#Não correspondidas
Explore tagged Tumblr posts
obsesseddiary · 18 days ago
Text
Era uma mulher peculiar, cujos vestidos sempre pareciam confeccionados com fúria e colocados às pressas. Estava sempre apaixonada por alguém e, como tais paixões nunca eram correspon-didas, preservava todas as suas ilusões. Tentava ser pitoresca, mas parecia apenas desmazelada.
O Retrato de Dorian Gray (Oscar Wilde)
0 notes
textosaleatoriosbr · 6 months ago
Text
Amores Imperfeitos: Poesias de Paixões e Desilusões
Amores Imperfeitos: Poesias de Paixões e Desilusões Amores imperfeitos, repletos de falhas, São os que mais nos marcam, os que mais nos valem Em cada briga, em cada lágrima, em cada batalha Há uma história de amor que nunca se cale. Paixões intensas, desilusões amargas, Rompem corações e fortalecem a alma, Pois no turbilhão de emoções e chagas, Encontramos a essência que nos acalma. Mesmo na dor,…
Tumblr media
View On WordPress
2 notes · View notes
soentendequemnamora · 2 years ago
Text
5 sinais de que seu "crush" não gosta de você
5 sinais de que seu “crush” não gosta de você
Segundo o psicólogo Alexander Voger, especialista na ciência da sedução, há alguns sinais claros de que uma pessoa não corresponde aos seus sentimentos amorosos. Voger defende que o contrário do amor não é o ódio, é a indiferença e há cinco sinais evidentes de que seu “crush” não gosta de você. 1 – A PESSOA NUNCA (OU RARAMENTE) ENTRA EM CONTATO CONTIGO Um dos sinais mais claros de que alguém…
Tumblr media
View On WordPress
1 note · View note
cliodevotus · 4 months ago
Text
⋆.˚ ᡣ𐭩 .𖥔˚ SOZINHA NO BANHEIRO COM O IRMÃO GOSTOSO DA MELHOR AMIGA - AGUSTÍN P.
Tumblr media
❛ honestamente, ser a melhor amiga de Alfonsina desde a infância tinha muitos benefícios, mas certamente o principal deles era dono de um nome, rosto e jeito de homem Homem: Agustín, o irmão mais velho que era um sem-vergonha. Mas não era como se a atração fosse correspondida, afinal, você sempre seria a Cuqui, a melhor amiga da irmãzinha 7 anos mais nova, uma eterna criança aos olhos de Agustín. Quer dizer, era o que você achava, porque Agustín estava decidido a te fazer tirar essa ideia da cabeça.❞
— AVISOS : agustín pardella x leitora afab, meio slowburn, pegação mas sem smut muito explícito (sorry bbs, sou tímida), menção a oral (f!receiving), age gap de 7 anos, leitora é a melhor amiga de infância da irmã do Agustín, meio angst-fluff. || CUQUI é um apelidinho que eu achei na Internet que eles aparentemente usam pra se referir a alguém que tem muito carinho e que meio que significar "fofo", "adorável". Vem da palavra "cuco" (que é tanto "bicho-papão" ou aquele passarinho que tem o canto "cuco, cuco", sabe?)
— PALAVRAS : 4119 (pelo menos é o que o iA Writer disse)
𐙚˙⋆.˚ ᡣ𐭩 notas : adivinha quem inventou de começar a escrever fanfic do cast de la sociedad de la nieve meio que muito tempo depois do hype dar uma esfriada? euzinha. mas aqui estamos, o importante é fazer. e eu escolhi o pardella pq eu sou gamada nesse homem. e bem, eu tive essa ideia junto da @bestgirlie que compartilha as loucuras e tesões por esse cast delicioso e fiquei de escrever essa fanfic, inclusive cheguei a mandar pra @creads um dos pensamentos bem pensantes meu que eu tenho com a Ana sobre o Agustín irmão mais velho pegando a leitora universitária melhor amiga da irmã dele e ainnnnn que as contribuições dela foram 💯💯🗣👌absolute cinema🙌 então é aqui estamos com essa minha humilde fanficzinha com esse tema. espero muito que gostem e queiram ler mais trabalhos meus ♡
#☆ masterlist. | regras.
꒦﹋ٜ۪ꥇ໋۬ ꒷꒦﹋ٜ۪ꥇ໋۬ ꒷꒦﹋ٜ۪ꥇ໋۬꒷꒦﹋ٜ۪ꥇ໋۬ ꒷꒦﹋ٜ۪ꥇ໋۬ ꒷꒦﹋ٜ۪ꥇ໋۬ ꒷꒦﹋ٜ۪ꥇ໋۬ ꒷꒦﹋ٜ۪ꥇ໋۬ ꒷꒦﹋ٜ۪ꥇ໋۬ ꒷꒦﹋ٜ۪ꥇ໋۬꒷꒦﹋ٜ۪ꥇ໋۬ ꒷꒦
AGUSTÍN PARDELLA era um cachorro. Não tinha outra palavra para descrever aquele malandro barbudo e estupidamente charmoso que vivia te provocando e, pior ainda, nem mesmo sabia que você existia. Era maldade pura, de verdade, mas infelizmente ele nem tinha culpa disso. Você era a verdadeira culpada, afinal, que tipo de garota alimenta a paixãozinha idiota pelo irmão mais velho da melhor amiga que se tem na infância ano após ano até chegar aonde está hoje? Apaixonada por aquele cachorro safado e cara de pau. Não é como se fosse muito difícil: Agustín era o pecado vivo, parecia que ele fazia de propósito para te deixar ouriçada, mas toda vez que você decidia visitar sua melhor amiga, ele aparecia sem camisa, o peitoral e as costas cheios de tatuagem e o cabelo cacheadinho longo quase caindo nos ombros. Sempre com ou uma cuia cheia de mate ou um baseado na mão e aquele sorriso cafajeste no rosto. Até mesmo quando fazia frio, Agustín fazia questão de abrir a porta do quarto da irmã para buscar alguma coisa que tinha esquecido lá ou para falar alguma baboseira sem sentido com aquele peitoral peludo exposto para quem quisesse ver. Será que ele sentia frio? A irmã dele vivia reclamando dessa mania dele que tinha supostamente começado "do nada", mas você não ia reclamar daquela visão dos deuses, não? Ela também reclamava de como ele andava deixando o cabelo e a barba crescerem, e ela não era a única, a mãe dele também reclamava. Faziam questão de comparar ele com o Capitão Caverna ou o primo Itt da Família Addams quando ele estava por perto.
— Sabe Cuqui, — a mãe dele te chamou durante um almoço na casa deles, — você não acha que o Agustín ficaria melhor se cortasse aquele pello todo?
Foi tão de repente que você nem soube como reagir, apenas riu tímida e brincou com o uso inesperado do apelidinho bobo que eles te deram quando você ainda era pequenininha. Você era como família, esteve por perto desde o dia que conheceu a irmã mais nova de Agustín, Alfonsina, quando se mudou do Brasil para a Argentina por causa do emprego do pai. Por uma ironia do destino, moravam no mesmo condomínio mas não no mesmo bloco, os apartamentos um na frente do outro e frequentavam a mesma escola. Ficaram grudadas como carrapato e não se desgrudaram nunca mais; os pais acharam que vocês iam se afastar com a formatura do ensino médio e com a entrada na faculdade, mas quando vocês duas fizeram o anúncio de que iam para a mesma faculdade naquele churrasco de domingo, ficou mais do que claro que eram almas gêmeas destinadas a serem amigas para sempre. Agustín não estava presente nesse almoço, na verdade, durante todo o ensino médio você quase não viu o dito cujo, o que foi ainda mais duro para o seu coração apaixonado. Não sabia o que era pior: ver o objeto de seus desejos e sofrer porque não o tem ou não o ver e ainda sofrer pelo mesmo motivo.
