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#a cidade dos abismos
celluloidrainbow · 1 year
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A CIDADE DOS ABISMOS (2021) dir. Priscyla Bettim & Renato Coelho Maya is accompanied by Glória, her best friend, who promises that she will always be with her, into a clandestine appointment. Both trans women, Maya wants silicone, but a timely intervention leads her to change her mind. When they leave, it’s Christmas night and it’s pouring rain. They take refuge in a bar, owned by a Nigerian refugee named Kakule. Bia also takes refuge there, fed up with constant fights with her boyfriend. And so their paths cross. (link in title)
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dreamwithlost · 2 months
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JOGO PERDIDO
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Ningning x Fem!Reader
Gênero: Enemies to lovers, sáfico, ação, utopia, uma farofada da boa
W.C: 2K
Avisos: Início (?) de um smut, uma vibe meio Alice in borderland
ᏪNotas: Uma das séries (j-drama) que mais amo no mundo é "Alice in borderland", e recentemente assisti um filme chamado "Bubble" (animação linda!!!) Que também tem essa vibe de utopia. Foi juntando esses dois que essa história surgiu. Espero muito que gostem! Deem uma chance para essa narrativa, e descubram que perder o jogo nem sempre é tão ruim assim 😏
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Você não sabia, mas já havia perdido desde o momento em que os olhos delicados de Yizhuo cruzaram com os seus.
A cidade de Seul, como era conhecida, não existia mais. Havia se transformado em uma lembrança distante, tão remota que nem mesmo os mais velhos conseguiam recordar o cheiro da brisa fresca pela manhã ou a sensação dos grãos de areia da praia sob os pés. Ninguém sabia ao certo como tudo aconteceu, mas, em um piscar de olhos de uma noite, um imenso flash seguido de um terremoto engoliu a cidade, dividindo-a em fendas profundas, criando ilhas e fragmentos de destruição flutuantes que pairavam sobre um abismo negro. Qualquer tentativa de descer até lá era em vão — muitos já haviam tentado.
A nova Seul estava isolada do resto do mundo, cercada por uma fenda que destruía tudo que tentava atravessá-la, e vigiada por uma nuvem imensa e constante sobre a cabeça de seus cidadãos. Alguns acreditavam que os sobreviventes daquela noite haviam sido escolhidos pelos deuses, enquanto os demais foram levados para pagar por seus pecados no submundo. Era comum tal pensamento, afinal, quando eventos tão surreais aconteciam, era natural buscar explicações divinas, pois admitir que Seul estava condenada ao definhamento eterno era insuportável. Era mais fácil acreditar que eram especiais — mesmo sabendo que não eram.
Plantar, caçar e até pensar eram tarefas difíceis naquele novo e exclusivo mundo. Após tentativas fracassadas dos líderes globais de ajudar a cidade, comunicações por rádio, equipes de salvamento que jamais foram encontrados novamente, todos desistiram, aceitando o isolamento como se fosse apenas um lugar a menos para se passar as férias, e os poucos afortunados em Seul logo mais se uniram a ideia. Não demorou muito para um novo governo surgir naquele universo a parte, juntamente com uma nova lei: os jogos. A comida se tornou um artigo de luxo, o maior prêmio a ser conquistado. O Samsan Parkour era a nova regra de Seul. Uma corrida perigosa até a torre Samsan, — antes tão adorava, agora apenas uma linha de chegada para aqueles que, em meio aos saltos pelos destroços e ilhas, tivessem a sorte de não serem engolidos pelo buraco negro abaixo de seus pés.
O ar era denso, a natureza reivindicava o concreto que um dia foi seu, e os animais que não fossem controlados pelo governo haviam praticamente desaparecido, junto com a confiança. Só se podia confiar no seu clã escolhido e nos competidores do mesmo. Você se encontrava em uma utopia distorcida, como aquelas que sempre odiou ler, forçada a se tornar uma campeã, mesmo odiando jogos.
E lá estava você, na ponta de um penhasco infinito, os dedos tocando o concreto abaixo de seus pés. Os gritos do seu clã, vindos de prédios destruídos e inclinados em direção ao chão, clamavam por seu nome, confiantes de sua vitória. Você havia vencido nas últimas três semanas, acumulando comida suficiente para que a racionamento não fosse mais necessário. Yizhuo estava ao seu lado, a competidora inimiga da semana, — sempre eram dois competidores por vez, e o vencedor avançava para o próximo jogo. A morena era peculiar, seu rosto adornado com um sorriso alegre — semelhante aos seus trajes — demais para seu gosto, e uma habilidade surreal.
Você a odiava com todas as suas forças. Odiava a forma como ela ironicamente lhe desejava boa sorte, odiava como ela perdia de propósito algumas semanas para favorecer outra equipe, mesmo que eles jamais fossem fazer o mesmo por ela, odiava como, enquanto você treinou dia e noite para ser boa em seus saltos, ela parecia ter nascido com aquele talento.
Odiava como ela não parecia ligar de estar ali.
— Boa sorte — A voz de Yizhuo atingiu sua orelha, como de costume. Você não se virou para a jovem, sabendo de suas intenções de te ludibriar.
Pois logo viria o...
Pow!
O som familiar de uma arma de partida ecoou, como um disparo que marcava o início de uma corrida de natação, sinalizando o começo da competição. Você se lançou para frente, mergulhando como se realmente estivesse em uma piscina, ou quem sabe apenas saltando de paraquedas, não importava, cada fibra do seu ser estava focada em uma única coisa: ganhar.
Você saltou sobre a primeira fenda com um movimento ágil, os músculos das pernas ardendo ao impactar o solo do outro lado. Seu foco era total, cada passo calculado com precisão milimétrica que lhe trazia a mesma sensação de voar. A adrenalina pulsava em suas veias, aumentando sua percepção e tempo de reação. Você movia-se como uma pantera, ágil e implacável, saltando entre destroços e ruínas com uma destreza impressionante. O vento sibilava em seus ouvidos enquanto você deslizava pelo ar, cada salto um desafio ao destino, o peso de um amanhã melhor, ou então, de uma vergonha.
Em contrapartida, Yizhuo, ao seu lado, parecia dançar entre os destroços, vocês se perdiam de vista vez ou outra quando escolhiam caminhos diferentes ou adentravam algum prédio. Mas seus movimentos eram constantes; leves e fluidos, quase brincalhões. Cada salto dela era uma demonstração de graça e confiança, seus pés mal tocando o chão antes de alçar voo novamente — isso te deixava instigada em saber o que fazia antes dessa nova vida. Ela parecia estar se divertindo, o sorriso constante em seus lábios um contraste cruel ao seu próprio foco desesperado.
Você não tinha tempo para se importar com ela. Tudo o que importava era não perder. Você se lembrava das semanas de fome que já teve que passar, sem nenhum mínimo de talento em seus saltos, dos dias em que seu clã não tinha nada para comer. Não podia voltar àquela situação. Não podia falhar. Aquilo era a única coisa que podia fazer no momento.
Mas como ironia do destino, que sabia que um único erro poderia custar a vitória — e sua vida — um pedaço de concreto cedeu sob seus pés, você sentiu o pavor absoluto, percebendo que, apesar de parecer, não podia voar. O vazio abaixo de você se abriu como uma boca faminta, e por um segundo eterno, você estava caindo.
Mas antes que pudesse ser engolida por aquele buraco negro, uma mão firme agarrou a sua. O toque era quente e macio. Yizhuo. Seus olhos se encontraram por um instante, e algo indizível passou entre vocês. Com um puxão, ela te colocou de volta em segurança, sorriu ladina, e sem perder o ritmo de sua própria corrida, alavancou em sua frente.
Você continuou, coração batendo descontroladamente, mas com uma nova fúria queimando dentro de você. Odiava a forma como ela havia te salvado. Odiava a gratidão que sentia. Odiava a sua tamanha estupidez por precisar ser salva. E então, no último momento, enquanto subia a torre, se pendurando em seu metal enferrujado, prestes a alcançar o topo, Yizhuo fez seu movimento final. Ela saltou com uma elegância impressionante, os pés tocando o ponto mais alto da construção e a mão alcançando o sino da vitória. O som ecoou pela cidade, anunciando o fim daquela competição.
Você se abaixou, apoiando as mãos sobre os joelhos, ofegante e derrotada. Yizhuo havia ganhado dessa vez. A disputa de vocês sempre fora muito acirrada.
Você não percebeu quanto tempo permaneceu ali, ou a forma como Yizhuo havia comemorado para todos aqueles que assistiam à corrida espalhados nos pontos altos da cidade. No entanto, percebeu quando o alçapão da torre foi aberto, e a morena adentrou a construção, buscando descer de uma forma mais calma.
Estava furiosa, e então decidiu segui-la.
— Yizhuo — Chamou pela mais baixa ao tocar seus pés no metal do observatório da torre, os vidros embaçados e poluídos pela degradação impedindo de observar a vista como normalmente.
