#sociedadedanevecast
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llorentezete · 7 months ago
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Aprendendo a não me desafiar! — Esteban Kukuriczka
com licença mulheres para uma breve canetada com Esteban professor de história, usando aqueles óculos de armação marrom, cabelo bagunçado e carinha de sonso.
warnings: sexo desprotegido (NÃO FAÇAM LOBAS), palavrões, espanhol meia boca, kink size (porque sim), leves tapas, não interaja se for menos de 18!, leitinho quente tirado na hora.
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Kᥙkᥙ!Tᥱᥲᥴhᥱr começaria com a reader em uma excursão pra o museu da cidade com a galera da faculdade. Esteban, seu professor, cuidou de todos os detalhes para que seus melhores alunos, inclusive você, desfrutasse do melhor do museu. Com direito a entrarem em salas privadas.
Kᥙkᥙ!Tᥱᥲᥴhᥱr ficaria louco desde que te viu entrar no ônibus com aquela mini saia branca que deixava suas coxas a mostra. Os meninos do fundo observavam você caminhar igual uma barata tonta pelos corredores, sorrindo para as quatro paredes de emoção. Kuku sentiu o sangue ferver de ciúmes. Quer dizer, vocês já haviam ficado algumas vezes, mas não era nada sério, ele será só o seu professor de história gostoso.
Kᥙkᥙ!Tᥱᥲᥴhᥱr tentaria resistir ao máximo, dando sua palestra com os olhos focados em você e uma carranca significa que faria você tremer na base apenas de imaginar ele vindo em sua direção. Kuku começaria falando sobre o tema, e então, seu olhar desceria a suas pernas e coxas grossas prensadas na sainha branca. Ele salivaria.
Kᥙkᥙ!Tᥱᥲᥴhᥱr liberaria os alunos e palestrantes para andar livremente pelo museu, fazer observações e anotações. Você iria toda vez para as obras de Da Vince quando sentiu seu braço ser puxado com força. Seu rosto colocou no peito do mais alto. Ah, sim, ele era bem mais alto que você. Precisava erguer a cabecinha e levantar os olhinhos para encontrar ele com aquela carinha de pobre coitado, mas que no fundo, queria te comer na vista de todos.
Kᥙkᥙ!Tᥱᥲᥴhᥱr vai enrolar todos os outros com a sua dúvida específica que só pode ser tirada na sala privada para professores, é claro. Ele vai te arrastar pra dentro sem deixar você dar um pio em contestação. Vai te jogar em cima da mesa, tomando cuidado pra não derrubar os artefatos de quase mil anos, vai puxar seu quadril e de dar um tapa considerável na bunda. Esteban vai deitar sobre você, roçando o pau duro em sua entradinha, sussurrando no seu ouvido o qual ferrada você estava por ter escolhido aquela saia pra ver ele.
Kᥙkᥙ!Tᥱᥲᥴhᥱr vai te posicionar bem rente a mesinha, levantar sua sainha tendo total visando de sua bunda. Kuku vai ficar um animal quando ver sua calcinha de renda branquinha manchadinha de sua lubrificação. Vai levar os dedos até sua buceta inchada e dizer algo como "ysi descubren que eres una perrita con tu profesor?" e isso te faz se esfregar ainda mais no volume entre as calças de Esteban.
Kᥙkᥙ!Tᥱᥲᥴhᥱr te forçaria contra a mesa, fazendo seu rosto bater contra o vidro frio. Você conseguiria ouvir ele abrindo o próprio zíper da calça e abaixando ela o suficiente para te alcançar. Kuku passaria a cabeça rosinha do seu pau sobre a sua buceta inchadinha e molhada, te arrancando suspiros. Logo, ele te daria um tapa forte na bunda, te obrigando a ficar muda "una palabra y te dejo aquí sin nada", é o bastante pra você assentir já sem emitir som. Sorrindo de seu desespero, ele meteria me devagarinho, te fazendo sentir cada parte do seu pau grande te alargando. Remexeria o bumbum tentando ter mais contanto enquanto sua boca formava um "o", o que deixaria Esteban mais louco, "você implora como uma virgem, cariño".
Kᥙkᥙ!Tᥱᥲᥴhᥱr saberia que não tem todo o tempo do mundo, então aumenta a força das estocadas, metendo em você tão forte que a mesa embaixo de si começaria a ranger, mexendo os artefatos pra lá e pra cá. Kuku puxaria você pelos cabelos, te colando no peito dele. Você soltaria um gritinho de susto e ele te enforcaria de punição, de fazendo ver estrelas e ao mesmo tempo perder o ar. Seu corpo ficaria mole e sua bucetinha começaria a apertar o pau de Esteban imediatamente. "esto es para que aprendas a no desafiarme más." ele metia com tanta força que assaria o meio de suas pernas. Sentiu um grito fino querer sair quando Kuku foi extremamente fundo, seus pés mal tocando o chão. Você gozaria em segundos, depois que ele maltratou seu clitóris com o dedão. Seu gozo foi tão intenso que o aperto de sua buceta deixou Esteban fora de órbita. Ele gozou como um adolescente precoce, gemendo seu nome e se agarrando a você.
Kᥙkᥙ!Tᥱᥲᥴhᥱr te daria o melhor beijo da sua vida, apenas pegando no seu queixo e te virando. Ele daria mais algumas estocas, sentindo a cabecinha do seu pau sensível, então ele sairia lentamente de você, enquanto sua porra escorria pelas suas pernas bambas.
Kᥙkᥙ!Tᥱᥲᥴhᥱr vestiria suas roupas, fecharia seu zíper e te deixaria na sala, ainda empinada, acabadinha, com a porra quente dele vazando de sua buceta, que diga-se de passagem, era uma visão e tanto, se ele não precisasse ir, te fuderia de novo. Sua boquinha aberta e os olhos espremidos. "mucha suerte cuando volver, mi amor" ele vai sorrir e fazer a maior cara de sonso que conseguir, fechando a porta e voltando a dar aula como se nada tivesse acontecido.
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llorentezete · 5 months ago
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Pensando em você — Esteban Kukuriczka
warnings: +18(NÃO LEIA SE FOR DE MENOR) dedilhado(fem), menção a sexo sem proteção(NAAAAAAAAO), size kink(porque sim), degradação.
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Esteban estava deitado em sua cama enquanto lia um livro qualquer sobre filosofia. Seus olhos curiosos e presos mas páginas ao menos te notaram quando você entrou no quarto vestindo apenas uma camiseta branca estampada dele e sua calcinha de florzinhas. Chegou silenciosa, segurando a ponta da camiseta pelos dedos, entortando ela nas pontas brancas pelo esforço. Precisou chegar vem perto dele para então o mais velho de olhar. Ele ergueu os olhos sobre os óculos marrons. "Kuku", você o chamou manhosa. Ele automaticamente abaixou o livro e retirou a armação. "que pasó bebé?", ele colocou o livro encima da mesinha e cama e levou a mão na sua cintura, entrando por baixo da camiseta. Nesse momento, você estremeceu pelo toque dele em sua pele quente. Um gemido sofrido quase saiu de seus lábios, porém, Esteban notou isso.
Você apertou o pulso dele sobre sua cintura. Kuku levantou um pouco a camiseta pra ver o que você escondia, e um sorriso maliciosos pintou seu rosto. Sua calcinha de florzinhas rosas estava manchada com sua lubrificação, tão melada que seguia uma faixa do seu clitóris até seu buraquinho apertado, o qual Esteban tão amava. Suas bochechas ganharam um tom rosado quando ele olhou nos seus olhos. "Porfa" você sussurou. "Carajo cariño..." foi tudo que ele disse. Mordendo os lábios, ele abaixou sua camiseta e se ajeitou na cama. "Preciso do seu pau" você disse, descaradamente. Esteban amava o seu lado mais solta e sensual, mas o outro lado manhosa e sedenta por pica, era o favorito dele.
"Senta aqui", ele abriu as pernas e deu batidinhas no colchão pra você se sentar. Se acomodando com as costas no peito dele, sentiu os pelos arrepiarem quando Esteban passou as mãos sobre seus seios, o apertando seu dó alguma, ele sabia que você gostava. "Eres una perrita, sabías?", ele sussurrava junto aos seu pescoço, mordendo e lambendo. "Soy tu perra" você devolveu na mesma moeda, fazendo ele agarrar seu rosto e te beijar da forma mais lascívia possível. Os dedos dele começaram a escorregar por sua barriga, descendo até sua calcinha encharcada, passou o indicador até descer no seu buraquinho e voltou para seu ponto inchado. Estendendo a mão, ele mostrou pra você seu próprio melzinho, escorrendo pelas juntas dele e melando os dedos. "No que você pensou pra ficar assim, bebé?" Perguntou com a voz arrastada. "No seu pau, papi", disse olhando nos olhos dele. Notou a pupila dilatada de Esteban, como o corpo dele reagia ao tesão transbordante que estava sobre você.
Sem tardar, ele arrancou a camiseta, a jogando em qualquer lugar do quatro e deslizou a calcinha encharcada pelas suas pernas morenas. Esteban te deitou novamente sobre o peito dele e abriu suas pernas, te deixando exposta pra ele. Você sentiu o vento gelado do quarto bater contra sua buceta meladinha. Fechou os olhos quando sentiu de novo os dedos do argentino te encontrarem, agora sem o pano da calcinha te separando do prazer. Ele começou lento, apenas te melando ainda mais, espalhando sua lubrificação por toda a extensão da sua buceta, melando até sua coxa. Esteban beijava seu pescoço, deixando chupoes vermelhos que tardariam a sair. Seus quadris começaram a se mexer sozinhos quando o dedo dele ameaçava entrar em você e logo saia novamente. "Kuku, por favor", você choramingava. Ele sorria bem rente a sua orelha. O indicador indo e voltando, os sons molhados preenchendo o quarto, seus suspiros sofredores saindo quando ele chegava até o fim e voltava novamente.
