#Dia do Cartógrafo
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margensdeumdiario · 9 days ago
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All Star Azul e Outros Detalhes Sobre Você
Te conhecer naquela sexta-feira de primavera foi como encontrar poesia em uma esquina qualquer de São Paulo. O sol parecia brilhar mais leve, como se soubesse que aquele momento mudaria tudo. Caminhávamos pelas ruas da cidade, tentando decidir em qual café nos esconderíamos depois do almoço, mas no fundo, qualquer lugar teria servido. O importante era esticar o tempo, alongar as horas, só para falar mais da vida — da sua, da minha, da nossa que ainda nem existia.
Nunca me esqueço do jeito como me olhava, como se eu fosse uma obra de arte exposta só para você, e de como eu tentei retribuir com a mesma intensidade, mesmo sabendo que jamais alcançaria a profundidade daquele olhar. E puta que pariu, que saudade daquele olhar. Ainda vejo ele nas vitrines da cidade, nos espelhos dos elevadores, em reflexos fugazes que brincam comigo e somem antes que eu possa agarrá-los.
Lembro do meu All Star azul, aquele que calcei de propósito, comprado dias antes só porque sabia que você adorava Nando Reis tanto quanto eu. Aquela música já era nossa antes mesmo de qualquer um de nós decidir que fosse. Parecia que cada detalhe seu tinha o poder de transformar minhas escolhas mais banais em gestos calculados para te impressionar. E agora, esses gestos pairam no ar, presos em um tempo que não volta, como uma música interrompida no meio do refrão.
Penso muito em nossas danças. Sempre espontâneas, meio desajeitadas, ora ao som de um rock que fazia o chão tremer, ora ao ritmo doce de um MPB qualquer. Dá pra ouvir ainda, se eu fechar os olhos. Mas a casa está silenciosa demais agora, e eu me pergunto quantas danças foram suficientes para guardar você em mim.
É estranho pensar na ausência do calor da sua boca na minha pele, do jeito que seus lábios exploravam cada centímetro meu como se fossem cartógrafos de um território íntimo e desconhecido. Mais estranho ainda é acordar e não te ver ali, com o sol atravessando a janela e te encontrando primeiro. Eu ficava lá, observando, sorrindo como uma criança que acaba de descobrir um segredo bom demais para ser compartilhado. Era impossível não sorrir. Era impossível não amar o sol nascendo refletido no seu rosto.
Agora, resta esse vazio, um eco insistente das suas últimas palavras, aquelas que não me atrevo a lembrar com clareza, mas que guardam em si um peso que sufoca. O que vem depois? Eu não sei. Talvez seja só essa saudade crua, desordenada, que não cabe em mim e, ainda assim, não me deixa ir. Ou talvez seja algo maior, algo que ainda preciso descobrir.
Tudo o que sei é que por enquanto, só resta o silêncio. E a memória de nós dois dançando em algum canto desse apartamento minúsculo, como se o resto do mundo não existisse. Quando foi que nosso amor se transformou nisso? Queria que ainda fôssemos os mesmos. Queria que você ainda estivesse aqui.
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kabritto · 7 months ago
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Beija-flor
Escondida em uma pacata cidadezinha no interior da Bahia, havia um ateliê de álbuns fotográficos. Mas, diferente dos tediosos álbuns tradicionais, esses eram preenchidos com lembranças.
Todas as manhãs, clientes dos quatro cantos adentravam o espaço para se consultar com a dona do estabelecimento. Uma mulher de aparência madura e sorriso convidativo.
Em meio às sessões semanais, memórias, poemas e canções eram impressas em rolos de 35mm. Que, posteriormente, seriam revelados e colados em folhas de papiro e encadernados com couro de crocodilo celeste. O mais sustentável dos materiais.
Tais métodos eram normalmente buscados por aventureiros já em seus últimos dias, ou pobres almas castigadas pela insanidade. Que viam ali uma oportunidade de eternizar o seu legado.
Suas entregas ficam a cargo do mais recente funcionário do ateliê. Um jovem aprendiz de espírito aventureiro, que percorre toda a vastidão do ordinário com sua bicicleta caramelo.
Sempre chegando ao seu destino com cinco minutos de antecedência. Nem mais, nem menos. Anunciando sua chegada ao som de seu confiável apito de prata.
Claro, isso para as entregas ordinárias, ou de baixa periculosidade. Como viúvas, padres, prostitutas ou devotos de Santo Antônio.
Para àquelas de bilhete dourado. Normalmente destinados para cartógrafos, magos, principados e membros da realeza das serras. É preciso cumprir uma abordagem mais extraordinária.
Com o jovem aprendiz bebendo um chá de pétalas da rara rosa do deserto turquesa. Renascendo entre os homens como um beija-flor-tesoura. A mais valente das aves.
Partindo rumo ao horizonte, sem receio dos perigos à espreita. Utilizando os vitrais das janelas do ateliê para alcançar os mais remotos reinos já esquecidos pela humanidade.
Sempre chegando ao seu destino com cinco minutos de atraso. Às vezes, até um pouco mais.
Escolhendo aproveitar o tipo de liberdade encontrada apenas em meio às nuvens, e na ingestão de açúcar refinado.
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Ao final do segundo ciclo das estações, num período de baixa procura pelo ateliê, a melancolia corrompeu o pobre coração do jovem aprendiz. Que não tinha mais os céus para escapar das maldições vividas em seu lar.
Veja, o jovem tinha um coração meigo. Escolhendo o mundo das artes, a selvageria incumbida ao seu gênero. Algo encarado como uma fraqueza imperdoável. Necessitando de correção imediata.
No ateliê, tais ameaças se dissipavam. Eram apenas concepções ditas por corações envenenados.
Preferindo a companhia de sua empregadora, oráculos, admiradores pervertidos e taxidermistas. Além de, claro, dos clientes sempre repletos de histórias dos mais diversos gêneros.
Certo dia, uma senhora passou a tarde contando como soube qual era o seu verdadeiro nome. E o poder que nele residia.
Outra vez, o jovem aprendiz precisou apaziguar a discussão entre um casal de necromantes. Que não lembravam em qual cadáver haviam deixado a chave de casa.
Havia ali, naquele peculiar estabelecimento, toda uma vastidão de mundos para serem explorados. Entretanto, na estagnação das entregas, se tornará impossível manter os maus olhados e as palavras rasteiras longe de sua mente.
Criando barreiras como uma ilusória tentativa de proteção. Que rapidamente, para sua infelicidade, se mostraram falhas.
Certa dia, entre o intervalo do café da tarde. A mais nutritiva das refeições. O ateliê foi visitado pela figura amaldiçoada de um corpo-seco, que vivia exilado nos arredores da cidadezinha pacata.
Ao se aproximar, o ser desrespeitou as regras de gentileza exigidas pela convidativa dona do ateliê. Apertando o pulso do jovem aprendiz e sussurrando a seguinte maldição em seu ouvido esquerdo:
- Ao anoitecer, retornarei para coletar sua carne. Você agora me pertence!
E assim, ele partiu. Proferindo uma promessa que se mostrava comprometido em cumprir.
Perdendo o dom das palavras, a única reação do jovem, foram-se as lágrimas. Seguidas por uma espiral de desespero. Que lhe guiaram para o que mentes sensatas diriam ser a sua provável danação.
Num ato de impulsividade, o jovem aprendiz decidiu ouvir a imaturidade de seu coração. Invadindo o escritório do ateliê à procura da rosa encantada.
O plano era simples, voar para o norte sem nunca olhar para trás. Se desfazendo de seu nome e tudo aquilo pertencente a sua antiga história. E, ao achar aquilo que procurava, a flor foi consumida em um só golpe.
À poucos metros de distância, a convidativa dona do ateliê voltava das compras, quando se deparou com uma vista digna das fábulas perdidas.
Uma nuvem de penas se erguia rente ao sol, seguindo rumo ao oeste. Deixando um rastro de destruição para trás.
Desesperada, ela partiu em desespero ao encontro da inexplicável criatura. Fazendo um pequeno desvio para a coleta dos materiais necessários.
A mesma sempre se mostrou reservada quanto ao seu passado. Nunca o mencionando com exatidão. Nem no período de treinamento, ou nas inúmeras conversas ao final do expediente.
Em sua vida pregressa, a dona do ateliê trabalhava como filóloga no Arquivo Central de Nomes Arcanos, localizado entre a divisa do estado de Goiás com uma dimensão adjacente.
Um cargo de extremo prestígio. Que lhe rendeu acesso a conhecimentos considerados perdidos pela humanidade. Como, por exemplo, o primeiro manuscrito da construção de Babel.
Algo trivial, visto por ela como algo entendiante para os ouvidos curiosos. Mas, no momento, se mostrará precisamente útil.
Seguindo a destruição emplumada, foi encontrado o que muitos vizinhos juravam ser uma residência de exímio prestígio. Agora, apenas um amontoado de entulhos.
A criatura pousava sobre a destruição com suas garras enrugadas e uma face azulada. Coberta por uma mistura pegajosa de fuligem e sangue.
Ao perceber o brilho das estrelas, acima de sua face, a mesma partiu em direção ao coração da floresta que envolvia a cidade. Berrando cânticos de extrema agonia.
Após muita procura, já no ápice do anoitecer, a criatura estava desacordada. Coberto com correntes de bronze por todo o seu corpo.
E ali, se erguendo orgulhoso de sua caça bem sucedida, estava o exilado. Agora, portando um sorriso vitorioso. Com seu prêmio abaixo de seus pés putrefatos.
Suas intenções eram de se banhar com sangue de sua presa, e devorar o coração sob a luz da lua cheia. Restaurando sua carne já degenerada, para continuar espalhando castigos entre os homens. Longe da vista de querubins e astarô.
Todavia, surgindo com uma lamparina em mãos, a dona do ateliê se aproximava. Portando vestes de autoridade e um olhar incisivo. Invalidando as ações do exilado, e ordenando sua retirada.
Argumentando que, após ingerir a rosa do deserto, sua natureza já não é mais humana. Tornando-se livre do pecado de seus familiares. Como assim escrito nas leis antigas.
Tal afirmação foi encarada pelo exilado como insolência diante seu nome. Que escolheu o caminho dos covardes, e partiu com uma fúria descomunal.
