#E EU >>PERDI<< O DINHEIRO
Explore tagged Tumblr posts
Text
🎃 kinktober - day twelve: dupla penetração com pipe otaño & blas polidori.
— aviso: um pouco de size kink (não tem como não ter nér), oral m!receiving, dupla penetração, sexo desprotegido, creampie.
— word count: 2,4k.
— notas: pipe fuckboy mais uma vez + blas sub. ai q tesao
"você ficou maluco?" o tom de voz incrédulo que envolvia as suas palavras era tão dramático que Felipe não resistiu à vontade de revirar os olhos. sabia que o que tinha feito era errado, mas não iria admitir com tanta facilidade.
"foi apenas uma brincadeira. eu e o Blas apostamos, eu perdi e agora vou ter que pagar." Otaño explicou pela milésima vez. se arrependia profundamente de ter aceitado apostar com o Polidori num maldito jogo de FIFA depois de tantas cervejas. "é só um beijinho, nena. nada demais."
"quem em sã consciência aposta a própria namorada, Felipe? você perdeu o juízo?" suas mãos estavam nas cinturas, demonstrando toda a sua raiva e impotência. se pudesse, já teria esganado o namorado há muito tempo. "e quem disse que eu quero beijar o Blas? o que eu quero não conta?"
"estávamos bêbados, foi bobagem do momento. você sabe que o Blas sempre teve um crushzinho em você antes de nós dois começarmos a namorar." era verdade. vocês todos eram do mesmo grupinho na faculdade e Blas sempre fora louco por você. você o via como um amigo e nunca conseguiu corresponder aos sentimentos dele, depois começou a sair com Felipe e a paixãozinha de Blas tinha evaporado. pelo menos, para você. para Otaño, ele ainda era tão apaixonado quanto antes.
e era exatamente por isso que Felipe se divertia tanto em provocá-lo. gostava de falar sobre você ao redor de Blas e vê-lo se dedicar para escolher as palavras certas ao responder. elogiava cada pedaço seu perto do amigo, que corava com certos comentários. Pipe te amava, é claro, mas era repleto de um sentimento infantil de querer mostrar o que tinha. "o meu brinquedo é maior e mais caro que o seu".
"eu não 'tô nem aí. você vai cancelar essa aposta ridícula." você bateu pé. achava a ideia absurda e estava chocada como Otaño tivera a capacidade de tratá-la como um objeto, como se ele fosse o seu dono e pudesse trocá-la com quem desejasse.
"se eu não cumprir vou ter que pagar em dinheiro, e é muito caro. colabora, nena."
"eu vou fingir que não ouvi isso e você vai dar essa bobagem por encerrada. ouviu?"
além do ultraje que corria nas suas veias, tinha que admitir que havia um resquício de pena também. imaginava como seria maldoso beijar Blas, que gostara tanto de você numa época remota. beijá-lo, só para lembrá-lo que você era a namorada do amigo dele e ele não teria nada mais do que aquilo, um beijo trocado em uma aposta.
ao contrário do que você pensava, Blas tinha se sentido muito animado com a ideia. odiava-se por isso, já que odiava a maneira com que Felipe havia lhe oferecido com tanta facilidade. se você fosse namorada dele, ninguém teria permissão para nem mesmo respirar ao seu lado.
"se eu ganhar, você paga meu cartão de sócio-torcedor do River." Felipe decidiu, assim que concordaram em apostar. as palavras estavam emboladas pela quantidade de cerveja que haviam tomado, mas ainda falava sério. "se você ganhar, você beija a minha namorada."
Blas tinha negado no início. disse que não ia jogar caso não apostassem sério, mas Felipe insistiu que estava falando muito, muito sério. que se o Polidori ganhasse, teria o passe livre para beijar a namorada dele. "eu sei que você quer, boludo. não precisa mentir para mim."
a raiva tinha virado vergonha e a vergonha tinha virado desejo. e, mais tarde, deitado em sua cama e encarando o teto que rodopiava pelo alto teor de álcool em suas veias, viera a angústia. o desejo encontrando a censura. mas, em um lugar recôndito da sua mente, estava o prazer naquela ideia absurda do amigo.
Felipe insistira pelo resto da semana que seguiu. você tentou de todo modo parar com a loucura, mas parecia que Otaño estava tentado à ideia. você se perguntou milhares de vezes se aquele não era um fetiche de Felipe, e foi a única explicação que encontrou para justificar tamanho delírio.
"você quer me ver beijando o Blas?" você disparou após Felipe pedir milhões de vezes para que você cumprisse com a aposta.
"eu só quero cumprir com o que eu prometi." ele deu de ombros, as bochechas ficando vermelhas conforme avançavam no assunto.
"você está muito insistente nesse assunto. acho que a ideia de me ver com outro homem te excita." você deu continuidade, sem papas na língua. "é isso?"
Felipe deixou uma risada confiante preencher o ambiente. fez com que não com a cabeça e jogou os cabelos bonitos para trás.
"mi amor, por que eu gostaria de ver você com outro se eu sei que sou o melhor?"
"e se o Blas for melhor que você?" seus olhos brilharam. se ele não cederia àquela ideia maluca por bem, cederia por psicologia reversa. "e se eu beijar e acabar gostando?"
"impossível."
"então, se eu chamar o Blas pra passar o fim de semana aqui e pagar essa aposta estúpida, você não ficaria com medo?" você virou a cabeça para o lado, transpassando uma falsa inocência enquanto as palavras escorriam pela ponta da língua.
"eu confio no meu taco, bebe. fique à vontade." Felipe sorriu largamente. aquele sorriso que indicava que ele havia ganhado e, mais uma vez, você tinha feito o que ele queria. deu dois tapinhas na sua coxa antes de se levantar da cama em que vocês estavam, pegando o celular. "vou avisá-lo da sua ideia maravilhosa."
você não teve a vontade costumeira de correr atrás dele e pedir para voltar atrás. deixou que ele ligasse para o amigo e, enquanto ouvia o tom de voz animado de Felipe enquanto conversava com Polidori, decidiu que faria aquilo. provocaria o namorado e o faria provar do próprio veneno. o deixaria louco, assim como ele estava deixando você nas últimas semanas.
o fim de semana chegou mais rápido do que você esperava. quando se deu por si, era sábado e Blas estava sentado no sofá do seu apartamento, vendo alguma partida de futebol junto de Felipe. ambos riam e discutiam o jogo animadamente, como se sua presença fosse um mero detalhe.
permaneceu sentada, bebendo sua cerveja enquanto tentava focar no livro que lia. vez ou outra encontrava os olhares ansiosos de Blas, que corriam por suas pernas desnudas devido aos shorts jeans e acabavam no seu rosto, admirando o quão bonita você era. ele sempre desviava o olhar quando você retribuía, o que lhe arrancava sorrisos. se sentia lisonjeada pelo carinho de Blas, carinho que Felipe quase nunca lhe dava.
as coisas com Felipe eram mais físicas que sentimentais. ele tinha os seus momentos de carícias, onde dizia que te amava e te enchia de beijos. mas, ele preferia manter os sentimentos em ordem. não era de se expressar com tanto afinco.
no término do jogo, vocês já estavam tontos. os garotos tinham virado uma dose para cada gol do time que eles torciam e tinham te arrastado para o meio. cada um tomou três shots de vodka em comemoração.
quando Felipe colocou uma música baixinha para que vocês entrassem no clima, você soube que o jogo estava começando. Otaño encarou os seus olhos profundamente, afirmando o poder dele sobre você. você, no entanto, não se deixou abater pela demonstração fútil. com seu melhor sorriso, encarou Blas, que estava perdido no seu celular.
"eu fiquei sabendo de uma certa aposta entre você e o Felipe." você ronronou, chamando a atenção do Polidori. "e fiquei sabendo que você ganhou."
"ah... eu achei que o Pipe tinha deixado isso de lado. achei que era só de sacanagem." Blas comentou, um pouco desconcertado. você não pôde de sorrir ainda mais largo.
"eu levei muito à sério." você assentiu, como se confirmasse o que dizia. se levantou da poltrona em que estava, indo até Blas. o empurrou contra o estofado do sofá, colocando cada coxa ao redor dele antes de se sentar. "é claro... se você ainda quiser."
"é sério isso?" Blas olhou de você para Pipe como se esperasse uma confirmação.
você puxou o rosto de Blas de volta para si, deixando um selar carinhoso nos lábios avermelhados. foi o suficiente para que ele correspondesse, segurando a sua cintura com força enquanto capturava os seus lábios mais uma vez. a língua era quente, cuidadosa, quase tímida ao explorar cada canto da sua boca.
a sensação de calor que surgiu no meio das suas coxas te pegou de surpresa, assim como o volume dentro da calça de Blas. não conseguiu evitar o gemido que escapou dos lábios quando roçou o ponto sensível do seu sexo ao dele.
seus lábios se partiram quando Blas deslizou os beijos pelo lóbulo da sua orelha, descendo por todo o pescoço e pelo colo. seus olhos encontraram os de Felipe, que encaravam toda a cena com extrema luxúria. estava sentado na poltrona que, minutos antes, você ocupava.
Polidori retirou a sua blusa com facilidade, agradecendo por você não usar sutiã enquanto admirava os seus seios. a boca voltou à sua pele, sugando um dos mamilos enquanto as mãos grandes buscavam pelos botões dos seus shorts. você ainda rebolava no colo dele, propositalmente, aproveitando os gemidos arrastados do argentino.
você se levantou para retirar os shorts e a calcinha rendada e aproveitou da posição para retirar a calça de Blas, além da cueca boxer preta. o pau dele havia lhe impressionado. assim como ele, era grande e não deixava nada à desejar. levemente torto para direita, com uma gotinha de pré-gozo escorrendo pela extensão.
se pôs de joelhos quase de imediato, envolvendo o membro com a boca enquanto empinava bem a bunda para que ele pudesse admirá-la. saboreou o gostinho salgado da lubrificação alheia, deslizando a língua quente ao redor da glande rosada e inchada. Blas estremeceu, o que a fez sorrir. quando começou a colocar toda a extensão para dentro, o argentino não se conteve e a agarrou pelos cabelos. você continuou, engolindo tudo até que sentisse a cabecinha bater no fundo da sua garganta. há muito tinha se acostumado com o tamanho avantajado de Felipe, o que tornava Blas muito mais fácil.
não se demorou ao chupar o argentino. queria que ele provasse muito mais do que só a sua boca. foi só quando abriu os olhos e se levantou, que percebeu que Felipe tinha se sentado no sofá ao lado do amigo. estava nu, assim como ele, punhetando o pau enrijecido. você ergueu uma das sobrancelhas, claramente brava.
"que porra é essa, Felipe?" você indagou, nervosa.
"não achou que eu ia te deixar foder meu amigo enquanto eu ficava só olhando, né?" ele riu, os olhos azuis te tirando do sério. "tenho cara de corno manso?"
"tem cara de corno insuportável. 'tá empatando a foda dos outros." você rebateu, o que fez as bochechas de Pipe queimarem. sem um pingo de gentileza, ele a puxou pelo pulso e a colocou sentada no colo dele.
"relaxa, que não vou empatar a sua foda." Felipe a segurou pela cintura, obrigando você à empinar a bunda. quando ele se posicionou na sua entrada, você entendeu o que viria à seguir. "sou tão bonzinho que você vai ganhar pau em dobro."
Otaño deslizou para dentro sem maiores dificuldades. era fato que você já estava encharcada, e ele não precisou repetir isso para você.
quando Blas se levantou e se posicionou na sua segunda entrada, você viu os olhos do seu namorado brilharem. te encaravam como se quisessem provar que ele controlava toda aquela situação, apesar de todo o seu teatrinho.
"se doer, eu paro." Blas te tranquilizou, antes de cuspir nos dedos e lubrificar a sua entrada.
"não precisa parar. ela já 'tá acostumada em levar por trás." Pipe contradisse, fazendo suas bochechas esquentarem. Blas riu atrás de você, incrédulo com a situação.
Felipe estava certo. vocês eram grandes adeptos do sexo anal, e por isso não foi muito difícil aguentar quando Blas se empurrou para dentro de você. foi mais demorado e dolorido do que Felipe, mas você aguentou tudo sem demonstrar um pingo de desconforto para o seu namorado.
quando os dois começaram a se movimentar, você jurou ver estrelas. fechou os olhos para controlar os batimentos cardíacos que tornaram-se uma cacofonia no peito. respirou fundo para que não gemesse a cada segundo, mas não resistiu. quando percebeu, estava há muito gemendo pelo o nome de Blas. só o de Blas.
Felipe se divertia vendo você tão sensível e indefesa. a visão de Blas metendo forte em você, fazendo sua bunda pular a cada investida era como uma obra de arte para ele. até sua voz manhosa gemendo o nome de Blas, em vez do dele, eram como um presente. você não sabia o quão excitado ele estava, embora pudesse sentir.
em certo momento, a coisa pareceu virar uma competição. Blas e Felipe competiam para decidir quem metia com mais força ou mais fundo, arrancando gemidos e gritos dos seus lábios. os vizinhos teriam de perdoar os seus barulhos.
suas paredes e esfíncteres contraíam, sobrecarregados pelo prazer que lhe era dado. os olhos tinham desistido de ficarem abertos, aproveitando a escuridão para que pudesse focar apenas nas outras sensações. ambos os homens gemiam ao pé do seu ouvido, lhe arrancando arrepios e suspiros.
os corpos quentes anunciavam o quão empenhados os três estavam na tarefa. todo o tesão se convertia em suor, escorrendo por entre o vão dos seios e pela nuca em gotas gélidas.
quando você anunciou que iria gozar, Blas e Pipe anunciaram de imediato que te acompanhariam.
"goza pra gente, perrita. mostra para o Blas que você gostou muito de ser fodida por ele." Felipe incentivou.
"eu realmente gostei muito, Blas." você jogou os longos cabelos para o lado, encarando o garoto alto sobre o seu próprio ombro. "eu adoraria repetir a dose. quem sabe a sós."
as bochechas dele adquiriram um tom rubro, enquanto Felipe rosnou sob você. uma risada escapou dos seus lábios no exato momento que você atingiu o orgasmo, o corpo colapsando acima de Felipe. ambos os garotos levaram mais alguns segundos para terminar, enchendo ambos os buracos com o líquido quente e espesso que você tanto gostava.
"aposta paga?" você indagou, a voz trêmula.
"já te contei que apostamos você hoje, de novo?"
123 notes
·
View notes
Text
Imagine Harry Styles
Eu sei que não apareço aqui há quase um ano. Mas senti falta de vocês.
Originalmente, esse imagine foi postado no meu instagram com um membro do BTS e adaptei pra trazer pra cá. Espero que gostem ^^
Contagem de palavras: +8k
Encaro o relógio na tela do meu celular pela quarta vez, suspirando e lutando contra as malditas lágrimas que insistem em se formar nos meus olhos.
Ouço o barulho da porta se abrindo, e logo o som de passos desajeitados preenchem todo o lugar.
Eu permaneço no sofá, sequer me mexo.
— Querida? — Fecho os olhos ao ouvir a voz do meu marido.
Eu me viro, encarando o homem com o terno amarrotado e a gravata torta. Harry me oferece um sorriso bêbado enquanto tenta empurrar os sapatos para fora dos pés, quase caindo no processo. Eu suspiro e me aproximo dele.
Apoio seu corpo alto e pesado no meu. Seu braço longo fica sobre os meus ombros e nós caminhamos em direção à suíte.
— Me desculpa. — Ele fala baixo, as palavras emboladas como se a língua fosse maior que o normal. — Eu precisei ir para um jantar da empresa e perdi o seu aniversário. — Harry lamenta.
Um sorriso bobo se forma em meus lábios.
Bom, pelo menos ele havia se lembrado.
— Não tem problema. — Eu digo, terminando de desatar o nó de sua gravata. — Por quê bebeu tanto? — Bufo, fingindo estar brava.
Eu sabia como Styles era fraco para bebida. Uma taça de vinho era o suficiente para deixá-lo com as bochechas vermelhas e o sorriso solto. Mas o cheiro forte de álcool deixava claro que ele havia bebido muito mais do que uma taça de vinho.
