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Madhusudana Sarasvati
O intelectual hindu bengali Madhusūdana Sarasvatī (fl. 1500–início de 1600) foi um dos últimos grandes expositores pré-coloniais da tradição da filosofia/teologia não dualista sânscrita conhecida como Advaita Vedānta. Madhusūdana floresceu durante o reinado do Imperador Akbar (1556–1605), e era bem conhecido pela corte Mughal na época da composição do Jūg Bāsisht¹; com base nos dados disponíveis, ele muito possivelmente viveu durante o reinado de Jahāngīr (1605–27) e uma parte do reinado de Shāh Jahān (1627–58) também. Nascido em Bengala, Madhusūdana passou grande parte de sua carreira acadêmica em Varanasi (Vārāṇasī), um grande centro de aprendizado de sânscrito onde a tradição Advaita Vedānta, em particular, desfrutava de um status proeminente. Entre as composições de Madhusūdana está seu comentário sobre o Śivamahimnaḥ-stotra de Puṣpadanta, conhecido como Mahimnaḥ-stotra-ṭīkā; contido neste comentário, e mais tarde circulado como um tratado independente, está a bem conhecida doxografia sânscrita de Madhusūdana, o Prasthānabheda (“As Divisões das Abordagens”), que este capítulo considerará com algum detalhe. Aproximadamente na mesma época, Madhusūdana também escreveu sua obra filosófica mais influente, o Advaitasiddhi (“O Estabelecimento do Não-Dualismo”), em resposta à crítica estendida do pensamento Advaita oferecida no Nyāyāmṛta de Vyāsatīrtha (m. 1539), uma figura proeminente na escola rival do Dvaita (“dualista”) Vedānta. Uma vibrante tradição de comentários se liga ao Advaitasiddhi e às outras obras de Madhusūdana até o período colonial e continuando até o final do século XX, uma das várias atestações do impacto duradouro e poderoso de Madhusūdana dentro dos círculos intelectuais sânscritos. Do período colonial em diante, além disso, Madhusūdana exerceria um tipo diferente de influência nos esforços nacionalistas orientalistas e hindus para articular uma identidade “hindu” essencialista e unificada, na qual seu Prasthānabheda desempenhou um papel.
Os próprios tratados de Madhusūdana revelam muito pouco sobre os detalhes de sua vida, além de seus professores e (de forma útil) os outros tratados que ele escreveu, enquanto nenhum outro registro foi descoberto que pudesse fixar suas datas ou local de nascimento sem sombra de dúvida. No entanto, vários estudiosos modernos se esforçaram para extrair cada gota potencial de informação biográfica de seus escritos — os debates sobre as datas de Madhusūdana poderiam quase constituir um subcampo por si só! — enquanto um corpo considerável de lendas locais, histórias orais e outros dados anedóticos também foram trazidos para o tópico. Embora classificar os dados confiáveis dos não confiáveis possa envolver suposições incertas, no mínimo, uma imagem provável da figura pode ser alcançada, juntamente com alguns episódios biográficos possíveis e menos certos. Além disso, estudiosos modernos também utilizaram a linhagem de ensino de Madhusūdana em uma tentativa de reconstruir as redes sociais e intelectuais das quais ele participou.
É geralmente aceito que, com toda a probabilidade, Madhusūdana veio da região de Bengala. Em uma de suas primeiras obras, o Vedāntakalpalatikā, Madhusūdana faz duas referências à divindade Jagannātha de Puri como o “Senhor da montanha azul” (nīlācala), uma forma de Kṛṣṇa associada à região da atual Orissa, no leste da Índia. Este local era um importante centro de peregrinação para os bengalis, particularmente aqueles associados ao movimento bengali Vaiṣṇava de Caitanya (falecido em 1533), que estava ganhando impulso considerável na época de Madhusūdana. P.M. Modi argumenta, com base em certas referências a Varanasi no Advaitaratnarakṣaṇa, Gūḍārthadīpikā e Advaitasiddhi de Madhusūdana, que ele também deve ter vivido lá por um tempo, dando assim credibilidade aos relatos tradicionais esmagadores de Madhusūdana conduzindo seus ensinamentos e escrevendo de lá. Em seu Advaitasiddhi e Gūḍārthadīpikā, Madhusūdana também menciona um de seus preceptores em nyāya (lógica), Hari Rāma Tarkavāgīśa, com quem Madhusūdana provavelmente estudou em Navadvīpa, um dos principais centros de aprendizado de nyāya. Em sete de seus tratados, Madhusūdana menciona ainda Viśveśvara Sarasvatī como seu guru āśrama, isto é, o preceptor de quem ele recebeu iniciação no modo de vida renunciante (saṃnyāsa), provavelmente em Varanasi; no Advaitasiddhi, Madhusūdana menciona adicionalmente Mādhava Sarasvatī como “aquele por cuja graça [eu] compreendi o significado das escrituras”, isto é, seu instrutor nas disciplinas de mīmāṃsā e vedānta, provavelmente também em Varanasi. Em seus próprios escritos, Madhusūdana cita com mais frequência, entre seus predecessores Advaita, as figuras de Śaṅkarācārya, Maṇḍaṇa Miśra, Sureśvara, Prakāśātma Yati, Vācaspati Miśra, Sarvajñātman Muni, Śrī Harṣa, Ānandabodha e Citsukha.