Já estava pulsando quando ele finamente entrou em você, deixando um gemido sair junto ao seu, mostrando que aquilo era tão excitante pra ele quanto pra você. Em ritmo lento, a outra mão dele controlava sua cintura, que teimava em seguir mais rápido. "Cálmate, corazón... quero te foder bem lentinho primeiro" Você gemeu arrastado quando ele inseriu mais um dedo, te maltratando bem lentinho. Em suas costas, você sentia o membro duro dele bater em você. A fantasia do pau enorme dele te alargando, fez você ficar ainda mais melada, e os dedos de Esteban entraram com muito mais facilidade, obrigando ele a colocar um terceiro dedo, que pela surpresa, te arrancou um gemido alto e forte. "Eso... puta, geme por mí", suas mãos finalmente começaram o ritmo rápido, segurando fortemente sua cintura. O nome de Esteban saia de sua boca como uma oração precisa. Seus lamentos e deleites eram como música pra o mais velho.
Você estava perto, ele sentiu pela sua bucetinha que começou a apertar os três dedos dele, fazendo –o ir muito mais rápido, com o dedão ajudando e pressionando seu clitóris sensível. Com esse hiper estímulo, mais a língua dele lambendo seu pescoço e ora deixando palavras sujas e te chamando dos nomes mais baixos possíveis, você gozou fortemente, tremendo sobre os dedos do argentino. Suas pernas literalmente dançavam na cama, suas mãos agarraram os lençóis e o grito que cortou sua garganta foi tão alto que provavelmente algum vizinho escutou. Kuku finalizou seu showzinho dando alguns tapinhas em sua buceta sensível. Os dedos melados e pingando foram levados até a sua boca, aonde você chupou como se fosse o pau rosado do argentino.
"Agora seja uma boa vadia e se ajoelha pra mim, bebé" Limpando suas lágrimas, ele te colocou na quina da cama, de quatro, com o rosto rente ao seu pau que sofria no aperto se seu samba calção. "Me chupa porque eu to doido pra pintar seu rostinho com porra" você sabia que tudo que Esteban falava, ele cumpria.
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llorentezete · 6 months ago
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NAO DA 🕊🕊🕊🕊🕊 eu imagino tanto ele enfiando minha cara na parede enquanto me fode por trás QUE ODIO ⚰️⚰️⚰️⚰️ essa carinha dele meu Deus 👺👺👺👺 tesao de MIL anittas
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llorentezete · 6 months ago
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não aguentei, tive que fazer o kuku versão this charming man + the smiths
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llorentezete · 6 months ago
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Dia de reparo — Enzo Vogrincic
peço licença a todas as lobas desse site para uma singela e humilde canetada de Enzo Vogrincic mecânico, inspirada nessa outra canetada aqui. 😛👏🏼 a pedido de @lacharapita
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Acontece que você trabalhava perto de um conjunto de oficinas, sempre que você passava de manhã, via Enzo debruçado em algum carro, com a cara enfiada no capo. Você gostava de observar a pele dourada dele, os fios de cabelo que caiam no rosto, os braços explodindo naquelas regatas marrons e as veias a mostra. Prestava atenção nos detalhes das mãos dele, quando agarrava com força a lataria do carro, conseguia notar os anéis em seus dedos, destaque para a falta deles no anelar e no dedo do meio, sua mente viajava, imaginava ele te dedando enquanto você empinava a bunda pra ele no capo daquela Mercedes preta na garagem. Mas isso era apenas imaginação. Você achava que Enzo era serio demais pra isso, já que ele sempre desprezava as mulheres que jogavam charme pra ele. Como você sabia disso? simples, sua janela do escritório era de frente com a oficina dele.
Seu olhar já era familiarizado com o do Uruguaio, mas você (le‐se tdah) nunca percebeu. Enzo mordia os lábios sempre que te via naquela saia tubinho, com a camiseta branca transparente mostrando seu sutiã cor da sua pele. Você mexia com a cabeça dele (digamos a de baixo). Já era a segunda vez na semana que ele precisava ir até os fundos, no banheiro, bater uma enquanto te imaginava engolindo todo o seu pau. Na real, ele nem ficava vermelho quando te cumprimenta na rua depois de uma punheta com você sendo a motivação.
Porém, o tesão que habita em vocês dois estava quando precisando de um mega fone pra gritar, bastou ele ser chamado no seu prédio pra fazer manutenção em um dos aparelhos, que você quase caiu pra trás vendo ele debruçado na máquina justo na sua sala. Você fingiu uma tosse de leve, fazendo ele olhar pra trás com os fios pretos caídos nos olhos. Você suspirou baixo. Enzo te cumprimentou e prometeu que seria breve. "fique o tempo que precisar", você disse da forma mais cachorra que conseguiu. Você não viu, mas Enzo deu uma bela olhada em sua bunda apertava quando você passou por ele.
Sentando em sua mesa, você cruzou as pernas fazendo o rasgo dela subir por suas coxas, o uruguaio quase babou com a visão. Não conseguiu disfarçar e você pegou ele no pulo te olhando enquanto apertava um parafuso. Enzo sorriu TÃO cafajeste que você quase gemeu em aprovação. "porra, bebita, assim não dá" ele disse arrastado, largando a chave de fenda e fechando os olhos. Você perguntou o que havia acontecendo, usando seu tom calmo e sugestivo. Enzo apenas te lançou um olhar de luxúria. Foi um olhar diferente do 🥺 era algo mais safado e com intenções. Ele caminhou até sua mesa e parou na ponta cruzando os braços. Você o encarou em expectativa, estava ansiosa. "Vem aqui, agora" ele apontou pra onde estava. Você, como uma bela cadela, obedeceu instantaneamente (ele guardou esse detalhe). Quando chegou na frente dele, o uruguaio te segurou pelos ombros te fazendo abaixar a altura do membro dele. Você salivou por já imaginar o que viria a seguir. "Seja uma boa cadela obediente e me chupa bem gostoso" Bastou aquelas palavras pra você começar a desfazer o zíper da calça do mais velho.
Enzo segurou os dois lados da mesa com as mãos, te dando total autoridade pra fazer como quisesse. Suas mãos, suadas de tesão e nervosismo, agarraram o pau grande e grosso de uma vez só. Você começou pequenos movimentos com as mãos, observando as expressões de Enzo mudarem. Quando você abocanhou o pau rosadinho do uruguaio, ele não aguentou, todas as suas fantasias de você pagando uma pra ele vieram a tona. O barulho de sua garganta indo fundo, fizeram ele mover os quadris, querendo mais contato de alívio. Você também começou a gemer contra o pau dele, levando tudo que conseguia, vez ou outra, passando a ponta da língua bem na cabecinha, apenas pra ouvir o gemido mais grosso dele.
Você sentiu que ele estava quase lá quando agarrou seu cabelo com a mão direita e te fez ir muito fundo, tão fundo que seus olhos lacrimejaram e você engasgou. Claro que isso pra ele foi completamente erótico, ele fez de novo, se deliciando enquanto fodia sua boquinha sem piedade. Os sons profanos de você se engasgando enquanto gemia eram música pra os ouvidos dele. Quando Enzo gozou, fez questão que você engolisse toda a porra dele enquanto sussurrava "que você era uma puta muito boazinha que gostava de engolir pau".
Você estava acabada, encharcada, com a buceta inchada de tanto tesão, com porra do Enzo escorrendo pelo canto da boca e os olhos cheios de lágrimas. Enzo te colou de pé e te beijou, sentindo o próprio gosto salgado em sua língua. Enquanto ele aprofundava mais, passou os dedos que você tanto sonhou no seu clitóris inchado, te fazendo gemer pelo susto. Ainda por cima da calcinha você estava tão melada. Era quente e escorregadio, Enzo nunca quis tanto enfiar os dedos em você. Porém, seu celular começou a tocar, indicando que era seu chefe na tela.
O uruguaio se separou de você, te deixando mole e com mil tesões, pegou sua caixa de ferramentas e saiu sem te olhar. Quando estava quase na porta ele te olhou dizendo "espero que outra maquina quebre, assim posso te colocar de quatro nela e te fazer esquecer o próprio nome" ☝🏼👏🏼
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llorentezete · 6 months ago
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Menos Que Nada. — Agustín Pardella
Capítulo I
S: Isabela Barrios começaria uma vida nova em Soho, Inglaterra. Cursando moda e aproveitando o melhor da cidade, ela encontra pequenas pedras. em seu caminho. Um argentino com ódio a primeira vista e um assassinato no campus.
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Soho. Bela podia sentir o ar entrando por suas narinas. Não era o melhor odor, convenhamos, mas o centro da cidade pulsando em uma noite de sábado faria qualquer um se derreter. As luzes, as pessoas, a música, o sotaque. Tudo fazia Isabela suspirar enquanto encarava qualquer comércio com brilho nos olhos. Era apenas o segundo dia que a Argentina estava em solo inglês e ainda havia inúmeras atividades em sua lista. Andar de bicicleta, tomar chá exatamente às 4 da tarde, fazer comprar, checar seu material de costura, linhas novas e outras mil coisas. A verdade, era que morena colapsaria a qualquer momento. O fascínio por moda e música a trouxe em um dos melhores lugares para tal.
