#trovadorismo
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deluchion · 2 years ago
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cantiga de amor moderna
Quando te vejo ali, meu senhor, percebo que o fôlego me escapa, que a voz me foge, que o coração me trai. Mas és como minha Julieta e sou teu Romeu vagabundo, revirando as latas de lixo do quintal da tua casa.
E quando me dirige o sorriso, mesmo que cordial, me derreto. E quando me deseja um bom dia, ah... sinto que baleou meu peito na batalha em que meu amor habita.
Meu senhor, tenhais pena de mim, pobre plebeia, trovadora, filha da guerra, não sorria assim, que me matas: vou da Terra ao céu, e do céu ao inferno, mendigando pelo teu amor. E não digas que não me valorizo, porque sei que, como uma boa mulher, poderia o conquistar.
Pena que sou plebeia e tu, meu senhor, és filho da graça, vestido em prata, sorriso de ouro, e gravata de cetim. Permita-me sonhar contigo, meu senhor, que lhe prometo amor e devoção eterna.
Luiza Manchon.
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svholand · 1 year ago
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𝐥𝐬𝐝𝐥𝐧 + 𝐝𝐞𝐚𝐝 𝐩𝐨𝐞𝐭𝐬 𝐬𝐨𝐜𝐢𝐞𝐭𝐲 — MATÍAS RECALT. 🏉🕶️🎷
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𝐖𝐀𝐑𝐍𝐈𝐍𝐆: smut (eu aviso quando começa, então menores podem ler até certo ponto só), fluff, violência (?) e slice of life.
𝐒𝐔𝐌𝐌𝐀𝐑𝐘: headcanon do matías baseado em dead poets society. ao invés de um colégio, imaginei que se passa mais em uma espécie de internato-cursinho preparatório, ou seja, todo mundo é maior de idade. também é importante avisar que, assim como dead poets, a história se passa nos anos 50/60 (mas com ressalvas porque não pretendo escrever sobre uma leitora que segue muito as regras sociais cof cof dos anos 50 e 60) e óbvio que o matías é inspirado no nuwanda
𝐍𝐎𝐓𝐄: outro headcanon em um surto de criatividade, então lá vai! espero que gostem 🖤
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[ sfw. ]
∿ por pura pressão dos pais, está na welton academy se preparando para cursar administração ou ciências contábeis. é filho de banqueiro e, assim como o pai, vai ser banqueiro também - apesar de não ter nenhum amor pela área;
∿ é o humor e a coragem do grupo, sempre instigando todo mundo a se desafiar. com isso, também é meio impulsivo e acaba fazendo as coisas sem pensar;
∿ sobre impulsividade: quase foi expulso após socar um estudante na cara, mas o pai molhou a mão do diretor e garantiu que matías saísse apenas com uma suspensão;
∿ como esperado dele, é muito bom em matemática. porém, é um estudante mediano nas outras matérias. quando precisa muito de ajuda, corre para esteban (especialmente em latim);
∿ é o que mais aproveita os finais de semana para dar aquela escapada e ir para os bares mais badalados da região. quase sempre leva algum dos meninos da sociedade com ele, mas especialmente pipe ou simón;
∿ faz parte da banda da academy e toca saxofone bem medianamente, porque o instrumento que ele ama mesmo é o violão. porém, como os pais dele acham que violão e rock é coisa de vagabundo, ele só toca violão quando está mais reservado e com os mais próximos;
∿ precisou de um pouco de convencimento para entrar na sociedade, pois nunca se considerou um poeta ou apreciador de poesia até então. no início, só aceitou pela sensação de estar quebrando as regras, mas acabou se apaixonando pela arte;
∿ é famoso por levar o saxofone ou - quando está se sentindo confiante - o violão para as reuniões da sociedade, sendo famoso por fazer uma trilha sonora para que os outros recitem as poesias ou tocando alguns acordes enquanto ele mesmo recita algo que escreveu;
∿ dos movimentos artísticos literários, gosta muito do trovadorismo, especialmente das cantigas de escárnio e as de maldizer. adora fazer umas diss para os amigos, zombando deles, mas tudo na amizade, claro. também gosta do dadaísmo pelo no sense;
∿ também faz parte do time de rugby e é muito bom, até porque gosta bastante do esporte. é bem cabeça quente jogando e já arrumou várias brigas no meio do jogo, mas compensa com o talento natural que tem. porém, tirando o rugby, não gosta muito de esportes e é bem preguiçoso;
∿ faz parte da máfia do cigarrinho de welton e sempre compra um estoque quando sai nos finais de semana, aí fica responsável por repassar para os amigos ou então vender para os que não tem tanta proximidade. claro, também fica com alguns maços para ele porque faz fumaça igual chaminé;
∿ te conheceu em uma dessas saídas no final de semana, onde você estava em um barzinho com uns amigos para tentar relaxar depois de semanas de provas e estresse no máximo;
∿ ele se aproximou, mandou aquele papinho bobo e, ao longo da noite, até recitou uma poesia no pé do seu ouvido. na hora ele falou que a poesia tinha sido inventada por ele quando te viu, mas depois você descobriu que era de um poeta famoso - típico matías;
∿ vocês ficavam todas as vezes que se encontravam nos barzinhos. quando estavam no mesmo lugar juntos, todos os seus amigos já sabiam: vocês seriam exclusivos um do outro, mas só naquela noite;
∿ inicialmente, recalt nem queria saber de relacionamento sério. ele sabia que, quando fosse para a faculdade, os pais já começariam a planejar o casamento dele com alguma mulher que fosse do mesmo status social dele - diferente de você, que estava estudando para tentar uma bolsa de estudos por justamente não ser de uma família rica;
∿ tudo mudou quando, em uma noite, ao chegar em um bar onde ele sabia que você ia frequentemente, matías te viu de papo com outro cara. naquele momento ele se tocou que não queria ver você com mais ninguém além dele e que ele também não queria mais ninguém além de você;
∿ por ter sido enrolada por tanto tempo, você acabou torturando recalt um pouco: ignorava ele de propósito, dava atenção para outros homens para vê-lo com ciúmes - até alguns amigos dele às vezes -, puramente por vingança por ele ser elitista e não ter notado seu potencial logo;
∿ aquele joguinho acabou quando matías acabou sumindo dos barzinhos por diversas semanas, causando um desespero em você. imaginou que nunca mais veria ele de novo até se encontrar com enzo vogrincic - um dos amigos dele -, que foi responsável por contar para você que matías não aguentava te ver com outros, então decidiu parar de ir aos bares. foi aí que você decidiu correr atrás, pedir o número do telefone dedicado aos estudantes de welton e combinar com enzo de fazer com que matías atendesse sua ligação;
∿ quando você conseguiu ligar para recalt, vocês dois se desculparam pelo comportamento imaturo e aí começaram um relacionamento fechado.
∿ traços de personalidade: extrovertido, divertido, engraçado, corajoso, sociável, impulsivo, orgulhoso, teimoso, convencido, elitista.
