Tumgik
#tentei mudar um pouco
neo-romancista · 9 months
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Enfim, dia 31 de dezembro. Mais uma vez chegamos nessa data terminados, estou começando a achar que temos sérios problemas com finais de ano... E dessa vez, o problema fui eu.
Depois de um ano muito difícil, cheio de obstáculos e perdas, superações e conquistas, brigas e reconciliações, eu tomei a que provavelmente foi a pior decisão da minha vida: decidi te trair. Não sei colocar em palavras quão imensamente arrependido estou, o quanto me doeu te ver chorar, lembrando de tudo que já passamos, lembrando de todos os outros choros que já te vi derramar, e saber que, dessa vez, a culpa foi inteiramente minha. Nunca senti tanto desgosto, tanto nojo de uma pessoa como senti de mim mesmo nesse momento. Saber que parti o coração do grande amor da minha vida.
Um tempo atrás, ainda em Águas Claras, tivemos essa conversa. Onde falamos que já tivemos grandes amores e que, provavelmente, não seríamos o "amor da vida" um do outro. E talvez por causa dessa conversa algumas coisas mudaram em minha cabeça. Não sei me dar pela metade. Sempre fui 8 ou 80. Ouvir você dizer que nunca me amaria como amou o Matheus, e pensar que eu nunca te amaria como amei a Lara, virou uma chave na minha cabeça de que talvez toda a luta e todo o esforço não fosse valer a pena. Comecei a pensar que estávamos arrastando essa relação com a barriga, de forma que nenhum dos dois teria coragem ou força pra pular fora dessa situação. O que contradizia totalmente o acordo que fizemos lá no começo, antes mesmo de começarmos a namorar. Quando prometemos um pro outro que, no momento que não quiséssemos mais, terminaríamos, de forma que nenhum dos dois se sentisse preso como você se sentia com Matheus. Falhamos.
Contudo, hoje, a beira do colapso, a algumas poucas horas do que pode ser o fim dessa relação, percebo que eu estava errado, e talvez você também. Eu acredito fielmente que temos a capacidade de sermos o grande amor das nossas vidas. Eu tenho certeza que, se tu fores capaz de me perdoar, a nossa relação vai recomeçar de uma forma que não vivemos até agora. Sei que vou ter muito a consertar, muito a reconquistar... mas eu faço qualquer coisa por você! Luto qualquer luta, enfrento qualquer obstáculo! O que eu senti ao te ver chorar, nunca tinha sentido em toda a minha vida. O meu mundo desmoronou.
Sinto muito por ter te decepcionado, por ter traído sua confiança, por não ter sido o homem que você deseja e que, depois de tudo que passou, merecia. Sinto muito por não ter tido força pra dizer não aos meus desejos, e por ter sido ainda mais fraco quando repeti o erro. Sinto muito por ter jogado fora tudo que estivemos lutando tanto pra construir.
Obrigado por tudo que vivemos até aqui. Obrigado por ter me deixado fazer parte da sua vida, parte da vida da sua filha. Obrigado por ter me escolhido, tantas e tantas vezes em que pensou ir embora. Obrigado por ter ficado, por ter lutado, por ter tentado e principalmente, por ter me amado. Só quero que saiba que, apesar dos meus erros, eu te amo muito, você me dá forças pra aguentar coisas que nunca achei que aguentaria. E caso não consiga me perdoar, caso realmente este seja o nosso fim, eu vou sentia muito a sua falta. Em cada momento do dia. Do acordar ao dormir. Comendo. Tomando banho. Dirigindo. Bebendo. Dançando. Até fazendo nada. Tudo sempre vai ter um pouquinho de você. Eu te amo, FC!
– Ciro Monteiro.
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casos ilícitos
Matías Recalt x f! Reader
Cap 17
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Acho que tenho mentido para mim mesma, me perguntando como poderia ter sido, e lutando para manter isso dentro. Ou ver olho no olho com algo novo. Porque não posso continuar correndo atrás disso. E eu era só uma criança esperando por você, para amarrar meus sapatos.
Avisos: Smut, linguagem impropria.
Palavras: 6,7k (tentei resumir ao máximo, pois o próximo já sei que vai ser enormeee)
O barulho inconfundível da cabeceira da cama se chocando contra a parede de seu quarto, não deixava dúvidas aos seus vizinhos do outro lado do que estava acontecendo. O seu cabelo estava começando a grudar em seu pescoço por conta do suor acumulado ali, devido aos esforços de seus movimentos frenéticos.
Seu corpo nu se movia, e se deliciava contra o garoto abaixo de você, que também estava nu, e te olhando com a maior adoração do mundo. O eixo duro dele dentro de sua intimidade, as mãos firmes, e os sons imundos que vocês soltavam, só deixavam o momento ainda mais especial. A cada sentada sua, indo de encontro com ele, aumentava o prazer que a fricção proporcionava, indicando que o seu ápice já estava próximo:
-Isso, não para! - O loiro dizia, revirando os olhos - Porra, você é tão gostosa - Ele continuava, apertando mais as mãos que estão posicionadas em seus quadris te segurando, e levando a boca até um de seus seios, sugando a pele com urgência.
A sensação da boca dele em seu mamilo sensível te leva ao extremo, fazendo com que você feche os olhos e se perca no modo como isso só te deixa mais molhada, e entregue aos toques do rapaz.
Santí é bom. Tipo, muito, muito bom no que faz. Você ainda se lembra de quando há algumas semanas atrás, quando finalmente decidiu que estava prolongado demais isso, e que já estava pronta para ter um pouco mais de contato sexual, se surpreendeu com o desempenho excelente dele na cama.
Antes de Matías, as suas experiências sexuais (o que você deveria admitir, não foram muitas) sempre foram entediantes, e pouco satisfatórias para dizer o mínimo. Mas quando o conheceu, foi a primeira vez que você entendeu como o sexo poderia ser realmente bom, e porque as pessoas gostavam tanto disso. Ele cuidava de você, e sempre se preocupava com o seu prazer antes do próprio, o que de certa forma sempre te encantou. Mas isso tinha acabado, e parte sua, sempre se perguntava se depois dele, você poderia se sentir tão viva assim com outra pessoa, o que felizmente, aconteceu.
Santi era devoto, e totalmente esforçado em sempre atender às suas necessidades. Tudo bem que ele não era espontâneo, com uma fome animalesca nos olhos que pareciam que queriam te devorar e absorver mais de você a cada minuto, mas você poderia viver sem isso. Ele era muito acima do satisfatório, e sempre te deixava mais do que exausta após a sessão sexual.
Ao menos era isso, o que você dizia a si mesma, quando insistia para ele te comer de quatro, e sempre quando ele estava por trás, metendo golpes fundos em você, os seus olhos se fechavam, e sempre acabavam indo de volta para outra pessoa. E nesses breves minutos, com muito esforço e imaginação, em sua cabeça, você ao menos sempre estava com o rapaz de cabelos castanhos quando chegava ao ápice.
Toda. droga. de vez.
Você literalmente não conseguia pensar em uma vez que não tenha gozado, sem a imagem persistente de Matías passando por sua mente. O que te fazia se sentir um lixo depois, e te deixava extremamente frustrada por não estar seguindo em frente.
Então claro, que para provar a si mesma que poderia ser diferente, decidiu mudar um pouco as coisas hoje, e encarar o problema de cara, ficando frente a frente com Santi enquanto ele estocava o membro duro dentro de sua boceta necessitada. Mas mais uma vez, não adiantou de nada, pois assim que as coisas começaram a entrar nos eixos, você se pega fechando os olhos, e imaginando as orbes castanhas te encarando enquanto alcançava o seu orgasmo.
-Ma- Mat- “Matías”, você quase deixa escapar, mas morde o lábio com força para conter o gemido, enquanto sente as ondas de prazer passarem por seu corpo, enquanto ele amolece devido ao orgasmo intenso - Ma- Mais - Você diz, tentando disfarçar a sua gafe, enquanto Santí ainda busca a própria libertação.
Por sorte ele parece não ter percebido nada, perdido demais no modo como os seus seios saltam na frente dele, e se concentrando mais na segunda parte, já que imediatamente após as suas palavras, ele aumenta a força e velocidade das estocadas, não demorando muito para que finalmente goze dentro de você, e tire o membro agora flácido de sua intimidade, e depois indo descartar a camisinha no banheiro de seu quarto.
Quando ele retorna, se torna um amante maravilhoso em cuidados posteriores. Ele te abraça, e te envolve, até que ambas as respirações se acalmem, e ele pegue no sono ao seu lado. Ele é quieto, e você odeia como não consegue deixar de se lembrar que com Matías não era assim. Você costumava ficar acanhada depois da transa, o que só o impulsionava a querer te provocar ainda mais, com palavras sujas, que te faziam corar quase tanto quanto o sexo em si, e te fazer soltar gargalhadas com as atrocidades que saiam da boca dele.
Você sentia falta disso. Sentia falta dele, de formas que sabia que não eram saudáveis. Afinal, não era certo ficar pensando em outro cara, enquanto estava quase dormindo nos braços do namorado depois de uma foda fantástica.
Namorado. Você nunca pensou realmente que voltaria a chamar alguém assim tão rápido depois de Matías. Mas foi o que aconteceu. Só que sem campo de futebol, ou cartazes desta vez. Somente um jantar delicioso em um restaurante caro, com música ambiente ao fundo, e palavras doces. Nada muito exagerado e na medida certa, e obviamente você disse que sim, pois era a coisa correta a se fazer.
Era o que a sua cabeça sempre te dizia: “Ele é bom, e faz bem pra você, então não tenha dúvidas”. Ele era seu, e agora você era dele também. Você tinha que esquecer seu ex complicado, e focar em continuar sua vida. E com esse pensamento, você finalmente se entrega ao sono, e dorme tranquila nos braços de Santi te puxando para mais perto.
— — — —
A sua vida tinha voltado ao normal aos poucos, ao menos tão normal quanto você achou que poderia ficar. Você ainda se encontrava com suas amigas para falarem de coisas importantes como faculdade, provas, trabalho, e outras coisas muito menos importantes como roupas, fofocas, ou algum vídeo aleatório que te lembraram de alguém. Você também já havia se acostumado ao trabalho e se adaptado bem à nova rotina, se enturmando com as pessoas de seu círculo profissional, e entregue às demandas no prazo conforme solicitado. E para melhorar, toda noite voltava acompanhada para casa com o cara perfeito, do sorriso perfeito, com o coração perfeito, de mãos dadas que te deixava contente, tanto dentro, quanto fora da cama.
Já fazia semanas que você não tinha notícias de Matías, e talvez fosse ser assim pelo resto de sua vida. Ambos em lados separados, e com pessoas diferentes, tendo a própria versão de vida que achavam que mereciam.
Mas mesmo que por alguns pequenos momentos do seu dia você tenha pensando nele, também tem que admitir que ficou mais fácil com o passar do tempo. Conforme os dias transcorriam, o ar não ficava mais tão espesso em seus pulmões só de se lembrar dele, e seus olhos não lacrimejavam quando pensava nos momentos bons que compartilharam. E quando se pegava remoendo o fato ardiloso da traição, só sentia um vazio no lugar. Não era mais raiva, ou ódio, era um tipo melancólico de indiferença, se é que isso ao menos existia.
Às vezes, você só fingia que ele não havia existido, e que não tinham se conhecido em primeiro lugar, desse modo, você não teria que se esforçar em superá-lo, simplesmente o empurrando para o fundo de sua mente em um lugar escuro, até que em algum dia, quando você menos notasse, ele já teria saído de lá.
Talvez algum dia o reencontrasse, quando ambos já estivessem casados com outras pessoas, e tendo os próprios filhos, e dessem boas risadas de tudo isso no futuro.
O futuro é engraçado. Na verdade, a vida é engraçada, de uma maneira totalmente aleatória e sem explicação alguma. Um dia, você estava chorando por ter perdido o amor de sua vida, e no outro, você estava se apaixonando por outra pessoa. No começo o sentimento te trouxe uma sensação de ansiedade imensa, mas era a verdade. E bastou uma tarde ensolarada, um vinho, e alguns morangos com chocolate para você entender que o seu coração, além de estar se curando, estava finalmente se abrindo para um novo alguém.
Desde o começo a atração por Santi era palpável, mas agora era outro nível. Você confiava nele, acreditava nele, e se encantava mais por ele a cada dia. Não era algo momentâneo, ou passageiro, pelo o contrário, se continuasse assim, você realmente se via casando com ele em um futuro próximo.
Ele não te escondia dos amigos ou te chamava de amiga na frente de alguém, na verdade era o oposto. Ele parecia orgulhoso toda vez que dizia que eram um casal em algum restaurante, ou em um local público. Ele queria e gostava de estar ao seu lado. Ele te fazia sentir única, e digna de uma atenção que você não achava que era merecedora. Mas toda vez ele provava que você estava errada, te apoiando e te ajudando a entender que você merecia somente as melhores coisas do mundo.
Era tão estranho se sentir desse jeito. Mas você estava começando a se acostumar, aprendendo a amar de novo, e se deixando ser amada na mesma proporção de volta. E de pouco em pouco, Santi estava começando a se tornar sua casa e lar. Se transformando no refúgio do qual você precisava e não sabia.
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O seu dia não poderia ter sido melhor. O final de semana finalmente tinha chegado, te livrando do trabalho, e dos diversos projetos em andamento com sua turma na faculdade. Você como uma boa introvertida e acomodada, não havia marcado compromisso nenhum hoje, querendo apenas aproveitar o dia em casa com seu namorado, e um filme clichê bobo enquanto ficavam esparramados no sofá, e pediam comida em algum restaurante de comida chinesa que ambos gostavam.
E em meio a essa bolha de conforto, cumplicidade, e comentários astutos nas cenas mais improváveis no filme, em um piscar de olhos o seu dia havia se passado, dando boas vindas ao céu laranja, que trazia o entardecer, e clima ameno ainda se fazendo presente.
Os seus olhos estavam ficando pesados e sonolentos, conforme os personagens do terceiro filme escolhido ainda estavam divagando em busca de algo que você não prestou atenção, e sua cabeça se escorando no peitoral nu e magro de Santi no sofá. O abraçando com ainda mais força, e o trazendo para mais perto, se é que isso era possível, você pensa em se entregar ao sono de uma vez e encerrar o dia mais cedo.
Mas claramente, alguém não estava colaborando com o seu plano, quando o som insistente de algum indivíduo batendo na sua porta soa pelo seu apartamento, te despertando da tranquilidade de seu lar.
Você solta um grunhido mal humorado com a interrupção:
-Aff, o interfone nem tocou - Você diz revirando os olhos, e enterrando o rosto mais ainda contra o peito dele - Não acredito que o porteiro tá deixando qualquer um subir sem me avisar - Continua resmungando, com a voz agora abafada pela pele do rapaz contra seus lábios.
Santi só solta uma risada gostosa, achando graça de sua preguiça e teimosia, e decide te poupar de tal tarefa:
-Deixa que eu atendo - Ele diz enquanto se levanta, e te deixa com a sensação de vazio agora que perdeu o calor dos braços dele em seu entorno, e o perfume másculo que te deixava louca de desejo.
