#Patricia Mort
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jacenotjason · 6 months ago
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human cen-ti-pede
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human centipede (opp patty art, we love unstable nurse) I FORGOT this au belongs to @zleepysnails i am still holding it hostage
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unicorn-supernova · 3 days ago
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Lucretia, my reflection
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DISCLAIMERS:
Esse POV se trata de um assassinato cometido por um serial killer e as consequências desse crime. É um POV muito útil para entender a personagem, a personalidade e algumas ações dela. Porém tenho consciência de que é BEM pesado e pode ser difícil de ler. Tentei ser o menos descritiva possível, ainda assim, alguns avisos de gatilho serão listados abaixo. Outro ponto importante: a história é completamente fictícia e não é baseada em algum crime ou assassino real. Alguns elementos muito pontuais tiveram base em relatos reais ou seriados, mas tanto os personagens quanto as situações e locais são ficcionais. Ele é longo, porém é dividido em partes mais curtas que se passam em diferentes datas (e idades) da Virginia. Os subtítulos deixam bem claro, é só olhar para não se perder! Se esse tipo de conteúdo te causa desconforto, recomendo que não faça a leitura ou que pule algumas partes assinaladas nos gatilhos.
AVISOS DE GATILHO:
prostituição, descrição de cativeiro e ferimentos da vítima (pt. 2 - 2017) menção a outros dois assassinatos (sem descrição), desaparecimento, descaso policial, diálogo transfóbico e misógino (pt. 3 - 2009, fala do policial), reconhecimento de corpo (sem descrição), incitação à pornografia, tentativa de aliciamento, ameaça, uso de arma branca, sangue/ferimento, comportamento paranóico, estresse pós traumático.
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2007 - 10 ANOS
A casa das Anderson sempre teve uma rotina bem organizada. Moravam apenas mãe e filha. Lucretia trabalhava na noite e fazia questão de voltar para casa no máximo até às seis da manhã, para que pudesse tomar um bom banho, ela mesma arrumar a filha, o café da manhã e levar a criança para a escola mais tarde. Só quando voltava ia dormir. Uma vizinha, cujo filho estudava na mesma escola, trazia Virginia junto e ela passava o final da tarde com sua babá, a “Vovó Vivi”, como só ela podia chamar a senhora, enquanto sua mãe se arrumava e ia para as ruas buscar clientes noite adentro. Depois do jantar a babá levava a menina para o apartamento, mas Virginia já sabia se ajeitar para dormir sozinha. Ainda assim, mandava uma SMS para a mãe quando chegava em casa e outra quando ia dormir. Era um prédio pequeno, com janelas gradeadas e apartamentos muito apertados. Elas viviam no mesmo andar da melhor amiga de Lucretia, a travesti Vegas Mercy e dois andares acima da babá. Todos os dias pareciam um pouco iguais no apartamento de apenas um quarto, com só uma cama de casal que mãe e filha usavam, uma cozinha misturada com sala de estar e um cubículo minúsculo como banheiro. Era um apartamento asseado e cheiroso; Lucrecia semanalmente tirava um dia para levar as roupas na lavanderia e fazer aquela faxina e Virginia, com seus dez anos, se orgulhava de já conseguir ajudar a mamãe a “manter a casa muito lindinha”, em palavras dela. Ela não sabia exatamente o que sua mãe fazia, mas sempre a ouvia dizer para tomar cuidado com homens mais, não falar com estranhos e estudar para ir para a faculdade. Ginny queria ir para Princeton por causa do filme 'Uma Nova Cinderella'. Era onde princesas estudavam.
O dia 12 de agosto, no entanto, era um pouco diferente dos demais. Lucretia encomendava um bolo com uma confeiteira das redondezas, montava uma mesa e elas assopravam velas de aniversário antes da aula. Nesse dia a mãe não trabalhava: levava a filha para a escola, a buscava no fim da aula e durante a tarde Virginia procurava pela casa o presente escondido pela mãe, numa caça ao tesouro. Quase sempre alguns amigos da família apareciam mais tarde, alguns com presentes, outros apenas com suas presenças: Vovó Vixen, titia Mercy, tio Johnny e seu namorado do ano. Ginny convidava as crianças da escola, mas nenhuma nunca apareceu, nem mesmo Paul, o garoto do prédio vizinho que vinha com ela para casa. Ela até ficava triste, mas adorava colocar o vestido novo que Mercy lhe presenteava e ouvir a rádio de músicas retrô, sua favorita. Eles cantavam, comiam bolo, ela brincava com seus presentes e no dia seguinte ia de vestido novo para a aula. Tia Mercy era a mais criativa de todas e a transformava na criança mais estilosa do mundo todo.
Naquele ano, depois de se despedir dos amigos e colocar a menina na cama com seu pijaminha de nuvenzinhas, Luce deu um suspiro aliviado ao jogar fora as dez velas do bolo. Haviam sobrevivido juntas e bem naquele mundo por mais um ano, completado uma década. Aquela era sua maior conquista. Haveriam mais, ela pensou com otimismo.
2017 - 20 ANOS
Outubro era o mês favorito de Virginia. Ela ia ao máximo de festas de halloween possíveis, improvisava fantasias incríveis, encenava The Rocky Horror Picture Show em um teatro meio decadente em NY, assistia às crianças pedindo doces ou travessuras. Até sua energia, já hiperativa e caótica, ficava ainda mais marcante. Naquele ano, no entanto, um compromisso destruiu seu ânimo completamente. O primeiro temido julgamento. Aos 20 anos, ela poderia ter escolhido ser representada somente pela advogada, mas queria estar lá. Haviam encontrado o corpo de Lucretia há quase cinco anos; depois de tanta agonia, trâmites legais, trocas de advogado da defesa e espera, ela não aguentaria ficar em casa.