Bela ajeitou o casaco preto peludo que vestia. Fazia frio naquele sábado e por mais que a Argentina fosse gelada, nada se comparava ao frio da Inglaterra. Voltando pra casa, com um cachorro quente na mão e muitas sacolas na outra, Isabela estava a 9 minutos de sua Faculdade. British Academy of Fashion Design, pra ser exato, o sonho de muitos aspirantes a moda. A morena se atrapalhou enquanto buscava seu telefone para uma self. Levantando seu pão sem recheio e com apenas uma salsicha, ela sorriu para a faixada da escola enquanto seus fios marrons voavam. A foto perfeita para a amiga perfeita. Não precisou de muito esforço para achar o contato de Nina fixado em seu celular. Enviou a imagem com emojis de corações, choros e estrelas. Nada podia representa-la melhor.
Bela dava passos largos até chegar no hotel que estava hospedada. Seria apenas aquela noite e no dia seguinte, ela estaria em um dormitório de alguma fraternidade. A adrenalina de estar em um lugar como esse a deixava extremamente energética. Subiu as escadas correndo até chegar no quarto 13B. Se atrapalhou com a chave mas no fim, conseguiu girar a maçaneta. Isabela deixou as sacolas de lado e começou a pensar em seu outfit para o primeiro dia de aula. Ela sabia que a faculdade recebia inúmeros talentos promissores, então se ela quisesse impressionar alguém, deveria começar com o pé direito.
No entanto, a argentina escolheu uma saia preta curta e meias também pretas, porém grossas por conta do frio. Uma camiseta gola alta branca e com pequenas pedras brilhantes em lugares específicos. Estas, que Bela havia confeccionado por si mesma em seu ateliê em Buenos Aires. E para finalizar, um sobretudo preto. Elegância e conforto. A morena sentou-se na cama encarando as opções de calçados. Coturno preto, sapatilhas brancas ou mocassins pretos. Depois de fechar os olhos e imaginar seu outfit em sua cabeça, ela escolheu os mocassins. Sorrindo satisfeita, ela se despiu e encheu a banheira. Nada melhor do que um banho quente para relaxar.
Isabela perdeu a noção do tempo nas águas quentes e aromáticas. Deu um pulo quando sentiu a pele bronzeada arrepiar, dormiu por pelo menos uma hora. A argentina se levantou arragando seu roupão e enlaçando ele por seu corpo molhado. Bela sentiu um fio exagerado quando saiu do banheiro, procurou a passagem de ar e então notou a janela do quarto aberta. As cortinas dançavam com o vento e o zumbido do ar indo e voltando preencheu o quarto. Ela correu fechando o vidro com força e tracando em baixo, enquanto dava uma boa olhada no quarto. As bolsas estavam no lugar, sua roupa também, impecavelmente dobrada no baú da cama. Seus pertences estavam no mesmo lugar e se não fosse pela pequena folha lamacenta perto da cama, Isabela podia jurar que estaria ficando louca. Alguém esteve em seu quarto. Ela verificou a porta e garantiu que a mesma ainda estava trancada.
Descendo as escadas em silêncio, ela chegou ao térreo, aonde o quarto do dono ficava. Bela deu duas batidas na porta, mas nada aconteceu. Ela sabia que ele estava lá dentro, uma música suave como vinda do rádio, escapava pelas brechas da porta marrom. E quando a argentina estava prestes a se virar e ir embora, um barulho de tranca a fez olhar para trás. O senhor de cabelos brancos estava parado na patente, enquanto abraçava seu suéter bege.
— Pois não? — Ele disse ajeitando os óculos.
— Olá, me desculpe incomodá-lo a essa hora... — Isabela pronunciou ainda meio desacostumada com o idioma. — Acho que alguém esteve no meu quarto.
— Como disse? — O senhor deu um passo a frete como se não acreditasse em suas palavras.
— Eu disse "acho que alguém esteve em meu quarto!" — Respondeu mais alto.
— Quando?
— Não sei ao certo, adormei na banheira e quando voltei, a janela estava aberta e tinha isso no chão. — Ela levantou a folha a altura de seus olhos.
— Tem certeza que você não a deixou aberta? — Ele parecia tranquilo.
— Eu me lembraria se tivesse, Senhor Stones. — Seu tom foi mais duro.
— Alguma coisa faltando? — Bela negou. — Bom, minha jovem, esse prédio tem mais de oitenta anos, as portas destrancam sozinhas, a madeira range, as torneiras perderam o aperto e as janelas podem abrir sozinhas com o vento.
Isabela o encarou de boca aberta. Não podia acreditar nas palavras que escutara. E também, sabia que era perca de tempo argumentar com um senhor de idade.
— Tem razão, a folha deve ter entrado pela janela aberta com o vento. — Ele assentiu. — Perdão por incomodar, tenha uma boa noite.
— Você também! — Isa ao menos olhou para trás. Seu sangue fervia.
Barrios voltou em passos firmes até o quarto e bateu a porta. Por um segundo, ela começou a se perguntar se realmente estava raciocinando ou se Stones estava certo. Perdida em seus pensamentos, ela se deitou e só depois deu conta de que estava de roupão. O rubor subiu em seu rosto, esquentando suas bochechas. Tentou fechar os olhos ou imaginar seu primeiro dia no campus, mas não podia. A ideia de ter alguém entrando no seu quarto a perturbava. A argentina levantou, pegou a poltrona que ficava do outro lado do quarto e a posicionou enfrente a janela. Agarrou um dos lençóis firmes da cama e enrolou em seu corpo. Com os olhos vidrados no lado de fora, Isabela aguentou alguns minutos, quando então, começou a pescar sem perceber. Sua cabeça pendia para a direta e esquerda e ela acordava de supetão. Uma hora depois, Barrios havia adormecido na poltrona branca, com a folha entrelaçada em seus dedos e o reflexo da lua em seu rosto.
[....]
Os raios de Sol clareavam o quarto bagunçado, mas não era o bastante para aquecer, ainda era extremo frio e seco. A cabeça de Isabel deu um solavanco grande pra trás, fazendo a mesma acordar repentinamente. A morena pulou da poltrona largando o lençol no chão. Isa demorou alguns segundos para se lembrar aonde estava, deu uma bela olhada ao seu redor e então, depois de retomar a consciência, ela correu para sua bolsa buscando seu telefone. Quando desbloqueou o aparelho, Isabela deixou um fino grito preencher o apartamento. Estava atrasada. Graças aos céus eram apenas nove minutos até a faculdade, mas ainda sim, chegar atrasada em seu primeiro dia era extremamente terrível.
Barrios vestiu sua roupa que estava perfeitamente dobrada no baú como na noite anterior e saiu esbarrando em vários objetos pelo caminho até achar sua bolsa da faculdade. Correu para o banheiro e terminou tudo em menos de dez minutos. Pensou em como arrumaria o quarto já que se mudaria naquele mesmo dia, mas preferiu deixar tudo pra depois da aula. Ela pegou as chaves e saiu o mais rápido que pode, trombando com uma mulher no corredor e ouvindo protestos dos moradores de que era proibido correr. Ela sabia das regras, Richard Stones passou quase meia hora discorrendo todas a ela e ainda as enviou por email.
Mesmo estando frio, Bela sentiu uma fina camada de suor descer por sua testa a medida que corria em direção as ruas da faculdade. Quase se mordeu ao parar um minuto no sinal. E quando finalmente pisou na calçada do campus, ela soltou um grande suspiro de alívio. Era, definitivamente, muito bom estar naquele lugar. A satisfação em seu rosto a deixou mais confortável e confiante. Haviam muitas pessoas andando de um lado para o outro, subindo e descendo escadas, rindo e conversando. Isabela não via a hora de ser como eles. Remexeu em sua bolsa procurando o papel com o número de sua sala gravado nele. Assim que achou, o desdobrou com cuidado enquanto ainda estava at��nita observando as pessoas e o lugar. Barrios mal sentiu quando o papel voou de suas mãos. Ou melhor, foi tirado delas. Ela se virou abruptamente procurando alguém e o encontrou.
Encostado na parede a esquerda e com uma roda de pelo menos cinco meninos rindo com ele. O loiro tinha o papel de Isabela nas mãos. Ele o lia com um sorriso despretensioso. A morena conhecia aquele tipo, ela apenas deixou um sorriso nasal sair e andou calmante até ele. A roda instantaneamente se abriu quando ela passou. O homem permaneceu na sua posição sem mover um fio. Barrios cruzou os braços em sua frente. Quando ela percebeu que ele não diria nada, gemeu em frustração.
— Pode devolver? — Ergueu a palma da mão. O loiro franziu o olhar. Ele a encarava buscando intimidar de qualquer jeito.
— De onde você é? — Bela pode sentir seu sotaque forte.
— Buenos Aires — A morena mal havia terminado de falar e o homem gargalhou. Todos ao seu redor gargalharam. Isabela estava confusa. — Pode me dizer qual é a graça?
— Claro, hm — Ele olhou o verso do papel. — Isabela — Deixou o nome dela escapar pelos lábios. — parece que somos compatriotas, chiquita.
Barrios não acreditou quando aquele apelido atravessou seus ouvidos. Estava ferrada.
@lacharapita @idollete @creads @interlagosgrl @imninahchan @yoonstaxr postei, se vocês quiserem ler 😛
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llorentezete · 5 months ago
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vem aí ☝🏻 smut +70 do Kuku no cenário "festa da empresa" 💰💳 oh delícia 🤤 pode ir me botando 🫡🕊🤪
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llorentezete · 6 months ago
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então lobas 😛 estava eu pensando em um cenário aonde você ta morrendo de tesão, com necessidades bucetisticas e tá voltando pra casa com o Kuku. Você passou o caminho todo se contorcendo, até ele perguntar se você tava bem e você responder com um "sim" fouxo. Cada acelerada ou lombada que passava, levava vibrações gostosas pra sua bucetinha carente.