Mas a dona do ateliê nada fez, apenas permanecer à sua espera. E antes que qualquer agressão se concretizasse, um levante de mãos voltou-se contra o exilado.
Eram as almas adormecidas dos ramos das árvores, e velhas colegas de trilha da dona do ateliê. Que o arrastaram para a escuridão. Onde nunca mais se ouviu falar em seu nome.
Quanto a fera, a dona se aproximou com cautela. Retirando as correntes e limpando a sujeira em sua face.
Retribuindo a gentileza que sempre lhe foi entregue pelo jovem aprendiz. O alimentando com uma mistura de raízes fortes e camomila. Enquanto cantava uma canção de ninar.
Descanse, meu pequenino
Deixe a lua te guiar
Para longe das impurezas desta terra
Enxugando suas lágrimas
Como príncipe entre as estrelas
Lhes dando as boas vindas ao seu novo lar
Que sempre irá te acolher
Quando decidir repousar.
Pouco a pouco, o grosso da criatura foi se dissolvendo do corpo. Revelando uma nova forma. Não mais humana, ou similar a qualquer outra conhecida.
Este novo ser se eleva ostentando uma plumagem esmerada e lápis-lazúli percorrendo seus braços e costas, juntamente com um par de asas dispostas como um manto.
Sua pele tinha ganhado uma tonalidade rosada. Possuía olhos negros e profundos como a noite, com garras de três dedos no lugar das mãos e pés.
Todavia, aquilo que realmente destacava era o colar de penas douradas que se formava em seu pescoço até a altura dos seios.
Existia nobreza em sua monstruosidade. Um híbrido sem nome. Que apesar de assustado, ainda detinha sua velha paixão pelas descobertas.
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Na manhã seguinte, muitos foram os rumores sobre a verdadeira natureza das tragédias presenciadas na cidadezinha pacata.
Um mistério que nunca encontrou uma resposta exata. Sendo aceita qualquer justificativa insana que pudesse saciar a curiosidade entre os membros do clube de bordado.
Apesar de constantemente discordarem sobre a real natureza dos fatos. Com alguns defendendo a interferência do divino, enquanto outros diziam ser tudo fruto de um levante comunista.
Quanto ao beija-flor e a dona do ateliê, ambos decidiram permanecer unidos e partir para uma nova localidade pacata. Paralisando as confecções por toda a primavera.
Voltando às entregas apenas na primeira manhã de verão. Agora, com chegadas precisamente pontuais. Nem a mais, nem a menos.
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gonzalo-obes · 1 year ago
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IMAGENES Y DATOS INTERESANTES DEL DIA 18 DE ENERO DE 2024
Día Internacional del Síndrome de la Hemiplejia Alternante, Día de Winnie The Pooh, Semana Europea de Prevención del Cáncer de Cuello Uterino, Año Internacional de los Camélidos.
Santa Faustina, San Jaime, San Leobardo, Santa Beatriz, Santa Librada y Santa Prisca.
Tal día como hoy en el año 1920
En México, en la Sierra de las Cruces, entra en erupción el volcán San Miguel, causando la muerte a unas 6.000 personas. (Hace 104 años)
1919
Los aliados vencedores de la Gran Guerra (1914-1918) inauguran en el Palacio de Versalles de París (Francia) la Conferencia de Paz encargada de liquidar las cuestiones planteadas por este conflicto. Los países vencidos no podrán asistir a estas reuniones. Uno de los acuerdos más controvertidos estipulará que Alemania y sus aliados acepten toda la responsabilidad moral y material de haber causado la guerra, por lo que deberán desarmarse y realizar importantes concesiones territoriales a los vencedores así como pagar descomunales indemnizaciones económicas a los Estados victoriosos. El tratado se firmará el 28 de junio próximo con muchos de sus miembros enfrentados, poca actitud conciliadora y un revanchismo que propiciará el rencor de los vencidos. (Hace 105 años)
1912
Llega al Polo Sur, Robert Falcon Scott, oficial de marina británico, y explorador de la Antártida. A su llegada encuentra la tienda y la bandera que ha dejado el explorador noruego Roald Amundsen, cinco semanas antes. En el regreso de vuelta, que se torna absolutamente dramático, morirán Scott y todos sus hombres. (Hace 112 años)
1871
En el Palacio de Versalles, Francia, Otto von Bismarck proclama el Imperio Alemán en el que Guillermo I, rey de Prusia, pasa a ser el káiser de Alemania, tras la victoria de Prusia en la guerra franco-prusiana y como consecuencia del esfuerzo del propio Otto von Bismarck, que ha trabajado para conseguir la unidad alemana con exclusión de Austria. De este modo, los Estados alemanes del Sur (Baviera, Baden, Hesse y Württemberg), llevados por el entusiasmo patriótico que ha despertado la guerra, se unen inmediatamente a la Confederación del Norte de Alemania e instituyen el Imperio Alemán, o II Reich, que se prolongará hasta 1918, coincidiendo con el final de la I Guerra Mundial. (Hace 153 años)
1778
El navegante, explorador y cartógrafo inglés James Cook se convierte en el primer europeo en descubrir las islas Hawái al pasar cerca de la isla de Oahu. Dos días más tarde, desembarcará en la isla de Kauai y llamará al archipiélago Islas Sandwich, en honor de John Montagu, conde de Sandwich y primer lord del Almirantazgo, el más alto cargo de la Real Marina Británica. (Hace 246 años)
1701
En una esplendorosa ceremonia, en Konigsberg (Prusia), el príncipe Federico de Hohenzollern es coronado rey de Prusia. Así, el antiguo ducado prusiano se convierte en reino. Reinará bajo el nombre de Federico I. (Hace 323 años)
1546
Francisco Pizarro se enfrenta a Blasco Núñez Vela en la batalla de Iñaquito (Ecuador). Después de la batalla, Pizarro hará su entrada triunfal en Lima con los títulos de libertador y protector del pueblo. (Hace 478 años)
1535
En Perú, el conquistador español Francisco Pizarro funda "Ciudad de los Reyes" en una región que los indígenas conocen como Limaq. Será la capital del Virreinato del Perú. Con el tiempo la ciudad se llamará Lima. (Hace 489 años)
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adrianoantoine · 4 years ago
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Brazilian Days (126): May 6
Brazilian Days (126): May 6
Brazilian Days 126 May 6 . DAY OF: Dia do Cartógrafo (Cartographer). The day was introduced by Sociedade Brasileira de Cartografia. The date is a reference to the oldest registered cartographic work in Brazil, which was made on 27 April 1500 (correction according to the Gregorian Calendar: 6 May). Mestre João, crew member of Cabral’s fleet, determined the latitue of Baía de Cabrália, what is…
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allisondiogo · 4 years ago
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Se você gosta de mapas, vai querer comemorar o Dia do Cartógrafo!
Se você gosta de mapas, vai querer comemorar o Dia do Cartógrafo!
Certamente você deve se lembrar de alguma aula de geografia que teve na escola em que o professor pendurou um grande mapa no quadro para mostrar os lugares para a turma. Você alguma vez parou para se perguntar quem são as pessoas que desenham os mapas?  Sabia que existe um profissional que se dedica apenas a desenhar mapas? Será que basta saber desenhar bem para fazer mapas?  Hoje, dia 06 de…
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claudiosuenaga · 3 years ago
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Os 75 anos do Incidente em Roswell: o maior mito da história da ufologia (incluindo notícias da enfermeira que teria participado da autópsia dos corpos)
Com apenas uma semana de intervalo, em 2 de julho de 1947, nasceria o maior mito da história da ufologia. A Base Aérea de Roswell, onde funcionava o 509º Grupo de Bombardeio da Força Aérea, emitiu uma nota à imprensa, elaborada pelo oficial de informação, o primeiro-tenente Walter C. Haut, informando o resgate de um disco voador acidentado. Poucas horas depois, no entanto, o general Roger Maxwell Ramey, sob ordens expressas do general Clements McMullen, do Pentágono, desmentiu tudo. Em uma coletiva à imprensa, o general Ramey explicou que o objeto capturado era, na realidade, apenas um balão meteorológico. O major Jesse Marcel, responsável pelo comunicado oficial, teve de posar para fotos junto aos fragmentos de uma sonda atmosférica, desculpando-se por tê-los confundido com um disco voador. Desde Roswell se ouvem inúmeros outros rumores sobre naves – acidentadas ou abatidas – que teriam sido recuperadas pelos militares. Não faltam os que garantem que o governo norte-americano manteria alienígenas [Extraterrestrial Biological Entities, ou Entidades Biológicas Extraterrestres (EBEs)], alguns mortos e outros vivos, sob sua custódia em bases ou hangares secretos.
Por Cláudio Tsuyoshi Suenaga
Pouco mais de uma semana depois de inaugurada a Era Moderna dos Discos Voadores, nasceria o maior mito da história da ufologia, tanto mais inquebrantável quanto mais se tenta desmontá-lo.
Na noite de quarta-feira, 2 de julho de 1947, sobre a desolada paisagem do Novo México, desencadeou-se uma das piores tempestades elétricas a atingirem a região nos últimos tempos, tempestades essas que ocasionalmente haviam abatido aviões na área. A 46 quilômetros a noroeste da cidade de Roswell, na parte sudeste de Corona, o fazendeiro William Ware "Mack" Brazel (1899-1963) ouviu um estranho estrondo sobre a sua isolada propriedade, mas não deu maior atenção por atribuí-lo a um capricho da tormenta. Na manhã seguinte, a caminho do pasto para inspecionar as suas ovelhas, encontrou espalhados sobre uma área de cerca de um quilômetro de comprimento por várias dezenas de metros de largura, entre diversos materiais, chapas finas, flexíveis e muito leves parecidos com folhas de estanho que não se queimavam no fogo, não riscavam, não rasgavam e restituíam a forma original mesmo depois de amassados, além de pequenas traves (semelhantes a pau-de-balsa e que apresentavam mais ou menos o mesmo peso, embora não fossem de madeira) com cerca de 15 centímetros, cobertas com uma espécie de escrita hieroglífica vertical, parecida com os ideogramas japoneses.