Ela se virou para você, suas mãos unidas em suas costas, feito uma criança.
— Boa corrida, não? — Questionou em tom de divertimento.
— Tá brincando comigo? — Você esbravejou, se aproximando da garota. — Por que diabos me ajudou naquela hora?
— Como? — A Ning riu com aquele questionamento, desacreditada. — Queria que eu tivesse te deixado morrer?
— Mas é claro — Por algum motivo você estava realmente irritada por não ter sido o seu fim. — Essas são as regras, a forma de...
— Se livrar de mais bocas para competir?
— Se livrar dos mais fracos.
Yizhuo revirou os olhos e começou a caminhar, aproximando-se dos vidros do observatório, tentando enxergar além daquela destruição.
— E por que isso seria certo? Você não é mais fraca do que eu por ter perdido — Ela se virou novamente para você, a claridade da manhã, apesar de nublada, iluminando seu contorno. — Não precisa inventar desculpas só porque não queria ser salva por mim. Chega de tanto ódio.
— Fala sério, Yizhuo — Foi a sua vez de revirar os olhos, bufando ao se aproximar da jovem. — Você sabe o que eu odeio, toda essa sua farsa de boa moça.
— Olha, não é só porque eu não sou louca pela vitória que sou uma farsa — Argumentou, não gostando da acusação.
— Sim, você é. Faz noção do que estamos vivendo? De onde estamos? — A calmaria de Yizhuo, misturada com sua derrota, esquentava ainda mais o seu sangue. Odiava aquilo tudo, odiava parecer ser a única que ainda surtava com o fato de estarem presos por Deus sabe-se lá o que. — Você finge que é uma pessoa altruísta, mas eu sei a verdade.
Você deu um passo à frente, prensando a morena contra o vidro.
— Você nem ao menos percebe a gravidade dessas disputas, apenas gosta da adrenalina, gosta dos jogos, de se fingir como “ser superior”, e isso que me irrita, pois ajuda os outros pelo motivo errado.
Yizhuo permaneceu alguns minutos em silêncio antes de soltar um riso anasalado, que foi emendado por uma gargalhada.
— E o que tem de errado nisso? — Ela ergueu o canto de seus lábios em um sorriso sombrio, diferente dos demais. — E daí que eu gosto da adrenalina? De ser aplaudida? Eu nunca tive isso minha vida toda.
— Você tem um parafuso a menos — Murmurou, desistindo daquela confusão e começando a se afastar.
Ao menos era o que pretendia, antes de Yizhuo segurar seu pulso, trocando suas posições e te prendendo entre seu corpo e o vidro.
— E quem aqui não tem, hm? Você é viciada em ganhar, e não vem me dizer que é apenas "o que estão exigindo de nós", pois ninguém precisava morrer por conta disso, diferente do que você pensa — A morena se aproximou, acariciando sua bochecha com o polegar.
Você estranhou o toque, mas… Não conseguiu se afastar, fixando seus olhos nos dela.
— A adrenalina é boa, é algo a nos agarrarmos aqui — Yizhuo sussurrou, deslizando sua mão por suas madeixas, descendo ao pescoço com suavidade. — É algo para comemorarmos, nos deixar vivas, temos esse direito também — Suas mãos desceram mais um pouco, pelo seu ombro, antebraço, e buscaram sua cintura. — Você também pode gostar da adrenalina, gostar de como ela esquenta seu corpo, acelera seu coração.
Você sentiu sua respiração se descompassar, acompanhando os movimentos da mão da Ning com os olhos, hipnotizada por sua fala mansa e a forma como ela se aproximou mais de seu corpo, sussurrando ao pé de seu ouvido. Fazia tanto tempo que você não era tocada, que quase se esquecera da eletricidade do contato físico, por mais que nunca tivesse estado tão sedenta quanto agora para retirar as roupas de alguém.
— Você quer que eu te mostre um pouco disso? — Questionou em um novo murmúrio, deslizando a mão para a barra de sua bermuda despojada que utilizava.
Não teve coragem o suficiente para responder à indagação, mas suspirou profundamente, ansiosa, sendo o suficiente para Yizhuo que adentrou o tecido jeans, acariciando sua vagina por cima da calcinha.
— Nunca pensei que você ficaria molhada para mim — Yizhuo comentou, voltando a lhe olhar nos olhos enquanto brincava com seu corpo. Você se apoiou mais no vidro, com medo de suas pernas cederem, e mordeu o lábio inferior observando o balançar da cabeça da morena, como uma serpente, que aproximava os lábios dos seus, ameaçando um beijo que nunca acontecia.
Ela estava no total controle, talvez fosse aquele o seu verdadeiro dom.
Então, sem avisar, sentiu os dedos da garota adentrarem sua roupa íntima, agradecendo pela bermuda folgada o suficiente para permitir aquela ação. Você arfou com a palma da mão colada em sua genitália, brincando com seu clítoris enquanto ela abocanhava seu pescoço em diversos beijos e chupões. Você finalmente ousou se movimentar, emaranhando suas mãos nas madeixas acastanhadas quando Yizhuo posicionou uma de suas pernas no meio das suas, erguendo o joelho levemente, feito uma cadeira. Você sentiu seus dedos vagarem em movimentos de vai e vem, querendo adentrar em você apesar da impossibilidade e dificuldade de suas posições.
Você não sabia, mas já havia perdido desde o momento em que os olhos selvagens de Yizhuo cruzaram com os seus. Estava perdidamente entregue aos seus atos, deleitada com seus cuidados; essa era, ao seu ver, a verdadeira derrota.
E pela primeira vez, nem ao menos conseguiu se importar com isso.
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projetovelhopoema · 2 months
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O gosto amargo que você deixou na minha boca me amargurou por inteiro, no início era só melancolia, mas tudo não passou de uma gradação. As lágrimas desciam do olho tirando todo o sentimentalismo que ainda existia em mim, juntamente com o brilho no olhar que um dia iluminava tudo ao meu redor... Alegria, tristeza, ressentimento. Como pode apenas um alguém ter causado esse turbilhão de emoções dentro de mim? Aquele seu sorriso distorcido me discorreu por inteiro, cada parte de mim espalhada por um canto dessa cidade que nem faço questão de procurar. Tanto tempo achando que a culpa era minha enquanto estava na beira do abismo próximo de ser consumido pela minha própria insanidade, até que um ego inconsciente me atingiu e me fez perceber que você foi o caos de toda história. E um dia você vai se sentir como eu me senti, porque sua própria falha vai te sabotar.
— Maria Eduarda em Relicário dos poetas.
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cartasparaviolet · 5 months
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Morre um antigo eu na viela de trás, em sua lápide estará gravado “foi todos, menos ela”. As máscaras trincadas rompem o ciclo de personagens fracassados interpretados diante do palco da vida. O tempo urge para aqueles que precisam retornar ao mar existencial. Apresse o passo, o antigo eu morreu na viela de trás. A luz do lampião evidencia o brilho no olhar que extinguiu, como a morte de uma estrela no manto celeste. Mantém a tocha da esperança acesa de que o caminho não acabou, logo nascerá uma nova. Sob os holofotes, distintamente forte, proclama o seu retorno. Morre um antigo eu na viela de trás. O pretérito nada perfeito de uma obra de arte inacabada e recolhida. Apresse-se, pois das cinzas renasce um filho do cosmo. O sonho do Criador que repercute como maestro divino. Criador e criação unidas sob o mesmo destino. Sinto que o velho eu que morre na viela de trás, caminhará pelas ruas e esquinas da cidade volitando com sua aura iridescente. Um sorriso resplandecente. Um abraço incandescente. Um remanescente das guerras estelares que aterra para sobreviver. Esquecendo-se do seu propósito, essa pequena alma precisa ascender. Um novo brilho no olhar de quem enxerga, por fim, as dimensões mais elevadas. Quem aprendeu a valorizar a jornada, a renovada paleta de cores, os sabores de uma existência preenchida de flores que do abismo da queda na dualidade despede-se na viela de trás.
@cartasparaviolet
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higormarques · 2 months
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Sempre às 18h08
A cidade inteira se vestia de luzes artificiais quando o relógio batia 18h08. Todos os dias, ele sentia o peso do mundo sobre seus ombros, uma angústia sufocante que apertava seu peito com a intensidade de mil tormentas. O crepúsculo trazia um sentimento de vazio e abandono, como se o sol ao se despedir levasse com ele toda a esperança de um amanhã melhor.
Ele não sabia ao certo quando esse tormento começou, mas a cada dia parecia ganhar força, tomando conta de seus pensamentos, como uma sombra implacável. Às 18h08, sempre, a mesma sensação: um buraco no peito que engolia suas certezas, seus sonhos, sua vontade de seguir em frente. Sentia falta de alguém que amava profundamente, de uma presença que parecia distante, como uma memória fugidia de algo que nunca mais voltaria.