Sempre no escanteio, a eterna melhor amiga da irmãzinha, a Cuqui que ele certamente sempre veria como aquela criança de trancinhas esvoaçantes e sorrisinho banguela que grudava nele nas brincadeiras que ele participava. Alfonsina morria de ciúmes e era muito engraçado, vocês decidiam uma brincadeira e no momento que Agustín decidia que ia se juntar, você trocava de lado na hora para ficar com ele. Se estavam brincando de casinha e ele vinha pedir se podia participar, ele era o seu marido e pai do seu bebê e ponto final. Brincando de boneca na sua Casa dos Sonhos da Barbie? Ele fazia a Barbie que namorava a sua Barbie e de quebra ainda era o Homem Aranha, porque ele era um homem Homem e não podia deixar a masculinidade de lado. Ou quando brincavam de pega-pega e ele fazia questão de te abraçar quando te pegava? Ou quando era esconde-esconde e ele fingia que não te via para te deixar ganhar? Você sempre soube que ele fingia que não te via, porque vocês cruzavam olhares e não tinha como ele não te ver nos lugares idiotas e óbvios que você escolhia para se esconder – Alfonsina sempre sabia e conseguia te achar por primeiro (ela até dizia que era sem graça brincar contigo por isso), então porque Agustín que era tão mais alto e mais velho que você não achava? Ele brincava que você era a Cuqui dele, a amiga favorita da irmã favorita dele, até provocava Alfonsina dizendo que te queria de irmã no lugar dela. Doía, claro que sim, comprovando ainda mais a sua teoria de que você era só a Cuqui, uma irmãzinha para ele. Doeu do mesmo jeito quando ele apareceu em casa com uma namorada. Na época, ele tinha uns 17 anos, e você seus 10. Nem mesmo tinha entrado na puberdade e assim que viu a namorada dele: alta, esbelta e com um corpo escultural, você soube que a batalha estava perdida. Estava brincando com umas bonecas Monster High com Fonchi na sala e na hora que ele entrou com a dita cuja, você ficou vermelha de vergonha da cabeça aos pés. Estava usando aquela jardineira e meias coloridas, os cabelos presos em duas marias-chiquinhas e o aparelho de dentes cor-de-rosa. Talvez ali foi o primeiro momento em que se sentiu insegura com a própria aparência e não foram poucas as situações de constrangimento que você passou se comparando com outras mulheres.
Foi até bom o fato de você não visto Agustín muito durante a puberdade devido a faculdade dele, que era de noite. Ele trabalhava o dia todo e ia para a faculdade em outra cidade quando chegava de noite e você só o via nos finais de semana, isso se chegava a ver. Ouvia Alfonsina reclamar das namoradas do irmão que ela às vezes nem conseguia se acostumar com a presença delas ou decorar o nome antes dele trocar, isso sem falar nas inúmeras peguetes que ele levava para casa. Ele era um amante da farra, gostava de ficar puteando por aí (como a mãe dele dizia) e não parava quieto em casa; elas não sabiam, mas saber das aventuras românticas e sexuais do malandro machucavam mais seu coraçãozinho do que você deixava transparecer. Mas vida que segue, não é? Foi no primeiro ano do ensino médio que você decidiu que ia deixar aquela paixão de lado e aproveitar. Chegou até mesmo a ter um namorinho com um garoto do terceirão que não passou da escola, mas que foi bom. Parecia que quanto mais perto da formatura você chegava, mais bonita você ficava e, de fato, quando a faculdade chegou, uma das primeiras coisas que você notou foi que você já não era mais uma menina, mas sim uma mulher. Uma mulher Mulher, como Alfonsina diria, imitando a mania do irmão de dizer que era um homem Homem. E por falar no malandro, foi nesse contexto de faculdade que você teve seu reencontro com ele.
Alfonsina decidiu que queria porque queria ir numa festa de formatura de uma das amigas veteranas de vocês no fim do seu terceiro semestre, e você, que andava com a cabeça tão ocupada com provas e trabalhos e com a possível ideia de ter pego exame (mesmo com Fonchi te afirmando que não tinha como, afinal, você era a melhor da turma) decidiu que ia para a festa e que se foda o resto do mundo. Ainda moravam no mesmo condomínio e decidiram que iriam se arrumar juntas na casa da Fonchi. E tal como nos últimos anos, você ficou mais do que satisfeita com o resultado do seu look: o vestido preto de alcinha que chegava um pouco acima da metade da coxa e o tênis branco eram básicos, mas a maquiagem e o penteado eram os verdadeiros tchans na sua aparência. Fora o perfume gostoso de lírios que você tinha ganhado no seu último aniversário e tinha se tornado sua marca registrada por onde quer que fosse. Alfonsina brincava dizendo que aquele perfume impregnava na roupa e na cabeça e não saia nem com oração.
Alfonsina estava dando os últimos toques no cabelo. — Ah, Cuqui? — Ela te chamou, desviando sua atenção do celular, estava no Instagram de papo com um bofe padrãozinho da sua faculdade do curso de educação física que você estava doida para dar uns beijos naquela noite. — Lembrei que deixei meu carregador portátil no quarto do Agustín, você pode ir pegar para mim? Acho que está na cômoda dele.
— Claro, Fonchi. — Se levantou em um pulo e saiu do quarto. Quanto mais se aproximava daquele quarto no fim do corredor, o maldito quarto no fim do corredor, mais sentia as borboletas no estômago se revirando. Será que ele estava em casa? Devia estar em uma festa, como sempre, puteando com algum daqueles amigos dele. Será que era com o Enzo, o Matías ou com o Esteban? Eram tantos que você nem lembrava o nome. E se ele estivesse jogando videogame com eles? Ele nem notaria a sua presença. Você só precisava entrar silenciosa e furtiva como um ninja, pegar o carregador portátil e vazar. Só isso. Fácil, não? Errado, porque no momento em que você parou em frente a porta e, num reflexo, deu algumas batidinhas nela como sempre fez. Era uma garota educada, fazer o que?
— Entre. — A voz grossa do outro lado da porta te pegou desprevenida. Ele sempre teve a voz máscula assim? Respirou fundo e, controlando a tremedeira, girou a maçaneta e entrou no quarto. Continuava igual como sempre foi, a única diferença sendo que não tinha mais os bonecos de super-heróis nas prateleiras e que agora ele estava cheio de caixas e mais caixas. E tinha um cheiro excêntrico no ar. Maconha, era claro, você não era boba, mas resolveu focar nas caixas. Será que ele estava de mudança? Ele estava sentado em uma cadeira gamer na frente do computador e com um fone de ouvido gigantesco na cabeça; ele nem te olhou quando você abriu a porta. Provavelmente achou que era a irmã. Ignorou a ignorada dele e andou em direção a cômoda do lado da cama, pegou o dito carregador portátil (que estava carregando) e saiu do quarto o mais rápido possível, só queria ir logo para a formatura e beijar o padrãozinho da educação física. Tão imersa nos pensamentos, nem poder ver o fato de que, em nenhum momento nesse processo todo, os olhos de Agustín desgrudaram de você e do seu corpo. Por Díos, quem era você e o que fazia na casa dele? Não que ele estivesse reclamando, mas ele não lembrava das amigas da irmã ou da mãe serem gatas daquele jeito.
