#Poeira da Luz
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unspokenmantra · 2 months ago
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dreamwithlost · 7 months ago
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⋆౨ৎ˚.AMIGOS?
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Jaehyun x Reader
Gênero: Friends to lovers
W.C: 1k
Avisos: Insinuação de sexo
ᏪNotas: Eu tava a muito tempo com essa ideia de paixão de melhores amigos na cabeça, e então ela finalmente saiu, tá curtinha pra se deliciar rapidamente! Então espero que gostem meus amores ❤️ Boa leituraaa 💐
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— Você é minha melhor amiga — Jaehyun sussurrou.
— Nós somos amigos? — Você questionou o Jeong, dando um passo para frente — Nós somos amigos mesmo Jaehyun? Por que não parece — Sua voz agora se manisfestou mais alta devido ao nervosismo— Você vai literalmente embora daqui uma semana e não me disse porra nenhuma!
— Eu só não queria...
— Não queria o que? — Você o encarou erguendo as mãos na altura do peito em sinal de indignação quando a fala do mesmo cessou no meio da construção.
Você nem ao menos sabia o porque estava tão nervosa... Suas mãos estavam suando, seu olhar cerrado, seu coração quase que escapando de sua boca, assim como Jaehyun iria escapar de suas mãos.
Porque você estava tão irritada?
— Por que você está tão irritada? — Fora a vez do rapaz questionar, parecendo alterado também — Você sequer falou comigo direito no último mês.
Oh, era isso... Por isso você estava irritada.
Você conhecia Jaehyun desde o ensino médio, e seguiram juntos na faculdade de direito, havia sido ele que despertou em seu peito essa sua paixão por advogar, havia sido ele que lhe abraçou quando você mais precisou enquanto estava a milhares de quilômetros longe da sua família, havia sido ele que te aplaudiu de pé quando seu diploma foi entregue, quando ganhou seu primeiro caso, quando e quando, e quando...
E fora exatamente por esses motivos que, após a faculdade, você havia se afastado dele.
Pois havia se apaixonado pela cara que te considerava uma irmã.
Mas acontece que há poucas horas atrás, quando finalmente a saudade em seu peito tomou conta do seu ser, e você decidiu ir atrás dele, a notícia que o moreno iria embora para Londres a trabalho foi soprada em seu ouvido pelo porteiro fofoqueiro do prédio.
Quando seus pés finalmente chegaram na residência do rapaz, não demorou muito para, após ver as malas sobre a cama, uma briga se inicializar, afinal, Jaehyun sempre disse que você era pavio curto.
Mas você só estava... Com medo.
— Eu... — Você murmurou.
— Viu? — O Jeong retrucou, sendo a vez do moreno de dar um passo em sua direção no meio daquela sala de estar minimalista e antiquada — Você nem sabe o porque se afastou — E então virou as costas para você, começando a caminhar para o quarto.
— Eu fiz isso porque te amo, Jaehyun — Você disse sem exitar, pela primeira vez — E não é como um amigo, eu te amo, amo — Suas mãos se fecharam em punhos, apreensiva por tamanha ousadia que teve.
E então os passos de Jaehyun cessaram, e o rapaz voltou a caminhar em sua direção, lentamente.
— E eu — Ele começou, enquanto se aproximava — Eu não te contei pois te amo, você parecia bem sem mim... E não saberia como me despedir de você,
Os passos do moreno cessaram quando o mesmo se encontrava apenas alguns passos a sua frente, você sentiu seu coração acelerar de uma forma que nunca havia sentido antes. Os feixes da luz alaranjada do crepúsculo refletiam pela vidraça da sala, colorindo o rosto do dono da residencia, o peitoral largo do mesmo subindo e descendo conforme respirava, a poeira que voava pela passagem, tudo parecia até mesmo estar em câmera lenta enquanto seus olhos voltaram a se fixar naquele mar castanho e infinito de seus olhos.
Aquilo era tão surreal que parecia estar sendo transmitido em uma televisão, não acontecendo de fato na sua vida.
Você deu mais um passo para frente, também se sentindo em câmera lenta, e fez com que a distância entre vocês se tornasse quase nula, e a respiração de ambos começasse a se misturar em meio a danças de luzes do Sol poente mais a direita.
— Então não se despede — Você sussurrou, finalmente.
Jaehyun não respondeu a sua sugestão, não quando seus olhos estavam mais focados em seus lábios do que no que eles diziam. Você também não se importou muito com isso, não quando suas mãos foram magneticamente até a nuca do rapaz, se entrelaçando e o puxando para mais perto ainda, acabando de vez com aquela distância maldita que restava entre suas bocas. Você sentiu as mãos musculosas do moreno agarrarem a sua cintura, grudando os seus corpos com tamanha urgência enquanto suas línguas se misturavam em um beijo fervoroso. O vestido amarelo que usava roçou no início de sua coxa, denúnciando que estava sendo levantado devido a tamanho atrito, por mais que você não fosse se importar se Jaehyun terminasse de tira-lo de vez, assim como aquela camiseta branca de botões que o mesmo estava usando, e escondiam o seu peitoral definido.
Seus pés começaram a dar pequenos passos para trás enquanto Jaehyun lhe guiava para o sofá a uma curta distância de vocês, o qual pouco tempo depois, ambos tombaram sobre, fazendo com que o rapaz caísse por cima de seu corpo e encaixa-se uma de suas pernas no meio das suas. Uma risada abafada fora solta em uníssono por vocês devido a pequena falta de ar que estavam.
— Você... Você viria comigo? — Jaehyun questionou enquanto te admirava abaixo dele, uma parte de seu cabelo caindo sobre seus olhos, sendo impedido de tira-lo dali já que suas mãos estavam apoiadas ao lado de seus frágeis ombros, mantendo a estrutura para não cair sobre você — Eu sei que é egoísta, mas você largaria sua vida aqui para vir comigo?
Você ergueu uma de suas mãos, e retirou o cabelo da frente do rosto do moreno.
— Você é a minha vida, Jaehyun — Sussurou uma verdade que por muito tempo havia escondido — Eu só preciso estar onde você estiver.
Jaehyun sorriu, deslizando uma de suas mãos por sua perna, subindo pela sua coxa e agora sim, levantando de fato o seu vestido.
— Você tem certeza? Não vai se arrepender? — Ele indagou, voltando a te encarar, o que lhe fez fingir um bufar de impaciência.
Você, ainda abaixo do rapaz, apoio seu corpo com os cotovelos para se erguer um pouco, fazendo com que seus lábios alcançassem uma das orelhas do moreno.
— Eu vou me arrepender se você não tirar logo essa calcinha, isso sim — Murmurou, mordendo suavemente o lóbulo do rapaz.
Você sentiu a risada anasalada de Jaehyun tocar o seu pescoço antes do mesmo beijar a região, percorrendo de sua clavícula até próxima a sua orelha, onde o mesmo, semelhante à você, apenas sussurrou:
— Não posso permitir que um arrependimento desses aconteça com a minha melhor amiga.
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universeyou · 2 months ago
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O universo é vasto, infinito e repleto de mistérios que fogem ao nosso controle. Entre estrelas que explodem em supernovas e galáxias que dançam ao som da gravidade, há um caos harmônico, onde tudo parece ter seu lugar e propósito. Mesmo assim, aqui estou eu, tentando entender por que não fui a sua escolha.
Parece injusto, não é? Afinal, em um cosmos com trilhões de possibilidades, por que as nossas linhas, que se cruzaram por um instante, não puderam se entrelaçar para sempre? É como se o universo tivesse brincado de alinhamento perfeito, apenas para, em seguida, dispersar as estrelas do nosso céu.
Talvez eu esteja buscando respostas nas constelações erradas, tentando decifrar signos invisíveis em meio a uma imensidão que não responde. Talvez seja como a gravidade: uma força que sentimos, mas não vemos, e que, às vezes, nos atrai para longe em vez de nos manter próximos.
Mas o universo não explica. Ele apenas acontece. Assim como você, que aconteceu em minha vida como um cometa: brilhante, rápido, e deixando um rastro que ainda ilumina as minhas noites. Não fui sua escolha, e talvez nunca entenda o motivo. Talvez nunca seja sobre o "porquê", mas sobre o fato de que, por um breve momento, existimos juntos, dividimos o mesmo espaço, a mesma luz.
No final, somos todos poeira estelar. E, embora não tenha sido sua escolha, carrego a faísca desse encontro em mim, como um fragmento perdido de alguma constelação maior. E, quem sabe, em outra parte desse universo infinito, nossas estrelas voltem a se alinhar.
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caffeinar · 1 month ago
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"Enquanto eu arrumava os destroços dentro de mim, você apareceu. Nosso encontro foi um constante movimento de altos e baixos, como se estivéssemos tentando, sem sucesso, reconstruir as ruínas deixadas pelas tempestades que nos devastaram. Eu te ajudei a organizar um pouco do caos no seu coração, com todo o cuidado de quem toca algo já quebrado demais para suportar outro golpe. E em troca, você me convidou a vagar pelo labirinto dos seus pensamentos sombrios, e eu, sem pensar nas consequências, abri-lhe as portas do meu coração.
