#Primeira consulta pediatra
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blogpopular · 1 month ago
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Como Escolher o Pediatra do Bebê: Dicas Importantes para os Pais
Escolher o pediatra do bebê é uma decisão crucial que pode impactar diretamente o cuidado e a saúde do seu pequeno. Desde o nascimento, o pediatra será um dos profissionais mais próximos da sua família, orientando sobre desenvolvimento, alimentação, vacinação e outros aspectos fundamentais para o bem-estar da criança. Este artigo apresenta dicas detalhadas sobre como escolher o pediatra do bebê,…
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colletti · 11 months ago
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Infant & Toddler Medical Care por Grumpy
Tradução por Colletts
“ Descrição do Mod ”
Este mod foi feito pensado na área da saúde para os bebês de colos e bebês. Com ele é possível chamar a pediatra para a sua casa, fazer agendamento de consulta e ir para a clínica com o seu bebê, além de grandes interações como dar homeopatia, fazer perguntas relacionadas a maternidade para o profissional da saúde e também os milhares de buffs relacionados!
Para mais informações detalhadas e para baixar o MOD do criador, acesse AQUI!
É obrigatório ter o XML Injector para que ele funcione corretamente.
Caso encontre qualquer erro na tradução, insisto que me comunique.
“ Status de Atualizações ”
[04/02/24] - Adicionada pela primeira vez, na versão 1.0.
“ Download ”
Tradução: Sim File Share
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kiwimeblog · 5 months ago
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E ela, aquela sua amiga, como vai?
Desde que me lembro de ter consciência, nunca fui escolhida. Isso machuca? Sim. Mas também faz com que eu me questione o tempo todo. Não sou o suficiente ou nem mesmo preciso ser escolhida?
Sempre fui uma criança meio feia, dentes tortos, cabelo pra cima, bastante rechonchuda e esquisita. Quando era criança, não tinha ideia de que isso importava tanto. Um dia, brincando de boneca com uma amiga, pronunciei que queria ser modelo. É meu sonho ser modelo, eu disse. E ela me encarou e disse: assim, desse tamanho? Fechei o sorriso e repensei. A nossa terceira amiga percebeu que o comentário fez com que eu tivesse uma crise existencial passando de frente aos meus olhos com oito anos de idade. Ela entrou em uma discussão sobre como existiam modelos gordinhas, plus-size. Mas naquele momento acredito que já era tarde demais.
Depois daquele dia, não teve um dia da qual não questionei o que as pessoas tinham pensado de mim aquele tempo todo. Passei a prestar atenção em como as gordinhas na televisão eram apenas engraçadas, não protagonistas. Como as mães das minhas amigas traziam roupas lindas para que a minha mãe costureira apertasse, enquanto eu vestia as coisas mais horrendas do mundo, porque era o que me serviam. Como as minhas colegas eram tão bem tratadas. Comecei a reparar nas fotos de aniversário, ao lado das minhas amigas vestidas de princesas delicadas eu me parecia mais como uma ogra.
Acredito que passar por isso me fez engordar mais dez quilos, porque toda vez que eu reparava em um pequeno detalhe eu abria geladeira ou fuçava os armários. Comia pacotes de bolachas, cartelas de danone, os doces que meu pai comprava e tudo no meu campo de vista que me interessava. Minha mãe atrasou os trabalhos que ela tinha para entregar enquanto a gente ia em pelo menos três consultas no mês, pediatra, nutricionista e psicólogo. Ela falava para as pessoas como eu era ansiosa e comia tudo possível.
A dieta que a nutricionista passou funcionou. Por algum tempo. Comer pão integral cheio de grãos, manteiga light e azeite parou de ser viável para o bolso da minha família. E então eu ganhei todos os quilos de novo, e o orgulho da minha mãe desceu a cada número que aumentava na balança. E para tentar uma intervenção ela falava como eu ia sofrer bullying e como os garotos iam rir de mim por ser fortinha.
Não era mentira, na verdade, haha. Sofri muito bullying que eu mesma mascarava. Eu era amiga de muitos garotos, desde sempre, e eles falavam as palavras mais cruéis que se pode imaginar saindo da boca de garotos de dez anos. Mas eu ria, porque pensava que eles eram meus amigos. E eu dizia para minha mãe que eu nem me importava que eles me chamassem de baleia.
A chegada dos doze anos e as primeiras experiências me massacraram como um besouro gosmento. Explodi como uma panela de pressão. Um refrigerante choco. As minhas amigas não eram tão bonitas assim, visto que todas tínhamos doze a treze anos e essa definitivamente não é a idade mais bonita. Para mim eram deslumbrantes, lindas. Mesmo que também fossem gordinhas, ou com cabelo pro alto e dentes tortos. E então passei a notar que o problema não era meu peso, meus dentes tortos ou os cabelos cacheados cheios de frizz. Elas continuavam sendo escolhidas. Pelos professores, pelos garotos... O problema era eu. Achei que era infantil e que passaria. Mas os anos continuaram a se passar, fiz escolhas, mudei de amizades. Passei a alisar o cabelo, a amar e ser confiante sobre meus dentes tortos porque minha família não tinha dinheiro para eu colocar aparelho, e cresci fazendo com que a gordura se distribuísse melhor pelo meu corpo. Mesmo assim, parecia que viver, sair de casa e pisar no mundo era um tiro no meu pé.
Ninguém me elogiava. Ninguém me achava legal. Ninguém me enxergava, sempre fui a sombra das minhas amigas. As perguntas que mais ouvi na vida eram: como vai fulana? E sicrana, ainda são amigas? Pode passar o recado? Qual é seu nome mesmo?
Minhas amigas reclamavam dos corpos, dos cabelos, ou que os garotos que elas queriam nunca as procuravam. Mas eram lindas, rodeadas de atenção e de provas de que definitivamente eram maravilhosas. Elas não tinham noção do que era ser uma merda de verdade. Das coisas da qual eu passei ou do fato de que eu chorava todos os dias antes de ir para a escola. Todo mundo tem problemas, isso é fato, eu não era exclusiva. Mas era possível ver a discrepância das nossas vidas.
No dia da nossa formatura do ensino médio, eu e minha melhor amiga estávamos sentadas, esperando pela terceira amiga. Um garoto da nossa turma passou e gritou o nome da minha amiga. Acenou pra ela. Depois ele olhou pra mim e falou: oi... Ponderou e terminou ...menina.
Ele não sabia meu nome.
Eu não me importava com ele. Mas o fato de que passamos dois anos na mesma turma, o fato de que já havíamos participado do mesmo grupo de trabalho e do mesmo grupo de papeação. E o fato de que ele não se recordava do meu nome. Era o suficiente para revelar o espelho da minha vida. As pessoas não me enxergam.
Meu primeiro momento como uma completa esquisita dentro do meu próprio corpo aos oito anos, aos dezoito sinto que perdi os limites da minha vida. Sou uma completa estranha dentro de uma carcaça feia e estranha que não pode ser consertada. 
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ocombatente · 1 year ago
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nicecontentnews · 1 year ago
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O que levar na primeira consulta ao pediatra
Muita gente fica na dúvida sobre o que levar na primeira consulta ao pediatra, sendo essa uma questão bastante pertinente. A chegada de um bebê traz consigo uma série de novas responsabilidades e tarefas para os pais. Entre as muitas coisas a se pensar, uma das mais essenciais é a saúde da criança. Assim, uma das primeiras interações com profissionais de saúde é a ida ao pediatra. Mas, você…
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pirapopnoticias · 2 years ago
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madneocity-universe · 3 years ago
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Neo Labs: Nossa família existe e persiste.
Através de três divisores de águas da família Smythe: o diagnóstico, o divórcio e o pós tudo isso. Eu não vou colocar em anos porque preguiça, mas as meninas tem só dois anos de diferença, e terminam as duas na faculdade, e o Sebastian já, muito provavelmente, com a Santana. 
Eu só queria debutar todo mundo de uma vez e chegar no ponto atual da linha temporal. Espero que vocês gostem. 
Sebastian.
O que você faz quando o amor acaba?
Na terceira vez que Manon reclama de uma dor forte nas costas e que não tem vontade nem de sair da cama, achamos que devíamos ir atrás de um pediatra pra adolescentes. 
— Ela só tem quinze anos, o senhor acha que ela já pode estar tão estressada assim? — Hannah é a primeira a perguntar, porque naquele dia, ainda, a gente não achava que fosse muito sério. — Ela faz um monte de coisas, mas é assim desde que ela nasceu. 
— E ela não consegue ficar parada, então se o senhor pedir pra gente intervir cada vez que ela encontra um esporte novo pra fazer, acho que ela não vai obedecer. — Comento ao abrir um sorriso pro doutor, e outro pra minha esposa, que solta uma risadinha enquanto aperta minhas mãos. — Ela é muito agitada. 
— É, esse deve ser o problema. A Manon sempre foi tão agitada. 
Mas ele não ri, e nem concorda com a cabeça, e não confirma as teorias que a gente tinha ali. Depois de olhar todos aqueles exames e protocolos e raio x, a única coisa que ele faz é entregar um cartão pra nós dois, e dizer as palavras de conforto que nem um pai quer ouvir. 
— Eu não posso mais ajudar a Manon, mas meu colega, em Nova York, é um especialista em casos como o dela. — Ele diz, observando o ar sumir de nós dois, e o chão debaixo dos nossos pés também. — Eu sinto muito, Sr. e Sra. Smythe. Mas vocês precisam de um especialista em Oncologia infantil. 
E o mais difícil não tinha sido nos convencer de que aquilo estava mesmo acontecendo, e nem marcar todas aquelas consultas, e nem avisar a família e a escola e os amigos dela. A parte mais difícil era ela, e tudo o que envolvia ela. 
— Eu fiz alguma coisa de errado? 
Como você diz pra pessoa, que você tinha jurado amar e proteger e não deixar nada de ruim acontecer, que você não podia fazer nada naquele momento? 
— Não, não é culpa sua, e você não fez nada de errado. — Tento tranquilizar minha filha caçula quando ela começa a soluçar na maca do hospital, vendo todas aquelas enfermeiras ali só por ela. — Mas agora a gente precisa que você seja o mais otimista e corajosa e forte possível, porque depende muito mais de você, do que de qualquer outra pessoa no mundo. 
Mas eu queria lutar aquela luta por ela, queria passar toda a dor e o cansaço pra mim, porque eu era o pai dela e era doloroso ver ela passar por aquilo tudo sozinha. Então eu estava lá quando ela não conseguia comer e nem dormir, quando os remédios eram tão fortes que ela apagava por dias, quando o cabelo dela começou a cair, e quando ela não tinha mais controle do próprio corpo. 
