#tablados
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edsonjnovaes · 6 months ago
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Fernanda Torres
A atriz Fernanda Torres fala sobre o medo de perder o interesse pela vida. “Viver é muito complicado. Você tem que se manter interessado, vivo e curioso a respeito do mundo. A perda da curiosidade é o maior perigo.” Intercept Brasil – @TheInterceptBr. 03 jul 2024 Impossível não se tornar a Fernanda Torres no Brasil. Travesti que Habla – @odaradeverdade. 14 jun 2024 Fernanda Pinheiro Esteves…
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convidar · 1 year ago
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Como Funciona o Aluguel de Tablado Para piscinas
Nosso aluguel de tablado para piscinas leva a frase de caminhar sobre a água a um nível totalmente NOVO. Os tablados para coberturas de piscina permitem maximizar a área de entretenimento, criando uma plataforma segura e bonita para os hóspedes sobre a piscina existente. Ao cobrir uma piscina com madeira ou palco utilitário, você amplia a área útil do seu evento e proporciona um visual único e…
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cooltivarte · 2 years ago
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El gran estreno del año, la vuelta del gran Jorge Esmoris, con una banda excepcional al mejor estilo Antimurga BCG. El gran musical “Una noche de Tablado”, creado y dirigido por Esmoris es una fiesta de teatro y música de dramaturgia carnavalesca.
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imninahchan · 1 month ago
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𝓥𝓮𝓷𝓾𝓼 𝓔𝓵𝓮𝓰𝓪𝓷𝓬𝓮       太陽. Do palco de um dos cabarets mais renomados do país, você passa a se apresentar somente sob os holofotes dos olhos de um amante misterioso. {...} ּ ໑ ׅ
baseado nos shows do Crazy Horse, leitora!dançarina, strip tease, sexo sem proteção mas se protejam, irmãs, dois tapinhas, oral fem., dumbification, dirty talk, manhandling. Esse cenário foi produzido pensando no Mads Mikkelsen ou no Swann Arlaud, mas você pode ler e imaginar quem quiser.
𓇢𓆸 𝓐 s luzes se apagam. A plateia se cala à espera de um novo espetáculo. Para este número, o divã é retirado para que a mesa retangular e a cadeira giratória possam ser posicionadas no centro do palco. Da coxia, você espera o sinal para caminhar até o seu lugar e, então, quando o diretor artístico libera, o estalo dos saltos Louboutin de sola vermelha são abafados pelo carpete preto no tablado.
Se senta à mesa, abaixa a cabeça.
O som de telefone, máquina de impressão, cochichos e teclas de computador compõem a orquestra de fundo, ecoando das caixas acústicas bem posicionadas pelo salão relativamente pequeno da casa noturna. Diante dos olhos atentos, o público desta noite presencia um escritório de finanças ser construído através de uma trilha sonora perspicaz e uma iluminação inteligente. No telão atrás de ti, a bolsa de valores cai a números catastróficos, brilham em carmesim, feito a raiva, a frustração e a sedução da cena. Entregue ao personagem, você encena o girar do pescoço, erguendo-se, como quem trabalhou incontáveis horas e busca alívio para a coluna.
Os cabelos estão presos num coque com um lápis, alguns fios bagunçados. O que se destaca na maquiagem são os lábios desenhados e preenchidos pelo batom cereja. O delineado que forma a linha do olhar felino quase passa despercebido por trás da armação Bayonetta. Dedilha lentamente pelos papéis sobre a mesa. Observa, com cuidado, pendendo a cabeça pro canto.
Espia entre as pastas, folheia. Finge ler escritos importantes e inexistentes. Franze o cenho, balançada pelos primeiros resquícios de insatisfação. Ao fundo, os números correm mais e mais, desgovernados, assim como a performance perde o resto de estabilidade que tinha.
Descansa o torso na mesa, de braços esticados para frente, sucumbe. Junto da trilha ambiente, pouco a pouco, somam-se gemidos baixinhos. Quando se levanta, também se põe de pé, realçando o figurino estereotipado: a blusa de botões justa e branca, com a barra enfiada pra dentro da saia social que cobre até uns dois dedos acima do joelho. Um clichê, sim. Esta é uma apresentação que joga com a dinâmica de um clichê batido. A secretária irresistível ou, numa nomenclatura mais empoderada, a fatiga de uma mulher de negócios. Nomeie como quiser, mas veja o clichê ganhando vida com elegância.
A coreografia sensual te faz retirar peça por peça. Os botões da camisa, o fecho lateral da saia apertada. O lápis é prontamente roubado do penteado e os cabelos soltos acentuam o erotismo. Da melodia cotidiana que se ouvia no cenário, os acordes eletrônicos da batida furiosa conduzem a encenação a seu ápice.
Após o strip tease, sobra o deslumbre da lingerie preta. O sutiã Balconet é inteiramente rendado, sem bojo, o que resulta, à iluminação bem angulada, na sombra do mamilo aparente aos olhos mais atentos. Na cintura, a cinta modela a curva da silhueta em triângulos invertidos cujas pontas se ligam às alças que se conectam às meias ⅞. Desde que estrelaram a temporada com um show repaginado, já se apresentou por diversos finais de semana seguidos, porém, contrário à monomania, o espírito artístico fala mais alto e sempre se dedica como se fosse a primeira vez.
Se inclina sobre a mesa, empinando o bumbum. No ritmo da música, dubla até os murmúrios lascivos enquanto se exibe de quatro na superfície. Sorri, enfeitiçante, pois sabe que o efeito que causa em quem te observa é a paralisia em frente ao místico da sua aura. Vê os rostinhos boquiabertos, pupilas dilatadas — homens e mulheres. Seu nome de guerra não é Vênus à toa. Só foi batizada com tamanha excelência quando ainda era novata entre o elenco porque cravou sua marca nas audições. Precisavam de você, o seu telefone tocou assim que saiu do prédio. Viram o potencial que poderia transcender o palco, ser a face da marca. Com seus passos suaves, educados pelos anos de balé clássico, poderiam fazer da coreografia mais obscena a produção mais sofisticada.
E você honra a oportunidade. Existe um quê de castidade no jeito com que se move, embora nunca sobressaia sua volúpia. Algumas pessoas vêm só pra te ver, pagam com gosto os ingressos caríssimos para ser aqueles que estão te aplaudindo de pé ao final da exibição.
Este não é seu único número solo no show de aproximadamente uma hora e meia. Entretanto, é o pontapé inicial para uma sequência de performances que equilibram o artístico e o indecente.
Deita as costas na mesa, uma das pernas dobrada e a outra erguida. Os braços se esticam, apelando em direção à plateia, mas retrocedem para esparramar a papelada no ar, dramático.
As luzes se apagam.
𝓓ivide o camarim com outras cinco das doze dançarinas da equipe. Ao fim do espetáculo, se isolam para ajeitar a aparência, livres das perucas ou dos figurinos pensados justamente para os números. Ainda maquiadas, entretanto, se acomodam nos robes de seda curtos, que esbanjam o logo da casa, para cumprir mais uma cláusula do contrato: bem como os ingressos para assistir a apresentação, também são vendidos pacotes salgados que incluem uma visitação. A sua função, igual a das demais, é cumprimentar aqueles que pagaram pelo benefício, tirar uma foto na otomana dourada e se despedir com simpatia. Não é incômodo, apesar do cansaço após o show. Sempre recebe elogio atrás de elogio e vai dormir de ego inflado.
