#Pré-natal SUS
Explore tagged Tumblr posts
blogpopular · 15 days ago
Text
A Importância do Pré-Natal: Garantindo a Saúde da Mãe e do Bebê
A realização do pré-natal é uma etapa essencial durante a gestação, sendo indispensável para garantir o bem-estar da mãe e do bebê. Essa prática envolve uma série de consultas médicas e exames periódicos, permitindo um acompanhamento detalhado da saúde da gestante e o desenvolvimento do feto. Neste artigo, abordaremos a importância do pré-natal, seus benefícios, principais exames e cuidados que…
0 notes
schoje · 3 months ago
Text
Quando se trata de saúde, é importante saber onde buscar atendimento para receber o cuidado adequado e de forma rápida. No dia do aniversário do Sistema Único de Saúde (SUS), 19 de setembro, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) reforça a importância desta política pública que garante acesso universal, integral e gratuito a todos. Santa Catarina possui um sistema robusto e complexo, que vai desde cuidados simples até emergências graves, promovendo atenção integral à saúde. Em Santa Catarina, a porta de entrada preferencial do SUS são as 1.967 Unidades Básicas de Saúde (UBS), também conhecidas como postos. Há 133 policlínicas, 65 Unidades de Pronto Atendimento (UPA), 198 hospitais e 141 unidades do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). São serviços que oferecem atendimento de prevenção e promoção à saúde, vacinação, controle das doenças, assistência farmacêutica, educação e gestão, atendimento ambulatorial, de emergência e médico-hospitalar. As UBSs estão distribuídas nos 295 municípios catarinenses. Cerca de 80% dos problemas de saúde não emergenciais são atendidos nos postos de saúde. Lá é possível realizar consultas de rotinas, obter diagnósticos e tratamentos para condições como hipertensão, diabetes, tuberculose e hanseníase. Além disso, oferecem serviços de pré-natal, teste do pezinho, vacinação e acesso a medicamentos gratuitos. Nas policlínicas, são atendidos pacientes que necessitam de atendimento ambulatorial em diversas especialidades, médicas ou não. A unidade pode oferecer consultas clínicas, exames complementares de imagem, serviços de apoio diagnóstico, pequenos procedimentos e atendimento urgente. Para casos de emergência menos grave, o paciente deve se dirigir à UPA mais próxima. Funciona 24 horas por dia e atende casos de urgências, como infarto, derrame, pressão alta, febre alta, fraturas e cortes profundos. Em sua estrutura devem possuir aparelho de raios-x, eletrocardiografia e leitos de observação. A UPA pode resolver até 90% dos casos de emergência sem necessidade de encaminhamento para um hospital. Além disso, se o médico entender ser necessário internação ou atendimento de alta complexidade, o paciente é encaminhado para a unidade hospitalar de referência. Nos hospitais, são atendidos os pacientes mais graves, que necessitam de tratamento hospitalar clínico ou cirúrgico, transplantes, casos que necessitam de internação, exames especializados, maternidade, tratamentos complexos e intensivos. A vocação dos hospitais é atender situações de risco de vida ou emergência, como: ataque cardíaco, Acidente Vascular Cerebral (AVC), acidentes graves de trânsito, queimaduras severas, e fraturas expostas, ferimentos por arma de fogo ou branca, apendicite aguda, sangramento grave, tosse ou vômito com sangue, intoxicação e envenenamento. O SAMU 192 deve ser acionado em casos de emergência que exigem socorro imediato. São situações como acidentes graves ou problemas de saúde que colocam a vida em risco. Ao ligar, a pessoa é orientada por profissionais de saúde que podem dar os primeiros socorros por telefone e, se necessário, enviar uma ambulância equipada para o local. Em Santa Catarina há 97 Unidades de Suporte Básico e 27 Unidades de Suporte Avançado (USA), com UTI móvel terrestres, 07 inter-hospitalares (transferência de pacientes) e 03 motolâncias, além de 07 unidades aéreas, abrangendo todo o território catarinense. Co-responsabilidade O SUS é um sistema descentralizado com gestão compartilhada entre o Ministério da Saúde, Estados e Municípios, conforme determina a Constituição Federal de 1988. Cada ente tem suas responsabilidades para que o sistema funcione de forma organizada. A Secretaria de Saúde de Santa Catarina participa da formulação das políticas e ações de saúde no âmbito nacional, estadual e municipal. Além de sua ampla estrutura organizacional, tem sob sua gestão direta 26 unidades e hospitais, sendo 15 próprios, 07 administrados por organizações sociais e 04 por contratualização. A gestão nacional
do SUS é feita pelo Ministério da Saúde, que formula, normatiza, fiscaliza, monitora e avalia políticas e ações, como a incorporação de novos tratamentos, técnicas e medicamentos ao SUS. Às Secretarias Municipais de Saúde cabem o planejamento, organização e execução das ações e serviços de saúde nas suas cidades. Mais informações para a imprensa:Gabriela ResselAssessoria de ComunicaçãoSecretaria de Estado da Saúde(48) 99134-4078e-mail: [email protected] Fonte: Governo SC
0 notes
puravibenamastes-blog · 4 months ago
Text
Municípios avançam nas metas de pré-natal, mas estão longe do controle de diabetes e hipertensão
Municípios brasileiros avançaram nos indicadores referentes ao pré-natal em gestantes, mas seguem emperrados no controle mínimo de diabetes e de hipertensão, mostram dados de um programa federal que atrelou parte do financiamento da atenção primária do SUS (Sistema Único de Saúde) ao cumprimento de metas referentes a sete indicadores. Leia mais (08/31/2024 – 07h00) Artigo Folha de S.Paulo –…
0 notes
vilaoperaria · 4 months ago
Text