Era um amor sem nome, sem rosto, mas tão presente e avassalador que o fazia perder o fôlego. O desejo de estar com essa pessoa, de reviver momentos de carinho e segurança, era quase insuportável. No fundo, sabia que o que mais temia era a solidão eterna, a perda irreparável de quem amava, o corte profundo que a morte impõe. Esse medo de perder as pessoas para a morte era um pensamento que o assombrava, como um espectro silencioso.
Talvez, morrer antes de todos fosse a solução. Era um pensamento que o aterrorizava e confortava ao mesmo tempo, como se a ideia da morte pudesse, paradoxalmente, trazer-lhe paz. Morrer antes, para não ver ninguém partir, para não carregar o luto que tanto temia. Às vezes, ele pensava que a morte seria uma amiga gentil, que o libertaria dessa angústia infinita, desse medo sufocante de perder tudo e todos que amava.
No meio de seu desespero, ele encontrou uma pequena fuga. Criou o hábito de ouvir a música "Poema", na voz de Ney Matogrosso. A música era como um bálsamo para sua alma, uma tentativa de amenizar a dor que lhe consumia o coração. As palavras ressoavam dentro dele, cada verso parecia tocar uma corda sensível em seu ser, uma melodia que falava diretamente com seu sofrimento.
Na sexta-feira, o sentimento de tristeza parecia ainda mais avassalador. O silêncio ao seu redor era ensurdecedor, amplificando sua sensação de estar completamente sozinho no mundo. Na solidão de sua casa, ele sabia que tinha todas as chances de seguir em frente com pensamentos e ações que não teria coragem de compartilhar com ninguém. O risco estava ali, latente, pronto para consumi-lo em um momento de fraqueza.
Ele pensava que, se estivesse acompanhado, talvez conseguisse se distrair, encontrar algum resquício de alegria para apagar, mesmo que momentaneamente, essa escuridão interna. Mas a solidão oferecia uma liberdade perigosa, a liberdade de se deixar afundar completamente em sua tristeza, de contemplar as possibilidades mais sombrias sem qualquer barreira ou julgamento externo.
O medo de perder as pessoas era um peso que ele carregava diariamente. Era um fardo que tornava seus passos pesados, sua mente inquieta, seu coração vulnerável. Pensava constantemente em sua família, nas pessoas que amava, no quanto significavam para ele. E esse amor, tão profundo e intenso, era também sua maior fraqueza, pois ele sabia que o tempo, implacável e cruel, um dia os separaria. A possibilidade de ser deixado para trás, de ver aqueles que amava partirem para um destino onde ele não poderia segui-los, era um tormento que lhe roubava a paz.
Aos poucos, o sol se punha, tingindo o céu de um laranja profundo, anunciando o fim de mais um dia. E mais uma vez, às 18h08, ele sentiu o ar faltar, como se estivesse à beira de um abismo. Esse era o momento em que suas defesas desmoronavam, e ele se via frente a frente com seus maiores medos, sem ter para onde fugir. O relógio parecia zombar dele, marcando o tempo com precisão implacável, enquanto ele se afundava mais e mais em seu desespero.
O que fazer com essa dor que insistia em acompanhá-lo, que tornava cada pôr do sol um lembrete cruel de sua fragilidade? Ele desejava poder encontrar a força para lutar contra esse sentimento, mas a cada dia parecia mais difícil. Era como tentar nadar contra uma correnteza poderosa, que o puxava inexoravelmente para as profundezas.
Talvez, pensava ele, o segredo estivesse em aceitar a incerteza da vida, em abraçar a dor como parte inevitável da existência. Mas como fazer isso quando tudo o que ele queria era fugir, se esconder de um mundo que parecia tão implacável e indiferente? Como encontrar sentido em meio ao caos de suas emoções, quando a única coisa que parecia verdadeira era o vazio que sentia?
O amor que nutria por essa pessoa, tão enigmática e essencial, era ao mesmo tempo sua salvação e sua perdição. A lembrança de momentos compartilhados, de risos e confidências, era um consolo amargo, pois apenas reforçava o quanto ele sentia falta dessa presença em sua vida. Ele se pegava revivendo memórias, buscando nelas algum consolo, mas a realidade era sempre mais cruel do que suas recordações.
E assim, todos os dias, às 18h08, ele se encontrava nesse limiar entre a esperança e o desespero. Era um ritual solitário, uma luta interna que o desgastava lentamente, como uma chama que consome tudo ao seu redor. O futuro parecia incerto, e ele se perguntava se algum dia encontraria a paz que tanto almejava, se conseguiria superar essa dor que o prendia em um ciclo interminável de tristeza.
No silêncio da noite, ele se permitia chorar. As lágrimas vinham sem aviso, um reflexo do tumulto emocional que carregava dentro de si. Chorar era sua única válvula de escape, uma forma de liberar a tensão que o consumia. E, em meio às lágrimas, ele se perguntava se algum dia o relógio marcaria 18h08 sem que ele sentisse esse peso esmagador, essa saudade devastadora de algo que não conseguia definir.
A melancolia era sua companheira constante, uma presença invisível que tornava seus dias mais longos e solitários. Ele desejava poder afastá-la, mas ela se agarrava a ele com determinação, como uma sombra que não se desfaz. Talvez, pensava ele, a melancolia fosse apenas o preço que pagava por sentir tanto, por amar tanto, por temer tanto a perda.
Ao longo do tempo, ele percebeu que a angústia não era algo que podia ser apagado ou ignorado. Era parte de quem ele era, uma ferida que talvez nunca cicatrizasse completamente. E, ainda assim, ele continuava a buscar alguma forma de redenção, uma maneira de viver com essa dor sem deixar que ela o destruísse.
Enquanto o mundo lá fora seguia seu curso, ele permanecia preso em seu próprio universo de dúvidas e incertezas. As pessoas passavam por ele, alheias ao tumulto que se desenrolava dentro de sua mente. Ele desejava poder se conectar com elas, compartilhar um pouco de sua carga emocional, mas as palavras lhe faltavam. Era como se sua tristeza fosse uma barreira invisível que o isolava, tornando-o incapaz de alcançar aqueles ao seu redor.
No fundo, ele sabia que precisava encontrar uma maneira de se libertar dessa prisão interna. Precisava aprender a viver com a incerteza, a aceitar que o amor e a perda são parte da experiência humana. Mas como fazer isso quando tudo dentro dele gritava por um alívio imediato, por uma solução que nunca parecia chegar?
A resposta talvez estivesse em aprender a viver um dia de cada vez, a encontrar pequenas alegrias que pudessem iluminar sua escuridão. Mas, para ele, essa tarefa parecia monumental, quase impossível. Cada passo em direção à cura era acompanhado por dúvidas e medos, por uma resistência interna que o fazia hesitar.
Ainda assim, ele não desistia. Havia uma pequena chama de esperança dentro dele, uma determinação silenciosa que o impelia a continuar lutando. Ele sabia que, de alguma forma, precisava encontrar o caminho de volta para a luz, para a vida que sentia escapar por entre seus dedos. E, enquanto o relógio continuava sua marcha implacável, ele se comprometia a tentar, a não se render completamente à tristeza que o consumia.
Era uma batalha diária, um confronto entre a escuridão e a luz, entre o desespero e a esperança. Ele não sabia quanto tempo levaria para encontrar a paz que tanto desejava, mas estava decidido a não desistir. E, quem sabe, algum dia, às 18h08, ele pudesse olhar para o relógio sem sentir a sombra da angústia se aproximando, sem ser consumido pelo medo da perda e pela saudade de um amor indescritível.
Enquanto o mundo girava, ele continuava sua jornada solitária, à procura de respostas que pareciam sempre escapar de seu alcance. E, embora não soubesse o que o futuro lhe reservava, ele mantinha uma centelha de esperança acesa em seu coração, na esperança de que, algum dia, encontraria a paz que tanto ansiava.
ps: esse texto está no pretérito, pois ele faleceu. (por dentro)
[h.m]
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deathpoiscn · 2 months
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//. Dado os inúmeros acontecimentos com o Josh, achei melhor organizar uma timeline para ajudar quem está perdido a compreender melhor o que anda acontecendo com a mente do Coringa. Claro que alguns POV serão postados citando ocorridos no passado e incluídos aqui futuramente, coisa que acabei atrasando por um problema no pulso e isso com certeza gerou mais duvida ainda no desenvolvimento do Josh não é mais o vilãozinho do inicio. Vem aí nosso anti herói.
Já havia completado 8 anos que Josh tnha abandonado o acampamento depois do ocorrido na guerra de Gaia. No mundo mortal, viveu pulando de cidade em cidade, até mesmo de país em país, realizando missões em nome de seu pai. Foi quando tornou-se um Ceifador e até recebeu treinamento diretamente do próprio Deus. Não foram anos fáceis, mas diante do crime cometido, acatou e aceitou tudo como punição. Quando recebeu o chamado de Dionísio, sua primeira opção foi recusar mesmo ciente dos perigos que enfrentaria, mas Thanatos ordenou que retornasse para o acampamento meio sangue. Deixando-o em opção.
