#O silêncio da Cidade Branca
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EI Livros #4 | Autoras que criaram grandes detetives e um vilão
No Dia Internacional da Mulher no podcast de hoje eu falo sobre autoras que escrevem suspense e criaram grandes detetives, mais uma que criou um grande vilão. Livros abordados: Natureza-morta | Louise Penny O silêncio da Cidade Branca | Eva García Sáenz de Urturi O Assassinato de Roger Ackroyd | Agatha Christie O Talentoso Ripley | Patricia Highsmith Outras plataformas: Spotify | Spreaker |…
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O amor comeu as sobras de tudo o que fui no passado. Comeu a minha pressa, o meu sossego, o meu desapego. Comeu as minhas certezas e as minhas horas vagas. Mastigou-me com seus dentes de fome e engoliu voraz a minha tranquilidade, desejo, esperança e clareza. O amor devorou o meu chão, as paredes brancas e ásperas até o teto do quarto, o brilho apagado das janelas, o meu conforto, o gosto pela arte e o cheiro agradável das flores na varanda. Comeu as minhas tatuagens, os meus fios de cabelo, a minha barba, as minhas unhas, os meus seios, o meu cérebro, as minhas espinhas, os meus olhos escuros. O amor engoliu depressa as minhas análises, os meus trabalhos acadêmicos, as minhas provas, as responsabilidades, as aulas de literatura e inglês, as doses de testosterona, o silêncio. Escondeu-se debaixo da cama, enrolando-se como uma cobra e ouvindo os meus lamentos enquanto aguardava o momento adequado para comer também a minha pele e os meus ossos. O amor comeu o jornal sobre a mesa, as manchetes e as fotografias, os papéis rabiscados num tom azulado, a gota de café amargo derramado, a lista de compras, a brasa e os maços de cigarro. Engoliu todos os filmes de romance já lançados, as prosas da estante, as conversas do dia-a-dia, o meu violão, as habilidades, a minha coleção de discos de MPB, a minha singularidade e a minha visão sobre anatomia. O amor comeu os ponteiros do relógio, o tempo, o passado e o futuro. Comeu a minha infância de brincadeiras de pega-pega e histórias de ninar, a minha adolescência de cara fechada e desconexa, a minha juventude cansativa e a velhice antes tão distante. Aproximou a minha morte num estalar de dedos ao rasgar-me com os dentes. O amor comeu a minha beleza, o meu sono, o meu canto e a minha voz. Comeu o Rio Muriaé, a Matriz São Paulo, o Centro, o relógio da Praça João Pinheiro, a feirinha dos domingos, os pagodes do Santa Terezinha e a cerveja dos finais de semana. Ele consumiu toda a Gávea, o Cristo Redentor, o Ipê amarelo, o concreto das ruas, a fumaça das fábricas, o cantar dos pássaros e toda Minas Gerais. Mastigou as ruas da cidade, transformando-a em meros destroços. Devorou os pedestres, os mercados, os restaurantes, os tambores, os trabalhadores, os turistas, os sorrisos genuínos, os casais apaixonados, os ex amores, os receios, as palavras não ditas, os sonhos nada vívidos, os beijos tanto almejados e nunca roubados, as novelas e as minhas playlists. Despiu-me de todos os sentidos, comeu a minha fome e meu próprio nome, transformando-me em cinzas ao satisfazer-se em minhas veias. O amor me desnutriu e me desidratou, comeu a minha nação, a Lua e as estrelas, o Sol e o mar, consumiu todo o sal do oceano e toda a vida do sistema solar. Comeu do meu suor, do meu querer, da minha organização e da exatidão. O amor comeu a minha vontade de amar, a minha sede de gritar, o meu cuidado ao falar, a minha dignidade e a minha vaidade. Comeu as chaves de casa, o cobertor de lã azul que me protegia nas noites frias, a camisa larga que tão bem nele ficava. Ele engoliu rapidamente toda a minha rotina: os finais de semana, os feriados, o horário de almoço e os intervalos, os meus pensamentos diários. Comeu toda a humanidade que havia em mim. Sua fome era tanta que consumiu também todos os elementos: a terra, a água, o fogo e o ar. Por fim, o amor comeu a minha poesia. Enquanto partia, prometia jamais retornar. Ele jamais voltaria. Comeu tudo o que havia até não sobrar um grão. Se o amor come tudo, o que resta de mim? Restam-me memórias riscadas e apagadas pelo tempo como um bilhete de cinema velho, sufoco e lamento. Restam-me, então, apenas sobras do que um dia foi chamado coração.
— Diego Bittencourt, texto inspirado em "Os três mal amados", de João Cabral de Melo Neto.
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Menos Que Nada. — Agustín Pardella
Capítulo I
S: Isabela Barrios começaria uma vida nova em Soho, Inglaterra. Cursando moda e aproveitando o melhor da cidade, ela encontra pequenas pedras. em seu caminho. Um argentino com ódio a primeira vista e um assassinato no campus.
Soho. Bela podia sentir o ar entrando por suas narinas. Não era o melhor odor, convenhamos, mas o centro da cidade pulsando em uma noite de sábado faria qualquer um se derreter. As luzes, as pessoas, a música, o sotaque. Tudo fazia Isabela suspirar enquanto encarava qualquer comércio com brilho nos olhos. Era apenas o segundo dia que a Argentina estava em solo inglês e ainda havia inúmeras atividades em sua lista. Andar de bicicleta, tomar chá exatamente às 4 da tarde, fazer comprar, checar seu material de costura, linhas novas e outras mil coisas. A verdade, era que morena colapsaria a qualquer momento. O fascínio por moda e música a trouxe em um dos melhores lugares para tal.
Bela ajeitou o casaco preto peludo que vestia. Fazia frio naquele sábado e por mais que a Argentina fosse gelada, nada se comparava ao frio da Inglaterra. Voltando pra casa, com um cachorro quente na mão e muitas sacolas na outra, Isabela estava a 9 minutos de sua Faculdade. British Academy of Fashion Design, pra ser exato, o sonho de muitos aspirantes a moda. A morena se atrapalhou enquanto buscava seu telefone para uma self. Levantando seu pão sem recheio e com apenas uma salsicha, ela sorriu para a faixada da escola enquanto seus fios marrons voavam. A foto perfeita para a amiga perfeita. Não precisou de muito esforço para achar o contato de Nina fixado em seu celular. Enviou a imagem com emojis de corações, choros e estrelas. Nada podia representa-la melhor.
Bela dava passos largos até chegar no hotel que estava hospedada. Seria apenas aquela noite e no dia seguinte, ela estaria em um dormitório de alguma fraternidade. A adrenalina de estar em um lugar como esse a deixava extremamente energética. Subiu as escadas correndo até chegar no quarto 13B. Se atrapalhou com a chave mas no fim, conseguiu girar a maçaneta. Isabela deixou as sacolas de lado e começou a pensar em seu outfit para o primeiro dia de aula. Ela sabia que a faculdade recebia inúmeros talentos promissores, então se ela quisesse impressionar alguém, deveria começar com o pé direito.
No entanto, a argentina escolheu uma saia preta curta e meias também pretas, porém grossas por conta do frio. Uma camiseta gola alta branca e com pequenas pedras brilhantes em lugares específicos. Estas, que Bela havia confeccionado por si mesma em seu ateliê em Buenos Aires. E para finalizar, um sobretudo preto. Elegância e conforto. A morena sentou-se na cama encarando as opções de calçados. Coturno preto, sapatilhas brancas ou mocassins pretos. Depois de fechar os olhos e imaginar seu outfit em sua cabeça, ela escolheu os mocassins. Sorrindo satisfeita, ela se despiu e encheu a banheira. Nada melhor do que um banho quente para relaxar.
Isabela perdeu a noção do tempo nas águas quentes e aromáticas. Deu um pulo quando sentiu a pele bronzeada arrepiar, dormiu por pelo menos uma hora. A argentina se levantou arragando seu roupão e enlaçando ele por seu corpo molhado. Bela sentiu um fio exagerado quando saiu do banheiro, procurou a passagem de ar e então notou a janela do quarto aberta. As cortinas dançavam com o vento e o zumbido do ar indo e voltando preencheu o quarto. Ela correu fechando o vidro com força e tracando em baixo, enquanto dava uma boa olhada no quarto. As bolsas estavam no lugar, sua roupa também, impecavelmente dobrada no baú da cama. Seus pertences estavam no mesmo lugar e se não fosse pela pequena folha lamacenta perto da cama, Isabela podia jurar que estaria ficando louca. Alguém esteve em seu quarto. Ela verificou a porta e garantiu que a mesma ainda estava trancada.
Descendo as escadas em silêncio, ela chegou ao térreo, aonde o quarto do dono ficava. Bela deu duas batidas na porta, mas nada aconteceu. Ela sabia que ele estava lá dentro, uma música suave como vinda do rádio, escapava pelas brechas da porta marrom. E quando a argentina estava prestes a se virar e ir embora, um barulho de tranca a fez olhar para trás. O senhor de cabelos brancos estava parado na patente, enquanto abraçava seu suéter bege.
— Pois não? — Ele disse ajeitando os óculos.
— Olá, me desculpe incomodá-lo a essa hora... — Isabela pronunciou ainda meio desacostumada com o idioma. — Acho que alguém esteve no meu quarto.
— Como disse? — O senhor deu um passo a frete como se não acreditasse em suas palavras.
— Eu disse "acho que alguém esteve em meu quarto!" — Respondeu mais alto.
— Quando?
— Não sei ao certo, adormei na banheira e quando voltei, a janela estava aberta e tinha isso no chão. — Ela levantou a folha a altura de seus olhos.
— Tem certeza que você não a deixou aberta? — Ele parecia tranquilo.
— Eu me lembraria se tivesse, Senhor Stones. — Seu tom foi mais duro.
— Alguma coisa faltando? — Bela negou. — Bom, minha jovem, esse prédio tem mais de oitenta anos, as portas destrancam sozinhas, a madeira range, as torneiras perderam o aperto e as janelas podem abrir sozinhas com o vento.
Isabela o encarou de boca aberta. Não podia acreditar nas palavras que escutara. E também, sabia que era perca de tempo argumentar com um senhor de idade.
— Tem razão, a folha deve ter entrado pela janela aberta com o vento. — Ele assentiu. — Perdão por incomodar, tenha uma boa noite.
— Você também! — Isa ao menos olhou para trás. Seu sangue fervia.
Barrios voltou em passos firmes até o quarto e bateu a porta. Por um segundo, ela começou a se perguntar se realmente estava raciocinando ou se Stones estava certo. Perdida em seus pensamentos, ela se deitou e só depois deu conta de que estava de roupão. O rubor subiu em seu rosto, esquentando suas bochechas. Tentou fechar os olhos ou imaginar seu primeiro dia no campus, mas não podia. A ideia de ter alguém entrando no seu quarto a perturbava. A argentina levantou, pegou a poltrona que ficava do outro lado do quarto e a posicionou enfrente a janela. Agarrou um dos lençóis firmes da cama e enrolou em seu corpo. Com os olhos vidrados no lado de fora, Isabela aguentou alguns minutos, quando então, começou a pescar sem perceber. Sua cabeça pendia para a direta e esquerda e ela acordava de supetão. Uma hora depois, Barrios havia adormecido na poltrona branca, com a folha entrelaçada em seus dedos e o reflexo da lua em seu rosto.