Você entrou. Lhe convidei a conhecer meu espaço de vulnerabilidades e profundezas, acreditando, com uma ingenuidade cruel, que você enxergaria algo além dos espinhos que protegiam meu jardim de entrada. Enquanto eu, de mãos nuas e machucadas, arrancava os espinhos para que você passasse sem se ferir, você se aproximou. Por um instante, tentou ajudar, mas bastaram as primeiras pontadas para que você vestisse luvas tão grossas que não só afastaram a dor como também qualquer possibilidade de toque real. Enquanto eu permanecia ali, com as mãos feridas e a sangrar, você explorava os cômodos vastos da minha alma como quem remexe gavetas alheias sem a intenção de guardar nada no lugar.
Nos dias que seguiram, você trouxe a esperança de um “nós” que nunca existiu. Trouxe sorrisos que pareciam sinceros, risadas calorosas, abraços íntimos que aqueceram partes de mim que eu já não lembrava existirem e palavras que soavam como abrigo. Foi como se você, num gesto despreocupado, jogasse confetes pelo ar para disfarçar o caos. Por um instante, foi quase divertido. Você foi a luz que interceptou as gotículas que desciam dos meus olhos, formando um arco-íris efêmero após a longa tempestade — um engano que desapareceu antes mesmo que eu pudesse tentar tocá-lo.
Eu quis acreditar. Acreditei que, talvez, dessa vez, a bagunça fosse menos dolorosa. Por um momento, eu ri — com uma ingenuidade que me fez esquecer dos escombros que me cercavam. Mas, como um fenômeno raro que existe apenas para ser admirado à distância, você foi breve. Quando a escuridão voltou a se aproximar, você simplesmente se foi. Eu tentei seguir seus passos, desesperada para encontrar respostas, mas não fui capaz de acompanhá-lo. Você se movia com a rapidez de quem já estava acostumado a fugir, e eu fiquei para trás, sozinha, perdida na poeira que você deixou no ar e nos sentimentos que abandonou.
Agora, tudo o que resta é um jardim marcado pelos espinhos que arranquei com tanto esforço, sem que você sequer olhasse para o espaço que abri. Confetes espalhados pelo chão, agora tão tristes quanto o silêncio que ficou. E o vazio, imenso e esmagador — este sempre foi meu. Agora, o vazio parece maior do que antes, como se tivesse absorvido não só o que você deixou para trás, mas também pedaços de mim que eu sequer sabia que estavam vulneráveis. Ele se infiltra pelos corredores da minha alma, ocupando cada canto que antes guardava a esperança.
Sempre foi eu quem ficou com o trabalho de reorganizar o caos, de dar sentido ao que nunca teve sentido. Cabe a mim, mais uma vez, recolher os pedaços e aceitar que essa bagunça feita entre nós dois sempre esteve destinada a ser apenas minha. Eu deveria saber disso, mas permiti que você segurasse a caneta e rabiscasse sobre as minhas ruínas. No fim, o desfecho foi: uma bagunça que apenas eu ficaria para limpar e organizar.
A sua passagem pela minha vida nunca foi para ficar, mas apenas para lembrar que eu sou a única constante no meu próprio sofrimento."
— Lunna.
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intensidade-livre · 20 days ago
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Minhas palavras não vão te alcançar no escuro, onde teu silêncio faz morada e teus passos se escondem. Eu as lanço como estrelas cadentes, esperando que risquem teu céu e tragam à tona o brilho que era nosso.
A saudade é uma sombra que me envolve, fria e densa, sussurrando teu nome como um eco em um vale sem fim. Eu busco teu rosto em cada lembrança, teus olhos nos reflexos da noite, mas o vazio responde com seu abraço gelado.
Eu te amei com a luz de mil auroras, com a intensidade de mares revoltos. Agora, restam apenas palavras soltas, um coração que bate na esperança de um retorno. Mas sei que o escuro onde estás não cederá ao toque das minhas mãos.
Mesmo assim, continuo escrevendo, desenhando tuas formas na poeira do tempo, guardando tua ausência como quem guarda um tesouro. Porque, mesmo longe, mesmo perdida, a saudade é a prova viva de que tu ainda existes em mim.
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quebraram · 3 months ago
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No meu quarto os ecos da tristeza pairam pelo ar como sombras, sussurrando segredos que eu não quero ouvir. As paredes são testemunhas diárias que guardam na memória todos os choros e gritos silenciados no travesseiro para não incomodar ninguém. Na vida das pessoas eu sou sempre o erro, o problema, o fardo, a tragédia, a ilusão, o prejuízo, a perda de tempo, o que não vale a pena... Mas nunca o acerto. Nunca o que merece amor. E é tão triste perceber tudo isso, parece que eu nunca represento ou trago nada de bom para a vida das pessoas, parece que eu só nasci para ser visto como o pior, como a parte feia, por mais que eu tente, por mais que eu dê o meu melhor. Sentado na beirada da minha cama em meio a crises, me pego observando a poeira que flutua sob a luz fraca, cada grão é uma lembrança, uma história não contada, uma dor nunca estancada e os longos desabafos que ninguém nunca ouve. A tristeza se torna uma companheira constante, uma presença palpável que se agarra a mim se tornando parte do tecido da minha existência. Em um mundo onde todos parecem encontrar o seu lugar, eu me pergunto se algum dia serei mais do que uma mancha feia ou um rasgo no tecido da vida dos outros. Às vezes, a vontade de gritar se transforma em um sussurro, as palavras que desejo dizer se perdem em meio a um oceano de incertezas, enquanto o desejo de ser visto, amado e querido se dissolve em um mar de indiferença. Eu olho para os outros ao meu redor e vejo a vida passando, aprecio de longe as interações que provavelmente eu nunca terei, que eu nunca farei parte, que eu nunca alcançarei. É meio deprimente e egoísta, mas às vezes o sorriso das pessoas se tornam lâminas que saem cortando fundo aqui dentro e aumentando a sensação de não pertencimento e de insuficiência. Mas talvez um dia eu consiga, mesmo que por um instante, provar para mim mesmo que posso ser mais que tudo isso. Porque no momento eu sou só tristeza e insuficiência, incapaz de ser visto como merecedor.
— O meu nome é solidão, D. Quebraram.
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geniousbh · 9 months ago
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Flor como tuacha que os meninos confortariam a leitora numa situação em que ela não tem uma boa relação com a mãe e tem trauma com tratamento de silêncio mas não sabe que é isso, os meninos e fazem a minima ideia e quando descobrem faz muito mais sentido
ai vidinha vamos entrar em assuntos polêmicos aqui play betting on losing dogs e roda o filme coraline pra nós filhos de narcisistas👊🏻👊🏻✍🏻 não vou conseguir focar mt no tratamento de silêncio pois sinto q ficaria meio pessoal dms😨 (tudo a partir de agr é baseado nesse cenário de pais tóxicos bjs)
eu tenho pra mim que o pipe na primeira vez que foi na tua casa estranhou bastante alguns comentários que sua mãe fez, e achou ainda mais estranho você >uma adulta< se esquivar e seguir como se fosse normal, ainda que fossem comentários nada saudáveis. ele com certeza pararia o carro uma rua antes na volta pra casa e então te olharia "nena, 'cê não acha que sua mãe extrapolou com aquelas coisas?", e assim, se você quisesse conversar sobre isso ele SUPER ouviria (enquanto faz carinho na sua mão, ou então na sua bochecha), mas se vc se mostrasse relutante, o felipe faria uma nota mental sobre o ocorrido, e deixaria em stand-by (pq ele é outro que sente dificuldade de falar sobre os sentimentos abstratos ent n forçaria)
o matías ia ficar puto, desculpa quem não concorda, mas o matías acha inaceitável, ele teve uma relação boníssima com os pais, pais liberais e que o apoiam até hoje, então pra ele ouvir sua mãe querendo te magoar ou reduzir suas conquistas é enfurecedor, e como este rapazinho é um grande boca de sacola soltaria logo um "com todo o respeito, dona, mas a senhora tá agindo igual uma vagabunda" (isso porque ele se segurou MUITO antes de não aguentar e falar), e é lógico que isso geraria um puta desconforto, a famosa torta de climão, e o matí ficaria permanentemente assim 😠 enquanto estivesse na casa dos seus pais. quando vcs chegassem no seu apê ele ia te abraçar muito apertadinho e ia te ouvir falar tudo, "a gente vai evitar ao máximo ir, bebita, prometo!" (e ele secretamente comentaria algo com a mãe dele e ela começaria a bem sutilmente se inserir na sua vida como uma segunda mãezinha)
o enzo é muito chegado na família, ele vive falando que ambos os pais sempre foram muito esforçados, que o pai teve várias funções na vida e que passou pr ele o que era responsabilidade e resiliência, e a mãe dele uma mulher mt doce que sempre estava lá por ele, E ele como seu namorado vivia te perguntando o pq de vc não comentar muito, contornar os assuntos relacionados, até que você escreve uma cartinha, deixa em cima das coisas dele e sai pra trabalhar. ele lê a carta com aquela típica expressão 🥺 e mão no peito (vc contando todos os abusos psicológicos, e ele pensando que vc é tão forte e incrível e que nunca deixou transparecer). te mimaria muito quando vcs estivessem em casa juntos de novo e nunca mais perguntaria (a menos que fosse inevitável)
o kuku tem abordagem parecida com o enzo, mas vejo ele te acudindo depois de uma discussão feia em que sua mãe te menosprezou, ele completamente horrorizado, solta um "eu sou grato por ter dado a luz ao amor da minha vida, mas acho que existe um limite pra tudo, e enquanto a senhora, como mãe, não reconhecer os seus erros eu não deixo ela voltar mais aqui" (falando grosso e firme ain), e te leva pra casa, te cuida, beija seus olhinhos inchados de chorar e conversa só quando a poeira abaixa, explica a necessidade de uma terapia e que tá disposto a te levar e buscar do terapeuta se isso te deixar mais confiante. kinda husband material (people died🤯🎀)
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piristephes · 7 months ago
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Springtime, springtime, how the memory fades… At the riverbanks of Lethe, I forget your face. A man dressed in shadow and gold in the bone throne And a dreaded queen who knew the sunflower of yonder. The wails of the dead, like hisses born of dust, compare it not to the sad cold winds above!