Desde sua chegada evitou colaborar com qualquer coisa, pouco se importando com a profecia, se um cão infernal estava a solta ou se um campista tinha morrido. Seu rancor por tudo o que sofreu ali ainda era grande, fazendo-o agir de forma imatura por puro ego. E sempre que era possível, agia de má fé apenas para alimentar todas as acusações que sofreu, levando alguns campistas a considerarem algum envolvimento com os acontecimentos.
Seus hábitos noturnos não são nenhuma novidade, sempre foi comum vê-lo vagando pelo acampamento até mesmo depois do toque de recolher. Entre um passeio ou outro, ousou se aproximar da fenda ignorando qualquer pedido para ficarem longe mesmo com a barreira criada pelos filhos da magia. Diante da teimosia e ousadia, pegou-se compartilhando a mente com as vozes que saiam daquele abismo e o perseguiam por onde ia. No inicio foi confuso, elas só repetiam uma única frase e isso o levou a suspeitar que fosse algo relacionado aos crimes do passado. ( POV pt 1. )
Seus dias seguiam acompanhados pelas vozes que, após duas semanas, se tornaram mais agressivas e incomodas, chegando a atrapalhar definitivamente o sono de Josh. Foi então que passou a sofrer com insônias e, em muitos casos, passava dias sem dormir ou tirar um único cochilo. Foi então que passou a ouvir uma segunda parte do enigma e a compreender melhor o que estava acontecendo ali. E por incomodo que fosse aquela falatório constante em sua mente, ainda era divertido observar os campistas enlouquecendo em busca de respostas. ( POV pt 2. )
Sua ordem finalmente veio, mas a situação não era tão animadora. Ele precisa encontrar um artefato perdido, mas quando questionou qual seria, a resposta foi desanimadora. Desde então tem passado boa parte do tempo enfiado na biblioteca em busca de pistas que o ajudassem a achar o paradeiro da Espada de Atena.
Apesar das aparecerias e do constante envolvimento em confusões, Josh nunca deixou de se importar, ele apenas não aceitava admitir que, apesar de tudo, o acampamento era a única casa que ele tinha. Com as vozes se tornando mais agressivas e constantes, sempre cobrando o objeto que tanto desejavam, a mente fragilizada acabou cedendo a algumas manipulações. O que explica e muito o temperamento explosivo e agressivo. Nem todas as ações de Josh são feitas porque ele quer, todas são contra a sua vontade.
A prova de que Josh não é tão ruim quanto diz ou aparente ser, foi sua missão junto de Kit e Charlie. A principio aceitou colaborar com o acampamento visando encontrar respostas em relação ao artefato que procurava, mas diante de tanto cansaço e pensamentos destrutivo, Josh deu sua vida para salvar os outros dois. Na hora de explodir a Forja clandestina, colocou todo o seu poder a prova em uma tentativa descarada de suicídio. Não queria ser visto como herói, apenas acabar com o próprio sofrimento. ( Jogo completo. )
Graças ao poder de Charlie e o de Kit, ficou levado as pressas para o acampamento onde ficou 20 dias em coma. Podemos dizer que foram os 20 dias mais bem dormidos de sua vida depois de alguns meses como um zumbi. Quando finalmente acordou, tratou de fugir da enfermaria e se esconder novamente na floresta. Dessa vez não se escondia porque queria aumentar as desconfianças para o seu lado, mas sim porque a manipulação cresceu ao nível de travar uma luta interna todos os dias. Ele não queria ceder e muito menos deixá-las controlar seu corpo. Ele passa cada minuto ouvindo acusações e mentiras com base nos seus maiores medos, diante da resistência, seu cansaço mental é incalculável.
Quando o Drakon atacou o acampamento, Josh estava com Love, ele a procurou no desespero após sentir que algo ruim aconteceria. Sua intenção era proteger a filha de Tique. ( Jogo completo. )
Ainda no ataque do Drakon, Josh ajudou os campistas na luta contra a enorme criatura, mas o conflito maior foi com as vozes que gritavam e ordenavam que ele ajudasse o monstro. Assim que sentiu que seria manipulado e perderia aquela briga interna, correu em direção a floresta. ( POV Drakon. )
Com suas amigas provocando o tempo inteiro, seu temperamento tornou-se ainda mais instável, ainda sim continua resistindo a manipulação que vem sofrendo para provar definitivamente que ele não é nunca foi o que falaram de si. Especialmente o que elas dizem. Seu desespero foi tão grande que apelou para o roubo de uma poção feita para acabar com as vozes. Não tinha coragem, na verdade não conseguia encarar Quíron ainda e falar a respeito do que vinha sofrendo. Quem o ajudou nesse roubou foi Bee, após uma conversa franca dos dois no baile. ( Jogo completo. )
Com a morte de Flynn no Baile, sua reação explosiva e exagerada foi dada a junção do luto, culpa e manipulação que sofria. Chegou a acusar Elói pela morte do irmão, em parte não errou o culpado, mas foi Natália quem acabou sofrendo o pior. Em um encontro na floresta, a conversa nada amigável terminou com Josh apagando a filha de Hécate. ( POV + Jogo completo. )
Depois do ocorrido com Natália, Josh acabou procurando Quíron e contando o que vinha acontecendo. Revelando pela primeira vez ao centauro que ouvia as vozes e, para ajudar, a poção não surgiu efeito como esperado. Como era a última alternativa que tinham, nada pode ser feito. No entanto, essa revelação ajudou a compreenderem melhor as ações de Josh, sendo elas, em sua maioria, manipuladas pelo desconhecido. Durante a conversa, foi franco pela primeira vez depois de anos ao confessar que buscava por uma redenção e, com ela, seu antigo cargo de conselheiro de volta. Foi então que sua luta interna tornou-se pior, para mostrar que havia mudado, foi necessário provar com atitudes que ainda possuía capacidade e maturidade o suficiente para não agir mais como um garotinho birrento. Foi aqui que Quíron passou a observá-lo de perto antes de dar uma segunda chance a Josh. ( Será feito um POV detalhando melhor o ocorrido. )
E dada a tentativa de silenciar elas, as vozes voltaram com uma agressividade ainda maior, tornando impossível pensar ou raciocinar direito com tamanho barulho. Dormir já não era mais possível, sempre que cochila é devido ao próprio esgotamento do corpo por estar constantemente lutando para manter o controle. ( Será incluído aqui um POV a respeito em breve. )
Sua busca pelo artefato continua, é algo que ele não consegue esquecer uma vez que as vozes não deixam. Para ajudar, desde que recebeu sua ordem, nos poucos momentos em que consegue dormir, Josh sonha sempre com a mesma coisa: Uma coruja e a Casa Grande. Os sonhos não entregam mais nenhuma informação, mas em uma de suas visitas a biblioteca ele esbarra com Lucian. Seus desenhos retratam uma visão que teve, nos desenhos feitos pelo filho de Apolo, é possível ver a mesma coruja de seus sonhos. É aqui que ele fará a ligação. ( Jogo em andamento + futuro POV sobre os sonhos. )
Quando sofreram o ataque na madrugada e ficaram presos naquela ilusão, Josh vivenciou o seu pior medo. Com base no que viu, decidiu definitivamente que faria a coisa certa. Foi doloroso para o filho de Thanatos ouvir e ainda ver as pessoas que lhe importava mortas por culpa do seu egoísmo. Passou dias recluso buscando se recuperar. ( POV do ataque. )
Quando Elói foi revelado traidor, Josh estava com Love no chalé da semideusa, foi esperado uma reação explosiva, mas ao contrário disso, ele apenas ignorou tudo o que ouvi na tentativa de ser manipulado para atacar o filho de Afrodite e se manteve com a filha de Tique pelo resto da noite.
Com o cargo de conselheiro, Josh enfrentou alguns problemas com Darcy, sua irmã, que não conseguiu compreender de inicio sua mudança. Josh, além de amadurecer, buscou ser racional e evitar que suas emoções contribuíssem ainda mais com a manipulação que sofria diariamente. O modo como vem agindo foi o meio que encontrou para evitar ceder aos desejos da fenda que, em muitos casos, iam além de querer o artefato.
Obs: Ainda tenho que postar alguns POV que vão facilitar ainda mais a compreensão do que anda acontecendo e principalmente de como está o desenvolvimento principal dele com a Central. Será feito, conforme meu tempo, um HC explicando todo o amadurecimento do Josh desde o seu retorno, aqui na timeline só resumi o que anda acontecendo com o bichinho. E tudo ainda está sujeito a alteração se eu me lembrar de algo que ficou faltando!
+ Bônus de leitura: Family tree.