Você não presta atenção em quem está do outro lado da porta batendo insistentemente, e continua assistindo o filme esquecido. Afinal, talvez fosse apenas um entregador que errou o número, ou algum inquilino querendo alguma coisa ou algo emprestado. Ao menos isso era o que você pensava, até que sente os pelos de sua nuca se arrepiando quando o som familiar da voz viaja até seus ouvidos:
–Que merda é essa? - Diz sua irmã surpresa, e você nem precisa ver o rosto dela para saber que a mesma provavelmente está com o cenho franzido, e sobrancelha arqueada em óbvia confusão.
Você se levanta do sofá em um pulo, desligando a TV e se dirigindo até a porta o mais rápido possível para tentar remediar a situação. De todas as formas para os dois se conhecerem, essa com certeza não era a melhor. Não quando Santi estava sem blusa, e o seu sutiã favorito perdido e jogado em algum canto da sala por conta das atividades da noite passada antes de irem pro quarto.
-Oi, posso ajudar? - Diz Santi com cortesia, e igualmente confuso com o tom hostil da mulher na porta.
-Oi, garoto sem camisa na casa da minha irmã - Fala sua irmã mais velha ironicamente, e pelo silêncio, você tem certeza que ela deve estar o medindo de cima a baixo, com a crítica aparente em seu olhar - Quem é você? - A voz o questiona, com as pulseiras no pulso tilintando quando ela cruza os braços o cobrando explicações.
-Sou o Santi, prazer - Ele diz - Sou o namorado dela. - Anuncia em um tom calmo.
Nessa hora, você finalmente os alcança e se põe contra eles, para poder presenciar o silêncio constrangedor que ficou por conta das palavras do garoto. E por algum motivo você está na defensiva agora. O que eles estavam fazendo aqui? Eles ficariam bravos por você não ter contado nada? Ou não dariam a mínima? O que você acha difícil, vendo o modo como Wagner, o qual você só notou a presença agora, encarava o peito nu de Santi em reprovação.
Sua irmã fica confusa com a afirmação do loiro, quase tanto quanto Wagner que está ao lado dela e se apresenta ao garoto em um aperto firme, com o cenho também franzido.
Afinal, o que eles estavam fazendo aqui bem agora? Não haviam te informado nada. Eles estavam de passagem, ou ficariam por alguns dias? Um milhão de perguntas rondavam por sua mente agora, mas infelizmente nenhuma delas com uma resposta.
A sala ainda continuava em um silêncio absoluto. Todos foram apresentados, mas ainda assim, ninguém sabia o que dizer a seguir. Santi não é bobo, já sacou que tem algo errado aqui, e ele não parece chateado por seus familiares não saberem dele, ou de sua recente relação, sendo compreensível e entendendo o seu lado sempre. Mas ainda assim, você não consegue deixar de se sentir culpada por ter negligenciado ele, e envergonhada por nem ao menos ter dito que terminou seu relacionamento antigo.
Sua irmã te encara com afinco, um olhar penetrante do qual você não consegue retribuir no momento, então só engole em seco e desvia do mesmo. Mas não vai ser tão fácil assim escapar dela, e a mesma mostra isso quando começa a falar primeiro:
-Quer saber? Já está ficando tarde, e eu estava pensando que nós duas poderíamos fazer o jantar hoje. - Ela diz, se aproximando de você, mas desvia no último segundo, indo até seu namorado, e apoiando as mãos nos ombros dele - Você gosta de massa Santi? - Pergunta ao mesmo, dessa vez sendo mais simpática e se lembrando do nome dele.
-Sim. - Ele responde, ainda desconfiado.
-Ótimo! - Ela comemora - Porque os dois rapazes não vão comprar o que precisamos enquanto eu e minha maninha arrumamos tudo? - Ela pergunta e ordena ao mesmo tempo. - Aproveitem para se conhecerem um pouco. - Ela finaliza.
Era óbvio que mesmo ela tentando mascarar a situação, a verdade era uma só: Ela queria tempo para falar com você em particular, e tirar essa história a limpo. Mas você não sabia se estava pronta para ter essa conversa, e Santi vendo isso, abre a boca para protestar. Mas infelizmente, sem sucesso, pois ela o interrompe no mesmo instante:
-Eu insisto querido, preciso me desculpar por ter sido grossa com você agora pouco, e prometo que minha comida vai dar conta do recado - Ela fala apertando levemente os ombros dele - Me desculpe, tá bom? Mas vamos usar isso pra gente poder se conhecer melhor durante o jantar, que tal? - Ela diz com a voz tão doce que até você acreditaria nela se não a conhecesse melhor.
E Santi sem alternativa, e não querendo pesar mais o clima, só concorda. E antes que você se dê conta, os dois homens já estão saindo do apartamento (depois do garoto vestir uma camisa, e sua irmã dar uma lista ao marido) e te deixam sozinha para lidar com o dragão a sua frente.
Tudo está te atingindo de uma só vez. Wagner seria legal com ele? Você esperava que sim. Não foi a melhor maneira deles se conhecerem, mas esperava que ao menos ele desse uma chance ao garoto de mostrar o seu valor, e como ele gostava verdadeiramente de você.
Mas você não tem tempo para se preocupar com Santi, pois tem outras coisas com as quais deve se preocupar agora, como por exemplo a figura feminina a sua frente:
-O que vocês estão fazendo aqui? - Pergunta a ela grosseiramente, antes que a mesma tenha a chance de dizer alguma coisa, enquanto você se dirige para a cozinha para como ela mesmo disse “ vocês arrumarem tudo”.
Ela só revira os olhos e começa a te seguir pelo corredor estreito:
-Você estava estranha, não dava notícias há meses, e eu suspeitei que tivesse algo de errado - Ela fala com o tom preocupado, enquanto te vê a dando as costas, e indo até os armários- Aproveitei que ia ter umas semanas de folgas e vim ver como você estava. Fui ver a mamãe também, ela sente sua falta - Ela solta um suspiro - E o papai não para de falar no Matías, acho que gostaram mesmo dele. - A mesma joga um verde para ver sua reação.
Você se vira para ela, agora com as portas dos armários abertos, e a encara com a expressão limpa para o descontentamento da mulher:
-Eu estou normal, e também estou com saudades deles - Responde, ignorando propositalmente a última parte do que ela disse, e voltando a procurar o objeto no armário.
Aparentemente, a sua recusa de falar no assunto, é o ponto de ebulição para a paciência dela que se desintegra por total, a fazendo questionar em um tom mais severo:
-Já chega! O que está acontecendo? Quem é ele, e onde está o Matías? -Ela exclama fazendo gestos espalhafatosos com as mãos em indignação - Ele sabe que tinha um cara quase sem roupa aqui na sua casa? - Termina de falar, apontando um dedo em seu rosto.
Isso só te deixa mais indignada e raivosa. Primeiro ela vem até sua casa sem ser convidada ou avisar, e depois ainda quer cobrar respostas sobre sua vida particular, te pintando como vilã sendo que não sabia nem metade do que aconteceu:
-Pra começo de conversa, o garoto tem nome, e o Santi não estava quase sem roupa, ele só estava sem camisa. - Retruca, dando as costas a ela novamente, e procurando uma das panelas que você sabia que estava em algum lugar - Tá calor, e a gente namora, então não é como se eu não tivesse visto ele sem roupa antes. - Fala revirando os olhos, ainda na procura do objeto.
- O Matí…- Ela recomeça um segundo depois.
-Foda-se o Matías! - Você diz ríspida, finalmente explodindo, e a interrompendo no meio da frase -A gente terminou já faz um tempão ok? Não é da conta dele se tem um cara aqui na minha casa ou na minha cama, então não fica colocando ele na conversa.- Fala frustrada, e liberando a sua raiva com a insistência da mesma.
-O que? Como assim? Me conta direito o que aconteceu.- Ela pede, enquanto vai a pia lavar as mãos, e separar um pano de prato.
Neste instante, você a olha por cima do ombro, e as duas se encaram por um segundo. A dúvida se você vai atender ao pedido dela e contar tudo te assombra. Ninguém sabia o que havia acontecido, somente os amigos dele que presenciaram tudo, e Santi que é seu atual namorado. Como você iria olhar sua irmã nos olhos e dizer: “Então, o cara que eu era louca me chifrou, enquanto eu estava fantasiando em me casar com ele, e construir um futuro, ele tava se enterrando na vagina da ex, engraçado né?” Isso era muito humilhante.
Mas até quando você carregaria isso? Até quando iria mentir falando que terminaram por divergência de opiniões ou porque queriam coisas diferentes? Ela não iria cair nessa. Ela sabia que você gostava dele, então não seria qualquer coisa que fariam vocês terminarem. Com um suspiro resignado, você sabe que é melhor acabar logo com isso de uma vez.
Ainda de costas, com as mãos nos armários, tenta esconder o modo como elas estão trêmulas, e seu corpo se encolhe se preparando para o que vem a seguir:
-Ele me traiu - Você admite em um sussurro, e mordendo o lábio para conter um soluço, enquanto sente os olhos pinicarem. Até agora, você pensava que a única coisa que estava te impedindo de falar sobre o assunto traição, era o constrangimento, mas bastou uma conversa com sua irmã para te provar que não era bem assim. Ainda tinha um resquício de dor, e angústia ali, junto com mais alguma coisa da qual você não queria pensar agora. Então esmagando os seus sentimentos, e expirando profundamente, você se recompõe, pois se recusava a chorar novamente por ele - Já tem uns dois meses - Começa a explicar - Eu descobri que ele teve uma recaída e ficou com a ex dele. - Diz, engolindo em seco e tentando prosseguir - Ela foi brava na casa dele pra devolver um casaco que ele tinha esquecido, e depois disso, eu terminei tudo. - Uma lágrima sorrateira desce por sua bochecha, e você a limpa rapidamente com a costa da mão antes que alguém possa notar.
Finalmente encontrando a droga da panela, você se vira para ela, ainda receosa, para ver o que ela tem a dizer agora que sabe de tudo. Ela sentiria pena de você? Dó? Ou estaria com a expressão de “eu te avisei!?”:
-Eu sinto muito - Ela fala depois de alguns segundos, te surpreendendo e se aproximando de seu corpo, abrindo os braços para te abraçar em um aperto quente e reconfortante.
Por alguns segundos você quer se entregar a isso. Deixar a cachoeira de lágrimas se esparramarem até inundar todo o seu rosto, e sua voz ficar rouca de tanto chorar e gritar. Mas sabe que não pode fazer isso. Vocês tem um jantar para preparar, e um namorado para apresentar. Se lamentar e sofrer por Matias, não iria ajudar em nada agora. Nunca ajudou para ser sincera.
E assim que se separam, agora recompostas, depois dela afagar suas costas e passar as mãos por seus cabelos, ela continua te confortando:
- Ele parecia gostar tanto de você, é difícil acreditar que ele faria isso depois de tudo. - A mesma diz com uma expressão fechada se lamentando, e pensando se havia se enganado tanto assim em medir o caráter do rapaz.
- Bom, tecnicamente foi antes - Você fala, levando o panela até então esquecida no balcão para lavar, enquanto ela começa a procurar os talheres na gaveta ao lado - Ao menos, é o que ele diz. - Conclui, zombando ao lembrar das palavras do garoto.
-Como assim?- Ela questiona, selecionado os melhores garfos e facas dos quais você dispunha.
-Ele me disse que eles ficaram depois que ele me viu com o Wagner um dia no posto de gasolina. Foi um pouco depois de vocês chegarem. - Explica, tirando a panela do jato d'água, e indo ajudar ela a pôr a mesa.
-Peraí - Ela fala te interrompendo de suas tarefas, e te apontando um dedo enquanto arqueia a sobrancelha - Se foi um pouco depois da gente vim te ver, então ele ficou com ela antes de vocês começarem a namorar? - Questiona confusa, frisando a palavra antes.
-É o que ele diz. - Você responde, fazendo desdém do mesmo.
Você dá a volta por ela indo até o outro armário, e começa a pegar os pratos, fazendo uma nota mental para si mesma de conferir depois se tinham guardanapos limpos para todos. Afinal, sua irmã sendo perfeccionista do jeito que é, não deixaria passar nada.
-Se isso for verdade, e ele ficou com ela nesse período, então tecnicamente ele poderia - Ela diz - Você tinha terminado com ele, e só voltaram a sair, e futuramente a namorar só depois. - Recapitula como se fosse o óbvio.
As palavras dela te pegam de surpresa. Como em um instante ela estava do seu lado te consolando, e no segundo estava defendendo o cara que partiu seu coração? A ironia da situação seria engraçada se não fosse tão crua e cruel. Era óbvio que isso já tinha passado pela sua cabeça um milhão de vezes antes, a típica frase “perdoa ele, isso foi antes de vocês começarem a namorar”. Mas tinham duas coisas que te impediam de fazer isso. A primeira era: Independente de estarem namorando ou não, você achava que merecia ao menos um pouco mais de consideração dele pelos meses que compartilharam juntos ( ainda mais levando em conta tudo o que você teve que aguentar sendo o segredinho sujo dele). E segundo: Quem poderia afirmar que foi realmente só um beijo, e que tinha acontecido só uma vez, como ele havia dito? Matías era um mentiroso, e você nunca mais acreditaria em uma palavra que saísse da boca dele.
Uma risada amarga escapa pelos seus lábios:
-Isso não importa! Ele sabia que eu tinha inseguranças a respeito dela, e não pensou duas vezes em ir se enfiar no meio das pernas daquela garota - Exclama aborrecida - Ele só usou eu e o Wagner como desculpa.
-Ainda não entendi, o que o Wagner tem haver com isso? - Ela pergunta, não entendendo a conexão do homem na história.
-O Matías é um idiota que pensou que nós estavamos juntos. - Fala, revirando os olhos - Ele foi todo bravinho me perguntar, e me chamou em um canto lá do posto pra saber quem era o cara do meu lado. - Você conta, ainda desacreditada com a ousadia e estupidez do rapaz. Só a ideia de você e Wagner como um casal, te dá náuseas, e é terrivelmente desconcertante aos seus olhos. Impossível de acontecer.
E sua irmã parece concordar com isso, já que quebrando todo o clima tenso, ela solta uma gargalhada generosa com o que você contou:
-Meu Deus! hahahaha - Ela fica histérica, se sentando em uma das cadeiras da mesa, e jogando a cabeça para trás enquanto os risos altos preenchem o ambiente. Você só fecha a cara e revira mais os olhos, deixando uns bons minutos se passarem para ela tentar absorver o que você disse.
Um tempo depois, ela parece voltar à realidade, e tenta se controlar, levando as mãos à barriga para controlar a dor que as risadas violentas causaram- Tenho que te falar, preciso agradecer ele, faz tempo que alguém não me faz rir assim - Ela comenta, se abanando, para o rosto agitado dela volta a cor normal - Mas voltando ao assunto - Ela limpa a garganta se endireitando no acento - Aí você respondeu que ele era o seu cunhado né? o que ele falou? - Questiona mais seriamente.
Na mesma hora, a culpa te assola, junto com as memórias que vem a sua cabeça:
“- Você tá trepando com ele? – Matías te pergunta, com o rosto ainda enterrado em seu pescoço.
- Ele te fode como eu? – Questiona de novo, e vai descendo o rosto, enquanto roça o nariz no vão entre seus seios, no decote de sua blusa. Você não diz nada, e ele dirigindo o olhar a você, diz - Não, ninguém pode te foder como eu, você sabe disso. – Afirma convencidamente, se pressionando ainda mais contra você.