[ nsfw. ]
∿ a primeira vez de vocês foi... espontânea, para ser gentil. aconteceu no banheiro de um dos bares que vocês frequentavam;
∿ foi bem na época em que matías tinha descoberto que te queria como mais do que uma ficada ocasional e você ainda estava torturando ele, tentando fazer ele se tocar de como tinha sido injusto com você quando só começou a demonstrar interesse em algo sério quando você mostrou que poderia muito bem ficar com outras pessoas;
∿ você estava lá, dedicando toda a sua atenção para um cara aleatório no bar - ele nem era tão atraente assim, mas você só queria fazer ciúmes para recalt e ele serviria muito bem para o seu plano - e matías, com algumas bebidas no sistema, não aguentou aquele joguinho naquela noite;
∿ ele segurou pelo braço, falando para o outro cara que você já tinha dono e te saiu puxando para o banheiro antes mesmo que você pudesse dizer alguma coisa;
∿ ao chegar no banheiro, ele trancou a porta e você tentou deixar bem claro de que não era uma propriedade para ter dono, mas ficou difícil falar algo quando os lábios de recalt se juntaram aos seus em um beijo tão necessitado, tão cheio de querer... você ficou com as pernas bambas e completamente à mercê dos controles dele;
∿ ele não te deu tempo para pensar muito, te empurrando contra a pia e te fazendo ficar empinada para ele, olhando tudo pelo espelho. depois de alguns tapas fortes na sua bunda - propositalmente tentando deixar marcas para que, caso você fosse foder com outro, ele pudesse ver o que matías fez ali -, o homem te penetrou sem dó nenhuma;
∿ você tinha adorado aquela demonstração de posse de matías e, mesmo depois de juntos, você gostava de lembrá-lo o quanto tinha gostado daquele primeiro dia. ele, te chamando de putinha suja, faz questão de reviver aquela brutalidade toda vez que você pede.
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keliv1 · 2 years ago
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Café com poesia - EE Carlos Gomes, SP, 28/04/23
Estamos em maio, mas falo de abril. Fui prestigiar o pessoal do Carlos Gomes - contei aqui como foi em março, quando me chamaram para dar uma palestra -, a convite do professor de Língua Portuguesa, Mário Peinado, em seu Café com Poesia.
A iniciativa é estimular nos alunos o gosto pela Literatura, mas sem deixar de lado outras disciplinas que são importantes, como História e Geografia.
Olha, relembrei os tempos em que tínhamos jogral, mas nesse caso, a galera de empenhou a falar de trovadorismo e romantismo (este, interpretado pelo pessoal do 2º Ano, que conversei em março).
Admito que, antes de acessar a escola, tive aquela sensação de "o que é que eu tô fazendo aqui?", já que fui convidada para ver as apresentações, não me sentia como uma contribuinte daquele momento. Mas, depois ver o pessoal tão empenhado, feliz com a presença e com aquela sensação boa de pertencimento, posso dizer que tudo é experiência.
Que março seja assim, de boas surpresas e de oportunidades (em especial, de trabalho!), trovando nesse romance chamado VIDA. (As fotos foram feitas por mim, mas pedi ao prof. que me mande mais. Aí atualizo)
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alemdoobvio · 2 months ago
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Separador 5: Relatório.
O presente relatório tem como objetivo avaliar a Cultura, Temas e Textos Português I, considerando os objetivos de cada um dos três períodos e refletindo sobre o meu desempenho individual ao longo do curso. A abordagem adotada permitiu um aprofundamento significativo da história e da literatura portuguesas, através do estudo de personalidades, eventos históricos e obras literárias marcantes.
Primeiro Período: Personalidades e Eventos Histórico-Culturais
O foco principal foi a relação entre figuras históricas e acontecimentos que moldaram a identidade portuguesa. O estudo abrangeu desde a Rainha Santa Isabel e D. Pedro I até à Dinastia de Bragança, passando por momentos determinantes como o Interregno de 1383-1385 e a ascensão da Ínclita Geração. A análise da obra de Fernão Lopes permitiu compreender o papel da crónica na construção da memória histórica.
A leitura e interpretação de Os Lusíadas, de Luís de Camões, foi particularmente enriquecedora, aprofundando a perceção da epopeia portuguesa enquanto marco literário e histórico. A abordagem incluiu a identificação dos principais episódios da obra, como o Adamastor e o Velho do Restelo, analisando o seu simbolismo no contexto das Descobertas.
Segundo Período: Seleção das Dez Obras Fundamentais
A seleção das dez obras mais relevantes da literatura portuguesa foi um exercício desafiador e revelador. O critério adotado teve como base a relevância histórica, a inovação estética, o impacto social e a influência posterior. O estudo percorreu diversos períodos, desde o trovadorismo até ao modernismo, consolidando a perceção da evolução literária e cultural de Portugal.
Entre as obras analisadas, destacaram-se Cantigas de Amigo, de D. Dinis, As Crónicas de Fernão Lopes, Os Lusíadas de Luis Vaz de Camões, Os Sermões de Vieira, Cartas Chilenas de Tomás António e O livro do Desassossego , de Fernando Pessoa. Esta etapa permitiu também refletir sobre as conexões entre a literatura portuguesa e a lusofonia, considerando a sua influência em autores e movimentos literários de países de língua portuguesa.
Terceiro Período: Análise de um Autor Contemporâneo
A análise de um autor contemporâneo possibilitou um diálogo entre a literatura atual e os temas abordados nos períodos anteriores. A escolha do autor baseou-se em sua relevância no contexto lusófono e na sua capacidade de dialogar com questões históricas e sociais contemporâneas. A divulgação do autor escolhido permitiu explorar seu impacto na literatura moderna e refletir sobre a continuidade e renovação das tradições literárias portuguesas.
Ao longo do curso, houve um progresso significativo na compreensão dos conteúdos históricos e literários abordados. A interligação entre literatura e história foi fundamental para consolidar uma visão mais ampla da cultura portuguesa e lusófona. A elaboração do portfólio exigiu um trabalho crítico e analítico, contribuindo para o desenvolvimento de habilidades de pesquisa, organização e argumentação.
O maior desafio foi a seleção das obras essenciais para a literatura portuguesa, dada a vastidão do corpus literário disponível. No entanto, essa dificuldade foi superada através da aplicação de critérios bem definidos. A apresentação do autor contemporâneo também se mostrou uma oportunidade valiosa para conectar o passado e o presente da literatura portuguesa, percebendo como os temas tradicionais continuam a ecoar na produção atual.
A cadeira Cultura, Temas e Textos Português  proporcionou um percurso rico e estimulante pela história e literatura portuguesas. A estrutura dos três períodos permitiu uma abordagem progressiva, partindo dos eventos históricos e culturais, passando pela seleção de obras fundamentais, até culminar na análise de um autor contemporâneo.
O trabalho realizado ao longo do curso resultou numa compreensão mais sólida e integrada da cultura lusófona, além do aprimoramento de competências de leitura crítica, pesquisa e análise literária. O estudo da literatura portuguesa, ao longo de sua evolução, reafirmou a importância da literatura como um reflexo da identidade e da história de um povo.
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ensinosdariqueza · 5 months ago
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Movimentos literários portugueses: um enquadramento global
Embora o mundo tenha sido governado por crenças, ideais, processos históricos, económicos ou culturais semelhantes ou inter-relacionados, que criaram sistemas económicos e políticos, movimentos e expressões artísticas, bem como teorias científicas que ligaram as nações entre si, todos os países terão uma história diferente; ou seja, teremos sempre um passado que nos relaciona como uma sociedade global, no entanto, o desenvolvimento que cada país tem em relação a esse passado e ao seu próprio presente nunca será o do mundo inteiro. Por esta razão, esta publicação (e as próximas sobre o resto dos países lusófonos) terá como objetivo explicar brevemente como foram os movimentos literários em Portugal, de acordo com o quadro cronológico duma literatura mundial que já foi abordada anteriormente e que, sem dúvida, inspirou cada um dos movimentos e autores portugueses.
