#solução de conflitos
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O Que Fazer Para Ter um Bom Relacionamento Amoroso?
Construindo Bases Sólidas: O Que Fazer Para Ter um Bom Relacionamento Amoroso? O relacionamento amoroso é uma das áreas mais significativas de nossas vidas, moldando nossa jornada emocional e contribuindo para o nosso bem-estar geral. Entretanto, manter um relacionamento saudável requer esforço, compreensão e ação consciente. Neste artigo, exploraremos estratégias fundamentais para cultivar e…
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Princípios Constitucionais das Relações Internacionais
Fundamentos do Estado Brasileiro e sua Relação com a Sociedade Internacional Os fundamentos do Estado brasileiro, conforme estabelecidos na Constituição Federal de 1988, são pilares que sustentam a organização política, social e econômica do país. Esses fundamentos incluem a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, e o pluralismo…
#autodeterminação dos povos#concessão de asilo político#cooperação entre os povos para o progresso da humanidade#defesa da paz#igualdade entre os Estados#independência nacional#não-intervenção#prevalência dos direitos humanos#princípios das relações internacionais#relações internacionais constituição#repúdio ao terrorismo e ao racismo#solução pacífica dos conflitos
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Ligue o foda-se
Quando vamos a terapia é para aprendermos sobre nós mesmos e o que sentimos, olhar por outra perspectiva uma situação qualquer, aprender a lidar com as emoções de outras pessoas e enfrentar os problemas. A grande maioria dos terapeutas tem a tendencia de conversar sobre assuntos aleatórios ou específicos, mas e quando ele faz uma análise comum e não sabe a resposta? Quem irá responder? Você? Livros? A internet? Você olha para ele como se tivesse sete cabeças e se pergunta ‘’mas ele estudou para isso e não sabe a resposta porque tenho que saber?’’ Você saí do consultório pior do que entrou na maioria das vezes, por que os deveres de casa é para fazermos pensar e quando pensamos e não temos a resposta? A sessão de terapia foi em vão? Não temos a resposta para tudo, muito menos eles. Temos a tendencia de que quando um problema surge o sensato é resolver e quando o problema não existe solução? Deixamos para depois? Passamos para alguém? Levamos para terapia ou guardamos dentro de nós e deixamos de lado? São tantas opções e nenhuma delas chega a lugar nenhum, mas devemos levar em conta que realmente existem problemas que não tem solução, entregamos na mão de ‘’Deus’’ e deixamos ele fazer a obra e quando a resposta não vem de imediato? Entramos em conflito emocional e nos culpamos por situações que não dependem de nós, somos seres humanos criado para se questionar e enfrentar os problemas, empurramos com a barriga e vamos na sorte e se irá dar certo ou não só o tempo irá dizer, mas aproveite e olhe por outro ângulo, será que devo viver assim? Esse problema precisa ser meu? Tenho que ter responsabilidade pelo que as outras pessoas pensam e fazem? Posso viver uma vida melhor? A real resposta sempre será o nível de importância que você dará para cada situação, quem tem o poder de mudar algo sempre será você e não a outra pessoa, pode pagar o melhor psicólogo e mesmo assim quem terá que fazer a escolha novamente daquilo que é dito dentro do consultório é você. É chato, cansativo, exaustivo, perda de tempo e dá preguiça ir a terapia para fazer a gente pensar? É, mas adivinha só quem tem que escolher sobre ir ou ficar? Você. Não culpe as pessoas pela suas escolhas, você não é obrigado a fazer aquilo que não quer, os problemas é você quem tem que resolver e se não tiver solução ‘’chuta o pau da barraca’’ coloque uma música para tocar no volume máximo, dance, pule, grite e chore se for necessário, nossa vida não é baseada apenas em ‘’terapia e problemas’‘, podemos fazer muito além disso, podemos fazer tudo o que quisermos e o que esteja ao nosso alcance, não se prenda ao que te deixa doente, tem dias que irá ser difícil? Sim. Todos os dias acordamos felizes? Não. Você é obrigado a viver uma vida que não quer? Também não. Percebeu que é questão de escolha e que você que tem o domínio da sua própria vida? Então sinta o que tiver que sentir, viva o que tiver que viver, se permita sentir qualquer emoção, mais leve em consideração que depois da tempestade vem o sol, não ache que para você ficar bem e saber viver precisa apenas de um psicólogo e remédios, porque na verdade quem tem que fazer as perguntas é você e quem tem que ter a respostas delas é você, não tem a resposta? Não sabe o que fazer ‘’ligue o foda-se’’ e seja feliz. A vida é uma só, ela é um rio e estamos no mesmo barco. Até a próxima sessão!
Elle Alber
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Um Anime Que Dá Cartas
Sᴇ́ʀɪᴇ ᴅᴏ Mᴇ̂s: Cardcaptor Sakura.
Sɪɴᴏᴘsᴇ Oғɪᴄɪᴀʟ: Quando a jovem Sakura liberta acidentalmente as Cartas Clow mágicas, o guardião Cérbero nomeia-a Caçadora de Cartas e incumbe-a de as reaver.
O Qᴜᴇ Mᴇ Aᴛʀᴀɪᴜ: A nostalgia pelos anos 90, pois claro! Não é por não ter sido nascida (ou sequer pensada) nessa altura que não adoro muitos dos aspetos da década. Foi nessa época que o anime começou a ficar realmente popular e apesar de eu ainda não ter visto muitos, este tipo de animação tem um subgénero que se tornou num dos meus favoritos de sempre (o que era bastante previsível), MIÚDAS MÁGICAS! Adoro-as intensamente e se me pedirem para explicar porquê, ou me aproveito da pergunta para iniciar uma dissertação que vai, de certeza, durar horas, ou digo simplesmente: magia, brilhantes e saias (tudo depende do dia em que me apanham, honestamente). Voltando aos anos 90, foi aí que apareceram as mais icónicas miúdas mágicas, que, além de definirem a nova categoria que as suas transformações de minuto e meio estavam a criar, impactaram uma geração inteira de uma forma impossível de recriar até hoje. Eu apanhei o fim dessa onda e fui puxada, inevitavelmente, para o vasto clube de fãs da Sailor Moon, (em que me mantenho de forma orgulhosa até hoje) daí, quando me cruzei com Cardcaptor Sakura, ter sido obrigada a dar à série uma oportunidade, visto que estou sempre à procura de algo que me leve de volta à magia e à estética pelas quais a Usagi e as amigas estavam rodeadas.
Dᴇsᴛᴀǫᴜᴇs: Em primeiro lugar, a beleza do mundo da Sakura tem de ser destacada. É tudo absolutamente lindo e o cuidado e carinho são óbvios na animação, o que torna a experiência ainda mais fantástica. Ainda a nível estético, os feitiços e as cenas de luta são fluidíssimas mas as partes mais deslumbrante são, sem dúvida, as cartas e as roupas da Sakura. O desenho em cada carta é bonito ao ponto de nos fazer desejar tê-la e os conjuntos que a protagonista usa são, sem dúvida, um ponto alto para todos os fãs da série. Isso é outro aspeto que é semelhante à Sailor Moon, a atenção e o amor à moda por parte das criadoras, mas é usado de forma diferente e incrivelmente original: para a Sakura, ter magia não implica as famosas cenas de transformação onde uma espécie de vestido encantado substitui as suas roupas normais (o que é um risco, sendo que é uma das marcas características das miúdas mágicas), na verdade, todos os seus fatos adoráveis são feitos pela sua melhor amiga, que, por a querer apoiar e por não lhe faltar dinheiro, decidiu encher uma carrinha inteira de trajes só para ela, que estão tão prontos para a passarela como para salvar o mundo. Isto é único ou não? É uma das minhas coisas preferidas na série inteira! Fora isso, é no enredo que Cardcaptor Sakura brilha. O sistema mágico não é tão explicado como se desejaria, mas a ideia de cartas poderosas que retêm magia serem protegidas por uma grande besta guardiã que presentemente parece um coala bebé com asas é um máximo (o Kero também tem uma secção no fim dos episódios onde age como um apresentador e é hilariante), e é refrescante o facto de a Sakura não estar sozinha na sua tarefa, de, pelo contrário, existirem outros atrás das cartas com mais qualificações do que ela, obrigando-a a crescer no seu papel. Para vencer, não lhe chega saber combater ou libertar o poder de uma carta, muitas vezes a solução não é óbvia, o que leva a que as nossas expectativas de como o conflito se vai resolver sejam continuamente superadas, mantendo os episódios cativantes. Mas a essência deste anime não tem nada a ver com isso, e é por isso que é tão bom. A magia e as lutas são algo mais ocasional do que principal porque o foco real da série são os sentimentos, o amor mais especificamente. Todo o mundo da Sakura é apresentado através dos seus olhos, e de uma forma inexplicável, o seu olhar puro e infantil consegue ser o que é transmitido a quem a está a ver. Não se enganem, os episódios não só preenchidos por situações felizes e fofinhas, mas é a forma como elas são encaradas que dá essa sensação. O sacríficio e a perda são temas recorrentes, a própria Sakura não tem mãe e a sua morte é sentida por todos à sua volta, mas a crença inabalável da rapariga na paz e felicidade que ela deve sentir no plano superior onde está, é tão incrivelmente madura e inocente ao mesmo tempo que acaba por sensibilizar o próprio espectador, e essa capacidade recorrente de tocar quem está a ver é o que o anime tem de mais espetacular. Todos os personagens existem por si próprios e não como adereços, as relações são intímas e vulneráveis ao ponto de darem vontade de chorar (tirando algumas que são...problemáticas, anos 90 serão anos 90) e o universo da série cresce lentamente, alimentando a curiosidade do espectador muito devagarinho e revelando tudo menos o que se esperava. No fundo, o programa aborda a história de uma menina que tem de continuar e proteger o legado do maior feiticeiro que o mundo já viu...e os sacrifícios e pequenos gestos de amor que fazemos pelos que nos são queridos no quotidiano. Podem parecer dois tópicos que nada têm a ver, mas são conjugados perfeitamente para dar origem a uma verdadeira jóia de série.
Cᴏɴᴄʟᴜsᴀ̃ᴏ/Oᴘɪɴɪᴀ̃ᴏ Fɪɴᴀʟ: Cardcaptor Sakura é arte, quebrou barreiras e esmagou tabus quando foi lançada originalmente e continua a fazê-lo hoje (com mais sucesso em alguns tópicos do que noutros) e merece sem dúvida todos os fãs que tem. A partir de hoje, juro solenemente apoiar a série como sua nova fã e defensora, e o meu primeiro ato como parte da sua ordem (muito pouco) secreta será execer propaganda para que vocês também a vejam. A sério, vale totalmente a pena, por isso, para todos os que adorem a emissão original da Sailor Moon (e as outras, apoio todas) e tudo o que seja cor de rosa, inocententemente profundo e vanguardista no que toca aos nossos papéis na sociedade e quem somos permitidos amar, não posso recomendar mais este anime.
E digo adeus com uma pequena amostra do que espera a quem decidir apostar em Cardcaptor Sakura.
Assɪɴᴀᴅᴏ: Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ 𝐿𝓊𝓏 Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ
#série/filme do mês#cardcaptor sakura#miraculous ladybug#sailor moon#tokyo mew mew#mahou shoujo#magical girl#90s anime#madoka magica#princess tutu#revolutionary girl utena#lolirock#precure#retro anime#magic knight rayearth#shoujo#shoujo manga#star vs the forces of evil#spop#usagi tsukino#nostalgia#animation
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𝐓𝐑𝐘 𝐘𝐎𝐔𝐑 𝐋𝐔𝐂𝐊𝐘: ──── LOVE-KINN's timeline ;
//. Um resuminho de tudo o que rolou com (Love) Kinn Narinrak nesses meses no acampamento desde que o chamado aconteceu! O post é atualizado conforme desenrolar dos acontecimentos.
ANTES DO CHAMADO:
Dois anos atrás, Love estava trabalhando para sua família, e consequentemente para a máfia. Anos e anos naquilo a deixaram exausta. Foi numa comemoração em família que decidiu cortar aquele laço tão danoso e num acesso de fúria e vingança, a tailandesa aniquilou toda a família.
