#Par Deus coitada vivo
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Por Dius, cuitada bibo, de Pero Gonçalves de Portocarreiro
Por Dius, cuitada bibo pus nó ben miu amio/amigo; pus nó ben, que fazerei? Mies guedeilhas, cun filo/fita de seda you nó bou atar.
Pois nó ben de Castielha, nan stá bibo, que miséria, ó l rei reten/reténen el; mies toucas de la Estela, you nun bou trajar.
Inda que you pareça feliç, nó me sei dar cunseilho; amigas, que fazerei? An bós, ai miu speilho, you nó me berei.
Estas gáijaras/perpinhas mui fermosas/fromosas, el me dou, ai dunzeilhas, you nun bou negar eilhas; mies cintas de las febielhas/fibelas, you nó bou pechar.
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No começo do ano chegou um novo aplicativo de leitura em que você cadastrava os livros já lidos, o que deseja ler e entre outros. Uma das tais opções me veio a ser o livro favorito. Na hora, obviamente, eu pensei “É As Peças Infernais, não é?”, mas minha mente não conseguia enxerga aquilo como o melhor livro de todos. E em seguida me veio “O Jardim Secreto”, que eu mal lembro a história.
(Por fim, se quer saber, o merecedor dessa posição se deu por A Nuvem de Grudun Pausewang, por enquanto.)
E com esse acontecimento, comecei a me questionar por que diabos eu conseguia entender esses livros como meus favoritos. E óbvio que chegou na explicação óbvia: meu favoritismo por James Carstairs e Mary Lennox — e a pequena semelhança que os dois possuíam em comum.
(PODE CONTER SPOILERS)
Se você procurar a sinopse de As Peças Infernais, verá que a história gira em torno de um triângulo amoroso composto por Jem, Tessa e Will. Tessa é uma feiticeira que ainda não sabe muito bem sobre esse mundo, Will é um caçador das sombras metido a bad boy e com um sobrenome notório e Jem é um caçador das sombras moribundo.
Sim, a característica que darei é moribundo.
James Carstairs, na minha opinião, não tem um foco bonito. Seu objetivo é mais por pena. Nascido na China, perdeu os pais e foi contaminado por um demônio. Essa doença gerada o obrigou a precisar de uma droga pra sobreviver. Seu parabatai (um laço extremamente forte) só aconteceu porque Will, acreditando estar sob uma maldição que mataria todos que ele amava, se aproveitou do fato que ele já estava morrendo pra se aproximar.
Ele não tem um brilho real no livro. Se você se apaixonou pelo personagem, criará nas entrelinhas.
No instante que ele vai conhecendo Tessa, vai fluindo uma paixão. Mas essa paixão também está fluindo de certa forma com Tessa e Will. E como comparar? Jem está morrendo, o tempo inteiro. A sua única chance de demonstrar estar saudável é usufruindo cada vez mais de uma droga viciante. Droga viciante que mais tarde desaparece do mapa, o deixando em abstinência, na tentativa que o vilão consiga seu objetivo (ter Tessa).
Mesmo que alguém venha bater na tecla de que “as pessoas o amam e não é por pena”, é perceptível que essa é a primeira sensação.
Em uma cena, Tessa e Jem estão em amassos que esquentam cada vez até que cabum o último pó que sobrou da droga cai no chão fazendo com que ele pare tudo e se abaixe para tentar recuperar um pouco. Ele até menciona algo do tipo como “Vá embora, eu não quero que a garota que eu amo precise me ver tentando pegar a droga que eu uso pra sobreviver”.
Mais tarde, em um ataque ao instituto em busca de Tessa ele se sente incapaz ao tentar a defender dos ataques e não conseguir por estar fraco. E aí que, nos seus últimos suspiros, ele descobre duas coisas: (1) a garota que ele gosta foi raptada e (2) seu melhor amigo a ama.
E o que ele poderia fazer?
