#vou jantar e quando voltar eu posto
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⋆ ⠀⠀✶ 𝐭𝐡𝐢𝐬 𝐢𝐬 𝐰𝐡𝐚𝐭 𝐭𝐡𝐞 𝐧𝐢𝐠𝐡𝐭 𝐢𝐬 𝐟𝐨𝐫⠀⠀(⠀⠀evento 001⠀⠀―⠀⠀starter call
escolha uma das seguintes sentenças + um dos personagens ( @cadeyrnzy ou @theresevb ) para um starter individual.
🥂 : 𝐤𝐢𝐰𝐢, 𝐡𝐚𝐫𝐫𝐲 𝐬𝐭𝐲𝐥𝐞𝐬 .
as sentenças da lista ( one, two ) envolvem situações de diversas. ilimitado (06/10);
💋 : 𝐢 𝐥𝐢𝐤𝐞 𝐭𝐡𝐞 𝐰𝐚𝐲 𝐲𝐨𝐮 𝐤𝐢𝐬𝐬 𝐦𝐞, 𝐚𝐫𝐭𝐞𝐦𝐚𝐬 .
𝐚𝐥𝐞𝐫𝐭𝐚. as sentenças das listas ( one , two ) envolvem situações de beijos / flertes (potencialmente nsfw). aberto para 3 starters para cada personagem ( cadeyrn 01/03, thérèse 01/03 );
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Note
Se vc quiser só🫶🏽 mas caso queira, hj eu passei por uma situação bem desconfortável onde um cara deu em cima de mim e me deixou incomodada pra kct, até tive crise de ansiedade... Sei que é cringe, mas adoraria ver como o chishiya me consolaria nessa situação 👉🏽👈🏽
OI meu bem, sinto muito pelo o que aconteceu, espero que esteja melhor, fiz o imagine e espero que goste. ❤️
Estou aqui com você
Titulo: Estou aqui com você
Avisos: Relato de assedio sexual, se for gatilho não recomendo a leitura!
Sinopse: Na qual o Chishiya te consola após você ser assediada ao voltar para casa.
Cont. de palavras: 2.120k
O sol já se tinha posto, quando Chishiya chegou a casa do trabalho. Ele sentiu que algo estava errado assim que entrou em casa. Você, era normalmente a primeira a recebê-lo à porta, com o seu sorriso brilhante a iluminar a casa. Mas nesta noite, Você não estava ali. Ele andou ate o sofá e te encontrou sentada no canto, a sua linguagem corporal estranha, mistura de tensão e derrota. Você não respondeu quando ele te cumprimentou, havia muita coisa em sua cabeça e o silêncio que se seguiu foi ensurdecedor. Algo estava claramente errado, e Chishiya não pôde deixar de sentir um nó no estômago.
Ele Tentou continuar com a sua rotina noturna, tomou banho, trocou de roupa e voltou ao sofá não te encontrando mais ali. Teria ele feito alguma coisa para te deixar chateada? Será que não tinha lhe dado atenção suficiente ultimamente? Não conseguia afastar a sensação de que, de alguma forma, ele havia feito algo e a decepcionou.
Depois de mais ou menos uma hora tentando se distrair, ele criou coragem para ir falar com você. Bateu gentilmente na porta do quarto e esperou que você responder.
Quando não houve resposta, abriu um pouco a porta e olhou para dentro. A luz fraca do corredor lançou um brilho sobre o seu rosto, revelando as lágrimas que desciam silenciosamente pelas suas bochechas. O seu quarto, normalmente limpo e arrumado, estava bagunçado, com roupas e almofadas espalhadas pelo chão. Chishiya entrou lentamente e fechou a porta atrás de si.
- Eu fiz alguma coisa? O que aconteceu?-
Ele esperou um momento, esperando que você respondesse. Mas você permaneceu em silêncio, olhando fixamente para o chão. Sua expressão era de dor e exaustão. Chishiya sentou-se ao seu lado, evitando cuidadosamente qualquer contato físico, e pegou sua mão na dele.
-Estou aqui. Seja o que for, você pode me dizer. Eu prometo que vou te ouvir e tentar te ajudar.- Ele apertou a sua mão gentilmente, esperando transmitir sinceridade. Você não se afastou, mas também não respondeu com palavras.
Ele respirou fundo e tentou acalmar seus pensamentos.
Talvez você só precise de um tempo para processar o que quer que tenha acontecido. Ele não queria pressioná-la muito, mas também não queria que você se sentisse sozinha. Ele decidiu te dar um momento, esperando que eventualmente você se abrisse para ele.
Enquanto isso, ele se ocupou em fazer o jantar. Ele não queria deixá-la sozinha por muito tempo, mas também pensou que talvez a rotina pudesse ajudar a te trazer à normalidade. Ele preparou sua especialidade, macarrão à carbonara, sabendo que era uma das suas comidas favoritas. Ele arrumou a mesa com cuidado, acendendo velas e diminuindo as luzes para criar uma atmosfera aconchegante.
Quando terminou, ele bateu gentilmente na porta novamente.
-S/N, O jantar está pronto. Espero que você possa sair e comer comigo.- Não ouve resposta, mas ele ouviu uma leve fungado vindo de dentro do quarto. Ele esperou alguns momentos, dando o tempo que precisava.
Finalmente, ele ouviu a porta se abrir e os seus passos hesitantes quando saiu do quarto.
Você caminhou lentamente até a mesa, seus olhos ainda vermelhos de tanto chorar. Chishiya não pôde deixar de sentir um nó se formando em sua garganta ao te ver lutar para manter a compostura. Ele estendeu a mão e pegou na sua, levando até o lugar na mesa que ele cuidadosamente havia preparado para Você.
-Você não precisa falar se não quiser. Por mais que eu queira muito saber, porque esta doendo te ver assim, leve o tempo que precisar- ele disse suavemente. -Mas eu estou aqui para você, e eu quero ajudar. Então, se você quiser conversar, eu estou ouvindo.-
Chishiya se ocupou em servir o jantar, servindo duas taças de vinho tinto e colocando-as na mesa. Ele esperava que o vinho te ajudasse a relaxar e aliviar um pouco a tensão. Enquanto comiam, Vocês não falaram muito, mas o silêncio não parecia tão pesado agora. Havia um senso de compreensão, uma aceitação silenciosa de que estavam juntos nisso.
Depois que terminaram de comer, Chishiya limpou a mesa e começou a lavar a louça. Ele olhou para você, que estava sentada na ilha da cozinha, perdida em pensamentos. Ele queria ajudár mas não queria forçar. Ele sabia que você precisava de tempo para processar o que quer que tenha acontecido.
Ele decidiu mudar de assunto, tentando aliviar um pouco o clima.
-Então, ouvi dizer que você e seus amigos iriam ver aquele filme novo hoje à noite. Vocês acabaram indo?-
Você olhou para ele, um pequeno sorriso brincando nos cantos dos lábios. -Não, tivemos que cancelar. Eu estava realmente ansiosa por isso.- você parou por um segundo e continuou. -É só que... tudo tem sido tão estressante ultimamente. Faculdade, trabalho... eu preciso de uma pausa, sabe?-
Chishiya assentiu em compreensão. -Eu sei como é. Às vezes a vida simplesmente pesa em você, e é difícil acompanhar.- Ele desligou a água e secou as mãos em uma toalha antes de caminhar até você.
- Sei que as coisas têm sido difíceis ultimamente, mas vamos superar isso juntos. Você é forte e me tem ao seu lado.- Ele respirou fundo, tentando manter suas emoções sob controle. -E se precisar de uma pausa de tudo, pode sempre parar. Vou garantir que tenha tempo para relaxar e recarregar as energias. Eu me importo com você, mais do que você pode imaginar. Também posso dar uma pausa no hospital se precisar de mim.-
Os seus olhos encontraram os dele e, por um momento, ele pensou ter visto um lampejo de esperança.
-Obrigada, Chi- Você fez uma pausa e sorriu levemente. -Acho... acho que vou aceitar sua oferta. Talvez possamos ir ver aquele filme juntos algum dia, quando as coisas se acalmarem um pouco.-
Chishiya retribuiu o sorriso, sentindo uma onda de alívio tomar conta dele. -Eu gostaria disso.- Ele passou um braço em volta dos seus ombros, puxando-a para perto, e beijou o topo de sua cabeça.
-Agora, você vai me contar o que aconteceu?- ele perguntou preocupado olhando nos seus olhos.
você suspirou, relembrando.
-Eu estava voltando do ponto de ônibus para casa e um Homem começou a me seguir. Ele me olhava estranho... de um jeito que me deixou desconfortável e Ele começou a dizer coisas- você falou com a voz tremula e fez uma pausa olhando para o chão. -fazendo comentários sobre meu corpo, perguntando se eu queria ir a algum lugar com ele. Tentei ignorá-lo no começo, mas então ele começou a se aproximar, e eu fiquei com muito medo.- uma lágrima caiu de seus olhos.
Chishiya te abraçou forte, querendo nada mais do que protegê-la do mal.
-Onde foi isso? Você viu mais alguém por perto?- ele perguntou, sua voz severa e defensiva.
-A algumas quadras- você disse, fungando. -E havia algumas pessoas perto, mas não perto o suficiente para ver o que estava acontecendo. Eu queria ter gritado, mas eu estava com muito medo.- Você fez uma pausa, enxugando outra lágrima. -Ele continuou me seguindo, mesmo quando eu tentei andar mais rápido. Eu só queria chegar em casa.-
O coração de Chishiya doeu enquanto você falava. Ele desejou poder estar lá para protegê-la, para garantir que nada assim acontecesse com você. Ele não queria nada mais do que fazê-la se sentir segura e amada.
-Sinto muito que isso tenha acontecido com você, Amor. Eu queria poder estar lá e arrebentar ele- ele disse, a voz cheia de emoção. -Mas você está segura agora. Você está comigo, e eu nunca vou deixar ninguém te machucar.- Ele beijou o topo da sua cabeça, tentando transmitir seu amor e apoio através do abraço.
Chishiya considerou as opções cuidadosamente. Ele não queria te alarmar ainda mais, mas também queria ter certeza de que estava protegida. -Você quer registrar um boletim de ocorrência? Ou talvez falar com alguém no hospital sobre isso? Têm psicólogos e grupos de apoio que podem ajudar você a lidar com esses sentimentos.-
Você respirou fundo, enxugando o rosto. -Não sei... Estou tão cansada disso acontecer comigo. Não quero mais ter medo de andar pela rua.- Você olhou para ele, esperançosa. -Mas me sinto mais segura com você aqui.-
Chishiya assentiu, entendendo seus sentimentos muito bem. -Vou garantir que você nunca mais tenha que se preocupar com isso.- Ele se inclinou, beijando-a gentilmente nos lábios. -E se você precisar que eu vá com você a algum lugar, é só me dizer. Estarei lá.-
-Talvez eu pudesse ficar com você por um tempo. Eu me sentiria muito mais segura assim- Você disse, inclinando a cabeça no ombro dele.
Chishiya assentiu em concordância. -Claro. Você pode ficar o tempo que precisar. Podemos assistir aqueles filmes de romance que você gosta e eu odeio- ele disse, abrindo um sorrisinho. ��- Comer comida japonesa e o que você quiser fazer. Eu só quero que você se sinta bem e feliz.-
Com o passar dos dias, Chishiya fez questão de ficar de olho em Você, mas você nunca mais pareceu ter problemas com o homem que te assediou e logo conseguiu retornar à sua rotina normal. No entanto, Chishiya percebeu que você ainda estava abalada pela experiência.
Uma noite, enquanto estavam sentados no sofá assistindo a um filme, Você se virou para ele.
-Quero falar sobre uma coisa.- Chishiya largou a pipoca e te deu toda a sua atenção.
-Eu estive pensando naquele homem... e em todas as outras vezes que isso aconteceu comigo.-
-O que você quer fazer?- ele pergunta, pegando as mãos nas dele. Ele os aperta gentilmente, tentando transmitir seu apoio.
Você olha para ele, seus olhos cheios de determinação. -Eu quero me defender. Eu quero denunciar e garantir que ele não assedie mais ninguém.-
Chishiya assentiu, entendendo seu desejo por justiça. -Essa é uma boa ideia. Eu posso te ajudar com isso, se você quiser. Podemos ir à polícia juntos e registrar um boletim de ocorrência.-
No dia seguinte, Vocês foram juntos à delegacia. Foi uma experiência estressante para ambos, mas você sentiu uma sensação de poder ao contar sua história ao policial. Chishiya estava lá para dar apoio, segurando sua mão quando precisava. Depois de registrar o boletim de ocorrência, foram ao hospital para falar com um psicólogo. Você conseguiu expressar seus medos e emoções em um ambiente seguro e de apoio, e o psicólogo te deu algumas estratégias de enfrentamento para ajudar a se sentir mais no controle.
Enquanto Você estava falando com o psicólogo, Chishiya atendia os pacientes dele, sempre passando pelo setor para ver se você estava bem. Quando você saiu, ele te esperava no lado de fora.
-Querido, o que você está fazendo aqui? você não deveria estar cuidando dos seus pacientes?'- Pergunta, preocupada.
Chishiya sorriu. -Eles estão todos bem. Eu só queria ter certeza de que você estava bem. Eu sei o quão difícil deve ter sido para você, falar sobre tudo.- Ele pegou a sua mão, apertando-a gentilmente. -Mas você foi incrível. Estou tão orgulhoso de você por se defender e falar.-
- Obrigada, Chi, Você não vai voltar ao trabalho?- Você perguntou, vendo ele segura seu jaleco no ombro.
Chishiya riu baixinho.
-Não, na verdade eu tinha um compromisso esta tarde, mas eu cancelei. Eu quero estar do seu lado hoje.- Ele se inclinou para mais perto, seu olhar encontrando os seus. -Eu quero estar aqui por você. Eu quero ter certeza de que você está bem. Eu te amo, e eu não vou a lugar nenhum.- Você ficou surpresa, sabendo que normalmente Chishiya não era romântico e não demonstrava seus sentimentos, apesar de sentir.
Enquanto caminhavam pelo parque, de mãos dadas, Chishiya se maravilhou com o quão mais forte você demonstrava estar. Você não era mais a garota tímida e retraída que ele conheceu, mas uma mulher confiante e determinada. Ele não conseguia deixar de sentir uma onda de orgulho em seu peito sempre que te olhava.
-Então- ele disse, tentando soar casual enquanto paravam perto de uma fonte -o que você gostaria de fazer hoje?-
Você sorriu para ele, a luz do sol refletindo nos reflexos dourados em seu cabelo. -Bem- disse, inclinando a cabeça para o lado, -eu estava pensando em relaxar em casa. Apenas aproveitar a companhia um do outro.- Seus olhos brilharam com travessura. -Ou- você acrescentou.
-poderíamos tentar aquele novo jogo de tabuleiro que está na minha lista de desejos há meses.-
Chishiya levantou uma sobrancelha, divertido. -Você está determinada a me fazer jogar esse jogo, não é?- Ele provocou. -Tudo bem, se você insiste. Mas saiba que você vai perder, sabe que sou competitivo.- Vocês compartilharam uma risada e ficarem em silêncio, simplesmente aproveitando a paz do parque.
Enquanto voltavam para o carro, Chishiya não pôde deixar de se sentir grato por este dia. Tinha sido uma estrada longa e difícil para Você, e ele estava orgulhoso de quão longe havia chegado. Ele sabia que ainda haveria desafios pela frente, mas se sentia mais confiante do que nunca de que poderiam enfrentá-los juntos.
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CAP.55 E A VIAGEM CHEGA AO FIM...
Chahrazad e Chahriar acordaram já com o sol entrando pela janela do posto da Guarda Florestal. Ele a cumprimentou com um beijo de bom dia e se levantaram do sofá. Ambos estavam doloridos por terem dormido naquele sofá velho e se alongaram para ver se a dor diminuía. Além disso, estavam famintos.
Sem demora, saíram em direção à cabana onde estavam hospedados. Não podiam mais se demorar, pois Yazan e Madiha deviam estar aflitos de preocupação. A caminhada foi longa, e para passar o tempo mais rápido, vieram conversando.
Assim que chegaram próximos à cabana, pararam e se beijaram novamente (afinal, não poderiam fazer isso na frente dos pais dela).
Entraram na cabana e encontraram Madiha e Yazan já de pé, esperando por eles na sala.
"Filha! Chahriar! Vocês estão bem! Que alívio!" - disse Madiha assim que abriram a porta.
"Ficamos muito preocupados quando percebemos que uma nevasca tinha começado... ainda bem que nos avisaram que conseguiram abrigo, ficamos mais tranquilos." - completou Yazan.
Madiha e Yazan envolveram Chahrazad num longo abraço, cheio de alívio por sua menina estar sã e salva.
Madiha pôs o café da manhã na mesa e comeram todos juntos.
Yazan retirou a louça suja da mesa, ajudado por Chahrazad. Ela começou a lavar a louça enquanto Yazan conversava com Chahriar e Madiha na sala. Chahriar contava os detalhes do passeio que fizeram e que ficaram surpresos pela mudança repentina do tempo.
"Precisamos de mais lenha, vou buscar mais na floresta." - disse Yazan.
"Eu te acompanho, meu amigo." - Chahriar se ofereceu.
E assim saíram juntos para cortar madeira.
"Ammi, vou me deitar um pouco, não consegui dormir direito pois o sofá da posto da Guarda Florestal era muito desconfortável." - avisa Chahri.
"Tudo bem, filha, vá descansar. Vou tricotar um pouco." - disse Madiha, indo buscar a sacola de apetrechos de tricô que estava no quarto.
Retornou com a sacola para a sala e sentou-se no sofá para começar a trabalhar.
Chahrazad subiu as escadas em direção ao quarto. Não quis nem trocar de roupa e deitou-se. Mesmo exausta, não conseguiu dormir logo em seguida.
As lembranças da noite anterior inundavam seu pensamento, e ela desejava imensamente repetir para poder sentir tudo o que sentiu novamente. Mas infelizmente, não conseguiriam ficar sozinhos novamente tão cedo...
Os dias que se seguiram foram bastante ensolarados e até um pouco quente demais para a estação. Tanto que a neve começou a ceder um pouco.
A família então aproveitou um dia em que a neve quase já não cobria o chão e marcaram de se assar marshmallow na fogueira após o jantar.
Mesmo sem a neve e a fogueira acesa, o ar estava muito gelado e Madiha começou a tremer de frio.
"Mera jahan, você está tremendo! Sente-se aqui no meio que eu te aqueço..." - ofereceu Yazan. Prontamente, Madiha mudou de lugar.
"E você, está com frio?" - pergunta Chahriar a Chahri. "Um pouco..." - responde ela. Prontamente ele a abraça e lhe dá um beijo na testa.
Naquela mesma noite, voltou a nevar e bem forte. Ainda bem que conseguiram aproveitar enquanto a neve estava baixa.
E chegou o último dia de estadia na cabana. Fizeram uma pequena arrumação na cabana e colocaram as coisas de volta nas malas. Fizeram uma última refeição na cabana para aproveitar um pouco mais o local. Após limparem a louça, saíram para colocar as malas no carro.
Assim que terminaram de por as malas no bagageiro, todos tomaram seus lugares no carro e seguiram viagem de volta a San Myshuno.
Como todo bom viciado em trabalho, Yazan não via a hora de voltar a trabalhar e enchia os ouvidos de Chahriar com as coisas engraçadas que aconteciam no fórum. Chari, mal entrou no carro e já pegou no sono. Madiha a puxou para perto e apoiou a cabeça dela no seu ombro.
A viagem foi tranquila e logo chegaram em casa.
ReShade preset Saule @intramoon
Poses @joannebernice, @simmerberlin, @starrysimsie, @sws-pose, @shysimblr, @akuiyumi, @beverlyallitsims
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Por cinco razões
Por cinco motivos, Gabriel é ou foi feliz. Por elas, eu existo. Por cinco diferentes – e conectados motivos, eu posso acreditar na felicidade. E, sem mais delongas, sem nenhuma ordem particular (somente a última, que é a mais importante delas), essas são elas:
AMIGOS
Se tem uma coisa que eu me orgulho e me alegro muito, são os irmãos, a família complementar que a vida me deu. Se eu te digo que eu tive tudo, absolutamente tudo na vida, isso significa dizer que eu tive comigo as melhores pessoas do universo para estarem comigo. Coisa de conexão espiritual, de vida passada ou de motivos que ninguém nunca vai entender. Vamos lá, eu não nasci ontem e eu também não sou (tão) bobinho assim. Eu sei diferenciar os níveis de cada tipo de relacionamento: sei o que é um conhecido, uma conversa mais delonga com alguém mais presente, um colega que até pode morar contigo e um verdadeiro amigo. E amigo esse que tem uma relação de poder, que salva, que cria, que muda, que dá razão, que incomoda, que nos preocupa... e muito mais. Talvez esses fiquem contados na sua mão. Eu tenho esses. E porque eu me encho de orgulho, eu vou materializar aqui: GUILHERME, MARCOS, LANGS, EDUARDO, LAYLA. Esses cinco estiveram comigo nos melhores e piores momentos e meu amor por eles é a minha força de vida. Acrescento ainda amigos que eu conheci na américa, que são a minha família nos Estados Unidos: DANIEL RAMIREZ e DANIEL MCKERNAN.
LAYLA
Essa pessoinha, que já foi mencionada acima, merece um destaque sim: como um dos cinco motivos de eu ser feliz. Ela vai ganhar ainda um outro posto: a mulher da minha vida que talvez tenha vindo nesta em forma de melhor amiga. Quando a Layla aterrissou, mexeu com tudo e com todos. Provocou incômodo e ódio em amigos e família. E o mais legal é que ela não estava nem aí. Ela nunca quis, na minha opinião, provocar nenhum reboliço. Mas as pessoas ao meu redor não estavam acostumadas a ver o que é tão normal por aí: viver. Layla me ensinou que a vida aqui fora é real e que todo mundo tem direito a fazer parte dela. Não é dada demais, ela só mencionou coisas que existiam, me contou como funcionava e por último me deu o convite: você quer? Eu disse, pela primeira vez, sim. Saí do meu mundinho religioso, da minha casa numa região afastada e fui para o Centro. Segurou a minha mão trêmula ao beijar o primeiro menino, me ensinou a gostar da noite, me levou a lugares da minha cidade que eu só via pela televisão e se chocou com o momento que eu segurei a mão dela: “eu sempre segurei na mão das pessoas, mas ninguém nunca segurou a minha”. A gente ria da nossa falta de dinheiro, fazia festa surpresa um para o outro. Estava de boa pegar os boys, mas ficava puta quando eu fazia nova amizade feminina ou quando virava namoro – tudo sobre a atenção que ela ia ter. Superamos a maior crise da nossa amizade, “eu estou apaixonada por você” e ficamos ainda mais fortes. Nos formamos, dançamos nas nossas formaturas como príncipe e princesa, tivemos que dar folheto na rua para fazer grana, choramos quando o outro sofria, cuidamos um do outro e NUNCA, nunca julgamos a nós mesmos. Criamos nossa própria forma de chamar um ao outro, a forma mais fofa do mundo – vale ressaltar. Dia 23 de outubro de 2018, 1:01am da manhã: “Meiju [...] tô sentindo mais dorzinha” meu mundo parou, meu coração disparou e as lágrimas vieram com força: estava nascendo sua filha, Giovanna Nunes Erlacker Drago, minha princesa e afilhada. Quando eu disse que, se eu contasse o que eu tenho feito para ela (na minha vida atual), ela poderia se decepcionar, Layla respondeu “eu acredito em você e sei que você é forte pra superar qualquer coisa, Meiju”. Com alegria eu digo para todos, Layla Caroline é, sem dúvida alguma, uma grande razão de ser eu feliz.