E como eu adoro ressaltar, Esteban tem aquela carinha de burrinho, porém de burrinho não tem nada. Te conhecendo e sabendo a safada que você é, ele vai deixar a mão direta dele cair na sua perna esquerda, apenas pra te deixar mais sedenta. Vai começar a fazer pequenos carinhos indo e voltando e você vai se estreitar ainda mais.
Até que chega uma hora ☝🏼 aonde não é possível mais aguentar e você vai soltar um "Esteban para o carro". Ele vai te olhar meio assustado pelo tom que você usou, porém com um sorriso ladino escapando de seus lábios. "Que pasó? bebita?", seu olhar cínico cai sobre o seu. Você vai explodir e pedir pra ele te foder ali mesmo. Só que ele vai jogar com você, vai te pedir pra ser mais clara enquanto para o carro em uma rua deserta e retira o cinto, ajeitando o pau já duro na calça preta. Você cansa e finalmente pede pra ser fodida, com as palavras certas e ele zomba porque achou que você dormiria sem pedir pica😢
Na mesma hora ele te coloca pra quicar no pau dele enquanto geme no seu ouvido, te chamando de putinha carente que implora e chora pra levar pirocada. E, a cada xingamento, tapa na cara e na bunda, era um gás a mais pra você cavalgar nele como se sua vida dependesse daquilo. você adorava a forma como o pau melado dele se encaixava perfeitamente na sua buceta quente e apertada🫦
Esteban gemia quando você ia mais fundo. e claro, você não ficava pra trás, sua garganta amanheceria dolorida pelos gritos e pelo aperto dele. com uma mão, Kuku te prensava no volante, enquanto a outra, apertava sua cintura. Ele encarava o fundo dos seus olhos enquanto metia e dava tapa em sua cara cada vez que você fechava os olhos ou desviava o olhar. Antes de gozar, ele te dá uma bela aula de como chupar seus peitos até os biquinhos arderem. quando ele levantar, um fio de saliva vai ligar ele ao seu peito. Com essa cena e as estocadas fundas e molhadas, você goza seguida dele, enquanto sente a porra quentinha bem no fundo da sua buceta☝🏼👺👏🏼
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llorentezete · 7 months ago
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Olá, eu vou começar a escrever oneshots com o cast de sociedade a neve! Aceito pedidos, embora já tenha alguns prontos, espero lançá-los ao longo da semana. O idioma principal será em português 🇧🇷
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llorentezete · 7 months ago
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Assento da sorte — Esteban Kukuriczka.
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Capítulo — 1
Warnings: nenhum.
Info: eu dei um nome a personagem porque pra mim é estranho escrever uma fanfic com SN, mas por favor, imaginem outro nome se quiserem.
Sinopse: Eloisa sempre pega o mesmo ônibus todos os dias, mas naquela sexta feira nublada, ela encontrou alguém diferente sentado em seu lugar.
Contagem de palavras: 1.606
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As mão de Eloisa apalparam a mesinha de cama até encontrar o despertador. Estava menos barulhento do que o usual, haja vista que lá fora o mundo parecia desabar a qualquer momento. Seus olhos se abriram depois de alguns minutos. O despertador já estava desligado e agora as nuvens escureciam o pequeno quarto de seu apartamento. Elô decidiu que precisaria levantar ou perderia seu ônibus.
A verdade é que morena odiava acordar cedo, era a primeira coisa de sua lista top coisas que odeio fazer, e ela pontuava com frequência. Arrastando-se para o banheiro, seu banho durou menos do que o esperado, já que a água não esquentava e o frio lá fora não ajudava. Bufando, ela vestiu roupas quentes e confortáveis, seria um longo dia de trabalho.
Buscando suas chaves e seu guarda-chuva, ela perdeu mais cinco minutos do usual. Atrasos não era frequentes na vida de Elô, mas ela alguém que perdia a noção do tempo muito rápido. Como quando estava prestes a sair mas brincava com o gatinho preto da vizinha do vinte e dois. Um estrondo do lado de fora a fez perceber que já deveria estar no ponto de ônibus. Apertava freneticamente o botão do elevador, mas se lembrou das palavras do síndico Marcelo, que era um querido, e disse que em casos de chuva e raios, é proibido o uso do elevador ou qualquer parte elétrica do prédio.
Sem pensar duas vezes, mas praguejando, Eloisa desceu as escadas correndo, hora ou outra ela pulava de duas em duas ou três em três. Poxa vida, era uma sexta feira nublada, fria e possivelmente chuvosa. Não era assim que que pretendia acabar sua semana de trabalho. Elô passou pela recepção como um raio, apenas gritou bom dia para Marcelo que se assustou e quase largou as caixas que segurava no chão. Pelo contrário da maioria dos síndicos, Marcelo era novo demais pra aquela função, ao menos era o que Eloisa pensava.
Suas pernas curtas corriam o mais rápido que podia. O vento fazia seus cabelos grudarem no rosto e seus óculos escorregarem, mas ela não tinha tempo de arrumar-los. Apenas se concentrava em chegar no ponto e pegar seu ônibus. Correndo contra o tempo, foram quatro minutos de desespero até ver a sombra de seu ônibus vindo em sua direção. Ela não chegaria a tempo, mas para sua surpresa, o ônibus desacelerou e parou completamente. Eloisa continuou correndo até chegar perto o bastante para andar. As portas automação se abriram e Lúcio sorria para a garota.
— Pensei que não viria — O motorista disse. Lúcio estava acostumado a ver Eloisa todos dias.
— Eu perdi a hora, por pouco — A morena ajeitou a bolsa que caia de seus ombros.
— Sorte que te vi correndo como uma maluca — Eles sorriram.
— Valeu mesmo, Lu — Elô deixou uma expressão de gratidão escapar enquanto passava seu cartão para tarifar sua passagem.
Ela guardava o cartão que acabara de usar na carteira e seus pés se moviam sozinhos para o mesmo lugar de sempre. Era no meio do ônibus, o assento da janela, aonde ela podia ver a rua sempre que seus olhos desviavam de um dos seus livros. Porém, dessa vez, seu sorriso se desfez quando ela o viu pela primeira vez.
Sentado em seu lugar, o rapaz parecia tirar uma soneca das boas. Sua cabeça caia lentamente para frente, mas ele voltava sem ao menos acordar. Elô notou seus cabelos loiros escuros, vez ou outra escorregando por sua testa, as sardinhas em suas bochechas pálidas e seus lábios finos. Ele parecia muito sereno e também era muito lindo. Com um abanar de cabeça, ela jogou longe o último comentário.
Seus dedos gélidos cutucaram a bochecha do homem que ainda dormia. Ele pareceu não sentir o toque. Eloisa o cutucou novamente, dessa vez mais forte e ele apenas resmungou algo incoerente. Do outro lado, o ônibus parava em outro ponto e outras pessoas subiam. Elô não teve escolha a não ser se sentar ao lado do desconhecido.
Ela tocou seu ombro quando se sentava de forma desajeitada, não por querer, mas porque o ônibus se moveu inesperadamente. Dessa vez, o impacto foi suficiente para o homem acordar. Ele abriu os olhos lentamente e limpou a boca por precaução, não queria sua baba escorrendo por aí. Ele notou Elô o encarando sem expressão e se endireitou no banco.
— Hm... oi, bom dia — Ele disse um pouco sem graça sobre o olhar da morena.
— Bom dia, esse lugar aí é meu — Elô sempre foi direta com as pessoas. Era seu defeito.
— Como? — O loiro pareceu não entender. Deixou um sorriso escapar. Elô estava atenta a isso, mas desviou os olhos em uma fração de segundos.
— Esse lugar aonde você tá sentado — Ela apontou pra ele —, é meu. Eu sento ai todos os dias por quase dois anos! — Ela gesticulava com drama.
O rapaz a sua frente a encarou da mesma forma que foi encarado, sem expressão, com a boca um pouco aberta. Estava processando a informação recebida. Sua mente se negava a acreditar no que estava ouvindo.
— Espera, o que? — Ele negava. — O ônibus tá quase vazio.
— Não importa, esse é meu lugar favorito! — Elô rebateu.
— Ei, não estamos no quinto ano. — Ele respondeu sem sorrir dessa vez. Eloisa sabia que estava sendo infantil, mas não ligava. Era seu lugar sagrado.
— Olha, você pode só trocar de lugar comigo e tá tudo certo. — Ela se levantou com uma expressão esperançosa. Segurava firmemente sua bolsa. Mas o homem não levantou, ele ao menos se mexeu.
— Mas eu cheguei qui primeiro! —Ele mexeu os ombros como se fosse óbvio.
— Moço por favor, esse lugar é praticamente meu, todo mundo senta no seu lugar — Ela apontou, discretamente, para algumas pessoas a sua volta.
— Primeiro, meu nome não e moço, é Esteban e segundo, eu não vou sair do meu lugar público — Deu ênfase na palavra. —, só porque uma adolescente mimadinha quer! — Cruzou os braços enquanto fechava os olhos.
— Só pode ser piada... — Elô conseguiu notar o sotaque forte que ele tinha quando pareceu mais nervoso, porém não disse nada. — Olha só, Esteban, sei que não está dormindo e pra o seu governo, eu não sou uma adolescente e muito menos mimada. — Ela bateu o pé nervosa.
— Não é o que parece! — Ele sorriu sugestivo para o ato da morena. Ainda com os olhos fechados, ele se ajeitou ainda mais no banco.
— Bom, espero que esteja confortável! — Ela cruzou os braços imitando o homem.
— Você não faz ideia... — No momento em que ia retrucar, o ônibus freiou bruscamente, fazendo Elô se desequilibrar e cair com a cara no chão. O barulho foi tão alto que Lúcio virou seu corpo para checar se estava tudo bem.
