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llorentezete · 10 months ago
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Aprendendo a não me desafiar! — Esteban Kukuriczka
com licença mulheres para uma breve canetada com Esteban professor de história, usando aqueles óculos de armação marrom, cabelo bagunçado e carinha de sonso.
warnings: sexo desprotegido (NÃO FAÇAM LOBAS), palavrĂ”es, espanhol meia boca, kink size (porque sim), leves tapas, nĂŁo interaja se for menos de 18!, leitinho quente tirado na hora.
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Ká„™ká„™!Tᄱá„Čá„Žhᄱr começaria com a reader em uma excursĂŁo pra o museu da cidade com a galera da faculdade. Esteban, seu professor, cuidou de todos os detalhes para que seus melhores alunos, inclusive vocĂȘ, desfrutasse do melhor do museu. Com direito a entrarem em salas privadas.
Ká„™ká„™!Tᄱá„Čá„Žhᄱr ficaria louco desde que te viu entrar no ĂŽnibus com aquela mini saia branca que deixava suas coxas a mostra. Os meninos do fundo observavam vocĂȘ caminhar igual uma barata tonta pelos corredores, sorrindo para as quatro paredes de emoção. Kuku sentiu o sangue ferver de ciĂșmes. Quer dizer, vocĂȘs jĂĄ haviam ficado algumas vezes, mas nĂŁo era nada sĂ©rio, ele serĂĄ sĂł o seu professor de histĂłria gostoso.
Ká„™ká„™!Tᄱá„Čá„Žhᄱr tentaria resistir ao mĂĄximo, dando sua palestra com os olhos focados em vocĂȘ e uma carranca significa que faria vocĂȘ tremer na base apenas de imaginar ele vindo em sua direção. Kuku começaria falando sobre o tema, e entĂŁo, seu olhar desceria a suas pernas e coxas grossas prensadas na sainha branca. Ele salivaria.
Ká„™ká„™!Tᄱá„Čá„Žhᄱr liberaria os alunos e palestrantes para andar livremente pelo museu, fazer observaçÔes e anotaçÔes. VocĂȘ iria toda vez para as obras de Da Vince quando sentiu seu braço ser puxado com força. Seu rosto colocou no peito do mais alto. Ah, sim, ele era bem mais alto que vocĂȘ. Precisava erguer a cabecinha e levantar os olhinhos para encontrar ele com aquela carinha de pobre coitado, mas que no fundo, queria te comer na vista de todos.
Ká„™ká„™!Tᄱá„Čá„Žhᄱr vai enrolar todos os outros com a sua dĂșvida especĂ­fica que sĂł pode ser tirada na sala privada para professores, Ă© claro. Ele vai te arrastar pra dentro sem deixar vocĂȘ dar um pio em contestação. Vai te jogar em cima da mesa, tomando cuidado pra nĂŁo derrubar os artefatos de quase mil anos, vai puxar seu quadril e de dar um tapa considerĂĄvel na bunda. Esteban vai deitar sobre vocĂȘ, roçando o pau duro em sua entradinha, sussurrando no seu ouvido o qual ferrada vocĂȘ estava por ter escolhido aquela saia pra ver ele.
Ká„™ká„™!Tᄱá„Čá„Žhᄱr vai te posicionar bem rente a mesinha, levantar sua sainha tendo total visando de sua bunda. Kuku vai ficar um animal quando ver sua calcinha de renda branquinha manchadinha de sua lubrificação. Vai levar os dedos atĂ© sua buceta inchada e dizer algo como "ysi descubren que eres una perrita con tu profesor?" e isso te faz se esfregar ainda mais no volume entre as calças de Esteban.
Ká„™ká„™!Tᄱá„Čá„Žhᄱr te forçaria contra a mesa, fazendo seu rosto bater contra o vidro frio. VocĂȘ conseguiria ouvir ele abrindo o prĂłprio zĂ­per da calça e abaixando ela o suficiente para te alcançar. Kuku passaria a cabeça rosinha do seu pau sobre a sua buceta inchadinha e molhada, te arrancando suspiros. Logo, ele te daria um tapa forte na bunda, te obrigando a ficar muda "una palabra y te dejo aquĂ­ sin nada", Ă© o bastante pra vocĂȘ assentir jĂĄ sem emitir som. Sorrindo de seu desespero, ele meteria me devagarinho, te fazendo sentir cada parte do seu pau grande te alargando. Remexeria o bumbum tentando ter mais contanto enquanto sua boca formava um "o", o que deixaria Esteban mais louco, "vocĂȘ implora como uma virgem, cariño".
Ká„™ká„™!Tᄱá„Čá„Žhᄱr saberia que nĂŁo tem todo o tempo do mundo, entĂŁo aumenta a força das estocadas, metendo em vocĂȘ tĂŁo forte que a mesa embaixo de si começaria a ranger, mexendo os artefatos pra lĂĄ e pra cĂĄ. Kuku puxaria vocĂȘ pelos cabelos, te colando no peito dele. VocĂȘ soltaria um gritinho de susto e ele te enforcaria de punição, de fazendo ver estrelas e ao mesmo tempo perder o ar. Seu corpo ficaria mole e sua bucetinha começaria a apertar o pau de Esteban imediatamente. "esto es para que aprendas a no desafiarme mĂĄs." ele metia com tanta força que assaria o meio de suas pernas. Sentiu um grito fino querer sair quando Kuku foi extremamente fundo, seus pĂ©s mal tocando o chĂŁo. VocĂȘ gozaria em segundos, depois que ele maltratou seu clitĂłris com o dedĂŁo. Seu gozo foi tĂŁo intenso que o aperto de sua buceta deixou Esteban fora de Ăłrbita. Ele gozou como um adolescente precoce, gemendo seu nome e se agarrando a vocĂȘ.
Ká„™ká„™!Tᄱá„Čá„Žhᄱr te daria o melhor beijo da sua vida, apenas pegando no seu queixo e te virando. Ele daria mais algumas estocas, sentindo a cabecinha do seu pau sensĂ­vel, entĂŁo ele sairia lentamente de vocĂȘ, enquanto sua porra escorria pelas suas pernas bambas.
Ká„™ká„™!Tᄱá„Čá„Žhᄱr vestiria suas roupas, fecharia seu zĂ­per e te deixaria na sala, ainda empinada, acabadinha, com a porra quente dele vazando de sua buceta, que diga-se de passagem, era uma visĂŁo e tanto, se ele nĂŁo precisasse ir, te fuderia de novo. Sua boquinha aberta e os olhos espremidos. "mucha suerte cuando volver, mi amor" ele vai sorrir e fazer a maior cara de sonso que conseguir, fechando a porta e voltando a dar aula como se nada tivesse acontecido.
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llorentezete · 9 months ago
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Pensando em vocĂȘ — Esteban Kukuriczka
warnings: +18(NÃO LEIA SE FOR DE MENOR) dedilhado(fem), menção a sexo sem proteção(NAAAAAAAAO), size kink(porque sim), degradação.
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Esteban estava deitado em sua cama enquanto lia um livro qualquer sobre filosofia. Seus olhos curiosos e presos mas pĂĄginas ao menos te notaram quando vocĂȘ entrou no quarto vestindo apenas uma camiseta branca estampada dele e sua calcinha de florzinhas. Chegou silenciosa, segurando a ponta da camiseta pelos dedos, entortando ela nas pontas brancas pelo esforço. Precisou chegar vem perto dele para entĂŁo o mais velho de olhar. Ele ergueu os olhos sobre os Ăłculos marrons. "Kuku", vocĂȘ o chamou manhosa. Ele automaticamente abaixou o livro e retirou a armação. "que pasĂł bebĂ©?", ele colocou o livro encima da mesinha e cama e levou a mĂŁo na sua cintura, entrando por baixo da camiseta. Nesse momento, vocĂȘ estremeceu pelo toque dele em sua pele quente. Um gemido sofrido quase saiu de seus lĂĄbios, porĂ©m, Esteban notou isso.
VocĂȘ apertou o pulso dele sobre sua cintura. Kuku levantou um pouco a camiseta pra ver o que vocĂȘ escondia, e um sorriso maliciosos pintou seu rosto. Sua calcinha de florzinhas rosas estava manchada com sua lubrificação, tĂŁo melada que seguia uma faixa do seu clitĂłris atĂ© seu buraquinho apertado, o qual Esteban tĂŁo amava. Suas bochechas ganharam um tom rosado quando ele olhou nos seus olhos. "Porfa" vocĂȘ sussurou. "Carajo cariño..." foi tudo que ele disse. Mordendo os lĂĄbios, ele abaixou sua camiseta e se ajeitou na cama. "Preciso do seu pau" vocĂȘ disse, descaradamente. Esteban amava o seu lado mais solta e sensual, mas o outro lado manhosa e sedenta por pica, era o favorito dele.
"Senta aqui", ele abriu as pernas e deu batidinhas no colchĂŁo pra vocĂȘ se sentar. Se acomodando com as costas no peito dele, sentiu os pelos arrepiarem quando Esteban passou as mĂŁos sobre seus seios, o apertando seu dĂł alguma, ele sabia que vocĂȘ gostava. "Eres una perrita, sabĂ­as?", ele sussurrava junto aos seu pescoço, mordendo e lambendo. "Soy tu perra" vocĂȘ devolveu na mesma moeda, fazendo ele agarrar seu rosto e te beijar da forma mais lascĂ­via possĂ­vel. Os dedos dele começaram a escorregar por sua barriga, descendo atĂ© sua calcinha encharcada, passou o indicador atĂ© descer no seu buraquinho e voltou para seu ponto inchado. Estendendo a mĂŁo, ele mostrou pra vocĂȘ seu prĂłprio melzinho, escorrendo pelas juntas dele e melando os dedos. "No que vocĂȘ pensou pra ficar assim, bebĂ©?" Perguntou com a voz arrastada. "No seu pau, papi", disse olhando nos olhos dele. Notou a pupila dilatada de Esteban, como o corpo dele reagia ao tesĂŁo transbordante que estava sobre vocĂȘ.
Sem tardar, ele arrancou a camiseta, a jogando em qualquer lugar do quatro e deslizou a calcinha encharcada pelas suas pernas morenas. Esteban te deitou novamente sobre o peito dele e abriu suas pernas, te deixando exposta pra ele. VocĂȘ sentiu o vento gelado do quarto bater contra sua buceta meladinha. Fechou os olhos quando sentiu de novo os dedos do argentino te encontrarem, agora sem o pano da calcinha te separando do prazer. Ele começou lento, apenas te melando ainda mais, espalhando sua lubrificação por toda a extensĂŁo da sua buceta, melando atĂ© sua coxa. Esteban beijava seu pescoço, deixando chupoes vermelhos que tardariam a sair. Seus quadris começaram a se mexer sozinhos quando o dedo dele ameaçava entrar em vocĂȘ e logo saia novamente. "Kuku, por favor", vocĂȘ choramingava. Ele sorria bem rente a sua orelha. O indicador indo e voltando, os sons molhados preenchendo o quarto, seus suspiros sofredores saindo quando ele chegava atĂ© o fim e voltava novamente.