FAMÍLIA
Tem sido um ano muito difícil de aguentar, não adianta a gente fingir que não é. E quando a gente pensa em uma temporada sendo difícil, a gente sempre pensa que é um tempo sem dinheiro. E tem muito sentido nisso. Porque tudo que a nossa família teve de menos ou não teve muito, foi o equilíbrio financeiro. E isso sempre foi nosso único grande problema. A nossa união, nosso amor sempre foi tão forte e poderoso – como toda família, sempre tivemos problemas, mas família nunca foi uma grande dor de cabeça trazendo crises – que a gente nunca precisou ficar muito preocupado. Saúde no lugar, as vezes aquele corre no médico, ou algum parente que se vai, mas basicamente por velhice. Amigos, cada membro tem o seu grupo e todos estamos socialmente satisfeitos – fofoca sobre uma traição ou alguém criando picuinha é mais normal que a certeza de que o sol vai brilhar amanhã. E não tem nada de anormal nisso. É até diversão para um almoço em grupo: algo para se conversar sobre. Então sim, para nós, prosperidade financeira é o nosso ponto problemático que nos tira sorriso, noites sem dormir por contas, nomes em risco, consequências de perder coisas que valorizamos demais e nos foi tão doído de obter. Sacrifícios de ter que escolher quem vai comer a melhor parte do jantar ou qual conta pagar ou quem esse ano não vai ter a melhor roupa. Acredite, não é o só uma questão material, não é. E eu me coloco no lugar dos meus responsáveis. Da minha mãe, da minha avó e nada me dói mais do que pensar em tudo que elas tiveram que passar. Sacrifício é uma palavra muito forte entre nós. E com todos os problemas, eu tenho a melhor família do mundo. E, com orgulho, ela é uma razão de eu ser feliz.
A MINHA CORAGEM
Não sou o cara que vai se elogiar por aí, não sou. Não tenho o costume de valorizar muito as minhas qualidades, mas esse é um puta motivo bom para eu ser feliz. A minha coragem é o brilho da minha vida. É a minha parte mais sã e a mais louca, devo admitir. Em concordância com a minha querida e amada psicóloga, sou extremamente impulsivo. Agora imagina você ser impulsivo assim e ainda ter coragem! Resultado: mudança para Atlanta quando as coisas começavam a se ajeitar em New York, 2 meses após minha mudança para os EUA. Mas, veja como as loucuras têm um fundo de positividade, foi péssimo viver em ATL por 4 meses? Foi terrível. Mas até hoje eu preciso estar visitando meus amigos por lá e umas das pessoas que mais eu gosto de estar junto, mora por lá. Agora, o que está no topo da balança? Os problemas vividos por lá ou as incríveis amizades que eu fiz? Faria de novo? Bem, a vida nos ensina certas coisas, confesso. Mas, se a pergunta é: você se arrepende? A minha clássica resposta: eu não conheço esse sentimento. Não tem absolutamente nada que eu me arrependo (isso também conta como coragem): se aconteceu era para aprender. Se errou, vamos consertar. Mas querer voltar atrás com o objetivo de refazer, nunca. Não há nada terrível que venha na nossa vida que não nos faça evoluir. E esse é um princípio básico da humanidade. A coragem nos faz voar, conquistar e avançar. Sem ela a vida é sem cor, sem histórias. Essa é a qualidade que vai te fazer sorrir e chorar ao lembrar do que você foi capaz de fazer no passado. Então sim, considerações finais (saudades monografia): a minha coragem é um poder dado por Deus como um dom que me enche de orgulho de possuir.
MADALENA ARAUJO DA SILVA, MANOEL ALVES DA SILVA
Como uma pessoinha muito presa ao passado, passo muito tempo da minha vida pensando sobre como seria ter vivido no século passado. O mundo sem tecnologia, as relações mais próximas, os primeiros jornais, a invenção da TV e a evolução dos meios de comunicação, o mundo vivendo épocas de luxo, de riqueza, da maior crise financeira, das maiores guerras, do início da globalização... e, em especial do dia 8 de agosto de 1931, dia do nascimento da rainha da minha vida. Se comparamos a criação do homem a uma receita de bolo, diria que Deus “deixou escapar” muito mais amor que o normal. Acrescentou ainda uma dose extra de sacrifício e coragem, inseriu no forno na data que representa o leão, e lhe deu o dom de espalhar entre as pessoas ao seu redor suas melhores essências. Essa é a minha maior inspiração, meu maior orgulho. Se hoje eu deixo minha marca onde quer que eu passe, se consigo mudar a vida de alguém, impactar um grupo, ser importante para algumas pessoas, isso tudo vem dessa fonte. Meus avós nunca me deram uma vida de poder, luxo, conforto. Mas meus avós emanaram a todo segundo o maior poder incompreensível pelo homem: o verdadeiro amor. Eles separaram a carne para eu comer, me fizeram compreender o sentido de viver, me deram propósitos e objetivos. Essa é a minha maior e eterna fonte de motivação.
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Nome completo: MOON YUNHEE Data de Nascimento: 28 de outubro de 1994 - 26 anos Local de Nascimento: Seul, Coréia do Sul Faceclaim: Kim Hyuna, solista User: @YH94MY Label: THE BROKEN BIRD Morador há quanto tempo? 3 ANOS Ocupação: Proprietária do The Busy Bean Personalidade: Desconfiada - Gentil Gangue: N/A
Biografia: Sonhos podem se tornar realidade [2012] Embora estivesse no ensino médio, Yunhee sempre arrumava tempo para tentar participar de testes para entrar em programas de descoberta musical. Também costumava cantar na rua duas ou três vezes por semana, munida de um violão, muita esperança e coragem. Muitos lhe diziam para abandonar seus sonhos e focar na possibilidades que reais de ter uma boa vida, mas mesmo com tamanha falta de apoio, ela nunca desistiu. Naquele quarta-feira, depois de um longo dia de aulas e de uma prova exaustiva, Yunhee suspirou de alívio quando finalmente pode se se sentar com o violão no colo e dedilhar os primeiros acordes. Estava tarde, quase passando das oito, e tão logo teria que voltar para casa, mas aproveitaria para espairecer enquanto estivesse fazendo o que amava. Aos poucos, conforme cantava, um pequeno aglomerado de pessoas se reuniu ao redor. Alguns deixavam uma moedas em cima da capa protetora do instrumentos, outros paravam para apreciar a música. Entre essas idas e vindas, uma mulher se juntou a singela multidão, observando a tudo com olhos de águia. Yunhee já a tinha visto algumas outras vezes, mas nunca deu muita atenção, pelo menos não até hoje. No fim da apresentação, juntou o dinheiro que ganhou e se preparou para ir embora, todavia, a mulher de cabelos curtos e sorriso sorrateiro se aproximou com um cartão na mão. — Você canta bem... Além disso, é muito bonita. — Ela disse, aliando Yunhee com extrema atenção. — Qual é a sua idade? Estranhando a pergunta, a Moon se afastou alguns passos e trouxe a tona sua melhor expressão de seriedade. — Ainda sou uma estudante, ajumma. Não estou interessada nesse tipo de coisa. — Já tinham lhe abordado outras vezes com promessas e oportunidades cheias de segundas intenções… Não seria enganada tão facilmente. — Oh, entendo. — Mostrando o cartão da empresa em que trabalhava, a mulher suspirou dramaticamente. — Sou uma olheira. Andei te observando nos últimos dias e finalmente consegui o aval do meu chefe para lhe abordar, mas parece que você não está a procura de uma carreira. — Se preparou para ir embora, sendo prontamente impedida pela voz hesitante de Yunhee. — Espera! — Ofereceu a mulher um sorriso simpático na tentativa de amenizar o clima tenso. — Está falando sério? — Eu pareço o tipo de pessoa que perde tempo com brincadeiras? — Questionou, arqueando as sobrancelhas. Yunhee negou com a cabeça. — Posso ficar com o cartão? A mulher assentiu, esboçando um ar de satisfação diante do interesse alheio. — Por que não vem conhecer a empresa? Estamos montando um grupo feminino de idols e estamos em busca da nossa última integrante. Caso seja do seu interesse, você pode nos mostrar do que é capaz e, quem sabe, impressionar o chefe. Um tanto quanto aturdida pela quantidade de informações ditas ali, Yunhee acabou apenas assentindo e pegando o cartão de visitas. Após confirmar que entraria em contato, foi deixada sozinha e totalmente dividida entre a desconfiança e o anseio de ir atrás dos seus sonhos. Assine o papel e encontre o caminho de arco-íris (2012) Não foi fácil convencer sua mãe a lhe levar na Stary Entertainment, mas após ajudar a cuidar dos irmãos, limpar a casa e também trabalhar na barraquinha de tteokbokki da família, não havia chances de ouvir um não. Foram juntas e Yunhee não podia estar mais ansiosa. Quando chegaram no endereço informado, não pode deixar de se surpreender com o lugar. Era bem decorado, de aspecto ainda mais elegante e chamativo do que nas fotos que viu na internet… Não fazia ideia de que uma empresa tão grande se interessaria por sua música e ter noção disso foi um motivo para se sentir orgulhosa do que fazia. Todavia, esse sentimento se esvaiu diante dos olhares que recebia a cada passo que dava. Estava usando suas melhores roupas, tinha sido maquiada pela tia e os cabelos nunca estiveram tão belos, contudo, ainda parecia insuficiente para o local em que se encontravam. Apesar disso, seguiu de cabeça erguida até o escritório onde a reunião foi marcada. Ao chegar lá, conheceu o CEO e conversou com ele e com a mulher daquela noite. Ela era responsável por encontrar talentos para a empresa e insistiu muito para que lhe dessem uma chance. Após conhecer o prédio, ver os estúdios e as salas de treinamento, voltaram a se sentar e dessa vez um contrato foi posto bem na sua frente. Tentou engolir a surpresa, mas não conseguiu… Quer dizer, era inesperado, muito inesperado. Sua mãe, que estava igualmente encantada, não pensou duas vezes antes de assinar a papelada. Naquele instante, pareceu bom demais, uma oportunidade incrível, todavia, não demoraria até que Yunhee descobrisse os contrariedades e o preço a se pagar por não ter lido as letras pequenas. O preço dos sonhos [2014] Após dois anos de treinamento intenso, finalmente estavam debutando. Tinha sido no dia anterior e foi perfeito... Desde as músicas, a coreografia e a identidade visual! Claro que não tinha tido a chance de usar suas próprias letras e composições, mas acabaram lhe prometendo que no futuro poderia trabalhar com seus projetos, então não existiam motivos para reclamar. — Ei! Você está errando os passos! Presta atenção, idiota. — A líder do grupo, que era também a primeira vocalista, berrou, crispando os lábios em desagrado. Yunhee engoliu a seco a ofensa, assim como fazia em todas as vezes. As garotas do grupo não eram receptivas ou mesmo educadas consigo, mas já estava acostumada aos distratos que sofria e preferia se manter calada em prol da realização de seu sonho. — Me desculpe. Vou fazer melhor. — Se curvou, voltando para a posição inicial. Percebeu que ela se aproximou, pronta para reclamar de mais alguma coisa, quando o manager passou pela porta com um grande sorriso no rosto. — Meninas, o treino está adiado. Vocês tem um jantar com os donos de uma marca muito importante, então precisam ir se arrumar. — Ele informou. — Temos roupas para vocês no andar de cima. Sejam rápidas. [...] Mais tarde, naquele mesmo dia, durante o jantar, Yunhee descobriu da pior maneira as consequências de escolher assinar o contrato. Enquanto chorava, seu manager ironizava as palavras que tinha dito e lhe mandava voltar a se sentar para não ofender senhores que tinham tanto interesse em fechar contrato com um grupo iniciante. A verdade é que dois deles tinham lhe tocado de forma indevida e assim que notou, se levantou e chamou o manager para conversar. Agora, após contar o que houve, estava ouvindo palavras grosseiras e rudes, além de, pela primeira, estar vendo de verdade os termos do contrato. Naquele instante, com o rosto marcado pelas lágrimas e pela maquiagem borrada, foi que descobriu que não seria somente uma idol. Em busca de um recomeço [2017] Finalmente estava livre. Após tantos anos fazendo um trabalho do qual não se orgulhava, sofrendo nas mãos de colegas de grupo abusivas e nunca podendo criar a própria música, era a hora de se reencontrar e de começar de novo, longe de tudo que lhe despertou amargura e sofrimento. Tinha feito fama e ganhado algum dinheiro para ajudar a família, mas a parte suja foi lhe corrompendo pouco a pouco. Nunca teve forças para contar a verdade para os pais e passou todos os últimos anos esperando ansiosamente o fim do contrato. Depois de assinar a papelada, fez as malas e deixou Seul, rumando para Busan onde pretendia se tornar dona de um estabelecimento voltado a música. Já tinha até mesmo escolhido onde seria e tinha ótimas ideias para começar a decorar o ambiente. Enfim, tudo o que sabia era que estava verdadeiramente pronta para recomeçar.
Trívia:
Sua cor favorita é preto.
Gosta muito de motos no geral.
Tem algumas tatuagens que fez nos últimos dois anos.
Já teve sérios problemas com a bebida.
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No post anterior falei de como eu sou diferente, eu gosto de assistir jogo de futebol, Vôlei... Dá para entender? Então, fui criada pelos meus avós paternos e era a única criança em casa. As pessoas que mais brincavam comigo era meu tio que tinha uns 22 anos e o meu avô, eu sempre estava com eles, então era assistir o jogo, pescar, andar a cavalo, falar de futebol, falar de futebol... sendo assim, recebi influência até na hora de escolher um time pra torcer, sou Flamengo, Mengão até morrer 💞
Não tinha jeito, era só assuntos considerados pela sociedade como masculinos. Com a essa convivência poderia até ter me tornado fria, como já falei por aqui vários vezes, sou um poço de romantismo.
Como tudo na vida tem uma explicação, para o meu jeito romântico de ser, diria até demasiado, a culpa é do meu tio R. Esse meu tio todos os dias, depois de chegar do trabalho e tomar banho, tocava violão antes de jantar... Nossa que saudade desses momentos, são as mais fortes e incríveis lembranças que tenho, as que não esqueci da minha infância e olha que devia ter uns 2 a 5 anos.
Então, Meu tio e seu show's caseiros de voz e violão explicam muita coisa, principalmente minha queda pelo sertanejo e o gênero romântico, como consequência, eu ser fã de cantores como Zezé Di Camargo e Luciano, Leandro e Leonardo, João Paulo e Daniel, Chitãozinho e Xororó entre outros dessa época. Eram as músicas que ele mais tocava... Meu Deus! 😱 eu sou velha, sou da época das fitas 🙈 bom para quem não conhece elas têm a mesma função dos quase já extintos CDs. E meu tio tinha duas gavetas cheias de fitas. Acho todos os sucessos dos cantores que já mencionei.
Ah gente, às vezes me surpreendia com meu tio, um dia chegou com uma fita dos Mamonas Assassinas, eu não sei se vocês sabem que é, mas foi uma banda de comediantes, suas músicas eram a maioria paródias engraçadas, chegaram no estrelado muito rápido e morreram todos no mesmo acidente de avião. Esse acidente chocou o Brasil todo.
Como disse antes, meu tio é tipo sério, não consigo, na verdade, imagina ele gostando de ouvir esse tipo de música. Sabe aquele tipo que você respeita muito? só uma olhada vale mais que uma surra? É esse 🤗 Mas eu o admiro muito💞 Nossa, é como ele se fosse meu pai. Uma forma de reafirmar a isso que eu escolhi para ser meu padrinho de batismo e paronifero quando me formei na faculdade.
Mas ele é o único mesmo, outra vez comprou de uma fita de uma banda de rock só porque ela tem o mesmo nome que ele "Raimundos". Ele nunca admitiu, mas eu tenho certeza que foi só por causa disso. Ele é bem Vaidoso, no bom sentido 🤗🤗 E também muito engraçado: Acreditam que ele dizia que no lugar onde morávamos não existia outras pessoas com o mesmo nome que ele? E só que eu conhecia tinha mais de 10 🤣🤣🤣 só ele mesmo.
Eu nunca disse, mas ele é um exemplo de homem que tenho na minha vida: Trabalhador, responsável, esforçado, determinado, Alegre, inteligente, talentoso, criativo, Guerreiro, sensato, corajoso, teimoso às vezes, rígido, modesto e vaidoso de vezes em quando, inocente algumas vezes. Em alguns momentos bravo, comunicativo, observador, crítico, cuidador...
Nossa... Tanta coisa... Tenho certeza que muito do que eu sou hoje devo a ele, devido o exemplo de convivência. A única reclamação que tenho é que eu queria exclusividade como afilhada, queria que só meu, mas eu o perdoou, tem um coração muito bom e não sabe dizer não... com isso perdi meu posto, mas tudo bem. Ah, também queria ser a única sobrinha, na verdade, não me importo em dividir somente com a Minha chatinha preferida (prima irmã), é que tenho ciúmes. Tanto que esses é um dos motivos de eu não ir tanto lá na casa dele (digo que é sempre pela falta de tempo, também é). Porém, deve-se mais ao medo de não controlar minha vontade de colocar Aquele monte de sobrinho postiços para correr e olha que eu coloco🤣🤣🤣 nem eu duvido de mim, melhor não pagar pra ver 🤗🤗
Uma música que sempre me lembra o tio é: 🎤🎶" era um garoto que como eu amava os Beatles e Rolling Stones virava o mundo mas acabou a Guerra do Vietnã cabelos longos mais dá mais nem toca Sua Guitarra..."🎶🎵🎧
Hoje analisando somos muitos diferentes, mas o amo muito, ele é minha referência. Como eu disse talvez Nunca direi o quanto o amo, por isso vou dar um jeito de Ele ler este humilde e Modesto texto, assim ele saberás que és muito importante para mim e também, já fica sabendo que se eu me casar um dia, me levarás até ao altar. Se eu conseguir falar que vou casar 🙈🤗 não é que eu tenha medo de falar, diria que é respeito misturado com timidez. Porém, não me arrisco dizer que Só casarei se ele me levar porque aí é medo ��� que eu tenho de dizer que não me levará... EU o acho ciumento, certamente irá dizer que é cuidado, não que ele não seja cuidadoso.
Lembro me que quando morava com ele, eu tinha 10 minutos antes da aula para sair de casa e exatamente 10 minutos para voltar da escola, contadinhos no relógio (será que é por isso que amo relógio 🤔).
Eu só saia com ele e minha madrinha (esposa dele). Não me deixava dançar na festa junina, eu tinha muita raiva disso, mas compensava participando de todos os ensaios 🙈😁😁 acho que ele não sabe disso, Desculpa tio... coisa de pré adolescentes, sabe como é 🙈😁😁
As meninas e meninos da minha idade namoravam, inclusive sempre fui cupido, já que eu não posso vou ajudar as pessoas a serem felizes 🤣💞
Eu namorar? Nem pensar, meu tio descobrisse nem conseguia imaginar o que ele faria. Até hoje tenho receio de perguntar o que ele teria feito kkkk. Nunca tive coragem de imaginar um dia pedir para meu tio que ele me deixasse namorar. Pode ser exagero, pode ser sim, mas eu sempre preferia não pagar pra ver, ou seja, meu lado medroso sempre vencia 🙈😁
Mas hoje, eu super entendo ele, só me deu a educação que recebeu da mãe dele, educação baseada no cuidado e na rigidez. Eu só tenho a agradecer, a todos (avós e tios) graças a essa criação, tenho juízo, analiso muito antes de tomar decisões na minha vida (As vezes até demais) e não fiz tanta besteira.
Geralmente as bronca que levei dele eram consequências de ter aprontado com minha madrinha, esposa dele. Ah tia, sobre a senhora falar em outro momento, mas eu quero adiantar aqui que eu gosto muito da senhora, és minha madrinha preferida, vou contar um segredo, eu não gosto da outra, só a aceitei para agradar a tia S. Me desculpe, as vezes que eu aprontei não era nada contra a senhora, era porque não queria que tio tivesse casado, nem arrumado namorada, parece que quando era solteiro ele tinha mais tempo para mim, então, era ciuminho coisa de criança, de pré adolescente 😉🤗
Obrigada tio por existir💞💞
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Acompanhante de Aluguel (Longfic 13/15)
Jeon Jungkook Autora: Agness Saints Gênero: Comédia, Romance Sinopse: Parecia piada, quatro anos de um relacionamento frustrante havia chegado ao fim, mas Haneul ainda te atrapalhava a vida. Se ele não tivesse arranjado um namoro relâmpago, você não precisaria demonstrar que está bem também, que não ficou para trás. Você não precisaria, principalmente, contratar aquele maldito acompanhante de aluguel.
Moreno. 1,80 de altura. Porte atlético. Bonito. Inteligente. Educado. Agradável. Sabe estabelecer uma conversa. Sem compromisso emocional, apenas financeiro. Valor sob consulta. Interessados: [51] 5782-4158
Esquece o “parecia”, a vida é mesmo uma piada pronta. Contagem de palavras: 11.576 Avisos: +16. A história faz parte da série puerlistae au. Parte: 1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 Playlist. | Playlist 2. | Playlist 3.
Tropeço nos últimos degraus. Meu corpo se perdendo no meio do caminho e indo de encontro à parede; o corrimão me acerta o quadril e minha bochecha se esmaga contra a superfície gelada. E por um instante, no meio tempo em que tranço meus pés e sofro as consequências, eu tenho um pensamento súbito e organizado. Ele é diferente de qualquer outro que tive até agora, até chegar aqui, porque ele é único no meio de uma imensidão bagunçada e angustiante demais.
Aonde é que eu vim parar?
Eu estaria mentindo se dissesse que nunca imaginei que as coisas chegariam a esse ponto. Porque pensei que fosse ser descoberta diversas vezes em diversos momentos. No aniversário de Eubin, no almoço com meus pais, no jogo de basquete, no jantar de negócios... Em várias situações eu consegui enxergar a verdade vindo à tona de um jeito sujo e imoral.
Mas eu não estaria mentindo se dissesse que nunca imaginei como. Nem que as coisas chegariam tão longe como chegaram. Tentando analisar a situação como um todo, mesmo que seja difícil agora, o caminho percorrido até aqui foi extenso demais para uma mentira curta demais.
Tudo o que eu nunca imaginei posto bem diante dos meus olhos.
Afasto-me da parede. Meu quadril doendo pelo impacto e minha bochecha ainda gelada pela superfície. O pensamento bem alinhado e de uma realidade cruel já não mais existe, ele se juntou aos outros tantos complicados, como fumaça branca em meio às nuvens. Em menos de dois segundos, volto a descer um novo lance de escada do dormitório feminino.
À medida que o caminho diminui, as luzes se acendem por sensores. A cada grupo de degraus que elimino, uma luz se acende pelo corredor. Não evito pensar em como isso é uma ironia esquisita, porque não me sinto iluminada; não me sinto clara, com pensamentos claros. O ambiente é frio e acendido, mas me sinto quente e no escuro.
É discordância pura.
Tento pensar outra vez de maneira coerente e objetiva, enquanto vejo meus pés se movimentarem em desespero e aflição. Tento também enxergar uma solução, uma saída. Mas nada, sou cheia de curvas. Minha lucidez veio e foi embora. Meu coração é uma bomba relógio no peito e meus ouvidos zonem de pavor, o maldito anúncio no fórum da faculdade é como um outdoor chamativo em frente a todos os pensamentos equilibrados que tento ter por agora. O post é de fevereiro e ainda constam os dizeres originais... O fundo azul claro, as letras garrafais em preto, duas curtidas e nenhum comentário. O nome de Jeon Jungkook encabeçando a postagem como o autor de toda aquela pequena imensidão.
Não deixa dúvida alguma sobre nada.
Inferno!
Sinto meu estômago se apertar consternado quando meus pés encontram o piso do térreo e meu cérebro encontra uma consequência extrema. Se eu não conseguir reverter essa situação, meus pais seriam capazes de me fazer voltar para casa? Meus dedos seguram com força meu celular contra o peito quando o pensamento me invade. Permaneço aqui, na divisa de cômodos, no fim da escada e no início do corredor principal. Sinto-me enjoada e fora da sequência. É como se o mundo estivesse perdido. Talvez ele esteja, não é?
Não sei exatamente o que fazer. Eu sou uma vastidão confusa, sou vulnerável, não sei o que é certo sentir. Sinto-me absurda, porque me tenho em meio a sentimentos demais. Não consigo enxergar o óbvio, não consigo enxergar de maneira unitária. Tudo vem como um emaranhado de angústia e frustração. E sei que me machuco de graça. Que vou e volto, me arranho duas vezes. Eu sei que existe uma solução bem pensada, uma solução prática e certa, mas não sou capaz de vê-la, pelo menos não agora. Eu sou tomada pelo desespero e pela urgência. Não tenho tempo, não posso esperar. Acabo caindo na questão... Poderia existir jeito certo de lidar com isso, afinal?
Como um choque, aperto o passo e contorno um grupo de garotas pelo corredor. Não entendo se corro ou ando rápido. Eu perdi completamente a noção dos meus movimentos, percebo isso quando meu corpo sofre um solavanco e meu quadril outra vez recebe um impacto não planejado; ele vai de encontro agora à catraca não liberada. Olho por um instante o metal em contato com o tecido do vestido e demoro um tempo para entender o que preciso fazer. No meio tempo em que pego minha carteirinha e a libero, meus joelhos enfraquecem e a única sensação que carrego comigo é de puro pânico.
