate. Com cada palavra antiga que pronunciava, ele sentia a complexidade do feitiço, como se uma força invisível testasse sua habilidade.
Hektor concentrou-se, seus olhos fastanhos fixos no centro da fenda, onde sombras dançavam e se contorciam. Com um gesto decisivo, ele traçou a última runa no ar, e a magia escarlate convergiu para o ponto focal. Um brilho intenso emanou da fenda e, por um momento, o mundo apreceu parar. Então, com um estalo profundo, a energia se dispersou deixando a fenda inalterada.
Ofegante, Héktor baixou a varinha e olhou para o grimório. As runas ainda brilhavam suavemente, como se comemorassem seu esforço. Foi enquanto que notou algo inesperado. No canto da página, uma runa secundária começou a brilhar mais intensamente, revelando um segundo feitiço. A curiosidade despertou em seu peito, e ele passou os dedos pelas linhas antigas, decifrando o que pareci ser o tal feitiço proibido que Quíron mencionara.
Ele sentiu a mistura de curiosidade e cautela. O feitiço, ao que parecia, falava de visões e revelações, algo que poderia ser perigoso sem a preparação adequada. Instigado e levado à descrença que começou a nutrir pelo centauro, pelo diretor e até por sua própria mãe, decidido a não enfrentar isso sozinho, ele fechou o grimório e guardou a varinha, planejando contar à sua irmã, Pietra, sobre a descoberta.
Treino com varinha e grimório Ambientação: Preparação para fechar a fenda Bônus para leitura@silencehq
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A Bíblia e o Suicídio
Tema 2: O Conselheiro Aitofel (2 Sm 17:23)
Aitofel era integrante do conselho de Davi, talvez seu mais próximo conselheiro. Ele esteve durante muitos anos no reinado e sabia que Deus era Quem escolheu Davi para reinar a nação. No entanto, mesmo ciente disto, planejou contra o ungido do Senhor elaborando um golpe de Estado com um dos filhos do rei, a saber, Absalão. Aitofel era inclinado à ambição e à soberba, então, quando seu ego foi ferido não o pôde suportar.
Logo após ter sacrificado ao Senhor na cidade de Gilo (2 Sm 15:12), o conselheiro saiu para conjurar contra Davi, mas se surpreendeu ao perceber que Absalão não o ouviu ao pedir guerreiros para matar a Davi. Então, ‘quando Aitofel percebeu que o seu conselho não tinha sido seguido, selou seu jumento, montou-o e partiu para a sua casa na cidade. Pôs todos os seus negócios em ordem e logo em seguida se enforcou.’ (2 Sm 17:23).
As Escrituras descrevem que o foco da vida de Aitofel era fazer mal a Davi e quando ele não conseguiu fazê-lo se matou. Ele tinha os motivos errados e uma obsessão perversa como propósito de vida e, embora, sacrificasse a Deus, não O obedecia sinceramente. No entanto, não é somente porque Aitofel não conseguiu o que desejava que ele se suicidou, mas também porque a sua motivação de vida não era a correta.
Quando uma pessoa vive pela motivação errada e ela não a alcança, perde o sentido de viver. Muitas vezes, o propósito de vida é obter alguma coisa terrena como fama, fortuna, poder ou a atenção de alguém que se ama. É possível dizer que, ainda que se alcance a meta, a pessoa não será feliz, pois nada além de Deus concede a verdadeira felicidade e paz ao coração.
O objetivo de uma pessoa para se levantar todas as manhãs não deve ser terrena porque não há nada nesta Terra que supra as aspirações que uma alma possui. Esta motivação não precisa ser baseada na maldade ou em traição para ser errada, basta não ser celestial. Por outro lado, se o foco da vida estiver em Deus, morrer não será uma opção nem a depressão será um caminho (2 Sm 15:30,31).
