#Kunjuswami
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shinymoonbird · 3 years ago
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🕉️ 🔱  Om Namo Bhagavate Sri Arunachala Ramanaya  🔱 🕉️
Os estados de actividade, absorção (nishta) e sono profundo, que são desconhecidos para o conhecedor da realidade (mey-jnani), que está em sono desperto no corpo físico, que é como o carro de bois, são semelhantes aos estados da carroça em movimento, da carroça parada e da carroça sendo retirado o jugo, que são desconhecidos para o que está adormecido na carroça.
Ulladu Narpadu - Anubandham - V. 31 A Realidade em Quarenta Versos - Suplemento, pág.143 (pdf)
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Nota :
O corpo e a mente de um Jnani parecem ser reais apenas na perspectiva errada de ajnanis, que se confundem com um corpo e uma mente. Na verdadeira perspectiva do Jnani, que se experimenta como o espaço da pura consciência, “Eu sou”, o corpo e a mente são completamente inexistentes. Portanto, como os estados de actividade, ou seja, a vigília e o sonho, o estado de absorção (nishta) e o estado de sono profundo são todos estados que pertencem apenas ao corpo e à mente, não são de modo algum conhecidos pelo Jnani, tais como os estados de movimento, de paragem e sem jugo, de um carro de bois, são desconhecidos para alguém que está a dormir na carroça.
Jñāni: uma pessoa com verdadeiro auto-conhecimento; Ajñāni: uma pessoa com falta de verdadeiro auto-conhecimento.
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🌟 Fotografia de Arunachala Grace. 🌟 Adi Annamalai Kovil: Templo Antigo de Arunachala, in “Saranagathi”, Outubro 2014.pdf   
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AQUELE QUE VAI ADORMECIDO NO CARRO - Sono desperto
Ouvindo as histórias de Kunjuswami, já tínhamos passado o templo Adi Annamalai. Ao chegar a Vetavalam Mandapam, ele perguntou-nos se sabíamos por que Bhagavan havia escrito o versículo 31 do “Suplemento aos Quarenta Versículos”. Perante a nossa resposta negativa, Kunjuswami relatou o seguinte incidente:
“Uma noite, quando caminhávamos pela montanha com Bhagavan, mais ou menos por aqui, dois ou três carros de bois carregados passaram por nós. As pessoas na carroça estavam profundamente adormecidas, as pernas estendidas e livres de todos os cuidados. Apontando para eles, Bhagavan disse-nos,
‘Viram aquilo? É como o estado natural, ’sahaja nishta’. Para O Realizado, o Ser (Atman) que dorme no corpo, todos os três estados são o mesmo, isto é, o de vigília, sonho e sono profundo. Por exemplo, este carro está a andar, o homem no carro está adormecido; isso é como o funcionamento do corpo de uma Alma Realizada. Supondo que o homem continua a dormir mesmo quando o carro para ao chegar ao seu destino, é descarregado e os bois removidos, e ele continua a dormir durante todo o processo. Isso é como o sono de uma Alma Realizada. O corpo é para ele um carro; enquanto em movimento, enquanto está parado, ou enquanto está a ser descarregado, esse homem continua a dormir.’
Posteriormente, a mesma ideia foi expressa no versículo acima referido. ”
—  Excerto de: Cartas do Sri Ramanasramam, de Suri Nagamma - Carta 162 (pdf)
Sahaja nishta:   O estado Natural;  Estado de permanência no Ser.
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shinymoonbird · 8 years ago
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As I Saw Him - by Kunju Swami
There are numerous photos of Bhagavan. Have you ever seen one with his eyes closed? Bhagavan was pouring out his grace through his eyes. There would be any number of devotees sitting before him and each one would feel that Bhagavan was looking only at him or her. Bhagavan’s dristhi  (sight) was concentrated on space only. It was turned inward and everyone felt inwardly, in their hearts, that his sight was focused on them alone. Bhagavan cares  about everyone, and his look pierces through each one’s heart, dispels our darkness, gives us peace, even some liberation.
Source: - Maharshi Newsletter: Jul / Aug 1991, Vol.1 No.4
http://www.arunachala.org/newsletters/1991/jul-aug
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shinymoonbird · 8 years ago
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Sri Esanya Jnana Desikar Mutt (Mutt: hut of an ascetic, monk or renunciate) 
Source: Temples and Shrines along Arunachala’s Outer Pradakshina (*) Route -  By Richard Clarke: Living in the Embrace of Arunachala.Blog 
(*) Pradakshina, or in Tamil, girivalam,  is the sacred walk around the holy hill Arunachala.