Além deste esboço biográfico bastante fino disponível nos próprios escritos de Madhusūdana, os estudiosos tiveram que confiar em fontes externas mais questionáveis para mais detalhes de sua vida. P.C. Divanji e Anantakrishna Sastri, por exemplo, coletaram vários relatos de famílias paṇḍit em Bengala e Varanasi que reivindicam Madhusūdana como ancestral, juntamente com um pequeno corpus de crônicas familiares e históricas — mais proeminentemente, um manuscrito intitulado Vaidikavādamīmāṃsā — que afirmam o nascimento e a linhagem bengalis de Madhusūdana. Esses materiais dão o nome de nascimento de Madhusūdana como Kamalanayana (ou Kamalajanayana), um dos quatro irmãos nascidos em Koṭālipāḍā no distrito de Faridpur, no leste de Bengala. Diz-se que sua família migrou do supracitado Navadvīpa, em Bengala Ocidental — o grande centro de aprendizado de Nyāya e do movimento devocional Caitanya (bhakti) — onde, após seu aprendizado inicial com Hari Rāma Tarkavāgīśa, o jovem Kamalanayana foi enviado para aprender Nyāya mais avançado com o célebre Mathuranātha Tarkavāgīśa (fl. ca. 1575). Foi daqui que Kamalanayana teria resolvido se tornar um renunciante (saṃnyāsin), e então partiu para Varanasi. Lá, Kamalanaya teria se tornado “Madhusūdana” após seu encontro com Viśveśvara Sarasvatī, que o iniciou em saṃnyāsa; Madhusūdana também empreendeu seu treinamento em mīmāṃsā e vedānta sob Mādhava Sarasvatī nessa época. Quando ele começou a compor seus próprios numerosos tratados, a reputação de Madhusūdana como um estudioso e sábio cresceu a ponto de atrair vários discípulos; ele também ganhou uma reputação como um grande devoto de Kṛṣṇa até sua morte aos 107 anos em Haridvār.
Translating Wisdom: Hindu-Muslim Intellectual Interactions in Early Modern South Asia- Shankar Nair
¹ - Tradução persa do Laghu Yoga-Vasistha.
#madhusudana sarasvati#advaita vedanta#vedanta#império mogol#laghu yoga-vasistha#hinduismo#planejo traduzir o Advaitasiddhi em breve!#me desejem sorte#traducao-en-pt#cctranslations#translatingwisdom-sn#dvaita vedanta#bengala#vishnuísmo#varanasi#prasthanabheda#advaitasiddhi
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Bihar Laghu Udyami New Yojana 2025 : बिहार लघु उद्यमी योजना 50 हजार नए लोगो को मिलेगा लाभ जल्द होगा आवेदन शुरू
Bihar Laghu Udyami Yojana 2025: बिहार सरकार ने राज्य में छोटे और मझोले उद्यमियों को बढ़ावा देने के लिए एक नई पहल की है। इस पहल के तहत बिहार लघु उद्यमी योजना 2025 को लॉन्च किया गया है। इस योजना का मुख्य उद्देश्य राज्य के युवाओं और छोटे व्यवसायियों को आर्थिक रूप से सशक्त बनाना है। इस योजना के माध्यम से लगभग 50 हजार नए लाभार्थियों को लाभ प्रदान किया जाएगा। यह योजना उद्यमिता को बढ़ावा देने और…
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Buy All in One Paper plate machine

All-in-One Paper Plate Machine in Varanasi: A Game Changer for Small Businesses
In recent years, the demand for eco-friendly and disposable products like paper plates has skyrocketed across India. The rise in environmental awareness and the shift away from plastic products have created a new market for sustainable alternatives. Among the most popular products in this category are paper plates, which are used for various occasions, from parties to festivals, and even in daily food service. To meet this growing demand, the All-in-One Paper Plate Machine in Varanasi is becoming a game changer for small businesses and entrepreneurs in the region.