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Ao contrário das épocas históricas, que, em todo o caso, se encontram na história portuguesa como marco histórico mundial, a literatura portuguesa divide-se em eras e são apenas três; estas, por sua vez, dividem-se em sub-eras ou o que também conhecemos como movimentos literários.
Começaremos, pois, pela "Era Medieval":
Era Medieval (século XII e século XV):
Período compreendido entre 1101 e 1500; teve a sua primeira manifestação artística em 1140, com a formação do Estado Português. A partir dessa época, os primeiros escritores e trovadores foram João Soares de Paiva e Paio Soares de Taveirós, e o primeiro texto conhecido como literatura portuguesa foi A Cantiga da Ribeirinha de Taveirós.
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No entanto, nesta época, a literatura divide-se em dois movimentos literários conhecidos como:
Trovadorismo - Primeira Época (1189-1434):
Inicia-se com a publicação de A Cantiga da Ribeirinha, em 1189, por Paio Soares de Taiverós e culmina com a nomeação de Fernão Lopes para cronista da Torre do Tombo, tempo depois, em 1434.
As manifestações literárias dividiam-se em prosa, poesia e teatro. Por um lado, na poesia havia a poesia lírica (sobre o amor e a amizade) e a poesia satírica (sobre maldizer e o ódio), que por sua vez, se dividiam em novelas de cavalaria, hagiografias, cronicões e nobiliários; no entanto, na poesia havia também as alvas (sobre a separação dos amantes), as bailadas (sobre a dança) e as barcaloras (sobre o amor ao mar). Por outro lado, no teatro havia outros tipos de representações artísticas, como os mistérios, os milagres e as moralidades.
2. Humanismo - Segunda Época (1434-1527):
Considerado mais como um período de transição entre a época medieval e a época classicista com a nomeação de Fernão Lopes como cronista em 1418. Nesta altura, as cantigas foram abandonadas e, em função disso, foi criada a Poesia Palaciana, assim chamada por ser um tipo de texto escrito exclusivamente para os nobres palacianos, que abordava temas como os costumes da corte, a lírica, a heróica e a sátira.
Neste sentido, destaca-se a obra “Cancioneiro Geral” (1516) de Garcia Resende, responsável por esta compilação de quase 900 poemas palacianos. No entanto, neste período de transição, surgem também a prosa humanista de Fernão Lopes e o teatro de Gil Vicente.
Era Clássica (séculos XVI, XVII e XVIII):
Trata-se do período compreendido entre 1527 e 1825, abrangendo um grande número de acontecimentos históricos com um largo horizonte temporal, pelo que esta época engloba diferentes movimentos literários baseados no pensamento duma sociedade portuguesa em mudança.
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Esta era engloba três movimentos literários:
Classicismo (1527-1580):
Começa com a vinda do poeta e dramaturgo Francisco Sá de Miranda de Itália para Portugal, trazendo consigo o estilo renascentista aí nascido. Assim, este movimento literário foi marcado pela beleza, idealização, religiosidade, lirismo e epopeia.
Por essa razão, um dos maiores representantes do classicismo português é Luís Vaz de Camões, com seus poemas líricos e sua grande obra-prima, o poema épico Os Lusíadas (1572).
2. Seiscentismo ou Barroco (1580-1756):
Este movimento teve início com a morte de Luís Vaz de Camões em 1580, representando a morte do classicismo para toda a nação portuguesa. Desta forma, apresentava uma realidade complexa com conceitos como cultismo e concetismo, além de tratar de temas como a religião, o profano, os conflitos e os exageros.
Os autores de destaque desse período são Padre Antônio Vieira, com os seus sermões, e Antônio José da Silva, com o seu teatro.
3. Neoclassicismo ou Arcadismo (1756-1825):
Movimento fundado com a criação da Arcádia Lusitana em 1756, em Lisboa, capital de Portugal. Estabelecimento criado como uma nova escola literária onde os pensadores da época partilhavam sobre novos temas literários como o objetivismo, o racionalismo, a simplicidade, o uso de pseudónimos e a exaltação da natureza, representando-os através da poesia.
Destacam-se como autores deste movimento Correia Garção, Manuel du Bocage e António Dinis da Cruz e Silva.
Era Moderna (1825-atualidade):
A última e mais ampla época histórica de Portugal, que vai desde as revoluções, a proclamação da república e do Estado novo, as guerras liberais, as colónias e as penínsulas, a Revolução dos Cravos e, finalmente, a era da digitalização e da globalização até aos nossos dias.
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Por conseguinte, é a época mais difundida em termos de movimentos literários:
Romantismo (1825-1865)
Foi um movimento literário marcado pelas perdas e sofrimentos da Revolução Francesa e das Guerras Napoleónicas, pelo que os ideais e valores mais representados foram a subjetividade, o sofrimento, o nacionalismo e a idealização.
Dividiu-se ainda em três subfases: a) o nacionalismo (1825-1840), que se inicia com a publicação do poema Camões (1825) de Almeida Garret, dando início ao Romantismo em Portugal; b) a ultrarromântica (1840-1860), tendo Camilo Castelo Branco como o seu maior expoente; e, finalmente, c) a pré-realista (1860-1870), que trouxe novos valores que se opuseram e serviram de transição para outro movimento literário, como a perda do subjetivismo e da idealização para dar lugar à crítica social.
2. Realismo (1865-1890):
Criado pela disputa entre estudantes de Coimbra, conhecidos como Antero de Quental, Teófilo Braga e Vieira de Castro, e o escritor romântico Antônio Feliciano de Castilho. Como tal, este movimento era anti-romantista e defendia o cientificismo e o objetivismo através duma linguagem formal e desprovida de sentimentalismo.
Os principais expoentes desse movimento foram Eça de Queirós e Antero de Quental.
3. Naturalismo (1875-1890):
Partilha algumas caraterísticas com o realismo, como a perda da idealização e da subjetividade, a negação do romantismo e a utilização duma escrita objetiva. No entanto, as personagens e as narrativas deste movimento procuraram dar destaque a personagens marginalizadas, dando visão a uma determinada minoria da sociedade.
Escritores como Júlio Lourenço Pinto e Eça de Queirós são os representantes preferidos deste movimento literário.
4. Parnasianismo (1870-1890):
Inspirado no movimento literário global, este foi um movimento que viveu entre o realismo e o naturalismo, que procurava a perfeição da arte, a beleza e o amor, sem incluir críticas sociais ou problemáticas. Assim, os sonetos foram a expressão artística mais predominante e os artistas mais importantes foram João Penha, Cesário Verde e Gonçalves Crespo.
5. Simbolismo (1890-1915):
Foi um movimento de oposição a todos aqueles que se baseavam no objetivismo, no cientificismo e na racionalidade, dando assim ênfase à musicalidade, à subjetividade e à transcendência da poesia.
Destacam-se os poetas Eugénio de Castro, António Nobre e Camilo Pessanha.
6. Modernismo (1915 até os dias atuais):
À semelhança do Romantismo português, este movimento também se dividiu em três subfases, conhecidas como: a) geração de Orpheu (1915-1927) com a publicação da revista Orpheu e seus maiores expoentes foram Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro; b) geração da Presença (1927-1940) com a publicação da revista Presença e seus autores mais importantes foram Branquinho da Fonseca, João Gaspar Simões e José Régio; e, por fim, c) o neorrealismo, que conjugou a representação do cidadão marginalizado com a crítica social realista e teve início com a publicação de Gaibéus, de Alves Redol, onde também se inspiraram e se destacaram autores como José Saramago.