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30th November, 1947                        
[...]  Listening to the stories by Kunjuswami...
Continuing our conversation, we walked on and reached the turning which leads to the Isanya Mutt.  Kunjuswami then continued his narration: 
“Sometimes, while going round the hill, it would all of a sudden rain heavily. Others accompanying Bhagavan would run for shelter, but he never hurried his pace and walked on steadily, unaffected by the rain. Once at this turning, it began to rain heavily; we all ran to the Isanya Mutt, but Bhagavan walked as usual and was drenched by the time he reached the mutt. 
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As a rule, he did not go to the mutt because they would detain him there unnecessarily; he would go alongside the hill to the Municipal Bungalow over there and sit on the narrow verandah in front of it. 
Except for one or two of his attendants, the rest of the party continued the walk after prostrating to him. This was because had they all gone together as a crowd, the people of the town would come to know about our circumambulation and would have gathered round and begun to do something in adoration of Bhagavan. So, after sending all the others off, he would cover himself with a shawl and reach the Ashram by a bye-path. Even so, sometimes a few people would recognize him and offer him something to eat.
 If he went round the hill at night, he would, on nearing the town, ask us not to sing or talk loudly as that might disturb the people in their sleep.”
By the time Kunjuswami had finished telling us these incidents, it was about 2 a.m. and we had reached the town. Everything was quiet... 
Excerpt from: Letters from Sri Ramanasramam, by Suri Nagamma - Letter 162 (pdf)   
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shinymoonbird · 8 years ago
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Arunachala - Tiruvannamalai -  Intersection of Girivalam and Velore Roads, and the arch to Pachaiamman Koil Temple.
Temples and Shrines along Arunachala’s Outer Pradakshina* Route - By Richard Clarke: Living in the Embrace of Arunachala.Blog
(*) Pradakshina, or in Tamil, girivalam,  is the sacred walk around the holy hill Arunachala.
30th November, 1947        
[...] It was about 2 a.m.... Everything was quiet, and he (Kunjuswami) again began reminiscing to us: 
“Another time, during summer, after supper we started to go round the hill. There was good moonlight and by the time we reached this place, it was as now about 2 a.m. All the people in the town were asleep and it was very quiet. Being summer, all the windows of the houses were open. All the shops were closed and locked; only the watchmen were patrolling the streets. Bhagavan, pointing this out to us, said,
‘‘Do you see how still the whole town is? The streets, the houses and the lights are there, but all the people are asleep except the watchmen. Hence it is all quiet. But when the day breaks, everyone will get up and there will be activity on all sides. That is like ‘savikalpa samadhi’(*). 
Do you see those big houses and small ones? The windows are open, but the one who sees is sleeping. That is like the turiya (*), or Fourth State. It could be said that the state of the Realized Soul is also the same and could be given as an example. It appears as though the eyes see; they, however, sleep peacefully.” 
After listening to this story, we reached our homes.
Excerpt from: Letters from Sri Ramanasramam, by Suri Nagamma - Letter 162 (pdf)  
* Samadhi - Holding on to the Supreme State. When it is with effort due to mental disturbances, it is Savikalpa Samadhi. When these disturbances are absent, it is Nirvikalpa Samadhi. Remaining permanently in the primal state without effort is Sahaja Samadhi.
* Turiya - The state of wakeful sleep, (jagrat-sushupti) that is, the state in which we remain ever awake to the real self and ever asleep to the unreal world of multiplicity. Pure Consciousness.
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shinymoonbird · 8 years ago
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Bhagavan Sri Ramana
Pradakshina, ou em Tamil, girivalam, é o percurso sagrado ao redor da montanha sagrada Arunachala.
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30 de Novembro de 1947   
                     [...] Ouvindo as histórias de Kunjuswami ...
