#as intermitências da morte
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ladyhawke · 3 months ago
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– Death with Interruptions, José Saramago
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amor-barato · 7 months ago
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Coitada da morte. Dá-nos vontade de lhe ir pôr uma mão no seu ombro, dizer-lhe ao ouvido […], Não se rale, senhora morte, são cousas que estão sempre a suceder, nós aqui, os seres humanos, por exemplo, temos grande experiência em desânimos, malogros e frustrações […]. A morte fez um gesto impaciente, sacudiu secadamente do ombro a mão fraternal que ali tínhamos pousado e levantou-se da cadeira. Agora parecia mais alta, com mais corpo, uma senhora morte como se quer, capaz de fazer tremer o chão debaixo dos pés, mortalha a arrastar levantando fumo a cada passo. A morte está zangada. É a altura de lhe deitarmos a língua de fora
José Saramago (As Intermitências da Morte)
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ninaemsaopaulo · 10 months ago
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"A morte, por si mesma, sozinha, sem qualquer ajuda externa, sempre matou muito menos que o homem."
— SARAMAGO, José. As intermitências da morte.
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theoutcastrogue · 1 year ago
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Don’t get upset, madam death, such things are always happening, we human beings, for example, have long experience of disappointments, failures and frustrations, and yet we don’t give up, remember the old days when you used to snatch us away in the flower of our youth without a flicker of sadness or compassion, … I understand your distress, the first defeat is the hardest, then you get used to it, but please don’t take it the wrong way when I say that I hope it won’t be the last,
I say this not out of any spirit of revenge, well, it would be a pretty poor revenge, wouldn’t it, rather like sticking my tongue out at the executioner who’s about to chop off my head, although, to be honest, we human beings can’t do much more than stick out our tongue at the executioner about to chop off our head, that must be why I can’t wait to see how you’re going to get out of the mess you’re in, with this letter that keeps coming and going and that cellist who can’t die at forty-nine because he’s just turned fifty.
Death made an impatient gesture, roughly shrugged off the fraternal hand we had placed on her shoulder and got up from her chair. She seemed taller now, larger, a proper dame death, capable of making the earth tremble beneath her feet, with her shroud dragging behind her, throwing up clouds of smoke with each step she takes. Death is angry. It’s high time we stuck out our tongues at her.
— José Saramago, Death at Intervals (aka Death with Interruptions), 2005
with sincere apologies for breaking this to paragraphs (tumblr is a very unsuitable medium for "long, breathless passages in which commas take the place of periods, quotation marks, semicolons, and colons")
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blossomingbooks · 2 years ago
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Book Review: As Intermitências da Morte, José Saramago [PT]
Today's blossoming book review of As Intermitências da Morte (translated as Death with Interruptions or Death at Intervals) by José Saramago is my first one in Portuguese. Being my native language, I've decided that this is the only way that makes sense for me to review Portuguese and Brazilian authors. If you would like to see a translation, let me know!
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Com a célebre frase “No dia seguinte ninguém morreu”, a obra As Intermitências da Morte começa já de forma autoexplicativa. Como seria de esperar de Saramago, a premissa da narrativa é algo insólito: um certo dia, a morte deixa de chegar aos habitantes de um certo país.
A primeira metade da obra foca-se no contexto sociológico e consequências socioeconómicas deste acontecimento inesperado. Com o seu típico tom irónico, Saramago aproveita para bordar o texto com a precisão de um alfinete crítico cuja linha passa ora pela política, ora pela religião. Por um lado, a primeira esteve sempre omnipresente na sua obra, sendo o autor conhecido militante do Partido Comunista Português. Os seus temas, por mais particulares que possam ser, incluem sempre uma profunda preocupação com o povo, e n’As Intermitências da Morte não é diferente: “aquela estúpida pergunta com que as classes sociais chamadas superiores têm a descarada sobranceria de provocar as que estão por baixo”, escreve ele: “Você sabe com quem está a falar?". Com esta e outras alfinetadas, Saramago expõe manobras políticas, tais como:
“o conhecido impulso de recomendar tranquilidade às pessoas a propósito de tudo e de nada, de as manter sossegadas no redil seja como for, esse tropismo que nós políticos, em particular se são governo, se tornou numa segunda natureza, para não dizer automatismo, movimento mecânico”.