— Vou recompensar você. — Ele diz, depois que eu retiro seu paletó. Harry ergue as mãos grandes, segurando minhas duas bochechas. Seus olhos estão quase fechados, as bochechas muito vermelhas. — Feliz aniversário, querida.
— Obrigado, H.
O meu coração bate forte.
E, para a minha surpresa, Harry puxa o meu rosto em direção ao seu.
Seus lábios cheios e macios tocam os meus, me fazendo arregalar os olhos antes de fechar.
O primeiro e último beijo que trocamos fora a dois anos, no dia em que dissemos sim em frente ao juiz de paz.
Nosso casamento não passava de um contrato, benéfico para nós dois. Harry precisava do dinheiro da minha família, eu precisava de liberdade.
Depois de uma longa e sincera conversa durante o jantar de noivado, decidimos seguir em frente.
Começamos com uma amizade. Harry era educado, gentil e sensível. Sempre me tratando com muito respeito.
O grande problema foi quando meu coração começou a confundir as coisas. E eu acabei irremediavelmente apaixonada pelo meu marido.
Me contentei com a amizade de Styles. Fazendo o meu melhor para esconder os sentimentos que cada vez mais se tornavam mais fortes.
A cada sorriso que ele me dirigia, cada mínimo elogio educado. Meu coração batia como louco. O frio na barriga me atingia e eu conseguia ficar ainda mais boba por ele.
Solto um suspiro quando a língua quente toca meu lábio inferior.
Harry me puxa para mais perto, seus dedos se perdem no meu cabelo.
Nosso primeiro beijo foi apenas um selar. E foram incontáveis as vezes que eu me perguntei como seria beijá-lo de verdade.
Mesmo que o sabor alcoólico fosse forte, ainda era bom. Mesmo que o beijo demonstrasse desejo, ainda era delicado.
Seus lábios eram quentes e macios, sua língua afoita e curiosa, explorando cada partezinha da minha boca.
Meu coração batia tão forte que eu podia senti-lo retumbando em meus ouvidos. Minha pele inteira estava arrepiada.
O beijo foi quebrado com dezenas de selinhos e eu sorri como uma boba.
Harry sorriu de volta, passando o polegar em minha bochecha.
E então disse as palavras que acabaram completamente com a minha ilusão e o fio de esperança ao qual me agarrei.
— Minha Helena…
O meu sorriso se fechou, e quase pude ouvir o som do meu coração virando um amontoado de estilhaços.
Harry caiu para trás na cama, em um sono profundo.
Segurei o soluço que tentou escapar, mas as lágrimas já haviam começado a escorrer de forma vergonhosa.
Humilhada, ergui suas pernas até que estivessem sobre o colchão.Puxei sua coberta, estendendo sobre o corpo adormecido.
Olhei para ele uma última vez antes de sair do quarto, atravessando para a porta ao outro lado, que inicialmente seria um quarto de hóspedes, mas há dois anos, é o meu.
Deitei na minha cama, abraçando com força um dos meus travesseiros e deixei meu choro dolorido escapar, tentando aliviar a dor em meu peito.
Harry não havia me beijado.
Em sua ilusão de bêbado era a ela quem estava beijando.
Helena, sua primeira esposa. Aquela que há três anos foi arrancada dos seus braços por um câncer agressivo.
Sequer consegui dormir.
Quando o celular despertou, tomei um banho rápido e usei maquiagem para esconder as olheiras e o nariz avermelhado pelo choro.
Desci para a cozinha, começando a minha rotina.
Fazer o café da manhã para Harry era algo que me deixava feliz. Ele nunca poupava elogios, mesmo que o sabor da comida não fosse tão gostoso assim.
Mas hoje, me limitei ao café preto e uma sopa de algas para ajudar com a provável ressaca dele.
Servi o meu próprio café, fechando meus olhos ao beber o primeiro gole da bebida quente.
Ouvi os passos desajeitados na escadaria, assim como os resmungos que o homem soltava.
— Bom dia. — Murmurou.
— Bom dia, Harry. — Continuei de costas, querendo ao máximo evitar de olhar para ele. Mesmo com a maquiagem, sabia que ainda era possível ver os rastros do choro e da noite mal dormida. Além disso, Styles parecia ter o dom de me ler como se fosse um livro. Era observador e conseguia enxergar tranquilamente tudo que quisesse.
— Fiz ou falei alguma besteira ontem? — Pude ouvir quando ele pegou uma xícara, pronto para servir seu café.
Como uma idiota, me virei, segurando seu braço.
Harry precisava se hidratar, comer alguma coisa antes de beber café ou acabaria passando mal.
Seus olhos ficaram levemente arregalados, já que eu pouco interferia em qualquer coisa que ele fizesse. Assim como ele comigo.
— Tome a sopa de algas primeiro. — Sugiro, soltando o seu braço e voltando a encarar a janela.
— Tem certeza de que nada aconteceu ontem? — Ele questiona, passando por trás do meu corpo para se servir da sopa no fogão ao meu lado.
— Uhum.
— Hm, isso está uma delícia. — Ele fala, mesmo acabado da ressaca, com animação.
Não digo nada. Bebo mais um gole do meu café e jogo o restante na pia, deixando a xícara por ali para lavar depois.
Ouço quando Harry solta um longo suspiro. Encostado na mesa, ele toma a sopa com calma, me olhando por cima da tigela.
— Está com muita dor? — Não consigo segurar em perguntar, preocupada com ele.
— Um pouco. — Faz uma careta.
— Tem remédio para dor de cabeça no armário do banheiro. — Tento sorrir.
A conversa me faz sentir ainda pior. Mas, pelo menos, ele não se lembra de ontem.
Decido sair da cozinha, mas antes que eu faça isso, sua mão grande segura o meu pulso, me mantendo no cômodo.
— Eu fiz algo que magoou você, não foi? — Seus olhos castanhos me encaravam cheios de culpa, mesmo que sequer soubesse o motivo. — Pode me dizer. — Incentiva.
— Não é nada, Harry. — Garanto, forçando um sorriso.
O inglês não parece acreditar nas minhas palavras, mas não sobram alternativas além de soltar o meu braço e me deixar sair da cozinha.
Pelo resto da manhã, me mantenho dentro do meu quarto. Deito na cama novamente e finalmente o cansaço me vence.
Acabo caindo em um sono pesado, tão cansada que sequer sonho.
Acordo com uma mão grande balançando de leve o meu ombro.
— S\N. — A voz de Harry soa baixinha. Abro meus olhos, resmungando por ser acordada. Ele me dá um sorriso de lado. — Venha almoçar.
Arregalo os olhos.
Harry cozinhou?
Olho para o relógio do meu celular, sem conseguir entender como uma soneca acabou durando quase 5 horas.
— Você não deveria estar no escritório? — Pergunto ainda um pouco perdida.
— Decidi tirar folga hoje. — Ele sorri mais uma vez, se levantando.
Coloco a mão sobre a boca, tentando segurar a risada.
Como Harry estava abaixado ao lado da cama, não consegui prestar atenção em sua roupa. Mas agora, é quase impossível não rir ao ver o homem de quase 1,80 usando meu avental de cozinha. Decorado com coraçõezinhos e adornado por um babado embaixo.
— Não ria. — Ele coloca a mão sobre o peito, como se estivesse mortalmente ofendido. O que, obviamente, me faz rir alto. — Vem. — Estende a mão, praticamente me arrastando para fora da cama.
Suas mãos vão para os meus ombros, me empurrando para fora do quarto.
Ainda estou sonolenta, mas meu estômago revira de fome e minha boca saliva assim que chegamos no andar de baixo e o cheiro da comida perfuma o lugar inteiro.
— Você fez tudo isso? — Falo surpresa com a quantidade de pratos disposta na mesa.
— Duvidando dos meus dotes culinários, senhora Styles? — Ele pergunta erguendo uma sobrancelha, puxando uma cadeira e me fazendo sentar.
Senhora Styles.
Não é a primeira vez que ele me chama assim, sempre com a entonação de brincadeira.
— Estou faminta. — Mudo de assunto.
Harry senta à minha frente, sem tirar o avental. Olho para todos aqueles pratos, tentando decidir o que comer primeiro.
Na verdade, eu estava apenas provocando ele. Sabia muito bem do talento de Harry na cozinha.
Porém, com a rotina cansativa no escritório, eu acabei ficando com a responsabilidade da comida e da arrumação da casa.
Não era algo que me incomodava, mais de uma vez o inglês ofereceu contratar alguém para me ajudar.
Mas eu gostava de manter as coisas do meu jeito.
— Estou pensando em voltar para a faculdade. — Falo de repente. Harry ergue os olhos, a boca tão cheia de comida que suas bochechas ficam infladas.
— Sério? — Pergunta colocando a mão na frente da boca.
— Acha uma ideia ruim? — Pergunto.
Eu precisei trancar a faculdade de design por conta do casamento. Mais uma das exigências do meu pai.
— De forma alguma. — Ele nega com a cabeça. — Eu acho ótimo, S/N. — Sorri. — Está gostando da comida?
— Está tudo uma delícia. — Falo com sinceridade. — Por quê decidiu cozinhar tanto?
— Queria me desculpar com você… — Meu corpo trava. — Ontem acabei me esquecendo do seu aniversário. — Harry suspira. — Me desculpe por isso, S/N.
— Está tudo bem. — Eu afirmo, mesmo que não seja 100% verdade.
Nos dias em que se seguiram, eu me concentrei em voltar para a faculdade. Consegui destravar minha matrícula e voltei às aulas.
A primeira semana passou voando e por dias inteiros quase não vi o meu marido.
O que era bom.
Esse era o primeiro passo para esquecer esse amor unilateral.
Eu precisava me dedicar a esquecê-lo, e enfiar a cabeça nos livros, correr atrás de prazos de trabalhos e provas seria o ideal para tirá-lo da minha cabeça e do meu coração.
Preciso me convencer de que a amizade que temos é tudo que Harry pode me oferecer.
Mesmo que eu me lembre de seus lábios contra os meus cada vez que feche os olhos.
Harry
Solto um suspiro baixo, sentindo meus olhos arderem depois de revisar mais de cinquenta relatórios. Encaro a foto de Helena sobre a minha mesa, sentindo o mesmo sentimento de melancolia de sempre.
Era difícil saber que voltaria para casa agora e não seria recebido por seu sorriso ou suas piadas ruins.
Por mais que morar com S/N não fosse necessariamente ruim, ela não era Helena.
A minha Helena.
— Já vai? — Brad pergunta quando eu saio da minha sala.
Além de amigo de longa data, ele é meu secretário.
Está comigo há anos e é um dos poucos em quem confio plenamente.
— Sim. — Resmungo. — Você pode ir também.
— Pensou sobre o que conversamos? — Ele diz quando entramos no elevador.
— Eu não preciso de terapia, Brad. — Reclamo, revirando os olhos. Há dias ele vem falando nesse mesmo assunto.
— É óbvio que precisa, Harry. Você precisa superar.
— Isso não vai acontecer nunca. — Bufo. — Helena é a minha esposa!
— Era. — Brad segura o meu braço, me fazendo olhar para o seu rosto calmo. — Me desculpe, irmão. Mas, pessoas morrem o tempo inteiro.
— Não diga isso. — Eu viro o rosto, evitando encará-lo.
— É a verdade. E você está perdendo uma oportunidade incrível, sabe disso, não sabe?
A tal oportunidade incrível é o fato de eu ser casado com S/N.
Desde que confessei a ele que tive um sonho estranho onde beijava a minha esposa, o mais novo insiste que eu estou me apaixonando por ela.
O que não é verdade.
Eu estava bêbado, S/N cuidou de mim e o sonho se misturou com a realidade.
Apenas isso.
Me despeço do mais novo, entrando no meu carro.
Dirijo com calma pelas ruas de Seul, soltando alguns suspiros.
Eu não queria dar o braço a torcer e recorrer à terapia para conseguir viver a minha vida. Mas, Brad estava certo em alguns pontos.
Eu não aproveitava mais nada. Tudo de bom que me aconteceu nos últimos anos, cada conquista. Simplesmente não consegui me sentir feliz por isso.
Me sentia, de certa forma, culpado por seguir vivendo quando Helena não estava mais aqui.
E por mais que eu soubesse que essa não era a vida que ela queria para mim, perder o amor da minha vida matou algo no meu coração.
Quando Helena se foi, ela levou uma grande parte do homem que um dia eu fui.
Estaciono na garagem espaçosa.
Assim que coloco os pés em casa, me livro da gravata irritante.
— S\N? — Chamo baixinho ao ver a garota na sala, sem querer assustá-la.
Mas, ela sequer se mexeu.
Me aproximei com cautela.
S\N estava com os braços sobre a mesinha de centro, o rosto apoiado em um deles e os olhos fechados em um sono profundo. Seus livros e cadernos estavam espalhados por todo o lado e ela parecia realmente cansada.
Quase não a vi desde que voltou a vida acadêmica. Os nossos horários não batiam, e para falar a verdade, eu não me esforçava para encontrá-la.
Mesmo que não quisesse admitir, desde aquele maldito sonho, eu venho me perguntando como seria beijá-la de verdade.
Me pego admirando seus traços.
Mesmo adormecida naquela posição desconfortável, com os lábios levemente entreabertos, e olheiras fundas, ela é bonita.
Nunca neguei a beleza de S\N. Precisaria ser cego para tal ato.
— S\N? — Chamo baixo. Ela franze as sobrancelhas, mas segue dormindo.
Deve realmente estar exausta.
Com cuidado, pego seu corpo no colo.
A garota deita a cabeça em meu ombro, respira pesado e abre um sorriso quase mínimo. Carrego minha esposa até seu quarto, a coloco de forma confortável na cama e pego uma das cobertas dobradas no armário para cobrí-la.
A olho mais um momento antes de sair, fechando a porta atrás de mim.
Deixo seus livros e cadernos exatamente onde estão, temendo guardá-los em algum lugar errado e estragando sua linha de raciocínio durante os estudos.
Vou para a cozinha, sentindo meu estômago reclamar.
Grudado no microondas há um bilhete, um post-it igual aos que estavam grudados nos livros de S\N.
“Seu jantar está pronto! Aqueça por dois minutos e depois descanse! Está trabalhando demais ;)”
Eu sorrio, guardando o papelzinho em meu bolso e apertando os botões de tempo do eletrodoméstico.
Mesmo com a rotina cansativa de estudos, S\N ainda se preocupava com a minha alimentação.
O que me deixa ainda mais culpado.
Ela merece mais do que um casamento por conveniência.
É uma mulher incrível e uma ótima amiga.
Merece alguém que a ame e cuide dela.
Eu não sou esse homem. E saber que ela estará presa a mim pelos próximos três anos de contrato me deixa cada vez mais culpado.
Depois de comer a comida deliciosa, tomo um banho e vou para meu quarto.
Desejando sonhar com minha Helena antes de dormir.
Fazia muito tempo que ela já não povoava mais os meus pensamentos.
Acordo ao ouvir barulho vindo da cozinha.
Saio da cama, desço as escadas e sinto meu corpo travar ao ver S\N. Ela está de costas, colocando água no filtro de café. Veste apenas uma camisa grande como pijama, seus cabelos presos em um coque desajeitado.
Eu já a vi assim antes.
Mas nunca teve tanto efeito em mim.
Ela parece notar minha presença, vira o rosto e me oferece um sorriso.
— Bom dia, H.
Eu respiro fundo, sem conseguir entender o que está acontecendo comigo.
Minha pele inteira está arrepiada, um calor insuportável me deixa inquieto.
Em passos largos atravesso a cozinha, sem conseguir mais segurar essa vontade.
Seguro sua cintura com as minhas mãos. S\N arregala os olhos, mas não me afasta.
Encaro seus lábios avermelhados, sentindo a minha própria boca formigar.
Curvo o pescoço, fecho os olhos e solto um suspiro quando sinto o contato de seus lábios nos meus.