Estava morrendo, não podia simplesmente ter um sentimento de raiva pela pessoa mais importante em toda a sua. Doloroso. O que diabos faria além de dizer que estava tudo bem? O que ganharia impedindo?
Para piorar toda a sua vida de dar pena, Jem resolve virar um Irmão do Silêncio para impedir sua morte e proteger as pessoas que ama. Primeiro, ele AMA música. Um dos seus símbolos é um violino. Ele menciona várias vezes que não consegue viver sem música. E adivinha o que ocorre quando ele muda? Isso mesmo, nada de música. Absolutamente nada. Segundo, a história de Irmãos do Silêncio não é nada bonitinha.
Então ele vive décadas e décadas. Vê seu melhor amigo casar com o amor da sua vida, vê os filhos, vê as pessoas que amam envelhecer, morrer. Mas continua lá. E novamente sua vida se cruza com um Herondale com sangue de anjo que o cura e quebra todos os rituais do Silêncio, o deixando normal novamente.
Sim. Só que no século XXI.
E utilizaremos outra frase do livro que eu não me lembro muito bem, mas vou tentar transcrever algo. “Os séculos não fazem a dor ser esquecida, apenas suportável. Magnus a suporta.”
Jem voltou no século XXI, mas a maioria das pessoas que ele ama estão mortas. Com exceção de Tessa. E aí eles vivem o tal feliz para sempre.
Mas que melancólico, não é? Ter um casamento com fantasmas do passado presente. Não ter uma história que não seja pra dar pena ou ser visto como o bonzinho — ou vangloriar outros (Jace o salvando, meus deuses). O desenrolar da sua história gira praticamente em ser o par de Tessa em algum momento e ser moribundo enquanto Will tem todo um desenrolar que deixa todos fascinados (com pena também? talvez).
E aí vem Mary Lennox (que veio de um livro que eu demorei tanto pra devolver quando era mais nova que a bibliotecária me deu).
Mary tinha o mesmo nome que eu e era a insuportável. Eu não me lembro direito, mas se não me engano a família na Índia vai morrendo por uma doença e ela é enviada para fazendinha/rancho de um tio. Todo mundo tem um julgamento sobre ela.
(Pausa pra dizer que eu vou falar só o que lembro então muitíssimo pouco).
Ela não tinha contato com crianças. Tinha tudo o que queria. Como alguém poderia esperar que ela não fosse daquele jeito? Os pais, como é sempre citado, mesmo quando vivos não eram presentes. Quando ela se muda, o tio também não é.
E aí ela encontra o tal Jardim Secreto e descobre o primo dela, que está morrendo e em uma cadeira de rodas. ABSOLUTAMENTE todo mundo sente pena dele. Ele é como ela, mimado. Tudo e todas as coisas por medo que ele morra no dia seguinte. E por mais que a situação seja digna disso, Mary não sente pena. E acho que isso foi um dos motivos para que ele se recuperasse, ficasse mais disposto. Criassem amizade.
Sabe? Um rompimento. Você encontra uma pessoa que não está com pena da situação. Que no final fica ali por você, por mais insuportável que fosse a amizade entre os dois no início.
E aí eu me perguntei.
Por que diabos?
Porque eu pensei em uma época que aquilo seria assim pra sempre. Que eu seria James Carstairs passível de pena. Que meus laços seriam formados, mesmo que mudassem mais tarde, por pena. Que as pessoas olhariam e diriam "mas ela? coitada!". E ver Mary Lennox contestando o primo pra brincar e o vendo unicamente como uma criança era incrível. As farpas trocadas. Tudo.
(E eu sei que O Jardim Secreto tem uma melhor moral da história, mas não vem ao caso.)
Mas hoje já não é mais bem assim. Por hora, não me sinto vulnerável. Fraca. E talvez amanhã ou depois eu esteja. Mas, por enquanto, eu estou sem um livro favorito.
Escrito em 2019
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