O Demeter, your cries by the Earth are heard! She reverberates and denies fruit much labored! But remember, says the Nine-Mother, of times before… For Persephone shall come home, guided by light of torch.
So hope. Hope. Bring hope once more.
For Persephone shall come home, as sure as Night will fall.
português:
Primavera, primavera, como se desfaz a memória... Nos ancos do Lete, esqueço-me de tua face notória. Um homem vestido em ouro e sombra no trono de ossos E uma rainha temida que conheceu o girassol de além. Os lamentos dos finados, como o sibilo nascido da poeira, não compares com os tristonhos e gélidos ventos acima! Ó Démeter, teus choros pela Terra são ouvidos! Ela reverbera-os e nega o fruto mui trabalhado! Mas lembrai, diz a Mãe de Nove, de tempos idos... Pois Perséfone chegará em casa, pela luz de tocha guiada! Tem esperança. Espere. Esperançai uma vez mais. Pois Perséfone chegará em casa, decerto como a Noite cai.
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esquartejadora · 8 months ago
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Aspirador
As palavras ecoam na minha cabeça sem parar e imediatamente me afogo no choro. É que eu tenho tanto medo das mesmas histórias se repetirem que parece que, involuntariamente eu to fazendo a história se repetir: quando eu só sei te amar. Mas o problema é que tenho muitas feridas e elas me impedem de me entregar totalmente para quem amo. São tantas situações imaginárias e minúsculas que passam pela minha cabeça que acumulam como poeira e, tudo que eu queria era um aspirador mental pra limpar todo esse pensamento para assim, dar luz para o que realmente importa: eu e você.
Meu querido, eu quero passar um dia inteiro ao seu lado sem pensar em paranoias, sem achar nada que não tenha me dito. Apenas estar ao seu lado e te amar: te amar de uma forma que nunca imaginei e melhor ainda, mais do que eu pensei que poderia. (tenho a impressão que) Parece que você me ama também porque nunca alguém insistiu tanto tempo em mim. Porém, meu problema é supor que vou ser largada como uma qualquer de novo, que tudo que vivemos foi em vão. Você nem imagina o tanto que orei pra ter alguém que me respeite, que me ame, que me admire, que me trata com carinho e, finalmente estou com essa pessoa. Todavia, minha cabeça parece que não permite a minha felicidade. Eu só quero voltar a ter meus 16 anos novamente e te amar como a primeira vez que amei e continuar a te amar até o fim da vida, livre de problemas passados, desconfianças, situações externas que impedem nosso namoro.
Só que acima de tudo, o que eu quero é passar os dias mais felizes possíveis ao seu lado. Tudo que eu quero é tirar um sorriso seu. Tudo que eu quero são beijos na testa, abraços longos e palavras de carinho que sejam espontaneamente suas. Eu não quero que venha a ser de outra pessoa, eu só desejo você. Eu só quero viver o amor que sempre sonhei, o amor que eu mereço e quero muito também poder te proporcionar isso.
Sabe o que eu odeio em nós? Eu odeio quando a gente fica chateado um com o outro; Eu odeio quando fico sem falar com você; Eu odeio não passar o tempo com você; Eu odeio não sair com você; Eu odeio não fazer alguma comida duvidosa com você; Eu odeio ficar sem suas cócegas; Eu odeio ficar sem olhar pro seu rosto; Eu odeio quando você não me envia reels diariamente; Eu odeio quando não me dá atenção; Eu odeio quando você não faz suas palhaçadas que eu fico irritada toda vez; Eu odeio ficar distante de você; Eu odeio quando não me enche de elogios quando vê uma foto minha e principalmente, eu odeio estar sem você. Mas eu juro, que vou odiar mais ainda se as promessas forem quebradas. Mais ainda, eu vou odiar amar você.
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maodedefunto · 1 month ago
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Especial de Natal 🎄
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Luzes de Natal
Nota da autora: romance, paixão, sexo?
Aí… gente, me perdoa, mas eu mudei muitas coisas no meio do caminho e não tive tempo de revisar. Consequentemente, esqueci que o rascunho estava programado
Número de palavras: 6281
É raro, quase impossível, encontrar quem não goste do Natal. Raríssimos, como criaturas míticas, são os que desprezam essa data que, de tão querida, parece existir fora do tempo. Mas não é o caso dela, a nossa protagonista, que agora está na cozinha. Ali, com a mãe e a irmã, divide risadas, conversas soltas e o perfume bom de comida sendo preparada. A cozinha, ampla e luminosa, parece respirar alegria. Os detalhes vermelhos nos eletrodomésticos e as guirlandas penduradas conferem àquele espaço o abraço de um lar. No fundo, uma playlist de músicas natalinas — nem todas do seu agrado, mas todas curiosamente pertencentes àquele momento:
"Natal é isso", ela pensa. "Aceitar até o que não se escolheu, mas que faz sentido aqui e agora."
A nossa protagonista,ela é dessas mulheres que não esperam a vida acontecer. Desde cedo priorizou os estudos, a carreira acadêmica, as escolhas que precisavam de coragem para serem feitas. Lutou, e muito, para conquistar sua vaga como professora substituta de Teorias Humanistas na universidade local. Além de que há quatro anos atrás, tomou outra decisão difícil: terminou um noivado de três anos. Foi um rompimento carregado de receios da parte da família, mas, no fundo, eles entenderam. Porque casar, meu caro leitor, talvez não seja o desafio que parece. Desafio mesmo é encontrar e manter um amor que seja pleno, honesto, e que traga paz. Ah, mas voltemos à cena… Ela organiza as louças no armário, cada prato, cada copo, como quem organiza os próprios pensamentos. Pela janela, o céu carregado promete chuva, e lá fora seu pai brinca com o sobrinho de dez anos dela. Entre uma tarefa e outra, ela é tomada por um pensamento vagaroso, quase tímido. O término antigo, mas tão fresco, ainda dói, e a dor tem nuances novas. Liberdade. Insegurança e alívio se misturam, como o vento quente que precede a tempestade.
O convite para descer ao porão vem simples, natural, com uma criança esticando a mão para a nossa protagonista. O sobrinho, cheio de energia, implora que ela o acompanhe. “Vamos buscar as luzes, tia! O vovô disse que estão lá embaixo!” Ela hesita, mas cede, deixando-se levar pelo entusiasmo do menino. Ele vai à frente, passos rápidos e ansiosos, enquanto ele cantarola Jingle Bell Rock com uma animação que faz ecoar risos pela escada. O porão é um lugar de cheiros antigos. O perfume de madeira guardada, poeira e memórias é quase palpável. A luz fraca que ela acende parece insuficiente para afastar as sombras que se acomodam nos cantos. Entre caixas de enfeites e pequenos resquícios de outros natais, surge uma lembrança. O som da música — aquela mesma música.
O passado a invade sem aviso, fragmentado como peças de vidro. Ela não sabe se deve recolhê-las ou deixá-las espalhadas. Jingle Bell Rock tocava na sala do pequeno apartamento que eles dividiam. O ex-noivo segurava sua mão, nervoso e sorridente. Ela se lembrava bem: o pedido de casamento fora bonito, mas nunca fora dela o sonho de se casar por casar. O que desejava era um casamento por uma conexão que transcendesse o material. Mesmo assim, ela aceitou. Não por convenção, mas por carinho. Mas o carinho não sustenta tudo, não é?
Outros fragmentos se seguem. A briga que tornou insuportável continuar. As palavras duras dele, acusando-a de ser "fria demais", "racional demais", "menos mulher" por priorizar seus estudos e opiniões. Ela lembra como sua voz tremeu, não de medo, mas de exaustão, quando finalmente explodiu: “Sua mente aberta só existe para o que te agrada. O resto você chama de defeito.” Ele ficou em silêncio, mas os olhos disseram tudo. Ele terminou. Ela o deixou terminar. E agora? Agora ela está aqui.