— Gracias. — Você disse antes de fechar a porta e vazar para o quarto da sua melhor amiga.
No dia seguinte, Agustín ainda não tinha tirado você da cabeça e não se aguentou na hora do almoço. Você já não estava mais ali, tinha ido para casa direto depois da festa porque não queria ter que ficar de ressaca na casa dos Pardella (não daria esse desgosto para a Mamá Pardella, apenas para a sua própria mãe), então Alfonsina foi deixada a própria sorte com um Agustín muito curioso.
— Alfo, desculpa te perguntar, mas quem era aquela garota bonita que foi no meu quarto ontem pegar o teu carregador portátil?
Alfonsina olhou para ele como se ele fosse louco: — Do que você tá falando, Agus? Você conhece ela há anos.
— Nunca nem vi aquela garota.
— Agustín, você não se lembra da Cuqui? — A Mamá Pardella se intrometeu. — ¡Dios mío! vocês viviam grudados.
Alfonsina riu da cara de choque do irmão. Como era a história? Aquela gatinha era você? Você, tipo, você a Cuqui? Não era possível. Ele resolveu fazer algo que ele nunca imaginou que faria na vida: entrar no seu Instagram e tirar a história a limpo. E quebrar a cara no processo, porque de fato, lá estava você em toda a sua glória. A mulher mais linda que ele já tinha visto em seus quase 30 anos de existência. Como isso era possível? A última vez que ele tinha te visto, você não passava de uma pirralha! Literalmente, a última vez que ele lembrava ter te visto foi quando ele levou a primeira namorada para conhecer a família. E isso faziam o que? De certo, uns dez anos. Você sumiu depois disso (pelo menos do campo de visão dele) e ele nunca tinha parado para perceber isso, se sentindo mal por não ter estado por perto nesses anos.
Alheio a você, ele começou a querer "recuperar o tempo perdido", como ele mesmo tentava se convencer. E quando ele colocava algo na cabeça, nem o diabo tirava; inclusive, a maldita ideia de aparecer sem camisa na sua frente para ver se tirava alguma reação sua foi totalmente ideia dele. Agustín nunca foi idiota, ele percebia o jeito descarado que seus olhos brilhavam quando olhava para ele e ele sabia dizer que você tinha certa admiração por ele, mas ele nunca levou a sério. Primeiramente, o fato de que vocês tinham uma grande diferença de idade o impedia de dar importância, e segundo que mesmo que ele tivesse alguma segunda intenção, como era o caso no momento, você era a melhor amiga da irmãzinha dele. Só cara safado se interessa pela melhor amiga da irmãzinha. E minha nossa, ele era o maior safado que existia na Argentina e tinha orgulho disso.
Tinha mais orgulho ainda quando a mãe implicava com ele para raspar a barba e cortar o cabelo e ele não dava o braço a torcer. Como ele poderia depois do que ele tinha ouvido algumas semanas atrás?
— A verdade é que ele fica parecendo um homem das cavernas com aquele monte de pelo e cabelo. Tenho desgosto de homem assim, cruzes, a mamá também. A gente tenta porque tenta convencer ele a cortar e nada. Ele diz que quer ficar parecendo um viking másculo, parece que ele esqueceu que ele é latino, e não um nórdico. — A voz de Alfonsina ecoava pela casa. Você e ela estavam sozinhas, Agustín e os pais estavam no trabalho sem previsão de voltar cedo; ao fundo, o álbum Life Support de Madison Beer tocava baixinho, apenas para que não ficassem no silêncio total. Talvez por isso vocês não ouviram o chacoalhar das chaves de Agustín e o ranger da porta principal abrindo. Ele entrou silencioso porque estava cansado. Tinha sido liberado do trampo mais cedo porque tinha um compromisso mais tarde (ser amigo do chefe nessas horas era uma benção e tanto) e sentou no sofá da sala, exausto, com os braços e pernas extendidos e a cabeça no encosto.
— O que eu tô querendo dizer é que homem de cabelo comprido ou barba não é para mim. — Alfonsina falou ao fundo. Ele suspirou, ela provavelmente estava em mais uma das suas intermináveis ligações com alguma amiga ou mandando alguma mensagem de áudio no WhatsApp.
Mas foi uma surpresa e tanto quando você respondeu. — Eu sou o contrário. Meio que eu me amarro em homem cabeludo e meio peludo. — Riu e Agustín imediatamente levantou a cabeça do encosto do sofá, mais atento do que nunca. — Eu acho que o Agus ficou mais bonito assim, ele nunca foi feio, mas certamente deixou ele mais gatinho.
— Se você diz. Mas não entendo essa tara por homem barbudo.
— Não é tara, é só uma preferência.
— Ah, sei, mas tenho certeza que você tem uma tara pelo meu irmão assim.
Você engasgou. — Eu nunca disse isso!
Alfonsina gargalhou. — Eu sei, sua boba.
— Mas é verdade. Eu ia dizer, você sabe o Vladimir do curso de fisioterapia? É tipo ele.
— Você tem uma quedinha pelo Vladimir, é?
— Eu nunca disse isso.
— Primeiro você diz que o meu irmão fica gatinho de barba, agora vem com essa? Seus gostos são estranhos, Cuqui.
— É que você não entende como isso dá um plus em muitos momentos. — Riu. Agustín nem mais pensava direito, uma parte de si enciumada desse tal de Vladimir da fisioterapia (quem esse marmanjo pensava que era para chamar a sua atenção assim?), e a outra completamente animado pelo que ele havia acabado de ouvir. Você achava ele gatinho? Parecia que os deuses tinham enfim abençoado ele com um sinal verde para os objetivos dele.
Só existia uma pedra no caminho dele nessa história toda: Alfonsina que não desgrudava de você em nenhum momento. Porra! Ele amava a irmãzinha, de verdade, porém estava ficando cansativo você vir visitar a casa dos Pardella só quando a irmã dele estava. Por mais que ele amasse aquele jogo de gato e rato, em que ele aparecia sem camiseta no quarto só para te deixar constrangida ou para ver como você estava linda toda arrumada para alguma festa da faculdade, estava ficando cansativo aquela droga de nunca conseguir tomar uma atitude e dar o bote em você. E Alfonsina estava começando a ficar cansada e irritada com as interrupções dele nas fofocas da semana da faculdade ou nas sessões de estudos.
— Ei, Alfo. Posso pegar o seu-... — ele disse enquanto abria a porta do quarto da irmãzinha, mais uma vez naquela semana. Mas foi surpreendido com o quarto vazio quando abriu a porta. Quer dizer, quase vazio. Você estava lá, deitada na cama de Fonchi mexendo no celular completamente desinteressada, os cabelos espalhados pela colcha e usando uma tennis skirt que tinha subido até perto da virilha quando você se deitou sem cuidado. Por Dios, você era um inferno de gostosa e um tormento na vida dele por si só. — Ué, cadê ela?
— Fonchi saiu, ligaram do estágio pedindo a presença dela quase que imediatamente e ela teve que sair correndo. Acho que faz uns quinze minutos, mas não tenho certeza. Não acho que ela vai voltar tão cedo, você precisava dela para alguma coisa?
Os olhos dele brilharam, será que tinha sido iluminação divina? Abençoado fosse o estágio da irmã e a visita dos pais à tia do interior. — Poxa, que pena. — Ele disse no tom de voz pesaroso mais convincente que ele conseguiu, mas a verdade era que era quase impossível disfarçar a felicidade que ele estava sentindo. — Vocês combinaram de fazer algo?
