#curioso perda curiosidade
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edsonjnovaes · 6 months ago
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Fernanda Torres
A atriz Fernanda Torres fala sobre o medo de perder o interesse pela vida. “Viver é muito complicado. Você tem que se manter interessado, vivo e curioso a respeito do mundo. A perda da curiosidade é o maior perigo.” Intercept Brasil – @TheInterceptBr. 03 jul 2024 Impossível não se tornar a Fernanda Torres no Brasil. Travesti que Habla – @odaradeverdade. 14 jun 2024 Fernanda Pinheiro Esteves…
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opapxichegou · 1 year ago
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Por Glinda e sua varinha mágica! Olha só se não é DECEMBER NORTH caminhando pelos corredores da torre DAS NUVENS. Por ser filho de NICOLAS SAINT NORTH, é previsto que ele deseje seguir caminhos parecidos com o do pai. Ao menos, é o que se espera de alguém com VINTE E OITO ANOS, mas primeiro ele precisará concluir o módulo ESQUADRÃO VIL I, para depois se assemelhar como um conto de fadas.
Novo conto: Fera Ferida - Bryce, o caçador.
goleiro dos Leões
pinterest - bio completa - conexões - jingle bells
resumo: December North é a personificação da alegria, possui uma personalidade calorosa e compassiva. Nasceu no País das Maravilhas e aos cinco anos foi adotado por North após encontrar sua fábrica e fazer uma grande bagunça por lá. Dee carrega a herança do espírito natalino e da generosidade, embora tenha enfrentado desafios após a perda da fábrica de seu pai para os vilões. Nunca se conformou com o fato dos vilões dominarem tudo, por isso, decidiu ir para Tremerra, mas acabou se perdendo um pouco depois de ficar abalado ao descobrir o conto ao qual estava destinado, no entanto, sua personalidade otimista e seu desejo de fazer a diferença o motivam a buscar maneiras de mudar o curso da história. O problema é que agora só lhe restam dois anos e o tempo está acabando. Nort está cada dia mais deprimido e fraco (de magia), algo que preocupa constantemente Dee. Os dois possuem um ateliê em Norvina onde consertam brinquedos e outras bugigangas. Dec adora fazer brinquedos e animá-los para dar de presente nos orfanatos nas noites de Natal, em segredo ele também tem o hábito de ir até Shadowland no mês de Dezembro levar presentes para as crianças boazinhas e pedir para quem continuem acreditando no Papai Noel.
curiosidades:
apelidos: Dec, Dee, Decie, Demy, Badalo e Happy;
ama coisas coloridas, costuma se vestir e usar acessórios coloridos, além de ser apaixonado por meias coloridas;
é uma pessoa incrivelmente calorosa apesar de ter nascido no inverno;
não gosta muito de frio mesmo o inverno sendo sua estação favorita, afinal é a época do natal;
cookie com leite, chocolate quente, sorvete e marshmallow são algumas de suas comidas preferidas;
adora criar brinquedos e outros objetos artesanalmente, também é ótimo com costura e gosta de fazer bichos de pelúcia para depois animá-los;
curioso e inteligente, December ama ler e sempre foi muito dedicado aos estudos;
possui uma paixão secreta por cantar e tocar violão, mas não é algo que faça em público;
animado que só, precisar gastar energia, o esporte se tornou uma ótima forma de extravasar;
ama dar presentes e fazer surpresas pra quem ele gosta;
é péssimo embrulhando presentes;
não é nada organizado, seu quarto vive bagunçado;
adora festejar e beber com os amigos;
é um ótimo cozinheiro;
sempre dorme abraçado com um travesseiro;
Daemons: O ovo que recebeu quando entrou para a academia lhe lembrava o Natal e isso bastou amá-lo profundamente, Dee cuidou do ovo de modo espetacular, com carinho e dedicação. Passava horas o ninando durante a noite, contava histórias, costurava roupinhas, dormia com ele ao seu lado. Já haviam se passado alguns meses e nada… até que na primeira noite de inverno eclodiu. O medo de que virasse pedra deu lugar a um encantamento ainda mais poderoso tamanha era a beleza da criatura. Seu nome não poderia ser outro: Jingle Bells.
Uma espetacular dragão fêmea de pura beleza e encanto. Sua coloração é verde claro com detalhes brancos que parecem neve, suas escamas são douradas e seu corpo é decorado com laços natalinos vermelhos. Suas asas são largas e brilhantes, lembram papel celofane transparente. A crista é dourada e os chifres elegantes também, mas eles se curvam graciosamente para trás. Os olhos são grandes e expressivos, brilhando com uma luz calorosa e gentil que reflete sua personalidade amável. Jingle é carinhosa e protetora, adora interagir com filhotes e está sempre perto de December quando pode.
Animação de objetos: December consegue dar vida a objetos inanimados (estátuas, tapetes, brinquedos em geral, peças e etc), animando-os a agir/se mover por conta própria. Os objetos animados funcionam sem que Dee os controle, porém, eles podem funcionar como extensões de sua vontade, nesse caso, só é possível controlar dez objetos pequenos por vez, cinco medianos e dois grandes. Controlar algo do tamanho de um prédio não é possível. Apesar de Dec possuir a habilidade de criar/construir/fazer brinquedos e objetos, isso não tem a ver com seu poder, ele não consegue realizar essas criações com magia, apenas animá-las.
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megethos-hq · 1 month ago
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Nome: Verena Zephyr Azzaro Data de nascimento: 20/06/1999 Pronomes: ela/dela Orientação sexual: Bissexual Etnia: Hispânica Naturalidade: Michigan, USA Semideus: Filha de Perséfone Faceclaim: imaaninoelle, digital influencer e modelo.
Ocupação: Florista na Fiori di Eos Moradia: Agathon Bluesky: zephyrmgt
Defeitos: Indiferença e imprevisibilidade. Qualidades: Lealdade e determinação.
História:
Na última noite da primavera de 1999, Verena despertou para o mundo dos vivos. Um ano depois, no jardim de seu pai, foi encontrada. Não demorou para que os olhos ambíguos e soturnos denunciassem quem havia deixado a pequena garotinha ali. Arthuro, seu pai, ainda atordoado pelo sumiço repentino da mulher que outrora arrebatou seus pensamentos e sentidos, se viu agraciado pelos deuses com tamanha dádiva.
Conforme a criança crescia, o que era visto como benção também revelava maldição. O inverno norte-americano para a família Azzaro passou a ter uma potência ainda mais gélida, severa e cruel. Seu poder ainda não era manifesto àquela altura, mas a energia que emanava dela parecia pronta para desestabilizar o mundo ao redor, como se o mal estivesse sempre a espreita. Não era segredo, tanto para o pai quanto para a madrasta, que Verena era diferente das outras crianças. Como evidência disso, o comportamento da menina era frequentemente constrastado ao do irmão dois anos mais novo, - fruto da união dos dois. Ainda que seu pai não fosse leigo aos poderes da filha, tampouco ao destino que a aguardava em Megethos, a curiosidade por sobre os possíveis benefícios de seu dom falou mais alto. Então, aos doze anos recém completos, a solução temporária encontrada por Arthuro, ao invés de manda-la para seu treinamento esperado, foi a de presentea-la com uma estufa, onde longe dos olhares curiosos, ela passou a cultivar não só as flores e plantas veneradas, mas também o segredo que fazia com que crescessem mais rápido do que qualquer outra espécie normal.
A tragédia que parecia sempre aguardada chegou três anos depois, quando em meio a uma briga calorosa, seu irmão destruiu suas flores favoritas. Verena mal teve tempo de sofrer pela perda, já que o estrondo dos vasos sendo destruídos não foi mais imediato e nem mais impactante do que o som do corpo gélido caído ao chão. Kairós não morreu naquele dia, mas seu corpo se tornou refém de um estado de inércia. Os médicos batizaram a síndrome rara como "cryonixia", mas nem mesmo os profissionais mais renomados foram capazes de reverter ou explicar seu estado; tudo que a medicina convencional sabia era que o sangue do rapaz foi contaminado por uma substância venenosa, incapaz de matar, mas suficientemente forte para paralisar quase todos os seus movimentos.
Culpada pelo estado do irmão, Verena traçou como objetivo de seus dias encontrar a cura para a paralisia. Mas o destino, viciado em brincar com os desejos humanos, parecia se divertir ainda mais destoando os anseios da semideusa; diferente do que esperava - e para a sorte do ganacioso Arthuro - os experimentos e testes resultaram milagrosamente em soluções temporárias para outras doenças, ainda que nada parecesse concreto sobre o irmão. Para Arthuro, o conforto do dinheiro adquirido com a venda dos medicamentos representou um fim e um começo: a dívida de sua filha com a família estaria paga, contanto que o sobrenome Azzaro continuasse se tornando conhecido, agora no campo da medicina holística. Aos poucos, os clientes fiéis se espalharam pelo norte da América. Carentes não só dos benefícios adquiridos pelos medicamentos, mas também dependentes dos silenciosos efeitos colaterais do vício que os impedia de largá-los. O caos que se espalhava pelo mundo tornou-se desconhecido pela filha de Perséfone, que enfim em Megethos, isolou-se na busca para corrigir seu erro. Mal sabendo que os efeitos do trabalho clandestino por trás do disfarce como florista representavam mais morte ao mundo do que a "maldição" venenosa se alastrando lentamente por suas entranhas
Poderes: Flores da Morte: Pode invocar flores e plantas venenosas para atacar ou envenenar inimigos. O poder é limitado em ambientes sem solo fértil e exige concentração constante para evitar que as plantas escapem do controle, podendo causar exaustão.
Reino Subterrâneo: É capaz de invocar sombras ou almas perdidas para confundir ou atacar seus inimigos. Esse poder consome muita energia e só pode ser utilizado por curtos períodos, antes que o usuário sinta grande exaustão. Além disso, o controle pode ser perdido para indivíduos de linhagem sombria mais forte, especialmente filhos de Tânatos e Hades.