JĂĄ estava pulsando quando ele finamente entrou em vocĂȘ, deixando um gemido sair junto ao seu, mostrando que aquilo era tĂŁo excitante pra ele quanto pra vocĂȘ. Em ritmo lento, a outra mĂŁo dele controlava sua cintura, que teimava em seguir mais rĂĄpido. "CĂĄlmate, corazĂłn... quero te foder bem lentinho primeiro" VocĂȘ gemeu arrastado quando ele inseriu mais um dedo, te maltratando bem lentinho. Em suas costas, vocĂȘ sentia o membro duro dele bater em vocĂȘ. A fantasia do pau enorme dele te alargando, fez vocĂȘ ficar ainda mais melada, e os dedos de Esteban entraram com muito mais facilidade, obrigando ele a colocar um terceiro dedo, que pela surpresa, te arrancou um gemido alto e forte. "Eso... puta, geme por mĂ­", suas mĂŁos finalmente começaram o ritmo rĂĄpido, segurando fortemente sua cintura. O nome de Esteban saia de sua boca como uma oração precisa. Seus lamentos e deleites eram como mĂșsica pra o mais velho.
VocĂȘ estava perto, ele sentiu pela sua bucetinha que começou a apertar os trĂȘs dedos dele, fazendo –o ir muito mais rĂĄpido, com o dedĂŁo ajudando e pressionando seu clitĂłris sensĂ­vel. Com esse hiper estĂ­mulo, mais a lĂ­ngua dele lambendo seu pescoço e ora deixando palavras sujas e te chamando dos nomes mais baixos possĂ­veis, vocĂȘ gozou fortemente, tremendo sobre os dedos do argentino. Suas pernas literalmente dançavam na cama, suas mĂŁos agarraram os lençóis e o grito que cortou sua garganta foi tĂŁo alto que provavelmente algum vizinho escutou. Kuku finalizou seu showzinho dando alguns tapinhas em sua buceta sensĂ­vel. Os dedos melados e pingando foram levados atĂ© a sua boca, aonde vocĂȘ chupou como se fosse o pau rosado do argentino.
"Agora seja uma boa vadia e se ajoelha pra mim, bebĂ©" Limpando suas lĂĄgrimas, ele te colocou na quina da cama, de quatro, com o rosto rente ao seu pau que sofria no aperto se seu samba calção. "Me chupa porque eu to doido pra pintar seu rostinho com porra" vocĂȘ sabia que tudo que Esteban falava, ele cumpria.
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llorentezete · 9 months ago
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NAO DA 🕊🕊🕊🕊🕊 eu imagino tanto ele enfiando minha cara na parede enquanto me fode por trĂĄs QUE ODIO ⚰⚰⚰⚰ essa carinha dele meu Deus đŸ‘șđŸ‘șđŸ‘șđŸ‘ș tesao de MIL anittas
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llorentezete · 9 months ago
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nĂŁo aguentei, tive que fazer o kuku versĂŁo this charming man + the smiths
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llorentezete · 10 months ago
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Dia de reparo — Enzo Vogrincic
peço licença a todas as lobas desse site para uma singela e humilde canetada de Enzo Vogrincic mecĂąnico, inspirada nessa outra canetada aqui. đŸ˜›đŸ‘đŸŒ a pedido de @lacharapita
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Acontece que vocĂȘ trabalhava perto de um conjunto de oficinas, sempre que vocĂȘ passava de manhĂŁ, via Enzo debruçado em algum carro, com a cara enfiada no capo. VocĂȘ gostava de observar a pele dourada dele, os fios de cabelo que caiam no rosto, os braços explodindo naquelas regatas marrons e as veias a mostra. Prestava atenção nos detalhes das mĂŁos dele, quando agarrava com força a lataria do carro, conseguia notar os anĂ©is em seus dedos, destaque para a falta deles no anelar e no dedo do meio, sua mente viajava, imaginava ele te dedando enquanto vocĂȘ empinava a bunda pra ele no capo daquela Mercedes preta na garagem. Mas isso era apenas imaginação. VocĂȘ achava que Enzo era serio demais pra isso, jĂĄ que ele sempre desprezava as mulheres que jogavam charme pra ele. Como vocĂȘ sabia disso? simples, sua janela do escritĂłrio era de frente com a oficina dele.
Seu olhar jĂĄ era familiarizado com o do Uruguaio, mas vocĂȘ (le‐se tdah) nunca percebeu. Enzo mordia os lĂĄbios sempre que te via naquela saia tubinho, com a camiseta branca transparente mostrando seu sutiĂŁ cor da sua pele. VocĂȘ mexia com a cabeça dele (digamos a de baixo). JĂĄ era a segunda vez na semana que ele precisava ir atĂ© os fundos, no banheiro, bater uma enquanto te imaginava engolindo todo o seu pau. Na real, ele nem ficava vermelho quando te cumprimenta na rua depois de uma punheta com vocĂȘ sendo a motivação.
PorĂ©m, o tesĂŁo que habita em vocĂȘs dois estava quando precisando de um mega fone pra gritar, bastou ele ser chamado no seu prĂ©dio pra fazer manutenção em um dos aparelhos, que vocĂȘ quase caiu pra trĂĄs vendo ele debruçado na mĂĄquina justo na sua sala. VocĂȘ fingiu uma tosse de leve, fazendo ele olhar pra trĂĄs com os fios pretos caĂ­dos nos olhos. VocĂȘ suspirou baixo. Enzo te cumprimentou e prometeu que seria breve. "fique o tempo que precisar", vocĂȘ disse da forma mais cachorra que conseguiu. VocĂȘ nĂŁo viu, mas Enzo deu uma bela olhada em sua bunda apertava quando vocĂȘ passou por ele.
Sentando em sua mesa, vocĂȘ cruzou as pernas fazendo o rasgo dela subir por suas coxas, o uruguaio quase babou com a visĂŁo. NĂŁo conseguiu disfarçar e vocĂȘ pegou ele no pulo te olhando enquanto apertava um parafuso. Enzo sorriu TÃO cafajeste que vocĂȘ quase gemeu em aprovação. "porra, bebita, assim nĂŁo dĂĄ" ele disse arrastado, largando a chave de fenda e fechando os olhos. VocĂȘ perguntou o que havia acontecendo, usando seu tom calmo e sugestivo. Enzo apenas te lançou um olhar de luxĂșria. Foi um olhar diferente do đŸ„ș era algo mais safado e com intençÔes. Ele caminhou atĂ© sua mesa e parou na ponta cruzando os braços. VocĂȘ o encarou em expectativa, estava ansiosa. "Vem aqui, agora" ele apontou pra onde estava. VocĂȘ, como uma bela cadela, obedeceu instantaneamente (ele guardou esse detalhe). Quando chegou na frente dele, o uruguaio te segurou pelos ombros te fazendo abaixar a altura do membro dele. VocĂȘ salivou por jĂĄ imaginar o que viria a seguir. "Seja uma boa cadela obediente e me chupa bem gostoso" Bastou aquelas palavras pra vocĂȘ começar a desfazer o zĂ­per da calça do mais velho.
Enzo segurou os dois lados da mesa com as mĂŁos, te dando total autoridade pra fazer como quisesse. Suas mĂŁos, suadas de tesĂŁo e nervosismo, agarraram o pau grande e grosso de uma vez sĂł. VocĂȘ começou pequenos movimentos com as mĂŁos, observando as expressĂ”es de Enzo mudarem. Quando vocĂȘ abocanhou o pau rosadinho do uruguaio, ele nĂŁo aguentou, todas as suas fantasias de vocĂȘ pagando uma pra ele vieram a tona. O barulho de sua garganta indo fundo, fizeram ele mover os quadris, querendo mais contato de alĂ­vio. VocĂȘ tambĂ©m começou a gemer contra o pau dele, levando tudo que conseguia, vez ou outra, passando a ponta da lĂ­ngua bem na cabecinha, apenas pra ouvir o gemido mais grosso dele.
VocĂȘ sentiu que ele estava quase lĂĄ quando agarrou seu cabelo com a mĂŁo direita e te fez ir muito fundo, tĂŁo fundo que seus olhos lacrimejaram e vocĂȘ engasgou. Claro que isso pra ele foi completamente erĂłtico, ele fez de novo, se deliciando enquanto fodia sua boquinha sem piedade. Os sons profanos de vocĂȘ se engasgando enquanto gemia eram mĂșsica pra os ouvidos dele. Quando Enzo gozou, fez questĂŁo que vocĂȘ engolisse toda a porra dele enquanto sussurrava "que vocĂȘ era uma puta muito boazinha que gostava de engolir pau".
VocĂȘ estava acabada, encharcada, com a buceta inchada de tanto tesĂŁo, com porra do Enzo escorrendo pelo canto da boca e os olhos cheios de lĂĄgrimas. Enzo te colou de pĂ© e te beijou, sentindo o prĂłprio gosto salgado em sua lĂ­ngua. Enquanto ele aprofundava mais, passou os dedos que vocĂȘ tanto sonhou no seu clitĂłris inchado, te fazendo gemer pelo susto. Ainda por cima da calcinha vocĂȘ estava tĂŁo melada. Era quente e escorregadio, Enzo nunca quis tanto enfiar os dedos em vocĂȘ. PorĂ©m, seu celular começou a tocar, indicando que era seu chefe na tela.
O uruguaio se separou de vocĂȘ, te deixando mole e com mil tesĂ”es, pegou sua caixa de ferramentas e saiu sem te olhar. Quando estava quase na porta ele te olhou dizendo "espero que outra maquina quebre, assim posso te colocar de quatro nela e te fazer esquecer o prĂłprio nome" â˜đŸŒđŸ‘đŸŒ
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llorentezete · 10 months ago
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Menos Que Nada. — Agustín Pardella
CapĂ­tulo I
S: Isabela Barrios começaria uma vida nova em Soho, Inglaterra. Cursando moda e aproveitando o melhor da cidade, ela encontra pequenas pedras. em seu caminho. Um argentino com ódio a primeira vista e um assassinato no campus.
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Soho. Bela podia sentir o ar entrando por suas narinas. NĂŁo era o melhor odor, convenhamos, mas o centro da cidade pulsando em uma noite de sĂĄbado faria qualquer um se derreter. As luzes, as pessoas, a mĂșsica, o sotaque. Tudo fazia Isabela suspirar enquanto encarava qualquer comĂ©rcio com brilho nos olhos. Era apenas o segundo dia que a Argentina estava em solo inglĂȘs e ainda havia inĂșmeras atividades em sua lista. Andar de bicicleta, tomar chĂĄ exatamente Ă s 4 da tarde, fazer comprar, checar seu material de costura, linhas novas e outras mil coisas. A verdade, era que morena colapsaria a qualquer momento. O fascĂ­nio por moda e mĂșsica a trouxe em um dos melhores lugares para tal.