S\N solta um gemido baixo, suas mãos tocam o meu peito e eu aprofundo ainda mais o contato.
Passo um dos braços por baixo do seu corpo, erguendo-a e colocando-a sobre a bancada.
Desço minha boca, marcando sua pele cheirosa.
Ela geme baixinho, joga a cabeça para trás.
Enlouquecido.
É assim que eu me sinto.
Completamente entorpecido por essa mulher.
Infiltro as mãos por baixo da camisa enorme, apertando suas coxas entre os meus dedos.
Meu corpo inteiro pede por ela, implora por ela.
— H… — Ela geme, e me enlouquece ainda mais.
— Eu quero tanto você. — Sussurro aquela verdade. S\N sorri para mim, com os lábios inchados pelos nossos beijos.
— Eu sou sua. — Ela sussurra.
Sua mão acaricia meu pau por cima da calça de moletom, me fazendo gemer.
Porra, eu preciso dessa mulher. Agora.
Puxo minha camiseta para fora, e como se estivesse tão ansiosa por esse momento como eu, S\N empurra minha calça para baixo, junto da cueca.
Eu suspiro, hipnotizado quando ela puxa a barra da própria camiseta para fora.
Enrolo o braço em sua cintura, puxado-a mais para a beirada da bancada. Ataco sua boca gostosa, arrasto a calcinha fina para o lado e encaixo meu pau em sua entrada quente e úmida.
Ela solta um gemido alto contra meus lábios quando embalo o corpo para a frente.
A sensação é indescritível.
Eu gemo, aperto sua pele em minhas mãos e começo a me mover cada vez mais rápido.
S\N geme o meu nome, joga a cabeça para trás e segura meus ombros.
Subo uma das mãos, apertado um dos seus seios.
Ela geme mais, aperta as pernas em volta da minha cintura e eu tenho certeza de que estou perto de gozar.
Sua boceta quente me aperta, e eu meto com ainda mais força.
O barulho do choque dos nossos corpos preenche a cozinha.
Minha pele se arrepia, a sensação do orgasmo próximo me enlouquece e eu grudo sua boca na minha mais uma vez.
Perto. Muito perto.
Me sento na cama.
Assustado.
Respirando de forma desregulada.
Totalmente suado.
Olho ao redor do meu quarto vazio, tentando entender o que está acontecendo.
Ergo a coberta, encarando a minha cueca completamente suja e o meu pau ainda endurecido como pedra.
Não. Não. Não. Não.
Isso não pode estar acontecendo.
Eu tive a porra de um sonho erótico com S\N?
Ainda assustado e me sentindo um completo maníaco, saio da cama.
Entro embaixo do chuveiro gelado, fechando meus olhos com forço e fazendo o meu melhor para esquecer esse maldito sonho.
Já estou atrasado para chegar no escritório quando finalmente a água fria consegue acabar com a minha ereção.
Me visto com um terno e desço as escadas. Decido pegar uma fruta para comer no caminho e meu corpo trava na porta da cozinha.
S\N está na frente da bancada, fazendo café. Vestida exatamente como o meu sonho.
— Bom dia, H. — Sorri.
Meu coração dá um salto.
E a minha calça fica mais apertada de repente.
Eu me viro, praticamente fugindo daquela casa.
— Bom dia, H. — Brad fala assim que eu saio do elevador. — Bom dia. — Falo rápido, passando pela sua mesa como um foguete e entrando na minha sala.
Me sinto um adolescente na puberdade, não um homem de 30 anos de idade.
Sento na minha mesa, esfrego as mãos no rosto e tento afastar aqueles pensamentos de mim.
Duas batidas na porta me fazem suspirar e eu mando que Brad entre.
— Tudo bem? — Ele pergunta com uma sobrancelha erguida. Eu assinto com a cabeça, sem encará-lo, até ouvir a risadinha que o mais novo soltou. — Sonhou com ela de novo, não foi? — Debocha.
— Brad…
— Qual é, H. Não tem nada de errado em desejar a sua esposa. — Ele senta na cadeira do outro lado da mesa, cruzando as pernas.
— Eu não desejo ela! — Minto. — Helena é a minha esposa. A única mulher que eu vou desejar nessa vida.
— Você é um cabeça dura. — Ele suspira. — Já pensou sobre a terapia?
— De novo isso?
— Sim, de novo. Eu estou preocupado com você, Harry.
— Está tudo bem comigo. — Argumento.
— Não, não está. — Ele nega com a cabeça. — Por favor, pelo menos tente. Se não gostar da experiência, não vou mais insistir.
— Me dá a sua palavra?
— Sabe que sim.
— Marque a maldita sessão. — Resmungo.
Brad abre um sorriso grande e sai da minha sala.
Durante o resto do dia me pego perdido em pensamentos, sem conseguir me concentrar em mais nada.
Minha mente fica passando e repassando as cenas em meu sonhos.
Eu me sinto um lixo.
S\N nunca me deu entrada alguma. Ter esse tipo de sonho com ela é algo nojento. E eu me sinto sujo.
Além de me sentir a porra de um traidor, desejando outra mulher que não a minha Helena.
Passo a fugir ainda mais de S\N.
Saindo mais cedo e voltando ainda mais tarde.
Sem encontrá-la por alguns dias.
Nosso contato é basicamente algumas mensagens e nada mais.
O que em nada acalma a porra da confusão que se forma em mim.
Além de seguir tendo sonhos cada vez mais sujos com ela, eu me pego sentindo sua falta.
Sentindo falta dos nossos cafés da manhã tranquilos, dos jantares divertidos e principalmente da companhia dela.
Dois meses depois…
— Como está hoje, Harry? — Kwan, meu terapeuta, pergunta.
Eu acabei gostando da experiência depois da primeira sessão. Ter alguém, que não me julgava, para desabafar era bom.
Por quase várias horas contei a ele toda a minha história. Como minha infância foi solitária e meus pais trabalhavam demais para prestar atenção em mim e no meu irmão mais velho. Como a adolescência foi ainda pior e eu não passava de um garoto confuso e carente de atenção. Como eu conheci, me apaixonei e perdi Helena.
E então, como S\N entrou na minha vida.
Nos primeiros dias, me senti receoso de contar a ele sobre o contrato. Não era exatamente uma coisa legal.
Mas, depois de algumas sessões, me senti mais confortável para dizer.
Para a minha surpresa, essa prática ainda era comum entre as famílias ricas da Coreia. Algo horrível, na minha opinião.
Com certeza, não eram todos que tinham a sorte de encontrar alguém tão incrível e compreensiva quanto a minha esposa.
Contei também sobre os sonhos.
Kwan, dividia a mesma opinião de Brad. Acreditava que eu estava me apaixonando por S\N.
Mas, eu segui negando.
— Estou bem. — Respondo abrindo um sorriso.
— E então, algum avanço essa semana? — Ele pergunta, cruzando as pernas e ajeitando a posição em sua poltrona.
— O mesmo de sempre. — Dou de ombros.
Kwan se refere ao fato de eu continuar fugindo de S\N dentro da nossa casa.
Por mais que agora eu a veja mais do que no inicio da minha fuga idiota, ainda faço o meu melhor para não acabar trombando com a garota pelas manhãs, quando ela está com pijamas curtos. Ou à noite, quando está linda.
Minha fuga não é tão difícil, já que S\N está se dedicando à faculdade, quase não tendo tempo algum.
Nos últimos dois meses, jantamos juntos apenas duas vezes, ambas em restaurantes, com os meus pais.
Fora isso, combinamos quem faria o jantar e deixaria o suficiente para o outro.
— Ainda sente que está traindo Helena? — Kwan pergunta. Ele fez esse mesmo questionamento há algumas semanas, e a resposta foi positiva.
— Não. — O terapeuta sorri.
— Como chegou a esta conclusão?
— Eu fui ao cemitério. Conversei com Helena. — Cocei meu queixo. — Foi uma conversa difícil.
Deixei as flores no pequeno vaso de plantas, juntei as mãos e fechei os olhos. Fiz uma prece breve antes de suspirar e finalmente encarar a foto de Helena na lápide.
Não tive coragem de voltar aqui desde o dia em que minha Helena começou seu descanso.
Na foto ela sorri, radiante. Antes do câncer que a deixou tão debilitada.
— Faz muito tempo, não é? — Sussurro. Eu suspiro, sabendo que não haverá uma resposta, mas, esperando que de alguma forma, ela me ouça de onde esteja. — Desculpe demorar tanto, meu amor. Eu realmente fiquei perdido sem você, sabia? — Fungo. O meu rosto já está banhado por lágrimas, meu peito pesado pela quantidade de coisas não ditas todos esses anos. — Eu sinto tanto a sua falta, minha Helena. — Tombo a cabeça para a frente, tocando sua foto com a minha testa e liberando todo aquele choro dolorido que guardei. — Eu me casei de novo, sabia? — Soluço. — Era para ser só um contrato. Mas… — Engulo meu choro, encarando o teto. — Mas ela é tão incrível. Você teria adorado a S\N. — Sorrio triste. — Ela é inteligente, é gentil, tem o maior coração que eu já vi. Ela não se importa com o meu coração machucado, me dá espaço para me curar… — Seco o meu rosto. — E eu tentei tanto evitar isso… queria tanto evitar me apaixonar por ela… mas eu não consegui, amor. — Choro. — Eu não consegui.
Fecho os meus olhos, meu choro é alto, sacode o meu corpo inteiro.
Ao mesmo tempo, é libertador.
— Eu sei que você não gostaria de me ver triste… foi o que você disse antes de partir, não foi? Que seria o meu anjo. — Seco um pouco meu rosto com a manga da camisa. — Eu nem sei se ela sente algo por mim. — Rio sem muito humor. — Eu tenho agido como um idiota com ela. Quando nos conhecemos, foi você quem me conquistou. Dessa vez, vou tentar ganhar o coração dela. Me ajude, sim? — Fungo. — Me ajude a ser feliz, por favor. — Respiro fundo. — Sempre vou amar você, Helena. Mas, acho que o meu coração pertence à S\N agora.
— Isso é ótimo, Harry. — Kwan fala, enquanto me oferece uma caixa de lenços, que eu aceito. — Então, acha que está apaixonado por S\N?
— Acho que sim. — Admito em voz alta pela primeira vez.
— E qual o seu próximo passo?
— Conquistá-la. — Afirmo.
Caminho em círculos pela sala de estar.
Cheguei antes do horário antes, preparei um jantar gostoso e esperava poder jantar com S\N.
Mas, já eram quase duas da manhã e nada da minha esposa chegar.
Já havia ligado, mandado dezenas de mensagens. Nada. Nem uma resposta.
Será que ela está com alguém?
Quando tivemos a primeira conversa do contrato, eu não me opus que ela tivesse relacionamentos amorosos, desde que discretos.
Fake chat
E agora, estava me remoendo com as minhas próprias palavras.
O som da fechadura chama a minha atenção e eu dou passos largos até a porta.
S\N está com um braço apoiado nos ombros de um cara que eu nunca vi.
— O que aconteceu? — Pergunto preocupado, me aproximado para tirá-la dos braços dele.
— Nós saímos para beber, comemorar o final das provas. Mas, S\N acabou exagerando. — O homem diz, de forma culpada.
— Certo, obrigado por trazê-la. Eu posso cuidar disso agora.
Não quero ser ignorante com o garoto. Mas ainda me sinto incomodado em saber que S\N esteve perto dele estando tão alterada.
O desconhecido faz uma reverência, saindo pelo corredor e eu fecho a porta.
S\N abre os olhos de leve, suas bochechas estão muito vermelhas. Um sorriso preguiçoso se forma em sua boca.
— Oi, H. Você está em casa. — Fala toda embolada, segurando o meu rosto dos dois lados.
— Por quê bebeu tanto? — Reclamo, me abaixando para passar um braço por baixo de seus joelhos, pegando-a no colo.
— Estava comemorando. — Ela passa os braços em meus ombros e começa a balançar os pés enquanto eu a carrego até seu quarto. — Por quê chegou cedo? — Largo seu corpo sobre a cama e ela tomba a cabeça para o lado, me encarando com os olhos pesados.
— Queria jantar com você. — Bufo.
— Jantar comigo? — Ela ergue as sobrancelhas. — Você não janta em casa há uns dois meses. — Ela diz, fazendo um beicinho triste.
Eu quero rir.
Nunca havia visto S\N tão bêbada. E por mais que estivesse bravo pelo perigo que ela correu, precisava admitir que estava uma gracinha.
— Eu sei. — Suspiro e me ajoelho à sua frente, começando a desamarrar o cadarço dos seus tênis. — Você me desculpa?
— Eu sempre desculpo você. — Ela revira os olhos, me deixando levemente confuso. Tiro seus tênis e as meias, colocando no chão ao lado da cama.
— Acha que consegue tomar um banho?
— Não quero tomar banho, quero dormir. — Reclama, parecendo uma criança birrenta.
— Vamos pelo menos tirar a maquiagem, hum? — Ofereço e ela afirma com a cabeça. Pego em sua mesa um pacote de lencinhos umedecidos e me sento ao seu lado na cama.
S\N fecha os olhos quando eu começo a passar o lenço com a maior delicadeza em sua pele.
Meu coração acelera quando passo sobre seus lábios, sentindo minha boca secar por um momento.
Ela abre os olhos lentamente, encara o meu rosto e suspira.
— Haz?
— Sim?
Os olhinhos pequenos pela bebedeira fitam o meu rosto com atenção, ela solta um suspiro longo e um beicinho se forma em sua boca quando lágrimas grossas começam a se formar. Exatamente como uma criança pequena.
Mas S/N não é uma criança.
E eu definitivamente não sei lidar com uma mulher bêbada e chorona.
— Ei, o que aconteceu? — Pergunto, usando meus polegares para afastar as lágrimas quentes que começam a escorrer.
— Você pode — Soluça. — Me devolver?
— Devolver o quê? — Digo ainda mais confuso. Não me lembro de ter pego nada que seja de S/N.
— Ou pelo menos cuidar. — Ela continua, ignorando totalmente a minha confusão. — Eu sei que você não quer, então… — Ela suspira e olha para cima, tentando evitar o choro. — Então, devolve. — Me olha séria.
— Eu não sei do que está falando, S/N. — Falo baixo, afastando mais lágrimas, o que só dá mais espaço para as novas que deslizam em sua pele.
— Do meu coração. — Ela soluça. Eu arregalo os olhos. — Eu não quero mais amar você, Harry. Por favor, me devolve ele. — Ela joga a cabeça para a frente, seus ombros balançam com o choro e eu me desespero.
— S/N… — Eu chamo, mas seu choro se torna mais alto. Mais sentido.
Eu não vejo seu rosto, mas posso ver as lágrimas pingando em seu colo.
O meu coração dói.
Engulo o nó que se formou em minha garganta e ergo seu rosto pelo queixo.
— Você me ama? — Sussurro. Ela balança a cabeça positivamente. — Por quê não me disse antes? — Com dois dedos afasto os fios insistentes do seu cabelo para trás da orelha, depois tento, mais uma vez, afastar as suas lágrimas.
— Porque eu sei que você não me ama, Harry. — Lamenta. O meu coração aperta no peito e eu abro a boca para falar, mas uma das mãos pequenas me pega de surpresa, esmagando os meus lábios. — Você não sabe quantas vezes eu já quis ser a sua S/N. — Eu pisco algumas vezes. As duas palavras me atingem como socos. — Helena foi tão sortuda em ser sua. — Ela sussurra.
Com cuidado, eu seguro a mão que está sobre a minha boca, tirando-a. S/N baixa a cabeça mais uma vez, mas eu não permito.
Me aproximo mais na cama, me sentindo o ser mais desprezível que existe.
Esse tempo todo, enquanto eu fugia dos meus próprios sentimentos. Não pensei nos dela. Não pensei que poderia estar machucando o seu coração.
Seguro uma das suas bochechas, fazendo com que ela me olhe.
Nossos olhos se encontram e o meu coração acelera em uma velocidade preocupante.
Ela está bêbada.
Está sensível.
E eu sou um idiota por pensar em beijá-la nessa situação.