Eloisa estava jogada no chão com a mochila no alto da cabeça, presa a seus cotovelos e seus óculos a alguns centímetros de distância. Esteban se levantou no mesmo segundo puxando a bolsa da morena. Ele a levantou com cuidado ouvindo protestos da mais nova.
— Tá vendo só, se tivesse deixado a sua birra de lado, isso não teria acontecido. — Ele advertiu tirando os fios de cabelo do rosto de Eloisa. Algumas pessoas observavam quietas, outras sorriam disfarçadamente.
— Isso é culpa sua, se não tivesse sentado no meu lugar! — Ela se livrou das mãos do mais velho e tentou ficar de pé por si mesma. Mas novamente o ônibus se mexeu e seu corpo seria jogado pra trás quando as mãos de Esteban foram mais fortes e agarram-na. Colados, eles ouviram Lúcio gritar um perdão ao longe. Eloisa não pode deixar de encarar Esteban, e agora de perto, ele parecia muito mais bonito do que antes. Sua mão se moveu contra o peitoral do loiro e ela o empurrou quando notou a ação. Ele não se moveu muito, mas estendeu a mão em que os óculos da mais nova estavam.
— Por nada, não? — Ele sussurou. Elô agradeceu com breve acenar de cabeça. Tudo parecia resolvido, mas a morena foi esperta e passando como um furacão, se sentou no seu lugar, ao lado da janela. A expressão chocada de Esteban a fez segurar um riso. — Você é impossível!
— Era só ter feito isso desde o começo, amigo. — Ela deu de ombros tirando seu livro da bolsa.
Esteban não disse nada, apenas ajeitou sua roupa e se sentou ao lado de Elô. Ele parecia sereno como quando estava dormindo. Eloisa observava-o com discrição. Não parecia bravo ou chateado, mas estava um tanto quieto demais, talvez ele fosse assim.
— Você pode se sentar em outro lugar se quiser — Ela abaixou o livro. Dessa vez o encarando de verdade.
— Quero me sentar aqui, ou vai me explusar de novo? — O loiro disse. Mas não pareceu nervoso. Elô analisou suas bochechas rosadas.
Eloisa se calou. Voltou ao seu livro e seu mundinho, aquele que seguia todos os dias. Estava quase finalizando a leitura, mais um para a conta de sua lista.
— Sabe de uma coisa? — O loiro comentou depois de um período de silêncio. A morena o olhou como se perguntasse o que? — Eu não sei seu nome.
— Eloisa, mas pode me chamar de Elô — Ela deu de ombros. Esteban levantou a mão direita até a altura dos olhos da garota.
— Muito prazer, Elô - Ela apertou a mão quente de Esteban. — Te vejo por aí. — Ele se levantou puxando a cordinha solicitando a parada.
— Essa confusão toda pra você ficar dez minutos dento do ônibus? — Ela riu com desdém.
— Não fui eu quem começou — Levantou as mãos e os ombros. Elô não respondeu. A porta automática se abriu e Esteban desceu.
Aquela seria a última vez que Elô veria o loiro no mês.
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llorentezete · 6 months ago
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Asiento de la Suerte — Esteban Kukuriczka.
Capítulo II
warnings: nenhum
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Os próximos dois meses seguiram do mesmo jeito de sempre. Elô acordava cedo, pegava o ônibus 357, sentava no assento da janela e lia seu livro. A morena trabalhava em uma biblioteca do centro da cidade de São Paulo. Não era o emprego dos sonhos, mas era o que tinha para sobreviver. Só que sobrevivência era algo difícil na capital Paulista. O preço do aluguel havia aumentado, não era culpa de Marcelo, havia muitas questões por trás. A verdade era que Elô precisaria mudar de serviço ou mudar de casa. E para ela, a segunda opção era a melhor.
Quase cinco e meia, seu expediente estava prestes a acabar. Guardava alguns livros que estavam fora do lugar, conferia alguns nomes que pediam reserva de obras específicas. Elô mal ouviu o sininho tinar, estava concentrava em anotar corretamente as informações. Laura passou por algumas pratileiras e fileiras lotadas de livros até ver sua melhor amiga. A morena mordia um lápis e batucava a mesa com as mãos.
- Vai trabalhar de graça, Elô? - A morena pulou com o susto. Levou a mão no peito após largar o lápis.
- Laura? Tá maluca? - Ela ignorou Eloisa e se sentou apoiando os braços na mesa.
- Já esta na hora de fechar - Cantarolou.
- Eu sei... - Eloisa a imitou. - Só mais dois minutos.
- Ai, Elô, que saco! - Dessa vez a loira bufou. - Não tem mais ninguém aqui, desliga isso e vamos embora - Laura fez beicinho.
Eloisa sorriu desligando seu notebook.
- Você não tem mais idade pra isso, Lara. - Sorriu vendo a amiga fazer uma expressão de descontentamento. Era bem verdade que a biblioteca havia caído de rendimento naquele mês. Mas Elô fazia de tudo para que a cultura e o acesso gratuito à educação fosse pauta para todos.
- O que acha daquele barzinho na Paulista? - Laura dizia agarrando o braço da amiga.
- Aquele que você foi banida? - Perguntou sugestiva.
- Não, né?! Aquele que fomos mês passado com Julia e Lucca - Elô sabia de qual bar ela falava.
- Não está de olho naquele barista argentino, está? - Levantou as sobrancelhas.
- Ele é um gato, e o sotaque? - Laura suspirou. Elô revirou os olhos.
- Não muda o fato dele se argentino... - Respondeu sem cerimônias.
- Elô, eu sou uma mulher de amores, não de nacionalidades - Definitivamente ela era.
- Você é muito pra frente, isso sim....
- Vamos andar rápido, se encher hoje, ele não vai ter olhos só pra mim... - Eloisa sorria da ousadia de Laura. Ainda não acreditava como alguém caseira como ela, poderia ser amiga de Laura, que inventou a noitada depois do trabalho.
O bar estava cheio, era sexta feira e o clima fresco fez quase todo Paulista sair de casa. As mesas do lado de fora estavam quase esgotadas. Laura puxava o braço de Elô como se ela fosse uma boneca de pano. A loira queria encontrar o barista que tanto desejava e Eloisa queria uma Fanta bem gelada.
O ambiente dentro era um pouco diferente, mais confortável do que o de fora. As luzes amarelas deixavam tudo mais calmo e sereno. Algumas pessoas falam alto, porém o som ambiente era confortável. Laura avistou seu peguete platônico no balcão. Ele estava exibindo seus truques com copos, aqueles que todos os baristas fazem. Mas, dessa vez, não era para mulheres e sim para um grupo de quatro homens que assistiam a tudo sem piscar. Laura suspirava em meio às acrobacias. Quando terminou, agradeceu em espanhol, fazendo Elô revirar os olhos. Ele se achava na opinião dela.
- Escuta, porque não procura uma mesa pra nós? - Laura ajeitava o cabelo enquanto falava com Elô mas mantinha seus olhos no barista. - Eu volto logo...
A loira saiu sem esperar resposta.
- Não volta mesmo, eu é quem não fico sozinha com esse tanto de estranhos. - Sem pensar duas vezes, ela a seguiu. Silenciosamente, pois não queria atrair olhares sobre si. Diferente de Laura que era barulhenta por natureza. Suas pulseiras, sua forma de andar e os barulhos naturais que fazia. Era uma legítima predadora!
- Ei, meninos - Ela sorriu esbanjando simpatia. E nem ao menos os conhecia. - como vão? - Os três primeiros se olharam, como se perguntassem uns aos outros se alguém a conhecia. Elô franziu o cenho, levando a mão direta até a testa e cobrindo os olhos. Era melhor do que assistir aquela humilhação ao vivo. - Se não se importam - Laura continuou se colocando no meio deles. - preciso de uma bebida com aquele barista em especial - O chamou com o dedo indicador. E, surpreendentemente, ele a obedeceu.
- Hola, Laurita - Ela quase soltou um gemido por causa do apelido. Era obsceno demais. - o que vai ser hoje?
- Pode me descer um whisky - Sorriu encarando o branquelo alto. - e pra você, Elô?
Só então o barista e os quatro homens notaram a presença de Eloisa. Ela preferia que não tivessem feito. Estava muito mais confortável no anonimato do que com doze olhos a encarando. Passou rapidamente pelos rostos desconhecidos enquanto pensava em sua bebida. Até que ela o notou. A quarta pessoa, na última cadeira, um pouco apagado pela luz amarela e pelo barulho do bar, Esteban.
O loiro pareceu ter visto um fantasma, mas seu rosto se iluminou e um sorriso escapou de seus lábios. Ele não disse nada, e Elô também não. Apenas um balançar de cabeças foi o bastante. Eloisa sentia o ar faltar aos pulmões.
- Uma Fanta gelada - Conseguiu dizer depois de segundos.
- Elô, Elô, sempre tão recatada.... - Laura batucou o balcão com as unhas. - Voltamos já já, lindinho...
A loira puxou Eloisa pelo braço, como havia feito minutos atrás. A morena se deixou levar, ainda não acreditava que Esteban estava mesmo ali, depois de quase dois meses. Laura a levou para uma mesa um pouco afastada do balcão, mas que ainda pudesse vê-los.
- Pode ir abrindo o bico! - Disse no mesmo segundo que se sentou. - Quem é o gringo?
- Que? como assim, Lara, do que tá falando? - Elô não conseguia pensar.
- Eloisa Andrade, eu vi seus olhos saltarem quando encarou o loiro bonitão! - As mãos de Laura gesticulava. Ela falava alto, estava empolgada.
- Fala baixo, por Deus! - As bochechas de Eloisa estavam começando a ruborizar. - Eu não conheço ele! - Advertiu. - Vi ele uma vez no ônibus e isso foi tudo.