Continuando a nossa conversa, fomos andando e chegámos à curva que conduz ao Mutt de Isanya (Mutt: cabana de um asceta, monge ou renunciante). Kunjuswami então prosseguiu na sua narração:
"Às vezes, ao dar a volta à montanha, de repente chovia intensamente. Os outros que acompanhavam Bhagavan corriam à procura de abrigo, mas ele nunca acelerava o passo e caminhava com firmeza, sem ser afectado pela chuva. Uma vez nesta curva, começou a chover intensamente; todos nós corremos para o Mutt de Isanya, mas Bhagavan caminhou como de costume e estava encharcado quando chegou ao mutt.
Geralmente ele não ia para o mutt porque o detinham lá desnecessariamente; ele seguia ao lado da montanha para o Bungalô Municipal além e sentava-se no alpendre estreito em frente a ela.
Exceptuando um ou dois dos seus assistentes, o resto dos participantes continuava a caminhada depois de se prostrar diante dele. Isso porque, se todos tivessem ido juntos como uma pequena multidão, as pessoas da cidade iriam tomar conhecimento da nossa circunvolução e iriam reunir-se e começar a fazer algo em adoração a Bhagavan. Assim, depois de enviar todos os outros, ele cobria-se com um xale e chegava ao Ashram por um atalho. Mesmo assim, às vezes algumas pessoas reconheciam-no e ofereciam-lhe algo para comer.
Se ele fosse caminhar à volta da montanha à noite, ao aproximar-se da cidade, pedia que não cantássemos ou falássemos alto, pois isso poderia perturbar as pessoas no seu sono.”
Quando Kunjuswami terminou de nos contar esses incidentes, eram cerca de 2 da manhã e tínhamos chegado à cidade. Tudo estava silencioso ...
Excerto de: Cartas do Sri Ramanasramam, de Suri Nagamma - Carta 162 (pdf)  
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shinymoonbird · 8 years ago
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Templo Pachaiamman Koil
A palavra pacchai significa aquela que tem cor Esmeralda e amman denota Deusa. Pachiamma é Deusa Parvati.
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Kunju Swami mencionou [...] que Pachaiamman Koil era um dos lugares habituais de paragem quando os devotos iam dar a volta à montanha com Bhagavan.
Este era um dos lugares favoritos de Bhagavan. Ele viveu lá vários meses durante a primeira década do século XX. Em anos posteriores, quando ia ao redor da montanha com os seus devotos, paravam lá muitas vezes para descansar e comer. Havia muita sombra para todos, e uma fonte de água que nunca se esgotava, mesmo nos verões mais quentes e secos.
O pequeno rapaz à direita de Bhagavan (na foto acima) é o filho de Ganapati Muni. Bhagavan uma vez contou uma história que este menino quase o afogou no tirtham (tanque) em Pachaiamman Koil quando se sentou nas suas costas e tentou montá-lo ao longo do tanque quando os dois estavam lá a nadar. Uma vez que os dois estão sentados lado a lado nesta foto, esta pode ter sido a ocasião em que o incidente de quando estavam a nadar aconteceu.
Fonte: http://davidgodman.wixsite.com/ramanamaharshibooks/bhagavan-at-skandashram-7
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shinymoonbird · 8 years ago
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Adi Annamalai Temple – North side of Arunachala By Richard Clarke: Living in the Embrace of Arunachala.Blog
30th November, 1947                         
THE SLEEPER IN THE CART
Listening to the stories by Kunjuswami, we had gone beyond Adi Annamalai. On reaching Vetavalam Mandapam (*), he asked us whether we had heard why Bhagavan had written the verse 31 of the “Supplement to the Forty Verses”. On our answering in the negative, Kunjuswami related the following incident: 
“One night, as we were going round the hill with Bhagavan, just about here, two or three fully loaded bullock carts were passing along. The people in the cart were sound asleep, their legs stretched out, and free from all cares. Pointing them out to us, Bhagavan said, 
‘Did you see that? It is like the natural state, ‘sahaja nishta’. For the Realized One the Self (Atman) which sleeps in the body, all three states are the same, namely, that of waking, dream and deep sleep. For example, this cart is going, the man in the cart is asleep; that is like the working of the body of a Realized Soul. Supposing the man continues to sleep even when the cart stops on reaching its destination, is unloaded and the bullocks removed, and he continues to sleep all through. That is like the sleep of a Realized Soul. The body is for him a cart; while in motion, while standing still, or while being unloaded, that man goes on sleeping.’ 
Subsequently, the same idea was expressed in the verse referred to above.”
