#solavanco
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escrevisobrevoce · 9 months ago
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Antes eu queria que você soubesse o que me fez passar, pelo o que eu senti, o quão perdido, solitário e indefeso eu fiquei. Mas o tempo cura tudo, e me curou dessa ânsia de querer que você me notasse, que me visse, que estivesse ali. A melhor coisa é poder olhar suas publicações e ver que não sinto mais nada, até que um dia a gente se esbarre e o coração não dê sequer um solavanco.
- Camaleão
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harriedoll · 9 months ago
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𖹭 Wheels On The Bus 𖹭
"Harry sempre pega o ônibus mais cedo para poder vestir sua sainha curta e se exibir para o motorista gostoso."
𖹭 Voltei, finalmente!
tags: hinter • desuso de camisinha • palavras de baixo calão como: bucetinha, cacete, pau, grelinho, xotinha • leve diferença de idade
𖹭 Se algo citado acima te incomoda, não leia e pule por favor.
𖹭 Word count: 5330
𖹭
"I know the driver sees it, I know he's peeking in the rearview mirror" - Wheels On The Bus, Melanie Martinez.
Harry estava estressado. Ele se encontrava no ponto de ônibus uma hora mais cedo, suas amigas haviam decidido fazer o trabalho antes da aula. Ele tentou protestar contra a ideia, mas no final todas votaram que era melhor assim. Claro, todas elas tinham carro e não levariam mais que trinta minutos para chegarem na faculdade. Harry sentia que poderia chorar de tanto sono. Obviamente ele não poderia deixar de se cuidar, acordou duas horas mais cedo que o habitual para poder tomar banho, arrumar seus cachinhos e se maquiar.
Realmente ponderou deixar aquele trabalho de lado quando avistou o ônibus se aproximando do ponto. Ele já estava lotado, com pessoas em pé até mesmo antes da roleta. Isso sem contar as pessoas que iriam subir no mesmo ponto que ela. Frustrante.
Ele não pode evitar revirar seus olhos quando subiu no veículo, tendo que se acomodar perto do banco do motorista. As pessoas não paravam de subir, ele se perguntava como todos caberiam ali dentro.
Após alguns minutos, -que pareceram horas- esperando todos subirem, o motorista fechou a porta e ônibus finalmente arrancou do lugar. O corpo de Harry deu um solavanco, ele não estava apoiada em nada e quase caiu para a frente. Então se virou para a frente, apoiando suas mãos na barra de ferro que separava o motorista dos passageiros. Foi quando o garoto viu.
Harry analisou cada pedacinho do homem. Seu rosto estava sério, os olhos azuis brilhavam como o céu e estavam focados no trânsito. Ele tinha uma barba por faze, com alguns cabelos brancos que contornava os lábios finos e rosados. Por um instante Harry imaginou como seria dar um beijo no homem. O uniforme da empresa grudada em seu corpo, as coxas marcavam na calça jeans e o garoto também podia perceber como os músculos de seu braço flexionavam quando ele virava para poder olhar pela janela. Harry então notou suas mãos. Caralho. Ele tinha tatuagens em uma das mãos, seus dedos apertavam o volante com força. O garoto poderia soltar um gemido somente com o pensamento que veio em sua cabeça ao imaginar aquela mão em seu pescoço ou até mesmo os dedos tatuados enfiados em si.
O cacheado estava tão focada em observar o homem que não percebeu que também estava sendo observada. O ônibus estava parado em outro ponto e então o motorista virou para olhar os passageiros subindo. Foi quando percebeu dois olhinhos verdes vidrados em si.
O homem não pode deixar de reparar em como o garoto a sua frente era tão lindo... E gostoso. Por alguns segundos ponderou se era mesmo um garoto, devido a suas roupas. Seu corpo estava coberto por um cropped branco, que marcava perfeitamente os mamilos eriçados. Na parte de baixo ela vestia uma saia roxa, que ia até o meio de suas coxas. Ele mordia os lábios vermelhinhos, totalmente perdido em seus pensamentos. O motorista salivou. A figura parada ali era a perdição em pessoa.
Os dois saíram de seus devaneios quando alguém gritou do fundo do ônibus, reclamando da demora. Só então Harry percebeu que o homem o olhava de volta, e isso fez suas bochechas corarem de vergonha. Qual é. Não é todo dia que se pode aproveitar uma volta no ônibus com um motorista gostoso.
Os dois trocaram olhares pelo resto da corrida, o motorista o observava pelo retrovisor e ele desviava todas as vezes, explodindo em vergonha. Mas não passou de olhares. Nenhum dos dois teve coragem de dizer nada. Estavam cada um perdidos em suas próprias fantasias.
Não demorou muito tempo para que Harry visse a fachada de sua faculdade. Por alguns segundos ele se esqueceu que deveria descer ali, mas o motorista foi muito solicito em perguntar. O garoto carregava uma mochila, provavelmente estava indo estudar.
- Você não desce aqui, boneca? - O sorriso ladino em seu rosto estava descarado. Harry sentiu seu corpo ferver por ter a atenção do homem totalmente em si e também pelo apelido. Ele concordou com um aceno, rapidamente tirando seu cartão da bolsa para poder passar na roleta.
- Obrigada... Louis... - Ele olhou o nome no crachá pendurado na camiseta. Um sorriso de lado apareceu em seu rosto, ela acenou para ele antes de rodar e então passar para trás no ônibus.
Louis o seguiu com os olhos por todo o trajeto que o garoto fez até sumir dentro do portão da faculdade. Sua língua molhou os lábios enquanto observava as coxas branquinhas, agora de costas, elas eram tão gordinhas que roçavam uma na hora a medida que o garoto andava. Ele tinha uma visão dos céus.
[...]
O dia havia sido tão corrido na faculdade, Harry se ocupou tanto com a faculdade que só teve tempo de pensar em qualquer coisa quando chegou em casa. Para terminar todo o trabalho, seu grupo ficou também depois da aula mas o garoto não protestou após uma de suas amigas dizer que o daria uma carona para casa.
Após tomar um banho relaxante, comer, e finalmente se deitar para dormir, foi quando as lembranças da manhã tomaram a cabeça de Harry. De repente, outro sentimento estava tomando o garoto. Ele sentia seu corpo quente enquanto lembrava do motorista, imaginando as situações mais eróticas possíveis. Harry estava frustrado, sem transar a tanto tempo e ainda fantasiando com um homem que havia visto apenas uma vez na vida.
Ele não resistiu em se virar na cama, estendendo seu braço para poder abrir a gaveta de seu criado mudo e pegar seu vibrador.
Aquele foi o primeiro dia que Harry meteu gostosinho em si mesmo enquanto pensava em Louis.
[...]
No manhã seguinte, apesar de todo o sono e cansaço, Harry estava de pé no ponto de ônibus uma hora mais cedo, como no dia anterior. Seu corpo queimava em excitação por saber que veria o homem mais velho mais uma vez. Ele sentia que todos os olhares estavam em si, como se todos soubessem que ele estava li apenas para ver Louis.
Quando o ônibus apareceu na esquina, o garoto sentiu seu corpo arrepiar. Se sentia como um bobo adolescente novamente, surtando por um crush no ensino médio. Mas ele não sabia que, dentro do ônibus, também havia um Louis ansioso por saber se veria o garoto novamente. Ele estava analisando cada terminal, afinal não havia visto em qual o garoto havia subido no dia anterior.
O homem parou o veículo no ponto, os olhos vidrados na porta querendo saber se final veria o cacheado. Um sorriso surgiu em seus lábios quando ele avistou a figura esbelta subindo a pequena escada do ônibus. Hoje ele estava com um vestidinho verde claro, coberto por desenhos de borboletinhas. O cabelo estava com os cachinhos perfeitos, prendidos de lado por uma presilha branca também de borboleta. Ele estava tão, tão lindo.
O sorriso no rosto de Louis aumentou quando o garoto se espremeu entre os outros passageiros para que me pudesse mais uma vez parar perto dele.
- Bom dia, Louis. - O garoto também sorria quando o cumprimentou. Os dois pareciam hipnotizados um com o outro.
- Bom dia, gracinha. - O motorista o respondeu, piscando para o garoto antes de se virar para frente e então voltar a dirigir.
Isso seguiu por dias.
Mesmo estando totalmente cansado e sofrendo para acordar cedo, Harry estava todos os dias as seis da manhã no ponto de ônibus. Ele entrava e ficava perto de Louis. O contato entre os dois não passava de bom dias e troca de olhares, mas a tensão sexual poderia ser sentida por qualquer um. Incontáveis foram as noites que Harry passou com seu vibrador enquanto sonhava em ser fodido por Louis. Ele estava a ponto de enlouquecer. O homem era simplesmente perfeito para ele. Alguns anos mais velho, e tão gostoso.
Foi quando ele tomou a decisão de que iria para cima de Louis. Ele acordou naquela quinta feira determinado. Seu banho levou mais tempo que o usual e ela também demorou para escolher sua roupa. Queria estar perfeito para Louis.
Faltando alguns minutos para sair de casa, parou na frente do espelho para dar mais uma checada. Estava novamente com um vestido, dessa vez rosa. O tecido era lido e com manguinhas curtas. O decote era mínimo, mas aconchegava perfeitamente os montinhos. Ele se sentiu confiante.
Mas, quando o ônibus parou em sua frente, a decepção tomou conta de Harry. Ao invés de Louis estar ali no banco do motorista, o esperando com um sorriso, estava outra pessoa. Harry se desesperou por alguns segundos. Louis havia mudado de linha? Sem o avisar? Ee se espremeu para poder chegar até o novo motorista.
- Bom dia, tudo bem? Você quem vai assumir essa linha agora? - Ele perguntou para o homem. A chateação estava por todo seu rosto. Ele estava tão animado para ver Louis naquele dia.
- Bom dia rapaz. - O homem o respondeu, o encarando pelo retrovisor. - 'Tô cobrindo o Tomlinson apenas hoje, ele teve um imprevisto mas amanhã 'tá aí.
Harry o agradeceu, sentindo um alívio o tomar. Ele iria ter que esperar mais um dia, mas pelo menos ainda teria Louis.
[...]
Na manhã seguinte ele estava mais uma vez arrumado para ver Louis. No fundo se perguntava se estava sendo idiota em levar aquilo a sério. Poderia não dar em nada, Louis poderia estar apenas sendo gentil, certo? Mas uma chama dentro do garoto apagava todas as dúvidas. Ele não iria desistir. Queria Louis e iria conseguir.
A chuva naquela manhã de sexta pegou Harry de surpresa. Ele estava no caminho para o ponto de ônibus quando foi tomado pelos pingos de água. Ele estava totalmente molhado quando alcançou o ponto. Por pouco, não perdeu o ônibus, que já estava parando. Ela esperou até que os outros estivessem entrado para poder subir. Felizmente, ou infelizmente, devido ao seu estado caótico, era Louis que estava sentado ali.