What is an All-in-One Paper Plate Machine?
An All-in-One Paper Plate Machine is an automated system designed to produce paper plates in various sizes and shapes. This machine handles the entire production process, from feeding paper into the machine to shaping, pressing, and trimming the plates. What makes this machine special is its ability to perform all these tasks in a single, continuous operation. It's efficient, cost-effective, and easy to operate, making it an ideal solution for businesses looking to enter the paper plate manufacturing industry.
Why Choose the All-in-One Paper Plate Machine in Varanasi?
Varanasi, a city known for its rich cultural heritage, is also home to a growing market for disposable products. The All-in-One Paper Plate Machine has become highly popular in the region for several reasons:
High Demand for Paper Plates: Varanasi, with its vibrant culture, is known for hosting a variety of festivals, religious events, and community gatherings where paper plates are in high demand. The All-in-One Paper Plate Machine allows businesses to cater to this ever-growing market efficiently.
Cost-Effective and Efficient: Traditional paper plate manufacturing can be time-consuming and labor-intensive. The All-in-One machine automates most of the processes, reducing the need for manual labor. This not only saves time but also cuts down on production costs, making it a more affordable option for small business owners.
Eco-Friendly Solution: As the world shifts towards sustainable alternatives, the demand for eco-friendly products like paper plates is increasing. The All-in-One Paper Plate Machine helps businesses contribute to the environment by offering a biodegradable alternative to plastic plates.
Customization and Variety: With an All-in-One Paper Plate Machine, manufacturers can produce plates of various sizes and designs to cater to different customer needs. Whether it's for small, personal gatherings or large, industrial-sized events, the machine offers versatility and customization options.
Easy to Operate: One of the key features of this machine is its user-friendly design. Even with minimal technical knowledge, operators can easily handle the machine. It requires less maintenance and has a long lifespan, making it a reliable investment for businesses in Varanasi.
Benefits of Owning an All-in-One Paper Plate Machine in Varanasi
Increased Productivity: The automation of the production process significantly boosts productivity. A single machine can produce hundreds or even thousands of paper plates in a day, meeting large-scale demand without compromising on quality.
Low Maintenance: These machines are designed to be low-maintenance and highly durable. Regular cleaning and basic checks are enough to keep the machine running smoothly.
Affordable Investment: The All-in-One Paper Plate Machine is an affordable investment for small to medium-sized businesses. It provides a quick return on investment (ROI) due to its high production capacity and low operational costs.
Versatility: The machine can produce different types of paper plates, such as plain, laminated, or printed, allowing businesses to cater to various customer preferences and expand their product range.
Energy Efficient: With energy-efficient components, the machine helps reduce electricity consumption, further lowering production costs.
Where to Buy the All-in-One Paper Plate Machine in Varanasi?
For entrepreneurs and small businesses looking to purchase the All-in-One Paper Plate Machine in Varanasi, there are several local suppliers and manufacturers who offer this equipment. Many suppliers also provide installation, training, and after-sales support to ensure smooth operation. It's important to choose a trusted and reliable supplier who offers high-quality machines, warranty, and customer service.
Conclusion
The All-in-One Paper Plate Machine in Varanasi is an ideal solution for businesses looking to enter the paper plate manufacturing market. With its efficiency, ease of use, and eco-friendly production process, it has become an essential tool for many entrepreneurs. By investing in this versatile machine, business owners can meet the rising demand for paper plates in Varanasi and beyond, contributing to both business growth and environmental sustainability.
If you're looking to start your own paper plate manufacturing business or upgrade your existing setup, the All-in-One Paper Plate Machine is the perfect investment to help you succeed.
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Sports shoes sandals manufacturing laghu Udhyog लगाएं कमाई Rs 7 लाख महीन...