[....]
Os raios de Sol clareavam o quarto bagunçado, mas não era o bastante para aquecer, ainda era extremo frio e seco. A cabeça de Isabel deu um solavanco grande pra trás, fazendo a mesma acordar repentinamente. A morena pulou da poltrona largando o lençol no chão. Isa demorou alguns segundos para se lembrar aonde estava, deu uma bela olhada ao seu redor e então, depois de retomar a consciência, ela correu para sua bolsa buscando seu telefone. Quando desbloqueou o aparelho, Isabela deixou um fino grito preencher o apartamento. Estava atrasada. Graças aos céus eram apenas nove minutos até a faculdade, mas ainda sim, chegar atrasada em seu primeiro dia era extremamente terrível.
Barrios vestiu sua roupa que estava perfeitamente dobrada no baú como na noite anterior e saiu esbarrando em vários objetos pelo caminho até achar sua bolsa da faculdade. Correu para o banheiro e terminou tudo em menos de dez minutos. Pensou em como arrumaria o quarto já que se mudaria naquele mesmo dia, mas preferiu deixar tudo pra depois da aula. Ela pegou as chaves e saiu o mais rápido que pode, trombando com uma mulher no corredor e ouvindo protestos dos moradores de que era proibido correr. Ela sabia das regras, Richard Stones passou quase meia hora discorrendo todas a ela e ainda as enviou por email.
Mesmo estando frio, Bela sentiu uma fina camada de suor descer por sua testa a medida que corria em direção as ruas da faculdade. Quase se mordeu ao parar um minuto no sinal. E quando finalmente pisou na calçada do campus, ela soltou um grande suspiro de alívio. Era, definitivamente, muito bom estar naquele lugar. A satisfação em seu rosto a deixou mais confortável e confiante. Haviam muitas pessoas andando de um lado para o outro, subindo e descendo escadas, rindo e conversando. Isabela não via a hora de ser como eles. Remexeu em sua bolsa procurando o papel com o número de sua sala gravado nele. Assim que achou, o desdobrou com cuidado enquanto ainda estava atônita observando as pessoas e o lugar. Barrios mal sentiu quando o papel voou de suas mãos. Ou melhor, foi tirado delas. Ela se virou abruptamente procurando alguém e o encontrou.
Encostado na parede a esquerda e com uma roda de pelo menos cinco meninos rindo com ele. O loiro tinha o papel de Isabela nas mãos. Ele o lia com um sorriso despretensioso. A morena conhecia aquele tipo, ela apenas deixou um sorriso nasal sair e andou calmante até ele. A roda instantaneamente se abriu quando ela passou. O homem permaneceu na sua posição sem mover um fio. Barrios cruzou os braços em sua frente. Quando ela percebeu que ele não diria nada, gemeu em frustração.
— Pode devolver? — Ergueu a palma da mão. O loiro franziu o olhar. Ele a encarava buscando intimidar de qualquer jeito.
— De onde você é? — Bela pode sentir seu sotaque forte.
— Buenos Aires — A morena mal havia terminado de falar e o homem gargalhou. Todos ao seu redor gargalharam. Isabela estava confusa. — Pode me dizer qual é a graça?
— Claro, hm — Ele olhou o verso do papel. — Isabela — Deixou o nome dela escapar pelos lábios. — parece que somos compatriotas, chiquita.
Barrios não acreditou quando aquele apelido atravessou seus ouvidos. Estava ferrada.
@lacharapita @idollete @creads @interlagosgrl @imninahchan @yoonstaxr postei, se vocês quiserem ler 😛
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Move Mood Mode
avisos: bf!taeyong, fluffy, tá curtinho esse😊
notas: pra :) anon que pediu um do tayong sendo um namoradinho fofo, eu tinha salvo no rascunho e apaguei sem querer😔, espero q goste!! escutem a música do ty
Estava chegando o finalzinho da tarde em um sábado, andava calmamente na calçada com a mão direita entrelaçada a esquerda do seu namorado.
O clima estava gostoso, com o sol ainda brilhando e uma brisa que balançava levemente seus cabelos e os de Taeyong.
Aproveitavam a folga de ambos para passar o dia juntos, almoçaram em seu restaurante favorito e agora partiam em direção ao Parque da Cidade, para assistir o por do sol.
Mantinham um silêncio tranquilo, confortável, aproveitando a companhia um do outro.
Não demoraram muito para chegar a entrada, estranhou a falta do intenso fluxo de pessoas, geralmente no final de semana era lotado, mas hoje parecia bastante calmo.
Pegaram o ônibus que levava até o parque e sentaram um do lado do outro. Tae não largou sua mão por um segundo se quer e, assim que o ônibus começou a andar, ele apoiou a cabeça em seu ombro, suspirando levemente.
– Você é muito cheirosa sabia? – Ele pergunta com a voz baixa. – Se eu pudesse, ficaria aqui o dia todo.
É inevitável o sorriso, o mais velho sempre foi muito carinhoso e fazia questão de soltar palavras doces a você o tempo todo.
O caminho não era demorado, chegaram rapidamente. Desceram do ônibus e partiram em direção a "borda". Haviam várias mesas e banhquinhos espalhados pelo gramado mas preferiram ficar mais afastados.
Taeyong a guiava pela mão e parou onde gostaria de ficar. De lá, era possível enchergar a cidade toda, era absurdamente lindo e com o pôr do sol chegando, a viste era ainda mais bonita.
– Vem, vamos sentar aqui mesmo. – Taeyong diz enquanto tira a jaqueta jeans que usava, ficando apenas com o regata branca. Ele estende a jaqueta no gramado se vira para você. – Pode sentar agora bebê. – Ele fala sorrindo sem mostrar os dentes, genuinamente feliz por fazer isso por você.
– Ah Tae, não precisava! – Exclama sentindo o coração acelerar.
– Claro que precisava, não vou deixar você sujar sua roupa. – A responde simples, sentando no chão ao lado do casaco.
– Obrigada Bubu, de verdade. – Diz e se senta em cima da jaqueta, apoiando o rosto no ombro dele.
– Tudo por você amor. – Ele fala e deposita um pequeno beijo na sua cabeça.
Agora, olhavam pro horizonte, este que já mostrava claros sinais que o sol iria partir. O céu mesclava entre tons laranjas e amarelos, com o azul escuro da noite mostrando-se presente, era realmente muito bonito de ver. Se sentia encantada, não apenas pela vista, mas por quem era sua companhia.
– Você sabe que eu te amo muito né? – Taeyong pergunta quebrando o silêncio, enquando entrelaça sua mão na dele e encosta a cabeça na sua. – E amo tudo em você, da cabeça aos pés, meu coração derrete... – Ele fala enquanto sorri e você o acompanha. – É sério! Você me deixa doido.
Você levanta a cabeça do ombro dele, segura a bochecha do mesmo com a mão livre e prende os lábios nos dele em um selinho demorado. Transmitia todo seu amor pelo simples toque, mesmo depois de muito tempo ao lado do Lee, nunca se acostumaria com as declarações vindas dele, as borboletas na sua barriga dançavam sem parar.
– Eu te amo demais, garoto. – Fala olhando nos olhos dele ao se separarem. – E não sei exatamente como expressar em palavras, porque é inexplicável o que eu sinto por você.
Ele abre um sorriso largo e a puxa pela nuca colando suas testas. Ele fecha os olhos e respira fundo, apreciando sua companhia.
Mas ele a solta e se põe de pé, junta as mãos na lateral da boca e grita: "EU TE AMO [nome]", você arregala os olhos e o puxa para se sentar novamente.
– Lee Taeyong, você é doido.
– Por você? Sim. – Ambos riem da cantada feita pelo mais velho.
Lembraria para sempre deste dia, como era bom estar do lado dele e como faziam bem um ao outro. Eram de fato almas gêmeas, não que você fosse de acreditar nessas coisas, mas era perceptível a forte conexão que existia entre os dois, o amor que entrelaçava ambos os corações e almas.
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Meu maridão deixou ! (Out-2022)
By; Luiza
Me chamo Luiza, tenho 26 anos, sou casada e sou de uma cidade no interior de São Paulo. O que contarei aconteceu nesse mês de Novembro.
Era segunda-feira e me surpreendi com a ligação que recebi no trabalho. Era Pablo, um antigo caso meu, dizendo que estava de volta à cidade há algum tempo e que havia comprado uma bela casa em um condomínio de chácaras afastado do centro. Explicou que estava organizando uma festa no sábado para estrear o espaço e que adoraria que eu comparecesse, ficando livre para levar quem eu quisesse.
Pablo não sabia, mas eu havia me casado com Ricardo há dois anos. Desliguei o telefone agradecendo o convite, mas sem divulgar essa informação. Avisei que confirmaria a presença mais tarde. Quando cheguei em casa, comentei com Ricardo sobre a festa e ele topou sem maiores perguntas, mesmo sabendo do passado que Pablo tinha comigo.
A semana passou e percebi Ricardo mais apaixonado, mais sedento. Começou a falar de sexo muito mais do que ele fazia antes. O sábado chegou e fomos à festa. O lugar era lindo, com muito verde, tudo muito bem cuidado. Pablo estava um pouco diferente do que eu me lembrava, mudara o cabelo e ganhara um pouco de músculo, ficando ainda mais bonito. Quando me viu, abriu um sorriso, me deu um abraço e eu já senti aquele pau duro roçando na minha perna. Pude perceber a surpresa de Pablo ao ver as alianças combinando na mão do Ricardo e na minha. Ele disfarçou e curtiu a festa, mas eu sempre flagrava olhares cheios de desejo dele pra mim.
No fim da noite, restavam poucas pessoas na chácara e meu marido começou a bater papo com Pablo, enquanto eu me acabava na pista com algumas amigas. Pouco depois disso, entramos no carro para ir embora e Ricardo começou a me contar que tinha gostado muito da chácara e, ao comentar isso com o anfitrião, Pablo abrira um sorriso e nos convidara para pegar uma piscina e aproveitar o espaço no domingo. Como não tínhamos compromisso, Ricardo havia aceitado.
Disse isso e me lançou um olhar enigmático. Estávamos os dois um pouco altos e comecei a pensar besteira. Apesar de dizermos que temos um casamento aberto, em dois anos de casados nunca havíamos consumado essa afirmação, mas aquela ocasião seria perfeita para tirar a ideia do papel. Na hora, vieram-me à mente lembranças dos anos anteriores, das fodas incríveis que tive com Pablo, daquele pau grosso entrando e saindo de todos os lugares possíveis. Ele percebeu meu silêncio e interveio:
– Você não quer voltar?