- Você viu um homem daquele no ônibus e não me disse nada? - A loira parecia chateada, mas era apenas uma expressão. - Elô, ele é amigo do Rodrigo, o barista gostoso!
Os olhos de Elô caíram novamente sobre os quatro amigos, cinco com o barista. Rodrigo, como se chamava, estendeu a mão avisando que os pedidos estavam prontos.
- Os pedidos estão prontos - Apontou até eles.
- Me espera aqui, não acabamos esse assunto! - Laura disse soando como uma mãe irritada. Elô não podia crer que estava tendo aquela conversa com a amiga.
A loira voltou segundos depois, atravessou o salão como um furacão enraivado.
- Como sabe que são amigos? - Eloisa perguntou quando a amiga tomou um gole de seu whisky.
- Alô? Não é a primeira vez que viemos aqui! - Disse obvia. - Você não nota as pessoas? - Elô negou abrindo sua latinha. - Bom, tudo que eu sei é que ele também é argentino.
Eloisa quase caiu da cadeira.
- Elô, para de besteira!! Vi o jeito que ele te olhou, vai falar com ele! - Ela empurrou o copo pegando na mão da morena.
- Você tá maluca? Tá vendo coisas aonde não existem! - Elô se desvencilhou das mãos quentes de Laura. - Não me importa qual a nacionalidade dele, não temos nada e não o conheço!
-Tudo bem, não tá mais aqui quem falou... - Laura levantou as mãos em forma de rendição.
A verdade, era que Eloisa realmente se importava. O rosto de Esteban ficou o mês inteiro na cabeça da morena. Ela pegou o ônibus todos os dias com a esperança de vê-lo, nem que fosse sentado em seu lugar para provocá-la. Mas não aconteceu. Ele simplesmente desapareceu durante todo o mês e alguns dias. Elô chegou a pensar que ele foi uma alucinação de sua mente cansada. Só que vê-lo naquele bar, a fez recordar de todos os detalhes que o deixava bonito. Da camiseta branca que ele usava e que proprositalmente, havia deixado os primeiros três botões abertos. Do short também branco que o deixava mais alto do que da última vez que o viu. Ou da forma como seus cabelos loiros escuros sempre estavam bagunçados. Seu sorriso era singelo, ele sorria com os olhos, enquanto encarava um de seus amigos. Nunca desviando o olhar terno.
Elô fechou os olhos com força, apertando a latinha quase vazia em sua mão. Estava pensando demais em Esteban e nem sabia se ele lembrava dela. Uma movimentação no balcão fez ela redobrar sua atenção de volta a mesa. Laura mexia no telefone vendo um vídeo qualquer. Entretanto, um dos amigos de Esteban e Rodrigo andava em direção a elas. Elô prendeu a respiração. Ele chamaria ela? Ele se lembrava dela? Ou será que havia ficado com raiva, mesmo que em seus olhos não houvessem vestígios?
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llorentezete · 7 months ago
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TW: Tristeza, muita tristeza. Para nós mulheres de tpm que buscam consolo em chocolates e histórias tristes.
ㅤAonde Enzo e Calista nunca se conheceram.
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Calista amava Enzo.
Enzo amava Calista.
Ela sentia a faísca de seus dedos por sua pele clara. Mas Calista tem sido má. Ela tem mentido, traído e roubado. Já não havia mais doçura neles. Nem aquela melodia que um dia usaram para escrever belas canções. Belas como o significado de Calista. Agora, na verdade, soava mais como uma melancolia alternativa.
Matavam o tempo com cigarros e suspiros tediosos. Calista não conhecia mais Enzo. Enzo não conhecia mais Calista.
A brisa que cantava pela janela aberta deixou o ar fresco. A loira, jogada no sofá, acariciava seu gato preto. O felino ronronava em seus braços. Mesmo que ela sentisse a lacuna da falta de Enzo, jamais admitiria em voz alta. Acreditava que as paredes tinham ouvidos e que não tardariam de confidenciar a ele tudo que escutaram.
Se sob a Lua azul eles se beijaram pela primeira vez, agora o Céu chorava em grossos pingos de água fria. Era mesmo o céu? Ou era Calista e Enzo? Quem secaria seus olhos? Se eles eram como tarde e noite, porque estavam sozinhos?
Enzo tem a cabeça girando como o globo terrestre. Ele sabe porque as paredes já sussurram quando Calista não estava em casa. O uruguaio sente como se tivesse as mãos nos olhos da loira, sempre pronto pra estragar tudo e mostrar a verdade diante de seus narizes. Enzo provavelmente ainda a idolatraria.
Enquanto ele pedalava e pensava no que deu errado com seu amor, a água caia ensopando suas roupas e seus fios negros. Seus olhos ficando mais e mais embaçados, incapazes de olharem adiante. E se, ele fosse levado para a noite em que viu os fios loiros de Caslista pela primeira vez? Mudaria algo? Ele teria ignorado-a? Teria mudado o futuro? Não. Enzo faria tudo de novo e de novo. Mesmo com o poder de mudar o passado, ele faria cada ação de novo. Enzo sabia que preferia morrer do ser assombrado pelo fantasma de Calista, mesmo que ela não estivesse morta. Quando ele observava seu reflexo no chão molhado e escorregadio, é Calista quem ele via. Porque eles são extremamente parecidos.
Quando Calista abre os olhos, seu felino não esta mais lá. A patente da janela está molhada e pinga no chão de madeira. Os olhos da loira se fecham de novo e seus labios se abrem pronunciando o nome do homem que ama. Estava sonhando acordada. Estava sozinha. Talvez ela pediria desculpas se isso fizesse Enzo mudar de ideia. Mas agora, há flores com espinhos em seu coração, dói balbuciar o nome dele sem pensar.
Talvez Calista deveria ir embora.
O horizonte de Enzo começa a desmoronar apenas em pensar na vida sem Calista pra o aquece-lo. Ele ficaria doente. O ar é congelante, como se o vento prendesse sua garganta e não te deixasse respirar. As luzes piscam e os carros se movem rápido. Enzo está pedalando como se sua vida dependesse daquilo. Quem dos dois estaria certo? Alguém poderia dizer agora? Já não importa mais.
Talvez Enzo deveria pedir desculpas.
Enzo nunca havia conhecido Calista. Calista nunca havia conhecido Enzo.
Ele sabe que não deveria ama-la, mas ama.
A loira abaixa pra pegar o felino em seus braços, e ele mia. Disse que ela é uma assassina. Uma amante nata. Calista da uma última olhada em seu apartamento, ajeitando a bolsa nos ombros, ela vai até a janela e observa a chuva. Lágrimas rolando em seus olhos, agora ela chorava como o Céu. Fechou o vidro e deu meia volta. Seus pés deixaram um rastro molhado no piso até a porta.
Enzo subiu as escadas tropeçando em seus pés lamacentos. Não sabia se não enxergava pela água ou pelas lágrimas. As mãos tremendo em ansiedade. Quais palavras ele usaria? Ele seguraria em sua mão ou apenas rastejaria implorando por seu perdão? Estava pensando em beijá-la como na noite de Lua azul. Ele ainda se lembrava das sensações, dos arrepios. Bruscamente, abriu a porta e seu sorriso se desfez. Seu coração doeu em seu peito. Agora ele pingava no chão de madeira, apagando o rastro de Calista. Gritou pela loira de olhos caramelos e por seu gato de pelos extremamente pretos.
Era assim que a mente de Enzo se encontrava. Pulou de susto quando a janela se abriu, fazendo o vento uivar, espalhando papeis e coisas pela sala. Enzo se jogou no sofá, apagando o cheiro de Calista com suas roupas molhadas. Fechou os olhos e tentou achá-la, implorando para as paredes sussurassem algo. Mas elas estavam quietas. E quando ele abriu os olhos pela segunda vez, seus lábios rachados de frio balbuciaram o nome da sua amada. Calista.
Silêncio.
Enzo estava sozinho.
Enzo deveria ir embora porque ele nunca conheceu Calista.
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llorentezete · 5 months ago
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Asiento de la suerte — Esteban Kukuriczka IV
AVISO: penúltimo capítulo lobinhas 🥺
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Laura apertava seus dedos enquanto suas mãos estavam dentro se seus bolsos traseiros. Ela encarava seu allstar sujos enquanto Laura havia ido ao banheiro. Apenas alguns retoques na maquiagem. O quarteto e Rodrigo ainda estavam rindo, até que um deles virou o rosto parar encarar a mesa e as garotas. Elô, por instinto, abaixou a cabeça, mirando os pés novamente, como se procurassem algo neles, entre os cadarços e rabiscos na lateral.
Desejou que Laura voltasse o mais rápido possível, não conseguiria manter uma conversa com eles sem que a amiga estivesse para amenizar o clima. O loiro alto de minutos atrás tocou o ombro de Elô a fazendo dar um pequeno pulo de susto. Ela não imaginava que ele fosse mesmo vir atrás dela. Ele vestia uma camiseta social verde água, e calças pretas. Era muito mais alto que Elô, mas parecia inofensivo e delicado.
— Estamos listos para irnos — Ele disse sorrindo. No mesmo instante, ele notou a expressão confusa de Eloisa.
— Hm, desculpe, não falo espanhol, talvez Laura ... — Ela apontava com esperanças para a porta do banheiro.
— Eu disse que estamos pronto para irnos — Ele respondeu calmamente. — Desculpe, também não falo um bom português. — Ele sorriu. Elô notou o quão lindo ele era. Tinha belos olhos azuis, daqueles que te faziam ficar envergonhada. Mas Elô não sentiu vergonha. Pelo contrário, era um olhar que transmitia coisas boas.