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William Ware "Mack" Brazel
No sábado, 5 de julho, Brazel foi à cidade de Corona e lá ouviu histórias sobre discos voadores que andavam sendo vistos por toda a região, e só então começou a pensar que o material que recolhera em sua fazenda poderia ter sido parte de um. O xerife de Chavez County, George Wilcox, foi notificado por Brazel no dia seguinte, e na segunda-feira, 7 de julho, o major Jesse Marcel (1907-1986), oficial de Estado-Maior encarregado do Serviço de Informação da Base Aérea de Roswell, almoçava no clube dos oficiais quando recebeu o telefonema de Wilcox, que lhe pôs a par da história de Brazel. Piloto desde 1928, como um dos poucos cartógrafos familiarizados tanto com o traçado como com a interpretação de mapas aéreos antes da Segunda Guerra Mundial, Marcel foi enviado à escola de espionagem pela Força Aérea do Exército após Pearl Harbor e tornou-se oficial de informação do Primeiro Esquadrão de Bombardeiros e, mais tarde, do grupo inteiro. Voando como bombardeiro, artilheiro e piloto, acumulou 468 horas de combate em B-24 e foi condecorado com cinco medalhas por ter abatido cinco aviões inimigos. No final da guerra, foi chamado a integrar a 509ª Esquadrilha de Bombardeio da Força Aérea do Exército.
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Major Jesse Marcel
Naquela tarde de 7 de julho, Marcel recolheu uma grande quantidade do mesmo material já descrito, além de uma de substância que lembrava pergaminho, de cor marrom e extremamente resistente, e uma pequena caixa preta muito leve de aparência metálica que se parecia com uma caixa de instrumentos de qualquer tipo. O breve exame que fez bastou para que se convencesse de que os restos eram parte de um disco voador acidentado. O primeiro-tenente e relações públicas Walter G. Haut (1922-2005), por ordem do coronel (depois general) William H. “Butch” Blanchard (1916-1966),[1] redigiu um press-release, distribuído à imprensa na manhã de terça-feira, 8 de julho: “Os diversos boatos relativos ao disco voador tornaram-se ontem uma realidade quando o Setor de Informação do 509º Grupo de Bombardeio da 8ª Força Aérea, Aeroporto Militar de Roswell, teve a sorte de tomar posse de um disco.”
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Walter G. Haut
A notícia, recebida entusiasticamente pela Associated Press e outras agências, foi repetida em numerosos jornais de todo o país e do exterior, inclusive pelo Times de Londres. O jornal Roswell Daily Record estampou na primeira página de sua edição vespertina de 8 de julho esta manchete desconcertante: “RAAF captures flying saucer on ranch in Roswell region”. O texto da matéria dizia que “todos os boatos concernentes aos discos voadores tornaram-se realidade ontem, quando o oficial investigador do 509º Grupo de Bombardeiros da 8ª Força Aérea, teve a sorte de obter a posse de um disco graças à cooperação de um dos granjeiros locais e do gabinete do xerife de Chaves County.”
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Decorridas menos de 24 horas, a Força Aérea negou tudo. O general Clements McMullen (1892-1959) teria ordenado a criação de uma história de cobertura para controlar e conter a situação. O general de brigada Roger Maxwell Ra­mey (1903-1963), comandante do 8º Distrito da Força Aérea sediado em Fort Worth, Texas, ligou imediatamente para o coronel Blanchard, manifestando seu extremo desagrado, assim como o do general de exército Hoyt Sanford Vandenberg (1899-1954), chefe adjunto da Força Aérea, pelo press release, e deu ordens para que os destroços fossem imediatamente colocados a bordo de um B-29.
Imprensado pelos dois generais, Blanchard ordenou ao major Marcel que acompanhasse pessoalmente o material até a Base Aérea de Carswell, em Fort Worth, onde Ramey obrigou-o a posar para fotos junto dos destroços de um balão meteorológico Rawin, enquanto os restos do “disco voador” seguiam para a Base Aérea de Wright-Patterson, em Dayton, Ohio, para “novas análises” determinadas pelo general Vandenberg.
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O major Jesse Marcel faz uma expressão um tanto contrariada e marota ao ser obrigado a posar para fotos junto dos destroços de um balão meteorológico Rawin como uma forma de encobrir a história.
Ramey transmitiu pela estação de rádio de Fort Worth um comunicado, apressadamente redigido, assegurando ao público que o disco voador espatifado não passava dos despojos de um balão meteorológico e que tudo havia sido um lamentável erro de identificação cometido pelo major Marcel. Em outubro de 1947, Marcel foi subitamente transferido para Washington, D.C., e em dezembro promovido a tenente-coronel e designado para o Programa de Armamento Especial, encarregado de coletar amostras atmosféricas do mundo inteiro e analisá-las a fim de descobrir se os russos haviam detonado a sua primeira bomba atômica. Quando isso foi confirmado, coube a Marcel a tarefa de redigir o relatório que foi lido pelo presidente Truman perante a nação.
A semelhança dos materiais recolhidos com os dos balões em uso à época naquelas paragens é tamanha que somos inevitavelmente levados a perguntar quais seriam as chances de um autêntico disco voador ostentar características tão compatíveis. Não é mais provável que Brazel e Marcel tenham de fato exagerado e incorrido em erro? Apenas três dias depois da explosão do “disco voador” sobre a fazenda de Brazel, em 5 de julho, os destroços de um balão Rawin alvo, feito de papel e lâmina metálica, foram encontrados no solo pelo fazendeiro Sherman Campbell. Um segundo balão foi encontrado em 8 de julho por David C. Heffner. Em nenhum dos casos houve algo de estranho ou inexplicável em relação aos destroços, logo identificados como balões que de fato eram.
O mito da queda da nave espacial no Novo México, no plano geral, surgiu inspirada pelo clima de histeria provocado pelas primeiras notícias de discos voadores dos tempos modernos, e no plano particular, pelas experiências altamente secretas e sigilosas que se desenrolavam num raio de 150 quilômetros da Base Aérea de Roswell, então a mais importante e mais bem guardada base aérea militar norte-americana, onde funcionava o 509º Grupo de Bombardeio da Força Aérea, o único grupo de bombardeio atômico da época e um dos poucos grupamentos de elite entre os militares daquele país. Justamente ali é que se desenvolvia a maior parte dos programas de defesa pós­-guerra no setor da pesquisa atômica, de foguetes e desenvolvimento de mísseis, além de experiências eletrônicas e de radar.
Los Alamos, a ampla comunidade científica criada pelo Projeto Manhattan em 1943 com a finalidade específica de proporcionar mão de obra e instalações necessárias à construção e testes das primeiras bombas atômicas, era ainda, em 1947, uma “cidade secreta”, uma área altamente reservada. Status similar tinha a Área de Mísseis e Terreno de Provas de White Sands, nas imediações de Alamogordo, onde pesquisas de alto nível eram realizadas nos únicos foguetes alemães V-2 capturados deste lado da Cortina de Ferro. E um dos testes com o V-2 foi realizado justamente no dia 3 de julho. Tudo isso nos ajuda a compreender porque naqueles meses de verão de 1947, houve no Novo México mais avistamentos de OVNIs per capita e por quilômetro quadrado do que em qualquer outro lugar do mundo.
O mito de Roswell jamais ficaria completo se corpos de seres extraterrestres não fossem acrescidos aos restos do pretenso “disco voador”. Em fevereiro de 1950, o veterano da Primeira Guerra Mundial e engenheiro civil Grady Landon “Barnie” Barnett (1892-1969), que por vinte anos trabalhara no Serviço Federal de Conservação do Solo até sua aposentadoria em 1957, começou a espalhar entre seus amigos o rumor de que na manhã de 3 de julho de 1947 teria localizado um disco voador acidentado com vários extraterrestres mortos a bordo na Planície de San Agustin, a cerca de 80 quilômetros a oeste da cidade de Socorro, Novo México, onde mais tarde seria instalado um campo de escuta do Observatório Nacional de Radioastronomia pelo fato do local não ser afetado pelas interferências elétricas provocadas pelo homem.
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Grady Landon “Barnie” Barnett
Barnett descreveu os seres como sendo do sexo masculino, mas muito pequenos pelos nossos padrões, tendo a cor da pele acinzentada, cabeça redonda completamente calva e desproporcionalmente grande em relação ao corpo e olhos pequenos estranhamente afastados um do outro. Suas roupas eram inteiriças, sem zíperes, cintos ou botões.
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Segundo contou Barnett, enquanto ele e alguns alunos da Universidade da Pensilvânia que lá se encontravam fazendo escavações arqueológicas observavam os corpos, um militar aproximou-se em um caminhão e assumiu o controle da situação. Outros militares se aproximaram e isolaram a área, dando ordens para que não falassem a ninguém sobre o que viam, pois como patriotas deviam permanecer calados... O objeto, com o clássico formato de disco, teria sido logo removido do local do desastre e transportado junto com os corpos em um grande caminhão. Com base nesse frágil relato feito décadas depois por uma pessoa que dizia ter feito parte do círculo de amizades de Barnett, os ufólogos concluíram que o disco voador teria explodido sobre a fazenda de Brazel ao ser atingindo por um raio mas despencado somente em Socorro, a 180 quilômetros de distância.
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A saga prosseguiu célere mas sem maiores novidades por mais de duas décadas até que, em meados dos anos 70, valendo-se da Lei de Liberdade de Informações [Freedom Of Information Act (FOIA)], os ufólogos impetraram ações judiciais contra o governo norte-americano tencionando desencavar documentos que atestariam o resgate do disco voador e dos corpos dos seres extraterrestres. Em 1977, Marcel, agora tenente-coronel, retomou pessoalmente as investigações do episódio que o ridicularizara perante a nação. Por meio de seus colegas militares, apurou ter havido um acobertamento sem precedentes. Decidiu comparecer a programas de entrevistas na televisão nas quais expôs sua versão, motivando outras pessoas a saírem do silêncio.