– Quero! Mas você sabe que eu e ele já dormimos juntos há algum tempo…
– Por mim, não tem importância, mas se você não quiser, eu cancelo.
– Não sei…
Tentei disfarçar, mas estava sentindo o tesão aumentar, minha calcinha já estava molhada. A curiosidade em ter essa experiência e um tesão danado de fazer sexo novamente com Pablo tomaram conta de mim.
– Então vamos.
– Certo. Posso sentir de longe a vontade que você está de ter mais privacidade com esse cara – Provocou.
Como eu já estava bem alta, perdi o pudor:
– É? E você vai dar privacidade pra gente, maridinho?
– Faz um tempo que estamos adiando esse momento, minha tarada, eu sei que você é insaciável e me parece a oportunidade perfeita – Ele finalizou, com malícia na voz.
No dia seguinte, separei o biquíni mais comportado que eu tinha, uma saída de praia branca, peguei o protetor solar, um short jeans e coloquei tudo numa mochila. Chegamos quase na hora do almoço e fomos direto para a piscina. Ele estava com uma bermuda preta e uma camiseta branca, que logo tirou. O Ricardo também ficou apenas de bermuda. Começamos a tomar cerveja.
Nosso papo começou tranquilo, mas logo entramos nos assuntos mais picantes. Pablo não tirava os olhos de mim e é óbvio que Ricardo percebeu. Não demorou muito para ele dizer que ia ao banheiro, mas eu sabia que, na verdade, ele iria para longe nos observar, e viu quando Pablo segurou o pau sob a bermuda, se mostrando pra mim. Fingi que conferia o ambiente olhando para os lados e, não encontrando Ricardo em lugar algum, segurei aquele mastro delicioso e caí de boca sem pensar. O gosto era magnífico.
Pablo precisou de muita força de vontade para me parar quando ouviu Ricardo voltando do banheiro. Tentei me recompor, mas estava difícil. Ricardo vinha falando ao celular, fazendo cara de contrariedade, um perfeito ator. Disse que sentia muito, mas era do trabalho, ele precisaria sair para resolver um problema urgente nos sistemas da empresa. Garantiu que em três horas deveria estar de volta, mas que nós dois ficássemos à vontade. Entrou no carro e voltou para a cidade.
Ficamos os dois olhando famintos um para o outro. Minha buceta estava latejando de tesão. Ricardo pulou na piscina e me chamou. Entrei na água e fiquei parada, esperando. Ele chegou por trás de mim e desabotoou meu biquíni. Virou-me de frente e segurou meus peitos com as mãos firmes com uma das mãos, enquanto a outra tirava a bermuda que ele usava.
Seu cacete surgiu glorioso, todo rijo, oferecendo-se às minhas mãos. Enquanto eu o masturbava, tirou minha calcinha, me levantou com seus braços fortes e me fez cair sentada em seu pau. Entrou tudo, direto, sem qualquer dificuldade, pois eu já estava totalmente molhada de tesão. Depois de algumas bombadas, ele me desencaixou e nem precisou pedir duas vezes para que eu o chupasse. Pablo tinha um dos paus mais deliciosos que eu já engolira. Enfiei tudo em minha boca e dei-lhe um trato que fez com que ele gemesse alto de prazer.
Chupei com gosto, olhando pra ele com gula e toda oferecida, mas ele não quis gozar na minha boca. Preferiu me colocar ajoelhada no degrau mais alto da piscina e mergulhar seu cacete em minha xana de quatro. Eu gemia e rebolava, passando a bunda nas bolas dele, enquanto ele segurava forte minha cintura e apertava meus peitos. Às vezes, ele passava a mão no meu rabinho e batia de leve na minha bunda. Ele obedecia e metia cada vez mais forte e mais fundo, aumentando aumentando a velocidade, fazendo ondas na piscina.
Segurando firme em meus ombros, ele me puxou para trás, sem tirar o pau de dentro de mim e foi se virando até sentar no degrau e me deixar sentada em seu cacete. Ele sabia o quanto eu adorava cavalgar um homem e deixou que eu o fizesse, enquanto ele apertava meus peitos e passava o dedo no meu cu, até gozarmos em meio a gritos e gemidos.
Saímos da piscina e nos jogamos nas espreguiçadeiras para nos recompormos. Ricardo não deveria demorar, então nos vestimos e começamos a comer e beber cerveja tranquilamente.
Meia hora depois, Ricardo chegou. Comemos, conversamos mais um pouco e fomos embora. Ele insistiu que precisávamos voltar e prometemos que qualquer dia, nós voltaríamos.
No carro, perguntei, na maior naturalidade, que história tinha sido aquela do telefonema. Ele riu e disse que ninguém tinha ligado, que ele inventou porque viu o tesão que o Pablo e eu estávamos.
– Você não presta…
– Claro que presto… você não gostou do que aconteceu?
– E o que você sabe do que aconteceu?
– Eu vi tudo. Fiz de conta que tinha ido, mas não fui. Saí com o carro e voltei, parei atrás daquela cerejeira grande e vi tudo.
– Você viu tudo?
– Vi, e antes que pergunte; bati uma bela punheta bem gostosa vendo vocês dois transando…
Quando chegamos em casa ele me comeu feito um tarado faminto, eu fiquei toda ardida e gozada, adorei !
Enviado ao Te Contos por Luiza
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EVA DE DOMINICI? não! é apenas ALINA PETROV, ela é filha de NIX do chalé 24 e tem VINTE E CINCO ANOS. a tv hefesto informa no guia de programação que ela está no NÍVEL I por estar no acampamento há dois anos, sabia? e se lá estiver certo, LINA é bastante ASTUTA mas também dizem que ela é PAVIO CURTO. mas você sabe como hefesto é, sempre inventando fake news pra atrair audiência.
PLAYLIST — CONNECTIONS — PINTEREST
BIOGRAFIA:
Tudo começou na noite em que um jovem humano se apaixonou perdidamente pela deusa da escuridão e dos feitiços, ao final do terceiro mês Nyx estava gravida do homem, e quando soube da noticia rapidamente desapareceu, dissipando-se no ar e abandonando o humano a mais completa confusão. nove meses depois nascera Alina, a menina dos olhos. na mesma noite em que nascera fora deixada na porta da casa de seu pai, enrolada em um manto escuro sem qualquer bilhete que explicasse a sua presença. durante alguns anos somente os dois se bastavam, mas ao completar seis anos um acontecimento trágico mudou a vida de Alina. um ataque provocado pelo fogo levou o pai para o descanso profundo, enquanto a criança que assistia escondida milagrosamente teve a sua vida poupada.
sem o conhecimento de nenhum parente próximo, bastou apenas alguns dias para que a pequena Alina fosse levada para o orfanato, onde a garota ficara por nove longos anos. ao completar quinze anos, Alina recebeu a noticia de que uma tia distante iria leva-la de lá, e embora algo parecido com revolta crescesse em seu peito toda vez que ela pensava em deixar seus amigos para trás, parte dela também ansiava por uma vida longe daquelas paredes brancas que a cercavam. ela se mudou para outra cidade, para uma outra rua e indiscutivelmente para uma outra vida. no subúrbio, ela cresceu com uma família rodeada de mulheres, as tias, vizinhas e tias-avós que enchiam a casa e preenchiam as ruas todos os dias, de modo que não demorou tanto tempo para que lina se acostumasse com tanto afeto e tumulto. tudo corria relativamente bem até que as tias decidiram que era melhor para o seu crescimento se Alina fosse estudar na cidade vizinha, e mesmo após algumas horas de discussões, elas se foram - as sete - espremidas como sardinhas dentro de um carro na busca de cruzar a rodovia. mas elas não cruzaram. um acidente aconteceu e tudo que Alina ouviu depois disso foi o silêncio… até acordar no acampamento.
graças a criação nada ceticista, foi um pouco menos difícil para Alina entender e se adequar as regras do acampamento, visto que já tinha alguma ciência de seus poderes, embora não soubesse exatamente de onde vinham. lina pode ter sido considerada um pouco arisca e difícil de lidar nos primeiros meses de acampamento, afinal, não era uma tarefa fácil entender que sua vida inteira havia sido revirada de cabeça para baixo e que seus poderes eram vindos de uma divindade, que por acaso, também era a mãe que a abandonara. eram coisas demais para assimilar, e talvez até o presente momento ela ainda não tenha assimilado por completo, mas de alguma forma conseguiu se adequar a vivência do acampamento, o que não significa que ela tenha se tornado menos difícil de lidar com o passar do tempo. até hoje, Alina afirma não saber como sobreviveu ao acidente de carro e de que forma foi parar no acampamento mas talvez essa tenha sido a tal chamada silenciosa de dionísio.
PODERES: capacidade de controlar e criar uma névoa escura e mística que induz a realidade.
HABILIDADES: sentidos aguçados e previsão.
ARMA: adaga de prata e ferro- a adaga por si só possui uma capacidade alta de dano por conta da lamina e da inclinação em que fora forjada, porém, se estiver encantada a adaga pode ser letal.
MALDIÇÃO: alina sempre soube que havia algo de diferente com ela, embora não soubesse precisar o que era, mas as vezes a garota tinha pesadelos noturnos que acabavam por se concretizar e em outras vezes pensava escutar coisas mesmo quando ninguém estava falando. no entanto, somente aos quinze anos, quando foi morar com as tias, é que ela começou a entender e estudar as suas habilidades com o incentivo das mesmas e descobriu o motivo dos incêndios que aconteciam ao seu redor ao longo da vida, a maldição de hades. viera logo depois de uma briga do deus com a sua mãe, e se não podia atacar nix, certamente faria isso com a sua filha.
PERSONALIDADE: briguenta demais, mística demais. de espirito livre, tem uma certa dificuldade em lidar com autoridade e não suporta ser dirigida ou liderada. não é muito fácil se aproximar dela, Alina é mais reservada e arisca na maioria das vezes, e por isso tem poucos - mas bons - amigos. porém, quem consegue se aproximar logo percebe o jeito cativante e leal dela. possui um temperamento forte, é teimosa, cabeça dura e dificilmente abaixa a guarda, por isso dificilmente consegue se manter longe de problemas. lina gosta de flertes desavisados, mas raramente se envolve de verdade com alguém, para ela os flertes são mais como uma simples provocação. sua independência e coragem são pontos fortes, mas apesar de aparentar ser inabalável é mais frágil do que se pensa.
aparência: os longos fios volumosos e negros emolduravam o seu rosto fino e delicado. os lábios avermelhados tendiam por manterem-se em um habitual sorriso, que só lhe era tirado do rosto quando se deparava com provocações alheias, tal como com desrespeito ou injustiça. os grandes olhos com as íris escuras delatavam uma profundidade que Alina tendia esconder. a pele clara e macia renegava a palidez de muitas outras e davam-lhe um tom saudável as bochechas devido a leve exposição ao sol, enquanto o corpo curvilíneo era sempre envolto por roupas com tecidos leves mas que também fossem práticos para que permitissem a condução de qualquer atividade. múltiplos anéis, brincos e braceletes também adornavam a sua pele, em maioria eram feitos de arabescos e pedras. mesmo com seu pequeno corpo adquiriu a habilidade de lutar quando necessário, carregando sempre consigo a adaga de prata que era usada com tamanha destreza que chegava a impressionar até os guerreiros mais treinados, e também era ótima em escalada.