O estado do Paraná consolidou-se como líder nacional na realização de consultas pré-natal pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com 87,4% das gestantes realizando sete ou mais consultas no primeiro semestre de 2024. Esse feito é resultado de um robusto sistema de saúde, que inclui o monitoramento constante do número de consultas e a adoção de estratégias como a Linha de Cuidado Materno Infantil. Esse modelo visa assegurar a atenção integral às gestantes, especialmente àquelas com gestações de alto risco. A Importância do Monitoramento e Acompanhamento Integral A liderança do Paraná não é casual, mas fruto de um planejamento estratégico voltado à saúde materno-infantil. O Plano Estadual de Saúde tem como prioridade o monitoramento das consultas de pré-natal, o que garante que as gestantes recebam o acompanhamento necessário para uma gestação saudável. Esse modelo é exemplificado por casos como o de Bruna Fernanda Pinheiro, que, com uma gestação de alto risco, realizou 13 consultas e destacou a importância desse acompanhamento para a saúde do bebê e da mãe. Estratégias de Saúde: Linha de Cuidado Materno Infantil A Linha de Cuidado Materno Infantil do Paraná é composta por um conjunto de ações que visam assegurar o acesso, acolhimento e resolução de problemas durante o pré-natal, parto e nos primeiros anos de vida da criança. As ações incluem desde a estruturação de sistemas logísticos até o fortalecimento das redes de atenção à saúde, com foco no pré-natal de alto risco. Além disso, a estratégia prevê a utilização de tecnologia de ponta, como equipamentos de ultrassom de última geração, para garantir um diagnóstico preciso e o acompanhamento das gestantes. Investimentos em Equipamentos e Qualificação Profissional O Paraná também tem investido fortemente na qualificação de seus profissionais e na aquisição de equipamentos essenciais para a assistência à saúde materno-infantil. Em 2022, o Estado adquiriu equipamentos de ultrassom para a Atenção Primária à Saúde, com recursos que variam de R$ 150 mil a R$ 300 mil por município. Esses investimentos são fundamentais para garantir que as gestantes, especialmente aquelas em situação de risco, recebam o cuidado necessário em todas as etapas do pré-natal. Resultados e Expectativas Futuras Os resultados alcançados pelo Paraná mostram a eficácia de suas políticas públicas voltadas à saúde da mulher e ao cuidado pré-natal. A constante atualização e aprimoramento das estratégias de saúde garantem que o Estado continue liderando nacionalmente em indicadores de qualidade no atendimento às gestantes. O foco na educação continuada e na qualificação dos profissionais de saúde também são pilares para manter e melhorar ainda mais esses indicadores nos próximos anos. Fortalecimento da Atenção à Saúde da Mulher O destaque do Paraná em consultas pré-natal é reflexo do compromisso do Estado em garantir atendimento humanizado e qualificado em todas as fases da vida das mulheres. Esse trabalho é realizado por equipes de saúde que reforçam a Política Integral à Saúde da Mulher Paranaense, assegurando que cada gestante receba o cuidado necessário, independentemente de sua condição de saúde. A vinculação da gestante ao hospital de referência, conforme o risco gestacional, é um dos aspectos que têm contribuído para a redução dos riscos associados à gestação e ao parto. Com esses esforços, o Paraná não apenas mantém a liderança em consultas pré-natal, mas também se destaca como modelo para outras unidades da federação em termos de cuidado e atenção à saúde da mulher. A expectativa é que o Estado continue a expandir e aprimorar suas políticas de saúde, garantindo que cada vez mais gestantes possam ter uma gestação segura e saudável, refletindo diretamente na qualidade de vida das futuras gerações.
0 notes
rodininetto · 4 months ago
Text
Paraná mantém liderança como Estado que mais realiza consultas pré-natal pelo SUS
Dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc), do governo federal, mostram que 87,4% das gestantes paranaenses passaram por sete consultas ou mais no primeiro semestre deste ano O Paraná manteve a liderança no ranking nacional de realização de consultas pré-natal pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no primeiro semestre deste ano, segundo o Sistema de Informações sobre Nascidos…
0 notes
theapollus · 3 years ago
Text
Tumblr media
Imagem/reprodução pragmatismopolotico.com
O PERIGO DO MACHISMO DENTRO DOS HOSPITAIS
Como a violência obstétrica afeta a vida de mulheres que sonham em serem mães.
26/05/2022 Por Ian Mamédio
Muito se fala sobre a violência obstétrica mas poucos sabem o que o termo significa e o peso que carrega. Segundo o portal 'Não Se Cale' “A violência obstétrica é um tipo de violência contra a mulher praticada pelos profissionais da saúde, que se caracteriza pelo desrespeito, abusos e maus-tratos durante a gestação e/ou no momento do parto, seja de forma psicológica ou física".
Ainda segundo o texto do portal Não Se Cale "A violência obstétrica contribui para a manutenção dos altos índices de mortalidade materna e neonatal no país. Toda mulher tem o direito de ser protagonista na hora do parto e ter autonomia total sobre seu próprio corpo, tendo suas vontades e necessidades respeitadas".
De acordo com uma matéria publicada no portal da Assembleia Legislativa do estado de Sergipe "Violência obstétrica são xingamentos, recusa de atendimento, realização de intervenções e procedimentos médicos não necessários, como exame de toque a todo momento, grandes episiotomias (incisão efetuada na região do períneo) ou cesáreas desnecessárias, durante o pré-natal ou até mesmo durante o parto".
A Universidade Federal do Rio Grande do Sul elaborou um infográfico explicando de forma simples de onde pode partir a violência dentro dos hospitais:
Tumblr media
Em entrevista para a revista UOL, Luise de Araújo de 27 anos, contou ter sido vítima de negligência por parte da médica e das enfermeiras que a atenderam durante o trabalho de parto, tendo sido tratada com descaso e recebido um diagnóstico equivocado por parte da médica "Com muita dor, eu seguia pedindo pela cesárea e as enfermeiras diziam que estavam agendando, mas piscavam entre elas. Em um momento, falei que sabia que elas estavam mentindo. A médica, furiosa, disse: 'onde já se viu? Estou aqui me esforçando por você. Como fala isso de mim?' e saiu batendo a porta". Além disso, Luíse contou também que após esse momento, sentiu muitas dores e teve o pedido negado quando solicitou por anestesia.
E Luise não está sozinha, 25% das mulheres já sofreram com a violência obstétrica no Brasil segundo a pesquisa “Mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e privado”, da Fundação Perseu Abramo. De acordo com o levantamento Nascer no Brasil realizado pelo Instituto FIOCRUZ a violência obstétrica atinge 30% das mulheres em hospitais privados e 45% nos hospitais públicos (SUS).
Essa violência traz consequências psicológicas e físicas para as mulheres após o parto, indo desde relatos de depressão pós parto até mulheres que chegaram a perder seus filhos ou até a própria vida por conta do descaso e da falta de preparo dos profissionais.