Bela ajeitou o casaco preto peludo que vestia. Fazia frio naquele såbado e por mais que a Argentina fosse gelada, nada se comparava ao frio da Inglaterra. Voltando pra casa, com um cachorro quente na mão e muitas sacolas na outra, Isabela estava a 9 minutos de sua Faculdade. British Academy of Fashion Design, pra ser exato, o sonho de muitos aspirantes a moda. A morena se atrapalhou enquanto buscava seu telefone para uma self. Levantando seu pão sem recheio e com apenas uma salsicha, ela sorriu para a faixada da escola enquanto seus fios marrons voavam. A foto perfeita para a amiga perfeita. Não precisou de muito esforço para achar o contato de Nina fixado em seu celular. Enviou a imagem com emojis de coraçÔes, choros e estrelas. Nada podia representa-la melhor.
Bela dava passos largos atĂ© chegar no hotel que estava hospedada. Seria apenas aquela noite e no dia seguinte, ela estaria em um dormitĂłrio de alguma fraternidade. A adrenalina de estar em um lugar como esse a deixava extremamente energĂ©tica. Subiu as escadas correndo atĂ© chegar no quarto 13B. Se atrapalhou com a chave mas no fim, conseguiu girar a maçaneta. Isabela deixou as sacolas de lado e começou a pensar em seu outfit para o primeiro dia de aula. Ela sabia que a faculdade recebia inĂșmeros talentos promissores, entĂŁo se ela quisesse impressionar alguĂ©m, deveria começar com o pĂ© direito.
No entanto, a argentina escolheu uma saia preta curta e meias tambĂ©m pretas, porĂ©m grossas por conta do frio. Uma camiseta gola alta branca e com pequenas pedras brilhantes em lugares especĂ­ficos. Estas, que Bela havia confeccionado por si mesma em seu ateliĂȘ em Buenos Aires. E para finalizar, um sobretudo preto. ElegĂąncia e conforto. A morena sentou-se na cama encarando as opçÔes de calçados. Coturno preto, sapatilhas brancas ou mocassins pretos. Depois de fechar os olhos e imaginar seu outfit em sua cabeça, ela escolheu os mocassins. Sorrindo satisfeita, ela se despiu e encheu a banheira. Nada melhor do que um banho quente para relaxar.
Isabela perdeu a noção do tempo nas ĂĄguas quentes e aromĂĄticas. Deu um pulo quando sentiu a pele bronzeada arrepiar, dormiu por pelo menos uma hora. A argentina se levantou arragando seu roupĂŁo e enlaçando ele por seu corpo molhado. Bela sentiu um fio exagerado quando saiu do banheiro, procurou a passagem de ar e entĂŁo notou a janela do quarto aberta. As cortinas dançavam com o vento e o zumbido do ar indo e voltando preencheu o quarto. Ela correu fechando o vidro com força e tracando em baixo, enquanto dava uma boa olhada no quarto. As bolsas estavam no lugar, sua roupa tambĂ©m, impecavelmente dobrada no baĂș da cama. Seus pertences estavam no mesmo lugar e se nĂŁo fosse pela pequena folha lamacenta perto da cama, Isabela podia jurar que estaria ficando louca. AlguĂ©m esteve em seu quarto. Ela verificou a porta e garantiu que a mesma ainda estava trancada.
Descendo as escadas em silĂȘncio, ela chegou ao tĂ©rreo, aonde o quarto do dono ficava. Bela deu duas batidas na porta, mas nada aconteceu. Ela sabia que ele estava lĂĄ dentro, uma mĂșsica suave como vinda do rĂĄdio, escapava pelas brechas da porta marrom. E quando a argentina estava prestes a se virar e ir embora, um barulho de tranca a fez olhar para trĂĄs. O senhor de cabelos brancos estava parado na patente, enquanto abraçava seu suĂ©ter bege.
— Pois não? — Ele disse ajeitando os óculos.
— OlĂĄ, me desculpe incomodĂĄ-lo a essa hora... — Isabela pronunciou ainda meio desacostumada com o idioma. — Acho que alguĂ©m esteve no meu quarto.
— Como disse? — O senhor deu um passo a frete como se não acreditasse em suas palavras.
— Eu disse "acho que alguĂ©m esteve em meu quarto!" — Respondeu mais alto.
— Quando?
— Não sei ao certo, adormei na banheira e quando voltei, a janela estava aberta e tinha isso no chão. — Ela levantou a folha a altura de seus olhos.
— Tem certeza que vocĂȘ nĂŁo a deixou aberta? — Ele parecia tranquilo.
— Eu me lembraria se tivesse, Senhor Stones. — Seu tom foi mais duro.
— Alguma coisa faltando? — Bela negou. — Bom, minha jovem, esse prĂ©dio tem mais de oitenta anos, as portas destrancam sozinhas, a madeira range, as torneiras perderam o aperto e as janelas podem abrir sozinhas com o vento.
Isabela o encarou de boca aberta. Não podia acreditar nas palavras que escutara. E também, sabia que era perca de tempo argumentar com um senhor de idade.
— Tem razão, a folha deve ter entrado pela janela aberta com o vento. — Ele assentiu. — Perdão por incomodar, tenha uma boa noite.
— VocĂȘ tambĂ©m! — Isa ao menos olhou para trĂĄs. Seu sangue fervia.
Barrios voltou em passos firmes até o quarto e bateu a porta. Por um segundo, ela começou a se perguntar se realmente estava raciocinando ou se Stones estava certo. Perdida em seus pensamentos, ela se deitou e só depois deu conta de que estava de roupão. O rubor subiu em seu rosto, esquentando suas bochechas. Tentou fechar os olhos ou imaginar seu primeiro dia no campus, mas não podia. A ideia de ter alguém entrando no seu quarto a perturbava. A argentina levantou, pegou a poltrona que ficava do outro lado do quarto e a posicionou enfrente a janela. Agarrou um dos lençóis firmes da cama e enrolou em seu corpo. Com os olhos vidrados no lado de fora, Isabela aguentou alguns minutos, quando então, começou a pescar sem perceber. Sua cabeça pendia para a direta e esquerda e ela acordava de supetão. Uma hora depois, Barrios havia adormecido na poltrona branca, com a folha entrelaçada em seus dedos e o reflexo da lua em seu rosto.
[....]
Os raios de Sol clareavam o quarto bagunçado, mas nĂŁo era o bastante para aquecer, ainda era extremo frio e seco. A cabeça de Isabel deu um solavanco grande pra trĂĄs, fazendo a mesma acordar repentinamente. A morena pulou da poltrona largando o lençol no chĂŁo. Isa demorou alguns segundos para se lembrar aonde estava, deu uma bela olhada ao seu redor e entĂŁo, depois de retomar a consciĂȘncia, ela correu para sua bolsa buscando seu telefone. Quando desbloqueou o aparelho, Isabela deixou um fino grito preencher o apartamento. Estava atrasada. Graças aos cĂ©us eram apenas nove minutos atĂ© a faculdade, mas ainda sim, chegar atrasada em seu primeiro dia era extremamente terrĂ­vel.
Barrios vestiu sua roupa que estava perfeitamente dobrada no baĂș como na noite anterior e saiu esbarrando em vĂĄrios objetos pelo caminho atĂ© achar sua bolsa da faculdade. Correu para o banheiro e terminou tudo em menos de dez minutos. Pensou em como arrumaria o quarto jĂĄ que se mudaria naquele mesmo dia, mas preferiu deixar tudo pra depois da aula. Ela pegou as chaves e saiu o mais rĂĄpido que pode, trombando com uma mulher no corredor e ouvindo protestos dos moradores de que era proibido correr. Ela sabia das regras, Richard Stones passou quase meia hora discorrendo todas a ela e ainda as enviou por email.
Mesmo estando frio, Bela sentiu uma fina camada de suor descer por sua testa a medida que corria em direção as ruas da faculdade. Quase se mordeu ao parar um minuto no sinal. E quando finalmente pisou na calçada do campus, ela soltou um grande suspiro de alĂ­vio. Era, definitivamente, muito bom estar naquele lugar. A satisfação em seu rosto a deixou mais confortĂĄvel e confiante. Haviam muitas pessoas andando de um lado para o outro, subindo e descendo escadas, rindo e conversando. Isabela nĂŁo via a hora de ser como eles. Remexeu em sua bolsa procurando o papel com o nĂșmero de sua sala gravado nele. Assim que achou, o desdobrou com cuidado enquanto ainda estava atĂŽnita observando as pessoas e o lugar. Barrios mal sentiu quando o papel voou de suas mĂŁos. Ou melhor, foi tirado delas. Ela se virou abruptamente procurando alguĂ©m e o encontrou.
Encostado na parede a esquerda e com uma roda de pelo menos cinco meninos rindo com ele. O loiro tinha o papel de Isabela nas mãos. Ele o lia com um sorriso despretensioso. A morena conhecia aquele tipo, ela apenas deixou um sorriso nasal sair e andou calmante até ele. A roda instantaneamente se abriu quando ela passou. O homem permaneceu na sua posição sem mover um fio. Barrios cruzou os braços em sua frente. Quando ela percebeu que ele não diria nada, gemeu em frustração.
— Pode devolver? — Ergueu a palma da mão. O loiro franziu o olhar. Ele a encarava buscando intimidar de qualquer jeito.
— De onde vocĂȘ Ă©? — Bela pode sentir seu sotaque forte.
— Buenos Aires — A morena mal havia terminado de falar e o homem gargalhou. Todos ao seu redor gargalharam. Isabela estava confusa. — Pode me dizer qual Ă© a graça?
— Claro, hm — Ele olhou o verso do papel. — Isabela — Deixou o nome dela escapar pelos lábios. — parece que somos compatriotas, chiquita.
Barrios nĂŁo acreditou quando aquele apelido atravessou seus ouvidos. Estava ferrada.
@lacharapita @idollete @creads @interlagosgrl @imninahchan @yoonstaxr postei, se vocĂȘs quiserem ler 😛
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llorentezete · 9 months ago
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vem aĂ­ â˜đŸ» smut +70 do Kuku no cenĂĄrio "festa da empresa" 💰💳 oh delĂ­cia đŸ€€ pode ir me botando đŸ«ĄđŸ•ŠđŸ€Ș
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llorentezete · 10 months ago
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entĂŁo lobas 😛 estava eu pensando em um cenĂĄrio aonde vocĂȘ ta morrendo de tesĂŁo, com necessidades bucetisticas e tĂĄ voltando pra casa com o Kuku. VocĂȘ passou o caminho todo se contorcendo, atĂ© ele perguntar se vocĂȘ tava bem e vocĂȘ responder com um "sim" fouxo. Cada acelerada ou lombada que passava, levava vibraçÔes gostosas pra sua bucetinha carente.