Está terminando de arrumar os cabelos quando um staff bate à porta trazendo consigo um buquê de cravos vermelhos. Não é incomum receber agrados, mas a curiosidade toma conta de ti ao se deparar com um cartão não assinado. A caligrafia é caprichosa, lê, para Vénus Élégance, e não há nenhuma cantada barata ou um local e hora como se você fosse mesmo aparecer. De qualquer forma, deixa o presente no cantinho da penteadeira, junto com seus demais pertences. É apenas ao chegar no saguão que as coisas começam a fazer sentido.
Você conduzirá a tour, além de ti e um segurança de cara fechada, um homem compõe sozinho o que deveria ser um grupo.
Ele te recebe com um sorriso contido, um pouco tímido. Te segue pelos corredores, atento às suas explicações. Você mostra a linha do tempo do cabaret, todos os espetáculos mais marcantes da história quase centenária da casa. A lista de convidados célebres, de clientes famosos. Repete, com algumas falhas, o que ouviu o guia te apresentando no seu primeiro dia aqui.
Na saleta que guarda produtos para venda e troféus de competições, o homem, por fim, se dirige à ti. “Já fiz essa visita, não é a primeira vez que venho ver o show.” Se aproxima, o tom soa mais baixo, “Poderia ter conseguido acesso ao camarim, mas achei que fosse mais profissional conversar com você aqui fora.”
Está prestando atenção ao que ele diz, claro, só que os olhos estão focados na figura do segurança parado rente à parede ao fundo, que leva à recepção. “Tem guarda-costas e tudo...”, pondera em voz alta, “É famoso?”
Ele nega, “é só uma formalidade boba.”
“Então, é político?”
“Isso importa?”
“Casado, né?”
Um sorriso cresce no canto dos lábios dele, “isso importa?”, repete.
Você caminha meio sem rumo, trocando os pés até apoiar as mãos na beirada do aparador de madeira. O homem se posiciona atrás de ti, a uma distância respeitosa. Te olha através do espelho. Eu quero você, a frase parece sussurrada ao pé do ouvido. Encara o reflexo dele. “Quero sair com você”, ele diz, “Podemos ir jantar, você escolhe o lugar.”
Deita a cabeça, com certo desdém. “E eu posso escolher o menu também ou você já sabe o que quer comer?”
A pergunta obviamente sexual arranca outro sorrisinho dele, dessa vez aqueles fracos, de quem se arrepende de rir de uma piadinha tosca. Afunda as mãos nos bolsos frontais da calça, “Se tiver um preço, é só dizer, eu pago.”
Você se vira pra ele, “Se espera mais que uma apresentação, saiba que vai ser caro.”
“Nem por um segundo esperei que fosse ser barato.”
Arrebita o nariz, observando a confiança com que ele responde cada uma das suas frases. Ao mesmo tempo que quer questioná-lo de onde vem e qual nome ostenta, sabe que não vai conseguir as respostas que deseja.
“Sei que não sou o primeiro a te procurar”, ele continua, “também não devo ter nada que me diferencie dos demais...”
“Ah, não seja tão pessimista...”, brinca, de língua afiada.
“Mas seria bom se considerasse o meu convite.”
Cruza os braços, “Não aconselham a gente a aceitar convites desse tipo. Ainda mais vindo dos nossos clientes... Eu sou uma artista, sabia? A mulher que você viu no palco não é a mulher que você tá vendo aqui agora.”
Ele abaixa o olhar momentaneamente. O ar abandona os pulmões, aí a cabeça se ergue outra vez, “Deixei um número na recepção”, conta, “Se mudar de ideia, é só me ligar.”
Não deveria ter perdido tanto tempo matutando o que escutou da boca dele esta noite. Foi ao ensaio na segunda-feira e tudo que conseguia pensar era no eco da voz aveludada dizendo eu quero você. Os pelos arrepiam, coça a nuca. Inquieta. Se pega juntando as pecinhas mentalmente pra formar um retrato do rosto dele. A pele madura, barbeada. O olhar gentil, cabelos grisalhos. É atraente, não pode negar.
O tom da voz vaga pela sua memória, evoca uma sensação que não sentiu quando o conheceu: o corpo aquece, erradia do meio das pernas e derrete de lá até todas as outras extremidades. Queria poder ouvir a confiança nas palavras dele mais uma vez... O que mais ele poderia dizer com tanta convicção? Sorri, em meio às próprias fantasias.
Não quer refletir muito sobre as consequências, senão jamais pegaria o número na recepção e mandaria mensagem com as suas exigências. Recusa o jantar, porque não está com vontade de ter um encontro, mas escolhe um hotel cinco estrelas no centro movimentado. Demanda champanhe, algumas frutinhas, coisas assim. E, claro, não pretende receber um tostão dele, só que pode mudar de ideia e resolver cobrar depois que chegar em casa ao se arrepender do que fez.
No dia, está chovendo e a temperatura cai em pleno verão. O motorista que te busca em casa te guia ao hall do hotel sob a proteção do guarda-chuva preto. Você pega o elevador para a cobertura, se ajeitando no espelho. Quando chega no quarto, ele se oferece pra retirar o seu sobretudo e é pego de surpresa ao perceber que fora o casaco, tudo que decora o seu corpo é o conjunto da lingerie branca.
Você vaga pelo ambiente, olhando ao redor. O requinte do cômodo te agrada, mas não se deixa transparecer o conforto. Aposta numa postura levemente arrogante, sentando-se na beirada da cama de casal.
“Aqui”, ele aparece com uma taça de champanhe.
Você leva o olhar do líquido espumante à face masculina. Feito fosse devorá-lo, afia as vistas. Toma a taça das mãos dele e o coloca sentado sobre o colchão. Vira tudo num gole só, acomodando-se no colo alheio. Larga o cristal pelo lençol, ágil, mais interessada em encará-lo. Quer saber, “Não vai dizer o seu nome?”, segura na gola da camisa, “O que eu vou gemer se você não disser seu nome?”
Ele responde à altura, “Vai dizer o seu também? Ou você nasceu Vénus Élégance?”
A sua frustração é aparente. Crispa os lábios, teatral, fazendo careta, enquanto ele se diverte. Com um suspiro, murmura, “Quero tanto que você seja bom de cama...”, as mãozinhas viajam por baixo da camisa dele, sobem pelo torso, “...seria tão ruim se eu me arrependesse de ter vindo aqui...”
O homem toma os seus pulsos, educadamente. Com calma, os isola nas suas costas, prendendo com uma mão só para que a outra possa pairar na sua barriga. A voz também soa mais devagar, “Se me deixar te foder, talvez goste mais.”
Você imita a serenidade, “É, tem razão”, porém irônica, “Posso deixar você mandar, mas se precisar te corrigir, eu vou corrigir. E sabe como eu vou fazer isso?”, demonstra a superioridade estalando um tapinha na face alheia. Assim.
Ele fecha os olhos em reflexo ao impacto e os abre sem pressa. Umedece os lábios, ileso. Demora a te devolver o contato visual porque luta contra um sorriso ladino que insiste em querer se exibir.
Segura na sua cintura, te inclina para que possa vir por cima quando deitar suas costas no colchão. A taça cai no chão, os caquinhos cristalinos se espalham pelo piso, mas ninguém se importa com o estrago. Ele puxa a camisa, te encarando com certa marra. Tem uma facilidade descomunal para levantar as suas pernas e arrumar dois travesseiros por baixo da sua lombar. Suspende a barra da camisolinha transparente de tão fino o tecido, retira a calcinha. O nariz roça pela sua barriga, descendo ao monte de vênus. Você arrepia, se contorce só com as cócegas ao pé do ventre. “Pensei que fosse querer me comer primeiro”, murmura.