Ultima atualização: 05.08.24
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sussurros-do-tempo · 5 months
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Na sombra muda de um coração em pedaços, Pelos corredores gélidos do desespero, selado, exato. Onde a mais tênue esperança é implacavelmente devorada, Só me resta a certeza cruel de um destino marcado.
Busquei um rosto, encontrei apenas espectros, Cada olhar pesa, um julgamento severo. Na asfixiante escuridão, jazem os destroços, De sonhos desfeitos, amores traídos, um panteão do desespero.
Quando tento gritar, minha voz é apenas um sussurro parado, Sufocado pelo silêncio de um mundo que se despiu de almas. Se amor houve, foi veneno em meus lábios depositado, Deixando minha alma em brasas, meu coração em cinzas calmas.
A realidade, carrasca com sua lâmina pronta, A cada tic-tac, uma estocada, uma lágrima que desponta. Cada pensamento, uma cela, uma fortaleza de dor monta, E a agonia me faz companhia, eterna, a alma assombrando.
Por que existir em um orbe tão cruelmente vazio? Onde cada riso é farsa, cada toque, frio desafio? Em minha essência, a indiferença cósmica, o fio Que tece a solidão, lembrança de que sou sombra no frio.
Busquei alguém para ver, para sentir, Mas cada olhar se abre como um vazio a engolir. No fundo de cada íris, a escuridão a definir Um abismo onde sorrisos se perdem, sem existir.
E na busca de ser algo, talvez um sopro imaterial, Perco-me no nada, na solidão terminal. É o amor uma falácia, um luto ritual? Ou é minha visão que pinta um mundo tão desigual?
A realidade me fere com seu gelo cortante, Todos buscam algo, exceto o essencial vibrante. Mas aqui jazo, ansiando por alguém tão distante, Um ser inexistente, um sonho delirante.
Por que é tão amarga, esta busca incessante? Por um ser que nunca surge, que sempre se evade? Cujo silêncio me convence, persuasivamente constante, De que sou apenas um, perdido na imensidão da cidade.
E ao final, confrontado no espelho, a visão que fere: Não há sentido em amar, pois mesmo amar perece. E ao encarar o reflexo, um espectro me aparece: A face da desesperança, do nada, onde o amor não merece.
Paulo de Brito
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guilhermescheffer · 2 months
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Breve comentário sobre: 'Salem, de Stephen King.
A escuridão chegou ao sul do Maine, uma tempestade de sangue e sombras, um abismo de onde quase ninguém escapa; e ao cair da noite, você sentirá medo, das pessoas que perambulam, da Casa Marsten, do Sr.Barlow, mas principalmente de Jurusalem's Lot, a cidade morta do Maine.
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ghosthemachines · 5 days
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oi oi oi , eu sou a moon ! respondo pelos pronomes ela / dela , tenho vinte e dois anos e aqui estão minhas guidelines pra que possamos manter um jogo legal para todas as partes . atualmente , estou aberta para plots e em busca de novos partners . abaixo do readmore , deixarei alguns bunnies que tenho interesse em desenvolver !
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bunny ideas.
muse a é uma grande celebridade. alguns anos atrás, conquistou o mundo e agora é um dos maiores nomes de hollywood. muse a precisa fugir. então volta para sua cidade natal com a esperança de se esconder um pouco, recarregando as energias. enquanto está lá, encontram muse b - seu amigo de infância. eles não se falam há anos, desde que muse a saiu para fazer sucesso, mas ambos estão surpresos com a facilidade com que podem voltar aos velhos hábitos. o que deveria ser uma viagem de uma ou duas semanas se transforma em alguns meses, e muse a não sabe como eles vão deixar muse b para trás e voltar à carreira desta vez.
basicamente forçam muse a e muse b a fingir ser um casal. os fãs adoram que seu casal na tela também seja um casal na vida real e isso aumenta as avaliações e a audiência. por mais que eles odeiem, é o primeiro grande papel de muse a e ele não quer entrar na lista ruim, então eles tentam o seu melhor para aproveitar ao máximo. muse b, no entanto, está farto disso e tem uma tendência a tornar toda a situação mais difícil do que precisa ser.
muse a é um boxeador underground imprudente que se importa muito pouco com sua vida e conhece e se apaixona por muse b que é tímido, protetor e preocupado em uma de suas lutas e eles brigam constantemente sobre o assunto, mas sempre voltam um para o outro.
a trope golden retriever/gato preto. muse a e muse b eram tão diferentes, mas elas sempre disseram que os opostos se atraem, certo? isto é, até muse a decidir propor em casamento e muse b dizer… não. assim, acabou. e agora muse b consegue ver muse a seguir em frente - novo cônjuge, nova vida, e elas tentam acreditar que fizeram a escolha certa todos aqueles anos atrás, mas os "e se" também mantêm muse a acordada à noite?
muse a não percebeu que nada daquilo - a casa, o casamento, a cerca de estacas - era o que eles queriam até que fosse tarde demais. ou era? agora a muse a está mergulhando perigosamente no território da traição e a muse b está ficando cada vez mais ressentido à medida que o abismo entre eles cresce e cresce.
muse a e muse b são amigas próximas que levam emoção e alegria aonde quer que vão. elas sentem uma forte conexão, mas têm medo de admitir seus sentimentos. apesar da incerteza, elas encontram conforto na companhia uma da outra, curando a solidão uma da outra e tornando a vida mais vibrante.
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cartogramas · 3 months
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É um dia chuvoso, meia-tarde e os cães. A infinita sessão de análise toma posse de mim. Abro a tampa da máquina. Ronda-me o exercício da escrita, esse ofício. Ronda-me outra vez como tantas vezes a Lupicínio. Junto dele um banzo longo que ouso agora romper em chances assim, quando nasce frondoso um tempo livre entre a urgência do trabalho dos outros. Sobre essa volta, pensei em um título relacionado ao saguão e talvez ele seja mesmo o melhor lugar para que tudo aconteça. Um saguão, não o título. Optei pelas datas por praticidade ou pressa de ocasião. Trago amarrada uma palavra há quase catorze anos - ou mais. Promessa demasiadamente prometida apodrece, é tempo do longe demais. O treze é de sorte e infortúnio, o catorze será qual ou de quem? Nada se faz por si neste mundo tão chulo. Digitar é trabalho braçal, coisa de porte e estado físico, talvez de golpe ou açoite. Sinto que ando fraco e silente, tenho dores às costas, no ombro e ciático. Vez ou outra me toca deitar. Dizem que poetas têm saúde frágil e o ofício exige o tempo e do tempo. Vou ficando velho, ando rápido, mas sinto que tenho chegado em lugar nenhum. Todo sinal se desvia da rota que traço, são fortes demais os convites de fora e precárias demais as condições pra sentar. Já pouco importa se é um ou se é oito, se é dois ou vinte e três, mesmo dois mil e vinte três ou vinte e quatro - depois do quatro já não? Sentar-se a interpelar o tempo, menos a contagem, mais do vivido. Eis. Prospectar sua generosidade volvendo argumento, acatar quando o que toca são silêncios, hiatos. Não pressionar. Busco aqui algo do que a colega chamou belamente de diário no meio de uma reunião qualquer, ou algo do que o amigo hoje distante sugeriu fragmento ou passagem. Busco algo que batizei cartograma bem antes do nome ter sido furtado enquanto eu estava de férias - fiquei ferido como quem leva um tapa na cara que nos atinge de longe. Poderá a palavra ordinária falar do extraordinário? Senão do extraordinário, pelo menos do contingente porque singular? Há coisas que só uma vida pode dizer e não há problema nenhum nisso. Veja: o termo ordinária, aqui, de forma alguma a reputa vulgar - a palavra é sempre nobre no que acalenta e corta, quando chega como aquela que acolhe ou troveja, gentil como palavra-casa ou mordaz palavra-espada que passa fio na superfície da pele e alcança até dentro da carne. Como nas coisas que atravessam a chamada ordem do dia, porém, torna-se ordinária porque determina mais rito que ritual, participa do processo que encaminha e não raro encastela, que sedentariza, fala da e pela ordem, investe na proclamação da norma e seca o vento que surge do Sul em mais outra entrada de inverno. Estou cansado dessas, as que me convidam a fazer brotar por razão. Aqui chamada de ordinária, então, é palavra desencantada e sem magia, palavra que não soa ou serve para ser lida em voz alta, que registra sem cindir, que emperra, soterra, proscreve e determina aquilo que alguém, enfim, só consegue saber. A palavra ordinária é aquela que empilha e empecilha. Tão somente inventaria. A cidade precisa dela como a um tira que protege a porta do inferno, mas que o protege como mecanismo e não máquina. O sexo dos anjos. A palavra ordinária desconhece os abismos, os prados, os charcos e cordilheiras. Desconhece Glissant. Nunca atravessou mares ou conheceu aquilo que passa entre as coisas, os sopros mais que questões. Nunca sondou a beira de qualquer precipício ou abriu olhares de pupila aberta para o vertical das ribanceiras. A palavra extraordinária não delimita: ela abre espaço. Ela faz povo e clareira. Procria. Sugere. Ela é testemunho ou barbárie.