O réu era um homem qualquer. Estatura mediana, cabelos castanhos meio ralos, olhos de uma cor escura. Usava óculos, parecia descuidado da aparência e vestia um terno cinza que não lhe servia direito. Alegava inocência. Havia confessado os outros dois assassinatos posteriores com o mesmo modus operandi, imitando a cena da primeira morte, mas o de Luce ele negava veementemente. “Ela estava viva, eu juro. Não faria isso, não com ela. Eu amo a Lucy! Ela estava viva, eu juro.” Ficava repetindo, então entraram os advogados de acusação, falando sobre detalhes do cativeiro, da cena do crime, exibindo em um telão fotografias que Virginia nunca tinha visto, detalhes que ela não conhecia. Era um quarto com uma parede inteira coberta com fotos analógicas que ele tirou da mulher, a maioria sem que ela soubesse, enquanto a seguia pelas ruas e algumas poucas dela já no cativeiro. Tinha uma cama de casal com cabeceira de metal retorcido formando curvas pintadas de prateado, uma roupa de cama florida. Seria bonita se não houvessem manchas de sangue seco nas algemas presas na cabeceira, nos travesseiros e nos lençóis. O piso branco estava imaculadamente limpo, mas as paredes pareciam ter sido arranhadas com diferentes tipos de objetos e também com unhas. Uma folha de papel foi encontrada presa na dobradiça da única janela, um retângulo minúsculo no banheiro que não tinha porta. Dizia, com caligrafia rudimentar, com algo que depois foi identificado como sangue da mulher "Estou aqui. Ajuda." Os pulsos da vítima estavam em carne viva quando a encontraram e quase todas as unhas haviam sido quebradas e arrancadas; ela lutou muito para sair dali. O que Virginia sabia já era ruim o suficiente, mas ver as imagens… Ela encarava as fotografias das evidências sem desviar o olhar por um segundo. O homem a olhava como se ela fosse o presente de aniversário escondido que ele havia acabado de encontrar. Ela o olhou apenas uma vez, inexpressiva. Seu estômago se retorceu e por anos, quando a insônia a atacava, jurava ter visto aqueles olhos com cor de nada no escuro. Às vezes ficava deitada na cama imaginando como poderia fazer para torturá-lo e matá-lo longamente, a cada vez aperfeiçoando o plano mais um pouco, só isso a fazia dormir feito um bebê.
2009 - 12 ANOS
Virginia acordou com o despertador e imediatamente estranhou. Onde estava sua mãe? Era doze de agosto! Será que ela tinha pego trânsito? Se atrasado por causa de uma pane no metrô? Podia acontecer… Mesmo aborrecida por ter começado seu dia especial do jeito errado, ela logo foi até a cozinha e abriu a geladeira. Um bolo redondo com cobertura de chantilly cor de rosa estava ali, sinal de que a data não tinha sido esquecida e sua mãe apenas estava atrasada. A menina se arrumou sozinha para a escola e esperou, esperou, esperou. Perdeu o horário para a aula. Tentou ligar, mas o celular da mãe estava desligado. Foi até o apartamento de Mercy e bateu na porta, sendo recebida por sua tia postiça muito aborrecida por ter sido acordada tão cedo. Perguntou se ela sabia algo sobre Luce, mas nada. Ambas foram até Vovó Vixen, que também não sabia. Mercy a deixou com a senhora e disse que iria até o trabalho da mamãe ver se ela estava por lá. Quando voltou, expressão dela entregou tudo antes que uma palavra fosse dita: nem sinal.
Esperaram até o fim da tarde e foram até a delegacia. Vegas até usou suas roupas e seu nome “de tio”, mas os policiais disseram que precisavam esperar 72h para iniciar as buscas. Preencheram papéis e as dispensaram.
Apareceram três dias depois para revistar o apartamento. Virginia quis gritar com todos eles. De que adiantava procurar ali? Ela já tinha olhado em todos os cantos e não tinha nada, nem um bilhetinho minúsculo, deixado por Lucretia. Decidiram falar com Mercy, já que a mesma havia ido à delegacia. A criança se escondeu atrás de um móvel para escutar a conversa. Uma grande bolsa feminina havia sido encontrada no banco de trás de um carro de uma empresa de aluguéis que a levou até a polícia depois de descobrir que os documentos entregues pelo último locatário eram falsos e que todos os telefones para contato estavam fora de acesso. Na delegacia, os documentos dentro da carteira batiam com o boletim de ocorrência aberto no dia doze. Lá dentro, além da carteira, havia um conjunto simples de calça jeans, camiseta e tênis, um pacote fechado de preservativos, spray de pimenta, um rolinho de papel de presente e uma caixa da boneca Barbie Quero Ser Noiva, que Virginia havia visto na televisão muito tempo antes e ficado encantada. Aquele era para ter sido um aniversário como todos os outros. Eles mostraram as fotografias, mas todas as coisas estavam apreendidas, assim como o apartamento estava isolado para investigações. Disseram à Mercy que logo o serviço social viria até elas para tomar providências quanto à menina.
“Acho perda de tempo procurar essa mulher. Encontrou um cliente rico e deixou a filha pra trás… Ou decidiu mudar de ramo e tá por aí com esse cara que falsifica documentos. Gente boa não é.” o policial acendeu o cigarro, recostando-se na viatura. Já era noite e Virginia estava sentada nos degraus que levavam à entrada do prédio, aproveitando a escuridão causada pela lâmpada queimada do hall de entrada para ficar sozinha uns minutos.