O homem sorriu ao ver o garoto, mas ele já estava chateado. Um biquinho se formava em seus lábios a medida que ele se aproximava de Louis. Agora que ele tinha Louis ali já estava totalmente arruinado, sua roupa molhada e penteado bagunçado. Louis, por outro lado, o achou extremamente adorável.
- Não ria, por favor. Estou péssimo. - Ele reclamou, se apoiando no ferro ao lado do motorista.
- Você não está péssimo, gracinha. Roupa seca, sabia? Aliás, eu adorei o vestido. - O elogio fez Harry sorrir. Claro que ele estava tentando chamar atenção de Louis, e era ótimo ver que estava funcionando.
- Obrigada, Louis... - O sorriso ainda estava em seu rosto. - Mas espero que não chova mais de volta na saída, odeio andar na chuva.
- Odeia a chuva, é? Você é feito de açúcar, por acaso? - O motorista também tinha um sorrisinho no rosto. Ele encarava o garoto pelo retrovisor. Apesar de gostar da companhia do garoto, odiava que seu único contato fosse apenas ali. Ele queria poder dar toda a sua atenção ao garoto sem ter que ficar ligado no trânsito ou nos passageiros.
- Sim, senhor.
- Então você é meu docinho de coco. - Louis jogou, vendo o garoto ficar ainda mais vermelho. Ele era simplesmente adorável. Mas, ainda assim, Louis podia ver que o biquinho ainda estava em seus lábios. - Você está tão birrento assim só por causa da chuva?
- Não! - Harry exclamou, negando rapidamente. - Você me deixou ontem, tive que ficar aqui sozinho... - O drama era certeiro, mas ele queria ver até onde podia levar Louis.
- Me desculpe, docinho. Tive um imprevisto com minha mãe, foi de última hora. - Ele se desculpou, parando no ponto e então se virando para o garoto. - Vou estar aqui para te levar todos os dias. Prometo que não vai mais acontecer.
- Espero que não, Lou. Minhas manhãs são melhores com você.
[...]
Harry tinha apenas uma certeza depois dele dia: Louis também o queria. Os dois estavam naquele flerte desgraçado a quase um mês. Harry sentia que poderia explodir de tanto tesão. Todas as noites ele tentava se distrair daquela tentação enquanto se masturbava, mas parecia nunca ser suficiente. Ele só iria estar satisfeito quando tivesse o pau de Louis indo fundo em sua buceta. E ele iria conseguir isso o mais rápido possível.
O próximo passo seria contar para Louis sobre o segredinho que tinha entre suas pernas. Aquilo não era um problema para o garoto. Mas ele sempre havia sido cuidadoso sobre a quem contar. Por isso não era sempre que o garoto estava com alguém. Mas sabia que podia confiar em Louis. Ele não iria ser um babaca como alguns dos garotos que havia saído. Louis era um homem. E, ah, que homem.
Harry passou todo o fim de semana ansioso. No domingo a noite, separou sua roupa. Fez questão de escolher uma saia vermelha, o pedaço de pano era o suficiente para cobrir sua bunda. Para a parte de cima, pegou um cropped branco, enfeitado com alguns corações vermelhos. Ia perfeitamente com a saia, com alcinhas finas e um decote mais puxado. Ele experimentou as peças antes de dormir. Estava ansioso para a manhã seguinte.
[...]
Harry sentia que todos olhares estavam em si. Se sentia como se todos soubessem o que ele estava prestes a fazer. O garoto se sentia uma perfeita vadia, vestindo as roupas mais curtas para se encontrar com o motorista de seu ônibus. Ainda mais quando lembrava que não estava vestindo nada por baixo da saia. Louis teria uma bela surpresa.
Sentiu seu coração bater forte quando viu o ônibus virar na esquina. Seus dedinhos apertavam a alça de sua mochila.
Como sempre, esperou que todos subissem antes de entrar. Era como se seu lugarzinho ao lado de Louis estivesse guardado. Talvez, apenas talvez Louis tivesse alertado todos os passageiros que pararam ali, dizendo que era perigoso. Apenas talvez.
O garoto subiu, seus olhos capturaram os de Louis no mesmo momento. Este, que parecia estar hipnotizado com a beleza do cacheado. Como todos os dias. Afinal, Harry sempre estava lindo. Tudo estava normal para Louis. Era Harry quem se sentia totalmente nervoso e ansioso.
- Bom dia, docinho. - Louis iniciou o contato, percebendo que o garoto estava um pouco aéreo. - Tudo bem?
Harry pareceu sair de seu transe ao escutar a voz de Louis. Ele sorriu de canto, se aproximando para se apoiar na barra de ferro e ficar perto de Louis. Esse, que já manejava o ônibus para fora do ponto.
- Bom dia, Lou. Estou muito bem, e você? - Toda a tensão parecia estar saindo de seu corpo ao que ele iniciou uma conversa com Louis. Harry realmente se sentia bem ao lado do homem.
- Com certeza estou melhor agora... Com uma coisinha linda dessas do meu lado... - O sorriso cafajeste estava em seu rosto. Harry sabia que Louis também tinha segundas intenções. Ele não estava sonhando ou vendo coisas.
- Que bom... Mas tenho certeza de que as coisas podem ficar bem melhores do que isso. - Ele sugeriu, encarando o homem.
- Ah, é mesmo? E como podem melhorar?
- Não seja tão apressado Louis, você vai ver... - Louis estava desconfiado de algo. Harry tinha um sorriso sapeca no rosto, mas não disse mais nada. O trajeto seguiu em mais puro silêncio, Louis estava curioso. Harry não tirava o sorriso do rosto. E não pareceu se importar quando perdeu o ponto que parava em sua faculdade. Ele estava aprontando, mas Louis não disse mais nada. Iria esperar para ver.
O ônibus esvaziou quase completamente após os alunos descerem na faculdade. Harry começou a se sentir mais confortável com o ambiente.
O garoto se virou de frente, apoiando suas duas mãos na barra para poder passar sua perna para o outro lado. Agora ele estava praticamente sentado no ferro. Ele sentiu o gelado tocar a parte interna de suas coxas e no mesmo instante seus lábios foram apertados pelos dentes branquinhos. A barra pressionava contra sua bucetinha, ele movimentou sua cintura levemente apenas para sentir seu clitóris ser apertado contra o pedaço de ferro. Naquele momento, ele não se importava com onde estava, ou se alguém estava o observando. Tudo que ele queria era a atenção de Louis.
- Hum, Louis? - Harry chamou pelo mais velho, que apenas murmurou para mostrar que estava ouvindo. Ele estava virando o ônibus em uma esquina, seus olhos estavam atentos no trânsito. - Tenho que te contar um segredo.
- O que, docinho? Louis o respondeu, rapidamente olhando pelo retrovisor. - Pode fa... - Sua fala foi interrompida pela visão que teve. Harry estava montado na barra, se esfregando como uma perfeita cadela. E, como se não bastasse, o garoto tinha a barra da saia levantada na frente, mostrando o tal segredinho.
Os olhos de Louis se prenderam ali, ele estava obcecado com a visão da xotinha molhada. Porra. Como Harry poderia ser mais perfeito?
- Caralho, Harry. - Ele murmurou baixinho, passando a língua por seus lábios. Ele queria tanto afundar seu rosto no meio das pernas do garoto comer a sua buceta.
Ele podia sentir seu pau ficando cada vez mais duro no meio de suas pernas. O olhar de Louis foi então para o rosto do garoto que o encarava de volta. Ele mordia os lábios com força, se segurando para não soltar um gemido. Ele estava tão molhado.
- Lou... - Ele sussurrou baixinho, forçando sua cintura a ir um pouco mais rápido. Louis estava hipnotizado, não conseguia desviar o olhar da cena. - Louis!
Ele saiu de seu transe com o grito alto de Harry, junto com alguns passageiros. Louis teve poucos segundos para segurar o volante e virar a direção do ônibus, antes que o veículo batesse em um carro na rua.
- Tá maluco, môto? - Uma mulher gritou do fundo. Louis sentia seu coração bater forte. O estrago que poderia ter causado aos passageiros e também ao ônibus era gigante.
- Porra! - Ele resmungou para si mesmo, olhando rapidamente para o rostinho agora assustado de Harry. Louis estava sério, claramente nervoso. Harry sentiu um arrepio correr por seu corpo com o olhar do mais velho. Ele se afastou da barra, ajeitando sua saia antes de sentar no banco atrás de Louis. Ele só queria chamar a atenção Louis e isso quase levou a uma tragédia.
Harry estava tão nervoso. Ele sabia que tinha feito besteira e sabia que Louis tinha motivo parra estar bravo. Conseguia observar sue rosto pelo retrovisor. O maxilar travado, os olhos focados no trânsito do lado de fora. Louis era um completo deus grego. Era tão errado que Harry estivesse ficando cada vez mais molhado ao pensar em Louis sendo agressivo com ele? Louis, por outro lado, dividia sua atenção entre dirigir e imaginar as coisas que poderia fazer com o garoto. Tudo que ele mais queria era seu pau indo fundo na buceta de Harry. Ele iria dar toda a atenção que queria.
Nenhuma palavra foi dita por nenhum dos dois até que o último passageiro desceu do ônibus.
Eles se aproximavam do ponto final, Louis parou o ônibus em uma rua vazia, afastada de qualquer movimento. O coração de Harry estava batendo na boca no minuto em que Louis virou a chave, desligando o ônibus. Agora o silêncio era total. Louis tomou impulso, saindo de seu banco e ficando agora em pé ao lado de Harry, que apenas o encarava.
- Você vai vir até aqui ou vai ficar apenas me olhando com essa carinha de cadela? - Seu tom era grosso. A calcinha de Harry estaria encharcada, se ele estivesse usando uma. Ele se levantou, parando de frente para Louis. Eles nunca haviam ficado tão próximos assim. O cacheado sentia agora de pertinho o cheiro do perfume forte.
Louis também estava encantado pelo garoto. Harry parecia ficar apenas mais lindo a cada vez que ele olhava. O garoto tinha os olhos pidões brilhando em sua direção. Louis sabia muito bem o que ele queria. Os lábios rosados pelo gloss eram maltratados por conta do nervosismo. Ele parecia uma perfeita bonequinha inocente. Exceto que, de inocente não tinha nada.
- Lou- eu... Sinto muito...- Harry murmurou, ele queria se desculpar pelo que havia feito. Mas não sabia se deveria falar muito naquele momento. Ele não conseguiu terminar sua frase.