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O que ninguém sabe
Eu consegui sair de dois fundos do poço ou, cientificamente, duas crises depressivas. A terceira crise ainda é um processo em construção. Podemos dizer que consegui sair daquela lama fétida do poço e escalei as paredes até ver uma luz mas, ainda não me livrei do maldito. Estou engatinhando pelas paredes.
Demora. Demora muito. E a ansiedade, que é outro fator agravante, faz com que seja mais lento.
A cada vez que saio desse abismo é como se estivesse nascendo de novo. Me sinto viva de novo e viver é bom. Durante o processo é essa perspectiva que me mantém lutando, saber que por mais difícil que seja a escalada, minha satisfação será imensa.
Porém, nem sempre isso dura muito tempo. Não sei porque isso acontece comigo. Eu queria entender mas, ainda não entendo. Talvez ocorra quando tudo parece bem e eu fico desatenta e nessas horas tropeço e estou lá no fundo do buraco novamente. Nas duas vezes anteriores foi entre uma alta e outra da terapia, somados a situações angustiantes da minha vida, das quais não fui capaz de lidar sem ajuda.
Para a maioria das pessoas eu aparento ser uma pessoa comum, sem grades problemas. Ninguém olha pra mim e diz que eu lido com a depressão. Não está estampado na minha cara e, pasme, quase nunca está. Essa pode ser uma doença muito, muito silenciosa.
Eu me conheço a ponto de saber quando as coisas estão saindo de controle. Conheço bem os sentimentos obssessivos e a vontade de simplesmente desaparecer que surge todos os dias. Conheço a falta de desejo, de perspectiva, conheço a vida que, de repente, perde todo o sentido. Tudo é confuso. E tudo é profundamente triste.
Eu tenho tido altos e baixos no último ano. Me sinto bem melhor, é inegável. Mas, essa coisa doentia ainda está aqui. Eu ainda sinto lá no fundo que não saí desse poço, consigo ver que estou brigando com as paredes escorregadias para me reerguer. A verdade é que tenho medo de perder essa briga. Tenho medo de perder minha sanidade (se é que qualquer sabidade exista). Tenho medo de numa dessas crises não ser capaz de voltar.
Mesmo sendo assistida e sabendo que tenho sido tratada e atendida em meus pedidos de ajuda, essa é uma briga que eu preciso enfrentar sozinha. Ninguém pode habitar minha cabeça. A questão é entre mim e meu cérebro danificado. E por isso mesmo me dá muito medo.
Eu entendo as pessoas que desistem de tudo. E isso também me assusta porque significa que de alguma forma eu conheço aquele desespero. Mas, ainda tenho feito valer uma das muitas promessas que fiz a mim mesma: a de que escolheria viver mesmo que fosse difícil.
Isso é claro, não me impede de pensar na morte. Talvez por isso mesmo tenho tanta urgência em viver. Parece que a qualquer momento eu posso, simplesmente, desaparecer.
~As aventuras de Lala na Cidade de Thor
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masterafh · 4 months
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O Chamado De Cthullo.
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Sinopse.
Em um Texas assolado pela seca em 1878, a água tornou-se um recurso tão raro quanto valioso. Neste cenário árido e impiedoso, onde a sobrevivência é um desafio diário, os personagens são lançados em uma jornada de resistência contra os elementos e a crueldade do deserto, enquanto enfrentam também ameaças sobrenaturais que assombram a paisagem desolada, trazendo consigo horrores cósmicos e entidades além da compreensão humana. Entre conflitos por recursos escassos e confrontos com foras da lei e criaturas das trevas, eles devem desbravar um terreno hostil em busca de esperança e prosperidade, ao mesmo tempo em que tentam desvendar os mistérios ancestrais que permeiam a região, mergulhando cada vez mais fundo no abismo do desconhecido.
Em uma terra onde a sede é uma ameaça constante e o sobrenatural espreita nas sombras, a luta pela sobrevivência molda o destino de cada indivíduo, onde a coragem e a astúcia são as únicas armas contra um ambiente que busca devorar os desavisados, enquanto o toque insano do mítico se entrelaça com a realidade, desafiando a sanidade daqueles que se aventuram por essas terras proibidas. Prepare-se para uma aventura repleta de perigos e desafios, onde apenas os mais resilientes prevalecerão contra as forças que habitam além do véu da realidade, em uma história que transcende o tempo e o espaço, mergulhando nos abismos do horror cósmico.
13 de abril 1878 o dia amanhece como sempre, o frio da noite é substituído pelo calor intenso do deserto, jundo da vontade de beber água, vocês estão na cidade Denton uma cidade em crescimento no Texas, localizada no que era então a fronteira entre as terras abertas do oeste e as áreas mais desenvolvidas do leste, Denton é o centro comercial de transporte, com atividades como a pecuária, agricultura e comércio de gado e água, desempenhando papéis importantes na economia local. Vocês moradores ou visitantes ouviram falar de diversos desaparecimentos na região, onde ocorre principalmente com mulheres e crianças, em Denton até então ouve apenas casos de crianças desaparecidas, a polícia local não sabe o que fazer e está começando a colocar uma recompensa para quem encontrar as crianças e o responsável vivo ou morto.
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carriessotos · 1 year
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hcs (henry)
give me a character and i'll give you 10+ headcannons: henry westbrook.
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quando ainda morava na inglaterra, o seu objetivo era estudar em cambridge, que nem seu pai, e talvez cursar algum semestre na universidade de edimburgo ou de glasgow; a família de sua mãe era da escócia, se dividindo entre edimburgo e dundee, e gostava muito de visitar o país. porém, com a morte de sua mãe e a mudança para os estados unidos, henry adaptou seus planos. ao ser aprovado tanto na caltech quanto em berkeley, optou pela última.
desde a morte de sua mãe, sentiu muita responsabilidade em ajudar a cuidar dos irmãos e abdicou de muita coisa pra continuar perto da família - por exemplo, desistiu de tentar uma vaga no mit por ser do outro lado do país, se inscrevendo só em universidades em que pudesse voltar em menos de um dia para bend caso surgisse uma emergência. seu pai sempre já partia do pressuposto que poderia o ajudar em tudo, e muitas vezes os irmãos recorriam diretamente a ele para dar um jeito no que precisavam. se sentia responsável como o mais velho e queria ajudar, mas muitas vezes ficou sobrecarregado por toda a expectativa que vinha deles, e não queria dizer não.
não tem facilidade em expressar as coisas que o incomodam, e acaba em muitos casos deixando para lá por não querer tornar um problema. também não se acha exatamente o melhor em se expressar verbalmente de maneira positiva, e acaba inseguro disso em alguns momentos. tem as suas linguagens de amor muito próximas dos atos de serviço e toque físico.
na época em que ele e acacia estiveram juntos no ensino médio, mesmo que não tivessem formalizado um namoro, considerou tentarem um relacionamento à distância; a califórnia era do lado do oregon, e inevitavelmente voltaria várias vezes para ver sua família em feriados e passar suas férias lá. no entanto, uma conversa com seu pai o fez mudar de ideia. os dois eram muito novos, e não queria acabar prendendo ela em alguém que estaria num outro estado e sem tempo muitas vezes de manter contato como deveria.
nas férias de seu primeiro ano da faculdade, fez um estágio em uma empresa em eugene, para não ficar tão longe de bend. como as coisas tinham se estabilizado um pouco mais em sua família no ano seguinte, foi atrás de um estágio em são francisco. gostou tanto da cidade que considerou morar lá depois da formatura por um tempo, mas resolveu manter seus planos de voltar para bend.
após alguns meses de acacia ter ido embora, jack tentou incentivar o amigo a sair com outras pessoas de novo, e até criou um perfil no tinder para ele - mesmo que poucas tentativas tenham o feito apagar a conta. acabou, porém, mais de um ano depois, conhecendo heather stewart em um aniversário. se deram muito bem e, após alguns encontros, iniciaram o namoro, que durou cerca de cinco meses. embora gostasse dela, era inevitável sua mente comparar seu relacionamento com o anterior; por exemplo, naquele meio tempo já estava tão completamente apaixonado por acacia que já tinha a dito que a amava, enquanto não se sentia nem perto de estar no mesmo ritmo com a então namorada. já fazia praticamente dois anos que não via acacia, e não conseguia deixar aqueles pensamentos de lado. percebeu que não era justo não conseguir se entregar à relação, e terminou com ela - três meses antes de acacia retornar para bend.