— A gente ia fazer skincare, eu comprei uns produtos coreanos e eles chegaram na segunda. Queria testar para ver se era tão bom quanto dizem. — Suspirou, brincando com os pacotes de gel de limpeza facial, máscaras faciais, depiladores e afins que estavam na colcha.
O sorriso de Agustín se alargou ainda mais, isso se era possível se alongar mais do que já estava. — Se você quiser, eu posso fazer com você. — Você o encarou, ainda deitada, e sorriu como uma criança que tinha ganhado um picolé num dia de sol. Se sentou rapidamente na cama, animadissima, perguntando se ele estava falando sério. — É claro que sim, porém com uma condição. — Ele até ergueu o dedo indicador ao falar isso. — Que você fume um comigo.
Quem era você para negar essa oportunidade tão única na vida, não é? — Ah, não sei não... — Você fingiu estar pensativa, tinha que manter a postura e não parecer tão desesperada por um tempo sozinha com ele. O sorriso no rosto dele começou a desaparecer, receoso com a possibilidade de você recusar. — Eu tô brincando, bobão. — Riu, se sentando na cama em um pulo. — Vamos lá!
— Mas tem um problema, Cuqui. Aqui não, fica cheiro. Vem pro meu quarto.
Que se foda a sua dignidade. Antes de você notar, lá estava você sentada na cama do Agustín com a máscara de limpeza de pepino no rosto fazendo efeito e dividindo um baseado com ele do lado. Talvez fosse efeito do baseado, mas a verdade é que você estava tão relaxada que conseguiu ignorar as borboletas na barriga e ter uma conversa decente com ele, tal como nos velhos tempos; pareciam até velhos amigos íntimos de tanto papo. Agustín tinha aquele jeito brincalhão mas maduro, aquela aura de conforto que te fazia se sentir segura em se abrir com ele e falar tudo da sua vida que você achava interessante compartilhar, algo que nenhum outro amigo homem ou peguete seu tinha, pelo menos não tanto quanto o argentino.
Você ria de uma piada dele quando resolveu olhar o celular, já tinha passado o tempo suficiente para as máscaras fazerem efeito. — Ah, tem que tirar. — Ele te encarou confuso, antes de você apontar para o rosto. — A máscara, Tín. A máscara.
— Ah, sí. — Ele se levantou da cama e te puxou junto, te ajudando a ficar de pé. Riram como dois idiotas o caminho todo até o banheiro da suíte dele. — Mas eu preciso de ajuda, Cuqui, não sei fazer essas coisas. Soy un hombre.
Estava agora sozinha no banheiro do irmão gostoso da minha melhor amiga. Riu, "sozinha no banheiro do irmão gostoso da melhor amiga", parecia até nome de um filme pornô barato e ruim. Após molhar um algodão com a água morna da pia, você passou ele pelo rosto de Agustín, limpando o produto verde sem deixar nenhum traço dele. A pele de Agustín parecia mais brilhante e, bem de perto, foi a primeira vez que você notou como ele tinha um perfume bom. Muito bom. — Sabe Cuqui, — o olhou curiosa, os olhos dele (vermelhinhos) estavam grudados no seu rosto. Há quando tempo ele estava te encarando? — eu queria muito te dar um beijo, mas eu não consigo te levar a sério com esse negócio verde no rosto. — O que?
Você nem teve uma resposta imediata, o cérebro entrou em curto-circuito com aquela fala tão inesperada e te deixou tão desnorteada que você nem reagiu ou protestou quando ele te levantou sem dificuldade alguma e te colocou sentada na pia. Agustín sempre foi forte, mas não imaginava o quão forte ele era. E então algo molhado tocou seu rosto, limpando a máscara com o maior cuidado do mundo; era como se você fosse uma bonequinha de porcelana e Agustín um cuidadoso restaurador. Assim que o resto da máscara foi devidamente tirada e seu rosto molhado e seco, Agustín sorriu sacana. — Listo. — Aproximou o rosto do seu, o contato visual jamais sendo quebrado e as mãos grandes e calorosas envolvendo o seu rosto, pronto para te beijar. — Posso? — Perguntou, raspando a ponta do nariz no seu.
Que SE FODA a sua dignidade. — Sim... Por favor... — Arfou. E foi assim que você se permitiu ser atacada pelos lábios de Agustín, que te envolveram num beijo caloroso e nem um pouco inocente. As mãos, antes ao redor do seu rosto, desceram tortuosa e lentamente até chegarem a sua cintura, apertando-a e te fazendo inclinar o corpo para frente com o toque súbito. Nesse movimento súbito, o sacana aproveitou para colocar a mão nas suas coxas, brincando com a bainha da sua saia, perigosamente perto da sua bunda descoberta, como se pedisse permissão. E é claro que você concedeu, aproveitando que ele estava distraído com a sua saia, colocou as mãos por debaixo da camiseta dele. A pele estava quente, muito quente, e quando sua mão geladinha entrou em contato com ela, Agustín estremeceu, mas foi quando você arranhou as laterais do corpo que ele reagiu de verdade, soltando um gemidinho contra os seus lábios e aproximou mais o corpo do seu, te permitindo que você pudesse envolver a cintura dele com as suas pernas e usar os ombros dele para que se apoiasse e levantesse o suficiente para que ele colocasse as mãos na sua bunda, apertando a carne com desejo. Os seus gemidinhos e arfares estavam o enlouquecendo, ainda mais porque você tentava contê-los. Pressionou a pélvis contra a dele, tentando se aliviar, e o argentino gemeu, te envolvendo com os braços carnudos e te apertando com força contra o corpo, tendo um acesso estratégico para o seu pescoço, que agora era o que recebia total atenção dele. Beijava e chupava com gosto, lentamente descendo e descendo. Inebriada, tanto pela maconha quanto os beijos sufocantes do argentino, você nem notou quando o homem se ajoelhou em frente a você, beijando a sua perna direita conforme subia, até chegar perigosamente próximo demais de sua intimidade. Enfiou a cara entre as coxas e esfregou barba no interior de cada uma conforme beijava, te dando arrepios e te fazendo enfim dar atenção a ele, quando ele agarrou as coxas com forças e não te deixou se afastar dele. Os olhares se cruzaram quando ele olhou para cima, para o seu rosto que ele se perguntou se sempre foi tão lindo e hipnotizante, e com um fio de voz, fez a tão infame pergunta:
— Posso, Cuqui?
E quem é você para dizer que não para esse homem Homem?
101 notes · View notes
bloquinhodenotas · 26 days ago
Text
tudo de novo
sabe o que é triste? ver situações se repetindo, ver padrões se repetindo nos relacionamentos. mas sabe o motivo? meu inconsciente. é ele mesmo, continuo dependente emocional de ter a validação de alguém gostando de mim, e quando não sou correspondida e isso me traz tristeza. era pra ser simples, mas ainda me sinto triste, melancólica, fracassada e levando o peso da culpa.
tudo de novo: revisar onde errei, tentar ir pelo caminho certo, não soltar minha própria mão. é até difícil estender um texto completo quando se tá confusa por dentro, não consigo descrever sequer o sentimento.
38 notes · View notes
sonhosblog · 3 days ago
Text
A vida tem uma maneira intrigante de nos ensinar lições, mesmo nas horas mais sombrias. Por vezes, nos deparamos com desafios que nos testam de maneiras que nunca imaginamos, e é nesse contexto que o valor do apoio emocional se torna evidente. É doloroso perceber que aqueles que amamos, muitas vezes, não estão tão presentes quanto gostaríamos. A sensação de solidão em meio a dificuldades pode ser avassaladora, e a busca por conforto se transforma em um labirinto de expectativas não correspondidas.