“Não é uma vítima como qualquer outra? Não tem nenhum sinal no apartamento de que ela planejava fugir e…” um outro oficial, um pouco mais jovem, começou a falar, mas foi cortado por uma risada.
“Você claramente nunca comeu puta na vida, né Shaw? É só balançar mais dinheiro na frente delas e pronto, vão atrás que nem cachorra querendo carne.” o homem jogou a bituca do cigarro no chão e pisou em cima “Você mesmo viu o que as outras putas disseram, ela não foi forçada a entrar no carro.”
“Mesmo assim, Turner. Ela queria voltar, eu tenho certeza. Tinha o aniversário da menina, o bolo, até presente! A detetive Stevens vai concordar comigo. Se fizermos um bom trabalho, ainda podemos trazer essa mulher pra casa, apesar de já termos perdido tanto tempo.”
“Quando trouxer me avisa então, uma mulher bonita daquelas… E que aparentemente cobra barato, já que mora nesse muquifo de merda, ia ser um alívio não ter que comer puta feia uma vez na vida.” deu uma pausa, franzindo as sobrancelhas para o outro, que estava de costas para Virginia. “O que? Ah, não me olha com essa cara não, porra! Se disser que não pensou a mesma coisa eu não acredito. Só espero que o serviço social dê um jeito de não deixar a menina com aquele homem de peruca. É novinha, mas é bonita. Vai acabar virando puta também.”
Aquela frase foi um divisor de águas: era uma menina antes, mas dali em frente era uma puta também.
2013 - 16 ANOS
Virginia levou alguns segundos para notar o celular tocando. Era domingo e finalmente podia dormir. Trabalhava em uma loja Target durante o dia e como garçonete em um bar de karaokê pela noite. Os preços das coisas estavam aumentando demais e ela tinha começado sua poupança para conseguir uma moradia em Nova York de uma vez por todas, já que o trajeto de Jersey pra lá era extremamente exaustivo. Bocejou, a luz do sol invadindo o quarto por uma frestinha aberta da cortina. Atendeu com a voz sonolenta, mas assim que ouviu a frase na voz agora conhecida do detetive Shaw, despertou na hora.
“Encontramos sua mãe, Virginia.” o coração dela parou. Há tanto tempo não tinha mais esperança, mas por um segundo sonhou que Lucrecia estivesse viva. “Eu sinto muito. Nós precisamos de você para o reconhecimento oficial do corpo.”
“Ok.”
“Você está em casa?”
“Sim.”
“A detetive Stevens vai te buscar e te acompanhar pelo dia. Ela entrou em contato com a senhora Morgan e com a assistente social de vocês. Não te deixaremos sozinha.” ele disse, usando o sobrenome de batismo de Mercy. Ele era um dos poucos oficiais que a chamavam de senhora, mesmo que já estivessem em contato com a equipe por um tempo, principalmente depois que dois casos semelhantes aconteceram na região.
Encerrada a ligação, não demorou para que Mercy aparecesse no quarto, chorando. Elas choraram e sem dizer uma palavra foram se trocar para receber a detetive e a assistente social. Ainda não tinha contado para a mãe de criação que largou a escola, mentia dizendo que trabalhava por meio período. Agora tudo viria à tona, mas ah, que se fodesse o mundo. Estava exausta de ser humilhada naquele colégio. 
Sweet sixteen, Virginia Anderson. Depois de reconhecer a mãe por um anel que ela sempre usava e pelo que restava dos cabelos, estava feito. Com exames de DNA, era oficial, Luce Anderson foi assassinada em outubro de 2007, depois de ficar dois meses em um cativeiro que foi transformado em um santuário para a vítima pelo próprio criminoso. Ele dizia apenas ter decorado o espaço em homenagem à Lucretia, porque “a amava muito e ela era tão bonita”, mesmo com todas as evidências físicas apontando para ele. 
Deitada em seu quarto na residência que dividia com Mercy, Virginia teve um pensamento que nunca mais lhe saiu da cabeça: Amor era uma palavra bonita para obsessão e controle.
2020 — 23 ANOS
Virginia estava no estande da WonderLust em uma feira de entretenimento adulto. Nessas feiras todas as vendedoras usavam crachás com nomes falsos, o que já era normal para ela, que adotou o sobrenome Morgan depois de passar a viver com tia Vegas. Naquela noite, ela usava calças de couro, uma blusa branca com o logo da loja, uma tiara com orelhas de coelho cor de rosa e um crachá em formato de coração onde se lia “Cheryl”, como em todas as feiras e eventos. A dona da franquia achava prudente esconder a identidade real das meninas, especialmente em feiras maiores como aquela. Estavam em Los Angeles, em um hotel no coração de Hollywood e Ginny tinha uma folga antes de seu voo para casa, então estava pensando em ir para alguma praia menos movimentada, talvez Hermosa ou Redondo Beach. Nunca tinha tempo para ir à praia.
Atendeu vários clientes naquele dia. Casais, grupos, pessoas sozinhas, nada fora do costume, até que um homem chegou. Era bem comum, na casa dos quarenta anos, disse ser jornalista e cinegrafista e estar procurando um presente para a esposa. Escolheu uma lingerie vermelha que compunha uma fantasia de diabinha, um vibrador duplo e alguns óleos de massagem. Conversava enquanto Virginia embalava tudo para presente, mas ela não prestava muita atenção, respondendo no automático, até ele dizer uma frase estranha:
— A semelhança é realmente impressionante. 
— O quê? — perguntou, confusa.
— Você e ela tem os mesmos olhos, pelo menos das fotos. É como ver Lucretia ao vivo. — ele respondeu e Virginia congelou.