Há um incomum tumulto no hall dos dormitórios que me deixa confusa por um tempo, mas que não me forço a tentar compreender agora. Caminho por ali, passos incertos, imprecisos. As solas dos meus tênis dificultando todo o processo por, volta e meia, trancar no piso frio e me fazer tropicar em meio ao caos. Desvio de estudantes e funcionários, ouço sobre o fim do semestre e sobre o início das férias. Penso em me prender em um pensamento fútil e singular, em um pensamento aleatório que me tire do que sinto só por um instante. Tento resgatar então o motivo do movimento, lutando para alcançar a obviedade na ponta da minha língua. Foi me dado todos os dados, mas não consigo interligá-los. Desvio de mais um grupo. De pessoas e de pensamentos extremos tentando me desvirtuar do entretenimento que tento ter. Vou e volto.
Paro.
No meio de todo o alvoroço — interno e externo —, eu enxergo Jungkook; de costas, próximo à saída.
Por uma fração pequenina de segundo, eu sou nada e, no instante seguinte, eu sou tudo.
Desisto facilmente de tentar qualquer coisa que tenha pensado em tentar. Porque sou pega desprevenida por não entender o que sinto de repente; vejo-me à flor da pele. Ainda mais do que antes. Meu peito trepida e eu sou soluços de coragem. Vou e volto. De novo. Abrupto. Sou ultrapassada pelo acontecimento, sentimentos e palavras. Caminho em círculos e mais círculos dentro da minha cabeça, não vejo alternativas óbvias. Sinto-me exposta mesmo que ninguém me veja, sou indefesa, magoável, derrotável. Não entendo o que acontece de verdade e mesmo que eu tente ir de pouco a pouco, tentando perceber aonde vim parar, eu me perco no meio do caminho.
E por todas as vezes que fui caos, sou caos de novo.
Há tantas coisas em risco agora mesmo... Há centenas delas.
Não ouço mais nada além de vozes desconexas e as batidas no meu próprio coração. Estou parada em meio ao hall e não mais desvio; agora desviam de mim. O cenário de poucos instantes atrás não existe mais. Eu e Jungkook somos separados por meros minutos cretinos, uma descoberta filha da puta e a distância física no salão estudantil.
Penso em retomar o movimento das minhas pernas, um passo de cada vez. Reverter a situação e voltar a ser quem desvia e não quem é desviada. Mas continuo parada aqui. Sendo ultrapassada física e emocionalmente. E antes mesmo que outro pensamento prepotente me encontre em uma falsa coragem repentina, Jungkook se vira diretamente para mim.
Seus olhos são como dois céus estrelados em meio ao sol do início da tarde. Contraste puro e excepcional. Eles me encontram com tanta facilidade que por um instante sou convencida de que Jungkook sabe. Do início ao fim. Tudo acontece cedo demais, antes da hora. Mas sinto que minha preparação nunca foi uma prioridade da vida. Temo que ele entenda tudo o que se passa dentro de mim, mesmo que de longe. Temo ser transparente a esse nível, mas também anseio para que eu seja. Verbalizar parece tornar tudo isso ainda mais real do que já é. E não quero.
Não consigo respirar fundo como desejo fazer. Seus cabelos estão caídos sobre a testa vincada e sua boca abre um sorriso confuso. Penso em dar um passo, mas não o faço. Eu sou desordem e rancor. Um rancor crescente, doloroso e feio. A lembrança das mensagens de Haneul me tomam os pensamentos em dor em meio ao riso bonito de Jungkook; e não consigo repelir a raiva que sinto ao perceber que a situação escapa pelos meus dedos. É como grãos de areia, é como sentir. Num instante tenho tudo, no outro já não tenho nada.
Vejo Jungkook vir até mim, desviando de pessoas e me medindo com ainda mais curiosidade. Não consigo retribuir nenhuma versão do seu sorriso, porque a cada passo que ele dá em minha direção é como se a realidade fosse ainda mais clara. Isso me enfurece; enfurece porque ainda estou aqui, ainda estou enfiada nisso até o pescoço.
— Não quis me responder por mensagem?
Eu me perco no tempo, não pego mais detalhes ou sinais. Sua voz vem desconexa no ar e eu levo um tempo para entender que ele está parado em minha frente, finalmente. Por um instante, esqueço-me que antes conversávamos por mensagens de texto. Nego com um remexer de cabeça raso, quase imperceptível. Talvez eu devesse me considerar sortuda por ainda encontrá-lo aqui, mas não sou atrevida a esse ponto.
— Você... — Jungkook umedece os lábios com a ponta da língua, seus olhos estão atentos sobre mim. — Vai querer fazer algo depois?
Abro a boca por um instante, mas a fecho frustrada. Meu coração bate tão forte no peito que penso que posso morrer. O fato de ele nem sequer suspeitar de toda a bagunça dentro de mim agora me atordoa. É verdade que estamos em situações diferentes, mas sinto inveja por ele não sentir o que sinto. Puxo o ar com força, enfim; seu perfume tropical não me alcança, mesmo que essa vontade de senti-lo tenha sido percebida só agora.
— Tá tudo bem?
Com isso fico mais um tempo o olhando, enquanto suas palavras dançam sobre nós dois. Sua pele parece mais radiante, assim como seu sorriso aberto. Ele está lindo como sempre, mas não consigo me concentrar nele mais do que isso. Não consigo focar em suas particularidades ou seu cheiro que não vem. Passo meus olhos por suas roupas, mas não me prendo nelas.
Fecho os olhos por um instante, de maneira forte e irritada. Eu me sinto avulsa, fora de cenário. É uma sensação ruim e incomum, porque tento e tento entender em que ponto cheguei e em que ponto estou; da situação e do que sinto. Mas tudo é um emaranhado de fios da mesma cor, é praticamente impossível ver as coisas de maneira clara.
Abro os olhos depois de um tempo, há um zunido chato em meu ouvido e uma irritação mais forte do que antes. Aperto as mãos em punhos e travo meu maxilar por instinto.
— Jungkook, — Começo, impaciente. Tudo está errado! Não consigo me dosar, eu sou extremo, à flor da pele. — Você fez um post no fórum da faculdade?
Agora o que dança sobre nós dois é o silêncio; seus olhos me medem por certo tempo, parecendo perdidos na mudança de assunto. Ele se remexe no lugar, ajeitando a mochila em um dos ombros quando solta um riso esquisito antes de falar:
— Quê? Não fiz. Por quê? — Suas argolas balançam em suas orelhas e seus olhos se espremem em mais um sorriso. Ele espera um tempo e, quando percebe que não direi nada, volta a falar: — Hoje saiu as notas e os resultados do curso de verão. A gente achou que seria só na quarta, mas deu que liberou antes. O campus tá uma bagunça hoje porque todo mundo tá se preparando pro início das fé-
— Não to falando de hoje. — Interrompo-o sem rodeios, resgatando o que vim falar. Não me importa mais o tumulto pelos dormitórios ou o que quer que seja. Eu quero me livrar desse incômodo dentro de mim. — Eu to falando...
Paro, ficando ainda mais alvoroçada ao perceber que é inútil tentar explicar ou protelar. Desbloqueio a tela de meu celular e encontro a página logo ali. Eu a verifiquei dezenas e dezenas de vezes, li e reli como um karma. Analisei cada detalhe na esperança de encontrar uma falha que me dissesse que não era verdade. Mas infelizmente era. Ainda é. Solto um suspiro, erguendo o aparelho em sua frente.
— To falando disso.
Jungkook tem seu olhar fixo em meu rosto por um instante, o sorriso se esvaindo gradativamente. Talvez ele entenda agora que algo está errado por aqui. Talvez pelo meu tom de voz, pela minha postura, pela minha falta de sorrisos ou rubores nas bochechas. Talvez ele finalmente tenha entendido que nossos climas não são compatíveis. Não agora. Ele me olha por mais algum tempo, como se tentasse arrancar uma explicação no modo como o olho, mas logo desiste. Quando sua atenção é finalmente voltada para o que lhe apresento, sinto algo esquisito no peito. Penso em recuar e abaixar o celular, mas não o faço. Seus olhos parecendo correr por cada informação exposta na tela do meu aparelho, enquanto eu tento lidar com tudo o que tenho dentro de mim.
Quando parece entender, Jungkook se afasta um passo.
— Como você achou isso? — Parece incrédulo, mas envergonhado. — Já faz um tempo, eu nem lembrava mais.
Franzo o cenho consideravelmente, abaixando o telefone de imediato. Então ele ainda não entendeu? O questionamento vem como raio nos meus pensamentos. A informação pega pela metade me faz pensar que preciso verbalizar. E isso é o fim. O fim. A forma como ele não parece ligar os pontos me deixa desestabilizada. É tão difícil assim? Fico presa no desconforto e raiva por Jungkook não entender onde é que quero chegar; por não entender todo o peso que carrego agora mesmo.
Penso em mostrar as mensagens, mas eu as deletei num impulso de atordoamento e medo.
— O Haneul viu! — Solto, brava. — Ele viu seu post no fórum e me mandou. Ele sabe que você é acompanhante de aluguel!
Minha voz sai mais alta do que planejava sair, mas não me importo realmente com isso. Eu finalmente começo a sentir meu corpo inteiro reagir a toda essa situação. Sinto-me tremer da cabeça aos pés. Tudo parece sair ainda mais do meu controle, é algo que não consigo dirigir ou prever. Estou sendo ultrapassada o tempo todo, me perco no que é certo e no que é errado.
De novo.Existe o certo?
Não consigo organizar, sou posta zonza em meio a uma guerra. Não queria me comportar dessa forma, mas eu simplesmente soo, me movo, penso desse jeito. É como se eu estivesse escapando junto à situação inteira.
— Ele... — Jungkook começa, parece ainda enfrentar dificuldades para entender. — Ele o quê?
— Foi isso que você ouviu! — Rebato. O sol vindo da porta de vidro incomoda meus olhos por um instante e isso entra para a lista dos desconfortos do dia. — Haneul me mandou uma mensagem agora pouco com o link desse post.
Jungkook tem os olhos arregalados, atônitos. Ele me mede como se não conseguisse compreender. Como se eu estivesse falando algo completamente aleatório e ilógico. E talvez seja, não é? Talvez seja absurdo demais nós ainda precisarmos enfrentar toda essa porcaria depois de todo esse tempo. Depois de todas as coisas que já precisamos enfrentar.
— Ele mandou isso pra você?
Toda a sua aura leve vai embora como num passe de mágica.
— Mandou! — Respondo esganiçado. Vendo-o agora se remexer no lugar involuntariamente. — Mandou por um número novo, porque eu tinha... — Pauso, me perdendo no que quero falar outra vez. —Isso não vem ao caso agora!
Ficamos mais uma vez em silêncio, meus olhos fincados em seu rosto.
Eu preciso de uma solução, algo palpável que eu possa me segurar.
Jungkook parece se esforçar para ligar todos os pontos jogados tão de repente entre nós. Penso em tentar lhe explicar, mas não há muito que se falar. Está aqui, óbvio e certeiro. Também não é como se eu conseguisse dizer algo que faça sentido. Portanto fico aqui, observando Jeon ir e voltar. Literal e não literal. Seu corpo se remexendo de um lado a outro. Vejo-o pensar e repensar.
No fim, ele se volta para mim, a mandíbula marcada pela tensão e os olhos fincados e espremidos.
— Você acha que ele pode fazer algo? — Sua voz vem potente, furiosa. Por um momento, me prendo nisso, na sua reação. Mas só por um momento. — Acha que ele pode falar pros seus pais? Acha que ele pode... Falar para os meus?
Eu já havia pensado nisso antes. Para ser sincera, foi a primeira coisa que consegui concluir. Mas perceber que essa atitude é realmente uma possibilidade, que ela não é algo somente arquitetado pela minha cabeça insegura, me faz vacilar para valer. Nada é dito para suas perguntas, até porque não consigo verbalizar uma palavra sequer sobre isso. O choque por saber que essa também é uma dúvida de Jungkook me pega sem cautela. Mas basta nossos olhares se sustentarem por pouco mais de cinco segundos para ele entender minha resposta.
É sim para todas elas.
Ele se afasta alguns passos, vai e volta outra vez. Eu permaneço parada em meio ao hall dos dormitórios, vendo-o caminhar de um lado para o outro em minha frente. Não entendo o que acontece. Comigo, com ele, com a situação.
Jungkook passa as mãos pelos cabelos, mira o relógio, a porta escancarada e a mim. Ele faz isso por mais duas vezes seguidas. Respiro fundo o mesmo tanto de vezes, as mãos suadas e meu aparelho telefônico sendo pressionado contra a minha perna. Não sei o que fazer agora. Não sei o que fazer desde o início. Tudo parece turvo e sem sentido. Não entendo o porquê corri até aqui, não entendo o porquê de continuar aqui.
— Não... Não, a gente vai conseguir resolver isso. — A voz de Jungkook me desperta do transe. Ele está novamente em minha frente. Sua feição atordoada não passa confiança alguma, mas ele parece determinado. — É só a gente se acalmar e buscar uma solução, é fácil.
Levo um tempo para entender o que me fala. E levo mais outro para ligar com as informações que já tenho. Assinto sem perceber, revelando em seguida a única jogada que tenho na manga:
— Haneul aceitou conversar comigo, to esperando ele agora. — Minha voz é urgente, inquieta. — Posso tentar convencer ele a não contar.
Quando meus olhos se erguem até seu rosto, vejo que Jungkook fica um tempo ali, parado. E não entendo de início. Não entendo sua perplexidade de repente. Talvez ele esteja percebendo a gravidade só agora? É isso? Sinto-me incomodada por não conseguir acompanhá-lo, por não conseguir o alertar de toda a urgência que essa situação precisa ser tratada. Jungkook precisa entender que isso é muito mais do que-
— O quê? — Ele vem horrorizado em meio aos meus pensamentos irritadiços, fazendo-me com que eu me perca na linha de raciocínio. — Você vai se encontrar com ele?
Seus olhos me medem em pavor e, por mais que eu me sinta exposta por sua atitude, chacoalho-me inteira por dentro.
— Sim, — respondo atravessada. — Foi a melhor maneira que encontrei pra resolver esse problema.
Ele vem em uma risada nasalada irônica e debochada. Seus cabelos se movendo pela testa quando ele nega veementemente. O que não faz sentido. Não faz. O que ele espera que eu faça? Que eu espere o circo pegar fogo? Que eu seja mandada de volta para casa? Que eu bote tudo a perder?
É verdade que eu, mais do que ninguém, gostaria de me libertar de toda essa parafernalha de namoro falso, porque isso me esgota de todas as maneiras possíveis. Mas não existe a menor possibilidade disso ser feito agora, muito menos nessas condições. Se antes eu já me via apavorada de contar a verdade, imagine agora no meio de tudo isso? Imagine tudo sendo contato pela boca sujo de Haneul? Jungkook deveria entender, não deveria? Eu não me sinto preparada, não me sinto pronta para dar esse passo.
— Ele infernizou a sua vida e agora você vai se colocar nessa posição? — Ele vem sem cuidado algum. — Você vai pedir um favor pra esse cara? Pra Haneul?
Sem perceber, estou hiperventilando. Meu peito sobe e desce de raiva e frustração. Porque entendo onde ele quer chegar e entendo ainda mais o quão certo ele está. Mas não me dou por vencida, não posso.
Eu não consigo enxergar outra solução que não seja tentar convencer Haneul a não contar. Então seria de bom grado se Jungkook simplesmente falasse outra opção que não envolvesse contar a verdade, porque as minhas são escassas e desesperadas.
— Então tenta resolver você! — Jogo contra ele. — Hackeia o celular dele, não sei. Você mexe com isso!
— Eu faço design gráfico, não sei hackear computador!
Ele gira os olhos irritado e eu aperto minhas mãos em uma resposta silenciosa e secreta.
— Então o que você quer que eu faça? — Pergunto, fula. — Se você tivesse excluído esse post, nada disso ia tá acontecendo!
Jungkook é ofensa pura.
— Você tá dizendo que agora a culpa é minha?
— E a culpa é de quem? — Vocifero. — Fui eu que me esqueci de excluir aquele anúncio? Fui eu que postei ele?
Sua risada vem mais uma vez e eu sinto meu corpo todo tremer de raiva. Sua zombaria morre pouco tempo depois num silêncio ridículo e frio, no entanto. Eu tenho muito a dizer, mas não sei por onde começar. Sinto que eu deveria ser sincera com o que sinto, mas é muito mais complicado do que penso.
Gostaria de explicar que estou perdida, por mais que seja óbvio. Que me sinto sufocada e sem saída, que preciso de sua ajuda para entender o que acontece.
Jungkook ajeita a mochila nos ombros, mira o relógio, a porta e a mim. De novo. Meu peito está inflado, cheio de ar, mas sinto-o apertado, pequeno. Num relance involuntário, acabo olhando em volta. E não entendo quando exatamente aconteceu ou como aconteceu, mas todas as pessoas que antes aqui estavam, desapareceram. Pego-me na vontade de sumir também, do nada.
Só existe duas pessoas no hall dos dormitórios, nós, mas quando me viro para Jungkook novamente, percebo que logo restará apenas uma.
— Aonde você vai?
Minha voz vem em choque ao vê-lo caminhando em direção à porta. Penso que talvez ele tenha anunciado sua atitude, mas logo me convenço de que é muito provável que não.
Ele para então, virando-se para mim ainda distante.
— Eu preciso resolver uma coisa.
Pisco uma, duas, talvez três vezes. Atônita. Sinto-me vibrar internamente, talvez seja meu nervosismo ultrapassando meu estado físico e atingindo de vez meu estado mental., porque sinto-me brava fervorosamente.
— E vai me deixar sozinha aqui?
Jungkook solta a respiração de forma impaciente. E nesse instante, quando o vejo remexer os cabelos e dar mais um passo para trás, questiono-me se esse problema é dele também. Se toda essa situação só é grave para mim e somente para mim.
— A Minju tá me esperando. — Fala por fim, a voz não é mais tão afiada quanto antes. Mas não é isso que detém minha atenção. — É o último encontro que ela pagou, preciso-
— O quê? — Exalto, meus pés tomando vida e dando passos largos em sua direção, mas me freio involuntariamente antes de alcançá-lo. — Você vai encontrar a Minju? Aquela Minju?
Mas Jungkook não responde de prontidão. Talvez eu precise desenhar, montar um Power Point ou até mesmo a porcaria de um seminário para Jungkook entender o que se passa por aqui.
Ou quem sabe a situação seja grave somente para mim, de fato.
— Você vai se encontrar com ela? — Venho de novo. Minha voz é fina de descrença. — Vai se encontrar com a Minju e vai me deixar aqui?
— Qual o problema? — Jungkook volta até minha frente, o cenho franzido de ultraje. — Ao contrário de você, eu não to muito afim de olhar pra cara do Haneul.
— O que você quer que eu faça? — Solto outra vez, sou exaspero puro. — Eu não tava muito afim de ver a porra do seu anúncio no fórum da faculdade, mas a gente não pode ter tudo o que a gente quer, não é?
Eu venho em um humor ácido, venho rasgando todos os limites que nós estabelecemos em um contrato silencioso. Sei disso. Mas não consigo voltar atrás, sinto-me no limite, a ponto de ultrapassar meu próprio ser e explodir para todos os lados.
É o fim.
E não entendo, não consigo entender. Sei que nunca precisei me preocupar com Minju, sei que desde o início nunca houve um problema de verdade. Mas parece demais ter que aturar tudo isso agora, exatamente agora. É tão importante assim esse encontro?
Quero gritar de frustração, minha cabeça é um emaranhado imbecil e cheio de armadilhas. Não consigo me entender, não consigo entender o que sinto. É tudo ao mesmo tempo, mas também é nada. São dois extremos de uma mesma superfície. É ridículo. Ridículo.
Jungkook esfrega seu rosto com ambas as mãos, como se também não estivesse obtendo sucesso para se autoentender. Solta a respiração em uma lufada forte e, por fim, me olha. Sua boca se abre por um instante, logo se fechando; é como se buscasse palavras para dizer o que precisa dizer.
Penso em ignorá-lo, em desviar de seu corpo e marchar em direção à porta; resolver esse problema sozinha e mandá-lo para o raio que o parta, mas não consigo me mover.
— Nós dois estamos aqui agora, — Começa depois de um tempo. — Você tendo que contratar um acompanhante de aluguel e eu sendo um acompanhante de aluguel. Tudo, absolutamente tudo por causa dessa merda e você ainda vai tentar explicar pra ele? Vai tentar mudar a cabeça dele? — Há um resquício de um sorriso nada humorado no canto de sua boca, enquanto dentro de mim há um farelo de liberdade se remexendo de pavor. — Ele nos fodeu de formas diferentes e você ainda vai jogar conforme as regras dele? Você não percebe? Tudo isso aqui não estaria acontecendo se ele não fosse o maior babaca do mundo, se ele soubesse perder.
Jungkook pausa por um instante e, nesse meio tempo, meu celular vibra silencioso em minha mão. Penso em olhar para a tela, penso em sanar uma curiosidade que nem sequer existe, mas não consigo tirar meus olhos do rosto do cara em minha frente. Porque ontem nós éramos tudo — assim como eu, assim como os grãos de areia — e hoje nós parecemos uma imensidão de entulhos de desespero e problemas não resolvidos.
— Eu não vou ficar aqui pra ter que passar por isso de novo. — Ele retoma. Seu tom de voz é uma mistura de muitas coisas e quero acreditar que uma delas seja desculpa. — Eu não to indo embora por causa da Minju, eu to indo embora por causa de mim.
Abro a boca para retrucar, abro a boca para mal criações e discórdia. Mas abro e a fecho. Na minha garganta, enquanto o vejo virar as costas e andar para longe, está entalado coisas que ainda não consigo entender. Eu sinto raiva, mas também me sinto frustrada e triste. Queria gritar para Jungkook ir se foder. Queria gritar que se ele não se importa, eu também não me importarei. Mas eu nem sequer sei explicar sobre o quê.
No fim, só resta uma pessoa no hall dos dormitórios.
[...]
O sol brilha por todos os lados; alcança o topo das árvores, os pedregulhos do chão, os bancos de madeira. É forte e potente, um lembrete claro e objetivo de que as férias de verão estão logo aí. No entanto, eu não me sinto mais quente como antes; sinto-me fria, gelada igualmente as paredes do dormitório feminino. Sou peso sobre meus próprios ombros, sou arrependimento imediato.
Eu me sinto mal, pior do que antes. Pesada e errada. Porque continuo me lembrando do sorriso aberto de Jungkook, de seus olhos intergalácticos e de seu cabelo negro sobre a testa. Continuo me lembrando de nosso contraste grotesco e de como eu nos arrastei para o limbo rápido demais; de como seu sorriso diminuiu e seus olhos se tornaram opacos. Eu me sinto mal, porque, por mais que no fundo — mesmo que de forma involuntária e não proposital — a culpa tenha sido dele, o rumo que as coisas tomaram passaram longe do caminho que eu havia traçado mentalmente.
Só agora consigo encontrar as palavras certas para dizer, só agora consigo imaginar um contexto e uma explicação melhor antes de lhe erguer o celular; antes de despejar todo meu desespero e urgência de maneira tão crua e imatura. Não é como se eu já conseguisse me policiar, nem mesmo como se eu entendesse o que venho sentindo ou o que vem acontecendo. Eu ainda sou bagunça, um amontoado tenebroso de problemas jogados uns sobre os outros. Ainda sou desordem. Mas pelo menos sei o que eu não deveria ter feito.
Não quero mais gritar atrocidades para Jungkook. Não quero mais mandá-lo ir se foder. Não quando suas últimas palavras continuam me assolando a alma, continuam a gritar comigo no meio de todo o meu silêncio. Ouvi-las não me fez encontrar uma direção ou esclarecimentos, me fez erguer mais questionamentos do que antes.
Jungkook abriu mão de tudo, afinal?
Aperto meus braços em volta de meu corpo, enquanto meus olhos são fixos no portão de entrada da faculdade. A mensagem de mais cedo era de Haneul avisando que estava a caminho. Pressiono os lábios e solto um suspiro longo. Meu corpo já não mais treme, mas minha cabeça continua viajando por hipóteses e pensamentos na velocidade da luz.
Seria possível eu abrir mão de tudo também?