E como eu adoro ressaltar, Esteban tem aquela carinha de burrinho, porĂ©m de burrinho nĂŁo tem nada. Te conhecendo e sabendo a safada que vocĂȘ Ă©, ele vai deixar a mĂŁo direta dele cair na sua perna esquerda, apenas pra te deixar mais sedenta. Vai começar a fazer pequenos carinhos indo e voltando e vocĂȘ vai se estreitar ainda mais.
AtĂ© que chega uma hora â˜đŸŒ aonde nĂŁo Ă© possĂ­vel mais aguentar e vocĂȘ vai soltar um "Esteban para o carro". Ele vai te olhar meio assustado pelo tom que vocĂȘ usou, porĂ©m com um sorriso ladino escapando de seus lĂĄbios. "Que pasĂł? bebita?", seu olhar cĂ­nico cai sobre o seu. VocĂȘ vai explodir e pedir pra ele te foder ali mesmo. SĂł que ele vai jogar com vocĂȘ, vai te pedir pra ser mais clara enquanto para o carro em uma rua deserta e retira o cinto, ajeitando o pau jĂĄ duro na calça preta. VocĂȘ cansa e finalmente pede pra ser fodida, com as palavras certas e ele zomba porque achou que vocĂȘ dormiria sem pedir pica😱
Na mesma hora ele te coloca pra quicar no pau dele enquanto geme no seu ouvido, te chamando de putinha carente que implora e chora pra levar pirocada. E, a cada xingamento, tapa na cara e na bunda, era um gĂĄs a mais pra vocĂȘ cavalgar nele como se sua vida dependesse daquilo. vocĂȘ adorava a forma como o pau melado dele se encaixava perfeitamente na sua buceta quente e apertadađŸ«Š
Esteban gemia quando vocĂȘ ia mais fundo. e claro, vocĂȘ nĂŁo ficava pra trĂĄs, sua garganta amanheceria dolorida pelos gritos e pelo aperto dele. com uma mĂŁo, Kuku te prensava no volante, enquanto a outra, apertava sua cintura. Ele encarava o fundo dos seus olhos enquanto metia e dava tapa em sua cara cada vez que vocĂȘ fechava os olhos ou desviava o olhar. Antes de gozar, ele te dĂĄ uma bela aula de como chupar seus peitos atĂ© os biquinhos arderem. quando ele levantar, um fio de saliva vai ligar ele ao seu peito. Com essa cena e as estocadas fundas e molhadas, vocĂȘ goza seguida dele, enquanto sente a porra quentinha bem no fundo da sua bucetaâ˜đŸŒđŸ‘șđŸ‘đŸŒ
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llorentezete · 11 months ago
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OlĂĄ, eu vou começar a escrever oneshots com o cast de sociedade a neve! Aceito pedidos, embora jĂĄ tenha alguns prontos, espero lançå-los ao longo da semana. O idioma principal serĂĄ em portuguĂȘs đŸ‡§đŸ‡·
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llorentezete · 11 months ago
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Assento da sorte — Esteban Kukuriczka.
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Capítulo — 1
Warnings: nenhum.
Info: eu dei um nome a personagem porque pra mim Ă© estranho escrever uma fanfic com SN, mas por favor, imaginem outro nome se quiserem.
Sinopse: Eloisa sempre pega o mesmo Înibus todos os dias, mas naquela sexta feira nublada, ela encontrou alguém diferente sentado em seu lugar.
Contagem de palavras: 1.606
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As mão de Eloisa apalparam a mesinha de cama até encontrar o despertador. Estava menos barulhento do que o usual, haja vista que lå fora o mundo parecia desabar a qualquer momento. Seus olhos se abriram depois de alguns minutos. O despertador jå estava desligado e agora as nuvens escureciam o pequeno quarto de seu apartamento. ElÎ decidiu que precisaria levantar ou perderia seu Înibus.
A verdade Ă© que morena odiava acordar cedo, era a primeira coisa de sua lista top coisas que odeio fazer, e ela pontuava com frequĂȘncia. Arrastando-se para o banheiro, seu banho durou menos do que o esperado, jĂĄ que a ĂĄgua nĂŁo esquentava e o frio lĂĄ fora nĂŁo ajudava. Bufando, ela vestiu roupas quentes e confortĂĄveis, seria um longo dia de trabalho.
Buscando suas chaves e seu guarda-chuva, ela perdeu mais cinco minutos do usual. Atrasos não era frequentes na vida de ElÎ, mas ela alguém que perdia a noção do tempo muito råpido. Como quando estava prestes a sair mas brincava com o gatinho preto da vizinha do vinte e dois. Um estrondo do lado de fora a fez perceber que jå deveria estar no ponto de Înibus. Apertava freneticamente o botão do elevador, mas se lembrou das palavras do síndico Marcelo, que era um querido, e disse que em casos de chuva e raios, é proibido o uso do elevador ou qualquer parte elétrica do prédio.
Sem pensar duas vezes, mas praguejando, Eloisa desceu as escadas correndo, hora ou outra ela pulava de duas em duas ou trĂȘs em trĂȘs. Poxa vida, era uma sexta feira nublada, fria e possivelmente chuvosa. NĂŁo era assim que que pretendia acabar sua semana de trabalho. ElĂŽ passou pela recepção como um raio, apenas gritou bom dia para Marcelo que se assustou e quase largou as caixas que segurava no chĂŁo. Pelo contrĂĄrio da maioria dos sĂ­ndicos, Marcelo era novo demais pra aquela função, ao menos era o que Eloisa pensava.
Suas pernas curtas corriam o mais rĂĄpido que podia. O vento fazia seus cabelos grudarem no rosto e seus Ăłculos escorregarem, mas ela nĂŁo tinha tempo de arrumar-los. Apenas se concentrava em chegar no ponto e pegar seu ĂŽnibus. Correndo contra o tempo, foram quatro minutos de desespero atĂ© ver a sombra de seu ĂŽnibus vindo em sua direção. Ela nĂŁo chegaria a tempo, mas para sua surpresa, o ĂŽnibus desacelerou e parou completamente. Eloisa continuou correndo atĂ© chegar perto o bastante para andar. As portas automação se abriram e LĂșcio sorria para a garota.
— Pensei que nĂŁo viria — O motorista disse. LĂșcio estava acostumado a ver Eloisa todos dias.
— Eu perdi a hora, por pouco — A morena ajeitou a bolsa que caia de seus ombros.
— Sorte que te vi correndo como uma maluca — Eles sorriram.
— Valeu mesmo, Lu — Elî deixou uma expressão de gratidão escapar enquanto passava seu cartão para tarifar sua passagem.
Ela guardava o cartão que acabara de usar na carteira e seus pés se moviam sozinhos para o mesmo lugar de sempre. Era no meio do Înibus, o assento da janela, aonde ela podia ver a rua sempre que seus olhos desviavam de um dos seus livros. Porém, dessa vez, seu sorriso se desfez quando ela o viu pela primeira vez.
Sentado em seu lugar, o rapaz parecia tirar uma soneca das boas. Sua cabeça caia lentamente para frente, mas ele voltava sem ao menos acordar. ElĂŽ notou seus cabelos loiros escuros, vez ou outra escorregando por sua testa, as sardinhas em suas bochechas pĂĄlidas e seus lĂĄbios finos. Ele parecia muito sereno e tambĂ©m era muito lindo. Com um abanar de cabeça, ela jogou longe o Ășltimo comentĂĄrio.
Seus dedos gélidos cutucaram a bochecha do homem que ainda dormia. Ele pareceu não sentir o toque. Eloisa o cutucou novamente, dessa vez mais forte e ele apenas resmungou algo incoerente. Do outro lado, o Înibus parava em outro ponto e outras pessoas subiam. ElÎ não teve escolha a não ser se sentar ao lado do desconhecido.
Ela tocou seu ombro quando se sentava de forma desajeitada, não por querer, mas porque o Înibus se moveu inesperadamente. Dessa vez, o impacto foi suficiente para o homem acordar. Ele abriu os olhos lentamente e limpou a boca por precaução, não queria sua baba escorrendo por aí. Ele notou ElÎ o encarando sem expressão e se endireitou no banco.
— Hm... oi, bom dia — Ele disse um pouco sem graça sobre o olhar da morena.
— Bom dia, esse lugar aĂ­ Ă© meu — ElĂŽ sempre foi direta com as pessoas. Era seu defeito.
— Como? — O loiro pareceu não entender. Deixou um sorriso escapar. Elî estava atenta a isso, mas desviou os olhos em uma fração de segundos.
— Esse lugar aonde vocĂȘ tĂĄ sentado — Ela apontou pra ele —, Ă© meu. Eu sento ai todos os dias por quase dois anos! — Ela gesticulava com drama.
O rapaz a sua frente a encarou da mesma forma que foi encarado, sem expressão, com a boca um pouco aberta. Estava processando a informação recebida. Sua mente se negava a acreditar no que estava ouvindo.
— Espera, o que? — Ele negava. — O înibus tá quase vazio.
— NĂŁo importa, esse Ă© meu lugar favorito! — ElĂŽ rebateu.
— Ei, não estamos no quinto ano. — Ele respondeu sem sorrir dessa vez. Eloisa sabia que estava sendo infantil, mas não ligava. Era seu lugar sagrado.
— Olha, vocĂȘ pode sĂł trocar de lugar comigo e tĂĄ tudo certo. — Ela se levantou com uma expressĂŁo esperançosa. Segurava firmemente sua bolsa. Mas o homem nĂŁo levantou, ele ao menos se mexeu.
— Mas eu cheguei qui primeiro! —Ele mexeu os ombros como se fosse óbvio.
— Moço por favor, esse lugar Ă© praticamente meu, todo mundo senta no seu lugar — Ela apontou, discretamente, para algumas pessoas a sua volta.
— Primeiro, meu nome nĂŁo e moço, Ă© Esteban e segundo, eu nĂŁo vou sair do meu lugar pĂșblico — Deu ĂȘnfase na palavra. —, sĂł porque uma adolescente mimadinha quer! — Cruzou os braços enquanto fechava os olhos.
— SĂł pode ser piada... — ElĂŽ conseguiu notar o sotaque forte que ele tinha quando pareceu mais nervoso, porĂ©m nĂŁo disse nada. — Olha sĂł, Esteban, sei que nĂŁo estĂĄ dormindo e pra o seu governo, eu nĂŁo sou uma adolescente e muito menos mimada. — Ela bateu o pĂ© nervosa.
— NĂŁo Ă© o que parece! — Ele sorriu sugestivo para o ato da morena. Ainda com os olhos fechados, ele se ajeitou ainda mais no banco.
— Bom, espero que esteja confortável! — Ela cruzou os braços imitando o homem.
— VocĂȘ nĂŁo faz ideia... — No momento em que ia retrucar, o ĂŽnibus freiou bruscamente, fazendo ElĂŽ se desequilibrar e cair com a cara no chĂŁo. O barulho foi tĂŁo alto que LĂșcio virou seu corpo para checar se estava tudo bem.