A mente de Kinn entendeu aquilo como um TEPT e criou mecanismos de defesa, erguendo barreiras contra a memoria, refazendo os passos e a fazendo acreditar que o que aconteceu foi um ataque de monstros e que eles mataram à todos.
Incapaz de lidar com a situação e sem ter para onde recorrer, voltou ao acampamento depois de alguns anos sem pisar lá. Nunca ousou contar nada sobre o ocorrido a respeito da família, afinal sentia que falhou com eles e não conseguiu salva-los. Para todo mundo ao redor, tudo seguia como um belo paraíso na vida de Kinn. Até porque ela escondia cicatrizes com amuletos de magia.
DEPOIS DO CHAMADO:
Estava presente no dia da profecia e soube naquele momento o que aquilo significava: guerra. A mente tão acostumada a fugir de confrontos tornou Love uma figura mais passiva e fugindo de conflitos durante todo o tempo. Quando o chamado aconteceu, soube que tudo iria mudar para sempre.
Mesmo com a festa de Natal arruinada e Petrus chegando, não se deixou abalar. Os ânimos estavam começando a ficar exaltados, mas Love ainda estava tentando fingir normalidade dentro do acampamento. Então a primeira morte aconteceu na festa clandestina e ela começou a ficar preocupada com a segurança de seu lar.
Sempre procurando fazer o melhor e possível para ajudar os demais, se mostrava o mais aberta para conversar e ser solicita com o que pudesse com os amigos e conhecidos. Ainda procurava fugir de treinos e coisas que a levassem se lembrar do trabalho que fazia com sua família.
Love saiu na segunda leva de missão com destino sendo o submundo junto de sua melhor amiga e outra campista. Durante a missão, Perséfone a obrigou contar seu maior segredo. Ela revelou o que fazia com a família anos antes não só para a deusa, como para a sua equipe. Ainda na missão, sua melhor amiga tocou no rio Lete e se esqueceu de suas memórias, o que a deixou com os nervos a flor da pele a partir de então.
Lutado duas guerras antes por ter crescido no acampamento, se viu na urgência de começar a treinar e tocar em armas novamente. Principalmente por sentir que falhou em sua missão mesmo que o objetivo principal tenha sido alcançado.
Love teve seu primeiro lampejo das barreiras de sua memoria falhando quando teve uma crise de ansiedade durante o ataque do Drakon no acampamento, a levando ficar um pouco mais pensativa a respeito. (POV aqui)
Durante o baile de Afrodite, Kinn teve outra crise de ansiedade e com a falta de magia ao redor do acampamento, suas cicatrizes começaram a surgir junto das asas feridas e queimadas. Uma lembrança antiga de seu passado e do que sua família costumava fazer com ela quando falhava em algum trabalho. (POV aqui)
Antes exibia muito claramente suas asas por ai o tempo todo, mas agora eram recolhidas e jamais vistas. Até ela decidir procurar por Will Solace em busca de uma solução e o rapaz lhe explicar que provavelmente elas não cicatrizavam por ser mais uma ferida emocional. (POV aqui)
Mais um ataque do traidor e dessa vez foi feio! Love foi levada para uma visão onde estava dentro de um tribunal selvagem e era condenada por seus amigos, precisando enfrentar seus medos e principalmente lidar com seu defeito fatal e o rancor que guardava de si mesma. E pior: as barreiras de sua memoria caíram de vez e ela descobriu o que realmente aconteceu com sua família. (POV aqui)
Love está num momento muito sensível e sem querer dialogar com ninguém, recusando visitas no chalé e evitando ter qualquer tipo de contato com pessoas. Fez do seu quarto de conselheira sua prisão, se auto condenando o dia e noite toda.
Apesar de ter recebido muito amor e carinho de seus amigos, não se acha tão merecedora disso. A principio, a ida a ilha de Circe foi negada afinal ainda estava muito abatida e sem querer conversar com muitas pessoas, mas acabou aceitando. O primeiro dia lá ficou sozinha boa parte do tempo e só depois foi aceitando que talvez pudesse aproveitar do ambiente e da ilha. (POV aqui)
Com o fechamento da fenda, houve dois despertares na vida de Love: o de que ela precisava se movimentar porque a vida passa demais e não deve ser uma coitada pra sempre, o que a fez se candidatar para se tornar uma aprendiz de curandeira. (POV aqui)
O despertar de seu novo poder já aconteceu, mas ela não tem a menor ideia do que seja afinal suas asas antes estavam machucadas e agora estão emitindo a mesma energia que seu outro poder causa. (Interação aqui)
Love tem se dedicado totalmente aos ofícios da cura, para si e principalmente para os outros. Passa a maior parte do tempo na enfermaria e sente que isso tem lhe ajudado a ser mais centrada e, de certa forma, levar a vida com mais leveza, mesmo que ainda tenha seus momentos e muito a ser superado. (POV aqui)
Última atualização: 05/09.
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Maneiras eficazes de aplacar os efeitos da interferência.
Sumarex | Outubro/2024
É comum encontrar pessoas que dizem ter ouvido vozes antes de perderem-se na insensatez de alguma ação. Há todo um estudo e um trabalho acadêmico voltado para esses padrões, com as classificações e os rótulos inerentes à qualquer análise superficial, como aquelas que definem os indivíduos expostos à esses padrões com o título de "insanos".
É evidente que o histórico de "insanidade humana" antecede o efeito nocivo da interferência. Contudo, essa influência passou a corromper o sentido das palavras, afentando os pilares dos arquétipos humanos. E isso tem se agravado a cada ano, a cada mês, a cada dia.
Então, quando alguém diz ter ouvido vozes, essas palavras existem apenas num significado próprio do indivíduo. O sujeito pode interpretar praticamente qualquer verbo no imperativo como uma ordem para qualquer ação que ele esteja predisposto. Ou seja, o viés define a ação, o objetivo e a esperança no resultado.
Em certa medida, todos os seres humanos estão mergulhados num determinado nível de insanidade invisível. Essa "loucura", quando aparente, pode ser definida como o subconsciente do indivíduo - e seu lado obscuro e inexplorado - em estado de latente manifestação, rompendo padrões e paradigmas, numa tentativa desesperada por encontrar uma solução simples e imediata. Sendo assim, nós todos estamos lutando contra "demônios internos" no cotidiano e nos damos conta disso apenas por alguns instantes, antes de mais um mergulho no esquecimento conveniente.
As vozes internas são influências do subconsciente. Elas surgem e produzem algum nível de resposta (emoção), podendo desaparecer logo em seguida ou progredir para estágios ainda mais fragmentados.
Mas nada seria tão severo ao sistema nervoso humano não fosse o paradigma das ordens impostas trabalhando em conjunto com as distorções para gerar gatilhos que darão forma à comportamentos e moldarão o destino das pessoas.
O Poder do Verbo
Desde a infância convivemos todos os dias com as ordens. Elas aparecem através dos verbos imperativos: faça, venha, durma, coma, beba, compre, assine, etc. Elas são as primeiras programações das tendências do indivíduo na fase adulta.
Através das vozes dos adultos, as crianças ouvem as ordens. Esses comandos, uma vez associados com a frequência inaudível e a com a distorção magnética relacionada, servirão de "portas" para a indução de comportamentos nos seres humanos. Por essas portas a propaganda maquiavélica faz sua passagem. Ela vende, ela compra. Ela atrai, ela descarta.
A raiz do sentido da linguagem está nos arquétipos relacionados. Portanto, uma vez sob a influência nefasta da frequência inaudível, os arquétipos são esvaziados. Dessa forma, ao imaginar, por exemplo, uma esfera, posso pensar numa bola de futebol ou no planeta Terra. Quando penso na bola de futebol, o objetivo torna-se fazer um gol (ou impedi-lo). Quando penso na Terra, não há objetivo claro. Alguns sentidos e objetivos estão esvaziados ou completamente entregues ao ceticismo e ao niilismo barato.
A Voz
O som da voz humana nos conecta com a confiança - inicial e necessária - nos comandos recebidos, seja dos nossos pais, avós, dos professores, etc. Ela é a síntese da bondade e da maldade. O timbre da voz e o verbo podem abrir e fechar todas as portas da psique humana.
Portanto, o primeiro obstáculo encontrado para romper padrões impostos pela influência nefasta da frequência sonora inaudível é compreender que a intenção presente em qualquer fala e o timbre da voz são os meios pelos quais o "encantamento" acontece e por onde os paradigmas são plantados na mente.
É preciso voltar-se imediatamente para o silêncio quando notamos que nossas palavras contêm emoção suficiente para provocar um conflito. Assim é possível treinar a capacidade de manter-se consciente desses gatilhos e evitar cair no ciclo viciado das ações alheias.
Também é importante aprender a ouvir. Escutar as diferentes formas de expressão e sentir o que é dito, mais do que simplesmente julgar o que é dito.
ASMR
A "Resposta Sensível e Automática do Meridiano", conhecida como ASMR (abreviação em inglês) refere-se, como o próprio nome sugere, à uma resposta automática do cérebro e do sistema nervoso do indivíduo quando exposto à determinado tipo de influência sonora e/ou visual.
Existem, basicamente, dois tipos de ASMR: Não-Intencionais e Intencionais.
ASMR não-intencional diz respeito à uma resposta automática que surge a partir da influência involuntária daquele que a produz; como a cadência na fala, o timbre da voz, o sotaque, as idiossincrasias.
ASMR intencional é aquele produzido com o propósito de provocar esses estados no interlocutor. Esse tipo de ASMR é muito mais popular e geralmente confundido e generalizado com ASMR não-intencional. Inclusive, ele é o embrião da hipnose.
Qualquer ASMR aplaca os efeitos nocivos da frequência sonora inaudível, provocando euforia e relaxamento profundo. Bem como as frequências de batida binaural.
Ao escolher que tipo de ASMR deseja experimentar, dê preferência aos estados não-intencionais; eles partem de pessoas genuinamente tranquilas.
A Música
A harmonia presente nas canções remete ao cuidado, à um tipo de lógica sadia; e em conjunto com o ritmo das batidas e da voz humana, toda música tem o potencial de emocionar, marcar momentos e exprimir sentimentos alheios, promovendo catarse.
Ficamos com um refrão grudado na mente e ele pode ficar ali por dias e dias. Muitas vezes servindo de mantra subconsciente e que fará de nós autômatos em busca de um mundo que só existe naquelas palavras.
E quando a música marca um momento, ela pegará você outra vez lá na frente e lhe jogará o sentimento de nostalgia mais profundo possível, e lançará você de volta para o passado por alguns instantes.
Mas a música, assim como a voz humana, também é usada para manter a ilusão, vender tendências, conduzir e implantar ideias no imaginário comum. Por isso, esse é o segundo grande obstáculo: entender que a música pode estar sendo usada como propaganda e como maneira de imprimir no consciente coletivo uma marca, uma meta, um desejo, uma desesperança.
Quando as ondas atravessam o seu corpo, não há barreira que seja imposta contra a música. Ela irá encontrar suas pequenas partes e elas reconhecerão as notas como uma espécie de comunicado, e fará a leitura. Toda canção é um tipo de comunicação sofisticada e hermética e que não respeita necessariamente o entendimento racional do ouvinte.
Então o mais coerente é nos cercarmos com as mais diversas canções e exercitar o hábito de transformar a música num momento diário de reflexão, descontração, meditação e relaxamento.
Os Sons da Natureza
Nosso instinto encontra abrigo no som da chuva, que remete ao frescor da vida. Mas os relâmpagos podem trazer a sensação de urgência. Os pássaros cantam e poucos são os que verdadeiramente os escutam.
Ouvir os sons dos fenômenos naturais e da diversidade da vida na Terra é uma das maneiras de evitar o efeito nocivo da interferência inaudível.
Quando o ser humano contempla os sons da natureza ele descobre que há níveis de entendimento e que há um diálogo (ou uma tentativa de diálogo) a todo momento entre o observador e o observado.
A Contemplação
Parece simples, mas ficar parado é uma das maiores dificuldades humanas. Quando o indivíduo para, ele é obrigado a sentir-se.
A sensação de peso, durante uma postura imóvel, é importante para desenvolver a consciência de responsabilidade sobre si mesmo e exercitar a humildade, nos relembrando de nosso aprendizado.