Muito antes de achar que estava pagando todos os meus pecados da adolescência, achava que ela não merecia. Que nem uma das outras crianças na ala de oncologia, merecia passar por aquilo, porque eram crianças, e elas deviam estar fazendo outras coisas que crianças faziam. Minha filha não merecia morrer aos quinze anos, e eu não ia deixar, e nem que ninguém me dissesse o contrário. 
E por mais que fosse meu dever como pai estar sempre lá e ser disponível e pró-ativo, era difícil fazer tudo sozinho. 
— Eu só acho que você está sendo dramático. Deixar ela no hospital e pagar pra profissionais cuidarem dela não é tão ruim. 
— Somos pais dela, somos responsáveis por ela! Terceirizar a criação delas nunca foi uma opção, e agora, mais do que nunca, a resposta é não!
Eu nem acreditava que estávamos mesmo tendo aquela discussão, depois do jantar, com ela terminando a reunião com nossas famílias deixando bem claro sobre como ela queria que o tratamento seguisse. 
— A Manon não é uma boneca que você pode desistir de brincar, não é um brinquedo que você deixa de lado se não parece mais tão divertido pra você. — Volto a argumentar, enfurecido, gesticulando tanto com as mãos que devo parecer desesperado. — Ela é só… 
— Uma menina, doente, e eu não aguento mais lidar com ela. — Minha esposa me interrompe, direta e contida, antes de continuar. — Não quero mais correr pro pronto socorro quando o nariz dela vira um chafariz, quando tudo o que ela faz é vomitar e delirar, e muito menos quando ela surta e quer entrar na frente de um ônibus. Passo a maior parte do tempo sem saber o que fazer, e a outra cansada e tudo parece sem o menor propósito e que nunca mais vai acabar. Tudo o que nós fazemos agora é viver em prol dela, e mesmo assim não parece suficiente e essa não é a vida que eu quero viver. 
E era ainda mais difícil ouvir aquelas coisas, mas eu aprendi com o tempo que era melhor deixar ir. Eu só não sabia na época. 
— Se não pode ficar por mim, fique pelo menos por elas. — Tento argumentar, olhando Hannah e suas malas. — Não pode se separar delas, são nossas filhas. 
— Isso não tem nada a ver com as meninas. — Ela também tenta, abanando uma das mãos no ar como se fosse mais simples do que parecia. — Isso tem a ver com… 
— Mas elas vão pensar que sim. Um dia elas tem uma família, e no outro a mãe delas vai embora porque… Porque não suporta mais ter uma família. — E eu sabia que não era justo apontar as coisas assim também, mas me sentia magoado, e assustado e de coração partido, e o fato dela nem ter negado, me fazia sentir tudo com ainda mais força. — São só meninas, e elas precisam da mãe, de um lar. Eu preciso da minha esposa e não posso manter essa casa sozinho. 
Mas o amor não é suficiente, e o cuidado também não, e quando eles acabam, a coisa toda morre e apodrece. Eu sempre soube que o felizes para sempre não era uma regra, mas não esperava que fosse passar por aquilo, e que fosse tão difícil, e que eu tivesse que ser o único segurando todas as pontas depois. 
— Eu fiz alguma coisa de errado? — Manon pergunta, se encolhendo em seu moletom, enquanto Aimée a segura mais perto. — A mamãe não quer mais ficar com a gente por minha causa? É por que eu estou doente? 
Aimée mal consegue se segurar quando a caçula começa a chorar desesperadamente, soltando: 
— Ela foi embora porque é uma irresponsável egoísta, e não porque você está doente.
— Aimée… — Tento intervir, ao que ela me interrompe, tão brava que parece que vai explodir. 
— Ninguém que abandona a própria família merece respeito. — Ela diz, em um tom firme e baixo, me olhando nos olhos enquanto abraça Manon no sofá. — Ninguém que abandona a própria família, merece amor. 
E enquanto a sala ficou em silêncio e a única coisa ali emitindo algum som era minha filha caçula, chorando por se sentir traída pela mãe, eu sabia que aquilo não era um pedido, mas sim uma ordem. 
— Ninguém que abandona a própria família, merece paz. 
Aimée. 
O que você faz com o vazio que fica? 
O divórcio foi… Bem longo. Meus pais não pareciam ter feito planos de divisão de bens quando se casaram, apaixonados demais pra sequer imaginar um fim pra relação, mas quando Hannah Smythe descobriu que ia sair sem um centavo, imóvel ou carro naquela briga, ela tentou apelar de todas as formas; todas mesmo, pra tentar sobreviver. 
— Eu só quero que você fale com seu pai. — A mais velha dizia, tentando forçar um sorriso, mais uma vez, do outro lado da mesa. — Pra rever os papéis, e, quem sabe, repensar as decisões dele e do advogado dele. 
— Você também tá interessada na guarda compartilhada? — Pergunto pra ela, mordendo o canudo do meu milk-shake quase vazio, e mesmo com todo aquele barulho na lanchonete, sabia que ela tinha ouvido, pela cara de quem tinha acabado de ser pega na curva. 
— É claro… É claro que sim! Eu quero vocês duas mais do que tudo, mas… 
— Tem outras prioridades, e uma delas é salvar qualquer uma das suas ações. 
Em quase dois anos naquele processo todo, eu tinha lido todas as atas, todos os resumos e todos os documentos, e em nem um deles, Hannah Smythe queria ser mãe de alguém. 
— Eu espero mesmo que você fique falida e nem um lugar em Nova York queira empregar uma pessoa horrível como você. — Deixo ela saber, enquanto abro um sorriso e ajeito minha bolsa no ombro, observando o olhar atento e muito cuidadoso de Hiro para nossa mesa, quando ele passa pela porta. — Você devia ter vergonha de fazer essas coisas. Melhore. 
E eu sabia que pra alguém como ela, aquela não era mais uma opção. 
— Quem era aquela? — Hamada me pergunta, deslizando uma das mãos pelas minhas enquanto nos guiamos pra fora daquele lugar. 
— Uma estranha que não tinha onde sentar e pediu o lugar vago da minha mesa. — Respondo sem sentir a mentira de verdade, encostando a cabeça em seu ombro, decidida que aquilo nunca mais ia me afetar. 
Mas nem eu acreditava nisso, e sabia que um dia ou outro, aquele corpo ia boiar. Fosse nas sessões de terapia, em uma aula aleatória na faculdade, ou bêbada e vulnerável com meus amigos. Eu só queria beber com todo mundo, encher o saco de Dylan e sua sugar mommy enquanto dizia palavras aleatórias pra June compor músicas e gritava alto quando Kevin e Isabelle saiam do karaokê pra se beijar, mas três shots depois, e estava deitada no colo do meu namorado, me lembrando do fatídico dia que minha mãe tinha quebrado meu coração. 
— Não era só por causa da Manon… Era por tudo. — Suspirava enquanto sentia as mãos dele apoiadas nos meus ombros tentando fazer sentido em voz alta. — Eu também estava assustada, eu também estava cansada e me sentia inútil e magoada com a situação, então ela não estava sozinha. Éramos uma família e tínhamos um ao outro, precisávamos passar por aquilo juntos e ela simplesmente pulou do barco e se mudou. Ela fingiu que não era mais um problema dela, e deixou tudo pra trás como se fosse fácil. Como se fosse simples. Como se não fosse nada. — E aquela altura, estava chorando, muito e inconsolável, com meu namorado sem saber o que dizer e muito menos fazer além de me segurar. — Você não abandona as pessoas que você ama, então, se ela abandonou… Talvez ela nunca tenha amado qualquer um de nós. 
E se ela não amava mesmo, não fazia mais diferença, porque eu sabia que a odiava, e que isso nunca ia mudar. 
Manon. 
O que você faz quando acaba? 
Me lembro de ter acordado naquele dia, listando mentalmente todas as últimas coisas que faria depois de três anos vivendo uma rotina médica rígida e cruel. 
Última vez escolhendo uma roupa confortável pro hospital. 
Última vez descendo as escadas pra ir ao hospital. 
Última vez tomando um remédio com um copo com água. 
Última vez combatendo aquela doença. 
Última vez vivendo na pele de uma pessoa doente. 
Meu pai comprou um bolo e disse que ia pendurar um monte de balões em casa, meus amigos estavam vindo de toda parte só pra comemorar comigo, e a única outra certeza que eu tinha, era que eu nunca mais queria ouvir falar daquilo na minha vida. 
— Bem-vinda ao próximo estágio, agora você é uma paciente pós tratamento! 
Mas não estava preparada pra isso. 
— Achei que eu não fosse mais paciente. — Comento com o médico que tinha acabado de fazer o anúncio, ouvindo meu pai e Aimee suspirando nas cadeiras ao lado da minha. — Hoje era pra ser o último dia… De tudo isso. 
— É nosso dever te monitorar e continuar com exames periódicos. — O homem mais velho começa, com calma e cuidado, como se eu tivesse cinco anos e não quase dezenove. — A gente nunca falou sobre cura. 
E eu fiquei arrasada. Toda aquela alegria e sentimento de liberdade que senti naquela manhã, foram tirados de mim de uma vez só, quando entregaram todo o meu histórico, por segurança. Caso um dia precisem, caso um dia você precise, caso um dia sua vida dependa disso. Eu não queria viver com uma dúvida, queria acreditar que tinha passado por aquilo, e nunca mais ia enfrentar aquele pesadelo. 
— Você está triste, e eu entendo que pareça injusto. — Dra.Cravalho comenta no meio da nossa sessão, usando aquele seu tom materno que sempre usa quando descobre que os pacientes sentem falta da mãe. — Porque é injusto, mas você devia se dar algum crédito. Você chegou muito longe. 
— Mas será que eu cheguei longe suficiente? Quando será que vai ter outro obstáculo no meu caminho capaz de atrasar a minha vida toda de novo? — Começo a argumentar com ela, encolhendo os ombros no processo, desesperada por uma resposta melhor do que a que eu não deveria sofrer com antecedência  — Perdi meu ensino médio indo pra consultas médicas, sendo aberta e costurada e dopada. Nunca fui pra um baile, ninguém nunca me convidou pra sair e todo mundo dizia que eu ia ser lembrada como a garota que superou. Eu só quero ter uma vida normal… É pedir muito esse ser o final? 
Se eu pudesse falar pra Manon no começo do diagnóstico, ia dizer que ela era tão boa quanto qualquer pessoa, por ter aguentado aquela merda toda, e ter conseguido trazer a mim até onde eu estou hoje. Ela foi paciente, otimista, forte e corajosa. Ela merecia ter ido naquelas festas, merecia ter sido a rainha do baile, merecia ter ido pros campeonatos esportivos que ela queria. Ela merecia bastante coisa, e merecia ainda mais saber que todos os sacrifícios valeram a pena e agora, ela era só uma outra menina qualquer. 