#youtube#https://youtu.be/lLfy70hyz34?si=twmE7YjQ1rMJmYHB Sports shoes sandals manufacturing laghu Udhyog लगाएं कमाई Rs 7 लाख महीना! Small Business I
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Laghu udyog ideas in hindi | कम निवेश में शुरू करें लघु उद्योग (2023)
Laghu udyog ideas in hindi आज की तेजी से प्रगति कर रही दुनिया में, कई व्यक्ति अपना खुद का व्यवसाय शुरू करने की इच्छा रखते हैं, खासकर लघु उद्योग या लघु उद्योग के क्षेत्र में। लघु उद्योग, जिसका अंग्रेजी में अनुवाद लघु उद्योग होता है, व्यक्तियों को अपने उद्यमशीलता के सपनों को पूरा करने और महत्वपूर्ण आय अर्जित करने का एक आशाजनक अवसर प्रदान करता है। हालाँकि, कम निवेश की आवश्यकता वाले सही लघु उद्योग…

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Shravan Rudra Pooja
Shravan Rudra Pooja, or the Rudra Abhishekam, is an extraordinary and profoundly significant ritual from our rich Hindu mythology. It revolves around honoring Lord Shiva, the mighty deity who embodies both destruction and rebirth. Brace yourself as we embark on a fascinating journey through the depths of this ancient practice, discovering its origins, unraveling its rituals, and uncovering the…

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कृषक समाज तथा लघु समुदाय में अंतर बताइए?
कृषक समाज तथा लघु समुदाय में अंतर :- कृषक समाज तथा लघु समुदाय में अंतर को निम्न आधारों पर समझाया जा सकता है:- लघु समुदाय कृषक समाज से अधिक प्राचीन है। लघु समुदाय में विशिष्टता पाई जाती है, जबकि कृषक समाज में सामाजिक, सांस्कृतिक, आर्थिक विभिन्नताएँ देखी जाती हैं। लघु समुदाय की अवधारणा सार्वभौमिक है, जबकि कृषक समाज की अवधारणा एक देश से दू��रे देश में भिन्न होती है। लघु समुदाय पारंपरिक होते हैं…
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Ulfric rips his shirt open, revealing that his skin sparkles like diamonds. "This is the skin of a killer, Dahlia." He proceeds to teleport behind her. "As if you could outrun me!" He then rips a tree in half. "As if you could fight me off!" His shirt has now fallen to the ground. Ulfric's still sparkling and still brooding. "I'm designed to kill." "I don't care," Dahlia argues. Ulfric stares at her, a mix of disbelief and pain rippled across his face. "I've killed people, Dahlia." "It doesn't matter." She dares to step closer to him. She wants to reach out to him, to touch him--she wants him so carnally, and she's convinced he can't stop her, even if he tries. "I wanted to kill you." He runs a hand over his features, frustrated. "I've never wanted a human's blood so much in my life." Dahlia bites her lip. She can't take her hazel green eyes off of his beautiful body. "I trust you."
Never forget that it was I, OBLIVIONS-DAWN, that inspired this MADNESS
Skyrim but make it Twilight
Idk this is just what I do now. I’m entertained.
#Senu Dialogue#Senu's Writing#Ulfric Stormcloak#friend's Skyrim OC#Dahlia Wintersnow#I'm in tears I'm laghuing so hard#Wrote this a month ago in Discord messages as a joke. It's time I shared it here with the Hellsite
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☀ RADHA KRISHNA ☀
"The Maha-mantra is the only real friend of the living entity. By the chanting of the Hare Krishna Maha-mantra, one very easily uproots all sinful reactions that have been accumulated not only in this lifetime but also for many past lives and which are yet to mature into fruitation."~Laghu Bhagavatamrita
Hare Krishna Hare Krishna Krishna Krishna Hare Hare Hare Rama Hare Rama Rama Rama Hare Hare
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Um Comentário Muçulmano Sobre um Texto Hindu
Ao encontrar o Jūg Bāsisht em algum momento durante suas viagens pelo sul da Ásia, Findiriskī compilou seu próprio resumo do texto persa, selecionando as passagens que ele, presumivelmente, achou mais interessantes. Findiriskī então costurou suas perícopes escolhidas para formar um texto mais curto conhecido como Muntakhab-i Jūg Bāsisht (Seleções do Yoga-Vāsiṣṭha, doravante “Muntakhab”). Ecoando uma prática comum entre as traduções persas de textos índicos, Findiriskī inseriu nesta versão condensada do Jūg Bāsisht numerosas seleções do corpus da poesia sufi persa clássica — selecionadas dos dīvāns de poetas conhecidos como Farīd al-Dīn ‘Aṭṭār (m. 1220), Jalāl al-Dīn Rūmī (m. 1273), Maḥmūd Shabistarī (m. 1320), Muḥammad Shams al-Dīn Ḥāfiẓ (m. 1389), Muḥammad Shīrīn Maghribī (m. 1406), Shāh Ni‘mat Allāh Valī (m. 1431) e Qāsim-i Anvār (m. 1433) — e também incluiu alguns versos introdutórios de sua autoria em louvor ao Laghu-Yoga-Vāsiṣṭha. Esses versos introdutórios aparecem não apenas em um dos manuscritos do Muntakhab, mas também em um dos manuscritos do comentário marginal de Findiriskī sobre o Jūg Bāsisht completo, conhecido como Sharḥ-i Jūg. Este poema introdutório e laudatório nos fornece um vislumbre perspicaz da interpretação de Findiriskī do Laghu e, portanto, vale a pena nos determos nele com mais detalhes: Este discurso (i.e., o Laghu-Yoga-Vāsiṣṭha) é como água para o mundo; conhecimento puro e crescente, como o Quran. Depois de passar pelo Quran e pelas Tradições, ninguém tem ditos desse tipo. Um ignorante que ouviu esses discursos, ou viu esse sutil bosque de ciprestes, Apega-se apenas à sua forma externa (ṣūrat); assim, ele faz papel de bobo.