TRIVIA:
passou os primeiros meses desacordada por conta do acidente, era sempre "aquela garota em coma" mas tempos depois ela acordou, ainda que sua memoria tenha apenas flashes do seu primeiro ano.
uma feiticeira com especialidade em previsão, apesar de não ser especialista em poções, alina conhece muitas ervas e plantas graças aos estudos que as tias forneceram.
alina chegou ao acampamento tem dois anos, mas já sente que conhece bem o local.
inspirações: tokyo (la casa de papel), violet baudelaire (a series of unfortunate events), elizabeth bennet (pride and prejudice), layla williams (sky high), robin scherbatsky (how i met your mother) e mais…
suas tias eram, na verdade, as guardiãs de alina, e embora ela pense o contrario, elas não morreram no acidente de carro, apenas ajudaram a garota a chegar até o acampamento enquanto ela permanecia inconsciente.
possui um gatinho que se chama Morte e morava com ela antes do acampamento
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Mané Galinha e a Mulher Jamanta
A camioneta do circo desfilava pela rua onde a molecada jogava bola: golzinho, uma respeitada e séria modalidade futebolística, variação do futebol de rua e da pelada, e acabou por prender a atenção dos donos de pés esfolados em crescimento, afinal, era descalço que se corria, com grandes chances de tirar o tampão do dedão do pé com um chute mal calculado, alguns com os chinelos nas mãos para não perder e evitar levar cascudos da mãe à noite. O veículo chegou a parar a final do torneio do dia.
O homem que dirigia o carro decorado anunciava ao microfone, ligado a caixas de som acondicionadas na caçamba, a data do início dos espetáculos do Circo Fantástico e também descontos nos ingressos para quem levasse os papeizinhos lançados ao asfalto por ele pela janela.
— O circo chegou, criançada! — propagava o homem ao microfone em voz empostada, com um chapéu vermelho, uma pena branca espetada e jaqueta estilo caubói coberta de franjas.
As atrações recém-anunciadas partiam do globo da morte com audaciosos e habilidosos motociclistas; palhaços hilários; a inteligente elefoa Mary; leões selvagens; malabaristas altivos; equilibristas de impressionar; o Homem-Aranha; e passavam pelo mágico Magnus, oriundo de um longínquo lugar do Oriente.
Todos, petrificados, presenciavam o anúncio do evento mais glorioso dos últimos meses que São Gabriel da Moitinha tinha notícia. A chegada do circo. A bola lá, parada na sarjeta, esquecida, recostada ao meio-fio; o torneio sem a definição de um campeão.
A garotada era um silêncio só, compenetrada, quando fora lançado pela direção máxima da trupe um desafio em alto e bom som. Quem era dotado de bravura suficiente para enfrentar a Mulher Jamanta no ringue montado no centro do picadeiro do Circo Fantástico? Além da glória eterna, o vencedor receberia premiação em dinheiro vivo.
Neste momento gigantesco, a molecada em polvorosa! A atração parruda do circo media mais de um metro e oitenta centímetros de altura, peso que ultrapassava cem quilos, braços com diâmetro equivalente às pernas dos praticantes dos torneios de golzinho, coxas torneadas avassaladoras, peitoral comparável à caixa de câmbio de um Fenemê, cabelos desgrenhados, um resquício de buço e raiva. Muita raiva!
— Quem será que vai lutar com a Mulher Jamanta? — indagou Marcelinho, morador da casa em frente ao torneio de futebol, ao restante do grupo.
— Ninguém em São Gabriel da Moitinha tem essa coragem — sentenciou Borboleta.
— Eu! E vou acabar com essa tal mulher jamanta! — gritou lá do fundo Dentinho, o mais exibido e franzino do grupo. Todos caíram em gargalhada.
— O Dentinho não aguentaria um sopro — balbuciou Pé de Breque, em risos engasgados.
Transcorrido o arrebatamento da notícia do Circo Fantástico na cidade, a bola voltou a rolar na rua. Afinal, era final de campeonato. Assunto mais que valoroso na Rua dos Pássaros e adjacências. Contudo, o poder de concentração dos jogadores na decisão havia minguado, porque os pensamentos estavam voltados à mulher jamanta e quem poderia enfrentá-la com dignidade para não macular, levar à lama o nome de São Gabriel da Moitinha.
No jantar, o assunto foi o circo, as atrações. Aos pais, pedidos desesperados para não ficar de fora da tenda. Marcelinho até promessa de se dedicar mais nos estudos fez, de não jogar tanta bola na rua e alcançar notas melhores nas provas caso o pai firmasse compromisso de dar-lhe dinheiro para ir ao circo em companhia dos amigos.
O dia frio de inverno amanhecia com fôlego diferente para os estudantes da única escola da cidade. Na hora do recreio, as conversas sobre o circo ganhavam forma, especialmente a atração circense que atendia pela alcunha de Mulher-Jamanta, que até o momento ninguém tinha visto em São Gabriel da Moitinha.
Não se tinha notícia, um dia depois da chegada da trupe, sobre algum intrépido oponente que subiria ao ringue para enfrentar a lutadora e, assim, garantir que a localidade não herdasse a imagem de uma cidade de frouxos. Cogitavam-se vários nomes, surgiam especulações em torno de alguns, comentários sobre as possíveis habilidades marciais, mas nada concreto. Não se tinha conhecimentos de candidaturas ao trono ou à vergonha.
A tarde foi atípica na Rua dos Pássaros. Não houve torneio de golzinho porque a molecada se dirigiu ao terreno baldio cedido pela prefeitura para que a lona do circo fosse erguida. Não se tratava de uma companhia grandiosa. Ao contrário. Um circo de tradição familiar, daqueles nos quais as estrelas ajudam a montar e desmontar a estrutura do espetáculo, pegam no serviço pesado, sem aplausos e holofotes. Não tinha uma variedade de animais exóticos e acrobatas voando pelos ares. O Circo Fantástico era modesto, apresentava-se por pequenas cidades do interior, mas tinha algo especial.
Em volta do terreno, trailers que serviam de moradia aos artistas e funcionários, caminhões e carros formavam um círculo, com apoio de cercas móveis, e o vai e vem dos trabalhadores empenhados em deixar tudo pronto para a noite de estreia marcada para o próximo fim de semana.
Nas proximidades, os curiosos, os meninos da Rua dos Pássaros, olhavam atentamente à movimentação, à espera da aparição da estrela do circo, a Mulher Jamanta. A esperança era de testemunhar se a lutadora era realmente forte como o homem do carro de som anunciara nas ruas da cidade. Mas foram embora frustrados porque ela não deu as caras. Conseguiram ver apenas homens e mulheres que pareciam normais trabalhando incansavelmente para erguer a tenda, levantar o gigantesco mastro com a bandeira azul e vermelha do Circo Fantástico na ponta, que tremulava ao vento.
O jeito foi retornar para casa. Alguns pensaram que teria sido melhor ter jogado futebol na rua, como faziam todas as tardes, já que não conseguiram ver o que era tido como a principal atração do circo, a mulher jamanta e seu corpo avantajado, e nenhum leão ou outro animal sequer. Apenas um cotidiano entediante de trabalho de bate aqui, marreta ali, desce lá, levanta acolá.
Três dias se passaram. Os garotos já tinham até um filho da cidade no ringue com a temida Mulher Jamanta. O carro do circo continuava a rodar pelas ruas e avenidas para anunciar a estreia, as atrações e a tão esperada luta que poderia não acontecer por falta de oponente. “São Gabriel da Moitinha não merece isso”, comentavam os garotos e garotas, cuja a esperança de testemunhar o embate escorria pelos dedos como água.
Foi, então, que Dentinho, saído da fila da cantina na escola, esgueirou-se em direção ao grupo de amigos para contar a maior novidade dos últimos tempos. Ele havia reservado a bombástica informação, que seria até tratada como um furo jornalístico de parar as prensas, para ser ostentada no intervalo das aulas, quando teria mais atenção de colegas lagarteando ao sol no pátio para diminuir o frio.
— Gente, gente… Temos um oponente à Mulher Jamanta — declarou Dentinho aos amigos, com a boca ainda cheia de cachorro-quente que dona Jurema preparava e vendia para os estudantes.
— Quem é? Quem te disse? — perguntou de forma incrédula Pé de Breque que era, na verdade, um encrenqueiro que não morava na Rua dos Pássaros, embora vivia por lá para jogar bola e participar de outras brincadeiras.
— Meu pai garantiu que o Mané Galinha aceitou o desafio do circo — disse Pé de Breque, tentando acrescentar mais credibilidade à informação.
Pé de Breque residia na rua de cima de Mané Galinha, um jovem adulto que vivia correndo pela cidade, fazendo exercícios físicos, ensinando artes marciais de graça para alguns súditos e que, dizem na cidade, que não bate muito bem da cabeça. O menino explicou que o pai, na volta do trabalho, parou para conversar com Mané Galinha no portão de sua casa e ele confidenciara que lutaria com a Mulher Jamanta a fim de receber a premiação em dinheiro prometida pelo circo em caso de consistente vitória.
Mané Galinha se transformara no salvador da imagem de São Gabriel da Moitinha e detinha, agora, a total admiração da molecada que se animava novamente para ir ao circo assistir a uma batalha épica com a Mulher Jamanta, no final, derrotada, com a cidade extasiada e orgulhosa de seu filho.
Meninos e meninas passaram, então, a bisbilhotar a rotina de treinos de Mané Galinha, que quase sempre estava vestido com um quimono branco que lhe conferia mais autoridade no campo das lutas, ou maior fama de mentecapto. Não sei. Ninguém em São Miguel da Moitinha, nem mesmo o prefeito Miltom da Sorveteria, conhecido por sua astucia, tinha a resposta certa para definir as condições psicológicas do desafiante.
Os moradores da cidade atestavam o empenho de Mané Galinha nos treinamentos para enfrentar a Mulher Jamanta no Circo Fantástico. Havia relatos até de que o promissor oponente, em busca de calejamento, batia com violência desmedida a canela nas pilastras de madeira da área de sua casa e em bananeiras no quintal que chegavam a definhar. Era dolorido só de imaginar a cena.
Os garotos da Rua dos Pássaros, evidentemente, eram os mais empolgados. Chegavam de bicicleta à frente da casa de Mané Galinha para vê-lo se preparar para o combate. O lutador, então, reunia seus discípulos e desembocava portão afora para correr. Durante o trajeto, pessoas o seguiam. Alguns disseram tempos depois que as corridas pré-luta de Mané Galinha, com o engajamento espirituoso de moradores durante o trajeto, inspiraram cenas do filme Forrest Gump, sucesso de bilheteria na década de 1990. “Run, Forrest, run!”