Em 1980, o ufólogo William L. Moore e o escritor, linguista, poliglota, arqueólogo e ufólogo Charles Berlitz (1914-2003),[2] um dos maiores responsáveis pela difusão e popularização de mitos atinentes ao continente perdido da Atlântida e ao Triângulo das Bermudas, reavivaram o mito de Roswell com novos e espantosos dados e boatos (oriundos da Base Aérea de Edwards, do Pentágono, da sede da CIA em Langley, na Virgínia, etc.) em seu livro Roswell Incident (Incidente em Roswell).[3] Quase tudo ou o pouco de concreto que se sabe sobre o Caso Roswell provém dessa fonte, de longe a mais consultada e citada por ufólogos, jornalistas, produtores de TV e cineastas por conter transcrições de entrevistas realizadas por Moore com testemunhas da queda do disco (entre eles o major Jesse Marcel) que ainda estavam vivas à época (final dos anos 1970) e por preencher com arguta e “sóbria” imaginação as inúmeras lacunas. Moore e Berlitz foram os primeiros a trazer detalhes sobre a suposta autópsia que teria sido feita nos corpos dos ETs resgatados e a insinuar que eles estariam sendo mantidos preservados em lugares como o famoso galpão Hangar 18, na Base Aérea de Wright-Patterson, na cidade de Dayton, estado de Ohio. 
A versão resumida de Moore e Berlitz para o Caso Roswell, reconstituído com base no que apuraram, é a de que entre 21h45 e 21h50 do dia 2 de julho de 1947, o que parecia ser um disco voador sobrevoou Roswell, rumando para noroeste a grande velocidade. Em algum ponto ao norte de Roswell, o disco encontrou uma tempestade elétrica, fez uma correção no rumo, seguindo para sul-sudoeste, acabou atingido por um raio e sofreu graves avarias. Uma grande quantidade de destroços caiu ao solo, mas o próprio disco, embora avariado, conseguiu permanecer no ar o tempo suficiente para transpor as montanhas antes de se espatifar no solo, na região a oeste de Socorro, conhecida como Planície de San Augustin, em Catron County, próximo ao local onde Barnett estava escalado para fazer uma avaliação na manhã seguinte e onde os estudantes de arqueologia deveriam iniciar uma escavação. Os militares assumiram o controle mais rapidamente do que no primeiro devido à demora entre o momento em que Brazel descobriu os destroços e quando por fim deu parte às autoridades. Embora a sequência de acontecimentos de San Augustin precedesse de vários dias a da fazenda de Brazel e de Roswell, o vazamento de notícias foi abafado com mais eficiência e a chegada de informes aos meios de comunicação foi lenta e vaga, no melhor dos casos. O grupo militar (composto, segundo estimativas exageradas, de cerca de cinco mil homens) que esteve no local de San Augustin para isolar a área, teria vindo da Base Aérea de Alamogordo, nos Campos de Testes de White Sands. Os destroços teriam sido levados para a Base Aérea de Wright Patterson e guardados no interior do “Hangar 18”.
Barry Goldwater Morris (1901-1998), major-general da USAF, senador do Partido Republicano pelo estado do Arizona (1953-1965, 1969-1987) e candidato à Presidência dos Estados Unidos em 1964, conhecido como “Senhor Conservador”, teve negado o acesso – por não possuir o nível necessário de autorização clearance (liberado, desobstruído) – quando procurou inteirar-se do assunto. Goldwater declarou que há muito desistiu de entrar no Salão Azul da Wright-Patterson, “pois colecionei uma longa série de negativas, vindas de um chefe após outro. Este negócio ficou tão secreto [...], que é impossível conseguir qualquer informação sobre ele.”
As reiteradas negativas governamentais geraram efeitos contrários. O consenso favorável tendeu a crescer à medida que os setores responsáveis pelo seu esclarecimento se esquivavam. Ao longo da década de 90, o mito de Roswell se mostrou mais vivo do que nunca. Imagens em preto e branco de uma suposta autópsia em corpos alienígenas, uma farsa melancólica comercializada pelo produtor inglês Ray Santilli, foram veiculadas em meados de 1995 pela internet e pelas emissoras de televisão à guisa de subproduto dessa celeuma. Aproveitando tamanha publicidade, os moradores de Roswell capitalizam os dividendos. Na cidade, não há nada que não contenha alguma referência a discos voadores e até um museu dedicado ao tema foi construído.
Ao ensejo das comemorações do cinquentenário, a USAF reconheceu afinal que um artefato explodiu a noroeste de Roswell. Anteriormente, em julho de 1994, a USAF havia liberado um relatório repleto de lacunas intitulado The Roswell Report: Fact vs. Fiction in the New Mexico Desert (O Relatório Roswell: Fato versus Ficção no Deserto do Novo México). No relatório Caso Encerrado,a USAF confirmou a autenticidade dos relatos das testemunhas que viram os destroços que, longe de serem de outro planeta, eram balões de polietileno, material que brilha intensamente e muda de cor ao passar pelo horizonte e ser atingido pela luz solar pouco antes do amanhecer. [4]
Os balões carregavam um protótipo da sonda Viking no formato discóide e recuperada no lugar exato do disco voador acidentado, em San Agustin. Os destroços em Roswell, na fazenda de Brazel, eram fragmentos de balões do Projeto Mogul, equipados com instrumentos para espionar, via radar, explosões nucleares e lançamentos de mísseis e foguetes da União Soviética.
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O que pareceu às testemunhas corpos de extraterrestres mortos espalhados no solo de San Agustin, eram bonecos usados em saltos de paraquedas a altitudes superiores a 30 quilômetros, os quais simulavam o resgate de astronautas em voos espaciais. Os danos sofridos na queda deixaram os bonecos com o aspecto estranho que as testemunhas descreveram – olhos enormes, quatro dedos, um só braço. O “extraterrestre” que muitos disseram ter visto entrar, caminhando, no Hospital da Base Aérea de Roswell, era o capitão da aeronáutica Dan Delton Fulgham (1927-2015), que em 1959 sofrera um terrível acidente que o deformara.
A União Soviética saiu à frente na corrida espacial com o lançamento do Sputnik em 1957. Os Estados Unidos trataram de recuperar o tempo perdido e aceleraram o programa Corona, que fracassou em dez tentativas de lançamento do satélite Discover entre 1949 e 1960. Surgiu então a ideia de lançar satélites a partir de um balão de alta altitude. A primeira tentativa falhou, mas em 11 de abril de 1960, o Discover 12 ejetou uma cápsula que completou uma órbita em torno da Terra. A partir daí, os Estados Unidos ultrapassaram a União Soviética. Entre as naves estavam as sondas Voyager-Mars, cujos formatos eram iguais às dos discos voadores. Muitas sondas eram recuperadas em White Sands, Novo México, o que explicaria os tantos OVNIs avistados na área. O livro The Truth about the UFO Crash at Roswell (A Verdade sobre o OVNI Acidentando em Roswell),de Kevin D. Randle (1949-) e Donald R. Schmitt (co-diretor do CUFOS), estampou o desenho de um dos discos voadores avistados, em forma de delta.[ 5]É exatamente igual ao balão Vee, lançado em março de 1965 da Base Aérea de Holloman, Novo México.
Faltou explicar porque o agente funerário Glenn Dennis foi consultado por um pediatra do Hospital de Roswell – possivelmente Frank B. Nordstrom (1925-2017), embora Dennis não tenha perguntado seu nome – sobre o preparo de caixões para crianças e o embalsamento de corpos que teriam ficado muitos dias expostos ao ambiente. Dennis contou ter encontrado uma apavorada enfermeira, Naomi Maria Selff, de St. Paul, Minnesota, que lhe confidenciou a participação nas autópsias de pequenos e estranhos corpos. A enfermeira, “obrigada a guardar silêncio”, foi transferida para a Inglaterra uma semana após o Incidente em Roswell e dada como morta num suspeito “acidente” aéreo.
Mas ninguém conseguiu encontrar uma enfermeira com esse nome, ou uma enfermeira de St. Paul, ou uma enfermeira que foi transferida para o exterior. Posteriormente, houve especulações de que Dennis ainda não deu seu nome verdadeiro. Em entrevistas posteriores, ele se recusou a confirmar que Selff era o nome da enfermeira. Alguns investigadores que passaram muito tempo tentando encontrar essa enfermeira, chegaram a conclusão de que ela nunca existiu.
A Força Aérea Norte-Americana, no entanto e quem diria, identificou a enfermeira. Eles descobriram que a tenente Eileen M. Fanton, uma enfermeira que combinava com a descrição física de Dennis e trabalhava na base militar de Roswell, mais tarde partiu em serviço na Inglaterra e recebeu cartas através de um endereço da APO (Army Post Office) em Nova York. Ela não foi transferida diretamente para o exterior de Roswell, mas deixou Roswell repentinamente em 4 de setembro de 1947, cerca de 2 meses após o Incidente de Roswell, supostamente devido a uma "condição médica" não especificada. Ela foi de Roswell para um hospital no Texas para tratamento, e apenas alguns anos depois serviu no exterior, de 1952 a 1955, época em que poderia ter escrito para Dennis, como ele afirma.
A Força Aérea jurou serem essas as verdades finais – divulgadas porque não mais representavam perigo para a segurança nacional –, gastando para tanto 231 páginas que de nada serviram para demover a arraigada crença dos ufólogos. Ao longo de julho de 1997, mais de dez mil pessoas peregrinaram pelas ruas “sagradas” de Roswell, convertida em Meca pós-moderna.
Notas
[1] No final da Segunda Guerra Mundial, Blanchard havia sido encarregado de preparar e supervisionar os detalhes da operação de transporte da bomba atômica até Hiroshima. Herói de guerra condecorado, depois da Segunda Guerra, como comandante do 509º Grupo de Bombardeios, foi designado para participar da “Operação Crossroads”, que realizou testes atômicos no Atol de Bikini.
[2] Neto de Maximilian Delphinus Berlitz, o fundador das Escolas de Idiomas Berlitz, Charles foi educado em quatro idiomas e chegou a dominar cerca de 32 línguas diferentes, sendo considerado pela People’s Almanacum dos 15 maiores linguistas do mundo.
[3] Berlitz, Charles & Moore, William L. Incidente em Roswell,Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1980.
[4] Falcão, Lorem. “O UFO que iludiu Roswell”, in Manchete,Rio de Janeiro, Bloch Editores, nº 2.362, 12-7-1997, p.26-31.
[5] Randle, Kevin D. & Schmitt, Donald R. The Truth about the UFO Crash at Roswell, New York, Avon Books, 1994.
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mundodageografia15 · 5 years ago
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😎🤣HELLO, QUE HORAS SÃO AONDE VOCÊS ESTAM?
Então como irei iniciar, acredito que inicialmente nós iremos dialogar um pouquinho sobre este novo assunto muito importantíssimo e maravilhoso para estudar e localizar-se sem precisa do recurso tecnológico conhecido popularmente de GPS.