Você já se perguntou o que te motiva a seguir em frente? Qual é o seu maior desejo? O que fará se Deus não o permitir? Sua vida é muito especial para ser vivida com base somente em coisas ou pessoas. Levante-se todos os dias por um motivo que valha a pena lutar e que te inspire a fazer mais e melhor. Cristo, em toda Sua bondade, indica o propósito de vida que você deve ter ao dizer: Busque em primeiro lugar o Reino de Deus e Sua justiça (Mt 6:33).
Deus deve estar em primeiro lugar em sua vida. É por Ele que você deve se levantar todos os dias; é pela paciência em esperá-LO que Deus possuirá sua alma e suprirá todas as necessidades com as gloriosas riquezas em Cristo Jesus (Mt 6:33; Lc 21:19; Fp 4:19). Faça de Deus sua prioridade e sua promessa de vida eterna sua motivação de viver, pois pode ter certeza de que Ele jamais lhe decepcionará e você alcançará NEle, tudo o que sua alma procura.
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misspickpocket · 1 year ago
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A espera naquele corredor lhe parecia eterna. Quanto mais tempo sobrava para esperar, mais sua mente parecia trabalhar contra ela; sua roupa estava boa o suficiente para estar diante da família real? Seu cabelo estava com muito frizz? Sua maquiagem estaria muito exagerada? Annelise sabia que, quanto a sua aparência, ela nada tinha a temer. Os funcionários do palácio de certo não a fariam passar vergonha de propósito, fariam? Não. Isso seria contra as regras da Seleção. Era mesmo? Ela não se lembrava.
A postura seguia impecável, como se para um desfile, ainda que um dos pés dançasse sem parar e ela torcesse e retorcesse a folha de papel em sua mão enluvada, o estudo de sua apresentação há muito esquecido e, agora, despedaçado.
Quando seu nome foi chamado, ela se levantou, fechou os olhos e respirou fundo antes de caminhar, tentando se mostrar confiante e despreocupada conforme passava pelas portas da sala, sorrindo e cumprimentando todos os presentes, desde a equipe por detrás das câmeras até a família real, a quem direcionou uma reverência antes de ir se sentar diante de Sophie Boulanger, por quem já tivera a honra de ser entrevistada ao ganhar, pela segunda vez, a coroa de Miss França. A presença conhecida a fez sentir um pouco melhor.
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SB: qual foi a coisa que mais te surpreendeu assim que você chegou ao palácio?
Versailles por si só é uma visão. Não é a toa que milhões de pessoas vem à França para ver o palácio, mas para mim, sempre serão os jardins. Não me canso de vê-los; parecem saídos de uma pintura.
SB: você está aqui há algum tempo, nos conte o que você traria de casa para cá e levaria daqui para casa?
(ela hesita, arrisca um breve olhar para a Princesa e seu rosto assume uma coloração avermelhada) Existe algo que eu possa trazer que já não exista aqui? (Uma risada) Talvez não algo, mas alguém. Meu pai. Sinto muita sua falta e gostaria de poder tê-lo ao meu lado durante todo esse processo. Agora para levar daqui de volta para casa... A princesa, é claro. (Um sorriso) Mas imagino que essa seja a resposta mais esperada, então diria que, se não a Princesa Tony, com certeza um quadro ou escultura. A galeria é um dos meus lugares preferidos e, se pudéssemos escolher algo para levar conosco, eu levaria algo de lá.
SB: tem alguma coisa que pareceu bizarro para você na realeza, até agora? e surpreendente?
Bizarro, não, mas surpreendente. Ainda que eu tenha boa memória, as regras de cortesia têm sido, a princípio, um desafio. Temo ofender algum membro da realeza por não fazer uma mesura no momento certo ou por não tratá-los pelos títulos corretos. Me surpreende a naturalidade com a qual todos tratam uns aos outros, enquanto na minha cabeça eu estou repassando títulos, nomes e países! Entendo, é claro, que monarcas crescem estudando e aprendendo todos esses detalhes e costumes que são, de certo, essenciais.