— Não tem problema, estamos indo — Ela olhou novamente para o banheiro e finalmente, lá estava Laura saindo com um batom vermelho nos lábios carnudos. Ela havia retocado o rimel e estava mais cheirosa do que antes. — Ah, até quem fim! Estamos saindo.
— Não sem mim, Elozinha! — Ela pareceu notar o homem ao lado da morena. — E você, quem é? — Laura não tinha um pingo de vergonha. Isso impressionava Elô.
— Pode me chamar de Fran — Ele estendeu a mão e Laura não tardou a agarrar.
— Pode me chamar de Laura, queridinho — Ela piscou. Fran sorriu. — E essa aqui é Eloisa —A loira deu um tapinha nas costas da amiga. —, ela é tímida, mas é gente boa.
— Podemos ir? — Elô sugeriu e Fran prontamente fez menção para que as garotas o seguisse. E elas fizeram. Laura saltitante e ansiosa. Elô, com as mãos suando e o coração apertando.
Porque diabos ela foi aceitar o convite de Estaban se estava quase tenho um desmaio?
— Rodrigo e meninos... — Laura cantarolou assim que chegaram até eles.
— Laurita — Rodrigo ajeitou a jaqueta de couro antes de abraçar Laura. Elô quase revirou os olhos. — espero que tenha aceitado meu convite, corazon...
— Eu quase recusei na verdade — Laura começou. Fran sorriu de seu jeito e os outros três assistiam quietos.
— Por que? — Rodrigo não estava acostumado a escutar não ou quase de mulheres.
— Porque eu não queria que minha amiga Elô fosse embora sozinha — Eloisa quase gritou com Laura. Aquela conversa de novo não....
— Bom, ela pode ir com a gente, não é? — Rodrigo foi rápido em responder. — O hotel aonde os meninos estão é grande o suficiente pra mais uma, não é, Encito? — Ele virou para um branquelo que apenas encarava o diálogo.
— Ah, sim, claro que sí — Ele respondeu depois de alguns segundos. Elô se sentiu bem vinda, mas a resposta ainda era não. Ela viu de relance Esteban sorrir como se admirasse ela ser pauta do assunto.
— Dale! Vamos — Rodrigo bateu palmas.
— Só que não — Laura respondeu rápido. — Elô ainda vai pra casa, foi um longo dia de trabalho, não? — Ela olhou para a morena que apenas assentiu.
— Sozinha? Esse não era seu empecilho? — Ele demorou para dizer a última palavra.
— Ela não vai sozinha, meu bem — A voz de Laura ganhou um tom atrevido. Elô mordeu a língua para não xinga-la.
— Eu vou deixar ela em casa — Esteban se pronunciou pela primeira vez. Ele atraiu o olhar de todos mesmo mantendo os seus apenas em Eloisa. A morena se constrangeu e quebrou o contato visual.
— Vai? — Um de seus amigos, que também não havia dito uma palavra se quer, perguntou dessa vez.
— Sim, Agus, se não se importam, claro — Ele levantou as mãos e todos negaram de imediato.
— Óbvio que não — Laura disse encarando Rodrigo. — Vamos então? nós despedimos no caminho. — Elô assentiu.
Os quatro amigos saíram na frente, Fran e Agustín riam freneticamente enquanto cutucavam Esteban. Elô perguntou a si mesma se eles eram iguais Laura. Enzo apenas observava os meninos, ele parecia mais sério, porém ainda tinha um sorriso descontraído no rosto. Eloisa sentiu paz e calma enquanto eles caminhavam brincando. Ela soube que Laura estava em boas mãos. Mesmo Rodrigo sendo um exibido, ela sabia que nenhum daqueles homens seriam capazes de machucar Laura, seja fisicamente ou mentalmente.
Depois de caminharem pelo menos dez minutos, Laura agarrou o braço de Elô, em alguns instantes ela daria boa noite para a amiga. Estava feliz que Elô havia aceitado seu convite para o bar e estava orgulhosa que amiga havia apoiado seu encontro com Rodrigo. Afinal, significava alguma coisa pra ela.
— Você promete me ligar amanhã de manhã e me dizer que está tudo bem e que não foi sequestrada e levada pra Argentina? — Elô disse assim que pararam em uma esquina.
— Haha, claro que prometo, Elô! — Laura abraçou a amiga. — Toma cuidado, e aproveita seu gringo — Ela disse baixinho. Elô a cutucou a costela da loira que apenas sorriu.
— Cuida dela ou eu te encontro em qualquer lugar do mundo! — Elô apontou para Rodrigo que assentiu assustado. A verdade era que Elô não fazia mal a uma mosca.
Os outros dois se despediram de Elô com sorrisos e palavras, Fran deu abraço carinhoso na morena. Elô ficou parada até que todos saíssem. Esteban finalmente veio em sua direção depois de trocar algumas palavras com os meninos.
— Pode ir na frente, já que conhece a cidade melhor do que ninguém — Ele pareceu um pouco nervoso.
— É como se eu estivesse indo embora sozinha, mas com um fantasma em minha cola — Estaban riu. Elô notou que nunca havia visto ele sorrir daquele jeito. A forma como seus olhos se fechavam, quase não dava pra vê-los. Ela precisou conter os lábios para não dizer nada sem querer como fez no banheiro.
— Estou sendo gentil, não seja tão má. — Ele colou as mãos no bolso. Não estava frio, mas o vento gelado incomodava Esteban, mesmo que na Argentina fizesse temperaturas piores, ele gostava mesmo era do verão.
— Está com frio? —  Eloisa questionou vendo a ação do mais alto.
— Não e você? — Ela negou. Um silêncio um tanto cômodo pairou no ar. A mente de Eloisa tentava a todo custo formular uma frase ou dizer algo estúpido, apenas para preencher o barulho do vento entre eles.
— Sobre aquilo que você disse na porta do banheiro — Esteban começou. Elô sentiu a barriga doer. —, era verdade?
Sim, era.
— Por que a pergunta? — Ela retrucou. Seus dedos estavam brancos de tanto que ela os apertava.
— Seria importante se você respondesse a verdade — O loiro rebateu. Elô respirou fundo antes de responder. Esteban deu a ela o tempo necessário.
— O ponto é logo ali — Ela apontou para as cinco cadeiras vazias a beira da estrada. Estaban não pressionou, sabia que ela responderia uma hora ou outra. — Sim, era verdade o que eu disse... mas não importa.
— Como não importa? — Ele quase sussurou. O vento ainda era mais barulhento que eles. Eram quase 21h da noite e aquela rua estava silenciosa demais.
— Olha, Esteban — Ela respirou fundo. —Não temos nada, não somos nada pra começo de conversa... — O argentino não respondeu. Ainda encarava Eloisa com a mesma intensidade de sempre. —, eu vi você naquele ônibus e foi a primeira coisa diferente que aconteceu comigo em anos. A minha vida toda tem sido o mesmo monótono de sempre, a vida tem sido cinza e sem graça. — Ela deixou os ombros caírem quando chegaram ao ponto de ônibus. Elô se sentou na primeira cadeira e Estaban na cadeira ao lado. Ele ainda ouvia quieto. — Mas então, você simplesmente aconteceu. Você me irritou e me intrigou na mesma fração de segundo. Você evaporou o cinza dos meus dias com aquela sua atitude.
Dessa vez era Esteban que estava suando. Suas mãos soavam. Ele não sabia o que dizer ou como dizer o que estava guardado em seu coração. Mas Elô pareceu não ter terminado. Então eles e limitou a deixar um sorriso singelo escalar.
— E então, no outro dia, eu peguei o mesmo ônibus no mesmo horário e adivinha só? Você não estava — Seu tom de voz era rouco. — e então você não apareceu no outro e no outro. E depois de uma semana eu parei de me importar. Depois de um mês, eu achei que você fosse um invenção da minha cabeça. Seus trejeitos, seu rosto e sua voz estava estampada na minha cabeça, Estaban, você não podia simplesmente não existir! — Elô disse tão rápido que quase se engasgou. Ela puxou o ar com força. — Mas te ver hoje, depois de um mês e alguns dias, não que eu esteja contando — Ele sorriu de novo. —, ascendeu algo em mim, novamente. Minhas mãos soam, meu peito bate forte e minha barriga dói de ansiedade. Eu não sei o porquê disso. Laura diz que foi amor a primeira vista, mas eu nunca senti amor, eu não sei o que é amor. Como poderia sentir algo que não conheço?
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llorentezete · 5 months ago
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Asiento de la suerte — Esteban Kukuriczka
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parte III
- Hm, Com licença - Outro loiro de olhos verdes tocou o ombro de Laura. A loira mais nova pulou de susto. - de Rodrigo... - Ele a entregou um pedaço minúsculo de papel amassado. Ainda sorrindo tímido, ele girou os calcanhares e saiu correndo enquanto batia palmas.
Os olhos de Laura quase saltaram. Ela tremia enquanto dentava desdobrar o papel.
- Ora, ora - Disse finalmente. Eloisa estava morta de curiosidade. - temos um endereço aqui...
Claro. Rodrigo estava interessado em Laura. E quem não estaria? Ela era sorridente, sociável, desprovida de qualquer vergonha. Era linda, altruísta, uma ótima amiga e conselheira. Tinha ótimos gostos pra moda e música. Além de tudo era esforçada e estudiosa. Laura Silva era o combo que qualquer garoto no mundo gostaria de ter.
- Eu não vou. - A loira disse sem remorso. Elô quase cuspiu a Fanta que bebia.
- Como assim não vai? - Estava indignada. Não recusaria se fosse um pedido de Esteban.
- Não posso te deixar voltar sozinha, vai estar tarde quando formos embora...