Então, meus queridos e amados receptores, os senhores ou senhoritas já ouviram sobre cartografia? Acredito que a grande maioria sim, então esse é o nosso assunto para conhecermos um pouquinho sobre essas maravilhosas atratividades do mundo.
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E, agora?  Mãos à obra!
O que será que é cartografia?
Cartografia é a ciência que representa em formas de gráficos os espaços geográficos. Além disso, esse estudo cartográfico nos dar uma concepção, produção e a divulgação da representação de vários mapas. Entretanto, esse lindo estudo contém representações físicas cujo relata a realidade social, não só social como econômica, histórica e cultural.
Segue abaixo um exemplo de um mapa cartográfico:
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 Oxente, vocês acharam que acabou foi? Meus queridos isso é apenas o início.
Antigamente, a cartografia era representada em forma de desenhos. Com o decorrer dos anos houve um avanço tecnológico ao qual deu-se a necessidade da utilização de dispositivos tecnológicos, por exemplo, o computador é um dispositivo que facilitou a vida dos estudantes cartográficos dando-lhes possibilidades de construírem modelos digitais de terrenos e suas respectivas analises por meio do sistema de informação geográfica (SIC).
O mapa representa o espaço geográfico com característica qualitativa e quantitativa. Contundo, esse por sua vez, nos traz mensagem sobre objetos, formas, fotos e acontecimentos do espaço. Desse modo, a cartografia é uma ciência, uma arte e uma técnica de apoio a geografia.
Observar-se que a percepção e a visualização no espaço geográfico mudam conforme muda a escala. Quanto maiores são as generalizações menores são as escalas, ou vice-versa.
Desse modo, a cartografia pode ser dividida em duas: sistemática e a temática.  A cartografia sistemática é aquela cujo é realizado por engenheiros cartógrafos, ao qual iram realizar medições necessárias dentro do ambiente terrestre. Um exemplo do trabalho destes profissionais são as cartas topográficas. Já a cartografia temática é representada com diversos temas, por exemplo, uma pesquisa sobre recursos minerais, densidade demográfica entre outros.  
Segue abaixo um mapa com as pesquisas sobre indivíduos empregados ou não, como exemplo de um mapa temático.
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Então receptores, vocês sabem quais são os elementos de um mapa? Caso não, então nós iremos conhecer agora todos nós no mesmo momento.
1.     Título- tema ao qual será expresso no mapa.
2.     Escala – representa quantas vezes o tamanho real foi reduzido para ser colocado no mapa.
3.     Orientação – é uma rosa dos ventos ao qual define a direção norte, sul, leste e oeste no mapa.
4.     Legenda-  são os elementos ou cores que estão no mapa.
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  Ei você aí continue lendo viu estou de olho em vocês.
A representação mais aceita da Terra é o globo terrestre. Contudo a representação dimensional do mapa dividir-se em três partes:
1.     Equidistante: são representação sem distorções nas distancias, porém os ângulos e as áreas são distorcidos.
2.     Equivalente: são representação sem distorções nas áreas, porém contém distorções nas distancias e nos ângulos.
3.     Conforme: são representação sem distorções nos ângulos, porém com distorções nas distancias e áreas.
Analisar-se que as projeções cartográficas são representadas de três formas, dentre eles destacam-se a projeção cilíndrica, cônica e plana azimutal.
Projeção Cilíndrica: a forma cilíndrica contém uma certa facilidade em desenhar sua respectiva forma com seus meridianos e os paralelos. Essas formas foram tão importantes que se tornaram popular, conceituando que esta seria a forma certa de representar a terra. Além disso, vale ressaltar que nenhuma geometria é 100% perfeita, sempre haverá algum tipo de distorções.
A projeção cilíndrica, representa áreas com espaços geográficos grandes, ou seja, próximos a linha do Equador.
Desse modo, as projeções cilíndricas dividir-se em alguns critérios geográficos:
ð Projeção de Mercator- os continentes contêm formas corretas, porém contém defeitos na extensão territorial.
ð Projeção de Peters- a forma do espaço territorial está correta, porém os continentes contêm seus respectivos defeitos. Essa é uma percepção que não favorece o governo.
ð Projeção de Goode-  apresenta as massas continentais e oceânicas, mas de formas de formas diferentes.
ð Projeção de Mollweide- apenas distorce os continentes.
ð Projeção de Robinson- contém poucas distorções das massas da terra. 
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Projeção Cônica: essa projeção apresenta a forma de cone. Os meridianos formam uma rede de linhas retas iguais nos polos e os paralelos formam círculos concêntricos. São regiões de médias latitudes e poucas distorções.
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 Projeção Plana ou Azimutal: essa projeção é conhecida de polar, poliédrica ou equidistante. Como os anteriores são linhas imaginárias que corta os paralelos e os meridianos, mas nesse caso a forma é um círculo. É utilizado para representar altas latitudes, como todas, essa por sua vez apresenta deformações a partir do ponto central. 
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Meus queridos amigos nós vamos conhecer um pouco sobre escala, neste especifico momento.
Escala é a relação numérica entre o mapa e a realidade, ou seja, quantas vezes for reduzido para ser colocado no mapa. Mapas são medidos em centímetros ou milímetros cujo são os quilômetros ou metros na realidade dos mapas.
Quando o denominador da escala for pequeno contém pequenos detalhes e sua área são grandes.
Denominador de números altos contém maiores detalhes no mapa.
Para sabermos estas diferenças utilizamos uma fórmula para este procedimento, cujo é a fórmula geral.
E =   d
      D
 E= escala
d= distância no mapa
D= distância real
São utilizados convenções geográficas em formas de símbolos, sinais ou cores para interpretar os mapas. Pode –se citar:
Curvas de nível: representa o relevo terrestre, ligando os pontos iguais a altitude.
Hipsometria: diferem as altitudes do relevo pelo emprego da escala.
Batimetria: diferenças de profundidade do relevo submarinho pela utilização de uma escala.
As orientações e coordenadas geográficas informa alguns aspectos de cardeais. Contudo, analisarmos sempre onde o sol aparece continuamente, ao qual chamar-se de nascente, leste ou oriente. Desse modo, onde o sol desaparece chamar-se de poente, oeste ou ocidente. Para descobrir os pontos cardeais, aponta a mão direita para o leste, e a mão esquerda para o oeste, a nossa frente está o norte e atrás encontrar-se o sul.
Dessa maneira, as linhas imaginarias traçadas no mapa são divididas: em paralelos e meridianos. Os paralelos são linhas traçados paralelamente a linha do Equador 0° dando-lhe latitude, os paralelos variam de 0° a 90°. Essa linha por sua vez divide o hemisfério em norte e hemisfério sul. Já, os meridianos, são linhas imaginarias traçadas a linha do Equador, dando-o origem a longitude. A base do meridiano é o Greenwich 0°, esse por sua vez divide a terra em dois hemisférios: Oeste e Leste até 180°. Além disso, os meridianos definem os fusos horários. 
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Então, meus lindos jovens nós chegamos em um ponto muito delicado do nosso assunto, mais acredito que vocês iram gostar, pois é muito importante e interessante.
Os fusos horários é definido pela diferença de um lugar a outro, ou seja, nós vamos descobrir o porquê do Japão ser noite e no Brasil ser dia, ou vice-versa.
 Inicialmente, iremos iniciar com alguns conceitos. Todos nós temos que saber que o fuso oficial do Brasil é 45°. Contundo, quando formos calcular temos que observar se estão no mesmo hemisfério, caso estejam no mesmo hemisfério sempre subtrai, caso esteja em hemisfério diferente quando for realizar a conta sempre irá somar. Quando realizar analise visualmente observar que para a esquerda diminui e para direita aumenta. A cada 15° muda 1 hora. 
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Agora, nós vamos praticar algumas questões:
1)   Uma família embarca em uma viagem às 14:00 horas, do dia 03 de março, de um ponto A (localizado a 30° O) com destino a B (localizado a 45° L). O tempo de voo é de 10 horas. Qual o dia e o horário de chegada da família ao ponto B?
R:
30° O            15° O             0° O            15° L            30° L              45°L           14:00            15:00             16:00           17:00            18:00              19:00    
 Inicialmente, nós vamos somar os fusos citados no texto, pois eles estão em hemisfério diferente.
45° + 30° = 75°
Agora, nós iremos dividir o resultado anterior pela diferença de cada fuso.
75° 15= 5 horas
Descobrimos a diferença de horário da cidade A e da cidade B.
Agora, nós somamos o resultado encontrado mais a duração da viagem.
10h + 5h = 15h
Posterior, é só pegar o horário que a família saiu da cidade A e somar mais o horário anterior encontrado.
15h + 14h = 29h
Como passou de 24h, este por sua vez ganhou um dia, então diminuímos um 1 dia.
29h – 24h = 05:00  
Em virtude do que foi apresentado, concluir que a família chegou na cidade B dia 04 de março as 05:00. 
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liditbsouza-blog · 6 years ago
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Semente!
Bom Dia!
Paz no Senhor!
22 de Abril (Leitura Bíblica: Marcos 4. 1-9)Hoje comemoramos mais um ano do descobrimento do Brasil por Pedro Álvares Cabral. Ele foi o capitão que comandou a esquadra que zarpou de Lisboa e chegou ao litoral da Bahia na época da Páscoa de 1500. Sem saber ao certo se tinha diante de si uma ilha ou um continente, avistou um monte e chamou-o monte Pascoal. Vieram na tripulação geógrafos, cartógrafos, soldados e outros, cerca de 1500 homens. Entre estes, Pero Vaz de Caminha, que foi quem relatou a expedição em uma carta enviada ao rei de Portugal. Este belo relato faz o leitor viajar em pensamento aquele momento da História. Lendo-o, porém, uma frase me deixou emocionado e me faz pensar no texto da leitura bíblica de hoje. Já finalizando sua carta, o escrivão afirma: "A terra em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo, por bem das águas que tem. Porém o melhor fruto, que nela se pode fazer, me parece que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que vossa Alteza em ela deve lançar!. Estas palavras são muito reais para esta terra que amamos: a principal semente que deveria se plantar aqui é a que leva á salvação do povo.Lemos hoje a parábola contada por Jesus acerca da semente lançada em diferentes tipos de solo. A semente é a Palavra de Deus. E deve ser semeada no Brasil, como afirmou Pero Vaz de Caminha. Ela precisa chegar a todos os nossos conterrâneos. Embora muitas pessoas serão como os três primeiros tipos de solo, tenho convicção de que em muitos corações brotarão frutos abundantes para a glória de Deus, ou seja, muitos crerão nele e serão perdoados de sua rebeldia contra o Senhor.  E se você ainda não recebeu a semente, saiba que Deus o ama tanto que entregou Jesus para morrer em nosso favor, a fim de reconciliar-nos com ele. Esta é a semente. Receba-a como um solo fértil. - CMR
Que no País em que se plantando tudo dá possa brotar a fé no perdão de Deus por meio de Cristo.