O mais velho quem tomou a ação de se aproximar, levando sua mão até a saia do garoto. Ele levantou o tecido, expondo a bucetinha gostosa, que estava totalmente melada. Ele não resistiu em levar a outra mão ali, enfiando seus dedos entre os lábios grossos. Ela estava tão melada que Louis não tinha dificuldade em deslizar ali.
- Sente, Harry? Sente mesmo? - Ele perguntou olhando diretamente para o rosto do garoto, que fechava os olhos em prazer ao ter seu grelinho massageado. Ele havia sonhado tanto com as mãos de Louis... - Estou vendo o quanto você lamenta pelo que fez... Você queria tanto chamar a minha atenção, não é? Estava desesperado para que eu soubesse que você tem uma bucetinha, hum? Que gostosa, princesa.
Harry gemeu baixo, aprovando a forma que Louis o chamou. Ele gostava de ser tratado daquela forma.
- Olha como você me deixou, docinho... - Ele se afastou levemente para poder mostrar o volume em sua calça. Os olhos de Harry estavam grudados ali agora. Ele queria tanto, poder tocar ali. - Acho que você precisa me recompensar por toda a bagunça que você fez hoje, hum?
Louis não estava perguntando. Sua mão abandonou a xotinha melada, causando insatisfação nos dois. Seus dedos foram ágeis em abrir o zíper de sua calça e então descer a peça, junto com a cueca preta. O cacete duro balançou na frente de Harry, o fazendo salivar com a vista. Louis agora tinha seus olhos presos na boquinha gostosa. Ele levou a mão até o queixo do cacheado, o puxando para si. Eles estavam colados agora, a barba de Louis roçava na bochecha de Harry.
Os lábios cobertos pelo gloss de morango foram tomados pela língua do motorista, ele fez questão de provar o gostinho antes de iniciar um beijo molhado. Os dois estavam tão sedentos por aquilo, suas bocas se encaixaram da forma mais erótica possível.
Harry foi ágil em levar uma de suas mãos até o pau de Louis. Ele soltou um gemido baixo ao o sentir tão duro em sua mão. Sua mão se movimentava lentamente, batendo uma punheta gostosa para o mais velho. Ele aproveitava enquanto tinha sua boca sendo tomada pela de Louis, os lábios sendo chupados com força.
- Tá gostoso, hum? Quero ver se você aguenta ele na nessa boquinha gostosa. - Louis sugeriu, se afastando do beijo. - Ajoelha.
A ordem foi clara, mas Harry hesitou. Ele encarou o rosto de Louis.
- Mas, Lou... O chão 'tá sujo.. - Seus lábios formaram um biquinho. Sua mão ainda brincava com o pau de Louis quando ele teve seu rosto tomado pelos dedos do outro.
- Você não estava reclamando de sujo enquanto esfregava sua essa buceta ali igual uma vagabunda, não é? - Ele perguntou irônico, soltando uma risada sarcástica. - Ajoelha, porra.
A buceta de Harry molhou ainda mais com o tom rude do motorista. Ela ignorou totalmente seu pensamento anterior, se ajoelhando no chão do ônibus. Ela observou o homem de baixo, tendo agora o cacete duro e molhado bem em sua frente,
- 'Tá esperando o que? Chupa, princesa. - As mãos de Louis foram para os cachos do garoto. Ele tirou os fios do rostinho bonito, os prendendo em sua mão em um rabo de cavalo. Ele queria observar perfeitamente enquanto o garoto recebia seu pau.
Nada poderia ter preparado Louis. Nenhuma das vezes que tentou se distrair, batendo uma punheta gostosa pensando no cacheado. Nada se comparava ao ter os lábios macios tomando sua glande.
Harry pousou segurava seu pau dela base, os dedinhos passeando por sua extensão o causavam arrepios. Sua cabeça foi jogava para trás a medida que o garoto enfiava o pau todinho em sua boca.
- Caralho, docinho... Que boquinha perfeita, hum? Me chupando assim... - Ele murmurou em meio a suspiros, apertando seus dedos nos fios cacheados. Se sentia no céu. - Porra, isso!
Harry começou a mover sua cabeça rapidamente, ele babava todo o pau de Louis a medida que o enfiava até o final de sua garganta. O único barulho ali eram os gemidos baixos de Louis e o som de Harry se engasgando com o pau grosso. O garoto passava a língua pelas veias grossas, babando toda a extensão até chegar na glande avermelhada, onde sugava com vontade. O líquido branco e espesso tocava sua boca e ele era muito bonzinho em engolir.
Louis deixou que o garoto se acostumasse com seu cacete antes de apertar ainda mais sua mão em seus cachos. Harry sabia o que estava por vir, mas não protestou em momento algum. Ele sentiu a glande inchada batendo no fundo de sua garganta repetidas vezes quando Louis tomou o controle e passou a mover sua cintura, fodendo a boquinha gostosa.
O motorista não tirava os olhos dali, observando como seu caralho grosso era engolido pelo garoto, que apenas o recebia.
- Porra, Harry. Você tem uma boquinha de puta, que delícia princesa. - Ele gemeu arrastado, parando com os movimentos aos poucos ao perceber que o garoto precisava de ar. Somente quando tirou sua atenção dos lábios avermelhados e babados que então percebeu a situação em seus pés. O garoto estava sentado em seu sapato, se esfregando no couro todo aquele tempo. Ele puxou os ombros do cacheado para cima, vendo que seu sapato agora estava todo melado.
- Não podia esperar mais um pouquinho, doce? - Ele murmurou, virando o garoto de costas. Suas mãos pousaram nas costas do garoto, indicando que ele se inclinasse. Harry apoiou suas mãos na mesma barra que estava se esfregando minutos atrás. Agora ele estava empinadinho para Louis, dando uma visão perfeita de sua bucetinha vermelha, maltratada por ter sido esfregada repetidamente. Harry queria tanto gozar. - Você quer tanto que eu coma essa xotinha, não é? 'Tá tão desesperada assim pelo meu pau?
Harry estava delirando de tanto tesão. Ele apenas acenou com a cabeça, se empinando ainda mais em direção ao mais velho. Ele queria ser tocado por Louis novamente, mas tudo que recebeu foi um tapa estalado em sua buceta.
- Eu fiz uma pergunta. - O homem o repreendeu, se afastando para apenas observar como o cacheadinho estava tão lindo daquela forma, a sainha levantada, exibindo a xota gostosa ao que ele empinava a bunda.
- Sim, Lou! Por favor, me come gostosinho... Quero tanto o seu pau na minha bucetinha. - Ele choramingou, virando o rosto para poder observar o motorista. Ele estava apenas com a calça abaixada, sua mão agora punhetava o próprio pau.
- Com você pedindo me pedindo assim igual uma cadela, como eu posso negar? - O sorrisinho sacana estava em seu rosto. Ele se aproximou por trás, pousando a mão direta na bunda de Harry. Um tapa estalado foi deixado na pele branquinha. - Que rabo gostoso, princesa. Vou me divertir tanto com você...
Seus dedos apertaram a bunda do garoto, ele afastou lado apenas para poder observar com atenção. Harry contraia a xotinha ao redor do nada, estava tão ansioso para receber o pau de Louis. O último, que não hesitou em dar o que seu docinho queria. Ele enfiou apenas a cabecinha, sentindo o interior quente de Harry o tomar. E então foi aos poucos, querendo o sentir por inteiro.
Era muito melhor do que qualquer um dos dois haviam imaginado.
- Louis, porra! - Harry gemeu alto, rebolando levemente no pau do motorista. O cacete de Louis era grosso, fazia sua xotinha arder. - Vai, Lou... Fode a minha bucetinha... - Harry o provocou, rebolando agora com mais força. O pau de Louis foi fundo, o fazendo gemer ainda mais alto.
O motorista não estava diferente. Suas mãos apertavam agora a cintura do garoto, ele soltava murmúrios baixos sentindo seu pau ser esmagado no buraco apertado.
- Puta merda, Harry. Você é tão gostosa, caralho. - Sua cintura moveu até o final, sua pélvis agora encostada na bunda do garoto. Ele começou a se mover, dando estocadas rápidas e fundas. Ele adoraria aproveitar o momento com o garoto mas sabia que já estava atrasado para sair com o ônibus.
O gemidos de Harry eram altos, sendo cobertos apenas pelo som das peles se batendo ao que Louis metia fundo no garoto. O mais velho sentia o corpo do cacheado ficando mole, sabia que ele estava sendo estimulado a algum tempo e estava prestes a gozar, mas Louis queria fazer algo antes.
Ele se afastou do garoto, tirando seu pau de dentro do garoto a muito contragosto. Ele se sentou no banco da frente e então puxou o garoto para se sentar em seu colo.
- Vem cá, docinho. Quero te olhar enquanto gozo dentro de você. - Ele ajudou Harry a se sentar, passando as coxas grossas pernas ao redor de sua cintura. As mãos do homem então voaram para a blusa do garoto, abaixando a parte da frente apenas para ter certeza do que já pensava: sem sutiã. - Você faz de propósito, não é? Sempre andando por aí sem sutiã, me deixando maluco só de imaginar...
Harry tinha peitos lindos. Nem tão grandes, nem pequenos. Perfeitos. Os biqinhos amarronzados estavam arrebitados, mostrando quão excitado ele estava. As mãos grandes do homem apertaram os montinhos, que cabiam perfeitamente em suas mãos. Ele apertou os mamilos durinhos, torcendo a pele apenas para ver o rostinho de Harry se revirando em prazer. O garoto estava adorando aquela atenção. Ele adorava tanto brincar com seus próprios peitinhos, mas era muito melhor ter seu ponto sensível sendo estimulado por Louis.
O mais velho logo tirou uma de suas mãos, deixando que sua boca tomasse o lugar. Sua língua se enrolou no mamilo direito, ele chupava, lambia e mordia enquanto apertava o outro. O gemidos de Harry estavam ficando cada vez mais altos, ele iria gozar a qualquer momento. 
Com sua mão livre, Louis segurou seu pau, o guiando novamente para o buraquinho do mais novo. Ele enfiou de vez, arrancando um grito alto de prazer dos dois. As estocadas estavam mais bruscas dessa vez, Louis empurrava sua cintura para cima, fodendo a xotinha enquanto sua boca trabalhava em deixar o outro seio também marcado. Ele mamava nos peitinhos do garoto como se fosse sua coisa favorita. E talvez fosse, a partir daquele momento.
- Louis! Assim, assim. Eu vou gozar, Lou... Porra! - O garoto gritou, cravando seus dentes no ombro de Louis enquando sentia uma confusão no pé de sua barriga. O mais velho não o respondeu, apenas levou um de seus dedos para a bucetinha, o pressionando contra o grelinho inchado. Foram poucos segundos até ele sentir seu pau sendo molhado. Ele parou com os movimentos por alguns segundos com garoto se desmanchou em seu colo, finalmente gozando. - Awn, Louis... 