Ele desliza o polegar pela fenda, carrega o molhadinho de cima a baixo, indo e vindo. Eu vou, murmura de volta. Beija pela virilha, acaricia com suavidade. Quando, finalmente, chega ao centro, a umidade já é maior, melhor de chupar e de escorregar os dedos.
A língua é habilidosa, sabe que tem que usar a pontinha pra saborear a calda e atiçar o clitóris durinho. Empurra pra cá e pra lá, ignora a própria dor no músculo, somente pausa pra descansar o maxilar depois de apostar numa sucção mais profunda. Você joga o quadril contra a boca dele, sorvida. Ri, respirando mais fadigada que o homem entre as suas pernas. Não para, sussurra com a voz grogue, os olhos perdidos no teto de gesso bordado.
É de enlouquecer. Ele sabe como trocar das lambidas mais fortes para a delicadeza do dedinho que ronda a entrada. Repuxa os lábios inchados para acessar com mais facilidade onde sabe que vai te desencadear um frenesi absurdo — o corpo serpenteando sobre a colcha. De repente, você se envergonha por se entregar tão rápido. Não sabe ao certo quantos minutos se passam, mas não deveria ser o suficiente para se desfazer desse jeito. Queria poder aguentar mais, resistir, perversa apenas pelo prazer de vê-lo se empenhar mais e mais e mais, porém se desmonta todinha sem nem ter a oportunidade de segurar mais um pouquinho.
Agarra os fios dos cabelos dele, as coxas se fechando ao passar da onda da cabeça aos pés. O gemido é mascarado pela falta de fôlego, tudo que ressoa é o som descompensado do seu peito ardido que tenta se esvaziar. Depois que o clímax se ameniza, os músculos mergulham a quilômetros de profundidade, dormentes, como se quilos pesassem sobre o torso.
Não move um centímetro, paradinha. As pálpebras piscam com lentidão, a visão está turva. Consegue sentir só a pontinha dos dedos dos pés formigando, quase não percebe o toque das mãos dele que sobem pelas laterais do seu corpo. Vem te beijar logo no momento em que está mais anestesiada e ainda tem a pachorra de rir quando os seus lábios mal se mexem para estalar nos dele. Você torce o nariz, vai regenerando as forças devagarinho até ser capaz de empurrá-lo de leve e virar-se de bruços.
“O quê?”, a voz dele parece caçoar da sua sensibilidade, “Eu disse que iria gostar mais se me deixasse cuidar de você”. O foco é atraído pela visão do bumbum arrebitado no ar, a barra da camisola falhando em cobrir as n��degas nuas. Alisa por cima, contorna o relevo, mas a tentação é grande demais. A boca é conduzida magneticamente, os dentes mordiscam a carne. Saboreia. Espremendo a fartura entre as mãos, aprecia o agitar de cada banda se soltas de súbito. Está ao pé do seu ouvido pra perguntar “Vai levar de quatro mesmo?”, arrasta o nariz pelo seu pescoço, “Olhando pra mim é mais romântico...”
Você revira os olhos, tão atriz quanto ranzinza. “Posso olhar pra você assim”, espia sobre o ombros, “contente?”
O homem se afasta para se livrar das peças que ainda privam a nudez do próprio corpo. Incapaz de romper de vez o contato visual que é oferecido, é por míseros segundos que desgruda a atenção de ti pra se encaixar na porta do seu corpo. Estão se encarando quando os primeiros centímetros invadem. Os seus lábios se separam conforme a profundidade é atingida, terminando por sorrir ao chegar da completude plena. As mãos dele se apossam do seu quadril, espalmadas, responsáveis por te grudar à virilha masculina com tanta pressão. Até não sobrar nenhum pinguinho pra fora, o máximo que a posição permite. Estar dentro de ti já o arrebata. Seria o maior mentiroso do ano se não admitisse quantas noites passou fantasiando com a sensação sem, de fato, se julgar merecedor de vivê-la. Se delicia no aperto, pulsa de apetite. Te observa retroceder e enterrar, a bunda se chocando nele por conta própria. E você não se zanga por ter que realizar o trabalho dele, é satisfatório saber que o abate dessa maneira, que o definha tanto que ele verga a coluna sobre a sua, mete pra dentro sem muito controle, incerto se te beija ou se afoga o polegar na sua boca.
Você estica a língua, aberta a qualquer possibilidade. A saliva que vai se acumulando ameaça escorrer pelo cantinho e, como previsto, flui, mas é apanhada pela lambida que ele te dá próximo ao queixo. Se transformam numa bagunça molhada e quente. A chuva que ameniza o verão lá fora não é suficiente para atenuar a temperatura no quarto. Mais velocidade, mais ��nsia. Ele aperta a sua mandíbula de tal forma que a dorzinha que se desprende pelo pescoço te deixa mais excitada. Liberta a selvageria ao ponto de gemer em voz alta, sem rodeios.
Escuta a respiração pesada esquentando o seu ouvido, o eco da voz bêbada balbuciando palavras desconexas dois tons mais grosso. Poderia ter fechado os olhos pra se concentrar no nó que se intensifica no ventre, mas está olhando nos olhos dele quando o homem te encara. Ele sussurra algo que você não compreende, burra demais pra raciocinar a melodia abafada. Permanece atônita, ainda mais quando a palma estala um tapinha na sua bochecha. O olhar vagando, dilatado. O polegar dele desenha a linha dos seus lábios, um sorriso narcisista se esbanja na face alheia. E você sorri porque ele está sorrindo, boba. “Quer, não quer?”, são as únicas três palavrinhas que reconhece, porém concorda sem saber do que se trata. Só é tão prazeroso dessa forma porque é inesperado na mesma medida: ele pressiona a lateral do seu rosto contra o colchão, rapidamente o som rasgado de pele com pele preenche o quarto de hotel todinho.
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bloodymaryland · 4 months ago
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( feminino • ela/dela • bissexual ) — Não é nenhuma surpresa ver MARYLAND FADHILA JUMA andando pelas ruas de Arcanum, afinal, a HUMANA DOTADA precisa ganhar dinheiro como MUSICISTA. Mesmo não tendo me convidado para sua festa de VINTE E SETE ANOS, ainda lhe acho AFETUOSA e PERSEVERANTE, mas entendo quem lhe vê apenas como TEIMOSA e DESCONFIADA. Vivendo na cidade DESDE SEMPRE, MARY cansa de ouvir que se parece com VANESSA MORGAN.
Resumo:
humana desafortunada que nasceu com uma doença que a faz produzir sangue demais. Os pais fizeram um pacto com um demônio e um anjo pra manter a vida dela (essa doença mata mesmo, ninguém passa dos 14). Foi adotada por outra família. Super protegida de tudo, de todos, da história dos monstros/criaturas mágicas. Sabe tocar vários instrumentos, toca em festas e canta. Foge na calada da noite pra curtir com as amigas. Descobriu que os pais adotivos vendem o sangue dela para consumo e um viciado quase a matou. Agora vive sozinha, completamente alheia a tudo, tentando sobreviver com a faculdade de medicina e a possibilidade de todas as pessoas serem monstros. AMULETO.
Poderes: em construção. inspo: Jasper Cullen.