SB: acredita que irá aprender a se tornar uma futura rainha? mesmo que não seja a escolhida.
Enquanto estiver aqui estarei me dedicando a aprender tudo o que precisar para atender às expectativas de ser uma Rainha. E, bem, eu não desisto com facilidade das coisas as quais me dedico, então, com certeza.
SB: está sendo difícil se adaptar às normas e pessoas novas? como é esse convívio para você?
Normas e pessoas novas são algo recorrente na minha vida. Na minha profissão, estou quase sempre rodeada de novos rostos e regras diferentes às quais devo me adequar. Acredito que ser adaptável é uma das minhas maiores qualidades, então não tem sido muito difícil. Ainda assim, falar com os membros da monarquia convidada sempre me deixa um pouco nervosa, sabe?
SB: teve tempo para conhecer alguma realeza convidada? se sim, deseja visitá-la em algum momento?
Ah, sim! A Rainha Emilia é maravilhosa. Sua companhia é sempre agradável; como um sopro de ar fresco. Ela fala com tanto carinho da Islândia que é impossível não querer visitar sua terra natal. E o Príncipe Adonis, eu já conhecia sua alteza há um tempo, então foi uma alegria poder encontrá-lo novamente! Já estive na Grécia a trabalho, mas adoraria visitar o país para passar um tempo de qualidade com elee aproveitar o lugar de verdade.
SB: como vem sendo sua relação com as outras garotas? acha que está deixando uma boa impressão?
Admito que estava receosa a princípio. Em competições assim, geralmente é bem difícil fazer amizades de verdade, já que todas queremos a mesma coisa. Pensei que seria como nos concursos de beleza; saltos quebrados e vestidos rasgados, onde não se pode confiar de verdade em ninguém. Mas, para a minha surpresa, não tem sido assim. Todas as selecionadas com quem falei até o momento tem sido extremamente cordiais e amigáveis. Acredito que, mesmo competindo entre nós, seja possível criarmos laços de amizade que vão durar para além da Seleção.
SB: como você acha que serão seus encontros com a princesa? vocês já tiveram momentos compartilhados?
(Um sorriso contido) Acredito que o anúncio da minha participação tenha sido um choque e tanto para a Princesa. Não é de se esperar que sua ex-namorada participe de uma competição para conquistar você, eu sei, e por isso entendo que ela ainda não tenha se aproximado de mim. Mas tenho certeza de que dividiremos momentos agradáveis. Cinco anos se passaram desde que estivemos juntas e de certo não somos mais as mesmas. Estou ansiosa para que nos conheçamos de novo.
SB: e por último, qual é o seu diferencial das outras garotas que te colocaria no trono?
Não direi amor ou devoção, pois uma vez casadas, esse é o mínimo que darei a Tony. Acredito que meu diferencial se volta mais para o povo. Eu venho de uma família que perdeu tudo. Os Cadieux eram membros da alta sociedade, você sabe, mas com a falência do Banque Cadieux, não tivemos para onde ir nem o que fazer. Meus pais venderam tudo o que podiam, mas eventualmente o dinheiro acabou. Todas as conexões dos meus pais desapareceram, então sequer tínhamos a quem pedir ajuda. (Ela limpa uma lágrima e sorri sem graça) Eu conheço a dificuldade; cresci sem saber como seria meu futuro, antes de começar com os concursos de beleza, e tive a sorte de ascender socialmente e superar essas dificuldades. Sei que essa é a realidade de muitos franceses e que nem todos tem a sorte que eu tive, então quero ser aquela que atende aos pedidos de ajuda, muito além dos projetos nos quais estou envolvida no momento. O Serviço Voluntário só atende até certo ponto, e com a influência e os recursos da Coroa, eu poderia fazer a diferença.