Ao ficar parado, o ser humano contempla o mundo através de uma mente que não se confunde com o mundo, e a partir disso, todo indivíduo é capaz de entender o sentido dos próprios pensamentos, palavras e ações.
Conclusões
A insanidade humana é uma manifestação do subconsciente;
Os arquétipos, símbolos e objetivos estão em espiral decadente;
Os verbos imperativos potencializam a interferência inaudível;
A voz humana programa mentes humanas;
A voz humana aplaca os efeitos nocivos da frequência;
A música é uma comunicação sofisticada e hermética;
Toda música tem o poder de marcar a mente humana;
A música ameniza os efeitos da frequência;
Os sons da natureza são aliados;
A contemplação fortalece a capacidade de manter-se consciente.
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The Siege of Burning Grass
Há uma tendência interessante na ficção especulativa contemporânea: o esbater das fronteiras entre géneros, com autores a apropriarem-se de elementos e convenções da fantasia e da ficção científica para contarem as suas histórias em mundos imaginativos e complexos. Leitores que apreciem as suas histórias devidamente catalogadas e arrumadas nas suas caixinhas convencionais talvez torçam o nariz a estas novidades, mas quem apreciar tramas densas e modos narrativos alternativos em mundos mais originais, mais libertos, terá muito com que se entreter nestes dias.
The Siege of Burning Grass, o mais recente romance de Premee Mohamed, poderá ser um bom exemplo desta tendência: lê-se talvez um pouco como uma trama de fantasia, mas o mundo que Mohamed criou para esta história cedo atira o leitor para uma estrada sinuosa, com armamento tecnológico, ataques aéreos feitos por pilotos de pteranodons, e vastas cidades-fortaleza voadoras que se mantém no ar não sabemos bem como. Nem saberemos: há muitos pontos do worldbuiding de The Siege of Burning Grass que a autora não esclarece, e bem; cabe ao leitor preencher esses espaços e dar a sua própria cor àquele mundo.
Seja fantasia, ficção científica ou science fantasy: na prática, The Siege of Burning Grass lê-se sim como um travelogue (desculpem o excesso de anglicismos, falta-me aqui o termo em português), no qual seguimos Alefret, um homem enorme, feio, inteligente. Conhecemo-lo numa prisão remota, após ter sido ferido por "fogo amigo" quando ajudava à evacuação da cidade onde vivia; perdeu uma perna, foi detido por se recusar a combater, e no início da história está ao mesmo tempo a ver os seus ferimentos tratados enquanto é torturado em interrogatório - em tempo de guerra, o pacifismo é uma filosofia arriscada. Perante a guerra total e infindável entre os impérios de Varkal e Med'ariz, Alefret integrou um grupo pacifista dedicado a preservar a vida, seja de quem for; para as forças do país rival continua a ser um inimigo, e para as do seu país, passa a ser um traidor. Mas na prisão, após o tratamento e a tortura, é-lhe feita a proposta, por uma alta patente militar de Varkal, que coloca a trama em movimento: viajar até à frente de combate, infiltrar-se nas linhas do inimigo e estabelecer contacto com a oposição política do governo da última cidade voadora de Med'ariz para tentar colocar fim às hostilidades por fins pacíficos, uma vez que qualquer solução militar para o conflito parece impossível. É claro que continua a ser uma missão militar, e Alefret, que não é parvo, sabe que as chefias militares não lhe estão a contar tido, ou não tivessem escolhido para o acompanhar/escoltar o jovem Qhudur, um soldado fanático, cruel, e sanguinário - o oposto completo do protagonista.
Várias passagens dos primeiros dois terços de The Siege of Burning Grass trouxeram-me à memória duas histórias distintas. A primeira, algumas passagens que julgo subapreciadas de A Feast For Crows, quarto livro de A Song of Ice and Fire, quando, após todos os combates entre os exércitos dos pseudo-reis, acompanhamos Brienne numa longa viagem pelas Riverlands devastadas pela guerra, e vemos o impacto real do conflito na terra e nas gentes que nela (e dela) vivem, e que pouco ou nada interessam aos senhores feudais - e, em muitos casos, aos próprios autores e leitores de fantasia épica, mais interessados nas grandes batalhas, nos heróis e nos vilões, nos embates entre exércitos, no glamour do combate. A primeira metade de The Siege of Burning Grass segue muito por estes caminhos, mas com mais imaginação e melhor prosa: seguimos Alefret e Qhudur pela terra espoliada e vemos através dos seus olhos os resultados práticos da guerra. Com eles encontramos povoações destruídas, gente reduzida a feras por fome ou peste, grupos militares perdidos da sua cadeia de comando, sem objectivos a cumprir ou ordens a seguir. É aqui que me veio à memória uma segunda história, esta do cinema: Apocalypse Now, numa sensação reforçada pela escrita simultaneamente rigorosa e onírica de Mohamed, tanto durante a viagem como pela chegada ao caos da frente de combate, com o comando desfeito, a falta de quaisquer meios, a escassez de soldados e o recurso a quem está à mão para combater. Confirmamos que de facto não há qualquer glamour na guerra; quando começa o combate resta o caos e a sorte. E confirmamos quão verdadeiro é aquele velho cliché que diz que numa guerra, a primeira baixa é a verdade: nada do que os soldados ou os comandantes dizem é de fiar, todas as informações são imprecisas, e a propaganda abunda.
No mundo em que nos encontramos, com a guerra a fazer de novo parte do nosso dia-a-dia (desengane-se quem pensar que a Ucrânia ou a Palestina são "lá longe"), é possível que a leitura de The Siege of Burning Grass se revele algo desconfortável em alguns momentos; mas será também esse desconforto que torna esta leitura urgente e necessária. Premee Mohamed escreve muitíssimo bem, com uma prosa limpa, evocativa, algo melancólica, que nos coloca ao lado de Alefret na sua estranha odisseia; constrói um mundo fascinante, cheio de detalhes imaginativos (as vespas, que maravilha!), coloca questões incómodas e relvantes, e conta uma história que merece ser lida. Mais do que isso: é importante que seja lida.
Lançado neste ano, The Siege of Burning Grass já esteve nomeado para o Prémio Ursula K. Le Guin (era a minha aposta para vencedor), e suspeito de que será um dos mais fortes candidatos aos prémios de literatura fantástica no próximo ano. Foi um dos livros que sugeri no painel de sugestões do Fórum Fantástico deste ano; é sem dúvida um dos grandes livros de 2024, com uma história improvável, ambígua e pertinente que me conquistou por completo - e que fez de Premee Mohamed uma autora a seguir com atenção.
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GrounDinomon
Nível Adulto / Seijukuki / Champion Atributo Livre Tipo Ceratopsiano Campo Espíritos da Natureza (NSp) / Guardiões do Vento (WG) Significado do Nome Ground, Solo ou Terra em Inglês; Dino, de Dinossauro.
Descrição
Este vigoroso Digimon é capaz de causar pequenos tremores de terra apenas por se locomover, isso graças ao seu corpo rígido e pesado que também abriga uma enorme força física, usada tanto para se defender quanto para proteger seus aliados.
A pele duríssima que o reveste concede uma resistência física fora do comum e mesmo Digimons conhecidos por conseguir rasgar couraças passam por certa dificuldade contra GrounDinomon. Também tem como um orgulho pessoal o chifre de Cromo Digizóide em seu nariz, com o qual consegue cortar e criar fendas em rochas extremamente densas, e tal fato acabou por incentivar uma rivalidade – amistosa – entre ele e Monochromon, por essa razão é até comum vê-los disputando força toda vez que se encontram.
Muitos Digimons reúnem-se perto de GrounDinomon devido à sua personalidade, afinal está sempre tranquilo e bem-humorado, acolhendo todos como se fossem filhos. Gosta de um bom papo, principalmente quando está ensinando algo para seus protegidos, e tais conversas por vezes duram várias horas porque ele se empolga e não para de falar. Caso surja algum conflito, ele toma as rédeas da situação com muita serenidade e se dedica a encontrar uma boa solução para tais problemas.
Sua vontade de ajudar, cuidar e acolher os mais fracos é uma virtude pouco vista em tempos de conflito, e, sabendo que pode fazer a diferença, alguns de sua espécie curiosamente têm se deslocado para as Planícies Gélidas, a fim de ajudar um certo grupo de Digimons.
Técnicas
Tremor do Colosso (Colossus’ Quake) Cria um intenso tremor ao atingir o solo com seus braços, criando grandes espinhos de pedra ao seu redor.
Lâmina de Cinábrio (Cinnabar Blade) Usa seu chifre para criar uma lâmina de ar que devasta a área atingida como uma lança gigante.
Serra Grandiosa (Great Saw) Salta em direção ao adversário, girando seu corpo rapidamente para causar vários cortes com o chifre e os espinhos em suas costas.
Linha Evolutiva
Pré-Evoluções Deinomon
Subespécie ColDinomon
Artista Jonas Carlota Digidex Empírea
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20 de abril de 2021
Ninguém vai fazer por vc oq vc mesma deveria fazer.
Nenhum homem vai fazer por vc oq se passa na ficção.
Se vc está chorando, ele vai deitar e dormir.
Se está com dor ou passando mal, ele vai deitar e vai dormir.
Se vc quer atenção, ele vai jogar ou deitar e dormir.
Se vc só quer fazer as pazes e ouvir um pedido de desculpas, ele vai apenas ignorar e dormir.
Se vc faz algo errado, ele vai jogar na sua cara, mas se fizer algo certo ele não vai lembrar.
Eu pensei q eu seria feliz, mas eu deveria ter me feito feliz antes.
Agora eu não me acharia uma otaria, coitada, fraca.
Porque ninguém vai fazer por você o que vc mesma deveria fazer.
Homens das histórias de livros, filmes e séries não existem.
Romances são escritos por mulheres que queriam que os homens tivessem Aquilo que eles nunca terão: compreensão, sororidade.
E Não ache que trocar de homem seria solução. Eles são todos absolutamente iguais. São todos homens. E um homem nunca vai entender os sentimentos de uma mulher.
Homens de ficção não existem. Histórias de amor com "viveram felizes para sempre" não existem.
O príncipe não é encantado.
Homem bom, tá morto. Todos viram Santos quando morrem. Homem vira até "bom".
"Ele era tão bonzinho e prestativo." Diz quem nunca teve que deitar ao lado dele enquanto ele roncava e vc chorava.
Eles acham que precisamos deles pra tudo. Mas não conseguem achar um mamute na frente deles sem nossa ajuda.
Se ele te da comida e casa ele vai fazer questão de jogar isso na sua cara em vários momentos durante a vida.
Quando uma mulher trabalha e se sustenta não quer dizer que ela é orgulhosa que não precisa de ninguém. Quer dizer q ela não quer macho jogando na cara dela o pacote de arroz que compra.
Quer casar?? Case, mas antes seja feliz consigo mesma. Se ame e se valorize como se homem nenhum no mundo fosse merecer você.
Não seja uma trouxa que fica chorando enquanto ele dorme. Chute o filho da puta pro canto da cama e assista vídeos que te façam rir bem alto.
Ele não gosta da voz do Felipe Neto?? Vou assistir uma live dele gritando por duas seguidas. Sem fone de ouvido.
Ele quer dormir pra evitar conflito?? Ótimo, então sorria é mostre que o maldito macho não é capaz de te derrubar.
"Durma bem querido. Talvez vc durma pra sempre..."
Agora posso dormir em paz.
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Devocional diário
Vislumbres da Eternidade - Víctor Armenteros
Como resolver conflitos
Esaú passou a odiar Jacó por causa da bênção com que seu pai o tinha abençoado. E disse em seu íntimo: “[…] matarei meu irmão Jacó.” Gênesis 27:41
Esaú, um homem de ação, enveredou por um caminho sombrio ao decidir resolver uma afronta através do assassinato. Será que ele não sabia que não é assim que os conflitos devem ser resolvidos? Ele não sabia que existem maneiras mais sábias e justas de enfrentar os problemas do dia a dia? Geralmente aprendemos muitas coisas na escola – matemática, português, biologia, química… –, mas raramente aprendemos a solucionar nossos conflitos interpessoais.