Renascimento Floral: É capaz de acelerar o crescimento de plantas, fazendo-as florescer instantaneamente, seja para curá-las ou usá-las como defesa. O poder depende de ambiente adequado e é menos eficaz em locais urbanos ou sem contato com a natureza.
Absorção de Veneno: A prole de Koré é capaz de absorver toxinas de flores, plantas e ervas, convertendo-as em benefício para seu próprio corpo, podendo curar ferimentos. A absorção exagerada das toxinas causa dependência, tornando-se letal para o usuário e as fontes de vida que o cercam.
Perfume: É capaz de projetar venenos absorvidos em uma fragrância pelo ar para atacar seus inimigos ou criar escudos de defesa. O poder só tem projeção significativa em proximidade com a(s) fonte(s) de veneno.
Visão Tenebrosa: Descendente de Perséfone, rainha do Submundo, herda a capacidade de enxergar claramente em ambientes sombrios e obscuros. A habilidade pode ser afetada por magias ou poderes que manipulam a percepção, não concede visão telescópica e exige concentração.
Putrefação: Como prole de uma deusa que representa tanto a vida quanto a morte, as emoções do semideus - positivas ou negativas - influenciam o ambiente, tornando sua energia mais sombria ou vital, diminuindo ou elevando as fontes de vida. O poder atinge diretamente a vegetação, não contempla longos perímetros e não afeta significativamente humanos. Para tal, a demanda de energia é intensa.
Potência Obscura: No cair da noite ou em regiões escuras, os filhos de Perséfone têm aumento considerável em seus poderes, podendo se camuflar nas sombras com tanta facilidade que não podem ser delatados por olhos normais. A fragilidade do poder está justamente na restrição aos ambientes obscuros e à noite.
Portais Sombrios: Graças à ligação de sua mãe com o submundo, a prole de Perséfone pode transitar rapidamente entre locais próximos, utilizando as sombras como um véu entre dimensões. Pela dificuldade em manter o portal estável, o poder possui limitações de distância e localização, exigindo demasiado esforço físico para que o usuário não se perca.
Mediunidade: É capaz de se comunicar com espíritos do submundo, transmitindo e recebendo mensagens e orientações. No entanto, o poder não é tão eficaz quanto aos filhos de Hades e torna o usuário vulnerável às sombras e às intenções dos espíritos. A energia vital de quem o utiliza é a fonte condutora para a habilidade, podendo levar facilmente à exaustão.
Necromancia: É capaz de exercer controle parcial sobre os espíritos dos mortos, acessando conhecimentos, memórias e energias do além-túmulo. Para que seu uso seja eficaz, o poder demanda que o usuário esteja em contato com solo sagrado - ainda que indiretamente, como em construções sobre esses solos.
Desmaterialização: Permite ao usuário dissolver sua forma física, tornando-se intangível e capaz de passar por objetos sólidos, evitando ataques físicos e armas. A habilidade demanda concentração e controle mental, tornando o usuário vulnerável a ataques mágicos ou energéticos. O poder demanda cargas intensas de energia o que diminui gradativamente seu tempo de uso.
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eduardoealiteratura · 3 months ago
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Resenha do livro coraline
Resenha de "Coraline"
Coraline, é uma historia sombria e ao mesmo tempo curiosa pois a ,cada capitulo nosso ficamos mais curiosos para ver o final que aborda temas como coragem, curiosidade e identidade. Coraline se mudou para uma nova casa com seus pais, descobre uma porta secreta que a leva a um universo paralelo quando anoite. Neste mundo alternativo, tudo parece inicialmente perfeito, inclusive seus "outros pais", que são versões melhores dos seus pais reais. No entanto, o que começa como uma aventura mágica logo se transforma em um pesadelo
A "outra mãe", figura central e vilanesca, é uma entidade que tenta aprisionar Coraline nesse mundo paralelo, oferecendo a ela uma vida de falsas promessas e tentando costurar botões nos seus olhos, um símbolo de controle e perda de identidade. Coraline, no entanto, mostra uma coragem impressionante ao enfrentar seus medos e lutar para voltar para sua verdadeira casa e salvar seus pais, que também foram capturados conseguindo se salvar, pais e as crianças que então na dimensão paralela
A narrativa de Gaiman é envolvente e visualment rica, com descrições vívidas que transportam o leitor para um ambiente sinistro e misterioso. O livro equilibra habilmente o macabro com momentos de ternura, e Coraline é uma protagonista forte, que ensina ao público, especialmente aos jovens leitores, a importância de confiar em si mesmo e enfrentar seus medos.
Coraline explora temas profundos como o valor da família, a insatisfação com a realidade e o perigo das aparências enganosas. O estilo de escrita de Gaiman é direto, mas cheio de nuances, criando uma atmosfera de tensão crescente que culmina em um final satisfatório e reflexiv.
A história foi adaptada para o cinema em uma animação igualmente elogiada, dirigida por Henry Selick, que reforçou a estética sombria e mágica do livro.
Eu gostei bastante pois cada capitulo da vontade de ler mais, por causa do misterio , a fantasia que o autor da para a historia e tambem porque a historia em si é muito boa
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teste539 · 4 months ago
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Na pequena cidade de São Pedro do Sertão, o vento soprava quente, levantando a poeira vermelha das estradas. No alto da colina, uma casa velha observava o movimento na estrada principal, onde raramente passavam carros. Mas naquela tarde, uma figura solitária caminhava lentamente, carregando uma mochila que parecia pesar mais do que deveria.Era Ali, um jovem de olhos tristes, que havia deixado para trás sua terra natal em busca de paz. Vindo de um país devastado pela guerra, Ali agora atravessava fronteiras com a esperança de recomeçar. Cada passo seu ressoava na estrada e no coração de quem, mesmo sem conhecê-lo, sentia sua dor.A cidade, pequena e desconfiada, logo notou o "estrangeiro". "Quem seria?", "De onde veio?", "O que quer aqui?". Perguntas rodopiavam nas mentes dos moradores, impulsionadas tanto pela curiosidade quanto pelo receio. No entanto, aos poucos, a presença de Ali foi se tornando familiar.Ele se aproximou do senhor Joaquim, dono da única padaria, e pediu um pouco de água. Joaquim, de coração generoso, ofereceu-lhe água e pão. E foi ali, entre um gole e uma mordida, que as primeiras palavras foram trocadas.Ali não falava português com fluência, mas seu esforço era suficiente para contar sua história. Joaquim escutou, entendendo que por trás daquele jovem havia uma história de perda e dor, mas também de imensa coragem. Ali não era apenas um refugiado, mas um sobrevivente.Com o tempo, a cidade começou a acolher Ali. Dona Margarida ofereceu-lhe trabalho em sua roça, e o pequeno João, curioso, ensinava-lhe novas palavras enquanto aprendia algumas em árabe. A cidade, antes monótona, agora tinha uma nova história para contar: a de como um estrangeiro trouxe consigo uma nova forma de ver o mundo.Ali encontrou mais do que um lugar para viver; encontrou uma nova família. E a cidade encontrou nele uma oportunidade de praticar a empatia. Entre fronteiras e esperanças, todos somos viajantes em busca de um lugar onde possamos viver em paz.
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abbcdon · 3 months ago
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Sua bebida permanecia intocada sobre o balcão e refletia as luzes fracas do local. Tinha as mãos apoiadas próximas ao copo, e suas unhas arranhavam a madeira com desinteresse. Os murmúrios que fugiam de seus lábios eram trivialidades que trocava com o bar tender, sem notar que ele trocava palavras com a mulher ao seu lado. Apenas quando seu tom cortante interrompeu o que dizia, arqueou uma sobrancelha escura em sua direção. Não havia nada mais deselegante e castigável que rudeza. 
“Longe de mim associar você ao caos, seria injusto…”, os lábios curvaram num gesto que ensaiara tantas vezes, perfeitamente educado, mas que jamais concordava com o brilho de seus olhos.  “E definitivamente uma perda de tempo para nós dois”. Seu corpo inclinou-se levemente na direção dela, desperto em irritação e curiosidade.
“Mas me pergunto…” Seus dedos, ainda descansando no balcão, deslizaram quase imperceptivelmente em sua direção. “Que tipo de vida uma agente do caos deve ter vivido para fazer disso seu trabalho?”. As palavras eram carregadas de desdém, mas pouco escondiam o monstro que rastejava em suas veias — curioso, faminto, à espreita. “Imagino que seja uma criatura… peculiar.”
open starter! | local::: Bar Flor do Caribe
Celine, com seu copo de whisky deslizando pelo balcão parecia indiferente aos questionamentos da pessoa ao seu lado. A noite de sexta-feira estava se desenrolando de maneira entediante, e ela não estava disposta a lidar com problemas que talvez nem estivessem ligados a ela. ❛ Eu pareço estar trabalhando agora? ❜ Com um tom que misturava ironia e desdém, ela perguntou. ❛ Só porque as coisas estão dando errado, não quer dizer que tenha dedo meu nisso. Pode ser a vida te dando uma lição. ❜ Lançou em um tom sarcástico e dessa vez sorriu, desviando o olhar para a pessoa sentada ao seu lado.
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opsben · 3 years ago
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Preencha o juramento antes de continuar: em nome da Excalibur, [ JONATHAN SIRIUS BENJAMIN HAWKINS] em seus [24] anos, jura seguir o legado de [JIM HAWKINS] durante a sua estadia na Academia dos Legados. Com a sabedoria concedida a ele, deve se manter caminho da luz enquanto conclui o [MÓDULO I]. Com a bondade tocada em seu coração, recebe [LEALDADE] e não se permite ser corrompido por [AGRESSIVIDADE]. Por último, é deixado um corte na mão de [LOGAN LERMAN] como prova de seu comprometimento com a luz.