Eu caminho vagamente pelos pensamentos, volta e meia escalando as letras de todas as palavras ditas mais cedo. Minhas, de Jungkook. Queria poder ter controlado minhas emoções, mas continuo escapando de mim assim como a situação inteira. Sinto-me deturpada e agora assombrada pelo que foi entregue a mim.
A figura de meu ex-namorado surge como um fantasma agourento e macabro do outro lado da rua. Consigo enxergá-los entre as pessoas e carros, como também consigo me lembrar das palavras que Jungkook me disse. Não as de hoje, mas daquela festa de república; sobre minhas verdades e sobre como é importante eu acreditar nelas.
Qual é a minha verdade agora? Nesse exato momento?
Eu queria poder discordar de cada palavra que Jungkook me disse mais cedo, hoje. Gostaria de poder dizer de maneira rápida e óbvia de que ele está errado, de que não é assim que as coisas funcionam. Mas a cada passo que Haneul dá em minha direção, mais eu percebo o quão tudo é verdadeiramente real.
Talvez eu sempre soubesse disso... Nos meus pensamentos secundários, nos meus sentimentos secundários. Porque sempre foi mais complicado ter que viver em função de driblar problemas que envolvam meu ex-namorado do que entender para onde tudo isso estava me levando. Eu sempre entendi o caos que estava me enfiando, sempre entendi a teia horrorosa de mentiras que fiz e que eu própria me embolei. Mas nunca mergulhei a fundo sobre as consequências, sobre as amarras e sobre como eu ainda estava — estou — terrivelmente interligada a tudo aquilo que eu queria evitar.
— Quanto você pagou por aquele merda? — Haneul vem raivoso assim que para em minha frente. — Hã?
Olho-o por um instante, sem a intenção de respondê-lo. Minha vontade é de apenas ouvi-lo falar e falar, apesar de ter muito que dizer. Meus pensamentos ainda são idas e vindas; e agora, pensando sobre as consequências que nunca tirei conclusão alguma, entendo que talvez tenha sido só meu subconsciente tentando me proteger de algo difícil demais de lidar.
— Deve ter sido uma mixaria... Ha, eu sempre soube que eu tava certo. — Ele passa a língua pelos lábios e sorri. Um sorriso vitorioso e arrogante. — Você contratou um cara só pra me fazer ciúmes, incrível!
Engulo a seco, lembrando-me agora também da última vez que estivemos frente a frente. Foi naquele corredor, com suas palavras imbecis e eu me sentindo tão pequena e insuficiente. Tem sido assim há um bom tempo agora, não é? Haneul impondo sua verdade, seus pensamentos, seus ideais. Impondo uma vida e uma visão, enquanto eu só sigo as regras do jogo.
Vai continuar sendo dessa forma por mais quantas primaveras?
— Não vai dizer nada? Eu acabei de pegar você no pulo, descobri que você enganou todo mundo. — Vem cheio de segundas intenções, a boca proferindo palavras ridículas e meu peito crescendo em descrença. — Você não tem vergonha?
— Você não tem vergonha? — Tento, eu sou tremedeira por inteira. Minha voz é incerta e vacila. — Eu contratei um cara pra tentar me ver livre de você e a única coisa que você consegue pensar é no seu umbigo egocêntrico e inútil.
As palavras saem sem qualquer agressividade, num tom de voz de pouca credibilidade. E me sinto mal, injustiçada pela vida e por tudo o que venho enfrentando. Tudo é mais fácil atrás de uma tela de celular. Foi mais fácil quando o bloqueei a primeira vez, foi mais fácil hoje. Mesmo que a última tenha sido regada em desesperação.
— Eu já tava em outra, pelo amor de Deus! Eu tava namorando e você contratou um cara pra me fazer ciúmes, só admita! — Haneul nem sequer titubeia em dizer, ele vem decidido. — Você tá querendo virar o jogo, sério? Nessas condições? Não pense que vai dar certo, porque eu tenho tudo na palma da minha mão.
Puxo o ar com força, horrorizada. Porque sei que existem falhas em seu discurso, sei que suas palavras podem ser revertidas facilmente e postas contra ele. Sei que tenho brechas pra contra-argumentar, pra me pôr em primeiro nessa discussão. Mas meu raciocínio lógico e certeiro é uma carta fora do baralho, não segue a frequência de todo o meu ser. O restante de mim, meu corpo, não me permite agir.
— Você é maluco! — É o que consigo dizer. Meu peito é um rebuliço de ódio e frustração. É um inferno. — Um petulante de merda!
— Você não tá ajudando muito na sua situação... — Haneul gira os olhos, debochado. — Sabia disso, né? Eu posso agora mesmo ligar pros seus pais, contar tudo o que eu sei.
— Vai contar também que se enfiou em um time de basquete só pra me observar?
Reacendo um questionamento interno e antigo, mas não sei o que fazer por agora. Com seu rosto me olhado incrédulo por um tempo e a oportunidade que tenho de dizer tudo o que preciso dizer. Porque ainda sou presa em mim, nele e nessa situação de merda.
Ele tem tudo na palma da mão, de fato.
— Caramba, — começa, atordoado. — Você foi atrás dele exatamente porque nós jogávamos juntos? Foi tipo uma vingança em dose dupla? Você é muito baixa!
Meus ombros murcham. Sinto-me apavorada. Haneul pegou o caminho que mais lhe valoriza, que mais lhe beneficia. Mesmo que não seja a verdade, mesmo que não seja o que eu quis ter dito; mesmo que passe longe de qualquer palavra que tenha saído de minha boca. O ego inflado de meu ex-namorado é um inimigo poderoso e inabalável.
— Vocês são inacreditáveis. — Ele ainda parece desacreditado, enquanto eu continuo aqui, parada em sua frente tentando engolir aonde tudo isso chegou. — Até diria que se merecem, mas sei que você não tá no seu melhor estado de espírito.
Estado de espírito.
Seu melhor estado de espírito.
— Não foi isso. — Falo, meio esquisita. A acusação é sem cabimento, mas por uma fração de segundos me pergunto se não foi isso mesmo que aconteceu. — Foi uma coincidência.
— E você quer mesmo que eu acredite?
Minhas têmporas se apertam em pavor e eu quero gritar. Isso é ridículo. Eu odeio estar aqui, odeio mais do que qualquer outra situação que já precisei enfrentar. Eu sei de como tudo aconteceu, eu sei como cheguei até Jungkook. Isso não faz sentido!
— O que seus pais vão dizer quando eu contar tudo isso pra eles? — Seu tom de voz é maldoso quando chega em mim com palavras afiadas e chantagistas. — Torça pra eles acreditarem que foi tudo uma coincidência.
Vejo-o se afastar um passo. É quase como a cena em que vi Jungkook ir para longe mais cedo, mas me freio de tentar comparar. Um desespero novo e imediato me toma o peito e, de novo, me vejo perdida, sendo ultrapassada por sentimentos e fatos. Deixo tudo escapar fácil demais. Sou derrotada pela miserável falha de não conseguir ligar os pontos, de não conseguir agir, dizer.
Acabo indo pelo costume, pelo que sempre acabo fazendo.
— Não, espera! — É o que digo, vendo-o parar de prontidão quando dá seu segundo passo para trás. — Vamos fazer um acordo, por favor.
— Um acordo?
— É, um acordo. — Falo sem pensar. — Foi pra isso que você veio, não foi?
Seus olhos se estreitam em minha direção, como se analisasse meu pedido. Isso só faz com que eu me sinta ainda mais inútil e minúscula. Não me sinto satisfeita em dizer, em embarcar mais nessa, mas estou de mãos atadas, não estou? O que mais eu poderia fazer? Qual outra alternativa eu tenho? Não são muitas. Pelo menos, não no caminho que quero pegar.
Depender de Haneul nunca foi tão doloroso quanto agora...
Ele respira fundo e olha para os lados apenas por olhar, talvez queira que eu sofra com a espera, mesmo sabendo da sua resposta. Há pessoas indo e vindo, mas nenhuma parece prestar atenção em nós dois.
— Eu não conto nada pros seus pais. — Fala por fim. — Mas você vai ter que pedir transferência de universidade.
Levo um tempo para associar o que me diz e, quando faço, meu queixo quase cai.
— Pedir transferência?
— É. — Concorda sem rodeios. — E se sinta grata que minha condição não é você desistir do curso.
Pisco algumas vezes, sem acreditar.
— Não... Entendi.
Haneul solta um suspiro impaciente e fico o encarando por algum tempo. Seu cabelo está jogado para trás e as sobrancelhas grossas quase se encontram em meio a sua testa.
— Eu vou finalmente voltar com você, vou te dar outra chance. — Explica como se fosse algo óbvio, escancarado. — Eu só tenho essa condição. Você seguindo essa condição, nós podemos voltar.
A situação se reverte mais uma vez. Minhas atitudes não são compreendidas ou são ignoradas por completo. Não sei ao certo qual de fato é o correto se afirmar. Desconfio que Haneul de fato saiba sobre toda a verdade das minhas atitudes que sempre julguei serem claras. Desconfio que ele saiba, mas que não queira admitir. Ou, quem sabe, perder...
Vai ser assim pra sempre, não vai?
Minhas atitudes distorcidas e sua verdade sempre imposta. Esse ciclo infinito de me querer ver livre, mas continuar presa. De achar que vivo, mas perceber que ainda sou interligada a ele. Porque de fato sou. Continuo fazendo as coisas pensando em Haneul, por causa de Haneul. Mesmo que superficialmente não pareça, no fundo eu sei que é. Nos meus pensamentos secundários, nos meus sentimentos secundários.
Vai existir o momento perfeito para eu me libertar disso?
Eu sempre preferi me boicotar ao invés de rebater a ideia matrimonial dele e de meus pais. Acabei me envolvendo em um contrato com um acompanhante de aluguel só para que eles não soubessem da verdade... E, por mais que isso seja a única coisa feita que me rendeu algo bom, ainda é desconexo. Não deveria ser dessa forma, eu não deveria me desdobrar para caber dentro de crenças que não são minhas. Eu criei dezenas de desculpas esfarrapadas na minha cabeça, porque no fundo eu sabia que era mais complicado, que o buraco era mais embaixo; que era um impasse mental meu. Que me faltava coragem para encarar tudo o que eu era contra, tudo o que eu não concordava. Talvez nesse meio tempo, eu acabei caindo na tentação inútil de pensar que a errada era eu, porque era mais fácil dessa forma. Preferi me afundar, me enrolar em mentiras — internas e externas — e acabar parando aqui.
Não posso mais usar Haneul como justificativa, não posso mais usá-lo para guiar minhas decisões e minhas preocupações. Nem ele e nem minha família.
Quero me desconectar da minha eu do passado, não quero mais me sentir como antes. Nunca mais. Não quero me sentir pequena e insuficiente. Entendo agora, entendo perfeitamente que essa não é minha verdade e nunca foi. Não quero retroceder, quero ir além.
Não quero mais me sufocar num pesadelo real.
Eu sou livre. Eu sou! Essa é a minha verdade, afinal. E quero me sentir assim.
Contra meus dedos, sinto meu celular vibrar e cantar com uma nova mensagem. E percebo que a sensação é realmente verdade quando Haneul volta sua atenção para o aparelho em minhas mãos. De maneira involuntária e sem pensar, meus olhos se voltam para a tela acesa, para a pré-visualização da recente sms.
Minha mente ainda é vaga e desconexa, ainda é um turbilhão de coragem e medo. Vou e volto pelo que deva ser a milésima vez nos últimos minutos. Ainda interligo pontos e me atordoo fácil pela constatação óbvia. Sou bagunça, mas não deixo de percorrer cada letra escrita ali.
— E então? — Haneul me tira do transe temporário, sua voz é mais alta do que antes. Parece urgente. — Vai pedir transferência ou não?
Respiro fundo, mirando seu rosto agora de uma forma diferente como media há dois minutos. Perceber o que vim fazendo nos últimos meses me fez enxergá-lo com outros olhos, numa outra perspectiva. Consigo entender agora. Ele foi um inferno por tanto tempo... E por tanto tempo lhe dei importância demais.
— Não.
Minha voz sai clara e espontânea. Ainda me sinto incerta sobre o futuro, mas pelo menos agora sei aonde não quero chegar.
— Não? — Ele vem em choque depois de um tempo. — Não vai pedir transferência?
— Também.
Seus olhos se apertam para mim, ele parece ultrajado e confuso. Meu coração bate forte contra meu peito e a sensação que tenho é que posso explodir outra vez. Mas o sentimento é diferente agora, é como explorar o novo.
— O que você quer dizer com também?
Meneio a cabeça, puxando todo o ar que consigo para meus pulmões, só para assim soltá-lo com as palavras que consigo dizer:
— Não vou voltar com você e nem pedir transferência.
Haneul parece não ter ouvido no primeiro instante. Seus olhos são fincados em meu rosto como se tivéssemos parado no tempo e seu entendimento tenha sido interrompido. Como um pause em uma cena que só funcionou para ele.
— O quê? — Ele finalmente fala. — Você tá se ouvindo? Você entendeu o que falei? Se você não pedir transferência, eu vou contar pros seus pais.
Luto comigo mesma, com o sentimento de me sentir pequena e estúpida mais uma vez. Não posso deixar isso acontecer, não posso. Remexo-me no lugar, uma rajada de vento nos atingindo e arrastando meus cabelos para trás. Ela também parece varrer, por um pequeno instante, meu medo.
— Eu entendi o que me disse. E a resposta é não.
A resposta imediata que recebo é um riso desacreditado, a primeira sílaba vindo ímpia e alta. Haneul vai de um lado para outro. Retorna. Quase consigo ouvir as engrenagens de seu cérebro trabalhando para entender o que digo.
— Eu to tentando te ajudar! — Ele agarra os fios de cabelo de sua nuca, parece transtornado com o rumo que as coisas tomaram. — Qual é o problema?
Não quero ter tempo para pensar. Não quero ter tempo para desistir e voltar atrás. Quero seguir com isso, porque, de repente, talvez essa seja minha única oportunidade de enfrentá-lo de verdade.
— Ok, ok. Caramba... — Haneul parece viver um confronto interno. — Não precisa pedir transferência, então. A gente vai vendo isso com o tempo, tudo bem?
— Haneul, — começo, quase em choque por ele ainda não ter entendido ou continuar fingindo que não entendeu. — Eu não vou voltar com você.
Finco meus pés no chão, inflando o peito. Quero e vou me manter aqui, determinada.
Haneul passa seus olhos mais uma vez pelo meu rosto, analisando cada mínimo detalhe. Quem sabe tentando captar alguma mensagem que não passei ou alguma brecha para reverter o que acabei de dizer. Ele gira os ombros para trás, seu semblante agora mudando para desconfiança e desafio. E acabo me perguntando como sua mente trabalha, se em algum momento ele acaba caindo nas suas próprias armadilhas.
— Quem te enviou a mensagem? — Ele vem cheio de suspeita suja. — Foi Jungkook?
A mudança repentina de assunto me pega desprevenida. Sinto algo ruim no fundo do peito, não o respondo. Aperto o aparelho entre os dedos e o pressiono contra mim. De repente, sinto-me amedrontada.
— Foi ele? — Seu tom é acusatório. — Vocês tão tendo um caso?
— O quê? — Quase engasgo. Isso é novo e não combina em nada com seu discurso. — Você mesmo disse que nos unimos por vingan-
— Eu quero ver seu telefone. — Diz, interrompendo-me. Olho para sua mão estendida em minha frente. É fora da realidade. — Anda, quero ver!
Demoro um tempo para entender o que se passa, para entender que tudo de fato está acontecendo.
— Não! — Falo finalmente, espantada pelo pedido. — Não vai ver!
Mas antes que qualquer outra palavra seja dita, Haneul parte para cima de mim. Sinto meu corpo todo se eriçar de pavor e me encolho o que posso. Suas mãos tentam alcançar o aparelho telefônico preso entre as minhas e recuo um passo. Ele se aproxima dois. É tudo fora da realidade, absurdo. Sinto-me encurralada, no limite de uma situação que foi longe demais. Viro sobre meu próprio eixo, dando-lhe as costas. Penso em empurrá-lo e correr para longe, mas seu corpo todo está sobre o meu.
Meu coração se espreme dentro de mim e sinto-me sufocada de pavor, remexo-me para tentar me ver livre dele, mas não consigo. Ele continua me puxando pelos braços, agarrando minha pele.
Num instante de pavor, sinto seus dedos finalmente alcançarem os meus. Meu celular logo ali. Ele nos chacoalha para os lados na intenção de me fazer soltar. Seu peso sobre o meu e minha mente à mil. Vejo-me sem saída, vencida de vez. Começo a me debater, nos engatando em uma luta corporal esquisita e imatura. Meus braços se movimentando em desordem e desespero, de um lado para outro. De um lado para outro.
No meio do caminho, acerto algo.
— Não acredito!
Como num passe de mágica, os braços se Haneul desaparecem da minha volta. Sua voz reverberando alta e horrorizada. Viro-me assustada, ainda sem entender o que aconteceu por aqui. Quando o faço, no entanto, encontro o nariz de Haneul escorrendo sangue.
— Você me acertou! — Acusa. Fazendo-me com que eu tente entender como. — Você enlouqueceu de vez! Você é completamente pirada!
Sua voz é abafada pela mão que cobre seu nariz, mas consigo ouvi-lo claramente quando fala outra vez:
— Pode esquecer qualquer acordo entre a gente!
E, num instante absorto e delirante, sinto vontade de rir; é surreal demais para acreditar.
Vejo meu ex-namorado marchar em direção à saída do campus, levando meus problemas e todas as minhas consequências. Eu deveria fazer algo agora, não deveria? Não sei ao certo o que, mas acredito que sim. O problema é que ainda há muito coisa para se absorver por aqui...
O caminho tomado é completamente diferente do que eu havia traçado mais cedo.
E enquanto Haneul desaparece entre as pessoas do outro lado da rua, abaixo meus olhos novamente para a mensagem que recebi.
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Livro - Amor Por Inteiro - 1ª Parte
Em uma manhã nublada de sábado Carolline, mais conhecida como “Carol”, se levanta, pouco sonolenta, ela filha de pastor, criada na igreja desde criança, acorda pensativa, “qual realmente seria a razão de tudo, que estava lhe acontecendo “, bem, mas vamos começar pelo início.
Carolline Ferreira Goulart, jovem de 20 anos, pai e mãe cristões, criada na igreja desde criança, sempre nos caminhos ensinado por seus pais, tinha uma irmã mais nova e um irmão mais velho, sempre seguindo o que seus pais lhe ensinavam, mas as vezes sua mente era tomada por duvidas, que envolviam tudo, uma dela era se um dia ela seria realmente feliz. Carol era uma moça muito diferente das outras, a sua mente, a sua concepção, seu modo de pensar, agir, seus gostos, suas metas, eram muito diferentes com o padrão atual que a sociedade tinha posto. Ela era uma moça romântica, que ainda acreditava em príncipe encantado, ela sabia que isso seria apenas em contos fictícios, mas ela orava todos os dias a Deus, pedindo que ele enviasse esse “Príncipe” para que ela pudesse realizar um dos seus sonhos. Ela mora em uma pequena cidade do interior, assim que terminou seu ensino médio, teve uma oportunidade de fazer uma graduação, e não perdeu a chance, começou sua Faculdade de Letras. Passados alguns meses, tudo sempre na mesma rotina, igreja, casa e faculdade. No final de semana, haveria uma festa em um clube perto do centro da cidade, e as amigas de Carol a convidaram para ir, esparecer um pouco a cabeça, se divertirem, apenas curtir a música, a resposta de início foi bem clara:
- Não! Não posso frequentar esses lugares, meus pais nunca iam deixar! (Disse Carol)
- Amiga, seus pais não precisam ficar sabendo, nós vamos apenas dar uma olhadinha, nem vai demorar! (Disseram suas amigas tentando ao máximo lhe convencer de ir)
- Vou pensar, amanhã dou minha resposta a vocês. (Disse Carol pensativa)
Logo quando chegou em casa, foi direto para o seu quarto e mais uma vez um turbilhão de duvidas vieram em sua cabeça, ela estava a tanto tempo na igreja, nunca tinha provado algo que não fosse estar seguindo os caminhos de Deus, ela achava que tinha o direito de ver como era a visão de uma pessoa de fora da igreja, acha que ela iria apenas fazer um teste, que iria ser passageiro´, que ela ia voltar para a casa de Deus. O dia acabou e logo o dia seguinte chegou, o dia em que diária se ia ou não ao clube com suas amigas, mandou mensagem confirmando a sua ida, logo pensou em uma bela desculpa para dar aos seus pais, iria a um aniversário de uma amiga. Logo estando pronta foi se encontrar com suas amigas, após se encontrarem foram direto para o clube, chegando lá, Carol viu tudo aquilo como uma coisa nova e diferente, estava em um clube de festa pela primeira vez, passados alguns minutos, ela percebeu que um garoto estava lhe olhando muito, quando se deparou com ele, ela paralisou alguns segundos, e a tinha achado o príncipe encantado que tanto pediu a Deus, mas será que ele era realmente o que ela tanto esperava? Será ele as respostas de sua oração?
Seu nome era Vinícius, logo se conheceram, e começaram a conversar, cada dia mais, ela falou muito sobre sua religião a ele, mas o mesmo não quis saber e foi bem claro referente aos pedidos dela para se converter.
- Eu não gosto de igreja, não me vejo indo nela, e não quero saber de nada que venha dela. (Disse Vinícius, sobre o pedido dela para ele ir à igreja)
Mesmo ela sabendo que ele não ia ceder, a esperança de leva-lo para a igreja ainda existia em seu coração, já havia passado um mês e meio, desde o primeiro dia em que se viram no clube, seus pais ainda não sabiam de nada, ela saia quase todas as noites escondida para velo em um local secreto que escolheram perto da sua casa. Um pequeno bosque, onde podia-se admirar as estrelas no céu. Certo dia como de costumes ela saiu a noite ao encontro dele, quando chegou ao pequeno bosque, encontrou uma barraca montada, uma pequena fogueira, e comida, ele havia preparado tudo isso para ela, ela ficou maravilhada com tudo aquilo que ele tinha preparado, logos após o jantar, foram deitar juntos, e começaram a se beijar, ele começou a passar um pouco do limite, e ela parou e disse:
- Ainda não estou pronta, desculpe, mas não posso fazer isso.
Ele disse:
- Não se preocupe, esse é o momento certo para nós dois, hoje eu serei seu homem, serei seu futuro esposo, não há porque esperar mais!
- Mesmo assim, não queria que fosse dessa forma, se nos casarmos ainda! (Disse Carol apreensiva)
- Eu serei seu esposo, e é isso que importa, é só relaxar.
A noite passou, e quando ela se deu conta já estava amanhecendo, e havia se entregado, a Vinícius, ela logo se apressou e foi para casa, feliz e ao mesmo tempo um pouco triste. Logo ao chegar, foi tomar banho, comeu uma fruta e se deitou. Ao acordar mandou mensagem para ele, e adivinha, ele havia bloqueado ela, de todas as redes sociais que estavam conectados. Ela ficou surpresa e queria saber o que tinha acontecido com ele, e foi correr atrás, logo ela descobriu que tinha cometido vários erros, o primeiro foi não ter o conhecido direito, ela havia descoberto que ele não morava naquela pequena cidade, o sentimento que ela tinha por ele era tão intenso que acabou a cegando, e sem buscar a Deus acabou dando lugar para que o pior pudesse acontecer. Naquela sexta-feira à noite, havia caído a fixa, como ela tinha sido tão ingênua, a ponto de acreditar em uma pessoa que havia conhecido a pouquíssimo tempo, e se entregado de uma forma tão completa, que acabou trazendo marcas para seu coração.
Agora sim.
Em uma manhã nublada de sábado, lá estava Carol, acordada pensativa, perguntando a Deus o porquê de tudo aquilo, que havia acontecido com ela. Naquele mesmo dia, ela chamou seus pais, e decidiu lhes contar tudo, que havia ocorrido, desde a saída para o clube, até o dia em que se entregou para aquele garoto que despedaçou por completo seu coração, e o que mais ela precisava ela do apoio dos seus pais. Eles a ouviram, como pais eles a consolaram, mas, ele era o Pastor da igreja e deveria agir como um, independentemente de ser filho (a) ou não. No culto seguinte o Pastor anunciou que Carol estava em disciplina. E a partir dali, Deus escreveria uma nova história em sua vida.