- E se eu estiver? – Você desafia - Talvez seja isso que eu precise – Faz uma pausa dramática – Um homem, pra me mostrar o que eu estava perdendo, esse tempo todo.”
Você não se lembra de muita coisa depois disso. Só se recorda que ele te dedou naquele banheiro te fazendo ter um dos melhores orgasmos de sua vida, e ficar com as pernas parecendo gelatina após o ato, doendo na necessidade de ter ele dentro de seu íntimo.
A memória te faz corar, e limpando a garganta, você continua:
-Eu… eu não devia satisfações pra ele - Rebate desviando da pergunta, e indo procurar os tais guardanapos para se ocupar com alguma coisa.
-Então ele também não devia pra você. - Sua irmã retruca duramente.
-Eu não afirmei e nem neguei nada, ele tirou as próprias conclusões que quis naquele dia. -Sua voz se defende - E de qualquer forma, eu não tava ficando com ninguém depois que terminei com ele - Argumenta, tentando manter a situação sob controle.
-Mas ele não sabia disso - A mesma fala na ponta da língua - Ele suspeitou, e foi te perguntar, e pela sua reação, você não deve ter sido muito boa em contar a verdade pra ele e esclarecer as coisas. - Ela afirma, conseguindo te ler tão claro quanto uma revista.
- Isso não muda nada. - Bate o pé, deixando os guardanapos na mesa e cruzando os braços.
-Isso muda tudo! - Ela insiste - Deixa eu ver se entendi - Ela diz, se levantando para fazer um drama, e como você apelidou carinhosamente de “falar com as mãos” - Vocês terminaram, ele te viu com um cara alto, bonito, mais velho, se sentiu incomodado com isso, e foi te perguntar quem era o tal fulano - Ela recupera o fôlego - Aí você deu a entender que era um interesse amoroso, e quando ele voltou com a ex você ficou brava? - Ela se senta novamente - Não to dizendo que ele não foi babaca, mas se os dois já tinham terminado, e ele pensou que você já estava com outra pessoa, era claro que ele iria ficar com raiva e pegar alguém também. - Ela termina de falar, cruzando as pernas, tendo finalizado o seu caso de defesa em prol do Recalt.
As palavras dela impregnam o seu cérebro assim que ela a solta, e te fazem estremecer por dentro.
Você nunca tinha parado pra pensar por esse lado. Será que você também não tinha uma parcela de culpa nisso? Se as coisas fossem diferentes, e você tivesse mesmo com outro cara naquele dia, do jeito que Matías pensou que você estava, isso mudaria o cenário? O seu estômago se afunda com a resposta óbvia para isso.
Mas ele tinha que saber que era mentira. Como ele poderia achar que uma garota que passou meses se dedicando a um cara iria esquecer dele tão rapidamente assim? Como ele poderia pensar por um minuto que você não o queria, e que o havia esquecido? Então sim, talvez você tenha sido um pouco culpada por ter deixado ele acreditar nisso. Mas o buraco era muito mais embaixo. Ele deveria ter lutado mais por você, e ter tentado te reconquistar sendo honesto, e mostrar que se importava com sua ausência porque aprecia sua pessoa, e não por ciúmes de ter perdido o brinquedo favorito para outro homem.
E essa é a arma que você tem para usar agora:
-Ele deveria ter tentado mais, e ter me chamado pra conversar sério antes de fazer o que fez, não ter uma crise de ciúmes idiota em um estabelecimento - Fala com rancor - Eu aguentei muita merda vinda dele, eo mínimo que ele poderia ter feito, era ter sido honesto comigo, e ter me dado um tempo pra pensar e depois me procurar - Sua garganta começa a arder, e você engole o choro - Mas claro que ele não iria fazer isso, era muito mais fácil ir trepar com outra e ir aproveitar a liberdade dele - Afirma, sentindo o gosto amargo na boca - E de qualquer forma, isso não importa mais - Você fala - Ele pode dormir com quem quiser, eu já tô com outra pessoa agora. Alguém muito melhor. - Afirma convicta.
-Você realmente gosta desse garoto? Ama ele? - Ela pergunta preocupada com a sua teimosia e instabilidade.
-Ele é legal, bonito e muito inteligente. - Você começa a listar as qualidades dele enquanto colhe utensílios espalhados pela cozinha, os deixando na linha de visão do balcão, para facilitar o processo de cozinhar depois.
-Não foi isso que eu perguntei. -Ela rebate, não deixando passar em branco a sua falta de resposta para algo que deveria ser simples.
-Eu…eu estou me apaixonando por ele, de verdade. - Você a conta, sendo sincera e abrindo o seu coração, se permitindo ser transparente e vulnerável - Pode não ser amor à primeira vista como foi com o Matias, mas tá tudo encaminhando para que isso aconteça. Ele é carinhoso, respeitoso, verdadeiro, e muito bom pra mim - Diz com orgulho em sua voz - Eu sinto que ele é a primeira decisão correta que eu tomo em muito tempo. Você me entende? - Diz temerosa, pois o apoio dela agora é mais importante para você do que você gostaria de admitir.
- Me escute, eu só quero que você seja feliz - Ela explica te acalmando - E se você acha que vai encontrar isso com esse rapaz, então tudo bem. - Ela afirma, e você não consegue deixar de notar certo tom de derrota na voz dela.
Um silêncio tenso se instala no cômodo, o que é estranho levando em consideração que nos últimos minutos vocês não calaram a boca discutindo uma com a outra. Mas quando você abre a boca para dizer alguma coisa que nem você ao menos sabe o que é, ela te interrompe - Só por favor, se cuide OK? E trata de conversar mais comigo de agora em diante. Sei lá, me liga, e a gente pode fazer a noite das garotas com filmes clichês, e biscoitos de chocolate com sorvete, como antigamente. - Ela te pede, voltando a ser a irmã mais velha da qual você sentiu tanta falta, e só apreciou agora.
-Tudo bem. - Você concorda.
E antes que perceba, vocês estão se abraçando de novo, e rindo do quão idiotas tem se comportado até este instante, mas finalmente podendo matar a saudade que estavam sentindo uma da outra.
- Agora me deu vontade de comer biscoitos! - Você reclama se separando do aperto dela.
-Não diga mais nada. - Ela responde te dando uma piscadinha.
—------
Assim que os dois rapazes retornam (aparentemente com as expressões calmas, o que não indicava uma possível discussão ou intimidação para o seu alívio), sua irmã pega os mantimentos comprados, e os despacha para a sala com urgência, para deixar a cozinha livre e esperarem até estar tudo pronto. E enquanto ambas começam a descascar, cozinhar, e refogar os ingredientes na manteiga, em um clima descontraído, ela não toca no assunto Matías pelo resto da noite, te deixando grata pelo gesto.
Quando tudo fica pronto, e os dois membros masculinos se dirigem até a mesa de jantar, a conversa felizmente se segue de maneira cordial, e espontaneamente divertida para todos. Entre o interrogatório e perguntas constrangedoras, Santi sempre é simpático, e carismático o bastante para conseguir lidar com tudo com leveza e simplicidade.
-E a pergunta mais importante de todas, pra qual time você torce ?- Pergunta Wagner sério, e cruzando os braços.
E depois que Santi o responde, você acha que ele deve ter respondido certo, já que a seguir os dois soltam uma risada calorosa e um aperto de mão forte, como se já fossem amigos e colegas há anos.
Em algum momento, enquanto preparava a massa da comida, sua irmã realmente te fez os prometidos biscoitos de chocolate, com a massa maravilhosa dela que ela conhecia tão bem, os quais rendeu uma sobremesa maravilhosa e muito bem vinda depois da refeição. Santi a elogia o tempo todo pela comida preparada meticulosamente, arrancando risadas e bochechas coradas de sua versão mais velha, a qual já estava se derretendo pelo garoto a cada minuto. E talvez não demorasse tanto para que o carinho que ela sentia por Matías, se transferisse para Santi como você imaginava.
Até o final da noite, sua família parece decidir que Santi é um bom garoto (já que aparentemente você não é uma adulta funcional o bastante para julgar o bom caráter de alguém) e falam abertamente que o aprovam, e jogam a ideia de se encontrarem mais vezes para aproveitar o tempo que eles estariam na cidade e fazerem algo em grupo, o que você sabia que era só mais uma desculpa pra eles averiguarem se você estava realmente bem (ainda mais Wagner com quem você não teve a chance de conversar verdadeiramente muito hoje) e ficarem de olho em você.
E quando eles vão embora, o alívio finalmente toma conta de você. Te deixando respirar com mais facilidade e relaxar os músculos. Mais tarde, quando vai se deitar ao lado de seu namorado na cama para dormirem, não consegue deixar de se lembrar que dá ultima vez que se sentiu assim, foi quando eles tinham conhecido um garoto de cabelos castanhos, e o aprovado, te deixando extremamente orgulhosa e feliz. E um sentimento semelhante a este estava tomando conta de você agora, reconhecendo o modo como o loiro foi compreensível, e suportou todo o peso desta noite que não havia sido planejada, simplesmente porque gostava de você.
-Bom, sobrevivi - Santi brinca, se mexendo ao seu lado nos cobertores, e te olhando com os olhos já cansados pelo sono.
-Me desculpa por isso, eu devia ter contado pra eles. - Você pede, levando a mão direita até a nuca dele, e o acariciando na área, o que só faz com que ele ronrone manhoso, e se incline ao seu toque - Mas é que foi tudo tão rápido e…- Você solta um suspiro pesado - Quer saber? Não tem justificativa, eu estou errada e pronto.
-Ei, calma, eu não to bravo - Ele diz, tirando a sua mão da nuca dele, e dando um beijo suave nela, antes de entrelaçar os seus dedos. - Eu sei que é complicado, mas pelo menos o pior já passou. - Ele te conforta, te trazendo para mais perto, e te abraçando com a maior proteção e segurança que pode te transmitir.
Ele te embala, trazendo o seu rosto até o peito dele (o qual já estava virando seu travesseiro favorito) e te molda ao corpo maior do mesmo, até que em poucos minutos você consiga escutar a respiração compassada dele, e ver a expressão tranquila que o rapaz fica quando adormece.
O quarto está silencioso, esquecido em uma calma profunda e pacífica, a mesma qual você gostaria que sua mente se encontrasse neste momento. Nem mesmo a neblina do sono consegue apagar a conversa que teve com sua irmã mais cedo, remoendo tudo em sua mente. Será que você tinha cometido um erro? Foi injusta?
Matías tinha ficado com alguém, mas se o que ele disse for verdade, foi só depois que pensou que você tinha ficado com outra pessoa. Mas afinal, isso mudava alguma coisa? Isso não era necessariamente uma justificativa, mas ainda assim afetava um pouco a perspectiva e a visão das coisas.
Talvez ele nem quisesse ficar com ela e só queria te esquecer, ou só estava querendo provar um ponto idiota a si mesmo, ou o mais provavel, ele queria uma boceta e foi atrás da primeira que pudesse encontrar. Soltando um bufo irritada com tantas teorias vazias, você se amaldiçoa por se permitir sequer tentar justificar as escolhas dele. Ele fez o que fez porque queria e ponto. Já era tarde, e a única coisa que você sabia depois dessa noite, era que você estava em um relacionamento maravilhoso e sua irmã e cunhado aparentemente adoraram o rapaz. Com isso, não restavam espaços para incertezas, ou ressalvas no seu relacionamento. Sua irmã já sabia, então logo seus pais também saberiam que você estava com outro cara, e desse modo, você tinha que se entregar cem por cento a esse relacionamento, e estar presente de corpo e alma. Uma parte sua se anima com a expectativa de que finalmente poderia fazer coisas bobas como postar fotos juntos, ou mudar o seu status no perfil das redes sociais. As coisas estavam ficando cada dia mais sérias, e não demoraria até você apresentar Santi para seus pais no próximo compromisso de família.
Ele era o seu futuro, e depois dessa noite, você só tinha ainda mais certeza disso. Então deixando escapar um último suspiro que leva os tormentos desse dia embora, você se entrega finalmente ao sono, e se aconchega mais no calor de seu amado.
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Obs: a lembrança da leitora faz referência ao capítulo 4 caso queiram reler 😉. Espero que tenham gostado e até o próximo que vai ser pelo ponto de vista do Matías 🙈😚
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sunshyni · 6 months
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W I SH
gênero. fluff
tokuno yushi × fem!reader
wc. 1.4k
n/a. posso ser sincera? não gostei de nada que eu escrevi aqui, mas eu queria muito responder esse pedido desde que a mah (@nayuswifee) me enviou (inclusive mah tá um pouco diferente do que você me pediu, mas espero que você goste mesmo eu não tendo curtido kkkkkk se tiver minimamente bom eu já tô feliz 🙏). eu sinto que o yushi é um tanto quanto atentado, do tipo atentado no sigilo, sabe??? então eu tentei transmitir isso na escrita kkkkkk e no mais é isso!!!
Boa leitura, docinhos!!! ⭐
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2 . my love is young and it's strong
Você ainda se recordava de observar Yushi num uniforme da banda marcial em algum evento organizado pela escola de vocês, a imagem dele tocando um trompete com maestria enquanto você contava os minutos para aquela aula acabar, observando-o pelo vidro da porta, continuava viva na sua memória. Não poderia se esquecer de todas as vezes que Yushi esperava com expectativa o professor deixar a sala para te puxar para dentro do cômodo instantes depois.
Ele costumava ter a fama de bom moço, representante da sala e sempre o primeiro aluno quando se tratava de notas, mas ele gostava de te bagunçar um bocado sempre que tinha a chance.
Além de um ótimo musicista, Yushi gostava de cantar, foi por isso que ele resolveu se declarar num karaokê que o pessoal da escola tinha o hábito de frequentar, num dia específico em que vocês dois inventaram de matar aula e Yushi fez questão de mudar as letras das canções de forma proposital para dizer que estava perdidamente apaixonado.
As coisas continuaram dessa mesma forma por alguns meses, com Yushi te levando para a sala dos professores escondido só para te mostrar o grande arsenal de chocolates de um professor chocólatra e para te beijar também, certo, o chocolate era apenas um pretexto para deixar seus lábios inchados e vermelhinhos. Tudo estava absolutamente perfeito, até as provas finais chegarem e Yushi te dizer de que tinha passado para a universidade de Oxford, na Inglaterra; sem mesmo ter comentado sobre ter se inscrito para lá.
Você decidiu de que seria melhor terminar para que ambos não tivessem que ficar “presos um ao outro”, mas isso era só uma desculpa sua, já que queria um motivo concreto para parar de pensar nele, virar a página, qualquer coisa, e se Yushi não fosse mais o seu namorado, talvez isso ajudaria, você não iria sofrer todos os dias querendo vê-lo, tudo certo. E mesmo Yushi achando todo o seu diálogo uma bobagem, ele aceitou sua decisão, apareceu na sua casa de manhãzinha, antes de embarcar no seu vôo, e te beijou docemente, desaparecendo no carro dos pais logo a seguir.
Agora, haviam se passado dois anos desde então, era o seu aniversário de 20 anos e por coincidência, o encontro anual dos seus colegas do ensino médio foi marcado no mesmo dia, por isso todos ao redor da mesa do restaurante despojado que você havia encontrado, estavam com chapeuzinhos de aniversário de cores vibrantes na cabeça.