- Que delícia, amor... Você foi tão gostosinha, hum? Mas eu ainda quero gozar nessa buceta. - Louis se afastou dos peitos do garoto pousando suas mãs agora em sua cintura para poder pegar mais impulso, voltando a meter sem dó. 
Harry pousou suas mãos no peitoral do homem, tentando se afastar. 
- Para, Louis! - Ele se sentia tão sensível, sentia como se fosse explodir, mas Louis não parou com os movimentos até que finalmente sentiu seu orgasmo vindo. Ele acertou seu pau fundo uma última vez antes de derramar toda sua porra dentro da xotinha. 
- Puta merda, princesa... - Ele gemeu alto, colando seus lábios nos do garoto pela mais uma vez. - Minha intenção era te chamar para sair antes de tudo isso, mas você não conseguiria esperar não é? 
Os dois rieam, ainda presos em uma bolha de tesão e cansaço, eles estavam totalmente suados e acabados. Louis estava extremamente atrasado, mas demorou mais alguns segundos antes de se afastar do garoto, o ajudando a se limpar com uma blusa que tinha dentro de sua mochila e depois a colocar suas roupas. - Vamos, você vai voltar para casa. Nem fodendo que vai para a faculdade assim. 
Ele murmurou ciumento, vendo Harry se sentar quietinho no banco atrás dele. Somente então Louis levantou o olhar, encarando fixamente a câmera que ficava ali. Assustado pegou seu celular para checar as mensagens. O nome de Zayn, o monitor das câmeras, brilhava na tela com uma mensagem o agradecendo pelo show.
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xexyromero · 9 months ago
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bota a mãozinha na parede que eu te deixo forte. esteban kukuriczka x fem! reader
fem!reader, esteban kukuriczka x reader, smut +18
cw: vouyerismo (?), penetração, smut, sexo desprotegido.
sinopse: você e esteban são quase pegos no flagra por seus colegas de cast.
wn: request meio meu meio de @creads! heheeh espero que você goste. meti um mati & um fran no meio só porque amo muito os dois e imagino o quanto deve ser divertido a dinâmica deles! kkk
“shhhhh.” você sussurra, colocando o dedo indicador no próprio lábio a fim de pedir silêncio. você conseguiu ouvir o pigarro de incômodo de esteban, mas preferiu ignorar. não podia fazer nada agora. 
os passos lá fora continuavam se aproximando e pelo que parecia, a pessoa falava também. mas falava sozinha? talvez estivesse em ligação ou algo assim. a voz não era grossa, mas definitivamente não era voz de mulher. 
você estava totalmente pelada, assim como kuku, e tinham sido interrompidos pelo barulho do lado de fora do primeiro banheiro que encontraram no caminho.
talvez fosse fran? ele tinha a voz um tanto quanto feminina e-
esteban te penetrou com força, de uma vez, o membro duro na sua buceta. na verdade, correção: ele te estocou. você por pouco não soltou um gemido extremamente alto e pornográfico. 
girou o corpo todo para questioná-lo e mandá-lo parar, mas antes que conseguisse falar qualquer coisa, esteban virou seu corpo com extrema agressividade, guiando suas mãos para a parede e fazendo com que seu corpo arqueasse. ele separou um pouco mais suas pernas, e, mais uma vez, meteu com tudo. 
você quase tirou as mãos da parede para cobrir a própria boca, mas ele as segurou no lugar com força. aproximou o rosto do seu ouvido, colando o peitoral nas suas costas, deixando uma bela de uma mordida no seu ombro. “shhhhh.” ele imitou, soltando uma risadinha em seguida. maldito. você queria xingá-lo, mas ele começou a te penetrar sem dó, entrando e saindo em um frenesi quase louco. 
a voz do lado de fora, de repente, ficou mais próxima. 
próxima demais. a centímetros de vocês dois, na porta.
era fran.
“gordis, não consigo abrir.” francisco reclamava com alguém do lado de fora, empurrando a madeira com o corpo enquanto tentava rodar a maçaneta, em vão.
“será que emperrou? ué, eu usei mais cedo.” outra voz se juntou. você prendeu a respiração.
era matí. 
francisco e matías, dois de seus grandes amigos, tentando entrar no banheiro que escondia você e esteban. se já não estivesse hiperventilando antes, agora estava mais ainda. 
sabia que era errado - esteban sendo muito mais velho que você e seu colega de trabalho - e tentara esconder o romance de vocês a todo custo. se encontravam assim, furtivamente, pelos cantos. não é que tivessem vergonha, ou algo assim, mas é que esteban era realmente muito mais velho que você. 
trouxe o próprio corpo para frente, a fim que esteban saísse de dentro. ele já estava quase todo para fora quando ouviram mais um solavanco na porta. e um resmungo de matías. provavelmente tentou forçar a entrada e não conseguiu também. 
o homem riu no seu ouvido. com uma voz muito aveludada e muito calma, ele sussurrou e enterrou o membro com tudo em você de novo. “não, não, nena. você pediu. e eu não vou deixar minha princesa sem o que ela pediu.” com uma das mãos, colocou a mão por baixo do seu cabelo, pegando vários fios na base da nuca e puxando com força, obrigando você a olhá-lo. “e você pediu para ser comida com força e que eu esporrasse em você, não foi?” seu corpo estremeceu. 
esteban, com pouca dificuldade, guiou seu corpo para a parede oposta de onde estavam, te empurrando com delicadeza seu coração palpitava. o que ele pretendia fazer? 
“se tivesse alguém aí dentro, já teria dito algo, não acha, francisco?” 
“acho. a não ser que esteja fazendo alguma coisa errada.”
quase que como uma deixa, o argentino pegou mais uma vez seus braços e os colou na madeira da porta. você arregalou o olho, desesperada. ele forçou seu corpo a arquear e segurou na sua cintura com força. estava na mesma posição que estivera outrora. se sentiu ficando mais e mais molhada. 
“tipo o quê?”
“tipo comendo uma assistente. ou cheirando.”
você prestava atenção na conversa, a respiração completamente descompassada. seu corpo todo se contraía no membro duro e imóvel dentro de você. pedindo mais. pedindo que entrasse. sua buceta piscava mas esteban permanecia quieto. ele acariciou suas costas, como se pedisse paciência. 
“você acha que tem alguém comendo alguém aí dentro, matí? não tem barulho nenhum. um gemido. uma batida de parede.”
“ué, tem gente que come quieto.”
“só se for. será que é aquela assistente novinha?”
“porra, espero que não. quem tem que comer aquela ali sou eu.”
“você é nojento.”
“e você me ama!”
ouviu a risada de matías alto e em bom som. sua bochecha estava encostada na madeira fria, assim como parte da sua pele.
levando a maior surra de pau da sua vida, enquanto um de seus grandes amigos da rodagem ria como se você não fosse explodir de prazer a qualquer momento. 
“a gostosa é você.” sussurrou esteban. “mas quem está comendo sou eu.” e, quase que para confirmar o que dizia, te segurou pelos ombros e meteu, mais uma vez, de uma vez. até o talo. “mas se você quiser dar pra ele, a gente vê um acordo.” o argentino sabia o quanto que aquilo te excitava e tampou sua boca com a mão suada. a dificuldade de respirar te deixou ainda mais em êxtase. você gemeu, não se conteve.
“matí. vamos para a sala de jogos.”
“eh? não quero ir par-”
“agora, matí.”
com os passos se afastando e a voz reclamona de matías indo cada vez mais longe, quase arrastado por fran, você finalmente pode gemer com mais tranquilidade. o ritmo ficou mais louco e esteban levou a mão para sua buceta, te masturbando. em poucas estocadas, esteban gozou. você fez o mesmo. 
“não tem acordo nenhum. você é minha.” esteban pegou uma toalha de dentro da mochila e foi, aos poucos, secando o suor do seu corpo. “era isso que você queria? falei direitinho?” agora, se concentrava no seu rosto, esfregando o tecido com cuidado e carinho pelas suas bochechas. 
“foi sim. obrigada.” você aproveitou e deu um beijinho furtivo na boca do homem. ele te ajudou a se vestir, dividiram alguns goles de água da garrafa dele e você saiu na frente, dando tchauzinho e mandando beijinhos para a porta do banheiro. 
quando fran te viu, desviou o olhar e ficou com as orelhas vermelhas. merda.
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amethvysts · 5 months ago
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YOU'RE SO VICIOUS! — E. VOGRINCIC.
𖥻sumário: um grand prix desperdiçado só poderia significar uma coisa quando seu colega de equipe é enzo vogrincic. ou, parte dois desse one-shot. 𖥻par: driver!leitora x driver!enzo. 𖥻avisos: 3k de palavras *gasp*. smut, então apenas divas +18 nessa. enzo babaca. relacionamento tóxico. machismo? é f1, primas. pouco diálogo e fim meio abrupto. não tá revisado.
💭 nota da autora eu tinha feito uma votação pra saber qual seria o início desse aqui, mas eu perdi a enquete (risos) e achei que o que eu já tinha escrito tava até que bom e depois foi degringolando um negócio que eu sei lá. depois me digam se vocês gostaram ou não (aceito críticas, mas não fico calada!!). anywayy, espero que gostem!
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─── i fear only one person has truly ever understood me and i fucking hate the guy.
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ALGUNS MESES DEPOIS. INTERLAGOS, SÃO PAULO.
Você ultrapassou ele justamente na curva do S, logo na penúltima volta, e conseguiu alguns bons segundos de vantagem sobre o uruguaio. As reclamações do seu engenheiro no rádio foram abafados pela pressão do seu coração nos seus ouvidos, junto da vibração da torcida, felizes pela conterrânea ter largado em disparada na frente do próprio colega de equipe – os únicos que pareciam contentes com a decisão. Durante o resto da volta, você tenta se acalmar e se convencer de que não fez nada terrível, mesmo que soubesse que estava desempregada para mais uma temporada após preferir a própria vitória sob Enzo. Seria essa uma escolha pessoal ou estritamente profissional? Ele não merece. Se merecesse, teria lutado mais para manter a posição, teria jogado limpo durante as outras corridas, teria se esforçado. E, mais importante: se as posições estivessem invertidas, quem pode te garantir que ele não faria o mesmo? 
Pouco tempo te resta para repensar suas escolhas enquanto troca a marcha e pisa no acelerador, trotando com o carro. Os tampões nos seus ouvidos fazem com que a pressão do seu coração ecoe alto o suficiente para abafar qualquer arrependimento, e um surto de confiança passa pelo seu corpo, te dando forças o suficiente para continuar fazendo o que você nasceu para fazer: correr. A adrenalina pulsa nas suas veias, e naquele momento mal consegue distinguir o que é a máquina e o que é você. A consciência vai longe, correndo mais rápido do que as rodas ligeiramente gastas… até cair de volta em seu corpo com o solavanco agressivo do carro, te tirando da pista. 