“por favor, o palco é seu. você tem cinco minutos, como especificado na carta. boa sorte.”
Com aquelas palavras, Annelise sorriu e inspirou fundo. Estar no palco e ser o centro das atenções não lhe era estranho, tampouco ser avaliada, como sabia que estava sendo, e ainda por cima por pelo menos duas pessoas que não a viam com bons olhos. Mas ali, sem poder cativar aplausos ou sorrisos de ninguém mais além da família real, Annelise sentia-se nervosa. A entrevista fora a parte mais fácil; mantivera seus olhos em Sophie por quase todo o tempo e por isso foi fácil fingir que a presença da Rainha Anne e do Príncipe André não a intimidava.
Agora, com os olhos dos três sobre ela, Annelise precisava controlar o bater acelerado do coração. Sentiu as bochechas corarem novamente ao começar a falar, as mãos entrelaçadas a sua frente, para não transparecer que tremiam levemente. Ela inspirou fundo novamente, sorriu e fez uma mesura. "Pensei em muitas coisas para apresentar. Impressioná-los com um desenho a carvão em cinco minutos ou ainda uma pequena apresentação na harpa. Mas, senti que nenhum deles expressaria meus reais sentimentos para com a Princesa. Seriam apresentações triviais com o único objetivo de ganhar seu favor e, por isso, decidi escolher algo que traduzisse muito do que quero dizer à Tony, ainda que não tudo." Ela engoliu em seco, alcançando um copo de água antes de subir ao palco. Fez a contagem e tomou fôlego antes de começar a cantar acapella.
Não sabia a opinião da família real quanto a musicais, mas esperava que, tratando-se de uma adaptação de um clássico literário francês, ela conseguisse alguma simpatia.
Think of Me, cantada pela personagem Christine Daaé, em O Fantasma da Ópera, sempre fora uma de suas músicas favoritas e ela agradeceu mentalmente por sua mãe tê-la feito ter aulas religiosas de canto lírico. A letra, é claro que sem a parte de Raoul, falando de ser lembrada, pois jamais se esqueceria da outra pessoa, traduzia parte do que queria dizer a Tony. Ela, Annelise, pedia-lhe que não se esquecesse do que tiveram de bom, dos momentos felizes que dividiram, que não se arrependesse do que tiveram por conta de seu erro. Sim, até mesmo as flores tinham suas estações para florescer, e floresciam novamente mesmo após o Inverno.
Poderia Tony dar-lhe outra chance de provar que elas também podiam?
Bônus: Think of Me - Phantom of the Opera
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poemsandsadness · 1 month ago
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Saudades
A morte
Dentro da pequena caixa de música, levantou flores
Floresceu como uma mente aberta
Mas atrás da porta, por dentro, nada mais tinha
Além do lado de lá
E uma música para acalmar
E nada existia
Só a caixa vazia
A morte é um redemoinho de vidas
A ponta do iceberg é o corpo
O começo de tudo
Quando te vi e senti, você estava quente
E no seu relógio biológico, tempo eu não tinha mais
Como o da minha lagrima caindo atrás da ampulheta de tempo indefinido
Tempo eu não tinha mais
Para te beijar e abraçar como eu sempre quis
Mas depois do Sol vem a Lua
E a noite toda pela frente
E você se foi como o Sol que sobre a Terra se põe
Sempre há mais
Mas se foi para melhor porque sobre a Terra só se põe matéria
E com dedicação se colhe o amor que lhe mando
Poema de: Fabi
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eunwolie · 10 months ago
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— POV #02 :: ISN'T IT LOVELY?
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tw!: citação a sangue, morte, vingança...
flashback.
Eunwol não ousava levantar o olhar. Fitava os tênis surrados, cheios de terra úmida e com resquício de sangue de dias atrás. Ficou tempo demais na enfermaria e, por isso, o sangue estava seco. 
