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e eu, que odeio partidas, nunca soube como ficar.

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“Acostumei-me tanto à melancolia que a cumprimento como uma velha amiga.”

— Charles Bukowski.  

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Oscilo entre a liberdade de ser só e a prisão da solidão.

Sarah Lima.

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Carta ao vazio para 2025.

No silêncio que preenche o vácuo do meu peito, te escrevo, buraco negro que consome o brilho das estrelas. É como se o universo conspirasse em seu abismo, e eu, insignificante grão de poeira, me perdesse entre os sopros indiferentes do nada.

Existem dias em que respirar é apenas um ato fisiológico, um eco de uma vida que já não sinto prazer. Como disse Camus, “há apenas um problema filosófico verdadeiramente sério: o suicídio”. E eu, perdido no frio desse pensamento, me questiono se a vida que me resta é mais pesada que a própria morte.

Me sinro afogando no oceano gelado da existência, sem luz, sem farol, sem terra a vista. Cada instante parece se estender em milênios cósmicos, como se o tempo se dobrasse para prolongar minha agonia. Será que, como Sartre disse, o inferno são os outros? Ou o vazio que carrego dentro de mim?

Os ventos da desesperança sopraram todas as velas que iluminavam. Meu barco está perdido, preso a ondas de medo. “O homem é condenado a ser livre”, também de Sartre, mas o peso dessa liberdade me esmaga. E se não houver sentido? E se tudo isso for apenas um teatro cósmico sem plateia? Ou, com uma platéia sádica?

Já não sei se grito por ajuda ou se me deixo cair no abismo. DEUS, ME OUVE? ME SALVE!.. Talvez o silêncio infinito que tanto temia seja o único alívio. “A esperança é o sonho do homem acordado”, mas meus sonhos são apenas sombras de uma chama apagada.

Por fim, aqui estou, perdido entre a eternidade e o instante. Entre o o céu, e o inferno. Quero desistir, deixar que o universo me leve como poeira ao vento. Que meu ser se dissolva, que minha dor se apague, que a memória do meu "Eu", desapareça como uma estrela morta cuja luz foi engolida.

Se houver algo que me ouça.. seja uma estrela distante ou um sussurro dentro de mim.. que responda, e que ilumine ao menos em uma pequena abertura nessa escuridão. Porque, mesmo no desespero, resta uma faísca, quase apagada, que ainda tem medo de desaparecer para sempre.

Tenho dor,

de uma alma cansada.

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Glennon Doyle, Untamed

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The Color of Pomegranates (1969). Directed By: Sergei Parajanov

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via Macbaconai

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倾洒鲜血

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te vejo na beirada da minha cama tocando violão e cantando baixinho como se o mundo nunca te pesasse os ombros

“longe de você eu enlouqueço muito mais…”

tem coisa que a gente nunca vai conseguir explicar mas eu juro que eu queria que tivesse dado certo

quando eu te contei que nunca tinha me entregado a ninguém e tu me disse que era só porque eu ainda não tinha encontrado a pessoa certa

tua intenção era ser essa pessoa? (é que eu te tornei ela e até hoje acho que eu entendi tudo errado)

tu chegou me trazendo uma coragem que parecia que eu ia aguentar tu tirou o gosto amargo da situação /de tudo aquilo que eu não conseguia mais mudar/

menino tu tem olhos de céu e cheiro de livro favorito

“você é toda esperança que eu já tive em forma humana.”

já eu sou só aquela jaqueta esquecida no banco de trás do teu carro e tudo aquilo que tu faz questão de esquecer

k.

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eu quero que você se lembre do meu nome todas as vezes que vir na sua memória a ideia de fuga. todas as vezes que você pensar em desistir e ser covarde, que você pense em mim. porque meu nome, impregnado na sua memória mais indelicada, produzirá em você uma espécie de inquietação - a mesma que eu tive quando deixei escorrer pela cidade o fim de nós dois.

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“deve ser algum trauma de infância profundamente enraizado que me faz vulnerável, pensei”

Charles Bukowski - Sobre o amor, p. 121

Fragmento do poema: pacific telephone

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Simone de Beauvoir, from "Inseraparable: A Never Before Published Novel,"