🌺 HISTÓRIA
Quando a vida lhe dá sinais claros é bom escutar, certo? Ainda mais quando, a cada exame de sangue e ultrassonografia, ficava cada vez mais clara a saúde debilitada da primeira e única filha. Os dois insistiam, movidos pela fervorosa religião e o milagre de Deus, negando toda e qualquer conversa sobre finalizar a gravidez. Por que acabar uma vida que tinha chance de sobrevivência? Por que privar do mundo aquela alma inocente da benção da vida? Assim, o sexo ficou de lado e a luta ferrenha para o parto começou.
A condição da menina era raríssima, uma doença que afetava a medula e o sangue. Se nada desse certo, morreria antes de falar uma palavra. Se desse certo, a batalha custosa seria recompensada com catorze anos de primeiras vezes complicadas. A mãe agarrava-se a barriga com um terço na mão e o pai, fechado e pragmático, procurava um destino melhor para a família. Por quê? A determinação inabalável de continuar a gravidez atraía a comunidade científica. Testes, experimentos, tratamentos, avaliações. Toda uma vida de rato de laboratório disfarçada de boa vontade e intenção de dar a menina as melhores chances possíveis.
Pai e mãe compraram passagens para o outro lado do mundo, mas pegaram o carro e foram para o sentido contrário, bem mais perto. Arcanum surgiu numa pesquisa desesperada, brilhando como um diamante em todos os aspectos. Convidativa, bem equipada, parecendo mágica. O carro abarrotado, com um trailer rebocado, passou pelas barreiras sem a intenção de testar sua resistência. Com as economias, o pai comprou uma casa e, em um mês, a mãe deu a luz a uma criança infelizmente amaldiçoada.
Não precisou de dois dias para eles entenderem as dificuldades mencionadas pelos médicos. A criança nasceu com a cor errada, sem exprimir um só grito e imediatamente internada na UTI de emergência. O bebê respirava com ajuda de aparelhos, com um acesso no pescoço para as medicações. Remédio para o coração bater mais devagar, para o sangue não coagular, ferro e outros minerais para compensar a perda. E um outro tubo mais misericordioso, que pingava sangue rubro em bolsas que seriam doadas. (Mesmo que terrível de se ver).
No décimo dia, a fé do pai e da mãe sofreu um abalo. Uma parada cardíaca do bebê cuidando no pior prognóstico de todos: seu tempo estava acabando.
Enquanto a mãe, de rosários e crucifixos, intensificou as orações no tablado frio das igrejas; o pai olhou para baixo. Deus não ajudaria, por que seria cultuá-lo? Dizem que cada um seguiu seu caminho na fatídica tarde do décimo terceiro dia de vida do bebê. A mãe encontrou refúgio nos braços de alguém que parecia um anjo, asas abertas prontas para acalentar seu coração. O pai perdeu-se nas ruas e acabou caindo no canto mais escuro, abrindo um talho na mão e evocando a única força capaz de ajuda-lo.
Duas intenções. Dois preços. O mesmo objetivo.
Não se sabe exatamente o que aconteceu. Pai e mãe voltaram para casa em silêncio, jantaram sem trocar uma palavra e dormiram juntos. No dia seguinte, a mãe não acordouais e o pai foi encontrado numa cova rasa no jardim. A tragédia durou pouco tempo, no entanto, porque o bebê recuperou as cores e chorou pela primeira vez. Milagre ofuscando tristeza. Não precisava mais de medicamentos, nem de sondas ou suplementação absurda. Seu corpo pareceu se adaptar à doença e, enfim, começando seu crescimento e desenvolvimento. Maryland foi adotada por um casal próximo ao hospital, sem prospectos para filhos, a menina foi recebida com festa e cuidados.
Os novos pais, Cathryn e Winston introduziram-a no mundo da música. Partituras, disciplina e versatilidade. Não escondiam a história estranha, mas usavam cada novo instrumento para tirar a menina daquele 'período' de sua vida. Trocavam cada desejo de ver o mundo lá fora pelos desafios de uma música ou acorde diferente. Super protegida, ainda incerto de uma possível recaída, mas feliz. Florescendo de tal modo que era encantadora em todas as interações daqueles curtos momentos fora de casa. Na Igreja que cantava, nas idas ao supermercado e à padaria, nos banhos de sol do gazebo. Apenas uma mácula aconteceu depois da morte dos seus progenitores: a grande briga.
Para que continuasse bem e saudável, Maryland doava sangue toda semana. Sim, toda a semana. Às vezes duas dependendo do estresse em que se encontrava. Sarah ou Winston sempre a acompanhava, assim como um funcionário do hospital já estava a postos para recebê-la. Era um hábito, sem grandes necessidades de pensar, só oferecer o braço e esperar terminar. Contudo, dessa vez, uma pessoa diferente a esperava na salinha. Uniformizado, bem casual, rosto simpático, mas... Quando ele pegou a agulha sem as luvas e lambeu os lábios, sem máscara, quando passou o dedo pela sua veia... Ela soube que algo estava errado.
Maryland gritou imediatamente, esquivando e esperneando das mãos que tentavam agarrá-la. Outros funcionários entraram rapidamente e entre eles, para sua sorte, alguém capaz de controlar a criatura. Ela descobriu que sua família vendia o sangue para consumo e aquela infeliz criatura tinha viciado no gosto. Ela cortou todo o contato, pegou suas coisas e foi embora, e agora se encontra perdida... Sem experiência no mundo e precisando encontrar seu novo lugar.
🌺 CONDIÇÃO: POLICITEMIA VERA
A policitemia vera é uma doença sanguínea rara e crônica que provoca a produção excessiva de todos os tipos de células sanguíneas, principalmente glóbulos vermelhos.
Sintomas: Cansaço, fraqueza, tontura, falta de ar. Aumentando conforme se 'preenche'.
Tratamento: Flebotomia para remover o excesso de glóbulos vermelhos, aspirina e outros medicamentos
Resumindo, Maryland produz sangue demais e tem poucos efeitos colaterais pelo pacto divino e demoníaco dos progenitores. Precisa doar sangue de 1-2x por semana.
🌺 DELICADOS DETALHES
Proficiente em diversos instrumentos musicais, principalmente no violino e no violoncelo. Sua principal fonte de renda, desde a adolescência, é através da música. Canta e toca em festas, casamentos, batizados, eventos aprovados pelos pais. Agora começou a cantar nos bares, influenciada pelas memórias felizes quando fugia de casa no meio da noite para curtir com as amigas.
Ainda custa a entender a realidade mágica da cidade. O ataque confuso na cabeça ilustrando um monstro de ficção, impossível de acreditar. Mas, agora, seus amigos começam a introduzir Maryland devagar, explicando e ajudando a reconhecer essas criaturas.
Carrega um amuleto com uma pedra vermelho sangue de pingente. Esse talismã a protegeu e escondeu sua existência até o dia da briga. Como os pais não puderam levar para a bruxa renovar os encantos, o cheiro de Mary voltou à ativa. É como enfim notar que ela está aí.