— Você nunca mais falou daquele garoto que você conheceu no hospital naquele dia. O que aconteceu? 
Ver ele doente, aconteceu. Me sentir desconfortável e ansiosa na sala de quimioterapia, aconteceu. Lembrar das minhas experiências, comparar com as dele, e temer pelo bem estar dele, aconteceu. 
— Eu acho que prefiro ter um namorado saudável. — Digo para Aimee, sem nem ligar pra como aquilo tinha soado, porque a única ali que tinha uma régua pra medir aquilo, era eu. — Vai ser melhor pra todo mundo. 
Sebastian. 
Você se cura, você se levanta, você preenche e você se basta. E, depois, começa tudo de novo. 
Eu disse pra Santana que já éramos muito velhos pra implicar um com o outro e ficar apontando um monte de coisas, e que se a gente se gostava mesmo, e acreditava mesmo que aquilo ia dar certo naquela altura do campeonato, eu queria fazer as coisas do jeito certo. 
Colocar um anel no dedo dela, comprar uma casa nova e grande pra minha família e a sua, e deixar as crianças sendo crianças, juntas, porque agora éramos todos uma coisa só. 
Por isso coloquei um porta-retrato por vez, das minhas meninas quando eram crianças, então da sua própria menina pequena, e depois as fotos que tínhamos obrigado as três a tirarem juntas pra acompanhar o conceito. Eu sabia que aquilo não ia deixar as coisas perfeitas, e que não tinha nem uma garantia de que ia ser pra sempre, mas eu me sentia bem, e amado, e necessário e feliz. 
Era bom, muito bom. 
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coragemparasonhar · 5 years ago
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Preference novinho para vocês direto do hospital! Hahaha. Estou sumida daqui por causa da cirurgia de ontem, mas estou me recuperando bem e logo, logo estarei de volta com tudo novinho.
P.s.: O do Harry, inicialmente, seria um imagine único e só por isso ele pode estar maior do que o normal.
Espero que gostem! 🌙
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Preference 6: vocês trabalham no mesmo hospital e ele é afim de você
Harry
As camas beliches da sala totalmente branca e bem sinalizada, nem tanto pelas placas informativas mas sim pelo cheiro de café forte, estavam ocupadas pelas três enfermeiras que trocariam de plantão em algumas horas.
Não mais de toucas, luvas e máscaras adequadas, em meio a conversas, fofocas e risadas entre si, era notório que parte daquela alegria estava atrelada ao fato do movimento extremamente calmo aquela noite e bem diferente do dia anterior; onde mal haviam conseguido sentar para beber uma água na ala pediátrica chefiada pelo Dr. Styles.
A outra parte se resumia na simples certeza de que, quando a enfermeira chefe entrasse por aquela porta, elas seriam liberadas e substituídas de uma rotina de mais 36h e poderiam, felizmente, cair nas suas camas e dormir por longas horas para retornar, apenas, dois dias depois para o prazer que era trabalhar com ele. 
Era cansativo, mas o doutor britânico tinha seus atributos instigantes, afinal.
Atributo esses que causavam um efeito explícito em quase todas as mulheres dali, com exceção da que acabara de entrar pela porta:
— Vocês sabem que já estão liberadas, não é? — ela diz com a prancheta em mãos, riscando X com a caneta em cada quadradinho na folha. — Segunda vocês estarão com o Dr. Styles novamente, tudo bem? A mesma equipe. 
O sorriso estampou as expressões delas. 
— Tudo ótimo — disse a loira, suspirando e balançando os pés no ar. — Não me importo nem um pouco de estar na equipe dele. Ele é realmente uma ótima pessoa para se trabalhar, além, claro, de nos dar ótimas visões e conversas. 
— Visões? — perguntou recostando-se no batente da porta. — Vocês não existem. 
— Vai me dizer que você nunca o notou? É impossível não olhar para um homem como aquele, S/N — responde óbvia, sorrindo. — E, para falar a verdade, acho que ele anda te notando há bastante tempo. 
S/N engoliu seco mas revirou os olhos para afastar qualquer pensamento sobre aquilo, mesmo sabendo que sua companheira de trabalho tinha razão. Ele era bonito, o olhava e ela retribuía — ainda que estivesse confusa sobre os motivos pelo qual ele o fazia. 
— Se um homem daquele olhasse para mim daquele jeito, eu já estaria nos braços dele — comentou a morena, arrancando risadas de todas. 
Os olhos verdes do britânico era algo encantador, principalmente se somado ao seu sorriso ladino com direito a covinhas. 
— Ele nos disse que desceria para tomar café e comer bolo, chefia — afirmou a loira antes de continuar com tom malicioso: — Por que não fica também? Uma reunião de profissionais da saúde! O que acha?
A enfermeira chefe abriu a boca para responder, mas antes que qualquer palavra saísse de sua boca, aquela voz rouca ecoou por trás de si. 
— Eu acho que seria uma ótima idéia — apoiou o ombro no batente da porta livre, encarando-a em sua frente. — A não ser que você não goste da torta de chocolate e do suco que eu comprei para acompanhar — ergueu a mão exibindo as sacolas que seguravam, deixando o sorriso satisfeito escapar ao ver o dela. — Acho que eu acertei, hum?
— Acertou, Dr. Styles — assentiu e desceu seu olhar para a morena sentada. — E eu nem sei como isso aconteceu. 
A morena segurou a risada e levantou as mãos em redenção, causando o riso nos demais antes de levantar e ser acompanhada pelas outras duas mulheres até a copa que ficava na sala ao lado.
— Acho que elas foram buscar o café para nós — ele disse e entrou na sala quando o espaço lhe foi cedido. — Realizamos as “madrugadas do café” uma vez por semana desde que começamos a trabalhar juntos — tudo já era posto à mesa, arrumado. — Estou feliz que tenha aceitado dessa vez, sabia?
— Mas eu não aceitei — disse risonha, se mostrando disposta a ajudá-lo ao caminhar para o seu lado. — E, das outras vezes, eu realmente estava bastante ocupada. 
— Eu sei que sim. Você trabalha muito coordenando toda a enfermaria, não é? Eu observo a sua correria. 
Ela parou subitamente, virando-se de costas para a mesa e apoiando as suas mãos na mesma para fitá-lo pôr o suco e copos na superfície de madeira. 
— Então você anda me observando, Dr. Styles? — sua risada estava presa, mas expressou um puxar de lábios. — Sei da sua fama de bom chefe, mas não sabia que  você era tão observador assim com as profissionais que não fazem parte da sua área.
Ela esperou que sua resposta o deixasse tímido pela cor de suas bochechas, mas quando pôs o último copo e xícara no lugar, endireitou-se e a olhou sorrindo como se a sua resposta não tivesse soado intimidadora.
Lindos olhos verdes e lindo sorriso com covinhas para ela. 
— De fato, eu não observo os outros profissionais da mesma forma que eu observo os que me auxiliam e, muito menos, da mesma forma que eu observo você — disparou sem hesitação, levando a mão para os cabelos e o puxando para trás. — Você é uma excelente profissional e fica ainda mais quando está fazendo o que gosta — mordeu o inferior sem malícia. — Esse é o ponto. 
— Então… — suspirou um pouco surpresa e perdida mas, inevitavelmente, bem humorada por ouvir aquilo. — Eu sou observada porque sou uma excelente profissional? 
— E porque você é linda, não pode esquecer desse detalhe importante — repreendeu brincalhão, pondo as mãos no bolso do jaleco branco que vestia. — E, talvez, você retribuir o meu olhar me estimule a continuar tentando te desvendar — encarou o chão e sorriu nasalado; ela não pôde deixar de achá-lo fofo por isso. — Mesmo que eu já tente fazer isso desde o dia em que entrei naquela recepção e fomos apresentados. 
S/N lembrou-se do sábado de cinco meses atrás, no momento em que o viu em sua calça apertada, botas e camisa preta expondo suas tatuagens e se questionou se ele, realmente, seria um pediatra ou um cantor de uma banda mais suave de rock. 
Só não pôde deixar de negar que ele, em qualquer profissão que tivesse, era lindo. E se soubesse que o médico rockeiro tinha o mesmo pensamento sobre ela, talvez, não o tivesse evitado de forma caprichada para não entrar em competições com as demais mulheres de todas as alas do hospital central de Los Angeles. 
— Talvez eu também tivesse minhas dúvidas sobre você, Dr…
— Harry — interrompeu-a. — Pode me chamar de Harry. Doutor é tão formal que me parece que você não consegue me enxergar além disso — o desânimo preencheu seu sorriso com os lábios fechados.
— Então, Harry — frisou divertida. — Talvez eu também tivesse minhas dúvidas sobre você. 
— Não as tem mais? 
— Tenho algumas, para ser sincera. 
— Não tem vontade de esclarecê-las? — voltou seu olhar para ela, fixamente. 
— E como faria isso? — arqueou a sobrancelha. 
— Um jantar comigo amanhã à noite poderia ser bem proveitoso, não? 
— Poderia sim, mas não iria esclarecer tudo em minha mente — mordeu o lábio, suspirando aos passos dados até ela. — E, para isso, qual seria a solução? 
A mão grande abraçou-a pela cintura devagar, enquanto a bochecha tinha seus dedos longos a acariciando. 
Olhos fixos aos lábios dele passando a língua por entre eles.
— Eu tenho a primeira bem aqui, se você me permitir… 
O olhar deixando os lábios para olhos e, quase no mesmo instante, voltando para o ponto inicial novamente, permitiram que suas bocas encostassem para um beijo leve, com o seu ar de surpresa e intenso o bastante para que ambos não quisessem cessá-lo por vontade própria.
O som das enfermeiras voltando foi o motivo para o fim, com apenas um selinho de despedida. 
— Amanhã, 7:00 PM, no estacionamento? — propôs ofegante, ainda próximo à ela. 
— 7:00 PM, no estacionamento. Vou anotar na minha agenda, Dr. Styles.
Liam
A sala branca era extremamente impecável e cheirava a álcool 70% com uma mistura leve e agradável de lavanda. Os papéis estavam dentro de pastas pretas organizadas sobre a mesa, que ainda lhe cabia um computador, porta-retrato, abajur e todo o material que ela necessitava ter à palma da mão para as realizações das suas triagens e consultas no plantão. 
Era, de longe, o consultório mais organizado do hospital no centro de Londres e, talvez, só por esse motivo os exames laboratoriais prescritos aos seus pacientes fossem os primeiros a chegar na recepção. Mas Karlita, a enfermeira responsável pela condução dos exames do consultório ao laboratório e vice-versa, apostava todas as suas fichas que a justificativa mais aceitável para essa prioridade era a própria mulher sentada na cadeira giratória e anotando coisas em uma prancheta. 