0 notes
kamilapetelin · 7 months ago
Text
⋆⭒˚.⋆ Aula 10 - PMSUS ⋆⭒˚.⋆
30/04
Tumblr media
Rotina: ♡ Abertura: Oficina 4 - Território e UBS
Sentimento sobre a aula: Decidi não anotar nada e só prestar atenção, FOI ÓTIMO! Absorvi perfeitamente e sem preocupações, porque sei que todas as informações estão condensadas em pdf`s nos slides. Achei confusa a diferença entre lugar, território e territorialização, preciso pesquisar melhor. Só não perguntei em aula porque não soube articular, mas entendi que são ideias interdependentes. Se fosse matemática, diria que o território contém na territorialização que contém no ecomapa. Sentimentos sobre minha participação: Eu participei bastante, me sinto tão confortável com o Gerson e ainda tem o plus dos meus colegas de sala serem os mesmos da tutoria! Assim fica fácil participar. Eu morro de ansiedade social, tem umas aulas que tenho medo de falar, mas pmsus não é uma delas.
Sentimentos sobre a professora: A cada slide eu tinha alguma dúvida, tadinho do Gerson, dei trabalho! Mas essa liberdade toda é muito boa. Ele não se incomoda em explicar de novo ou dar exemplos.
Sentimentos sobre a turma: TODOS participam, sinto que estamos amadurecendo com o método.
Atualizações sobre a UBS: Visitamos uma puérpera para fazer o fechamento de um pré-natal, ela é boliviana e não entendia português. Ali, entendi a importância de um terceiro idioma! Eu sei muito bem inglês, mas se você me pedir para traduzir ''casa'' para espanhol, vou provavelmente responder ''casita'', não sei nada! Ademais, participamos de consultas no acolhimento e a maioria dos casos eram virose! Comeram algo que os fez mal e agora estão na UBS. São queixas simples, mas mesmo assim tiveram que esperar 4 horas ou mais na fila, pois quando fomos embora, eles ainda estavam lá (っ- ‸ - ς)
O desenho do sus é admirável, mas na pratica deixa a desejar em muitos aspectos
⸜(。˃ ᵕ ˂ )⸝♡ fim
0 notes
vira-borboleta · 8 months ago
Text
Disciplina Infância e Educação do campo.
Pesquisa e Escrita: Nathiele Rodrigues Dos Santos
Titulo: Maternar em todos os espaços para estar em todos os espaços.
A humanidade só existe em sua plenitude por conta de um útero, essa frase pode soar de forma impactante porém nos faz refletir sobre como a vida tem se desenvolvido em nossa sociedade quais princípios tem sido contado quando a vida acontece e o que um útero representa na sociedade, esse órgão tão poderoso humano capaz de permitir o desenvolvimento da vida foi venerado por civilizações antigas desde as americas, Europa, Oceania e Asia.
essas mesmas civilizações que desenvolveram enumeras formas de aprimorar a forma de trazer a vida para esse planeta.
técnicas de partos.
Os registros históricos a respeito do parto são muito antigos, datando de 6 a 7 mil anos a/C. São as esculturas encontradas na Turquia e que representam uma deusa sentada no trono e dando à luz, estando o recém-nascido visível entre suas coxas. Na Índia, na China e no Japão, as posições mais utilizadas eram verticais
(em pé, ajoelhada, sentada e de cócoras), de acordo com os dados coletados por historiadores.
As cenas de parto no Antigo Egito são muito numerosas, e algumas delas célebres, como a do parto de Cleópatra, ajoelhada, ou de uma mulher que é auxiliada por Bès, considerado um deus protetor das mulheres em trabalho de parto. As estatuetas helênicas mostram que na Grécia Antiga a posição de cócoras era a mais usada. A mitologia Greco-latina faz alusão à posição ajoelhada como no nascimento de Artemis e Apolo, e também ao parto de Eileitia,
A parteira divina, a quem numerosos templos e santuários foram consagrados.
Na América Pré-Colombiana predominavam também as posições verticais, entre os índios do México, Equador, Peru e Brasil. Em algumas tribos da América do Norte a posição em pé era a mais utilizada.
vemos ao longo dos anos como o olhar sob parir vem mudando, deixamos de ser deusas parideiras para nos tormarmos maquinas para o capital, de doulas passamos a ter médicos médicos homens, que na medicina deram visão ao parto de posição ginecologica para melhor visão do médico e não da parturiente.
Quando pesquisamos sobre qual o conceito de maternidade, logo nos deparamos com a seguinte frase, Estado ou qualidade de mãe, ou Vínculo de parentesco entre a mãe e o filho ou os filhos, segundo a visão do sus sobre gestação e puerpério diz que Uma atenção pré-natal e puerperal de qualidade e humanizada é fundamental para a saúde materna e neonatal e, para sua humanização e qualificação, faz-se necessário: construir um novo olhar sobre o processo saúde/doença, que compreenda a pessoa em sua totalidade corpo/mente e considere o ambiente social, econômico, cultural e físico no qual vive; estabelecer novas bases para o relacionamento dos diversos sujeitos envolvidos na produção de saúde – profissionais de saúde, usuários(as) e gestores; e a construção de uma cultura de respeito aos direitos humanos, entre os quais estão incluídos os direitos sexuais e os direitos reprodutivos, com a valorização dos aspectos subjetivos envolvidos na atenção.
No Brasil, vem ocorrendo um aumento no número de consultas de pré-natal por mulher que realiza o parto no SUS, partindo de 1,2 consultas por parto em 1995 para 5,45 consultas por parto em 2005. Entretanto, esse indicador apresenta diferenças regionais significativas: em 2003, o percentual de nascidos de mães que fizeram sete ou mais consultas foi menor no Norte e Nordeste, independentemente da escolaridade da mãe, Apesar da ampliação na cobertura, alguns dados demonstram comprometimento da qualidade dessa atenção, tais como a incidência de sífilis congênita, o fato de a hipertensão arterial ainda ser a causa mais frequente de morte materna no
2 / 7
Brasil, e o fato de que somente pequena parcela das gestantes inscritas no Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento (PHPN) consegue realizar o elenco mínimo das ações preconizadas.
e a OMS diz que, Em todo o mundo, mais de três em cada 10 mulheres e bebês atualmente não recebem cuidados pós-natais nos primeiros dias após o nascimento - o período em que ocorre a maioria das mortes maternas e infantis. Enquanto isso, as consequências físicas e emocionais do parto – de lesões a dores e traumas recorrentes – podem ser debilitantes se não forem gerenciadas, mas geralmente são altamente tratáveis quando a atenção é prestada no momento certo.
“A necessidade de atenção de qualidade à maternidade e recém-nascidos não acaba quando o bebê nasce”, afirmou Anshu Banerjee, diretor do Departamento de Saúde da Mãe, do Recém-nascido, da Criança e do Adolescente e Envelhecimento da OMS.