Nos momentos mais vulneráveis, quando a fragilidade se torna palpável, é natural esperar que a mão de alguém querido esteja lá para nos segurar. No entanto, a realidade pode ser cruel. O silêncio nas noites em que a alma clama por compreensão e o desinteresse nas horas em que mais precisamos de apoio podem deixar marcas profundas. É como se um abismo se formasse entre o que se esperava e o que se recebeu, criando um eco de dor que ressoa em nosso interior.
É difícil não se sentir invisível, especialmente quando se busca aprovação e empatia. A busca por pequenas demonstrações de carinho e atenção se transforma em um desejo desesperado por conexão. E mesmo nas pequenas ações, como a tentativa de agradar, a sensação de desamparo pode se intensificar quando o retorno é escasso ou ausente. É um ciclo que se repete, onde cada gesto se torna um lembrete da distância emocional.
E assim, entre lágrimas silenciosas e sorrisos forçados, a vida segue seu curso, trazendo à tona a necessidade de enfrentarmos não só os desafios externos, mas também as expectativas internas que criamos sobre as relações. A jornada de autodescoberta e aceitação torna-se um caminho necessário, mesmo que doloroso, revelando que, por mais que o amor de alguém seja desejado, a força para superar as adversidades muitas vezes deve vir de dentro.
No final das contas, é essencial lembrar que, mesmo diante da dor e da solidão, cada passo dado em direção ao autoconhecimento e à autovalorização é um ato de coragem. E, ao perceber essa força, torna-se possível transformar a dor em aprendizado, abrindo espaço para novas possibilidades e conexões mais saudáveis. O que pode parecer um fim é, na verdade, o início de uma nova jornada, onde o amor-próprio se torna a base para a construção de relacionamentos mais significativos e verdadeiros.
(Texto autoral).
34 notes · View notes
impronunciar · 5 months ago
Text
O amor ás vezes, é como um campo minado emocional. Parece que a cada passo que damos, uma bomba diferente explode. Viver intensamente, mas com expectativas frustradas, esperando alegria onde só a dor era compartilhada. A vulnerabilidade que vem com a responsabilidade de amar alguém profundamente, trás o risco de mágoas e decepções. Mas estar disposto a amar, é viver à base de riscos. As expectativas não correspondidas, as desavenças inevitáveis ​​e até mesmo a simples passagem do tempo. Situações que causam feridas profundas no coração. Às vezes, o amor machuca quando nos vemos sacrificando nossos próprios desejos e necessidades para satisfazer os de outra pessoa, perdendo nossa própria identidade nesse processo. E quando o amor acaba, seja por escolha mútua ou circunstâncias além do nosso controle, a dor da perda pode parecer insuportável. No entanto, apesar das cicatrizes emocionais que o amor pode deixar, muitos de nós continuam a buscá-lo, pois esperamos que algum dia, quando for correspondido, traga consigo alegrias inigualáveis ​​e experiências transformadoras que moldarão quem somos, e quando esse dia chegar, viveremos intensamente com expectativas positivas.
Impronunciar.
66 notes · View notes
projetovelhopoema · 5 months ago
Text
A tristeza é uma companheira constante na minha vida. Como uma sombra que me segue silenciosamente, sempre presente, mesmo nos momentos mais iluminados da vida. Se entrelaçando com meus pensamentos, obscurecendo meus sorrisos e me envolvendo em um véu de melancolia.
Tento afastá-la, buscar refúgio em distrações passageiras ou em conversas superficiais. Mas a tristeza é teimosa, persiste como uma nuvem escura que paira sobre mim, não importa o quanto eu tente escapar dela.
Ela se manifesta em lembranças dolorosas do passado, em sonhos desfeitos que nunca se realizaram e em expectativas não correspondidas que pesam como um fardo em meus ombros. Cada pequeno contratempo parece ampliar sua presença, como se ela estivesse sempre à espreita, esperando o momento certo para se fazer notar novamente.
No silêncio da noite, quando todos os sons se dissipam e o mundo parece adormecer, é quando ela se intensifica. É como se todos os pensamentos não ditos e emoções não expressas se reunissem para me assombrar, me lembrando de que nem sempre a vida é gentil ou justa.
— Lais em Relicário dos poetas.
51 notes · View notes
sunshyni · 10 months ago
Note
oi dengo! tenho dois pedidos então!!! Escreve algo com o Anton (friends to lovers) e algo com o jisung (você decide)
Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media
ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ(Ele tá tão 🤏 nessas fotos, dá vontade de chorar)
about content: estupidamente fluffy, é tudo que eu tenho a dizer!
ㅤㅤㅤㅤw.c: 1.5k
•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•
notas: confesso que comecei a escrever essa só com esse “friends to lovers” de bússola, daí eu tava ouvindo “Love 119” e isso acabou fluindo dessa forma, espero que vocês gostem!
(OBS: tenho um plot do Jisung que dependendo do andar da carruagem, saí em breve, então me aguarde 🙏)
ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤBoa leitura, docinhos! ♥️
Tumblr media
Você trancou a porta principal da sua casa com todo cuidado do mundo enquanto segurava um par de tênis all star porque ficou com medo de acordar seus pais no caminho do seu quarto até às escadas e finalmente à entrada da residência, Anton desviou o olhar do seu visual composto por um vestidinho e um casaco fino que servia mais como complemento do que para te proteger do frio – levando em conta que o clima daquela madrugada era ameno, típico de uma noite de verão – para os seus olhos que formavam uma meia lua devido ao sorriso completo que você colocou nos lábios, rosados por um gloss com um cheirinho adocicado de frutas vermelhas.
Você se sentou no primeiro degrau dos dois que levavam até a sua porta, para calçar os tênis e esconder os morangos das suas meias, mas Anton foi mais rápido e se ajoelhou diante de você para amarrar os cadarços, ele fez exatamente como costumava fazer quando vocês eram crianças, um nó, duas orelhas de coelho e um laço, o que te fez mexer nos cabelos dele como se tivessem voltado para o jardim de infância.
Anton elevou o olhar ao terminar de colocar seus sapatos feito o príncipe encantado de “Cinderela” e te estendeu a mão, ainda sem trocarem nenhuma palavra com receio de alguém acordar, sua Alexa despertar ou os aspersores do jardim serem de repente ativados. Então, vocês só começaram a falar quando a fachada da sua casa já não podia mais ser observada.
— Por que você me avisou de última hora que foi convidado pra uma festa do Wonbin? — Você questionou ao seu melhor amigo desde... o berçário? Vocês dois sempre achavam que era fantasia das suas mães, mas elas juravam de pés juntos que vocês viviam com os rostos virados um para o outro nos berços daquela ala específica do hospital, elas contavam que mesmo que as enfermeiras trocassem vocês de lado, ainda assim encontrariam um jeito de direcionar seus rostos em direções favoráveis para espionar um ao outro, mesmo que os olhos mal dessem menção de se abrirem. Daí pra frente vocês cresceram juntos, brincaram juntos, estudavam juntos, sempre davam um jeito de incluir um ao outro nas suas atividades.
Você cresceu com um perfeito modelo de cavalheiro ao seu lado que te tratava feito uma princesa a maior parte do tempo e vivia te sujando de sorvete de iorgute da sorveteria favorita de vocês.