— Liam acabou de mandar o resultado dos exames dos pacientes das 8:15AM, Dra. S/N — disse Karlita, pondo-os sobre a mesa e recebendo a atenção da mulher em sua frente. — Devo acrescentar que ele foi mais rápido do que ontem, OK?
S/N sorriu e balançou a cabeça. 
— Ele é um ótimo profissional, Karli. 
— Sei que sim e não nego de maneira alguma — sorriu maliciosa. — Mas temos que admitir que ele se esforça bastante quando o assunto são hemogramas dos pacientes da Doutora S/N/C, tudo bem? 
Concentrando-se aos papéis, a doutora revirou os olhos e sorriu baixo, sentindo-se estranhamente animada com a fala da colega e amiga de trabalho.
Payne havia chegado ao hospital há bons meses e, de cara, já era possível ter a certeza do quão adorável ele era — além do melhor analista clínico de todas as alas do hospital. Seu cumprimento de agradecimento às boas-vindas de S/N, na sua primeira reunião semanal, ocorreu rápido mas com um aperto de mão e umas conversas interessantes demais para não deixá-la um pouco entregue à simpatia do britânico. 
Ele tinha olhos castanhos escuros que se estreitavam ao máximo quando ele sorria, e aquilo era adorável. 
— Parece que ele esqueceu de um importante exame hoje, querida Karli — afirmou com os lábios entre os dentes, percorrendo o olhar sobre os inúmeros números e letras. — Isso nunca aconteceu antes.
— Será que você está perdendo o posto de preferida do gatão do gatão do laboratório? — indagou em meio ao sorriso travesso.
— Será? — deu uma pausa. — Na verdade, eu nunca tive esse posto e não me importo. 
Karlita riu alto. 
— S/N, não minta para mim, hum? — seu olhar era repreensivo. — Você gosta de ser a preferida dele desde a semana de integração e, quem sabe, ele só não queria que você vá até o laboratório para se verem, não é? Faz uma semana que não se esbarram pelos corredores. 
— Como você sabe? — indaga surpresa. 
— Porque nem você e nem ele comentaram sobre terem se visto, mesmo que de longe — seu tom era convencido, bem típico da mulher da meia-idade. — Por que não vai lá e pergunta sobre o hemograma? Eu não farei isso para você hoje, querida. 
— Mas é o seu trabalho, não?
— Já fui liberada há dez minutos atrás para o almoço, então eu te fiz um belo favor — disse óbvia, segurando a risada. — E você sai para o almoço em dez também… e ele também.
— Você não existe, Karlita Monroe… não existe! — exclamou de pé, caminhando para fora da sala aconchegante. 
O laboratório ficava na última sala do terceiro andar, e tendo a sua própria no segundo, as escadas pareceram mais favoráveis para ela no momento. 
Dobrando a direita no último corredor e empurrando as portas vai e vem brancas, a imagem do rapaz surgiu por detrás das enormes janelas de vidro; segurava uma pipeta simples e um béquer contendo um reagente rosa. Quando endireitou a coluna e olhou para frente rapidamente, ela teve certeza que foi notada do outro lado. 
Payne deixou os objetos sobre a bancada antes de ir ao encontro da mulher. 
— Você por aqui? — questionou surpreso, arrumando os óculos de segurança que tinha no rosto. — Alguma coisa errada com os exames que subiram? 
— Na verdade, tem sim — respondeu baixo, perdida em fitá-lo daquela forma simples, segura e extremamente fofa; seu jaleco era branco com alguns desenhos bordados no bolso. — O hemograma que eu havia pedido não chegou. Aconteceu algum problema?
— O hemograma não chegou? Mas eu os mandei em primeiro e, pessoalmente, os levei até a recepção e alertei que era importante — disse confuso, com as mãos na cintura e um ar de preocupação no rosto. — Apesar de estar tudo em ordem, eu sei que mandei porque é necessário.
— Estava tudo em ordem então? — ergueu as sobrancelhas, suspirando aliviada quando teve a confirmação. — Que bom, então… Espera. Você os deixou na recepção? Com Karlita?
— Sim, como eu sempre faço com os exames que me pede.
S/N sentiu suas bochechas corarem.
— Você os leva pessoalmente? Mas isso não te acarreta problemas aqui? Não quero te atrapalhar...
— Não, não, fique tranquila — sorriu exatamente da maneira que mexia com a mulher. — Faço de coração, se quer saber. E não me atrapalha em nada, sabe? Pelo menos eu saio um pouco do laboratório e tenho a chance de esbarrar em você durante a semana. 
Agora, as bochechas dele ficaram vermelhas.
— Então eu sou o motivo para você dar suas voltas pelo hospital em horário de trabalho? 
— Preciso me manter saudável, certo? — entrou na brincadeira. — E sinto que meu dia aqui melhora bem mais quando eu te vejo. 
— Isso é algum tipo de cantada? — sua sobrancelha é arqueada e um sorriso se forma nos lábios dela. 
— Está funcionando? 
— Acho que está sim — soou tímida, voltando a encarar seus olhos fixamente. — O seu horário de almoço é agora também? 
— É sim. Você quer almoçar comigo? — disparou rapidamente, sorrindo envergonhado depois. — Desculpa, eu não podia deixar a oportunidade que eu tanto quero passar. 
— A voz da Karlita veio à sua cabeça, não foi?
Liam gargalhou. 
— Sim — mordeu os lábios. — E outra frase dela também está vindo à tona agora. 
— Qual? — perguntou inocente, mordendo os lábios sabendo exatamente qual era e sentindo-o se aproximar. 
Mãos na sua cintura, mãos no cabelo dele e um beijo intenso sendo dado delicadamente após um toque suave de bocas segundos antes. 
Karlita estava certa, afinal. 
Louis
Sentada sobre a cadeira acolchoada da recepção principal da clínica geral do hospital ao oeste de Londres, com os pés sobre um apoio adaptado com almofadas uma em cima da outra, S/N e as demais plantonistas da madrugada repousavam nos quinze minutos de calmaria que se alastrou ao passar da noite.
O momento soava perfeito para as novidades serem compartilhadas com todo o quinteto de amigas que já estavam ali há algumas boas horas e, certamente tinham informações relevantes sobre várias coisas. Contudo, o assunto central era, mais uma vez, o clínico geral estupidamente lindo também conhecido como Dr. Tomlinson. 
Duas sobre as cadeiras, três sobre o balcão e os cochichos e risadas partindo de todos os lados, explicitava como o bumbum do doutor, não mais novato da equipe, podia ser um assunto realmente interessante para aquelas mulheres — e, talvez, bem mais para ela.
— É bem redondinho, não é? — a de cabelos pretos indagou. — Simplesmente perfeito para ser apertado. 
— E como se não fosse o suficiente, os deuses agracia a criatura com uma simpatia que me deixa louca — completou a loira, abandonando-se com a mão. — Adoro os plantões que ele e a S/N estão juntos de madrugada.
— E eu posso saber o por quê? — pergunta S/N, sorrindo. — Gosto de ouvir suas teorias. 
— Amiga, ele te olha tão desejoso e tal respeitoso ao mesmo tempo, que tudo o que consigo imaginar era que se um homem daqueles me olhasse daquela forma, eu seria dele na mesma hora — recosta-se na cadeira e dá um gritinho safado. 
Todas sorriem com a atitude.
— Não viaja, Hellen — repreendeu, cruzando os braços. — Sempre estamos em pé de guerra quando temos que tirar plantão juntos. Ele é bem insuportável quando der. 
— Eu nem me importaria — respondeu Hellen. — Ele poderia ser chato comigo a noite toda…
— Então acho que você terá que suportá-lo agora mesmo, S/N — a segunda sobre o balcão, de cabelos castanhos, alertou ao notar mensagem no notebook. — Dr. Tomlinson está solicitando sua presença na na sala dele imediatamente. 
— Está brincando? — ergue a sobrancelha. — Somos cinco aqui e ele, realmente, me quer lá? 
— Presta atenção nas minhas teorias — zoa Hellen à medida que vê a amiga ficando e pé. — Boa sorte com aquele gostoso. 
Apenas recebeu o dedo do meio como resposta quando S/N adentrou o elevador. 
A sala do Dr. Tomlinson era a primeira do corredor depois da sala de aplicação de medicamentos; mas a mulher não precisou ir até o consultório, pois avistou o moreno sentado na maca um do quarto de curativos tentando, desajeitadamente, enfaixar a palma da sua mão direita. 
— O que houve aqui, Dr. Tomlinson? — perguntou afobada, tocando na sua mão levemente cortada por algo afiado. — Vidros? Já os retirou? 
— Os que eu consegui, sim — sorriu. — Algum residente deve ter deixado objetos de análise sobre a minha mesa e eu não percebi quando choquei a mão contra ela.
Ele foi encarado sério. 
— Estressado mais uma vez? — balançou a cabeça, incrédula, mais segurando um riso. — O que houve dessa vez? Transferências? 
À medida que inicou a conversa, a limpeza também foi, cuidadosamente, iniciada. Retirou os poucos vidros que ainda tinham ali, jogando uma solução específica para limpar o ferimento. 
— Odeio esperar tanto em casos graves, sabe? — seus olhos atentos a cada movimento dela sobre sua mão. — Me deixaram esperando quinze minutos e eu surtei. 
— Apenas quinze? Você já ficou esperando bem mais tempo, Dr. Tomlinson. 
— Louis — disse suave, trazendo o olhar dela para si. — Pode me chamar de Louis. E, sim, já esperei bem mais, é fato. Mas não estou nas minhas melhores madrugadas. Até chamei alguém para fazer um curativo simples como esse. 
— Alguém ou eu? — mordeu os lábios, revirando os olhos com o virar de olhos do moreno. — Tinha cinco pessoas lá embaixo, sabia? 
— Admiro o trabalho de todas, mas gosto da chefe delas — murmurou e desviou o olhar para o ferimento coberto. — E escolhi certo, não é? Você é boa em tudo o que faz.
As bochechas da mulher ficaram quentes. 
— O que aconteceu? — a mudança repentina de assunto se fez enquanto guardava os utensílios usados. — Digo, para você estar assim de madrugada. Você gosta de trabalhar esse horário, não é?
— Na verdade, gosto de ter você trabalhando comigo nesse horário — proferiu naturalmente, não se importando com o olhar surpreso. — E eu acabei não jantando, sabe? Esse é o motivo do meu mau humor em uma madrugada maravilhosa como essa em que você está mais linda do que mais cedo — deu uma pausa. — E olha que não a vi se trocando ou fazendo algo demais. 
O sorriso mais alto e vergonhoso dela foi ouvido, e o de Louis se abriu nos lábios. 