Como um ímã, eu me aproximo, fecho os olhos e toco meu nariz com o seu. Espero que ela me empurre, me xingue. Mas isso não acontece.
S/N ergue o queixo, deixando um selar leve e salgado pelas lágrimas. E então se afasta, colocando os dedos na minha boca mais uma vez.
— S/N. — Ela diz, e eu ergo uma sobrancelha. — Não me chame pelo nome dela mais uma vez, Harry.
Eu engasgo.
S/N abre um sorriso triste e puxa as pernas para cima da cama, se deita de costas para mim.
— Pode sair do meu quarto, por favor? — Murmura baixinho.
— Nós precisamos conversar. — É tudo que eu consigo dizer.
— Não agora.
Eu respeito a decisão dela.
Além de estar atordoado demais para lidar com os meus próprios sentimentos.
A minha boca arde pelo contato mínimo, meu coração segue batendo forte e eu sinto meu corpo pesado.
Ignoro todo o jantar que preparei e vou diretamente para o meu quarto, me deitando na cama e encarando o teto branco.
S/N me ajuda a chegar até a cama. Minha visão está turva por toda a bebida.
Eu inalo o cheiro do cabelo dela e fecho os olhos.
É gostoso.
Ela me ajuda com a gravata e com o paletó.
Suas bochechas estão vermelhas pelo esforço, e provavelmente pela irritação. Mas, mesmo assim, me trata com carinho.
Ela é uma gracinha.
— Feliz aniversário, querida. — Eu digo, olhando para os olhos tão bonitos da minha esposa.
— Obrigado, H. — S/N sorri.
Eu gosto do sorriso dela. Gosto muito.
Puxo sua nuca, fazendo algo que apenas a bebida me dá coragem o suficiente de fazer. E beijo ela.
S/N parece surpresa, mas retribui.
Seu gosto é doce, o beijo é calmo e delicioso. E eu me perco nessa sensação.
Nos separamos com sorrisos.
Meu coração acelera, o álcool corre ainda mais solto, faz ainda mais efeito.
As borboletas que eu pensei que nunca mais apareceriam, voam pela minha barriga.
A sensação de estar apaixonado.
Que eu achei que nunca mais sentiria.
Uma pontinha de culpa me atinge. Eu não deveria fazer isso. Eu sou casado. Eu amo a…
— Minha Helena.
O sorriso de S/N se fecha. Mas antes que eu possa dizer qualquer coisa, o sono me atinge e eu caio na cama.
Sonhando com ela.
Com a minha S/N.
Abro meus olhos, sentindo meu corpo inteiro suado e meu coração batendo em uma velocidade descomunal.
Não foi um sonho.
Meu beijo com S\N foi real. E eu fiz a maior das besteiras, chamando-a pelo nome de outra mulher.
Olha para o relógio na mesa de cabeceira, quase nove da manhã.
Será que ela já levantou?
Saio do quarto, notando que a porta do quarto de S\N está entreaberta. Bato, mas não obtenho resposta. Empurro a porta de leve, ouvindo o barulho de seu chuveiro.
Decido fazer o café da manhã.
Precisamos urgentemente conversar, colocar todas as cartas na mesa pela primeira vez esses dois anos de casamento. Mas eu sei que, se ela lembrar o que aconteceu na noite passada, não vai querer dizer nada. Além disso, ela precisa se alimentar e hidratar depois de beber tanto.
Assim como ela fez comigo, preparo uma sopa de algas. Faço também um chá, um café e deixo sobre a mesa um comprimido caso ela esteja com dor de cabeça.
Poucos minutos depois, quando eu já estou terminando a minha xícara de café, S\N aparece na porta da cozinha. Veste um conjunto confortável de moletom lilás e seus cabelos estão úmidos.
— Bom dia. — Eu digo. Ela me olha por menos do que um segundo antes de baixar a cabeça e murmurar uma resposta para o meu cumprimento. — Fiz sopa de algas e chá pra você. — Aviso, já servindo a sopa na tigela. Largo a comida acompanhada de uma colher sobre a mesa.
— Obrigado. — Ela diz baixo.
— Está com dor?
— Só um pouquinho. — Diz, tomando a primeira colher da sopa. Em nenhum momento ela me olha. Seus olhos permanecem baixos, assim como o seu tom de voz. E isso me dá a certeza de que ela lembra sobre tudo na noite passada.
— Precisamos conversar, não acha?
— Não podemos esquecer? — Ela resmunga. — Eu estava bêbada e…
— Você disse que me ama. — Corto sua desculpa, já sentindo meu coração acelerar com a ansiedade. — É verdade?
— Harry… — Ela suspira.
Eu acabo dando ouvidos à minha mente ansiosa. Largo minha xícara de café na pia e caminho até a mesa. Seguro o rosto de S\N, que finalmente me olha. Seus olhos estão arregalados e ela engole em seco.
— É verdade? — Pergunto de novo.
— Harry, por favor. — Lágrimas se juntam nos cantinhos dos seus olhos.
— Me diga. — Eu peço. — Você me ama, S\N?
Ela suspira, passa a pontinha da língua pelos lábios e assente.
Um sorriso involuntário se forma em meus lábios e eu curvo o pescoço, tocando sua boca com a minha.
Ouço seu suspiro surpreso e espero mais um pouco, deixando apenas selinhos leves antes de aprofundar o beijo.
Empurro a língua com calma, sendo recebido de forma tímida. S\N coloca as mãos em meus ombros, mas não me empurra. Seus lábios macios e quentes acariciam os meus com delicadeza.
Passo um dos braços em sua cintura, fazendo com que ela se erga do banco e sente sobre a mesa. Aperto meu corpo contra o seu, e o beijo já não é mais tão calmo e delicado assim.
É mais afoito, mas desesperado. Minhas mãos passeiam por suas costas até chegar em sua nuca.
Separo nossos lábios quando a necessidade de respirar se torna mais forte.
Com a respiração desregulada, abro meus olhos para vê-la.
S\N está tão abalada quanto eu, seus lábios inchados e os olhos cheios de incertezas.
— Me desculpa. — Começo a dizer. — Eu não queria ter machucando você, S\N. — Me mantenho perto dela, ainda abraçando seu corpo e segurando sua nuca. — Eu deveria ter sido mais cauteloso com os seus sentimentos.
— Eu não estou entendendo. — Ela murmura baixinho.
— Eu lembro do nosso beijo no seu aniversário. — Ela arregala os olhos de leve. — Eu achei que tinha sido um sonho. — Suspiro. — Você não falou nada e eu me convenci que não havia acontecido de verdade. Mas só ontem eu percebi que foi verdade e que eu fui um idiota. — Ela me olha com atenção. — Eu não chamei você pelo nome de Helena. Enchi a cara aquela noite por me sentir culpado por não conseguir parar de pensar em você. — Admito.
— O quê?
— Eu me sentia culpado por começar a me apaixonar por você. — Suspiro. — Por isso eu praticamente fugi nessas últimas semanas. Eu queria me convencer de que não estava me apaixonando, mesmo que Brad e o meu terapeuta digam o contrário.
— Terapeuta? — Ergue uma sobrancelha.
— Temos muita coisa para conversar ainda. — Eu rio. — Mas o importante agora é: não vou devolver. — S\N franze as sobrancelhas. — O seu coração é meu, não vou devolver.
As bochechas de S\N ficam vermelhas, ela abaixa a cabeça, escondendo o rosto em meu peito. Não consigo evitar a risada, fazendo um carinho leve em seus cabelos.
— Eu estava bêbada, não pode usar minhas palavras contra mim. — Ela reclama, erguendo o rosto para me olhar, fazendo um beicinho com os lábios. Eu deixo um beijo ali, fazendo-a sorrir. — Está mesmo apaixonado por mim?
— Totalmente. — Admito, apertando ela mais contra mim.
— Acho que ainda estou sonhando. — Ela suspira, passando os braços em minha cintura, me abraçando de volta. Eu curvo o pescoço, mordendo sua bochecha de leve. — Ai!
— Viu? Tá bem acordada, Senhora Styles. — Ela fica ainda mais vermelha, me fazendo rir. — Agora, tome o seu café da manhã. — Beijo sua bochecha.
S\N
— O que acha de irmos embora? — Harry sussurra em meu ouvido. Seu braço está apoiado em minha cintura e já deve ser pelo menos a quinta vez que ele sugere de ir embora desde que chegamos à festa de aniversário de um dos maiores investidores da empresa.
— Querido, chegamos há uma hora. — Relembro.
— Eu sei. — Resmunga, ficando de frente agora, e segurando minha cintura com as duas mãos. — É pedir demais uma noite tranquila ao lado da minha esposa? Sem precisar ficar dando sorrisos falsos para um monte de gente chata?
Harry é um bebê de 1,80. Aprendi isso no decorrer das últimas semanas, desde que o nosso casamento passou a ser verdadeiro.
Bom, em algumas partes.
Decidimos ir com calma, mesmo com o casamento, achamos melhor nos conhecermos e passar por todas as etapas que um casal normal passa.
— Por favor. — Ele pede, fazendo um biquinho enorme com os lábios. Eu rio, deixo um selinho em seus lábios e me rendo, assentindo.
Ele sorri, satisfeito e praticamente me arrasta até onde o aniversariante está, para nos despedirmos.
Assim que chegamos em casa, seus braços rodeiam a minha cintura, seu corpo se encaixa ao meu por trás e ele distribui beijos leves em meu pescoço.
— Cheirosa. — Elogia baixinho em meu ouvido, me arrepiando inteira.
Mesmo com o avanço do nosso relacionamento, Harry e eu nunca passamos dos beijos. Sempre que a coisa esquentava um pouco mais, ele dava para trás.
Eu não o pressionava, mesmo que precisasse tomar uma série de banhos frios e me satisfazer sozinha. Sabia que era um passo muito grande e queria que ele estivesse pronto para ser totalmente meu.
— O que acha de assistirmos um filme, hum? — Sugiro.
— Pode ser. — Ele concorda.
— Vou tomar um banho então. — Me viro, deixando um selinho demorado em seus lábios antes de subir para o corredor de quartos.
Ainda dormíamos separados, mesmo que de vez em quando, acabassemos adormecendo abraçados no sofá da sala.
Tirei a maquiagem e desfiz o penteado simples que havia feito para o evento.
Tentei tirar o vestido, mas não conseguia alcançar direito o zíper. Chamei por Harry, mas ele não respondeu.
Bati na porta do seu quarto, entrando em seguida. Um hábito que nós dois havíamos adquirido com a intimidade crescente.
Porém, me arrependi no segundo em que o meu marido saiu da porta do banheiro, vestido apenas uma toalha enrolada na cintura e com gotas de água do banho recente escorrendo pelo peito largo.
— Desculpa! — Falei virando de costas. Ouvi ele dar uma risadinha.
— Aconteceu alguma coisa?
— Não alcanço o zíper do vestido. — Tento manter minha voz firme, ignorando o calor que começava a sentir. — Você pode me ajudar?
— Claro.
Senti uma das mãos de Harry tocar minhas costas por cima do vestido, e logo o tecido ficou frouxo. Segurei em meu peito, para que ele não caísse completamente e me deixasse praticamente nua, já que estava sem sutiã. Murmurei um “obrigado” apressado e já iria sair do quarto, porém suas duas mãos seguraram minha cintura.
Harry afastou meu cabelo, apoiando todo em um dos ombros e deixou um beijo molhado em minha nuca. Um suspiro escapa dos meus lábios e eu tenho certeza de que ele nota minha pele inteira arrepiar.
— Eu já disse o quanto está linda hoje, querida? — Murmura, com a voz rouca. Fecho os meus olhos, sentindo minha boceta pulsar dentro da calcinha já encharcada.
— Algumas vezes. — Relembro.
— Acho que deveria dizer de novo. — Harry me vira. Ainda segurando o vestido, ergo os olhos até os seus. — Você está realmente linda, S/N. — Sussurra, me puxando para beijar os meus lábios.
Me entrego ao beijo, soltando suspiros baixos. Escuto quando Harry empurra a porta para que ela feche e em seguida começa a caminhar com passos cuidadosos enquanto empurra meu corpo em direção da cama.
Harry separa os nossos lábios, me encarando com os olhos cheios de um desejo velado. Seu peito sobe e desce rápido, e suas mãos encontram as minhas, em um pedido silencioso de permissão. Em resposta, liberto o vestido, que acumula em minha cintura.
Harry respira fundo, seus olhos passeiam pelos meus ombros e colo. Mais uma vez ele me olha.
— Você pode fazer o que quiser. — Sussurro. Ele morde o lábio inferior e assente.
Suas mãos tocam os meus ombros, até que eu chegue ao colchão e me deite. Então, puxa o vestido pelas minhas pernas, jogando-o no chão.
Meu coração bate acelerado. Depois de longos anos amando aquele homem em silêncio, estou apenas de calcinha na sua cama.
Seus dedos gelados começam a subir pelas minhas pernas, como se ele usasse o tato para mapear meu corpo. Vai engatinhando lentamente pela cama, até estar em cima de mim.
Harry me beija, lento e sensual. Sua língua passeia, acaricia a minha e me arranca suspiros longos.
Depois, seus lábios começam a descer. Passam pelo meu maxilar, pescoço e colo, até chegar em meus seios.
— Você é tão linda. — Sussurra. Segurando minha cintura com as mãos e beijando a minha pele. A boca quente suga um dos meus mamilos e eu gemo baixo.
Meu corpo está sensível, e toda a vontade que eu tenho dele se torna ainda mais desesperada.
Harry dá atenção aos meus dois seios com as mãos e a boca antes de voltar a explorar o restante do meu corpo. Seus lábios deixam marcas invisíveis por toda a parte.
Ele beija minha barriga e desce ainda mais. Com os olhos nos meus, puxa com delicadeza a calcinha azul clarinho para fora do meu corpo.
Ouço quando ele murmura um palavrão antes de voltar a beijar minha pele.
Seus lábios passeiam pelas minhas coxas, descendo até a minha intimidade.
Harry me saboreia com calma. Ele lambe e chupa com delicadeza. Ele faz pressão em meu clítóris, depois desce até a minha entrada e eu tenho certeza de que estou pronta para explodir.
Aperto o lençol entre os dedos, chamo o nome dele e me perco nas milhões de sensações.
Harry espera até que o meu corpo pare de tremer para subir seus beijos. Sua boca ataca a minha com vontade. O meu gosto em sua língua me faz revirar os olhos. Seguro seus ombros, tentando manter meu controle.
Mas de nada serve quando ele separa o beijo. Seus olhos estão presos aos meus quando Harry leva a mão até o nó de sua toalha, arrancando-a do próprio corpo de uma vez e jogando para o chão.
Aperto os lábios e sinto minha boceta escorrer ao ter a visão de seu pau pela primeira vez.
Nenhum de nós parece estar disposto a esperar.
Ele se ajeita entre as minhas pernas, lubrificando o próprio membro em mim enquanto se esfrega entre meus lábios inferiores.
Ele se encaixa, encarando os meus olhos.
— Você tem certeza? — Sussurro. Mesmo que eu queira, e muito, quero a certeza de Harry.
Como resposta, o meu marido ergue uma mão, entrelaçando os nossos dedos antes de me preencher.
— Porra… — Ele geme, respirando fora do ritmo.
Ele fica parado dentro de mim por um momento. Os nossos olhos se encontram e de automático, nós dois sorrimos.
Finalmente.
Um do outro.
Harry se move. Saindo e entrando em um ritmo lento e gostoso. Suas mão aperta a minha e ele volta a me beijar.
Meu coração bate forte, o meu corpo inteiro treme e não consigo segurar o impulso de me empurrar mais contra ele.
O ritmo calmo dá lugar á um muito mais necessitado.
Harry solta a minha mão, as duas vão para as minhas coxas, dando sustentação para estocadas mais profundas.
Eu gemo alto, Harry suspira.
Meus seios balançam com os movimentos, sendo capturados pela sua boca em seguida.