Eloisa estava jogada no chão com a mochila no alto da cabeça, presa a seus cotovelos e seus óculos a alguns centímetros de distùncia. Esteban se levantou no mesmo segundo puxando a bolsa da morena. Ele a levantou com cuidado ouvindo protestos da mais nova.
— Tá vendo só, se tivesse deixado a sua birra de lado, isso não teria acontecido. — Ele advertiu tirando os fios de cabelo do rosto de Eloisa. Algumas pessoas observavam quietas, outras sorriam disfarçadamente.
— Isso Ă© culpa sua, se nĂŁo tivesse sentado no meu lugar! — Ela se livrou das mĂŁos do mais velho e tentou ficar de pĂ© por si mesma. Mas novamente o ĂŽnibus se mexeu e seu corpo seria jogado pra trĂĄs quando as mĂŁos de Esteban foram mais fortes e agarram-na. Colados, eles ouviram LĂșcio gritar um perdĂŁo ao longe. Eloisa nĂŁo pode deixar de encarar Esteban, e agora de perto, ele parecia muito mais bonito do que antes. Sua mĂŁo se moveu contra o peitoral do loiro e ela o empurrou quando notou a ação. Ele nĂŁo se moveu muito, mas estendeu a mĂŁo em que os Ăłculos da mais nova estavam.
— Por nada, nĂŁo? — Ele sussurou. ElĂŽ agradeceu com breve acenar de cabeça. Tudo parecia resolvido, mas a morena foi esperta e passando como um furacĂŁo, se sentou no seu lugar, ao lado da janela. A expressĂŁo chocada de Esteban a fez segurar um riso. — VocĂȘ Ă© impossĂ­vel!
— Era só ter feito isso desde o começo, amigo. — Ela deu de ombros tirando seu livro da bolsa.
Esteban não disse nada, apenas ajeitou sua roupa e se sentou ao lado de ElÎ. Ele parecia sereno como quando estava dormindo. Eloisa observava-o com discrição. Não parecia bravo ou chateado, mas estava um tanto quieto demais, talvez ele fosse assim.
— VocĂȘ pode se sentar em outro lugar se quiser — Ela abaixou o livro. Dessa vez o encarando de verdade.
— Quero me sentar aqui, ou vai me explusar de novo? — O loiro disse. Mas não pareceu nervoso. Elî analisou suas bochechas rosadas.
Eloisa se calou. Voltou ao seu livro e seu mundinho, aquele que seguia todos os dias. Estava quase finalizando a leitura, mais um para a conta de sua lista.
— Sabe de uma coisa? — O loiro comentou depois de um perĂ­odo de silĂȘncio. A morena o olhou como se perguntasse o que? — Eu nĂŁo sei seu nome.
— Eloisa, mas pode me chamar de ElĂŽ — Ela deu de ombros. Esteban levantou a mĂŁo direita atĂ© a altura dos olhos da garota.
— Muito prazer, Elî - Ela apertou a mão quente de Esteban. — Te vejo por aí. — Ele se levantou puxando a cordinha solicitando a parada.
— Essa confusĂŁo toda pra vocĂȘ ficar dez minutos dento do ĂŽnibus? — Ela riu com desdĂ©m.
— Não fui eu quem começou — Levantou as mãos e os ombros. Elî não respondeu. A porta automática se abriu e Esteban desceu.
Aquela seria a Ășltima vez que ElĂŽ veria o loiro no mĂȘs.
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llorentezete · 10 months ago
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Asiento de la Suerte — Esteban Kukuriczka.
CapĂ­tulo II
warnings: nenhum
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Os prĂłximos dois meses seguiram do mesmo jeito de sempre. ElĂŽ acordava cedo, pegava o ĂŽnibus 357, sentava no assento da janela e lia seu livro. A morena trabalhava em uma biblioteca do centro da cidade de SĂŁo Paulo. NĂŁo era o emprego dos sonhos, mas era o que tinha para sobreviver. SĂł que sobrevivĂȘncia era algo difĂ­cil na capital Paulista. O preço do aluguel havia aumentado, nĂŁo era culpa de Marcelo, havia muitas questĂ”es por trĂĄs. A verdade era que ElĂŽ precisaria mudar de serviço ou mudar de casa. E para ela, a segunda opção era a melhor.
Quase cinco e meia, seu expediente estava prestes a acabar. Guardava alguns livros que estavam fora do lugar, conferia alguns nomes que pediam reserva de obras específicas. ElÎ mal ouviu o sininho tinar, estava concentrava em anotar corretamente as informaçÔes. Laura passou por algumas pratileiras e fileiras lotadas de livros até ver sua melhor amiga. A morena mordia um låpis e batucava a mesa com as mãos.
- Vai trabalhar de graça, ElÎ? - A morena pulou com o susto. Levou a mão no peito após largar o låpis.
- Laura? Tå maluca? - Ela ignorou Eloisa e se sentou apoiando os braços na mesa.
- JĂĄ esta na hora de fechar - Cantarolou.
- Eu sei... - Eloisa a imitou. - SĂł mais dois minutos.
- Ai, ElÎ, que saco! - Dessa vez a loira bufou. - Não tem mais ninguém aqui, desliga isso e vamos embora - Laura fez beicinho.
Eloisa sorriu desligando seu notebook.
- VocĂȘ nĂŁo tem mais idade pra isso, Lara. - Sorriu vendo a amiga fazer uma expressĂŁo de descontentamento. Era bem verdade que a biblioteca havia caĂ­do de rendimento naquele mĂȘs. Mas ElĂŽ fazia de tudo para que a cultura e o acesso gratuito Ă  educação fosse pauta para todos.
- O que acha daquele barzinho na Paulista? - Laura dizia agarrando o braço da amiga.
- Aquele que vocĂȘ foi banida? - Perguntou sugestiva.
- NĂŁo, nĂ©?! Aquele que fomos mĂȘs passado com Julia e Lucca - ElĂŽ sabia de qual bar ela falava.
- NĂŁo estĂĄ de olho naquele barista argentino, estĂĄ? - Levantou as sobrancelhas.
- Ele Ă© um gato, e o sotaque? - Laura suspirou. ElĂŽ revirou os olhos.
- NĂŁo muda o fato dele se argentino... - Respondeu sem cerimĂŽnias.
- ElĂŽ, eu sou uma mulher de amores, nĂŁo de nacionalidades - Definitivamente ela era.
- VocĂȘ Ă© muito pra frente, isso sim....
- Vamos andar råpido, se encher hoje, ele não vai ter olhos só pra mim... - Eloisa sorria da ousadia de Laura. Ainda não acreditava como alguém caseira como ela, poderia ser amiga de Laura, que inventou a noitada depois do trabalho.
O bar estava cheio, era sexta feira e o clima fresco fez quase todo Paulista sair de casa. As mesas do lado de fora estavam quase esgotadas. Laura puxava o braço de ElÎ como se ela fosse uma boneca de pano. A loira queria encontrar o barista que tanto desejava e Eloisa queria uma Fanta bem gelada.
O ambiente dentro era um pouco diferente, mais confortåvel do que o de fora. As luzes amarelas deixavam tudo mais calmo e sereno. Algumas pessoas falam alto, porém o som ambiente era confortåvel. Laura avistou seu peguete platÎnico no balcão. Ele estava exibindo seus truques com copos, aqueles que todos os baristas fazem. Mas, dessa vez, não era para mulheres e sim para um grupo de quatro homens que assistiam a tudo sem piscar. Laura suspirava em meio às acrobacias. Quando terminou, agradeceu em espanhol, fazendo ElÎ revirar os olhos. Ele se achava na opinião dela.
- Escuta, porque nĂŁo procura uma mesa pra nĂłs? - Laura ajeitava o cabelo enquanto falava com ElĂŽ mas mantinha seus olhos no barista. - Eu volto logo...
A loira saiu sem esperar resposta.
- NĂŁo volta mesmo, eu Ă© quem nĂŁo fico sozinha com esse tanto de estranhos. - Sem pensar duas vezes, ela a seguiu. Silenciosamente, pois nĂŁo queria atrair olhares sobre si. Diferente de Laura que era barulhenta por natureza. Suas pulseiras, sua forma de andar e os barulhos naturais que fazia. Era uma legĂ­tima predadora!
- Ei, meninos - Ela sorriu esbanjando simpatia. E nem ao menos os conhecia. - como vĂŁo? - Os trĂȘs primeiros se olharam, como se perguntassem uns aos outros se alguĂ©m a conhecia. ElĂŽ franziu o cenho, levando a mĂŁo direta atĂ© a testa e cobrindo os olhos. Era melhor do que assistir aquela humilhação ao vivo. - Se nĂŁo se importam - Laura continuou se colocando no meio deles. - preciso de uma bebida com aquele barista em especial - O chamou com o dedo indicador. E, surpreendentemente, ele a obedeceu.
- Hola, Laurita - Ela quase soltou um gemido por causa do apelido. Era obsceno demais. - o que vai ser hoje?
- Pode me descer um whisky - Sorriu encarando o branquelo alto. - e pra vocĂȘ, ElĂŽ?
SĂł entĂŁo o barista e os quatro homens notaram a presença de Eloisa. Ela preferia que nĂŁo tivessem feito. Estava muito mais confortĂĄvel no anonimato do que com doze olhos a encarando. Passou rapidamente pelos rostos desconhecidos enquanto pensava em sua bebida. AtĂ© que ela o notou. A quarta pessoa, na Ășltima cadeira, um pouco apagado pela luz amarela e pelo barulho do bar, Esteban.
O loiro pareceu ter visto um fantasma, mas seu rosto se iluminou e um sorriso escapou de seus låbios. Ele não disse nada, e ElÎ também não. Apenas um balançar de cabeças foi o bastante. Eloisa sentia o ar faltar aos pulmÔes.
- Uma Fanta gelada - Conseguiu dizer depois de segundos.
- ElĂŽ, ElĂŽ, sempre tĂŁo recatada.... - Laura batucou o balcĂŁo com as unhas. - Voltamos jĂĄ jĂĄ, lindinho...
A loira puxou Eloisa pelo braço, como havia feito minutos atrĂĄs. A morena se deixou levar, ainda nĂŁo acreditava que Esteban estava mesmo ali, depois de quase dois meses. Laura a levou para uma mesa um pouco afastada do balcĂŁo, mas que ainda pudesse vĂȘ-los.
- Pode ir abrindo o bico! - Disse no mesmo segundo que se sentou. - Quem Ă© o gringo?
- Que? como assim, Lara, do que tĂĄ falando? - ElĂŽ nĂŁo conseguia pensar.
- Eloisa Andrade, eu vi seus olhos saltarem quando encarou o loiro bonitĂŁo! - As mĂŁos de Laura gesticulava. Ela falava alto, estava empolgada.
- Fala baixo, por Deus! - As bochechas de Eloisa estavam começando a ruborizar. - Eu não conheço ele! - Advertiu. - Vi ele uma vez no Înibus e isso foi tudo.