Excerpt from: Letters from Sri Ramanasramam, by Suri Nagamma - Letter 162 (pdf)   
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(*) Eluthu Mantapam which is also known as Ezhuthu and Vettavalam Zamindar Mantapam. This is now a dilapidated structure. Only twenty years ago, the roof was intact and pilgrims could rest inside its spacious quarters. It is sad to see this ancient structure, which has served devotees and pilgrims down through the centuries, in such a decrepit condition today.
Here is Arunachala from this point of view.
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SOURCE: Temples and Shrines along Arunachala’s Outer Pradakshina Route -  By Richard Clarke: Living in the Embrace of Arunachala.Blog
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shinymoonbird · 8 years ago
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To remember and to recount the essence and glory of the Master's words of wisdom is the major duty of a devout disciple.
 Sri Kunjuswami
Kunjuswami was an illustrious personality who was blessed with initiation into Panchakshara by Lord Siva Himself in his early life. His life from its youth revolved around the Sun of Wisdom, Sri Ramana Maharshi. He came to Sri Bhagavan in 1920, while still in his teens, and served Him till His nirvana in 1950.
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shinymoonbird · 8 years ago
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Nordeste da Montanha Arunachala, onde está siuado o Templo Pachaiamman Koil. Arunachala está quase escondida pela colina em primeiro plano.
Fonte: http://www.arunachalasamudra.org/pachaiammantemple.html
30 de Novembro de 1947
[...] Era cerca das 2 da manhã .... Tudo estava quieto, e ele (Kunjuswami) novamente começou a relembrar e a contar-nos antigas histórias:
"Doutra vez, durante o verão, depois de jantar fomos dar a volta à montanha. Havia uma boa luz da lua e quando chegámos a este lugar, era como agora cerca de 2 da manhã. Todas as pessoas na cidade estavam a dormir e tudo estava muito calmo. Sendo verão, todas as janelas das casas estavam abertas. Todas as lojas estavam fechadas e trancadas; apenas os vigilantes patrulhavam as ruas. Bhagavan, chamando a nossa atenção para isso, disse,
"Vêem quão silenciosa está toda a cidade? As ruas, as casas e as luzes estão lá, mas todas as pessoas estão a dormir, excepto os vigilantes. Por isso está tudo silencioso. Mas quando o dia nascer, toda a gente se vai levantar e haverá actividade em todos os lados. Isso é como 'savikalpa samadhi' (*).
Vêem aquelas casas grandes e as pequenas? As janelas estão abertas, mas quem vê está a dormir. Isso é como turiya (*), ou Quarto Estado. Pode-se dizer que o estado da Alma Realizada é também assim e poderia ser dado como um exemplo. Parece que os olhos vêem; eles, porém, dormem pacificamente."
Depois de ouvir esta história, chegamos às nossas casas.
Excerto de: Letters-Cartas do Sri Ramanasramam, de Suri Nagamma - Carta 162 (pdf)  
* Samadhi: Permanecer no Estado Supremo. Quando é com esforço devido a agitação mental, é Savikalpa Samadhi. Quando essa agitação está ausente, é Nirvikalpa Samadhi. Permanecer permanentemente no estado original sem esforço é Sahaja Samadhi.
* Turiya - O estado de sono acordado, (jagrat-sushupti) ou seja, o estado em que permanecemos sempre despertos para o eu real e sempre adormecidos para o mundo irreal da multiplicidade. Consciência pura.
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shinymoonbird · 8 years ago
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AQUELE QUE VAI ADORMECIDO NO CARRO - Sono desperto
Ouvindo as histórias de Kunjuswami, já tínhamos passado o templo Adi Annamalai. Ao chegar a Vetavalam Mandapam, ele perguntou-nos se sabíamos por que Bhagavan havia escrito o versículo 31 do "Suplemento aos Quarenta Versículos". Perante a nossa resposta negativa, Kunjuswami relatou o seguinte incidente:
"Uma noite, quando caminhávamos pela montannha com Bhagavan, mais ou menos por aqui, dois ou três carros de bois carregados passaram por nós. As pessoas na carroça estavam profundamente adormecidas, as pernas estendidas e livres de todos os cuidados. Apontando para eles, Bhagavan disse-nos,
'Viram aquilo? É como o estado natural, 'sahaja nishta'. Para O Realizado, o Ser (Atman) que dorme no corpo, todos os três estados são o mesmo, isto é, o de vigília, sonho e sono profundo. Por exemplo, este carro está a andar, o homem no carro está adormecido; isso é como o funcionamento do corpo de uma Alma Realizada. Supondo que o homem continua a dormir mesmo quando o carro pára ao chegar ao seu destino, é descarregado e os bois removidos, e ele continua a dormir durante todo o processo. Isso é como o sono de uma Alma Realizada. O corpo é para ele um carro; enquanto em movimento, enquanto está parado, ou enquanto está a ser descarregado, esse homem continua a dormir.’