SOBRE:
Jonathan pouco sabe de sua origem. A verdade é que sabe o que lhe contaram, e ele sequer pode comprovar se é um fato ou apenas o que inventaram para que ele parasse com tantas perguntas. Curioso, o menino queria entender tudo sobre sua vida, mas nunca tinha as respostas que queria. Até descobrir, através de uma única alma bondosa naquele orfanato, que seu segundo nome fora-lhe dado em homenagem ao colar que carregava consigo quando foi deixado no local. Um cordão prateado, com um pingente redondo que, ao abrir, era possível ver a constelação de Sirius. O primeiro nome, entretanto, ela não soube responder, mas só um pequeno curioso fato de si mesmo o encheu de alegria, como se ele se sentisse um pouco mais perto de descobrir suas origens.
Sua curiosidade era incentivada pela outra moradora do Orfanato, a qual ele adotou como uma irmã. Nesrin era questionadora como ele, aguçava a ousadia e coragem do rapaz, levando os dois para aventuras que iam além dos muros do lugar sem cor ou brilho onde moravam. Era a única pessoa a quem ele jurou lealdade, e os dois eram unidos até mesmo em suas mentiras. Rapidamente se tornaram mestres em caminhar pelas sombras, sorrateiros escapando durante a noite para desbravar pelo Castigo, locais onde eles não poderiam - e nem deveriam - estar. Presenciavam cenas que nenhuma criança da idade em que estavam poderiam ver, mas lá estavam eles, atentos a tudo de novo que tinha para se conhecer.
Dizem que a curiosidade matou o gato, nessa história, ela quase os matou, realmente. O dia em que os dois arriscaram entrar em um laboratório secreto, sem saber, e acabaram desencadeando uma série de eventos que viria a transformar a vida deles por completo. Jonathan mal se lembra daquela noite, e provavelmente não apenas porque Jim Hawkins decidiu lhe apagar as memórias por conveniência, mas porque o evento tão traumático o fez não ter lembranças daqueles minutos de terror enquanto o fogo consumia os corpos dele e da irmã caçula.
Agora ele se chama Benjamin, um típico morador de Arthurian: gentil, educado, elegante, inteligente. Quase um príncipe. Ainda contava com o fato de ser tão bonito, os olhos tão azuis quanto o oceano mais bonito, o sorriso de dentes perfeitamente brancos e alinhados, o tom cavalheiresco da voz. Tudo aquilo era o que sua memória lhe dizia, e ele optou por acreditar. Ele quis acreditar. Não iria contra o homem que salvou sua vida, ainda que algumas recordações parecessem tão falsas, frias, como se ele tivesse assistido a cena em primeira pessoa, mas não era ele que estava ali. Não era o seu coração que estava no momento. Mas, ele devia a vida a Jim Hawkins, agora seu pai adotivo, e a vida que tinha era tão confortável, que ele não via motivos para duvidar. Por que ele insistiria em algo que poderia resultar na perda daquela vida boa?
Benjamin esforça-se para ser o que dizem que ele é, o que suas lembranças implantadas dizem que ele viveu. Mas vez ou outra o seu cérebro, que ainda é totalmente seu, o sabota - ou o ajuda? - e lhe faz agir diferente. Como se houvessem dois dentro dele. Como se houvesse uma outra personalidade gritando para sair, para escapar, para se libertar. Benjamin adquiriu algo que suas memórias não lhe acusavam de já ter tido antes: o amor pela astronomia. Adorava ficar horas observando as estrelas, quase como se procurasse alguma coisa. Talvez uma certa constelação, que um dia já lhe deu um nome, que pudesse lhe fazer ter a sensação que mais nenhum lugar conseguia: estava em seu lar. Quem sabe, no dia que seus olhos a vissem, ele conseguiria se lembrar de quem é, e aquela sensação de estar vivendo uma mentira fosse embora. Enquanto isso não acontecia, ele vivia o seu papel perfeitamente, como o filho de Jim Hawkins que teve uma segunda chance de viver. Ah, como ele iria aproveitar aquilo! Mesmo que o pai adotivo não gostasse muito de suas escolhas.
SOBRE A PARTE CIBORGUE:
O braço perdido no acidente foi substituído por um mecânico que lhe dá algumas habilidades. O principal é a força sobre-humana, mas a partir de um comando de voz que responde apenas ao próprio Ben, ele gera um campo de força para proteção do próprio e mais pessoas. As limitações, apesar de deixá-lo frustrado, se mostram úteis para quem pouco sabe controlar o novo membro. A força sobre-humana pode lhe causar problemas ao precisar fazer serviços simples que precisem de delicadeza - por exemplo, ao segurar com firmeza um pote de vidro, ele se quebra -, e por sorte tem o outro braço, ao mesmo tempo que, em uma luta, pode lhe prejudicar ser tão forte de um lado e expressamente mais fraco do outro. O campo de força, apesar de útil, não é totalmente impenetrável, mas protege de fogo e armas de fogo, também não expande o suficiente para proteger mais do que duas pessoas, ou seja, apenas cobre ele mesmo e mais alguém. Jim prometeu lhe expandir os poderes do braço mecânico, assim que ele controlar os que já possui.
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shinymoonbird · 2 years ago
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🕉️ 🔱  Om Namo Bhagavate Sri Arunachala Ramanaya   🔱 🕉️
A Importância Suprema da Auto-Atenção, por Sri Sadhu Om, conforme registado por Michael James
Parte Um - O Caminho da Montanha: Abril-Junho de 2012 - Excerto
Anotação de 10 de Dezembro de 1977 (continuação)
Sadhu Om: As pessoas querem deixar algo para o mundo quando morrem, mas quando o corpo morre, esse mundo, que é nossa projeção, deixa de existir. Se nos importamos com o mundo, não compreendemos Bhagavan corretamente.
Na tradução para Inglês de Who Am I? em Words of Grace diz-se que o mundo aparece ou é percebido “como uma aparente realidade objetiva” (que é um termo que Bhagavan não usou no original em Tâmil). O que significa “realidade objetiva”? Os objetos têm o mesmo grau de realidade que o sujeito, mas ambos são irreais. A realidade não é objetiva nem subjetiva.
Até mesmo Krishna fala do buscador sincero seguindo o caminho para desfrutar dos mundos celestiais e depois retornando para fazer sadhana neste mundo, como se todos esses mundos existissem na nossa ausência.
Bhagavan disse que o ser não apenas não conhece outras coisas, mas também não conhece a si mesmo. Conhecer é parte de uma díade (conhecer ou não conhecer) e uma tríade (conhecedor, conhecer e o que é conhecido), mas o ser é apenas ser e, portanto, desprovido de todas as formas de fazer, incluindo o conhecer. Ser é conhecer, mas não no sentido comum desta palavra, que se refere a uma ação. Portanto, quando Bhagavan disse que o ser nem mesmo conhece a si mesmo, ele quis dizer que a sua auto-consciência não é uma ação, mas o seu estado natural de apenas ser. Ele não quis dizer que ele não conhece ‘eu sou’, mas sim que é desprovido de conhecimento como comumente o concebemos.
Este mundo nada mais é do que uma projeção das nossas próprias vāsanas (predisposições), então qualquer um que reage a ele com sentimentos como curiosidade, desejo, raiva, medo ou ódio é como uma criança pequena ou um macaco quando se confronta pela primeira vez com o seu próprio reflexo num espelho. A princípio é curioso, depois fica com raiva, depois dá um soco e, finalmente, corre de volta para a mãe com medo.
Se desejamos algo de Deus ou guru, não temos deva-bhakti ou guru-bhakti [verdadeiro amor por Deus ou guru], mas apenas visaya-bhakti [amor por objetos ou experiências objetivas]. Somente quando nada desejamos estamos qualificados para o terceiro ou quarto estágio [na ‘escola de bhakti’ descrita em The Path of Sri Ramana - O Caminho de Sri Ramana].
Claro, quando eles vêm até ao guru pela primeira vez, mesmo aspirantes sinceros desejam moksa, paz ou qualquer outra coisa que lhe chamem. Mumuksutva (desejo de libertação) é necessário para o quarto estágio [guru-bhakti], mas o que o guru faz o aspirante compreender é que moksa [libertação] não é ganhar nada, mas sim perder tudo. Aprender isto é o propósito do quarto estágio, e quando tiver sido aprendido completamente estaremos no quinto estágio [puro svatma-bhakti ou amor pelo ser, que é o estado de moksa].
Muitos como Muruganar e Natananandar vieram até Bhagavan apenas para obterem moksa e oraram em conformidade. As suas orações purificaram as suas mentes e lhes deram o discernimento para compreender que a perda completa da individualidade é o único moksa verdadeiro.
Bhagavan ensinou-nos como orar: no versículo 30 de Aksaramanamalai ele cantou: 
‘Destruindo minha grandeza [mundana] e me deixando nu [no estado de nirvana], me dê a grandeza de [vossa] graça’.
Ele disse que mesmo a rendição (como geralmente é entendida) não é verdadeira deva-bhakti, porque tudo já é de Deus, então só podemos devolver o que nunca foi nosso, como ele nos ensinou no versículo 486 do Guru Vacaka Kovai: 
'[Imaginando o nosso ser como estando separado de Deus] a nossa oferta amorosa desse ser a Deus, que existe como [o nosso real] ser claramente experimentado, é como quebrar [um pedaço de] um doce de açúcar [ídolo de] Ganapati e oferecê-lo de volta em adoração] àquele Ganpati'. 
A verdadeira deva-bhakti não é, logo à partida, elevar-se como um ser separado, nem mesmo entregar esse ser a Deus.
No versículo 29 de Upadesa Undiyar ele cantou: 
'Permanecer neste estado [de auto-conhecimento, conhecimento do ser], [que é] o caminho para experimentar a suprema bem-aventurança desprovida de [qualquer pensamento de] escravidão ou liberação, é permanecer no serviço de Deus'.
Permanecendo assim, sem surgir como um “eu” separado, estamos a poupar a Deus o trabalho de ter que nos salvar da nossa própria ignorância auto-criada. Este é o melhor serviço que podemos fazer por ele e, portanto, é a única deva-bhakti real.
🕉️ 🔱 🕉️
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gcn-seojun · 3 years ago
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[...]
I kept my mind on the moon. Cold moon, long nights moon.
From the landscape: a sense of scale.
From the dead: a sense of scale.