Nesses dias, a garotada se dividia entre escola, calçada da casa de Mané Galinha que treinava incansavelmente e montagem do Circo Fantástico no terreno mais afastado. Estava tudo pronto. Lona erguida, arquibancada, picadeiro, bilheteria, carrinhos com guloseimas, bichos alinhados, artistas ensaiados, público ansioso.
A tão aguardada noite de espera havia chegado. Na primeira fila, a meninada da Rua dos Pássaros agoniada. Circo pequeno é um salve-se quem puder. O palhaço atende na bilheteria, o acrobata faz algodão-doce, o mágico vende souvenirs. Quando o espetáculo começa correm para seus lugares.
O mestre de cerimônias Monarca, com uma cartola e bigode invejáveis, surge no picadeiro montado em um cavalo-branco, que tinha lá seus muitos anos de préstimos à atividade circense, munido de um megafone. Assim, conseguiu roubar a atenção do público. As arquibancadas não estavam tão cheias, é verdade, mas o show tinha que seguir.
— Respeitável público, o circo chegou...! — anunciou Monarca, para o encantamento da garotada.
A primeira apresentação foi de Zé Malabarista, um homem magro e ágil, dono de um bigode retorcido, que também tinha participação no grupo de palhaços. Equilibrava pratos, bolas e até facas afiadas enquanto sorria alegremente para a plateia. Dizia-se que ele havia fugido de um circo maior, onde seu talento não era reconhecido.
O espetáculo teve continuidade com Madame Mistério, uma cartomante com olhos penetrantes com poder de prever o futuro. Alguns acreditavam que ela tinha artimanhas sobrenaturais; outros achavam que era apenas uma charlatã. O palhaço Picolino, com feição triste, vestido com roupas coloridas e um nariz vermelho, fazia rir. Mas quando as luzes se apagavam, ficava sozinho, olhando para o retrato de sua amada, que havia partido anos atrás.
Passaram pelo picadeiro outros artistas, animais exóticos e nenhum sinal de Mané Galinha. O pensamento negativo tomara conta, de que o representante marcial de São Gabriel da Moitinha havia desistido do embate com a Mulher Jamanta e estava dentro de casa com as portas trancadas.
A magia do circo continuava a se espalhar pela tenda, quando Monarca declarou que a grande atração da noite ocorreria logo após a perigosa exibição dos Motociclistas Malucos no globo da morte. O cheiro de óleo queimado inundou o ambiente e o ronco dos motores das motos era ensurdecedor. Quatro motos no globo, depois cinco. A sensação era que em algum momento a acrobacia motorizada daria errado e alguém se machucaria. A apresentação foi um sucesso, os motociclistas se perfilaram no picadeiro, ergueram os braços e receberam os aplausos de uma plateia entusiasmada.
Monarca retornou com seu cavalo-branco e anunciou o combate, finalmente. A garotada na primeira fila, apreensiva, nem piscava os olhos. Vidrados, os originários da Rua dos Pássaros e adjacências ouviram o mestre de cerimônias dizer que veriam a mulher mais valente e destemida da face da Terra, dotada de força descomunal e agilidade capazes de vencer mais de um homem em uma luta.
O mestre de cerimônias criou uma atmosfera tensa na tenda ao enaltecer as habilidades da Mulher-Jamanta, suas medidas e propósito de humilhar qualquer homem que a desafiasse no ringue preparado para a grande final do espetáculo com ajuda de palhaços, malabaristas, mágico, motociclistas, vendedores e quem estava disponível no momento para não deixar a diversão parar.
— Vamos, primeiro, apresentar o desafiante da noite. O nome dele é Mané, que veio em busca do prêmio para derrotar nossa espetacular Mulher Jamanta. Vocês acham que ele consegue? — disse Monarca, referindo-se ao Galinha, que não gostava do apelido que ganhou quando criança por aplicar injeções de ácido sulfúrico em pés de galinha para, simplesmente, vê-las não conseguir ciscar.
Mané Galinha subiu ao ringue sob esfuziantes aplausos, vestido com um quimono branco. Circundou o ringue em uma corrida leve e, ao parar em seu corner, retirou a faixa preta de uma graduação que poderia ser caratê ou símbolo de extrema habilidade em outra arte marcial. Mané Galinha era declaradamente fã de Jean-Claude Van Damme, ator de Hollywood e lutador profissional. A estatura, ao menos, era semelhante. Mané Galinha estava em forma, mas não passava de um metro e sessenta centímetros. Embora a bravura fosse inflada.
Mané Galinha, solitário no corner, com aparência aflita, ouvia Monarca convocar a Mulher Jamanta. Era chegada a hora.
— Ela, que nunca perdeu uma luta, promove massacres no ringue: muuuulheeeerrr jaaaamantaaaa!
A Mulher Jamanta irrompeu as cortinas do picadeira com um maiô vermelho-verdadeiro e botas brancas brilhantes e franjas até os joelhos. A garotada não acreditava no que acabara de testemunhar. A atração número um do Circo Fantástico era muito maior que Mané Galinha e nutria expressão fechada, de pura crueldade. Era o fim do ávido grabielense-da-moitinha!
O gongo soou para uma luta em três assaltos que tinha Monarca, agora, na posição de juiz. O clima esquentou na tenda. A molecada entusiasmada gritava: “Mata ela”; “Vai Mané Galinha, acerta ela” e frases motivacionais que aqui se mostram indizíveis. A tenda virou um pandemônio já no início do combate.
Os lutadores se estudavam. O cheiro de feno e suor pairava no ar. Monarca, com sua cartola brilhante, ajustava o bigode, atento aos movimentos. Jamanta tomou a inciativa do ataque ao avançar com golpes poderosos, seus punhos atingindo o ar. Mané Galinha, ágil como uma raposa, esquivava-se e reagia prontamente com pontapés. A plateia rugia!
O combate se desenrolava bem. Alguns chegaram a espalhar pelas esquinas de São Miguel da Moitinha que a seria uma luta combinada, mas ficava claro ali no picadeiro que não havia marmelada. Jamanta desferia golpes brutais, enquanto Mané Galinha usava sua agilidade para escapar e contra-atacar. O público aplaudia e vaiava, alternadamente.
Fim do primeiro round e Mané Galinha havia sobrevivido até ali. No remeço, ele executou um salto-mortal ao agarrar-se às cordas do ringue. Girou no ar e, com um chute certeiro, derrubou Jamanta. Explosão de aplausos, enquanto a lutadora se levantava, atordoada.
A trocação foi intensa até o término do segundo round e não se tinham a compreensão clara de quem estava mais inteiro no ringue. Mas para o time da casa, Mané Galinha tinha uma pequena vantagem.
No meio do último round, impressionantemente, Mané Galinha tirou da cartola uma mata-leão, um estrangulamento magistral pelas costas, que fez Jamanta apagar e cair no tatame como uma grande árvore cortada a machadadas. Monarca foi obrigado a abrir contagem e depois erguer o braço do vencedor, declarando-o campeão da noite e entregar a premiação em dinheiro ao mais novo herói de São Gabriel da Moitinha, ovacionado pelo público por minutos que pareciam intermináveis.
A fama de Mané Galinha, a partir desse dia, correu como busca-pé de São João pela cidade. A molecada vivia rodeando-o em tudo quanto é canto. Ganhou novos alunos nas aulas grátis de artes marciais e cada vez mais seguidores nas corridas pelas ruas. De desassistido a notável, resume-se. Na eleição municipal seguinte, o morador mais ilustre de São Gabriel da Moitinha se candidatou a prefeito e venceu nas urnas Zé da Sorveteria, que já havia sentado na cadeira mais importante da cidade por três vezes.
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Oii! Tudo bem?
Venho um pedidinho muito intimista e especial pra mim haha Essa semana foi meu aniversário, mas acabou que pouquíssimas pessoas lembram e eu não consegui comemorar, isso me deixou muito frustrada. Então, como amo sua escrita, queria pedir um Bruno x leitora, onde ele faz uma surpresa no aniversário dela, algo bem romântico e fluffy, se possível ♡
Muito obrigada e abraços!💕
Obs: Oláaa, como você está?? Primeiramente, meus parabéns e que você seja muito abençoada!🩷 E me desculpe pela demora, na época que você me enviou este request eu estava com bastante falta de inspiração, no entanto, acabei melhorando neste mês de Janeiro. Bom, chega de enrolação e vamos logo para a fic! Boa leitura! Curtidas, comentários e reblogs são sempre bem-vindos🩷
Happy Birthday to U
Bruno Bucciaratti x Leitora
A brisa da cidade de Nápoles acaricia levemente o meu rosto enquanto caminho de forma lenta para a minha casa após mais um dia cansativo no trabalho, no qual já estou ao ponto de me despedir por conta dos abusos tanto do meu chefe quanto dos meus colegas de trabalho.
No entanto, não é como se eu tivesse outras opções disponíveis… E o salário que recebo era o suficiente para pagar minhas contas, aluguel e comprar o necessário para sobreviver.
Assim que destranco a porta da minha casa e acendo a luz, sou pega de surpresa ao reconhecer a familiar cabeleira negra com aquelas duas presilhas de ouro em cada lado de sua franja.
— Bruno? O que faz aqui tão tarde? Eu pensei que você estaria ocupado demais com as coisas da Passione e- — ele colocou o indicador sobre os próprios lábios, pedindo silêncio antes de se levantar do sofá e caminhar até a mim com um sorriso suave.
— Como eu poderia dar mais atenção ao meu trabalho justo no dia em que meu tesoro veio ao mundo? — Sua fala arrancou uma feição surpresa de meu rosto, esta que causou uma risada sua. — Devo acreditar pelo seu rosto que você mesma esqueceu disso.
Bruno não está errado (como sempre), eu de algum jeito havia apagado da minha memória que meu aniversário é justamente hoje! E sequer alguém me mandou uma parabenização, o que é mais um dos motivos de eu não ter me tocado disto durante o dia todo.
— É… Eu meio que acabei me esquecendo mesmo… — digo em um tom de voz embaraçado e acabo coçando minha nuca com um pequeno sorriso.
— Vem comigo, querida.
Ele estendeu sua mão na minha direção e eu a segurei, vendo-o apertá-la com delicadeza antes de começar a me guiar até o terraço da minha casa que, assim que ele abriu a porta, arregalei meus olhos ao encontrar a pequena mesa ali coberta com uma toalha de mesa branca, e em cima dela estava um castiçal como também um bolo de aniversário e, ao redor, um cordão de luz para criar um clima mais romântico.
— Dios mio, Bruno… Não precisava ter se dado ao trabalho de preparar tudo isso. — digo com emoção em minha voz enquanto cubro minha boca com minhas duas mãos, deixando claro minha surpresa.