Agora, o sobrinho a chama: “Achei as luzes! E olha, tia, tem uma estrela também!” Ela percebe que segurou o ar enquanto revivia tudo aquilo. Solta uma respiração longa e percebe algo úmido no canto dos olhos.
O menino corre até ela, o rosto limpo e cheio de amor, e lhe enche de beijos desajeitados e carinhosos. Ela sorri, nega, mas ele insiste com sua pequena sabedoria infantil: “A gente pode implicar com o gatinho. Ele sempre me deixa feliz!”
Como que por encanto, o pequeno tigrado da casa surge entre as pernas dela, enroscando-se com a calma de quem não tem pressa, oferecendo um consolo silencioso, que só um felino consegue dar. Ela sente o peso das lágrimas se dissolver. A lembrança ainda está lá, mas já não a domina. A vida é isso, ela percebe. Fragmentos que doem, mas também a constroem.
E enquanto sobe as escadas, carregando as luzes de Natal e as caixas de memórias, ela pensa: “recomeçar pode ser como acender pequenas luzes. Uma a uma, até o espaço voltar a brilhar.”
A cozinha está cheia de aromas que poderiam aquecer até o coração mais frio. O cheiro de peru assando, misturado ao doce do chocolate que ela derreteu mais cedo, toma o ambiente. Enquanto organiza os últimos detalhes para a ceia, ela se perde por instantes, os pensamentos vagando entre o conforto do agora e as pequenas dores do antes. Mas a noite não espera, e logo ela precisa correr para o apartamento, onde um banho rápido a aguarda antes que a família a chame novamente.
Com as luzes piscando pela janela e o som distante de risadas na rua, ela fecha a porta e caminha para o seu carro. Chegando em seu prédio, o qual está em silêncio, exceto pelo suave rangido do elevador ao se aproximar. Quando as portas se abrem, ela se depara com ele: Colin Firth. O vizinho do 802.
Colin, sempre tão composto, tão distante. Professor titular do Departamento de Química da mesma universidade onde ela fora admitida. Seus encontros eram casuais: no prédio, nos corredores e recentemente, no estacionamento da universidade. Há anos, ele mantinha-se reservado, carregando uma fama injusta de rabugento entre os outros moradores. Ali está ele, segurando uma sacola de papel que parece conter livros — naturalmente, livros. Sua expressão é séria, mas não ríspida. Ele a observa por um instante, antes de dar um leve aceno.
— Professora — diz ele, a voz baixa, mas clara.
Ela sorri, um pouco surpresa com a saudação. Colin quase nunca iniciava conversas.
— Professor — ela responde, entrando no elevador ao lado dele.
O espaço entre eles é preenchido por um silêncio confortável, e por um momento ela se lembra do episódio de anos atrás, quando ele mostrou um lado que ninguém imaginava. E a memória é vívida.
Era madrugada, uma discussão acalorada entre ela e o ex-noivo no corredor do prédio. Ela não lembra exatamente como começou, mas lembra claramente como terminou: com Colin abrindo a porta do apartamento e intervindo, sem hesitar. Ele se posicionou entre eles com uma autoridade tranquila, mas firme. Chamou a polícia, e ela nunca esqueceu o modo como ele olhou para o ex, deixando claro que não toleraria nenhum desrespeito. Desde então, mesmo mantendo a distância habitual, ele sempre fora cortês, atento, quase protetor.
Então, agora, a sós. O elevador segue ao andar deles.
— Passando o Natal com a família? — ele pergunta, de repente, surpreendendo-a.
— Sim. E você? — ela devolve, ainda se acostumando à ideia de uma conversa tão direta com ele.
— Eu... — ele hesita, um leve sorriso passando pelo rosto. — Nada especial. Só eu e meus … livros.
Como as portas do elevador abriram, e cada um seguiu para sua respectiva porta. Mas ela hesitou por um instante, sentindo algo estranho, quase imperceptível: uma conexão. Um fio tênue que unia duas solidões, não pelo drama, mas pela humanidade silenciosa que ambos compartilhavam. Sentiu uma pontada de compaixão, misturada à curiosidade. Antes que pudesse dizer algo, ele falou:
— Feliz Natal, Professora.
— Feliz Natal, Professor.
Ao entrar em seu apartamento, ela pensou que talvez o Natal não fosse apenas sobre família ou recomeços, mas também sobre essas pequenas trocas. Momentos em que, sem perceber, duas vidas se iluminavam brevemente, como uma guirlanda acesa por acaso.
O elevador era um espaço pequeno, mas naquele instante parecia vasto, preenchido por silêncios que pediam palavras. Ela segurava uma caixa de luzes de Natal, enquanto ele, alheio ao clima festivo, carregava — como sempre — livros. A porta se fechou com um ruído suave, trazendo consigo a coragem para quebrar o silêncio.
— Colin... digo, Professor Firth — começou, a voz hesitante, mas com uma pontada de determinação.
Ele olhou de lado, erguendo uma sobrancelha, intrigado com a tentativa de conversa.
— Só Colin está bom — respondeu, seco, mas não rude.
— Certo... Colin. — Ela sorriu, quase divertida com a formalidade dele. — Sabe, faz tempo que moro aqui, e acho que nunca conversamos mais do que duas palavras.
Ele suspirou levemente, mas algo em seu olhar suavizou.
— Sou mais de observar do que de falar — disse, com um tom quase defensivo
Ela riu suavemente, sem zombaria, mas com uma naturalidade que pareceu atingi-lo.
— Meu sobrinho é igualzinho. Sempre quieto, mas quando fala... ah, ele tem as melhores ideias. — Ela o encarou com curiosidade. — Acho que vocês se dariam bem.
Ele pareceu refletir por um instante antes de responder:
— Sim, eu conheço o menino. Ele tem algo especial.
A menção ao sobrinho trouxe um brilho breve aos olhos de Colin, uma ternura que escapava da sua postura normalmente rígida. Era como se, por um momento, ele deixasse entrever algo mais profundo.
— Você tem um sobrinho? — perguntou, interessada.
Ele assentiu, e por alguns segundos, falou com mais calor. Contou sobre o sobrinho que morava em outra cidade, o quanto gostava de estar com ele e como sentia falta das conversas, da energia que só uma criança traz. Ela o ouviu, surpresa pela leveza que surgia naquele homem tão reservado.
— E sua família? — ela perguntou, testando o terreno.
Ele hesitou antes de responder, a voz mais baixa.
— Meus pais estão viajando num cruzeiro de terceira idade. Já meus sogros... — Ele fez uma pausa. — Bem, desde que minha esposa se foi, as coisas ficaram... complicadas.
Houve um momento de silêncio após a confissão, e ela sentiu a sinceridade por trás de suas palavras. Sem pensar muito, movida por algo que nem ela mesma compreendia totalmente, falou:
— Você devia passar o Natal conosco.
Ele virou o rosto para ela, claramente surpreso, como se não tivesse certeza de que ouvira direito.
— Não precisa — começou ele, mas ela interrompeu:
— Colin, não é caridade, nem obrigação. É Natal. E você merece estar cercado de gente, mesmo que nem todos sejam perfeitos.
Ele não respondeu imediatamente. Ficou olhando para ela, como se tentasse compreender o que havia por trás daquele gesto tão espontâneo. Ela sentiu o peso do momento, percebendo que aquele convite talvez significasse mais do que ela imaginava.
Ela lembrou do dia em que ele se mudou para o prédio, com poucas caixas e nenhuma festa. Lembrou também de como, naquela época, já notava que o relacionamento com seu ex-noivo estava desmoronando. Colin, mesmo à distância, sempre parecia uma figura estável, alguém que, com o tempo, se tornou um símbolo de algo que ela não sabia nomear.
Ele, por sua vez, foi tomado por sua própria memória. Uma cena trivial, mas marcante: ela rindo de si mesma no corredor, após tropeçar em um degrau das escadas. Sua risada era espontânea, cheia de vida, e aquilo o intrigava desde o início. Talvez por isso desejasse, de alguma forma, estar minimamente presente no mundo dela. Passava ocasionalmente em seu apartamento e, sem grandes pretextos, deixava pequenos gestos de atenção: livros, cartões postais com pinturas renascentistas, presentes silenciosos que falavam mais do que ele jamais ousaria dizer.
— Eu vou pensar — respondeu, por fim, com um leve sorriso no canto dos lábios.
Ela fechou mais um pouco a porta, mas olhou para trás, sorrindo para ele antes de seguir. E Colin ficou parado por um momento, segurando seus livros, como se segurasse algo novo. Algo inesperado.
O apartamento da nossa protagonista estava aquecido, perfumado pelos vestígios da cozinha e pela promessa de um Natal em família. Ela terminou de ajeitar o cabelo diante do espelho e, num impulso de leveza, tirou do armário o suéter natalino que comprara no ano anterior: um vermelho vibrante, com um pequeno gatinho tigrado, como o gato de sua mãe, de gorro estampado no centro.