Posteriormente, a mesma ideia foi expressa no versículo acima referido. "
—  Excerto de: Cartas do Sri Ramanasramam, de Suri Nagamma - Carta 162 (pdf)
Sahaja nishta:   The Natural State;  State of abidance in the Self. 
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shinymoonbird · 7 years ago
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Sri Ramana Arunachala
Carta 217                                      16 de Janeiro de 1949
O “EU” GRANDE
Há cerca de dez dias, esteve cá um jovem americano. Sabendo que ele tirava fotografias, algumas pessoas daqui arranjaram a trazer o elefante que vive no Mandapam de Mil Pilares no Templo de Arunachaleswarar para o recinto ao lado do Salão do Jubileu. Bhagavan, ao regressar da casa de banho, parou ao lado do elefante e começou  dar-lhe comida, e então aquele americano tirou uma foto. Ontem de manhã, depois das 10 horas, alguém trouxe a foto a Bhagavan, para lha mostrar. Todas as pessoas começaram a vê-la com curiosidade. Falavam entre elas sobre algo que estava escrito na parte de trás dessa foto. Como não percebi o que elas estavam a dizer, perguntei a Bhagavan sobre isso, baixinho, discretamente.
Bhagavan: "Nada de especial. Na parte de trás da foto, está escrito: "Um Eu grande que não conhece o corpo e um corpo grande que não conhece o Eu juntos no mesmo sítio".
Devoto: "Qual exactamente poderia ser a sua ideia ao escrever isso?"
Bhagavan: "É fácil. Embora esse elefante tenha um corpo tão grande, não conhece o Eu. Por essa razão, seja qual for a comida que lhe é dada, fica insatisfeito, e agita a tromba sem cessar. Talvez por causa disso ou por algum outro motivo, é afirmado ser um grande corpo que não conhece o Eu. Eu estava lá com o meu corpo de alguma forma com tremuras; então, talvez por causa disso ou por qualquer outro motivo, é afirmado que eu sou o "Grande Eu que não conhece o corpo". Poderia ser essa a sua ideia."
Devoto: "Isso é verdade. Bhagavan sempre parece despreocupado com o corpo, não é? "
Bhagavan (com um sorriso): "É isso. É isso. Chintha Dikshitulu escreveu dizendo que eu sou como uma estátua no Museu de Madras. Sowris escreveu dizendo que eu sou como um boneco de celulóide. As pessoas dizem sempre alguma coisa ".
Bhagavan: "O que está a dizer é verdade".
Devoto: "É porque ele era um grande Ser que não conhecia o seu corpo que   recebeu o nome de Jada Bharatha?"
Bhagavan: "O que mais poderia ter sido? Não pode significar que ele estava deitado inerte como um ser inanimado. Significa que ele era a personificação do EU que não se importava com seu corpo."
Como uma ilustração disto, o próprio Bhagavan nos seus primeiros dias, encontrava-se sentado ora no interior do Templo de Arunachala, ora sob uma árvore Madhuka (Iluppai) ou num jardim de flores, na plataforma dos veículos, ou aqui e ali sem cuidar do seu corpo. Pessoas que iam e vinham, costumavam dizer: "Ele está sentado como um jada (pessoa de compreensão lenta); ele deve ser um homem louco", e nunca lhe prestavam qualquer atenção. E Bhagavan nos contou várias vezes que costumava divertir-se com tal conversa e desejava que tal loucura tomasse conta de todas as pessoas.
E mais, quando, sob as instruções do Sarvadhikari, Kunjuswami se encontrava a servir Bhagavan como intendente, viu o corpo e a cabeça de Bhagavan tremer e vacilar e, então, quando não havia mais ninguém além de discípulos próximos, perguntou a Bhagavan: "Bhagavan, embora apenas na meia idade, estranhamente, tem a cabeça trémula e o corpo que requer a ajuda de uma bengala para caminhar. Qual poderia ser o motivo disso?" Bhagavan respondeu, parece, com um sorriso: "O que há de tão estranho nisso? Se um grande elefante é amarrado numa pequena cabana, o que mais acontecerá a essa cabana, senão problemas de todos os tipos? Isto é o mesmo."