“De fato, o nascimento de um bebê é um momento de mudança de vida, que está ligado ao amor, esperança e emoção, mas também pode causar estresse e ansiedade sem precedentes. Os pais precisam de sistemas de saúde e apoio fortes, especialmente as mulheres, cujas necessidades são muitas vezes negligenciadas quando o bebê nasce”.
O início da maternidade é um momento de grandes desafios e adaptações para muitas mulheres, traz Mudanças físicas e recuperação pós-parto, o corpo passa por diversas mudanças, tanto internas quanto externas. O processo de recuperação física pode ser desafiador, especialmente após um parto vaginal ou cesárea. As mulheres podem lidar com desconforto, dor, fadiga e flutuações hormonais enquanto se recuperam e se ajustam às mudanças em seus corpos.
O cuidado e a atenção constantes exigidos por um recém-nascido podem ser desafiadores, especialmente para mães de primeira viagem. Questões como amamentação, troca de fraldas, estabelecimento de uma rotina de sono e atender às necessidades do bebê podem ser intensas e demandar energia e paciência. Distúrbios do sono: A privação de sono é um dos desafios mais comuns no início da maternidade. Os bebês têm necessidades frequentes de alimentação e conforto durante a noite, o que pode levar a interrupções constantes no sono das mães. A falta de sono adequado pode afetar negativamente a saúde física e mental, tornando esse período ainda mais desafiador.
A maternidade traz uma montanha-russa de emoções. Algumas mulheres podem experimentar sentimentos de alegria, amor intenso e realização, enquanto outras podem enfrentar momentos de tristeza, ansiedade ou sentimentos contraditórios. Essas oscilações emocionais são comuns e podem estar relacionadas a mudanças hormonais, ajustes à nova identidade de mãe e à pressão social e expectativas. Isolamento e solidão: O início da maternidade pode levar a sentimentos de isolamento e solidão. As demandas intensas do cuidado com o bebê, juntamente com a falta de tempo e energia para atividades sociais, podem fazer com que algumas mulheres se sintam isoladas e com dificuldades para manter conexões sociais.
Equilíbrio entre maternidade e vida pessoal: Encontrar um equilíbrio entre ser mãe e manter a própria identidade e vida pessoal pode ser um desafio. A dedicação integral aos cuidados com o bebê pode levar a sentimentos de perda de autonomia e falta de tempo para atividades e interesses pessoais.
É importante lembrar que cada mulher vivencia a maternidade de forma única, e os desafios podem variar de acordo com as circunstâncias individuais. O apoio da família, amigos, grupos de apoio e profissionais de saúde é fundamental para ajudar as mães a enfrentar esses desafios e promover uma transição mais suave para a maternidade.
O Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil reconhece a importância do puerpério e estabelece diretrizes para o cuidado pós-parto, visando garantir a saúde e o bem-estar das mulheres nesse período.
De acordo com o SUS, o puerpério é uma fase fundamental que requer atenção especial, pois envolve a recuperação física e emocional da mulher após o parto. O sistema destaca a importância do acompanhamento adequado da saúde da mulher durante esse período, promovendo ações que visam prevenir complicações e oferecer suporte integral.
O SUS preconiza o atendimento humanizado, respeitando a individualidade e as necessidades de cada mulher. Isso inclui o acesso a serviços de saúde de qualidade, como consultas pós-parto, orientações sobre cuidados com o recém-nascido, apoio na amamentação e atenção à saúde mental.
Entre as diretrizes do SUS para o puerpério, destacam-se:
1- Acompanhamento pós-parto: O SUS preconiza a realização de consultas de puerpério para avaliar a saúde da mulher, verificar a recuperação física, discutir métodos contraceptivos, orientar sobre amamentação e esclarecer dúvidas.
2- Cuidados com a saúde mental: O sistema reconhece a importância de identificar e tratar possíveis alterações na saúde mental das mulheres no pós-parto, como a depressão pós-parto. Nesse sentido, são oferecidos serviços de acolhimento, escuta qualificada e encaminhamento para profissionais especializados.
3- Apoio à amamentação: O SUS promove ações para incentivar e apoiar a amamentação, reconhecendo os benefícios para a saúde da mãe e do bebê. São oferecidos serviços de orientação, apoio técnico, grupos de apoio à amamentação e acesso a bancos de leite humano.
4- Planejamento familiar: O sistema oferece orientação sobre métodos contraceptivos e planejamento familiar, permitindo que as mulheres possam tomar decisões informadas sobre a sua saúde reprodutiva.
A visão do SUS sobre o puerpério é baseada na promoção da saúde integral da mulher, considerando suas necessidades físicas, emocionais e sociais. Ao oferecer serviços de qualidade, acesso a informações e apoio adequado, o sistema busca garantir que as mulheres tenham uma experiência positiva no pós-parto e possam iniciar essa nova fase de suas vidas com saúde e bem-estar.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece o puerpério como um período importante na vida de uma mulher, que se inicia logo após o parto e pode durar até cerca de seis semanas. Durante esse período, ocorrem diversas mudanças físicas e emocionais no corpo da mulher, à medida que ela se recupera do parto e se adapta ao novo papel de mãe.
A OMS enfatiza a importância de proporcionar apoio adequado às mulheres durante o puerpério, tanto em termos de cuidados físicos quanto emocionais. Isso inclui garantir acesso a serviços de saúde de qualidade, informações precisas sobre cuidados pós-parto, apoio psicossocial e acompanhamento profissional, quando necessário. A organização ressalta que o puerpério pode ser um momento de vulnerabilidade para as mulheres, com possíveis impactos na saúde mental, como o surgimento de sintomas de depressão pós-parto. Portanto, é fundamental que os serviços de saúde estejam preparados para identificar e tratar essas questões, oferecendo suporte adequado às mulheres durante essa fase de transição.
Além disso, a OMS destaca a importância do apoio da família, parceiro/a e da comunidade no período pós-parto. O suporte emocional, prático e informativo oferecido por esses indivíduos pode desempenhar um papel crucial no bem-estar da mulher e no estabelecimento de uma relação saudável com o bebê. A visão da OMS sobre o puerpério é voltada para promover uma abordagem holística e centrada na mulher, reconhecendo suas necessidades físicas, emocionais e sociais nesse período de transição. Ao oferecer suporte adequado e informação de qualidade, é possível contribuir para a saúde e o bem-estar das mulheres no pós-parto, fortalecendo-as nessa nova fase de suas vidas.
4 / 7
A saúde mental e a rede de apoio são componentes essenciais no período pós-parto
saúde mental das mulheres após o parto é fundamental para o seu bem-estar e o vínculo saudável com o bebê. Algumas mulheres podem enfrentar desafios emocionais, como a tristeza pós-parto, a ansiedade e, em casos mais graves, a depressão pós-parto. É crucial que as mulheres recebam apoio e atenção adequados à sua saúde mental, tanto durante a gravidez quanto no período pós-parto.