Ao se olhar no espelho, riu sozinha. O suéter era um pouco bobo, mas havia algo nele que a fazia se sentir livre — livre para abraçar a simplicidade e o humor que, por tanto tempo, parecera não caber em sua vida.
Quando a campainha tocou, ela sabia que era Colin. Abriu a porta com um sorriso que hesitou ao vê-lo parado ali, tão contido e desconfortável em seu casaco preto usual. Ele a encarou por um segundo, depois baixou o olhar para o suéter.
— Um gato... — comentou, arqueando uma sobrancelha, mas com uma expressão que beirava o sorriso.
— Sim. É meu toque natalino. Não é muito formal, mas...
Antes que ela pudesse terminar, Colin surpreendeu-a:
— Espere aqui. Já volto.
Ela ficou parada, confusa, ouvindo seus passos rápidos pelo apartamento dele. Alguns minutos depois, ele retornou — e agora usava um suéter. Não qualquer suéter, mas um de fundo azul-marinho com um gato siamês estampado.
Ela não conseguiu segurar o riso.
— Isso é sério? — perguntou, entre risadas, apontando para o suéter.
Ele deu um sorriso, algo raro e desarmante.
— Foi um presente. Nunca pensei que fosse usá-lo, mas parece que esta é a ocasião certa.
Por um instante, o clima mudou. O riso deles, ainda ecoando, criou um espaço de vulnerabilidade compartilhada. Algo se revelou, uma ternura que nenhum dos dois parecia querer nomear.
No carro, a sós, a caminho da ceia. A noite lá fora era fria, mas o aquecedor e a companhia criaram um contraste aconchegante. Ela dirigia, tentando manter a conversa leve, mas a tensão era palpável. Não era desconforto, mas algo mais difícil de enfrentar: a consciência de que havia algo ali, entre eles, crescendo a cada troca de palavras.
— Eu tinha um gato — ela comentou de repente, talvez mais para preencher o silêncio do que qualquer outra coisa. — Dei para minha mãe. Meu ex tinha alergia.
Ele virou o rosto para ela, surpreso, mas sem interrompê-la.
— Foi difícil no começo, sabe? Eu adoro aquele gato. Mas na época... parecia um pequeno sacrifício para manter a paz.
Ela sorriu de lado, mas era um sorriso carregado de lembranças.
— Eu acho que lembro do seu gato miando de madrugada — Colin disse, depois de um momento. — E… Minha esposa também era alérgica. Adoro gatos, mas... cedi também.
Ela olhou para ele de relance, e o silêncio que se seguiu foi denso, mas não vazio. Ambos estavam imersos em pensamentos, refletindo sobre os sacrifícios que haviam feito em nome de amores que, no fim, não resistiram. Mas agora, naquela troca, havia algo diferente. Não um sacrifício, mas um encontro.
Quando chegaram à casa dos pais dela, Colin respirou fundo, como se estivesse se preparando para algo maior do que uma simples ceia.
— Está tudo bem? — ela perguntou, percebendo o nervosismo dele.
Ele olhou para ela, os olhos com uma expressão que misturava ansiedade e... esperança.
— Sim. Acho que sim.
Ela abriu um sorriso encorajador.
— É só uma ceia, Colin. Além disso, eles vão amar seu suéter.
E ele riu, o som leve, mas verdadeiro. Pela primeira vez em muito tempo, talvez, ele sentiu que a noite prometia algo mais do que ele havia imaginado.
A casa dos pais dela estava como sempre: um caos acolhedor. Luzes coloridas piscavam na varanda, e o cheiro da ceia invadia cada canto, trazendo a sensação inconfundível de Natal. Assim que ela e Colin entraram, carregando presentes, foram recebidos pelo sobrinho, que correu em direção à tia, segurando a barra do suéter com a estampa de gato.
— Você trouxe o namorado, tia! — gritou ele, com a espontaneidade implacável das crianças.
Ela arregalou os olhos e corou imediatamente, rindo para disfarçar.
— Que namorado, menino? Esse é o Colin, meu vizinho!
O menino, com a clareza que só as crianças possuem, insistiu.
— Vizinho nada, ele tá sempre na sua casa! — E apontou, triunfante. — Vocês já namoram, só não contam pra ninguém!
Era impossível ignorar a verdade desconcertante que escapava de uma boca tão pequena, mas cheia de certezas. Crianças não têm filtros nem as máscaras dos adultos; vê além das palavras, vê direto a alma. E havia verdade ali, mesmo que ela mesma hesitasse em admiti-la. Colin Firth, com toda a sua compostura e seu jeito reservado, tinha suas pequenas estratégias. Sempre aparecia com desculpas frágeis: um pedido de açúcar, uma correspondência “entregue por engano” — que, no fundo, era apenas uma desculpa para vê-la. E, claro, não podemos esquecer, não é, leitor? Todos as vezes que levava um livro ou um cartão postal, um presente simples, situação mencionada anteriormente.
E essa criança notava. É claro que notava. Estava lá, estudando idiomas com a tia, observando as cenas que passavam despercebidas para os outros. Para o garoto, tudo fazia sentido. Colin não era apenas um vizinho. Mas o que mais a desconcertou não foi a acusação do menino — foi a reação de Colin.
Ele não se defendeu. Não riu alto, não corrigiu. Apenas sorriu, de maneira breve e hesitante, lançando um olhar para ela. Era um olhar que não sabia negar, mas tampouco sabia confirmar. Parecia carregado de uma incerteza que não incomodava — pelo contrário, aquecia.
Ela engasgou na risada, desviando os olhos para escapar daquele momento, mas o rubor em seu rosto a entregava. Colin, por sua vez, parecia... à vontade. Estranhamente confortável, como se aquela confusão familiar fosse exatamente onde ele precisava estar. Como se ali, naquela casa tão barulhenta e caótica, ele encontrasse um tipo de paz que há tempos não conhecia. Quando todos se sentaram à mesa, o clima era tão festivo quanto o cenário prometia. Conversas cruzavam de um lado a outro, risadas vinham de todos os cantos, e o sobrinho seguia colado em Colin, mostrando-lhe brinquedos e contando histórias que ele escutava com paciência.
Colin olhava ao redor com uma expressão que ela nunca tinha visto nele. Seus olhos, normalmente reservados, pareciam absorver tudo com um certo brilho melancólico. Ela sabia que ele tinha perdido a esposa há anos, mas não imaginava que o vazio fosse tão grande — e que uma ceia, tão simples para ela, pudesse preenchê-lo tanto.
Durante uma pausa nas conversas, ele se inclinou discretamente para ela.
— Sua família... é incrível — disse, a voz quase um sussurro.
Ela sorriu, surpresa pelo tom sincero.
— Eles são... bagunçados, mas no fundo têm o coração no lugar.
Ele riu baixinho, assentindo.
— Não me sinto assim em um Natal desde que era muito jovem.
Ela percebeu que ele olhava para a cena como alguém que observa algo precioso, quase intocável. O sobrinho gargalhava com o pai dela, enquanto a mãe dela servia mais comida, e a irmã contava uma de suas histórias exageradas. Colin, pela primeira vez em muito tempo, parecia parte de algo maior que ele mesmo.
Quando a noite já virava madrugada, a protagonista ajudava a levar pratos vazios para a cozinha, quando ela percebeu Colin ao seu lado, recolhendo talheres. Eles estavam sozinhos por um breve momento.
— Obrigado por me convidar — ele disse, de repente.
Ela olhou para ele, surpresa pela gravidade no tom.
— Não precisa me agradecer. Foi só um convite.
Ele balançou a cabeça, um sorriso melancólico no rosto.
— Não, não foi só isso. Você me deu mais do que imagina.
Ela ficou sem palavras, sentindo algo indefinível entre eles crescer no espaço apertado da cozinha. Então, antes que pudesse responder, o sobrinho apareceu correndo.
— Vocês dois sumiram! — exclamou, puxando os dois de volta para a sala.
E enquanto voltavam para a mesa, Colin olhou para ela novamente. Dessa vez, o olhar foi claro: ele estava se permitindo sentir. E ela, sem querer admitir, estava também. Afinal, o que Colin a convidava a sentir, não era algo simplório ou físico…
A volta para o prédio foi tranquila, quase silenciosa, mas não vazia. Era um silêncio preenchido por reflexões, por aquilo que cada um sabia, mas ainda não havia dito. O caminho de carro foi pontuado por olhares rápidos e palavras trocadas de maneira despretensiosa, mas carregadas de significados que ambos entendiam. Ela pensava na noite, no modo como Colin se encaixava em sua família com uma facilidade inesperada. Lembrou-se da leveza que sentia ao vê-lo interagir com seu sobrinho, rir das histórias de sua irmã e agradecer à sua mãe pela comida. Pela primeira vez em muito tempo, sentiu que talvez fosse possível construir algo verdadeiro com alguém, sem precisar apagar partes de si mesma para caber no molde do outro.