Thomas e Killmann, dois pesquisadores comprometidos, dedicaram-se a investigar o assunto e descobriram que há cinco maneiras distintas de enfrentar um problema. O primeiro é o estilo competitivo, no qual o interesse pessoal é prioritário em detrimento da cooperação ou de uma solução justa. Esse estilo raramente resulta em soluções justas. Em contraposição, há o estilo de acomodação, no qual a pessoa aceita qualquer coisa para resolver a situação. Essa atitude, bastante comum em contextos religiosos, pode acabar gerando frustrações e problemas futuros.
O terceiro estilo é o de fuga, no qual a pessoa simplesmente ignora ou foge do problema, o que só o torna mais grave. O quarto estilo é o de compromisso, que pode avançar um pouco mais para uma solução justa, mas sem reconhecimento dos erros cometidos pelas partes envolvidas. O quinto e último estilo, que é o menos comum, é o de colaboração. Nesse estilo, ambas as partes reconhecem suas posições, dialogam e trabalham juntas para encontrar e afirmar uma solução justa.
Como cristãos, somos chamados a aplicar o estilo de colaboração em nossas relações interpessoais. Devemos reconhecer que nós, os outros e a paz somos importantes, pois somos chamados a ser pacificadores neste mundo. Não devemos buscar sempre vencer, ser submissos, fugir ou fazer acordos, mas sim ser pessoas que dedicam todo o seu ser para criar um ambiente celestial, de alegria e paz. Quando cumprimos essa missão, somos chamados de filhos de Deus e encontramos o real sentido da vida.
Não subestime o poder da colaboração e do diálogo sincero em seus relacionamentos. Abra o coração a Deus e deixe-O ajudar você a se tornar um verdadeiro pacificador.
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Reconstrução Síria num Contexto Regional em Mudança: Desafios e Oportunidades
Artigo escrito por - Alexandre Aksenenok - Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da Federação Russa, Vice-presidente da RIAC
A reconstrução da Síria é um dos principais e mais urgentes desafios do seu desenvolvimento pós-guerra. A guerra civil terminou por si só, mas o conflito em si continua sem solução e seu custo material é enorme. Sob as condições das sanções ocidentais e relações difíceis com os estados árabes do Golfo Pérsico, não há praticamente pré-requisitos para uma reconstrução extensiva e implementação de grandes projetos de investimento.
Nesta fase, apenas a chamada “recuperação precoce” é possível, que é destinada à manutenção da prosperidade da população e ao funcionamento do sistema social. Com recursos decrescentes, está se tornando cada vez mais difícil para o governo sírio manter a economia à tona e lidar com questões sociais. Ao mesmo tempo, a assistência externa de potenciais patrocinadores de tais obras continua sujeita a uma série de condições políticas na área de resolução de conflitos.
A situação econômica no país continua a se deteriorar enquanto os padrões de vida da maioria da população estão caindo. Neste contexto, o processo de reconstrução pós-guerra, que pode proporcionar alívio aos cidadãos sírios, está inextricavelmente ligado à política, à segurança e à restauração da integridade territorial do país por meios pacíficos e à reconciliação nacional. Além disso, também está condicionado à implementação de reformas de governança, tanto no centro quanto na periferia. Assim, o processo de reconstrução é multidimensional e requer certos compromissos. No entanto, nenhuma medida prática nessa direção foi tomada ainda pelas autoridades sírias.
Fatores externos como pressão de sanções, fragmentação do território nacional e controle americano contínuo sobre muitos dos recursos da Síria são apenas parcialmente responsáveis pela terrível situação econômica na Síria. Além disso, há sérios problemas na área de governança. Nos últimos anos, o sistema de administração pública foi significativamente transformado e tornado ineficaz sem um impacto externo significativo.
Em maio de 2023, as condições para a Síria atrair assistência externa eram mais favoráveis. Isso se deveu ao retorno do país à Liga Árabe, à tendência emergente de aliviar as tensões regionais e à construção de uma nova arquitetura de segurança no Oriente Médio. Apesar da normalização externa, não houve nenhuma mudança significativa nas práticas de cooperação de investimento e suporte financeiro para a Síria. Os Estados Árabes continuam a prosseguir com base na necessidade de implementar o princípio de “Um Passo por Um Passo”.
Damasco aposta na possibilidade de reformas políticas e no lançamento do Comitê Constitucional com o compromisso árabe de apoiar o Ocidente. Ao mesmo tempo, as autoridades estão se concentrando nas eleições parlamentares de julho de 2024. O processo de normalização das relações entre a Síria e a Turquia, iniciado em 2023 pela Rússia, também enfrenta dificuldades semelhantes.
Nesta fase, a situação dentro e ao redor da Síria não é propícia para alcançar resultados rápidos e superar a crise da economia pós-guerra do país. Rússia e Irã continuam a cooperação econômica com a Síria, mas as capacidades dos dois países não são suficientes para reconstruir a economia síria destruída. Existem três canais possíveis para suporte financeiro e técnico externo no curto prazo. Estes são o Fundo Fiduciário da ONU, isenções humanitárias das sanções dos EUA e de vários estados-membros da UE, bem como oportunidades do Programa de Desenvolvimento da ONU, sob o qual algumas obras de reconstrução estão sendo realizadas. Se o processo político avançar, vários estados árabes do Golfo também podem participar de atividades de reconstrução.
Situação socioeconômica na República Árabe Síria
A reconstrução da Síria é um dos desafios mais importantes e urgentes do seu desenvolvimento pós-guerra. A peculiaridade da situação desafiadora no país é que a guerra civil terminou por si só, mas o conflito em si continua sem solução. Suas causas raízes não foram abordadas, e as consequências socioeconômicas e políticas, agravadas pelas sanções ocidentais, continuam a ter um efeito desestabilizador. Com recursos domésticos limitados e financiamento externo insuficiente, há poucos pré-requisitos para uma ampla reconstrução e a implementação de grandes projetos. Nesta fase, estamos falando de nada mais do que obras de reconstrução para manter o sustento da população e o funcionamento do setor social como um todo, o que faz parte do conceito de “recuperação precoce” comum no Ocidente.
O termo “recuperação precoce” implica assistência humanitária que não abrange projetos relacionados à reconstrução econômica. Inclui trabalho em água, saneamento, eletricidade, logística comercial, reabilitação de redes de saúde e educação até aconselhamento sobre governança local, reintegração de refugiados e pessoas deslocadas 1 . Ainda não há uma linha clara traçada entre recuperação e reconstrução, e há debate entre os formuladores de políticas ocidentais sobre essa questão. Outro fato complica a situação geral. Por um lado, em 2020 e em 2023, vários tipos de “isenções”, “autorizações” e emissão de “licenças especiais” foram introduzidos para fornecer assistência humanitária à Síria para combater pandemias de COVID-19 e eliminar as consequências dos danos do terremoto. Por outro lado, os Estados Unidos estão aumentando a “pressão máxima” sobre a Síria e ameaçando sanções secundárias sobre os países, incluindo os países árabes, que estão prontos para fornecer apoio financeiro e material à Síria. Segundo vários especialistas europeus, as disposições sobre isenções de sanções não são eficazes na prática, não tanto por razões políticas, mas porque a multiplicidade de restrições adotadas nos últimos vinte anos se duplicam e criam um emaranhado de procedimentos burocráticos confusos 2 .
O principal problema é que o território da Síria é um espaço militar e político fragmentado. De fato, o país também desenvolveu várias economias paralelas:
Territórios controlados pelo governo sírio (cerca de 68%);
o nordeste, controlado pela Administração Autônoma Curda para o Norte e Leste da Síria (AANES), apoiada pelos militares dos EUA (cerca de 22%);
a “zona tampão” do norte da Síria, sob o controlo da Turquia e da Síria
milícias que apoia (cerca de 5%);
a zona da província de Idlib, controlada pela organização terrorista Hayat Tahrir al-Sham (proibida na Rússia) e governada pelo “Governo de Salvação Nacional” (cerca de 2%);
a zona de At-Tanf, dominada pelos EUA, no sudeste da Síria (cerca de 3%).
Como resultado, as comunicações econômicas e comerciais foram cortadas. Com recursos internos e externos cada vez menores, está se tornando mais difícil para o governo manter a economia à tona e lidar com questões sociais do que durante a fase ativa das hostilidades. Por sua vez, os EUA, a União Europeia e os estados árabes do Golfo estão impondo pré-condições que o governo sírio ainda não está pronto para atender.
A maioria dos sírios está lutando para sobreviver diante do aumento constante dos preços, escassez de alimentos, energia e combustível. De todos os pontos críticos de conflito na região, a Síria sofreu as maiores perdas. Elas estão na forma de destruição material, baixas humanas e um declínio na qualidade do capital humano. O dano total da guerra é estimado pelo Ministério das Finanças da Síria em US$ 300 bilhões 3 . Mais da metade da infraestrutura básica foi destruída. O sistema de saúde, um dos mais desenvolvidos no Oriente Médio antes da guerra, foi significativamente prejudicado.
Os padrões de vida da vasta maioria da população estão despencando. A pobreza em massa é um problema particular. De acordo com a ONU, 90% dos sírios vivem abaixo da linha da pobreza, 70% precisam de ajuda humanitária internacional e a expectativa de vida caiu em 20 anos 4 .
O ministro da Economia e Comércio Exterior Samer Khalil foi forçado a admitir que 2022 foi “o ano mais difícil dos últimos 50 anos 5 ”.
A situação econômica no país continua a se deteriorar. Não apenas nas províncias, mas também na capital, a população continua sendo forçada a viver com a falta de fornecimento sustentável de eletricidade (em algumas áreas, a eletricidade é fornecida por uma a duas horas por dia, em outras por uma hora a cada cinco ou seis horas), interrupções no fornecimento de água e escassez constante de produtos essenciais.
Os crescentes déficits orçamentários e a inflação galopante estão forçando as autoridades a reduzir o tamanho dos subsídios governamentais e estreitar o leque de beneficiários, o que antes mantinha os preços mais ou menos acessíveis. Com a produção em queda e as importações, incluindo importações falsificadas, os preços das commodities essenciais são determinados pela taxa de câmbio do dólar. Desde fevereiro de 2023, a lira síria se desvalorizou quase duas vezes e meia em relação ao dólar americano 6 .
As medidas tomadas pelo governo para aproximar as taxas oficiais e não oficiais da lira síria tiveram efeito limitado e não mudaram fundamentalmente a situação. Apesar do fato de o governo ter dobrado os salários no verão de 2023, a inflação literalmente “comeu” todo o ganho, e a renda da população diminuiu. Como resultado de tais ações, as compensações trabalhistas em equivalentes a dólares ficaram ainda menores. Os aumentos desenfreados de preços (em média cerca de 10% ao mês) em combustíveis e alimentos básicos como pão achatado, galinhas, ovos, azeite de oliva, etc. estão afetando particularmente dolorosamente a população. Cordeiro e outros pratos tradicionais de carne animal estão gradualmente desaparecendo da dieta diária da maioria dos sírios.
O Governo Sírio está fazendo esforços para mitigar as consequências sociais e políticas da crise da melhor forma possível, incluindo por meio de uma combinação de regulamentação de mercado e estatal e reforma parcial do sistema tributário. No entanto, além das influências negativas externas, há uma série de obstáculos internos objetivos à recuperação econômica, o que é virtualmente impossível sem um influxo de investimento dos Estados Árabes do Golfo e do Ocidente.
Esses são, antes de tudo, problemas na agricultura e a falta de recursos hídricos, que está ligada às mudanças climáticas. De acordo com o especialista agrícola sírio Jalal Al-Attar, em 2015, os volumes de água na parte síria do Eufrates diminuíram em 40% em comparação a 1972 7 .
Terremotos e secas frequentes afetaram as colheitas de trigo, deixando a Síria com uma escassez aguda dessa cultura estratégica, satisfazendo a demanda por ela com importações, inclusive da Rússia. A escassez de combustível complicou ainda mais a situação, exacerbando a crise energética. O problema é que, enquanto a demanda doméstica de petróleo é de 3 milhões de barris por mês, apenas 300.000 barris são produzidos em territórios controlados pelo governo 8 .