— O Yushi acabou de pousar, acho que ele só vai deixar as bagagens na casa dos pais e daqui uns 40 minutos ele chega — Riku disse sem pensar nas consequências e você engasgou com uma batata frita. Todos fizeram questão de olhar para Riku com uma expressão que dizia claramente “Você é tapado?” — Eu só chamei ele, como fiz no ano passado. Como que eu ia saber que ele ia aceitar o convite e não dar furo que nem na outra vez? Quer dizer, ele tá morando na Inglaterra agora.
— Você podia ter tido a decência de me avisar, Riku — Você admitiu ao passo que Sion se juntava a mesa com uma nova porção de batatas em mãos.
— E aí você não viria. Qual é a graça? — A graça é que você estaria se prevenindo de uma situação embaraçosa, se você já se esquivava de Yushi nas redes sociais e em conversas que o envolviam, direta ou indiretamente, imagine como seria pessoalmente, será que seu corpo entraria em estado de alerta e seu cérebro involuntariamente movesse seus músculos para debaixo da mesa? Ninguém sabia ao certo como responder.
Você se tornou monossilábica depois disso, uma amiga ao seu lado não parava de contar sobre a vaga de emprego que conseguira numa multinacional, mas tudo que você conseguia pensar era em Yushi, será que seu visual continuava o mesmo? Ele estava mais maduro? Seu inglês adquiriu algum sotaque britânico? E a pior curiosidade de todas: será que ele estava de rolo com alguma britânica misteriosa e sensual?
Você balançou a cabeça para todas essas indagações e direcionou o olhar para a entrada do restaurante como se já soubesse que ele estava por alí, parecia até que a temperatura do lugar havia mudado, a mesa de vocês estava bem longe da cozinha, mas você conseguia sentir as bochechas esquentarem como se estivesse com o rosto próximo dos fornos. Sinceramente, ele parecia mais alto, o cabelo mais cumprido, mas o estilo descolado ainda continuava presente considerando a escolha do moletom da universidade de Oxford como a peça principal do seu visual. Yushi se acomodou bem na cadeira livre do seu lado, a cadeira em que a garota da multinacional estava sentada, mas que se tornou desocupada assim que ela se levantou para dar um pulinho no banheiro.
— E como andam as coisas, senhor advogado britânico? — Yushi sorriu para o amigo Riku que empurrou uma cestinha de nachos para Yushi, que aceitou o alimento sem pestanejar. Você permaneceu imóvel ao lado dele, vendo-o mergulhar metade da tortilha na guacamole e torcendo para que ele não percebesse que você estava observando-o feito uma maluca, embora essa fosse a verdade.
— Suportáveis. Estudar direito é legal, mas eu 'tava é com saudade de vocês — Ele confessou e virou o rosto bonito na sua direção, tocando na sua bochecha e acariciando a pele sem vergonha alguma, como se vocês nunca tivessem terminado e continuassem íntimos daquela forma — Senti sua falta também.
Mesmo que você parecesse ridícula aos olhos dele, com aquele chapeuzinho que mal cabia na sua cabeça e a expressão abobalhada, seu coração disparou com a confissão como se vocês tivessem regressado alguns anos, quando seu interior facilmente se abalava com uma fala sussurrada e um beijo roubado antes do início da aula.
Você vem que tentou dispensar o convite de ir até o karaokê mais próximos relembrar os velhos tempos quando Sion sugeriu, insatisfeito com apenas aquele momento que tiveram conversando e gargalhando no restaurante com direito a muitos acompanhamentos e os drinks mais malucos do cardápio. No entanto, quando deu por si, lá estava você, sentada no meio do sofá extenso da sala de karaokê enquanto o tempo que pagaram por passava na tela juntamente com a letra de uma canção que Yushi tinha escolhido para cantar.
Alguns colegas cochilavam de cansaço no estofado, outros foram procurar por glicose no balcão do karaokê para terminar bem a noite, então quando Yushi chegou nos últimos acordes da música em questão, a única pessoa que pode testemunhar os cem pontos foi você no fundo da sala. Reconhecer que foi exatamente com aquela música em questão que ele se declarou para você anos antes fez seus olhos se encherem de lágrimas e você desejar que as coisas não tivessem terminado daquele jeito.
— Feliz aniversário — Yushi desejou, erguendo um isqueiro que tinha tirado do bolso do moletom canguru, por algum motivo, ele costumava dizer que era devido a sua experiência de escoteiro, Yushi sempre tinha consigo as coisas mais inusitadas como o presente isqueiro fofo de um dos personagens de Hello Kitty. Você sorriu, gostando de mirar seus olhos sob a luz da pequena fonte de calor e no momento que você fez o movimento de assoprar a vela improvisada, Yushi fechou o objeto, selando os lábios nos seus de repente. O que fez com que você desse um pulinho do sofá pega completamente desprevenida.
— Você tá tão fofa com essas bochechas rosadinhas, não consegui resistir — Yushi sorriu, puxando as suas pernas para o colo dele com a maior naturalidade do mundo e fazendo as suas maçãs do rosto se aquecerem um bocado mais, se isso era possível.
— Eu não consigo mais. Não consigo mais te ver online em alguma rede social e não poder te dizer que tô com saudade e que não vejo a hora de te encher de beijos — Ele disse enquanto acariciava suas pernas cobertas por uma meia-calça, ele tocou seu queixo suavemente, fixando seus olhares — Você me entende, né? Também se sente assim?
Você assentiu com o olhar, contemplando quando um sorriso esplêndido se fez presente nos lábios dele.
— Acha que consegue lidar com um relacionamento à distância?
Yushi não demorou nem um milésimo para te responder de prontidão:
— Eu só não consigo ser só o seu amigo.
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strlessankt · 2 months
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Ok, eu jamais gostaria de ter que vir aqui me expor a publico e expor minha vida pessoal em publico por conta de mentiras distorcidas sobre mim. Vou responder ponto a ponto sobre o texto abaixo.
Primeiramente, eu troquei de perfil para ter um pouco de paz e poder recomeçar, depois de ter errado em uma situação que já estava resolvida entre eu e as pessoas envolvidas. Fora que eu já queria mudar de user por não me identificar mais com o fandom do meu user. 
Segundo, minha intenção JAMAIS foi destruir o cp9, e sabem bem disso pelo sacrifício que eu fiz ao montar a codificação, uma que eu cometi um erro e eu ja pedi desculpas e reconheci que errei ao ter copiado códigos de outra codificação, e resolvi a questão no PARTICULAR, porque sei agir como adulta e resolver as coisas como devem ser resolvidas, com conversa, e não fazendo expond na internet, querendo acabar e destruir a imagem de uma pessoa, expondo prints de conversas privadas, algo que é crime, mas como me exporam primeiro, não vejo problemas em expor tbm rsrs. 
Na verdade, me questiono se a administraçao realmente no inicio me chamou para cuidar do projeto, porque gostavam de mim ou se foi porque estavam apenas interessados em algo que eu poderia oferecer, e depois me chutaram quando perceberam que eu não era mais util para eles. 
Terceiro, eu errei SIM ao copiar códigos, mas novamente, eu pedi desculpas e removi tudo o que tinha sido copiado e tentei me redimir, fazer algo novo e do zero, criado por mim e exclusivamente para o cp9. 
Inclusive, acho engraçado me acusarem disso agora e jogar pedras em mim, quando no OCORRIDO, falaram para eu NAO RETIRAR NADA, que eu estava CERTA na situação, eu tenho PRINTS de conversas e posso provar. Detalhe, muitas das conversas foram no servidor do CP9, um que simplesmente me expulsaram e nem ao menos conversaram comigo antes.
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Eu poderia acabar com a reputação de terceiros, com o que me disseram, e todos veriam que ninguém é tão santo quanto parece, mas se eu fizer isso eu vou estar me rebaixando ao mesmo nível de terceiros, algo que não pretendo fazer.
Quarto, me acusaram de não ter admitido que eu estava errada em momento algum, algo que é mentira, como podem ver abaixo, mas diferente de muitos, a situação foi resolvida como pessoas adultas resolvem. 
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Quinto, sim eu sumi. Sumi porque moro nos Estados Unidos como imigrante e acordo as seis da manha para arrumar casas e limpa-las também, sumi porque eu precisava de dinheiro para pagar as contas e dividas que minha família fez, sumi porque estava trabalhando igual uma condenada, de oito a dez horas por dia totalmente em pé e com um trabalho braçal, e quando eu chegava em casa eu tinha que arrumar a casa e ajudar na janta. Sumi porque eu sou uma PESSOA, que tem suas dores e suas lutas, mas muitos dirão que foi por que eu queria destruir um blog, porque é claro, é fácil julgar quando não se vive na pele. E comprovo isso 
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Como podem ver, da parte de terceiro, sempre entendo o meu lado, ou melhor, fingindo. Eu não tive tempo nem ao menos para conversar com minha TERAPEUTA, e detalhe, esse mês passado eu estava doente, eu estava mais que exausta
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Pessoas são falhas, elas erram, tem problemas mentais, afazeres, a vida não gira em torno de um aplicativo de fanfic. Eu errei sim em ter atrasado pedidos, mas se querem me pintar como vilã por conta disso, que seja. 
Agora vamos ao terem me acusado de ser ativa enquanto eu não estava ativa no CP9.  Mentira. A capa foi produzida no dia 30 de Junho, antes da minha ausência, que começou no início desse mês. Sobre o suposto blog que eu estava criando, ele é um blog que criei para aprender mais sobre codificação, eu não lançaria ele, e criei o perfil no spirit para criar um perfil com logo e me arriscar nessa area do design, visto que eu nunca lançaria o blog. 
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A conversa sobre o elvellyn sendo em Junho, mês que eu ainda era presente no cp9 e sobre ele ser um hobby, algo para estudo e aprendizado
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“O problema foi a vigarice que ela aplicou no reino, o produto que ela passou 40 dias para entregar, chegou com defeitos propositais, os quais atrasaram a entrega dos produtos, que era para ser no dia 02, mas acabou sendo realizado no dia 27. “, vigarice dizem, mas me apressaram a produzir o blog que já estava em andamento MESMO com meu trabalho, e o combinado era que as aberturas de pedidos seria por volta do dia vinte, visto que muitos designers haviam atrasado tbm e repassado pedidos de ultima hora. 
“mas era só ter sido sincera”, eu fui sincera, em 100% do tempo, quem não foi, foram meus amigos que me apunhalaram pelas costs, quem mentiu e foram falsos, foram as pessoas que eu confiei e sujei meu nome por. 
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Tanto que eu pedi para não envolverem o blog nisso e que eu somente levasse a culpa
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É muito fácil acusar, mas é difícil estar na pele. Não sabem nem ao menos um terço do que eu vivo todos os dias.
Deveriam ter resolvido isso como adultos, como gente de verdade resolve, sendo honestos, eu errei em ficar ausente do blog e atrasar pedido, mas por conta disso eu sou uma vilã? porque eu atrasei pedido de capa porque eu estava TRABALHANDO? Por favor kkkkkkk, cresçam
E eu apaguei sim minhas contas no SS, mas é porque não quero me misturar com pessoais assim.
Enfim, falem e digam o que quiserem sobre mim, eu não me importo porque eu sei da verdade e meus amigos sabem também.
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meuemvoce · 1 month
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Minha ruína
Enquanto eu era fodida por outro as lágrimas desciam, podia sentir a fronha do travesseiro molhada, fechava os olhos, segurava o choro e tentava impedir uma explosão de soluços. tudo estava errado. o toque não era seu. os beijos, gemidos, suor e o cheiro dele não era o seu. não era você. a excitação em minhas pernas era forçada ao imaginar você comigo, inventava de alguma forma um jeito de sentir desejo para tudo acabar o mais rápido possível. tudo era demais em uma cama compartilhada com alguém que não era você. o colapso estava dando seus sinais a partir do momento em que me dei conta de que nada iria mudar. acordar no dia seguinte e lidar com a realidade me matou de dentro pra fora, tudo pesou no peito, não entendo como um amor pode ser tão cruel assim, não entendo como tudo isso me consumiu por minutos, segundos e horas, sufoquei e me asfixiei sem ajuda de ninguém, eu mesma fiz o favor de me matar em cima de uma cama e inventando um prazer que não sentia já fazia algum tempo.
Eu sabia que você seria a minha ruína, sabia que você iria se enraizar em meu peito, fazer morada para nunca mais sair, sabia que iria procurar os seus braços em qualquer pessoa, como é possível uma vida somente fazer sentido com alguém do seu lado? me sinto ridicularizada em por me afundar em sentimento que me vem consumindo-me deis da sua chegada, tentei não te procurar, te ligar ou mandar mensagens, tentei não salvar suas fotos pra ficar olhando de madrugada depois de me entregar para ouro por puro tédio, ainda fico esperando o dia em que as coisas irão mudar e o dia em que irei conseguir tirar esse amor dentro do meu peito e esquecer você, mas parece ser tão impossível quando sinto a sua ausência me matando dia após dia.
Morro lentamente, um pouco de mim vai indo embora a cada dia que passa, nada por mim, não faço nada por mim, me seguro o máximo possível em um lugar que não me sinto em paz e muito menos bem-vinda, dentro de mim mesma. só queria olhar para os seus olhos antes de me desligar, sentir que a vida valeu apenas naqueles segundos em que os nossos olhares se cruzam, não precisaria de um abraço ou um diálogo, não precisaria de muita coisa, apenas registrar os seus olhos, seus traços e fechar os meus olhos para uma viagem sem caminho de volta pra casa, seria mais uma despedida nossa sem um ‘’adeus’’ proferido de nossas bocas até porque a morte ela não avisa, ela simplesmente chega em silêncio e coloca o ponto final por nós.
Elle Alber
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ataldaprotagonista · 4 months
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tw: a 4? aquela leitada (várias), vinhozinho pra dar aquela coragem
tu, matías, enzo e kuku gostosinho
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Pau pra toda obra...
Eu, Enzo Vogrincic, Esteban Kukuriczka e Matías Recalt nos tornamos muito próximos nos bastidores de gravação de um filme. Próximos mesmo. Amigos pra vida toda. Eu acabei beijando um deles no processo, Kuku, mas nada que afetou nossa amizade.
Era tudo muito bom, mas tinha um pequeno problema, eu... sentia um tesão incontrolável por eles. Não abria o jogo pra ninguém, só pra minha melhor amiga porque se ela me chamasse de vadia seria no humor. Eu não sabia qual queria que me fodesse mais ou se queria eles todos de uma vez.
Óbvio que nunca passou pela minha cabeça que eles aceitassem fazer uma loucurada dessas comigo então nem tentei. As noites do vinho e da verdinha na casa de cada um eram muito boas mas depois de duas ou três taças eu ficava vermelha e safada e jogava indiretas pra todos os cantos.
Quando as gravações desse tal filme foram finalizadas, nós decidimos mudar juntos para a Espanha por três meses, para conhecer o resto da Europa e buscar novas oportunidades de trabalho.
Acham mesmo que quatro jovens, três caras e uma mulher, em um apartamento de tamanho médio daria certo?
Se eu pudesse escolher, escolheria rolar bacanal todos os dias.
Não era isso que acontecia, infelizmente.
Eramos muito amigos mesmo, sabia que podia contar com eles pra tudo nessa vida... pau pra toda obra. Eles respeitavam meu espaço pessoal e eu os deles, só que devido ao tamanho do apartamento, não levaríamos muito tempo para começar a brigar por besteira... foi então que Matí trouxe uma proposta.