Colin, por sua vez, estava igualmente absorto em pensamentos. O calor daquela ceia, o riso sincero, a sensação de pertencimento... ele não sentia nada disso havia anos. Mais do que isso, percebeu algo surpreendente: ao lado dela, ele não precisava ser outra pessoa.
Afinal, durante seu casamento, carregara o peso de expectativas alheias. Sua esposa e os sogros moldaram quem ele deveria ser, enquanto ele sufocava sua própria essência. Então, leitor, é curioso as linhas tortas que Deus escreve, pois no dia do acidente de carro, Colin descobrira que ela mantinha um caso com um ex-colega de faculdade. Já haviam discutido os termos do divórcio, e ele tinha pedido os papéis. Contudo, jamais imaginara que, após a primeira conversa com o juiz e os advogados, ela perderia o controle do carro e colidiria com um caminhão enorme.
Triste, né? Mas retomando o agora, nossos protagonistas chegaram ao prédio, as portas do elevador se fecharam atrás deles. O espaço pequeno, habitado por silêncios, trouxe uma tensão diferente da que sentiam antes. Ficaram lado a lado, sem dizer uma palavra, mas cientes da presença um do outro de forma quase palpável.
Ela virou o rosto em sua direção, apenas para encontrar seus olhos já fixos nela. O olhar de Colin tinha algo novo: um misto de vulnerabilidade e determinação, como se estivesse ponderando se deveria arriscar.
— Foi uma boa noite — ela disse, tentando aliviar o peso do momento, mas sua voz saiu suave, quase um sussurro.
— Foi mais que isso — ele respondeu, direto, mas sem pressa.
O silêncio seguinte foi diferente. Carregado, mas doce. Ela sabia o que estava prestes a acontecer, e sua mente lutava contra o impulso de racionalizar, de recuar, mas dessa vez, seu coração venceu.
Ele deu um passo à frente, e ela fez o mesmo. Quando seus rostos estavam a poucos centímetros de distância, ele parou, esperando por qualquer sinal dela. E então, ela fechou os olhos e aproximou-se, selando aquele instante em um beijo. Um beijo que dizia mais do que palavras poderiam.
Foi um momento curto, mas cheio de significado. Quando se afastaram, ele a olhou, como se buscasse alguma confirmação. Ela sorriu, o tipo de sorriso que desmontava barreiras.
Quando o elevador chegou ao andar deles, ele a acompanhou até a porta. Pararam ali, mais uma vez hesitantes, mas dessa vez com a certeza de que não era preciso pressa.
— Quer entrar? — ela perguntou, a voz firme, mas com um toque de nervosismo.
Ele não respondeu com palavras, apenas assentiu, entrando com ela.
A protagonista sentou-se calmamente na poltrona, enquanto Colin Firth, meio desajeitado, parecia não saber onde ficar. Embora já conhecesse bem o apartamento, dessa vez era diferente; ele estava ultrapassando uma linha que, em segredo, já imaginara cruzar inúmeras vezes.
Percebendo sua hesitação, ela riu suavemente e disse:
— Sente-se onde quiser, Colin.
Ele respondeu com um sorriso discreto, relaxando um pouco, e escolheu o lugar no sofá mais próximo da poltrona onde ela estava.
O silêncio entre eles não era vazio, mas denso. Ela cruzava as pernas na poltrona, tentando parecer casual, mas o peso do olhar dele tornava cada gesto calculado. Ele, por sua vez, passava os dedos pelas coxas do jeans, como se o tecido pudesse organizar os pensamentos que insistiam em fugir.
— Você gosta do seu trabalho? — perguntou ela, de repente, surpresa com a própria pergunta.
Ele ergueu o rosto, como se aquela fosse a última coisa que esperava ouvir.
— Gosto — respondeu após uma pausa. — Mas não é uma questão de gostar, é de fazer sentido.
Ela sorriu, inclinando a cabeça para o lado.
— E você sente que faz sentido?
Colin riu, mas era um riso amargo, mais para si do que para ela.
— Faz tanto sentido quanto esta conversa.
A resposta a fez rir também. Mas o riso morreu rápido, tragado pelo silêncio que voltou a crescer entre eles. Então, ele desviou o olhar para as estantes de livros que preenchiam a sala, e antes que ela pudesse evitar, perguntou:
— Você já leu algum dos livros que te dei?
O rosto dela corou. Era um toque de desconforto e algo mais, uma vulnerabilidade que ela não gostava de admitir.
— Li. Alguns, pelo menos.
Ele não respondeu, mas sorriu. Não era um sorriso grande, apenas um movimento no canto da boca, quase imperceptível, mas que dizia mais do que ele parecia disposto a colocar em palavras.
E ali, entre livros não lidos, perguntas que não esperavam respostas e olhares que começavam a decifrar aquilo que sempre foi óbvio, os dois perceberam que, de algum modo, estavam mudando o espaço ao redor. Não era o sofá, a poltrona ou o apartamento. Era o que acontecia entre eles, aquilo que não tinha nome, mas que insistia em existir.
Por um momento, Colin Firth deixou-se levar pela lembrança do beijo que haviam trocado no elevador,a uns minutos atrás. Era como se aquele instante tivesse se alojado em algum lugar profundo, insistindo em ser refeito. Ele se levantou, hesitante, mas determinado, e se aproximou até ela.
Sem dizer nada, inclinou-se devagar, seus olhos buscando os dela, como se pedisse permissão silenciosa. Quando seus lábios finalmente se encontraram, foi como se o tempo tivesse desacelerado. O beijo era lento, quase uma dança silenciosa, como se ele estivesse tentando equalizar a essência dela à sua própria.Ela, surpresa e entregue, deixou os dedos deslizarem pelos cabelos ondulados dele. A textura macia sob seus dedos parecia uma extensão da delicadeza do momento. Não havia pressa, apenas uma conexão rara, tão sutil quanto intensa, que preenchia o espaço entre eles com algo maior do que palavras.
Quando o beijo se desfez, nenhum dos dois se afastou completamente. Ficaram ali, próximos, sentindo a respiração um do outro, como se o mundo inteiro tivesse se reduzido àquele instante.
Ela se levantou com calma, sem pressa de romper o delicado laço que ainda existia entre seus corpos. Sua respiração estava tão próxima à dele que ela quase podia sentir o calor de sua pele, o ritmo de sua vida. O espaço entre eles era pequeno demais para tudo o que não haviam dito, para tudo o que ainda restava por descobrir. Com a mão leve, ela segurou a dele, como se fosse a coisa mais natural do mundo, e o guiou suavemente até o quarto. O toque de seus dedos parecia traçar um caminho silencioso, como se o simples gesto carregasse uma intenção velada, uma promessa ainda não verbalizada.
Ao atravessar o espaço familiar, o quarto parecia transformado, mais distante da realidade do que de costume, mais íntimo, como se ali o mundo exterior fosse apenas um eco distante. O som das suas pegadas na madeira velha era o único que preenchia o ambiente, um som suave, quase como uma música esquecida.
Ela fechou a porta atrás dele, o som do trinco ecoando suavemente, e por um instante, o quarto pareceu uma cápsula isolada, onde nada mais existia além dos dois. Colin a observava, tentando decifrar suas intenções, os olhos dele, agora mais intensos, a examinando com uma curiosidade silenciosa.
Com uma calma serena, ela se aproximou dele, os passos lentos e certos, como se cada movimento fosse uma escolha pensada. Olhou-o por um momento antes de perguntar, a voz suave, quase provocativa:
— O seu quarto é muito diferente do meu?
Ele a observou, um sorriso sutil nos lábios, e respondeu com uma sinceridade que ela não esperava:
— Um pouco… mas é a sua presença que faz essa diferença.
Ela riu baixinho, como se tivesse encontrado algo inesperado nele, e com um gesto de cumplicidade, empurrou levemente o ombro dele, indicando que ele se sentasse na cama. Colin se posicionou, sem hesitar, encarando o rosto dela, os olhos traçando o contorno de seus cabelos que caiam suavemente sobre as bochechas.
O espaço entre eles se fechou novamente, e ele a observou como se estivesse lendo um poema incompleto. Sem palavras, seus corpos se inclinaram, e os lábios se encontraram novamente, desta vez com um desejo mais profundo, mais urgente. O beijo foi mais do que desejo; foi um carinho carregado de significados não ditos. As línguas se entrelaçaram como se o silêncio entre eles fosse um pacto, algo querido e compartilhado, onde a comunicação se fazia sem palavras. Ao separarem os rostos, ela tira sua blusa, revelando um sutiã bege com o fecho entre os dois seios, Colin a observa com ternura e tira o sutiã dela com delicadeza. Onde se encontrava o fecho, ele presenteia com um doce beijo, rápido, mas extremamente amável, e em seguida abraça a cintura dela,procurando no corpo dela algum tipo de refúgio.