Mal sabia ela, que do outro lado da cidade, Deus estava preparando o que tanto ela sonhava, mas devido as circunstâncias, deixou esse sonho de lado.
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Imagine - Harry Styles
Oi, gentem! Como cês estão? Espero que bem! Espero, também, que gostem desse imagine! Beijos ❤
Pedido: Queria pedi um imagine com o Harry em que eles têm 2 filhos com pouca diferença de idade e ela ganhou o terceiro faz um mês. Eles estão muito cansados então deixam as crianças com alguém para terem um dia só para eles, faz com um hot
Passei a mão pelos meus cabelos pela terceira vez e senti vontade de chorar; Cath e Meredith não paravam de correr pela casa e Breno havia começado a chorar em meus braços; Harry chegaria em minutos, mas eu não sabia se aguentaria até que ele estivesse ali comigo.
- E eu nem consegui fazer o jantar. - Resmungo e ouço a porta de casa abrir.
- (S/A), aconteceu alguma coisa? – Harry corre em minha direção e noto que estou chorando quando meu marido vira um borrão.
- Eu não consigo mais dar conta, sinto saudades de você o tempo todo, as crianças não param, nunca, e agora até o Breno resolveu chorar. Eu, sinceramente, não sei até quando vou aguentar isso. Eu amo meus filhos, mas estou cansada. – Digo e Harry tira Breno dos meus braços e faz as meninas subirem com ele. – Nem fiz o jantar hoje.
Continuo chorando por alguns minutos e sinto Harry sentar ao meu lado.
- Eu deixei as meninas brincando na nossa banheira e Breno está deitado na nossa cama. Pensei em encomendar comida, assim eles entregam aqui em casa, você pode tomar um banho e eu arrumo a mesa. Vai lá!
- Me desculpa, Harry por não ter dado conta, você trabalhou o dia todo e ainda teve que cuidar das crianças.
- Ei, somos um casal, são os nossos filhos, são nossa responsabilidade, fica tranquila. Pelo visto você nem trabalhou hoje. – Ele faz uma carinha triste.
- Só consegui fazer algumas ligações, paciência. – Fungo e coço meu nariz.
- Vai lá, vai! – Harry me puxa pela camiseta larga e me beija. Aqueles beijos que sempre me entorpeciam, desde a primeira vez que saímos.
Subo as escadas quase me arrastando e caminho direto para o banheiro de visitas; tomo um banho agradecendo aos céus pelo marido que eu ganhei, que está disposto a me ajudar mesmo depois de um dia inteiro fora.
Visto um roupão e caminho para o quarto em que dividia com Harry, tirei as meninas do banho, as sequei e as vesti, e pedi que elas fossem encontrar Harry; dei um banho em Breno e o vesti para descermos juntos. Harry estava com o cabelo molhado e já havia trocado de roupa, posto a mesa e a comida já havia chegado.
Jantamos e eu coloco as crianças para dormir enquanto Harry me esperava no quarto. E lá estava ele, com carinha de cansado, mas com os olhos abertos e um sorrisinho.
- (S/A), já que amanhã é sábado, podíamos deixar as crianças com a minha mãe e fazer algo só nós dois, sei lá, sair para jantar, ir no cinema, viajar até a praia, qualquer coisa, mas só nós dois.
- Sua mãe não vai se importar? Não quero atrapalhar ela. – Dou um sorrisinho e acaricio o rosto de Harry, como eu o amava.
- Você sabe que ela ama as crianças, vai fazer questão de ficar com elas. – Ele sorri.
Me inclino para beija-lo e quando ele está praticamente com o corpo sobre o meu, nós nos afastamos rindo.
- Hoje estamos cansados demais para isso. – Ele beija a minha testa e nos ajeitamos para dormir.
- Tem certeza que pegou tudo? – Harry me pergunta e deixa um beijinho em meus lábios.
- Sim!
No carro, cantamos algumas músicas com as meninas e agradeci umas cinco vezes a Anne por ficar com as crianças.
- Agora é a nossa vez de aproveitar! – Harry segura minha mão enquanto dirige com a outra. Estávamos decididos a passar o final de semana em Brighton e teríamos duas horas dentro do carro até a casa que compramos depois de três anos de namoro.
Paramos em um posto para abastecer o carro, comprar comida e então, seguir viagem!
A casa estava do mesmo jeito que eu deixei depois de uma semana que eu me escondi ali; Harry e eu brigamos feio pela primeira vez e desolada eu não sabia o que fazer. Peguei meu carro e dirigi até a casa onde tivemos momentos incríveis; chorei por longos dias, Harry não me procurou, mas durante uma ligação pelo FaceTime vimos que não merecíamos fazer isso um com o outro; então, eu voltei para Londres indo direto para meu apartamento onde Harry me encontrou duas horas depois para uma longa conversa.
- Como eu estava com saudades desse lugar. – Harry disse deixado nossas malas próximas a porta; Dora havia limpado a casa e trocado as roupas de cama e toalhas da casa para a nossa estadia.
- É, eu também! – Digo.
- Eu sei que ela não te trás as melhores lembranças, mas você ainda consegue lembrar por que decidimos comprar ela? – Harry me abraça e eu concordo com a cabeça. – Então, isso é o mais importante!
- Bem que podíamos voltar naquele tempo, não é como se eu não amasse as crianças, mas eu sinto falta de fugir com você para cá quando o final de semana chegasse ou quando estávamos cansados demais dos nossos chefes. – Ele solta uma risadinha e me aperta mais forte em seus braços. – Eu vou tomar um banho e preparar algo para comermos, já passa de uma hora da tarde...
- Está bem. Vai lá! – Ele me beija. – Vou ver se tem algo que precisamos tirar do carro.
Aceno com a cabeça e caminho para o segundo andar. Em nossa suíte, o cheirinho era de jasmim, um perfume que Harry havia comprado de presente e que eu nunca havia parado de usar.
Depois de lavar meus cabelos, abuso do sabonete líquido na esponja, mas quando fui começar a passa-la no corpo uma mão grande e macia me barrou, tomou a espoja da minha mão e passou a ensaboar meu corpo.
- Eu estava com saudades. – Harry murmura em meu ouvido.
Não contenho o suspiro que escapar dos meus lábios quando os de Harry começam a beijar meu pescoço e suas mãos moldam meu corpo. A esponja já havia sumido e eram as mãos do meu marido que me acariciavam.
Com o passar dos minutos, Harry se irrita com o pequeno espaço do box e me pegando no colo nos leva para o quarto. Pouco me importei com meu corpo e cabelos molhados sobre o edredom; apenas queria Harry e eu o tive. Minuto após minuto; entorpecida, desligada, apaixonada.
- Nunca mais me deixe ficar com saudades de você. Isso é tão injusto! – Harry murmura contra meu pescoço, abraçando mais forte minha cintura.
- Realmente, isso é muito injusto. – Eu acaricio os cabelos úmidos dele.
- Vamos tomar um banho juntinhos? Bem juntinhos? – Eu concordo com um murmúrio. – Acho que devemos pensar em deixar as crianças mais vezes com a minha mãe.
- Ou com a minha. – Eu digo rindo.
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IMAGINE NIALL HORAN
PEDIDO: Amora vc poderia fazer um pra mim com o niall onde eles sao sequestrados e ficam sendo torturados Os caras abusam dela sexualmente Na frente dele e ele fica louco Até que os Caras matam ela ( tbm na frente dele ) entao depois de um tempo eles soltam ele é ele mata os caras ( pedido esquisito ne? Ksks mais Enfim se vc fizer ele pra mim ficarei mt feliz , AMO SEUS IMAGINES ) ❤.
PS: Amores, esse imagine está um pouco pesado , só leiam se realmente se sentirem a vontade pra isso .
-//-
Niall : Não encostem o dedo nela ou eu vou … - Grito com todas minhas forças .
Bragan: Ou você vai o que seu tira de merda ? - o Maldito diz em um tom desafiador se aproximando de mim .
Eu e S/N estávamos voltando pra casa depois de um jantar em família, quando fomos cercados por um grupo completamente armado , que nos levou diretamente para um galpão abandonado onde nos encontrávamos. Eu estava preso , amarrado em uma pilastra de concreto e S/N, amarrada em uma cadeira aos prantos . O medo e desespero estavam estampados em seus olhos . Eu estava com vários hematomas pelo corpo devido às inúmeras agressões que tinha sofrido.
O responsável pelo que estava acontecendo ? Braga Moritz , um dos maiores traficantes do Estado da Califórnia. Eu sou agente do F.B.I , e no último mês tinha acabado com o império que ele havia construído e posto ele na cadeia , mas o safado havia fugido e agora estávamos nas mãos dele .
Braga: Vai fazer o quê? - ele então solta uma risada irônica. - eu não disse que ia pagar por tudo o que fez comigo ? Pois é, essa hora chegou .
Niall: Eu não fiz nada além do meu trabalho, colocar vagabundos igual a você na cadeia . - digo com sangue nos olhos .
Braga: Hahaha! Quem disse que a cadeia é meu lugar? Olhe bem … eu sai dela mais cedo do que esperava . - ele esbanjava sarcasmo .
Niall: Seu babaca ! Pode ter certeza que vai voltar pra lá o quanto antes !
Braga : Eu posso até voltar , mas não volto antes de acabar com a sua
vida . - Braga então se aproxima de S/n e começa a acariciar seu rosto . - e eu vou começar com o que você tem de mais importante…
Niall: Eu já disse ! Não encoste um dedo sequer nela .
S/n: Niall, amor … - ela sussurra baixinho em meio às lágrimas.
Niall: Meu amor , calma , calma , vai ficar tudo bem …
Braga : Awwwn! Que coisa mais fofa . Mas sinto muito , vou ter que acabar com o momento romântico do casal .
Braga então começa a tocar S/n por todo corpo . Ela tremia . Meu sangue fervia . Meus braços já estavam em carne viva de todo o esforço que fazia perante as cordas que me amarravam .
S/n: Por favor , não , nos deixe ir … - ela súplica ao desgraçado .
Braga : Sinto muito minha linda , mas seu marido acabou com a minha vida ,por isso , eu tenho que acabar com a dele … - seu rosto estava a milímetros de distância do da minha mulher .
É no mesmo instante que ele rasga o vestido dela , a deixando apenas de langerie.
Braga : Ual, Niall , que mulher einh !
Um desespero me invade . Minha mulher ali , nas mãos de criminosos e Ainda por cima , por minha culpa .
Niall : Seu Desgraçado !!! Eu vou te Matar ! Sai de perto dela !!! Você é um homem morto !!!! - grito enquanto sinto minha garganta rasgar .
Braga : Continue gritando , fique à vontade, mas enquanto isso eu vou aproveitar sua esposinha , hj ela é só minha .
É aí que ele a desamarra da cadeira e começa a abusar da mesma .
S/n: Niall … Socorro , por favor ! - ela suplicava em meio às lágrimas , enquanto Braga se aproveitava dela .
Niall: Não! Larga ela ! Larga ela ! Seu desgraçados eu vou te Matar ! Eu vou te Matar ! - me vejo aos prantos , quase sem forças , destruido ao ver minha mulher , minha doce S/n sendo estuprada bem ali na minha frente …
Niall: Não , já chega ! Deixe ela ! - agora Braga estava com uma arma apontada para minha mulher , que sangrava , nua , jogada ao chão .
Braga : Diga Adeus a sua esposinha seu otario .
A última coisa que pude ouvir antes do som da arma sendo disparada foi a S/n dizendo sem forças .
S/n: Eu te amo Niall.
E lá se vai a mulher da minha vida .
Niall: Nãããoooooo !!!!!!!
* 1 ano Depois .
Niall: Não sabe o quanto esperei por esse dia Sr.Braga .
Braga estava preso a uma cadeira , acordando horas depois de eu ter lhe dopado . Havia trago ele ao mesmo lugar no qual ele acabou com a minha vida . O mesmo lugar no qual ele matou minha mulher .
Naquele dia , depois de ter tirado a vida de minha esposa a polícia havia chego , eles tinham rastreado meu rádio , mas o Desgraçado do Braga havia conseguido escapar .
Depois de ser resgatado , fui imediatamente levado ao hospital. Tive que ficar internado por mais de 3 semanas . Eu realmente estava muito machucado , mas o único que mais doía era saber que eu jamais veria o sorriso da S/n novamente, jamais sentiria seu cheiro , ouviria o seu “ Eu te amo ” , nunca mais a levaria pra cama depois de dormir no sofá logo após um logo dia de trabalho…
Depois daquele dia , eu não tinha mais motivos pra viver , ou melhor , apenas um : Vingar sua morte e acabar com a vida do Braga .
Passei todo esse tempo a sua procura , seguindo seus passos , esperando o melhor momento para atacar , e esse momento finalmente tinha chego e agora ali estava ele , completamente em minhas mãos .
Braga : Olha se não é o meu viuvinho favorito . - diz acordando do transe .
No mesmo momento , acerto seu rosto com um cabo de ferro o fazendo gemer de dor .
Niall: Você não perde a graça não é mesmo ? - meu sangue fervia .
Braga : Me tira daqui ! - diz baixo .
Niall: Oi ? Me desculpa, eu não te ouvi direito ? - falo com ironia colocando as mãos sobre os ouvidos .
Braga : Me tira daqui ! - grita .
Niall : Hahaha ! Você quer sair daí ? Não se preocupe, você vai sair … - com o rosto sangrando ele me olha confuso com o que eu havia acabado de dizer . - mas vai sair em um saco preto .
Braga começa a entender a gravidade da situação.
Niall : Você acabou com a minha vida . Me tirou o que eu tinha de mais importante. - falei o acertando mais uma vez . - A minha mulher ! - o acerto novamente. - ela suplicava a você , pedia que não fizesse nada , mas você a ignorou , e acabou com ela com um tiro na cabeça ! - não me cansava de batê-lo . - Eu disse , eu disse que acabaria com a sua vida , não disse ? Eu disse que te mataria !
Braga : Então vai Cara , acaba com isso logo ! - ele dizia praticamente sem forças , com o rosto completamente desfigurado .
Niall: Seu pedido é uma ordem ! - saco minha arma e acerto sua cabeça com um tiro , o matando na hora .
No mesmo instante um alívio me domina . Sinto que a justiça havia sido feita . Começo a chorar . Sim , a chorar …
Niall: Já vai tarde ! - cuspo no corpo , me retirando dali .
A sensação de ter feito justiça camuflava a dor da perda , mas só camuflava , afinal , a ferida que tinha no coração, Jamais iria se curar .
Saio do local às pressas . Só precisava ir a um lugar aquele momento .
Pouco tempo depois chego ao cemitério onde minha mulher estava enterrada . Com muita dor , sigo até seu túmulo me abaixando logo em frente .
Niall : Pronto meu amor . Fiz o que tinha que ser feito . Acabei com a vida dele , assim como ele acabou com a sua .
Mas a morte foi muito pouco pra ele . Ele merecia muito mais por ter te tirado de mim …
Confesso , está tudo difícil sem você . Acordar e não sentir seu cheiro , sem ver seu sorriso … eu juro que estou tentando ser forte , mas é praticamente impossível. Não sou mais o mesmo . Me sinto vazio , minha vida acabou quando você partiu .
A única coisa que me segurava aqui era minha cede de vingança, mas já que ela já foi saciada , não tenho mais motivos pra continuar … Mas eu sei que não posso fazer isso , sei que jamais me perdoaria se eu acabasse com a minha vida , mesmo eu sabendo que esse é o melhor pra mim . Por isso , vou seguir em frente , mesmo estando morto por dentro, mas isso tudo por você . - as lágrimas corriam descontroladas por meu rosto , se misturando com com as gotas da chuva que tinha acabado de começar.
Me apoio em sua sepultura e sussurro :
Niall : Eu te amo meu amor …
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Soberba e Antepaixão
Parte I
O cheiro do mar. As ondas quebrando sobre as pedras. A brisa gélida soprando meus cabelos. Shakespeare de companhia. Existe coisa melhor? Creio que não.
Brighton é uma cidade pequena, próxima a Londres, conhecida pelo comércio de peixes e derivados, além do Píer, local onde os onde barcos podem atracar e aportar para carregar e descarregar carga e passageiros, mas, além disso, serve como um bom lugar para ler ou descansar a mente, aconselho, é melhor do que chá de camomila.
O sol já está desejando um boa noite com sua futura partida – por algumas horas- dando lugar a lua, para que a mesma possa brilhar. Percebe-se então, juntamente com a maré subindo molhando o fim do Píer, que já é hora de ir para casa, mamãe deve estar a flor da pele por minha ausência.
Com Otelo, o Mouro de Veneza –minha obra preferida, não canso de ler- em mãos, sigo saindo pelo píer, dando uma última olhada no belo pôr do sol, e caminho floresta a dentro em direção a minha casa. Sinto o cheiro de terra molhada e as folhagens raspam no meu vestido o deixando levemente úmido. Choveu por aqui. Não demoro até avistar meu lar. A casa é confortável, com um terreno vasto e preparado para agricultura e pecuária, e espaçosa o suficiente para abrigar meu pai, minha mãe e mais três irmãs. Vivemos bem, na medida do possível.
-AGATHA! Onde esteve? Não gosto quando sai sem dar explicações e ainda demora, não repita mais isso, não tem compaixão pelos meus nervos? Está vendo isso, senhor Melbourne? Você precisa conversar com sua filha! - dizia mamãe, que acabara de chegar com Gisele e Celina (minhas irmãs, de 15 e 16 anos, que aparentemente estavam bem agitadas e com sorrisos nos rostos) do centro, provavelmente, para mim e logo dirigia-se para com meu pai, no intuito do mesmo me castigar. O que ele não iria fazer, já estou acostumada com os chiliques da minha mãe Ravena. Ela é uma boa mulher, apesar de alguns detalhes.
-Estive no Píer, mamãe, apenas a ler e tomar um ar fresco, não vejo problema em tal "luxo". - Explico-me e sigo para encontrar com Mirela, minha irmã mais velha, sentada à mesa, quando me enxerga sorri.
-Deixe de drama, Ravena, Agatha sempre gostou do Píer e de sair pelos campos, ela conhece Brighton de ponta a ponta, não vai ser agora que ela vai se perder. - Papai responde e pisca para mim. Sorrio. É tudo verdade o que ele diz, sempre gostei do Píer, desde que meu pai me levou para pescar, tendo em vista que o mesmo trabalha com o comércio de peixes e derivados no centro da cidade e ainda cuida da agricultura familiar daqui, é um verdadeiro homem de negócios. E sempre gostei da liberdade, acho que somos irmãs, pois desde pequena gostava de passear pelos campos, indo floresta a dentro, sem me preocupar com data e hora de voltar para casa, entretanto nem sempre gozei dela, posto que uma 'dama' não deve andar a só. Papai nunca se opôs a minha autonomia, mas minha mãe sempre defendeu a ideia de que uma mulher deve ser do lar e casar com um bom homem (rico, a princípio) - discordo plenamente, visto que, para mim, uma dama deve casar-se, APENAS, por amor-. Não a culpo, foi criada e vive em uma sociedade aristocrata, poucas pessoas têm o mesmo pensamento que o meu, atrevo-me a dizer que sou a única.
-Ora senhor Melbourne, estou prezando pelo bem-estar de nossa família, me preocupo com Agatha. E como uma boa mãe, devo dizer que...- mamãe fala, mas é interrompida por Gisele e Celina que gritam entusiasmadas:
-''THE SHELLS'' FOI ALUGADA, PAPAI, POR UM TAL DE SENHOR HORAN, ELE GANHA 10 MIL POR ANO E VAI AO BAILE DE HOJE. - disseram as duas de uma só vez, tão eufóricas quanto uma criança que está prestes a ganhar um doce.
Tinha esquecido do baile.
-Céus!! Quanta animação. Quem vos disse? - Papai pergunta.
-Os White. Senhor Melbourne, meu querido, sabe o que significa, não sabe? - Mamãe fala esperançosa e com aquele brilho nos olhos. Argh... de novo não.
-Não, meu bem, o que significa? - Papai pergunta, dando de ombros, e senta à mesa de jantar, já sabendo o que mamãe está tramando, novamente.
-Não se faça de bobo, Hector, o senhor Horan pode casar-se com uma de nossas filhas. Temos que dar um jeito de apresenta-las a ele, imediatamente. Que tal no baile? PERFEITO! Você vai apresentar nossas filhas a ele, querido. Vão todas se arrumar, quero cada uma bem bonita no baile. VOU CASAR UMA FILHA COM UM HOMEM RICO. - diz minha mãe, deleitando seu ''plano'' e colocando comida em seu prato feliz da vida.
-Como, quiser, Ravena, como quiser... - Papai respira fundo após a sua colocação, tendo em vista que o mesmo já viveu essa cena outras vezes.
Olho ao redor da mesa de jantar, vejo Gisele e Celina planejarem, extasiadas, os vestidos e acessórios para o baile. Olho para Mirela e a mesma dá de ombros. Minha mãe estampa um sorriso intencionado no rosto. Ela sempre teve em mente que a solução dos nossos problemas seria casar cada uma de nós com um jovem rico –claro- então, ela é como um cão farejando por comida, qualquer rapaz que brotar em Brighton com renda ou posição social vantajosa, ela procura, de todas as formas possíveis, aproxima-los de nós, em especial Mirela, dona de uma beleza tênue, não posso negar. Mas a questão é: e o amor, onde fica? Nos meus sonhos, apenas.
[...]
Ao sair do banho, sou abordada pelas caçulas.
-Agathaa!! Você viu meus sapatos vermelhos? Posso provar algum dos seus?- Celina pergunta-me apressada.
-Agatha, poderia me emprestar uma de suas fitas? Eu faço qualquer coisa. – Gisele, também, me pergunta apressada. Fico confusa com tanta informação.
-Acalmem-se!! Devem estar no seu quarto, Celina, já olhou embaixo da cama? E sim pode provar um dos meus. E sim também, Gisele, pode pegar uma fita. - Tento acalmar as duas e respondo-lhes com um sorriso no rosto. O que uma oportunidade de encontrar algum rapaz não faz a essas garotas?
-AHHH!!OBRIGADA, PÊQUI. - Agradecem as duas igualmente.
Pêqui. Meu apelido. Papai que pôs para mim, porque eu nunca conseguia alcançar as coisas que desejava, sempre fui baixinha. Sorrio com as boas lembranças.
-Ainda não está pronta? Vá arrume-se logo, quem sabe não encontra um pretendente, já está na hora. - Mamãe aparece e indaga-me.
-Vou já, minha mãe, acabei de sair do banho. - Digo.
Entro no meu quarto, fecho a porta e olho para cama onde um vestido vermelho de mangas compridas com uma leve renda no busto está presente, junto com uma fita preta e no chão, os sapatos, também, pretos. É um belo vestido, mamãe tem um bom gosto apesar do dinheiro não ser suficiente assim para bancar seus luxos e ''agradar'' as filhas.
Toc toc toc.
Sou despertada dos meus devaneios pelas batidas na porta.
-Entre- digo, deve ser alguma das garotas.
-Olá, posso me arrumar com você? - abre a porta uma Mirela com um vestido, sapato, fitas e acessórios nas mãos quase derrubando-os. Dou risada da situação e ajudo-a.
-Sempre pode. Me diga, bela dama, preparada para conquistar o senhor Horan esta noite? - sorrio intencionalmente para Mirela e a mesma cai na gargalhada.
-Você não em jeito, Agatha, não tenho esse poder sobre os homens. - Ela responde e consequentemente lembro-me de como sofreu por Joshua, um antigo proprietário de terras em Londres, o mesmo veio a Brighton a negócios e acabou envolvendo-se com ela, mas, como estamos no mundo real... as histórias (parte delas) não costumam ter um final feliz. Mas o importante é ter saúde, não é mesmo?
-Largue de bobeira, se todos os homens não acabarem apaixonados por você hoje, eu sinceramente não sei julgar a beleza – digo rindo. Mas é verdade, ela é dona de belas madeixas loiras e olhos azuis feito o mar que contrastam com sua pele alva feito nuvens. - Eles são tão fáceis de serem julgados.
Ela ri e faz menção para que me sente em frente a penteadeira e começa a ajeitar os meus –negros- cabelos.
-Um dia, Pêqui, você vai conhecer um homem e vai pagar pela sua língua desbocada. - Gargalhamos – falo a sério.
-Hum... conquiste o Horan, quem sabe ele não tem um irmão, um primo distante. - Digo e Mirela sorri e balança a cabeça negativamente.
-Você não tem jeito mesmo. Cabelos prontos, vamos nos vestir que mamãe já deve nos cha...