O orgasmo começa a se formar em longas ondas de arrepios. O frenesi também parece estar atingindo Harry. Ele aumenta o ritmo, aperta mais o meu corpo contra o seu e cola sua testa na minha. Gemidos grossos fogem dos seus lábios e eu aperto minhas pernas em volta da sua cintura.
Gozo revirando os meus olhos e chamando alto pelo nome dele. Harry abraça o meu corpo, entrando fundo uma última vez e escondendo o rosto em meu pescoço. Posso sentir as contrações de seu membro a medida que seu gozo escorre entre as minhas pernas.
Alguns segundos depois, ele ergue o rosto, sorri cansando e beija os meus lábios antes de sair de mim e deitar ao meu lado.
Encaro o teto, tentando controlar minha respiração e meu coração acelerado.
Harry me puxa, me fazendo deitar em seu braço. Me viro, ficando de frente para ele e acariciando de leve seu peito suado com a ponta dos dedos.
— Eu te amo. — Deixo um beijo em seu peito antes de deitar.
— Eu também te amo. — Ergo o rosto no mesmo segundo. Harry ainda não havia dito aquelas palavras, mesmo que deixasse claro os seus sentimentos por mim com ações. — Eu te amo, minha S\N.
52 notes
·
View notes
Text
eu quero ser melhor. sempre melhor. cada dia da minha vida é um dia no qual eu coloco todo o meu ser, todo o meu brio, cada fibra muscular com o objetivo simples de ser melhor do que ontem. elevar o nível. dar o próximo passo. a questão é que não é com tudo. É só com o que me fascina. você acha que já viu um hiperfoco até me conhecer. Se eu conheço uma pessoa e me sinto atraído por ela, eu vou aprender cada detalhe. Seus gostos, seus medos, suas carências, seus sonhos. E vou usar tudo isso até tê-la na minha cama pra satisfazer minha lascividade. eu comecei a correr e eu quero ser o melhor. atingir distâncias cada vez mais longas e em velocidades cada vez menores. vou entender cada músculo, cada variação de treino, cada método de recuperação. eu assisti um podcast sobre a historicidade de Jesus Cristo e passei seis meses lendo a bíblia, o alcorão e uma pilha de livros acadêmicos. o capitão do time na escola. líder estudantil. mas, sério, é só com o que eu gosto. a pia está cheia de louça, o trabalho com demandas atrasadas desde outubro. e eu não faço ideia de quando foi a última vez que falei com meus pais. sou protelador, preguiçoso, me distraio com pouco, perco o interesse fácil e odeio compromissos. um hedonista vivendo cada dia como se fosse o último. acumulando livros que nunca vou ler e discos que nunca vou ouvir em uma estante vintage que eu comprei e deixei ficar cheia de manchas de poeira e de copos. uma vida baseada em um alto potencial desperdiçado. quando uma editora veio atrás de mim pra eu escrever um romance, eu estava tão hiperfocado em Roma Antiga que perdi o contrato e ainda tive que pagar uma multa com um dinheiro que eu não tinha. e não foi a primeira vez que deixei um futuro inteiro escorrer pelos dedos. perdendo chances profissionais, abrindo mão de relacionamentos viáveis na esperança de retomar um falido. gastando o tempo. vivendo à deriva. focando só no que me interessa, vivendo de pequenas distrações e metas facilmente alcançaveis que me dão dopamina o suficiente pra não precisar lidar com as questões reais. sendo melhor a cada dia, mas só no que me alegra. sem querer ser forte, sem a pretensão de ser sexy, sem assumir compromissos. mas de um jeito que eu sei que você gosta.
29/01/2025 – 15:25
#meus#espalhepoesias#lar de poetas#diariodeumdesistente#poesia#literatura#escrita#poesia poema#poetas en tumblr#poetaslivres#poetas do tumblr#escritores#projetonovosautores#raiva#projetovelhopoema#lardepoetas#poecitas#projetoeglogas#quandoelasorriu#carteldapoesia#liberdadeliteraria#original poem#poem#poetry#poets on tumblr#writers and poets#maniadepoesia
48 notes
·
View notes
Text
outro desabafo
tenho uma “””amiga””” q qndo eu tava gigante me chamava de gorda na cara dura, sem brincadeira.
quando eu comecei com isso perdi 9 kilos rápido e ela percebeu, obviamente ela não gostou nada e deixou isso bem nítido
e tipo se fosse só do meu peso, mas não é, esses dias eu fiz meu cabelo todo mundo me elogiou e só ela ficava fazendo piadinha, fiz meus cílios e ela falou q eu tava gastando dinheiro atoa.
e agr q ela meio q descobriu o pq eu emagreci tanto fica enchendo meu saco falando q vai começar a “dieta”, o tanto de calorias que comeu no dia até qndo ela vai miar
gente d vdd se ela não tivesse feito eu passar por tudo aquilo naquela época eu ajudava ela a não se afundar nisso, dava dicas, mas sinceramente nao me importo pq no final ela tá fazendo isso só pra chamar atenção
não tem uma semana q ela não vire pra mim e fala q vai começar a “”dieta”” e no final acaba comendo igual um porco
ela sempre faz de tudo pra me diminuir, não só eu como as outras meninas do grupo tbm, aí qndo ela percebe q a gente tá falando mal dela ela faz um drama falando q só tem eu e as meninas de amigas (lógico ninguém suporta ela)
não ligo tantoo assim até pq não sou eu q me entupo de tanto photoshop nas fotos, faço um escarcéu quando alguém fala algo sobre o meu corpo (inclusive qm falou foi uma das meninas do nosso “grupo”) e preciso de validação masculina (ela não consegue viver sem macho).
sinceramente é uma pena q ela seja tão insegura, pq tem momentos q ela até q é legalzinha porém fica descontando as inseguranças dela em mim e nas meninas
e antes q me perguntem, gente eu já fiz de tudo pra me afastar dela (eu e as meninas) mas simplesmente ela não desgruda, como eu disse qndo ela percebe o nosso comportamento diferente ela faz um showzinho q me dá um ódio
no final ela sabe q ninguém lá suporta ela e q ou atura ou fica sozinha (ela poderia muito bem mudar o comportamento mas pelo jeito não é isso q ela qr)
14 notes
·
View notes
Text
Desumano
Hoje, por vezes, perdi para o relógio. Segunda-feira, e, mesmo antes de abrir os olhos, sentia a garganta pegando. O dia seguia, e eu não o alcançava. Começo de ano, ou melhor, o primeiro dia útil pós-festas. Além da sensação de falta de tempo, também me faltava a capacidade de me fazer entender, de ser percebido.
Tem dias que sou assim, meio melancólico, totalmente diferente do sujeito esperado diariamente por todos: aquele que brinca e tem um certo dom de tirar um sorriso, até mesmo dos desconhecidos. Mas hoje eu não estava assim.
O dia passou, as tarefas diárias foram sendo feitas ou empurradas para o calendário do dia seguinte. Já eram 21h, e eu ainda não havia ido ao supermercado.
Chegamos às 21h27 no supermercado e, enquanto um de nós posicionava perfeitamente o carro na vaga do estacionamento, ao longe, eu a vi sentada no chão. De cor parda, cabelos desgrenhados, cercada de sacolinhas e com uma caixinha de pastilhas mentoladas nas mãos. Num quase mau humor, pensei: "Trabalhar como doméstica ela não quer."
Saímos do carro, certificando-nos de que o alarme havia sido acionado, afinal, São Paulo anda um perigo. Passamos por ela, e ela disse algo inaudível. Perguntei ao meu parceiro: — O que ela disse?
— Ah, se a gente não queria comprar as pastilhas.
Logo a volta me angustiaria, porque, hoje em dia, quem anda com dinheiro em espécie na carteira?
Mal pisamos no supermercado e a voz metalizada no alto-falante informava que tínhamos poucos minutos antes do encerramento das atividades do dia. Ok, Sr. Tempo, eu sei... você não sossega nem um segundo.
Tudo certo, fizemos as compras num ato costumeiramente sincronizado. Saímos e nos deparamos novamente com a senhora dos cabelos desgrenhados, mas, dessa vez, com um semblante que me fez lembrar que se tratava de um ser humano.
Dissemos que estávamos sem dinheiro e perguntamos se ela tinha PIX. Enquanto um de nós cadastrava os dados para a transferência, sempre com os olhos atentos a qualquer perigo iminente, ela olhou para mim e disse: — O senhor não precisa de uma diarista?
Bastante sem graça, respondi que já tínhamos uma. Nesse momento, concluímos o PIX e informamos o valor transferido.
Seu rosto se iluminou, e ela disse que, naquela noite, não ia comer biscoitos com os netos, pois agora poderia comprar o botijão de gás que precisava.
Isso me rasgou por dentro. Me senti o menor e o pior ser humano. Guardamos o contato dela. Quem sabe neste ano o Natal veio tardio, e o menino Deus pediu abrigo à porta de um supermercado.
Meu desejo, no primeiro dia útil do ano, é não perder a humanidade e manter um olhar fraterno para todo aquele que cruzar o meu caminho.
Feliz Natal atrasado! Ah, antes que eu me esqueça: a senhora dos cabelos desgrenhados tinha nome e sobrenome: Mirian Ferreira.

#pense#think#natal#reflexões#humanidade#crônica#empatia#VidaCotidiana#HistoriasQueTocam#Solidariedade#São Paulo#Ano Novo
18 notes
·
View notes
Text
19/03
Olá, Vizinhança.
Ano passado, deixei meu Nathaniel queimando na minha Baltimore com o meu pai. Meu pai está bem, não precisa se preocupar com ele, estou apenas dizendo que fiz a mesma idade que Neil Josten fez. Foi simbólico pra mim poder deixar meu Nathaniel queimar. No começo da adolescência, quando li All For The Game pela primeira vez, e não recomendo que faça isso se estiver no começo da adolescência, não imaginei que aos dezenove também teria uma versão minha para queimar. Acho que, principalmente, não imaginei que seria eu a queimar uma versão minha.
Quando entrei na faculdade, dois anos atrás, ganhei um apelido novo. Monte. Apelidos novos eram comuns para mim. Bia, Bee, Bear, Beah, Be. Sempre uma variação do meu segundo nome, que nunca pareceu me pertencer de fato, mas, de alguma forma, ainda era mais confortável que o primeiro. Demorei muito para perceber que talvez esse incômodo com meu próprio nome fosse um incômodo com questões de gênero. Aos dezesseis anos eu já entendia que gêneros binários eram uma invenção, uma herança que, por direito e por querer, não me pertence e não me conforta. Aos dezoito, entendi que não me importa que civilização está certa ou errada sobre gênero. Gênero não existe, assim como um monte das coisas que o homem inventou por teimosia. Então, quando nasce Monte, eu queimo meu Nathaniel. Passo a ser Neil.
Beatriz ainda existe. É o nome que minha mãe escolheu para mim, e eu ainda sou a pessoa que ela deu à luz e criou. Não posso jogar fora tudo que já vivi, apenas por ter, em partes, morrido. Mas Monte passa a ser eu. Não mais um apelido, eu por inteiro. E quando minha mãe me chama de Monte pela primeira vez, fogos, que seriam o suficiente para uma década de viradas de ano em salvador, sem corte de gastos e lavagem de dinheiro nem nada, explodem em mim. Montenegro veio dela, o sobrenome e aquela coisa pequena e que ela teve tanta paciência para educar. Mesmo reconhecendo a importância de Beatriz, coloquei fogo no meu Nathaniel e me sentei na areia da praia; que agonia minha pele e irrita minha mente. Como Neil fez com os restos mortais de sua mãe, fiquei assistindo à queima e sentindo o cheiro de carne e fumaça, mas, diferente dele, tinha muito alívio misturado com a tristeza de perder alguém.
Esse texto não é exatamente sobre minha confusão com gênero, não queimei apenas a parte de mim que o mundo ditou como deveria ser assim que nasci, ele é, também, sobre uma pessoa por inteiro. Uma das coisas mais difíceis que já fiz foi abandonar uma versão minha que tinha tanta certeza de ser a mais esperta. Acho que ela foi, por um tempo, mas existe uma prepotência que apenas nós, jovens, podemos ter. E foi essa prepotência que me fez queimar quem quer que aquela Monte fosse. Talvez, um dia, também seja ela que vá me fazer queimar o Monte de agora. Senti muita raiva daquela versão minha, muita mesmo, hoje sinto uma certa gratidão por ela. Perdi e ganhei amigos graças a ela, seus olhos viram lugares lindos e seus ouvidos escutaram boa música. A raiva ainda está em algum lugar escuro do meu coração. Pelas vezes em que não comi bem e pelos amigos incríveis que sua mania de ser grande me custou. Não dá para mudar nada disso e não existem motivos para pensar no ruim quando, em alguma esquina, eu esbarrei em uma versão melhor.
Meu bolo de dezenove teve os escritos Happy 19th bday junior. Como os que fizeram no espelho para Neil. E, algo que nos livros é uma violência, virou, para mim, uma libertação. Sinto que esse texto deveria ter nascido antes, e não estou falando do fato de eu estou escrevendo ele antes do meu aniversário de vinte, quando ele vai ser postado, mas talvez eu só não conseguisse enxergar como os dezenove foram uma queima lenta do meu Nathaniel. No fim não importa quando ele foi escrito, no meu aniversário de dezenove ou um mês antes dos vinte. O que conta é o fato de que tive coragem de escrever. É meu aniversário, não agora enquanto escrevo isso, mas provavelmente enquanto você lê, e, pela primeira vez em vinte anos, acho que gosto o suficiente da minha atual versão para dedicar a ela um dos meus textos.
Beijos, e feliz aniversário para todos os amigos com quem divido mês de nascimento, Mo!
4 notes
·
View notes
Text
Virei GP assim !
By; Malu
Ola TC, meu nome é Malu, tenho 27 anos, sou casada a 5 anos , sou uma mulher bonita de 1,75 de altura, cabelos pretos e longos, seios médios, cintura fina falsa magra
A pouco tempo descobri esse universos de contos, e depois de ler alguns, inclusive de garotas de programas, resolvi também contar um pouco da minha vida, desde que comecei a fazer programas em meados do ano passado
Nunca fui muito namoradeira, e até começar a fazer programas só tinha transado com três homens até então
Perdi minha virgindade aos 19 anos com um namorado que tinha desde os 17, mas depois disso esse namoro seguiu apenas por mais um ano
Depois saí com outro garoto duas vezes, mas não deu certo e terminamos, então conheci meu marido, namoramos por volta de um ano e meio, engravidei e casamos
Nos primeiros três anos de casamento, levamos uma vida normal de um casal jovem da classe média, sem muito luxo e algumas dividas, mas controladas até eu ser demitida e em 2 meses após meu marido também foi demitido piorando nossa situação.
Aos poucos nossas pequenas economias foram acabando, e no final praticamente éramos sustentados pelos meus pais e os pais dele.
Meu marido entrou em uma depressão tão grande que nem para procurar emprego tinha animo, mas andou fazendo umas bobagens como pegar dinheiro emprestado.
Me doía ver minha filha querendo um danone e eu não ter dinheiro para comprar, por sorte os avós faziam alguns agrados a ela. Tenho uma amiga chamada Laura, a todo mundo ela dizia que trabalhava como cuidadora de idosos, eu algumas vezes pedia a ela para me arrumar algum serviço, mas ela desconversava e dizia que iria ver, porém nunca dava retorno.
Um dia chorando liguei para Laura, marcamos de nos encontrar e foi então que ela abriu o jogo comigo.
Disse que era garota de programa, que era agenciada por uma mulher que só tinha clientes ricos, políticos e empresários, na hora fiquei sem ação, minha amiga disse que poderia me apresentar a mulher e se ela gostasse de mim ela me conseguiria uns programas e eu me livrava das dividas.
Fui para casa e passei o resto do dia angustiada, com medo do agiota mas sem coragem de ligar para Laura, ser prostituta nunca havia passado na minha cabeça, não era aquilo que queria para minha vida
Mas não tinha outra opção e no final do dia liguei para minha amiga, marcamos dela me levar até a mulher na manhã seguinte
Coloquei meu melhor vestido e disse ao meu marido que estava indo para uma entrevista de emprego.