- VocĂȘ viu um homem daquele no ĂŽnibus e nĂŁo me disse nada? - A loira parecia chateada, mas era apenas uma expressĂŁo. - ElĂŽ, ele Ă© amigo do Rodrigo, o barista gostoso!
Os olhos de ElĂŽ caĂ­ram novamente sobre os quatro amigos, cinco com o barista. Rodrigo, como se chamava, estendeu a mĂŁo avisando que os pedidos estavam prontos.
- Os pedidos estão prontos - Apontou até eles.
- Me espera aqui, nĂŁo acabamos esse assunto! - Laura disse soando como uma mĂŁe irritada. ElĂŽ nĂŁo podia crer que estava tendo aquela conversa com a amiga.
A loira voltou segundos depois, atravessou o salĂŁo como um furacĂŁo enraivado.
- Como sabe que sĂŁo amigos? - Eloisa perguntou quando a amiga tomou um gole de seu whisky.
- AlĂŽ? NĂŁo Ă© a primeira vez que viemos aqui! - Disse obvia. - VocĂȘ nĂŁo nota as pessoas? - ElĂŽ negou abrindo sua latinha. - Bom, tudo que eu sei Ă© que ele tambĂ©m Ă© argentino.
Eloisa quase caiu da cadeira.
- ElĂŽ, para de besteira!! Vi o jeito que ele te olhou, vai falar com ele! - Ela empurrou o copo pegando na mĂŁo da morena.
- VocĂȘ tĂĄ maluca? TĂĄ vendo coisas aonde nĂŁo existem! - ElĂŽ se desvencilhou das mĂŁos quentes de Laura. - NĂŁo me importa qual a nacionalidade dele, nĂŁo temos nada e nĂŁo o conheço!
-Tudo bem, não tå mais aqui quem falou... - Laura levantou as mãos em forma de rendição.
A verdade, era que Eloisa realmente se importava. O rosto de Esteban ficou o mĂȘs inteiro na cabeça da morena. Ela pegou o ĂŽnibus todos os dias com a esperança de vĂȘ-lo, nem que fosse sentado em seu lugar para provocĂĄ-la. Mas nĂŁo aconteceu. Ele simplesmente desapareceu durante todo o mĂȘs e alguns dias. ElĂŽ chegou a pensar que ele foi uma alucinação de sua mente cansada. SĂł que vĂȘ-lo naquele bar, a fez recordar de todos os detalhes que o deixava bonito. Da camiseta branca que ele usava e que proprositalmente, havia deixado os primeiros trĂȘs botĂ”es abertos. Do short tambĂ©m branco que o deixava mais alto do que da Ășltima vez que o viu. Ou da forma como seus cabelos loiros escuros sempre estavam bagunçados. Seu sorriso era singelo, ele sorria com os olhos, enquanto encarava um de seus amigos. Nunca desviando o olhar terno.
ElÎ fechou os olhos com força, apertando a latinha quase vazia em sua mão. Estava pensando demais em Esteban e nem sabia se ele lembrava dela. Uma movimentação no balcão fez ela redobrar sua atenção de volta a mesa. Laura mexia no telefone vendo um vídeo qualquer. Entretanto, um dos amigos de Esteban e Rodrigo andava em direção a elas. ElÎ prendeu a respiração. Ele chamaria ela? Ele se lembrava dela? Ou serå que havia ficado com raiva, mesmo que em seus olhos não houvessem vestígios?
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llorentezete · 11 months ago
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TW: Tristeza, muita tristeza. Para nĂłs mulheres de tpm que buscam consolo em chocolates e histĂłrias tristes.
ă…€Aonde Enzo e Calista nunca se conheceram.
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Calista amava Enzo.
Enzo amava Calista.
Ela sentia a faísca de seus dedos por sua pele clara. Mas Calista tem sido må. Ela tem mentido, traído e roubado. Jå não havia mais doçura neles. Nem aquela melodia que um dia usaram para escrever belas cançÔes. Belas como o significado de Calista. Agora, na verdade, soava mais como uma melancolia alternativa.
Matavam o tempo com cigarros e suspiros tediosos. Calista nĂŁo conhecia mais Enzo. Enzo nĂŁo conhecia mais Calista.
A brisa que cantava pela janela aberta deixou o ar fresco. A loira, jogada no sofå, acariciava seu gato preto. O felino ronronava em seus braços. Mesmo que ela sentisse a lacuna da falta de Enzo, jamais admitiria em voz alta. Acreditava que as paredes tinham ouvidos e que não tardariam de confidenciar a ele tudo que escutaram.
Se sob a Lua azul eles se beijaram pela primeira vez, agora o Céu chorava em grossos pingos de ågua fria. Era mesmo o céu? Ou era Calista e Enzo? Quem secaria seus olhos? Se eles eram como tarde e noite, porque estavam sozinhos?
Enzo tem a cabeça girando como o globo terrestre. Ele sabe porque as paredes jå sussurram quando Calista não estava em casa. O uruguaio sente como se tivesse as mãos nos olhos da loira, sempre pronto pra estragar tudo e mostrar a verdade diante de seus narizes. Enzo provavelmente ainda a idolatraria.
Enquanto ele pedalava e pensava no que deu errado com seu amor, a ågua caia ensopando suas roupas e seus fios negros. Seus olhos ficando mais e mais embaçados, incapazes de olharem adiante. E se, ele fosse levado para a noite em que viu os fios loiros de Caslista pela primeira vez? Mudaria algo? Ele teria ignorado-a? Teria mudado o futuro? Não. Enzo faria tudo de novo e de novo. Mesmo com o poder de mudar o passado, ele faria cada ação de novo. Enzo sabia que preferia morrer do ser assombrado pelo fantasma de Calista, mesmo que ela não estivesse morta. Quando ele observava seu reflexo no chão molhado e escorregadio, é Calista quem ele via. Porque eles são extremamente parecidos.
Quando Calista abre os olhos, seu felino não esta mais lå. A patente da janela estå molhada e pinga no chão de madeira. Os olhos da loira se fecham de novo e seus labios se abrem pronunciando o nome do homem que ama. Estava sonhando acordada. Estava sozinha. Talvez ela pediria desculpas se isso fizesse Enzo mudar de ideia. Mas agora, hå flores com espinhos em seu coração, dói balbuciar o nome dele sem pensar.
Talvez Calista deveria ir embora.
O horizonte de Enzo começa a desmoronar apenas em pensar na vida sem Calista pra o aquece-lo. Ele ficaria doente. O ar é congelante, como se o vento prendesse sua garganta e não te deixasse respirar. As luzes piscam e os carros se movem råpido. Enzo estå pedalando como se sua vida dependesse daquilo. Quem dos dois estaria certo? Alguém poderia dizer agora? Jå não importa mais.
Talvez Enzo deveria pedir desculpas.
Enzo nunca havia conhecido Calista. Calista nunca havia conhecido Enzo.
Ele sabe que nĂŁo deveria ama-la, mas ama.
A loira abaixa pra pegar o felino em seus braços, e ele mia. Disse que ela Ă© uma assassina. Uma amante nata. Calista da uma Ășltima olhada em seu apartamento, ajeitando a bolsa nos ombros, ela vai atĂ© a janela e observa a chuva. LĂĄgrimas rolando em seus olhos, agora ela chorava como o CĂ©u. Fechou o vidro e deu meia volta. Seus pĂ©s deixaram um rastro molhado no piso atĂ© a porta.
Enzo subiu as escadas tropeçando em seus pés lamacentos. Não sabia se não enxergava pela ågua ou pelas lågrimas. As mãos tremendo em ansiedade. Quais palavras ele usaria? Ele seguraria em sua mão ou apenas rastejaria implorando por seu perdão? Estava pensando em beijå-la como na noite de Lua azul. Ele ainda se lembrava das sensaçÔes, dos arrepios. Bruscamente, abriu a porta e seu sorriso se desfez. Seu coração doeu em seu peito. Agora ele pingava no chão de madeira, apagando o rastro de Calista. Gritou pela loira de olhos caramelos e por seu gato de pelos extremamente pretos.
Era assim que a mente de Enzo se encontrava. Pulou de susto quando a janela se abriu, fazendo o vento uivar, espalhando papeis e coisas pela sala. Enzo se jogou no sofĂĄ, apagando o cheiro de Calista com suas roupas molhadas. Fechou os olhos e tentou achĂĄ-la, implorando para as paredes sussurassem algo. Mas elas estavam quietas. E quando ele abriu os olhos pela segunda vez, seus lĂĄbios rachados de frio balbuciaram o nome da sua amada. Calista.
SilĂȘncio.
Enzo estava sozinho.
Enzo deveria ir embora porque ele nunca conheceu Calista.
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llorentezete · 9 months ago
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Asiento de la suerte — Esteban Kukuriczka IV
AVISO: penĂșltimo capĂ­tulo lobinhas đŸ„ș
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Laura apertava seus dedos enquanto suas mãos estavam dentro se seus bolsos traseiros. Ela encarava seu allstar sujos enquanto Laura havia ido ao banheiro. Apenas alguns retoques na maquiagem. O quarteto e Rodrigo ainda estavam rindo, até que um deles virou o rosto parar encarar a mesa e as garotas. ElÎ, por instinto, abaixou a cabeça, mirando os pés novamente, como se procurassem algo neles, entre os cadarços e rabiscos na lateral.
Desejou que Laura voltasse o mais råpido possível, não conseguiria manter uma conversa com eles sem que a amiga estivesse para amenizar o clima. O loiro alto de minutos atrås tocou o ombro de ElÎ a fazendo dar um pequeno pulo de susto. Ela não imaginava que ele fosse mesmo vir atrås dela. Ele vestia uma camiseta social verde ågua, e calças pretas. Era muito mais alto que ElÎ, mas parecia inofensivo e delicado.
— Estamos listos para irnos — Ele disse sorrindo. No mesmo instante, ele notou a expressão confusa de Eloisa.
— Hm, desculpe, não falo espanhol, talvez Laura ... — Ela apontava com esperanças para a porta do banheiro.
— Eu disse que estamos pronto para irnos — Ele respondeu calmamente. — Desculpe, tambĂ©m nĂŁo falo um bom portuguĂȘs. — Ele sorriu. ElĂŽ notou o quĂŁo lindo ele era. Tinha belos olhos azuis, daqueles que te faziam ficar envergonhada. Mas ElĂŽ nĂŁo sentiu vergonha. Pelo contrĂĄrio, era um olhar que transmitia coisas boas.
— NĂŁo tem problema, estamos indo — Ela olhou novamente para o banheiro e finalmente, lĂĄ estava Laura saindo com um batom vermelho nos lĂĄbios carnudos. Ela havia retocado o rimel e estava mais cheirosa do que antes. — Ah, atĂ© quem fim! Estamos saindo.