Lucas 8.15 "E as sementes que caíram em terra boa são aquelas pessoas que ouvem e guardam a mensagem no seu coração bom e obediente; e, porque são fiéis, produzem frutos".
AMÉM!
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gameszone · 2 years ago
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Review - Hollow Knight
"Abaixo da cidade moribunda de Dirtmouth jaz um reino antigo e arruinado. Muitos são atraídos para o subterrâneo em busca de riquezas, glórias ou respostas para antigos segredos."
- Texto retirada da página do jogo na Steam.
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Imagem retirada do site de venda de jogos Steam.
Boa tarde a todos, hoje, estarei apresentando uma review de um dos meus jogos favoritos, simplesmente um dos melhores Metroidvania de todos os tempos. Com vocês: Hollow Knight.
História
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Imagem retirada do site de venda de jogos Steam.
Hollow Knight conta a historia de um diminuto guerreiro decidido a adentrar nas cavernas que abrigam as ruinas do que um dia foi o reino de Hallownest. Devido à infestação que roubou a inteligência dos insetos e os reverteu aos seus instintos primitivos, uma grande e prospera nação se tornou apenas um resquício do que era.
Construção de Mundo
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Imagem retirada do site de venda de jogos Steam.
Cada um dos diversos biomas de Hallownest contam com múltiplas camadas de profundidades e detalhes no ambiente que, além de lindas, servem para desenvolver as tragédias pelas quais o reino passou. Um dos detalhes é um lago gigantesco situado logo acima da Cidade das Lágrimas, explicando de onde provém a sua chuva eterna; ou dezenas de criaturas empaladas por lanças das tribos dos Louva-a-Deus, demonstrando a função da tribo, protegendo o resto de Hallownest dos aracnídeos do Ninho Profundo. Seja o que for, nada no cenário está lá simplesmente por estar.
O reino subterrâneo que o jogador explora não é somente vasto na historia que conta e em sua caracterização, mas também na forma de ser explorado. Após explorar algumas das áreas iniciais o jogador pode seguir em diferentes direções que levam ele a diversas partes únicas do mapa gigantesco que Hollow Knight possui.
Assim como em outros jogos do mesmo gênero, em algumas ocasiões o jogador se encontrara em situações que ele precisa de uma nova habilidade para passar pelo obstáculo, sendo assim será preciso traçar uma nova rota e marcar no mapa o lugar em que estava, claro, se o jogador tiver comprado um mapa.
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Imagem retirada do site de venda de jogos Steam.
Durante toda a sua aventura Hollow Knight não hesita em promover a sensação de estar perdido e sozinho neste lugar isolado. Sendo assim, até encontrar Conifer, um inseto cartógrafo e comprar dele um mapa do local incompleto, será impossível mapear o local.
Enquanto nos primeiros locais, especialmente a Encruzilhada Esquecida, isso pode causar uma certa frustração. Tal mecânica acaba sendo essencial para criar a atmosfera tensa que permeia a campanha. Não há apreensão maior do que perceber que você está há trinta minutos explorando uma área nova, sem encontrar um banco (que funciona como save point) e finalmente começa a encontrar as páginas espalhadas e o assobio indicativo de que Cornifer está por perto.
Inimigos, Chefes e Amuletos
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Imagem retirada do site de venda de jogos Steam.
A variedade e surpresa não se limitam aos biomas, mas também aos inimigos. Sim, é possível separá-los em quatro categorias base (ataques com disparo, dano em contato, explosivo-suicidas e espadachins), mas as variações de como tais comandos são realizados, além das suas caracterizações, ajudam a criar um misto de expectativa sobre qual inseto será encontrado e medo de como o combate se dará — principalmente quando tudo indica que o embate em questão é contra um chefe.
Metroidvanias são conhecidos por sua diversidade de chefes e subchefes tanto quanto por seus mundos labirínticos e caminhos bloqueados por habilidades. Novamente, Hollow Knight ultrapassa — e muito — o esperado, providenciando múltiplas batalhas memoráveis em cada área, com chefes obrigatórios e opcionais, que testam sua maestria em combate.
Foi graças a esses chefes que o jogador precisa explorar a fundo o sistema de Amuletos do jogo. Espalhados por Hallownest, servem como modificadores de gameplay, variando desde leves alterações como estender o alcance de sua espada ou aumentar o tempo de invencibilidade após um golpe até mudanças drásticas e novas habilidades por completo, como liberar esporos nocivos enquanto tenta recuperar vida.
Misc/Curiosidades
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Imagem retirada do site de venda de jogos Steam.
O jogo possui a tradução interia para portgues brasileiro, e, pode te proporcionar de 20 a 60 horas de gameplay. Mesmo após terminar o jogo “normal”, ainda possui as DLC que são juntas com o jogo para serem jogadas, como a DLC “A Trupre Grimm” que possui alguns inimigos e dois chefes completamente novos. Também existe a DLC “Deus Mestre” que traz com isso um sistema de Boss Rush, que consiste em derrotar todos os chefes do jogo original mais os chefes novos que as DLC adicionam, tornando isso algo bem difícil de se completar (demorei +ou- 60 horas).
Trilha Sonora
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Imagem retirada do site de venda de jogos Steam.
Se entrarmos no assunto de música, Hollow Knight se mostra ser uma obra prima mais uma vez. Cada música de cada área ou chefe ajuda o jogo a criar uma imersão absurda de boa. Simplesmente perfeito.
Bom, foi isso, não falarei mais sobre a história ou mecânicas do jogo pois não quero estragar a experiencia de ninguém, se um dia tiverem a oportunidade de jogar esse jogo, joguem. Ele é magnifico.
Postado por: Adriano.
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deivissonlopes81 · 2 years ago
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06/05/23 notícias
📰 JRMUNEWS, Ano 5, Nº 1539 🗞📌 De Pariquera-Açu-SP🗺 Notícias do Brasil e do Mundo🗓 Sábado, 6 de Maio de 2023⏳ 126º dia do ano🌔 Lua Cheia Minguando, 99% visível ♥ Não deixe o jrmunews acabar, faça um pix na chave celular 13982205403 💭 Frase do Dia: “Pessoas verdadeiras são sempre fascinantes.” – Autor desconhecido 🗓 HOJE É DIA…🪗 Acordeão🗺 Cartógrafo🔸 Coragem🏥 Instrumentador Cirúrgico🔢…
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kaukito-turismo · 2 years ago
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✓ 🔰 Hoje é 01 de novembro, Dia de Todos os Santos no calendário católico. Há 521 anos, em 1501, a nossa baía foi avistada pela expedição portuguesa enviada para fazer o reconhecimento do Brasil, então chamado Terra de Santa Cruz, uma colônia recém descoberta. Os portugueses deram então a baía o nome de Baía de Todos os Santos. Porém, ela já tinha um outro nome: Kirimurê. Era assim que os indígenas a chamavam. Esta linda foto mostra a Baía de Todos os Santos. Essa linda igreja é a de Santo Antônio da Barra e fica no início da maior baía marítima do Brasil, segunda maior do planeta. Para os brasileiros originais, ela era o "grande mar interior". Os indígenas já viviam em Salvador e no Brasil há milênios. A nossa história é muito mais antiga. O ano de 1500, o "descobrimento do Brasil" é apenas o marco da chegada dos portugueses. Em 1501, eles enviaram a expedição de mapeamento das nossas terras e na equipe estava o cartógrafo Américo Vespúcio. Tudo isso é relevante e importante, mas pra mim não marca o verdadeiro início da história do Brasil nem da Bahia. Por isso mesmo, acho equivocado dizer que a Baía de Todos os Santos está completando 521 anos hoje. Ela é muito mais antiga, sabe-se lá em que era geológica se formou. O correto é comemorar 521 anos de batismo, pois realmente foi em 1501 que ela recebeu esse nome católico. Porém, ainda assim, prefiro sempre lembrar do nome dado pelos indígenas: Kirimurê. Um nome mais antigo e cheio de significado. Com isso, não estou invalidando a história do ponto de vista eurocêntrico, só estou ampliando a nossa visão sobre nós mesmos. O Brasil não tem só 522 anos de história e a Baía de Todos os Santos não tem 521 anos. Há uma grande história anterior à chegada dos portugueses que precisa ser resgatada e contatada por nós. Então, que hoje seja o aniversário de batismo da Baía de Todos os Santos, mas também seja da Kirimurê. 🇧🇷 Bahía Terra Mãe do Brasil • #salvador #bahia #catolico #igrejasdobrasil #igreja #religião (em Salvador, Bahia, Brazil) https://www.instagram.com/p/CkavZqqrGz2/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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adrianoantoine · 4 years ago
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Brazilian Days (157): June 6
Brazilian Days (157): June 6
Brazilian Days 157 June 6 . DAY OF: Dia do doador de órgãos (Organ Donor, SP). The Brazilian Organ Donor Day is on 27 September; today is Organ Donor Day in the state of São Paulo. Also in Brazil, there is shortage of organ donors. Brazilian hospitals only use half of their capacity of organ transplantation, due to shortage. In entire Brazil, more than 60 people are waiting for a donor organ:…
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jardelteixeiratempodearte · 3 years ago
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Bate-papo de Cinema    21 de agosto, sábado  PROJETO: Bate-papo de Cinema Pontos MIS | Dersu Uzala  AO VIVO  Data: Filme disponível de 19.08 (às 11h) até 21.08. Bate-papo ao vivo no dia 21 de agosto, às 18h, no canal do MIS YouTube.  Link: https://forms.gle/GEoaXVnJzotxWu7R7  Link YouTube: https://youtu.be/rCO2TWFuADI  Ingresso: Gratuito  Classificação: 14 anos  Acessibilidade: Libras    Sessão em Parceria com Belas Artes à La Carte   O Bate-papo de Cinema Pontos MIS realiza, aos sábados, exibições de filmes seguidos de debates ao vivo no YouTube do Museu, buscando trazer membros da equipe dos filmes, pesquisadores da área, críticos de cinema, jornalistas e agentes cineclubistas para discutir sobre a obra e apresentar curiosidades da produção.  Esta edição, que acontece em parceria com o serviço de streaming Belas Artes À La Carte, apresenta o clássico “Dersu Uzala” (dir. Akira Kurosawa, URSS/Japão, 1975, 144 min), drama no qual um explorador e cartógrafo do exército russo mapeia a Sibéria no fim século 19 com a ajuda de um caçador nativo avesso aos padrões mercantis de conhecimento e relação com a natureza.    Sobre o convidado:  Sergio Alpendre é crítico de cinema, professor, pesquisador, curador e jornalista. Doutor em Comunicação/Cinema pela Universidade Anhembi-Morumbi, com bolsa da CAPES (incluindo bolsa sanduíche para onze meses em Portugal). Mestre em Meios e Processos Audiovisuais pela ECA – USP, com bolsa da CAPES. Editor do Papo de Alpendre, no canal próprio do YouTube.   Editor do blog de cinema sergioalpendre.com.    Sobre a mediadora:  Giuliana Monteiro é roteirista e diretora nascida em São Paulo, mestre em produção de filmes pela faculdade de Nova York Tisch School of the Arts, onde dirigiu e roteirizou diferentes projetos audiovisuais. Atualmente, trabalha em dois filmes, o seu primeiro longa-metragem ficcional, “Estrada para Livramento”, que tem o apoio do fundo Spike Lee para desenvolvimento e da fundação San Francisco Film Society, e também na finalização do longa-metragem documental “Bento”.        https://www.instagram.com/p/CSwiXwUrlh8/?utm_medium=tumblr
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mauriciopiva · 4 years ago
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Você sabe quem idealizou Brasília?