— Isso é uma indireta para eu convidá-lo para jantar?
— Eu ia fazer o pedido, mas aceito da mesma maneira o seu. 
— Mas eu não fiz pedido algum, Tom… Louis — soou com deboche para provocá-lo. 
— Tudo bem, então — pulou da cama e caminhou até ela apressado. — Depois disso, eu te faço o meu. 
A mão abraçava-a pela cintura, puxando-a para mais próximo de si e ficando satisfeito ao senti-la com as mãos por suas costas e nuca. 
— Então, faça… — sussurrou ofegante.
— Eu vou te beijar. 
E apenas isso foi dito para os lábios se encontrarem e um beijo carinhoso se iniciasse; pedindo passagem devagar para intensificá-lo conforme as carícias pelo corpo também se tornavam mais intensas.
Pararam com selinhos longos. 
— Isso não foi um convite, Louis.
Ele sorriu convencido. 
— Mas você aceitou. 
Niall
Deitado sobre a mesa gelada da sala de raio X, o rapaz de cabelo azul grunhia de dor enquanto alisava sua perna esquerda com uma das mãos. Seus movimentos eram tentativas lentas e falhas de diminuir o incômodo que sentia — havia caído de um jeito ruim no seu treino de artes marciais —, e pela maneira que o seu joelho estava inchado e roxo, Dr. Horan facilmente constatou o deslocamento patelar sem ao menos tocá-lo ou submetê-lo a algum exame. 
Havia adquirido experiência nos anos que já se estediam exercendo a função de ortopedista, para construir um olhar crítico e preciso sobre diversos casos comuns e persistentes que surgiam em seu consultório no hospital Londrino. Contudo, também sabia que uma segunda opinião e um exame bem feito eram de extrema importância até em casos como esses. 
— Está aí, doutora? — perguntou Kim logo após batucar à porta e abrir uma brecha. — Estão precisando de você lá em cima, tudo bem? Na sala de raio X e ortopedia. 
— O Horan não está responsável por essas duas alas hoje, não é? — indagou com os olhos concentrados nos papéis que estavam na mesa. — É muito importante?
— Eu fui lá checar, sabe? Dar a minha humilde opinião sobre as coisas — suas palavras soavam divertidas ao adentrar a sala, sentando-se na cadeira. — Acho que é apenas um deslocamento patelar por acidente, mas o belo doutor de olhos azuis faz questão da sua presença lá em cima — encarou as unhas enormes e coloridas. — Você sabe, não é? Ele gosta de ter você por perto para, quem sabe, ter coragem de te chamar para sair em um momento qualquer. 
S/N rolou os olhos, rindo abafado. 
— Você e suas ideias, não é? Desde que ele chegou nesse hospital que você repete a mesma coisa sempre, Kim.
— Porque é a verdade, certo? Ele não prega aqueles olhos em mim, mas já em você… — deu uma pausa sugestiva, forçando a mulher a encará-la. — Vá lá em cima, doutora. A sua opinião e presença são importantes para o Horan. 
— Será que ele percebe que eu retribuo os olhares? — murmurou ao ficar de pé, arrependendo-se no momento seguinte ao sentir o frio na barriga. — Por que sigo seus conselhos, Kim?
— Porque você sabe que eu tenho razão, oras — piscou o olho e sorriu confortante. — Sala 7, OK? 
Ficava no mesmo corredor que o seu consultório e, em passos rápidos, a porta vai e vem foi aberta revelando a figura de um Niall sorridente ao lado do paciente. 
Sorrindo por vê-la ali, na verdade. 
— Precisando de mim, Dr. Horan?
Os olhos azuis percorreram todos os movimentos que S/N fez até estar de frente para ele; não tinha continha um olhar malicioso, apenas profundo, observador. 
As bochechas dela ficaram vermelhas. 
— Sim, sim. Eu queria sua opinião para o raio X que vou tirar desse paciente agora, tudo bem? — sua voz era suave, com o sotaque irlandês totalmente presente; em segredo, ela o adorava. — Foi uma queda feia, mas desconfio que possa ser apenas um deslocamento. 
Ela assentiu prendendo os cabelos num rabo de cavalo antes de posicionar a perna do rapaz da maneira correta, ouvindo-o gemer de dor e ser aparado por Niall. 
— Não vai doer mais nada se você ficar nessa posição, certo? Serão de ângulos diferentes, mas não se preocupe que tudo será feito por nós. 
À medida que S/N explicava o que aconteceria, posicionava as placas usadas no exame nos seus devidos lugares. 
O moreno a observava de soslaio, deixando sorriso ladinos de encanto escaparem de seus lábios. 
— Vamos para a cabine? — chamou Niall, fazendo-a assentir e o guiar até o local de chumbo-ácido. 
Com as mãos na cintura, ele observou atentamente todos os movimentos cuidadosos da doutora sobre os botões específicos e para o exame. 
Sua atenção foi tirada, apenas, quando a voz suave da mulher ecoou pelo cubículo. 
— Você sabe que é realmente um deslocamento, não é? — sorriu e o encarou pelo canto do olho; estava inclinada sobre o computador. — Precisava mesmo da minha ajuda? 
— É para ser sincero? — a resposta rápida causou a gargalhada dos dois, e as bochechas do moreno ganharam cor. — Não, eu não precisava, mas eu gosto de ter a sua opinião sobre essas coisas e te olhar.  
— Me olhar, Horan?
Sorrisos envergonhados nos lábios de ambos.
— Andou conversando com a Kim, não é? — suspirou derrotado, fazendo uma careta e se divertindo com ela logo após. — Não. Eu gosto de ter você por perto e conversar com você, mesmo que os assuntos sejam trabalhos na maior parte do tempo. Você é linda.
— Ela nunca segura a língua… 
— Hum… — voltou a atenção para a tela em sua frente, vendo-a em alguns números. — E o que fará mais tarde quando estiver livre daqui?
Estava completamente tímido, mas o ambiente escuro e a confirmação das certezas da amiga o deram coragem para aproveitar o momento. 
S/N virou-se para ele, mordendo os lábios. 
— Se isso for um pedido para jantar com você, eu acho que eu vou estar mais tarde jantando com você. 
O sorriso e alegria de Horan foi contagiante o suficiente para que caminhasse até ela e a abraçasse pela cintura, juntando seus corpos e deslizando sua mão pelo rosto delicado.
— Será que você aceita outra coisa também?
— Tenta… — sussurrou próximo a boca dele. 
Os lábios se encontraram em um beijo leve, se tornando desejoso e intenso à medida que se conheciam e sentiam o sabor um do outro. Os selinhos demorados foram deixados ao final, assim como as carícias mais delicadas pelo rosto e a cintura de S/N.
— Vamos terminar aqui para irmos? — pediu ainda com os olhos fechados, extasiado por tê-la nos lábios. 
Recebeu um selinho demorado como resposta.
Zayn
Risadas, cochichos e gritos levemente histéricos podiam ser ouvidos no final do corredor obstétrico. 
O plantão acabaria em algumas horas e toda a algazarra na copa da ginecologia era envolta de quem iria ser a responsável por encarar o farmacêutico de olhos castanhos, cabelos pretos e braço tatuado e do qual ninguém, absolutamente, sabia mais do que essencial. 
Deitada sobre o colchão inflável trazido do depósito quase secreto de Lilian, uma das enfermeiras, S/N tinha duas certezas extremas à visão de tanto fogo feminino e período fértil: primeira é certeza de que suas auxiliares estavam completamente loucas há quatro meses e, sem dúvida alguma, o bolão da turma rosa apostaria quem conseguiria manter contato com o Malik por mais tempo possível; a sua segunda certeza é que ela não participaria de maneira nenhuma. 
Apesar do rapaz ter encantados… ser o próprio encanto, na verdade, e ela não poderia negar. 
— Você sabe que ganharia, não é? — disse Lilian virando-se sobre a cadeira para encarar a amiga. — Eu sei que você vai buscar remédios lá no setor em todos os seus plantões e, mais ainda, que o disputado sempre faz questão de atender você.
— Não começa, Lilian por… E como você sabe que ele sempre me atende? — questionou surpresa, estreitando os olhos. — Você está ficando com o Richard? 
— Doutora, eu não posso perder tempo — sorriu maliciosa, mas esperta para o assunto não ter mudado. — Você tem que pegar os medicamentos para a manhã? 
— Acha que eu devo? Ou espero terminar a briga para dizer que apenas eu estou autorizada? 
Lilian gargalhou. 
— Vá logo, S/N.
O ambiente farmacêutico do hospital era extremamente restrito; apenas profissionais da área e funcionários autorizados se deslocavam da saleta de despacho dos prescritos, aparentemente minúscula, para os grandes depósitos na área interior e os laboratórios especializados. 
Quando não estavam com os rostos enfiados em microscópios e análises, o plantonista da madrugada sempre estava no balcão de atendimento. Contudo, antes mesmo do sino soar e ela anunciar que estava ali, aquele sotaque inglês lhe causou arrepios.
— Eu estava esperando você — disse ao passar pela porta, com uma caixa de papelão em mãos. — Pensei que não iria vir buscar os remédios e já estava preparando para levá-los.
— A copa está uma loucura hoje, acredita? O plantão perto de encerrar, todo mundo desocupado… — sorriu baixo, desviando o olhar do fixado ao dela. — Me desculpa, Malik.
— Não tem problema, doutora. Eu não me importo de levá-los até lá — recostou-se na parede com o ombro direito. — Seu plantão se encerra agora? 
— Sou obrigada a preencher papeladas até pela manhã, mas já estou acostumada — aproximou-se para pegar a caixa. — Bom, preciso ir agora…
— Eu levo para você — interrompeu-a rapidamente. — Quer dizer, está pesado e pelo seu rosto, é bem óbvio que está cansada do dia. 
Ela estreitou os olhos caminhando ao seu lado.
— Estou tão destruída assim? 
— Na verdade, você está linda — soprou abafado, encarando o caminho até o final do corredor. — Está linda todos os dias, para ser sincero. 
O rosto da mulher queimou um pouco. 
— Depois de tantas horas, ainda consigo ser elogiada pelo misterioso farmacêutico — disse baixo, mas teve a certeza de que foi ouvida quando o escutou gargalhar. 
Sua risada era extremamente gostosa. 
— É assim que sou conhecido, então? — perguntou Malik.
— Eu não queria ter que revelar o segredo, mas… 
Parados à porta da copa, as risadas e comentários que vinham de dentro foram diminuídas à medida que notaram, pela cortina, que eles estavam ali; Zayn ainda segurava a caixa quando o silêncio se fez entre os dois. 
— Eu não sabia que passava a impressão de misterioso, quando não tenho nada a esconder.