Ouvia a voz de Quíron, mas não o escutava verdadeiramente. Não era por mal, Eunwol só estava atônita com os acontecimentos recentes e um pouco envergonhada por suas atitudes, mesmo que não arrependida. 
Escutou então o nome familiar daquele que seria sempre seu sátiro protetor. Sabia que sobraria para ele também, não pensou nisso durante suas ações, mas não mentiria em dizer que a ideia passou por sua mente. 
— Ei, Kim Eunwol, levante esse olhar. 
Surpresa, ela imediatamente o fez, encarando o dono da voz. Era a primeira vez que o Sr. D. se dirigia a ela sem errar seu nome, aquilo era real? O que estava acontecendo? Sem delongas, ele continuou:
— A única razão pela qual estou aqui e não fazendo qualquer coisa melhor é porque Quíron insistiu muito, então levanta essa cabeça enquanto ele estiver falando. 
Silêncio. Eunwol estava pronta para revirar os olhos enquanto soltava um suspiro, mas o deus ficou de pé. 
— Não, não. Não venha com sua cara estúpida de quem tá de saco cheio, porque esse lugar cabe a nós — Dionísio falou e apontou para Quíron e Yuta, sem desviar o olhar do dela. — E provavelmente a sua mãe. Não posso falar por ela, mas se você fosse minha filha eu estaria de saco cheio e desapontado de ter uma prole tão inútil e sem graça como você — disparou sem rodeios e bebeu um gole demorado de sua coca diet, logo deixando a lata em cima da mesa. — Não, sério, você acha mesmo que tem algum respeito nesse acampamento depois de tentar fugir… quantas vezes, sátiro? 
— Cento e vinte e sete vezes, senhor… — Yuta respondeu, se sentia desconfortável. 
— Uau! 127 vezes! — O deus arqueou as sobrancelhas, genuinamente surpreso. Um sorriso brincava em seus lábios. — E você conseguiu falhar em todas elas? É, acho que posso aproveitar o fato de você ser um fracasso pra falar com meu pai que tô fazendo um bom trabalho por aqui, impedindo que vocês, idiotas, fujam. 
Eunwol cerrou os punhos. Ao seu ver, o Sr. D. nunca fez nada pelo acampamento, só estava lá porque era obrigado, então como ele seria capaz de impedi-la de fugir? Ele não dava a mínima! Sempre que algo a atrapalhava (seus próprios planos mal feitos, principalmente) ou ela voltava com o rabo entre as pernas ou Quíron ou Yuta a encontravam. 
— Você vai morrer se tentar fugir mais uma vez. 
— Senhor…
— Não, Quíron, do jeito que ela é inútil, ela pode saber. — Sr D. trocou olhares com o centauro, mas logo voltou a fitá-la. — Você vai morrer, peso morto. — Sorriu, para Dionísio era como se ele dissesse a coisa mais óbvia do mundo. — Sua mãe demorou um tempo para te proclamar, então se eu fosse você não ficava dando mole por aí. Ninguém vai te salvar uma centésima vigésima oitava vez. Você acha o quê? Que tem importância pra gente? Que tá em um filme de ação? Quer bancar a durona e se vingar pela morte do seu pai humano? Quem sabe quando você conseguir passar pela floresta sem voltar choramingando ou tomar porrada de algum monstro? — ele falava sem pausas, desferia as palavras para Eunwol sem pena ou piedade, esse não era seu trabalho. — Sua mãe não vai te salvar uma segunda vez, você foi proclamada por um motivo e, parabéns!, depois de 126 tentativas você conseguiu chamar a atenção da sua mamãe, filha de Hécate! Agora você pode parar com sua brincadeirinha, levar isso aqui a sério e não ser morta no meu acampamento. Não é que eu me importe com você ou qualquer outra pessoa, mas eu me importo com o meu pescoço e você já me deu nos nervos, idiota. Você tá morta se tentar fugir de novo, fui claro? 
— Isso... isso é uma ameaça?