— Isto aqui é pouco comparado ao quão feliz você me faz, amore mio. — diz ele com um tom de voz carinhoso ao mesmo tempo que coloca sua mão na parte inferior das minhas costas. — Venha querida, vamos aproveitar esta noite.
Eu assinto e logo deixo-me ser guiada por ele até a mesa, na qual ele puxou uma das cadeiras e me convidou a se sentar ali. Eu agradeci após me sentar e ele retira o casaco que eu estava usando, dando um beijo no topo da minha cabeça.
— Pensei que homens como você não existissem mais, sabia? Me sinto feliz ao ver que eu estava errada.
— Tesoro, isto que estou fazendo é o mínimo, você com certeza deveria ter um tratamento de uma deusa. — ele diz antes de se sentar na cadeira a minha frente, logo empurrando o bolo na minha direção. — Aqui querida, encomendei um bolo do seu sabor favorito. — Seu sorriso se alarga quando viu o quão gratificada eu estou e logo segura a minha mão por cima da mesa, acariciando-a. — O que acha de fazer um pedido, hum?
Eu rapidamente concordei, sorrindo e assentindo como uma pequena criança e logo fechei bem os meus olhos para manter a concentração ao escolher o pedido.
Havia tantas coisas que eu poderia pedir…
Dinheiro, saúde, felicidade, paz…
No entanto, eu reabri meus olhos e meu olhar se encontrou com os de Bruno.
Aqueles olhos azuis que me faziam experienciar sensações incriveis e tão únicas que era algo inexplicavel por simples palavras…
Então sorri antes de assoprar as velas, logo apenas saía uma pequena faixa de fumaça delas. Logo o italiano sorriu mais e voltou a acariciar a costa da minha mão.
— Fico curioso em saber com o que você pediu, amore mio…
— Bem, mas eu não posso contar! Senão ele não se realizará.
Eu ri baixinho quando ele forçou uma careta emburrada apenas para arrancar uma risada de nós dois antes de aproveitarmos nossa noite.
Mal sabia que ele que meu pedido era apenas permanecer ao seu lado pois, todas aquelas 4 coisinhas que citei antes, eu já as teria…
E tudo graças a ele…
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Sun & Eu
_Estava eu naquela multidão de pessoas conhecidas, atras de minha Sun, quando finalmente a avistei, em meio a fogos multicolores, brinquedos tão altos que me doía a barriga só de pensar e toda a baderna que vem junto com esses parques_
_ Sun estava com uma sombra nos olhos um pouco brilhosa e um batom rosado, ela vestia um short preto e uma camiseta branca com alguns desenhos imaginários e claro, o seu inseparável all star
Ela estava muito bonita, sorrio e caminho até ela
Bem, e eu continuava presa nas minhas lindas botas que me davam mais 5cm de altura e a roupa mais demorada e escura que eu poderia escolher. _
- Oi, demorei? _sorrio enquanto Sun me abraça de lado_
- Já faz mil anos _ela sorri e seguimos para os brinquedos mais aterrorizantes do mundo_
-Eu não sei, e se eu cair? E se eu morrer? E ele é de criança.
- Se é de criança não precisa se preocupar, ele deve ser tão seguro quanto o chão. Vamos, étoile, vamos, vamos
_eu cedo e entramos na fila de carros voadores que ficam a 7m do chão_
-Não vai ser tão ruim _subimos no pequeno cubículo do carro, e o brinquedo dar voltas tão chatas quanto uma sessão de aulas arqueólogas e eu agradeço a Deus por ele não subir mais que aquilo, ao mesmo tempo me arrependendo por ter gastado dinheiro com esses ingressos_
- Estar gostando, Sun? _Pergunto sorrindo irônica_
- Haha , muito engraçadinha étoile _Sun cruza os braços e eu continuo a sorrir e ficar em paz por estar segura, quando de repente o brinquedo sobe mais um pouco e aumenta a velocidade, seguro nas mãos de Sun e fecho um pouco os olhos, eu estava enjoada e aquilo durou exatamente 4segundos, o brinquedo era metade chatice e 4 míseros segundos de emoção_
- Certo, eu escolho um agora _ Puxo sun pelos braços quando ao tortura do brinquedo mais chato do mundo acaba, vamos para a barraca de batatas fritas e pegamos uma pequena porção depois seguimos para roda gigante_
- Roda gigante? Você não tem medo de altura? _Ela sorri divertida pelo meu paradoxo de emoções_
- É diferente, e a roda gigante é adoravelmente lenta _sorrio e subimos no brinquedo_
_ Dava para ver a cidade inteira dali, era essa a diversão de toda aquela altura, e era tão bonito e completamente formidável o quanto todas aquelas pequenas pessoas vistas do alto pareciam tão insignificantes naquele momento, pois ali, naqueles bancos enferrujados com os nossos cachinhos esvoaçantes e o nosso alto e gentil silêncio, o único objetivo era continuar admirando os detalhes, os nossos detalhes, os meus, os de sun, pois em meio a todo o universo, eles ainda contavam infinitamente. Foi o melhor brinquedo da noite, sorrio enquanto encosto a cabeça no ombro de sun_
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ver as estrelas em céu falso
Quando iniciamos a experiência no planetário, o narrador disse “assim seria o céu noturno se não houvessem luzes na cidade”. Quando a sala por fim escureceu, as estrelas se fizeram mostrar. A alma arrepiou-se e as lágrimas quiseram brotar.
Falámos de supernovas, anãs brancas e buracos negros, as formas de morte das estrelas. Falámos de duas estrelinhas que por estarem presas uma à outra e pelas suas cores distintas alguém, na poesia do momento, chamou-lhes “Topázio”.
Refletimos no silêncio cósmico, de como ninguém quer viver na solidão (nem mesmo os habitantes do planeta Terra) e da mãe-natureza que formou as coisas que conhecemos e desconhecemos.
Admirei a infinitude de galáxias. Como na sua imensidão parecem bagos de arroz.
Aconchegada pela escuridão e pontos de luz, o conforto da “noite” assombrava-me com sono. Agora sei que o ser humano nasceu para dormir debaixo das estrelas e não de tetos.
(a sessão que vi foi "Estrelas, Galáxias e Mais Além" no Planetário (Lisboa) que recomendo de coração)
#portuguese#portugues#portugal#lisboa#escrita#texto#textos português#escritos#diary entry#tumblr diary#digital diary#diário#escritos diarios#mulheres que escrevem#escrever faz bem#escritora#escrever#coisas que escrevo
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💚🥀🌙🐦💥
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A arte de ser feliz
Houve um tempo em que minha janela se abria sobre uma cidade que parecia ser feita de giz.
Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde, e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas.
Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse.
E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor.
Outras vezes encontro nuvens espessas.
Avisto crianças que vão para a escola. Pardais que pulam pelo muro.
Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais.
Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar. Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega.
Ás vezes, um galo canta.
Às vezes, um avião passa.
Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino.
E eu me sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.
Cecília Meireles
**Atreva-se
💚
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odisseia
Arte por Dave McKean (in: Sandman)
.
De volta à cidade,
uma outra cidade,
ou talvez a mesma de sempre,
o homem adentrou
a casa em que se instalara
seu velho amigo,
agora apenas a sombra
do velho amigo que fora.
Divirta-se com isto,
disse ao velho amigo,
entregando-lhe um livro
de pouco interesse,
ou então divirta-se com isto,
disse ao velho amigo,
entregando-lhe uma pequena bola
feita de papel amassado.
Saiu da casa, deixando para trás
o personagem petrificado,
e dirigiu-se a um hotel luxuoso.
Havia uma festa.
Grandes e alvas mesas com formato
de xícaras de porcelana,
e cadeiras quase planas que
se estendiam sob as mesas,
como os necessários pires do conjunto.
Tantas pessoas
sentadas e conversando,
num burburinho alegre e superficial.
Hora de sair daqui,
ele pensou,
sem nenhum objetivo claro em mente,
e se juntou à sua amiga,
que por ali passava sem dizer palavra,
apenas a marca de uma presença inusitada:
familiar, e tão estranha.
Caminharam ao lado de seu irmão,
que lá estava,
e depois seguiram adiante num carro,
as ruas apinhadas,
coloridas, frenéticas,
e de súbito se viram ameaçados
por uma enorme carreta,
tudo tão rápido:
seu irmão furioso,
o carro parando,
a carreta parando,
gritos e ameaças,
agora uma metralhadora
nas mãos erradas
(são todas erradas, pensou o homem),
então uma rajada de balas,
e seu irmão no hospital
com as pernas feridas.
Tudo bem,
tudo vai ficar bem,
disseram as pessoas sem rosto
ao redor do leito.
E aquele cachorro,
talvez um buldogue,
aquele cachorro que tanto carinho
tinha por seu irmão,
lá estava,
e se deitou ao lado do convalescente
- mas precisou ser afastado para que não
desfizesse o labiríntico arranjo
de cânulas e cateteres.
O homem seguiu o cão
até que saísse do quarto,
e no corredor iluminado
por uma luz fria e branca,
havia agora não um cão,
mas uma menina,
talvez cinco,
talvez seis anos de idade.
Estava tão triste,
tão desolada.
O homem sabia
que nada precisava ser dito.
Ajoelhou-se
e abraçou a garotinha.
E em silêncio
ela chorou
por muito, muito tempo.
.
C. Bittencourt
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Wе don’t know where we’re going, we just keep getting higher (celric)
— Você avisou a ela que eu estaria aqui? — Lucien perguntou, observando enquanto Cedric espiava a rua pela fresta da cortina. Haviam se reunido poucos minutos antes no prédio que servia de galeria de arte e atelier de pintura. Ele tinha dois andares e ambos eram amplos e divididos por paredes que, apesar de existirem, não fechavam os espaços totalmente, deixando passagens em suas laterais e servindo como meras divisórias de ambiente para os visitantes. Diferentemente do térreo, que exibia pouca coisa além do branco das paredes e luzes para iluminação das peças ausentes, o andar acima onde estavam Lucien e Cedric possuía alguns móveis. Este, servia de atelier pessoal para o Bondurant havia alguns anos e tinha como prova de seu uso sua mesa de trabalho branca e manchada de tinta, estantes com pinturas em diferentes etapas de secagem e outras com materiais de diversos tipos. Esse andar era dividido em dois cômodos por uma meia-parede. Um deles tinha vista para a rua à frente e era onde se encontrava sua mesa, um sofá e poltrona para descanso e a bagunça típica de alguns de seus quadros terminados apoiados no chão, ao canto. O outro, com vista para a parte a parte mais baixa da cidade — que Cedric desenhava de tempos em tempos —, era onde passava a maior parte do tempo quando visitava o prédio. Ali, colocara um cavalete e três grandes estantes, além de manter um colchão encostado em uma das paredes, para as noites em que preferia dormir no atelier em vez de voltar para casa. — Não exatamente… — Cedric respondeu, um pouco distraído. — Não queria falar sobre isso por telefone, ela estranharia. E, se tivesse que explicar a situação à distância, não teria como impedi-la de tomar a decisão errada. Podia arriscar deixá-la receosa com uma mensagem misteriosa, mas não assustá-la com os detalhes da ameaça de sua mãe sem a influência que seus toques tinham sobre ela. — Pelos deuses. Celeste vai achar que estamos querendo fazer uma proposta indecente. — Lucien fazia uma piada, mas Cedric apenas conseguiu rir porque esse pensamento realmente talvez passasse pela mente da maga de fogo ao ver Lucien, nem que como mera possibilidade. — Nem pense nisso. — Ele respondeu, com ar de risos, e então anunciou, ligeiramente mais nervoso: — Ela chegou. Andou até a porta de entrada do andar e apertou o botão que abria o portão de garagem, acompanhando o local pela câmera até ver o carro de Celeste estacionando. Desceu as escadas antes que Lucien pudesse comentar qualquer coisa e abriu, então, a porta que daria na garagem média do prédio. Vê-la saindo do carro o fez ficar em silêncio involuntariamente, uma leve ansiedade o impedindo de cumprimentá-la. A maga não parecia menos preocupada do que ele, sendo direta rapidamente, e foi por querer deixá-la mais à vontade que Cedric pigarreou baixinho e finalmente falou. — Oi… — Apontou com a cabeça para a entrada e segurou a porta para que ela passasse à sua frente para dentro da galeria. — Desculpa por te chamar assim, achei melhor falar com você pessoalmente. Vamos subir e conversamos melhor lá em cima. Dessa vez, ele usou o braço para gesticular em direção à escada.
