#literatura portuguesa
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Quand je mourrai je reviendrai chercher Les instants que je n’ai pas vécus près de la mer.
Sophia de Mello Breyner Andresen, La nudité de la vie - Inscription (Inscrição)
VO :
Quando eu morrer voltarei para buscar
Os instantes que não vivi junto do mar
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O êxtase do ar e a palavra do vento Povoaram de ti meu pensamento. Passagem, Sophia de Mello Breyner Andresen
In: Mar novo (1958)
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Cansado de ver Machado de Assis flopando nas enquetes gringas? Eu criei esse blog pra ter uma ideia melhor do gosto literário da comunidade brasileira (ou lusófona) do tumblr e compartilhar recomendações, fazendo enquetes apenas com livros em português.
Atualizado 3 vezes por dia e moderado por @merricatnip
Regras para enviar sugestões
Você deve enviar suas sugestões pela caixa de perguntas e indicar o título do livro e nome do autor.
Serão aceitos livros de ficção e não ficção, contos, peças, livro de poesias, graphic novels e gibis (indique uma edição específica). Casos que fujam a essas categorias serão avaliados pela moderadora.
O livro não precisa ser de autoria brasileira, mas deve ser publicado originalmente em português. Autores moçambicanos, angolanos e portugueses são bem vindos.
Livros em fila e postados
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“(…)Sou chama e neve e branca e misteriosa...
E sou, talvez, na noite voluptuosa,
Ó meu Poeta, o beijo que procuras!”
Florbela Espanca, in "Livro de Sóror Saudade"
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(Acima: Porções do Livro do Zohar encontradas na Biblioteca Pessoal de Fernando Pessoa que evidenciam o seu envolvimento na sabedoria da Kabbalah, as porções referidas são Safra de Tzniuta; Idra Rába e Idra Zuta via Biblioteca Privada Fernando Pessoa - The kabbalah unveiled)
Isaac Newton, o renomado cientista e matemático inglês, famoso por suas leis do movimento e da gravidade, também se interessou pela Kabbalah (Cabala). Ele estudou textos cabalísticos e procurou conexões entre a ciência e a espiritualidade. Johann Reuchlin, um humanista e estudioso alemão do Renascimento, foi um dos primeiros a introduzir a Kabbalah na Europa Ocidental. Seu trabalho “De Arte Cabbalistica” contribuiu para popularizar a sabedoria cabalística. Johann Wolfgang von Goethe, o poeta, escritor e filósofo alemão, também explorou a Kabbalah em sua busca por conhecimento espiritual. Sua obra “Fausto” contém elementos cabalísticos. Além disso, o poeta português Fernando Pessoa, conhecido por sua multiplicidade de heterônimos, também se envolveu com a Kabbalah que vem a se tornar mais evidente nos seus escritos de natureza aparentemente poética. Giordano Bruno, o filósofo renascentista italiano, estudou a Kabbalah e a alquimia. Suas ideias sobre a infinitude do universo e a unidade de todas as coisas refletem influências cabalísticas.
📌Gostaria de saber mais informações sobre essa sabedoria?
Inscreva-se ou siga o canal do Youtube
https://www.cursosdecabala.com.br/
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levanta-te e obedece à criança que foste
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Os Lusíadas, de Luís de Camões
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Ah, não há saudades mais dolorosas do que as das coisas que nunca foram!
-Fernando Pessoa, Livro do desassossego
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A morte é a curva da estrada,
A morte é a curva da estrada,
Morrer é só não ser visto.
Se escuto, eu te oiço a passada
Existir como eu existo.
A terra é feita de céu.
A mentira não tem ninho.
Nunca ninguém se perdeu.
Tudo é verdade e caminho.
Fernando Pessoa, Poesias
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António Franco Alexandre (1944)
Fica dentro de mim, como se fosse eterno o movimento do teu corpo, e na carne rasgada ainda pudesse a noite escura iluminar-te o rosto. No teu suor é que adivinho o rastro das palavras de amor que não disseste, e no teu dorso nu escrevo o verso em pura solidão acontecido. Transformo-me nas coisas que tocaste, crescem-me seios com que te alimente o coração demente e mal fingido; depois serei a forma que deixaste gravada a lume com sabor a cio na carícia de um gesto fingido. – António Franco Alexandre in Duende (assírio & alvim, 2002)
Nasceu em Viseu, Portugal, em 1944. Estudou matemática em Toulouse, na França, entre 1962 a 1969, terminando sua graduação nos Estados Unidos. É doutor em matemática pela Universidade de Harvard e doutor em filosofia pela Universidade de Lisboa, onde leciona na Faculdade de Letras. O poeta estreou em livro com Distância, uma pequena edição de autor de 1969, mas ao recolher todo o seu trabalho ao fim da década de 90 escolheu não incluir este livro. O próximo livro seria Sem Palavras nem Coisas, em 1974. A estes seguiram-se Cartucho (1976), Os Objectos Principais (1979), Visitação (1983), A pequena face (1983), As Moradas 1 & 2 (1987) e Oásis (1992), reunidos em Poemas (Lisboa: Assírio & Alvim, 1996).
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currently reading:
"Old Mortality", Walter Scott
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Un jour je serai et la mer et le sable, À tout ce qui existe je vais m’unir, Et mon sang entraîne en chaque veine Ces bras qu’un jour je vais ouvrir. Alors je recevrai dans mon désir Tout le feu qui demeure en la forêt Et que je connais comme en un baiser.
Sophia de Mello Breyner Andresen, La nudité de la vie - En tous les jardins (Em todos os jardins)
VO :
Um dia serei eu o mar e a areia,
A tudo quanto existe me hei-de unir,
E o meu sangue arrasta em cada veia
Esse abraço que um dia se há-de abrir.
Então receberei no meu desejo
Todo o fogo que habita na floresta
Conhecido por mim como num beijo.
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Sophia de Mello Breyner Andresen (1969)
Direção: João César Monteiro
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“O melodioso sistema do Universo,
O grande festival pagão de haver o sol e a lua
E a titânica dança das estações
E o ritmo plácido das eclípticas
Mandando tudo estar calado.
E atender apenas ao brilho exterior do universo.”
Álvaro de Campos, “Fernando Pessoa”
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Conformar-se é submeter-se e vencer é conformar-se, ser vencido. Por isso toda a vitória é uma grosseria. Os vencedores perdem sempre todas as qualidades de desalento com o presente que os levaram à luta que lhes deu a vitória. Ficam satisfeitos, e satisfeito só pode estar aquele que se conforma, que não tem a mentalidade do vencedor. Vence só quem nunca consegue. Só é forte quem desanima sempre. O melhor e o mais púrpura é abdicar. O império supremo é o do Imperador que abdica de toda a vida normal, dos outros homens, em quem o cuidado da supremacia não pesa como um fardo de jóias. Fernando Pessoa 1913? Páginas Íntimas e de Auto-Interpretação. Fernando Pessoa. (Textos estabelecidos e prefaciados por Georg Rudolf Lind e Jacinto do Prado Coelho.) Lisboa: Ática, 1966. - 63.
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