Ao analisar esses versos, basta apontar as principais características do pensamento e da metafísica sufi que são referenciadas neles. A alusão à forma aparente e exotérica (ṣūrat, ẓāhir) por um lado, e ao significado ou essência esotérica (ma‘nā, ḥaqīqat, ẕāt, bāṭin) por outro — correlacionados com os “ignorantes” versus os “conhecedores”, respectivamente — é um tema central recorrente da poesia sufi persa. A imagem que acompanha de “água pura para o mundo” lembra o motivo poético convencional da substância única e essencial “água” que, em todo o mundo, pode assumir as várias formas externas de “onda”, “gelo”, “neve” e “espuma”, etc., conforme discutido no capítulo anterior. Como Annemarie Schimmel explica esse motivo da escrita sufi: [Rūmī discute] ‘o oceano do significado interno’ e o mundo externo… usando a imagem da espuma no mar para expressar essa mesma ideia… manifestações externas e todas as formas visíveis aos olhos não são nada além de palha e palha que cobrem a superfície deste mar divino… as formas materiais externas são sempre concebidas como algo… que esconde as profundezas insondáveis do oceano. Os poetas [sufis]… gostam de falar do oceano, das ondas, da espuma e da gota, que em cada instância parecem diferentes e ainda assim são a mesma água. Niffarī parece ter sido o primeiro a usar o simbolismo do oceano divino. Ibn ‘Arabī visualizou a essência divina como um grande oceano verde do qual as formas fugazes emergem como ondas, para cair novamente e desaparecer nas profundezas insondáveis.
Portanto, a Realidade absoluta (ḥaqīqat), que transcende toda articulação e forma, é simbolizada pela água sem forma; esta Realidade, por sua vez, assume várias formas delimitadas no mundo, assim como a água aparece às vezes como espuma, às vezes como gelo e às vezes como neve, mas todas essas formas são, em última análise, uma e a mesma água. E assim, de acordo com esta metafísica Sufi, como visto com Muḥibb Allāh, uma e a mesma Realidade transcendente atinge a manifestação no mundo em diversas formas. A implicação de Findiriskī, ao que parece, é que, embora o Quran e o Laghu sejam evidentemente díspares na forma acidental, eles, no entanto, expressam a mesma Verdade na realidade essencial. Somente o sábio conhecedor, no entanto, será capaz de perceber esta essência comum; o ignorante, preso no mundo das formas, nunca será capaz de discernir a substância básica compartilhada de bolhas e gelo. Como Findiriskī afirma, nesse sentido, em uma de suas notas marginais sobre o Jūg Bāsisht: “depois de compreender até onde posso (isti‘dād), não encontro oposição em nenhuma questão entre os brâmanes (barāhimah) e os filósofos islâmicos (falāsifah).” Como já vimos, Findiriskī afirma praticamente a mesma posição em seu Risālah-i ṣanā‘iyyah, onde ele proclama incisivamente que quaisquer diferenças aparentes que possam existir entre o discurso dos filósofos antigos (qudamā-i ḥukamā) — um termo que Findiriskī usa para abranger os filósofos gregos pré-aristotélicos, o próprio Aristóteles, os neoplatônicos, os filósofos entre os brâmanes e indianos (barahmanān u hindavān) e outros — essas são meramente diferenças de expressão (ikhtilāf-i lufẓī), pois todos esses pensadores chegaram aos seus ensinamentos por meio do intelecto (‘aql), e “o caminho do intelecto é um” (ṭarīq al-‘aql wāḥid).