O restante do petróleo é produzido na zona curda AASIS (Administração Autônoma do Nordeste da Síria). Depois que os EUA, ocupando esta zona, impuseram um embargo de fato ao fornecimento de petróleo de lá para Damasco, há uma grave escassez de combustível nas áreas sob controle do governo. A escassez é compensada pelo fornecimento de petróleo do Irã e, em parte, da Rússia.
Novos desafios não militares, mas não menos perigosos, obrigam o Governo Sírio a avaliar adequadamente os riscos, assumindo que as ameaças reais são colocadas principalmente pela economia. Bolsões de protestos surgem periodicamente no sul e noroeste do país, mas uma forte deterioração nesta área pode levar a manifestações mais radicais das contradições acumuladas em suas formas mais inesperadas.
No entanto, na situação atual, a reconstrução econômica, que pode aliviar a situação da maioria da população, está inextricavelmente ligada à política, à segurança, à restauração da integridade territorial do país por meios pacíficos com base na reconciliação nacional e à reforma da administração pública no centro e na periferia. O processo de reconstrução é multifacetado e requer compromisso. No entanto, nenhuma medida prática nessa direção foi tomada ainda pela liderança síria. Isso é evidenciado pela análise da política doméstica e regional de Damasco no contexto da nova arquitetura de segurança emergente no Oriente Médio, levando em consideração a crise em Gaza e a natureza de suas relações com as principais partes interessadas e jogadores.
O retorno da Síria à Liga dos Estados Árabes: os resultados do ano passado
Em maio de 2023, foi tomada a decisão de renovar a filiação da Síria ao LAS, que havia sido suspensa desde o início da guerra civil em 2011. Isso foi seguido por uma série de etapas em direção à normalização com a Arábia Saudita. Isso inclui a abertura de missões diplomáticas em Damasco e Riad, troca de embaixadores (os Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Omã já haviam feito isso antes), visitas políticas recíprocas de alto nível, descongelamento parcial do comércio bilateral e retomada das viagens aéreas. Houve uma mudança de tom nas declarações "de cima para baixo" na própria Síria. O presidente Bashar al-Assad participou de duas reuniões de chefes de estado em Jeddah (LAS + OIC em maio de 2023) e Manama (LAS em maio de 2024), o que mostra pragmatismo nas abordagens à política internacional e regional. Certamente, a posição da Arábia Saudita é de particular importância para a Síria, já que Riad está ganhando peso na região e, junto com outros estados do Golfo, está melhor posicionada para mitigar a pressão exercida sobre a Síria pelos Estados Unidos e Israel.
A virada para o retorno da Síria ao vetor árabe ocorreu no contexto da tendência dos últimos dois anos para a construção de novas alianças regionais. Isso foi motivado por fatores como fadiga dos conflitos em andamento, a necessidade de cooperação econômica mutuamente benéfica diante da desaceleração do crescimento global e desilusão com a política dos Estados Unidos para o Oriente Médio. Sinais de alívio das tensões, uma espécie de distensão do Oriente Médio, incluem uma série de desenvolvimentos importantes nessa direção. A Turquia tomou o caminho da reconciliação com os estados árabes vizinhos. Durante a viagem de Erdogan à região do Golfo Pérsico (julho de 2023), muitos acordos econômicos foram assinados na Arábia Saudita, Catar e Emirados Árabes Unidos. A Turquia assinou acordos totalizando US$ 50,7 bilhões somente com os Emirados Árabes Unidos. Além disso, a Arábia Saudita assinou contratos favoráveis à Turquia para a compra de um grande lote de drones 9 . Houve uma reaproximação entre a Turquia e o Irã, a maioria dos desacordos internos que dificultavam o trabalho do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC) foram resolvidos, e o papel dos Emirados Árabes Unidos, Egito e Catar como moderadores dos conflitos no Líbano, Iraque e Líbia aumentou significativamente. A diplomacia do Catar e do Egito fez uma contribuição indispensável para negociar os termos do cessar-fogo na Faixa de Gaza. As discussões em andamento sobre os termos do reconhecimento de Israel pela Arábia Saudita, apelidado de "grande barganha", também se encaixam neste contexto.
É importante enfatizar que a nova dinâmica regional, incluindo a decisão de devolver a Síria à LAS, dificilmente teria sido possível sem a restauração das relações diplomáticas entre a Arábia Saudita e o Irã em março de 2023. Este grande avanço, precedido por esforços de mediação não apenas pela China, mas também pelos próprios estados árabes, contribuiu para a cura da região. A Síria também fez parte do amplo “pacote de acordo” saudita-iraniano.
Todas essas mudanças ainda não se tornaram irreversíveis, embora tenham sido testadas pelo conflito palestino-israelense, que se intensificou após 7 de outubro de 2023. A troca de ataques de mísseis entre Israel e Irã em maio deste ano não teve consequências negativas para a região. A Arábia Saudita assumiu uma postura equilibrada enquanto o Irã reduziu a presença de milícias proxy sob seu controle na região das Colinas de Golã, na Síria. Contatos políticos de alto nível, incluindo entre agências de inteligência sauditas e iranianas, continuaram inabaláveis. Acordos bilaterais de segurança também continuam em vigor. No Iêmen, apesar das escaladas no Mar Vermelho causadas pela crise na Faixa de Gaza, o cessar-fogo mais longo permanece em vigor enquanto a Arábia Saudita se retirou da interferência na área de interesses iranianos dentro da Síria e do Iraque.
Os estados do Oriente Médio preferem encontrar suas próprias maneiras de resolver os problemas internos acumulados e tentam evitar o ditame americano. A maioria deles está gravitando em direção a uma política de adaptação, diversificando sua política externa no contexto do confronto global em andamento. No entanto, não houve desenvolvimentos significativos em termos de abordar as questões práticas de cooperação de investimento e assistência financeira tão importantes para a Síria após a restauração de sua filiação à LAS. A Arábia Saudita e outros estados árabes continuam a acreditar que deve ser uma via de mão dupla.
A “cúpula” árabe em Jeddah decidiu formar um “grupo de contato” LAS de cinco estados (Egito, Arábia Saudita, Iraque, Líbano, Jordânia) e Síria. A declaração dos membros deste grupo afirma explicitamente o seguinte: “Enfatizamos a necessidade de medidas práticas eficazes em direção a uma resolução gradual da crise, passo a passo 10 ”.
Ou seja, a retomada da cooperação econômica é condicional. A Síria é obrigada a reafirmar sua seriedade na busca pela reconciliação nacional. Isso significa chegar a acordos com a oposição moderada por meio de um processo político baseado na Resolução 2254 do Conselho de Segurança da ONU, que também prevê emendas constitucionais e “eleições livres e justas” sob os auspícios da ONU.
Na fase inicial, a equipe ministerial do LAS criada para supervisionar a implementação dos acordos preliminares está priorizando questões como impedir o contrabando de substâncias narcóticas da Síria para os países do Golfo através da fronteira com a Jordânia, criando um ambiente seguro para o retorno de refugiados e a libertação de presos políticos não envolvidos em atividades terroristas.
Em termos de “recuperação antecipada”, o fluxo de recursos financeiros tem sido limitado até agora à ajuda humanitária do Centro especial que leva o nome do Rei da Arábia Saudita e outros Estados do Golfo para lidar com as consequências do terremoto de 2023. É indicativo que, com a reação tardia e politizada do Ocidente, 74% da ajuda humanitária urgente à Síria entre 6 e 13 de fevereiro de 2023, tenha sido fornecida por países árabes.
Bashar Assad, por sua vez, concordou em abrir duas passagens de fronteira adicionais da Turquia (Bab As-Salameh e Ar-Rai) no noroeste da Síria, região não controlada pelo governo.
No entanto, as esperanças dos cidadãos sírios por reconstrução pós-guerra e assistência de doadores externos não podem ser realizadas devido às sanções dos EUA. Desde o final de 2023, elas tiveram um impacto mais severo em terceiros países que cooperam com a Síria e também se tornaram extraterritoriais por natureza.
A imprecisão e a amplitude das sanções criaram uma atmosfera de “excesso de conformidade”, na qual potenciais governos doadores, empresas, organizações comerciais e ONGs tendem a jogar pelo seguro e evitar o envolvimento direto, mesmo em pequenos projetos.
Alguns estados do Golfo Árabe sinalizaram que estão dispostos a apoiar a reconstrução na expectativa de criar um contrapeso à influência iraniana, mas ainda não estão dispostos a correr o risco.
Resolução de conflitos
O Enviado Especial do Secretário-Geral da ONU para a Síria, Geir O. Pedersen, em briefings ao Conselho de Segurança, regularmente exorta a comunidade internacional a manter a Síria em foco, alertando sobre os riscos contínuos de um conflito não resolvido - alguns até dizem "esquecido". Em sua avaliação, a situação na Síria está em um estado de "impasse estratégico" e uma solução só pode ser encontrada na via política. O trabalho do Comitê Constitucional, criado com grande dificuldade com a assistência russa em 2019, está parado. Desde maio de 2022, ele está praticamente paralisado. Os próprios sírios não parecem mais capazes de negociar, ainda presos em delírios políticos. O governo se sente vitorioso, enquanto a heterogênea oposição não desiste de suas demandas e ambições.
Taticamente visto, Damasco está tentando envolver a Arábia Saudita em esforços de mediação e ofereceu Riad como um local para a retomada do Comitê Constitucional. O reino, por sua vez, até agora não demonstrou interesse em se envolver mais em assuntos inter-sírios, enquanto observa os desenvolvimentos em torno de Gaza e os esforços de mediação dos EUA para negociar os termos da normalização final com Israel, que incluem o comprometimento com uma solução para o caso palestino.
O resultado da reunião de 15 de agosto de 2023 do Grupo Ministerial Árabe no Cairo mostrou que a restauração das relações Síria-Golfo Árabe está passando por dificuldades significativas. O lado sírio vincula reformas políticas, incluindo o lançamento do Comitê Constitucional, ao compromisso dos países árabes de garantir o levantamento das sanções ocidentais, e também se refere às eleições parlamentares em julho de 2024. Em geral, Bashar Assad ainda não demonstrou disposição para fazer concessões, sem as quais é impossível obter a assistência necessária. A reunião do presidente Assad com o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman em Manama em maio não produziu resultados tangíveis. O texto da declaração adotada no final da “Cúpula Árabe” repete a posição árabe e não contém nenhuma indicação de qualquer mudança, e a próxima reunião do grupo ministerial da LAS sobre a Síria foi adiada indefinidamente 11 .
A diplomacia russa vem trabalhando há anos para aquecer o clima político em torno da Síria no mundo árabe e fornecer canais para investimento externo. Agora, após o retorno da Síria ao LAS, sua linha inflexível em um momento em que a maioria do povo sírio está à beira da sobrevivência é percebida em Moscou com certo descontentamento.
Síria–Turquia
Em muitos aspectos, a situação é semelhante ao processo de normalização das relações sírio-turcas. As rápidas mudanças nas dimensões globais e regionais em 2022-23 levaram os líderes da Síria e da Turquia a perceber que um maior equilíbrio à beira do confronto direto não é benéfico para ambos os países. O movimento em direção à reaproximação começou por iniciativa da Rússia, que vê o alívio das tensões militares e os arranjos políticos entre a Síria e a Turquia como uma das possibilidades para avançar um acordo de paz após o processo de paz em Genebra ter parado.
A faixa de território na fronteira sírio-turca representa um único “eco-espaço” em termos de economia, trocas comerciais, trânsito de pessoas e segurança. Dentro da Turquia, a questão do restabelecimento das relações está diretamente relacionada à crise migratória e à necessidade de retornar (repatriar) refugiados sírios, cujo número, apenas registrado, foi estimado em 3,3 milhões em meados de 2023.