E ela, por sua vez, acariciava os cabelos dele, devolvendo o afeto, e encontrando nele o que procurava por tanto tempo. Uma conexão simples e firme, uma certeza estranha, mas era certeza. Com isso, suas mãos deslizam sobre o suéter dele, até encontrar a barra final e puxar, desnudando ele. E, agora, os nossos protagonistas estão com o peito exposto, o seio aberto. Ele a chama de linda, realmente, na visão dele, ela era mais do que uma mulher com quem compartilhava aquele momento. Ela era uma revelação, algo que ele precisava decifrar, entender e guardar consigo. Não era apenas sua beleza física, mas a maneira como ela se entregava, como se fizesse com que o próprio mundo ao redor desaparecesse, deixando apenas os dois ali. Ela o olhou, um pouco surpresa, mas também tocada pela sinceridade nas palavras dele. Seus olhos, profundos e sinceros, refletiam algo que ela não podia negar: uma conexão mais forte do que ambos imaginavam ser possível.
Ela, com um movimento suave, retirou a calça apertada, deixando suas curvas ainda mais evidentes sob a luz suave do quarto. O gesto, aparentemente simples, parecia carregar uma intenção silenciosa, uma rendição ao que estava acontecendo ali, sem pressa, sem palavras. Simultaneamente, Colin fez o mesmo, retirando seus sapatos,depois as calças; sentia uma leve tensão desaparecer à medida que o espaço entre eles se tornava mais estreito, mais íntimo. O ambiente parecia se aquecer com cada gesto, com cada toque, e a conexão entre eles se tornava algo palpável, algo que transcendia os corpos e chegava ao coração.
Os olhares se encontraram novamente, mais intensos agora, sem palavras, apenas o entendimento silencioso de que nada mais precisava ser dito. A vulnerabilidade de ambos estava ali, exposta, mas não como uma fraqueza. Era uma troca, uma revelação que ia além do físico, uma entrega que se manifestava em cada toque, em cada respiração compartilhada. Ela se aproxima do corpo de Colin, e o beija simples e ditando o que ele deveria fazer, por isso ele a puxa, colocando ela de frente para ele, com os joelhos apoiados no colchão. A calcinha dela, encontrava-se com a cueca dele. E toda aquela situação íntima, fazia o pênis dele crescer, e também, ela não poupava, movimentava seu quadril proporcionando maior atrito, e desejo nele. Colin Firth a afastou delicadamente, seus movimentos hesitantes, como se temesse ultrapassar algum limite invisível. Seus olhos, sempre tão serenos, carregavam agora uma intensidade contida. Ele a ergueu com cuidado, apoiando-a contra o peito por um instante, e a conduziu até o colchão.Deitou-a com suavidade, atirou os travesseiros para o chão, como se aquele gesto simples a garantisse só para si. Colin permaneceu por um momento em silêncio, observando-a com uma expressão que oscilava entre a ternura e a inquietação da luxúria, como se estivesse ponderando algo que não ousava colocar em palavras. E, percebendo a timidez de Colin, retirou sua calcinha, e separou suas pernas como um convite para Firth. Ele segurava os joelhos dela com cuidado, como quem segura um segredo. Apalpa as coxas, a pele, tão simples em sua aparência, mas de uma promessa que ele não sabia explicar. A timidez de seus dedos ao buscar a vagina era quase um pedido de desculpas: um pedido silencioso para não machucar demais, para não ultrapassar o limite sutil entre o gesto e a violência.
Quando o dedo indicador penetrou a superfície, ele sentiu o primeiro líquido cítrico invadir o ar. Uma pequena explosão de anseio que fez o peito vibrar com uma estranha alegria, tão passageira quanto um raio de sol entre nuvens. A nossa protagonista cedia em pedaços irregulares, como se entregasse seu interior a contragosto. Encostando sua boca na vagina dela, ele explorava devagar, quase como quem adia um destino. Sob a pele sensível, os lábios brilhavam translúcidos, como se guardassem pequenos sóis. Ele hesitou. Sempre hesitava. E, então, mordeu. A acidez e o doce vieram juntos, na boca dele, num contraste que o surpreendeu, como se o universo quisesse lhe ensinar que nada é só uma coisa. Apertou os lábios para conter o suco, mas um fio escorreu pela boca, rápido demais para seus reflexos tímidos. Sentiu-se confortável — sentiu-se amando alguém.
Enquanto sugava, sentiu algo mais. Não era apenas o gosto, mas uma emoção vaga, talvez de um querer esquecido ou de um momento em que o mundo parecia mais simples. Aquela jovem não era apenas uma vizinha. Era um fim. Com o quê, ele não sabia dizer. Ela acabava com a solidão dele, certeza.
Por um breve momento, olhou para os líquidos na palma da mão, os lábios internos dela latejavam tanto que ele não se conteve, deslizou seus dedos de um em um. Havia algo tão humilde naquele ato, algo tão despretensioso, que ele quase sorriu. Quase. Porque a doçura daquela mulher ainda estava na sua boca, mas, por dentro, o gosto era de eternidade. Então, Ela se levantou com uma gentileza quase calculada, o movimento tão suave que parecia desenhado para o momento. Ficou de frente para dele, com os cabelos caindo levemente sobre os ombros, enquanto o encarava. Colin a observava com atenção, seus olhos fixos nos dela, como se tentasse decifrar o que vinha a seguir. Havia algo no jeito que ela o olhava, uma mistura de determinação e ternura, como se aquele momento fosse a convergência de tudo o que não haviam dito antes.
Ele se sentou de frente para ela , mas cada músculo parecia em alerta, como se o simples olhar dela o puxasse para fora de si. Não era apenas desejo; era algo mais profundo, um reconhecimento de que estavam ambos desarmados, expostos não apenas no corpo, mas na essência.Ela não disse nada, mas o silêncio entre eles era mais eloquente do que qualquer palavra. Ele sabia que aquele instante, aquele olhar, era um convite — mas também um lembrete de que estavam entrando em território onde nada seria superficial.
Ela olhou para a cueca dele como quem encara o desconhecido. Azul escura, uma cor quase tímida, mas envolta numa aura silenciosa de mistério. Então, com as mãos hesitantes, e o gesto de retirá-la não era apenas um movimento — era uma revelação, uma descoberta que lhe cabia desvendar. O tecido meio molhado, descia fácil, quase dócil, e ela sentiu uma estranha intimidade naquele ato, como se o pênis lhe confiasse sua essência.
O aroma chegou antes do gosto, era morno, preenchendo o ar entre um instante e o próximo. Ela hesitou por um momento, como se o universo inteiro observasse aquele primeiro contato. E então, ao primeiro contato com sua boca: era duro, firme, e imediatamente certo. A textura invadiu sua língua, algo entre o sólido e o efêmero, derretendo-se num amargo que era mais despudor do que sabor.
Mas não era apenas sobre chupar um pênis. Era o sentir. Era a entrega. Um sexo oral não era só sexo oral; era uma comunhão. E naquele instante, enquanto absorvia, sentiu-se atravessada por uma pergunta que não sabia formular. A simplicidade do momento a desnorteava: como algo tão banal podia ser tão imenso? A cada sêmen que deslizava para sua garganta, parecia mais próxima de alguma coisa — dela mesma, talvez.
Ao terminar, Colin ejaculou tudo o que tinha. Um lembrete de que tudo, mesmo o prazer mais simples, se consome. Ela olhou para os próprios dedos, ainda impregnados de um leve aroma, e soube que nunca mais seria a mesma. Sexo também nutri o corpo e o espírito. Era também, de alguma forma, viver.
E aqui, meu caro leitor, permito-me uma conclusão para que contemplemos juntos o que se desenha diante de nossos olhos: um instante raro, não espetacular, mas único em sua simplicidade. Esta protagonista não é feita de paixões arrebatadoras ou dramas intensos; ela foi moldada para nos lembrar de algo mais próximo, mais possível, mais humano.
O que se abre ali, entre eles, não é um fogo incontrolável, mas uma chama que aquece com constância. Não é uma promessa de finais grandiosos, mas sim o começo de uma construção. Tijolo por tijolo, palavra por palavra, gesto por gesto. Um vínculo nascido do respeito mútuo, da autenticidade, e de uma conexão que ambos, por tanto tempo, acreditaram que não existia mais.
Porque o amor, quando é verdadeiro, raramente chega com estrondos. Ele aparece nas brechas, nas luzes que se acendem uma a uma, iluminando o caminho de forma discreta, mas suficiente. E naquela noite de Natal, entre risos, silêncios e olhares compartilhados, eles encontraram um início. Um pequeno começo, mas cheio de promessas que não precisavam ser ditas para serem sentidas.
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externavel · 3 months ago
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O Relógio das Coisas Invisíveis
Eis o tempo, esse bicho invisível, deslizando entre as frestas dos dedos – feito areia que não cede nem se deixa pegar. Parece que a vida se põe a esticar as horas com um gosto de eternidade parada, mas, de repente, a gente pisca, e dez anos se foram, como poeira soprada no vento. A gente, em silêncio, corre atrás de sóis que fogem, que fazem a curva e vêm nos olhar por trás, dizendo sem dizer que o tempo é um truque de luz.