é extremamente fã de filmes de terror, e suas fantasias de halloween costumam envolver um tema do gênero, com exceção dos anos em que tenha combinado com acacia ou um de seus amigos. entre os seus filmes favoritos, que com certeza já insistiu pra ela assistir com ele, temos: evil dead, hereditário, a franquia pânico, o massacre da serra elétrica, abismo do medo e o silêncio dos inocentes.
sabe falar francês por ter feito a matéria na escola e alguns anos de aulas em uma escola de idiomas, além de visitar várias vezes nas férias a casa de sua tia paterna em lyon, na frança, quando ainda estava no ensino médio. também fazia parte do time de natação da escola, tendo feito parte do time também quando já estava em bend.
aos onze anos, estava completamente obcecado em algumas bandas de rock que via os clipes na televisão ou ouvia na rádio. por isso, resolveu que queria aprender a tocar guitarra e começou a implorar aos pais por uma. quando chegou o natal, acabou ganhando um violão de ambos e, de início, ficou decepcionada. no entanto, após começar algumas aulas um tempo depois, gostou do instrumento e aprendeu a tocar.
quando acacia e ele terminaram o namoro, fazia duas semanas que estava com o anel de noivado guardado em uma gaveta de sua cômoda de roupas - de maneira que ela não acabasse descobrindo por acidente enquanto estivesse lá. jack deu a sugestão de tentar devolver para onde comprou ou revender para a primeira loja que encontrassem e que tivesse esse tipo de negócio, argumentando que seria o melhor para ele se livrar daquilo o quanto antes possível. acabou postergando de fazer isso, porque doía ter que realmente pensar sobre qualquer coisa relacionada a ela, e resolveu deixar numa caixa no canto debaixo de seu armário enquanto pensava no que fazer - onde segue até hoje.
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inutilidadeaflorada · 2 years
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vox populi, Parte II
Imergir sob o tempo Circuncidar o instante Atar a lua em selvas de plástico Corromper abismos em edifícios Socorro! ele reflete o futuro Minha idade nua, exposta A noite outra vez encobre a miséria E somos todos iguais outra vez (?) Cultivo imagens perecíveis Em ode ao estado corrompido das coisas Vele no céu da minha vaidade Toda e qualquer despida por pretérito Negar estrelas e suas topografias Insultando vantagens ausentes Não há nada irreconhecível Somos os filhos perversos dos sinônimos Decifrar escombros de jardins Por toda a Pompeia que queima nos olhos Para fora, feito vitrine no inverno Saltando os olhos cores mortas e pasteurizadas Encobrir pétalas de barro Concebidas a instruir a intuição O espírito recontará toda a hostilidade Outra vez e assim por diante até recuperar-se Tato está rígido, não há como fluir Para fora dessa loja de penhores Onde se cortejam cidades Onde se vende sexo e o temem Desfila o choro em uma ladeira de desafinação Lamentando a causa, o efeito e paisagismo Doutores são com estátuas para quem decupamos Um conflito abstrato entre fé e razão
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vanteguccir · 5 months
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Quando ele entrou naquela sala, eu senti meu coração sendo roubado, e por mais que nos conhecêssemos a menos de 20 minutos, eu sabia que ele era o meu desejo.
O corpo dele era como o diamante, e o seu sorriso me mostrava oque era perfeição.
Nós estávamos tão perto, meu peito colado ao dele, minha cabeça inclinada para cima, e a cabeça dele inclinada para baixo, nossos lábios a milímetros de distância, e mesmo que milhares de pessoas esbarrassem em nós, nossos olhos não conseguiam se desviar um do outro.
Ele já estava sorrindo para mim quando eu sorri para ele, mas por mais impossível que fosse, seu sorriso se alargou ainda mais.
Eu podia sentir meu coração batendo forte, como se a qualquer momento fosse pular para fora do meu peito.
Seus braços envolveram minha cintura, enquanto os meus envolveram seu pescoço, e os nossos lábios finalmente se encontram.
E Deus! Eu estava caindo, estava caindo e não sabia se iria ter alguém para me pegar quando eu chegasse no fim do abismo.
Mas não conseguia me importar muito com isso naquele momento.
Meus dedos se entrelaçaram com os fios do cabelo dele, e eles eram tão macios.
As mãos deles estavam passando pelo meu corpo, e ele sabia oque estava fazendo.
Nossas línguas estavam dançando conforme a música que estava tocando, ou talvez lutando contra aquela guerra de corações.
Tudo oque aconteceu depois, foi um borrão, apenas lembranças de nós juntos sozinhos em um quarto, suas mãos em meu corpo, e minhas mãos no seu corpo, e uma certeza de que me senti incrível.
Eu sei que ele sabia oque estava fazendo comigo quando me beijou naquela festa.
Eu apenas queria saber oque ele sabia, porque assim poderia estar evitando essa dor que estou sentindo no coração agora.
Eu poderia ter evitado ter beijado ele.
Porque assim que nossos lábios se tocaram, me senti caindo como as estrelas, me apaixonando por ele.
E agora eu quero ver ele de novo. Quero seus braços ao redor de mim, me mantendo quente, porque agora, sem ele aqui comigo, estou com frio.
Quero ser o motivo do seu sorriso novamente.
Quero que ele seque minhas lágrimas, e me beije.
Quero ele aqui comigo, para ele consertar oque está quebrado.
Porque ele me levou ao tempo em que eu me sentia inquebrável.
E isso é tudo oque eu consigo pensar, que eu quero ver ele, sentir ele.
Ele conseguiu me prender como uma tatuagem.
Paro de andar, e olho para o céu, e percebo que não tem um minuto em que eu não pense nele, eu quero fugir dessa cidade, tudo está um desastre, isso é uma obsessão.
Oque ele fez comigo? Um dia estou bem, e no outro estou perdendo a cabeça.
Engulo em seco, e abaixo a cabeça, eu preciso parar com isso, estou perdendo a cabeça, isso se tornou uma obsessão.
Começo a andar novamente, e entro no mercado, pego o carrinho de compras e logo vou para o corredor que me interessa, começar a pegar as coisas e a colocar no carrinho, mas algo cai no chão, e quando começo a me levantar, depois de ter pegado oque caiu, vejo um rosto familiar demais passar na minha frente.
Minha respiração acelerou, e estou andando rápido de mais, meus pés estão agindo mais rápido que meu cérebro, e agora estou procurando por ele, mas não encontro nada, não tem ninguém aqui.
Estou alucinando?
Pisco algumas vezes, e depois de me recompor, volto para o carrinho, indo para outro lugar do mercado.
Estou pegando os tomates, e por mais que eu esteja concentrada em ver quais tomates estão bons, escuto algumas vozes atrás de mim.
Alguns garotos gritando as palavras "se concentre" ou algo assim.
Termino de pegar os tomates e me viro, mas meus movimentos pararam assim que começaram, e o garoto também parou de falar.
Estamos nos olhando da mesma maneira que nos olhamos da primeira vez que nos conhecemos, e o seu sorriso começou a aparecer.
"Oi" nós dissemos ao mesmo tempo, ele ri um pouco com isso, e eu não consigo evitar o sorriso bobo que aparece no meu rosto com a sua risada.
Mas o meu sorriso aumenta qyando percebo a maneira que ele está me olhando.
Eu sei que ele estava me procurando, assim como eu estava procurando por ele.
Eu sei disso porque ele está me olhando da mesma maneira que estou olhando para ele.
(Oi, tudo bem? Será que vc poderia dar sua opinião sobre isso? Seja sincera, se tiver que melhorar algo, me avisa!!)
AMG DO CEU QUE ISSOOOOOO TA MARAVILHOSO 😭😭😭😭😭 eu super leria a história toda, juro! a sua escrita é perfeita 😔✋🏻
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khulthuskaotika · 5 months
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 Re-entrando na Zona Interna
Novas Zonas Malvas
Ouço os grilos noturnos lá fora, acendo um cigarro, há silêncio no ambiente, noite pelas ruas de terra, sinto falta do coaxar dos sapo nos brejos e charcos mais ao longe; gosto destas coisas. Matagais na escuridão, terra úmida, vaga-lumes brilham com sua luz fantasmagórica e o topo das grandes árvores parecem (são) deuses antigos disfarçados sob a noite sem estrelas recoberta por nuvens cinzentas e pesadas. Tudo é Silêncio... fumaça do cigarro vagabundo ao redor, dentro de mim, algo sempre velho, solitário, carrancudo; sempre queimando, nunca apagando.