A ansiedade que a tomava foi silenciada momentâneamente com as palavras do mago e ela inconscientemente pausou os passos, hesitante. O que tinha restado de bom senso Mechathin dentro dela se fez ouvir. Estava tudo muito estranho, mais estranho do que aquilo tudo já era, estranho demais para o gosto dela. O que a esperava? Se não fosse pela mensagem enigmática pensaria que ele estava elaborando um encontro para mostrar suas obras, mas o assunto parecia sério.
Essa suspeita durou apenas um segundo. Era Cedric ali, o mesmo Cedriic que sabia o segredo de sua irmã e o mesmo que se ofereceu para testar a anciã primeiro. Não tinha como sair nada de ruim dali, tinha? Era ridículo pensar que sim, compartilhavam uma cama há mais de três meses.
Celeste respirou fundo e entrou, sem falar mais nada, e continuou em silêncio ao subir as escadas. Uma vez no topo, passou pela porta aberta e entrou numa sala branca perfeitamente decorada, com pinturas encostadas em cada canto dela. A possível curiosidade que poderia crescer acerca das telas não teve seu tempo, pois seu olhar e atenção caíram instantaneamente em cima de Lucien Bane.
Ela parou novamente no lugar, sem entender.
— Por que ele está aqui? — perguntou. A maga começou a ficar mais agitada, com a cabeça a mil pensando diversas coisas, mas sem conseguir conjecturar nada concreto sobre a presença dele. Então virou-se para Cedric que se encontrava logo atrás: — Você pode me explicar o que está acontecendo aqui, agora? — dirigiu-se a ele e seu tom era tenso quando completou: — Por favor.
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Animado para ir a uma boate depois de tanto tempo, montei diversos looks e os coloquei em cima da cama, separadamente. Olhei para Camille parada na porta do meu quarto e forcei um enorme sorriso para ela. Ela se aproximou de mim com uma expressão de surpresa no rosto, e eu fiquei levemente inseguro.
— O que houve? — perguntei, olhando para ela um pouco nervoso. — As roupas estão ruins?
— Não é isso. Seunghyun, como você tem tantas roupas!? — comentou Camille, encantada com todas as minhas roupas. — E elas são todas lindas!
— Óbvio, né! Eu que escolhi. — Sentei-me na cama e sorri para ela. — Enfim, me ajuda a escolher uma.
Camille ficou por alguns minutos analisando todas as minhas roupas e, ao decidir, pediu para que eu vestisse um suéter largo, de cor branca, com um detalhe de estrela preta no centro do peito. Os ombros tinham tachas de metal ou enfeites semelhantes. As calças eram pretas, com estilo patchwork ou desgastado, com detalhes visíveis de costura. Me olhando no espelho, ajeitei o cabelo com primor, garantindo que cada fio estivesse no lugar certo. Borrifei meu perfume favorito em partes estratégicas do meu corpo, pronto para a noite.
Depois que fiquei pronto, minha amiga terminou sua maquiagem e decidiu vestir a roupa que escolheu. Ela foi até o banheiro e voltou com um vestido vermelho vibrante, combinando-o com saltos altos e brincos brilhantes.
— Eita, que mulher maravilhosa! Poderosa! — exclamei, sorrindo.
— Tenho que ser sempre, né! Vai que assim cai no meu papo alguma gatinha. — admitiu Camille.
— Tu só se arruma para pegar mulher? — perguntei, levantando uma das sobrancelhas. — Vamos se valorizar, né!
— Claro que não! Eu também faço isso porque me sinto bem comigo mesma quando me arrumo, não que eu não tenha autoestima quando não estou arrumada. — Ela sorriu se olhando no espelho.
— Acho bom mesmo… — Parei ao lado dela, coloquei uma mão no ombro dela e sorri. — A gente vai dançar muito!
Antes de sairmos, paramos um tempo para ficarmos admirando o visual um do outro e trocando elogios. Confiantes, caminhamos juntos em direção ao táxi que nos aguardava, prontos para aproveitar a noite na boate. Conversamos o tempo todo enquanto nos dirigíamos até a boate mais famosa de Londres, onde as melhores pessoas estavam e as melhores músicas tocavam.
— Sabe, eu não sei se estou muito afim de ficar com alguém… — comentei, começando a me sentir inseguro.
— Por quê? — Camille franziu a sobrancelha e mordeu o lábio inferior, depois suspirou. — É por causa daquele cara, né? Você por acaso está namorando ele?
— Não estou, mas não vou conseguir ficar com ninguém pensando nele! — resmunguei, então olhei pela janela, sentindo meu olhar cair. — Eu não consigo imaginar mais ninguém na minha vida além dele, Camille.
— Eu era assim, até ser traída. — Ela tremeu, colocou as duas mãos no meu rosto e me fez olhar para ela. — Você nem sabe se esse cara sente algo por você e está assim? Pessoas como você nem sempre se dão bem na vida.
— Ah, amiga… — Desisti de continuar a falar, desanimei.
Enquanto o táxi avançava pelas ruas brilhantes da cidade, ficamos em completo silêncio depois de uma rápida discussão entre amigos. Quando o automóvel se aproximou da boate, pude ver a fila de pessoas aguardando para entrar, todas ansiosas para reviver momentos e conhecer a parte de dentro.
Parando suavemente na calçada, saímos do táxi com um agradecimento rápido ao motorista. A fachada da boate estava iluminada por luzes de néon brilhantes, e a música alta podia ser ouvida mesmo do lado de fora. Nos juntamos à fila, que estava avançando rapidamente graças ao eficiente serviço dos seguranças na entrada.
Quando finalmente chegamos à porta, fomos recebidos pelos seguranças que, após uma rápida verificação, permitiram nossa entrada para uma das melhores áreas da boate. Ao atravessarmos a entrada, meus olhos foram levemente ofuscados pelas fortes luzes, mas logo depois me acostumei. A pista lotada chamou minha atenção, mas talvez eu precisasse beber um pouco antes de começar a me divertir.
Seguimos em direção ao bar, onde pedimos as bebidas que sempre costumamos beber. Com os copos em mãos, nós brindamos sorridentes à noite que começava.
Encostei o copo nos lábios e joguei a cabeça para trás, sentindo o líquido gelado descer pela minha garganta, aquecendo meu corpo por dentro. Terminei meu drink de uma vez só, colocando o copo vazio no balcão enquanto olhava ao redor da boate — pronto para começar a dançar — mesmo que eu ainda estivesse com medo de que alguém chegasse em mim aleatoriamente.
Camille estava próxima à pista de dança, segurando sua bebida com uma mão enquanto balançava seu corpo ao ritmo da música. As luzes coloridas piscavam, refletindo em seu rosto e nos seus cabelos. Ela ria despreocupadamente, e eu a observei enquanto algumas gotas de sua bebida caíam, escorrendo pelo seu rosto e pescoço. Senti um misto de desconforto e repulsa ao ver aquela cena.
Ela não notou meu incômodo. Com um sorriso largo, veio em minha direção, pegando minha mão com firmeza e me puxando para o centro da pista de dança. Começamos a dançar junto aos outros festeiros, todos ali para esquecer os problemas e se perder no momento.
— Isso aqui tá muito bom! — gritei para Camille.
— Muito mesmo. — Ela sorriu para mim, mas logo foi puxada por alguém. — Eita! Já volto, Hyunnie!
A pista de dança estava lotada, e depois que Camille começou a pegar quem estava lá com mais frequência, concentrei-me em me divertir e comecei a me soltar, permitindo que a música me envolvesse por completo e me deixasse levar pela energia da noite.
🗓️𓈒ㅤㅤㅤㅤ゙ㅤㅤㅤ— 23/05/2022.
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Passa senao fede - Misterios & Mascarenhas - Capitulo3: Em 200 metros, vire a direita
“tshshs…my hump, my hump, my hump, my…tshshs…omo nossos PAAAIIS…tshshs….GLÓRIA IRMÃÃOS!….tshshs…C-B-N…tshshs…ligue agora e…tshshs…”
— Não consegue decidir em uma e deixar?- Disse enquanto lia o contrato de Jão di Paula.
— Geralmente esse é o trabalho em quem tá no banco do carona.- Retrucou Peçanha dirigindo enquanto mudava de estação a cada 0,3 segundos.
“tshsh…o Irapuru…tshshs…I don’t wanna love you baby…tshshs…eu não acho Emílio…tshshs…te dou parabéns, quando paraEM 500 METROS, PEGUE A SAÍDA LATERAL”
— Ué…pensei que o “Grande Peçanha”, no seu Opala, sabia dirigir pra qualquer lugar da cidade sem mapa ou aplicativo.- Disse, ainda fitando o contrato, após o som do rádio ser interrompido pelo celular de Peçanha.
— Eu sei pô! Eu gosto de colocar justamente para fazer o contrário que ela fala. Olha ai — disse Peçanha apontando pro celular — ela disse pra pegar a saída lateral que dá pro parque né, mas hoje é dia do que? — indagou.
— Da Feira no Caminhão. — Respondi.
— Todo mundo que tá entrando por aí vai ficar parado porque o tanto de caminhão meio andando e de gente atrás…daqui a pouco fica vermelhinho aqui falando “trânsito parado”.
“tshshs…aaaaarolina foi pro samba (Carolina)…tshshs…agora que o barraco desabou…tshshs…— “Estamos chegando agora na residência de Mascarenh…tshtsh…a Morena do Rodeio, se foi de…tshsh”
— Volta! Volta! — disse rapidamente.