-Mirela e Agatha, estão prontas? Vamos perder o baile, Celina e Gisele já foram com os White, desçam logo!!!! - Grita nossa mãe.
-Chamar – ela dá risada- eu amarro o seu vestido e você o meu, tudo bem? - Mirela propõe e eu aceito.
Em alguns minutos estamos prontas e indo para o baile.
[...]
A música soava alta pelo salão e várias pessoas dançavam, todos com sorrisos nos rostos, alguns casais conversavam apaixonados, mas também tinham damas e cavalheiros desacompanhados, era um ambiente para todos. Papai chama mamãe para dançar e eu vou com Mirela para o outro lado do salão, onde a música é mais amena.
-Pêqui!! -Lola, minha amiga e vizinha, filha dos White, chama-me.
-LOLA!!! Que bom, vê-la. Que belo vestido, está linda. - Digo sorrindo para ela e abraçando-a em seguida.
-Pare, Agatha, você que está maravilhosa, aliás, vocês, Mirela está deslumbrante!!! Desse jeito não deixará nenhum pretendente para nós. - Ela diz brincando e Mirela sorri encabulada.
-Não está?! Eu disse a ela a mesma coisa – damos risadas, as três - mas, o alvo desta noite será o tal de senhor Horan.
-Pare, Agatha, as coisas não funcionam assim, eu nem sei como ele é - minha irmã fala.
-Ele é lindo, Mirela!! Oh céus, que homem – ela diz abanando-se – vocês vão ver, o mesmo veio acompanhado da irmã e de um amigo o senhor Styles, que também é muito bonito, mas um tanto emproado.
-Deve ser rico, aposto, a maioria deles são assim. - digo, dando de ombros.
-Rico? Ele é rico e meio, é dono de East Sussex inteirinha, ganha vinte mil por ano. Mas...- Lola fala impressionada, mas é interrompida pela fala do agente do baile, anunciando a chegada do tão esperado senhor Horan e seus convidados.
-Senhor e senhorita Horan e senhor Styles.
Neste momento, todos reverenciam a entrada dos chamados, dando espaço para um belo rapaz loiro de olhos azuis e pele branca, dono de um sorriso genuíno, e ao seu lado uma mulher, sua irmã, dona de cabelos curtos de um tom cobre, olhos claros e pele branca, é uma jovem bonita, porém, seria mais se seu ar de presunção não fosse tão claro, e, por fim, um homem alto, atlético, cabelos negros e dono de belas esmeraldas. Um belo homem. A música volta a sor pelos arredores assim que os comensais se estabelecem em seus devidos lugares.
-Como ele é lindo...- Mirela sussurra olhando para o senhor Horan.
-Eu disse que ele era lindo! - Lola fala rindo.
-Tem certeza que não quer ele, senhorita Melbourne? - Pergunto ironicamente para minha irmã e a mesma me dar uma tapinha no braço.
-É? E você, não quer o senhor Styles? Eu vi o modo com olhou para ele – Ela retruca e Lola cai na gargalhada.
-Eu, eu, eu.. - tento explicar-me, mas (graças a Deus) minha mãe me interrompe.
-MENINAS!! Achei vocês, vamos, quero apresentá-las ao senhor Horan, Gisele e Celina já foram apresentadas só faltam vocês, você já o conhece não é LOLA? - a mesma assente – mas venha também, seu pai apresentará todas. - Mamãe nos chama agitada.
As pessoas dançam bastante, então o caminho é árduo até lá. Meu coração bate forte, não sei se é por Mirela ou por outro alguém. Céus, por quê tem de ser tão bonito?
Chegamos.
-Senhor e senhorita Horan, minha filha já a conhecem, mas gostaria de lhe apresentar as outras filhas dos Melbourne, essa é Agatha e Mirela – Cleiton, pai da Lola, nos apresenta e a mulher sorri ''educadamente'', mas o rapaz loiro não tira os olhos de minha irmã. BINGO!!.
-É um prazer conhece-las. - Ele diz e nos reverenciamos.
Mirela cora quando os seus olhares se encontram. É reciproco. BINGO NOVAMENTE!
-E este é o senhor Styles, dono de East Sussex.
O senhor White nos apresenta, olho para ele, mas o mesmo não esboça nenhuma reação. Grosseiro.
-É um prazer imenso tê-los aqui em Brighton, espero que fique por um bom tempo senhor Horan e divirta-se bastante -Mamãe, ao perceber o clima pesado, descontrai com sua fala.
Nossa, nenhum mísero sorriso de educação?
Saudamos e saímos.
-VOCÊ VIU COMO ELE OLHOU PARA VOCÊ? Oh garota, use sua beleza como uma carta na manga, agarre-o, ele é um bom, bom não, ÓTIMO partido. - Mamãe dizia rápido para Mirela sacolejando a coitada.
-Mãe! - repreendo-a- isso são modos? Deixe Mirela decidir, o coração é dela.
-Não estou fazendo nada de errado, apenas aconselhando uma filha querida. Vou-me encontrar com o pai de vocês, se cuidem, e Mirela, lembre-se do que eu disse. - Dona Ravena fala e sai.
-Não podemos negar, ele realmente é um ótimo partido e ficou interessado sim!- Lola diz sorrindo e minha irmã cora.
-É o rapaz mais Belo que já vi, mas aquele amigo dele, foi muito descortês. - Mirela diz.
-Sim, sim, muito, apesar de sua beleza ser de outro mundo –Lola abana-se em divertimento- ele foi rude.
Muito rude e bonito, incrivelmente bonito.
-Me daria o privilégio desta dança, senhorita Melbourne? - Uma voz masculina soa atrás de nós e quando viramos: Horan pedia a Mirela para dança. Eu já disse BINGO?
-Claro- minha irmã mais velha concede envergonhada.
A música soa pelos arredores e eles dançam como se o salão fosse apenas deles, em sintonia, com os olhares fixados e todos os observam. Por acaso ou destino, parecem ter sido feitos um para o outro. Shakespeare disse que a viagem termina com o encontro dos apaixonados, mas, ouso contradizê-lo, tendo em vista que Mirela acabou de partir para a uma bela história de amor.
[...]
Sentadas atrás do palanque, tendo uma visão perfeita do salão e de todos os convidados, nosso terceto continua firme conversando.
-Você viu a Glécia com a maior inveja de você, Mirela? - Lola pergunta referindo-se a uma garota que estava no baile.
-Não vi não, por quê? - minha irmã pergunta pegando uma uva e comendo-a.
-Por ter dançado com o Horan, atrevo-me a dizer que todas lhe invejavam, fisgou um partidão, mas conte-nos, ele dança bem? Vocês conversaram? - Lola pergunta entusiasmada.
-Ele é dança divinamente, é um doce de homem, tem um sorriso lindo, gosta de cavalgar, conversamos o essencial, não deu tempo de falarmos muito, mas conclui que ele é maravilhoso, só não sei se ele achou mesmo de mim. - A loira diz.
-Bom, tiraremos essa dúvida agora. - Digo e aponto para a frente, onde, pela brecha do palanque, avistamos Horan e o Styles conservando:
-Brighton é uma cidade incrível, não acha, Harry? Repleta de boa companhia, belas mulheres. - Horan diz sorrindo.
Harry é seu nome.
-Você estava dançando com a única moça bonita, Niall. - Styles retruca.
Que facada.
-Mirela é a mulher mais linda que já vi – ele suspira- mas a sua irmã, a Agatha, é adorável e também muito bonita. - Niall diz.
Obrigada.
-Suportável, Horan, mas não bonita o bastante para mim. - O senhor Styles fala.
SUPORTÁVEL?
-Você nem tentou conversar com ela, ou melhor conversar com nenhuma dama, deveria...
Niall rebate, mas sua fala fica distante, pois os dois se deslocam para outro lugar.
Estou devastada por dentro.
-Quer uma uva, Pêqui? - Mirela fala, na tentativa frustrada de melhorar a situação e mudar de assunto.
Eu quero que ele exploda.
-Ele é ridículo, Agatha, não ligue para o que fala, suas palavras não tem o menor valor. - Lola comenta.
-Está tudo bem, não ligo para o que ele diz. - Minto. - Vamos encontrar a mamãe, já está um tanto tarde, provavelmente teremos de ir embora.
Elas concordam e vamos.
''Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem sente'' Shakespeare já dizia e complementava meus pensamentos e emoções, talvez eu devesse casar-me com ele (se ainda restarem seus ossos). Não imaginava que algumas palavras poderiam me atormentar tanto, e desde do que ouvi sinto uma necessidade insensata de chorar, mas não posso, nem vou. A sua arrogância e presunção só me fizeram enxergar o verdadeiro ''homem'' que ele é, e que o mesmo seria o último rapaz que um dia eu pudesse cogitar a possibilidade de nutrir sentimentos. Seguimos firme e forte.
Apesar do caminho ser árduo, devido a dança, conseguimos encontrar mamãe, Gisele, Celina e para minha infelicidade e felicidade de Mirela, a senhorita e senhor Horan e Styles conversavam com meu pai entusiasmados sobre pesca e cia. Hoje não é meu dia.
-Temos todos os tipos de peixe aqui em Brighton, adoro o mar, deveriam tirar um dia para a pesca, senhores – Papai conversava com eles e os mesmos pareciam entusiasmados com a conversa, principalmente o Horan, mas sua irmã entojada não estava satisfeita com a conversa.
-Claro! O que acha Harry? - o chamado concorda com o amigo- o senhor poderia nos acompanhar.
-Será um grande prazer- papai aceita o convite – Minhas meninas, que bom que chegaram, estava conversando com eles sobre o mar aqui em Brighton, Agatha adora o mar, puxou ao pai.
Sorrio.
-Você tem gostos peculiares, senhorita Melbourne – a entojada fala- do que mais gosta de fazer?
Só era o que me faltava.
-Gosto de ler e escrever, principalmente no Píer. - Respondo-a
-Escreve poesia? Uma romântica, dizem que a poesia atrai o amor, procede? . - Ela pergunta sarcasticamente.
Isso é um afronte?
-Atrevo-me a dizer que sim, mas acho que não costuma receber muitas poesias VERDADEIRAS muito menos atrair o amor, tendo em vista sua dúvida - Rebato e a senhora nariz empinado fica pasma.
-O que quer dizer com verdadeiras? - Styles pergunta e por um breve curto período meu sangue congela.
-Digo, senhor Syles, que somente um amor verdadeiro encoraja a alguém escrever poesias e entrega-las a o ser amado, com o intuito de conquistá-lo, do contrário, uma simples atração poderá ser saciada com um simples cumprimento. - Respondo-o rispidamente.
-E o que sugere para encorajar a afeição? - Ele pergunta-me, olhando fixamente para mim no intuito de me intimidar.
Bobinho.
-Conversar, Styles, mesmo que o parceiro em questão seja apenas – olho fixamente para ele, sorrio de lado e digo – s u p o r t á v e l.
Quando as palavras saem de minha boca ele fica imóvel como um jogador de cartas fajuto que acabou de ser descoberto e suas cartas, uma hora em seu bolso, estavam a mostra.
Bingo, mas dessa vez é para mim.
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O enterro do João Gilberto
... quando, em Santos, decidimos visitar a tia Anita, já esquecida há muito de todos e de si mesma. Fomos em três, meu pai, minha avó e eu. Comemos pescada num daqueles restaurantes perto da praia, que não foram reformados desde os anos 70 e que têm uma estética meio lâmpada fluorescente branca que não sei explicar. Tenho a impressão de que quando um asiático avista outro no meio de uma multidão, eles se encaram discretamente, tentando decifrar a bordo de qual navio chegaram ao país. Ficamos olhando uma família durante o almoço inteiro — eram chineses, concluímos.
Andamos na orla da praia, desértica por causa do Inverno, caminhando pela areia cinzenta como paulistanos dignos (de sapato e calças jeans). Os prédios tortos, o lixo, o mar escuro, a gentrificação, tudo aquilo me remetia à imagem de como seria o Rio de Janeiro se São Paulo vomitasse em cima.
Meu pai quis fazer uma parada no seu prédio de criança. Saímos do carro brevemente para nos deparar com uma construção cinza, de janelas vedadas, mato pululando da cerca que tapava o estacionamento, inspirando uma sensação de decrepitude. Mas valeu a pena, porque ele parecia feliz. Suspirou, satisfeito, e voltamos para dentro do carro.
Tenho lembranças imprecisas sobre o trajeto que fizemos até chegar na vizinhança da tia Anita, que parecia a parte São Paulo da cidade. Recordo-me de um posto de gasolina, de casas sujas, de uma mulher de vestido rosa se debruçando sobre a janela, conversando com alguém na rua, e eu apontando a câmera em sua direção, ajustando a fotometria, arrumando o foco, girando a alavanca... mas desistindo de tirar seu retrato logo em seguida, porque tive a impressão de que ela não gostava de mim e por um lado, tinha razão — que tinha eu de me intrometer em seu momento de privacidade? Não teriam pontos turísticos suficientes para mim?
Minha avó olhava os portões com anseio — eu supus, porque ela costuma usar óculos escuros muito grandes, que acabam cobrindo boa parte de sua expressividade — e assim que avistou a fachada da casa da tia Anita, reconheceu-a, apesar das reformas (Ênio, Ênio, é aqui, sim, eu lembro de andar até aqui pra tomar chá com a Anita, ela segurava no banco de motorista e agitava o dedo grosso no ar). Saímos do carro novamente, tocamos a campainha e fomos recebidos por um homem mal-humorado — e por um lado, ele tinha razão; minha família nunca percebe que pode ser incômodo aparecer sem avisar. Senti o olhar julgador da mulher de vestido rosa sobre mim e entrei rapidamente pela porta, não querendo olhar de volta.
O homem era o caçula da tia Anita, o único que restara na cidade. Lembro de avistar um maço de Marlboro vermelho sobre uma mesa e ter a impressão de que pertencia a ele. Parecia pouco impressionado que havíamos feito a viagem para aquilo. Levou-nos até o andar de cima, no qual um senhor assistia à TV. O senhor se virou, com as sobrancelhas erguidas em sobressalto, e rapidamente, agarrou duas muletas encostadas na poltrona, guindou-se com certo esforço e veio até nós, meio que pendurado nelas porque suas pernas pareciam não funcionar.
“Oi, Daisuke, como vai? Lembra de mim, a Maria?” Sim, sim, me lembro sim, seu pai era o peixeiro, oh sim, éramos vizinhos, esse é seu filho? Lembra de quando brincava com o meu? O que faz agora? Eram tão pequenos, como estamos velhos, e o Francisco? Faleceu? Oh sim, uma pena, o Chico... Você brigava conosco quando o chamávamos de Chico e não Franco... uma pena, quando vocês se mudaram, perdemos completamente o contato, a não ser uma vez que... que pena, mas acontece... Um aneurisma, foi um aneurisma, e agora ando de muletas, mas eu me viro. “A casa era antiga!” Era sim, dos anos 20, reformamos... “Lembro até hoje dos armários de madeira, das vigas de madeira...” Pois é, agora temos uma piscina. Senta aí. Vou chamar a Anita.
Minha avó parecia pequena sentada na cadeira, sem os óculos, com os olhinhos vasculhando a sala, agarrando sua bolsinha sobre o colo. Após alguns minutos de espera, Anita apareceu, gorda e feliz, carregando uma bandeja de café. Tinha feições rechonchudas e cabelo avermelhado; eu a achei bonita e simpática. Sentou-se à mesa conosco, sorrindo.
“Ô, Anita, lembra de mim? É a Maria.” Ah, sim, lembro sim. A Maria... É, acho que me lembro — assentia com veemência. “Nós éramos vi-zi-nhas, Anita, lembra? Eu vinha na sua casa toda semana e você vinha na minha. O Franco morreu (Morreu, é mesmo? Que pena), é, cinco anos atrás, uma pena mesmo... Eu me sinto tão sozinha. Lembra, Anita? Nós nos mudamos daqui há uns... (Cinquenta anos, mamãe) Cinquenta anos atrás, é isso? Meu Deus... E perdemos completamente o contato. Como você esteve, Anita?”
Pensei que minha avó fosse se emocionar ou querer abraçá-la. Parecia, no mínimo, um pouco triste, só que mais por si mesma e por se sentir sozinha do que pelas saudades. Ver a tia Anita naquela mesma vizinhança, talvez, tenha a trazido um consolo, o entendimento de que, se tivessem permanecido ali, as coisas seriam assim... Minha avó é uma senhora elegante e acho que senhoras elegantes não gostam ou não sabem demonstrar muita emoção.
Era o começo das férias de Julho. O Lino e eu não estávamos juntos ainda, mas já gostava dele e sabia que estava descansando em algum lugar frio. Viajar me fazia pensar no Lino, por algum motivo, talvez porque ficava repassando na minha cabeça os pormenores dos quais lhe contaria depois ou que pensaria em contar. Falaria da pescada gostosa. Do negócio sobre Santos ser o Rio de Janeiro se São Paulo vomitasse em cima. Da sorte de encontrar a tia Anita morando no mesmo lugar depois de cinquenta anos. Mas não me lembro agora se acabei mencionando tudo isso pra ele. Acho que não.
“E vocês ficam pro jantar?” Não, dona Anita, precisamos voltar daqui a pouco. “Que pena, que pena... Fiquem pra dormir.” Não podemos, dona Anita, amanhã preciso trabalhar. “Ah, sim. Então, voltem aqui um dia e fiquem uma semana inteira! A gente pode ir pra praia e tudo mais...” Pode ser, sim, dona Anita, muito obrigado. “Querem bolacha? Tem bolacha lá embaixo, vou pegar.” Não, não, dona Anita, obrigado, senta aí, não precisa fazer o esforço.
Lembro que gostei da casa da dona Anita. Tinha várias estantes decoradas com porta-retratos de prata, crucifixos, figuras de santos, maneki nekos, darumás caolhos, um enorme álbum de fotos de capa de veludo, também lembro-me vagamente de uma espada... Quis bater uma foto, mas logo me senti inadequada por querer fotografar a casa de alguém e depois postar numa rede social. Me sentia inadequada no meu suéter verde de caxemira que caía frouxo no meu tronco — diante do espelho do meu quarto, parecera mais bonita; me pego constantemente tendo essa sensação.
Olhei para a TV ainda acesa, com o volume baixo. Passava um jornal que transmitia o enterro do João Gilberto ao vivo. Naquele ano, eu não escutava muito João Gilberto e nem estava com o Lino ainda, mas estava prestes a descobrir o Roberto Carlos, que também comporia uma parte de mim no futuro. Posteriormente, semearia o costume de escutar João Gilberto enquanto lavava a louça ou à tarde, quando fumava na janela. Ao fundo dos vídeos do caixão rodeado de flores e gente, ouvia-se um coro cantando Chega de Saudade numa versão diferente, que no ano seguinte eu identificaria como sendo do Tom Jobim.
Vai, minha tristeza E diz a ela que Sem ela não pode ser Diz-lhe numa prece Que ela regresse Porque eu não posso mais sofrer
Uma pena que perdemos o contato, viu, Daisuke... “Sim, uma pena... E o Franco trabalhou numa empresa de café?” Sim, até o final. “Que legal. E vocês nunca mais voltaram pra cá?” Pouquíssimas vezes. Mas não sabia se vocês tinham se mudado ou não, porque não trocamos telefones, e aí não tinha como mesmo... Agora que eu já estou perto da morte, né, pensei por que não? E estamos aqui, mas se não fosse por isso... “Teve uma vez, sim, que eu e Anita estivemos em São Paulo. Sabíamos de um clube poliesportivo nipônico que uma amiga em comum disse que você e o Franco frequentavam... Fomos lá prum festival de Primavera. Perguntamos sobre vocês pra várias pessoas e cada uma dizia uma coisa diferente. Rodamos o clube, procuramos em todas as quadras de saibro, mas não encontramos vocês.” Ah, Daisuke-chan, que pena! Queria ter sabido disso antes. Que pena, que pena, uma pena mesmo... Devíamos estar jogando, é provável. Que pena...
Chega de saudade A realidade é que sem ela não há paz Não há beleza É só tristeza e a melancolia Que não sai de mim, não sai de mim, não sai
“E vocês ficam pro jantar?” Não, Anita, precisamos vol-tar da-qui a pou-co. “Ah, sim. Fiquem pra dormir, então.” O Ênio tem tra-ba-lho amanhã, Anita. “Que pena... Então voltem algum dia e fiquem uma semana, aí a gente pode ir pra praia e tudo mais.” Pode ser, Anita, pode ser... “Oh! Vou pegar mais bolacha lá embaixo, temos um monte.” Nãão, não precisa, Anita, senta aí, conversa.
Minha avó separava as palavras as-sim pa-ra que a do-na A-ni-ta pu-des-se en-ten-der me-lhor a-pe-sar de que não fosse es-te o pro-ble-ma.
Apesar de não saber muito do João Gilberto naquele ano, a transmissão do seu velório me deixou terrivelmente deprimida, talvez porque na mesma semana, dias antes de sua morte, algo cruzou minha cabeça feito um raio e eu acabei procurando curiosidades para ler a seu respeito (vivia com a mulher, da qual os filhos não gostavam muito, e tinha dívidas até o pescoço). Não lembro direito o que foi. Só sei que foi o mesmo com o David Bowie: acabei descobrindo The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars, comprei em vinil várias compilações de sua música e foi tudo o que eu escutei por um mês, assisti a todos documentários e o filme semi-biográfico, até que um dia, amanheci com a notícia de que ele tinha falecido de um câncer que o carcomia há muito, do qual eu não fazia ideia, e chorei enquanto bebia leite frio. Depois do David Bowie, houve outras dessas coincidências, incluindo a do João Gilberto, o que levou a me perguntar se, de algum modo, eu pressentia a morte de algumas celebridades.
E os outros meninos, Daisuke? “O Celso foi pra São Paulo, né, tem duas meninas ótimas. Paulo foi pro interior, trabalha com sapatos, essas coisas.” Lembra Ênio, quando você brincava com o Paulinho? (Lembro, lembro sim, a gente ia jogar bola na rua...) “Pois é, aí o Mário ficou aqui pra cuidar de nós. Vendemos o mercado também. Com o dinheiro fizemos essa reforma. Aí quando morreu o Takeo...”
Chega de saudade... A realidade é que...
Pessoas velhas possuem um gosto para falar sobre morte e doença. E eles têm direito de falar sobre essas coisas, talvez porque esta seja sua única certeza e, nesta certeza, devem encontrar certo conforto. Todos na mesa possuíam um semblante cansado e desgostoso... exceto a tia Anita, que permanecia sorrindo independente da seriedade do assunto, sorria de orelha a orelha, os olhos nipônicos quase se fechando, exaltando uma alegria leda e brilhante. Quando terminaram de discorrer sobre os falecimentos e enfermidades dos últimos anos, fez-se um silêncio solene, desconfortável.
“E vocês ficam pro jantar?”
Chega de....
... Não, Anita.
“Ora, durmam aqui hoje!”
O Ênio tem trabalho amanhã.
Chega de... chega de...
“Bom, então fica pra próxima, né? Aí vocês vêm algum dia e ficam uma semana inteira! E aí a gente pode ir pra praia e tudo mais...”
Chega... chega... chega de...
Pode ser, Anita.
“E as suas crianças, Maria? Lembro que além do Ênio tinha a Lúcia, a menorzinha.” A Lu virou dentista e mora em Jacareí com o marido e os filhos. Mas vai se aposentar nesse ano. “É mesmo? Caramba... Lembro muito pouco dela porque logo que a tiveram, vocês se mudaram, não foi? Era bebêzinha ainda... A única filha mulher?” Não, tem a Moni também, que virou promotora e mora em Jundiaí com o marido e o filho. O Lipinho faz Direito na PUC, só Deus sabe o quanto penou pra encontrar um curso que agradasse, mas agora está namorando uma menina muito boazinha, que parece que botou ele nos trilhos. “Ah, sim, é muito bom namorar mesmo... Colocar nos trilhos...”
“Ai, não tem bolacha pra comer com o café!” Não se preocupa com isso, Anita. “Vou pegar lá embaixo.” Não preci— (É melhor que a deixe, vai lá, querida.)
A tia Anita ergueu-se da mesa, sorrindo, e saiu pela porta, levando consigo a bandeja.
“A Anita não está muito bem. Da cabeça, eu digo.” Ah... É mesmo?
...
Silêncio solene, desconfortável.
“Mas é, quase todos os meus netinhos namoram, menos a Margarida. Já tá na hora de arranjar um namoradinho, hein, Marga.”