De acordo com o relato oral de Capistrano de Abreu sobre as obras e mapas obtidos no leilão da Biblioteca Conde de Linhares pela Biblioteca Nacional e Arquivo Público de Minas Gerais, parece que a originalidade da ideia de internalização da capital se deve a Francesco Tosi Colombina, cartógrafo italiano a serviço da família real portuguesa, que visitou Goiás em 1749 e desenhou um mapa do Brasil enquanto negociava o Tratado de Madri de 1750. Mas havia indícios de que Pombal era o mentor dessa ideia, e Columbina realizou a expedição sob o seu comando. 
Em 1763, o Marquês também foi responsável pela transferência da primeira capital do Brasil para o Rio de Janeiro. Porém, de acordo com o expediente, a primeira proposta de mudança da capital para o interior partiu de Minas Inconfidentes, que pretendia trazê-la para São João del-Rei, “pela melhor localização e abastecimento suficiente”, e comparou essa mudança com A implantação da república.
Muitos anos depois, a corte portuguesa foi estabelecida no Brasil em 1808, e o almirante britânico Sidney Smith sugeriu ao regente Dom João, por razões estratégicas, que a sede do governo fosse transferida para o interior. Ao mesmo tempo, seu compatriota e diplomata Strangford sugeriu que a capital fosse transferida para o sul, a fim de colocá-la em um clima mais ameno e saudável. Em 1809, a Imprensa Régia distribuiu um documento supostamente escrito pelo primeiro-ministro britânico William Pitt, no qual sugeria a construção de uma nova Lisboa no centro do Brasil com base em argumentos semelhantes. 
No entanto, muitos pesquisadores acreditam que o documento é fabricado. No ano seguinte, o juiz Antônio Rodrigues Veloso de Oliveira submeteu um memorial ao príncipe para propor mudanças, pois estava em Hipólito José da Costa desde 1813. Publicou repetidas matérias no Correio Braziliense, alegando que a internalização da capital brasileira seria instalada no planalto central.
Em 1821 José Bonifácio de Andrada e Silva preparou uma minuta de reivindicações da bancada brasileira junto à Corte Constituinte em Lisboa, onde fazia constar a necessidade da construção de uma capital no centro do país. Seguindo a orientação de José Bonifácio, os deputados constituintes brasileiros conseguiram incluir a construção no Parecer da Comissão Encarregada da Redação dos Artigos Adicionais à Constituição Portuguesa Referentes ao Brasil, de 1822. No mesmo ano um dos deputados publicou anonimamente um folheto onde sugeria como nome dessa futura capital "Brasília, ou qualquer outro", e no Manifesto do Fico, cuja redação é atribuída a José Clemente Pereira, parece implícito o compromisso da interiorização. Após a Independência do Brasil, na sessão de 7 de junho de 1823 da Assembleia Constituinte, foi lido um memorando de José Bonifácio propondo a instalação da capital na recém-criada comarca de Paracatu, com o nome de "Brasília ou Petrópole".
Por volta de 1839 o tema foi retomado em tom de campanha pelo historiador Francisco Adolfo de Varnhagen, imaginando a princípio que a localização ideal seria em São João del-Rei. Depois mudou de ideia, preferindo o Planalto Central, e em 1877 empreendeu uma viagem a Goiás para inspecionar a área, elegendo a Vila Formosa da Imperatriz, a atual Formosa, como sede da futura capital. Mesmo com o apoio de outros o projeto não vingou, nem mesmo com a influência de um sonho profético que tivera Dom Bosco em 1883, a mais conhecida das diversas profecias e premonições relativas a Brasília, localizando no Planalto Central uma futura Terra Prometida onde correriam rios de leite e mel. 
Segundo Holston e Magnoli, esse folclore refletia um princípio que apresentava Brasília como o prenúncio de um desenvolvimento invertido, onde primeiro se fundaria uma capital para que ela depois irradiasse sua soberania civilizadora sobre todo o território. Sua distância dos primeiros centros da colonização, numa área ainda a ser desbravada, era desejável por representar um local isento de passado ou história, imune à contaminação da herança portuguesa da qual os brasileiros procuravam se libertar, a fim de se criar um novo sentido de identidade nacional.
Com o advento da República a velha questão voltou à tona, e neste momento ela já estava tão arraigada no espírito nacional que quando a Assembleia Constituinte se reuniu, de forma praticamente consensual e sem maiores discussões, foi fixado no texto da Constituição de 1891, artigo 3º, o imperativo da criação de uma nova capital no centro do país: "Fica pertencendo à União, no planalto central da República, uma zona de 14 400 quilômetros quadrados, que será oportunamente demarcada para nela estabelecer-se a futura Capital federal", Floriano Peixoto, o segundo Presidente da República, deu objetividade ao texto, constituindo em 1892 a Comissão Exploradora do Planalto Central do Brasil, sob a chefia de Luís Cruls, então diretor do Observatório Astronômico do Rio de Janeiro. Após pesquisa de campo a comissão apresentou dois relatórios delimitando, na mesma zona indicada por Varnhagen, uma área retangular de 90 x 160 km que ficou conhecida como Retângulo Cruls. Os relatórios eram documentos científicos substanciosos, com extenso detalhamento das condições geográficas, morfológicas, climáticas e topográficas do sítio escolhido. O Retângulo Cruls imediatamente passou a figurar em todos os mapas brasileiros doravante publicados na República Velha.
Ficava consagrada a ideia de transferência da sede do poder político sobre argumentos de defesa estratégica, coesão territorial e criação de uma cultura autenticamente nacional. Para Andermann, a delimitação de um espaço físico definido representava a visualização do interior, colocando-o sob o foco do interesse nacional, quando até então os sertões eram territórios desconhecidos e desprezados pela vasta maioria da população, tornando uma coordenada cartográfica abstrata numa paisagem investida de valor afetivo e simbólico, apta para receber a civilização e dali irradiá-la. Ao mesmo tempo se materializava o mito fundador da República como um momento de verdadeira emancipação, retificando as visões equivocadas do território e dando corpo às reivindicações de geógrafos, higienistas e sertanistas da República Velha de terem conseguido eliminar os defeitos da submissão colonial e dado nascimento a um país de fato independente, função que eles acreditavam que o Império não havia sido capaz de prover. Entretanto, ambos os relatórios não foram concluídos, sendo encerrados os estudos na presidência de Prudente de Morais, em vista de um movimento que se ergueu entre os parlamentares contra a transferência da capital, enquanto outros propunham localizações diferentes. Com o saneamento e reformas urbanas do Rio de Janeiro, a capital efetiva, promovidos pelo presidente Rodrigues Alves, pareceram minimizados alguns dos motivos para a mudança, e o assunto perdeu vigor. Foram apresentadas moções para a reabertura do debate por vários deputados entre 1903 e 1919, mas não encontraram receptividade.
Sob Epitácio Pessoa, contudo, a ideia ressurgiu, e por recomendação de dois deputados ele mandou lançar uma pedra fundamental no Retângulo Cruls. O governo seguinte, de Artur Bernardes, levou adiante o projeto, considerando o Rio de Janeiro uma cidade agitada demais, e cuja influência política se refletia sobre a governança federal em demérito das outras regiões brasileiras. O afastamento do governo para o centro do território, então, seria tanto salutar como uma necessidade urgente. Em 1933 a Grande Comissão Nacional de Redivisão Territorial e Localização da Capital, presidida por Teixeira de Freitas, recomendou a ratificação do disposto na Constituição de 1891, com a consequência de na Constituição de 1934 a transferência ser outra vez determinada oficialmente. Contudo, Getúlio Vargas não fez qualquer movimento para implementação das leis, e a Constituição do Estado Novo, outorgada em 1937, silenciou sobre o tema.