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jamesherr · 5 months ago
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anfiteatro
com @lottokinn
James estava angustiado. Tentava ignorar aquele peso no peito, forçando-se a acreditar que o irmão logo estaria de volta, reclamando de como eles tinham deixado o ensaio parar. Então, ele continuava seguindo com as coisas como imaginou que Brooklyn gostaria. Decidiu ir para o anfiteatro ensaiar, imaginando que, como numa cena de filme, o irmão apareceria a qualquer momento, pronto para corrigi-lo em sua tentativa de aprender a andar de salto alto. Riu sozinho, lembrando do quanto o semideus havia insistido nisso, dizendo que seria ótimo para ele se desafiar e causar um impacto na apresentação. James não podia decepcioná-lo, mesmo que a simples tarefa de ficar de pé com aqueles saltos já fosse um desafio. Cada passo era dado muito devagar e com muita dificuldade, e num deles, acabou desequilibrando e caindo no chão. Antes que pudesse se levantar, ouviu um som interromper o eco do salto alto no tablado, tentando identificar se era uma voz ou risada. Virou o rosto e encontrou Love, revirando os olhos. — Sem gracinhas, por favor. Não estou com bom humor. — Sua voz era um pouco mais dura do que o normal, mas ele sabia que aquilo nunca foi impeditivo para que ela o provocasse. Não sabia há quanto tempo ela estava o assistindo, mas tentou ignorar isso. — Brooklyn ia me ajudar com isso. Estou tentando adiantar as coisas para quando ele voltar. — Explicou, ainda que ela não tivesse perguntado, mas ela não estava na peça, então talvez não soubesse de alguns detalhes. — Então, se você não tem algo de bom para acrescentar aqui, eu te peço que me deixe sozinho, por favor. — Suspirou, de cabeça baixa, ainda jogado no chão.
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kamas-corner · 8 months ago
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Nací para poeta o para muerto…
Nací para poeta o para muerto, escogí lo difícil —supervivo de todos los naufragios—, y sigo con mis versos, vivita y coleando. Nací para puta o payaso, escogí lo difícil —hacer reír a los clientes desahuciados—, y sigo con mis trucos, sacando una paloma del refajo. Nací para nada o soldado, y escogí lo difícil —no ser apenas nada en el tablado—, y sigo entre fusiles y pistolas sin mancharme las manos.
—Gloria Fuertes
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entropiasgift · 1 year ago
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Se aceptan apuestas:
La mía es que Nerissa se va a subir a la espalda de su hermano a zapatear como si fuera un tablado flamenco, y el resto de los Ravenhill/Kaashar se van a poner a dar palmas.
Lo sé, lo presiento.
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calymuses · 3 months ago
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( feminino cisgênero • ela/dela • bissexual ) — Não é nenhuma surpresa ver Maryland Fahdila Juma andando pelas ruas de Arcanum, afinal, a humana dotada precisa ganhar dinheiro como musicista. Mesmo não tendo me convidado para sua festa de vinte e sete anos, ainda lhe acho afetuosa e perseverante, mas entendo quem lhe vê apenas como teimosa e ingênua. Vivendo na cidade desde sempre, Mary cansa de ouvir que se parece com Vanessa Morgan.
Resumo:
humana desafortunada que nasceu com uma doença que a faz produzir sangue demais. Os pais fizeram um pacto com um demônio e um anjo pra manter a vida dela (essa doença mata mesmo, ninguém passa dos 14). Foi adotada por outra família. Super protegida de tudo, de todos, da história dos monstros/criaturas mágicas. Sabe tocar vários instrumentos, toca em festas e canta. Foge na calada da noite pra curtir com as amigas. Descobriu que os pais adotivos vendem o sangue dela para consumo e um viciado quase a matou. Agora vive sozinha, completamente alheia a tudo, tentando sobreviver com a faculdade de medicina e a possibilidade de todas as pessoas serem monstros.
🌺 HISTÓRIA
Quando a vida lhe dá sinais claros é bom escutar, certo? Ainda mais quando, a cada exame de sangue e ultrassonografia, ficava cada vez mais clara a saúde debilitada da primeira e única filha. Os dois insistiam, movidos pela fervorosa religião e o milagre de Deus, negando toda e qualquer conversa sobre finalizar a gravidez. Por que acabar uma vida que tinha chance de sobrevivência? Por que privar do mundo aquela alma inocente da benção da vida? Assim, o sexo ficou de lado e a luta ferrenha para o parto começou.
A condição da menina era raríssima, uma doença que afetava a medula e o sangue. Se nada desse certo, morreria antes de falar uma palavra. Se desse certo, a batalha custosa seria recompensada com catorze anos de primeiras vezes complicadas. A mãe agarrava-se a barriga com um terço na mão e o pai, fechado e pragmático, procurava um destino melhor para a família. Por quê? A determinação inabalável de continuar a gravidez atraía a comunidade científica. Testes, experimentos, tratamentos, avaliações. Toda uma vida de rato de laboratório disfarçada de boa vontade e intenção de dar a menina as melhores chances possíveis.
Pai e mãe compraram passagens para o outro lado do mundo, mas pegaram o carro e foram para o sentido contrário, bem mais perto. Arcanum surgiu numa pesquisa desesperada, brilhando como um diamante em todos os aspectos. Convidativa, bem equipada, parecendo mágica. O carro abarrotado, com um trailer rebocado, passou pelas barreiras sem a intenção de testar sua resistência. Com as economias, o pai comprou uma casa e, em um mês, a mãe deu a luz a uma criança infelizmente amaldiçoada.
Não precisou de dois dias para eles entenderem as dificuldades mencionadas pelos médicos. A criança nasceu com a cor errada, sem exprimir um só grito e imediatamente internada na UTI de emergência. O bebê respirava com ajuda de aparelhos, com um acesso no pescoço para as medicações. Remédio para o coração bater mais devagar, para o sangue não coagular, ferro e outros minerais para compensar a perda. E um outro tubo mais misericordioso, que pingava sangue rubro em bolsas que seriam doadas. (Mesmo que terrível de se ver).
No décimo dia, a fé do pai e da mãe sofreu um abalo. Uma parada cardíaca do bebê cuidando no pior prognóstico de todos: seu tempo estava acabando.
Enquanto a mãe, de rosários e crucifixos, intensificou as orações no tablado frio das igrejas; o pai olhou para baixo. Deus não ajudaria, por que seria cultuá-lo? Dizem que cada um seguiu seu caminho na fatídica tarde do décimo terceiro dia de vida do bebê. A mãe encontrou refúgio nos braços de alguém que parecia um anjo, asas abertas prontas para acalentar seu coração. O pai perdeu-se nas ruas e acabou caindo no canto mais escuro, abrindo um talho na mão e evocando a única força capaz de ajuda-lo.
Duas intenções. Dois preços. O mesmo objetivo.
Não se sabe exatamente o que aconteceu. Pai e mãe voltaram para casa em silêncio, jantaram sem trocar uma palavra e dormiram juntos. No dia seguinte, a mãe não acordouais e o pai foi encontrado numa cova rasa no jardim. A tragédia durou pouco tempo, no entanto, porque o bebê recuperou as cores e chorou pela primeira vez. Milagre ofuscando tristeza. Não precisava mais de medicamentos, nem de sondas ou suplementação absurda. Seu corpo pareceu se adaptar à doença e, enfim, começando seu crescimento e desenvolvimento. Maryland foi adotada por um casal próximo ao hospital, sem prospectos para filhos, a menina foi recebida com festa e cuidados.
Os novos pais, Cathryn e Winston introduziram-a no mundo da música. Partituras, disciplina e versatilidade. Não escondiam a história estranha, mas usavam cada novo instrumento para tirar a menina daquele 'período' de sua vida. Trocavam cada desejo de ver o mundo lá fora pelos desafios de uma música ou acorde diferente. Super protegida, ainda incerto de uma possível recaída, mas feliz. Florescendo de tal modo que era encantadora em todas as interações daqueles curtos momentos fora de casa. Na Igreja que cantava, nas idas ao supermercado e à padaria, nos banhos de sol do gazebo. Apenas uma mácula aconteceu depois da morte dos seus progenitores: a grande briga.