Sorri amarelo. Depois perguntei onde ficava o banheiro. Não que esse tipo de comentário me insultasse, mas me subia uma vontade de gentilmente mandá-la cuidar de sua vida ou de justificar como os jovens de hoje não namoram. E ainda, já gostava do Lino e sabia que íamos ficar juntos. Descarreguei o café digerido e demorei-me diante do espelho. Naquele dia, escolhi usar óculos. Odeio meu rosto quando estou com eles e prefiro simplesmente não enxergar do que botá-los na cara. E aquele suéter de caxemira, que ódio, sempre esquecia como me caía mal quando resolvia usar. Esperei mais algum tempo para sair do banheiro. Ao abrir a porta, deparei-me com ela, a tia Anita, já esquecida há muito de todos e de si mesma, baixa e gorducha, bonita, sorrindo para mim. Ela portava um desentupidor e logo atrás, a faxineira segurava a bandeja com um pacote de biscoitos.
— Tive que buscar isso lá embaixo. — justificou tia Anita.
Eu sorri de volta.
— E você? — piscou os olhinhos brilhantes para mim. — Já namora?
— Ah... Não. — sustentei meu sorriso.
— Tem quantos anos?
— Dezoito.
— Ah... — com a mão livre, segurou a minha, assentindo com a cabeça. — Eu tenho certeza que você vai encontrar alguém muito especial daqui a pouco.
Foi algo na sua assertividade ingênua ou no carinho de sua mão que me desconcertou completamente. E então, a luz crepuscular se infiltrou pela janela do banheiro e acendeu um laranja vibrante o rosto daquela senhorinha de neurônios degenerados. E, de repente, ela não me parecia muito mais uma senhorinha. Não tinha dobras no pescoço, nem manchas de sol nas têmporas; diante de mim, pairava uma mulher jovem, cuja tez era lisa e corada como um pêssego maduro. Nenhum fio branco insinuava-se no meio do cabelo. Logo, seu sorriso desmanchou e um brilho austero oscilou em seus olhos, que piscaram meio perplexos, como se não me reconhecesse ou como quem acorda na hora do jantar de uma longa soneca da tarde. E na mesma rapidez com a qual sucedera esta transformação, dona Anita desvirara; isto é, no momento seguinte via diante de mim uma senhorinha, sorrindo ingênua, como se presa a um delírio interminável de bebedeira. Com suas mãos afrouxadas nas minhas, vi o instante adequado para agradecer, emocionada, e retornar à mesa.
Obrigado pelas bolachas, mas acho que já devemos ir agora. “Mas já? Fiquem pro jantar.” Não dá, dona Anita, mas muito obrigado mesmo, ficamos felizes de te encontrar. “Ah, mas durmam aqui hoje!” Não, dona Anita, preciso trabalhar amanhã, temos que pegar a estrada agora, se não fica muito tarde... “Ah.. Uma pena. Fica pra próxima, então. Vocês vêm aqui algum dia e ficam a semana inteira! Aí a gente pode ir pra praia e tudo mais.” Claro, dona Anita, mas é claro.
Tristeza e a melancolia Que não sai de mim Não sai de mim Não sai...
O Daisuke fez questão de erguer-se com as muletas e nos levar, pendurado nelas, escada abaixo, até a porta da frente. A tia Anita, tagarelando, andava de braços dados com a minha avó, que vasculhava o ambiente com olhinhos inexpressivos.
— Foi muito bom reencontrar vocês. Espero que continuem bem.
— É claro. Voltem quando puderem.
— Voltamos, sim.
Do outro lado da rua, a mulher de vestido rosa tornou a me olhar. Entrei no carro, constrangida. Suspirei e logo percebi que prendia a respiração há algum tempo.
Que não sai de mim,
Preguei os olhos no Daisuke, que paulatinamente ficava menor no espelho retrovisor. Como deveria ser, perguntava-me, presenciar os lampejos de juventude de tia Anita? Que dolorido conviver com uma concha vazia que vez ou outra trincava, somente para revelar um fantasma ou uma lembrança em sépia. E que dolorido também seria adormecer uma noite com a TV ligada e despertar sob uma colcha diferente, rodeada por móveis poeirentos e ao seu lado, o seu marido, porém calvo e com pernas moles.
Afundamos num silêncio do diabo. A pescada se revirava no meu estômago. Eu tinha um gosto amargo na boca.
...não sai de mim,
Dei uma última vislumbrada na tia Anita, sorrindo e acenando, com Daisuke ao seu lado, pendurado e aquiescente.
não sai.
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( Parte 32 ) Essa será a última parte Publicada Dos Reis do pecado , o livro online já atingiu 78 paginas e 40 mil palavras e por questões comerciais a história não poderá ser revelada mais que isso. De 2015 -2020 , cinco anos nessa jornada que ainda nem chegou na metade , claro que se você quiser acompanhar o restante basta esperar até a versão física .
Fridda tinha muitos cabelos arrancados boiando na água da banheira, isso por conta da tentativa de desembaraça-los. Ela não pode deixar de dizer - Ai ! A cada segundo em que muitas mãos trabalhavam para torná-lo liso.
Megway – Eu achava que você tinha o cabelo castanho claro , mas você é loira ..Tinha tanta terra e lama misturadas que eles ficaram caramelizados . Isso são reflexos de anos de desleixo com sigo mesma. Levante que nos vamos trocar a água da banheira.
Fridda – Terminamos ?
Megway – Não , você vai voltar para ai e vamos fazer tudo de novo.
Fridda – Eu já estou nesse suplicio de limpeza a mais de quarenta e cinco minutos . Eu nunca fiquei com as mãos tão enrugadas na minha vida ... Olha, os meus dedos parecem de alguém com mais de 50 anos .
Sakhim – Fridda , você precisa sair daqui um brinco . Você ainda tem uns grudezinhos no pescoço . Você está com olheira , não dormiu bem ontem a noite ?
Delins – Eu sou a prova viva que ela ficou até tarde ontem em claro , Medrick terminou de tirar a pedra vulcânica do centro da cidade lá para as três e meia , e quando passei com ele para dentro de casa , Fridda estava no sofá com os olhos arregalados parecendo uma coruja caçando ratos .
Megway – Agora vamos usar uma química mais pesada.
Alguém bateu na porta da sala de banho ...As garotas se assustaram. Elas falaram – Tem gente. E de trás da porta ouviu-se uma reclamação , era Medrick.
Medrick – Por quantos anos vocês pretendem manter Fridda presa ai dentro . Eu preciso me apresentar o quanto antes ao meu superior garotas.
Megway – Ela não pode sair ainda.
Medrick – Tem mais três pessoas aqui aos pés da porta , duas delas querem fazer suas necessidades , a outra almeja o desjejum da manhã que não foi posto a mesa.
Megway brigou com suas irmãs .
Megway – Como vocês se esqueceram de por a mesa para os hospedes ? Eram para terem feito isso antes de virem aqui cuidar da Fridda. Aiber vai lá dar de comer ao povo .
Aiber foi apressada pela mais velha a sair e ir servir os hospedes. Aiber foi ciente de suas responsabilidades mas deixou claro que preferia estar ali conversando que servindo.
Fridda – Aiber consegue dar conta de fazer um café da manhã para doze homens sozinha ?
Megway – A comida que servimos ao amanhecer não é tão elaborada quando deve ser o almoço e o jantar. Basicamente, damos aos hospedes só fatias de pão assado e leite quente nesse horário.
Fridda tomou seu segundo banho consecutivo , esse demorou menos mas foi o mais ardido . As filhas de Adiopetriano espremeram limões e botaram gotas na banheira onde Fridda estava mergulhada . Dessa vez a água estava morna e Fridda teve vontade de tirar uma cochilo ali . Ela sentia sua pele sendo mordiscada pelo acido do limão , mas não era nada muito incomodo. Em um breve momento de despreocupação ela afundou a cabeça na água e seus olhos lacrimejaram por causa do limão , e eles ficaram levemente vermelhos , mas nada preocupante. Sakhim tirou com um pinça os pelos de sua sobrancelha e nariz. Aiber consegui voltar para a sala de banho , após dar o café da manhã dos hospedes e trouxe consigo um dois baldes , um cheio de espuma e o outro com três escovões. A espuma foi derramada na banheira e Sakhim pegou um pouco da espuma e soprou na cara de Megway que fingiu ficar brava e depois soprou na cara de Fridda que acabou espirando com a pequena quantidade que entrou no seu nariz . Megway disse que Fridda deveria ficar de pé , e ela ficou , então as quatro filhas de Adiopetriano limparam-na . Ela não pode deixar de sentir cocegas com quatro escovões sendo conduzidos delicadamente pelo seu corpo. Bom , Megway e Delins na verdade eram as que escovavam as partes de Fridda com mais atrito. Megway queria deixa-la um primor mas Delins parecia que escovava tentando machucar a pele da garota.. aquilo ficou tão evidente que Megway advertiu a sua irmã a escovar com mais calma .
Megway – Todos os seus defeitos visíveis se foram , quilos e quilos de sujeira e gordura da cidade dos porcos acumulados em você escafederam . Eu faço esse banho em outras mulheres Fidda , mas o que fiz você , foi além de um banho , foi uma verdadeira libertação da alma. Você parece até outra pessoal . Quer se ver no espelho ?
Fridda – Eu não me vejo no espelho a muito tempo , até os reflexos de água eu evito
Sakhim – Seus problemas com a aparência se acabaram agora , não tem porque você se sentir horrorosa .
Aiber – É , e espelhos tem que seus melhores amigo a partir de hoje , ande sempre com um , dentro do decote .
Megway – Vai querer se ver ?
Fridda – Não sei ...
Sakhim – Você vai se impressionar , eu estou impressionada . Você antes perecia um guaxinim é serio , ao redor dos seus olhos tinha um pouco de escuro das impurezas que penetraram na sua pele com o passar do tempo , era igual uma máscara de bandido .
Aiber – A Delins parece até que ficou com ciúmes de você . Olha a cara dela.
Megway – A Fridda não me parece o tipo que rouba o homem das outras .. né fridda ?
Fridda – Como assim roubar ?
Sakhim – Voce está viajando com o medrick lá na capital ...talvez ele não tenha sentido nada por você ainda mas depois que vir sua transformação. hmmm ai eu tenho minhas duvidas.
Delins ameçou jogar o escovão que segurava na cara de sua irmã , mas desistiu e jogou no chão. Delins saiu pisando forte.
Sakhim – Eu estou brincando Delins ,volta !
Fridda – Ela é muito ciumenta ?
Megway – Na verdade ela só está desalegre porque Medrick vai ter que partir mais cedo do que ela pretendia. Ele já não é de aparecer muito em Salserd por conta de suas responsabilidades do seu cargo na capital. O máximo de dias que ele fica aqui são cinco , as vezes menos ...e são cinco dias depois de um mês ou dois dar as caras .
Aiber – Aqui está o espelho !
Fridda virou o rosto. Sabe-se lá de onde Aiber havia tirado aquilo
Fridda – Não , agora não !
Mas foi tarde de mais , Fridda já tinha visto de relance seu reflexo , ao poucos foi tirando as mãos do rosto que também havia botado para se proteger de sua própria imagem ...Aiber continuava a expor o espelho bem na sua frente a centímetros . Fridda escutou elogios e incentivos das outras meninas para não ter medo .
Megway – Vai Fridda se olha logo de uma vez , essa timidez toda da nos nervos. Nos três achamos que você está linda não é verdade ?
Sakhim – Sim , Dunaway também te acharia linda , mas ela está dormindo aquela preguiçosa.
Aiber – E eu só largo o espelho quando você o encara-lo.
Fridda – Tá ...eu vou fazer isso .
Fridda ficou encantada consigo mesma e o seu queixo caiu. Ficou imaginando se aquele rosto era mesmo o seu , se ela sofreu algum encantamento ou se estava vendo um retrato de uma musa inspiradora de um grande artista...Fridda tinha cabelos loiros , fios finíssimos e dourados , um dourado que reluzia como a arca de um tesouro , seus olhos tinham três tons de azul ; como o céu da manhã claro , como o da tarde quente e como da noite escuro . as tonalidades eram alocadas da seguinte forma na parte inferior do olho , manhã , na parte do meio a tarde , e a parte superior a noite. Ela tinha as bochechas enrubescidas como a de alguém que vive apaixonado. Seus lábios cor solferino, e quando colados, sorrindo ou sérios pareciam um pouco com um coração.
Fridda – Acho que o banho de vocês é magico!
Fridda emocionou-se e tocou no seu rosto várias vezes ainda sem crer. Sakhim a abraçou depois que Fridda principiou um curto choro.
Um hospede gritou já muito afobado para as garotas que ainda estavam ocupando o banheiro.
Hospede – Saiam dai ! Estou querendo me aliviar desde a hora em que acordei , tão fazendo uma festa , tão reformando ? não me obriguem a ia na rua e me fazer mijar lá feito um CÃO !
Megway – É a nossa deixa , Fridda , vamos buscar uns vestidos para voce. Nos já vamos sair senhor, só mais alguns minutos.
Desculpou-se a mais velha com o cliente.
Fridda – Não tem outro banheiro aqui não ?
Megway – Tinha mas ele precisou ser fechado por trinta dias até que não estivesse mais impuro.
Fridda – Impuro ?
Sakhim – Coisa do Papai , ele descobriu que no banheiro próximo a cozinha , isso é , quase ao lado da poltrona de onde ele descansa aconteciam certas coisas... Ai ele mandou trancar o banheiro até que os pecados cometidos ali fossem esquecidos .
Megway – Até parece que estamos é no reino da luxuria e não do da vaidade ! Temos inclusive um local que se chama , os Seios Da Condessa .
Fridda – É uma casa ?
Megway - Não, são dois montes pequenos cor de rosa , cobertas por flores , ao longe parecem dois grandes mamões fartos saindo de dentro da terra.
Sakhim - Mas quem colocou os montes com um nome tão chamativo como esse ?
Megway - O proprio rei de Castelo Maior os batizou assim , dizem que enquanto ele cavalgava por ai em aventuras achou esses montes e murmurou que eles lembravam aos triunfantes seios de sua mulher que ja tinha sido uma condessa antes de se torna rainha .
(Voce encontra meus outros trabalhos nos links abaixo ) http://brunoronald.deviantart.com/ https://facebook.com/NoCoracaoDaFantasia/ https://brunoronald.tumblr.com/ #escritor #autornacional #artista #livros #literatura #portugal #brasil #textos #meustextos #fantasia #trechos #trechosdelivros #tumblr #frases #autorais #poesia #romance #escritor #autoresnacionais #brunoronald #osreisdopecado #tumblr #frases #histórias #fantasia #contos #novelas #meuslivros #livros #literatura #brasil #portugal #trechos #minhas #meus #rabiscos #ariasplatem
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Acordou com o alarme silencioso vibrando no pulso, e leu as linhas do relatório que lhe informavam do invasor.
— Guardem-no — pediu às Dora Milaje excedentes antes de fechar a porta do aposento.
Apressou o passo, os relatos indicavam que havia entrado sem maiores problemas, e que parecia ser apenas um diante da possibilidade de conflito, identificado ainda em voo e insistente em pedir que não o tentassem abater e desviando de um projétil, irritado em pedir novamente.
— O que faz aqui? — transmitiu para o aparato quando a princesa liberou o canal.
— Eu preciso da sua ajuda com uma coisa — ouviu em resposta.
Pousou um pé, antes de outro, ameaçado por lanças antes, o elmo desfazendo-se em escamas antes de ousar mais um passo no salão.
— Olá — cumprimentou Tony.
— Homem de ferro… — disse T’Challa encolerizado —, o que pensa estar fazendo?
— Olá rei… Grande rei T’Challa Filho de T’Chaka — diz ao observar ao redor, ignorando o exército —, de Wakanda — continua sem voltar-se ao anfitrião. — Onde ele está?
— Ele? — questiona.
— Você sabe. Cara alto, cabelo preto, trapaceiro e mentiroso, gosta muito de verde…
— Loki — lembrou-lhe o nome.
— Esse mesmo — declarou ainda arrogante. — Onde ele está?
— Em segurança — afirmou.
— Ah, isso é ótimo — aprovou. — E eu posso falar com ele?
— Não, não pode. Mas pode retirar-se do meu país.
— Ele não está, não é? — riu com sarcasmo. — Eu sabia. Eu avisei. Eu disse para Thor que não era uma boa ideia o ter fora das vistas… Vou dar o alerta. — Aproximou o punho da boca.
— T’Challa — ouviram do corredor —, por que saiu apress…
— Ah, aí está ele…
Lançou pequenos fogos de artifício na direção do recém chegado, que os aparou até que se apagassem rapidamente.
— Que surpresa — confessou Tony. — É mesmo ele, e ainda está aqui.
— Um telefonema seria o suficiente — repreendeu T’Challa. — Não confia na minha palavra?
— Desculpe — respondeu —, mas seu país não se relaciona no resto do mundo ou do planeta por tempo o suficiente para conhecê-lo completamente. O seu belo país é ingênuo, um bebê comparado ao restante do mundo — diminuiu-o. — Na última vez que ele andou livremente…
— Loki — corrigiu uma última vez. — E você trás mais risco para o equilíbrio dos poderes do que o meu convidado — afirmou ao estender a mão à quem referia-se. — Você, conhecido como protetor do globo, está prestes a causar um incidente internacional.
A atenção foi desviada para o outro corpo que cruzou o céu, sendo ladeado por mais de sua guarda antes mesmo que o recém chegado tocasse o chão. Quase preocupado com Loki até ver as máquinas flutuarem defensivamente acima deles e em atenção aos invasores.
— Não acredito que você veio mesmo aqui — resmungou Thor. — Vamos embora, agora. Antes que cause mais problemas.
— A segurança de Wakanda precisa ser melhorada — alertou Tony. — Se quiser algumas dicas de…
— Não tolerarei o desrespeito ao meu país e suas pessoas — censurou-o com rispidez. — Expulsem-os. E Tony, não terei clemência caso ouse pisar em Wakanda novamente — jura.
— Clemência… quem precisa de…
— Como tem estado, Loki? — Acenou Thor. Loki baixou os olhos sem querer envolver-se naquilo mais do que o obrigavam. — Rei T’Challa Filho de T’Chaka, Tony não voltará aqui novamente. Pedirei à Pepper que tire as pernas dele — ameaçou.
— Ela o mandou aqui? — questionou Tony.
— É.
— Então ela já sabe de tudo?
— É.
— Talvez eu deva me apressar…
— Engraçado. É o que eu ia dizer… — ouviu Pepper dentro do aparelho.
— Ah, querida — resmungou surpreso. — Você estava ouvindo tudo?
— Pode apostar — afirmou. — Como assim invadiu Wakanda? Você está louco?
— Como hackeou o…
— Não desvie do assunto, eu pedi a ajuda de Shuri. E ela conseguiu mais rápido do que você conseguiria — confessou.
— Ah, eu duvido muito.
— Volte para os Estados Unidos, Tony. Agora.
— Mas eu ainda tenho que…
— Você já foi expulso, Tony, por sua culpa estamos com um péssima relação com Wakanda. Então volte para cá agora, ou serei obrigada a explodir sua armadura.
— Considerem-se banidos de Wakanda, para sempre.
— Banido? — retrucou Tony. — Essa é uma palavra muito forte para…
— Tenho assuntos importantes pra tratar, e nem de longe você é um deles. Escoltem-os para fora.
Acompanhou-os com os olhos por algum tempo, da entrada do salão antes de retornar ao quarto — alguns passos à frente de Loki incerto entre ficar ou avançar. Era o único corredor que apresentado, então deixou a porta aberta em convite antes de ser fechada sem ruído algum. Havia preocupado-o de um modo como não gostaria, o visitante sabia sua posição perante todos e não gostaria de ser encarado, por ele, como alguém que o manteria sob vigia como se também experimentasse uma coleira no pescoço do jotun.
Tomou sua mão antes que se afastasse novamente para que ele também pudesse observar os invasores serem retirados, sem que a presença das naves se afastassem por um só momento, e tinha certeza de que Shuri acompanhava cuidadosamente, com as mãos a postos nos comandos bélicos.
— Tem falado com o seu irmão todos os dias? — questionou.
— Sim — afirmou Loki. — Talvez eu deva…
— Não — recusou-se antes mesmo de ouvir. — Talvez eu deva fazer algo. Como convidá-lo, esta noite, para jantar — sugeriu.
— Jantamos juntos todas as noites.
— Convidá-lo para jantar do modo como as pessoas, do mundo exterior, fazem — insistiu. — Deixar evidente a todos o meu cortejo à você, e que é importante para mim.
— Não preciso diss…
— E nem eu — garantiu. — Mas, aparentemente, os demais precisam, como o Homem de Ferro — cuspiu as palavras recusando-se a pronunciar o nome ao sentar-se na cama. — Isso deve desencorajá-los a perseguí-lo por estar ao meu lado.
— Ele realmente o irritou.
Subiu no colchão firme o bastante para pouco balançar. Com cuidado tocou-lhe os ombros, vendo na falta de reação a permissão para que segurasse ali, antes de pressionar uma massagem leve.
— As perturbações de ser responsável por um reino — tentou o tranquilizar com a grande mão sobre a de Loki.
— E o que eu posso fazer para ajudar?
— Você sabe o que pode fazer, e habilidosamente bem.
— Agora? — questionou observando na tela do celular as notícias do evento que ele precisaria estar presente em algumas horas, fora de Wakanda.
— Será apenas à noite. — Puxou-o por baixo do braço direito, surpreendendo-o por um momento. — Quero que esteja presente, e poderemos jantar depois.
Loki não respondeu, observando os olhos próximos que o encaravam. Podia se ver ali, deplorável com a cabeça nos joelhos de T’Challa.
— Vai me levar? — questionou como servo.
— Eu nunca o deixarei sozinho — garantiu. — Sou o responsável pelo seu bem estar.
— E quer me manter sob sua vigilância — suspirou.
— Você é um alívio... — Beijou-lhe. — ...para mim... — Beijou-o. — ...diante de tantos compromissos — afirmou lhe segurando o lado do rosto para beijar uma última vez.
Alisou novamente e sorriu sem entusiasmo, conformado com o que sentia por Loki, e moveu a mão na direção dos pés, desvencilhando-se da fivela sem protesto algum do outro, que apenas respirou fundo — ansioso.
A festa que T’Challa havia decidido abordá-lo não foi a primeira vez que havia cogitado estarem juntos. Odiou-o no início, como todo o mundo e possivelmente toda Asgard. Após o primeiro impacto manteve-se atento às notícias por meses e anos depois dos efeitos da batalha em Nova Iorque se acalmarem.
Loki era focado, com a capacidade de ditar ordens em um lugar onde era recém chegado, com nenhum ou quase nenhum conhecimento prévio além no nome de Midgard onde havia sido criado.
Julgou corajoso. Ousado e corajoso. Ainda que perigoso. Colocara seu planeta natal em risco, ao invadi-lo, foi contra a própria família — a própria segunda família — e o irmão, apresentando aos terráqueos uma gama de novas possibilidades tecnológicas e existenciais daquela galáxia e no universo.
Toda a engenhosidade de Loki usada para a perversidade. No passado.
Finalmente ouviu o som escapar por entre os lábios, um suspiro breve, e sorriu. Loki cobriu os olhos com o antebraço, escondendo-se antes de fechar os olhos — mais tímido do que alguém conseguiria obrigá-lo a ser. Tirou o braço, para o beijar com a desculpa de o ver mais. Mudou a massagem.
— Olha pra mim — pediu. — Deixe-me ver — insistiu — como consigo o satisfazer.
— Um juiz… analista… — zombou.
— Quero testemunhar o que consigo fazer com você — confessou.
As pupilas noturnas encontraram as suas, sem imaginar o quão dilatadas estavam antes de fechar seus olhos novamente, para concentrar-se em si mesmo. Sentiu os lábios nas pálpebras, e não pode evitar a contorção dos próprios lábios quando T’Challa pressionou-o mais entre as pernas, antes de invocar seu nome de rei.
Foi beijado novamente ao se aliviar, com o tremor que se estendeu até a língua que o outro tocava. Sentiu o largo sorriso de T’Challa abrir-se antes de se recompor ao menos para abrir os olhos novamente.
— Fique no quarto — pediu. — Tenho muitas coisas para fazer hoje, e terá funcionários à sua disposição, caso queira conhecer os outros cômodos e salas — sugeriu lhe beijando os dedos antes de levantar. — Virei buscá-lo no início da noite, para que possamos ir juntos à reunião.