- Mi gente - disse um dia em um jantar num restaurante próximo a nosso apartamento - Eu encontrei uma casa de dois andares próxima ao centro com quatro quartos, sala de estar, piscina... ela está cara pra comprar, mas não tanto para alugar... - mostrou em seu celular fotos dos ambientes e todos gostamos.
Duas semanas depois estávamos nos mudando pra lá, a casa veio semi-pronta mas tinha muito trabalho a ser feito. O meu quarto era o maior da casa, com espaço para closet e banheiro, além de uma varanda excepcional.
Que sonho ser fodida nessa varanda.
Cada um deles selecionou seu quarto e passamos três dias carregando e descarregando nossas coisas e arrumando do nosso jeitinho.
Sexta de noite focamos nossa atenção na sala de estar, nos móveis e poucas decorações.
Estavamos todos reunidos, Kuku e Enzo montando umas prateleiras a minha frente, Matí desempacotando uns objetos decorativos no tapete na minha diagonal e eu sentada no sofá, com minha segunda taça de vinho na mão enquanto eles bebericavam cervejas, mandando eles fazerem as coisas.
Eu já tinha tomado banho, vestia uma regata apertada que deixava meus peitos bonitos e um shorts de pijama velho.
Eu até poderia estar ajudando mas era muito bom olhar. Eles estavam suados e muito gostosos, eu observava as mãos ageis trabalhando. Cada veia saltada no braço de Vogrincic , os olhos atentos e concentrados de Esteban e Matí cantando uma canção de Andreas Bocelli com uma voz sensual me fazia ter um piripaque.
- Cansou, nena? - perguntou o moreno.
Apelidinho carinhoso.
- Não - respondi, não sei daonde surgiu a coragem, provavelmente do vinho, continuei - Pelo contrário, estou ficando animadinha vendo vocês trabalhando duro assim.
- Animadinha, é? - questionou Kuku virando a cabeça, com um sorriso no rosto, para onde eu estava. Ele sustentava a prateleira enquanto Enzo dava umas marteladas.
- É, excitada, com tesão, o quê vocês prefirirem... - Matías engasgou com a cerveja que bebia bem na hora e os três se encararam.
- Estas loca, nena? - disse o mais novo largando a cerveja.
- Por vocês? Sim.
Meu Deus, alguém me faz calar a boca. Ninguém calou, nem falou nada... então continuei.
- Não me levem a mal, somos amigos e gosto de sermos só amigos mas cansei de fingir que não penso em foder com cada um de vocês.
Enzo largou o martelo e se virou bruscamente, Esteban teve um pouco mais de trabalho para poder largar a prateleira mas assim que o fez me encarou também. Recalt nem se fala, foi o primeiro a levantar e sentar do meu lado.
Eles me olhavam com uma mistura de "ela é maluca" com "que tesão".
- Pronto falei - deixei a taça no móvel ao lado do sofá e me levantei pensando em me trancar no quarto ainda meio bagunçado, ou quem sabe me arremeçar da nova sacada. Eles não iam falar nada nunca?
Quando estava chegando nas escadas uma mão macia puxou a minha.
- Nena. Onde vai?
- Qual foi? Falei merda, esqueçam o que eu dis- - fui interrompida quando sua boca voou de encontro a minha. Eu fiquei surpresa mas correspondi, me arrepiei quando senti suas mãos fortes envolvendo minha cintura.
- Ai caralho - ouvi a voz de Recalt.
Fomos nos beijando até que ele estivesse sobre mim no sofá, aquela montanha não permitia que eu visse as reações dos outros dois mas era de fato muito excitante saber que eles estavam assistindo.
Enquanto sua boca estava na minha, Vogrincic explorava meu corpo com mãos ageis e desesperadas, eu não estava muito diferente segurando seu cabelo pela nuca. O mais velho desceu os beijos para meu pescoço, colo... até chegar no cós do meu shorts de pijama.
Será que ele ia...? Sim, ele olhou para mim com aqueles olhinhos brilhantes como se pedisse permissão e no segundo seguinte removeu meu shorts devagar.
- Sem calcinha, nena? - ele se surpreendeu com essa e juro que seu tesão se tornou palpável - Se eu soubesse que andava sem calcinha pela casa teria chegado antes - e então me beijou lá. Chupo, mordiscou e me deu muito prazer.
Consegui mover a cabeça para ver o mais novo e Kuku hipinotizados com as cenas. Recalt tinha a mão no pau e massageava por cima da calça, ainda no tapete bem próximo a nós. Kukurizca não estava muito diferente, pude ver o volume exagerado em sua calça e sua respiração descompassada.
Será que eles não se juntariam a nós nunca?
- Ela não é só sua, Enzo. Da pra parar de monopolizar? - Matí resmungou e eu ri mas não consegui fazer muito pois Vogrincic deu espaço para o mais novo, que me deu um selinho nos lábios e caiu de boca nos meus outros lábios.
Enzo mudou posições e se ajoelhou no tapete bem em frente aos meus peitos, começou então a massagear e estimular enquanto eu gemia e implorava por mais.
Não demorei muito para gozar.
Aquilo só trouxe um gás para aqueles que estavam com as mãos em mim. Enzo tirou o cinto e, porra, deve ter sido a coisa mais sensual que vi hoje. Não demorou muito para eu ajoelhar e colocar seu pau na boca. Recalt abaixou as calças se sentando no sofá, aproveitei para masturbá-lo também.
Parei de engolir aquela pica imensa quando ele parecia prestes a gozar, levantei do chão e pulei no colo de Matí que riu e segurou minha bunda com as duas mãos, o bonitinho enfiou a cara no meu pescoço e cheirou.
- Camisinhas - anunciei e nunca vi meu moreno preferido correr tão rápido, subiu as escadas enquanto eu beijava e sarrava em Matías. Quando voltou com três vestiu a proteção, deu uma para cada, e então deslizei pra dentro. Eram muitos gemidos ao mesmo tempo e acho que eu poderia gozar só ouvindo eles.
Matías foi o primeiro a gozar e parece que cansou mesmo.
Esteban ainda não havia feito, nem falado nada... eu me perguntava o que se passava em sua cabecinha. Gostando ele estava, pois estava de pau duro e não desviava o olhar.
Saí do colo do mais novo, me virei para o moreno que agarrou minhas coxas me levantando, fiquei presa a sua cintura pelas minhas pernas e ele posicionou meu pau na minha entrada. Eu estava molhada, não foi um trabalho difícil apesar de seu volume. Nos beijamos enquanto ele me fodia forte e de pé, gostoso demais.
Beijou minha boca e eu acareciei a parte de trás de seu pescoço. Fechei os olhos só sentindo sua boca e seu pau dentro de mim. Ele fodia e gemia e nossa, que homem! Não demorei muito para gozar, nem ele. Beijava ao mesmo tempo que gozava, ele me deitou no sofá com calma e me deu mais uns beijinhos antes de tirar de dentro e ir para o banheiro tirar a camsinha e limpar.
Aproveitei para respirar e mantive as pernas abertas, será que eu aguentaria mais um? Sempre!
Olhei pela sala e Recalt estava, já de bermuda, esparramado no tapete. Esteban Kukuriszca ainda me observava em silêncio. Olhei para ele com os olhinhos brilhando...
- Vem me foder, Kuku... por favor - gemi manhosa passando as mãos pelos meus seios, não aguentando ver ele tão longe de mim. Acho que era aquele comando que o moço bonito de sardinhas precisava para se aproximar de mim. Esteban tomou meus lábios com uma força que me deixou surpresa. Enzo Vogrincic voltou com a aparência de cansaço e se sentou no sofá longe da gente.
Inverti as posições ficando por cima do mais velho, ele gemeu em resposta. Abaixei a bermuda que ele usava e chupei um pouco, coloquei a camisinha e logo sentei. Diferente de como foi com Recalt, deitei em seu peito enquanto ele metia por baixo. Quando achei que eu não ficaria mais derretida, Kuku distribuiu beijinhos pelo meu rosto: bochechas, cabelo, testa, sombrancelhas, na ponta do nariz e nos lábios.
Não resisti e gozei pela terceira vez, ele veio logo atrás sussurrando palavras safadas e carinhosas, fiquei beeem cansada. Nos mantivemos naquela posição por bastante tempo, só sentindo a respiração um do outro até quebrarem o silêncio.
- Quem diria que a nossa nena era tão safada assim - falou Recalt recolhendo as embalagens de camisinha do tapete, eu ri fraca com a cabeça no peito de Kuku, aos poucos sua respiração ia acalmando. Vogrincic se manteve sentado na outra ponta do sofá, só que agora com os olhos fechados, também gargalhou em concordância.
Dei trabalho para ele.
- Agora as coisas vão mudar. - disse o de sardinhas fazendo carinho no meu cabelo.
Hoje foi, realmente, um dia de mudanças.
O bom é que agora de sei que cada um deles é, mesmo, no sentido mais literal possível, pau pra toda obra.
E que o pau seja deles e a obra seja eu.
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jenniejjun · 9 months
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❛you came with her but she might leave with me.❜
| devia ter sido você. aquela a derrubar a temida e diabólica, roseanne park. mas era sua culpa ela ser tão gostosa assim?
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roseanne park x leitora!fem | 𝐀𝐕𝐈𝐒𝐎𝐒. fingering
ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤregina george!rosé. muitas muitas ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ referências ao musical de mean girls. ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤbreve smut mas é muito mais sobre o ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤmood que isso passa. possível jenlisa. ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ college au.
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𝐍𝐎𝐓𝐀𝐒 𝐃𝐀 𝐀𝐔𝐓𝐎𝐑𝐀.
gente, eu surtei. toda essa antecipação pro musical de mean girls tá me matando porque eu amo ele e só de pensar que a regina pode ser sáfica (de preferência lésbica, mas a gente aceita qualquer migalha), eu tô ficando malucaaaaa! anyways, isso mais a minha simples obsessão de tempos em tempos pela rosé resultaram nisso. eu tentei encaixar as pinks no esteriótipo de cada plástica mas é bem óbvio que eu não penso nada do que foi retratado aqui delas, é tudo pela narrativa. não tem tanto smut nesse porque quis deixar um gostinho de quero mais. e pra quem escuta taylor swift, foi completamente intencional o plot twist do final rs.
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Sua amiga ia te matar, com certeza.
Você tinha vindo do Brasil há pouquíssimo tempo, um intercâmbio insanamente caro que te colocaria em uma das faculdades mais ricas dos Estados Unidos. E claramente, você precisava de amigos. A exclusão era certeira, transferida no meio do período, estrangeira. Tinha tudo pra dar errado, você precisava daquilo. Mas foi avisada.
Não existia isso de ser 'amiga' do topo da cadeia alimentar, você era a presa. Yeri e Christopher tinham deixado bem claro, iriam acabar com você. Por isso, devia se contentar com a mesa de história ou a deles, a dos mediciners.
Não, você não podia. Estava ali para ser grande, se fosse para ser a mesma ninguém que era no Brasil, não tinha concordado em se mudar para outro país e morar com uma família adotiva que mal conhecia. Necessitava da grandeza e você sabia que a maioria delas começava ali. E, bem, pode parecer bobo, mas quando se está rodeada de riquinhos e legados da Ivy League... Acho que fica um pouco mais compreensível.
E pra prevenir sua queda colossal, existia o grupo perfeito. As chamavam de 'Plásticas', composto por quatro meninas de traços asiáticos que você tinha certeza que tinham vindo do céu. Elas eram brilhantes, falsas e duras como Yeri teria descrito. Jennie Kim, a pessoa mais burra que alguém poderia conhecer.
Christopher tinha a visto colocar um 'D' na palavra laranja.
De mãos dadas com ela, vinha Lalisa Manobal, diziam que ela sabia tudo sobre todo mundo. Você já anotava alguns pontos mentais para ela, parecia ser uma ótima amizade para saber sobre tudo. Acréscimo de pontos pelo cabelo enorme, exatamente como descrito. Devia ser cheio de segredos.
Também tinha Kim Jisoo, conhecida por manipular o campus todo com sua elegância e beleza por qualquer coisa. Também era ótima com prescrições falsas, isso explicava a quantidade de faltas abonadas que elas carregavam.
E então, Roseanne Park. A loira mais linda que você já viu em toda sua vida, com dinheiro e poder. Pelo que você sabia, toda a faculdade estava aos seus pés e ela parecia adorar. O mal encarnado, pelas palavras de Yeri.
Elas eram perfeitas, o topo da pirâmide social. Justamente o que você precisava para ser vista, ainda que houvessem os bônus. Conexões, inúmeras delas, para quando precisasse, em eventos sociais. Foi difícil atrair a atenção delas, isso você tem que admitir, mas quando finalmente conseguiu, um orgulho crescente se apossou de seu peito.
Sabia que no momento em que escutou 'nós não fazemos muito isso', mal pôde conter a animação.
Mas elas eram realmente insuportáveis, exatamente como lhe avisaram. Boas amigas umas com as outras, algo sobre terem crescido juntas, mas terrivelmente cruéis com qualquer um que fosse de fora. Às vezes, até com você. Parecia que todo o rosa tinha te enganado. Achou que fosse como brincar com bonecas, mas elas pareciam sempre a espreita para uma nova maldade como um assassino estaria pela adrenalina de matar.
"Eu avisei", foi o que você recebeu de Kim Yerim. A carranca e melancolia estampadas na face da menina eram o suficiente para lhe avisar que isso já havia acontecido algumas vezes, devia se sentir mal? A fantasia da vida em plástico era consumidora.
Contudo, Yeri parecia estar perfeitamente à espreita também. Você suspeitava, às vezes, que até demais.
"Agora você sabe! Roseanne Park não é sua amiga. Eu sou sua amiga e vou te ajudar a fazê-la pagar."
Pagar, você duvidava, mas apenas queria que parassem de serem más. O plano era simples, derrubar Roseanne de seu pedestal. Começaram com coisas bestas, cortas suas blusas em lugares que a fariam passar vergonha, provavelmente. Não que tivesse dado muito certo. Plantar a discórdia e fingir que Rosé—Roseanne não se importava com Lalisa.
Péssima ideia.
Seu último recurso era se livrar da figura que todos se encantavam, o corpo desejado e escultural de Park. Barrinhas de proteína que seu pai costumava comer para academia foram sua ideia, entretanto, essas também não pareciam fazer muito efeito. Para a frustração de Yerim.
Não—Na verdade, tais barrinhas nem haviam chegado na mão de Roseanne. Você não conseguiu.
Era presa, não se importava. Não era capaz de destruir aquelas meninas. Talvez estivessem suspeitas de você, afinal eram só elas por tanto tempo. Quiçá, quiseram te fazer merecer aquela amizade. Não que Kim Yeri precisasse saber, mas sua frustração contra elas teria acabado poucas semanas após a segunda tentativa de seu plano.
Pois é.
Mas honestamente, o que poderia fazer? Tinham feito uma festa surpresa e toda intimista para seu aniversário, da maneira que gostava. O bolo até tinha seu desenho preferido como decoração. E para completar, o olhar sedutor de Roseanne não havia deixado o seu durante toda a tarde. Nem mesmo quando subiram as escadas até seu quarto grande e rosa para que recebesse seu presente.
Um par de saltos Yves Saint Laurent para combinar com os dela.