Vê o significado profundo que existe nessas palavras? Sem revelar esse significado a todas as pessoas, ele diz com humor de vez em quando: "Você vê? Enquanto você tem duas pernas, eu tenho três ".
Está dito no Mahavakya Ratnamala sobre um Jnani:
Ele conduz-se no mundo como um homem cego ou tolo ou estúpido.
— Letters from Sri Ramanasramam (Cartas do Sri Ramanasramam), de  SURI NAGAMMA - Carta 217  
https://selfdefinition.org/ramana/Letters-from-Sri-Ramanasramam-vols-1-and-2.pdf
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shinymoonbird · 8 years ago
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Kunju Swami: muitos anos aos pés de Ramana Maharshi
Foi em 1919 que vi Sri Bhagavan pela primeira vez. Ele estava a morar em Skandasramam, na encosta da Montanha Arunachala. Sua mãe e seu irmão viviam com ele. Palaniswami costumava cuidar das suas poucas necessidades pessoais. A peste tinha afastado a maioria dos habitantes da cidade e, consequentemente, os visitantes de Sri Bhagavan eram poucos. Portanto, na maioria das vezes eu ficava sozinho com Sri Bhagavan.
Contei-lhe todas as práticas espirituais que eu seguia, o que eu andava a estudar e as experiências que eu tinha. Naquela época, eu estava muito infeliz porque, apesar de tudo o que fazia, não conseguia experimentar o samadhi.
Depois de me ouvir pacientemente, Bhagavan citou, de Kaivalya Navaneeta: "Se você perceber quem você é, não há motivo para a tristeza". "Por isso, se você entender quem você é, então há paz", disse Bhagavan.
Bem, eu não sabia o que significava "saiba quem você é". Bhagavan continuou a explicar que a mente é apenas um conjunto de pensamentos entrelaçados e que, se eu buscasse a fonte de todos os pensamentos, eu seria atraído para o Coração. Ele simultaneamente apontou para o seu Coração.
Bhagavan estava a olhar atentamente para mim e eu concentrei a minha atenção da forma que ele me instruiu e no espaço de uns minutos entrei em samadhi. Senti-me arrebatado. Voltando aos meus sentidos, fomos almoçar. Então, novamente, me sentei diante dele e, com um único olhar, ele me colocou naquele estado beatífico.
Esta experiência ocorreu repetidas vezes durante os dezassete dias em que fiquei com Bhagavan. Eu estava como intoxicado. Eu era absolutamente indiferente a tudo. Não tive curiosidade em ver nada, não tinha desejo de nada. O que fiz, fiz mais mecanicamente. Eu teria continuado a viver naquele estado se não me tivesse ocorrido que não era apropriado partilhar da comida oferecida a Sri Bhagavan pelos seus devotos sem pagar nada. Pensei que ele me tinha iniciado na experiência de Brahman e que eu não tinha mais nada a ganhar ao ficar na sua presença. Portanto, voltei para a minha terra natal e comecei a praticar a meditação sozinho numa sala da minha casa. Consegui obter e manter aquela experiência apenas por alguns dias; ela começou a diminuir gradualmente e, finalmente, um dia perdeu-se. Não consegui recuperar a experiência. Decidi voltar para Sri Bhagavan. Assim fiz, e algo de muito bom me aguardava quando cheguei.
Palaniswami, que estava a prestar serviço pessoal a Sri Bhagavan, teve de fazer uma viagem por algum tempo. Antes de ir, pediu-me para prestar esse serviço. Eu considerava isso a minha maior sorte. Fiquei extremamente feliz pela graça de Bhagavan para comigo. A partir daí não me preocupei mais com a experiência espiritual.
No entanto, perguntei a Bhagavan por que não conseguia viver aquela experiência quando meditava em minha casa. Bhagavan disse: "Você leu Kaivalya Navaneeta, não é? Não se lembra do que lá diz?" E pegou no livro e leu os versículos relevantes.