Deixei minha filha com minha mãe e fui com Laura até a casa da mulher. D. Lena muito simpática e educada nos recebeu em seu apartamento luxuoso, Laura lhe explicou minha situação, depois de me analisar e fazer algumas perguntas, D. Lena disse:
– Gostei de você, é bonita mas sem exageros, sem aparência vulgar, tem uma pele limpa, um lindo cabelo, com uma pequena produção vai arrasar
Eu disse a ela que estava precisando muito de dinheiro, mas ainda estava insegura sobre o que iria fazer, ela foi bem pratica
– Olha se você quiser lhe consigo um programa ainda hoje e você ganha R$ 1.000,00, depois você decide se vai querer outros ou não
Quando ela falou o valor, eu fiquei mais nervosa ainda, não era o que queria para minha vida, meu marido não merecia isso, eu não merecia isso, mas o valor era muito tentador e respondi que sim, mas confessei que não sabia como fazer
D. Lena disse pra eu ficar tranquila, o cliente que ela tinha para mim gostava de meninas iniciantes e tudo sairia bem, perguntou se eu tinha alguma restrição no sexo, eu respondi que não tive muitos homens, mas com os que transei inclusive com meu marido, não tinha nenhum tabu
D. Lena fez uma ligação e disse que o cliente me encontraria em 40 minutos, pediu para eu tirar minha roupa e ficou me analisando, foi no quarto e voltou com um conjunto novo de calcinha e sutiã, mandou eu vestir e disse que era um presente dela, a roupa que eu vestia estava boa, apenas daria uma escovada no meu cabelo e faria uma leve maquiagem
Eu estava nervosíssima, D. Lena disse que eu ficasse calma, chamou o uber que me levaria até o hotel onde eu encontraria o cliente, me orientou a não falar com ninguém e nem passar na recepção, ir direto para os elevadores, quando chegar no andar me dirigir até o quarto e bater na porta
Fiz como ela mandou, minhas pernas tremiam de bambas, achei que a qualquer momento iriam me abordar perguntando o que eu estava fazendo ali
Desci do elevador, cheguei em frente a porta, hesitei um pouco, sabia que se eu batesse naquela porta não teria volta
Bati na porta e um senhor de cabelos brancos e boa aparência me atendeu com um sorriso simpático e carinhoso, pegou em minhas mãos, deu dois beijinhos no meu rosto e me puxou para dentro do quarto
Sentei na beira da cama, ele se aproximou com um copo de bebida, eu recusei mas ele insistiu para eu tomar, disse que sabia que eu estava nervosa e aquilo iria me acalmar
Peguei o copo na mão dele e bebi de uma vez, nem sei que bebida era, mas desceu queimando minha garganta
Ele deu um sorriso, pegou o copo em minha mão, colocou em cima da mesa e sentou ao meu lado, e com uma voz suave foi falando
– Eu sei que você tá nervosa, mas esqueça que isso é um programa, faça de conta que já nos conhecemos e viemos curtir, esqueça tudo e todos que estão lá fora, apenas deixe acontecer e aproveite
Disse isso e me deu um abraço, o seu jeito carinhoso me desarmou e senti conforto em seus braços, ele alisou meu cabelo e depois me beijou, correspondi ao seu beijo e tentei fazer o que ele falou, não pensar em nada e principalmente em ninguém
Depois de um longo beijo, ele tirou meu vestido me deixando só de calcinha e sutiã, me colocou de pé, disse que eu era linda e ficou me rodopiando
Eu me senti a vontade e por incrível que pareça não estava envergonhada, pelo contrário, estava gostando de ser admirada e desejada
Ele me abraçou novamente, tirou meu sutiã e ficou massageando, beijando e chupando meus seios, depois me deitou na cama, ficou passando a mão na minha barriga e na minha buceta por cima da calcinha, fiquei excitada e ofegante enquanto ele tirava minha calcinha beijando minha buceta
Já totalmente nua ele entrou com o rosto em minhas coxas, chupava e lambia minha buceta, eu de olhos fechados apenas curtia aqueles carinhos
Nãoão sei em qual momento ele tirou a roupa mas quando abri os olhos ele estava nu, por cima de mim virando o corpo para fazermos um 69
Quando ficamos na posição, eu embaixo e ele em cima, aquele pauzão surgiu apontando para o meu rosto
Peguei em seu saco fiquei massageando, depois peguei sua rola e coloquei na minha boca, fiquei chupando e batendo punheta enquanto ele dedilhava minha buceta e lambia, então gozei em sua língua
Ele ficou em pé me puxou da cama e me ajoelhou, pude então visualizar melhor sua rola, claro que foi inevitável não comparar, meu marido tem a rola grossa com cabeção mas não muito grande, a dele era não era tão grossa mas era comprida, eu engolia e ainda sobrava uma boa parte do lado de fora, depois que lhe chupei bastante ele me entregou uma camisinha, que meio sem jeito consegui colocar
Deitada na cama ele veio por cima de mim e me penetrou na posição papai e mamãe, me fodia enquanto pegava em meus seios e mamava,
Sua rola deslizava deliciosamente dentro de mim num vai e vem gostoso me socando com força, me colocou de ladinho me fudendo beijando minhas costas me causando arrepios
Ele era um amante fantástico, eu sentia tanto prazer, que o sentimento de culpa passava longe, e durante todo tempo não pensei em nada apenas em fuder e ter prazer
Fiquei cavalgando , rebolando, subindo e descendo em sua rola sem sair de cima dele, ele segurava em meus seios e me dizia que eu era linda enquanto enfiava a rola em mim
Me colocou de quatro e penetrou minha buceta, dava tapas na minha bunda e puxava meus cabelos, mas não era dolorido, ou melhor, era uma dor gostosa
Ainda de quatro enfiou um dedo no meu cuzinho, foi como se eu tivesse levado um choque pois não sou muito de fazer anal com meu marido e não esperava que ele fizesse aquilo
Mas ele realmente é um amante de primeira e passado o susto inicial, aos poucos seu dedo foi me dando prazer e ele já enfiava dois dedos enquanto me fodia na buceta
Ele tirou o pau da minha buceta e enfiou a cara na minha bunda, começou a lamber meu cuzinho e eu sabia onde aquilo iria parar, estava preparando para me enrabar
Ele lambia meu cu e enfiava os dedos tão gostoso, que eu já estava quase implorando pra ele me enrabar, mas fiquei apenas gemendo curtindo até finalmente ele apontar a rola na entrada do meu cuzinho
Foi empurrando devagar, estava doendo mas ao mesmo tempo era gostoso, quando o pau finalmente entrou todo, ele segurou em meus cabelos e começou a fuder bem rápido
A dor foi diminuindo, seu pau entrava e saía com facilidade do meu cuzinho, as vezes ele tirava o pau dava uma chupada ou uma cuspida no buraco e enfiava novamente, e pela primeira vez tive um gozo intenso sendo fodida no cu
Ele continuava fudendo e arrombando meu cuzinho, eu praticamente anestesiada ele falou ao meu ouvido
– Vou tirar e gozar nesse rostinho lindo
Totalmente dominada e sem voz, apenas balancei a cabeça concordando
Ele saiu de dentro de mim, me virei ficando a joelhada de frente para rola dele, ele tirou a camisinha e enfiou o pau na minha boca
Fiz um oral caprichado, pegava o pau batia com ele no meu rosto, alisava seus ovos, esfregava a baba por todo meu rosto e voltava a chupar, ele tirou o pau da minha boca e ficou batendo uma punheta e em seguida jatos de porra numa enorme quantidade banharam todo meu rosto
Eu nunca tinha visto tanta porra, até porque meu marido não tem costume de gozar na minha cara, fiquei com o rosto todo melecado
Ele enfiou o pau na minha boca novamente e fiquei lhe chupando engolindo o restinho da gala enquanto a porra escorria pelo meu rosto
Depois fomos tomar banho juntos e fizemos sexo oral novamente, um no outro até ele gozar outra enorme quantidade de porra dessa vez nos meus seios
Ele me deixou no prédio de D. Lena, subi para pegar meu dinheiro e ela me perguntou o que achei e se eu voltaria, eu respondi que só queria ir para casa, ela me entregou o dinheiro e disse que tinha um Bônus que o cliente mandou acrescentar, sem contar o dinheiro peguei e coloquei na minha bolsa
Quando cheguei em casa corri para o banheiro, joguei a bolsa no chão junto com a roupa, entrei no box e comecei a chorar
Chorava enquanto a agua escorria pelo meu corpo, eu esfregava a esponja ensaboada num desespero me achando imunda e tentando limpar toda sujeira que julgava ter cometido, sentei no chão do box, ainda chorando, a agua caindo sobre meu corpo se misturando com as lagrimas que escorriam do meu rosto,
Olhei minha bolsa, peguei e virei ela espalhando tudo pelo chão, o dinheiro caiu e tinha R$ 1.500,00 em notas de 50,00 e 100,00
Já mais calma, me enxuguei, guardei novamente as coisas na bolsa, coloquei uma nova roupa e fui na casa da minha mãe pegar minha filha
Fomos ao shopping, comprei uma linda boneca para ela, lanchamos tomamos sorvete, levei ela nos brinquedos, ela estava feliz da vida, fazia tempo que eu não lhe proporcionava tanta alegria
A felicidade estampada em seu rosto me deu uma certeza, peguei o telefone, liguei para D. Lena e lhe disse que estaria aguardando ela me ligar para um próximo cliente.
Assim foi como comecei minha vida de prostituta, meu marido nem sonha, mas tem aproveitado o dinheiro que levo pra casa, acha que eu estou cuidando de velhinhos, e de certa forma estou
Me desculpem se ficou extenso, mas foi o máximo que consegui reduzir sem prejudicar tanto a história de como aconteceu, nos próximos prometo ser mais objetiva.
Enviado ao Te Contos por Malu
37 notes
·
View notes
Text
— O quão idiota eu sou por estar morrendo de ciúmes a essa altura do campeonato? — Thomas riu baixo, sem humor, enquanto fitava o copo de bebida que Niamh havia acabado de lhe arranjar. Não estava exatamente bêbado, mas alto, beirando a incapacidade de filtrar muitos dos pensamentos que o consumiam. Por isso estava em uma situação tão calamitosa: havia visto Theodora cercada de alguns homens do Júpiter e não precisava olhar uma segunda vez para saber que a ex-namorada estava adorando a atenção. Enquanto ele continuava saindo como o babaca da história por supostamente ter traído a filha de Afrodite, quando sequer havia cogitado fazer isso. Devido a esse cenário, assim que encontrou Niamh, pôs-se a desabafar, chegando àquela conclusão depois de ter introduzido a cena que havia acabado de ver, à amiga. Droga. Estava tão mal que sequer conseguia olhar para a filha de Baco uma segunda vez, mesmo que a considerasse extremamente atraente para além do fato de ser uma ótima amiga. — Eu não me importaria de não ter mais dignidade, reputação ou dinheiro, Nini. Juro que não. Mas não tê-la... Eu nunca perdi muitas coisas na vida, você sabe. Sempre fui sortudo nesse quesito. Então quando ela se foi... Eu ainda sinto como se me faltasse um braço. Ou uma das costelas, com um corte ainda sangrando. Como uma ferida que nunca vai fechar. — Suspirou com certo pesar, ciente do peso das palavras; no fim das contas, ainda era filho de Tânatos e um ávido leitor de Edgar Allan Poe e Lord Byron. O olhar se tornando catatônico por alguns instantes antes de voltar a prestar atenção em Niamh, com o rosto mais avermelhado e a atenção ainda mais dispersa. — Eu sou mesmo um imbecil, não é? Incapaz de fazer a coisa certa uma única vez na vida.
@vinhoculto
9 notes
·
View notes
Note
Qual sua história?
Prazer Gabrielle.
Nascida de gravidez indesejada.
Traumatismo craniano quando bebê, por queda na escada.
Criada pela mãe, conheci o pai aos 17 anos.
Depressão, ansiedade por bons anos desde pequena.
Abusada sexualmente aos 9 anos.
De acordo com que fui crescendo dei muito trabalho na escola.
Fui crescendo e comecei a me relacionar, dedicando a muitos homens com os quais me relacionei, meu total amor. Dava tudo, investia tempo e dinheiro somente neles e no final só me fodia.
Não me dedicava nos estudos, era péssima na escola.
Sempre odiada por todos por falar sempre a verdade.
Tive conhecidos, mas amiga, apenas uma, me lembro dela com tanto amor até hoje, porém perdemos contato e nunca mais a vi. A saudade é imensa até hoje. Cada uma seguiu um caminho.
Na juventude conheci a Deus. Tinha intimidade com Deus, porém a perdi, e digo, é a pior coisa que alguém pode perder. Logo também abandonei ministério e sai da igreja pro mundo. Coisa difícil é voltar.
Em outros tempos acabei saindo da casa do meu pai, fiquei pedindo ajuda de casa em casa, pra poder ter onde morar, e o que comer também. Obtive ajuda de alguns, e as costas de outros.
Depois, deu tudo certo, conheci uma pessoa, depois o ciclo encerrou.
Resumindo hoje estou passando umas das piores fases da minha vida, sem saber nem ter certeza do dia de amanhã, hoje posso dizer que me arrependo do que fui e do que fiz em boa parte da minha vida, perdi muitas pessoas por causa de arrogância, muitas vezes por não saber falar e como falar, apenas achando que eu estava certa e ponto. A gente perde muito quando acha que só a gente ta certo. Não vale a pena.
Hoje, digo, se puder ficar calado e observar, fique. Se puder abraçar, sorrir, cuidar, amar, faça, e faça muito. Porque por plantar ódio e brigas você paga um preço alto, mas por amar e cuidar você ganha o dobro, seja no agora, ou no depois. Esse é o resumo da minha história, mas ainda há muito pra contar ♥️
9 notes
·
View notes
Text
There's something in the air besides the atmosphere















Os bulbos de narciso que plantei nos vasinhos na frente da casa estavam me esperando em flor quando cheguei de viagem. Eu acho que já posso declarar que estamos semi oficialmente em situação de primavera.
Faz um tempo desde que apareci aqui em tempo real né? (digo tempo real porque andei fazendo uns posts datados de meses passados, para tentar preencher buracos na cronologia desse site; se você não viu eles estão logo aqui embaixo e farei outros) É que depois do fracasso da minha tentativa de transferir meu domínio para o Blogger eu perdi um pouco do entusiasmo. Meu provedor disse que "não era possível fazer o domínio abrir um site blogspot.com" e eu não entendi, já que muitos de vocês aqui têm domínios hospedados no Blogger.
A cada vez que eu falava com um atendente do suporte eu ouvia uma desculpa/solução/desinteresse diferente. Chegou a data em que eu precisava renovar e, para não dar mais um ano de dinheiro para quem não estava sendo útil, eu transferi o domínio às pressas para o Tumblr - já que tenho um blog aqui há anos e eles inclusive já hospedaram o hellololla ponto com no passado.
Só que eu gosto do Blogger. Acho mais estável e confiável, afinal eles estão aqui desde os primórdios da blogosfera brasileira. E por algum motivo que desconheço quem tenta acessar meu domínio usando o "www" no endereço dá com a cara na porta e pensa que eu deletei o blog. Perguntei ao suporte do Tumblr como resolver isso e eles estão me ignorando há uma semana. *insira emoji de palhaço*
Em resumo: o hellololla ponto com agora é no Tumblr (sem o "www", please), com uma cópia no Blogger. Por via das dúvidas estarei atualizando ambos, então você pode acompanhar por onde preferir. Assim que eu conseguir um provedor DECENTE eu tento migrar tudo de volta pro Blogger. :)
Eu já tentei manter blogs em uma infinidade de plataformas e todas elas acabam me decepcionando depois de algum tempo. Até hoje quando abro os arquivos antigos do meu blog no Tumblr e vejo que eles redimensionaram TODAS AS FOTOS para um tamanho pequeno e que para consertar isso eu tenho que deletar e repostar cada um daqueles posts eu realmente tenho vontade de desistir e ficar só com as redes sociais.