I turned my back on the story. A sense of superiority.
Everything casts a shadow.
[...]
Detail of the Woods, Richard Siken.
31/08/2021
O som, mais contumaz dentro da própria cabeça do que do lado de fora da casa, era persistente e representava bem o cenário do lado de fora: uma tempestade. Mais uma. Mais incessante, forte, barulhenta e cruel.
“Nunca acontece só do lado de fora, parece que consome tudo, tudo mesmo, e é por isso que eu nunca gostei. Então não sai de casa, é perigoso, e toma cuidado, promete?”
Na ligação feita horas antes, Seojun explicou sobre a previsão do tempo para irmã e recebeu uma explicação do porquê do desespero dela frente a chuvas fortes – além de ter ganhado uma lista de afazeres:
“...não saia de casa, avise quando acabar, arrume o que fazer enquanto não passa, se proteja e tome cuidado.”
A lista de afazeres havia sido ignorada em partes. Bom, pouco importava, pois circunstâncias ditam o presente e é preciso viver através dessas. A promessa, entretanto, ainda estava sendo mantida – também em partes.
O homem estava se cuidando. A chaleira esquentava a água para o chá há alguns minutos, o banho quente era possível com o recente conserto do chuveiro. Tudo que Seojun precisava fazer era esquecer o barulho da chuva.
Há quinze minutos encarando o reflexo no espelho, o homem chegou a se perguntar se era possível. Se realmente conseguia esquecer o som da chuva, se realmente era capaz de deixar o barulho apenas do lado de fora da casa, onde não o deixava passível de ser consumido por um simples som.
Seojun se perguntava se realmente gostaria de esquecer o som e deixar a sua mente livre para lidar com os acontecimentos de quarenta minutos atrás.
Por uma bênção do destino, ou pura sorte, Seojun não teve uma má experiência quando, ao esquecer de perguntar sobre os vizinhos antes da mudança, acabou conhecendo o chefe da família no primeiro dia na cidade nova. O sr. Ogata odeia trivialidades, coleciona canecas e, como mostrou ao conhecer o novo morador, tende para ser mais prestativo e curioso do que o considerado normal. Mais tarde, Seojun conseguiu aprender que a curiosidade fazia parte de todos os moradores, variando na intensidade, mas a diligência nem tanto. Por isso se sentiu com sorte, não somente ao conhecer o sr. Ogata, mas também ao entender que toda aquela ajuda ao próximo deveria ser uma característica hereditária; a esposa do homem sempre parecia disposta a pedir para a filha do casal levar frutas para o vizinho novo, o pai nunca dispensava uma conversa, o filho mais novo era quieto, porém sempre prestativo.
Como dizer não quando a chuva não para? Quando o pai de uma criança pede ajuda? Seojun pensou na irmã assim que encostou nas chaves da moto: não saia de casa. Não sair de casa e tomar cuidado. Mas e se fosse você, irmã? E se fosse você nessa chuva? Enfrentando a realidade e indo contra o real dever de autoproteção, Seojun percorreu as ruas já conhecidas em uma velocidade baixíssima – e, quando nem isso bastou para evitar a perda de controle da moto, o homem decidiu por deixar o automóvel no estacionamento de um café qualquer, permanecendo no trajeto a pé.
O deserto da estrada fez com que a figura pequena no meio fio chamasse o dobro da atenção. Seojun não precisou de muito para gritar o nome da garota e ser ouvido acima do único som presente no local: o da chuva. Doía os ouvidos, a frieza das gotas castigava a pele e impedia qualquer sentido de funcionar em sua plenitude. Perto o suficiente, o homem esticou a mão para Utahime e, em troca, recebeu um levantar de cabeça e um sorriso, seguido da frase:
— Eu sabia que você me acharia.
Culpou o tom de voz quase inaudível ao barulho da chuva. Culpou a palidez da garota ao tempo debaixo da chuva. Culpou a mão gelada e o arrepio que percorreu as costas à chuva. A chuva. Precisava ser a chuva. Toda aquela tempestade, toda a preocupação e toda a procura eram motivos suficientes para Seojun se sentir esgotado, como se estivesse invadindo um lugar onde não deveria estar e seu corpo, seu ser e sua alma estivessem sendo expelidos.
O cansaço não o impediu de oferecer os braços para a criança. Explicou que a levaria para casa, e que ela poderia subir em suas costas se quisesse. Novamente, Utahime sorriu, chegou a negar com a cabeça antes de dizer:
— Não, eu preciso caminhar sozinha, você só é meu guia temporário.
Seojun tentou não estranhar as escolhas das palavras. Tentou manter o foco em levar a garota para casa e não perder a força com a qual segurava a mão pequena. Durante o caminho, Utahime parecia apontar para alguma coisa na rua, mas acabava por desistir de explicar. Era difícil enxergar com toda a chuva, era difícil andar; Seojun chegou a tropeçar algumas vezes, mas sempre acabava por levantar sem qualquer reclamação verbal. Sua pressa era tanta que por um momento perguntou se estava fugindo de algo, e se esse algo era passível de fuga. O sentimento de estar encurralado não deixava o âmago.
A culpa do borrão das memórias também caiu sobre a chuva. A própria lembrança não era confiável. Sentiu o aperto na mão e deixou a garota na porta de casa ou ajoelhou para que ela pudesse falar algo? Insistiu para esperar os pais chegarem na porta ou apenas correu para dentro de casa após gritar – totalmente em vão – pelos Ogata? Realmente se despediu de Utahime? Ouviu a garota dizer que estava tudo bem ou foi ele próprio que pronunciou as palavras, tentando confortar a pequena que parecia muito mais calma e despreocupada?
Seojun não lembra. A memória mais confiável é da porta fechando atrás de si, do arrepio deixando o corpo junto da sensação de sufoco, da mão formigando e do queixo batendo graças ao frio.
O joelho doía, mas assim que chegou teve de colocar a chaleira no fogo, indo ao banheiro em seguida para se enfiar debaixo de um banho quente. Os planos foram esquecidos quando a imagem no espelho o paralisou – e, depois de encarar a palidez da própria face, todo seu foco permaneceu no barulho da chuva.
Seu estado o lembrou da palidez do rosto de Utahime e assim começou o loop de questionar a si mesmo se havia visto a garota entrar dentro de casa. Ora, para onde ela seria capaz de ir no meio dessa tempestade? Aparentemente ainda conseguia escutar a fraca voz da razão, mas nem mesmo a voz conhecida conseguia puxar a racionalidade para que ele chegasse a confiar nas memórias deturpadas pelo frio.
Um trovão – definitivamente com origem do lado de fora e não produzido pela própria cabeça – o despertou do transe.
Seojun piscou algumas vezes, evitando voltar o olhar para o próprio reflexo e encarando a pia. Se conseguia ouvir a leve goteira logo a frente, bastou alguns segundos para ouvir a chaleira em seu fino som, pedindo por socorro. A dor no joelho saiu de fraca para notável assim que ele correu até a cozinha. Com o fogão desligado e a chaleira em silêncio, o homem precisou respirar fundo antes de fazer um mapa mental dos próximos passos. A contagem regressiva de 100 até 0 – uma técnica ensinada por sua mãe há anos – o ajudou a manter o foco e, finalmente, fazer o que a irmã pediu através do telefone.
Estava se protegendo e tomando cuidado. Estava seguro. Iria avisar assim que passasse. Pretendia avisar, teve essa intenção ao pegar o celular na manhã seguinte e ir direto para o aplicativo de ligação. O contato já estava selecionado quando uma notificação ocupou a parte superior da tela. Notícias sobre as chuvas. Notícias sobre as tragédias, sobre as perdas e as pessoas desaparecidas. Uma lista grande demais. Uma lista na qual o nome Utahime Ogata ocupava um espaço, mesmo quando a garota havia sido achada ontem. Havia sido entregue ontem, na porta de casa, onde estava segura e sem perigo de aparecer como uma notícia no jornal de manhã. Então por que Seojun estava lendo aquele nome? Por que Utahime estava naquela lista? Por que ele não conseguia lembrar de nada além do quão fria estava a pele da criança e do quão sem vida seus olhos se enchiam, misturados com as gotas da chuva?
Por que o barulho da chuva parecia tão reconfortante, principalmente agora que a pior tempestade estava dentro da própria cabeça?
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abbcdon · 25 days ago
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"Se você fosse eu, diria que qualquer coisa maior que um deslize por dia seria impossível..." Abaddon sorri, um gesto raro, desprovido de malícia ou intenções ocultas — mas ainda assim seus olhos percorrem a figura à sua frente. Curiosos, há necessidade em saber poderia tê-lo levado até aquele estado. A ausência de ferimentos graves ou lágrimas visíveis nele elimina metade de suas suspeitas, mas não diminue sua curiosidade.
"Como não somos a mesma pessoa..." Inclina ligeiramente a cabeça para observá-lo melhor. "...E como acredito que você definitivamente não está buscando minha opinião sincera, seria inútil tentar responder. Uma perda de tempo para nós dois." Ainda assim, sua curiosidade não permite o assunto morrer ali. "Mas, se quiser me listar as tragédias do seu dia... Talvez eu possa ajudar".
estava pouco preocupado. o ocorrido no baile das sombras havia não apenas sido um total espanto, como uma afronta direta a ordem local. ainda assim, gregor pouco estava preocupado. a realidade era que para ele pouco importava se arcanum sucumbiria em caos ou triunfaria em glória. se importava com duas coisas muito verdadeiramente: aprender e ter o que queria. e no dia de hoje havia sido frustrado em ambos. a nova tentativa de se comunicar com pearl havia sido frustrada, o levando a quebrar alguns objetos num surto de raiva. as pesquisas no campo sintético estavam estagnadas, inclusive porque agora, com a chegada de lúcifer, alguns pareciam mais interessados em vigiar o seguimento da vida do que construi-la. e, mesmo seu passeio a biblioteca dos ossos em busca de um livro de magia havia sido inútil. - quantas… eu pergunto, quantas malditas coisas podem dar errado em um único dia?