É difícil entender o que aconteceu. Tão focada em ganhar dos seus adversários e conquistar o que é seu, pouco compreende quando o carro branco e vermelho gira em alta velocidade e acaba perto de uma das barreiras. Só consegue assistir Interlagos rodopiar a sua volta e os gritos chocados da plateia que te assiste. Quando finalmente estaciona, de um jeito desengonçado, observa os socorristas vindo em sua direção, mas mal deixa que te toquem, levantando do assento e sentindo o rosto em chamas de pura raiva. Assim que tira o capacete, tem uma visão mais ampla do que havia acontecido, e o fato não te espanta, apesar de fazer o ódio borbulhar mais forte nas suas entranhas: Enzo Vogrincic havia te jogado para fora da pista, e no meio da crise de idiotice, havia inutilizado o carro dele também. Ótimo. Além de te impossibilitar de vencer seu primeiro título, perdeu o dele e ainda por cima deixou a equipe zerada no Grand Prix. 
Irada, assiste quando o homem se levanta de seu assento, ainda com o capacete na cabeça, mas com o visor levantado. Os olhos pareciam tão raivosos quanto os seus, mas algo quebra quando o peso da realidade cai sobre seus ombros e ele parece entender o que realmente fez ali. A represa da rivalidade havia estourado, e levado os dois com a força da água.
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Você não sabia medir o que era pior, mas sabia que não sentia algo realmente bom desde aquele fatídico momento na corrida. Tudo havia se tornado irritante, e mesmo que não pudesse demonstrar a latente irritação que crescia em seu peito toda vez que pensava na volta arruinada, no silêncio do seu quarto de hotel era o momento de ceder àquela raiva e começar a sua festinha miserável, só você e sua mente. Passava os canais rapidamente, e agressiva, porque qualquer mínimo barulho era o suficiente para irritá-la ainda mais. 
Já teve que suportar os olhares de pena e soberba dos jornalistas invasivos mais cedo, que pareciam se divertir ao jogar sal na sua ferida e ao fazer perguntas maliciosas na intenção de cavar uma cova ainda mais funda para você. Se sentou ao lado de Enzo e respondeu tudo, enterrando a sua raiva bem no fundo da sua mente e fingindo que não se importava; era uma team player, estava acima das táticas sujas do seu colega de equipe. Mesmo que ele ainda mantivesse o seu contrato e você, não. Depois, ao chegar no hotel, teve que atender à todas as ligações da sua família, lamentando o acontecido como se tivessem perdido um ente querido. E você os entendia. O troféu estava tão perto que você podia sentir o gelado do material em suas mãos… apenas para tê-lo arrancado de suas mãos, caindo para terceiro no campeonato. A promessa vazia de matar Vogrincic vinda de seu tio te trouxe um pouco de conforto, pelo menos. 
Suspirou porque todos os canais de notícias falavam da sua derrota, e você mal conseguia olhar a cena da batida por mais de dois segundos sem sentir a garganta arder de puro ódio. Trocou, e decidiu que Caçadores de Emoção seria uma boa pedida para a noite. Pelo menos poderia se distrair assistindo Keanu Reeves com roupinha de surfista. 
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Não que tenha durado muito tempo, porque mal percebeu que tinha adormecido logo no início do filme, abrindo os olhos meio desnorteada ao escutar o barulho de repetidas batidas na porta. Fungou, coçando os olhos antes de se levantar e caminhar em passos preguiçosos até lá, ficando na ponta do pé para ver quem se atrevia a te incomodar pelo olho mágico. E não poderia ser diferente, é claro que era Enzo, ainda com a roupa que havia saído para uma das boates do centro da cidade com os outros pilotos. Ah, ainda tinha isso. Enquanto você havia ficado trancada no seu quarto a noite inteira, os outros decidiram festejar o término da competição, incluindo o motivo de toda a sua raiva. 
Pelo jeito em que se suportava com o braço contra a parede, e os olhos caídos, você percebia que Vogrincic havia bebido mais do que deveria durante a sua saída. Ótimo.
"Tô ocupada," anuncia, sem mesmo encostar na maçaneta. Era melhor deixá-lo ali, do outro lado, porque você conseguia sentir que poderia fazer uma besteira daquelas a qualquer momento. Só de vê-lo parado atrás da porta já era suficiente para sentir os nervos aflorando. Sem pensar muito sobre, você vira de costas e começa a caminhar de volta para o conforto da cama.
"Só preciso conversar com você," a voz arrastada tenta negociar, e você escuta um pequeno toc, mais fraco. "Por favor, nena. Deixa eu ver seu rosto, pelo menos". 
"Querendo arranjar confusão a essa hora, Enzo? Vai dormir". 
Com o baixo volume da televisão, você ainda consegue escutar tudo o que vinha do corredor. O fato de ser madrugada também ajudava. 
"Não tô aqui pra isso," se justifica, a voz baixa e até mansa. Poucas foram as vezes que você conseguiu uma resposta dessas vindas dele. O bote tá vindo, você tentava se lembrar, apesar da curiosidade atiçada. "Abre aqui, vai? Por favor. É ridículo eu ter que ficar conversando com uma porta".
Você precisou respirar bem fundo para não abrir aquela porta com tudo e falar tudo o que queimava o seu peito. Se isso era ridículo, mal podia imaginar o que chamaria o que ele havia feito com você na corrida mais cedo… ou só estava sendo muito amargurada? O seu silêncio não o abalou, porque ele volta a bater na sua porta mais uma vez. A voz arrastada parecia implorar cada vez mais, parecendo mais e mais necessitado. Era torturante ao mesmo tempo que tosco. Pior que isso era só a sua vontade crescente de dar o braço a torcer. 
"Por favor, nena. Deixa eu te ver um pouquinho, me desculpar. Você sabe que eu sinto muito, não sabe? Eu só tava fazendo o meu trabalho". 
São as mesmas desculpas que você ouviu ao decorrer do ano, e por mais que tente – e tente muito – se convencer de que é sempre da boca para fora, ainda assim é tão difícil resistir a voz quebrada e as palavras tão sentidas. Só durante aquele momento, já tão machucada pela decisão equivocada que ele tomou, as desculpas esfarrapadas são como um bálsamo sob suas feridas, as mesmas que você passou a noite inteirinha lambendo. Talvez fosse melhor que ele se redimisse, que alguém cuidasse delas para você. Só um pouco.
E agora quem inventa desculpas é você para si mesma, enquanto se levanta da cama de novo e trilha o mesmo caminho em direção à porta, abrindo-a e dando de cara com um Enzo já perdido nas próprias palavras. O olhar caído é ainda mais real, revelando que, ele estava completamente bêbado. Não que isso importasse porque o jeito o qual o cabelo desgrenhado caía sobre os olhos e as bochechas estavam vermelhas eram encantadores, te hipnotizavam por te fazer lembrar que você já o deixou daquela maneira tantas vezes antes. E está prestes a deixá-lo pior.
"Lobinha," o apelido vem como um sopro, te cercando assim que ele dá um passo para frente, praticamente se atirando em seus braços. A intensidade do tropeço combina com o fedor da bebida em seu hálito. "Desculpa, tá? Me desculpa. Você sabe que eu não queria-".
Seus ouvidos isolam a voz dele por alguns instantes, e você só consegue observar os lábios vermelhinhos se movendo, sem absorver nenhuma palavra. Uma habilidade que você adquiriu com o tempo, quando já não suportava mais escutar as mesmas desculpas de sempre. É sempre melhor quando pulam esse papo furado e ele só te dá o que realmente quer.
Por isso, você nem se surpreende quando, no meio das palavras tão doces que poderiam fazer um estômago fraco se embrulhar, Enzo levanta uma das mãos para afagar o seu rosto. É gentil, carinhoso e um tanto cuidadoso em seu toque, como se estivesse acariciando um tesouro precioso, intocável. Os olhinhos cor de terra exprimem isso também, apesar de se mostrarem urgentes, talvez em te fazer acreditar em tudo o que saiu de sua boca. É só quando ele se depara com o seu silêncio em que se inclina para deixar um beijinho no canto dos seus lábios, a maneira dele te perguntar se você estava pronta, também. 
As mãos dele descem, passam de raspão pelo seu pescoço e te fazem arrepiar. Era ridícula a forma com que ele te desmontava, te deixando molinha para que ele fazer o que quiser com um toque simples, mas que você conseguia sentir por muito tempo depois. Massageia seus ombros, iniciam um caminho de fogo até encontrarem sua cintura, te puxando ainda mais perto. A boca, tão devota a sentir a sua pele naquele momento, assalta a carne sensível do seu pescoço, e a barba mal-feita te queima. Ele se esfrega, sem dó, quase como se quisesse te marcar ali. 
"Deixa eu me desculpar direito?" pergunta, raspando a ponta do nariz para cima, até alcançar a sua orelha. Os dentes se demoram ali, tocando o lóbulo. "Eu vou me redimir, te consolar…". 
Você só assente com a cabeça, mas não parece ser uma resposta satisfatória para Enzo. Afasta o rosto do seu pescoço, e volta a te encarar. As sobrancelhas do moreno se franzem, e ele faz aquela cara de coitado que te desmonta inteirinha, zombando da sua mudez. 
"Não, lobinha. Eu preciso que você me diga. Você vai deixar eu te consolar?"
"Deixo," responde, carente, liberando uma arfada que nem percebia segurar. O jeito que aqueles olhos te encaravam, tão de cima e tão potentes, deveria ser ilegal. Fazia a boca do seu estômago tremer e você conseguia sentir o molhadinho acumulando na sua calcinha, te deixando fraquinha. "Por favor, Enzo". 
"Você não precisa pedir 'por favor', nena," ele dá uma risada baixa, voltando a segurar sua cintura e praticamente te carregando para a cama. "Pelo menos, não agora". 
Enzo não se esforça ao te fazer sentar na pontinha da cama, seu corpo já era dele para fazer o que quisesse há tempos. Bastou que forçasse um pouquinho, te empurrando levemente para trás, para que você se posicionasse do jeito que queria. Ele te tinha sentada, enquanto ajoelhava no meio de suas pernas, ainda com os braços envolvendo seu tronco. Geralmente, não gastava muito tempo com gentilezas. Devotava-se pouco ao beijar seu pescoço, descendo por seu colo e demorando-se apenas ao atiçar seus peitos, te proporcionando o mínimo de alívio conforme as mãos, sempre inquietas, se aventuravam pelo seu corpo. Quando fez isso, apenas levantou a camisa do seu pijama o suficiente, sem retirá-la. 