— NĂŁo sem mim, Elozinha! — Ela pareceu notar o homem ao lado da morena. — E vocĂȘ, quem Ă©? — Laura nĂŁo tinha um pingo de vergonha. Isso impressionava ElĂŽ.
— Pode me chamar de Fran — Ele estendeu a mão e Laura não tardou a agarrar.
— Pode me chamar de Laura, queridinho — Ela piscou. Fran sorriu. — E essa aqui Ă© Eloisa —A loira deu um tapinha nas costas da amiga. —, ela Ă© tĂ­mida, mas Ă© gente boa.
— Podemos ir? — Elî sugeriu e Fran prontamente fez menção para que as garotas o seguisse. E elas fizeram. Laura saltitante e ansiosa. Elî, com as mãos suando e o coração apertando.
Porque diabos ela foi aceitar o convite de Estaban se estava quase tenho um desmaio?
— Rodrigo e meninos... — Laura cantarolou assim que chegaram atĂ© eles.
— Laurita — Rodrigo ajeitou a jaqueta de couro antes de abraçar Laura. Elî quase revirou os olhos. — espero que tenha aceitado meu convite, corazon...
— Eu quase recusei na verdade — Laura começou. Fran sorriu de seu jeito e os outros trĂȘs assistiam quietos.
— Por que? — Rodrigo não estava acostumado a escutar não ou quase de mulheres.
— Porque eu não queria que minha amiga Elî fosse embora sozinha — Eloisa quase gritou com Laura. Aquela conversa de novo não....
— Bom, ela pode ir com a gente, nĂŁo Ă©? — Rodrigo foi rĂĄpido em responder. — O hotel aonde os meninos estĂŁo Ă© grande o suficiente pra mais uma, nĂŁo Ă©, Encito? — Ele virou para um branquelo que apenas encarava o diĂĄlogo.
— Ah, sim, claro que sí — Ele respondeu depois de alguns segundos. Elî se sentiu bem vinda, mas a resposta ainda era não. Ela viu de relance Esteban sorrir como se admirasse ela ser pauta do assunto.
— Dale! Vamos — Rodrigo bateu palmas.
— Só que não — Laura respondeu rápido. — Elî ainda vai pra casa, foi um longo dia de trabalho, não? — Ela olhou para a morena que apenas assentiu.
— Sozinha? Esse nĂŁo era seu empecilho? — Ele demorou para dizer a Ășltima palavra.
— Ela não vai sozinha, meu bem — A voz de Laura ganhou um tom atrevido. Elî mordeu a língua para não xinga-la.
— Eu vou deixar ela em casa — Esteban se pronunciou pela primeira vez. Ele atraiu o olhar de todos mesmo mantendo os seus apenas em Eloisa. A morena se constrangeu e quebrou o contato visual.
— Vai? — Um de seus amigos, que tambĂ©m nĂŁo havia dito uma palavra se quer, perguntou dessa vez.
— Sim, Agus, se não se importam, claro — Ele levantou as mãos e todos negaram de imediato.
— Óbvio que não — Laura disse encarando Rodrigo. — Vamos então? nós despedimos no caminho. — Elî assentiu.
Os quatro amigos saíram na frente, Fran e Agustín riam freneticamente enquanto cutucavam Esteban. ElÎ perguntou a si mesma se eles eram iguais Laura. Enzo apenas observava os meninos, ele parecia mais sério, porém ainda tinha um sorriso descontraído no rosto. Eloisa sentiu paz e calma enquanto eles caminhavam brincando. Ela soube que Laura estava em boas mãos. Mesmo Rodrigo sendo um exibido, ela sabia que nenhum daqueles homens seriam capazes de machucar Laura, seja fisicamente ou mentalmente.
Depois de caminharem pelo menos dez minutos, Laura agarrou o braço de ElÎ, em alguns instantes ela daria boa noite para a amiga. Estava feliz que ElÎ havia aceitado seu convite para o bar e estava orgulhosa que amiga havia apoiado seu encontro com Rodrigo. Afinal, significava alguma coisa pra ela.
— VocĂȘ promete me ligar amanhĂŁ de manhĂŁ e me dizer que estĂĄ tudo bem e que nĂŁo foi sequestrada e levada pra Argentina? — ElĂŽ disse assim que pararam em uma esquina.
— Haha, claro que prometo, Elî! — Laura abraçou a amiga. — Toma cuidado, e aproveita seu gringo — Ela disse baixinho. Elî a cutucou a costela da loira que apenas sorriu.
— Cuida dela ou eu te encontro em qualquer lugar do mundo! — Elî apontou para Rodrigo que assentiu assustado. A verdade era que Elî não fazia mal a uma mosca.
Os outros dois se despediram de ElÎ com sorrisos e palavras, Fran deu abraço carinhoso na morena. ElÎ ficou parada até que todos saíssem. Esteban finalmente veio em sua direção depois de trocar algumas palavras com os meninos.
— Pode ir na frente, jĂĄ que conhece a cidade melhor do que ninguĂ©m — Ele pareceu um pouco nervoso.
— É como se eu estivesse indo embora sozinha, mas com um fantasma em minha cola — Estaban riu. ElĂŽ notou que nunca havia visto ele sorrir daquele jeito. A forma como seus olhos se fechavam, quase nĂŁo dava pra vĂȘ-los. Ela precisou conter os lĂĄbios para nĂŁo dizer nada sem querer como fez no banheiro.
— Estou sendo gentil, não seja tão má. — Ele colou as mãos no bolso. Não estava frio, mas o vento gelado incomodava Esteban, mesmo que na Argentina fizesse temperaturas piores, ele gostava mesmo era do verão.
— Está com frio? —  Eloisa questionou vendo a ação do mais alto.
— NĂŁo e vocĂȘ? — Ela negou. Um silĂȘncio um tanto cĂŽmodo pairou no ar. A mente de Eloisa tentava a todo custo formular uma frase ou dizer algo estĂșpido, apenas para preencher o barulho do vento entre eles.
— Sobre aquilo que vocĂȘ disse na porta do banheiro — Esteban começou. ElĂŽ sentiu a barriga doer. —, era verdade?
Sim, era.
— Por que a pergunta? — Ela retrucou. Seus dedos estavam brancos de tanto que ela os apertava.
— Seria importante se vocĂȘ respondesse a verdade — O loiro rebateu. ElĂŽ respirou fundo antes de responder. Esteban deu a ela o tempo necessĂĄrio.
— O ponto Ă© logo ali — Ela apontou para as cinco cadeiras vazias a beira da estrada. Estaban nĂŁo pressionou, sabia que ela responderia uma hora ou outra. — Sim, era verdade o que eu disse... mas nĂŁo importa.
— Como não importa? — Ele quase sussurou. O vento ainda era mais barulhento que eles. Eram quase 21h da noite e aquela rua estava silenciosa demais.
— Olha, Esteban — Ela respirou fundo. —NĂŁo temos nada, nĂŁo somos nada pra começo de conversa... — O argentino nĂŁo respondeu. Ainda encarava Eloisa com a mesma intensidade de sempre. —, eu vi vocĂȘ naquele ĂŽnibus e foi a primeira coisa diferente que aconteceu comigo em anos. A minha vida toda tem sido o mesmo monĂłtono de sempre, a vida tem sido cinza e sem graça. — Ela deixou os ombros caĂ­rem quando chegaram ao ponto de ĂŽnibus. ElĂŽ se sentou na primeira cadeira e Estaban na cadeira ao lado. Ele ainda ouvia quieto. — Mas entĂŁo, vocĂȘ simplesmente aconteceu. VocĂȘ me irritou e me intrigou na mesma fração de segundo. VocĂȘ evaporou o cinza dos meus dias com aquela sua atitude.
Dessa vez era Esteban que estava suando. Suas mãos soavam. Ele não sabia o que dizer ou como dizer o que estava guardado em seu coração. Mas ElÎ pareceu não ter terminado. Então eles e limitou a deixar um sorriso singelo escalar.
— E entĂŁo, no outro dia, eu peguei o mesmo ĂŽnibus no mesmo horĂĄrio e adivinha sĂł? VocĂȘ nĂŁo estava — Seu tom de voz era rouco. — e entĂŁo vocĂȘ nĂŁo apareceu no outro e no outro. E depois de uma semana eu parei de me importar. Depois de um mĂȘs, eu achei que vocĂȘ fosse um invenção da minha cabeça. Seus trejeitos, seu rosto e sua voz estava estampada na minha cabeça, Estaban, vocĂȘ nĂŁo podia simplesmente nĂŁo existir! — ElĂŽ disse tĂŁo rĂĄpido que quase se engasgou. Ela puxou o ar com força. — Mas te ver hoje, depois de um mĂȘs e alguns dias, nĂŁo que eu esteja contando — Ele sorriu de novo. —, ascendeu algo em mim, novamente. Minhas mĂŁos soam, meu peito bate forte e minha barriga dĂłi de ansiedade. Eu nĂŁo sei o porquĂȘ disso. Laura diz que foi amor a primeira vista, mas eu nunca senti amor, eu nĂŁo sei o que Ă© amor. Como poderia sentir algo que nĂŁo conheço?
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llorentezete · 9 months ago
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Asiento de la suerte — Esteban Kukuriczka
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parte III
- Hm, Com licença - Outro loiro de olhos verdes tocou o ombro de Laura. A loira mais nova pulou de susto. - de Rodrigo... - Ele a entregou um pedaço minĂșsculo de papel amassado. Ainda sorrindo tĂ­mido, ele girou os calcanhares e saiu correndo enquanto batia palmas.
Os olhos de Laura quase saltaram. Ela tremia enquanto dentava desdobrar o papel.
- Ora, ora - Disse finalmente. Eloisa estava morta de curiosidade. - temos um endereço aqui...
Claro. Rodrigo estava interessado em Laura. E quem nĂŁo estaria? Ela era sorridente, sociĂĄvel, desprovida de qualquer vergonha. Era linda, altruĂ­sta, uma Ăłtima amiga e conselheira. Tinha Ăłtimos gostos pra moda e mĂșsica. AlĂ©m de tudo era esforçada e estudiosa. Laura Silva era o combo que qualquer garoto no mundo gostaria de ter.
- Eu nĂŁo vou. - A loira disse sem remorso. ElĂŽ quase cuspiu a Fanta que bebia.
- Como assim nĂŁo vai? - Estava indignada. NĂŁo recusaria se fosse um pedido de Esteban.
- NĂŁo posso te deixar voltar sozinha, vai estar tarde quando formos embora...
- Laura? O homem pela qual vocĂȘ me enche o saco a meses estĂĄ te convidado pra sair depois do trabalho - Pela primeira vez ela falava alto. - e vocĂȘ vai dizer nĂŁo por minha causa? - Laura mexeu os ombros como se concordasse - De jeito nenhum, vocĂȘ vai!
- Pera aĂ­, ElĂŽ, quando o assunto era o amigo dele, vocĂȘ se fez de desentendida, comigo Ă© diferente? - Laura cruzou os braços.