Velho, novo... recomeço depois de tantos anos caminhando dentro do Abismo, a destruição vociferante pelas garras de tantos monstros do mar negro, que se pela loucura ou estupidez decidi ousar mergulhar; juramentos realizados, selamentos, chamadas; mas, como num sonho avisado tempos antes, era nestas plagas abissais onde estavam os Tesouros mais escondidos. O que sou hoje é a percepção que nada seria certeza, não há nenhuma, não estou nessa de "atravessar" nada; não atravessei, mergulhei e lá fiquei, aprendendo ou perecendo, a me tornar um habitante do próprio Abismo. Me tornei um eremita de mim mesmo, um exilado, fugitivo e carregando todos os Preços das escolhas feitas, (e outras muito mais adiante), mas o eremita precisa do escriba, ele não aguenta tantas palavras em sua cabeça, tantos pensamentos, tantos delírios criados constantemente; uma mente entorpecida por natureza, desajustada, gritante, fomentadora de revoltas e venenos tóxicos que precisam sair, ganhar Forma através de palavras. Lembro como iniciei isto pela primeira vez naqueles inocentes meandros de Outubro de 2010, algo ainda daquela introdução continua bem vivo para o Agora, não escrevo sobre coisa alguma, ou pseudo sabedorias ou conhecimentos genuínos a transmitir à alguém, não tenho nada bonito a mostrar como nestas culturas de hoje em voga se costuma demonstrar por estas redes digitais; não sou doutor em nada e muito menos especialista em alguma coisa, não escrevo receitas ou "como fazer tal e qual coisa", não possuo nada disto a escrever. É apenas o angustiante Desejo de colocar estas monstruosidades que vivem em minha Mente desde que nasci e comigo cresceram e envelheceram, mudou muita coisa desde aquele ano de 2010, para melhor? Não... para pior? Também não... apenas algo, diferente. Obvio, a "pegada" de agora será mais, digamos, "pesada" (?), insana (?), solta (?), estúpida (?), estranha (?)... enfim, o que minha Mente perturbada e doente produzir... e posso-lhes garantir, há muitas coisas e poucas habilidades com as Palavras para tentar pô-las em texto.
Acendo mais um cigarro, os grilos negros da noite continuam a cantar lá fora no mato como demônios do deserto, eu os escuto, queria saber sua Língua Secreta, como o coaxar dos sapos no pântano escondido no Passo da Picada, velha estrada de fuga de africanos escravizados cortando o riacho, onde vimos espíritos de jovens moças adentrando o matagal adentro para o bambuzal; onde coisas invisíveis pularam dentro da água como nas lendas antigas do Caboclinho D'água e outras histórias do Folclore brasileiro. Há Magia velha neste lugar onde me exilei, memórias de sangue, dor, solidão nas pedras vulcânicas negras que formam toda esta cidade tombada historicamente... casa com o que foi sendo criado dentro de minha alma, coisas que já estavam lá, coisas que foram sendo germinadas, coisas que eu mesmo criei. Malditos cigarros baratos, acabam depressa, prefiro um bom charuto; as regras do velho jogo continuam, há Anarquia aqui, muita, mas muita anarquia, não sigo regras gramaticais novas ou velhas, porque também, não sou nenhum "literato" ou mesmo fingir ser, escrevo do meu jeito e testarei qualquer coisa ou técnica de contar alguma coisa que me interessar, como um William S. Burroughs falido; um Jack Kerouac solto e vagabundo. Neste espaço haverá as coisas que sempre propus desde aquele início, só que de uma forma mais velha, e mais sombria, louca e desenfreada, porque a idade passa e as coisas se desenvolvem dentro de si; só desejo soltar as Palavras e Pensamentos, Imaginações. Criar Mundos que já trafegam a tempos em minha cabeça, Demônios novos, Novos Monstros; miscigenação... termo odiado e obliterado como algo de camadas inferiores, do "incivilizado" selvagem subdesenvolvido... obvio, nos ensinaram a pensar assim, a Mistura "enfraquece o sangue puro"... como adoram os Colonialistas e Fascistas de plantão até hoje. Mas lembre-se, este espaço também não será sobre defesas de nenhum movimento estupidificado pelas massas e grupos destes confusos tempos "internéticos", há Anarquia aqui como falei, mais venenosa e selvagem que toda estas distorções e re-interpretações de símbolos e causas. O Mundo já está estúpido demais e este estúpido aqui só jogará para fora o que simplesmente está dentro de si; ele não tentará salvar nada ou propor algum modo de como mudar as coisas... ele já está preocupado e angustiado demais em como mudar algo ainda mais dentro dele. Um aviso aos detentores desta cultura "teto de cristal", não me preocuparei com as "novas regrinhas" ou modinhas ilusórias sobre termos e palavras que "ofendem", ou militâncias tão censuradoras como qualquer Ditadura... deuses, espero que esta plataforma hoje em dia permita-me escrever como escrevia antigamente... e não aja como estas burras "Redes Sociais" e suas (Des)Inteligências Artificiais. 
Simplificando, escreverei o que sair de minha Cabeça! Sempre escrevi por Inspirações, e não por Mecanizações, sempre foi um Ritual escrever, muitos velhos escritos, inocentes textos se tornaram verdadeiros Feitiços, Auto Magia, eu Encantava a mim mesmo, minha própria vida... e nisto fui bom pra cacete! Hoje, revendo todo aquele passado, como produzo tanta loucura e mutação com simples e estranhas e mal escritas palavras saltando de meus dedos nervosos, pensamentos selvagens mais rápidos do que as mãos pudessem escrever, inocências tornadas Sigilos textuais revirando minha vida, me jogando para outras dimensões sem aviso algum, produzindo sonhos ao adormecer, invocando coisas que até hoje não saberia dizer o que seriam... só com Palavras; Mas, não era isso que todos aqueles velhos assim ditos auto proclamados "Magos" diziam ser a tal "Magia"? Palavras. Palavras acumuladas em velhos grimórios, receitas populares de feitiçaria, velhas Bruxarias. Tudo com Palavras e Arte; concordo com o famoso Alan Moore, Magia como Arte, Arte como Magia; sempre foi assim... Arte da Vida, Arte como Vida. Não me refiro a esta coisa mostrada em moda hoje me dia, esta coisa "acadêmica", comercial, olho as coisas a volta pelas telas digitais e tudo parece um "show business" dos mais Famosos e uma massante matéria de uma inútil revista Forbes com a lista dos mais "Sucessos do Mercado".
Não há sucesso aqui, não há nada acadêmico aqui, diabos... nem sei quem hoje em dia lê a merda dum blog! Rio silenciosamente para mim mesmo, e me pergunto - Importa? - É meu Espaço para que eu possa não ser engolido pela minha própria Loucura crescente, e ao mesmo tempo alimentar meu Demônio com Sede e Fome de Criar, parir formas aberrantes de pensamentos e visões num deserto de areias vermelhas sob noites dominadas por estranhas estrelas e grilos vociferando por todos os lados... e eles continuam lá fora, ouço-os e minha mente tenta se conectar com eles e as Línguas Secretas da Noite. Há silêncio e um zunir de mil seres escondidos nas matas e folhas verdes, umidade do orvalho noturno e algo parado e ao mesmo tempo em movimento... só quem entende a Noite pode perceber isto; realidades divididas, Dia-Noite, mundos divididos e os mesmos sob camadas e véus diferentes.
Pedirei desculpas antecipadas sobre erros e palavras mau escritas, não sou Escritor, perdi minha pena nem sei qual foi o mês... mas objetivo, tentarei aumentar o nível de loucura e aberração do que fiz nas velhas versões deste espaço desde quando ele tinha outro nome, isto eu tentarei. Este recomeço ainda está em construção, o visual do blog, imagens, etc... aviso que detesto estas modas minimalistas de hoje, sempre fui fã do visual das velhas Internet's, nestes tempos tudo nesta porcaria tem um ar ou objetivo de "Negócios" ou "Pequenas Empresas & Grandes Porcarias", não sou "Empreendedor" (detesto este termo!), muito menos um Empresário, se vendesse alguma coisa através deste espaço me auto-proclamaria como mero Comerciante, como um Padeiro, Açougueiro, Feirante, etc. Mas não vou vender nada aqui, ou venderei? Quem vai saber? Khulthus Kaotika foi um nome criado algum tempo, não sabia o que era isto naquela época, muita coisa ao mesmo tempo, hoje sei o que ele é, uma Marca, uma marca sobe tudo o que sou, tudo o que me compõe, tudo o que está dentro de mim, um Glifo pessoal, que na verdade pode ser de muita gente mais que se conecta com estes mesmos inframundos, estas mesmas Zonas Internas, estas Zonas Malvas. 
Enfim, não sei mais o que escrever para esta introdução, que já está grande demais, tentando explicar o não explicado, o que terá aqui será o mesmo (mais avançado) chorume radiativo psicótico literário de antes - que espero - mais desenvolvido, mais aberrante, mais estranho, mais sem vergonha, mais sujo e desajustado, porco e nada saudável!
- Tentando re-encontrar os velhos brinquedos de antigamente.
- Maldição, uma música tema para esta nova introdução, nem lembro mais direito da maioria das coisas  que ouvia naquela época...
- Este buraco sujo aqui é como um papo informal num boteco cospe grosso qualquer.
- Este blog ainda está em construção! Anões trabalhando!
- Finalmente! Achei a maldita música para tema deste infame retorno silencioso.
- Realmente, como dizia Walter Jantschik e sua Ordo Baphometis, este blog é um Golem... um Golem do Pântano!
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