— Não tem? — arqueou a sobrancelha divertida. — Estou curiosa para saber mais então. Conseguiu totalmente a minha atenção com essa resposta. 
Zayn sorriu nasalado, satisfeito. 
— Você quer comer algo comigo daqui a pouco? — fitou-a nos olhos, mais envergonhado do que realmente estava. — Acho que seria melhor para eu responder todas as suas perguntas, não?
— É… — um sorriso se abriu lentamente. — Acho que eu quero sim. Estou ansiosa para saber o que você tem para revelar. 
— Acho que eu… — pôs a caixa numa cadeira acolchoada perdida pelo corredor e, para a sorte do moreno, bem ao lado de onde estava parado. — Eu posso acabar um pouco com sua ansiedade. 
— Como? — indagou surpresa, fechando os olhos ao sentir as mãos ao redor da sua cintura. 
Os olhos castanhos intercalavam entre os lábios e os olhos dela, ao mesmo instante que suas carícias deslizavam por sua cintura e a puxavam para mais perto delicadamente. 
Os olhos fecharam conforme os lábios se encontraram para um beijo lento, com as línguas se conhecendo de forma doce, desejosa, quase implorando para mais pressa antes que tivesse se encerrado com selinhos molhados e carinho das mãos dela nas bochechas dele. 
— Assim — sussurrou próximo ao ouvido de S/N, notando olhares entre as cortinas da janela de vidro. 
— Elas estão olhando, não é? 
Zayn sorriu. 
— Te espero aqui, babe. 
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youngiejin · 6 years ago
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Tears in Heaven || SungJin || AU
"Eu não quero! Papai, eu não quero!" Os gritos estridentes ecoavam pelos corredores brancos e sem graça do hospital, algumas pessoas viravam as cabeças para poder encarar melhor enquanto passavam, as faces se contorcendo nas mais variadas expressões: confusão, desaprovação, pena... YoungJin suspirou. Exausto. - MiCha, por favor. MiCha você irá se machucar - murmurou, segurando mais firme enquanto ela se debatia em seus braços, parecia apavorada, ele não julgava, também estava. Uma enfermeira se aproximou, ela sorria forçadamente "Eu sinto muito", era o que dizia seu olhar, assim que as mãos delicadas tocaram o corpo da menina para, finalmente, tentar tirá-la do colo do pai, os gritos aumentaram. Aquilo era o inferno. - MiCha, por favor... - a voz grossa não passava de um sussurro próximo ao ouvido da garota - Eu estou aqui, meu anjo, vai ficar tudo bem, lembra do que falei? É para você melhorar. - ela se encolheu, e naquele momento estavam envolvidos num abraço apertado, os olhos fechados apenas aproveitando as sensações, o coração de YoungJin retumbou em seu peito, o amor já não cabia mais dentro de si. - Papai vai estar lá com você - completou, vendo quando, após muito tempo, ela levantou o rosto a encará-lo, as orbes castanhas inchadas e avermelhadas pelo choro, haviam marcas de lágrimas nas bochechas magras. - Não vai doer nada, como das outras vezes - ela concordou, incerta. A enfermeira sorriu, parecendo aliviada, era nova no setor da quimioterapia, estava tão perdida quanto aquele pai. Se havia um lugar que odiava mais que qualquer outro naquele edifício, com toda e absoluta certeza era aquela sala. As paredes eram coloridas tentando dar uma sensação agradável, porém o que eram as cores se misturadas ao cheiro de remédio e limpeza? Aos murmúrios de dor e por vezes algumas lágrimas? Todos ali dentro viviam a própria batalha e por experiência própria ele sabia o quão exaustivo e difícil acabava sendo para cada um. Ele sentou sobre a cadeira confortável, inclinando levemente para relaxar o corpo, sua coluna doía como o inferno, normalmente sentaria em uma poltrona ao seu lado, porém naquele dia havia se rendido e agora a filha se acomodava em suas pernas, o corpo pequeno ainda tenso enquanto aguardavam alguém da equipe para iniciar o procedimento. Observou de relance a garotinha em seu colo, a mãozinha segurava a sua com força, os olhinhos avaliavam cada movimento de maneira curiosa, em partes ela permanecia a mesma criança que sempre fora, curiosa, sagaz, um sorriso no rosto capaz de derreter o coração mais frio, amorosa, sonhadora e falava pelos cotovelos, sua essência não se perdera e tal coisa acabava por ser um de seus pilares em toda a situação, porque se tinha certeza de algo era que partes de si próprio haviam se esvaído, voado com o tempo, e haviam dias horríveis, como aquele, onde, a risada contagiante dela se apagava, e seu corpinho pesava com o cansaço, e consequentemente a energia daquele pai (que nos dias bons já não era a melhor do mundo) também se ia. Acariciou as costas dela quando a enfermeira se aproximou mais uma vez, trazia consigo o suporte do soro, uma caixinha disfarçada de rosa com borboletas escondia o liquido marrom e esquisito que logo circularia pelas veias da menininha, ele assistiu em silêncio o procedimento o qual já havia visto tantas vezes que possivelmente seria capaz de fazê-lo sozinho. A mulher com a máscara limpou o catéter, este agora pendendo pela gola da camiseta colorida usada pela criança, e então o acesso foi conectado e tudo se iniciou. MiCha virou em seu colo fazendo um gesto com as mãos cujo significado era bem conhecido e ele levantou levemente o quadril apenas para alcançar o celular em seu bolso traseiro juntamente do fone de ouvido, e logo ela, sozinha, acessava um aplicativo de streaming qualquer, escolhendo um desenho de seu gosto e por fim se aconchegou sobre o peitoral do patriarca, o jovem Lee virou o rosto brevemente para depositar um beijo lento na cabeça lisa e exposta da garotinha, já não havia nenhum fio de cabelo em qualquer lugar de seu corpo. Foi apenas nessa hora que se permitiu relaxar, sabia que as enfermeiras viriam checá-la de tempos em tempos, fechou os olhos, a mente se perdendo no caos que sua vida se tornara nos últimos cinco anos, especialmente nestes três anteriores, era apenas um estudante de ensino médio normal, em seu último ano, fazendo sua educação vocacional em engenharia e até mesmo conseguira um estágio na área, o qual não tivera a oportunidade de começar, dividido entre as responsabilidades de estudante e a paternidade, havia se acostumado bem àquela vida, com a ajuda de seus pais e até mesmo de seu irmão, tudo se encaixava bem. Até o dia em que recebera aquela maldita notícia. Começou com uma simples dor de garganta e uma febre baixa, MiCha reclamou nos primeiros dias e ele até mesmo tentou medicá-la en casa, tinha alguns antitérmicos e analgésicos ali, era inverno, não precisava fazer alarde considerando o quão comum eram os sintomas na época, porém os dias passaram e a dor não, a temperatura apenas aumentava e foi quando se rendeu aos pediatras. Não era a primeira vez que ela tinha um quadro de amigdalite, apenas naquele ano era talvez a segunda ocorrência, havia concordado com os médicos que talvez a cirurgia fosse a melhor solução, iriam evitar desconfortos futuros e tratamentos demais com antibióticos, o que poderia ser prejudicial. Um exame de sangue, ele pediu antes da operação, apenas para agendar tudo com o anestesista que auxiliaria o procedimento, e foi esta maldita coleta que trouxe à sua família uma das piores notícias que poderiam ter recebido. Lembrava-se perfeitamente da expressão do pediatra naquela manhã, era tensa, os olhos brilhavam de forma triste "Você não percebeu nada de diferente nela nestes últimos tempos?" Foi a pergunta feita, YoungJin franziu a testa respondendo que não, haviam alguns hematomas pela derme da menina, porém considerando o quanto ela corria e tropeçava durante o dia, não se preocupava muito, desde que começara a engatinhar ela tinha essa mania involuntária de esbarrar nas coisas ao brincar. O tom solene do doutor o fizera arrepiar, a forma como ele dissera "Você talvez não goste da notícia que irei te dar" trocou um olhar com seu irmão, sentado ai seu lado, havia o acompanhado na consulta e depois iriam fazer compras juntos, o aniversário de mamãe estava chegando. Seu cérebro saiu do ar assim que ouviu aquele termo, a palavra ecoava em seu consciente como num rádio quebrado "Leucemia" tudo havia se apagado, a visão embaçada, podia ouvir as vozes mas não o que era dito, pareciam estar todos debaixo da água enquanto falavam. YoungJae chamou seu nome, Dr. Kim também. O resto daquele dia se passou como um borrão, assim como os que se seguiram pelas semanas seguintes, exames, consultas, conversas, perdeu mais dias de aula do que poderia contar, seu rendimento, sempre tão excelente, despencou, o termo "câncer" o perseguia dia e noite, com os médicos e em suas pesquisas no Google. "Não é uma sentença de morte, Sr. Lee" dissera o oncologista "Ela é muito novinha, as chances são ótimas". E foi assim que a primeira parte de seu inferno pessoal se iniciou, porém, depois de um mês e meio de quimioterapia, a doença entrou em remissão e passaram o restante daquele ano em sessões esporádicas, a manutenção era apenas para matar o resto das células defeituosas, podiam passar grande parte do tempo em casa, considerando que já estava praticamente reprovado na escola, retornaria no ano seguinte, preferia estar atrasado nos estudos que deixar a filha sozinha. As sessões terminaram, o quadro quase que totalmente estável, as doença em seu sangue era quase inexistente e então tudo recomeçou. Primeiro um sangramento no nariz, a falta de ar e as dores no corpo, os hematomas aumentaram de frequência e tamanho, e a febre parecia não ter fim. Dessa vez havia voltado e com toda a força possível. Faziam seis meses, estavam ali naquele hospital há todo esse tempo, o exterior era perigoso, as infecções poderiam ser letais. Quase toda a equipe da ala oncológica conheciam a dupla pai e filha, todos se derretiam pelo sorriso largo da menininha que andava pelos corredores em suas caminhadas quase que diárias com ela dizendo "Bom dia" para cada um que via, até mesmo os pais de alguns outros pacientes lhe eram familiares assim como os adultos ali em tratamento, também. Ela era o pequeno raio de sol daquele rapaz que fora pai muito cedo. E nos últimos meses conseguiam manter a doença controlada, em partes, as contagens sanguíneas tinham poucas alterações, o problema estava sendo em encontrar algum remédio que fizesse uma regressão significativa até que tudo estivesse eliminado, as transfusões sanguíneas eram frequentes e apenas nos dias que se passaram recentemente o médico usou, pela primeira vez, o termo "medula óssea" precisavam de um doador e infelizmente, em sua família, não havia nenhum, e a fila pelo país era extensa, estavam apenas esperando. Aos poucos o corpo do pai relaxou sobre o assento, o sono o embalando facilmente considerando suas noites mal dormidas naquele maldito sofá cama no quarto. A garotinha continuava deitada sobre o homem porém uma movimentação ao seu lado lhe chamou a atenção, numa cadeira logo ali era observou um moço sentar-se, era bonito mas parecia meio branco demais aos olhos da garota, viu quando a enfermeira fez nele a mesma coisa que fizera em si, ela fungou, o rostinho ainda úmido pelo choro que só cessou há alguns minutos, um biquinho se formou em seus lábios, papai havia dormido, com quem iria conversar, então? Desviou o olhar do celular em suas mãos, mais uma vez, aquele filme já estava chato, o assistira dezenas de vezes. Suspirou, arrancando os fones de ouvido, queria bater papo, as outras duas crianças na sala estavam sentadas longe demais. Balançou as mãozinhas, nervosa enquanto tomou coragem para falar - Sua toca parece ser tão quentinha, tio.