Dessa vez, bastou chegar com os lábios ao vale entre seus seios para que as mãos descessem para massagear suas pernas, mal te dando tempo para se acostumar com a mistura de sensações antes de encontrar sua intimidade por cima do shortinho de algodão. Mesmo que estivesse coberta por duas camadas, muito finas, de roupa, ele sorriu ao te sentir quentinha. E sorriu ainda mais quando te fez arfar ao conseguir pressionar o seu pontinho – em algum outro momento, ele com certeza te sacanearia por te conhecer tão bem, mas não agora. Não quando você, involuntariamente, se esfrega contra os dedos grossos e segura tão forte na nuca dele. Te ter tão entregue é um momento sagrado demais.
Enzo nunca consegue manter o mesmo cuidado do início porque o ego cresce demais e cega qualquer indício da falsa simpatia que usa para te conquistar. Como nas pistas, ele é um homem com uma missão, e te fazer gozar torna-se mais do que um objetivo, mas uma necessidade. Te humilhar um pouquinho no caminho sempre faz parte, no entanto. E é sempre assim que as palavras bonitinhas perdem qualquer sentido.
"Tá gostando tanto assim? Nem fiz nada, e você já tá se esfregando em mim que nem uma coitada," ele ri antes de mordiscar, de leve, o biquinho do seu peito. "Tava tentando ser legal, te preparar, mas você nunca se aguenta". 
"Enzo, só-," você suspira, deixando as palavras para lá. A abocanhada que deu naquele mesmo peito só atrapalhou a sua trilha de pensamentos, e por incrível que pareça, ele não para de te mamar para retrucar. Suas mãos sobem para pressionar o rosto de Enzo contra você. 
Tão distraída com os afagos molhados da boca do homem que você jurava de morte há algumas horas, mal percebe que o verdadeiro perigo ainda ameaça te enfraquecer ainda mais. As mãos do homem, que se assentaram em suas coxas, estavam até pouco espremidas entre suas pernas – que você havia fechado, buscando algum tipo de fricção, sem mesmo perceber. Agora, Enzo separava-as, te deixando aberta o suficiente para que voltasse a te provocar por cima do seu shortinho. O dedo médio te tocava com mais pressão, fazendo um carinho gostoso que você podia fracamente sentir por cima dos lábios. Só aquele toque tentador te fazia suspirar mais forte.
Aproveitando-se da posição em que estavam, o piloto não demora muito antes de abandonar os seus peitos – o que rende um gemido de protesto vindo de você – para continuar a trilhar beijos por baixo da sua camisa, que abaixava a medida em que ele se curvava, acompanhando os movimentos do homem. Uma de suas mãos continuava as carícias, dessa vez, voltando para o interior de sua coxa, enquanto a outra implicava com o elástico do seu short, puxando-o para baixo e deixando-o castigar um pouquinho a sua pele. Nada que os beijos molhados de Enzo não sarassem depois.
A sua barriga parecia tremer toda vez que os lábios se encontravam com seu ventre, até o momento em que as carícias param para que ele, finalmente, tirasse o bendito shortinho do seu corpo. É um choque sentir o ar gelado do quarto, porque Enzo, impaciente como só, se livra de sua calcinha, também. Seus olhos, curiosos, se viram para baixo, a fim de dar uma espiada na reação do moreno, e você imediatamente se arrepende. Acredita nunca o ter visto tão… arrebatado antes. Talvez seja por culpa da bebida, ou a necessidade de redenção (será que ele realmente sentia remorso?), mas aquela cena apagou toda e de vez toda a raiva que sentiu. Nunca o quis tanto como agora. 
"Por favor," você choraminga, trazendo os quadris ainda mais perto do rosto do homem, necessitada de tudo e qualquer coisa. E se imaginou que não poderia ficar pior, Enzo ainda tem a coragem de levantar aqueles olhos para te encarar e oferece um sorriso. Os braços se envolvem em cada uma de suas coxas, te puxando para mais perto e mergulha. Distribui beijos fervorosos em volta de sua intimidade, deixando com que um pouco da bochecha encoste sob os lábios já tão lambuzados com sua própria excitação. Mas o carinho demora pouco, porque só o fato de te ter tão perto e estar desperdiçando a oportunidade de te abocanhar com tanta garra é demais para ele. 
A boca brinca com os lábios, não tendo pudor algum ao chupá-los e fazer os barulhos mais indecentes possíveis, que vão se tornando tão altos quanto os seus gemidos. E a sensação é deliciosa. Te pega de surpresa, te faz enroscar os dedos dos pés e franzir as sobrancelhas enquanto o assiste, segurando os cabelos dele com tanta força que teme arrancá-los.
"Porra, Enzo!" exclama, com um gemido entalado na garganta que ele chupa para fora de você. A língua trabalha arduamente, passando a fazer pequenos círculos e a provocar o seu clitóris pouco depois, dedicando-se a tomar o seu primeiro orgasmo da noite. Agora, essa é a única motivação que corre por suas veias: te fazer sentir tanto prazer que, logo, estaria com as pernas tremendo, descontrolada, em seus braços. 
E a vontade de te ter desse jeito é tanta que ele nem se atreve a tirar os lábios dali, nem para falar alguma gracinha, ou para te estimular de outro jeito. Quer te ouvir falando que sente a região dormente, e sabe que conseguirá o que quer muito em breve, porque consegue te sentir contraindo, fervorosa, ao receber as carícias tão molhadas. 
Enzo apenas levanta os olhos quando, furtivamente, retira um dos braços de sua coxa para encaixar um dedo bem na sua entradinha, e se deleita na visão de te ter revirando os olhos e se deitando sobre a cama, extasiada de prazer. O único ponto de desgosto é sentir suas mãos deixando os seus cabelos, apenas para apertarem o edredom grosso do hotel. Enquanto ainda te lambe como um homem faminto, os sons que reverberam pelo quarto são a mistura dos seus gemidos incontroláveis, que vez em quando, são acompanhados por tímidos grunhidos vindos de Vogrincic. Os sons molhados que se confundem entre a boca dele, o movimento moroso de seus dedos e da sua própria buceta, deixam o momento muito mais quente e vão te empurrando para a beira do abismo.
"Enzo, eu vou- meu Deus," você se sente ofegante, as pernas fechando contra a cabeça do homem, que nem parece se importar, aceitando todos os seus impulsos para finalmente ter o que quer. 
Pela primeira vez, ele retira a boca para poder te incentivar. Mesmo assim, você ainda consegue sentir os lábios se movendo contra o seu pontinho, e as vigorosas estocadas de seus dedos em você, "Goza pra mim, lobinha. Deixa eu te sentir". 
O seu orgasmo te arrebata, extasia o suficiente para ficar sem direção, apenas aproveitando o único sentimento bom que tomou conta de seu corpo pelas últimas horas. Não é tão passageiro quanto o que sentiu das outras vezes, talvez porque Enzo ainda continuasse o seu trabalho, agora não tão frenético, mas no limite para que você continuasse se sentindo bem por mais alguns segundos. E quando finalmente volta para a terra, observa-o, ainda meio grogue, se levantando e tirando a camisa que vestia – agora, um pouco molhada. 
"Quer esperar mais um pouquinho?" ele pergunta, como se realmente estivesse te dando essa opção. Passa as mãos, agora limpas pela camisa que descartou ao chão, pelos cabelos castanhos emaranhados graças a você. O olhar que sustenta é aquele mesmo de antes, um tanto superior, enquanto te encara ainda se recuperando do ápice que havia proporcionado. "Tô precisando de consolo também, você sabe". 
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creads · 7 months ago
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to um pouco triste por aqui porque pensei no simon namoradinho de alguns meses que não perde uma oportunidade de dar um tapão da bunda da namorada porque pra ele é a bunda mais gostosa do mundo, sabe? 🥺😔
imagino ela se abaixando pra pegar qualquer coisinha na parte de baixo do armário da cozinha e ele sentadinho esperando o ranguinho que ela tá cozinhando pra ele, aí como ele tá pertinho dela, e ela tá ali com um vestidinho midi tomara que caia bem coladinho (vi na shein sim e fiquei inspirada) empinando a bunda enquanto abaixa o tronco ele vê uma oportunidade maravilhosa de descer a mão na bunda gostosa dela, mas é com tanta força que ela dá até um solavanco pra frente e diz "quê isso, menino? endoidou?"🤨😠 e ele diz "endoidei" 🤤
dscp eu penso até na roupa que eu queria usar quando estivesse com ele, é inevitável 💋💋 grata pela atenção
hoje eu tô na vibe dar o 🆒 essa ask é perigosíssima em minhas mãos nesse momento vulnerável. DITO ISSO ☝🏻☝🏻☝🏻☝🏻☝🏻 as a bunduda tenho muitos pensamentos
AI ELE NÃO IA NUNCA DEIXAR DAR UM TAPA NA SUA BUNDA 💔💔💔 juro ele ia agachar pra morder sua bunda quando você entrasse no quarto só de calcinha depois de tomar banho, ia ter uma foto no celular dele deitado com a cabeça na sua bunda, ia te chamar de ‘bundudinha metida’, quando você estivesse de 4, prontinha pra ele meter, ia ficar sacudinho sua bunda e dando aqueles tapas seguidos de uma apalpada de MÃO CHEIA enquanto se masturba vendo a cena, só pra lamber a mão e deslizar do seu clitóris até o seu buraquinho de trás e logo em seguinte meter na sua bucetinha 💔💔💔💔 e a mão que parou perto do seu cuzinho ia enfiar um polegar enquanto te chama de “perra gostosa”
e sobre o vestido oficial de mulheres gostosas: ele ia ficar doido toda vez que ele 🕊🕊🕊🕊 na cozinha ia te encoxar enquanto fala no seu ouvido “você é tão gostosa, mami…” e depois de um tempinho te amolecendo só ia levantar o vestido até sua cintura e abaixar sua calcinha pra poder te chupar de trás enquanto aperta sua bunda de um jeito que vai ficar dolorido depois 💔💔💔
eu ia até falar o tipo de piadinha que ele ia fazer sobre a namorada bundudinha mas tô devastada de tanto tesão não consigo nem digitar isso no momento 🕊🕊🕊🕊🪦🪦🪦🪦
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projetovelhopoema · 5 months ago
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Hoje a nostalgia bateu em minha porta e fez eu acordar em um solavanco assustador, me transportando para uma época em que a vida era mais simples, um tempo em que eu era boa, tranquila e feliz. Meu coração doeu ao lembrar dos finais de tarde com aquele tom de azul, mas não era qualquer azul, era o azul final de dia, onde o sol se colocava de forma suave e os dias eram preenchidos com seu riso e sua fala mansa ao perguntar como tinha sido meu dia. Havia uma simplicidade em tudo e a felicidade era uma constante, não um objetivo inalcançável. [...] Essa simplicidade foi substituída por uma realidade mais complexa, dura, fria e dolorosa. Tornei-me fria e fechada, construindo muralhas ao meu redor para me proteger das incertezas, desilusões da vida e da sua falta constante que me dói. A dificuldade de confiar nas pessoas e a insegurança ao socializar se tornaram companheiras constantes. Cada gaguejo ao falar é um lembrete da minha vulnerabilidade, de como minha voz foi roubada de mim. Mas essa gagueira me faz enxergar a coragem que tenho em enfrentar meus medos. Mas sei que preciso olhar pra mim com empatia, entendo que isto tornou-se uma necessidade essencial. Preciso cultivar empatia por mim mesma, reconhecer que está tudo bem não estar bem e aceitar minhas imperfeições como parte de quem sou. Dar-me a graça de ser humana, permitir-me sentir e reconhecer minha própria dor, é um ato de autocompaixão. Ao fazer isso, espero que a garota feliz e confiante de outrora possa voltar a emergir, trazendo consigo a certeza de que, apesar das tempestades, há sempre um novo amanhecer.