— Porque eu fiquei com medo de você ficar chateada comigo por causa desse novo círculo de amigos — Anton confessou desviando de uma lixeira na calçada. Você negou com a cabeça, mesmo que por dentro estivesse morrendo de ciúmes dos seus novos amigos, principalmente das garotas que não sentiam vergonha em flertar com o Lee na luz do dia, mas serem correspondidas por um sorriso tímido e um aceno de despedida, o que era um tanto quanto frustrante — Você não tá brava comigo, tá?
— É claro que não, Anton — Anton desde criança sempre foi famoso entre as garotas, no entanto isso tomou uma proporção maior quando vocês completaram dezesseis primaveras, e você começou a sentir um incômodo na barriga toda vez que alguma garota lhe pedia ajuda com uma questão de matemática ou a como posicionar o violoncelo nas aulas do clube de música, quer dizer, você era péssima cantando e Anton sabia devido a sua cantoria de Taylor Swift que ele conseguia escutar da casa ao lado, entretanto você se obrigou a aprender tocar o triângulo só pra espionar suas interações — Eu achei que eu era a amiga descolada da relação, mas você tá me dizendo que não. Esse título é seu.
3 anos. Você estava guardando uma confissão e esperando o melhor momento para dizer para Anton que o queria como seu namorado fazia cerca de 3 longos anos, perdendo grandes oportunidades por puro medo de perdê-lo, fitando vez ou outra por tempo demais os lábios que você presumia serem muito macios e com gostinho do lip balm de coco que ele utilizava todos os dias e que deixava seus lábios levemente brilhantes.
Inconscientemente era isso que você estava fazendo, esperando que ele não reparasse no brilho dos seus olhos, nas vezes em que você tinha que parar de falar para engolir a saliva porque tinha se perdido novamente nos olhos atentos de Anton e precisava se lembrar do que estava falando para não parecer estranho.
— Eu tive um sonho estranho hoje — Ele disse, a luz amarelada dos postes iluminando seu rosto e de alguma forma ressaltando cada vez mais a beleza dele — Sabe aquele filme? O bom dinossauro?
Você sorriu, escutando-o comentar sobre seus sonhos esquisitos dignos de uma mente criativa como a dele, como quando vocês montavam cabanas improvisadas no quarto de Anton e compartilhavam desejos de crianças, sonhos e pesadelos que faziam com que vocês dormissem entre os pais na madrugada. Você tinha essas lembranças gravadas a ferro quente na sua memória, do pijama de botões com estampa de nuvens de Anton, da lanterna que projetava pequenas estrelas no céu de lenç��is. Estrelas que ainda existiam, nos seus olhos toda vez que o vislumbrava.
Anton Lee segurou sua mão quando entraram na festa lotada de Wonbin, onde se podia ouvir uma música moderadamente alta, muitas vozes e consequentemente muitas risadas vindas dos diferentes cômodos da residência.
— Você tem que ver os fundos daqui — Anton parou de andar de repente e de te guiar por entre as pessoas para te falar no ouvido enquanto a mão direita descansou suavemente e inocentemente sobre a sua cintura, roubando todo seu fôlego por alguns segundos, queria que ele permanecesse daquela forma, com o corpo próximo o bastante para você sentir o cheiro da fragrância de laranja e limão, com um toque amadeirado que você não esperava sentir nele. Por um instante, você pensou que ele sentira as faíscas quando te envolveu num olhar beirando o penetrante e aumentou a pressão no lugar onde te segurava, fazendo com que você se achegasse um pouco mais e quase pisasse no seu pé por puro nervosismo, mas isso só aconteceu para te livrar de um esbarrão.
— É uma piscina — Você constatou sorridente.
— Uma piscina — Anton repetiu com a mesma animação presente na sua voz.
— Anton! Você não vai entrar, não? — Shotaro perguntou da piscina, conforme Anton se aproximava para cumprimentar seus amigos e te apresentar para cada um deles, embora não fosse necessário já que vocês andavam grudados. Você e Anton amavam água, seja mar, rio ou piscina, na infância vocês contavam os dias para poderem visitar a casa de praia dos pais de Anton afim de passarem semanas debaixo de muito sol, protetor solar e muitos refrescos com direito a mini guarda-sóis na borda do copo.
Inesperadamente, Anton assentiu para Shotaro, se livrando da calça jeans e da camisa branca para acompanhar os amigos nas brincadeiras que eles faziam no interior da piscina, você se conteve em se sentar na borda, fitando os cabelos molhados do Lee que ocasionalmente ele tentava colocar para trás com um balançar de cabeça. Anton parecia um legítimo peixinho toda vez que adentrava numa piscina feito aquela.
Depois de quase levar um caldo de Eunseok e Sohee e de mais algumas pessoas que você não fazia ideia de quem eram, os garotos deixaram o quintal para buscar alguma coisa para beber e Anton permaneceu, nadando de uma extremidade até a outra ao passo que as pessoas iam saindo.
Ele impulsionou o corpo pra cima e se sentou bem ao seu lado na borda.
— Lembra quando você sonhou que era uma tartaruga na sua vida passada? — Anton concordou com as mãos espalmadas no chão — Então, eu acho que foi uma visão.
Anton riu baixinho anuindo com a cabeça com veemência, resolvendo te olhar nos olhos uma outra vez naquela noite, com a mesma intensidade que ele utilizou momentos antes dentro da casa, quando a música estava muito próxima dos seus ouvidos, você levantou a mão em direção a bochecha do seu melhor amigo, acariciou alí calmamente, e nessa hora do campeonato, o peito de Anton ia e vinha numa velocidade que você nunca tinha se deparado, a chance dele poder eventualmente retribuir seus sentimentos te encheu tanto de esperança que você se inclinou suavemente, beijando-o nos lábios brevemente, temendo uma reação.
— Por que você parou? — O Lee segurou suas bochechas inicialmente, unindo os lábios de vocês num beijo mais caprichado e envolvente, descendo uma das mãos para a sua nuca ao mesmo tempo que a outra encontrava sua cintura novamente e dava aquele mesmo apertão de antes, só que mais acentuado e preciso, você foi a primeira a se separar buscando ar e perdendo-o novamente com as bochechas vermelhas de Anton.
— Me diz que isso não é um sonho — Você pediu, esfregando a ponta do nariz no nariz de Anton num evidente beijinho de esquimó, ele sorriu e fechou os olhos pra ter consciência de que quando os abrisse de novo, você não ia desaparecer.
— Não, felizmente não é.
Tumblr media
104 notes · View notes
meuemvoce · 6 months ago
Text
Vulnerabilidade
Me sinto nua, minha vulnerabilidade é transparente. Não estava nos meus planos sentir sentimentos que por um tempo desconhecia. Jamais entenderei por que sou a escolhida para gostar de você. Não posso me sentir culpada e brigar com o meu coração por ele ter escolhido você e o máximo que posso fazer é esperar ser correspondida ou esquecer os sentimentos enraizados. Aos poucos os dias foram passando e me apaguei ao seu jeito espontâneo de sorrir e de conversar sobre um mundo cheio de possibilidades, escuto seus planos e peço para os seres celestiais que você me inclua, ouvir sua voz é como o som dos céus em tempos chuvosos porque ela é estrondosa e suave na mesma proporção, quando você conversa com um tom manso para dizer algo ao meu respeito sinto os pelos dos meus braços se arrepiarem e os meus demônios pularem dentro de mim. Algum tempo atrás só sentia o vazio e o eco do grito de misericórdia nas paredes do meu coração, então você chegou, derrubou as paredes e fez morada, agora quem disse que tenho coragem de te expulsar? Porque tudo o que sempre quis é que alguém me escolhesse como casa e não tenho certeza se você me escolheu, mais quero acreditar que sim. Antes não pensava em ninguém, não me preocupava e muito menos esperava uma ligação, hoje me sinto no dever de pensar em você e te esperar em qualquer momento do meu dia, não quero acreditar, mas parece que Deus teve piedade de mim e desceu um anjo para a terra e deu a ordem para você cuidar de mim, porque andei por tempo demais com os demônios que estavam me levando para as trevas. Tu és o ser mais lindo e puro que tive a oportunidade de conhecer, caso você não queira ser o meu anjo protetor, espero que seja de alguém que precise de você e enquanto você não vem para mim, serei o seu anjo negro para te proteger da escuridão que a vida coloca em nossos caminhos.