Damasco também espera se beneficiar da reaproximação com a Turquia, dada a confirmação oficial do comprometimento do lado turco com os princípios da integridade territorial e da luta contra o terrorismo, embora haja profundas divergências sobre quem deve ser classificado como terrorista. No contexto da estrutura estatal da Síria, os acordos com a Turquia estão, em última análise, vinculados à solução de um dos problemas constituintes do acordo político - o problema curdo. Em meados de 2022, os canais de comunicação fechados entre os serviços de inteligência sírios e turcos demonstraram sua prontidão para continuar as negociações nos níveis militar e político, bem como seu interesse na assistência da Rússia. Mais tarde, um mecanismo de interação foi construído por meio de negociações sucessivas em três formatos: serviços de inteligência, ministros da defesa e ministros das Relações Exteriores. A adesão do Irã a esse processo deu a ele peso adicional. O resultado final da série de reuniões neste formato seriam as negociações de cúpula. Tal prontidão no
O lado turco foi oficialmente anunciado pelo presidente Erdogan 12 .
Em 2023, foram realizadas conversas no nível de defesa (25 de abril) e ministros das Relações Exteriores (10 de maio), precedidas por reuniões de nível de trabalho de vice-ministros. O processo de negociação foi muito difícil, tanto do ponto de vista organizacional quanto em termos do curso das discussões sobre diferenças substantivas. Os representantes russos conseguiram levar os participantes sírios e turcos a acordos provisórios sobre concordar com um roteiro e restaurar as relações com vistas à preparação para a cúpula. No entanto, não foi possível obter mais progresso.
O lado sírio insistiu em pré-condições, a principal das quais era o fornecimento de um cronograma para a retirada das forças turcas do território sírio. Sem compromissos concretos sobre essa questão, uma reunião com Erdogan em Damasco foi considerada prematura. A Turquia, embora demonstrasse disposição para normalizar as relações sem pré-condições, enfatizou a necessidade de uma garantia de segurança se as tropas turcas deixassem a zona tampão no norte da Síria.
As formações armadas das Forças Democráticas Sírias (SDF), que servem como espinha dorsal da Administração Autônoma Curda do Norte e Leste da Síria (AANES), são consideradas pelos turcos como uma organização terrorista. Portanto, a Turquia prefere resolver todo o conjunto de questões relacionadas à retirada de tropas gradualmente, à medida que as relações se normalizam e em conjunto com questões de segurança.
Caso contrário, como Ancara acredita, e não sem razão, a retirada das tropas turcas poderia levar a um novo surto de hostilidades em larga escala envolvendo organizações terroristas concentradas em Idlib e no noroeste da província de Aleppo.
Características do Sistema Político e Governança
A terrível situação econômica da Síria é apenas em parte resultado de fatores externos - o regime de sanções, a fragmentação do território, o controle americano contínuo sobre muitos dos recursos naturais da Síria. Além disso, há sérios problemas de governança. Sem mudanças aparentemente significativas, o sistema foi severamente transformado nos últimos anos, e sua eficácia declinou significativamente.
À medida que a redução da tensão militar avança, a própria falta de vontade ou incapacidade do Governo de estabelecer um sistema de governação que proporcionasse as condições para conter a corrupção, a criminalização e a transição de uma “economia de guerra” para relações comerciais e econômicas normais tornou-se cada vez mais evidente.
Hoje, o país tem várias verticais paralelas de poder: grupos familiares e de clãs; serviços especiais e forças armadas; o aparato estatal; a estrutura do partido Ba'ath; e instituições religiosas. Essas estruturas se sobrepõem, enquanto, ao mesmo tempo, competem entre si pelo controle dos fluxos financeiros.
Recentemente, uma rede de organizações sem fins lucrativos também foi formada, cuja influência está ligada à primeira-dama do país, Asma al-Assad. Cada uma das estruturas de poder opera em sua própria base de recursos, liderada por figuras-chave do círculo interno do presidente.
De acordo com as avaliações de economistas sírios proeminentes, o governo central em Damasco está falhando em recuperar o controle sobre a vida econômica nas províncias periféricas. Mesmo em áreas sob controle do governo, as “regras” da economia local ainda estão em vigor, com impostos generalizados sobre todos os tipos de comércio, trânsito, transporte, comboios humanitários para o benefício de uma cadeia de exércitos e forças de segurança privilegiados, intermediários comerciais e grandes empresários associados leais ao governo, tanto tradicionais, próximos à família do presidente, quanto os novos ricos que enriqueceram durante a guerra 13 .
O poder é consolidado por meio de um sistema de clientelismo. Governança multinível por meio de instituições estatais formais e uma rede obscura de relações socioeconômicas e confessionais, construída no princípio cliente-patrono. Esse sistema alimenta constantemente um ambiente corrupto na distribuição de fluxos financeiros e rendas naturais.
Os centros de influência e estruturas empresariais formadas durante os anos de guerra não estão interessados na transição para o desenvolvimento pacífico, enquanto na sociedade síria, nos círculos de empresários dos setores da economia real e entre parte do aparato estatal, há uma demanda por reformas (“A Síria não pode mais ser como era antes da guerra”).
***
A situação atual dentro e ao redor da Síria não é propícia para alcançar resultados rápidos e aliviar a crise em sua economia pós-guerra. Além disso, o Governo da República Árabe Síria hoje carece de uma estratégia abrangente para o desenvolvimento no novo ambiente. A liderança síria também carece da flexibilidade necessária e teme fazer concessões políticas que podem implicar riscos inaceitáveis.
Na prática, no entanto, há três canais para potencial assistência financeira e técnica externa para reconstrução. Um pré-requisito para isso seria que os Estados Unidos e os países da UE suavizassem sua posição sobre a normalização com a RAE em nível regional, dado que o lado sírio assumiu uma posição neutra na crise de Gaza e se absteve de apoiar o Hamas. Assim, tais canais possíveis para fornecer suporte à RAE incluem o Fundo Fiduciário da ONU, assistência de vários estados europeus e o Programa de Desenvolvimento da ONU, o que implica a implementação de obras de reconstrução separadas na Síria com um orçamento de US$ 692 milhões em 2024-2026 14 .
No segundo semestre de 2023, de acordo com as resoluç��es do Conselho de Segurança adotadas no período de 2022 a 2023, os serviços especializados da ONU, juntamente com o governo sírio, começaram a trabalhar na preparação do Programa de Recuperação Antecipada da Síria e no procedimento para seu financiamento por meio de um Fundo especial a ser criado para esses fins. O valor dos fundos a serem levantados é estimado em
US$ 500 milhões por um período de cinco anos. O aparato da ONU espera que, no contexto da crise em Gaza e da possibilidade de sua disseminação para países vizinhos, uma série de obstáculos à alocação de fundos sejam removidos. O fundo fiduciário apoiado pela ONU é visto como um canal alternativo para doadores cautelosos com sanções 15 .
A última oitava conferência de doadores da União Europeia realizada em Bruxelas no final de maio de 2024 demonstrou que há divergências entre os países europeus sobre a questão da reconstrução da Síria diante de uma situação humanitária em rápida deterioração. Enquanto a Alemanha e a França continuam a adotar uma linha dura, abrindo exceções apenas para áreas do nordeste controladas pela oposição, um grupo de oito estados-membros da UE (Áustria, República Tcheca, Chipre, Dinamarca, Grécia, Malta, Polônia) defendeu uma “reavaliação” da situação na Síria à luz do agravamento da crise humanitária. Este grupo de oito países europeus está mais interessado em criar um ambiente propício ao retorno de refugiados, o que deve ser facilitado por programas que se enquadrem na categoria de “recuperação antecipada 1617 ”. Assim, a reconstrução da Síria com recursos externos dos Estados Unidos, Europa e Estados do Golfo é essencial. Ao mesmo tempo, o problema da reconstrução pós-guerra da República Árabe Síria permanece politicamente condicionado. Ao mesmo tempo, as tensões militares e políticas no mundo e a pressão das sanções limitam a capacidade dos aliados da Síria, Rússia e Irã, de fornecer assistência financeira e econômica à Síria nas quantidades necessárias. A China, por sua vez, está tomando uma atitude de esperar para ver, limitando-se a declarações gerais de prontidão para fornecer financiamento.
O envolvimento militar da Federação Russa a pedidos do Presidente B. Assad, bem como sua firme posição política em nível internacional, permitiu que Damasco preservasse sua condição de estado, derrotasse inúmeras organizações terroristas e retornasse à órbita da política regional. No período pós-guerra, a Rússia também fez esforços significativos para fornecer assistência real à RAE na reconstrução de sua economia devastada. O governo está encorajando as empresas russas a trabalhar mais de perto com as empresas sírias em uma parceria público-privada e na base da nação mais favorecida, embora os "métodos de comando" não sejam mais tão eficazes na economia russa quanto eram nos tempos soviéticos. Ao mesmo tempo, o governo sírio é obrigado a tomar medidas consistentes em direção a uma estratégia de desenvolvimento abrangente, estabelecendo um sistema de administração pública central e local capaz de combater a corrupção. Além disso, espera-se tratamento preferencial para investidores estrangeiros, respeito à lei e uma transição antecipada de uma "economia de guerra" para relações comerciais e econômicas normais.
A Rússia também está fazendo uma contribuição importante para a reabilitação e modernização do setor de energia. As empresas russas que estão sob sanções estão participando da reconstrução das instalações de infraestrutura da FEC de petróleo, incluindo usinas hidrelétricas e refinarias, e também estão realizando trabalhos para explorar e explorar novos campos de petróleo e gás. A Stroytransgaz, em cooperação com parceiros sírios, está implementando um projeto para desenvolver a parte civil do porto de Tartus e, desde 2018, vem produzindo fosfatos, cuja exportação foi uma importante fonte de receitas em moeda estrangeira para o orçamento até 2011. Vale ressaltar que, no campo da reabilitação de infraestrutura de energia e transporte, a Rússia e o Irã mudaram recentemente da competição para a cooperação, complementando-se.
Uma análise abrangente das perspectivas para a “reabilitação” econômica da Síria no período pós-guerra mostra que essa tarefa urgente só pode ser resolvida pela coordenação de esforços em nível internacional. Este poderia ser um ponto de convergência entre os interesses de todas as partes, onde a assistência econômica e humanitária seria vista como inseparável do progresso na trilha política.