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frodowisesz · 3 years ago
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𝕱𝖗𝖔𝖉𝖔 𝕭𝖆𝖌𝖌𝖎𝖓𝖘.
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୭̥⋆*。 "𝓥𝓸𝓾 𝓵𝓮𝓿𝓪𝓻 𝓸 𝓪𝓷𝓮𝓵, 𝓮𝓶𝓫𝓸𝓻𝓪 𝓷𝓪̃𝓸 𝓼𝓪𝓲𝓫𝓪 𝓸 𝓬𝓪𝓶𝓲𝓷𝓱𝓸."
𝕹𝖔𝖒𝖊:   ⊹ Frodo Baggins  𝕯𝖆𝖙𝖆 𝖉𝖊 𝖓𝖆𝖘𝖈𝖎𝖒𝖊𝖓𝖙𝖔:   ⊹ 22 de setembro.  𝕴𝖉𝖆𝖉𝖊:   ⊹ 52 anos.  𝕬𝖑𝖙𝖚𝖗𝖆:   ⊹ 1,08 cm.  𝕽𝖆𝖈̧𝖆:   ⊹ Hobbit.  𝕮𝖔𝖗 𝖉𝖔 𝖈𝖆𝖇𝖊𝖑𝖔:   ⊹ Castanho.  𝕮𝖔𝖗 𝖉𝖔𝖘 𝖔𝖑𝖍𝖔𝖘:   ⊹ Azuis.  𝕬𝖗𝖒𝖆𝖘:   ⊹ Sting e Barrow-blades. ⁽ᶠᵉʳʳᵒᵃᵈᵃ ᵉ ˡᵃ̂ᵐᶤᶰᵃˢ ᵈᵉ ᴮᵃʳʳᵒʷ⁾
✦ . Grande parte da juventude de Frodo foi passada em Brandy Hall, em Buckland. Frodo era conhecido como um patife, junto com seus primos Meriadoc Brandybuck (Merry) e Peregrin Took (Pippin), causando problemas aonde quer que fossem. Eles costumavam roubar cogumelos da fazenda Bamfurlong do fazendeiro Maggot. ₪ . Quando Frodo tinha apenas 12 anos, seus pais se afogaram em um acidente de barco no rio Brandywine. Filho único, Frodo ficou em Brandy Hall até que seu tio Bilbo, de 99 anos, o adotou com 21 anos. Bilbo levou Frodo para morar com ele em sua casa, em Bag End, e fez dele seu herdeiro. ₪ . Os dois cresceram muito próximos nos anos seguintes. Frodo aprendeu muito da língua élfica durante seu tempo com Bilbo, bem como grande parte do conhecimento da Terra-média. Antes de Bilbo partir para sua jornada para Rivendell, Bilbo teve uma longa conversa com Gandalf, que finalmente o convenceu a entregar voluntariamente o anel. Bilbo o deixou no manto da lareira com um bilhete para Frodo, que agora se tornaria o próximo portador do anel. 
✦ . Após a limpeza do Condado e o fim da Guerra do Anel, Frodo serviu como vice-prefeito do Condado, mas logo percebeu que ainda sofria os ferimentos de sua missão, então deixou o escritório. Ele também sente dores contínuas devido à ferida no ombro, que o machuca a cada aniversário de sua estadia em Weathertop. Ele também, em cada aniversário de ser picado por Shelob, adoece.   »»————- ⚝ ————-««    ₪ . ⋆ 𝑷𝒆𝒓𝒔𝒐𝒏𝒂𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆:     — Vulnerável, limitado, imprevisível e curioso. Frodo, como descrito por Gandalf, era "Mais alto que alguns e mais justo que a maioria, sujeito alegre com olhos brilhantes". Ele é um hobbit jovem e tímido, com cabelos castanhos grossos e encaracolados, como a maioria dos outros hobbits. Tem uma pele mais clara do que o habitual devido à sua ascendência Fallohide através de sua mãe Brandybuck. Aparenta ainda ter trinta e três anos, mesmo quando ele tem cinquenta, devido a influência do Anel. Frodo, assim como Bilbo, foi considerado por muitos outros em Hobbiton como um pouco estranho. Sua curiosidade pelo mundo exterior, o fascínio por elfos e lugares distantes não se encaixavam na personalidade geral da maioria dos hobbits. ⋆ Ele é muito gentil e compassivo. Por conta disso, com pena de Gollum permitiu que ele o guiasse junto com Sam até Mordor, apesar da desconfiança de Sam sobre a criatura. Esse ato de bondade provou ser um dos fatores no sucesso da missão em destruir o Anel, ao mesmo tempo em que fora também a causa da perda de parte de seu dedo indicador esquerdo, uma vez que Gollum o arrancou. A influência do Anel e a ferida pela Morgul-Blade parecem ter lhe dado a capacidade de ver o mundo espiritual, por exemplo, ele vê eventos distantes em seus sonhos em várias ocasiões. Ele também pode ver o anel de poder usado por Galadriel e ele parece ser capaz de sentir o perigo.   »»————- ⚝ ————-««    ₪ . ⋆ 𝑨𝒓𝒎𝒂𝒔:      ⊹ . 𝕾𝖙𝖎𝖓𝖌 (𝕱𝖊𝖗𝖗𝖔𝖆𝖉𝖆): Sting era uma espada curta élfica feita em Gondolin durante a primeira era. Bilbo Baggins descobriu Sting em um tesouro de trolls e a usou. Mais tarde, ele passou para seu herdeiro Frodo Baggins. Embora fosse apenas uma adaga para os elfos, Sting se fez uma espada curta perfeita para um Hobbit. Descrita como: "Sendo obra de ferreiros élficos nos dias antigos, essas espadas brilhavam com uma luz fria, se houvesse algum orcs por perto". Sendo assim, ela emite uma luz azulada forte por toda lâmina quando algum orc está por perto. Orcs também tem um medo instintivo dessas armas e odeiam qualquer um que a carregasse.     ⊹ . 𝕭𝖆𝖗𝖗𝖔𝖜-𝕭𝖑𝖆𝖉𝖊𝖘 (𝖑𝖆̂𝖒𝖎𝖓𝖆𝖘 𝖉𝖊 𝕭𝖆𝖗𝖗𝖔𝖜): As lâminas de Barrow, também conhecidas como punhais da Westernesse, eram punhais dos descendentes de Barrow, dados por Tom Bombadil aos quatro hobbits que se tornariam parte da Irmandade. As lâminas foram originalmente fabricadas por ferreiros de Arthedain no meio da terceira era como punhais para serem usados nas guerras com Angmar. A espada de Frodo quebrou no confronto com os Nazgûl no Ford de Bruinen perto de Rivendell e foi substituída em Rivendell pelo presente de Bilbo, a espada élfica Sting. Sam, Merry e Pippin mantiveram suas espadas. 
 ✫ “ — 𝐸́ 𝑐𝑙𝑎𝑟𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑎𝑠 𝑣𝑒𝑧𝑒𝑠 𝑝𝑒𝑛𝑠𝑒𝑖 𝑒𝑚 𝑖𝑟 𝑒𝑚𝑏𝑜𝑟𝑎, 𝑚𝑎𝑠 𝑖𝑚𝑎𝑔𝑖𝑛𝑎𝑣𝑎 𝑖𝑠𝑠𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑢𝑚 𝑡𝑖𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑓𝑒́𝑟𝑖𝑎𝑠, 𝑢𝑚𝑎 𝑠𝑒́𝑟𝑖𝑒 𝑑𝑒 𝑎𝑣𝑒𝑛𝑡𝑢𝑟𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝐵𝑖𝑙𝑏𝑜 𝑜𝑢 𝑎𝑖𝑛𝑑𝑎 𝑚𝑒𝑙𝘩𝑜𝑟𝑒𝑠, 𝑡𝑒𝑟𝑚𝑖𝑛𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑒𝑚 𝑝𝑎𝑧. 𝑀𝑎𝑠 𝑖𝑠𝑡𝑜 𝑠𝑖𝑔𝑛𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎 𝑜 𝑒𝑥𝑖́𝑙𝑖𝑜, 𝑓𝑢𝑔𝑖𝑟 𝑑𝑒 𝑢𝑚 𝑝𝑒𝑟𝑖𝑔𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑐𝑎𝑖𝑟 𝑒𝑚 𝑜𝑢𝑡𝑟𝑜, 𝑙𝑒𝑣𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑜 𝑝𝑒𝑟𝑖𝑔𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑞𝑢𝑒𝑟 𝑒𝑢 𝑣𝑎́. ”
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k-sucesso · 3 years ago
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o que fazer quando se tinha um 'no match' brilhando em letras garrafais algumas horas atrás? certamente beber como se não houvesse amanhã seria uma boa resposta. kaden freeman não esperou que seus lábios retorcidos permanecessem por tanto tempo, ele imaginou realmente estar certo com aquela possibilidade, mas da mesma forma, ele também imaginou que estava certo quando fraturou sua clavícula, precisando perder a seleção dos drafts e consequentemente o mais extravagante sonho que tivera: miami dolphins. "qual foi a maior perda que você já teve em sua vida?" perguntou com certa curiosidade bêbada para @whoslori​ que fazia qualquer coisa no balcão a sua frente, kaden acabou sutilmente traçando a borda de vidro do copo com a bebida que tivera colocado, seu rosto apoiado tediosamente em seu punho fechado da outra mão. "o que achou da sua cabine?" perguntou apenas arqueando seu olhar para a personalidade feminina, o quarterback tivera verdadeiramente acreditado que tivera feito a aposta correta por seu perfect match, não sabia ao certo o que seria seu destino com mishti depois dali, mas sabia que tivera seguido suas emoções e pensamentos. "divertida?" sugeriu quase de maneira zombeteira, um mínimo sorriso de escárnio tomando conta da lateral de seus lábios. nah, era melhor não entrar nessa linha de pensamento ou acabaria em um lugar muito... profundo. "apenas esqueça... eu achei frustrante." murmurou brandamente, com um suspiro cansado, fazendo quase menção de fechar as orbes para um descanso, no entanto se manteve plenamente em vigília, observando as feições femininas ainda com certa curiosidade, por mais que imaginasse que a moça fosse alguém que poderia se deixar levar por suas emoções, existia algo que o fazia acreditar que ainda existia bastante sensatez em suas ações, bem, kaden era curioso e estava bêbado o suficiente - não que existisse muitos filtros em suas palavras - mas mesmo assim desatou a falar seus pensamento. "o que você esperava do programa? amor ou dinheiro?"