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Após um estudo dos diferentes tempos e épocas literárias em Portugal, tornou-se claro como estas divisões temporais e representações artísticas estão intimamente ligadas ao quadro mundial da literatura. Desta forma, coincidindo com a apresentação de movimentos como o Barroco, o Naturalismo ou o Modernismo.
Assim, e de acordo com estes dados, defende-se a ideia de que os países lusófonos partilham este passado mundial, e embora não o expressem da mesma forma, alimentam-se mutuamente para nos trazerem grandes obras e artistas.
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Referências
Diana, D. (n.d.). Arcadismo em Portugal. Toda Matéria. https://www.todamateria.com.br/arcadismo-em-portugal/
Diana, D. (n.d.). Barroco em Portugal. Toda Matéria. https://www.todamateria.com.br/barroco-em-portugal/
Diana, D. (n.d.). Literatura Portuguesa. Toda Matéria. https://www.todamateria.com.br/origens-da-literatura-portuguesa/
Diana, D. (n.d.). Poesia Palaciana. Toda Matéria. https://www.todamateria.com.br/poesia-palaciana/
Souza, W. (n.d.). Literatura portuguesa. Mundo Educação. https://mundoeducacao.uol.com.br/literatura/literatura-portuguesa.htm
Souza, W. (n.d.). Literatura Portuguesa. Português. https://www.portugues.com.br/literatura/literatura-portuguesa.html
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cacauscorpioni · 9 months ago
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VOCÊ SABIA …
que 18/07, no Brasil, comemora-se o Dia do Trovador?
Na literatura, desenvolveu-se, em Portugal, na Idade Média, um movimento poético chamado "trovadorismo". Os poemas produzidos na época eram feitos para serem cantados por poetas e músicos, e foram os primeiros a serem publicados, as chamadas trovas. As trovas são poemas com quatro versos e cada verso deve ter sete sílabas poéticas. As sílabas são contadas pelo som.
Hoje, entretanto, a trova possui conceituação própria, diferenciando-se da quadra e da poesia de cordel, bem como do poema musicado da Idade Média. Surgiu, no Brasil, a partir de 1950, um movimento cultural em torno da trova: o trovismo. A palavra foi criada pelo poeta e político José Guilherme de Araújo Jorge e pelo poeta Gilson de Castro, cujo pseudônimo era Luís Otávio. Dia 18/07 é a data de nascimento de Gilson de Castro, por isso a escolha desta data para o Dia do Trovador.
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algumaideia · 11 months ago
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Qnd eu entendi o que tava acontecendo com o Kendrick e o Drake a primeira coisa q eu lembre foi sobre o trovadorismo e como você tinha canções em que você falava mal das pessoas sem citar nomes e sendo bem sarcástico e canções que você falava mal das pessoas apontando o dedo e falando palavrão
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ffsamina · 2 years ago
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A seleção tem como objetivo preencher 20 vagas e formar cadastro reserva em várias cidades do estado A Universidade Federal do Tocantins (UFT) tornou pública, por meio da Coordenação de Processos Seletivos, a realização do Processo Seletivo destinado ao preenchimento de 20 vagas e dois cadastros reservas no cargo de professor substituto nas cidades de Araguaína, Gurupi, Miracema, Arraias, Palmas e Tocantinópolis. Confira as vagas discriminadas de acordo com o curso e disciplina: Geografia: áreas de geografia da população/biogeografia/hidrografia/metodologia da pesquisa/áreas afins (1);Letras: áreas de manifestações literárias do Tocantins/literatura brasileira período colonial/ literatura portuguesa trovadorismo e arcadismo/ introdução às literaturas de países africanos de língua portuguesa/áreas afins (1);Matemática: áreas de álgebra linear I/ álgebra abstrata/ tópicos de álgebra abstrata/ tópicos de matemática elementar/ álgebra linear i/ álgebra abstrata/ tópicos de álgebra abstrata/ tópicos de matemática elementar/áreas afins;Medicina veterinária: áreas de clínica médica de equídeos/semiologia veterinária/reposição de aulas práticas de clínica médica de equídeos/áreas afins (1);Tecnologia em logística: áreas de embalagem e unitização/administração da produção e operações/tecnologia e gestão da informação/ gestão de serviços logísticos/atividades interdisciplinares orientadas II/áreas afins (1);Direito: áreas de direito administrativo I/direito administrativo II/direito tributário/direito constitucional I/constitucional II/ direito dos povos e comunidades tradicionais/história do direito/áreas afins (1);Direito: áreas de economia política/metodologia do trabalho científico/metodologia da pesquisa em direito/sociologia geral e jurídica/direito penal I e II/criminologia/áreas afins (1);Matemática: áreas de física I/matemática básica I/geometria euclidiana plana/matemática básica II/áreas afins (1);Engenharias de bioprocessos e biotecnologia: áreas de cálculo diferencial em R/geometria analítica/álgebra linear/biotecnologia de biomassa/áreas afins (1);Engenharia florestal: áreas de introdução a engenharia florestal /extensão florestal/sociologia e desenvolvimento rural/ política e legislação florestal/permacultura/áreas afins (1);Psicologia: áreas de psicologia social II: abordagem sócio histórica/ estágio específico I - ênfase 2: psicologia social/cultural, comunitária e da saúde/ estágio específico I - ênfase 2: psicologia social/cultural, comunitária e da saúde/áreas afins - Miracema;Ciências da computação: áreas de programação orientada a objetos/ estrutura de dados I/ estrutura de dados II/banco de dados/áreas afins (1);Ciências da computação: áreas de programação orientada a objetos/estrutura de dados I/ estrutura de dados II/banco de dados/áreas afins (1);Direito: áreas de filosofia geral e ética/filosofia do direito/ direitos humanos e fundamentais /áreas afins (1);Direito: áreas de direito da seguridade social /laboratório de prática jurídica II - seguridade social/laboratório de prática jurídica III (trabalho)/direito do trabalho II - convenções coletivas/prática jurídica III - estágios supervisionados conveniados, projetos especiais de prática jurídica ou escritório de assistência jurídica áreas afins (1);Engenharia ambiental: áreas de física I/física II/física III/cálculo I/áreas afins (1);Engenharia elétrica: áreas de seminários científicos/metodologia científica/pratica e elaboração de relatórios técnicos/instalações elétricas industriais/introdução às engenharias/ medidas elétricas/ áreas afins (1);Medicina: áreas de semiologia médica/ saúde da criança/internato/áreas afins (1);Nutrição: áreas de estágio supervisionado em nutrição clínica/ nutrição nos ciclos da vida/alimentos, nutrientes e nutrição/ações curriculares de extensão/ áreas afins (1);Ciências sociais: áreas de antropologia I/antropologia II/antropologia III/áreas afins (1);Educação do campo: áreas de legislação e educação/didática geral/abordagens