— Não conheço nenhuma Lucretia, sinto muito. — disse com o máximo de frieza que conseguiu reunir para parecer casual.
— Eu gostaria de ter conhecido. Mas te conhecer é o bastante. Sou obcecado pelo caso. — os olhos dele brilhavam como se olhasse para um brinquedo brilhante em uma estante. — Você faria uma fortuna se fizesse um filme caseiro… Tem muita gente louca pelo caso que pagaria muito. Eu poderia te fotografar, te filmar. Conheço um fórum dedicado apenas aos assassinatos de Trenton. Vou deixar meu cartão com você, Virginia. Pense a respeito, você pode ganhar o que sua mãe nunca pôde e eu nunca te machucaria, só quero fazer umas fotos ou vídeos.
Ele saiu tão casualmente quanto entrou, deixando um cartão de visita com o endereço de um site rabiscado logo abaixo do telefone. Ela correu até o banheiro, enjoada, trêmula, e vomitou tudo o que tinha no estômago. Pegou o celular e procurou o site pela guia anônima, encontrando o que já esperava: um fórum sobre sua mãe, o assassino e as demais vítimas dele. Haviam fotos, informações que deveriam estar em segredo de Estado, vários tópicos com comentários. Um deles falava sobre uma busca pela filha de Lucretia Anderson, sobre quem não se havia notícias graças à proteção dos dados das pessoas próximas. Mas jornalistas eram uma raça maldita quando queriam. Depois de chorar por muitos minutos, ela refez a maquiagem e voltou ao estande, onde trabalhou até o fim de seu turno. Quando saiu, a primeira coisa que fez foi discar o número no cartão.
— Eu pensei na sua proposta. — disse antes que o homem pudesse responder — Não sei se quero fazer isso… Mas eu gostei de você. Queria conversar mais. — a mentira quase lhe fez vomitar de novo. Ele respondeu com entusiasmo, perguntando por um ponto de encontro. — A saída de emergência C dá para um beco bem escondido… 
E foi assim que, meia hora depois, o mesmo homem apareceu, sem as sacolas de compras.
— Sabia que você faria a escolha certa. — ele sorriu.
— Ainda não tenho certeza. E preciso saber se você não está me filmando agora. Só quero conversar e saber exatamente o que você quer.
— Pode me revistar. — o homem levantou os braços, fazendo-a arquear as sobrancelhas. Ela lhe fez uma revista completa, constatando que ele não tinha câmeras ou armas de qualquer tipo.
— Você realmente acha que valho tanto assim?
— Oras… Claro que vale, Virginia.
— Mas eu não sou experiente, nunca fiz isso. Você nem sabe se eu ficaria bem em câmera.
— Sou fotógrafo, sei essas coisas de longe.
— Ah… É que… Talvez eu ser filha dela não seja o suficiente. Você está prometendo muito dinheiro e eu realmente preciso de muito dinheiro. Não faria por menos do que umas dezenas de milhares…
— Se você me mostrar do que é capaz, posso te dizer quanto o filme vale. Só estava pensando em te fotografar com roupas parecidas, te filmar amarrada… Mas se tiver ação, vai valer bem mais.
— Ação do tipo… Oh, entendi. Ok. Eu vou te mostrar, se encosta ali. — apontou uma parede.
— Você é doente, garota. Só pode. — ele riu quando ela se abaixou à sua frente, descendo suas calças e roupas íntimas até o joelho. Aparentemente, só conversar com a filha de Lucretia Anderson já era o suficiente para dar uma ereção àquele homem.
Virginia segurou na base de seu órgão genital e abriu bem a boca, olhando-o de baixo e piscando algumas vezes. Quando foi segurá-lo com a outra mão, tinha um canivete de cabo cor de rosa.
— É uma pena que você não tenha uma câmera, porque isso aqui daria um filme snuff dos bons. — ela sorriu, encostando a lâmina bem onde começava o órgão. O homem gritou, grave, alto, em pânico. — Eu se fosse você não me mexeria muito, posso acabar escorregando. — ela gargalhou, percebendo que ele estava prestes a empurrá-la e lhe dando uma cotovelada nos testículos para que perdesse a força. O movimento fez com que o canivete abrisse um corte pequeno no interior de sua coxa. — Meu nome é Cheryl Miller, senhor. Não conheço nenhuma Virginia Anderson. — afundou um pouco mais a lâmina, olhando o filete de sangue que escorreu com nojo. — Como é meu nome mesmo?
— Ch-Cheryl Miller.
— Tão inteligente… — ironizou — Endireita as costas, anda! Puta que me pariu, que homem lerdo! — girou os olhos, ficando de pé, o canivete ainda próximo da genitália masculina.
— Aquele fórum de vocês é um absurdo. — cortou um tracinho na barriga dele, quase na genitália. — Nunca parou para pensar que essas moças têm famílias vivas? Achei de péssimo gosto. Não só eu achei… Trabalho para algumas pessoas que também não acharam aquilo nada bom. — blefou, enquanto continuava cortando — Você tem até amanhã de manhã para tirar tudo do ar, não me importa quem seja o dono. Fale com quem precisar, dê seu dinheiro, sua bunda, seu sangue se precisar. Ou vai dar sua vida. Tem sorte que me deixaram te dar uma chance. É maluco, por acaso? Ou só idiota mesmo? Acha que garotas bonitas ficam por aí em feiras dando sopa querendo fazer filmes com uns imbecis como você? Eu não gosto de desrespeito, tá? Meu chefe tem olhos em todos os lugares, consigo acabar com a sua vida assim. — estalou os dedos, finalmente guardando a lâmina. — Ah, boa sorte explicando essa cicatriz para a sua esposa. Se é que um homenzinho patético como você tem mesmo uma. — disse, antes de lhe dar uma joelhada entre as pernas, que o fez cair no chão, gemendo de dor e ostentando uma ferida em forma de estrela acima dos pêlos pubianos.