Por outro lado, ateísta e profundamente crítico da Igreja Católica, Saramago expõe também a grande hipocrisia da religião, que nesta narrativa cai por terra com a pausa inesperada das mortes: “sem morte não há ressurreição, e sem ressurreição não há igreja”.
“as religiões, todas elas, por mais voltas que lhes dermos, não têm outra justificação para existir que não seja a morte, precisam dela como do pão para a boca”.
O autor também interrelaciona política com religião enquanto instrumentos de preservação da ignorância popular: “A nossa outra especialidade, além da balística, tem sido neutralizar, pela fé, o espírito curioso”, diz um religioso.
Já a segunda metade da obra muda drasticamente de foco: passa a seguir a personagem da própria “morte” de forma intimista, quase humana, explorando os seus pensamentos e emoções. O que começara por ser uma análise sociológica passa a um estudo psicológico que vai culminar numa história de amor.
Assim como o revisionismo histórico d’O Memorial do Convento tem como desfecho o amor entre Baltasar e Blimunda, também a história entre a morte e o violoncelista acontece por causa e consequência de ninguém morrer. Este aspeto cíclico da narrativa é reforçado pela última frase da obra, sendo exatamente a mesma com a qual começa — dando assim a ideia de que a narrativa não só acaba como começa ali, num ciclo sem fim.
Esta, “embora certa, inverídica história sobre as intermitências da morte” é, também, uma obra profundamente existencial, tendo em conta a dificuldade humana de lidar com o conceito de morte. Ao dar-se conta das consequências burocráticas do tão desejado “viver para sempre”, o leitor é obrigado a olhar para o conceito com outra perspetiva. “Se não voltarmos a morrer não temos futuro” e “antes a morte que tal sorte” são as conclusões a que chega a sociedade retratada na narrativa:
“Porque se os seres humanos não morressem tudo passaria a ser permitido, E isso seria mau, perguntou o filósofo velho, Tanto como não permitir nada.”
Saramago consegue criar um equilíbrio surpreendente tanto entre o social e o pessoal, como entre o realismo e o fantasioso — “juntássemos novas irrealidades à congénita irrealidade da fábula”, escreve o autor num momento metaficcional. Apesar da sua obra conter muita crítica sociopolítica, tem sempre como pano de fundo uma premissa quase fantástica, como é o caso do país onde já ninguém morre ou da passarola. O mesmo equilíbrio está presente na sua linguagem: um estilo de escrita acessível, quase rudimentar por ter um andamento que remete à oralidade, mas ao mesmo tempo pontuado por um vocabulário sutilmente erudito.
Entre o existencial, o sociopolítico e o intimista, As Intermitências da Morte é uma leitura fluida, estimulante e definitivamente indispensável no panorama da obra de Saramago.
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supitsgdo · 11 months ago
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Book review: Death with Interruptions by Jose Saramago
Rating: 5⭐️
Not gonna lie, reading Saramago was harsh for me (and I'm Portuguese... I can't imagine the translations). I know I read a lot of fantasy books and lately I’ve been trying to read more classics. I couldn't miss José Saramago. He was one of the best portuguese writers and his books are written in a peculiar way (the text is long and its punctuation is predominantly commas. And once in a while a period. Dialogue is distinguished by capital letters and commas. I could say: he writes like people think). In my time, we read O Memorial do Convento (Baltasar and Blimunda, in English) in school but I didn't pay any attention to it (only on the school trip we did to Mafra), because I usually didn't care about the books we were taught in school.