"A maioria das pessoas daria só um cartão", você lembra de ter falado. Sem graça. Mal podia imaginar quanto haviam custado. Roseanne—Rosé, agora ela insistiu, apenas sorriu balançando a cabeça.
"Bem-vinda ao feminismo moderno", ela respondeu com o rosto perigosamente perto do seu. De repente, todo o seu esforço para achá-la uma pessoa terrível se esvaia pela janela. Não era cega, sabia o quanto Rosé era bonita desde o momento em que assentou os olhos nela, mas talvez fosse cega para ver quanto tempo ela passava lhe encarando.
Como um déjà vu, todas as interações entre vocês passaram pela sua cabeça. A mesa da cafeteria e ela em sua frente, o sorrisinho quando a convidou para sentar consigo e suas plásticas durante o almoço. A forma como suas irises escuras traçavam seu corpo enquanto falava o quão gostosa poderia ficar se usasse as roupas certas.
Até os trejeitos que costumavam incomodar, ela te puxando para fora do caminho nos corredores agora ganhavam sentido quando sua consciência se lembrava das vezes em quase caiu em lixeiras próximas sem a ajuda dela. E mesmo acreditando na impossibilidade de tudo aquilo, a maneira como os lábios dela pressionaram contra os seus de forma impaciente mataram qualquer dúvida.
Ainda se lembrava de provar dos lábios de Park pela primeira vez, ela tinha gosto de manga. Como uma mulher com fome, você buscou por mais ao vê-la se afastar te olhando. Os olhas dela brilhavam, tão perto dos seus, enquanto ofegava pela boquinha manchada pelo seu batom claro. A mão te segurava pela nuca te puxando para perto, as testas encostadas com um sorrisinho preguiçoso da parte dela.
"Você tá querendo demais, não acha?", perguntou te dando um selinho. A sua tentativa de aprofundo, ela se afastou mais uma vez. "Pra alguém que me odeia."
Você ficou meio zonza, se fosse para ser transparente, a olhava com uma mistura de tesão e choque. Esperou o tapa que nunca veio, os gritos que nunca chegaram a zunir. Qualquer coisa que a fizesse perceber o quanto Rosé te odiava por tê-la sabotado, mas tudo que recebeu foi a língua da Park invadindo sua boca.
Não que você se importasse muito, mas ela não deveria te odiar agora? Você tentou acompanhar, mas estava confusa demais.
"O que foi, hein?", Roseanne gemeu irritada.
"Você devia me odiar", disse embasbacada. Ainda sem saber o que fazer, observou Rosé soltar um arzinho prepotente pelo nariz. Te pegar por uma perna e acariciar a carne ali, a mão zanzando por sua coxa livremente. Perto demais da onde a precisava.
"Devia mesmo", disse pensativa. Os dedos entrando por baixo da sua saia, brincando com a sua calcinha. "E, sim, isso poderia acabar comigo e com a minha reputação mas você tá com sorte."
Não respondeu de primeira, sentiu os dedos longos dedos te acariciarem por cima do tecido aumentando a pressão. Logo, o quarto dela parecia pequeno demais, a cama, tudo. Era o tipo de sensação que nunca teria buscado com ninguém, apenas sozinha em sua cama durante a noite. Certificando-se de nunca fazer barulho. Jamais com outro.
A tensão era tamanha, nunca havia visto uma cena tão erótica quanto a que passava em sua frente quando se deu conta de que sentavam de frente com o espelho de Roseanne. A mão dela sumindo no meio de suas coxas, se mexendo lentamente e, se prestasse atenção suficiente, podia ver seu corpinho tremendo de prazer.
Abriu a boca num gemido mudo, tombando a cabeça para trás e deixando os fiozinhos delicados caírem junto da mesma direção. Você engoliu em seco, tentando se livrar do nó sua garganta.
"Tô?", tentou continuar a conversa. Viu o momento em que Rosé riu contra a pele de sua bochecha, o lugar em que se concentrava em beijar ali naquele momento. Achando graça da sua tentativa de permanecer sã durante tudo aquilo. Ela apenas murmurou em concordância, você tentou falar mais uma vez. Precisava se manter ali, caso se perdesse no prazer, tinha certeza que explodiria. "Por que?"
"Porque te acho uma gracinha."
A partir dali eram só sorrisinhos e abraços cheios de beijos, exceto quando estavam na faculdade. Roseanne insistia que precisava manter sua reputação e ainda que tentasse, era impossível não se derreter quando envolvia sua cintura nos almoços. Você, de certa forma, havia conseguido o que queria.
As pessoas sabiam quem você era e dificilmente mexeriam com a namorada de Roseanne Park, tanto tempo havia se passado—poucos meses—desde seu desejo incessante de ser alguém, só que, agora, não ligava mais. Pois tinha ela.
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toriverso ©️
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teamoon7 · 8 months
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🇺🇸: So, I was still a little unsure about my original ladybug redesign, so I tried to make some alternatives with other changes and options.
In the second Image, there are 6 different items that I'm not sure which options I should pick: shirt (purple), sleeve length (orange), 'belly'/torso (green), gloves (blue) (connect or not to the arm, like 1 and 4), shorts (yellow) and boots (red). Which one do you prefer from each of these items? (Ps.: the already "built up" combinations are not variations I already "estabilished"! I just put some options together at random so it was easier to visualize them, but you can say any combination you want. I'm also not sure if I'm keeping the sleeves of the shirts and shorts with the golden details, but I'm already certain I'll keep the parts that show the sewing). (Ps.2: I didn't include the cape just so it was easier to see all the different parts, but I didn't remove it from the costume, it's still there).
The first pic is my favorite combination, but I also like shirt 5, belly/torso 3 and glove 1...
My main problems with the first version were mainly the upper part of the body (shirt and torso), but I also wasn't very happy neither with the original boots, nor with the way the shorts were "glued" to the costume. About the gloves, although I like the og black and simple gloves (to represent a ladybug's paws), I saw someone (unfortunately forgot who it was :/ ) saying that they found it important for ladybug to have red hands because of the scenes of her and chat doing "pound it", since is has focus on their hands, I thought it was an interesting concept and tried to change a little bit so I could keep the gloves, but with red details on them. (Ps.: the gloves are not exactly above the spots in the arms, so please ignore the glove position because it will not cover the spots). Although I like the gloves with darker shades of red, I don't think it is an 'harmonious' choice if that's the only part of the clothes that has that shade (if I don't choose torso 5).
Anyway, if you want you can also suggest any other changes (like "I like glove 1, but without the golden accents) in general!! Also, even if I decide my favorite parts in this one I'll definitely do at least a third redesign hahaha (since there's a specific element I want to include on the costume in general, but I'm still unsure of how I'm doing/including it)
🇧🇷: Então, eu ainda tava um pouco incerta sobre meu redesign original da Ladybug, então pensei em fazer algumas alternativas com outras mudanças.
Na segunda imagem, tem 6 itens diferentes que eu estou em dúvida entre quais opções escolher: blusa (roxo), tamanho da manga (laranja), 'barriga'/torso (verde), luva (azul) (Modelo com ou sem relevo), short (amarelo) e bota (vermelho). Quais vocês preferem de cada um desses itens? (Obs: os trajes "montados" não são as variações que eu já estabeleci! Só coloquei algumas opções juntas aleatoriamente pra ficar mais fácil de visualizar, porém podem falar qualquer combinação que vocês quiserem. Também não tenho certeza se vou manter as "mangas" das blusas e shorts com os detalhes dourados, mas a costura é de certeza que vou manter).(Obs2: só não coloquei a capa pra ficar mais fácil de visualizar, mas ela ainda está na roupa).
A primeira imagem é minha combinação favorita, mas também gosto da blusa 5, da barriga 3 e da luva 1...
Meus problemas principais eram principalmente na blusa de cima e na parte superior do torço, mas também não fiquei tão satisfeita com a bota original e nem com a forma como o short era "colado" na roupa. Sobre a luva, por mais que eu goste das luvas simples pretas (pra representar as patas de uma joaninha), vi uma pessoa comentando que acha importante as mãos da ladybug serem vermelhas por causa das cenas dela e do chat noir fazendo o "zerou" que têm foco nas mãos deles (infelizmente esqueci quem foi que falou isso :/ ), achei um conceito interessante e tentei mudar um pouco pra manter as luvas porém com detalhes vermelhos nelas. (Obs: as luvas não estão realmente grudadas nas bolinhas do braço, então ignorem as luvas posicionadas em cima das bolinhas). Por mais que goste das luvas com tons mais escuros de vermelho, não sei se fica muito harmônico aquele ser o único local da roupa com aquele tom de vermelho se não for escolher a opção 5 de barriga/torso.
Enfim, se quiserem também podem sugerir qualquer outra mudança (como "gosto da luva 1 porém sem o dourado") no geral!! Mesmo que eu decida minhas favoritas nesse aqui eu com certeza ainda vou no mínimo fazer um terceiro redesign hashushs (até porque tem um elemento específico que quero incluir nas roupas num geral mas que ainda não decidi como fazer)
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eu-estou-queimando · 2 months
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Eu fui te costurando a minha história como se quisesse fazer de nós uma colcha. Uni tuas dores as minhas, teu choro fizeram o mesmo caminho que o meu.
Te amei sei reservas, sem medo, sem medidas, me achei confortável numa canto do teu peito, não imvadi espaço, tentei colorir nossos dias, fui lar, abrigo, farol e você foi recíproco em cada mão estendida.
Unimos o pouco de cada um de nós que foi o bastante para a felicidade chegar, o amor pintou as paredes, acendeu as luzes, ecoou risos, fizemos amor, construímos o maior amor da minha história.
Mas nem todas as histórias de amor terminam con final felizes. Agora somos dois em caminhas diferentes, a felicidade era um engano e todo aquele amor pesa aqui dentro de mim. Cinza.
Acho que não me preparei para o fim, tão pouco para você ser só mais um, me fiz João-de-barro para nós e o ninho ficou vazio. Não tem um culpado, erramos, faltou algo, só ainda não sei o que, como se soubesse iria mudar o fato de você não morar mais em mim.
Ate te esquecer tem sido doloroso, nós era meu referencial de algo que veio pra ficar e agora você indo embora de mim, sobra o que? A problemática, a doente, a coitada que já perdeu tanto? Odeio esse lugar de vítima, esse lugar de perda.
Você me fazia me sentir parte de algo grande importante, nossa família, nosso amor, nossa rotina, loucuras, cumplicidade, rimos de tantas bobagens, como um amor como o nosso se acabou assim, mas acabou, pior eu estou esquecendo você, a saudade já não bate, a vontade de te ver não desperta, fico caçando seu rosto que antes era tatuado em meus olhos e agora encontro algumas falhas.
A minha psicóloga chama de cura, mas eu sinto desespero de estar colocado numa gaveta empoeira tudo que fomos, acho que o melhor de mim vai ficar naquela gaveta ou não, esse talvez me confunde. Me parece tão certo seguir sem você. Te esquecer parece o melhor caminho que me recuso a percorrer, mas as urgências me guiam para longe de você. Estou indo embora de nós.
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drastic-end · 5 months
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Pedi um amor e ele me deu um bolo mofado. “Eu pedi amor”, disse. - Isso é amor. - Mas não vai me fazer mal? - Talvez. Olhei e novo e percebi uma larvinha de mosca saindo da cobertura. - Vai querer ou não? – Ele olhava a larva também. - Não sei. – A larvinha agora afundava cada vez mais no bolo. - Eu não vou ficar parado o dia todo aqui, sabe. Lembrei que não sabia cozinhar e levei o bolo para a casa. Primeiro tentei tirar tudo que se movia na cobertura, mas era impossível . Me contentei em raspar o mofo, fechar os olhos e engolir uma garfada. Vomitei. Dormi com o estômago roncando e acordei com dor de barriga dos infernos. Não saí de casa nos próximos três dias: sem amor, não tinha vontade de tomar banho nem de escovar os cabelos. Não queria olhar o céu e nem os olhos das pessoas. No quinto dia sem amor, não quis abrir as pálpebras muito menos as janelas da casa. Prestes a perder as forças, olhei para a mesa e resolvi tentar de novo. O estômago reclamou, mas não devolveu. O intestino resolveu não opinar. Fui dormir indigesta e ao mesmo tempo aliviada. Pela manhã, as maquiagens do banheiro voltaram a fazer sentido. As roupas no chão pediram para serem penduradas. A maçaneta da porta pedia para ser girada e eu obedeci. A cada passo, sentia o estômago revirar, mas também sentia que estava viva. Segui na rua disfarçando uns arrotos enquanto olhava vitrines. À noite, resolvi encarar o bolo de novo. Ele não pareceu tão ruim quanto no dia anterior. Na verdade, olhando de lado nem dava para ver a parte feia. Segui comento o bolo, segui com o estômago revirado e mais importante: segui com vontade de entrar no ônibus e pagar minhas contas. Até que o bolo acabou. Preocupada, fui até ele pedir mais amor. O bolo que ele me entregou estava coberto de moscas. - Está fedendo demais. – comentei. - É o que eu tenho. Não consegui colocar sobre a mesa da sala, já que atraía mais moscas. Botei dentro do forno e cortei uma fatia: o cheiro era insuportável. Tampei o nariz aproximei o garfo da boca, tentando não mastigar as moscas mortas. Sabendo que não poderia ficar sem amor e nem me livrar de todos os insetos, engoli. O estômago não roncou nem a garganta contraiu: já estavam habituados. Quando o amor acabou, ele me entregou um prato fundo. - Mas isso é vômito! - Eu chamo de amor. Entendi que era bolo vomitado e resolvi guardar na geladeira. No dia seguinte provei uma colherada antes de ir trabalhar, e, para a minha surpresa, eu já não sentia mais gosto de nada. Tomei outra colherada à noite, pra garantir que iria ter vontade de tomar banho e sair com meus amigos. No dia seguinte tive um pouco de febre, mas segui dando umas colheradas. Dois dias depois, a cabeça doeu. A febre voltou. A garganta inchou. Sem conseguir engolir o amor, fechei as cortinas e esperei a morte bater. Quando ouvi o som da campainha, suspirei aliviada. Mas não era ela. Não era alguém que eu conhecesse. Tinha cabelos encaracolados e trazia um prato com uma espécie de massa branca. Leve, limpa, tinha cheiro de primavera. - Isso não é amor. - Eu disse. - - É amor, sim. - Parecia surpreso. - - Não, não é. - Eu ri. - Os olhos dele encheram de lágrimas. Antes que eu pudesse mudar de ideia, levou a torta de creme embora.
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querido-quase-diario · 6 months
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Notas sobre mim
Se você já leu ou assistiu o meu provável trauma cinematográfico intitulado “Um dia” protagonizado nas telas pela Anne Hathaway, vai entender a referência quando eu disser que sou um barra (/). 
Para quem não leu ou não assistiu, em primeiro eu não aconselharia a fazer nenhum dos dois, a menos que goste de histórias que te fazem chorar, leve em consideração que eu mesma sou extremamente difícil de me emocionar em filmes, se esse for seu caso, sem spoilers, simplesmente aproveite a história. Caso meu alerta tenha feito você mudar de idéia, irei explicar o que é ser um barra. É aquilo que você faz para viver (barra) aquilo que você ama fazer e espera conseguir viver da renda um dia. No meu caso, eu sou um barra escritora, ou quase isso.