metodológicas da educação de jovens e adultos/estágio curricular supervisionado/seminário integrado de ensino, pesquisa e extensão/avaliação da aprendizagem/gestão escolar/estágio curricular supervisionado/seminário integrado de ensino, pesquisa e extensão/ áreas afins (1);Educação do campo: áreas de educação ambiental/TCC I/seminário integrado de ensino, pesquisa e extensão/estágio curricular supervisionado/estado, sociedade e questões agrárias/seminário de pesquisa/seminário integrado de ensino, pesquisa e extensão/ estágio curricular supervisionado/áreas afins (1).Dentro do quantitativo de vagas, constam as reservadas para candidatos que se enquadrem nos itens especificados no edital. Os contratados poderão trabalhar de 20 a 40 horas semanais, e os salários devem varias de R$ 2.236,32 a R$ 3.522,21, de acordo com o grau de titulação do profissional. Para participar, os interessados precisam: Ter nacionalidade brasileira ou portuguesa;Estar em dia com as obrigações eleitorais;Apresentar certificado de reservista ou de dispensa de incorporação, em caso de candidato do sexo masculino.Não ser da gerência ou administração de alguma sociedade privada;Atender as regras de acumulação de cargos previstas pelo Art. 37;Ter aptidão física e mental para o exercício das atribuições do cargo;Apresentar os diplomas que comprovem a titulação exigida para o cargo, de acordo com o edital nº 065/2022;Firmar declaração de não estar cumprindo sanção por inidoneidade, aplicada por qualquer órgão público ou entidade da esfera federal, estadual ou municipal.As inscrições, com taxa de R$ 120,00, deverão ser realizadas online nos períodos abaixo discriminados, de acordo com a titulação exigida: 2 de novembro de 2022 a 4 de novembro de 2022: título de doutor (professor adjunto);8 de novembro de 2022 a 9 de novembro de 2022: título de mestre (professor assistente);11 de novembro de 2022 a 13 de novembro de 2022: título de especialista (auxiliar de ensino);15 de novembro de 2022 a 16 de novembro de 2022: diploma de graduação.Os candidatos que estiverem inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) e tiverem renda familiar mensal de até três salários mínimos poderão solicitar isenção da taxa de inscrição. Os pedidos deverão ser realizados pelo e-mail [email protected], das 8h às 18h, no dia 2 de novembro de 2022. A seleção contará com três fases, ambas previstas para serem realizadas no dia 28 de novembro. A primeira será uma entrevista e a análise de currículos, a segunda uma prova didática, e a terceira e última, uma avaliação de títulos. A entrevista e a prova didática, serão feitas de forma remota, através de um link que deverá ser enviado no e-mail cadastrado até 24 horas antes das realização das fases. A prova consistirá em uma aula teórica ministrada pelo candidato em nível de graduação, sobre o tema sorteado. O Processo Seletivo terá prazo de validade de um ano, podendo ser prorrogado por igual período. EDITAL DE ABERTURA Nº 65/2022 PROVAS RELACIONADAS PCI Concursos
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deluchion · 2 years ago
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falso poeta
Gostaria, eu, de ser um daqueles poetas que sabe fazer rimas ricas. Gostaria, eu, de ter uma imensidão de palavras em minha mente confusa.
Gostaria, eu, de criar sonetos, imitar o trovadorismo ou o neoclassicismo. Metrificar meus versos, simbolizar minhas estrofes, proclamar meus poemas.
É que sou escritor de prosa, a quem a prosa foge, por vezes... Gostaria, eu, de não chamar minha prosa improvisada de poesia sincera.
(para todos os escritores que, como eu, têm seus períodos de poesia... ou que, simplesmente, são casados com a prosa e fazem da poesia sua amante).
Luiza Manchon.
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aultimaflordolacio · 3 years ago
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Resumo de Literatura: Trovadorismo e Humanismo
Estudar as escolas literárias é entender o momento em que elas ocorreram, o pensamento que era perpetuado no momento de cada produção mostra como era a vida das pessoas naquele momento. Cada uma das escolas que precederam o nosso momento tiveram e tem influências até o momento atual.
A primeira escola literária estudada é o Trovadorismo, que foi um movimento ocorrido na Idade Média, por volta do século XII e com uma visão teocêntrica do mundo. No trovadorismo temos as cantigas, textos que conseguiam passar pela censura dos monges copistas que eram os produtores das escritas nessa época. De forma oral e musical elas eram mais facilmente propagadas e eram dividas em Cantigas Líricas e Satíricas.
Cantigas Líricas: Eram cantigas dividias entre de amor e de amigo. Onde o eu lírico era feminino e falava nas cantigas de amigo do amor mais livre, sempre se referindo a um amor que foi embora na guerra ou nas grandes viagens e nas cantigas de amor o eu lírico masculino do amor cortês, aquele que sofria a coita - sofrimento- do amor não correspondido.
Cantigas Satíricas: Eram cantigas que faziam críticas diretas de formas irônica e sem citar o nome da pessoa a qual a critica era direcionada, no caso das cantigas de escárnio. Já nas cantigas de maldizer essas críticas eram feitas de forma explicita, eles citavam mesmo nome da pessoa, usavam terminologias vulgares de baixo calão.
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Humanismo
No humanismo as posição diante da igreja é abandonada e da espaço para o antropocentrismo (agora o homem é o centro). O momento dessas produções vai de encontro com as grandes navegações por tanto a literatura produzida tinham como características as narrativas sobre as nações, principalmente sobre a portuguesa e os seus reis, e a poesia palaciana onde a mulher começou a ser tradada com mais intimidade e a temática do amor foi se alterando e há separação entre a música e o texto.
Os autores que recebem destaque nessa época foram Fernão Lopes - responsável pelas narrativas dos reis- e Gil Vicente com o auto da barca do inferno e conhecido como pai do teatro português ainda com influências medievais, mesmo que já no período renascentista, o que o permitia caminhar entre as duas vertentes.
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Fontes: Caderno de revisão de Língua Portuguesa EM, editora Saraiva.
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ensinosdariqueza · 5 months ago
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Movimentos literários mundiais: uma panorâmica do quadro global
O ser humano, embora partilhe caraterísticas com outros seres vivos (como a fala), destaca-se pela sua capacidade de raciocínio e criatividade. Estas foram capacidades que desenvolveram diversas actividades que evoluíram ao longo dos anos e uma delas foi a arte de escrever, mas não só escrever, mas criar histórias através da arte da palavra que expressam significado e sentimento. É assim que se conhece a literatura, que experimentou diferentes movimentos correspondentes a cada época e que procura expressar as diferentes correntes de pensamento dos grandes pensadores de cada etapa.
Por esta razão, esta publicação dará uma visão breve, mas muito explicativa, dos diferentes movimentos literários mundiais e dos estilos de escrita que desenvolveram para criar novos movimentos. Servirá, assim, de contexto para as nossas próximas publicações sobre os movimentos literários lusófonos e a inspiração e influência que tiveram nos internacionais.
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Idade Antiga (século VIII a. C. e século V d. C):
É de referir, embora não existam registos suficientes ao contrário dos outros movimentos literários, que o ser humano sempre se comunicou através da fala e da tradição, ou seja, sempre tivemos histórias que herdámos das nossas famílias. Assim, é na época da invenção da escrita e da narração oral de histórias, bem como da Antiguidade, que se conhece este fenómeno, desde o século VIII a. C. até ao século V d. C. Durante este período, foram escritos textos muito práticos, como ordenanças, promessas ou leis primitivas, bem como histórias épicas ou heróicas, como a Ilíada de Homero, conhecidas num movimento literário como o classicismo. No entanto, foram estes os antecedentes que deram início à primeira fase mais reconhecida e registada dos primórdios da literatura mundial: a Idade Média.
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A Idade Média (século V e XV):
Foi o período que decorreu entre 476, quando o Império Romano chegou ao Ocidente, e 1453, quando Constantinopla foi tomada. A sociedade era governada e dividida sob um sistema feudal que a separava em hierarquias baseadas no trabalho, na educação e na classe social, pelo que a literatura desta época era conhecida por ser acessível às classes mais altas. Era também uma sociedade muito religiosa, pelo que a Igreja era um grande poder político e educativo na Idade Média e, por isso, a sociedade acreditava no conceito de teocentrismo.