Para que continuasse bem e saudável, Maryland doava sangue toda semana. Sim, toda a semana. Às vezes duas dependendo do estresse em que se encontrava. Sarah ou Winston sempre a acompanhava, assim como um funcionário do hospital já estava a postos para recebê-la. Era um hábito, sem grandes necessidades de pensar, só oferecer o braço e esperar terminar. Contudo, dessa vez, uma pessoa diferente a esperava na salinha. Uniformizado, bem casual, rosto simpático, mas... Quando ele pegou a agulha sem as luvas e lambeu os lábios, sem máscara, quando passou o dedo pela sua veia... Ela soube que algo estava errado.
Maryland gritou imediatamente, esquivando e esperneando das mãos que tentavam agarrá-la. Outros funcionários entraram rapidamente e entre eles, para sua sorte, alguém capaz de controlar a criatura. Ela descobriu que sua família vendia o sangue para consumo e aquela infeliz criatura tinha viciado no gosto. Ela cortou todo o contato, pegou suas coisas e foi embora, e agora se encontra perdida... Sem experiência no mundo e precisando encontrar seu novo lugar.
🌺 CONDIÇÃO: POLICITEMIA VERA
A policitemia vera é uma doença sanguínea rara e crônica que provoca a produção excessiva de todos os tipos de células sanguíneas, principalmente glóbulos vermelhos.
Sintomas: Cansaço, fraqueza, tontura, falta de ar. Aumentando conforme se 'preenche'.
Tratamento: Flebotomia para remover o excesso de glóbulos vermelhos, aspirina e outros medicamentos
Resumindo, Maryland produz sangue demais e tem poucos efeitos colaterais pelo pacto divino e demoníaco dos progenitores. Precisa doar sangue de 1-2x por semana.
🌺 DELICADOS DETALHES
Proficiente em diversos instrumentos musicais, principalmente no violino e no violoncelo. Sua principal fonte de renda, desde a adolescência, é através da música. Canta e toca em festas, casamentos, batizados, eventos aprovados pelos pais. Agora começou a cantar nos bares, influenciada pelas memórias felizes quando fugia de casa no meio da noite para curtir com as amigas.
Ainda custa a entender a realidade mágica da cidade. O ataque confuso na cabeça ilustrando um monstro de ficção, impossível de acreditar. Mas, agora, seus amigos começam a introduzir Maryland devagar, explicando e ajudando a reconhecer essas criaturas.
Carrega um amuleto com uma pedra vermelho sangue de pingente. Esse talismã a protegeu e escondeu sua existência até o dia da briga. Como os pais não puderam levar para a bruxa renovar os encantos, o cheiro de Mary voltou à ativa. É como enfim notar que ela está aí.
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wibkinna · 3 months ago
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Amo los disfraces, coser, pintarme la cara, hacer muecas; por eso me entra euforia cuando entra Halloween seguido de época de tablados y ensayos de murga.
Vergüenza robar, ahora les da cringe hasta respirar.
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ochoislas · 3 months ago
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EL BAILE DE LA HORCA
Al cadalso negro y manco van campeones a la baila, flacos campeones del Malo, saladinos en carcasa.
Maese Belcebú de la corbata jala sus negros fantochitos, que hacen muecas al cielo, y, plantando en sus frentes los reveses de un púgil, ¡los pone a bailar todos un rancio retornelo!
Y topan los fantoches, y se dan el bracete, y sus pechos desnudos, como órganos negros, que abrazaran antaño las nobles hijasdalgo, se chocan sin parar en amores horrendos.
¡Hala! ¡qué alegres bailan sin que estorbe la tripa! ¡Brincos y zapatetas, que el tablado es bien ancho! ¡Ale, que no se entienda si andan en baile o gresca! ¡Rascuña sus violines Belcebú enajenado!
¡Tienen talones duros, nunca gastan sandalia! ¡Ya se sacaron todos la camisa de cuero! El resto no molesta, tampoco ofende a nadie. La nieve en sus calacas pone un blanco sombrero.
El cuervo es el copete de sus crismas quebradas; tiembla un cacho de carne del canijo mentón… dijéranse girando, confundidas las sombras, caballeros muy tiesos con su arnés de cartón.
¡Ole! ¡el aquilón chifla, bailan las notomías! ¡Muge el negro cadalso como armonio de yerro! La réplica da el lobo desde la selva cárdena, el cielo en el confín tiñe un rojo de infierno…
¡Que siga el zarandeo de fúnebres caudillos que desgranan cazurros con falanges partidas un rosario de amor en su blanco espinazo! ¡Ya los rezos dejad… que estáis en mejor vida!
¡Cata que en el furor de la macabra danza bota en el rojo cielo cierta carcasa loca que arrebata su brío como jaco empinado: y sintiendo el dogal que le aprieta la gola
hinca sus finos dedos en un fémur que chasca, y chillando parece que rompe en mil denuestos, y, como un saltimbanqui se planta en la barraca, torna de un bote al baile entre el chinar de huesos!
Al cadalso negro y manco van campeones a la baila, flacos campeones del Malo, saladinos en carcasa.
*
BAL DES PENDUS
Au gibet noir, manchot aimable, Dansent, dansent les paladins, Les maigres paladins du diable, Les squelettes de Saladins.
Messire Belzébuth tire par la cravate Ses petits pantins noirs grimaçant sur le ciel, Et, leur claquant au front un revers de savate, Les fait danser, danser aux sons d'un vieux Noël !
Et les pantins choqués enlacent leurs bras grêles : Comme des orgues noirs, les poitrines à jour Que serraient autrefois les gentes damoiselles, Se heurtent longuement dans un hideux amour.
Hurrah ! les gais danseurs, qui n'avez plus de panse ! On peut cabrioler, les tréteaux sont si longs ! Hop ! qu'on ne sache plus si c'est bataille ou danse ! Belzébuth enragé racle ses violons !
Ô durs talons, jamais on n'use sa sandale ! Presque tous ont quitté la chemise de peau : Le reste est peu gênant et se voit sans scandale. Sur les crânes, la neige applique un blanc chapeau :
Le corbeau fait panache à ces têtes fêlées, Un morceau de chair tremble à leur maigre menton : On dirait, tournoyant dans les sombres mêlées, Des preux, raides, heurtant armures de carton.
Hurrah ! la bise siffle au grand bal des squelettes ! Le gibet noir mugit comme un orgue de fer ! Les loups vont répondant des forêts violettes : À l'horizon, le ciel est d'un rouge d'enfer…
Holà, secouez-moi ces capitans funèbres Qui défilent, sournois, de leurs gros doigts cassés Un chapelet d'amour sur leur pâles vertèbres : Ce n'est pas un moustier ici, les trépassés !
Oh ! voilà qu'au milieu de la danse macabre Bondit dans le ciel rouge un grand squelette fou Emporté par l'élan, comme un cheval se cabre : Et, se sentant encor la corde raide au cou,
Crispe ses petits doigts sur son fémur qui craque Avec des cris pareils à des ricanements, Et, comme un baladin rentre dans la baraque, Rebondit dans le bal au chant des ossements.
Au gibet noir, manchot aimable, Dansent, dansent les paladins, Les maigres paladins du diable, Les squelettes de Saladins.