— Caroline Missio em Relicário dos poetas.
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ana-eomar · 4 months ago
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Eu gosto quando a gente está junto. Você não acredita muito quando eu digo, mas me sinto completamente confortável contigo. Confortável a ponto de ficar em silêncio e só sentir nosso encaixe.
Sua respiração na minha. Eu gosto quando a curva do meu nariz se encaixa na sua bochecha. Lugar certo pros nossos lábios se encaixarem há 1 milímetro de distância de um beijo. De repente, sinto um pequeno solavanco, são seus sonhos chegando, quase tangíveis pra mim. Te beijo, preguiçosamente, para eles serem melhores.
Eu gosto de como a gente se encaixa. Nosso corpo dança, essa dança cheia de sono, e se encontra num encaixe perfeito. A curva do meu pescoço se encaixando no seu braço. Seu braço que rodeia meus ombros. As pernas que se enlaçam e completam os espaços vazios. Fazendo carinho com os pés, na lateral da panturrilha.
Sua mão que segura meu braço, às vezes, com tanta força que até parece que você tem medo que eu vá embora. E eu não vou embora! Eu quero muito ficar.
Estou aqui, calmamente, te esperando recuperar de alguns golpes da vida. Estou aqui te esperando enquanto ainda faz sentido pra mim e enquanto eu ainda ver carinho vindo daí. Escolhi espontaneamente esperar, mas seria muito bom te ouvir pedir pra eu ficar.
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hadesdaughtwr · 3 months ago
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Oii, vi que você escreve pro Capitão Nascimento então decidi pedir porque preciso ler algo dele kajakakak. Pode fazer um que ele chega estressado em casa e começa a gritar, mas ai a leitora faz o melhor possivel pra acalmar ele. Eu tava pensando em algo como só segurar ele e fazer carinho, parece que ele precisa muito.
oi meu amor! faço sim!! te entendo, tô sobrevivendo a base de pov dele no tiktok hahahaha talvez eu tenha me empolgado um tiquinho kkkkk mas espero que você goste!! ele tava mesmo precisando de um abraço/carinho
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# cw: capitão nascimento x leitora. discussão, gritos, palavrão, menção de morte (nada gráfico), um pouco de angst, mas com final feliz entre os dois!! basicamente um hurt/comfort
# wc: 741 palavras
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depois de uma operação que levou um de seus colegas de trabalho e amigos morto, roberto chegou irritado e estressado em casa. naquela mesma semana vocês haviam discutido por roberto ser muito agressivo no trabalho e isso estar afetando o comportamento dele dentro e fora das operações.
na cabeça dele, ele estava normal e você que não entendia o que o bope cobra, que você era, de alguma forma, descolada da realidade por pedir que ele agisse com mais cautela e calma.
você, que estava sentada no sofá de casa, assistindo tv, só o observou chegando em casa, tirando os sapatos, indo ao banheiro, muito calado. não esperava que ele fosse se descontrolar tanto com o fraga falando sobre o bope – pra ser mais específica, sobre a operação que o beto havia comandado naquela tarde – a ponto de gritar com você.
"o que esse merda tá falando? ele não sabe de porra nenhuma que aconteceu hoje!", a voz dele já começava a mudar, o seu tom agressivo, trêmulo e mais alto.
"mas em um ponto ele tem razão, beto. você é, de fato, bruto até demais nas operações, você sabe disso, a gente já falou sobre isso.", não foi uma boa ideia ter retrucado a fala dele.
"mas que caralho?! você é outra que fala as coisas sem saber do que aconteceu. se eu sou agressivo, bruto é porquê é PRECISO, COMO EU VOU PROTEGER A PORRA DESSE ESTADO DE MERDA SE EU NÃO MATAR ESSES BANDIDOS?", a essa hora o volume da televisão já não estava tão alto.
"beto, não foi isso que eu quis diz-", ele logo interrompe, "E VOCÊ QUIS DIZER O QUÊ? HÃ? vai proteger vagabundo na casa do caralho, porra. eu chego em casa depois de uma operação desgraçada que matou um dos meus homens, achando que eu ia me acalmar, que eu só ia tomar banho e deitar com a minha mulher, mas não. meu deus, que dia de merda.", você ficou perplexa, sem reação até. não sabia que isso havia acontecido, você só tinha visto as críticas do fraga, não fazia muito tempo que você tinha chegado em casa pra ter pego a informação completa, nem tinha passado pela sua cabeça perguntar o que tinha acontecido pro seu marido.
"beto... eu... eu sinto muito, eu não sabia disso...", você diz com a voz quebrando. "claro que não sabia, mal falam disso e você não perguntou...", responde ele já olhando pro chão, sem jeito e com um nó na garganta.
"vem aqui, vem. me desculpa, amor, de verdade. eu deveria ter perguntado primeiro antes de julgar.", você se levantou, puxando ele para um abraço apertado.
beto, com o rosto enterrado no seu pescoço, mãos e braços circulando o seu corpo com força, começou a chorar e soluçar, seu corpo tremendo de desespero e dando solavancos.
"shh, shh, pode chorar, vai passar...", disse você enquanto fazia um cafuné no cabelo e carinho nas costas dele para tentar acalmá-lo. "eu só queria mudar esse sistema de merda, não queria mais ter que ficar nessa insegurança de perder homens, pensar se eu volto pra casa vivo ou não, se as pessoas vão conseguir ter uma vida boa, se você tá segura... me perdoa, me perdoa por não conseguir mudar essa merda.", a cada palavra solta, um soluço saia junto, até o choro se intensificar no final da frase dele.
"não pensa assim, beto, por favor. não foi você que criou esse sistema, você sabe que você sozinho não muda tudo, o problema tá enraizado, vida... você me protege, você é forte, eu sei que eu posso confiar a minha vida às suas mãos, você me provou isso. eu te amo e muito, isso não vai mudar".
os minutos se passam, vocês acabam indo pro quarto, ainda abraçados. beto demorou pra se acalmar, ainda soltava uns soluços avulsos, mas já havia parado de chorar. você murmurava o ritmo de uma canção pra mudar o foco da atenção dele, estava dando certo.
"eu sou muito sortudo por ter você do meu lado. muito obrigado, de verdade. eu te amo muito, meu amor.", ele murmurou tão baixo que quase saiu como um sussurro, logo pegando no sono.
ainda fazendo um cafuné leve, você respondeu um "não mais do que eu." baixinho para não acordá-lo, dando um beijo na testa, se aninhando mais a ele e se entregando ao cansaço do dia e do conforto do abraço do seu marido.
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aidankeef · 4 months ago
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Point of view - Desenvolvimento de Poderes
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Am I savage? Scratching at the door Am I savage? I don't recognize you anymore
O poder herdado por Aidan era surpreendente.
Durante os últimos anos acreditava que a manifestação do poder só ocorreu durante a maturidade. Entretanto, após a leitura do diário de sua mãe, encontrou um relatório completo sobre a forma o poder se manifestava desde tenra idade, sempre causando estragos significativos.
A primeira ocasião, quando ainda possuía quatro anos, foi engraçada. Aileen estava tentando manter o jovem Aidan entretido no banco de trás, durante uma viagem interestadual. Aid não aguentava os inúmeros desconfortos daquele momento. A música não lhe agradava, o solavanco do carro fazia com que o cinto apertasse seu pescoço, a roupa pinicava sua pele, os tênis eram apertados. Tudo estava péssimo. Em um quadro normal, a birra infantil seria apenas uma birra infantil, exceto pelo momento em que Aileen viu, pelo retrovisor, uma neblina vermelha sair do corpo de Aidan, como se seu corpo estivesse superaquecido. A mulher estacionou o carro, desceu, e deixou Aidan lá dentro sozinho até que a neblina dissipasse, por ordens de Ares. Ainda não sabiam ao certo os efeitos de sua manifestação, mas passaram a supor que aquela neblina causaria envenenamento ou alucinações. Naquela ocasião, Aidan conseguiu quebrar a maçaneta do carro em uma força descomunal.
Entretanto, após o apagão causado pela crise de Aidan um ano depois, Aileen optou por um monitoramento mais intensivo, principalmente pela introdução do menor na escola e em novos círculos sociais. Era regrado. Primeiro, o descompasso emocional, um grande sentimento atingia o filho. Depois, a febre e os tremores nas mãos e pernas. Vez ou outra surgiam manchas vermelhas em seu corpo, como uma irritação na pele. E, só então, a névoa. Em um tratado com o filho, Aileen precisava saber de qualquer alteração em sua temperatura corporal, fato o qual gerou uma febre psicossomática em Aidan que viu naquela preocupação uma forma de receber o carinho materno, um rastro de sua atenção.
TW: violência doméstica e infantil. A segunda grande manifestação que sequer foi notada por Aidan foi dias antes de sua fuga. Andy, seu padrasto, discutia à plenos pulmões com Aileen, avançando em sua direção, vociferando inúmeras ofensas enquanto o semideus assistia toda ação. Os gritos cessaram quando finalmente Andy acertou Aileen com o primeiro soco, dando sequencia às agressões que assustaram o filho de Ares. Febre, tremor e iniciativa. Aidan rompeu na direção da mãe, tomando sua frente, enquanto a mulher escondia a barriga com ambas as mãos, já grávida de Nessa. O semideus tentou intermediar o conflito sem reparar que a névoa era absorvida pelo padrasto. Alucinado, o padrasto passou a agredir Aidan, deixando que Aileen fugisse pelo apartamento. Seu corpo foi lançado contra a cristaleira e arrastado pelo tapete de cacos de vidro e copos estilhaçados. Depois daquele dia, o garoto estava ciente que morreria naquele local se permanecesse dentro daquela casa. Fim do TW.