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kerimboz · 9 months ago
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Flashback - antes das missões;
O silêncio pareceu prolongar-se entre eles após a brincadeira divertida de Kerim, abraçando-os de uma forma confortável, ao mesmo tempo, também trazia estranheza ao Boz quando percebeu o olhar de outrem prolongar-se mais do que o normal sobre ele. Um breve franzir de cenho, demonstrava sua curiosidade e estranheza, indagando-se internamente o que ela poderia estar pensando, ou analisando nele. Por um instante, o próprio olhar de Kerim recaiu sobre seu corpo, estava sujo? Mal vestido? Tinha colocado a cueca por cima da calça, como já aconteceu quando criança? Constatou que nada disso ocorria, e quando voltou o olhar para Aurora, fitou-lhe as orbes, focando no azul de suas íris, justo a tempo da quebra do silêncio, que particularmente só o deixou ainda mais intrigado, principalmente ao notar o sorriso. Seu olhar desceu, das orbes para os lábios alheios, e agora quem se prolongava mais do que deveria era ele. Curioso, queria perguntar-lhe o motivo de ser bom, ao mesmo tempo, julgava que talvez Aurora tivesse sido sucinta justamente para não ter que se aprofundar em nada sobre o comentário feito. O que, para ele, fazia todo sentido. "Temos um combinado então, poupar-nos de futuras humilhações.", comentou com um breve sorriso, tentando não ater-se as inquietações e questionamentos internos.
"Exato!", exclamou num misto de animação e irritação. Animava-se por alguém, além dele, finalmente verbalizar aquilo que tanto pensava sobre o relacionamento dos deuses com seus filhos, e irritava-se, pois os odiava por colocá-los no mundo para tratá-los daquela forma. E ele já tinha ouvido muita conversa sobre serem incidentes, mas aquilo não colava com o Boz, ele não foi um incidente, uma noite de amor ou loucura que o deus teve com sua mãe, ele foi planejado, arrastado para aquela vida sem nem ter sido consultado, e por isso ele tinha todos os motivos para ficar irritado. "Eles não ligam para nada, nem ninguém, só eles e seus domínios.", era assim com Poseidon, Zeus e Hades, certamente seria com todos os outros. Kerim bufou, passando uma das mãos na testa, como se esse simples ato fosse capaz de limpar suas frustrações, mas não o era, pelo contrário, só o agitava ainda mais. "Acredite, nenhuma pressão é maior do que a dele.", e com isso referia-se indiretamente ao pai sem citar seu nome, acreditava que Aurora era esperta o suficiente para entender suas entrelinhas. "E além dele, tem também o fato do meu outro irmão ser basicamente o herói de todos. Nada contra Percy, mas ele poderia facilitar para os outros pobres semideuses aqui.", brincou, tentando aliviar-se daquela irritação que em nada lhe agradava.
No entanto, se soubesse que aquela seria a observação de outrem ao seu respeito, talvez ele não tivesse tentando dispersar suas frustrações interiores. O comentário dela fazia isso por si só, tomando sua mente, deixando-o curioso com o que mais poderia ter observado a seu respeito em tão pouco tempo, e com tanta assertividade, pois sim, Kerim mentiria se falasse que não era exatamente aquilo. Ele engoliu seco, toda a analise feita por ela, seus lábios se entreabriram uma par de vezes, enquanto tentava formular alguma resposta, que só conseguiu após alguns segundos, talvez minutos. "É, eu sou.", retrucou em tom baixo, quase num sussurro, mas sabia que seria ouvido. Era pesado admitir que apesar de ser um tanto distante das pessoas, ainda se importava com a maioria delas. "Eu tento não me envolver, é melhor para mim, melhor para os outros.", melhor, pois sem apegos, sem perdas. "Então faço o mínimo no dia-a-dia. Faço minha obrigação como um dos mais velhos, como instrutor...", como um soldado, ele diria, mas não disse. "Mas não gosto de dar muita abertura para as pessoas, não quero gerar nada que não tenha chances de durar.", fosse por ele decidir partir mais uma vez, ou por algo mais definitivo que nem gostava de pensar, de qualquer modo, sacudiu a cabeça para os lados, afastando os pensamentos e tomando um pouco mais de ar, para aliviar-se da tensão que aquela confissão lhe causou. "Talvez seja por isso que você é uma exceção para mim.", replicou soprando um riso no ar.
A sequencia de suspiros pesados daquela tarde, já estava alta demais para que Kerim pensasse em contar. Apenas notava que fazia, quando os ombros baixavam além do normal, como no instante em que Aurora pegou a tabua e ele suspirou, desviando o olhar para o horizonte ao lado deles, disposto a seguir mais assim, visto que parecia ser o confortável para ela. Mais uma vez, parecia estar errado. O chamado o trouxe de volta, suas orbes fixando na mulher a sua frente, sua feição e expressão séria, ao mesmo tempo, suave. "Sim, precisa de mais alguma coisa?", respondeu seu chamado, incapaz de focar em qualquer outra coisa que não fosse seu rosto agora na altura do dele. Seu cenho, franziu-se mais uma vez diante o questionamento, os lábios entreabriram para responder-lhe com outra pergunta, mas não foi necessário, Aurora logo explicou ao que se referia, como se fosse capaz de ler sua mente. "Aah! Isso...", comentou baixo, desviando o olhar para baixo por alguns segundos. Tinha algo sim, mas não sabia exatamente como chegar nesse ponto, talvez pudesse apenas ser sincero e esperar pela resposta, mas e se isso ultrapassasse um limite? Inquieto, arrastou uma das mãos pelo rosto, soltando uma lufada de ar antes de finalmente voltar-lhe o olhar agora rendido ao que lhe corroía por alguns dias. "Não foi só a queda, Aurora. Foi algo mais, que eu entendo se não quiser me responder, mas...", ele mordeu o lábio inferior, tentando conter-se, incerto sobre a questão que queria fazer ali. "Por que escondeu seu rosto de mim?"
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#                 ──────               Aurora poderia desperdiçar tempo reafirmando sua intenção simples com a brincadeira feita com despretensão, mas seu interesse foi imediatamente desviado ao ouvir sobre o conforto do semideus com seu próprio corpo, levando-a a inconscientemente voltar o olhar para ele. Por um momento efêmero, os olhos azulados como o céu límpido e vibrante admiraram a figura de outrem, dos pés à cabeça. Kerim já se destacava por seu encanto físico, mas sua autoconfiança apenas o tornava mais atraente. E, graças ao tópico em questão, era inevitável que ela o imaginasse sem as roupas que vestia. Antes que pudesse manifestar qualquer reação aos pensamentos impuros que permeavam sua mente, desviou o rosto para o reparo que estava fazendo, talvez tentando ocultar suas intenções maliciosas. ── Bom saber. ── O tom insinuante era sutil, quase imperceptível, mas o sorriso malicioso em seus lábios transparecia em sua voz. Mesmo que não buscasse aprovação de ninguém, sentia-se satisfeita por ter uma de suas qualidades exaltadas, pois orgulhava-se de sua eficiência durante as tarefas designadas a si. ── Obrigada. Faço o possível para ser prática e eficiente. ── Em meio a apatia constante de sua voz, havia a sincera gratidão pelo elogio. O mesmo sentimento refletiu-se em seu olhar, agora com um toque de humor, após a confirmação de que podia contar com ele para ceifar sua vida após um momento de humilhação. ── Agradeço também pela gentileza. ── Ela riu baixinho consigo mesma.
A percepção que tinha de Kerim estava bem delineada e sua resposta encontrava-se na ponta da língua. No entanto, ela quase se deixou levar por um momento de fraqueza. Segurando as palavras que ameaçavam escapar, mordiscou o interior da boca, evitando prosseguir com a descrição que havia concebido, pois não poderia formulá-la sem citar o incidente sofrido. Felizmente, encontrou um breve intervalo para ponderar enquanto o escutava, descobrindo-se genuinamente interessada em conhecer mais sobre ele. Entre todos os detalhes que os distinguiam, haviam algumas similaridades que os aproximavam. Imersa em suas palavras e no significado por trás delas, também intrigava-se pelo possível motivo para se adequar às exceções apontadas por outrem. Nesse momento, o observou pelo canto dos olhos, buscando compreender o motivo de sua própria perplexidade durante curtos instantes que se concretizaram em silêncio. ── Que bom que não liga pra isso. Pessoalmente, eu tô cagando pra origem dos campistas daqui. No fim das contas, somos todos uns coitados abandonados e irrelevantes para nossos pais divinos. ── Deu de ombros com resignação diante dessa realidade compartilhada. Embora as circunstâncias individuais pudessem variar, essa era a dura verdade para a maioria dos semideuses. ── Até me sinto mal pela pressão extra que deve recair sobre vocês como filhos dos três grandes. ── O olhou com uma expressão compassiva.
Inspirando profundamente, retomou a indagação anterior, agora concedendo uma resposta que melhor conciliava o resguardo ao qual se apegava. ── Mas, minha impressão sua é de uma pessoa solícita e preocupada, que se sente no dever de proteger e ajudar os outros, priorizando o bem deles. ── Mantinha os olhos fixos no dele ao falar. ── Com base na minha experiência pessoal, você me parece mais caloroso e disponível do que descreveu, mas concordo com sua atitude em relação aos mais jovens. Quanto antes experienciarem a frieza do mundo real, melhor pra eles. ── Acrescentou, assentindo com a cabeça em aprovação. Então, um sorriso delicado se formou discretamente nos cantos de seus lábios. ── E é engraçado que eu seja uma exceção pra você. As pessoas geralmente não me veem como alguém com quem se sentem à vontade para se abrir dessa maneira. Pelo contrário, costumam se retrair e me evitar. ── A solidão era algo que a afligia, mas não se revelava nenhuma nuance de lamentação em sua fala, uma vez que se isolava por escolha própria e apenas colhia aquilo que cultivava. Havia encontrado conforto e segurança em sua solidão, e disso não abriria mão de sua conquista.