Ah, se o tempo fosse um rio, a gente tomava banho duas, três vezes nele, lavava a alma, brincava de deixar o corpo levar, sem se preocupar com a correnteza. Mas o tempo não é rio, nem mar, nem fogo; o tempo é feito de invisíveis. Invisíveis como os segredos das coisas que explodem nas estrelas, como as partículas que dançam sem dono no miolo das galáxias.
Parece coisa de física, esse descompasso entre a pressa dos dias e a calma da vida que espera o seu próprio desfecho. A gente é que inventa um relógio que só sabe contar até amanhã. E enquanto os ponteiros giram, vamos ficando velhos – um pouquinho mais cansados e mais perto de quê? Só sei que ao final, o badalar de um sino nos chama de volta ao começo. Os ossos, cansados, se aquecem ao lado de uma lareira qualquer, como quem já não corre, mas escuta: a música do tempo que nunca acaba, mas também nunca fica.
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wanted-cry-wanted-die · 9 days ago
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Carta ao vazio para 2025.
No silêncio que preenche o vácuo do meu peito, te escrevo, buraco negro que consome o brilho das estrelas. É como se o universo conspirasse em seu abismo, e eu, insignificante grão de poeira, me perdesse entre os sopros indiferentes do nada.
Existem dias em que respirar é apenas um ato fisiológico, um eco de uma vida que já não sinto prazer. Como disse Camus, “há apenas um problema filosófico verdadeiramente sério: o suicídio”. E eu, perdido no frio desse pensamento, me questiono se a vida que me resta é mais pesada que a própria morte.
Me sinro afogando no oceano gelado da existência, sem luz, sem farol, sem terra a vista. Cada instante parece se estender em milênios cósmicos, como se o tempo se dobrasse para prolongar minha agonia. Será que, como Sartre disse, o inferno são os outros? Ou o vazio que carrego dentro de mim?
Os ventos da desesperança sopraram todas as velas que iluminavam. Meu barco está perdido, preso a ondas de medo. “O homem é condenado a ser livre”, também de Sartre, mas o peso dessa liberdade me esmaga. E se não houver sentido? E se tudo isso for apenas um teatro cósmico sem plateia? Ou, com uma platéia sádica?
Já não sei se grito por ajuda ou se me deixo cair no abismo. DEUS, ME OUVE? ME SALVE!.. Talvez o silêncio infinito que tanto temia seja o único alívio. “A esperança é o sonho do homem acordado”, mas meus sonhos são apenas sombras de uma chama apagada.
Por fim, aqui estou, perdido entre a eternidade e o instante. Entre o o céu, e o inferno. Quero desistir, deixar que o universo me leve como poeira ao vento. Que meu ser se dissolva, que minha dor se apague, que a memória do meu "Eu", desapareça como uma estrela morta cuja luz foi engolida.
Se houver algo que me ouça.. seja uma estrela distante ou um sussurro dentro de mim.. que responda, e que ilumine ao menos em uma pequena abertura nessa escuridão. Porque, mesmo no desespero, resta uma faísca, quase apagada, que ainda tem medo de desaparecer para sempre.
Tenho dor,
de uma alma cansada.
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wmcapture · 4 months ago
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Em um crepúsculo sangrento, a guerreira de um mundo em ruínas nos revela a face da esperança, Ellie, a jovem sobrevivente, surge em um retrato que transcende os pixels, imortalizada em um instante atemporal. Seus olhos, cansados e perspicazes, carregam a história de batalhas travadas e perdas irreparáveis. A poeira e o sangue que mancham sua pele são testemunhas de uma jornada onde a sobrevivência foi para poucos. Neste frame, a fotografia captura não apenas uma personagem, mas um sentimento universal: a resiliência da alma humana frente à adversidade. A luz do sol, banha seu rosto, oferecendo um breve momento de paz em meio ao caos. Mas por quanto tempo essa trégua durará?
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📷 Imagem capturada no modo fotográfica de The Last of US Part II Remastered, por @wmcapture no Playstation 5
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universeyou · 2 months ago
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O Encontro no Infinito do Universo
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Em meio à imensidade do universo, onde estrelas nascem e morrem em um espetáculo eterno, duas almas se encontraram. Não era um acaso, pois nada ali verdadeiramente é. Havia algo que as atraía, como se um fio invisível as unisse através do tempo e do espaço.
Ele vagava por galáxias distantes, explorando a imensidão do desconhecido. Seu coração carregava a curiosidade de milhões de estrelas, mas também um vazio, como se algo estivesse sempre além de seu alcance. Ela, por sua vez, dançava um balé entre nebulosas, tecendo sonhos com poeira estelar. Em cada curva de seu caminho, deixava rastros de luz.
O encontro aconteceu em uma curva do infinito, um momento raro em que dois cometas se cruzam e brilham mais intensamente do que nunca. Não houve palavras, pois no silêncio do universo, a comunicação é feita de energia e vibração. Seus olhares, brilhando como sóis, se conectaram, e naquele instante, o tempo parou.
Eles compartilharam histórias que não precisavam de palavras, memórias de existências passadas e sonhos para futuros que poderiam nunca chegar. Nesse lugar onde tudo parece insignificante, descobriram que a conexão entre dois seres pode ser o evento mais extraordinário de todos.
Quando o momento se desfez e cada um seguiu sua jornada, algo havia mudado. Ele carregava consigo a delicadeza da luz dela, e ela, a profundidade do espaço que ele trazia no olhar. Sabiam que o universo, estaria conspirando para que se encontrassem novamente, em outra curva do infinito.
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inutilidadeaflorada · 9 months ago
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Paraísos Paranoicos
O tecer das intrigas oferece abrigo A cabeça desgovernada pela prata Lua cheia faz o encontro uma tensão de hoje Refletirá para sempre promessas adormecidas
São irmãos a vontade e a oportunidade Gestando a cobiça, amantes sem filtro Mesclando-se um ao outro sem cerimônia Naufragando vislumbres ancestrais
A carne é uma indústria e um ritual Que fabrica a mágoa e a semântica Velada nos atos imprudentes Auferindo um controle despretensioso
Ciscando dentes em queimaduras Afundando as unhas em feridas Ocasião tão familiar quanto insegura Sete dias para a prestação de contas
Embalsamado ao desejo de Deus Os rios que engolem seu corpo Façam um grande esforço Que nenhuma força o poupe
Similar ao minério posto em detrimento Tais olhos aquecem ressentimentos nessa noite fria Mancha as tais estrelas com seus nomes Deus é vago como qualquer outro alívio
É o que resta, mitos e metáforas Onde tudo é apodrecido Objetos manipulando com luz e poeira O querer que não se sustenta
A ternura finda as perdas Há apenas o barro Tentem reerguê-lo Aquilo, tratado como lar...
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mortimersage · 1 year ago
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╰ * part one . HEADCANNONS : 𝐀𝐄𝐒𝐓𝐇𝐄𝐓𝐈𝐂𝐒 . meet about what define sage !
red flavor , i'm curious , honey . it tastes like slowly melting strawberry when i bite into it . what i like the most is the taste of summer !
DOURADO . Os olhos de Sage, quando está em contato com o sol depois de usar os poderes ou no momento de usar o poder curativo, tornam-se dourados como o sol, praticamente brilhando em contato com a luz. As íris se tornam pedaços pequenos luminosos desde a primeira vez que utilizou. Além disso, a cor é uma das suas favoritas, sempre utilizando em detalhes na roupa ou em joias.
CALOR . Para a Mortimer, a vida é um eterno verão. Assim, a pele sempre está perfeitamente bronzeada com um leve corado de quem passou horas e horas tomando sol. Além disso, as roupas que frequentemente utiliza são curtas e abertas nos braços, permitindo que tenha o máximo de contato com o sol possível.
VIOLÃO . É claro que, mesmo que a sua especialidade seja arco-e-flecha, o que Sage verdadeiramente carrega é sempre um violão por perto que foi dado pela mãe, tendo detalhes em dourado e sendo completamente branco. Adora ficar compondo e tocando músicas aleatórias apenas para garantir que a sua voz continua sendo a mais bonita que existe (não existe humildade para a Mortimer). Boatos que até hoje tenta convencer os filhos de Hefesto a construírem um violão mágico especificamente para ela.
PATRICINHA . Ok, vamos ser sinceros: quase ninguém já viu Sage toda ferrada (exceto alguns ex-namorados e quem saiu em missão com ela). Parece quase uma benção de Afrodite: nenhum frizz, nenhum fio fora do lugar, nenhuma poeira em sua roupa. Está sempre perfeita em questão de aparência, algo que ninguém entendo o porquê disso. Não gosta de parecer desarrumada, o que faz com que passe algumas horas do dia cuidando de si mesma.
AUTOESTIMA ALTA . É meio que uma consequência de tudo falado acima e, se você mencionar, é provável que diga algo do tipo "claro que eu tenho autoestima alta, eu sou a melhor". Não diga que ela não é boa em alguma coisa a não ser que queira uma inimiga para o resto da vida! A verdade é que, na cabeça de Sage, ela é toda boazuda, então duvido muito que, independente do que você falar, vai mudar alguma percepção dela sobre ela mesma. Mas, olha, te desejo boa sorte!
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