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Todos estes modelos de crenças, comportamentos, hábitos e estilos de vida criaram os seguintes movimentos literários:
Trovadorismo (1189-1418): Movimento literário com origem em França, Itália e Espanha no século XI. A sua forma de arte baseava-se nas cantigas e os artistas dividiam-se em trovadores (os criadores) e jograis (os cantores). As cantigas também se dividiam em líricas, baseadas sobretudo no sentimentalismo e no amor, e satíricas, inspiradas na crítica social e no ódio. Com base nestes dois modelos de inspiração, os textos nascentes do trovadorismo eram conhecidos como: as novelas de cavalaria (histórias em prosa sobre as façanhas dos cavaleiros); os cronicões (livros históricos cronológicos); as hagiografias (textos biográficos); e os nobiliários (textos sobre a árvore genealógica de uma família).
Renascimento ou Humanismo (1418-1527): Movimento literário de transição entre a Idade Média e a Idade Moderna, pelo que lhe são também atribuídos alguns anos do século XVI. Além disso, não só significou uma transição entre épocas devido ao tempo decorrido, mas também devido à mudança de ideais da sociedade: enquanto os medievais acreditavam no teocentrismo, os modernos e os classicistas acreditavam no antropocentrismo. Estas mudanças de ideais provocaram invenções nos géneros literários existentes, tendo sido acrescentados o ensaio e o romance. Assim, os géneros predominantes no seu conjunto eram o romance, a lírica, o drama e o ensaio. Foi também nesta altura que surgiram obras como A Divina Comédia (1320), que tiveram um grande impacto na nossa sociedade.
Idade Moderna (século XV-XVI e século XVIII):
Idade histórica que compreende pelo menos três séculos, foi uma das que mais mudanças sofreu, ainda que um pouco primitivas em comparação com as da idade contemporânea, em que se destacam a criação do Estado moderno, a separação do Estado da Igreja e o nascimento da revolução científica. Assim, começa com a tomada de Constantinopla em 1453 e termina com a Revolução Francesa em 1789. De igual modo, com o afastamento da religião, foi uma época de antropocentrismo e individualismo, com especial destaque para o nascimento do humanismo ou renascimento e da economia burguesa e científica.
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Uma época tão cheia de mudanças científicas, críticas, artísticas e políticas não podia deixar de suscitar movimentos literários como estes:
Renascimento ou Humanismo (final do século XV até começos do século XVI): Uma época de transição humana, política, económica e religiosa no mundo. É também considerada a época do esclarecimento do mundo, depois de ter passado pelo “obscurantismo”, para se centrar no individualismo e na exaltação do ser humano. Aqui, no início do século XVI, nasceram obras como O Príncipe (1532) de Maquiavel e Dom Quixote de La Mancha (1605) de Cervantes.
Barroco (século XVI até meados do século XVIII): Após o renascimento e as mudanças políticas tão drásticas, bem como o nascimento da burguesia, a sociedade ficou envolta numa tensão cultural e política, que se exprimiu através do exagero. Assim, este movimento literário caracterizou-se pela sua sobrecarga, detalhe, exuberância, jogo de palavras e ideias. Portanto, em contraste com o Renascimento, que era considerado uma arte delicada, o Barroco era considerado uma arte exagerada e dramática. Dessa forma, a literatura barroca era marcada pelo pessimismo, pelo dramatismo e pelo desespero, sendo a poesia, o romance e o teatro os maiores representantes desse movimento, com destaque para autores como Padre Antônio Vieira e Francisco de Quevedo.
Neoclassicismo (século XVIII): Conhecido como Novo Classicismo ou também como Arcadismo, foi um movimento literário que procurou regressar aos ideais clássicos e dar novamente um sentido de equilíbrio à arte, após o período exagerado do Barroco. Assim, este movimento procurava exprimir a perfeição da sociedade através da simplicidade, da racionalização e da exaltação da mulher e do amor, através duma linguagem muito simples mas sentimental. Além disso, os autores deste período utilizavam pseudónimos inspirados na mitologia greco-romana para escrever, na sua maioria, sonetos. Desta forma, destacam-se autores como José Basílio da Gama, Cláudio Manuel da Costa e Jean-Jacques Rousseau.
Idade Contemporânea (século XVIII-atualidade):
Começando com a Revolu��ão Francesa em 1789, a revolução industrial, a colonização e a subsequente independência de muitas regiões da América, passando pela primeira (1914-1918) e segunda guerras mundiais (1939-1945) e até aos dias de hoje, com questões como o aquecimento global e a atual desigualdade de raças e classes. É uma época marcada pelo histórico, mas que assistiu a grandes acontecimentos, descobertas e descobertas políticas, económicas e culturais, o que levou a nossa sociedade a avançar todos os dias, mas sem esquecer o seu passado.
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Assim, uma época que tanto aprendeu e se inspirou no seu passado e que continua a evoluir ao longo dos anos, viu nascer movimentos literários como os seguintes:
Romantismo (final do século XVIII a meados do século XIX): Movimento literário nascido na Europa e conhecido por ser o primeiro a romper com os valores clássicos. Por isso, foi escrito com valores e ideais como o nacionalismo, o indianismo, o egocentrismo e a idealização. Da mesma forma, abandonaram a escrita sem rima e exaltaram a escrita em prosa, na qual se destacaram autores e obras como Johann Wolfgang von Goethe com Os sofrimentos do jovem Werther (1774) e José de Alencar com Iracema (1865).
Realismo (século XIX): Movimento literário nascido em França entre a segunda revolução industrial e a ascensão do capitalismo, em que a sociedade se opunha ao sentimentalismo desenfreado do Romantismo anterior e procurava fazer uma crítica social complexa das classes altas e burguesas. Por isso, a prosa destaca-se com contos, poesias e romances, retratando uma sociedade objetiva, científica e racional. São representantes desse estilo os seguintes autores: Machado de Assis, Eça de Queiróz e Guerra Junqueiro.
Naturalismo (século XIX): Novamente, um movimento literário nascido na França e intimamente ligado ao realismo ao destacar as invenções e teorias científicas da sua época, como o Evolucionismo de Charles Darwin. Assim, as suas obras destacam-se por serem romances e terem protagonistas ou narradores científicos, no entanto, as suas histórias não deixavam de criticar temas sociais como a sexualidade, a violência e a política. Da mesma forma, destacam-se autores como Émile Zola e Aluísio Azevedo.
Parnasianismo (século XIX): Movimento literário francês, que se destacou por embelezar e exaltar a arte, sem qualquer crítica social ou científica, por isso era o outro lado da moeda do realismo e naturalismo. Também se destacavam por escrever poesia (sonetos) e representar a estética, a beleza, a tristeza, entre outros sentimentos idealizados. Nasce com a publicação de O Parnaso Contemporâneo (1866) dos autores Théophile Gautier e Leconte de Lisl.
Simbolismo (séculos XIX e XX): O simbolismo literário nasceu na França e é inspirado nos valores do romantismo literário, por isso, a sua escrita destaca-se nos sonetos e trata temas como a mente humana, a loucura, o misticismo e a subjetividade através duma linguagem vaga e simples, mas sentimental. Os autores representantes do simbolismo são Charles Baudelaire, João da Cruz e Souza e Eug��nio de Castro.
Pre-modernismo (século XX): Conhecido como um movimento literário de transição entre o simbolismo anterior e o próximo modernismo; por isso, foi um movimento envolvido no seu fundo literário, quase sem se considerar como um movimento individual. No entanto, neste destacou-se a representação e crítica da desigualdade social, a denúncia social e problemas na sociedade através de romances e poemas. Sendo representantes autores como Euclides da Cunha, Graça Aranha e Augusto dos Anjos.