Virginia seguiu para seu hotel como se não se importasse com nada, mas ao chegar lá chorou e tomou banho com água tão quente, esfregando a pele por tanto tempo e com tanta força que ficou completamente vermelha. Não saiu no dia seguinte, nem mesmo para o café da manhã do hotel. Saiu quase na hora de seu voo, nunca falou com ninguém sobre o incidente. O site realmente foi deletado e nunca reapareceu, ao menos não até seu sumiço para o Reino dos Perdidos. Ela continuou de olho pelo surgimento de outros, enviou as provas que tinha para a polícia, mas além dos ocasionais podcasts ou vídeos sobre a história (que não citavam seu nome, já que não constava nas informações disponíveis para o público), nada mais estranho surgiu. Foi sorte seu blefe ter dado tão certo, porque não tinha ninguém com olhos em todos os cantos querendo protegê-la.
Ela não queria ser definida por aquele assassinato. Não queria que sua mãe fosse definida por isso também. Estava lutando para se mudar para Nova York, conseguir ter um emprego só, terminar o ensino médio por um supletivo, talvez entrar numa Community College ou ter seu próprio negócio. Era inteligente, cheia de vida, fazia teatro, tinha aprendido a estilizar e fazer suas próprias roupas, amava moda e segundo sua chefe tinha uma mente brilhante para vendas. Poderia ter um futuro além de um cativeiro. Mesmo que sonhasse com um cubículo com fotografias suas ao invés das de Luce, que fosse paranóica com a ideia de estar sendo seguida, filmada ou fotografada. Era criativa, tinha uma boa família (Mercy era a melhor mãe com quem Lucretia poderia tê-la deixado), boas pessoas ao seu redor. Era feliz.
Não tinha medo de nada. Não tinha medo de ninguém. Só dele. O homenzinho com cara de nada. Mas ele estava na prisão sem direito a condicional. Aquelas duas cidades eram seu território, não dele. Ela se movia como se tanto NJ quanto NY lhe pertencessem. Aliás, ela se movia como qualquer lugar que pisasse lhe pertencesse. Não celebrava mais aniversários, mas essa foi a única coisa que Virginia permitiu que ele lhe tirasse. O estranho, ela às vezes pensava ao se olhar no espelho, é que parecia jovem e moleca demais, como se os anos não celebrados não tivessem passado. Um rosto de adolescente em uma mente que já estava cansada e de saco cheio havia muito tempo. De resto, ela não deixaria que ele vencesse. Enfrentaria seu maior medo dia e noite, lhe arrancaria a cabeça se fosse preciso. Sua obsessão fantasiada de "amor" não era nada perto do quando ela e sua família improvisada amavam sua mãe.
Amor, naquele sentido romântico e pífio da palavra, era algo que sequer existia. Era assim que ela pensava e assim que levava a vida.
We got the empire, now as then We don't doubt, we don't take reflection Lucretia, my direction Dance the ghost with me
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dismissivedestroyer · 6 months ago
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I will come back to the idea later because Tired BUT
Two mods I have currently had Thoughts about regarding the Skirtz are Neo (which I still need to play but have like. FAR too many thoughts on how the SM cast fits into it) and Saturday Night Swappin' (role swap mod. Unsure if you know it but the Hatz are swapped with John and Jack so that just makes me think of like. The Skirtz swapped with Mort and Patty)
I like plucking the SM cast and putting them in various mod verses and that's started to extend to the Skirtz, hope that's alright ;^^
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You caused me to have a vision. I AM GOING TO DRAW THE SKIRTZ AS MORTICIANS TOO WAIT OMG
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mariocki · 2 years ago
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La morte vivante (The Living Dead Girl, 1982)
"It's not possible. You're alive. I touched your body and felt the life in you. Tell me it's not true. Tell me."