But As Intermitências da Morte (Death with Interruptions) was a book I was really interested in. So I finally gave it a shot.
Well, I found the book really funny, I enjoyed it quite a lot. Every chapter was a different story from the outcome of the interruptions of death, and humor was always there.
But at the same time it was hard to read it. I had to be realllllllllly focused not to lose track of the narrative or who was saying what or what the hell was happening, because in the same paragraph he would change the topic real fast. And believe me, they are some BIG ASS PARAGRAPHS!
What made this book into 5⭐ was the end. The ending was beautiful.
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alfabetas · 1 year ago
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"Es así la vida, va dando con una mano hasta que llega el día que quita todo con la otra”.
―José Saramago
 #ComoYEscribo #BriseidaAlcalá
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memory-echo · 1 year ago
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"Em carta ao director do seu jornal preferido, um leitor declarava-se disposto a aceitar a ideia de que a morte havia decidido adiar-se a si mesma, mas solicitava, com todo o respeito, que lhe dissessem como o tinha sabido a igreja, e, se realmente estava tão bem informada, então também deveria saber quanto tempo iria durar o adiamento. Em nota da redacção, o jornal recordou ao leitor que se tratava somente de uma proposta de acção, aliás não levada à prática até agora, o que quererá dizer, assim concluía, que a igreja sabe tanto do assunto como nós, isto é, nada. Nesta altura alguém escreveu um artigo a reclamar que o debate regressasse à questão que lhe havia dado origem, ou seja, se sim ou não a morte era uma ou várias, se era singular, morte, ou plural, mortes, e, aproveitando que estou com a mão na pluma, denunciar que a igreja, com essas suas posições ambíguas, o que pretende é ganhar tempo sem se comprometer, por isso se pôs, como é seu costume, a encanar a perna à rã, a dar uma no cravo e outra na ferradura. A primeira destas expressões populares causou perplexidade entre os jornalistas, que nunca tal tinham lido ou ouvido em toda a sua vida. No entanto, perante o enigma, espevitados por um saudável afã de competição profissional, deitaram das estantes abaixo os dicionários com que algumas vezes se ajudavam à hora de escrever os seus artigos e notícias e lançaram-se à descoberta do que estaria ali a fazer aquele batráquio. Nada encontraram, ou melhor, sim, encontraram a rã, encontraram a perna, encontraram o verbo encanar, mas o que não conseguiram foi tocar o sentido profundo que as três palavras juntas por força haveriam de ter. Até que alguém se lembrou de chamar um velho porteiro que viera da província há muitos anos e de quem todos se riam porque, depois de tanto tempo a viver na cidade, ainda falava como se estivesse à lareira a contar histórias aos netos. Perguntaram-lhe se conhecia a frase e ele respondeu que sim senhor conhecia, perguntaram-lhe se sabia o que significava e ele respondeu que sim senhor sabia. Então explique lá, disse o chefe da redacção, Encanar, meus senhores, é pôr talas em ossos partidos, Até aí sabemos nós, o que queremos é que nos diga que tem isso que ver com a rã, Tem tudo, ninguém consegue pôr talas numa rã, Porquê, Porque ela nunca está quieta com a perna, É isso que quer dizer, Que é inútil tentar, ela não deixa, Mas não deve ser isso o que está na frase do leitor, Também se usa quando levamos demasiado tempo a terminar um trabalho, e, se o fazemos de propósito, então estamos a empatar, então estamos a encanar a perna à rã, Logo, a igreja está a empatar, a encanar a perna à rã, Sim senhor, Logo, o leitor que escreveu tem toda a razão, Acho que sim, eu só estou a guardar a entrada da porta, Ajudou-nos muito, Não querem que lhes explique a outra frase, Qual, A do cravo e da ferradura, Não, essa conhecemo-la nós, praticamo-la todos os dias."