Modernismo (século XX): Movimento fundamentalmente poético, foi conhecido por representar uma rebelião criativa que buscava ser narcisista e possuir uma linguagem culta, tanto para representar a aristocracia como comunidades minoritárias, como os indígenas. Surpreendentemente, os latino-americanos tiveram especial atenção nesta época da literatura com autores e obras como Azul (1888) de Rubén Darío e Os Sapos (1918) de Manuel Bandeira.
Pós-modernismo (séculos XX e XXI, atualidade): Movimento iniciado em um contexto histórico como a queda do muro de Berlim (1989) e da era da digitalização, bem como da transição entre um novo milênio. No início, os gêneros literários destacados eram prosa e poesia, entretanto, como este movimento se estende até nossos dias, não desmereceu que novas expressões artísticas escritas sejam o selo deste movimento literário. Além disso, esta época se destaca por um claro individualismo e libertinagem de novas ideias e estilos de escrita, bem como a perda parcial dos valores dos movimentos literários anteriores. Assim, destacam-se autores como Gianni Vattimo, Gabriela Mistral e Jean-François Lyotard.
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Referências bibliográficas
Aidar, L. (n.d.). Barroco. Toda Matéria. https://www.todamateria.com.br/barroco/
Aidar, L. (n.d.). Neoclassicismo: o que foi e suas características nas artes. Toda Matéria. https://www.todamateria.com.br/neoclassicismo/
Centamori, V. (2019). Do Trovadorismo ao Modernismo: resumo dos movimentos literários até o século 20. Revista Galileu. https://revistagalileu.globo.com/Vestibular-e-Enem/noticia/2019/10/do-trovadorismo-ao-modernismo-resumo-dos-movimentos-literarios-ate-o-seculo-20.html
Diana, D. (n.d.). Características do Arcadismo. Toda Matéria. https://www.todamateria.com.br/caracteristicas-do-arcadismo/
Diana, D. e Souza, T. (n.d.). Idade Moderna: entenda o que foi e um resumo dos principais acontecimentos. Toda Matéria. https://www.todamateria.com.br/idade-moderna/
Diana, D. (n.d.). Literatura Medieval. Toda Matéria. https://www.todamateria.com.br/literatura-medieval/
Diana, D. (n.d.). Movimentos literários. Toda Matéria. https://www.todamateria.com.br/movimentos-literarios/
Diana, D. e Fernandes, M. (n.d.). Poesia Barroca. Toda Matéria. https://www.todamateria.com.br/poesia-barroca/
Souza, W. (n.d.). Estilos de época. Mundo Educação. https://mundoeducacao.uol.com.br/literatura/estilos-epoca.htm
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poesiareclamada · 6 years ago
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Diálogos com a literatura medieval com "Amor antigo" #poesia #literatura #interdiscursividade #trovadorismo #literaturamedieval #cantigadeamor #cantigadeamigo #vassalagem #saudade #amorcortês #amor #mediveval #vassalagemamorosa https://www.instagram.com/p/BxLMCyGgXgY/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=o18zdf50v2dd
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marceloescritor · 4 years ago
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🤔A Torrre do Castelo -Trovadorismo🌹 Na torre do castelo Ela estava a lamentar No julgo paterno A impedia de amar. Eram muitos pretendentes Que não sabia nem contar A perda de sua vida Somente em desejar. As reuniões aconteciam O pouco tempo de alegria Já voltava a agonia, O véu no rosto cobria. O outro rei Que a pretendia Sem amor, sem correria A promessa era agonia. Juntando reinos em aliança Era promessa de criança O rico da aventurança O pobre da gastança. Nesse trocadilho da vizinhança Era o jeito encontrado Numa aliança que vende criança De um rei pobre da gastança. Sua terra sofre com ingerência Não tem horror nem ciência Tudo era conveniência Até um dia, da Torre se liberar... 🤔Marcelo de Oliveira Souza,IwA 🤔Do blog://marceloescritor2.blogspot.com 🤔instagram: marceloescritor 🤔Boa Noite🌚🌹 #trovadorismo #poesiassemfronteiras #poesias #poema #marceloescritor https://www.instagram.com/p/COEROOAnqb3/?igshid=zqunq1mwxo0p
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lhengua · 5 years ago
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Por Dius, cuitada bibo, de Pero Gonçalves de Portocarreiro
Por Dius, cuitada bibo pus nó ben miu amio/amigo; pus nó ben, que fazerei? Mies guedeilhas, cun filo/fita de seda you nó bou atar.
Pois nó ben de Castielha, nan stá bibo, que miséria, ó l rei reten/reténen el; mies toucas de la Estela, you nun bou trajar.
Inda que you pareça feliç, nó me sei dar cunseilho; amigas, que fazerei? An bós, ai miu speilho, you nó me berei.
Estas gáijaras/perpinhas mui fermosas/fromosas, el me dou, ai dunzeilhas, you nun bou negar eilhas; mies cintas de las febielhas/fibelas, you nó bou pechar.
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saladeestudos-blog1 · 8 years ago
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Português Literatura - Trovadorismo
            Trovadorismo foi um movimento literário e poético que surgiu na Idade Média no século XI. Foi o primeiro movimento literário da língua portuguesa, pois dele surgiram as primeiras manifestações literárias. As cantigas são os principais registros da época, tradicionalmente divididas em cantigas de amor, de amigo, escárnio e maldizer. O Trovadorismo português teve seu apogeu durante o período, de cerca de 150 anos, que vai, genericamente, de finais do século XII a meados do século XIV. As cantigas medievais situam-se, historicamente, nas alvores das nacionalidades ibéricas, sendo, em grande parte contemporâneas da chamada Reconquista cristã, que nelas deixa, aliás, numerosas marcas; entrou em declínio no século XIV.              Surgiu no mesmo período em que Portugal começou a despontar como nação independente, no século XII; porém, as suas origens deram-se na Occitânia, de onde se espalhou por praticamente toda a Europa. Apesar disso, a lírica medieval galego-português possuiu características próprias, uma grande produtividade e um número considerável de autores conservados. Marcou-se o início do Trovadorismo na península ibérica com a Cantiga da Ribeirinha, em 1198 ou 1189.