A sombra do toque sobre o tornozelo parecia viva, assim como a carga da culpa por destratar alguém que se mostrava tão preocupado com sua segurança, ao ponto de agir como um verdadeiro guardião nos dias posteriores ao seu acidente. Irritava-se por ser tratada como uma donzela indefesa, mas a forma como reagia ao cuidado oferecido por ele não surtia o efeito que desejado. Talvez fosse o momento de reconsiderar sua abordagem. Com a expressão hesitante, recebeu a tábua que lhe era entregue, ainda ponderando sobre o que faria em seguida. Um suspiro de resignação findou seus esforços para evitar o inevitável. ── Kerim… ── Chamou a atenção dele com seriedade, usando a mão livre para se apoiar na escada e descer alguns degraus, até que seus olhares estivessem no mesmo nível, simbolizando assim a aceitação de sua vulnerabilidade. Fazendo jus à sua reputação, mantinha-se irredutível. ── Tem algo que queira me perguntar? ── Cedeu a ele a oportunidade de ser direto. Talvez, ao descobrir a verdade sobre sua maldição, ele a reconhecesse sua força. ── Me refiro ao que aconteceu no lago. ── Foi específica para evitar mal-entendidos. ── Eu notei você me rondando desde aquele dia e o cuidado excessivo que tem demonstrado. ── Talvez aquela fosse sua maneira de constrangê-lo e inverter os papéis, de modo que não fosse a única a assumir uma posição de vulnerabilidade. ── Do que exatamente você está tentando me proteger? Foi só uma queda. ── Minimizava sua reação diante das próprias lágrimas cortantes, como sempre fizera, recorrendo ao conhecido mecanismo de autopreservação.
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nemeton-rpbr · 4 years ago
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LEIA MAIS:
— Nome: Matthew Lee
— FaceClaim: Rowoon + SF9 + 24 + Sul-Coreano.
— Data de nascimento: 11.11.96
— Nacionalidade: Miami + EUA.
— Ser: Filho de Angrboda
— Pronome: ele/dele.
— Orientação sexual: Bisexual.
— Altura: 191cm.
— Ocupação: Caixa do Legends Cybercafé
— Clube e esporte: 
— Dormitório e nº do apartamento: Samhain, apartamento 128.
— Plots de interesse: Todos menos Smut e Romance.
— User: @nmt_matt
— Triggers que seu personagem pode vir a usar durante seu desenvolvimento: Violência, Sangue, Tortura Psicológica.
— Personalidade: Matthew é extremamente curioso com tudo, desde pequeno. Ele sempre era a criança que se machucava tentando descobrir como as coisas funcionavam ou que quebrava brinquedo sem querer porque tava tentando ver como era o mecanismo de dentro. Ele se meteria em muitos problemas por causa dessa sua curiosidade se com o tempo não tivesse aprendido a ser extremamente responsável e organizado, muito por sentir necessidade de cuidar da irmã gemêa que não tinha muito dos dois. Ele se tornou muito maduro por causa disso, mas ainda gosta de se divertir e de ser otimista, às vezes seguindo os passos dos outros por ser muito obediente. Por outro lado seu excesso de zelo pode se tornar num medo que o impede de fazer as coisas que gosta e sua responsabilidade pelos amigos pode transformar seus atos em condescendentes. Sua necessidade por aventura e mistério, sua mente curiosa, lhe torna inquieto e incapaz de focar em uma coisa só de uma vez e só sua responsabilidade e seu senso de dever faz com que termine as coisas no prazo já que pode ser muito disperso, mas quando não sente nenhum dos dois desiste das coisas com uma imensa facilidade. Como demorou muito pra crescer, odeia ser associado com coisas fofas tentando passar uma imagem madura e profissional que às vezes não dá muito certo já que gosta bastante de coisas pequenas, brilhantes e de doces..
— História: Quando o casal Jooyoung e Yunoh se conheram, tão longe de casa, pareceu destino pois tudo se organizou muito rapidamente e congruiu pra eles se tornarem os Lee de Miami. Óbvio que havia outros Lee em Miami, mas, naquela pequena casa deles dois, aqueles eram os únicos Lee que importavam, só os dois e o casal de gêmeos que eles tanto queriam. Imagina a surpresa quando logo na primeira gravidez de Jooyoung, 3 anos depois do casamento, descobriram que ela estava grávida de gêmeos e logo um casal. Parecia que a sorte sempre sorria pra família Lee, como se tivessem algum tipo de fada madrinha os abençoando constantemente. Logo nasceram Matthew e Emma, ambos nomeados em homenagem a livros que o casal gostava, para logo se tornarem tão floridenses quanto qualquer outra criança na Flórida. Cresceram muito juntos mesmo que a personalidade deles diferisse muito: Emma sendo mais do tipo social enquanto Matthew do tipo que passava horas trancado no quarto fazendo barulhos indistintos enquanto lia ou quebrava alguma coisa. Ainda assim eram extremamente unidos e o feriado favorito dos dois era o que os unia ainda mais: o Halloween. No começo, mais como uma influência da mãe, eles iam sempre com fantasias complementares. Depois que foram crescendo virou uma coisa pessoal dos dois saírem pra buscar doces usando fantasias que só os dois entendiam como se complementava e ainda se adequava aos gostos diferentes de ambos. É mais ou menos do meio pro fim da adolescência que a história deles começa a ficar diferente. Pra Matthew, que nunca fora minimamente popular na escola por ter uns gostos meio bizarros demais pros jovens de Miami, começa a grande dúvida de o que iria cursar na faculdade, já que era a grande exigência de seus pais. Tinha tantos interesses e não conseguia focar em um só, o que gerou uma pequena enorme confusão quando desistiu pela primeira vez da faculdade, quando estava cursando Engenharia. Começou uma segunda, na área de filosofia, algo que de verdade aquecia seu coração e lhe despertava curiosidade, mas não os suficiente pra terminar. Começou então Jornalismo e quando desistiu dessa vez seus pais se cansaram e lhe mandaram pra voltar as origens da família na Coréia junto com sua irmã. Foi lá que sua vida virou de cabeça pra baixo. Depois de dois meses morando na cidade sua irmã precisou voltar pra Miami e aquela era a primeira vez que realmente vivia só sem ninguém da sua família. Estava decidido a dar orgulho a sua família e conseguir ser o filho que sua mãe esperava que ele fosse, mas o destino não queria isso dele. Numa noite, dirigindo por uma das estradas tortuosas da cidade pequena e montanhosa em que morava, entrou num acidente de carro trágico. Quando as autoridades encontraram seu carro batido com o parabrisas arrancado próximo ao mar, não havia dúvidas do destino do rapaz na mente de todos. Naquele dia morreu Matthew Lee para o mundo humano. A realidade, no entanto, conseguia ser ainda pior do que as suposições humanas. Naquela noite Matthew não morreu. É verdade que havia ficado mortalmente ferido jogado nas rochas próximo ao mar e provavelmente aquele teria sido seu fim, mas antes que pudesse um cacodaemon chamado KoS havia possuído seu corpo e graças a ele suas feridas foram curadas quase instantaneamente. Graças a ele também que os poderes do estadounidense vieram a tona, retirando o selo que havia sido colocado antes logo após nascer. KoS explicou a Mathew de quem ele era filho, como havia sido entregue a seus pais pra ser cuidado quando o verdadeiro filho deles havia morrido após o parto e de como havia o seguido desde então esperando a oportunidade certa para o possuir. Era quase impossível viver com uma entidade maligna em seu corpo, esperando um momento de fraqueza para lhe possuir mas foi graças a KoS que conseguiu sobreviver o suficiente pra descobrir da existência de Nemeton. O cacodaemon era insistentemente contra e Matthew sabia por isso que talvez Nemeton fosse sua chance, sua chance de continuar vivo e de se livrar de KoS. A jornada foi longa, mas já estava em Nemeton há 4 meses tentando achar um jeito de se livrar daquele que dividia seu corpo sem acabar perdendo sua vida.
— Habilidades:
1 - Omnis Immunde Spiritus - Matthew consegue naturalmente sentir os sentimentos de outrem mesmo que de forma muito bagunçada não conseguindo identificar bem os sentimentos, sendo bastante empático, mas conseguindo identificar melhor quando o sentimento é de medo. KoS pode, quando esse sentimento de medo é muito forte, detectar a presença da pessoa e sua localização sem sequer vê-la em seu ambiente, sendo capaz de perseguir um alvo por um rastro desse medo mesmo após 30 minutos.
2 - Omnis Satanica Potestas - Matthew consegue agora manipular os sentimentos de uma pessoa, diminuindo o medo e os sentimentos negativos dela, emanando uma aura de paz e sossego que suga o medo das pessoas pra se energizar um pouco. Com o toque, Matthew consegue acalmar uma pessoa o suficiente pra que ela entre num sono profundo com bons sonhos de no mínimo 10 minutos, podendo durar mais se não for pertubado. KoS, por outro lado, emana uma aura de medo fortíssima, sendo capaz de aumentar os medos, fobias e neuroses de outras pessoas. Com o toque consegue prender o alvo numa ilusão amedrontadora paralisante por até 10 minutos. Não pode usar poderes de toque por mais de 3 vezes seguidas sem se exaurir completamente e perder a lucidez, precisando de um intervalo de 12 horas antes de usar de novo.