Identificação precoce de problemas: Identificar precocemente sinais de problemas de saúde mental pós-parto é fundamental. Profissionais de saúde, incluindo médicos, enfermeiras e parteiras, desempenham um papel importante na triagem e no acompanhamento da saúde mental das mulheres durante as consultas pós-parto. Além disso, familiares e parceiros próximos também devem estar atentos a mudanças de comportamento e emoções da mãe.
Rede de apoio: Ter uma rede de apoio sólida é fundamental para as mães no período pós-parto. Essa rede pode incluir parceiro/a, familiares, amigos, grupos de apoio de mães ou profissionais de saúde especializados. O apoio emocional, prático e informativo desempenha um papel importante na promoção da saúde mental e no bem-estar geral da mãe. A rede de apoio pode ajudar nas tarefas diárias, fornecer suporte emocional, ouvir e compartilhar experiências semelhantes, reduzindo a sensação de isolamento e sobrecarga.
Serviços de saúde mental: É fundamental que os serviços de saúde ofereçam suporte adequado à saúde mental das mães pós-parto. Isso pode incluir o acesso a profissionais de saúde mental especializados, como psicólogos, psiquiatras ou terapeutas, que possam fornecer avaliação, diagnóstico e tratamento adequados, como terapia individual, terapia em grupo ou, em casos mais graves, intervenção medicamentosa.
Educação e conscientização: Promover a educação e a conscientização sobre a importância da saúde mental pós-parto é fundamental para eliminar o estigma e garantir que as mulheres se sintam à vontade para buscar ajuda. Isso pode incluir a divulgação de informações sobre os sinais de alerta de problemas de saúde mental pós-parto e a disponibilização de recursos adequados para as mães.
A saúde mental e a rede de apoio pós-parto desempenham um papel crucial na transição para a maternidade e no bem-estar geral da mãe. É importante que as mulheres sejam incentivadas a buscar apoio e cuidados adequados, para que possam enfrentar quaisquer desafios emocionais com o suporte necessário, promovendo um início saudável e positivo nessa nova fase de suas vidas.
Maternidade Solo no Brasil    
A maternidade solo, também conhecida como maternidade monoparental, é uma realidade que vem crescendo no Brasil e em diversos países ao redor do mundo. Refere-se à situação em que uma mulher assume a responsabilidade de criar e educar seus filhos sozinha, sem a presença de um parceiro ou cônjuge.
Muitos são os desafios enfrentados pelas mães solteiras no Brasil e como elas superam as barreiras em busca de uma maternidade plena e bem-sucedida.
No Brasil, o número de mães solteiras vem aumentando ao longo dos anos, seja por escolha, divórcio, viuvez ou outras circunstâncias. Essas mulheres enfrentam uma série de desafios, como o estigma social, dificuldades financeiras, sobrecarga de responsabilidades e a necessidade de conciliar trabalho e cuidados com os filhos.
As mães solteiras muitas vezes enfrentam estigma e preconceito, sendo alvo de julgamentos e discriminação. Além disso, elas podem lidar com a pressão emocional de criar os filhos sem um parceiro presente, bem como desafios financeiros, já que a ausência de uma renda adicional pode tornar a maternidade ainda mais desafiadora.
Apesar dos desafios, muitas mães solteiras encontram força e determinação para superar as barreiras. Elas buscam apoio em suas redes sociais, como familiares, amigos e grupos de apoio.
5 / 7
A troca de experiências e o compartilhamento de desafios e conquistas com outras mães solteiras podem trazer conforto e encorajamento.
É fundamental que o governo e a sociedade reconheçam as necessidades das mães solteiras e ofereçam suporte adequado. Políticas públicas que promovam o acesso a serviços de saúde, educação, creches, programas de capacitação profissional e assistência financeira podem fazer uma diferença significativa na vida dessas mulheres.
A maternidade solo no Brasil é uma realidade enfrentada por muitas mulheres corajosas e determinadas. Embora as mães solteiras possam enfrentar desafios significativos, é importante reconhecer sua resiliência e capacidade de superação. É fundamental que a sociedade promova um ambiente inclusivo, livre de estigma, e que as políticas públicas ofereçam suporte e oportunidades para que essas mulheres possam criar seus filhos de maneira plena e satisfatória. Ao valorizar e apoiar as mães solteiras, estaremos construindo uma sociedade mais justa e igualitária.
No entanto, gostaria de compartilhar algumas experiências comuns relatadas por mulheres que assumem a maternidade solo. Lembrando sempre que cada experiência é única e pode variar de acordo com as circunstâncias individuais de cada mãe
Sobrecarga de responsabilidades: Ser mãe solo significa assumir todas as responsabilidades relacionadas à criação dos filhos, desde as tarefas diárias até as decisões importantes. Essa sobrecarga pode ser física, emocional e financeira, exigindo equilíbrio entre trabalho, cuidados com os filhos e a própria vida pessoal.
Desafios financeiros: A maternidade solo muitas vezes implica em lidar com desafios financeiros, pois uma única renda pode ser insuficiente para suprir todas as necessidades da família. As mães solo podem enfrentar dificuldades para conciliar as despesas com moradia, alimentação, educação e cuidados com os filhos.
Rede de apoio limitada: A ausência de um parceiro ou cônjuge pode resultar em uma rede de apoio limitada. As mães solo podem sentir falta de alguém com quem compartilhar as responsabilidades e dificuldades da maternidade, tornando o apoio de familiares, amigos ou grupos de apoio ainda mais importante.
Autoempoderamento e resiliência: Muitas mulheres mães solo desenvolvem um senso de empoderamento e resiliência ao enfrentar os desafios diários. Elas se tornam fortes e determinadas a proporcionar uma vida boa e amorosa para seus filhos, buscando soluções criativas e superando obstáculos.
Amor incondicional: Apesar dos desafios, a maioria das mães solo relata uma conexão profunda e um amor incondicional pelos seus filhos. Essa relação especial é uma fonte de motivação e força para enfrentar qualquer adversidade.
Esses são apenas alguns aspectos comuns relatados por mulheres que vivem a maternidade solo. Cada experiência é única e pode variar de acordo com as circunstâncias individuais. É importante lembrar que o apoio e a compreensão da sociedade são fundamentais para ajudar as mães solo a superar os desafios e criar seus filhos com sucesso.