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drykafrancoposts · 6 years ago
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(RE) ENCONTROS E DESCOBERTAS
Capítulo 578
E assim as duas avós de AnaCris subiram para o quarto da menina e encontraram Juliana aos prantos e Rodrigo com a pequena no colo tentando acalmá-la.
- O que está acontecendo aqui?
- Mãe, nossa pequena mãe, ela está...
- Calma Juliana, Rodrigo o que houve?
- AnaCris está com febre Cris e não sabemos o que fazer.
- Filho vocês já chamaram a pediatra?
- Pediatra?
- Sim filha, eu não acredito que vocês não informaram à pediatra ainda o que está acontecendo.
- Filho?
- Mãe eu entrei aqui no quarto e vi a Ju nesse desespero todo, não tive cabeça pra mais nada.
- Tudo bem filho, mas agora é melhor...
E assim Ana e Cris pegaram a pequena AnaCris e a estavam levando para dar-lhe um banho morno que achavam que a menina estaria precisando nesse momento. Mas ainda tiveram tempo de ouvir.
- Com licença, Rodrigo eu tomei a liberdade de ligar para a doutora Letícia pediatra, achei o número dela na caderneta de contatos que a Juliana me deu pra quando fosse necessário.
- Obrigado Jô.
- De nada.
- Alô.
- Alô Rodrigo, sua colaboradora me ligou, algum problema?
- Letícia, AnaCris está com um pouco de febre...
- Febre de quanto?
- 38º.
- Tudo bem, ela tomou vacinas há pouco, pode ser uma reação, como pode também ser uma virose. Bem, vamos medicá-la, deem a ela um analgésico que indiquei na última consulta, Ju sabe qual é. Qualquer reação inesperada me liguem novamente, não vou poder ir aí hoje porque estou assistindo um parto, mas se precisar é só ligar para minha secretária que ela agenda uma consulta, tudo bem?
- Tudo bem Letícia, obrigado.
- Filho tudo bem?
- Tudo sim mãe.
- Ju, filha você está mais calma agora?
- Ahnn! Estou sim, mãe eu...
- Shiii, não se preocupe, nossa pequena está ótima agora, demos um banho morno, baixou a febre dela, já a medicamos conforme a pediatra indicou, Jô sabia direitinho onde estava o remédio.
- Ana desculpa fazer você vir até aqui, eu...
- Ju nem se preocupe com isso, quando o Rod me ligou eu vim correndo, liguei pra sua mãe e ela prontamente quis vir também.
- Claro filha, você acha que eu sabendo que nossa netinha estava doente eu ficaria tranquila?
- Ana, mãe eu sou uma boba, desculpe.
- Não filha você não é uma boba, é só uma mãe de primeira viagem, perfeitamente normal, na primeira febre do filho a gente entra em desespero mesmo, eu não fui diferente de você, seu pai que o diga.
- Então você tem a quem puxar amor.
- Tem sim Rodrigo, quem sai aos seus não degenera.
- Mãe eu fiquei tão angustiado com o desespero da Ju que não pensei nas coisas mais elementares...
- Eu sei filho, seu pai também não sabia o que fazer na sua primeira febre, eu já tinha experiência, afinal Bruno já era nascido, mas seu pai ficou desesperado, então eu tive que tomar a rédea da situação e ficou tudo bem.
- Parece amor que você também tem a quem puxar?
- Tem sim Ju, como diz sua mãe quem sai aos seus não degenera.
- Verdade Ana obrigada e desculpa o transtorno.
- Não foi transtorno querida, foi a família JuDrigo em ação não é minha amiga?
- Foi sim Ana. Agora você já pode ir trabalhar tranquila filha, sua filhota está bem.
- Não mãe, eu não conseguiria.
- Eu já liguei pra emissora Cris, avisei que a Ju não teria condições de gravar hoje.
- Fez bem meu filho.
- E Ju você tem sorte, Joana é a pessoa certa pra acompanhar vocês, ela tomou todas as providências necessárias no momento.
- Senhora Ana não fiz mais que a minha obrigação.
- Não Joana você foi o cérebro lúcido em todo esse episódio e vamos combinar uma coisa, não me chame mais de Senhora Ana, acho que não sou tão velha assim apesar de já ser avó, basta chamar-me de Ana
- E o mesmo vale para mim, senhora me envelhece mais do que eu gostaria, só Cris, está bem?
- Tudo bem senhoras... Ana  e Cris.
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saudein · 2 years ago
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Chegou a hora de ir à primeira consulta com o pediatra. Na hora “H” surgem pensamentos: Óh! meu Deus. O que eu levo? O que eu falo? O que perguntar?
Orientações para aproveitar da melhor forma esse encontro!
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laringomalacia · 6 years ago
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#tbt Mamães de bebês laringomalácios... O que posso dizer dessa experiência? . Nossa, no começo é assustador. A gente se sente perdida, culpada e muito, muito preocupada! São tantas consultas e tantos profissionais que passamos até descobrir o problema. Algumas dão sorte e descobrem logo. Aí você pensa: "Pronto agora podemos ficar tranquilos. Já sabemos o que o bebê tem". Mas não é bem assim. É no dia do diagnóstico é que começa a luta de verdade. . Só uma mãe de bebê laringomalácio sabe o que é ficar 24 horas do lado do bebê cuidando da respiração. Sabe o que é ficar com o coração apertado antes da consulta com o pediatra na expectativa do bebê não perder peso. Ficar angustiada a cada consulta com o otorrino, ficar apreensiva quando o bebê precisa fazer a fibronasoscopia. Uma mãe de bebê laringomalácio sabe a dor da primeira internação, da cirurgia. . Só uma mãe de bebê laringomalácio sabe o que é levar o filho pro hospital roxinho e não saber se vai tê-lo de volta. Só uma mãe de bebê laringomalácio sabe o significado de estridor, cianótico, regurgitar entre outras palavrinhas difíceis. . Só uma mãe de bebê laringomalácio sabe o que é viver 24 horas por dia preocupada, não conseguir descansar e mesmo assim ser a pessoa mais feliz do mundo! Porque ser mãe de um bebê laringomalácio, apesar da difícil batalha, é um presente! É uma experiência incrível e só pessoas fortes são escolhidas pra essa missão. . Nossos bebês são guerreirinhos desde cedo. Sofrem tanto, nos dói tanto vê-los assim... Mas Deus nos escolheu pra essa missão porque sabia que não iriamos abandoná-los jamais! E o que nos conforta é saber que tudo passa. . Sah Back Santiago Eduardo 💜 . 🐝 Vivendo com Laringomalácia . 💛 http://www.laringomalacia.org . 📷 http://www.instagram.com/vivendocomlm . 👍 Página: http://www.facebook.com/Laringomalacia . #juntossomosmaisfortes #vocenaoestasozinho #laringomalacia #traqueomalacia #broncomalacia #vivendocomlm #vivendocomlaringomalacia #orl #ent #ped #neurologia #otorrino #otorrinolaringologia #otorrinoped #viaaerea #airway #airwaysurgery #pediatra #pediatria #traqueostomia #traqueostomy #traqueolaringomalacia #laringomalacia #laringomalaciababy (em Vivendo com Laringomalácia) https://www.instagram.com/p/BuKqKV8AGi9/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=xdg655w8dde8
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rodadecuia · 2 years ago
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rafaelapsicologia · 3 years ago
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Pré Natal Odontológico: porque é tão importante?