#la morte vivante#the living dead girl#jean rollin#blood tw#horror imagery tw#french cinema#jacques ralf#marina pierro#françoise blanchard#mike marshall#carina barone#patricia besnard rousseau#véronique pinson#sandrine morel#fanny magier#lise overman#jean hérel#dominique treillou#jacques marbeuf#philippe d'aram#rollin at perhaps his most focused; a deceptively straightforward narrative‚ without the sideways meanderings or philosphising that marks#much of his fantasy horror work. there's a hint of eco horror at first and something about Americans abroad but it all gets forgotton as#Rollin hones in on and holds steady on one of the most heart wrenching‚ intense‚ moving‚ desperate love stories in all horror cinema#heavy meditation on blood (as pact and promise but also as curse and sickness) and some extraordinary gore fx mix with this idea of love as#something that goes beyond emotion to be a transformative‚ transgressive force that is not limited by life or death but exists beyond it#and then it ends... on one of the most truly disturbing but genuinely emotional scenes in all horror history. a grotesque and sometimes#cruel film‚ but then that's love isn't it‚ that's what love can do. more than this tho‚ a truly beautiful film‚ despite the frequent#ugliness. love as a promise that may tear you both apart but which is still given freely and fully without regret or second thought#ymmv of course; very much so‚ i imagine‚ but then Rollin isn't for everyone. for me tho‚ this is close to an awful‚ aching masterpiece
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film-o-teka · 15 days ago
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 Les raisins de la mort, 1978
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letterboxd-loggd · 2 years ago
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Psycho (1960) Alfred Hitchcock
January 5th 2023
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euinsisto · 8 months ago
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EI Livros #4 | Autoras que criaram grandes detetives e um vilão
No Dia Internacional da Mulher no podcast de hoje eu falo sobre autoras que escrevem suspense e criaram grandes detetives, mais uma que criou um grande vilão. Livros abordados: Natureza-morta | Louise Penny O silêncio da Cidade Branca | Eva García Sáenz de Urturi O Assassinato de Roger Ackroyd | Agatha Christie O Talentoso Ripley | Patricia Highsmith Outras plataformas: Spotify | Spreaker |…
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angelitam · 1 year ago
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Partageons mon rendez-vous lectures #32-2023 & critiques
Voici mes critiques littéraires sur Livres à profusion. Le cortège de la mort d’Elizabeth George, tome 16 de Linley et Havers Le cortège de la mort d’Elizabeth George – Editions Pocket La cité des jarres d’Arnaldur Indridason La cité des jarres d’Arnaldur Indridason – Editions Points Une mère sous influence de Patricia MacDonald Une mère sous influence de Patricia MacDonald – Editions Albin…
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Mort: He's autistic he cant help it. Jack: yeah I'm autistic! Evermore: John- John: just a sec- no you're not autistic, Jack. Patty: *throws toothpicks on the ground* how many- how many tooth picks, on the ground Jack: uuh.. John: don't play this game again Jack: uuh... Patty: Cmon! look, how many toothpicks? John: No, it just involves me cleaning up toothpicks Jack: uuuh... 100? Evermore: John! Patty: No- John: 100?? Patty: It's 3 John: There's 3! Patty: Ok ok, how many now? *throws another* Evermore: John! Jack: 3 John and Patty: No. Mort: Augh, you're the worst kind of autistic. Patty: You can't even count.
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jacenotjason · 7 months ago
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Oppsoite AU stuff I never posted
I like to think that Jack, John, Patty n Mort are in like,,, a gang.
This AU belongs to @zleepysnails I’m just holding it hostage. Op Mort design by me tho!
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badmovieihave · 1 year ago
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Bad movie I have Psycho 1960
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dismissivedestroyer · 6 months ago
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SCREAMS
Oh I love them so much
Maskduo is SO good!! I had a similar idea with scarves, but still leaning into them being hospital themed is SO good
Oh and also!! It reminds me of the idea @inkandpaintleopard had for SNS!John and Jack, where they're rule oriented goody-two shoes that try to keep others out of trouble. Very fun dynamic potential, there
OH OH A N D
I still don't know what you know about SNS, SO-
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These are SNS DD and MM, Dear and Mear! They swap with Skid and Pump
I bring them up because Dear's squirt gun has something he calls "dusty juice", it melts anything it touches
What I am saying is Patty should get to use that gun at some point, as a treat
YES HOLY SHIT, Patty gets to have a gun legally
I was thinking for Mort and Patty, they're the two certified weird kids™ that are really into corpses and rot and bones and stuff. They might have some sort of rivalry with John and Jack because they're pretty much against rules and are willing to go to unethical lenghts to do their own things (which, since they're middle schoolers, is probably like. Trespassing at night to go to the cemetery and stuff like that).
For the Skirtz, Regina and Rachel are morticians (Regina being the one that gets possessed), Regan is a doctor and local mole for the cult.
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justforbooks · 3 months ago
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Icône du cinéma français, Alain Delon s’est éteint ce dimanche 18 août, à 88 ans. De sa révélation sur le grand écran au début des années 1960 à son César du meilleur acteur, retour sur sa carrière en sept films emblématiques qui ont campé son style.
Il était l’un des acteurs qui a enregistré le plus d’entrées en France, totalisant plus de 136 millions de spectateurs avec l’ensemble des films qui l’ont mis en scène. Alain Delon est mort ce dimanche 18 août 2024, à l’âge de 88 ans, ont annoncé ses enfants. La star du grand écran a marqué le cinéma français de son empreinte avec 90 longs-métrages, qui ont façonné sa réputation de légende et son style caractéristique. En voici sept particulièrement marquants.
« Christine » (1958) : sa rencontre avec Romy Schneider Alain Delon n’a que 23 ans et a fait ses premiers pas au cinéma un an plus tôt, dans Quand la femme s’en mêle d’Yves Allégret, lorsque l’actrice allemande Romy Schneider le choisit sur photo pour tourner avec elle dans Christine, de Pierre-Gaspard Huit. Il y incarne le lieutenant Franz Lobheiner, amant d’une riche baronne autrichienne dont il veut rompre, qui tombe follement amoureux de la charmante Christine Weiring, jouée par la jeune star du cinéma qui n’a alors que 20 ans. La première rencontre entre les deux acteurs, à la descente de l’avion, deux mois plus tôt, n’était pourtant pas des plus concluantes. La barrière de la langue les sépare et le duo ne s’entend absolument pas. Ils finiront pourtant par tomber amoureux et former un couple connu comme « les plus beaux fiancés d’Europe ».
« Plein soleil » (1960) : la révélation d’un « jeune premier » Deux ans plus tard, Alain Delon est choisi par le réalisateur René Clément pour jouer dans une adaptation du roman Monsieur Ripley, de Patricia Highsmith. Alors qu’il devait jouer le deuxième rôle masculin, il parvient à convaincre l’équipe de réalisation qu’il serait plus adapté dans le costume du personnage principal, Tom Ripley, qui colle plus à son caractère un peu « voyou ». Avec ce rôle, Alain Delon se révèle sur le grand écran et pose les jalons de ce qui deviendra son style, charismatique et un peu rebelle. « Personne ne savait qui j’étais. Le film qui a fait le tour du monde, a été la base de ma carrière », avait d’ailleurs reconnu l’acteur.