José Saramago - As Intermitências da Morte
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blue-bird-lamentation · 1 year ago
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I was walking on the street and remembered one of my favourite books I've read so far portrays the relationship between a man and a personified death and it made think about how this explains how i like Ryomina so much...
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fangswbenefits · 1 year ago
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What’s your favorite book ruby?
Hi!
Ever? Probably Death with Interruptions by José Saramago. The original title is As Intermitências da Morte. The concept is just genius. Basically, one day, people stop dying. Just like that. Seems very simple, right? But he goes into full detail on how it affects that country and the socioeconomic impact. For example: funeral homes were basically futile now. So what do they do to keep the business afloat? They start organising pet funerals.
But the prose… oh boy….. he’s one of Portugal’s most renowned writers of all time and has actually won a Nobel Prize in Literature, but reading his works can so tiring at times… he doesn’t use quotation marks… ever… want to know when dialogue starts? Good luck and pay attention to it! It’s basically WALLS of text… but he had a brilliant mind when it came to concepts and their execution.
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the-reading-diaries · 3 months ago
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08.10.24 -> what did/ plan on doing today
(did) finish reading "As Intermitências da Morte" (Death with interruptions) by José Saramago
(did) start reading the book in the picture
(plan to) read until part 20 of Aristotle's Poetics, if possible, finish it
(plan to) finish the syntax test
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momo-de-avis · 1 year ago
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do you also buy (or *legally aquire*) books originally in portuguese but translated into english to see how they are? like i'd love to see how saramago is written in english
Every time I did, it was to gift to someone who doesn't speak portuguese. I did gift Saramago once (my favourite one by him, Intermitências da Morte, or Death with Interruptions I think is one of the titles) and I read a few passages and it seemed all right! Translating Saramago seems difficult but not impossible, you know. I imagine Fernando Pessoa might be absolute hell tho, but generally poet is hell
What I do is occasionally look up quotes by portuguese authors in english to see what they sound like lol
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amor-barato · 7 months ago
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Falávamos da morte, Não da morte, das mortes, perguntei por que razão não estão morrendo os seres humanos, e os outros animais, sim, por que razão a não-morte de uns não é a não-morte de outros,[…] Até onde a minha imaginação consegue chegar, ainda vejo uma outra morte, a última, a suprema, Qual, Aquela que haverá de destruir o universo, essa que realmente merece o nome de morte, embora quando isso suceder já não se encontre ninguém aí para anunciá-lo, o resto de que temos estado a falar não passa de pormenores ínfimos, de insignificâncias, Portanto, a morte não é única, conclui desnecessariamente o aprendiz de filósofo, É o que já estou cansado de te explicar, Quer dizer, uma morte, aquela que era nossa, suspendeu actividade, as outras, as dos animais e dos vegetais, continuam a operar, são independentes, cada uma trabalhando no seu sector, Já estás convencido, Sim, Vai então e anuncia-o a toda gente, disse o espírito que pairava sobre a água do aquário.
José Saramago (As Intermitências da Morte)
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ninaemsaopaulo · 10 months ago
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"Inquietar-se não significa forçosamente ter medo, poderá ser apenas o alerta da prudência."
— SARAMAGO, José. As intermitências da morte.
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citacoesdeacucar · 2 years ago
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[…] claros e precisos para quem desde há tanto tempo tinha aprendido a interpretar o sentido dos suspiros.
SARAMAGO, José. As Intermitências da Morte.
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brazilian-whalien52 · 2 years ago
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I really love
Dom Camurro by Machado de Assis about a man revising his life and regret
Amor de Pedro por João by Tabaja Ruas about latin America dictorship, focusing mostly in the Brazilian one
Death with Interruptions (as intermitências da morte) by Jose Saramago a portuguese book that tells the story if death decided to have a vocation
we were all forced to read “classics” in school so reblog and put the one you actually ended up liking a lot and the one you can’t fucking stand in the tags
my fave is Lord of the Flies and I ironically enough want to burn every copy of Fahrenheit 451. trash
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