A perspectiva infantil diante do olhar para a realidade de suas mães pode variar dependendo da idade da criança e de suas experiências individuais. No entanto, existem alguns pontos comuns que podem ser considerados.
Para a criança, sua mãe é uma figura central e significativa em sua vida.
Elas podem ter um forte vínculo emocional com suas mães e olhar para elas com afeto, amor e confiança, As crianças são observadoras atentas do comportamento de suas mães no que diz respeito ao cuidado delas mesmas e das crianças. Elas podem notar a dedicação, o esforço e o carinho que suas mães têm ao cuidar delas, tanto nas tarefas diárias quanto na atenção emocional.
Dependendo da idade da criança, elas podem começar a perceber as responsabilidades que suas mães têm. Elas podem observar suas mães realizando múltiplas tarefas, gerenciando a casa, trabalhando e cuidando delas. Essa percepção pode variar de acordo com o nível de compreensão e maturidade da criança.
As crianças podem notar quando suas mães estão passando por desafios ou enfrentando dificuldades. Elas podem ser sensíveis às emoções de suas mães e podem sentir empatia ou preocupação quando percebem que suas mães estão estressadas, tristes ou cansadas.
As crianças podem desenvolver um senso de apreciação e respeito pelas suas mães à medida que crescem e compreendem melhor as responsabilidades e os desafios envolvidos na maternidade. Elas podem admirar a força, a resiliência e o amor incondicional de suas mães.
É importante ressaltar que cada criança é única e terá uma perspectiva individual em relação à sua mãe e à realidade que a cerca. A idade, a personalidade, as experiências de vida e a qualidade do relacionamento entre a mãe e a criança também influenciam a forma como a criança percebe e interpreta a realidade de sua mãe. O diálogo aberto e a escuta atenta são essenciais para compreender as perspectivas infantis e apoiar o desenvolvimento saudável das crianças.
Cartas para jahmall..
Meu filho, amado escrevo essa carta em quanto embalo você no carrinho de bebê logo o embalo te faz pegar no sono rápido e tem sido nesses momentos que eu tenho lavado suas roupas, preparado minha comida, esterilizado suas mamadeiras, tenho me dedicado ao máximo para poder cumprir minhas responsabilidades com você, as ansiedades e preocupações sobre nosso futuro me pegaram, me vi emergindo de momentos de dor e choros com você em meus braços, filho agora que já nos adaptamos um ao outro sinto que tudo valeu apena, cada insistida em acalentar seu choro, cada momento em que me senti perdida e o pensamento de que estávamos sozinhos batiam a nossa porta me fez continuar insistindo em você, em nós, ele pode ter ido embora mas permaneceremos sempre pois você me tem, quando eu ainda era uma pequena menina, refletia sobre como seria minha família meus filhos e qual nome eu daria a eles.. eu via a maternidade como um um filme de comedia romântica, porém a vida me mostrou que o verdadeiro amor e a verdadeira comédia está na resiliência, dedico essa escrita e pesquisa não só a você meu filho, mas também a todas as mamães solo e a minha mãe que criou eu e minhas cinco irmas de forma solo, mas sempre muito acompanhada de amor!
E para finalizar um trecho de uma musica que cantava sempre para você em quanto estava em meu ventre..
Mas é claro que o sol vai voltar amanhã, mais uma vez eu sei, escuridão já vi pior de endoidecer gente sã.. espera que o sol já vem.
REFERÊNCIAS
01- Seis Estudos de Piscicologia Jean Piaget.
02- Mães-estudantes: a luta pelo direito à educação por -Ana Paula Rosa da Silva e -Juliano Agapito.
03- MANUAL TÉCNICO – SUS – E OMS.
7 / 7
04- livro Gestação, Parto e Nascimento – Uma Visão Holística – de Emerson Godoi Machado.
0 notes
ocombatente · 9 months ago
Text
Atenção: 7 a cada 10 municípios do país não atingem controle de diabetes e hipertensão, diz plataforma
Tumblr media
Dados do Previne Brasil mostram que essas doenças são hoje as com piores desempenho de uma lista de sete indicadores.   Sete em cada dez municípios brasileiros terminaram 2023 sem atingir o mínimo de controle de seus diabéticos e hipertensos, que é dosar a hemoglobina glicada uma vez por ano e aferir a pressão arterial a cada seis meses de 50% dos pacientes com essas condições. Dados do último quadrimestre de 2023 do Previne Brasil, programa federal que vincula parte dos recursos da atenção primária ao cumprimento de metas assistenciais, mostram que essas doenças são hoje as com piores desempenho de uma lista de sete indicadores. Além delas, fazem parte dessa relação a oferta de seis consultas de pré-natal para 60% das gestantes, de atendimento odontológico e testes de HIV e sífilis, além de exame preventivo do câncer uterino para 40% das mulheres entre 25 a 64 anos, e cobertura vacinal (poliomielite e pentavalente) para 95% das crianças. Criado no primeiro ano da gestão de Jair Bolsonaro (PL), os indicadores começaram a ser mensurados em 2020, mas, devido à pandemia de Covid-19, só em 2022 municípios que descumprem as metas passaram a sofrer descontos de verbas federais da saúde. Análise da plataforma ImpulsoGov, organização sem fins lucrativos que atua fomentando uso de dados e tecnologia na gestão pública, mostra que houve melhora no último ano, mas a maioria dos municípios ainda patina no cumprimento das metas. No primeiro quadrimestre de 2022, a taxa de municípios que não tinham o controle mínimo dos seus diabéticos e hipertensos era de 97% e 95%, respectivamente. No fim daquele ano, passou para 83% e 84%, e, em 2023, fechou em 74,8% e 72,8%. O cenário é atribuído a múltiplos fatores. Desde a alta dessas doenças crônicas causada pelo envelhecimento populacional, aliada à falta de profissionais na atenção primária, até problemas de metodologia do sistema de informação do Ministério da Saúde. Segundo Juliana Ramalho, gerente de projetos da ImpulsoGov, o primeiro entrave no cumprimento das metas é o grande número de diabéticos e hipertensos. “As doenças crônicas crescem a cada ano no país, e a população a ser acompanhada aumenta também.” Dados do Observatório da Atenção Primária mostram, por exemplo, que a prevalência de diabetes entre a população adulta do município de São Paulo passou de 8,5% para 12,1% entre 2020 e 2023. São 1.083.135 diagnosticadas com a doença. Ao mesmo tempo, muitas equipes de atenção primária à saúde estão desfalcadas, o que traz impactos negativos para assistência e para o registro de dados nos sistemas de informação. “Se eu não tenho médico e enfermeiro na equipe, eu já perco porque