- Laura? O homem pela qual você me enche o saco a meses está te convidado pra sair depois do trabalho - Pela primeira vez ela falava alto. - e você vai dizer não por minha causa? - Laura mexeu os ombros como se concordasse - De jeito nenhum, você vai!
- Pera aí, Elô, quando o assunto era o amigo dele, você se fez de desentendida, comigo é diferente? - Laura cruzou os braços.
- Não tem nada ver um assunto com o outro, Esteban e eu nem nos conhecemos, aliás-
- Esteban? - Laura praticamente gritou. Eloisa cobriu a boca da amiga com as mãos. Os olhos da loira dobraram de tamanho.
- Laura, pelo amor de Deus!!
- Você sabe o nome dele!! - Ela dizia sorrindo. Talvez eu não tenha comentado, mas Laura era cem pro cento sanguínea e não fazia questão de se controlar. - Elô, vocês dois trocaram nomes!!
- Continua não fazendo diferença, você vai encontrar o Rodrigo e eu vou pra casa, essa noite já tirou minha sanidade....
- Um momento - La vamos nós. - Você conheceu o gringo no ônibus, pela primeira vez. - Laura fazia expressões enquanto falava. - Trocaram nomes, você sabe o dele e ele sabe o seu... - Continuou pontuando os fatos. - Agora, se encontram pela segunda vez, no mesmo lugar, com amigos em comum...
- Não temos amigos em comum - Elô respondeu com preguiça.
- Quer dizer que se por um acaso, vocês se verem novamente - Prosseguiu ignorando Eloisa. - vocês estão destinados ao outro!!
- O quê? - Elô sorriu de nervoso. Laura estava maluca. - Melhor da um tempo no whisky...
- É o número três, dãn! - Disse óbvio. - O número do destino, Elô!
- Isso não existe...
- Existe e vai acontecer, só mais uma vez, se vocês se encontrarem, significa algo! - Cobriu a boca com as mãos. Laura estava em êxtase. Até havia se esquecido de Rodrigo.
- Falta muito pra vocês dois saírem? Quero ir embora. - A bateria social de Elô estava entrando na reserva. Ela não tinha todos o pique de Laura.
- Mais alguns minutos, quem sabe - A loira olhou para trás tentando fazer contato visual com seu encontro. Ele estava ocupado trabalhando.
- Quer saber, vou no banheiro - Elô fez menção de se levantar. - sozinha, Laurinha. - A amiga deixou cair seu peso na cadeira.
- Não demora e não foge!!
- Deveria - Eloisa sussurou.
A morena saiu com um sorriso nós lábios. Ela amava Laura e amava mais ainda como a loira a fazia se sentir, feliz e importante. Como se Elô fosse pauta para alguém. E ela era, não só para Laura mas para Julia e Lucca, seus outros amigos.
Talvez, Elô tivesse medo de ser amada, ou enxergada. Ela gostava de estar no anonimato, de levar sua vida simples e sem holofortes. Estava satisfeita em ser ela mesma, sem ninguém pra engana-la ou decepciona-la.
- Elô - A morena ouviu a voz atrás de si. Estava prestes a entrar no banheiro feminino. Suas pernas travaram no lugar, ela sabia de quem era a voz. Mas não tinha coragem de virar pra encara-lo.
- Esteban - Disse ainda de costas. Respirando fundo e obrigando a virar seu corpo para visualizar o loiro a sua frente.
- Não sabia que estava aqui e nem que conhecia Rodrigo. - Ele juntou as mãos no bolso, pra se livrar do nervosismo.
- Venho aqui ás vezes com Laura, mas não conheço Rodrigo, ela sim.... eu acho. - Sorriu.
- Eles vão sair depois, você vai? - Esteban foi direto. Elô não conseguiu responder. O loiro mexia com a sua cabeça. Ela encarava seus olhos dourados e sua boca fina.
- Achei que nunca mais fosse te ver... - Elô ficou branca, como um papel. Aquela frase não deveria ter saído. Era um pensamento seu, não algo a ser dito em voz alta. Não conseguindo se segurar, disse sem pensar e agora encarava Esteban com a expressão de pânico formada em seu rosto.
Diferente dela, Esteban relaxou. Tirou as mãos do bolso e respirou fundo. Ele agia na defensiva, achou que Eloisa o odiasse, mesmo que por um motivo aparentemente bobo, ele percebeu que invadiu seu mundo quando pegou seu lugar.
- Desculpe, não era pra eu ter dito isso - Ela tirou os cabelos do rosto. - Quer dizer, não, eu não vou. O dia foi bem cheio e eu só quero descansar.
- Posso te levar pra casa se quiser. - Tentando ignorar o comentário anterior, para não deixá-la mais envergonhada do que já estava, Esteban apenas continuou a conversa normalmente.
- Não vai ser necessário, muito obrigada...
- Podemos ir de ônibus - Ele a cortou. Suas bochechas estavam rosadas, talvez fosse efeito do álcool.
Elô não sabia o que dizer. O jeito como ele a encarava sem desviar estava deixando-a nervosa e sem saída.
- Tá, pode ser então - Lentamente ela começou a andar de costas até bater na porta do banheiro. - vejo você daqui a pouco - Virando de uma vez só, ela entrou no banheiro sentindo a respiração falhar. Jogou água no rosto e secou repetindo pra si mesma que era apenas um cara.
Mas Esteban Kukuriczka não era apenas um cara.
Eloisa olhou seu reflexo no espelho. Estava um caco, sofrendo por alguém que nem conhecia. As malditas borboletas no estômago realmente existam. Um pouco mais calma, ela saiu, esperando no fundo no coração que Esteban ainda estivesse lá. Mas não estava. E caminhando lentamente ela voltou até a mesa aonde Laura estava do mesmo jeito que havia deixado.
- Demorou, tá tudo bem? - Elô assentiu. - Eloisa? o que aconteceu?
- Como? - Tentou disfarçar.
- EU SABIA! - Laura bradou. Alguns olhares encontraram a loira com uma expressão de êxtase. Elô direcionou seus olhos até o quarteto, mas eles não pareceram ouvir a algazarra da loira. - Elô, eu sabia, eu sabia, eu sabia... - Ela repetia escorrendo na cadeira.
- Honestamente, não sei do que está falando... - Se fez de desentendida.
- Porra? Elô, vai mentir na cara dura?? - Ela gesticulava. - Tá estampado na sua cara! Você viu ele de novo, pela terceira vez!
- Eu não vi ninguém, Laura, fala baixo por favor...
- Inacreditável, vai negar até quando? - A loira mordeu os lábios, se ajeitando na cadeira para encarar Elô. - Fala, o que ele disse? Algo como "ola, hermosa , que passa?: - Elô fez careta. - ou "cuándo nos vamos a besar?"
- Para, ele não fala assim, e nem fala essas coisas. - A morena estava enojada.
- Hum, achei que não conhecia ele a tanto tempo pra fazer...
- Sei das vezes que em conversamos. - Elô deu de ombros a cortando.
Laura a encarou em silêncio. Eloisa odiava quando isso acontecia. Preferia a amiga falando como um papagaio do que quieta e com os olhos focados em si.
- Tá! - Exclamou. - Ele quer me levar pra casa quando você for sair com Rodrigo...
- Elô, ele tá muito na sua, impressionante! - Ela sorria de ponta a ponta. - E você nem precisa se esforçar, me ensina seu método de sedução.
- Não existe método, Lara, ele só tá sendo gentil...
- Você é muito inocente também, - Ele ajeitou seus fios loiros. - mas isso aí pode dobrar e passar para o próximo, como dizem por aí. É importante ter malícia com as coisas, te ajuda em muitas ocasiões. - Elô pode notar o duplo sentido em sua frase.
Elô sentiu o cansaço bater quando depois de minutos, Laura ainda teorizava sobre ela e Esteban. Pensou em largar tudo em voltar pra casa naquele instante. Mas, finalmente, ela observou o quarteto se levantar o balcão. Eles sorriam e conversavam de algo que era impossível saber por causa da distância. Rodrigo participava da conversa, ele parecia limpar o balcão e os utensílios que usará. Elô notou que estavam se preparando para sair. Seu coração começou a bater freneticamente. Ela sabia o porquê, só não queria aceitar.
- Acho que é a nossa deixa... - Laura segiu os olhos de Eloisa, já de levantando. - Vamos? - A morena assentiu.
Era hora de encarar a realidade.
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llorentezete · 7 months ago
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a pedidos de mais escritas com o Kuku e cumprindo minha promessa, claro, vou postar minha short fic aqui no tumblr. são apenas 5 capítulos muito clichê romantiquinho 😛 até mais tarde
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llorentezete · 5 months ago
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Carol eu acho o Blas tão Peter Kavinsky😭 a personalidade é parecida, queria apenas compartilhar esse meu pensamento msm e falar que eu JAMAIS perdoaria o Peter por ter dado minha xuxinha favorita pra aquela mocreia no primeiro filme
aqui você meio que divou 🎯
tipo, eu tenho muito a imagem do Blas dívida em dois lados ✌🏼 vamos lá ☝🏻
ele por fora com toda a pinta de menino tímido, nerdzinho e tals, meio lowprofile, ou meio wybie de Coraline (JUROOOOOOOOO) 🕊🕊🕊 BUT que por dentro é um canalha de safado 👺 desculpe mas eu tenho que falar da carinha de pilantra que ele tem 😈 cara de quem faz MIL horrores com a lobinha e quando você olha pra o rostinho dele, você pensa "naaaaaao, o blas? 🤔 tipo, o blas, blas?, aquele com a vibe de Peter Kavinsky? 🫨" SIM amores, esse Blas
a carinha esconde, mas ele é um PUTO ok 💥💦💨
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