Arthur Rimbaud
di-versión©ochoislas
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jartita-me-teneis · 7 months ago
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¿Sabe usted quién fue Carolina Otero? Nació en 1871, su talento excepcional y su belleza hicieron que conquistara la fama y el afecto de artistas como Renoir, García Lorca; y de monarcas como El Rey de Inglaterra y el Zar de Rusia.
En la cumbre de todo su esplendor, José Martí la vio bailar en el teatro El Edén Museé en la calle 23 de Nueva York en 1890.
Suscitó en Martí la escritura de un poema particularmente hermoso y de una expresividad plástica y cinética, en que describe de forma magistral, la acción del baile, mediante la palabra, desde su palco del Teatro.
Yo personalmente me sé esta bella poesia y la he declamado muchísimas veces en actos cívicos en honra a José Martí donde me acompaña una bailarina vestida con traje de flamenco bailando y marcando los movimientos que la poesía magistralmente describe. Siempre ha sido muy gustado esta puesta en escena.
En 1954, la actriz mexicana María Félix decidió realizar una película sobre la famosa bailarina. Fue grande el asombro de la actriz cuando durante la búsqueda de información sobre la vida de la bailarina, la encontró viviendo en París. La otrora hermosa bailarina, entonces incapacitada y abandonada, vivía en un asilo de ancianos. Falleció en ese asilo a la edad de 94 años en 1965.
Hoy, ya poca gente recuerda el nombre de Carolina Otero. Y quedaría olvidada para siempre, de no haberla visto bailar, una sola vez en su vida, nuestro José Martí y regalarle la eternidad con estos hermosos versos:
Poema X “El alma trémula y sola” o “La Bailarina Española”
El alma trémula y sola
Padece al anochecer:
Hay baile; vamos a ver
La bailarina española
Han hecho bien en quitar
El banderón de la acera;
Porque si está la bandera,
No sé, yo no puedo entrar.
Ya llega la bailarina:
Soberbia y pálida llega:
¿Cómo dicen que es gallega?
Pues dicen mal: es divina.
Lleva un sombrero torero
Y una capa carmesí:
¡Lo mismo que un alelí
Que se pusiese un sombrero!
Se ve, de paso, la ceja,
Ceja de mora traidora:
Y la mirada, de mora:
Y como nieve la oreja.
Preludian, bajan la luz
Y sale en bata y mantón,
La virgen de la Asunción
Bailando un baile andaluz.
Alza, retando, la frente;
Crúzase al hombro la manta:
En arco el brazo levanta:
Mueve despacio el pie ardiente.
Repica con los tacones
El tablado zalamera,
Como si la tabla fuera
Tablado de corazones.
Y va el convite creciendo
En las llamas de los ojos,
Y el manto de flecos rojos
Se va en el aire meciendo.
Súbito, de un salto arranca:
Húrtase, se quiebra, gira:
Abre en dos la cachemira,
Ofrece la bata blanca.
El cuerpo cede y ondea;
La boca abierta provoca;
Es una rosa la boca:
Lentamente taconea.
Recoge, de un débil giro,
El manto de flecos rojos:
Se va, cerrando los ojos,
Se va, como en un suspiro…
Baila muy bien la española;
Es blanco y rojo el mantón:
¡Vuelve, fosca, a su rincón
El alma trémula y sola!
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moodxeye · 1 year ago
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Moody observou a paisagem do lago negro sob a luz da lua antes de se colocar novamente diante das oculares de um dos inúmeros telescópios da Torre de Astronomia. Aparentemente, a tarefa da vez era calibrar manualmente cada um deles, o que não seria algo especialmente difícil de se fazer se Hogwarts não tivesse um telescópio para cada aluno em uma turma de mais ou menos sessenta crianças. Já conformado, ficou encarando a lua fosca à distância enquanto suas mãos iam trabalhando sem pressa nos controles de ajuste, assoviando uma música qualquer conforme ia deslizando os dedos pela peça até finalmente enxergar a imagem com nitidez através das objetivas. Satisfeito consigo mesmo, finalmente afastou os olhos dali e estava prestes a partir para o próximo da fila quando seus olhos de lince divisaram uma silhueta negra aos pés da escadaria da Torre.
── Gárgulas, mas que caralho, puta que pariu ── ralhou, tentando recuperar-se do susto enquanto sentia o sangue latejando em suas orelhas. Não tinha sido informado pelo diretor de sua casa que haveria outro estudante o ajudando naquela noite. ── Por que não disse que estava aí? Você... ── Semicerrando os olhos, não demorou a reconhecer o rosto de Mary Macdonald encarando-o através dos feixes de luz clara que incidiam sobre o tablado. Como se as coisas já não estivessem difíceis o suficiente... ── Ah. Não vi que era você aí.
Ansioso para cortar o contato visual, logo já voltava sua atenção para o próximo telescópio na extensa fileira diante dos dois.
── É melhor arregaçar as mangas, Macdonald. Vai ser uma longa noite.
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corrupcionenpr · 1 year ago
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Prohibido olvidar a esta jueza que se llama María del Pilar Vázquez. Aquí tienen buenos datos de quien es verdaderamente esta jueza
Enfrentan denuncia radicadas por la Fiscalía de Mayagüez. La propiedad en controversia se encuentra en el área de La Parguera, en Lajas.
Seis personas enfrentarán cargos por diversos delitos luego que la jueza María del Pilar Vázquez Muñiz, del Tribunal de Mayagüez, encontrara causa para arresto por hechos que ocurrieron durante una manifestación, escenificada el pasado 9 de julio, en una propiedad de los suegros de la comisionada residente Jenniffer González, en el área de La Parguera, en Lajas.
El Departamento de Justicia detalló a El Nuevo Día que Vázquez Muñiz encontró causa ayer, jueves, contra Iona Fournier Gómez, Imalay Arroyo Surita, Pedro Amengual Gutiérrez, Juan Rodríguez González, Sheila Mejía Luciano y Francheska Vélez Ramírez.
La Fiscalía de Mayagüez radicó un total de 19 cargos contra los imputados. Fournier Gómez enfrenta denuncias de daño agravado (Artículo 199), empleo de violencia o intimidación contra la autoridad pública (Artículo 245), hacer justicia por sí mismo (Artículo 274) y por conspiración, amenazas o atentados contra funcionarios del sistema de justicia o sus familiares (Artículo 284), todas faltas al Código Penal.
Mientras, Arroyo Surita y Amengual Gutiérrez enfrentan cargos por los Artículos 245, 274 y 284 del Código Penal, al igual que una denuncia de portación y uso de un arma blanca (Artículo 6.06 de la Ley de Armas).
Entretanto, contra Vélez Ramírez pesan denuncias por los Artículos 245, 274 y 284 del Código Penal, mientras que Rodríguez González fue imputado de violar los artículos 199 y 274. Por último, Mejía Luciano fue imputada de violar los artículos 246 (resistencia u obstrucción a la autoridad pública) y el 274.
Vázquez Muñiz impuso fianza de $200,000 contra Fournier Gómez; $5,000 a Arroyo Surita tras solicitar una reconsideración; $100,000 a Amengual Gutiérrez; $50,000 a Rodríguez González y Mejía Luciano; y $75,000 a Vélez Ramírez.
La vista preliminar fue programada para el 3 de agosto, añadió Justicia.