essas condições crônicas têm critérios que só esses profissionais podem preencher.” Ela afirma que o não cumprimento de metas municípios também está ligado a problemas processuais. “Talvez essa população esteja sendo acompanhada, mas o sistema de informação não está sendo alimentado como deveria”. Por exemplo, se chega uma pessoa com hipertensão na unidade de saúde, a prioridade do profissional será aferir a pressão arterial, e não necessariamente preencher o sistema de informações com dados, nos campos exatos que o Ministério da Saúde pede. Para Mauro Junqueira, secretário-executivo do Conasems (Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde), os dados do Previne Brasil não condizem com a realidade. “Para hipertensão é uma consulta médica e uma aferição a cada seis meses. A gente não faz? A gente faz muito e todo dia, mas o sistema do ministério é frágil para isso, a gente está discutindo para reformular a metodologia de cálculo.” Uma das questões é que, para o cálculo de metas do programa, é considerada toda a população brasileira sem descontar os 25% que têm plano de saúde e, provavelmente, não usam o SUS para acompanhamento de condições crônicas. “Esses 50 milhões usam o SUS para urgência e emergência, alta complexidade, para tomar vacinas, mas não usam diretamente a unidade básica de saúde.” Junqueira afirma, contudo, que o controle dessa alta carga de doenças crônicas também enfrenta obstáculos assistenciais provocados pela rotatividade muito grande nas equipes de saúde e da presença de médicos recém-formados na UBSs. “Tudo isso impacta na atenção básica lá na ponta.” Segundo ele, a atual equipe do Ministério da Saúde, especialmente a Secretaria de Informação e Saúde Digital, está trabalhando para que os dados alimentados na unidade de saúde se transformem em informações e cheguem às equipes em tempo real. “Não dá para gente esperar um ano, para o ministério processar as bases de dados e um ano depois falar: ‘em janeiro do ano passado, você deixou de fazer isso aqui. Tenho que ter essa informação real na mão para conseguir mapear e atuar rapidamente.” Procurado, o Ministério da Saúde informou que está em discussão uma nova proposta de financiamento da atenção primária, que envolve, inclusive, mudanças no programa Previne Brasil, mas que não poderia adiantar nada neste momento. A Folha apurou que a proposta prevê, entre outras coisas, aumento das equipes de saúde da família, mudança da metodologia dos repasses de recursos aos municípios e inclusão de 15 novos indicadores do Previne Brasil, entre eles controle das arboviroses e satisfação do usuário do SUS. A mudança tem esbarrado na falta de verbas orçamentárias por parte do ministério e na resistência de cerca de 530 municípios que perderiam recursos, em torno de R$ 200 milhões, com a nova metodologia de cálculo. Até o momento, está acertado que os municípios terão um ano para se adaptar às novas regras e que os novos indicadores do Previne Brasil só passarão a valer quando o sistema de informação do ministério tiver condições de fornecer dados aos municípios em tempo real. Read the full article
0 notes
nathalia-belletato · 11 months ago
Text
Nathalia Belletato fala sobre estresse materno
Tumblr media
Na entrevista, Nathalia Belletato, enfermeira do SUS, abordou estudos que estabelecem uma conexão entre o estresse materno e complicações no desenvolvimento neurológico fetal. O estresse durante a gravidez pode afetar tanto a mãe quanto o bebê, aumentando o risco de complicações obstétricas, parto prematuro e baixo peso do recém-nascido. Pesquisas indicam que a exposição ao estresse pode impactar o desenvolvimento neurológico do bebê, influenciando modificações epigenéticas no DNA. Nathalia destaca a importância de abordar o bem-estar emocional das gestantes, promovendo práticas de redução de estresse. Recomenda-se apoio da comunidade, acompanhamento psicológico no pré-natal, atividades relaxantes e redes de apoio para mitigar o estresse durante a gravidez.
0 notes
blogpopular · 20 days ago
Text
A importância do pré-natal na gravidez: Quais cuidados são essenciais
A gravidez é um período de mudanças significativas no corpo da mulher, e o pré-natal desempenha um papel crucial para garantir a saúde da mãe e do bebê. A importância do pré-natal na gravidez está em acompanhar a evolução gestacional, identificar possíveis riscos e oferecer orientações para uma gestação segura e saudável. Neste artigo, vamos explorar por que o pré-natal é indispensável, quais são…
0 notes
rodadecuia · 1 year ago
Link
0 notes
schoje · 4 months ago
Text
Foto: Arquivo/Secom Com o tema “Tabagismo: os danos para a gestação e o bebê”, este ano o Dia Nacional de Combate ao Fumo, em 29 de agosto, tem o objetivo de incentivar as mulheres a pararem de fumar durante a gestação. Por conta disso, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) alerta para os danos e riscos que o hábito de fumar causa para a saúde da mãe, do bebê e das pessoas que convivem no mesmo ambiente. Criado em 1986, pela Lei Federal nº 7.488, o Dia Nacional de Combate ao Fumo tem como objetivo reforçar as ações nacionais de sensibilização e mobilização da população brasileira para os riscos de saúde e os danos sociais, políticos, econômicos e ambientais causados pelo tabaco. Este ano, o foco está nas ações para parar de fumar durante a gestação, já que o hábito de fumar apresenta várias ameaças à saúde, pois afeta negativamente o feto e a mãe que fuma durante a gravidez. Os prejuízos também ocorrem nos recém-nascidos, crianças, adolescentes e jovens que convivam no mesmo ambiente, expostos ao fumo passivo, aumentando a probabilidade de iniciação ao tabagismo. “Os malefícios do cigarro já são conhecidos para os adultos e para os bebês, ele também traz uma série de problemas. As toxinas do cigarro ultrapassam a placenta e com isso causam vários efeitos adversos, como restrição do crescimento, nascimento com peso inferior, malformação congênita, podem desencadear parto prematuro e até mesmo morte fetal ou abortamento”, explica Camilo Fernandes, médico pneumologista da SES. Outro alerta é com relação às mães que voltam a fumar logo após o nascimento dos bebês. “Esse bebê exposto à fumaça do cigarro, no mesmo ambiente da mãe, pode desenvolver diversos problemas respiratórios, com maior risco de infecções respiratórias, otite, sinusite e até mesmo asma. Além disso, o fumo passivo aumenta o risco de morte súbita desse bebê. Sem falar da exposição crônica à fumaça que pode desencadear doenças cardíacas e até mesmo