Elle Alber
36 notes · View notes
passosnaareia · 6 months ago
Text
Tumblr media
VOCÊ BASTAVA
Me disseram pra não acreditar quando alguém disser que gosta tanto de mim,que não tem olhos pra outra pessoa.
Mas acredito sim, porque eu fui capaz disso, passei anos ao seu lado, e só tinha olhos pra você.
Nenhuma beleza se igualava à sua,
Eu sequer notava se alguém era bonito ou não,
Passavam despercebidos por mim,
Só seu rosto, corpo, jeito,
Você ao todo, era suficiente.
Por isso, eu enxerguei que seu amor não era pra mim,
Porque eu não fui o suficiente.
E assim, na sinceridade de meus sentimentos,
Entendi que o amor verdadeiro
É aquele que, mesmo em silêncio, resiste.
Acreditei, porque eu sei do que o coração é capaz,
E, mesmo na dor de não ser correspondida,
Encontrei a verdade de quem eu sou,
E a beleza de amar sem medidas,
Mesmo quando não se é o bastante.
- passosnaareia
27 notes · View notes
ethcl · 3 days ago
Text
WANTED CONNECTIONS.
Abaixo do read more estão listadas algumas de conexão que gostaria de desenvolver. Informações importantes: Ethel é changeling do quadrante dos cavaleiros, tem 29 anos e se especializa atualmente em draconologia. Todas as ideias são sempre bem-vindas, e caso se interesse por algo, só me chamar no chat!
Tumblr media
1. Quando mais novos, Ethel e MUSE dividiram uma experiência traumática. Desde então, eles são o suporte um do outro em momentos de dificuldade, especialmente quando se trata de coisas vergonhosas ou pouco honrada.
3. Quando se conheceram na mudança para Hexwood, MUSE não demorou para perceber que Ethel não divide muitos dos preconceitos do seu grupo. MUSE usa isso a seu favor, para tentar descobrir segredos ou vantagens sobre os changelings. (exclusivo para khajols)
2. Em vários momentos durante a formação de ambos em Wulfhere, MUSE e Ethel se cruzaram e quase foram responsáveis pelo fracasso (e experiências de quase-morte) um do outro. Por isso, os dois têm uma rivalidade antiga e repleta de mágoas. (exclusivo para changelings)
4. MUSE e Ethel se conheceram em território neutro e eram simplesmente amigos, sem muitas interferências de suas identidades ou grupos. Porém, MUSE destratou Ethel publicamente em meio aos seus amigos sem motivo aparente, e agora tenta consertar a situação por arrependimento pelo ocorrido. (exclusivo para khajols)
5. MUSE e Ethel mantinham uma amizade secreta, com encontros discretos e correspondências reservadas, já que MUSE é umx nobre notórix entre os khajols e era mais simples manter sua associação com changelings em segredo. Com a união dos grupos em Hexwood, entretanto, eles enfrentam uma tensão: manter a discrição ou simplesmente fingir que não se conhecem? (exclusivo para khajols)
8. Não é a primeira vez que Ethel se vê de frente a um caso de afeição não correspondida, mas detesta ter uma paixonite em MUSE nesse ponto da vida. Desde que percebeu esse sentimento, ela tenta evitá-lo para ver se consegue se livrar do inconveniente por pura teimosia.
6. MUSE conhece Ethel há muito tempo e são amigos de longa data; naturalmente, é alguém com quem ela sempre se sentiu livre para conversar e desabafar. A maior questão aqui é que MUSE a compreendia até demais, a ponto de deixá-la confortável o suficiente para não perceber que estava se apaixonando por ele até que fosse tarde demais. Possibilidades aqui: os sentimentos nunca foram mútuos e os dois decidiram manter somente amizade, ou então MUSE sequer chegou a saber sobre o afeto de Ethel. Bonus points se for alguém que abertamente não possui interesse em se relacionar, ou então apaixona-se facilmente por qualquer outra pessoa.
7. Ethel possui admiração tremenda por MUSE, seja por conquistas, personalidade ou simplesmente pela pessoa que é. Frequentemente fica nervosa em sua presença e algumas vezes já se enrolou por tentar impressionar MUSE. 
10 notes · View notes
fragmentos-internos · 28 days ago
Text
Na noite de quinta-feira (24), sonhei que você estava namorando aquela garota. Beatriz o nome, não é?! Acordei meio angustiada, pois, apesar de eu tentar me penar de esperanças ridículas, no fundo eu sei muito bem que essa realidade chegará no momento em que eu estarei convicta de que não sinto mais nada por você, até te encontrar no momento menos esperado e essa avalanche de emoções voltem átona.
Me dói muito ter sido descartada por você pela segunda vez, mas nessa última, a dor me corrói ainda mais pelo motivo ter nome e sobrenome...
Sei que uma paixão não correspondida é algo meramente comum, afinal, quem nunca passou por isso?! Mesmo tendo isso em mente, saber que eu não fui o suficiente para você, e que outra garota foi, minha mente se pesa por esse caso.
Agora são 00:11 do dia 27 de outubro, me encontro na cama após mais um pranto no meio da noite, devido aos meus pensamentos estarem inundados pelos meus erros. Me dói muito, de verdade.
Poderia; na realidade, queria muito desejar que você sentisse toda essa dor que me consome, mas eu genuinamente gosto muito de você, ainda sinto carinho quando lembro do seu beijo, e de verdade mesmo, espero do fundo do meu coração que essa garota seja certa para você, que seja o que for que esteja rolando entre vocês dois, que ninguém saia ferido. Que essa sua paixão por ela seja correspondida. Por eu gostar verdadeiramente de você, saber que você se esforça por ela, e por ver sentido em valorizá-la, de certa forma me deixa feliz por você estar feliz.
De qualquer forma, por qualquer coisa negativa que tenha acontecido entre nós, com todo o meu coração eu espero que você seja a pessoa mais feliz, e desejo profundamente que você nunca pegue o mesmo papel de "resto" que peguei.
10 notes · View notes
altahmamx · 2 months ago
Text
ART.
E de repente, estou aqui. Mas como eu vim parar aqui? Em um piscar de olhos, estava deitada no seu peito, foi um encaixe perfeito, no seu abraço foi meu aconchego.
Não posso me permitir sentir isso, e você sabe o que "isso" significa.
Posso rebobinar? Até quebrar seu coração?
Sempre tão gelada, você me deixou tão quente, consigo sentir o sangue percorrendo pelas minhas veias rapidamente, enquanto meu coração acelera sem motivos aparente?
Como você ousa vir aqui e querer arrumar toda a minha bagunça? Sente-se e me veja arruinar a sua vida com a minha desordem.
Coloque suas mãos sobre a minha cintura e me sinta ser sua. Apenas por agora.
Nossos corpos colidiram como estrelas, pegando fogo, com suas mãos no meu pescoço, consigo sentir vc sugando toda a minha energia enquanto sente o meu gosto. Qual o gosto? Desculpa te embebedar. Minha alma vai está naquele beijo ardente em desejos secretos, é um segredo.