Resmungou que sim, repentinamente cansado ao abraçar-se ao travesseiro antes que T’Challa saísse e fechasse a porta com um vitorioso sorriso.
Estava com sono, no entanto não o suficiente para realmente dormir. Tampouco estava desperto para enviar a Thor uma mensagem sobre o acontecido mais cedo. Apenas deixou-se ficar na cama, entre as lembranças dos toques desde a festa em que fora abordado e a realidade de que o anfitrião estava distante.
❈
O salão estava cheio quando entraram, sei deixarem de perceber o visitante não anunciado. Seis Dora Milaje os separavam, e outras seis delas seguiram atrás do segundo, sem que ninguém pudesse se aproximar ou este tivesse liberdade para qualquer movimento suspeito. Rei T’Challa as deixava menos receosas quanto à presença de Loki, todavia ainda assim deveriam mostrar o poderio de Wakanda para lidar com o estrangeiro.
Loki manteve-se ao fundo com as suas sentinelas, por horas tediosas enquanto tratavam de questões importantes do continente e das quais sua presença era irrelevante. Eram problemas que existiam desde antes de saberem sua existência e assim permaneceriam — eram questões daquele mundo.
Por isso era quase meia noite quando saíram do prédio, após T’Challa cortesmente cumprimentar cada líder de sua região, e seguirem para o restaurante no outro lado da cidade. Um carro à frente e outro atrás do largo em que estavam, nas ruas vazias que antecediam a madrugada.
As Dora Milaje dividiram-se na porta dos fundos e na entrada principal do restaurante, assim como nas laterais da porta da cozinha. Ninguém se aproximaria sem que notassem.
A mesa, um pouco maior que a dos demais, ainda que com apenas dois usuários, estava na primeira metade do salão, com os primeiros pratos saboreados junto com taças de um bom cachipembe.
— Como está a refeição? — questionou T’Challa.
— Agradável — confessou, provocando um sorriso de aprovação. — Uma surpresa essa bebida. Parece infantil, ao olfato, no entanto um engodo decifrado no paladar.
— Sim — concordou. — Então não empolgue-se.
— Não seja ridículo. Deuses não se embriagam.
T’challa deixou escapar uma risada mais baixa, e divertida. Loki tinha seu próprio modo de ser sincero, ainda que muitos pudessem encarar como ofensa. No entanto, ao fazê-lo, apenas deixava o outro disposta a ser sincero ao seu modo, sem máscaras.
— Há um deus, na cultura desse mundo, conhecido por sua entrega a bebidas, vícios, e depravações — falou.
— E onde ele está agora? — questionou.
— Mitologia, apenas.
— Entendo, histórias infantis…
— Ninguém sabe ao certo, na verdade — admitiu. — Também temos deuses da caça, dos mares… do amor. Quais os seus planos para o futuro?
— Não ser confinado — ponderou com uma breve inclinação da cabeça. — Não matar ninguém na tentativa de me defender, ou que parem e tentar me matar… — continuou.
— Ei, esqueça o que aconteceu essa manhã — pediu antes de lhe pegar a mão por cima da mesa. — As pessoas vão te aceitar, como eu aceitei. Bem, não exatamente do mesmo modo. Não quero ter de disputá-lo…
— Que planeta arcaico… como se o infeliz cobiçado não tivesse escolha.
— Tem, tem sim — afirmou. — Afortunadamente cobiçado e desejado, apenas sua palavra contará…
Escutaram a freada na rua seguida da explosão, e T’Challa estava suspenso no ar, em queda, dentro de uma bolha, e uma parede entre as primeiras mesas e a vidraça quebrada protegeu todo o salão dos estilhaços. Apenas Loki estava de pé defensivamente, sem esconder-se e atento a quem poderia ter estragado sua noite. Logo o carro partia, e escutou as batidas de T’Challa no escudo que o havia envolvido, então o libertou, ainda mantendo a invisível parede isolando enquanto todos acalmavam-se.
Manteve-se com os olhos no lado de fora ainda ouvindo explosões, ignorando os burburinhos de sua culpa pelo atentado. Viu Falcão seguir à frente, seguido pela Viúva Negra e pelo Capitão América em seguida, e estremeceu quando a mão pousou em seu ombro.
— Acho que está tudo sob controle — escutou T’Challa. — Lamento pelo jantar.
— Não é sua culpa — respondeu desvencilhando-se da mão após lançar outro olhar aos que o encaravam, e desfazer o escudo.
— Não considere o que eles dizem ou pensam. Você impediu que se machucassem, e deveriam ser agradecidos por isso. Porém, nós, humanos ridículos, somos uma população que tende à ingratidão — consolou-o antes de Okoye aproximar-se. — Todas estão bem?
— Há duas a menos, devem estar lá fora — respondeu Okoye, com um aceno às companheiras.
Loki repentinamente olhou para fora, sem tempo para as proteger tão repentinamente, como havia feito com todos, menos com elas, que querendo ou não tentariam o proteger segundo as ordens do seu rei. T’Challa seguiu em seguida, deixando-o entregue aos comentários mais à vontade com a ausência do herói. Sorriu do copo arremessado, poderia ter desviado ou criado um escudo, mas quem o havia jogado não tinha mira alguma.
As exigências de que voltasse para casa ou apenas morresse silenciaram quando T’Challa retornou para o buscar de onde o havia deixado: — Vamos. — Estendeu a mão sem que fosse pega quando Loki se encaminhou à nave que planava.
Dora Milaje guardavam três lados do veículo após colocarem as feridas no interior e uma as acompanhar, e não demorou-se a embarcar e afivelar o cinto, observando pela janela a agilidade na formação delas antes de também estarem no interior. Os três carros usados, para uso e em escolta, seriam buscados em outro momento, durante o dia. Até lá estariam trancados em modo defensivo não apenas para evitar o roubo, mas sim impedir o acesso à tecnologia de Wakanda.
— Elas estão bem? — questionou receoso.
— Uma concussão leve — esclareceu. — Ficarão bem. As Dora Milaje lidam com mais do que isso mesmo nos treinos.
— Não foi um treino — contestou.
— De fato, mas…
— É minha culpa, por estar lá — suspirou. — Por estar perto de você em público.
— Ainda não sabemos o que aconteceu. Ainda assim não há modo de você ter alguma culpa à respeito do que aconteceu.
— Não pode saber se não tenho envolvimento se não sabe o que acon…
— Eu sei — garantiu lhe tomando o rosto entre as mãos. — E tudo será esclarecido em alguns minutos, você vai ver.
Não notou a mesma resistência comum ao ser levado ao laboratório, distante da ala hospitalar para onde usou das habilidades para levar as duas guardas feridas.
— Vocês estão bem, não estão? — perguntou Shuri. — Além das duas Dora Milaje… Alguém mais se feriu? Algum civil?
— Não, mais ninguém — relatou o irmão. — Graças ao Loki.
— Obrigada — agradeceu. — Aqui, o Capitão quer falar com você.
— Rogers?
— Ele mesmo. Rogers — anunciou no transmissor —, está no viva-voz.
— Capitão — anunciou-se T’Challa —, a questão foi resolvida?
— Sim, sim. Está resolvida — afirmou. — Parcialmente. Podemos conversar em particular?
— Não há o que… esconder. Todas as ligações são monitoradas, de qualquer modo. E aqui estão a princesa e meu pretendente, apenas.
— Eu preciso insistir que...
— É seguro — afirmou. — Quem eram eles?
— Traficantes de armas — esclareceu. — Praticamente civis. Eles são contra união entre vilões e heróis e, em benefício próprio, estão a favor dos heróis.
— Estão equivocados — declarou de imediato.
— Eu… eu sei, mas… — ouviram-no suspirar com pesar. — Sejam cautelosos — pediu. — Você principalmente, podem querer usá-lo de exemplo por ser mais vulnerável em batalha, caso estejam distantes.
— Nunca estaremos — afirmou.
— Estes estão detidos, o que não impedirá que mais surjam com o tempo.
— Obrigado pelas informações, Rogers — agradeceu com a seriedade que a situação exigia. — Ficaremos bem e seguros. Cuidarei da nossa segurança imediatamente.
Quando desligou Shuri sinalizou para quem terminava de sair a passos vagarosos. Apressou-se para o alcançar, mesmo que Loki não levantasse a vista para ver os cumprimentos respeitosos das Dora Milaje — em agradecimento pelo zelo de suas das suas.
Viu-o sentar-se no lado da cama que havia cedido há menos de uma semana, e percebeu de imediato quando não foi ouvido. Aproximou-se mais e abraçou sua cabeça com cuidado, sentindo no antebraço a cócega dos cílios quando os olhos se fecharam. Repetiu: — Não foi sua culpa.
— Foi. Minha mera presença — suspirou. — Preciso me afastar de você, e retornar para entre todos aqueles que me mantém sob vigilância.
— Embora eu não aprove a vigilância permanece, focada em Wakanda. Rogers e todos os outros sabem que não é culpado de coisa alguma.
— Eu sou! — afirmou empurrando-o, para levantar-se e sentar em outro local da cama, em seguida. — Sou culpado e nada confiável! Alguém que já ameaçou Midgard, Asgard e meu planeta natal apenas por nascer...
Afastou as laterais da túnica escura e sem dificuldade sentou-se sobre os magros — e fortes — joelhos, novamente na tarefa de o convencer dos pensamentos ilusórios que tinha. Teve-lhe o rosto novamente entre as palmas quentes das mãos para que olhasse em seus olhos.
— Você não tinha a bomba, você não atacou ninguém, e sequer é o culpado por ter nascido — afirmou.
— Apenas em permanecer vivo — respondeu sarcástico.
T’Challa quase achou-o engraçado. O deus da trapaça mentir para si mesmo daquele modo insistente. Juntou os lábios rapidamente e com suavidade, sem demorar a ser correspondido, ainda que se mantivesse apenas receptivo a ser adorado — como um deus deveria ser.
Os braços envolveram seus ombros e sua nuca, e o peso do rei sobre suas pernas era nada, e experimentou as coxas humanas fazendo-o pousar uma das mãos em sua cintura. Apertou-as novamente. Outros mil anos existiria sem a adoração que Midgard prestava com sua sociedade subdesenvolvida, caso aquele rei não existisse.
Viveria outros mil sem ele. Deveria ter ao menos aquela lembrança.
Deslizou, apenas o suficiente para que sentasse vagarosamente no chão, com o rosto ainda tomado por beijos apaixonados de quem ainda testava seu estado de humor, aproveitando-se. Não foi censurado quando mordeu-lhe os lábios, não dessa vez, e gostaria que T’Challa permitisse afundar os dentes na carne tão quente e macia.
Sentia-se um predador, como um tritão em caça. E não conteve a voz quando finalmente o teve dentro de si. T’Challa ainda tinha interesse em apreciá-lo do que aproveitar à devassidão a qual entregavam-se, até afastar uma das mãos dos seus lábios — depois de colocar uma mecha de seu cabelo atrás da orelha — para segurar o conjunto de vasos, pressionando-o como se pudesse interromper o fluxo.
— Devagar — pediu com suavidade, refreando-o novamente quando Loki tentou mover-se novamente. — Devagar — repetiu —, meu amor. Acalme-se, sim? — insistiu.
Loki desceu a testa ao seu pescoço, com a respiração ali quando o que podia era mover-se o mínimo na menor velocidade possível, momento ou outro com um lamento quando a régia mão estava ali para detê-lo. Recusava-se a implorar, e sabia que não era o que T’Challa gostaria, também — um deus nunca imploraria.
Sugou a pele negra como se pudesse marcá-la de imediato e ignorou os lamentos como os seus eram ignorados, até o rei mover-se, estranhamente incômodo. Encarou-o surpreso, vendo-o apreensivo, e desviou os olhos para para o que havia em seu ombro em seguida.
O anfitrião testou um movimento, tranquilizando-o que não passava de um arranhão. Ainda assim lambeu aquela gota de sangue em um pedido mudo de desculpas, então tornou a subir e descer conforme T’Challa regia.
Experimentou os dentes novamente, dessa vez para realmente desfrutar quando a pele se rompesse entre seus lábios. Tentativa até que o rei desse um basta naquilo ao dizer: — Coloque os ombros na cama — pediu —, de costas para mim.
Loki não demorou-se, exposto sem dobrar os joelhos e de ombros baixos, suspirou quando os dedos tatearam, e cada uma das suas reações foram devidamente registradas pelo seu parceiro antes de T’Challa recomeça — lento demais.
— Parece ter sido uma reunião proveitosa — elogiou. — Todas aquelas decisões tediosas.
— Decisões que garantem o bem estar de todos de um modo sustentável — resumiu T’Challa em defesa do reino.
Se o irritasse talvez conseguisse o que queria, e continuou: — Os negócios com o exterior… — falou antes de ser interrompido por um tapa nas nádegas.
— Exportação e importação são insignificantes para Wakanda. Todavia mantém as aparências. — Deslizou as mãos pelas costelas, alcançando os cobiçados mamilos.
— Realmente importa-se com todo o continente — apreciou. — Com todas as crianças daqui, e não apenas as do seu país. Em combate e resgate das crianças soldado na África.
T’Challa acertou uma e outra vez do mesmo modo que antes, avermelhando e aquecendo rapidamente sua pele, e Loki retraiu-se sobressaltado, para um ganido seu em reação ao protesto de quem era atingido.
— E os avanços da medicina, em expedições para atender ao máximo de necessitados é...
— Pare de falar — pediu interrompendo-o com um beliscar no mamilo.
Mesmo dali não pode ver o sorriso indecente de quem estava por baixo, satisfeito em finalmente o frustrar após ser frustrado pelo anfitrião. O que não significava que se daria por vencido: — É um belo reino — elogiou.
Foi puxado para colar as costas ao peito que estava distante um momento antes, abraçado pelos braços antes da língua úmida ser tateada quase agressivamente, e o canto da boca puxado até que seu rosto se virasse para ter um beijo plantado antes que guiasse aqueles dedos, encharcados, para o seu músculo entre as pernas.
— São… S-são medicamentos valiosos — insistiu uma última vez.
A mão escalou para o pescoço, disposto a encerrar por vez aquelas distrações inconvenientes, reduzindo apenas um pouco a passagem de ar. Não demorou para que o ambiente fosse preenchido apenas pelo som de seus corpos.
A voz contida não era o único modo de o provocar, queria mais que aquilo, queria mobilidade. Poderia a exigir, ou apenas o surpreender — e esperava que não assustasse a sua alteza…
— Loki, seu…
— Sim? — perguntou em um suspiro do mesmo tom de voz que jamais o denunciaria.
— ...o seu… — Tateou-o mais até encontrar seu clitóris. — Eu não acredito que… Ele… desapareceu…
— Desapareceu? — Moveu se aproveitando das falanges.
Puxou o pescoço para depositar um beijo ali. Nunca esteve tão excitado e não conseguiria se conter por mais tempo. Abafou a voz rouca e grave com a própria, usando das artes sexuais mais conhecidas para que seus dedos fossem involuntariamente pressionados, antes do ânus manifestar-se com os espasmos refletidos.
Paralisaram-se aquele instante, com o cabelo de Loki em desalinho ao segurar-se em T’Challa, permitindo que preservativo vazasse quando afastaram os quadris apenas alguns centímetros, escorregando para deitarem no chão fresco, e o rei buscando os batimentos de Loki ao deitar-se em seu peito.
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eu aprendo como toda a gente
Para quem não sabe, sou filha de pastor.
E eis as 3 frases mais ditas relacionadas com filhos de pastor e os meus pensamentos sobre cada uma.
3. “É concurso bíblico? Vai a filha do pastor representar a nossa equipa!”
Aquela pergunta muito fixe que dá vontade de desaparecer num buraco.
É assim, cá em casa nós não temos altas sessões teológicas e estudo intensivão da Bíblia. Claro, tenho sempre a vantagem de poder esclarecer dúvidas com o pastor numa base diária, mas também não recorro a essa carta com tanta frequência assim. A verdade é que eu aprendo sobre a Palavra de Deus como toda a gente: nos bancos da igreja, nas salas de escola dominical, nas minhas leituras devocionais, etc. Se calhar estou a destruir a imaginação das pessoas, mas... Não, eu não nasci com uma bíblia debaixo do braço e também não fiz seminário enquanto os outros faziam a primária (ahaha no entanto, seria muito fixe se houvesse alguém por aí que tivesse feito isso). Posto isto... Não esperem uma grande performance da minha parte nos concursos bíblicos, até porque tenho um trauma porque quando era mais nova nunca levantava antes dos outros para responder às perguntas, porque os meus pés não chegavam ao chão.
2. “Olá! Lembras-te de mim? Eu conheci-te quando eras assim pequenina!”
Acho que esta pergunta não é exclusiva de filhos de pastor, mas é bem comum. É nestas alturas que eu faço o grande esforço para não responder a primeira coisa que me passa pela cabeça: “Não sei...!?!?!? /olhar de desespero para os meus pais/”
Agora a resposta automática de sorrir e dizer “Olá! Como está?” é muito mais fácil (depois de tantos anos a gente apanha a prática). Aliás, eu nem me importo que me digam que me conheceram quando eu era uma amostra de gente, porque é giro voltar a conhecer alguém. Mas não me perguntem se eu me lembro, porque eu nem me lembro do que comi ontem ao jantar. Mas, se vos escapar a pergunta, deixem lá, faz parte. Eu sei que no futuro também vou fazer isso a outros filhos de pastor (hahah)
1. “Os filhos de pastor são os piores.”
Esta é a frase que normalmente dizem pela piada e só para a gente se rir. E é a que mais ouço também... Então, a piada começa a ficar gasta e a gente passa a ter de forçar aquele riso amarelo e depois já nem sabemos mais que cara por nessas alturas. Ou então começamos a fazer um flashback à nossa vida para ver “where did we mess up for good?*” Mas, eu entendo, [-atenção: brincadeira à vista-] há um encanto qualquer instalado nos filhos de pastor e a ideia de que eles são humanos e fazem asneiras como meros mortais é sempre um alívio para os restantes habitantes da terra.
*where did we mess up for good? = onde é que fizemos asneira da grande?
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Capítulo 8: A surprise invitation
Pov de Dany
Os últimos acontecimentos estavam realmente acabando comigo e ficar tão próxima a Harry me lembrando a todo o momento o que quero esquecer fica impossível! Logo corri e peguei meu skate e fui em direção a Zayn e Louis que nos esperavam.
Louis tagarelava algo sobre futebol até que seu celular começou a tocar e ele se afastou um pouco de nós.
_ Desculpe. – Zayn disse de repente.
_ Pelo que?
_ Achei que o nosso dia ia ser agradável e no final você se estressou.
_ Não é sua culpa, você não sabia que o Harry viria atrás de nós. – Eu disse olhando rapidamente para trás e vi Harry caminhando de cabeça baixa, parecia estar triste.
_ O que acha de sairmos mais tarde pra jantar? Só eu e você. –Ele disse com um largo sorriso.
_ Acho melhor não... Não quero arranjar problemas pra você.
_ Não esquenta quanto ao Harry, se ele ficar em cima diga que eu te convidei e você aceito. Ele tem que entender que você tem uma vida longe dele, sem contar que ele não é nada seu pra mandar em você.
_ Tudo bem e o que devo vestir?
_ Me surpreenda. –Ele disse com um largo sorriso. – Passo na sua casa as oito.
Não demorou muito para que chegássemos, Louis ainda estava ao celular, apenas acenei pra ele. Harry não disse nada e logo entrou em sua casa sem falar comigo. Já Zayn esperou eles saírem de perto e logo se aproximou mais de mim.
_ Fique linda pra mim. –Ele disse me dando um selinho e logo saiu.
Sem perder tempo entrei e já fui direto pro meu quarto e me joguei na cama, eu só queria descansar um pouco antes de ter que ir me arrumar. Coloquei meu celular pra despertar as sete horas e resolvi dormir um pouco.
[...]
Já eram umas sete e quarenta e cinco, eu estava ansiosa por sair com Zayn. Eu não sabia do que ele gostava, então resolvi usar um vestido na altura da coxa, na cor preta com detalhes em rosa. Optei vestir meião também preto porque estava um pouco frio e coloquei um coturno. Resolvi amarrar meu cabelo em um rabo de cavalo, fiz uma make leve, mas destaquei bem os meus olhos.
Assim que deu o horário comecei a soar frio, eu estava muito ansiosa. Para meu desespero a hora foi avançando e nada de Zayn aparecer e isso já estava me deixando mais nervosa. Oito e vinte e nada, mas onde ele se meteu? Será que desistiu? Eu estava angustiada, então resolvi ir ver o que estava acontecendo. Tranquei a porta de casa e corri para casa ao lado, mas quando fui apertar a campainha eu ouvi os gritos lá de dentro de um homem que parecia estar muito bravo.
_ Eu já disse que você não vai sair Zayn! Vocês já foram vistos em uma pista de skate com uma garota estranha, a ceninha dela com o Harry parecendo um casalzinho de namorados brigando... Isso não pode acontecer e vocês sabem disso!
_ Você não manda nas minhas amizades! – Zayn disse aos berros.
_ Você tem uma namorada esqueceu? Como fica sua imagem? Não quero que vocês fiquem saindo com essas vadias caçadoras de fama! É péssimo pra imagem de vocês! Já basta o surto que o Niall deu quando se apaixonou por uma qualquer que apareceu na vida dele! Pelo amor de Deus! Vocês são novos pra saber o que é amar de verdade!
Não aguentei ouvir mais nada, eu já estava aos prantos. Me virei e acabei trombando com um rapaz que se não tivesse me amparado eu teria ido ao chão.
_ D-desculpe! –Eu disse nervosa.
_ Você está bem? –Ele perguntou preocupado.
_ Sim estou... Me desculpe... – E logo saí correndo dali, eu só queria sumir.
Corri pelas ruas sem ao menos olhar para os lados. Cheguei a um posto de gasolina e corri para o banheiro. Como pensei que poderia rolar se quer uma amizade com eles? Não sei por quanto tempo fiquei ali chorando até que preferi lavar meu rosto e refazer minha make, eu estava determinada a ir pra algum lugar só pra não ter que voltar pra casa.
Depois de refazer tudo, saí e fui a lojinha comprar algo pra comer, eu estava com fome. Eu estava vendo alguns produtos quando sem querer trombo em alguém, mas que merda! Porque sou tão desligada?
_ Me desculpe. –Eu disse olhando pra cima e tendo uma surpresa, Taylor Hanson, capitão do time de basquete da escola.
_ Tudo bem Danielly. –Ele disse sorrindo.
_ Você sabe o meu nome? – Eu estranhei, pois nunca nos falamos.
_ Temos quase todas as matérias juntos... Como não saberia do nome da garota, linda, inteligente e anti social da turma?
_ Linda acho que não... –Eu disse sem graça. – Inteligente e anti social sim.
_ Linda sim, acredite. –Ele disse jogando uma piscadela me deixando vermelha de vergonha.
_ Então tá... –Eu disse pegando um saco de batata fritas.
Fui indo em direção a parte de bebidas, peguei algumas cervejas e já fui logo pro caixa. Taylor estava na minha frente, ele pegou várias cervejas, com certeza iria pra alguma festinha e ficar louco como sempre.
_ Você vai pra onde? –Ele disse de repente.
_ Não tenho destino certo essa noite.
_ Quer ir pro precipício comigo? Vou me encontrar com alguns amigos, vamos acampar por lá.
_ Acho melhor não.
_ Vai ter garotas se é isso que te preocupa. Minha irmã também vai.
_ Não sei se seus amigos vão gostar de mim... Na escola eles nem falam comigo.
_ Eles nunca falaram porque você nunca deu chance... Vamos, tenho certeza de que você vai gostar.
_ Mas eu nem tenho uma barraca ou saco de dormir.
_ Damos um jeito, não se preocupe.
_ Ok... Você me convenceu... Mas tenho que passar em casa, trocar de roupa, pegar algumas coisas...
_ Vamos, eu te dou uma carona.
Logo Taylor me convenceu de ir com ele. Quem sabe eu fazendo novas amizades os rapazes largam do meu pé. Assim que chegou a vez de Taylor no caixa ele fez questão de pagar minhas coisas. Já em seu carro eu dei o meu endereço e em cinco minutos já estávamos na frente de casa. Corri pra trocar de roupa e colocar algumas roupas na mochila, tive que fazer tudo rápido, não queria me encontrar com algum dos meninos. Assim que terminei tudo sai rapidamente, tranquei a casa e corri até o carro de Taylor.
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