Esta doutrina de forma e essência está intimamente ligada à estrutura cosmológica islâmica dos nomes e atributos de Deus (al-asmā’ wa’l-ṣifāt). De acordo com um ḥadīth do Profeta Muhammad, Deus tem noventa e nove nomes divinos, cada um dos quais, como muitos sufis como Ibn ‘Arabī afirmaram, articula um atributo da Realidade total e inefável de Deus. Os efeitos ou traços (āthār) desses nomes, no entanto, podem ser discernidos dentro do mundo fenomenal se alguém for capaz de vislumbrar além das formas. E assim, o Nome divino “o Belo” (al-jamīl), por exemplo, pode ser manifestado tanto em uma flor quanto em uma gazela: no nível da forma, esses dois objetos, enquanto objetos, nunca podem ser idênticos, mas a essência transcendente que eles manifestam — a própria dimensão de beleza de Deus, isto é, Seu nome “o Belo” — é uma realidade singular. De fato, nesta metafísica sufi, todo o universo fenomenal é visto simplesmente como o traço e a manifestação dos muitos Nomes de Deus, como o poeta sufi Rūmī explica em seu Fīhi mā Fīhi, referenciando o ḥadīth qudsī do “tesouro escondido”: “Deus diz: ‘Eu era um Tesouro Oculto, então eu queria ser conhecido.’ Em outras palavras, ‘Eu criei todo o universo, e o objetivo em tudo isso é Me manifestar, às vezes através da Gentileza e às vezes através da Severidade… Portanto, todas as criaturas fazem Deus se manifestar.”
Neste esquema cosmológico, além disso, abaixo do nível informe da realidade — onde os nomes e atributos têm sua raiz — estão níveis sucessivos de cristalização e corporalização, abrangendo realidades “inferiores” (embora ainda suprafísicas) como as formas platônicas, seres angélicos e as realidades imaginárias (khayālī) associadas aos sonhos, cada uma das quais pode atingir manifestações ainda mais diversas nos níveis abaixo delas. Embora seja difícil discernir os detalhes filosóficos precisos, já vimos Findiriskī ecoar tal visão hierárquica do cosmos, na qual diversas formas fenomenais manifestam essências e realidades transcendentes, em seu Qaṣīdah-i ḥikmiyyah: “Tudo o que está lá em cima tem uma forma abaixo; se a forma abaixo, pela escada da gnose (ma‘rifat), for pisada para cima, ela se tornará a mesma que seu princípio (aṣl). Nenhum entendimento externo (fahm-i ẓāhirī) pode compreender esses ditos… A joia está escondida no mistério dos antigos sábios, somente aquele que é sábio pode descobrir esses mistérios… Podemos dizer todas essas [palavras] sobre Ele, mas Ele está acima de tudo isso.” De acordo com um dos comentaristas posteriores sobre esta Qaṣīdah, Ḥakīm ‘Abbās Sharīf Dārābī, são de fato os nomes de Deus aos quais Findiriskī está se referindo nesses versos. Outro comentarista, al-Gīlānī, afirma que Findiriskī está aqui descrevendo os arquétipos (muthul), isto é, os universais imateriais (kullīyāt-i mujarrad) que residem acima do nível da realidade corpórea, que governam as espécies relevantes no mundo corpóreo abaixo deles. Em outras palavras, muito parecido com Muḥibb Allāh, Findiriskī aqui parece vislumbrar uma metafísica onde, por exemplo, o transcendente universal “humano” é a fonte ontológica e a causa de todos os humanos particulares (Mateus, Marcos, Lucas, etc.) que existem aqui-abaixo. Como Findiriskī explica em seu Risālah-i ṣanā‘iyyah, esses universais não são meras abstrações mentais da mente humana, mas têm uma realidade real e concreta nos níveis de existência acima deste mundo corpóreo; especificamente, os universais têm suas raízes e estão contidos dentro dos intelectos emanantes que constituem a cosmologia peripatética clássica da tradição avicena.