Dionísio riu, claramente sarcástico. Pegou sua latinha de coca diet e estalou os lábios, de olho em Quíron, que não se mexia. Sr. D. nada mais disse, após um longo suspiro saiu da tenda sem olhar para Eunwol ou o sátiro. 
— Como assim? — Eunwol perguntou e ficou de pé, o nó na garganta e os olhos ardendo a entregavam para Quíron, Yuta ou qualquer um que entrasse ali. — Senhor…
— Eunwol, para! — Yuta esticou o braço na frente da semideusa, pedindo-a em coreano. Ele falava sério. — Você quer mesmo comprar essa guerra que não tem como vencer? 
— Que guerra? Do que você tá falando? — Ela olhou furiosa para o sátiro ao seu lado. 
— É forma de falar! Tô falando de você agindo como uma idiota! Esse é seu destino, sempre foi. 
— Eu não pedi…
— E isso muda o quê? — o sátiro a questionou.
Silêncio. Eunwol nunca o viu falar com ela daquela forma, nem mesmo quando estava sob o disfarce do adolescente punk rock que parecia odiar o mundo. Evitou falar a partir de então. Quando chegou no chalé de Hermes, pediu ao sátiro que ele fosse embora, pois ela queria ficar sozinha e levar suas coisas para o chalé novo. Apesar de desconfiado, Yuta a respeitou. 
Eunwol não foi direto para seu novo chalé naquele dia. Pegou uma porção de livros sobre estratégias, que gostava de ler para elaborar seus planos, seus caderninhos com anotações e até mesmo coisas como canetas, lápis e borracha. Com seus tênis sujos de sangue, seguiu para o meio da floresta mais uma vez. 
Assim que chegou em um ponto que considerou ok, Eunwol jogou todas as suas coisas no chão com raiva. O lábio tremia e ela sentia como se seu peito fosse explodir. Talvez ela fosse fazê-lo, não literalmente, mas talvez fosse. 
O incômodo que sentiu ao ver os tênis sujos com respingos de sangue a fez retirá-los também e jogar no amontoado de pilhas, aproveitando para sentir a terra entre a meia. 
Ela não pensou duas vezes em jogar o líquido de procedência duvidosa, que encontrou ao lado da cama de um dos semideuses no chal��, e jogar fósforos acesos em cima. O que antes era só um amontoado de objetos, rapidamente pegou fogo como se ansiasse por isso. 
Por um minuto ou dois — ou dez, ela não soube dizer —, Eunwol permaneceu a olhar o fogo. As chamas crepitavam, subiam e brilhavam naquela noite de luar. Sua feição, apesar de neutra e sem emoções, escondia um misto de sentimentos que não sabia explicar. 
A primeira lágrima escorreu sem que ela percebesse, Eunwol tateou o rosto uma, duas, três vezes até que desistiu e as deixou rolar. Os punhos cerrados, a testa franzida, o maxilar travado. Ela sentia tanta raiva e frustração que seu corpo tremia involuntariamente, o que a fez passar os braços em volta de si mesma, em um abraço digno de pena. 
Ela se odiava ainda mais. 
— Por quê? — murmurou em coreano, olhando sem parar para o fogo. Sua voz saiu rouca, fraca, falha. — Por quê? Eu não pedi por nada disso. Por quê? 
Eunwol sentiu um aperto no peito e em visível desespero, gritou: 
— POR QUE EU? 
Enquanto repetia a pergunta, chutava a terra úmida para cima do fogo e chorava como um bebê inútil. Era isso que ela era: inútil. Então, por que ela? Se jogou no chão e ao cair sentada, fechou as mãos em meio as folhas e a terra, observando o fogo cada vez mais fraco e seus materiais destruídos quase que por completo. 
— Por que eu? — perguntou novamente. 
A semideusa passou o peito da mão por seu rosto para secar as lágrimas e não se importou com o rosto sujo de terra. 