1 Al-Issa, Ibrahim H., Karazi H. Projetos de recuperação precoce na Síria e obstáculos políticos // Enab Baladi, 30 de maio de 2024. — URL : https://english.enabbaladi.net/archives/2024/05/early-recovery-projects-in-syria-and-political-obstacles/
2 Briefing: Quão “inteligentes” são as sanções à Síria // The New — URL: https://www. thenewhumanitarian.org/analysis/2019/04/25/briefing-just-how-smart-are-sanctions-syria
3 Ministro das Finanças da Síria: 300 mil milhões de dólares em perdas de guerra // The Syrian Observer, 23 de maio
— URL: https://syrianobserver.com/society/syrian-finance-minister-300-billion-in-war-losses.html
4 Conselho de Segurança: 12 anos de guerra deixam 70 por cento dos sírios precisando de ajuda // UN News, 25 de janeiro — URL: https://news.un.org/en/story/2023/01/1132837/
5 2022 Pior desempenho econômico em 50 anos: Ministro da Economia do regime promove decisões mágicas // The Syrian Observer, 3 de fevereiro de 2023. — URL : https://syrianobserver.com/news/81565/2022-worst-economic-performance-in-50-years-regimes-economy-minister-promotes-magical-decisions
6 República Árabe Síria: Visão geral das necessidades humanitárias em 2024 (dezembro de 2023) // org, 21 de dezembro de 2023. — URL : https://www.unocha.org/publications/report/syrian-arab-republic/syrian-arab-republic-2024-humanitarian-needs-overview-december-2023
7 Fonte: pessoal do autor
8 Polyakov Síria em 2023: Declínio e esperanças não realizadas (Polyakov D. Siriya v 2023 Godu: Upadok i Nesbyvshiesya Nadezhdy) // RIAC, 11.01.2024. — URL: https://russiancouncil.ru/analytics- and-comments/analytics/siriya-v-2023-godu-upadok-i-nesbyvshiesya-nadezhdy/?sphrase_ id=146557723
9 Dalay Política externa turca em um mundo desequilibrado // Conselho do Oriente Médio sobre Assuntos Globais, 30 de maio de 2024. — URL: https://mecouncil.org/publication/turkish-foreign-policy-in-an-unhinged-world/
10 Hendawi Síria recebe retorno condicional à Liga Árabe // The National, 7 de maio de 2023. —
URL: https://www.thenationalnews.com/mena/syria/2023/05/08/arab-league-syria-return/
11 Texto integral da Declaração do Bahrein da cimeira da Liga Árabe // The National, 16 de maio
— URL: https://www.thenationalnews.com/news/mena/2024/05/16/full-text-arab-league-summit- bahrain-declaration/
12 Dalay A nova narrativa da Turquia sobre a Síria // Conselho do Oriente Médio sobre Assuntos Globais, 24 de outubro de 2022/
— URL : https://mecouncil.org/blog_posts/turkeys-new-syria-narrative/?utm_campaign=MECGA%20Soft%20Launch&utm_medium=email
13 Aksenenok A. Guerra, Economia, Política na Síria: Links Quebrados (Aksenenok A. Vojna, Ekonomika, Politika v Sirii: Razorvannye Zven'ya) // Valdai Club, 17.04.2020. — URL: https://ru.valdaiclub.com/a/destaques/voyna-ekonomika-politika-v-sirii-razorvannye-zvenya/
14 Síria: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento // org. — URL: https://www.undp.org/
Síria
15 Al Dassouky A. Early Recovery Trust Fund na Síria: Uma abordagem técnica com implicações políticas e riscos associados // OMRAN Strategic Studies, 16 de maio de 2024. — URL: https://www.org/index.php/publications/papers/early-recovery-trust-fund-in-syria-a-technical- approach -with-political-implications-and-associated-risks.html
16 Bruxelas VIII: Um ano de crise prolongada e desafios não resolvidos para a Síria // The Syrian Observer, 4 de junho — URL: https://syrianobserver.com/refugees/brussels-viii-a-year-of-prolonged- crisis-and-unresolved-challenges-for-syria.html
17 membros da UE dizem que as condições na Síria devem ser reavaliadas para permitir o retorno voluntário de refugiados
// AP World News, 7 de junho de 2024. — URL: https://apnews.com/article/migrants-refugees-syria-eu-lebanon-safe-zones-returns-3b52a8b2d55acb6838c1e34916638f4b
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ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ i'm the son of rage and love, the jesus of suburbia. the bible of none of the above, on a steady diet of soda pop and ritalin. no one ever died for my sins in hell, as far as i can tell. 'least the ones i got away with. and there's nothing wrong with me, this is how i'm supposed to be. in a land of make believe that don't believe in me.
ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤkang nakyum. jonny, nascido há 25 anos. vocalista do dead girl's tears e garçom em um bar em itaewon. residente do haneul há 5 anos.
ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ( + ) destemido ;ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ( - ) relapso ;
━━ TRIVIA ;
(3/11), escorpiano
panssexual
formado em administração
━━ BACKSTORY ;
tw: uso excessivo de drogas, álcool, conflitos familiares
Pai com um bom emprego em um escritório de contabilidade, mãe dona de casa e dois filhos bem educados, alunos de uma boa escola particular. Família de classe média digna de comercial de margarina. É nesse cenário que as primeiras memórias de Kang Nakyum se originam. Uma família comum, sem grandes conflitos e nada que os tornasse excepcionais. E, infelizmente, era aí que estava o problema. A normalidade daquela vida provocava no caçula da família um sentimento muito grande de revolta. Porque ele não gostava da calmaria, jamais gostara. Preferia a bagunça, o barulho, música alta como trilha sonora de aventuras pelo terreno da família. Por isso, os vizinhos sempre sabiam de quem eram os gritos ou quem tinha quebrado alguma coisa - sem querer, obviamente.
Com o passar dos anos, os esforços dos pais para conter a personalidade hiperbólica do filho mais novo só fez crescer. Diversas atividades extracurriculares para que exercitasse a concentração e ficasse ocupado tempo o bastante para não sobrar energia para gastar em casa. Broncas e castigos se tornaram frequentes quando Nakyum passou a pensar com a própria cabeça. A ter seus ideias e sua própria visão do mundo, que diferia imensamente da dos pais. O que era surpreendente e assustador para todos que conheciam a família, já que com Sangho, o filho três anos mais velho, nada disso jamais mostrara-se necessário.
Problema número dois. Nakyum estava sendo criado à sombra de seu irmão, encaminhado para pisar nas mesmas pedras que o outro, uma vez que o mundo parecia girar ao redor do Sr. Perfeição, como costumava chamá-lo, e tudo dava certo para ele. Ele nem era carismático, só tinha uma personalidade extremamente passiva. O que também irritava Nakyum. Para não dizer que era um filho tão ruim, ele tentara. De verdade, tentara enfiar-se no molde onde seu irmão fora criado, mas era inegável que não cabia lá. Mesmo que não soubesse ainda qual era o seu lugar no mundo, já tinha certeza absoluta que não era ao lado de sua família, infelizmente.
━━ NOWDAYS ;
O motivo derradeiro que o fizera sair de casa fora a cartada final de seu pai. Em uma última tentativa de manter o caçula na rédeas (depois de buscá-lo pela segunda vez na delegacia por desordem e desacado), o Sr. Kang avisou ao caçula que iria casá-lo com a filha de um colega de trabalho. Na cabeça da família, a responsabilidade de um casamento colocaria fim as “aventuras incabidas” de Nakyum. Opunhar-se ao casamento acabou com seu pai dizendo que enquanto eles vivessem sobre o mesmo teto, Nakyum teria que seguir as regras dele. A solução era óbvia, então.
Mas se ele dissesse que sabia o que estava fazendo quando juntou seus pertences e saiu pela porta da frente, sem olhar para trás, estaria mentindo.
Por sorte, tinha um emprego e amigos que emprestaram o sofá por algumas semanas até que seu pai aparecesse para tentar convencê-lo a voltar para casa. A conversa fora longa e cansativa, terminando com a promessa de que não largaria a faculdade, já que isso garantiria as noites de sono de seu pai. No entanto, não voltaria para casa da família e jamais tornaria a aceitar ordens de quem quer que fosse. E aquela segunda era uma promessa para si mesmo. Já que estava largado no mundo, como sempre quis, faria suas próprias regras.
Mesmo que dinheiro na mão fosse legal, Nakyum decidiu investir parte do seu salário em um apartamento meia boca que era melhor que seguir morando de favor na sala dos outros. Dizer que agora a vida está boa é mentira, ser um adulto responsável é uma droga. Porém, é o preço a pagar se quer seguir sua vida como bem entende. Era a sua escolha e não se arrependia dela. Mesmo com as responsabilidades, trabalha em um lugar legal e compartilha o amor pela música com pessoas muito especiais, faz o que quer e quando quer. Não são alguns boletos que vão fazê-lo reclamar, não vai levar nenhum centavo consigo quando morrer, de qualquer jeito.
E parecia que a vida estava nos eixos, de certo modo, até sua família voltar para a sua vida. Nakyum foi convencido pelo pai e o irmão mais velho que se internar para tratar o vício em álcool em drogas seria uma boa ideia. Todavia, a coisa toda foi muito mais manipulação do que Nakyum totalmente certo de que era o que queria. E foi assim que tudo deu errado. A intenção foi um inferno em sua vida e com isso, ele perdeu tudo o que tinha: seu posto na banda, seu emprego no bar e até mesmo o apartamento. Seu irmão entregou o seu apartamento, por pura vontade de deixá-lo no chão de novo. E foi assim que Nakyum foi morar com um dos seus melhores amigos e antigo vizinho de porta, por não ter mais a quem recorrer. Ainda assim, está tentando fazer seu esforço valer a pena e está limpo há quatro meses.
━━ PERSONALITY ;
Considerando a existência de Jonny, sua persona, há alguns anos seria possível dizer que existiam duas personalidades absolutamente opostas habitando o mesmo corpo. Aquele rapaz enérgico, elétrico e absolutamente divertido que subia nos palcos das casas noturnas e clubes undergrounds pela cidade, e aquele que sentia que tinha falhado com todos aqueles com quem se importava. Entretanto, atualmente não é mais assim e o motivo é tão simples quanto pode ser abstruso: o rapaz aprendeu a viver sem remorsos. É assim que Nakyum leva a vida depois de anos se culpando por algo que os outros julgavam errado. Fazer as pazes consigo mesmo exigiu trabalho árduo e enorme dedicação, mas foi bastante recompensador. Estar em paz com a própria existência permitiu ao jovem trazer de volta traços de personalidade que jamais deveriam ter desaparecido ou estarem escondidos sob uma grossa camada de incertezas.
Nakyum é naturalmente charmoso e visualmente atraente. Mesmo com a péssima postura, comportamento ousado e um sorriso sacana. Simpático e efusivo, costuma ser uma figura convidativa, receptiva, que gosta de fazer com que as pessoas se sintam à vontade e confortáveis em um ambiente ou situação. Kyum é, também, bastante afetuoso. Gosta de dar e receber carinhos a níves que não se limitam ao romântico. Sabe se divertir como ninguém e sempre se dá ao luxo de aproveitar as situações. Gosta disso, da farra, da diversão, de boas companhias.
Entretanto, não há personalidade brilhante que exista sem um lado cabalístico. Há quem culpe aquele lado caliginoso ao fato de ser do signo de escorpião. Outros culpam o comportamento dos pais. Há uma linha tênue que, se cruzada, faz com que a intensidade de uma pessoa se torne problemática. E Nakyum é extremamente intenso. Sua entrega é sempre total, de corpo e alma e isso, por vezes é um tiro no próprio pé. Porque tudo o que sente pode ser ampliado à menor faísca. E inflamar até corroer as entranhas. Da alegria à lugubridade, não há meio termo. Intransigente e inclemente, não muda de ideia, não hesita e não esquece. Ciumento, impulsivo, e com uma enorme capacidade para tornar-se emocionalmente dependente. A própria destruição vem em doses homeopáticas, porque cuidado é sempre bom. Uma força que não pode ser contida, tal qual um furacão com capacidade de destruição em massa.
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Caridade entre nós
1 A Doutrina Espírita no amparo do Cristo de Deus é o campo de serviço, a que somos chamados para agir em Seu Nome.
2 Compreendemos que todos comparecemos ao engajamento, tais quais somos e como estamos: — em dívida ou em luta, carregando o fardo de nossas imperfeições e conflitos.
3 E, unicamente trabalhando, encontraremos o desgaste das forças que nos compete alijar de modo a servir com segurança.
4 Por isto mesmo, não nos esqueçamos: se a dificuldade aparece, sejamos o ponto que favoreça a supressão dos obstáculos, sem agravá-los; 5 se a discórdia nos impele a tumulto, recorramos à paz sem menosprezo da verdade, colocando a verdade em amor, a fim de que o amor nos reúna, acima de quaisquer circunstâncias, procurando os objetivos que nos cabe atingir; 6 se a sombra nos envolve, acendamos a luz da oração, por dentro de nós, com a certeza de que se a prece nem sempre modifica o ambiente externo de nossas realizações, sempre nos rearmonizará no íntimo da alma, induzindo-nos a ver com clareza e entendimento as questões do caminho; 7 se a provação nos visita, usemos a paciência que o conhecimento da realidade nos infunde, reconhecendo que não bastará medir o sofrimento para extingui-lo e sim trabalhar incessantemente no auxílio aos outros, porque através dos outros, o Senhor nos estenderá o socorro necessário; 8 se incompreensões nos examinam a capacidade de amar, convertamo-nos em companheiros mais dedicados ao bem daqueles irmãos que, porventura, se nos façam instrumentos de melhoria espiritual; 9 se a crítica surge à frente, busquemos anatomizá-la, a fim de assimilar-lhe as lições justas, desfazendo enganos ou refazendo tarefas, sinceramente dispostos a contribuir no sustento da harmonia geral; 10 se recursos escasseiam na hora em nossas mãos, doemos um tanto mais de nós mesmos, em serviço e compreensão, no socorro às necessidades alheias, convencidos de que pelo idioma inarticulado do dever cumprido, Deus suscitará novos cooperadores e companheiros que nos reforçarão as possibilidades nas tarefas que nos reclamam presença e atividade, no dia a dia; 11 se óbices, reparações, desuniões, fracassos, sofrimentos, desistências, desafios, lágrimas, deserções, conflitos e tribulações, sejam quais sejam, aparecerem junto de nós, que a luz de nossa fé se transforme em nós no recurso preciso a fim de que os esquemas do Cristo se façam realizados por nós, com o esquecimento de nós mesmos…
12 Nesse caminho da caridade, devemos seguir todos, porque se fora dela não há recuperação para ninguém, fora do serviço que a expressa nenhum de nossos problemas encontrará solução.