3 - Omnis Incursio Infernalis Adversarii - Matthew consegue agora, com certa dificuldade, cura um alvo de certas feridas mas com o custo de assumir em seu corpo 15% da ferida curada. Além disso consegue absorver os sentimentos de dor para si também, sofrendo uma parcela da dor como pagamento, faz isso por meio de sua aura. Só pode usar esse poder por até 3 horas seguidas sem acabar perdendo sua lucidez e dando o controle para KoS por tempo indefinido. Já KoS consegue transferir suas feridas para um outro ser com o toque, sugando a força vital e causando um dano ainda maior no ser. Além disso consegue transferir sua dor potencializada pra mais de um adversário através de sua aura. Não pode usar esse poder por mais de 3 horas seguidas sem acabar sugando a força vital do Matthew e causar desmaio ou sequelas fisicas. O uso dos poderes de cura requer contato físico direto constante durante o processo e quanto maior a ferida maior o tempo que precisará.
4 - Omnis Legio - Matthew agora se torna imune ao fogo e consegue imunizar o que quer que esteja em contato com seu corpo. Ele consegue absorver o calor do fogo ou qualquer ataque enérgico que é jogado contra ele e usar isso pra restaurar sua estamina e sua saúde em 20% do total. Kos, contudo, consegue gerar fogo negro e tornar tudo em que seu fogo toca em inflamável. Consegue lançar chamas negras até 5 metros e incendiar até um metro de raio ao seu redor, podendo fazer um escudo de chamas. Só consegue manter essa parede de fogo por no máximo 20 minutos e a criação de chamas parte diretamente da força vital de Matthew, sugando esta, se usado por mais de 30 minutos seguidos pode acabar acarretando um desmaio ou sequelas mais graves.
5 - Omnis Congregatio - Matthew agora consegue ler a mente e as memórias de um ou mais alvos e criar uma ilusão sob sua aparência para se tornar algo que seu alvos tenham medo de atacar ou desejam proteger, seja um filhotinho ou uma pessoa amada. KoS também consegue ler isso, mas se torna fisicamente no maior medo do alvo escolhido, seja ele qual for. Consegue manter essa ilusão e essa mudança física por até 90 minutos. Se Matthew fizer o uso demasiado desse poder, ou seja, usa-lo além dos 90 minutos, acarreta em perca momentanea da lucidez, entregando o poder do corpo para KoS, ou até perda definitiva da sanidade. Se KoS fizer uso demasiado desse poder, ou seja, além dos 90 minutos, acarreta em desmaio completo do corpo ou até danos físicos permanentes.
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metidaaliterata · 5 years ago
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Ah, o amor
É algo tão complexo que chega a nos ativar a curiosidade 
É aquela visão vasta de infinitas possibilidades que temos à beira de um precipício 
Será que valerá a pena dar o próximo passo? 
Há tantas coisas que não sabemos sobre o amor 
E mesmo assim nos aventuramos nesse mar desconhecido 
Ele pode ser ruim, pode ser bom 
E nunca saberemos o nosso fim até vivê-lo 
Senti-lo 
Expressá-lo 
O que não conhecemos nos apavora 
Mas como seres curiosos que somos 
Temos que saber, precisamos saber o que acontecerá 
O amor pra gente será ótimo?  
Será péssimo?  
Até quando durará? O que virá depois?  
Outro amor? Desilusão? Libertação? Perda total? 
Eu, uma vez, cedendo à curiosidade 
Me joguei de um precipício 
Com uma vista linda 
Em nome do amor 
Só por ele 
Mas tem uma coisa sobre o amor que ninguém fala 
É que, ao contrário do que o ditado diz  
Não são somente os gatos que morrem por causa da curiosidade 
Os seres humanos apaixonados também 
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itzaeolian · 2 months ago
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Aeolian permaneceu em silêncio por um momento, permitindo que cada palavra de Sigrid ecoasse ao redor delas, como se cada sílaba fosse um pássaro hesitante, tentando fugir da gaiola que a sua própria mestra moldara. Havia algo de quase reconfortante na familiaridade da postura da outra — essa confiança absoluta em sua trajetória, como se cada passo de sua vida tivesse sido milimetricamente calculado, e o mero fato de estar ali, naquele exato ponto, fosse a evidência incontestável de sua superioridade intrínseca.
"Que reconfortante ouvir que está exatamente onde deveria estar." A voz de Aeolian finalmente rompeu o silêncio, baixa, quase sedosa, mas afiada como lâmina de obsidiana. "Uma trilha dourada e gloriosa, pavimentada com cada um dos caprichos da corte. Deve ser... reconfortante, imagino, acreditar que o destino teceu um mundo tão confortável ao seu redor." Inclinou a cabeça ligeiramente, observando a expressão de Sigrid com uma curiosidade quase clínica, como se estivesse estudando uma criatura que pensava ser mais astuta do que realmente era. Para Aeolian, era sempre curioso como a palavra 'destino' parece servir tão bem àqueles que nunca tiveram que lutar contra ele a maior parte dos dias.
O seon ainda flutuava, inquieto. Sua presença, sempre tão vivaz, parecia agora o único vestígio de alguma espontaneidade no ambiente. Aeolian lançou-lhe um olhar fugaz, antes de voltar sua plena atenção a Sigrid. O deslize sutil dela ao proferir o antigo apelido de infância não lhe escapou, e, por um instante, nas profundezas do tórax, sentiu o peito se apertar de tal forma que parecia sufocar todo o pulsar que o mantinha.
"Quanto a mim... se estou bem?" Deixou escapar um suspiro leve, que parecia mais um gesto performático do que uma verdadeira expressão de cansaço. "Substancialmente." O tom estava suavemente entorpecido, como quem aprecia uma taça de vinho medíocre apenas pela graça de não ser pior do que poderia. "Diria que... cada cicatriz, cada embate, cada perda forjou aquilo que hoje sou, assim como os salões dourados esculpiram você. Tornei-me o que precisei ser desde que..." Ciella se foi, pensou, mas silenciou-se antes de verbalizar a melancolia. Sentimentalidades já não tinham lugar entre elas. "Desde que a vida tomou outro curso."
Aeolian avançou mais um passo, entrelaçando os braços com uma lentidão meticulosa, como se cada palavra a ser pronunciada fosse pesada com cuidado antes de ser oferecida. Deixou que seu olhar caísse uma última vez sobre Sigrid, fria, mas não cruel. Apenas... distante. Imperturbável. "E você, um perfeito exemplo de khajol." A palavra deslizou de seus lábios com um veneno velado, imperceptível para os desatentos, mas inegavelmente presente. "Vejo que dedicou-se bastante a sepultar aquela garota... Mas ela era infinitamente mais intrigante do que esta lady, agora escondida sob véus de seda e títulos vazios." A última sentença veio envolta em um sorriso sutil, provocador em sua essência, embora tecido com tamanha delicadeza que, não fosse pela intensidade penetrante dos olhos de Aeolian, poderia ser lida como uma mera troca de banalidades. "Sentirei falta dela."
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Era doloroso estar próxima de Aeolian novamente. A união do Instituto Militar com a Academia parecia trazer de volta fantasmas que Sigrid já havia enterrado, fazendo-a com que se recordasse de que de fato eram pessoas muito vivas. Havia enterrado somente em seu coração, soterrando a memórias com ego e orgulho. Tinha sido uma criança mimada e mordaz, mas acima de tudo com um grande desejo pela aventura e liberdade, com a ousadia que corria no sangue e ambição que se escondia atrás da inocência infantil. Os anos na corte haviam varrido tudo, menos as lembranças dos momentos com Aeolian, a amizade, sentimentos que risada que compartilharam no que agora parecia ser outra vida.
"Eles são realmente sensíveis." Concordou, enviando uma censura para o seon. Ele parecia sempre a vontade demais na companhia dos changelings, curioso e inquieto, desejando conhecer detalhes. Sigrid conseguia sentir tudo o que ele sentia, portanto se viu quase derrubada por uma intensa onda de interesse, que vinha unicamente de Trevo. Ou não. Sentia dificuldades em identificar as próprios sentimentos, as ondas que parecia prestes a sufocá-la e levá-la. O interesse era de sua parte também? Queria saber como ela estava? O que estivera fazendo? O passo dela, agora mais perto, quase fez a jovem khajol arquejar, ao mesmo tempo em que deu a oportunidade de dar uma olhada nela, para os braços, pernas e o rosto agora mais maduro, apenas para verificar se não havia nenhuma marca, nenhum ferimento. Aparentemente ela estava inteira, intacta do incêndio que outrora tinha destruído o castelo. "Não posso afirmar quanto ao bom gosto. Creio que eu e ele não compartilhamos a mesma opinião quanto a algumas coisas." Deixou subentendido o que seriam as coisas, por fim desviando o olhar dela. Não precisava encarar tempo demais para saber que Aeolian havia crescido também e estava bem.
"Não havia como ser de outro jeito. É claro que nossas vidas seguiriam rumos diferentes." Proferiu como se fosse óbvio, embora não tivesse sido para a criança que Sigrid fora. Possuía pais bons, que viviam longe da corte e a instruíram a nada além do amor e respeito, portanto havia sido fácil cultivar a amizade, que florescera com perfeição no coração de Sigrid. No entanto, sempre houvera algo mais para Sigrid, uma sensação latente que o mundo era mais e merecia mais. "Trilhei o caminho que nasci para trilhar. E estou onde nasci para estar. Eu..." Os olhos se desviaram rapidamente para as colunas e paisagem. "Eu adoro esse lugar, adoro onde estou e quem me tornei." Era orgulhosa de sua trajetória e almejava coisas ainda maiores e melhores. "Consegue dizer o mesmo de você, Lian?" Cometeu o deslize de utilizar um apelido de infância, pigarreando ao corrigir o seu erro. "Aeolian. Você está bem? Gosta do que se tornou?" Embutiu em suas questões a preocupação quanto ao bem estar alheio, embora parecesse bem até onde seus olhos alcançavam. "Eu estou no meu lugar. Encontrei assim que deixei aquela fazenda." A fazenda que guardava lembranças e sonhos infantis, perdidos e ocultos pelo tempo. "Você parece que se tornou o exemplar perfeito de changeling." E Sigrid não dizia como elogio, porque seu desprezo pela raça era palpável.
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