Mas por outro lado eu não gosto da idéia de deixar toda a minha presença e história na internet nas mãos de aplicativo de bilionário e seu algoritmos injustos, estúpidos e comprados, disputando atenção com reels de gente fingindo que está cozinhando o gato, que está abraçando jesus, que tem três pernas, comendo porcarias em formatos fálicos, ostentando a cor do olho dos filhos, inteligência artificial criando arte artificial, papo de coach, nazista e incel, bots de Only Fans, gente que posta absurdos com o único objetivo de engajar e todo esse esgoto arquitetado para chocar e gerar cliques.
I mean, não vou deletar todas as redes porque também as uso para trabalhar - e é lá que quase todo mundo se encontra. Há uma praticidade inegável em postar em segundos algo que levamos horas pra criar aqui (e ninguém ver, rs), em ter conteúdo forçado goela abaixo sem precisar ir buscá-lo, em saber dos seus amigos sem ter que perguntar. Mas talvez seja bom de vez em quando fazer esse consumo mais honesto, simples e intencional.
Meu cafofo aqui pode ser pequeno e meio esquecido, mas pelo menos é limpinho e bem frequentado. Eu sei que já disse isso antes, mas vamos lá de novo tentar arrumar a casa e tirar as teias de aranha das paredes.
6 notes
·
View notes
Text
Assentamento Exu e Pomba Gira, independência espiritual
Eu quero dizer algo fora do comum,que acredito que muitos que estão na religião vão discordar mas eu jamais confiaria meu assentamento a um pai ou mãe de santo e menos ainda deixaria em terreiro,meu assentamento é meu e vai ficar comigo e ponto final,se um pai/mãe de santo não ensina o médium a cuidar do seu assentamento pode ter certeza que boas intenções ele ou ela não tem.
O único pai de santo que confiei foi meu tio,o terreiro dele funciona até hoje e é praticamente no meio de uma mata fechada divisa com Minas Gerais,entretanto,o terreiro está sob responsabilidade de outro dirigente pois ele já está muito velho e sem saúde,e até hoje não encontrei um pai de santo como ele,eu visito de vez em quando pois alguns parentes meus trabalham lá como médiuns,mas igual meu tio eu nunca vi.
Muitas coisas mudaram hoje em dia e não para melhor no meio da umbanda e quimbanda,é muita falsidade,traição,ego,dinheiro e marmotagem alheia,encontrar um terreiro bom é como agulha no palheiro. A minha "sorte" é que não sou leiga nos assuntos e aprendi muitas coisas e sei fazer muitas coisas e tenho uma certa independência,mas muitos não,muitos não sabem nada ou pensam que sabem ou a única coisa que sabe fazer é incorporar,beber e dançar e crer que a espiritualidade gira em torno disso e é sinônimo de "poder" quando na verdade não é,eu conheci pessoas que incorporam mas não sabem nada,embora estejam a anos em terreiros pois crêem que a espiritualidade gira em torno do ego,eu digo que a religião está tornando-se uma vergonha, principalmente com essa era de "bruxa de TikTok".
O que eu já presenciei de médium "meia-boca" eu já perdi às contas,isso é,fingem que estão incorporado ou até está incorporado mas NÃO tem preparação para atender e atendem mesmo assim,o pai e mãe de santo simplesmente ignoram esse fato de que o médium AINDA NÃO tem firmeza para realizar atendimentos e mediante a isso pode atravessar a entidade e falar bobagem e criar problemas,uma vergonha!
Tudo o que eu reparei é que a espiritualidade de hoje não é como antigamente,onde a feitiçaria era feitiçaria de verdade,pois a essência de muitas coisas perdeu-se e muitos pais/mães de santo se deixam levar pelo ego e pelo dinheiro e em muitos casos suas feitiçarias nem funcionam é apenas para faturar mediante a ignorância alheia, principalmente pessoas que buscam desesperadamente por feitiços de amor e destruição,esses são fáceis de ludibriar e faturar.
Eu venho de uma família de feiticeiros,todos meus ancestrais foram praticantes de bruxaria e pais e mães de santos,alguns se "desviaram" da linhagem e se entregaram ao cristianismo mas às raízes de alguns permaneceram como a minha por exemplo e outros que não irei expor aqui,no passado eu até tentei ignorar meus dons e fugir dessa linhagem e me deixei levar por outras filosofias mas isso está na minha linha de destino desde que nasci,não há como fugir e ignorar e quando de fato me entreguei me tornei outra pessoa e tudo o que não compreendia passei a compreender,assim como amadureci.
Mas voltando a questão do assentamento podem me criticar e me apontar o dedo e dizer uma maré de dogmas,mas assentamento deve ficar com o médium e o pai ou mãe de santo tem o dever de ensinar CORRETAMENTE como o médium deve cuidar do seu assentamento,se ele ou ela não quer ensinar e quer manter "preso" é pelo simples fato de que ele perderá o "poder" sobre você e irá faturar menos. Muitos não sabem,mas um pai ou mãe de santo mal intencionado pode realizar práticas de feitiçaria através disso para prejudicar a sua vida,convenhamos e vamos acordar para a vida até o livro dos cristãos diz "Maldito o homem que confia no homem" ainda mais hoje em dia onde a humanidade caminha rumo a desgraça em aspectos de caráter e essência,e vamos abrir o olhos e começar a pensar no fato de que O INIMIGO NEM SEMPRE TERÁ APARÊNCIA DE INIMIGO NA MAIORIA DAS VEZES,nunca substime um manipulador eu lido com um manipulador "mestre" há anos em alguns aspectos pessoais,essas pessoas conseguem perfeitamente manipular o mundo inteiro contra você,de um modo que fica quase impossível provar que você é o inocente da história é surreal,psicopata não tem cara de psicopata.
Algo que aprendi com a espiritualidade é que o tempo não é sinônimo de nada,você nunca conhecerá de fato quem é quem por mais que você esteja há anos com laços com alguém,não vem escrito na testa de fulano(a) quem ele é,o que ele fará,o que ele irá se tornar,hoje é X amanhã ele é Y não temos poder sobre às atitudes e escolhas alheias menos ainda sob suas escolhas,às coisas mudam o tempo inteiro e não temos controle sobre isso e nem sobre nada,a vida é um risco,relações são um risco,tudo é um risco e não temos certeza de nada e viver ou melhor sobreviver neste mundo é como sobreviver em uma selva selvagem,são muitos "animais" ferozes com sede de sangue,o que rege a maioria hoje em dia é a inveja,ganância e ego e quando vejo alguém dizendo que está próximo de Deus ou da espiritualidade no geral e ainda carrega tanto ego e senso de superioridade eu observo que espiritualidade de verdade é tudo o que esse indivíduo não possuí.
Se você mora em um apartamento eu até entendo que não terá espaço para seu assentamento,mas se você mora em uma casa eu aconselho a planejar um local específico para isso,pois obviamente seu gato e cachorro não pode ficar cutucando seu sagrado menos ainda crianças,embora não pareça isso é muito sério.
Às ameaças mais comuns que você pode ouvir de dirigentes mal intencionados que temem perder o controle sobre você e $$$ é:
Vou prender seu Exu/Pomba-Gira
Bem,estamos no século XXI e ainda existem "mestres" que acreditam que podem prender uma entidade,uma entidade poderosa que está acima de nós seres humanos em todos os aspectos,isso não existe e se te disserem isso é mentira, manipulações através do medo,coisa comum em religiões monoteístas também. Eles podem tentar,mas seu Exu ou Pomba Gira vai estar rindo da cara deles no off,e essa energia de demanda se voltará contra eles.
O dirigente fingir que está incorporado
Clássico,bem por isso a importância de você estudar e desenvolver a sua mediunidade e aprender sobre discernimento de espíritos,muitos podem fingir que está incorporado e dizer que a entidade X está dizendo A e B para você quando na verdade NÃO ESTÁ,é apenas o médium inventando história e manipulando você,principalmente quando você decide ter autonomia e deixar o terreiro.
Eu não me prendo em dogmas,inclusive pelo fato de que Exu e Pomba Gira não pertencem a religião e sim a espiritualidade e a espiritualidade é livre,muitas casas (terreiros) limitam o Exu e PG trabalhar da maneira deles,Exu na quimbanda é rei na umbanda um "convidado" ainda mais hoje em dia com a "umbranca" onde mais parece uma igreja há que um terreiro,cristianizando tudo e aderindo a dogmas e costumes cristãos,assim como dogmas e regras e adotando o costume de bem e mal de acordo com os costumes cristãos,se você estuda bruxaria e ocultismo sabe que o bem e o mal é relativo e foge completamente em todos os sentidos dos parâmetros cristocêntricos,não é a toa que é tão mal visto e mal interpretado numa sociedade que mesmo que alguns não se autodenominem cristãos inconscientemente agem e adotam comportamentos e atitudes cristãos, principalmente no conceito de moral e Exu e PB são amorais,Lúcifer é amoral e o conceito do bem e mal é totalmente diferente,nossa visão de vida e filosofia na mão esquerda foge dos parâmetros comuns e carregados de hipocrisia da sociedade atual,a quimbanda também é culto de resistência a umbanda também deveria ser mais com essa onda de esbranquiçar e cristianizar para se tornar mais aceitável está virando piada.
Explicar sobre a mão esquerda para uma sociedade que ainda está com os dogmas cristãos impregnados em seu subconsciente é sinônimo de uma terceira guerra mundial,ainda mais com a filosofia tóxica do perdão cristão e o aspecto de dar a outra face,ninguém da a outra face na mão esquerda,bateu? Vai levar,não quer levar fica na sua. Não tem essa de ficar sendo saco de pancadas de pessoas mau caráter e aquela miséria escravagista que o cristianismo costuma pregar,menos ainda culpa.
Claro que aprendemos que não devemos prejudicar pessoas inocentes e por motivos fúteis e frívolos,por exemplo,se você prejudica uma pessoa com magia injustamente pelo simples fato de brigas imaturas,inveja,maldade gratuita sem um motivo realmente plausível essa energia volta para você,não no mesmo momento necessariamente,ela pode vir de uma vez ou "parcelas" a justiça acontece em "parcelas" ,uma vez tentaram me prejudicar a toa nesse âmbito,eu simplesmente estava lutando pelos meus direitos (isso aconteceu quando eu era bem jovem em torno dos meus 20 anos) eu passei por uma fase terrível,um bom tempo depois a vida do indivíduo virou de cabeça para baixo e até hoje paga caro por isso,tenho pena? Jamais,por mim que apodreça. A misericórdia e a bondade em nossa filosofia é para quem merece,nossa luz é para quem merece caso contrário nem queira ver a nossa escuridão,já ouviu uma frase "Não brinca com fogo?" Então...
Mas há muitos ignorantes pelo mundo que acredita que nada tem consequências e a vida é um circo,eu já vi pessoas ficarem podres numa cama por causa de injustiças que cometeram usando o "outro lado" e quando eu digo o "outro lado" não me refiro apenas a ritualísticas elaboradas mas rezas também estão incluídas pois também são consideradas feitiçaria,é que de fato a maioria acha que o preço da "dívida" nunca vai bater na sua porta e quando bate se faz de "desentendida ",teve uma época que uma pessoa muito próxima a mim vivia doente e eu descobri com a ajuda da minha espiritualidade que a "mandinga" estava vindo de rezas de uma fulana que se diz cristã,bem eu simplesmente consegui quebrar isso e devolver de prato cheio o que estava sendo feito,aliás,eu conheço alguns que vivem rezando pra mim,coragem...não reclamem depois,mas não rezas agradeveis não,é literalmente pra me ver definhar na sarjeta ou dessa pra melhor,medo eu não tenho mas eu dou muita risada,acordar de madrugada pra rezar por mim,me sinto "lisonjeada" quando tiver pesadelos e um arrepio no meio da "espinha" e alguns acontecimentos estranhos,não chora não.
Eu tenho que agradecer a minha espiritualidade por tanta proteção e avisos que recebi e por ter mostrado a verdade e arrancado máscaras,meus guias me ensinaram a ser um "tanque de guerra" e a nada temer,quantas vezes não fui enterrada viva e sai da "tumba" pra surpresa de muitos,quantas traições não suportei e falsidade,enfrentei tudo de cabeça erguida eu não abaixo a cabeça pra ninguém,nem tenho medo de ninguém,aqui é olho no olho e se for peitar tenha peito pra levar uma também,às vezes é bom fingir que está morto e no fundo do poço,faz parte da jogada,perdi às contas de quantas vezes enfrentei a morte e os lobos com sede de sangue lutando pra me ver abaixo da terra,mal sabem eles o que o destino está preparando pra eles,nada sai de graça nessa vida.
Mas realmente,o mundo da feitiçaria está se tornando uma palhaçada,mas ainda há excessões e são às excessões que farão a diferença e não tenham medo de dizer o que precisa ser dito,independente das ameaças estilo "Harry Potter" que dizem que o pai/mãe de santo vai rogar uma "Avada Kedavra" em você,eles podem tentar mas lembre-se tudo o que é injusto terá um preço alto para eles,aliás,para qualquer um de nós em todos os sentidos da vida.
Eu não dependo de ninguém para seguir a minha espiritualidade e meus guias,tudo o que eu sei eles me ensinaram,segui às ordens deles e andei corretamente e fui justa por isso obtive o conhecimento necessário para prosseguir e a sua proteção,se você segue Exu saiba que eles não passam a mão na cabeça de ninguém e se você não andar na linha a cobrança virá,Exu não é brincadeira,a espiritualidade não é um circo,brinca com fogo e você vai sair queimado ou até literalmente morrer,sim já vi casos de médiuns perder a vida. Uma pena tantas pessoas estarem brincando com tudo isso,uma pena o ego e o dinheiro falar mais alto assim como vinganças infantis e inveja.
Como eu sempre digo,não sou amiga de ninguém cuido de mim e da minha espiritualidade e falo somente o necessário,sem exposições e intimidades o meu interesse é apenas o meu desenvolvimento,isso que citei é válido para todos os âmbitos da minha vida,meu amigo é Exu o resto é colega e ninguém tem que saber nada da minha vida menos ainda de mim ou do meu relacionamento,não coloco "amigas " dentro da minha casa nunca acreditei em amizades que dirá agora.
Só existem três pessoas das quais eu confio e tem permissão para entrar no meu lar e sabem algumas coisas de mim,do resto é da porta para fora e só vão saber o meu nome,radical? Não,inteligente e muito bem guiada,ano passado eu achava que era radical e me abri mais e não dei muitos ouvidos aos meus guias e o que aconteceu,bem eu fui traída...Não,isso não tem nada a ver com meu relacionamento amoroso antes que pensem isso,estamos muito bem....Me refiro há âmbitos da vida,mas Exu prestará conta de cada um e não vai sair barato,veremos.
Vou continuar estudando,me desenvolvendo e focando em mim,o silêncio às vezes é necessário até o chegar o momento certo da espada ser desembainhada,algo que aprendi é que silenciar e retirar-se por um tempo não é sinônimo de derrota e sim sabedoria e mora mais perigo no silêncio há que no barulho,silenciar não é fraqueza mas o inimigo devia temer mais o silêncio há que o barulho e a irá.
Esse ano é regido por Exu,então estejam preparados.