« Le Guépard » (1963) : la palme d’or à Cannes Alain Delon y incarne Tancrède Falconeri, le neveu du prince Fabrice de Salina (Burt Lancaster) qui se lie d’amour avec une bourgeoise, Angelica Sedara (Claudia Cardinale), dans une Italie du milieu du XIXe siècle marquée par le déclin de l’aristocratie traditionnelle. Adapté du roman éponyme de Giuseppe Tomasi di Lampedusa, cette fresque obtient la Palme d’or au Festival de Cannes en 1963 et devient un succès commercial et critique dès sa sortie. Alain Delon, au sommet de son élégance (moustache fine et raie sur le côté), y est l’incarnation de la noblesse. Le couple qu’il forme avec Claudia Cardinale entre dans l’histoire du cinéma. Le film comporte notamment une scène de bal devenue iconique, qui marque la victoire de la bourgeoisie sur la noblesse et où les trajectoires du trio principal trouvent leur aboutissement.
« Le Samouraï » (1967) : la consécration du « genre » Delon Cette première collaboration avec Jean-Pierre Melville donne l’un des chefs-d’œuvre de la filmographie de Delon, qui incarne le tueur solitaire Jef Costello. Fantomatique, inexpressif (son personnage n’a quasiment aucune réplique), obsédé par la maîtrise, avec son regard bleu froid, son imper et son chapeau : ce personnage est à la base du mythe Delon. L’esthétique de ce polar glacial influencera nombre d’autres cinéastes, dont John Woo ou Quentin Tarantino. La collaboration Delon-Melville accouchera d’un autre chef-d’œuvre, Le Cercle rouge (1970, avec Bourvil), avant Un flic (1972).
« La Piscine » (1969) : les retrouvailles avec Romy Schneider Mi-drame, mi-polar, ce film de Jacques Deray marque les retrouvailles entre Alain Delon et Romy Schneider, avec qui il a formé un couple mythique du cinéma français. Il n’y aura pas de retour de flamme entre eux mais la carrière de l’actrice allemande, alors en demi-teinte, redécolle. Plus de 3 millions de spectateurs plongent dans la piscine au-dessus de Saint-Tropez, fréquentée par le couple mais aussi par Maurice Ronet et Jane Birkin. Delon dira plus tard : « Ce film, je ne peux plus le regarder. Trop douloureux de revoir Romy et Maurice (morts en 1982 et 1983, N.D.L.R) rire aux éclats. »
« Borsalino » (1970) : son duo iconique avec Belmondo C’est encore grâce à Jacques Deray qu’Alain Delon connaît un vrai succès populaire avec Borsalino, où il forme un tandem iconique avec Jean-Paul Belmondo. Le film, histoire de deux jeunes voyous qui tentent de devenir les caïds de la pègre marseillaise, marque le point d’orgue du duo entre Delon et son rival, mais aussi ami. « Heureusement qu’il était là. Ni l’un ni l’autre n’aurait fait la même carrière sans l’autre. Il y avait une compétition mais aussi une sorte de stimulation entre nous. Ça m’aurait vraiment emmerdé qu’il ne soit pas là. Qu’est-ce que j’aurais foutu sans lui pendant cinquante ans ? » Le succès est au rendez-vous : le long métrage enregistre plus de 4,7 millions d’entrées et une suite, Borsalino and Co, sort au cinéma quatre ans plus tard.
« Notre histoire » (1984) : son seul César du meilleur acteur Malgré son immense carrière, Alain Delon n’a décroché qu’une seule fois le César du meilleur acteur obtenu en 1985 pour son rôle dans Notre histoire, de Bertrand Blier, sorti l’année précédente. Cette comédie dramatique, parfois absurde, parle de solitude et d’amour, autour de la rencontre dans un train, entre Robert, la quarantaine fatiguée, et une jeune femme désabusée, incarnée par Nathalie Baye. Le public ne suivra pas, mais la critique a majoritairement aimé ce film dans lequel Delon a pris des risques pour camper un personnage fragile, un ivrogne, bien loin de celui qu’il interprétait dans le Samouraï.
Alain Delon, qui avait commencé sa carrière à la fin des années 1950, était l’un des derniers monstres sacrés du cinéma français.
Né le 8 novembre 1935 à Sceaux (Hauts-de-Seine), Alain Delon fait ses débuts sur le grand écran à la fin des années 1950, dans Quand la femme s’en mêle, d’Yves Allégret.
Ces premiers pas au cinéma, il les doit à un « scout » qui les repère, lui et son charisme, lors d’un casting sauvage réalisé en marge du Festival de Cannes, à une époque où le jeune Alain Delon enchaîne les petits boulots. Quelques mois plus tôt, il était revenu d’Indochine, où il a servi dans la Marine, avant d’être renvoyé pour avoir, selon la légende, « emprunté » une jeep pour aller faire la fête. Un beau gosse un rien rebelle. Tout Delon est là, déjà.
Ce personnage de voyou magnifique, auquel sa nature semble le prédestiner, Alain Delon va l’étrenner, le perfectionner durant une bonne partie de sa carrière.
Très rapidement, on le verra ainsi incarner un tueur à gages dans Le Samouraï (1967), dans l’une de ses nombreuses collaborations avec Jean-Pierre Melville. Puis, dans Borsalino (1970), où il partage l’affiche avec son meilleur ennemi, Jean-Paul Belmondo, il prend les traits d’un éminent membre de la pègre marseillaise.