câncer”, alerta Fernandes. Por isso, são fundamentais as consultas de pré-natal. “Nesses atendimentos, é extremamente importante que os profissionais de saúde abordem o tema com a gestante, nem que seja dois minutos de conversa. É preciso apoio familiar, apoio de grupos motivacionais para que essa gestante para de fumar”, finaliza o médico. Tabagismo em SC No ano de 2023 em Santa Catarina, 10.744 pessoas procuraram tratamento para parar de fumar pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Destes, 8.236 tinham entre 18 e 60 anos, 2.393 de 60 anos ou mais e 115 tinham 18 anos ou menos. “Se você deseja parar de fumar, procure a Secretaria de Saúde de seu município e informe-se sobre qual unidade de saúde mais próxima de sua residência tem disponível o Programa de Controle do Tabagismo oferecido pelo SUS”, destaca Adriana Elias, enfermeira e coordenadora Estadual de Controle do Tabagismo. Dessa forma, das mais de 10 mil pessoas que iniciaram tratamento, 42% conseguiram largar o vício. “A maioria dos fumantes fez em média 3 a 4 tentativas até parar definitivamente de fumar. Continuar tentando é fundamental”, destaca Adriana. De acordo com os dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico – (Vigitel 2021), o uso de produtos de tabaco fumado é mais frequente do que o de produtos não fumados, sendo mais relevante na forma de cigarro industrializado. Ainda conforme a mesma pesquisa, a frequência de fumantes adultos, maiores de 18 anos, é de 8,8% em Florianópolis, sendo a maioria homens. Já com relação aos fumantes passivos, maiores de 18 anos, a frequência ficou em 6,9%. Mais dados sobre o tabagismo podem ser acessados aqui.https://dive.sc.gov.br/phocadownload/doencas-agravos/Tabagismo/Publicações/infografico-tabagismo-08-2023.pdf Legislação em SC Em Santa Catarina, a Lei 18.897/2024 proíbe fumar cigarro e derivados do tabaco em parques e playgrounds públicos e privados. A norma foi publicada no Diário Oficial do Estado em 22 de abril de 2024 e estabelece uma multa de R$ 840 para quem infringi-la.
O objetivo da lei é criar ambientes mais saudáveis e livres da fumaça do tabaco, protegendo a saúde dos frequentadores, especialmente crianças. A Lei 18.897/2024 complementa a Lei Estadual 7.592/1989, que proíbe fumar em locais fechados. Mais informações:Assessoria de ComunicaçãoSecretaria de Estado da Saúde(48) 99134-4078e-mail: [email protected] Fonte: Governo SC
0 notes
gazeta24br · 1 year ago
Text
O puerpério vai muito além das mudanças físicas e hormonais enfrentadas pelas mulheres. De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), 25% das mães no Brasil enfrentam a depressão no início da maternidade. Estudo realizado por estudante de Psicologia do Centro Universitário de Brasília (CEUB) aponta disparidades na prevalência e gravidade da depressão pós-parto entre gestantes que receberam cuidados pré-natais na rede pública e privada de saúde. Além de colocar em risco a saúde mental das mães, o quadro reflete de forma profunda no desenvolvimento infantil e na dinâmica familiar. Os resultados da pesquisa destacaram diferenças significativas nos escores médios da Escala de Depressão Pós-Parto de Edimburgo (EPDS). O grupo de 32 mulheres atendidas pelo Serviço Único de Saúde (SUS) exibiu uma média de 12,16, enquanto o grupo da rede privada registrou 8,63. Outro ponto de alerta é que 31,25% das participantes do SUS indicaram já terem tido algum tipo de ideação suicida, sendo no grupo privado o percentual de 9,38%. “Estes dados nos mostraram que as participantes do Grupo SUS tinham um adoecimento mais grave que as do Grupo Privado”, aponta a pesquisadora Rebecca Ribeiro. Segundo ela, é possível perceber, a partir da caracterização do estudo, que as participantes do grupo SUS carregam mais fatores de risco e de vulnerabilidade em todos os aspectos: econômicos, sociais, obstétricos, além de terem mais experiências negativas com os serviços de saúde durante o acompanhamento da gestação, parto e pós-parto. “Quem sofre é a mulher, mas esse sofrimento está relacionado a uma história de vida e a um contexto social”, destaca a aluna do CEUB. Ela também aponta a necessidade do desenvolvimento de uma escala brasileira de rastreio da depressão pós-parto, que contemple estes fatores sociais e econômicos. "O Brasil é um país com grandes desigualdades e a Escala de Edimburgo, apesar de mundialmente utilizada, não reflete todos os fatores de vulnerabilidade aos quais as mães brasileiras estão expostas". O orientador da pesquisa e professor de Psicologia do CEUB, Sérgio Henrique Alves, afirma que os resultados alertam para a necessidade de melhorias na política de saúde pública voltada à assistência pré-natal no Brasil. De acordo com o professor, já existem políticas em funcionamento no país, mas os achados revelaram uma maior propensão para depressão no SUS, especialmente por essas mulheres terem um histórico de vida de vulnerabilidade social e econômica. “Esses aspectos já interferem significativamente nos efeitos do pré-natal”, considera. Pré-Natal Integrado O orientador da pesquisa afirma que, na rede pública de saúde, os cuidados durante a gravidez tendem a ser mais generalizados, com esforços para integrar serviços de saúde mental. Já na rede particular, há uma abordagem personalizada e acesso a uma gama de recursos e especialidades, embora com custos elevados. “A rede pública busca atender uma população mais ampla, enquanto a particular oferece maior comodidade e opções individualizadas, refletindo diferenças estruturais, financeiras e de acesso aos serviços de saúde”, explica. Sérgio indica a implementação de práticas desde o início da gestação na rede pública, unindo uma equipe interdisciplinar e envolvendo profissionais de diversas áreas, como nutrição, medicina e psicologia, com o objetivo de capacitar as gestantes a compreenderem a importância desses cuidados e identificarem precocemente sinais de possíveis problemas de saúde mental. “Essa abordagem abrangente tem o poder de aprimorar o suporte oferecido durante a gestação, beneficiando diretamente as futuras mães”, considera. A autora da pesquisa, Rebecca Ribeiro, destacou a utilização do pré-natal como um espaço de desenvolvimento social e psicológico das mulheres. “O pré-natal, que é uma das políticas de saúde com maior cobertura nacional, pode ser um instrumento para promover discussões e ações que visem o aumento dos índices de escolaridade, empregabilidade e renda feminina”.
0 notes
amazoniaonline · 2 years ago
Link
0 notes
latribune · 2 years ago
Link
0 notes