Seja meu nesse momento, uma obra prima está em chamas, a ARTe está na profundeza dos seus olhos, consegue ver aquela escultura em forma humana desenhada a dedo para você? Você pode passear e deixar suas digitais em cada linda curva. Saboreie.
Estou em chamas, sinto tanto, você esquentou tudo por aqui... Não te contaram para não brincar com fogo? Você pode perder tudo! E em um piscar de olhos enfim sentir a Arte queimar.
E o que nos restou foi a fumaça quente para dizer que passamos por aqui.
Uma obra prima derretida aos seus pés. Ela não ficará para limpar a bagunça, ela é a bagunça.
Um encaixe tão lindo e perigoso... Seu perfume está por todo o corpo dela, ela sentiu a cada toque suave do vento, ela sentiu e sorriu com os olhos marejados, está ferrada, ela sentiu.
Quando ele olhou nos seus olhos, você se encontrou. E por isso é melhor partir.
O beijo quente ainda é possível sentir percorrendo e descobrindo cada curva da sua obra de ARTe. Sua. Não se iluda, ela não é sua.
Que confusão linda meu amor, me perdi naquele encaixe perfeito dos nossos corpos, quentes, suando com tanto desejo carnal, você sabe que me pegou desprevenida, talvez eu queira te sentir para sempre percorrendo todo o meu corpo. Desculpa a emoção, não sei lidar com essas sensações estranhas? Borboletas no estômago? Devo queima-las? Já sinto o cheiro do fogo que você causou aqui.
Desculpa o transtorno, sua obra de ARTe não foi feita para um lar, ela deve ficar em um museu, exposta, sendo exibida, onde muitos querem, mas ninguém de fato a tem. Talvez ela tenha alguém, mas ninguém pode tê-la. Ela não foi feita para amar, foi feita para quebrar.
Você não pode amar algo quebrado, apenas pegue o seu pedaço e saia, ela é um karma, não uma bênção.
Ela se apaixona com uma certa facilidade, tem um sorriso fácil apesar do rosto enigmático, mas não foi feita para ser correspondida. Pode rejeitar lá, ela não liga. Ela é ponte, ninguém fica!
Registrei aquele lindo nascer do sol pela janela da minha sala, que visão linda, você se lembra? Desliga a câmera. Foi um lindo momento... ficou na sua memória? Espero que sim, porque você ficou na minha.
Ela não é merecedora do seu melhor, pq ela não é o melhor para você. Ela é a sua ARTe que deu errado, mas foi a mais linda naquele momento.
Por um segundo, ela entendeu que poderia finalmente ter encontrado você, então, ela acordou. Ela não foi feita para o amor, foi feita para o caos. Não tente provar o contrário, ela vai quebrar o seu coração mesmo querendo cuidar.
Deixei meu corpo na sua cama, junto com o meu cheiro e com a lembrança... Será que uma memória pode ser fotografada?
Eu sei, ela pode ser apaixonante, até mesmo quando ela é o centro da sua confusão amor.
Me desculpa a confusão.
Ela é sua ART.
10 notes · View notes
fmik · 4 months ago
Text
Tumblr media
Um oc meu! Nome dele é Gasdlyan.
Ele é uma variação de um Gaster Sans, criação da natureza para presentear duas mamães toriels. (Sparkle e Luna)
Sparkle é feiticeira, Luna consegue controlar o tempo de sua Au, sendo abençoada pela Lua.
Gasdlyan tem uma pá como "arma". Ele consegue atravessar Multiversos com ela, porém ele tem que literalmente CAVAR pra atravessar, então isso limita ele muito quando criança.
Melhor amigo dele é Gradient, sendo também sua paixonite não correspondida.
14 notes · View notes
outro-estranho-no-mundo · 9 months ago
Text
A arte além da vida - Continuação
Após a longa noite pintando Amélia em diferentes tons que suas emoções refletiam em sua alma, cada cor se tornava um novo quadro, estes que Connor os levou para sua exposição, para sua surpresa lá estava novamente o mesmo critico de artes que lhe pagou em dobro pelos quadros, dessa vez ele parecia mais admirado que antes, em alguns momentos mal continha suas emoções ao ver os quadros, parecia que o quadro transmitia os sentimentos para ele e todos os que estavam ao redor. Connor e Amélia os observavam de longe no salão, contentes com o resultado da noite, esperançosos para que isso se tornasse algo frequente na vida do pintor e de sua musa espiritual.
Dessa vez o crítico fez uma grande oferta para Connor, lhe perguntando se o mesmo não gostaria de ter sua própria galeria para expor todos os seus quadros, algo pequeno de início e crescendo com o passar do tempo e da renda que isso trouxer, discretamente o artista olhou para Amélia que acenava que sim com a cabeça, foram para uma sala reservada e conversaram sobre os termos do contrato que teriam.
Ao chegarem em casa, Connor e Amélia mais uma vez comemoram ouvindo música e dançando, ela parecia um globo de festa mudando as cores à medida que se mexia, Connor estava extremamente feliz, pois seu sonho estava bem perto de se realizar. Ao longo da noite o artista e sua musa estavam conversando sobre como seria o futuro e algumas curiosidades sobre o esse dom que ele tinha.
— Amélia, estou curioso sobre a sua história. Poderia me contar como você se tornou um espirito? — Perguntou Connor curioso
— Achei que faria essa pergunta no primeiro dia haha. — Respondeu ela rindo
— Não sabia como abordar algo tão delicado, acho que a bebida e o dia me incentivaram. — Respondeu Connor
— Eu nasci e vivi a alguns anos atrás, era uma mulher apaixonada pela vida, tinha um amor forte por um homem, mas nunca fui correspondida, acho que é por isso que vim com essa cor vermelha. — Contou ela
— Você morreu por não ter ele? — Questionou Connor
— Não seja bobo hahaha, não morri por amor, eu era uma professora nos meus tempos, adorava o que fazia, mas tinha uma doença que não havia cura ou tratamento e com tempo ela venceu. — Explicou Amélia
— Sinto muito por perguntar. — Disse Connor com lagrimas nos olhos
— Não tem problema querido, uma hora ou outra tocaríamos nessa questão, eu estou feliz por encontrar você. — Respondeu Amélia
— Agora sobre essa habilidade de ver os espíritos e suas cores eu não tenho ideia do porquê, mas fico feliz por ter alguém que tenha tal dom. — Continuou Amélia
Foram conversando sobre coisas da vida ao longo da noite, a medida que falavam vinham ideias para os quadros, Connor tentou criar algo que mostrasse as mudanças de emoções de Amélia, pintou um quadro da mesma com diversas cores e disse que o deixaria bem na entrada, com a intenção de mostrar a todos a capacidade de sentirmos mais de uma emoção por vez.
Passaram meses que estavam juntos nessa jornada de arte e emoções, Amélia se mostrava cada vez mais feliz por encontrar alguém com um dom tão lindo em sua vida, era como se tivesse encontrado o amor novamente, estava apaixonada pela vida que estava vivendo e sentia que tudo era reciproco da parte do Connor, ele que estava sempre sorrindo, pois, seu sonho estava se realizando a cada passo, era apaixonado pela sua arte e por sua musa. Por mais improvável que fosse um ser vivo em terra e uma alma ficarem juntos, não era algo que importava para eles, era só um mero detalhe, pois o amor que tinham um pelo outro transcendia a vida e a morte, estavam destinados a se encontrarem e viverem essa história.
Thadeu Torres
26 notes · View notes