Claro, nem todas as manifestações dos Nomes e Atributos de Deus são criadas iguais, e os profetas (al-anbiyā’) — especialmente o Profeta Muhammad — são tipicamente considerados a manifestação mais abrangente possível dentro do reino da criação, daí sua qualificação reverenciada para servir como receptáculos para a revelação divina (waḥy). Muito parecido com a discussão de Muḥibb Allāh sobre a profecia, Findiriskī também oferece um relato para a causa e o propósito da diversidade religiosa, embora ele se aproxime mais de um léxico peripatético do que de uma formulação wujūdī. Os profetas, de acordo com Findiriskī, atingiram a união com os intelectos celestiais e, portanto, possuem conhecimento abrangente; este também é o objetivo da filosofia (ḥikmat). Os profetas, no entanto, alcançam esse conhecimento por meio da revelação (shar‘, sharī‘ah), em vez de por meio de ação, esforço ou contemplação, o que significa que eles desfrutam de uma proteção divina e infalibilidade que os “meros” filósofos não têm. Enquanto os filósofos falam apenas com a elite de poucos que possuem um temperamento filosófico necessário, os profetas, por outro lado, falam com toda a comunidade, com uma responsabilidade direta sobre a saúde e o bem-estar dessa comunidade.
Translating Wisdom: Hindu-Muslim Intellectual Interactions in Early Modern South Asia- Shankar Nair
#laghu yoga-vasistha#islam#hinduismo#mir fendereski#sufi#religião comparada#traducao-en-pt#cctranslations#translatingwisdom-sn#poesia mística#rumi#ibn arabi#nome de deus
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Sanatani Saints
Part 3
Shri Samartha Ramdas
We will look into the life of Shri Samartha Ramdas who was a prominent Sanatani saint, poet, and spiritual leader in Maharashtra.

Early Life and Renunciation:
Shri Ramdas or previously Narayan was born into a Marathi Deshastha Rigvedi Brahmin family to Suryajipant and Ranubai Thosar. His father was thought to have been a devotee of the Vedic deity, Surya. Ramdas had an elder brother named Gangadhar. His father died when Narayan was only seven years of age. He turned into a sadhaka after the demise of his father and would often be noticed to be engrossed in thoughts about the divine.
As per legend, Narayan fled his wedding ceremony in Asangao near Jamb, at age 12, upon hearing a pandit (Hindu priest) chant the word 'Saawadhaana!' (Beware!) during a customary Hindu wedding ritual. He is believed to have walked over 200 km along the banks of Godavari river to Panchavati, a Hindu pilgrimage town near Nashik. He later moved to Taakli near Nashik at the confluence of Godavari and Nandini river. At Taakli, he spent the next twelve years as an ascetic in complete devotion to Rama. During this period, he adhered to a rigorous daily routine and devoted most of his time to meditation, worship and exercise. As per legend, he once blessed a widow lady of a long married life, without knowing that her husband has just died. It is said that he was able to give life back to the dead body of her husband and this act of miracle made him very famous in Nashik. He is thought to have attained enlightenment at the age of 24. He adopted the name Ramdas around this period. He later had an idol of Hanuman made from cowdung installed at Taakli.
His contribution to Freedom movement and literary works:
Unlike the saints subscribing to Warkari tradition, Ramdas is not considered to embrace pacifism. His writings include strong expressions encouraging militant means to counter the barbaric Islamic invaders. He endorsed significance of physical strength and knowledge towards individual development. He expressed his admiration for warriors and highlighted their role in safeguarding the society. He was of the opinion that saints must not withdraw from society but instead actively engage towards social and moral transformation. He aimed to resuscitate the Hindu culture after its disintegration over several centuries owing to consistent foreign occupation. He also called for unity among the Marathas to preserve and promote the local culture. Samartha Ramdas Swami served an inspiration for a number of Indian thinkers, historians and social reformers such as Bal Gangadhar Tilak, Keshav Hedgewar, Vishwanath Rajwade ,Ramchandra Ranade, and Vinayak Damodar Savarkar. Tilak derived inspiration from Ramdas when devising aggressive strategies to counter the British colonial rule. Ramdas had a profound influence on Keshav Hedgewar, the founder of Hindu nationalist organization Rashtriya Swayamsevak Sangh. He is also recognized for his role as a Guru to the Maratha king Shivaji Maharaj, inspiring him with principles of governance, spirituality, and valor.
Below are some of his notable literary works:
Manache Shlok (co-written by Kalyan Swami)
Dasbodh
Shree Maruti Stotra
Aatmaaram
11-Laghu Kavita
Shadripu Nirupan
Maan Panchak
Chaturthmaan
Raamayan (Marathi-Teeka)
His Teachings:
Ramdas was an exponent of Bhakti Yoga or the path of devotion. According to him, total devotion to Rama brings about spiritual evolution. His definition of "Bhakti" was in accordance with the philosophy of Advait Vedant. In Chapter 4 of his literary work Dasbodh, he describes Nice levels of devotion / communion - starting from listening / comprehending (श्रवण) to Surrender of oneself or being One with Self (आत्मनिवेदन) - the later being the core tenet of Advait Vedant - where the sense of separate "I" dissolves into non-duality. He encouraged the participation of women in religious work and offered them positions of authority.