                           As origens do Trovadorismo              São admitidas quatro teses fundamentais para explicar a origem do trovadorismo: a tese arábica, que considera a cultura arábica como sua velha raiz; a tese folclórica, que a julga criada pelo próprio povo; a tese médio-latinista, segundo a qual essa poesia teria origem na literatura latina produzida durante a Idade Média; e, por fim, a tese litúrgica, que a considera fruto da poesia litúrgico-cristã elaborada na mesma época. Todavia, nenhuma das teses citadas é suficiente em si mesmo, deixando-nos na posição de aceitá-las conjuntamente, a fim de melhor abarcar os aspectos constantes desta poesia.              A mais antiga manifestação literária galaico-portuguesa que se pode datar é a cantiga “Ora faz host’o senhor de Navarra”, do trovador português João Soares de Paiva ou João Soares de Pávia, composta provavelmente por volta do ano 1200. Por essa cantiga ser a mais antiga datável (por conter dados históricos precisos), convém datar daí o início da Lírica medieval galego-portuguesa (e não, como se supunha, a partir da “Cantiga de Guarvaia”, composta por Paio Soares de Taveirós, cuja data de composição é impossível de apurar com exatidão, mas que, tendo em conta os dados biográficos do seu autos, é certamente bastante posterior). Este texto também é chamado de “Cantiga da Ribeirinha” por ter sido dedicada à Dona Maria Paes Ribeiro, a ribeirinha. De 1200, a Lírica galego-portuguesa se estende até meados do século XIV, sendo usual referir como termo o ano de 1350, data do testamento do Conde D. Pedro Afonso de Barcelos, filho primogênito bastardo de D. Dinis, ele próprio trovador e provável compilador das cantigas (no testamento, D. Pedro lega um “Livro das Cantigas” a seu sobrinho, D. Afonso XI de Castela).              Trovadores eram aqueles que compunham as poesias e as melodias que as acompanhavam, e cantigas são as poesias cantadas. A designação “trovador” aplicava-se aos autores de origem nobre, sendo que os autores de origem vilã tinham o nome de jogral, termo que designava igualmente o seu estatuto de profissional (em contraste com o trovador). Ainda que seja coerente a afirmação de que quem tocava e cantava as poesias eram os jograis, é muito possível que a maioria dos trovadores interpretasse igualmente as suas próprias composições.              A mentalidade da época baseada no teocentrismo serviu como base para a estrutura da cantiga de amigo, em que o amor espiritual e inatingível é retratado. As cantigas, primeiramente destinadas ao canto, foram depois manuscritas em cadernos de apontamentos, que mais tarde foram postas em coletâneas de canções chamadas Cancioneiros (livros que reuniam grande número de trovas). São conhecidos três Cancioneiros galego-portugueses: o “Cancioneiro da Ajuda”, o “Cancioneiro da Biblioteca Nacional de Lisboa” (Colocci-Brancutti) e o “Cancioneiro da Vaticana”. Além disso, há um quarto livro de cantigas dedicadas à Virgem Maria pelo rei Afonso X de Leão e Castela, O Sábio. Surgiram também os textos em prosa de cronistas como Rui de Pina, Fernão Lopes e Gomes Eanes de Zurara e as novelas de cavalaria, como a demanda do Santo Graal.
                           Classificação das cantigas              Com base na maioria das cantigas reunidas nos cancioneiros, podemos classificá-las da seguinte forma:              A CANTIGA DE AMOR              O cavalheiro dirige-se à mulher amada como uma figura idealizada, distante. O poeta, na posição do fiel vassalo, se põe a serviço de sua senhora, dama da corte, tornando esse amor em um sonho, distante, impossível. Mas nunca consegue conquistá-la, porque eles pertencem a diferentes níveis sociais.              Neste tipo de cantiga, originária de Provença, no sul de França, o eu-lírico é masculino e sofredor. Sua amada é chamada de senhor (as palavras terminadas em or como senhor ou pastor, em galego-português não tinham feminino). Canta as qualidades de seu amor, a “minha senhor”, a quem ele trata como superior relevando sua condição hierárquica. Ele canta a dor de amar e está sempre acometido da “coita”, palavra frequente nas cantigas de amor que significa “sofrimento por amor”. É à sua amada que se submete e “presta serviço”, por isso espera benefício (referido como o bem nas trovas).              Essa relação amorosa vertical é chamada “vassalagem amorosa”, pois, reproduz as relações dos vassalos com os seus senhores feudais. Sua estrutura é mais sofisticada.              São tipos de Cantiga de Amor:              Cantiga de Meestria: é o tipo mais difícil de cantiga de amor. Não apresenta refrão, nem estribilho, nem repetições (diz respeito à forma).              Cantiga de Tense ou Tensão: diálogo entre cavaleiros em tom de desafio. Gira em torno da mesma mulher.              Cantiga de Pastorela: trata do amor entre pastores (plebeus) ou por uma pastora (plebeia).              Cantiga de Plang: cantiga de amor repleta de lamentos.              Eu-lírico masculino              Assunto Principal: o sofrimento amoroso do eu-lírico perante uma mulher idealizada e distante.              Amor cortês; vassalagem amorosa.              Amor impossível.              Ambientação aristocrática das cortes.              Forte influência provençal.              Vassalagem amorosa (o eu-lírico usa o pronome de tratamento “senhor”).
             A CANTIGA DE AMIGO              São cantigas de origem popular, com marcas evidentes da literatura oral (reiterações, paralelismo, refrão, estribilho), recursos esses próprios dos textos para serem cantados e que propiciam facilidade na memorização. Esses recursos são utilizados, ainda hoje, nas canções populares.              Este tipo de cantiga, que não surgiu em Provença como as outras, teve suas origens na Península Ibérica. Nela, o eu-lírico é uma mulher (mas o autor era masculino, devido à sociedade feudal e o restrito acesso ao conhecimento da época), que canta seu amor pelo amigo (isto é, namorado), muitas vezes em ambiente natural, e em muitas vezes também em diálogo com sua mãe ou suas amigas. A figura feminina que as cantigas de amigo desenham é, pois, a da jovem que se inicia no universo do amor, por vezes lamentando a ausência do amado, por vezes cantando a sua alegria pelo próximo encontro. Outra diferença da cantiga de amor, é que nela não há relação Suserano x Vassalo, ela é uma mulher do povo. Muitas vezes tal cantiga também revelava a tristeza da mulher, pela ida de seu amado à guerra.              Eu lírico feminino.              Presença de paralelismos.              Predomínio da musicalidade.              Assunto Principal: saudade.              Amor natural, espontâneo e possível.              Ambientação popular rural ou urbana.              Influência da tradição oral ibérica.              Deus é o elemento mais importante do poema.              Pouca subjetividade.
             A CANTIGA DE ESC��RNIO              Em cantiga de escárnio, o eu-lírico faz uma sátira a alguma pessoa. Essa sátira era indireta, cheia de duplos sentidos. As cantigas de escárnio definem-se, pois, como sendo aquelas feitas pelos trovadores para dizer mal de alguém, por meio de ambiguidades, trocadilhos e jogos semânticos, em um processo que os trovadores chamavam “equívoco”. O cômico que caracteriza essas cantigas é predominantemente verbal, dependente, portanto, do emprego de recursos retóricos. A cantiga de escárnio exigindo unicamente a alusão indireta e velada, para que o destinatário não seja reconhecido, estimula a imaginação do poeta e sugere-lhe uma expressão irônica, embora, por vezes, bastante mordaz.              Crítica indireta, normalmente a pessoa satirizada não é identificada.              Linguagem trabalhada, cheia de sutilezas, trocadilho e ambiguidades.              Ironia.
             A CANTIGA DE MALDIZER              Ao contrário da cantiga de escárnio, a cantiga de maldizer traz uma sátira direta e sem duplos sentidos. É comum a agressão verbal à pessoa satirizada, e muitas vezes, são utilizados até palavras de baixo calão. O nome da pessoa satirizada pode ou não ser revelado.               Crítica direta, geralmente a pessoa satirizada é identificada.              Linguagem agressiva, direta, por vezes obscena.              Zombaria.              Linguagem culta.
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diariobizarrices · 8 years ago
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Amiga, muit'ha gran sazón
de Dom Dinis
Amiga, muit'ha gran sazón que se foi d'aquí con el-rei meu amigo, mais ja cuidei mil vezes no meu coraçón     que algur morreu con pesar,     pois non tornou migo falar.
Porque tarda tan muito lá e nunca me tornou veer, amiga, si veja prazer, máis de mil vezes cuidei ja     que algur morreu con pesar,     pois non tornou migo falar.
Amiga, o coraçón seu era de tornar ced'aquí, u visse os meus olhos en mí, e por én mil vezes cuid'eu     que algur morreu con pesar,     pois non tornou migo falar.
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