Toujours en 1970, dans Le Cercle rouge, il joue un autre bandit de classe, traqué par un Bourvil à contre-emploi. Mais, plus tard, les Français le verront passer de l’autre côté de l’insigne, dans Parole de flic ou Pour la peau d’un flic, film qu’il produira, comme une trentaine d’autres.
La rubrique des faits divers, celui qui ne cachera jamais ses attaches à droite la côtoiera également dans le civil. À la fin des années 1960, alors qu’il est au faîte de sa gloire, il sera ainsi entendu dans le cadre de la médiatique affaire Markovic, du nom de son ancien homme à tout faire yougoslave, retrouvé assassiné. La procédure, dans laquelle un ami d’Alain Delon, François Marcantoni, était le principal suspect, avait débouché sur un non-lieu pour preuves insuffisantes. Elle aura néanmoins perturbé le tournage du Clan des Siciliens, dans lequel il partage l’affiche Jean Gabin et Lino Ventura. Rien que ça.
Puis, au tournant des années 2023 et 2024, il sera l’objet d’une brouille entre ses enfants, Anouckha, Alain-Fabien et Anthony, sur fond d’héritage et de présence d’une « dame de compagnie », Hiromi Rollin. La découverte, quelques semaines plus tard, des dizaines d’armes que possède l’acteur dans sa résidence de Douchy (Loiret), finira d’alimenter une chronique qui aura quelque peu terni l’image de l’acteur.
Mais, entre-temps, Alain Delon aura peaufiné son autre facette, celle du séducteur à la gueule d’ange. Celle-ci crève l’écran dès 1960, dans Plein Soleil de René Clément et dans Rocco et ses frères, où Delon donne la réplique à Claudia Cardinale, sous les ordres de l’un de ses mentors, Luchino Visconti.
Ce séducteur patenté, les spectateurs le retrouveront régulièrement par la suite. Dans Le Guépard (1963), film-fleuve issu de l’œuvre de Giuseppe Tomasi di Lampedusa, par exemple. Mais aussi, et peut-être surtout, dans La Piscine (1970), film sensuel dans lequel Delon donne la réplique à Romy Schneider, son ex-compagne.
Plus que ceux qu’il forma avec Nathalie Delon, Mireille Darc ou, un temps, avec Dalida, le couple mythique qu’Alain Delon forma avec l’interprète de Sissi, contribuera à le faire entrer dans la légende du cinéma français, celle à laquelle, diront ses détracteurs, il était si conscient d’appartenir. Difficile toutefois, en regardant dans le rétroviseur, de le contredire sur ce point.
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gellavonhamster · 1 year ago
Note
I wanna start reading Arthurian…..where should I begin
*rubs hands* oh excellent
I'd say one way would be to pick characters or events you'd like to read about the most and start with the texts focusing on them. @fuckyeaharthuriana has a lot of lists of different works, including those sorted by character (links in the blog description). Then, if you decide you enjoy Arthuriana in general, you can move to other texts. Another way would be to start with something well-known and short. I believe Sir Gawain and the Green Knight fits the bill well. The translation linked is more like an example, because there's a lot of them, and I frankly don't know which to suggest best; the one I read is by Bernard O’Donoghue, but I can't find it online. I've also heard very good things about Tolkien's translation - understandable, because duh, Tolkien - but haven't read it (yet). The works of Chrétien de Troyes are also very good and readable and imo very well represent what a medieval romance is. My favourite is Yvain: Knight of the Lion, and I haven't read his Perceval yet, but I liked all the other of his romances too. (Ok, maybe not Erec and Enide, but that's because I found the main character very annoying)
I've compiled a small list of Arthurian texts I recommend before when answering a similar ask, and I still stand by it, except, taking into account what I've read since then, I'd also add La Tavola Ritonda - an Italian Arthurian romance mostly focused on Tristan and Isolde, weird and violent but also very enjoyable, in my opinion, Parzival (vol. 1, vol. 2) by Wolfram Von Eschenbach - a German romance and my favourite version of the Grail story so far, and Lancelot-Grail aka the Vulgate Cycle + the Post-Vulgate. I'm not sure starting with the latter is a good idea, though, because it's five huge volumes, very readable (except for The History of the Holy Grail. You can skip that, if you ask me) and with a great impact on the later Arthurian texts, including Le Morte d'Arthur, but HUGE, it took me half a year, lol. (Le Morte is also long and often drier in style, but still not THAT long). But I simply had to mention it because it's such a foundational work. A part of the Vulgate Cycle has been adapted by Patricia Terry and Samuel N. Rosenberg as Lancelot and the Lord of the Distant Isles or, The Book of Galehaut Retold. It's short and beautiful, and you don't need to be familiar with the rest of the Vulgate to read it.
Oh, and if you're interested in more modern retellings, Idylls of the Queen by Phyllis Ann Karr is an episode from Le Morte d'Arthur retold as a murder mystery solved by Kay and Mordred, and it's amazing. Also The Squire's Tales series by Gerald Morris is a lot of fun, kind of for a younger reader but very well-written and funny, even though some of his choices regarding certain characters drive me up the wall a little bit.
Also, here's a great site by @tillman with a lot of links to various Arthurian texts!
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francebonapartiste · 6 months ago
Text
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Voici quelques belles photos prises par Patricia Chereau, que nous remercions chaleureusement, lors de cette journée du 5 mai 2024 en commémoration du 203ème anniversaire de la mort de l'Empereur Napoléon Ier.
Présence de S.A.I. le Prince Jean-Christophe Napoléon mais également de S.A.R. le Prince Murat.
Nous vous les partageons ici.
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