“tshshs…”—O empresario das Mascarenhas Soluções Inteligentes, Pedro Mascarenhas de Orleans, mas conhecido popularmente comoEM 200 METROS VIRE A DIREITAfoi encontrado morto na sua própria casa”
— Como eles sabem disso e já estão lá?? — falou Peçanha no seu volume padrão de barítono.
— Não faz 30 minutos da denúncia pra polícia feita pela empregada. — completei — Além do fato dela não ter falado com mais ninguém e o delegado ter pedido sigilo. Fomos bem cauteloso em tudo…
“— A polícia já está aqui…”
“— Minha senhora, vocês não podem entrar aqui!”
— Eu sou jornalista do CPF Cancelado…— Por favor para trás!”
“— Diz pra ele Kátia que o povo quer saber o que aconteceu com oCURVA SUAVE A ESQUERDAum cidadãos de bem!”
A última voz era de Fernando Cardoso Bianchi, mais conhecido só como Bianchi, jornalista do programa CPF Cancelado, em outras palavras um programa de espetacularização da violência e da desgraça social.
— Ou tem alguém desse programa grudado em cada delegacia ou eles raquearam a nossa comunicação! — esbravejou Peçanha.
— Ou um policial vazou a informação— Eu disse.
Algo que não seria tão fora da curva. Não é a primeira vez que esse tipo de programa ganha informações privilegiadas, o que só se explica com vazamento de alguém da polícia. Mas essa investigação veio pra nós. E nossa equipe é de confiança. Ou pelo menos era.
— Ou foi o próprio criminoso. — completou Peçanha.
“— A polícia não está deixando a gente passar…”
“— Minha Senhora! Por favor…”
“— Não se preocupe Kátia! Nós temos a liberdade em nosso favor! Quem fez essa atrocidade comCONTINUE A ESQUERDA ATÉ O SEU DESTINOo criador do Energivida Meu Deus! Aquele com Nanicula C+ que possui nanorrobôs na fórmula da bebida que agem na reconstrução celular, bom principalmente pra você idoso…”
— Mas não deixa de fazer a propaganda nem numa hora dessas — disse o barítono— Dinheiro e dinheiro.
Enquanto íamos chegando mais perto da mansão branca- imitando o formato dos templos gregos, pilastras, esculturas e afins- moradia de Jão di Paula, o jornalista continuava seu jabá mórbido falando dos sabores da Energivida- “Guarana, Chiclete e Caja”- até que o silêncio foi quebrado por Peçanha.
— Tá ai…eu nunca entendi esse apelido que o Mascarenhas tinha. Ele nunca mexeu com isso e nem temVOCÊ CHEGOU AO SEU DESTINOna bebida dele!
— Esse aparentemente é o maior mistério desde a sua fama. Acredito ser apenas algo jocoso, que ele criou pra atenção ou deram pra ele, ou até um apelido de infância da família ou amigos— rebati guardando o contrato na pasta.
— E pelo jeito é assim que vão tratar o caso na mídia, a principal indagação. — disse o Peçanha parando o carro
“—O povo quer saber quem matou Mascarenhas! O povo quer saber QUEM MATOU…”(som carro desligando).
— Manga Verde — Completei.
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Uma sexta feira nada despretensiosa
By; J.M.A
Em uma noite de sexta-feira após ir a uma exposição na cidade vizinha, as 4 da manhã já é hora de votar pra casa.
Uma hora e meia de viagem voltamos bem acompanhados de um casal de amigos no banco de trás … conversa vai , conversa vem e o silêncio só não se instala por conta da música ao fundo .
Como um bom amante de aventuras, puxo a mão da minha esposa e coloco sobre meu pau , que já latejava só de imaginar oque estava por vir…
Com um pouco de receio ela o tocava temente de que as nossas companhias vissem a nossa libertinagem sem hora com a minha mão esquerda abri o zíper enquanto sua suave mão deslizava e encontrava-o quente e latejando.
Em uma bombada escapuliu sua mão cheia para fora da calça e ela não parou
Uma rápida olha no retrovisor central , me deparo com olhar dele confuso e ela mordendo os lábios enquanto os olhos buscavam mais informações visuais daquela cena no absoluto escuro sendo quebrado apenas pela luz do toca CD e mau mau pelo farol dos carros passando na direção contrária…
Entre alisadas e latejos era fácil saber que logo começaria a lubricar e escorrer… como boa vadia que é minha esposa tratou logo de chupar todo secando-o… ou melhor , babando mais….
Pelo retrovisor já vi sua amiga se tocando de forma bem discreta com a mão direita enquanto a esquerda já alisava o pau do seu marido , enquanto ambos os rostos travados em espanto observavam o sobe e desce no banco da frente… Limpo a garganta e indago:
- "Se não começarem logo , só vão terminar quando já estivermos na cidade !!!"
Meio relutantes e bem vergonhosos começaram a se beijar , de forma lenta até esquentar, mãos embaixo das roupas começaram a passear , até uma rola no escuro pra fora saltar…
Em meio a aquele escuro solto um gemido grosso criado por uma certa boca quente e molhada engolir todos os meus XX centímetros todinhos…
Bendita hora que liguei a luz interna enquanto uma música eletrônica inicia…
Drogados estávamos de prazer , os gemidos e todo aquele clímax só aumentavam com as fortes batidas da música e toda sutileza daqueles lábios gulosos
Mais perverso que eu , somente a minha mente que sugeriu quem a poucos quilômetros havia um motel de beira de estrada… chegamos…
- " Uma suíte com hidro para 4 por favor"
Quanta tensão havia na hora de descobrir aquele espaço novo , experiência nova , corpos novos , adrenalina jamais antes vista pelos três claramente exposta por olhos tão assustados e posturas tímidas…
Como um bom anfitrião, tratei me logo de pegar uma Vodka pura e tratei de deixar todos bem relaxados afim de soltarem seus dogmas e libertarem suas fantasias…
Com uma puxada forte pela cintura roubei um beijo quente da minha mulher enquanto a despia e apertava todo aquele corpo cor da noite
Após um beijo quente e estarmos semi nus… nos deparamos com nossos amigos quase em tom de descontrole se despindo , se beijando e se chupando embebidos de Vodka e tesão… me diga o que tinha mais?!?!? Kkkkk
Tratei me logo de difundirem ambos os corpos sobre a cama , a minha lisa e cor da noite por baixo , a amiga branca como a lua reluzia na luz neon… branca , pouco mais de 1 metro e sessenta, algo menos de sessenta quilos , minha mente só fermentava o quanto eu brincaria aquela noite…
Virou um meia nove perfeito com oral bem sedento de ambas…
Após a minha rola sair pingando, não resisti e logo me debrucei sobre aquela buceta de chocolate que já brilhava de tão molhada que estava… escorria…como é gostoso chupar e beber todo seu néctar
Se retorciam é gemiam como nunca antes , era um misto de estralos dos chupões em suas bucetinhas encharcadas , e seus gemidos inexprimíveis…
Me levantei e quase não acreditava ao velas se retorcerem , deilirarem e ao fim se beijarem em meio a gemidos trêmulos e gozarem juntas se beijando…
Eu batia com minha rola naquela bucetinha toda babada e ela se encolhia de tanta sensibilidade, urrava e escorria outra vez…
Sua amiga já parecia querer fugir enquanto empurrava a cabeça do seu marido que insistia de forma voraz a continuar lhe chupando e bebendo todo gozo que ela lhe dava…
A amiga deitada por baixo , minha esposa de quatro por cima dela em 69 , um boquete trocado meu pareceu uma boa ideia…
Com a minha mão esquerda puchei a nuca da amiguinha… com a mão direita empurrei a cabeça da minha esposa e gritei…
- "Engulam tuuudo"
Vadias, nem engasgaram… riram , e começaram a mamar seus brinquedos novos
Eu adorava a empolgação e o tesão que elas exalavam, até que o amigo disse…
- "Chupa e baba ele todo , pq agora eu vou socar ele todinho na sua buceta sua puta safada"
O silêncio se instalou e ele me olhou meio assustado Eu indaguei
- "Fode ela todinha , e aproveita que ela adora que soca forte no cuzinho"
Puxei logo a amiguinha debaixo e a beijei , descendo pelo pescoço… chupei e lambi sem pressa seus seios pequenos, durinhos , excitados… mordisquei e desci beijando a sua barriga até chegar na virilha… fiz questão passar a pontinha da língua em toda a sua bucetinha que aquela altura já estava vermelhinha e inchadinha…
Corria a língua toda babada sem pressa por toda a sua virilha enquanto sentia todas as suas reações , não se segurou quando a minha língua entrou suavemente em sua bucetinha a lambendo e com os lábios suguei todinha pra dentro da minha boca a lambendo…
Se retorcia e apertava meus braços com força enquanto eu a segurava pela cintura… seu gemidinho ainda latejando na minha mente só foi interrompido quando a minha mulher disse:
- "Que delícia esse pau gostoso na minha buceta"
Ambos se encaravam como se estivessem à sós em uma noite exclusiva do prazer… o que era kkkkk
Ao voltar meus olhos me deparei com aquela bucetinha, pequena e delicada… e logo acima meu pau veiudo e já doendo de tantos latejos e chupões… como vou colocar isso tudo aí dentro ?!?!?
Esfreguei a cabecinha em sua bucetinha molhada até que por conta própria entrou sem menor esforço, sugou a minha rôla e eu podia sentir cada centímetro daquela bucetinha gulosa e apertada sugando todo meu pau pra dentro enquanto ele latejava com tesão a mil, eu meti com o máximo de força que conseguia e meu pau sumia todo dentro daquela xota em um "papai mamãe" quente , com muita força e embebido de tanto suor que exalava no quarto…
Transamos em várias posições, de quatro foi o clímax em senti-la tão apertadinha bombeando a minha rola enquanto gozava já quase rasgando o lençol e berrando com o rosto do enfiado no colchão, como eu queria aquele cuzinho naquela hora…
De quatro de frente uma para outra se beijavam e gemiam ganhado rola estralando… era claro o quanto se deleitavam naquela oportunidade… Perguntei se queriam leite quente e grosso
O amigo disse :
- Vamos dar leitinho pra essas putas…
Deitamos elas na cama lado a lado e fizemos chover porra naquelas caras perversas e já vermelhas de tantos tapas e enforcões…
Pelo visto aproveitaram mais gente a gente kkkkkk
Insatisfeitas deitaram se uma sobre a outra , se beijavam enquanto chupavam toda a porra sobre a outra , se esfregavam até que suas bucetas se tocaram… putz
Foi olhos nos olhos… buceta na buceta… boca com boca… se beijaram e se esfregaram até gozarem juntas de novo…
No olhamos os quatro e eu disse em tom de sussurro
ATÉ A PRÓXIMA…
Enviado ao Te Contos por J.M.A
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