O pré natal odontológico é uma importante etapa da rotina da mulher grávida. No próprio cartão da gestante, desenvolvido pela Agência Nacional de Saúde (ANS), há uma página inteira dedicada à consulta odontológica. Isso mostra a importância do acompanhamento para prevenir, avaliar e tratar os quadros clínicos comuns no período. Acho que todo mundo conhece a MAM Baby , né? Mesmo assim, vou contar mais detalhes super interessantes sobre a marca que foi fundada em 1976 na Áustria, e depois vou contar sobre a live que a marca promoveu sobre Pré Natal Odontológico.   Um pouco sobre a MAM A MAM está presente em mais de 60 países e desde 1998 no Brasil. A empresa conquistou a posição de liderança mundial em produtos para bebês, e é a principal referência na categoria de chupetas, mamadeiras e bicos de mamadeiras. Com o lema “We love babies”, a MAM expande todos os dias, de forma sustentável e responsável. E segue com seu objetivo de sempre apoiar ao máximo o desenvolvimento individual de todas as crianças e tornar o dia a dia com o bebê mais fácil para os pais. Em 2019, a MAM recebeu a Menção Honrosa pela Comissão Europeia do EU Product Safety Awards, por definir e exceder as normas de segurança para chupetas e equipamentos de alimentação, com reconhecimento de seu papel de liderança no desenvolvimento de normas relevantes, que aumentaram o nível de segurança em todo o setor.   A live sobre Pré Natal Odontológico Pensando na importância do Pré Natal Odontológico, a MAM Baby , marca especialista em bebês, realizou uma live sobre o tema com o odontopediatra Gabriel Politano e as fundadoras do Grupo fechado com mais de 16 mil mães, o Mamis na Madrugada, Vanessa Abdo Benaderet e Dani Zaccai Somekh. Na conversa, Aline Luz, mãe e colaboradora da MAM, apresentou algumas dúvidas enviadas por seguidores, que foram esclarecidas pelo dentista e comentadas pelas participantes. Durante o bate-papo, diversos mitos acerca do cuidado oral da gestante e do bebê foram desfeitos e substituídos por dicas práticas e eficientes, para garantir a saúde bucal da família de maneira mais segura e eficaz. Por exemplo, a gestante pode, sim, fazer uso de anestesia para tratamentos bucais, desde que o dentista saiba como administrá-la corretamente e que o procedimento seja indispensável, como no caso de infecções. Outros mitos e verdades estão descritos abaixo, e o bate-papo completo está disponível neste link . Pré-natal odontológico é apenas sobre a saúde da mãe Mito. Há três principais focos a ser observados durante as  consultas. Primeiro, a orientação à paciente sobre os cuidados com a saúde bucal. Segundo, tratamento de possíveis desconfortos. E terceiro, orientações sobre cuidados com os dentinhos do bebê que vai nascer. Com o devido conhecimento, a mãe pode identificar, por exemplo, uma língua presa que atrapalhe a amamentação.   Existe período ideal para tratamentos odontológicos em gestantes? Verdade. O odontopediatra comentou que o período ideal para qualquer procedimento odontológico é durante o segundo trimestre gestacional, que mescla uma maior segurança para o bebê e conforto para as mães. Isso porque as mães já não têm náuseas (comum ocorrer nos primeiros meses de gestação), nem estão com a barriga tão pesada, a ponto de sentir desconforto na cadeira do dentista. No entanto, essa recomendação vale apenas para procedimentos eletivos. Se houver algum tipo de inflamação, o tratamento precisará ser realizado de imediato, já que bactérias têm o potencial de invadir até mesmo o líquido amniótico e a placenta. Grávida pode arrancar dente? Grávida pode tomar anestesia? Se precisar, a resposta é sim. O ideal é aprender todo o possível sobre a saúde bucal do bebê antes de ele nascer Verdade. Logo após o nascimento da criança, a mãe já tem diversas preocupações imediatas, como a primeira ida ao pediatra e as vacinas necessárias. Por isso, o ideal é aproveitar o pré-natal odontológico para aprender as melhores práticas no cuidado oral da criança. E assim, programar a primeira visita ao dentista com tranquilidade e com o estabelecimento de uma rotina familiar.   Existe um período exato para os dentes dos bebês começarem a nascer? Mito. O nascimento dos dentinhos pode variar muito de uma criança para outra, assim como o falar e o andar. Os dentes podem começar a nascer a partir dos 5 meses ou então aparecer apenas quando a criança completar 1 ano e meio. A gestante deve ir ao dentista assim que descobre que está grávida? Mito. Em casos de gestação programada, é interessante que a mulher vá ao dentista antes mesmo de engravidar. Isso porque, caso haja necessidade de algum tratamento, ela poderá adiantar os procedimentos antes da gravidez. Assim, evita intervenções mais demoradas e desconfortáveis durante a gestação. No entanto, caso a gravidez ocorra de forma não programada, é importante que a gestante agende uma visita ao dentista ao longo do período. Isso porque nem todas as doenças são sintomáticas e é essencial investigar, checar e manter em dia a saúde bucal. “A necessidade do acompanhamento odontológico parte de uma questão bem simples: é preciso que a gestante esteja com os dentes saudáveis, para que consiga se alimentar corretamente e evite qualquer déficit de vitaminas. Apesar disso, todo tratamento também deve ser avaliado pelo time de profissionais que a acompanha, como o ginecologista e o obstetra”, conclui Gabriel Politano.     * Publipost em parceria com a MAM Baby .         O post Pré Natal Odontológico: porque é tão importante? apareceu primeiro em Mamis na Madrugada . from Mamis na Madrugada https://ift.tt/ltTLF7Q via Mamis na Madrugada por Mamis na Madrugada https://ift.tt/Hql08Fy via Mamis na Madrugada
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pirapopnoticias · 2 years ago
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mundovalente · 3 years ago
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Vinicius Valente Zakhm, o nome Valente veio a calhar, desde sempre foi necessário ter força para seguir em frente e ultrapassar muitos obstáculos. Aos três meses gestacionais da minha gravidez, minha mãe foi infectada por um vírus chamado Echo vírus 18, minha mãe entrou em trabalho de parto, nasci na data prevista, entretanto o médico ao fazer o toque para ver a dilatação e ao estourar a bolsa, percebeu a presença de mecônio, então foi indicada a cesárea para o meu parto, nos encaminharam ao centro cirúrgico para realizar a cesárea às pressas, o meu nascimento ocorreu uma hora depois da bolsa estourada. Foi identificado que minha placenta estava diferente, com aspectos envelhecidos, todavia meu primeiro choro foi avaliado da melhor forma possível, além de mamar bem, então os sinais antes vistos, foram deixados de lado.
Ao nascer não identificaram nenhuma diferença em mim, entretanto aos quatro meses de vida, minha avó materna reparou que eu não me desenvolvia com relação à parte motora, meu corpo ainda não respondia como o de uma criança da mesma idade, então aos quatro meses, meu avô – pediatra – começou a ficar mais atento e buscar informações na literatura, aos seis meses fiz minha primeira consulta ao neurologista, então começaram os exames para investigação clínica, e a estimulação aos onze meses com a equipe multidisciplinar que consiste em a fonoaudióloga, fisioterapeuta, psicóloga e entre outros tratamentos que pudessem ajudar em meu desenvolvimento motor e cognitivo, entre eles a ecoterapia.
O tempo foi passando e continuei com todos os acompanhamentos, mas ainda apresentava uma grande dificuldade de fala. Como fiquei por muito tempo alternando em entre as casas dos meus avós maternos e paternos, tive uma grande dificuldade porque meus avós paternos eram libaneses e falavam ora português, ora árabe, e segundo o minha fonoaudióloga, essa troca de idiomas também era um fator que atrapalhava meu desenvolvimento linguístico, então foi solicitado aos meus avós que falassem apenas português perto de mim, para que eu conseguisse desenvolver melhor minhas habilidades de fala, assim, aos nove anos consegui autonomia oratória, apesar de manter algumas dificuldades fonéticas até os 12 anos.
Até os três anos não conseguia andar sozinho, apenas engatinhava ou andava com o apoio de outra pessoa, mas após esta idade consegui começar a dar os primeiros passos por conta própria. Aos sete anos de idade fui submetido a uma cirurgia no tendão de Aquiles esquerdo, já que andava nas pontas dos pés, o direito foi resolvido apenas com fisioterapia, entretanto o esquerdo precisou de intervenção cirúrgica, o que melhorou minha mobilidade.
Fui alfabetizado aos nove anos de idade, tendo ajuda do Kumon, que melhorou muito minha escrita e leitura, além disso, a escola que frequentava na época era inclusiva e usava letras garrafais, assim, consegui desenvolver mais rapidamente a escrita. Quando completei 13 anos, minha avó materna me ensinou a letra de mão, já que eu não havia aprendido na inclusão, porque eles entendem que alguns estudantes apresentam questões neuromotoras que fazem com que o desenvolvimento da letra de mão não seja aprendido corretamente.
Após a alfabetização me mudei com minha família para Itaipava, minha mãe se preocupou com o local onde eu estudaria, porque no Rio de Janeiro não era fácil encontrar escolas inclusivas ou que aceitassem aluno de inclusão, como eu. Entretanto, para a sua surpresa, em Itaipava, a primeira escola que ela buscou me aceitou como aluno. Nesta escola havia um trabalho de inclusão diferenciado à época, era bem desenvolvido e eu estudava certas matérias com crianças sem nenhum tipo de deficiência e outras matérias minha mãe pagava uma facilitadora/pedagoga da escola para eu ter aula com mais uma criança que apresentava o mesmo nível de aprendizagem que o meu.
Durante esse período tive meus primeiros amigos da escola e que não eram da inclusão, foi a primeira vez que entendi a escola da forma que era. Entretanto não durou muito, no ano seguinte voltei a morar no Rio de Janeiro, e as preocupações da minha mãe se concretizaram, nenhuma escola me aceitava. Estávamos fora da época de matrículas, no mês de abril, e de nove escolas que minha mãe tentou vaga para mim, nenhuma me aceitou. Uma, que era a décimas visitada, me aceitou, mas não tinha trabalho inclusivo e foram claros que não sabiam lidar com aluno de inclusão. Não consegui me adaptar à escola sem inclusão, então em 2005, aos 14 anos, estudei apenas no Kumon.
Em 2006, já com 15 anos, comecei a estudar em uma escola que tinha programa de inclusão, havia outros alunos que também apresentavam deficiência cognitiva. Entretanto, em 2008, minha família e minha psicomotricista perceberam que eu estava muito a frente do restante dos alunos da turma, mas a escola acreditava que eu estava no mesmo nível de todos os alunos, porque não havia uma avaliação individual de cada estudante, logo, aos 17 anos, encontrava-me ainda na terceira série, hoje segundo ano do fundamental.
No ano de 2009 também fiquei sem escola, aos 18 anos. Ao fim do mesmo ano minha mãe conseguiu uma escola pública que fazia um trabalho de inclusão à distância, como um supletivo, porque era muito difícil encontrar uma escola que atendesse o que eu precisava. Estudei neste formato até 2017, concluindo assim o ensino fundamental e o médio, devagar e no meu tempo. Havia algo de positivo nessa instituição, porque eu conseguia me desenvolver de forma individual e ser avaliado também individualmente, porém eu não tinha nenhum contato com outros alunos, então não tinha novos amigos, apenas os da época das escolas inclusivas que frequentei.
Nesse período do ano de 2009, entrei na Academia Companhia Atlética. Treinei na equipe do IBDD, futebol de sete para atletas com paralisia cerebral, tornei-me paratleta em 2010, competindo na paraolimpíada escolar representando o Rio de Janeiro. Saí com o título de campeão juntamente com a minha equipe, além de ter sido a primeira equipe carioca paraolímpica escolar do futebol de sete, que antes não era uma modalidade esportiva da competição, entretanto a instituição encerrou as atividades no ano seguinte. Então treinei no Botafogo (Instituto Superar) em 2012, que também encerrou o projeto inclusivo em 2013.
No ano de 2014, estava na escola governamental à distância, sem a possibilidade de fazer amizades, então através do Robson, meu professor de basquete, conheci outras pessoas e neste momento comecei a criar meu ciclo social, aos 22 anos. Em 2015, meu professor de basquete me chamou para participar das Olimpíadas Especiais, aceitei e competi bocha, atletismo, natação, futsal e basquete, este segue sendo o esporte em que mais me desenvolvi como atleta e participo de competições até os dias atuais.
Aos 27 anos, fui atleta líder das Olimpíadas Especiais, para representar a causa e lutar para que pessoas com deficiência intelectual tenham seu espaço assegurado no esporte e na vida social como todo. Após esse desenvolvimento no esporte, e com a minha formação escolar, me vi preparado para um novo desafio, cursar o ensino superior.
Assim, criei este canal para contar um pouco sobre minhas experiências como jornalista e PcD. Hoje encontro-me no sétimo período da faculdade de jornalismo e sinto que estou caminhando para uma formação de boa carreira. Espero que gostem do que verão aqui!
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