Ramdas Swami is a revered spiritual figure in Maharashtra and remains relevant to contemporary society in Maharashtra.
🙏🙏 jai jai Raghuveera Samartha 🙏🙏
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Bihar Laghu Udyami Yojana 2025 : मुख्यमंत्री लघु उद्यमी योजना सरकार देगी 2 लाख बिल्कुल मुफ्त, आवेदन प्रक्रिया एवं अन्य जानकारी देखे
Bihar Laghu Udyami Yojana 2025: बिहार सरकार के उद्योग विभाग द्वारा राज्य के नागरिकों को आत्मनिर्भर बनाने के उद्देश्य से लघु उद्यमी योजना के तहत आर्थिक सहायता प्रदान की जा रही है। इस योजना के अंतर्गत पात्र लाभार्थियों को 2 लाख रुपये तक की सहायता राशि दी जाती है, जो पूरी तरह से नि:शुल्क होती है और इसे वापस करने की आवश्यकता नहीं होती। यह योजना छोटे उद्योगों को प्रोत्साहन देने और स्वरोजगार को बढ़ावा…
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Kushmanda (Benincasa hispida) : Uses of Kushmanda Rasayana
Introduction of Kushmanda
Kushmanda, scientifically known as Benincasa hispida, is a vital medicinal plant in Ayurveda, commonly referred to as Winter Melon or Ash Gourd. This versatile herb is widely used in traditional medicine for its cooling, rejuvenating, and nourishing properties. Ayurveda classifies Kushmanda as a rasayana (rejuvenative herb), offering profound health benefits for the mind and body.

Vernacular Names and Sanskrit Synonyms of Kushmanda
Vernacular Names
English: Winter melon, White gourd, Ash gourd
Hindi: Petha, Peta, Rukasaa, Bhatuvaa
Telugu: Boodida Gummadi, Gummadi
Bengali: Kumada
Marathi: Kohala
Tamil: Pusinikkai
Malayalam: Kumbalam
Kannada: Boodu Kumbala Kai / Kayi
Parsi: Vaduba
Arabian: Mahadab
Sanskrit Synonyms of Kushmanda
Kushmanda – The seed does not have hotness (Ku Nasti Ushma Andeshu Beejeshy yasya sa – Amarakosha)
Pushpaphala – Fruits and flowers are present in the creeper vine at the same time.
Valliphala – Fruit-yielding creeper.
Pitapushpa – Flowers are yellow in colour.
Brihatphala – Fruits are very big.
Kumbhaphala – Fruits are pitcher-shaped.
Sthiraphala – Fruit has a hard covering.
Somasrushta – Fruits have more water content.
Valliphalotthama – Kushmanda is the best among fruits obtained from creepers.
Varieties
Benincasa hispida
Cucurbita moschata
Morphology
Plant: A large climbing gourd, with soft hairs, tendrils are bifid. Stems are stout, angular, and hispid.
Leaves: Cordate, reniform.
Flowers: Large, yellow-colored, solitary.
Fruits: Very large, cylindric, fleshy, indehiscent.
Seeds: Many, oblong, compressed.
Botanical Description of Kushmanda
Scientific Classification
Kingdom: Plantae
Order: Cucurbitales
Family: Cucurbitaceae
Genus: Benincasa
Species: Benincasa hispida
Common Names: Ash Gourd, Winter Melon, White Pumpkin
Habitat: Cultivated across India, China, and Southeast Asia.
Plant Characteristics: It is a climbing vine with large, hairy leaves and produces a large, oblong fruit covered with a waxy layer.
Ayurvedic Properties (Guna, Rasa, Vipaka, Veerya)
Kushmanda exhibits the following Ayurvedic properties:
Rasa (Taste): Madhura (Sweet)
Guna (Qualities): Laghu (Light to digest), Snigdha (Unctuous, Oily)
Vipaka (Post-digestive Effect): Madhura (Sweet)
Veerya (Potency): Sheeta (Cooling)
Effect on Tridosha: Balances Pitta and Vata
Prabhava (Special Effect): Medhya – Improves Intelligence
These properties make Kushmanda an excellent remedy for hyperacidity, digestive disorders, and mental health ailments.
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laghu udyog list in hindi | लघु उद्योग की जानकारी तथा सूची
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