— Eu não quero estar aqui, porra! Eu não quero ser parte desse lugar! Não quero ficar presa nesse país, ter que me adaptar a essa cultura! Isso é loucura! Meu pai morreu pelas mãos de um filho da puta há quase três anos e eu deveria ficar aqui e ser útil? Eu deveria só sentar e aceitar? 
Ela sabia a resposta. Era um simples e seco “sim”.
— Eu não pedi por isso! Não pedi pra nascer! Não pedi para ser escolhida, como vocês costumam dizer! Não tem nada divino em me prender aqui e me impedir de sofrer! NÃO TEM NADA DE CERTO COM ISSO! Eu não quero nada disso! — gritou, sentia seu pulmão arder por causa da fumaça. 
Ela apertou as mãos sujas em sua calça jeans e não mais fez questão de segurar as lágrimas ou o soluço. Riu em escárnio da própria situação. Ela era mesmo patética, Sr. D. tinha toda a razão. No entanto, por mais que sentisse vontade de ficar de pé, de gritar, chutar e colocar todas aquela energia para fora, Eunwol se sentiu cada vez mais esgotada, como se sua energia fosse sugada. 
— Ser útil…. — sussurrou para si mesma. — Ser útil. Preciso ser útil, né? Se eu não parar de tentar fugir, vou morrer, não é mesmo? — um sorriso fraco tomava conta de seus lábios. — E se eu não me importar? — questionou para o nada com o olhar vago. — A única pessoa que me amou, que cuidou de mim e que se importava de verdade comigo está morta. Eu não sou burra. Ele fazia mal às pessoas, então talvez tenha merecido. Mas isso não me impede de sentir falta, ele era literalmente o único que se importava… o único… — Riu nasalado, sentia os olhos cada vez mais pesados. — Eu odeio isso. Eu odeio estar aqui. E agora, eu odeio ser quem sou. Ser útil? Tudo bem, serei útil, mas nunca esquecida. Eu vou me vingar, não importa o que aconteça. 
Eunwol sentiu uma vontade imensa de se deitar em frente ao pequeno fogo que já se dissipava. Observou os resquícios da antiga Eunwol subindo como fumaça com seus cadernos e livros queimados. Ela observava as chamas, agora em uma calma tão grande que beirava o sono. 
— Eu vou ser a mais esforçada, eomoni — falou diretamente com a deusa pela primeira vez. — Vou ser a maior e fazer grandes feitos. — Sorria. — Depois de tudo isso, eu vou matar aqueles que mataram meu pai, o único que me amou, cuidou e zelou por mim. E nem você e ninguém vai me impedir… ninguém.
Fechou os olhos, foi mais forte do que ela.
— Eu vou... — murmurou, caindo no sono.
Naquela noite, Eunwol não sabe como saiu da floresta, mas acordou na porta do chalé de Hécate, o que foi uma baita primeira impressão para seus meio-irmãos. 
Ela odiava pensar ou lembrar daquele dia, mas o tinha como ponto principal da sua mudança e sua grande razão para viver. 
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dearspring · 2 months ago
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[ REC - ON ]
— Olá minhas Flores, aqui quem fala é a Layla a sua bailarina favorita! Tudo bem com vocês? Espero que sim! Semana passada tivemos o nosso primeiro conto clássico, contei brevemente a história do Lago dos Cisnes, um dos mais famosos entre o mundo todo. — a mulher se esticou para a esquerda pegando o seu tablet e o verificado. — De acordo com a nossa votação o ganhador foi O Quebra nozes, e novamente eu vou contar de uma forma resumida, assim ninguém vai ficar cansado e de saco cheio. — levantou o indicador enquanto falava a ultima parte, uma mania muito corriqueira.