#espiritualismo#despertar espiritual#espiritualidade#umbanda#kimbanda#quimbanda#sentimentos#escritores#exu#pomba gira#bruxaria#feitiçaria#witch#witches#forma de pensar#palavras#filosofia#religião#opinião#escrever
16 notes
·
View notes
Text
resumo da segunda semana de setembro:
meu foco essa semana foi ficar 1 semana sem doce (por conta do aniversário da minha amiga). 1 semana sem bolo, chocolate, enfim, doces em geral, e eu consegui!!!!!
hoje me pesei assim que acordei e perdi 10g desde sábado passado 🙃 manter é melhor que ganhar, né? melhor perder peso devagar pra não ganhar tudo de uma vez depois 🙃
pontos positivos:
segunda eu passei a tarde pintando meu cabelo de rosa e descolorindo pra fazer aquele cabelo napolitano (manos a menina mais fina, magra, linda da minha sala disse que ficou obcecada pelo meu cabelo, que eu parecia a barbie vida de sereia ⁉️‼️⁉️‼️), então eu acabei só jantando
terça eu e meus amigos fomos assistir Longlegs no cinema.. Eu não comi nada. Meus amigos ficaram correndo atrás de uma americanas ou fast food pouquíssimo tempo antes de começar o filme, mas eu não comprei nada nem aceitei nada deles e só jantei com meu pai (vou admitir que cheguei morta de fome as 20h, comi mais nhoque do que deveria)
quarta foi complicada. eu voltei voraz de fome da escola e acabei comendo uma porção pequena de muitas coisas que tinham na cozinha (queijo, iogurte com granola, barrinha de cereais) 😮💨 não foi um ep de compulsão por muuuito pouco
sexta eu por muuuito pouco nao comi um doce de banana zero as 23h30 kkkkkk. eu tenho uma sacola cheia de doce e chocolate na minha gaveta que eu guardo do meu aniversário mas eu cismei que com o doce de banana, mas graças a Deus, eu literalmente joguei esse doce fora da minha vista e fui dormir.
uma coisa que percebi nessas duas semanas é que embora eu não almoce nem coma algo depois da escola, eu preciso me policiar MUITO pra manter uma porção pequena no jantar e que eu não tenho força nem vontade de ir pra academia :/, então acho que
semana que vem vou focar em comer algo leve no café da manhã (max. 150kcals), só almoçar fruta ou salada na escola (+não gastar meu dinheiro com comida 🤢), comer algo leve depois da escola (max. 300kcals), me exercitar e depois jantar algo leve com meu pai.
4 notes
·
View notes
Text
O pão nosso é meu ovo….
Ao que me parece, nunca antes nesta vida eu havia entendido qual era o momento mais adequado para te pedir alguma coisa. É claro que eu não vou me relacionar com você pedindo coisas genéricas ou comuns que nada têm a ver com a minha vida, isso nem teria cabimento.
Pense só se eu te pedisse mais dinheiro, sucesso profissional, um carro ou uma casa, que loucura!
Seria como te fazer de idiota e simplesmente fazer pouco caso, na cara dura, de cada coisa sublime que você prepara pra mim.
É engraçado pensar que eu nunca me relacionei com você como se fosse um outro. É engraçado como eu sempre me relacionei com você com a esperança de que cuidasse de mim como eu queria, e não como você sabe e consegue cuidar.
Não acredito que levou quase trinta anos para eu perceber que você é diferente de mim e da ideia que faço de você, pra só então começar a permitir que você me dê seu maravilhoso e infinito carinho, da forma que prefere me dar.
No mínimo, o que te devo é um pedido de perdão, não porque pequei, não porque perdi a linha, não porque te desapontei, nem porque não te compreendi, mas pura e simplesmente por não ter te visto aí.
Foi mal, cara, de verdade!
Você é tão incrível e tão diferente do que minha limitada razão humana pode compreender, que a única coisa que eu não notei foi que você era diferente de mim, assim mesmo: nem melhor, nem pior, apenas diferente.
Você estava aí de mão estendida o tempo todo, disposto a dar aquilo que tem, que consegue e que pode me dar, e eu aqui, esperando como uma criança birrenta que você fizesse os meus gostos ou atendesse a todas as minhas expectativas.
É claro que estou aqui te pedindo desculpas e tudo mais, mas sei que isso não faz a menor diferença; só estou dividindo com você minha auto-percepção patética a respeito de como sou egoísta.
É engraçado, mas no estilo “rir para não chorar” ou coisa do gênero, porque, igual no Sermão da Montanha ou no “desejar não desejar”, tudo estava estampado na minha cara, mas eu não via.
Mais patético ainda é a quantidade de sofrimento e esforço para me livrar do sofrimento que eu mesmo causei tentando resolver tudo sozinho.
Se você fosse uma mulher bem bonita e confiável, no estilo “mulher da minha vida”, “minha cara-metade” ou coisa do gênero, em um momento como esse eu daria uma de arrependido e te mandaria uma mensagem, ou então desejaria profundamente que estivesse aqui do meu lado.
Mas como você é o tipo de amor que nunca some, como é o carinho que está sempre ao lado, se tenho a sensação de que você está longe de mim, isso não passa de mera ilusão.
Na verdade, acho simplesmente hilário como posso me pegar em mais um devaneio, em plena madrugada, falando com você bem no tipão “crente evangélico” que te chama de fiel, porque, em resumo, é bem isso que estou dizendo.
Como naquela música “Paranoia” do Raul, em que ele fala que Deus vê tudo o que você faz dentro do banheiro, eu me sinto, na verdade, totalmente idiota por não ter te percebido aí.
Sérião…
Me desculpe!
Você estava aí esse tempo todo, me vendo fazer tudo aquilo que julgo de mais errado e que não consigo parar, provavelmente com um olhar do tipo:
“Como você é besta, meu filho, faça-me o favor, tenha o mínimo de dignidade!”
Sinceramente, não sei como o Senhor não se irrita…
De verdade…
Porra, você me deu tudo, colocou tudo aí, e além de tudo me deu a oportunidade de decidir o que fazer de forma consciente, para eu poder aproveitar tudo como bem eu quiser, mas eu fiquei (e fico) agindo como se não fosse bom o suficiente. Como pode uma coisa dessas?
Sabe, preciso confessar uma coisa para você: acho que um pouco é culpa dessa distorção ignorante que fizeram do teu suposto Filho, mais filho que eu, que chamaram de Jesus.
Sabe, pelo que andei lendo, se ele estivesse aqui, me trataria como irmão, não como você. Aliás, até onde entendi, foi justamente por isso que ele morreu, mas enfim, isso é papo pra outra hora, e provavelmente você já sabe disso muito melhor do que eu.
O que estou querendo dizer é que, em parte, é culpa minha por me tratar como lixo e ficar querendo me consertar muito mais do que querer aproveitar, com sabedoria, toda essa infinidade de maravilhas das quais o Senhor me cercou.
E, sinceramente, também é um pouco duro ter que admitir que às vezes acabamos pensando de forma tão medíocre e tão pequena.
Às vezes, me pego olhando minha vida e lembro que, com 12 anos, estava colando canaletas na parede e aprendendo a trabalhar com meu pai, e que, entre altos e baixos, arriscando aqui e errando ali, hoje eu me sustento, me viro, e minha vida só segue adiante.
Nessas horas percebo que, por mais que eu me apegue aos meus pequenos erros (que talvez nem sejam), se sigo conseguindo me sustentar, é porque o mínimo de como isso tudo aqui funciona eu aprendi.
Sendo que uma das coisas que é mais fácil esquecer é justamente que você está aí cuidando de mim, independentemente das minhas inúteis preocupações.
Mas enfim, nem quero ficar falando demais nisso pra amanhã eu não fazer como sempre, te esquecer de novo e depois olhar para trás e me pegar dizendo todas essas coisas a você.
Só o que quero que saiba é que, de certa forma, e graças a Deus (por mais pleonasmo que seja), percebi que você não só esteve, mas que estará sempre aí.
Me perdoe mais uma vez por não reconhecer que você só tinha seu carinho especial e único para me dar, e por eu não ter te amado do jeitinho que você é.
Como eu disse, em outras circunstâncias eu desejaria que estivesse comigo aqui e agora, mas, depois de tudo que disse até aqui, minha vida se inundou de você e eu não me sinto mais só.
É isso aí, vida que segue. Mais uma vez, obrigado por me ouvir.
O pão nosso de cada dia é meu ovo, nos somos muito mais íntimos do que essa coisa mecânica que inventaram aí, depois de tudo o que eu te disse aqui, se achasse que é esse tipo de coisa que me liga a você então eu estaria jogando tudo isso fora.
Acho que uma das coisas mais incríveis inclusive que você me deu, por mais alto que seja o preço a ser pago por isso, é poder perceber esse tipo de coisa.
Enfim, mais uma vez obrigado…
Amo muito você!
#brasil#escrevendo#reflexões#sentimentos#textos#amor#escritos#filosofico#pequenosescritores#amor propio#deus#god#fé#discernment#consciousness#psicologia#autoconhecimento#egoism#espiritualidade
3 notes
·
View notes
Text
É o terceiro mês e acabei de receber alta de um hospital psiquiátrico. Não sei o que fazer com essa liberdade. Quero puxar a pelinha do lado do meu dedo e arrancar minha pele, descascar-me como uma laranja. Minhas calças já não servem mais, bloqueei minhas amigas e já me arrependi de tudo que disse. Não sei mais como escrever. Deveria relatar minha experiência no hospital, mas as paredes lá eram brancas e arranhadas, as janelas sem grades e sem espelhos - esqueci meu próprio reflexo. Agora, quando ouço piadas sobre hospícios, meu coração inflama. Nada mais faz sentido, nem os livros na estante, nem as letras no teclado. Estou perdida no labirinto da minha mente. O mês mal começou e eu me perdi no labirinto da minha cabeça, sinto uma pressão arrebatadora em cima da minha cabeça, uma tontura que borra meus olhos e me deixa desnorteada. Não sei se é minha mente pregando peças em mim ou se é meu corpo dando sinais que algo está errado. O mês mal começou e minhas cicatrizes sumiram, eu fiz outras e as pessoas perceberam, e essas pessoas ficaram com pena de mim. Minha professora de português me emprestou um livro de saúde mental e meu professor de matemática me chamou de um apelido carinhoso, como se eu precisasse disso. Eu não preciso. Não quero carinhos, livros, ou apelidos. Eu quero sentir o ardor das gotas de álcool caindo nos meus cortes quando eu me corto, ou do fósforo se aproximando da minha pele como um vaga-lume. Eu passei mal no trabalho de novo e agora não sei se vão me mandar embora, claramente estão cansados de mim e eu não quero voltar pra lá, mas eu preciso desse dinheiro. Eu me encolhi na cama, com a cabeça entre as pernas sentindo o cheiro da Coisa dentro de mim borbulhando, eu liguei pra minha mãe e disse "Está doendo muito." ela logo entendeu que era minha cabeça, já que estou queixando-me disso a alguns dias - "Eu deixei um remédio pra você por cima da mesa. Você tomou?" ouvi a voz madura e cansada dela atravessando os fios mágicos da minha cidade ecoando nos meus tímpanos, eu fechei os olhos com tanta força que você poderia ver as rugas no meu nariz. "Não é a minha cabeça. É dentro de mim, mãe. Está doendo muito dentro de mim." Ela não entendeu o que eu queria dizer, ela não entendeu que eu precisava desesperamente ser cruel comigo mesms, que eu preciso das lâminas e dos fósforos, do meu isolamento e das minhas paranoias para poder controlar a Coisa que é sedenta por isso. Fiz algo de errado, não sei o que, mas preciso me punir. Ela não entende que sinto tanta dor dentro de mim que a única maneira de lidar com isso é jorrar meu sangue pra fora em linhas finas. A colega da minha amiga perguntou para ela o que eram os machucados no meu pescoço, e ela respondeu ".. Ah, esse é o normal dela." Talvez esse seja o meu normal, e eu deveria me acostumar com ele igual as outras pessoas se acostumaram a me ver assim.
#notas#textos#tumblr#brasil#escritores#escritores no tumblr#girl blogging#livros#poemas#depressão#Autoral#Nacional#Sentimentos
7 notes
·
View notes
Text
Eu acordei e não queria
Senti saudade de você
Abri a janela e não te via, olhei no céu pra te encontrar
Minha saudade de você me dói, e já a falta eu consegui suprir
Eu levantei pra ir viver meus sonhos
Mas o maior eu não vou conseguir
Te olhar nos olhos outra vez, te ver sorrir, te abraçar, te ouvir falar
Pra te tocar de novo eu tenho que dormir
Pois só nos sonhos, sei que vou conseguir
Ganhei um bom troféu por escrever, ganhei muitos amigos por me dividir, ganhei um bom dinheiro pra sobreviver, tô em busca de viagens pra me preencher; tô indo por aí sem nada, nada que me ocupe tanto como a saudade de você;
De manhã me lembro que você se foi, preparo meu café e não vejo você;
De noite eu me recordo que já faz um tempo, que eu não peço bença antes de dormir;
Na comemoração da minha formação, vou dedicar o diploma pra você, eu vou falar sozinha e te imaginar, desculpe meus amigos, não comemorar, preciso dedicar a minha conclusão pra quem mesmo ausente foi inspiração;
Te amo mãe; A presença da sua ausência depositou vida dentro de mim. Sua falta me foi combustível. A saudade sua, me foi direção. Conquistar sem ter você pra vê foi andar na contramão da vida.
Bati. Tomei várias multas. Ignorei a ordem. Acelerei. Mas nunca perdi a habilitação na estrada da vida.
Fragmentada
3 notes
·
View notes
Text
Ando me sentindo tão estranha, nada me apetece, nada me interessa mais. Esse ano foi tão estranho, não consegui fazer nada o ano inteiro. Só afundar em depressão, me sentir fracassada, inútil, velha... Como é possível que com 32 anos a pessoa já sente que a vida acabou? Enraizaram tão forte na minha mente que tudo tem que ser feito na casa dos 20 anos, é? Eu não era assim, sempre tive pânico de idade, porém esse pânico nunca me parou de fazer nada e esse ano baixou uma crise que era pra eu ter tido há dois anos mas tava muito ocupada. Só consegui passar o ano pensando em como o tempo passou rápido e perdi o ano todinho me lamentando e passou ainda mais rápido esse ano. Que ano difícil foi esse de 2024. Familiares próximos morrendo, tanto humanos quanto pets. Os vídeos e mensagens motivacionais que escuto há mais de uma década já não fazem efeito, pois agora conto com a experiência de que por muito que tenhamos esperança e sonhos e vontade, ainda assim pode não dar certo. Dinheiro cada vez mais necessário, assim como o ar que a gente respira, não dá pra fazer mais nada sem dinheiro, e nossa, se tem uma coisa que eu não tenho é dinheiro! Ando perdida, esse ano percebi que eu já sou uma pessoa "dona de mim", mesmo ainda morando debaixo da asa de meus pais, que já são idosos agora, a incerteza da vida me faz perceber que qualquer um de nós pode morrer a qualquer momento. Sendo assim, preciso me erguer e ser responsável pela minha vida, deixar de ser "a filha" e mesmo sem ser mãe, ser "a mãe, a filha, a neta e a avó" de mim mesma. Eu sei que todo mundo sabe que vamos morrer um dia, mas existe uma diferença entre 'saber' e sentir esse conhecimento. Nos 20 e poucos anos parece até que a gente vai viver para sempre, mesmo a gente sabendo que vamos morrer a qualquer idade, vivemos a vida como se pretendéssemos ser as mesmas pessoas para sempre. Deveríamos pensar mais na morte ou menos?
É tão difícil viver, mesmo vendo ao meu redor como as pessoas têm problemas seríssimos e conseguem lidar com tudo, eu não tenho problema nenhum e mesmo assim é complicado, é difícil, não sei o que esperar da vida. Recém me formei pela segunda vez e não consegui fazer muita coisa no meu primeiro ano de formada porque muitas coisas na minha cabeça, coisas inúteis, sentimentos sem sentido, novos sonhos impossíveis e que eu não entendo o porque tenho essas novas vontades.
É uma batalha interna tão grande, as vezes tento analizar 'de fora' o que tá acontecendo por dentro e nada faz sentido, parece até que eu me culpo por ter privilégios e gostaria de ter problemas mais sérios para assim pelo menos ver que eu estou lutando contra alguma coisa significativa.
As pessoas lidam com doenças crônicas, doenças terminais, situações insalubres, fome, miséria, dificuldade pra ser alguém e estão todos lutando... Eu? Nada.
Inútil, fracassada....
#pensamentos intrusivos#tristeza#depressão#pensamentos#desabafo#angústia#sinceridade#32 anos#30 anos#millenial#capitalismo#preciso de terapia mas não tenho dinheiro porque tudo é preciso de dinheiro
2 notes
·
View notes