Ao final do Estado Novo a eclosão de inúmeras greves de trabalhadores, entre outras forças em movimento que foram vistas como ameaças à ordem pública e por isso prejudiciais a um governo tranquilo, acabaram por induzir os parlamentares à ideia de que a grande metrópole do Rio de Janeiro não mais servia como sede do poder federal, e retomou-se o projeto de mudança em meio a um grande debate que opunha aqueles que viam o projeto como um dispêndio desnecessário de recursos contra os que entendiam a mudança necessária como parte de uma nova geopolítica. A opinião favorável à mudança ganhou facilmente a disputa e formou-se um novo consenso, refletido na Constituição de 1946. Seu artigo 4º das Disposições Transitórias, rezando que "A Capital da União será transferida para o planalto central do Pais", e o seu primeiro parágrafo, obrigando a formação de uma comissão no prazo de sessenta dias para levar adiante os trabalhos técnicos, impuseram ao presidente Gaspar Dutra a criação de um grupo para definir a localização da cidade. Liderada pelo general Djalma Poli Coelho, esta nova comissão entregou um relatório em 1948, examinado pelo Congresso no ano seguinte. Mas o parecer do relator, o deputado Eunápio de Queirós, indicou um local fora do Planalto Central. Nova comissão foi formada em 1953 por ordem de Getúlio Vargas, e, contando com o auxílio da empresa de levantamento aéreo Donald Belcher & Associates Inc., dos Estados Unidos, foi elaborado um documento técnico indicando cinco pontos favoráveis dentro do Retângulo Cruls. No ano seguinte, já no governo de Café Filho, a comissão escolheu o Sítio Castanho como o local definitivo, delimitando uma área de 5850 km² entre os rios Preto e Descoberto e os paralelos 15º30'S e 16º03'S. O marechal José Pessoa, chefe da comissão, sugeriu então, como nome da cidade, Vera Cruz. No final de 1955 começaram as desapropriações necessárias para a ocupação da área
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awtelecom · 4 years ago
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Darknet, dark web, deep web e surface web – qual é a diferença?
Você sabe o que é “deep web”? O que o termo evoca em sua mente? Um lugar para hackers divinos onde meros mortais deveriam ter medo de pisar? Um covil de maldade? Nesse caso, pode ser uma surpresa que você use a deep web todos os dias.
Na verdade, embora o termo deep web seja fácil de confundir com dark web e darknet – e estranhamente, o documentário Deep Web era na verdade sobre a dark web – acreditamos que vale a pena desemaranhar o tópico.
Deep web e surface web
Na Internet, esses espaços públicos são conhecidos como surface web. São as páginas e aplicativos da Web, entre outros elementos online que os bots de pesquisa – análogos digitais das câmeras dos cartógrafos – podem indexar. Eles podem conter documentos, arquivos de mídia e muito mais. Qualquer pessoa pode encontrá-los usando um mecanismo de busca e visualizá-los sem pagar, se registrar ou instalar um software especial.
Além das áreas públicas, as cidades têm zonas privadas que exigem uma identificação, ingresso ou convite para acesso. Isso inclui residências, centros comerciais, clubes privados, cinemas e assim por diante. Normalmente, nenhum mapa disponível publicamente mostra o que está acontecendo dentro desses lugares.
A Web também é o lar de muitos cantos que o Google, Bing e outros não examinam. Coletivamente, esses lugares são conhecidos como deep web . E são basicamente todas as páginas da Internet que não podem ser pesquisadas e abertas por meios normais e os cartógrafos de robôs não podem indexá-las.
Se um site exigir que você insira um CAPTCHA para acesso, um bot de pesquisa não será capaz de aprender muito sobre seu conteúdo – o objetivo de um CAPTCHA é eliminar os bots, afinal. Se um artigo está disponível apenas por assinatura, um bot não pode abrir e indexar este artigo porque os bots não têm contas ou dinheiro para pagar a taxa. A leitura de um documento requer uma senha? Novamente, não é para um bot: ele não conhece senhas.
Se algo não pode ser encontrado, mesmo que possa ser aberto, então também pertence à deep web. Se você configurar o Facebook para ocultar seu perfil dos mecanismos de pesquisa, por exemplo, mesmo que um bot o encontre, terá de ignorá-lo. Um mecanismo de busca também não pode processar o conteúdo que uma página da web gera apenas quando a página é aberta e isso varia dependendo de quem a abre. Por exemplo, para visualizar ofertas personalizadas, você precisa ser um usuário com certos hábitos digitais.
Finalmente, o termo deep web também se refere a todo o conteúdo para o qual não existem links da web visíveis ou de superfície. Um robô de pesquisa simplesmente não sabe que esse conteúdo existe; ele encontra novas páginas seguindo os links das páginas já indexadas. Assim como um carro do Google Street View não pode entrar em um pátio privado, os robôs de pesquisa não podem encontrar conteúdo desvinculado.
Como você pode ver, a maior parte da deep web é composta de páginas e documentos inofensivos e até úteis que a maioria de nós usa. Não há nada de errado em estarem fora dos limites para estranhos. Muito pelo contrário.
Dark web e darknets
Tanto na cidade quanto na internet, a privacidade é buscada não apenas por cidadãos íntegros, mas também por aqueles que procuram ocultar suas atividades não totalmente legais. No mundo físico, pensamos que os negócios sombrios acontecem em favelas e antros criminosos – locais selecionados por sua falta de tráfego de pedestres e que não são marcados em mapas públicos. Os endereços e paradeiros de cada covil são conhecidos por um círculo limitado de indivíduos, embora muitos saibam que existem em algum lugar.
Isso é aproximadamente como darknets operam — são redes de acesso restrito usadas principalmente para atividades questionáveis. Os nós de cada darknet individual (servidores, computadores, roteadores) são invisíveis não apenas para os mecanismos de pesquisa, mas também para a maioria dos navegadores porque usam protocolos não padronizados para transferir dados. Nem um link direto nem uma senha permitem que um usuário comum entre.
Juntos, os darknets formam a dark web – geralmente considerada um paraíso para personagens mal-intencionados, como traficantes de drogas, traficantes de armas, golpistas e vendedores de dados roubados. Muitas pessoas sabem que a dark web existe, mas poucos sabem como chegar lá.
Claro, hackers e criminosos não são as únicas pessoas que precisam de sigilo. Dissidentes, ativistas da liberdade de expressão, denunciantes ajudando jornalistas investigativos e muito mais pessoas usam a dark web para escapar da perseguição e se comunicar anonimamente online. Algumas pessoas vão lá para se proteger da coleta de dados online. Existem ferramentas seguras e acessíveis para esse propósito, mas alguns preferem uma abordagem mais radical.
Todos os níveis de segurança na Internet
Não é ruim que os dados sejam enterrados profundamente, invisíveis para aqueles a quem não se destinam. Se, por exemplo, a correspondência corporativa for encontrada em um índice de pesquisa, as consequências podem ser infelizes. É melhor proteger sua parte das profundezas – contas e documentos aos quais só você tem acesso.
• Sempre use senhas fortes e exclusivas. E se você tiver muitas contas para lembrar de todas, use um gerenciador de senhas para ajudá-lo a mantê-las sob controle.
• Sempre confirme se você está exatamente onde deseja antes de inserir suas credenciais online. Por exemplo, se a URL está incorreta ou parece uma confusão sem sentido de letras e números, a página não é confiável.
• Dê acesso a documentos confidenciais apenas para quem realmente precisa deles.
• Evite a dark web, a menos que você se sinta completamente confortável em diferenciar um fórum para ativistas de direitos humanos e outro para hackers.
• Use uma solução de segurança confiável que o manterá longe de problemas onde quer que esteja online.
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shark-espeare · 4 years ago
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O mapa de sal e estrelas - Zayn Joukhadar
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Nota: 4
Tempo de leitura: 25 dias (357 páginas)
O livro conta a história de Nur, sua mãe e irmãs que, após a morte do patriarca em Nova York, retornam a Síria para ficar mais perto da família. A mãe, cartógrafa, recebe ajuda de Abu Said - um velho amigo da família e professor universitário - para vender seus mapas em Homs e cuidar das filhas. Em meio a essa adaptação pós retorno ao Oriente Médio, estoura a guerra na Síria entre o governo, rebeldes e o Estado Islâmico. O livro então acompanha a jornada da família, após o bairro onde moravam ser bombardeado, em busca da segurança.
Ao mesmo tempo o autor narra a lenda de Rawiya, uma menina que viveu na região do Ceuta no século X e se disfarçou como um rapaz para seguir o cartógrafo al-Idrisi em suas aventuras pelo mundo. Como Rami, os dois embarcam em uma viagem pelo Oriente Médio para, a pedido do Rei Rogério da Sicília, terminar de montar o mapa mais completo do mundo. O trajeto que a expedição de al-Idrisi faz é o mesmo que Nur e sua família fazem para fugir da guerra, e os paralelos entre Nur e Rawiya não param por aí, já que as personalidades das duas são muito parecidas.
A primeira crítica que eu tenho a esse livro é o uso excessivo da linguagem poética. A protagonista, Nur, tem sinestesia (ela "enxerga" sons) então o livro usa muito dessas descrições, e apesar de ser interessante e as vezes deixar algumas cenas mais interessantes, o autor abusa o recurso e fica um pouco cansativo. Além disso, o autor - apesar de ter origem síria - é americano e não me desce bem que ele tenha explorado essa história sem ter vivido (não que eu ache que todos autores devam escrever exclusivamente sobre suas experiências pessoais, mas nesse caso me tira um pouco o gosto pela história).
Eu tenho um preconceito pessoal contra autores homens que escrevem do ponto de vista de personagens mulheres. De novo, isso é bem pessoal e não estraga completamente minha experiência de leitura, mas eu crio um pequeno ranço com esse tipo de coisa. Por fim, a crítica mais importante: o livro se chama O mapa de sal e estrelas, a mãe da protagonista é cartógrafa, o mentor da outra protagonista é cartógrafo, mapas são uma parte central da história e não tem UM mapa no livro. UM. Uno. Nada. E assim, mesmo que a gente ignore que um mapa ajudaria na compreensão do livro para quem não é familiarizado com a geografia do Oriente Médio, como que ninguém falou "nossa, talvez deixe a edição mais legal"???? Eu não aceito isso.
Concluindo: o livro é bom, a história é interessante, bonita, emocionante e te prende. É um livro fácil de ler, que tem uma temática importante e nos leva junto em um trajeto que foi percorrido por milhares de refugiados e nos ajuda a entender um pouco o que eles passaram. Não é o tipo de livro que muda a sua vida, ou que vá causar um impacto na sua visão de mundo, mas é agradável de ler e a história é boa! Além disso eu preciso elogiar a diagramação que foi perfeita, de escolha da fonte até as divisórias das partes, está irretocável.
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