Bezerra de Menezes
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solie, senta q vem história!! tem uma menina que eu considerava melhor amiga no ano passado, só que eu descobri que ela tava falando mal de mim, falando que eu tava chata e que eu so ficava falando do menino que eu gosto, só que, não era bem assim, era mais ao contrário, pq ela vivia ( e ainda vive) falando de um menino ai que faz ela de trouxa, termina com ela qnd ele quer e volta qnd quer, e ainda teve a história que em novembro ele tava ficando com a amiga dela e em dezembro tinha voltado com ela!! (ela não se toca), ai agora ela ta conversando comigo como se nada tivesse acontecido e como se tudo tivesse resolvido, me chamando de lolo(meu apelido) e os krai! ai eu te pergunto, oq q eu faço com essa menina que além de trouxa é falsa e não consegue sustentar uma amizade direito
enfim, é isso solie, bj 💕
amiga, mete o pé! (é o que eu faria)
É uma situação claramente desconfortável, especialmente se ela for o tipo de pessoa que não costuma buscar uma solução para os conflitos de vocês duas. Se ela te procurasse pra conversar e tentar resolver as coisas entre vocês, a história seria outra (aí viria de você reavaliar a amizade de vocês). Mas como, nesse caso, ela só tá tentando seguir em frente com a amizade por puro conforto: foge! Qualquer tipo de relacionamento que se preze tem que se sustentar em uma boa comunicação, senão vai ficar essa "ferida aberta" na amizade de vocês (e eu garanto: ela vai vir a tona no mínimo desentendimento que vocês tiverem no futuro).
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Ch-ch-changes…
🌟 Novidades
Estamos experimentando uma reformulação da página de atividades na web para dar destaque aos “Iguais”, às pessoas que você segue e aos itens não lidos! Confira este artigo para obter mais informações.
Agora é possível acessar o editor de posts em massa diretamente pelo menu “Conta” da web. Basta clicar no ícone da pessoinha para abrir o menu, onde você verá o link para o editor.
No formulário de posts da web, removemos vários atalhos de teclado para inserir ou transformar blocos de texto em outros formatos. Esses atalhos podem entrar em conflito com atalhos já suportados pelo sistema operacional. Eles também eram redundantes com o menu de inserção de blocos, que você pode acessar digitando uma barra (/) em um bloco de texto vazio. Continue digitando após a barra (por exemplo: /image) para procurar o bloco desejado.
Adicionamos novos selos para compra no TumblrMart: Selo do artista “Aberto a comissões”, “Selo do venerador Goncharov” e “Selo do Coppy”. Corra para conferir! No momento, apenas um desses selos pode ficar visível em seu blog, mas fique de olho às atualizações.
Fizemos uma pequena atualização no design de contagem das notas para ficar mais claro que se pode clicar/tocar nelas.
Adicionamos um novo mecanismo de busca para considerar as URLs usadas nos posts: agora os posts do Tumblr mostram um link para a URL que você procura.
Nossos documentos públicos na API foram atualizados com informações sobre como silenciar as notificações push e de atividades. E vem mais por aí na interface real do Tumblr!
🛠️ Melhorias
Corrigimos um problema na web que tornava possível reblogar ou colocar um post na fila acidentalmente ao recarregar a aba ou ao fechar o navegador, respectivamente.
Agora na web, não é mais possível acionar atalhos de teclado repetidamente ao manter uma ou mais teclas pressionadas.
Corrigimos um problema no formulário de posts da web que fazia com que o limite de 140 caracteres nas tags fosse tratado como exclusivo, permitindo somente tags de até 139 caracteres. Agora já permitimos 140 caracteres completos, como pretendido.
Corrigimos um erro que fazia com que uma miniatura com conteúdo adulto aparecesse nas atividades do blog quando alguém reutilizava um de seus GIFs em um post com conteúdo adulto.
Ao obter a lista de notas de um post usando a nossa API, ela agora fornece o objeto “avatar_url” como outros endpoints semelhantes.
Corrigimos um erro na web que impedia o reblogue rápido/fila rápida do primeiro post do feed “Seguindo”.
🚧 Em andamento
Semelhante à correção mencionada anteriormente, agora estamos cientes de mais teclas de atalho acionando ações indesejadas, como reblogue ou envio à fila acidental. Estamos trabalhando em uma solução: fiquem de olho nas atualizações.
Se você comprou selos, mas não os recebeu, entre em contato com o suporte.
Estamos cientes de que o aplicativo Android ainda apresenta alguns problemas quando alguém insere tags com 140 caracteres. Estamos trabalhando para corrigir isso também. No momento, para concluir a ação, você precisa pressionar “Pronto”.
🌱 Vindo por aí
Estamos trabalhando em melhorias no “Jardim de Temas” para poder destacar temas “compatíveis com NPF”, o que significa que eles serão configurados de forma que todos os posts tenham a aparência planejada por seus editores. Leia mais sobre o que queremos dizer com isso aqui (post em inglês).
Está tendo algum problema? Preencha o formulário de ajuda e entraremos em contato com você assim que possível!
Deseja enviar comentários e sugestões? Confira o blog “Work in Progress” e comece a conversar com a comunidade.
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A Série Para Os (Dro)Nerds
Sᴇ́ʀɪᴇ ᴅᴏ Mᴇ̂s: Droners.
Sɪɴᴏᴘsᴇ Oғɪᴄɪᴀʟ: Em Terraqua, um mundo coberto por 95% de água, o génio da eco-tecnologia Wyatt Whale organizou a Whale Cup, competição de corrida de drones que acontece em todas as partes da região, para escolher quem será o seu futuro aprendiz. Cada corrida acontece num local diferente e ser o melhor piloto nem sempre significa que se tem as melhores chances de vencer ... As equipas precisam de analisar o circuito e adaptarem-se ao seu ambiente natural. Eles farão os truques mais loucos e testarão a sua coragem para competir contra os oponentes mais ferozes. Mas os Tikis não procuram apenas a glória: tornarem-se nos novos aprendizes de Wyatt Whale também é a sua única chance de ter acesso a mais eco-tecnologias e encontrar uma maneira de evitar que a sua ilha afunde debaixo de água. O fracasso não é uma opção: o destino do arquipélago dos Tikis depende da sua vitória.
O Qᴜᴇ Mᴇ Aᴛʀᴀɪᴜ: Andava eu pelo Sic K e arredores à procura de novas séries de animação e do nada, apareceram os Droners. Nunca tinha sequer ouvido falar da série mas a sinopse e a capa puseram-me curiosa, quem não adora drones e uma competição dramática de alto risco numa ilha? Ao ver o primeiro episódio também fiquei apegada devido à animação: é linda, colorida e parece feita para pôr o espectador feliz. Para os fãs de Wakfu (sei que há muitos mais fãs do jogo do que da série, principalmente fora de França), isto é para vocês, digo já, a animação parece ser exatamente do mesmo tipo, é parecidíssima, mas com cores mais vivas. (E eu sei do que estou a falar, o meu irmão viu a série mil e uma vezes e ele próprio atesta às semelhanças com os Droners). Por último, o facto de ser uma série francesa inspirou-me logo confiança, tal como no caso das séries sobre futebol, quase todas os programas que vi produzidos por estúdios franceses foram inesperadamente bons: Lolirock, As Espias!, Code Lyoko, Miraculous (ainda que com os seus defeitos)... acho que as séries italianas seguem o mesmo padrão mas isso é conversa para outro dia.
Dᴇsᴛᴀǫᴜᴇs: Há muito a adorar nesta série. Para aqueles que querem séries leves com episódios fomulaicos onde sabem com que podem contar, Droners é para vocês, a maioria dos episódios seguem esta estrutura básica: 1-Há um circuíto novo com desafios inesperados; 2- Os Tikis têm dificuldades na corrida de preparação por terem um drone mais simples que os outros; 3- São obrigados a usar a inteligência e a explorar a natureza das ilhas para encontrar uma solução no ecossistema; 4-Usam a solução inovadora na corrida final e ganham, além de resolverem algum conflito pessoal. Se quiserem passar pela série sem pensar muito, isso é totalmente possível, podem aproveitar as cores e a diversão e ter uma experiência agradável enquanto se imaginam a pilotar os drones. Para mim, séries assim são perfeitas para desanuviar mas para os que, por outro lado, acham isto repetitivo e aborrecido, não se preocupem, porque é aí que reside a magia dos Droners, há uma camada adicional de história a acontecer para quem se quiser envolver. Os primeiros episódios são os mais fraquinhos e habituam o espectador a um ritmo pacato sem grandes surpresas, mas a meio da temporada as coisas mudam, as dicas e informações sobre o funcionamento de Terraqua, um mundo que à primeira vista parece funcionar à base da fantasia e não ter grande conexão ao nosso, aumentam, mostrando que afinal não é um lugar assim tão diferente da nossa Terra. A história do que levou os participantes à competição e do que se passa nas suas respetivas ilhas a nível cultural e até mais é a minha parte favorita desta série, os criadores são espertos e para manter esse interesse vão revelando muito pouco de cada vez, exigindo algum raciocínio para conectar as coisas antes do final explosivo da primeira temporada, onde Wyatt (Wilson pela tradução) parece dar aos Tikis tudo o que eles sempre quiseram, mas ao custo de relações, confiança e até edifícios arruinados, virando tudo de pernas para o ar e redefinindo quem está no papel de vilão e de herói. Além da história e do mundo, os Droners também têm personagens muito interessantes, só a nível de design toda a gente é única e a forma como se apresentam reflete exatamente as suas origens e personalidade. Os quatro protagonistas (que tinham nomes brutais na língua original que por razões que não fazem sentido foram traduzidos para nomes portugueses genéricos) parecem um pouco básicos no início, mas revelam ter passados e habilidades que não se esperavam, especialmente a Clara (porque raio mudaram Corto para Clara?) que vai crescendo e mostrando que não é simplesmente alguém com a mania de barafustar com tudo e todos, é um prodígio que sacrificou muito para chegar onde está e Henrique (não aceito este nome) que literalmente viveu na selva! O resto do elenco é cheio de diversidade e complexidade e é tão satisfatório de conhecer como os protagonistas, especialmente quando está a criar relações com eles (ouvi dizer que na temporada 2 as coisas viram com a Clara e que ela não fica com quem eu queria que ficasse, por favor digam-me que isto não vai ficar um romance de inimigos para amantes, POR FAVOR, ele ser giro não justifica nada). Há também que mencionar a dinâmica dos movimentos dos personagens, quase me esquecia, as batalhas de drones são animadas com uma fluidez e precisão impressionantes.
Cᴏɴᴄʟᴜsᴀ̃ᴏ/Oᴘɪɴɪᴀ̃ᴏ Fɪɴᴀʟ: É uma série ótima e só aceito que não falem muito dela ainda porque é muito recente, especialmente em Portugal. Realmente, os Droners oferecem tudo: há a história de um mundo misterioso, personagens complexas que não têm intenções tão óbvias como aparentam, um bocadinho pequenininho de romance para quem precisar das borboletas, o conceito de amigos que se tornam família por escolha, espíritos antigos e poderosos que antes governavam tudo e que agora se limitam a correr dentro de drones e a ser mal humorados, batalhas em circuitos épicos, um ambiente tão mágico como tecnológico, um monte de miúdos com mais às costas do que deviam, uma ilha literalmente feita de doces com gomas ursinho agressivas... O que se pode pedir mais? Bem, outra temporada, mas para isso têm de ver a que está disponível agora. Para quem quer uma série com a estética de Wakfu, criaturas que atuam quase como Pokémons e um mundo em risco estilo Ōban Star-Racers.
E é tudo, despeço-me com o mimo que é esta animação!
Assɪɴᴀᴅᴏ: Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ 𝐿𝓊𝓏 Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ
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