Sri Bhagavan então explicou-me o significado desses versículos. Eles referem-se à dúvida levantada pelo discípulo sobre a necessidade de continuar as práticas espirituais, mesmo depois de ter tido a experiência suprema. O discípulo pergunta se a experiência espiritual adquirida pode ser perdida. O Guru diz que é perdida se ele não tiver o cuidado de praticar sravana, manana e nididhyasana, quer dizer ouvindo do Guru a Verdade, reflectindo sobre ela e assimilando-a. A experiência ocorrerá na presença do Guru, mas não durará. As dúvidas surgirão uma e outra vez e, para as esclarecer, o discípulo deve continuar a estudar, reflectir e praticar. Isto deve ser feito até que a distinção entre conhecedor, o objecto do conhecimento e o acto de conhecer não surja mais. Em consequência da explicação de Sri Bhagavan, decidi permanecer sempre ao lado de Bhagavan e praticar sravana, manana e nididhyasana .
Antigamente, quando tínhamos o benefício de receber instruções pessoalmente de Sri Bhagavan, um delas era entrar em meditação antes de ir dormir. Assim, o sono apossava-se de nós como uma continuação natural do cansaço e não era induzido ou precedido pelo acto de nos deitarmos. Também a primeira coisa da manhã, imediatamente ao levantar-se da cama era entrar em meditação. Isso garantia uma serenidade da mente e também um sentimento de incansabilidade ao longo do dia. O estado de espírito imediatamente antes do sono é retomado ao acordar.
- Maharshi Newsletter: Jul / Aug 1991, Vol.1 No.4
Samādhi: união com o objecto de meditação.
Sravana:  Aprendizagem; Manana: Assimilação; Niddhyasana: Prática
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shinymoonbird · 8 years ago
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Concentre-se no propósito original da sua vinda para aqui
Relato do devoto Kunju Swami sobre o que Ramana Maharshi disse acerca de Sadhana*
- Mountain Path, Edição de Julho.1966 (http://www.sriramanamaharshi.org/resource_centre/publications/mountain-path/)
  Depois de passar cerca de doze anos em serviço pessoal a Bhagavan, comecei a sentir vontade de me dedicar inteiramente à sadhana*. No entanto, não me consegui reconciliar facilmente com o abandono do meu serviço pessoal a Bhagavan. Andava a debater-me com o assunto há alguns dias, quando a resposta veio de forma estranha.
Um dia, ao entrar no salão, ouvi Bhagavan a explicar aos que lá estavam que o verdadeiro serviço a ele não significava atender às suas necessidades físicas, mas seguir a essência do seu ensinamento: concentrar-se em realizar o Ser. Escusado será dizer, aquilo automaticamente esclareceu as minhas dúvidas.
Portanto, desisti dos meus deveres no Ashrama, mas então achei difícil decidir como, de facto, eu deveria passar o dia inteiro em busca de Realização. Referi o assunto a Bhagavan e ele me aconselhou a fazer da Auto-inquirição o meu objectivo final, mas praticar Auto-inquirição, meditação, japa* e recitação das escrituras, rotativamente, mudando de um para outro quando achasse cansativo ou difícil aquele que estava a praticar. Com o tempo, disse ele, a sadhana ficaria estabilizada na Auto-inquirição ou pura Consciência ou Realização.
Com base na minha experiência pessoal, bem como na de outros que conheço, posso dizer que Bhagavan, antes de recomendar qualquer caminho a um aspirante, primeiro descobria qual o aspecto ou forma ou caminho pelo qual ele estava naturalmente atraído e depois recomendava a pessoa a segui-lo. Por vezes ele aconselhava os estágios tradicionais da sadhana, passando do culto (puja) ao encantamento (japa), depois à meditação (dhyana) e, finalmente, à Auto-inquirição (vichara). No entanto, ele costumava dizer que a prática contínua e rigorosa de qualquer um destes métodos era adequada em si mesma para conduzir à Realização. Assim, por exemplo, quando alguém adopta o método de adoração, digamos de Shakti, deve, por prática e concentração constantes, poder ver Shakti em todos os lugares, sempre e em tudo, e assim desistir da identificação com o ego. Da mesma forma com japa. Por repetição constante e contínua de um mantra, a pessoa funde-se nele e perde toda sensação de individualidade separada. Em dhyana igualmente, em constante meditação, com bhavana ou sentimento profundo, atinge o estado de Bhavanateeta, que é apenas outro nome para a Consciência pura. Assim, qualquer método, se conduzido com fervor e praticado incessantemente, resultará na eliminação do "eu" e levará ao objectivo da Realização.