Los presuntos delitos se remontan al 9 de julio de 2023, cuando ciudadanos acudieron a una manifestación que, según el Negociado de la Policía, fue liderada por el excandidato independiente a la gobernación y ambientalista Eliezer Molina Pérez. La Uniformada indicó, el día del incidente, que un agente recibió heridas en la cabeza tras ser golpeado con un objeto contundente lanzado intencionalmente.
Tanto Molina Pérez como los manifestantes argumentaron que esa zona es dominio público y, por tanto, no pueden alegar daños a propiedad privada. No obstante, Torres Torres afirmó que “independientemente que esté en bienes de dominio público, la propiedad es privada, entiéndase la estructura”.
La representación legal de los suegros de González aseguró, al día siguiente de la manifestación, que aguardaban por una denuncia formal por parte del Departamento de Recursos Naturales y Ambientales (DRNA), previo a contestar las imputaciones de la supuesta ilegalidad de la construcción de un “tablado y terraza” en la propiedad.
Un informe técnico del DRNA, que fue elaborado por el biólogo Joshua Morel Matos, destacó que la construcción de esa estructura aledaña a la propiedad dañó ilegalmente la flora de la reserva natural, localizada en la zona marítimo terrestre. El documento, al que El Nuevo Día tuvo acceso, precisa que Morel Matos acudió a la zona el 7 de junio junto al vigilante Juan C. Banchs Cedeño, en respuesta a una querella presentada previamente.
No obstante, de acuerdo con el abogado Miguel Torres Torres, en esa localidad no se llevó a cabo ninguna construcción y la casa fue comprada con esas estructuras, las cuales son de más de 30 años.
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rxmlpin · 2 years ago
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Shrieking Shack ── Hogsmeade, 1978. 
You bleed just to know you're alive ── ⋅⋅⋅
Remus respirou fundo. Ergueu a varinha e o enorme Salgueiro Lutador paralisou-se em um movimento interrompido no ar, domado e inofensivo, suas folhas secas sibilando um murmúrio constante através de fortes rajadas do vento. Em passadas largas, ele então atravessou o gramado seco e, por força do hábito, deu uns tapinhas afetuosos no tronco da árvore antes de escorregar pela passagem entre as raízes.
Já havia se passado muitos anos desde que ele tinha feito isso sozinho pela última vez. Tinha sido uma grande dificuldade convencer seus amigos a não o acompanharem naquela noite, precisando recorrer a todo tipo de chantagem e ameaça de azaração para impedi-los de segui-lo quando deixou o Salão Comunal ao final da tarde. Sabia muito bem que não seria perdoado tão cedo por causa disso, mas seria mais fácil lidar com a mágoa dos amigos do que com a raiva de si mesmo caso fizesse James, Sirius e Peter perderem o primeiro dia de festival, que já aconteceria logo no dia seguinte.
Com as vestes tomadas pela poeira, Remus avançou pelo breu da passagem até encontrar a velha porta de entrada para a Casa dos Gritos, a qual ele empurrou sem dificuldade para se lançar na sala empoeirada daquele casebre que ao longo dos anos tinha se tornado seu porto-seguro e sua prisão. A pouca luz que ainda incidia pelas janelas rapidamente ia se desfazendo em sombras, anunciando a chegada silenciosa da noite que vinha rastejando pelas paredes. Já sentindo o coração palpitando, Lupin tirou a jaqueta e a camisa sujas de terra e atirou-as para dentro de uma das cômodas, fechando a gaveta com violência em um estrondo que repercutiu em ecos assombrados pelos andares acima.
Remus soltou um grunhido insatisfeito. Odiava a acústica daquele lugar e agora percebia que havia passado tempo demais sem se lembrar daquele detalhe simplesmente porque havia se habituado a passar aqueles últimos momentos antes da transformação com uma boa dose de distração e até um certo bom-humor.
Posicionando-se no centro da sala, no mesmo ponto onde o tablado exibia uma coleção de arranhões, Remus flexionou os dedos das duas mãos repetidas vezes, tentando aliviar a tensão enquanto sentia a adrenalina vagarosamente envenenando seu sangue e dilatando suas pupilas. A essa altura já conseguia ouvir os próprios batimentos cardíacos, que rugiam agressivamente como tambores sob suas orelhas. 
C’mon, Remus, you can do this.
Podia fazer isso sozinho de novo, sabia que podia; só precisava se lembrar como. Sabia que não teria os amigos ao seu lado para sempre, sabia que o último ano estava voando a alta velocidade e sabia também que, como quase tudo na vida, aquela era uma sorte que estava fadado a perder. Eventualmente teria de se acostumar à mesma velha solidão da qual tinha sido resgatado pelos amigos, a mesma velha solidão que agora lhe rodeava naquela casa vazia como um fantasma. Era apenas questão de tempo; mais cedo ou mais tarde precisaria começar de algum ponto.
Mas o primeiro passo é sempre o mais difícil.
Respirando fundo, Remus fechou os olhos e esperou. Foi tentando se distrair pensando em coisas banais, conversas indistintas e tarefas desimportantes, mas não conseguiu deixar de notar o silêncio impositivo e foi pouco a pouco se sentindo cada vez mais dominado por aquele vazio, incapaz de se botar para prestar atenção em qualquer coisa senão no momento em que a lua cheia finalmente cruzaria a linha do horizonte.
Remus não tinha como enxergar o céu lá fora, mas algo dentro de si sempre sabia quando a hora chegava e dessa vez não foi diferente. Abrindo os olhos novamente, ele teve apenas alguns segundos para encarar o próprio reflexo no espelho estilhaçado antes de uma dor violenta e familiar lhe tomar todo o corpo como um relâmpago. Suando frio e curvando-se de agonia, levou as mãos aos olhos e um uivo dolorido lhe escapou pela garganta, um som que em nada se parecia com sua própria voz.
Era insuportável.
Apertando mais os dedos contra as órbitas, começou a implorar em silêncio para um deus em que não acreditava, tentando sumir na própria cegueira, desaparecer naquele mar de breu. Mas logo sentiu as pontas das unhas começarem a se afundar em seus olhos e precisou afastar as mãos do rosto, quase muito certo de que já não conseguia mais respirar.
Mesmo assim, antes de perder completamente a consciência, Remus achou que viu as silhuetas de um cervo, um cão e um roedor cruzarem correndo a porta que ele tinha se esquecido de trancar.
Mas então ele já não era mais humano e tudo ficou preto.
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sopalgbtqia · 2 years ago
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As placas tectônicas que seguram os palcos brasileiros ficaram mais calmas. O homem-terremoto se foi. Zé Celso Martinez, com sua liberdade de corpo e alma, de provocar os obtusos e os modernos, de chacoalhar os tabus em cima de um salto alto, com enormes gargalhadas, sai dos palcos e sobe para as luzes. Não mais essa pomba-gira em pele masculina estará fisicamente presente em seus espetáculos perturbadores. Arrasadores. Dos que tocam feridas e não assopram.
Zé tumultuou o tablado, corações e mentes, não com nudez gratuita, mas a que é natural dos seres desde o nascer. Não com sexo apelativo, mas com o que a gente sente e quer, ainda que fingindo desprezar para se encaixar nas cobranças de bom-mocismo.
Para ele, nada havia de errado ou estranho em escancarar o ânus para uma foto, assim como se trajar com roupas e acessórios tidos como femininos, ainda que não interpretasse uma personagem mulher.
Nunca quis ser espelho. Queria despedaçá-los.
Dele herdamos uma vida de coragem para ser e mostrar quem se é e o que se acredita. Ao Teatro Oficina resta levar adiante os abalos sísmicos e nos meter medo de nós.
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