Tenho algo publicável? Não.
Tenho algo em andamento? Várias idéias.
Alguma delas terminadas? Claro que não.
Alguma delas com potencial? Talvez, mas meu perfeccionismo atrapalha o andamento da idéia. O que é também um dos motivos pelo qual resolvi fazer esse meu cantinho no Tumblr.
Como uma boa aspirante a escritora, sou leitora. Minha intenção é falar sobre livros aqui também. Sempre quis um lugar para falar sobre essas coisas e até tentei usar outras redes sociais para isso, mas elas são focadas em imagens e vídeos, o que tenho dificuldade, já que a escrita é mais meu estilo.
Sou um pouco desconfiada e tenho bloqueios com redes sociais, por motivos que nem eu mesma entendo , por isso não irei entrar em detalhes sobre minha vida pessoal. Pelo menos por enquanto.
Para ser sincera eu não tenho muita ideia de onde quero chegar com esse “blog”, acho que é mais uma forma de me expressar ou só um lugar para compartilhar algumas coisas. Mas estou curiosa para ver o que vai sair a partir disso e principalmente das pessoas que vou conhecer ao longo do percurso.
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tecontos · 4 months
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Eu trai pela primeira vez assim !
By; Kauanne
Oi Te Contos, meu nome e Kaunne, tenho 39 anos, hoje sou viúva, mas na época do meu relato era casada. Sou mãe de duas filhas.
Meu casamento nunca foi um mar de rosas, engravidei cedo demais, e o meu marido trabalhava viajando, e as vezes precisavamos mudar de uma cidade para outra com certa frequencia.
Os dois primeiros anos de casada foram otimos, depois disso descobri algumas traições do meu marido, então eu cansei de ser fiel.
Quando nós mudamos para uma certa cidade, 4 meses morando lá, conheci um cara pela internet, casado, me identifiquei com ele. Ele era moreno alto não era atlético nada disso, 45 anos um pouco acima do peso, eu sou branca baixinha tenho 1.65 de altura, cabelos longos e meus peitos são fartos, não são duros, isso era antes das minhas filhas, nós falávamos quase todos os dias depois das dez horas da noite, meu marido como sempre viajando, eu em casa com minhas duas filhas.
Até então nós víamos pela webcam, rolava sexo virtual, estava envolvida com ele, me sentia sozinha e sabia que meu marido me traia, então resolvemos marcar um encontro no meio da semana, na parte da tarde, era a hora que minhas filhas estavam estudando, e ele conseguia uma folga no seu trabalho.
No dia do encontro fiquei muito ansiosa, era a primeiras vez que iria trair meu marido fisicamente, marcamos em um mercado popular, evitei shopping, fiquei com medo de algum amigo do meu marido me reconhecer e tudo mais…
Ele chegou quase na hora certa seu nome era Pedro, nós cumprimentamos com um selinho, eu ainda nervosa e um pouco tímida, mãos suando, ele percebeu e falou ….
- Calma Kaunne tenta relaxar, ninguém vai reconhecer a gente aqui, tenta relaxar e aproveitar nossa tarde, eu estava ansioso por isso ….
- Vou tentar, é que nunca fiz isso e estou com um pouco de medo, mas vou tentar relaxar sim Pedro, pode deixar ….
Ficamos conversando durante uns 20 minutos, e resolvemos ir no motel, ele conhecia mais a cidade do que eu, pois ele residia ali há anos, e não tínhamos muito tempo, logo eu ia ter que buscar minhas filhas na escola, naquele dia meu marido ficou me ligando além do normal e isso só aumentava minha ansiedade e medo, mas fomos pro motel não era longe de onde nós encontramos.
Chegamos e entramos, a suíte era linda, uma cama enorme espelho no teto banheira e piscina, sentamos na cama, começamos a nos beijar, nós acariciar e tirarmos as roupas, ele se levantou eu tirei seu cinto, abri o ziper da sua calça, seu pau ja estava completamente duro, eu já havia visto ele, mas por webcam, mas pessoalmente era bem maior do eu imaginava, um quanto grosso, com a cabeça um pouco pontuda mais achei lindo o pau dele, que começou a falar coisas ….
- Chupa Kaunne, nossa que boca gostosa, estou adorando sua mamada, continua que delicia vc e bem safadinha ….
- Vc gosta assim Pedro ? gosta que chupe seu pau assim com gosto, gosta mais forte assim e safado ?
- É assim mesmo vc domina muito bem, vc sabe como deixar um homem louco ….
- Gosta que chupe suas bolas assim safado gostoso ? gosta caralho esta gostando ?
- Continue assim que eu vou gozar na sua boca, caralho que boca Kaunne que tesão ai … ai … caralho tesão vou gozar vou gozar … ai … arrr … arrrr …. que tesão de boca arrrrr …..
Ele encheu minha boca com sua porra, tinha o gosto um quanto forte, depois de encher minha boca eu cuspi toda no seu pau, ele fez uma cara de reprovação achando que eu ia engolir a sua porra ….
Mas eu já havia avisado pra ele que nunca tinha engolido, que eu sentia um pouco de ânsia de vomito, que ele ia poder gozar na minha boca, mas eu não engoliria nada, ele havia concordado antes, avisei também que nunca tinha feito sexo anal, que tentei algumas vezes com meu marido, mas ele me machucava ai parávamos, mas na hora senti essa sensação de desaprovação, mas não liguei ….
Ele me deitou de pernas abertas chupou meus peitos ….
- Que delicia de tetas Kaunne são tão grandes e macias, que tesão seu mamilo e muito bom pra mordiscar e chupar amo tetas grandes assim ….
-  Elas são suas agora, pode aproveitar a vontade gostoso, sinto muito tesão nas minhas tetas quando apertam e chupam elas que delicia ….
Ele foi descendo mordeu minha barriga algumas vezes, depois desceu até minha buceta, lambeu algumas vezes, ela estava bem molhada, chupou os lábios depois começou a passar o pau fazendo menção de penetrar, mas eu interrompia falando ….
- Sem camisinha não Pedro, lembra do nosso combinado por favor, coloca a camisinha estou louca de tesão, louca pra vc me fuder gostoso cachorro pauzudo, coloca coloca tesão ….
- Só estou brincando com os lábios da sua buceta com meu pau Kaunne, ela e muito suculenta e gostosa que delicia, vc é muito gostosa ….
Ele colocou a camisinha me botou de 4, segurando meus cabelos foi enfiando seu mastro com força na minha buceta sem dó, até entrar tudo, comecei a gemer, ele me deu uns tapas na bunda…
- Cuidado pra não deixar marcas, eu sou muito branca e fico marcada facil safado, me fode com força, fode cachorro pauzudo, fode a tua cadela no cio caralho, me fode com gosto ….
- É assim que gosta safada, e assim cadela com força, gosta que teu macho te foda com força, que foda essa buceta molhada e quente com força e que foda fundo cachorra, que delica vc e um tesão Kaunne, eu queria encher sua buceta de porra, como eu queria viu ….
- Fode fode assim aiii … aiiii … fode Pedro fode aiii … aiiinn … aiiinnn … caralho aiiiinnn vou gozar vou gozar aiiii …. aiiinnn aiii aiii que delicia Pedro,nossa que tesão, aii gozei gostoso nesse pauzão safado ….agora goza safado goza …. bate devagar cachorro vai deixar marcas em mim pauzudo gostoso ….
- Vou gozar cachorra,vou gozar vadia aaahhh aahhh,vou gozar caralho que buceta quente aiiii … ahhhh … ahhhh …. aaahhhhhh… ahhh … ahhh … que tesão, que delicia Kaunne, vc e muito gostosa nossa ….
- Delicia cachorro pauzudo, vc gozou gostoso foi safado, gozou muito ? gozou tesão ?
- Gozei gostoso, queria gozar assim na sua buceta, sem capa, no pelô mas foi muito gostoso, que buceta quente e boa pra meter, nossa suei suei ….
Ele tirou seu pau meio mole da minha buceta, com a camisinha cheia, tirou do seu pau e derramou na minha bunda e ficou lambendo depois ficou passando seu pau …
- Eu queria ficar mais um pouco com vc Pedro, mas vc sabe que não posso né amor, preciso buscar as filhas na escola pena que meu tempo e curto, mas amei nossa transa, amei nossa foda gostoso, havia tempo que eu não trepava assim, vc sabe como anda as coisas entre meu marido e eu né? não anda muito fácil ….
- Eu sei sim, eu também adorei nossa trepada, vc é uma grata surpresa, começou tímida mas quando se soltou virou um furacão, sabe como deixar um homem satisfeito …
Tomamos banhos e fomos embora, ele me deixou no local do nosso encontro, eu fui na escola pegar minhas filhas e fomos pra casa …..
Mantivemos nosso caso por um tempinho muito bom.
Enviado ao Te Contos por Kauanne
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little-big-fan · 4 months
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Sirius Black Imagine
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Título: Please Don't Be In Love With Someone Else
Par: Sirius Black x S/n
Pedido: Oie, td bem? Vcs poderiam fazer uma imagine do Sirius Black, onde eles eram apaixonados na época da escola mas não tiveram coragem de se confessar e anos dps se reencontram na ordem da Fênix?
Palavras: 919
N/a: depois de muito tempo finalmente consegui postar, espero que gostem. / Sirius sobrevive a batalha do ministerio, S/n é um animago
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A primeira coisa que escutei quando entrei no largo Grimmauld número 12 foram os inconfundíveis berros de Walburga Black em seu quadro, incrível como essa mulher até em morte é insuportável.
– Já tentei tirar ela, mas não sei o que minha querida mamãe fez para que ninguém conseguisse tirar esse quadro – Sirius falou encarando o quadro
– Encantadora como sempre, eu iria dar a sugestão de queimar, mas é capaz de queimar casa inteira e o quadro ficar intacto. – falei rindo
– Não seria uma péssima ideia queimar a casa, ela me trás péssimas lembranças, mas no momento não acho apropriado. – Falou suspirando fundo
– Será que podemos conversar em outro lugar, de preferência um ontem não tenha essa presença encantadora.– falei apontando para o quadro que continuava a berrar
– Claro, podemos conversar na sala, o que acha?
Sirius me guiou até a sala, onde pudéssemos conversar com tranquilidade. Ele me contou sobre os anos em Azkaban e como fugiu, eu contei como foi minha vida nesses anos que passamos longe. Minha vontade era de beijá-lo e falar tudo que ainda sentia por ele, mas sabia que esse não era o momento mais apropriado, afinal a casa estava cheia e logo Harry chegaria com o restante da ordem, sabia muito bem que poderíamos ser interrompidos a qualquer momento e foi exatamente o que aconteceu, escutamos alguém pigarrear na porta fazendo com que Sirius e eu olhássemos em direção da porta e nos depararmos com Remus sorrindo.
– Desculpa interromper o casal, mas Harry estará aqui em poucos minutos – Remos falou em um tom brincalhão mudando para tom sério.
– Acho melhor a gente esperar na cozinha então. – Sirius falou levantando-se do sofá e estendendo a mão para mim.
Semanas depois da audiência de Harry no ministério e a ida dele para Hogwarts, resolvi ficar no Largo Grimmauld fazendo companhia para Sirius, já que ele não poderia sair  e ficaria sozinho já que as reuniões da ordem não aconteceriam contata frequência pois cada um dos membros tinha suas missões designadas e tinham que manter as aparências aos olhos do ministério. Mesmo com Sirius insistindo que as ficaria bem, não quis deixá-lo sozinho, então durante o dia S/n ia até seu trabalho no beco diagonal na loja de artigos para herbologia de sua família e durante a noite voltava para o Largo Grimmauld. Como a família de S/n fazia parte da Ordem da Fênix e estava a par da situação de Sírius e sua inocência concordaram  que S/n ficasse morando com ele temporariamente.
– Sabe que não precisa ficar aqui não é – Sirius falou parado na porta do quarto que S/n tomou como seu.
– Eu sei, estou aqui porque quero Sirius e nada do que me diga vai fazer mudar de opinião – Falei largado o livro que eu estava lendo.
– S/n você tem uma vida lá fora, não quero ser um fardo – Falou encarando o chão como se tivesse algo interessante lá.
– Sirius você não é um fardo – Falei me levantando da cama e indo até ele – Você foi e é até hoje uma das pessoas mais importantes para mim.
Sirius não falou nada apenas ficou me encarando com aqueles olhos cinzas que sempre fui apaixonada, antes  pudesse controlar meus atos minha mão foi ao rosto do homem na minha frente e o acariciei, Sirius colocou suas mãos em minha cintura me puxando perigosamente perto dele, antes que eu pudesse registar os próximos atos de Sirius ele me beijou.
– Sabe eu queria fazer isso desde o terceiro ano, mas nunca tive coragem e quando fui para Azkaban achei que tinha perdido todas as minhas chances com você – Sirius falou finalmente.
– Eu também – Consegui formular essa frase.
– Te amo S/n e sempre te amei, tentei por muito tempo não falar nada para não estragar nossa amizade e estava sem esperanças de um dia finalmente falar o que sinto, mas quando Remus me contou que você estava solteira tive medo de não querer nada comigo, mas não posso mais esconder o que sinto não com tanta coisa acontecendo. 
– Eu sinto o mesmo Sirius, mas tive medo de falar algo. A gente era tão jovem e preferi esconder meus sentimentos do que perder a nossa amizade.
– Isso significa que estamos finalmente juntos – Sirius falou sorrindo
– Sim, estamos.
Depois disso resolvi mudar definitivamente para casa de Sirius, mas em vez de ficar no quarto onde eu estava, Sirius ofereceu que eu ficasse com ele no quarto já que estávamos finalmente namorando. 
Depois disso resolvi mudar definitivamente para casa de Sirius, mas em vez de ficar no quarto onde eu estava, Sirius ofereceu que eu ficasse com ele no quarto já que estávamos finalmente namorando. 
As semanas que se passaram foram tranquilas, até que recebi uma mensagem que uma parte da ordem estava duelando contra comensais da morte junto com Harry. Fui direto para lá sem pensar duas vezes, Cheguei bem em tempo de ver Sirius batendo em Lucius e Bellatrix pegando a varinha para lançar qualquer feitiço em direção ao meu namorado, antes que ela pudesse fazer qualquer coisa me transformei em um enorme lobo cinza e pulei na direção da lunática parente do meu namorado derrubando-a no chão fazendo com que a mesma gemesse de dor, dando tempo de Sirius sair do campo de visão de Bellatrix. As cenas seguintes foram caóticas Bellatrix saiu correndo junto com os outros seguidores de Voldemort, menos Lucius que foi capturado assim  que o ministro chegou, com o retorno de Voldemort finalmente presenciado pelo Primeiro Ministro, Sirius foi finalmente inocentado, o que me deixou aliviada pois poderíamos finalmente nos mudar daquele lugar horrível que era o Largo Grimmauld e poderíamos ter nosso canto e Harry poderia finalmente morar com a gente.
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k-martins · 10 months
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The Concept Art of Tsumiki Fushiguro
Okay, okay, I should have done Megs first because he's our protagonist alongside Yuji, but let's just ignore that and move on.
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Trabalhar na arte conceitual é algo que raramente faço, pois rapidamente fico entediado com os designs dos personagens ou acabo mudando muitas coisas à medida que prossigo. Mas vi isso como um desafio divertido e não há nada melhor do que começar pelo meu personagem favorito.