Uma vez surgiram alguns problemas aborrecidos relacionados com a administração do Ashrama. Embora não estando directamente envolvido, eu estava preocupado com eles, pois sentia que o insucesso em os resolver satisfatoriamente prejudicaria o bom nome do Ashrama.
Um dia, dois ou três devotos dirigiram-se a Bhagavan e informaram-no dos problemas. Calhou de eu entrar no salão enquanto eles os estavam a expor, e ele imediatamente se virou para mim e me perguntou por que estava eu interessado em tais assuntos. Eu não entendi o significado de sua pergunta, então Bhagavan explicou que uma pessoa deveria ocupar-se apenas com aquele propósito pelo qual tinha originalmente vindo para o Ashrama e perguntou-me qual era o meu propósito original. Eu respondi: "Para receber a graça de Bhagavan". Então ele disse: "Então ocupe-se só com isso".
Ele foi mais longe e perguntou-me se eu tinha algum interesse em questões relativas à gestão do Ashrama quando vim pela primeira vez aqui. Perante a minha resposta de que eu não tinha, ele acrescentou: "Então, concentre-se no propósito original da sua vinda para aqui."
Fonte: Arunachala Ashrama - The Maharshi newsletter http://www.arunachala.org/newsletters/pdf-pages/ - May-Jun 2017
* Sadhana: Uma prática espiritual com a finalidade de transcender o ego   Japa: Repetição meditativa de um mantra ou um nome divino.
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shinymoonbird · 8 years ago
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“Como eu O via”, de Kunju Swami
Existem inúmeras fotos de Bhagavan. Já alguma vez o viu numa com os olhos fechados? Bhagavan derramava a sua graça através dos seus olhos. Poderia haver qualquer número de devotos sentados diante dele e cada um sentiria que Bhagavan estava a olhar para ele ou ela.
A visão (dristhi) de Bhagavan  estava concentrada apenas no espaço. Estava virada para dentro e todos sentiam interiormente, nos seus corações, que a sua visão estava focada apenas neles. Bhagavan preocupa-se com todos, e o seu olhar atravessa o coração de cada um, dissipa a nossa escuridão, nos dá paz, até mesmo uma libertação.
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shinymoonbird · 8 years ago
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Lembrar e relatar a essência e a glória das palavras de sabedoria do Mestre é o dever principal de um discípulo reverente.
— Sri Kunjuswami
Kunjuswami era uma personalidade ilustre que na sua infância foi abençoada com a iniciação em Panchakshara pelo próprio Senhor Shiva. Desde a juventude, a sua vida girou em torno do Sol da Sabedoria, Sri Ramana Maharshi. Ele veio até Sri Bhagavan em 1920, ainda na sua adolescência, e serviu-O até ao Seu nirvana em 1950.
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shinymoonbird · 6 years ago
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https://realization.org/p/ramana/ramana-photo-gallery.html#jh_028
The Long Road to Bhagavan Tracing the Pilgrim Life of Ella Maillart (Part VI) On the Nature of Ramana
Devotees coming to Arunachala marvelled at the mystery that is Bhagavan and asked who in fact this Ramana was? Kunjuswami, during his long years at the feet of Sri Ramana, sought to reveal this enigma in the moving stories he shared of daily life in the Master’s presence—the tender gestures, the subtle caretaking, the simple ways in which Bhagavan sought the well-being of others.
Sri Ramana was an orderer of things, a restorer of the natural way, not only in human hearts but also of things in the ordinary external world. Whilst out walking, for example, seeing something on the footpath he would pick it up and put it in its proper place while everyone else would have stepped over it. In the kitchen, when he found a mustard seed on the floor, he would retrieve it and walk over to place it in the storage bin. If someone came with bad intentions, such as the bandits who attacked the Ashram in the mid-1920s, they got no censure from him, nor did he feel any compulsion to take revenge on personal detractors.
He was simply not invested in what the world had to offer, nor was he unduly disturbed by its distortions because he did not depend on it for his happiness, but drew from resources within himself.
http://www.sriramanamaharshi.org/saranagati/Saranagathi_eNewsletter_September_2018.pdf
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