— Ah! Não querendo falar nada, mas já falando…estamos ficando profissionais! Um admirador secreto enviou um microfone para as gravações, queria agradecer pelo presente. — os olhos se tornaram linhas finas junto de seu sorriso carinhoso enquanto mostrava o objeto.
‘ Não demorou se ajeitando confortavelmente onde estava sentada, ela cruzou as pernas e apoiou o tablet por ali.
— Sem mais delongas, vamos ao conto!
A história desse ballet se passa na véspera do Natal de uma família alemã no século XIX. Jans Stahlbaum oferece à sua família e amigos uma incrível festa natalina.
Clara e Fritz, seus filhos, estão ansiosos pelos presentes que irão receber. O padrinho da menina, Drosselmeyer, chega um pouco atrasado, aumentando o suspense das crianças. Ele distribui presentes para todos, e entrega para Clara um presente especial, um quebra-nozes, que deixa a garota encantada. O boneco veste uniforme de soldado, e chama a atenção de Fritz.
O menino logo toma o brinquedo da irmã e, desajeitado, o quebra, deixando Clara desolada. Nem a neve, que confere um ar mágico a esta noite, é capaz de consolar a menina. Mesmo assim seu padrinho lhe garante que tudo será resolvido. A festa logo termina e todos os convidados voltam para suas casas.
Clara abraça o boneco com a intenção de fazê-lo dormir, mas ela logo cai no sono. De repente ela acorda e percebe que seu Quebra-Nozes encantado agora adquiriu vida própria. Mas a alegria da menina não dura muito! De todas as partes surgem ratos terríveis, liderados pelo Rei dos Ratos! O brinquedo agora com vida imediatamente enfrenta este exército, defendendo Clara. Os ratos são derrotados e levam embora o rei ferido.
Logo depois um antigo encanto se rompe e o Quebra-Nozes vira um príncipe, que sai ao lado de sua nova amiga, viajando por uma paisagem mágica, a Terra da Neve, na qual se deparam com flocos de neve que dançam. Depois vão para a Terra dos Doces, sendo recebidos pela Fada Açucarada e seus companheiros: Chocolate Quente da Espanha, Café da Arábia, Chá Chinês, Pirulitos, Marzipans, Mamãe Bombom e seus polichinelos, e Gotas de Orvalho com suas Guirlandas de Flores.
Neste reino encantado o Quebra-Nozes narra suas desventuras; ele e Clara são recompensados, ao fim da história, com várias delícias oferecidas pelos simpáticos personagens. Eles também dançam para os dois. No final, Clara desperta e então se dá conta de que tudo não passou de um sonho. Mas os feitos extraordinários vividos nesta Noite de Natal, mesmo no universo da imaginação, permanecerão para sempre em sua memória.
‘ Após um longo arfar ela volta a olhar para a camera a sua frente.
— Eu particularmente acho um conto adorável e introdutório, principalmente para as crianças que sonham em dançar. — apoiou o queixo sobre o palmo esquerdo enquanto pensava. — É praticamente uma tradição dançar todos os anos, a ansiedade de ver os mais novos podendo participar sempre é maravilhosa…um verdadeiro espetáculo para todas as idades.
‘ Apontou para dois locais na tela onde surgiriam balõeszinhos coloridos.
— A minha esquerda convido todos a assistirem o ballet completo, clicando nesse balão rosa serão levados para um vídeo do Imperial Classical Ballet.
— A minha direita serão levados ao site de onde li o nosso conto, lá vocês também poderão encontrar algumas informações e curiosidades a mais sobre esse clássico.
‘ Se esticou novamente, agora largando o aparelho eletrônico em algum móvel a sua frente, onde a camera não pegava.
— Espero que tenham gostado do vídeo de hoje e continuem acompanhando! É sempre uma honra poder ter esse momento contando as histórias para vocês. — abanou ambas mãos se despedindo. — Não se esqueçam da votar no próximo conto e nos vemos na próxima, beijoquinhas floridas da Lala!
[ REC - OFF ]
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