- NĂŁo tem nada ver um assunto com o outro, Esteban e eu nem nos conhecemos, aliĂĄs-
- Esteban? - Laura praticamente gritou. Eloisa cobriu a boca da amiga com as mĂŁos. Os olhos da loira dobraram de tamanho.
- Laura, pelo amor de Deus!!
- VocĂȘ sabe o nome dele!! - Ela dizia sorrindo. Talvez eu nĂŁo tenha comentado, mas Laura era cem pro cento sanguĂ­nea e nĂŁo fazia questĂŁo de se controlar. - ElĂŽ, vocĂȘs dois trocaram nomes!!
- Continua nĂŁo fazendo diferença, vocĂȘ vai encontrar o Rodrigo e eu vou pra casa, essa noite jĂĄ tirou minha sanidade....
- Um momento - La vamos nĂłs. - VocĂȘ conheceu o gringo no ĂŽnibus, pela primeira vez. - Laura fazia expressĂ”es enquanto falava. - Trocaram nomes, vocĂȘ sabe o dele e ele sabe o seu... - Continuou pontuando os fatos. - Agora, se encontram pela segunda vez, no mesmo lugar, com amigos em comum...
- Não temos amigos em comum - ElÎ respondeu com preguiça.
- Quer dizer que se por um acaso, vocĂȘs se verem novamente - Prosseguiu ignorando Eloisa. - vocĂȘs estĂŁo destinados ao outro!!
- O quĂȘ? - ElĂŽ sorriu de nervoso. Laura estava maluca. - Melhor da um tempo no whisky...
- É o nĂșmero trĂȘs, dĂŁn! - Disse Ăłbvio. - O nĂșmero do destino, ElĂŽ!
- Isso nĂŁo existe...
- Existe e vai acontecer, sĂł mais uma vez, se vocĂȘs se encontrarem, significa algo! - Cobriu a boca com as mĂŁos. Laura estava em ĂȘxtase. AtĂ© havia se esquecido de Rodrigo.
- Falta muito pra vocĂȘs dois saĂ­rem? Quero ir embora. - A bateria social de ElĂŽ estava entrando na reserva. Ela nĂŁo tinha todos o pique de Laura.
- Mais alguns minutos, quem sabe - A loira olhou para trĂĄs tentando fazer contato visual com seu encontro. Ele estava ocupado trabalhando.
- Quer saber, vou no banheiro - ElÎ fez menção de se levantar. - sozinha, Laurinha. - A amiga deixou cair seu peso na cadeira.
- NĂŁo demora e nĂŁo foge!!
- Deveria - Eloisa sussurou.
A morena saiu com um sorriso nós låbios. Ela amava Laura e amava mais ainda como a loira a fazia se sentir, feliz e importante. Como se ElÎ fosse pauta para alguém. E ela era, não só para Laura mas para Julia e Lucca, seus outros amigos.
Talvez, ElÎ tivesse medo de ser amada, ou enxergada. Ela gostava de estar no anonimato, de levar sua vida simples e sem holofortes. Estava satisfeita em ser ela mesma, sem ninguém pra engana-la ou decepciona-la.
- ElĂŽ - A morena ouviu a voz atrĂĄs de si. Estava prestes a entrar no banheiro feminino. Suas pernas travaram no lugar, ela sabia de quem era a voz. Mas nĂŁo tinha coragem de virar pra encara-lo.
- Esteban - Disse ainda de costas. Respirando fundo e obrigando a virar seu corpo para visualizar o loiro a sua frente.
- NĂŁo sabia que estava aqui e nem que conhecia Rodrigo. - Ele juntou as mĂŁos no bolso, pra se livrar do nervosismo.
- Venho aqui ås vezes com Laura, mas não conheço Rodrigo, ela sim.... eu acho. - Sorriu.
- Eles vĂŁo sair depois, vocĂȘ vai? - Esteban foi direto. ElĂŽ nĂŁo conseguiu responder. O loiro mexia com a sua cabeça. Ela encarava seus olhos dourados e sua boca fina.
- Achei que nunca mais fosse te ver... - ElĂŽ ficou branca, como um papel. Aquela frase nĂŁo deveria ter saĂ­do. Era um pensamento seu, nĂŁo algo a ser dito em voz alta. NĂŁo conseguindo se segurar, disse sem pensar e agora encarava Esteban com a expressĂŁo de pĂąnico formada em seu rosto.
Diferente dela, Esteban relaxou. Tirou as mĂŁos do bolso e respirou fundo. Ele agia na defensiva, achou que Eloisa o odiasse, mesmo que por um motivo aparentemente bobo, ele percebeu que invadiu seu mundo quando pegou seu lugar.
- Desculpe, nĂŁo era pra eu ter dito isso - Ela tirou os cabelos do rosto. - Quer dizer, nĂŁo, eu nĂŁo vou. O dia foi bem cheio e eu sĂł quero descansar.
- Posso te levar pra casa se quiser. - Tentando ignorar o comentĂĄrio anterior, para nĂŁo deixĂĄ-la mais envergonhada do que jĂĄ estava, Esteban apenas continuou a conversa normalmente.
- NĂŁo vai ser necessĂĄrio, muito obrigada...
- Podemos ir de ĂŽnibus - Ele a cortou. Suas bochechas estavam rosadas, talvez fosse efeito do ĂĄlcool.
ElĂŽ nĂŁo sabia o que dizer. O jeito como ele a encarava sem desviar estava deixando-a nervosa e sem saĂ­da.
- TĂĄ, pode ser entĂŁo - Lentamente ela começou a andar de costas atĂ© bater na porta do banheiro. - vejo vocĂȘ daqui a pouco - Virando de uma vez sĂł, ela entrou no banheiro sentindo a respiração falhar. Jogou ĂĄgua no rosto e secou repetindo pra si mesma que era apenas um cara.
Mas Esteban Kukuriczka nĂŁo era apenas um cara.
Eloisa olhou seu reflexo no espelho. Estava um caco, sofrendo por alguém que nem conhecia. As malditas borboletas no estÎmago realmente existam. Um pouco mais calma, ela saiu, esperando no fundo no coração que Esteban ainda estivesse lå. Mas não estava. E caminhando lentamente ela voltou até a mesa aonde Laura estava do mesmo jeito que havia deixado.
- Demorou, tĂĄ tudo bem? - ElĂŽ assentiu. - Eloisa? o que aconteceu?
- Como? - Tentou disfarçar.
- EU SABIA! - Laura bradou. Alguns olhares encontraram a loira com uma expressĂŁo de ĂȘxtase. ElĂŽ direcionou seus olhos atĂ© o quarteto, mas eles nĂŁo pareceram ouvir a algazarra da loira. - ElĂŽ, eu sabia, eu sabia, eu sabia... - Ela repetia escorrendo na cadeira.
- Honestamente, nĂŁo sei do que estĂĄ falando... - Se fez de desentendida.
- Porra? ElĂŽ, vai mentir na cara dura?? - Ela gesticulava. - TĂĄ estampado na sua cara! VocĂȘ viu ele de novo, pela terceira vez!
- Eu não vi ninguém, Laura, fala baixo por favor...
- Inacreditåvel, vai negar até quando? - A loira mordeu os låbios, se ajeitando na cadeira para encarar ElÎ. - Fala, o que ele disse? Algo como "ola, hermosa , que passa?: - ElÎ fez careta. - ou "cuåndo nos vamos a besar?"
- Para, ele nĂŁo fala assim, e nem fala essas coisas. - A morena estava enojada.
- Hum, achei que nĂŁo conhecia ele a tanto tempo pra fazer...
- Sei das vezes que em conversamos. - ElĂŽ deu de ombros a cortando.
Laura a encarou em silĂȘncio. Eloisa odiava quando isso acontecia. Preferia a amiga falando como um papagaio do que quieta e com os olhos focados em si.
- TĂĄ! - Exclamou. - Ele quer me levar pra casa quando vocĂȘ for sair com Rodrigo...
- ElĂŽ, ele tĂĄ muito na sua, impressionante! - Ela sorria de ponta a ponta. - E vocĂȘ nem precisa se esforçar, me ensina seu mĂ©todo de sedução.
- Não existe método, Lara, ele só tå sendo gentil...
- VocĂȘ Ă© muito inocente tambĂ©m, - Ele ajeitou seus fios loiros. - mas isso aĂ­ pode dobrar e passar para o prĂłximo, como dizem por aĂ­. É importante ter malĂ­cia com as coisas, te ajuda em muitas ocasiĂ”es. - ElĂŽ pode notar o duplo sentido em sua frase.
ElĂŽ sentiu o cansaço bater quando depois de minutos, Laura ainda teorizava sobre ela e Esteban. Pensou em largar tudo em voltar pra casa naquele instante. Mas, finalmente, ela observou o quarteto se levantar o balcĂŁo. Eles sorriam e conversavam de algo que era impossĂ­vel saber por causa da distĂąncia. Rodrigo participava da conversa, ele parecia limpar o balcĂŁo e os utensĂ­lios que usarĂĄ. ElĂŽ notou que estavam se preparando para sair. Seu coração começou a bater freneticamente. Ela sabia o porquĂȘ, sĂł nĂŁo queria aceitar.
- Acho que Ă© a nossa deixa... - Laura segiu os olhos de Eloisa, jĂĄ de levantando. - Vamos? - A morena assentiu.
Era hora de encarar a realidade.
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llorentezete · 11 months ago
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a pedidos de mais escritas com o Kuku e cumprindo minha promessa, claro, vou postar minha short fic aqui no tumblr. sĂŁo apenas 5 capĂ­tulos muito clichĂȘ romantiquinho 😛 atĂ© mais tarde
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llorentezete · 9 months ago
Note
Carol eu acho o Blas tĂŁo Peter Kavinsky😭 a personalidade Ă© parecida, queria apenas compartilhar esse meu pensamento msm e falar que eu JAMAIS perdoaria o Peter por ter dado minha xuxinha favorita pra aquela mocreia no primeiro filme
aqui vocĂȘ meio que divou 🎯
tipo, eu tenho muito a imagem do Blas dĂ­vida em dois lados âœŒđŸŒ vamos lĂĄ â˜đŸ»
ele por fora com toda a pinta de menino tĂ­mido, nerdzinho e tals, meio lowprofile, ou meio wybie de Coraline (JUROOOOOOOOO) 🕊🕊🕊 BUT que por dentro Ă© um canalha de safado đŸ‘ș desculpe mas eu tenho que falar da carinha de pilantra que ele tem 😈 cara de quem faz MIL horrores com a lobinha e quando vocĂȘ olha pra o rostinho dele, vocĂȘ pensa "naaaaaao, o blas? đŸ€” tipo, o blas, blas?, aquele com a vibe de Peter Kavinsky? đŸ«š" SIM amores, esse Blas
a carinha esconde, mas ele Ă© um PUTO ok đŸ’„đŸ’ŠđŸ’š
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