I'll divide this into two points: Art style and symbolism. I'll do the same when I finally draw the designs for Megs, Yuji, Nobara and Satoru.
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Art style
_ I'm still working on my style and the things I like in my drawings, so maybe that will change in the future.
_ Queria misturar um pouco de jjk e Kny, optando por um rosto mais realista e expressivo como no JJK, mas ainda mantendo o estilo de olhar que vejo, por exemplo, no Tanjiro. (Sério, deixar as pupilas brancas é muito interessante esteticamente. Achei que ficaria estranho, mas me enganei agradavelmente)
_ Quando estou no processo de design, sempre opto por desenhar a versão chibi dos personagens para determinar como serão as cores e a paleta de cores. No caso da Miki, tentei fazer algo parecido com o que vemos no anime, uma mistura de rosa claro e amarelo. Pretendo manter a mesma paleta para sua versão adulta, embora o look com certeza vá mudar.
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Symbolisms
_ Starting with her child version, Tsumiki's kimono is printed with my attempt to replicate the dragonflies on Gojo's kimono, in Toji's flashback. The same with Megumi. A simple way to connect them with our most powerful hashira LOL.
_ As libélulas na cultura japonesa estão associadas à felicidade, coragem e prosperidade e força (é por isso que Gojo tem um quimono estampado com elas, sendo o feiticeiro mais forte.)
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_ In her adult version, Miki mainly wears a nurse's uniform, but she also has a traditional kimono printed with lilies, my favorite symbolism for her.
_ Lilies symbolize purity, innocence, peace and tenderness, qualities that are associated with Tsumiki in the manga. It is also a reference to red spider lilies, the famous Higanbana which are known in Japan as flowers of death
_ Unlike her childhood version, Tsumiki keeps her hair tied up in a hairstyle similar to the classic Shimada-mage, as was the custom of young women at the time in which the story takes place (Taisho Era, as in KNY).
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Well, I think that's.
Writing about my creative process is strange, since most of my thoughts are, well, inside my head. Putting this in a post is something… different.
Anyway, thank you to everyone who is following this Au, especially to Anon who asked me about Tsumiki in the story! I was so excited to hear that someone was interested in this! I felt like a schoolgirl talking about her crush, LOL
I still have a long way to go in the design of the other characters, as well as the development of the story itself (I really want to do a long work, with several chapters, but I'm afraid of losing the hype halfway through and abandoning it T-T). However, I'm having so much fun! This Au has been living in my head for weeks and isn't paying rent, LMAO.
Thanks again if you made it this far!
To check out the rest of the project, check out my masterlist!
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1dpreferencesbr · 1 year
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Imagine com Louis Tomlinson
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How can I be in love like this?
n/a: Mais um imagine com nosso Tommo! Muito obrigado Anon pelo pedido! Adorei demais fazer ele! 💕
Diálogos: Por que você tem uma foto minha? / Não sabia que você usava óculos
Lista de diálogos Masterlist
Contagem de palavras: 1,766
— Bom dia, linda. — Falei sorrindo para a imagem em minha tela. Uma S/N sonolenta estica o corpo por baixo do edredom. 
— Bom dia. — Disse com a voz arrastada, o sotaque ainda presente deixando-a ainda mais fofa. — Você dormiu bem?
— Muito, e você? 
— Quase não dormi. — Fecha os olhos lentamente, ainda tomada pelo sono. — Estou muito ansiosa pela viagem. 
— Amanhã nessa hora você estará em solo inglês! — Brinco, arrancando um sorriso da boca bonita. 
— Finalmente. 
— Queria poder mudar a minha agenda para te ver. — Finjo tristeza. S/N desmancha um pouco o sorriso, o que me dá vontade de contar toda a verdade. Mas não, vou me segurar e manter a surpresa que preparei. 
Depois de mais alguns minutos conversando, a brasileira se despediu. Ela precisava se arrumar para ir para o aeroporto e embarcar em sua viagem dos sonhos. 
Conheci S/N durante uma madrugada, pagando um desafio de um jogo idiota. Mesmo completamente bêbado, senti o coração parar ao ver a garota linda no outro lado da tela. Depois daquilo, passei madrugadas inteiras tentando encontrá-la naquele mesmo site de estrangeiros, até finalmente dar de cara com o sorriso que desgraçou o meu coração. 
As horas parecem minutos durante a nossa conversa, e fiquei muito mais do que aliviado quando ela concordou em passar seu número de telefone. 
S/N usava o site para exercitar seu inglês, se preparando para a viagem até a Inglaterra. Depois de alguns dias, praticamente grudados ao telefone, ela admitiu que já me conhecia e que era fã da minha música. Um sentimento de orgulho preencheu todo o meu corpo. Aquela garota me conhecia, gostava do meu trabalho. Mas conversava comigo como um velho amigo. Ela conversava com o Louis pessoa, e não o cantor. 
S/N tinha pouco mais de dez dias na Inglaterra antes de seguir para os EUA, onde ficaria por mais uma semana. Era um espaço curto de tempo, e se ela deixasse, gostaria de ficar cada segundo grudado a ela. 
Foi como voltar à adolescência. Sorrir para a tela de um celular, ficar feliz com mensagens de bom dia e boa noite, qualquer migalha de atenção que ela me desse era motivo para fazer o meu dia se tornar muito melhor. Ela era a primeira coisa em que pensava ao abrir os olhos, e a última antes de adormecer. 
Já tinha escutado todo tipo de piada sobre estar apaixonado por alguém que sequer havia visto pessoalmente. Tentei negar muitas vezes. Mas já estava fodido. Completamente de quatro por alguém que só conhecia pelo telefone. 
O dia se arrastou como se não tivesse fim. Dentro de um quarto de hotel, esperando a mensagem que me avisasse que ela tinha chegado. 
Não sei quantos círculos fiz pelo tapete, andando de um lado para o outro. 
Fiquei mais calmo ao receber uma foto dela, jogada na cama do hotel e com um sorriso gigantesco nos lábios. Precisei me segurar para não ir até lá. Já havia ficado em um hotel diferente exatamente porque sabia que não conseguiria me manter longe por muito tempo. 
Conversamos por algumas horas, até que ela pegasse no sono pelo cansaço da viagem. 
Quase não dormi. A ansiedade me deixando quase desesperado, inquieto demais para conseguir fechar os olhos e pegar no sono. 
E se ela não gostasse de me ver do nada? 
Se ficasse incomodada por eu aparecer sem um aviso?
E se eu não for o que ela espera? 
Okay, está na hora. 
Respira, Louis. Vai dar certo. Você vai ver a sua amiga e vai dar tudo certo. Ela vai ficar feliz, você vai ficar feliz e finalmente depois de quase um ano, vai apertar muito essa garota nos seus braços. 
Recebi uma foto dela em frente ao London Eye. Sabia que ela estaria por lá, sabia todo o cronograma da viagem minuciosamente planejado pela garota. 
Meu coração deu um salto gigantesco quando de longe reconheci a garota pequena. Como uma típica turista, S/N fotografava tudo que via, sorria de orelha a orelha. 
Muito mais linda do que minha mente ousou imaginar. Dentro de um casaco preto, botas de frio e um conjunto de gorro e cachecol rosa clarinho. Diferente de todas as fotos que me mandou e as chamadas de vídeo, em seu rosto havia um óculos. A armação preta e delicada ornando perfeitamente com ela. 
Tirei o celular do bolso, digitando rápido as palavras que denunciariam a minha presença. 
“Não sabia que você usava óculos” 
Vi a expressão de confusão tomar seu rosto, os olhos arregalando por trás das lentes. A garota virou a cabeça para os dois lados, até finalmente me encontrar. Parado, congelado há apenas alguns passos. Um sorriso enorme se abriu e eu abri os braços. 
Como nos meus sonhos, S/N correu em minha direção. Sem ligar para quem estivesse nos vendo e comentando ela se jogou nos meus braços. 
A apertei contra mim com força. Inalando pela primeira vez o cheiro maravilhoso que emanava do cabelo. Era surreal. 
— Ai meu deus. — Ela sussurrou diversas vezes, me segurando com força. Talvez sentindo medo que o sonho acabasse, assim como eu. 
— Me deixa te ver. — Sussurrei, com dificuldade pelo coração que batia forte demais. Afastei o tronco o suficiente para observar seu rosto, ainda sentindo seus braços rodeando a minha cintura. — Meu deus, como você é linda. — Um tom rosado tomou suas bochechas, ficando ainda mais fofa. 
— Não acredito que você realmente está aqui. — Confessa. 
— Surpresa! — A abracei mais um pouco. — Não achou mesmo que estaria tanto tempo por perto e eu não viria te ver, achou? 
— Eu não queria atrapalhar a sua agenda, sei que é concorrida. 
— Ela está livre para você. Por toda a viagem. — Admito. 
— Está falando sério? — Sua animação me contagia e eu assinto com a cabeça. — Meu deus! — Sem se segurar, ela pula em mim mais uma vez, agora passando os braços pelo meu pescoço. Preciso me curvar pela diferença de altura, mas, porra, ficaria a minha vida inteira assim. 
Eu realmente estou fodido. Se antes estava apaixonado, agora estou completamente obcecado por essa garota. 
É como o paraíso. Como um sonho que eu não quero acordar nunca mais. 
S/N sorri enquanto fala, move as mãos com frequência, sua risada me contagia e sinto que posso ter um ataque cardíaco cada vez que ela me olha. 
Três dias se passaram como três minutos. Ficamos grudados a maior parte do tempo, nos encontrando cedo para visitar o maior número de lugares possíveis e finalizando o dia no Lobby de seu hotel quase de madrugada. 
— Quer comer alguma coisa? — Pergunto quando o sol já se foi, dando lugar à lua, iluminando o rosto da minha garota com a luz fria. 
— Quero. — Ela sorri. 
Estamos lado a lado, esperando pelo jantar. S/N observa as pessoas caminhando lá fora pela janela quando seu celular vibra em cima da mesa. A tela se acende revelando uma das minhas fotos logo após acordar como fundo. Sorrio como um idiota. 
— Por que tem uma foto minha? — Pergunto, fazendo-a me olhar com as sobrancelhas franzidas. Aperto o botão de power do aparelho, me fazendo aparecer mais uma vez. O vermelho toma o rosto dela todo de uma vez. 
— Eu… — Ela fecha os olhos e suspira. Sussurra uma palavra em português que eu imagino ser um palavrão. 
— Você não precisa ficar com vergonha por isso. — Provoco, deixando-a ainda mais vermelha. Tiro meu próprio celular no bolso, mostrando a ela a minha foto de fundo. Ela, parada em frente à London Eye, logo antes do nosso encontro. 
A comida chega, e pela primeira vez estamos em silêncio. S/N empurra as almôndegas em seu prato com o garfo, perdida em seus pensamentos. 
É agora. 
Por favor, que ela sinta o mesmo. 
— Você tem alguém no Brasil?
— Alguém? — Ela leva um pouco de macarrão à boca. 
— É… um namorado, amigo colorida… essas coisas. 
— Eu tinha, mas acabou quando… — As palavras morrem, me deixando ainda mais nervoso. 
— Quando? — Incentivo . 
— Quando começamos a conversar. — Suspira. — É vergonhoso, mas ele me fez escolher entre vocês dois. 
— E você me escolheu? — Ela assente. 
Porra. 
SIM. SIM. SIM. SIM. SIM.
Fogos de artifício estouram em minha mente no mesmo ritmo desgovernado do meu coração. 
O silêncio volta. 
Faz alguma coisa, cara! Porra. Descongela! 
— S/A. — Sussurro o apelido que ela precisou repetir pelo menos dez vezes até que eu pronunciasse certo. Ela me encara, os lábios avermelhados entreabertos, os olhos fixos em mim. Ela está sem os óculos, optou pelas lentes hoje, me deixando encarar as duas joias que mexem comigo de forma descomunal. 
Não posso mais esperar. Por todos esses dias, sua presença foi o suficiente, mas não hoje, não agora. 
Engulo a saliva que se acumula e umedeço os lábios. Me aproximo devagarzinho, captando cada reação. S/N descia os olhos dos meus para a minha boca. Seguro uma das bochechas com a minha mão trêmula e ela prende a respiração. A brasileira fecha os olhos em antecipação. É isso, ela também quer. 
Um raio me atinge em cheio quando finalmente toco os lábios cheios. Aproveito a sensação, tento controlar o meu coração. Sinto o tecido da minha camiseta ser levemente puxado e um suspiro escapa dela. Sorrio. Porra, é melhor do que em sonho. 
Empurro a língua contra sua boca, e se não estivesse sentado minhas pernas com certeza cederiam agora. 
É tudo perfeito, como se essa boca fosse feita para beijar a minha. Passo o braço livre em sua cintura, puxando-a para mais perto. Sua língua envolve a minha, explora. Ela morde e suga meu lábio inferior. Porra, nenhum beijo nunca encaixou dessa forma. Posso beijar essa mulher o resto da vida que não vou me cansar nunca.  
Meu peito arde com a falta de ar. Deixo um monte de beijinhos por sua boca, sentindo-a sorrir contra mim, me obrigando a sorrir também. Acaricio seu nariz com o meu, S/N ainda está com os olhos fechados.
— Estou apaixonado por você. — Sussurro a confissão. — É loucura, mas eu estou. E muito. — A garota afasta o rosto, me encarando com os olhos arregalados. 
— É loucura mesmo. — Ela suspira e o meu coração afunda. — Mas… Acho que estou ficando louca. — Sorri. — Também estou apaixonada por você, Louis, muito.
O mundo pode desabar agora que eu vou seguir feliz. Grudo minha boca na sua em um beijo de comemoração, fazendo-a soltar uma risadinha. 
Vai ser difícil, eu sei que vai. S/N ainda mora um oceano de distância. Mas eu vou dar um jeito nisso. Nós vamos dar. 
Sou louco por essa mulher e vou até o fim do mundo se for necessário.
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meuemvoce · 5 months
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Mensagem enviada
Sábado, 12h40
Enviar aquela mensagem era um caminho sem volta e não voltou, não obtive nenhuma resposta e muito menos o ''eu te amo'' de volta. Sempre cometo o mesmo erro achando que você irá mudar de opinião sobre nós, sei que não vai mudar e não dará nada, você já bateu o martelo e já colou um fim na nossa história, mas por puro medo, covardia ou por falta de interesse. A gente só pode oferecer aquilo que tem, ofereci tudo de mim e mais um pouco e não era o bastante e não impediu de você ir embora. Vi os sinais piscando bem na minha frente e mesmo assim ignorei e persistir, alguém tinha que lutar por nós, lutei sozinha, mas pelo menos tentei e fiquei de consciência tranquila. Não podemos burlar o destino, mudar a opinião de alguém e principalmente fazer alguém ficar em nossas vidas, mas temos que tentar é mal do ser humano insistir em algo que sabemos que não irá dar certo, quebramos a cara quantas vezes forem necessárias e às vezes até pode dar certo, mas no fim sempre dá errado. A impulsividade falou mais alto e cometi o mesmo erro, correndo atrás de alguém que nunca quis que fizesse parte da sua vida. E quer saber? está tudo bem sobre isso o importante é tentar e tentei muito por dias, semanas e meses, então chegou a hora de dizer um adeus definitivo. Eu te amo, mas não quero você na minha vida.
Elle Alber
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