Com a fuga e ausência de supervisão, em inúmeras ocasiões o rapaz perdeu o controle emocional e liberou parte daquela substância, afetando mais a si do que aos demais, fazendo com que cogitasse que, no final das contas, estivesse enlouquecido. Monstros, semideuses e criaturas fantásticas, acompanhadas de visões extremamente realistas de violência. Algo parecia errado demais, cruel demais. Só quando finalmente chegou ao acampamento meio sangue, aos dezoito anos, que tomou proporção de sua capacidade.
Precisava se regular emocionalmente, dedicar o seu tempo na compreensão de si para dominar aquela habilidade tão complexa, controlar sua manifestação para que existisse uma utilidade em seu poder. E assim fez.
Inicialmente, precisava contornar seus extremos emocionais. A escrita do diário parecia insuficiente, incapaz de gerar resultados significantes além da verbalização de suas emoções. Então, na primeira oportunidade que obteve em Waterland, pressionou Charlie para que disponibilizasse de seu tempo e dedicação para ensiná-lo sobre meditação e seus benefícios.
Tempos difíceis, um acampamento desmontado. Era difícil manter sua concentração perante os acontecimentos, mas persistiu. Após três aulas, conseguiu finalmente entrar em estado meditativo e, dessas atividades, surgiram mais momentos de reflexão sobre seus traumas e desajustes com a realidade.
Posteriormente, sentido a confiança minimamente mais estabelecida em si, pediu que Nastya o acompanhasse em um treinamento intensificado, onde teria as emoções invadidas pela semideusa e seria exposto aos extremos de seu emocional. Com muito esforço conseguiu se manter firme e, consequentemente, motivado para continuar.
A rotina de treino foi intensificada, cada vez mais obcecado em se preparar para o terror invisível, o inimigo imperceptível que vinha de todas as direções. Horas seguidas de combate, fugindo de seus momentos de lazer para se manter dentro da arena. Testes físicos, combates intermináveis, resistência manifesta através da convivência com o medo. A chegada do diário de Aileen foi um elemento complementar para que pudesse aprender a viver com seus receios e conflitos internos.
Descobrir que era amado, que seu pai foi presente em sua criação de forma indireta, que sua mãe estava viva e que agora possuía Nessa, sua irmã mais nova, como alguém significativo o suficiente para conduzi-lo em direção à responsabilidade familiar novamente, fez com que parte de suas convicções caíssem ao chão.
Naquele dia, não viu a luz do sol por mais de vinte minutos. Sem se alimentar, manteve-se ativo. Os semideuses fazia fila para enfrentá-lo em combates corpo a corpo e, um por um, caíam no tatame, perplexos. Cada vez mais rápido, cada vez menos previsível. Quíron foi até o espaço assistir os últimos combates da tarde e viu que Aidan permanecia ali, o olhar penetrante focado em entender o inimigo e surpreendê-lo. Mais um corpo no chão, sem muita dificuldade.
O centauro assentiu como se estivesse surpreso com a capacidade do filho de Ares, que retribuiu o cumprimento com um esquivo indiferente, um tanto ressentido com o posicionamento do diretor nos últimos períodos. Manteve-se de pé, pronto para sua intervenção.
"Eu não estou causando problemas. Eles vieram aqui por querer, não por obrigação." Arguiu antes mesmo do centauro abrir os lábios. Desarmado, limpou o suor do rosto com o antebraço e balançou a cabeça, os cabelos tomados pelo suor.
"Não vim aqui para isso. Vim para te avaliar pessoalmente." O som do casco batendo no chão, caminhando para trás, abriu espaço para que outro semideus desconhecido se aproximasse, o olhar um tanto tomado pelo receio. "Ele precisa criar uma redoma de proteção e você precisa direcionar sua aura para ele. Comecem."
Despreparado, Aidan afastou-se do semideus franzino. O desconhecido já estava de olhos fechados, mãos estendidas, uma película translúcida se formava ao redor de si. O filho de Ares puxou o ar, deixou as pernas paralelas e focou em sua respiração e o trajeto do ar em seu peito. Pouco a pouco o calor foi aumentando, expandindo, tomando peso e forma. Sem pensamentos intrusivos, sem turbulência emocional, apenas a concentração em sua pureza. Os olhos castanhos do filho de Ares cruzaram a arena, encarando a feição do rapaz em sua frente com seriedade. A fumaça vermelha passou a fluir de seu corpo, rumando na direção de seu alvo, como se fossem sugadas para aquela silhueta, penetraram a barreira de proteção do garoto. O semideus ficou com os olhos avermelhados, inalando aquela névoa colorida.
TW: Sangue, combate. Em sua mente, a visão era clara e certa. Via o filho de Ares se armando com a espada Claymore, avançando em sua direção, acertando a barreira e penetrando seu espaço de proteção. Aidan rugia como uma fera, movimentando a lâmina na direção de seu pescoço. O corte preciso em seu pescoço, sentindo o jorrar do sangue tão realista. Fim do TW.
O semideus gritava desesperadamente, Aidan se mantinha imóvel, direcionando a névoa. Quando o rapaz franzino foi ao chão, curvado, as mãos estancando o ferimento imaginário em seu pescoço, Quíron ergueu o pulso sinalizando o fim da demonstração. O filho de Ares recolheu a fumaça para si, retornando ofegante, a cabeça pesada, o suor caindo pelo corpo.
"Está feito. Eles não estavam errados." O centauro uniu os braços, os cruzando em seu peito. O olhar orgulhoso pairando na direção de Aidan, um de seus casos mais instáveis parecia finalmente ter encontrado um rumo decente. "Você finalmente aprendeu a controlar o seu poder. E ainda nos mostrou que sua outra capacidade herdada está bem potencializada com seu auto controle. Está dispensado de sua grade de nível II, Aidan. Pode ir amanhã montar sua grade de interesse na Casa Grande."
@silencehq Semideuses citados: @thecampbellowl e @ncstya, interações citadas - x e x.
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cncowitcher · 5 months ago
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💤┊SONHO DE AMOR !!
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ᡣ𐭩 ─ santiago vaca narvaja × leitora.
ᡣ𐭩 ─ gênero: triste. 👒
ᡣ𐭩 ─ número de palavras: 534.
ᡣ𐭩 ─ notas da autora: aí meus aneizinhos de saturno, esse imagine foi muito gostosinho de escrever. misturei um pouco de realidade e ficção mas nada tão exagerado. espero que vocês gostem. 🫂💌
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S/n e Santiago nunca se conheceram.
Mas para Santi, ele e a garota estavam destinados a ficar juntos assim que em uma noite qualquer como todas as outras, ele viu da sacada de seu apartamento uma estrela cadente o céu cruzar.
Naquele exato momento, uma chama em seu corpo acendeu, o fazendo fechar os olhos e fazer um pedido bobo, desejando um amor verdadeiro em sua vida ─ já que o mesmo foi enganado tantas vezes com juras de amor que acabou perdendo um pouco de sua fé nesse sentimento com sensações semelhantes à qualquer droga já feita pelo homem.
─ Por favor, eu só peço isso. Eu só peço um amor. ─ Murmurou ele antes de se virar para entrar dentro de seu quarto e encostar o vidro da sacada, impedindo que a brisa gélida adentre ao cômodo gente.
E assim que os músculos e alma de Santiago se relaxaram, um sonho angustiante e esperançoso começou.
Era noite, o homem estava deitado na areia de uma praia com o braço levantado, levando seu dedo indicador para contornar algumas estrelas, porém num solavanco o céu pareceu se aproximar dele por um momento e se Santi quisesse, poderia chegar até aquela parte do universo ─ se não fosse a falta de oxigênio que isso o causaria.
Tudo de repente começou a estremecer, trazendo com esse acontecimento, uma dor forte no meio do homem. Parecia que algo estava sendo retirado de seu peito. E esse algo era o seu coração, batendo forte enquanto o argentino observava as estrelas rodando em carrossel no céu estrelado.
Uma luz forte se apoderou naquele lugar, trazendo um desconforto para Santi, que baixou o braço e o levou até o seu rosto, se protegendo daquela luz enquanto se sentava na areia.
O sol se preparava para nascer e lá no horizonte, pouco longe de onde o homem estava sentado, havia uma pessoa saindo das águas. Era uma mulher. Seus cabelos estavam jogados para trás pelo vento e suas vestes brilhavam como os raios do sol atrás dela e assim que colocou os pés na areia da praia, Santi sorriu largamente sentindo a dor em seu peito se dissipar.
─ É você. ─ Ele disse com os olhos marejados, correndo até a moça, que riu emocionada, observando ele a abraçá-la carinhosamente antes de girar seu corpo no ar. ─ Meu amor, é você. Meu único amor é você. ─ Santiago falou colocando ela de pé na areia, mas ainda abraçando aquele corpo parecendo ser frágil.
A garota ─ cujo nome era S/n ─ sabia que estava destinada a ser de Santiago, e Santiago sabia que estava destinado a ser de S/n. Mas o que Santiago infelizmente sabia e negava era que, na vida real, nada disso tinha acontecido. Ele nunca tinha se apaixonado por essa garota, e muito menos visto ela pessoalmente em algum momento em sua vida. Mas se ela era real, porque não tiveram a simples oportunidade de se conheceram?
Santiago acordou ofegante durante a madrugada. Sua mente ainda processava o sonho e o homem se sentia confuso pois tudo parecia tão real, tão vivo e tão verdadeiro.
Mas infelizmente S/n e Santiago nunca se conheceram.
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luisdeaguilar · 5 months ago
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⠀⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀— 𝐼 𝑡ℎ𝑖𝑛𝑘 𝐼'𝑣𝑒 𝑠𝑒𝑒𝑛 𝑡ℎ𝑖𝑠 𝑓𝑖𝑙𝑚 𝑏𝑒𝑓𝑜𝑟𝑒. ⠀⠀  ⠀⠀⠀⠀  ⠀⠀𝐴𝑛𝑑 𝒊 𝒅𝒊𝒅𝒏'𝒕 𝒍𝒊𝒌𝒆 𝑡ℎ𝑒 𝑒𝑛𝑑𝑖𝑛𝑔.
𝑃𝑙𝑜𝑡 𝑑𝑟𝑜𝑝: 𝑡𝑎𝑠𝑘 003 (𝑡𝑟𝑎𝑖𝑑𝑜𝑟 𝑑𝑎 ��𝑎𝑔𝑖𝑎) _ 𝑡ℎ𝑖𝑠 𝑖𝑠 𝑎 𝒑𝒐𝒊𝒏𝒕 𝒐𝒇 𝒗𝒊𝒆𝒘! @silencehq
O coração de Luís ainda batia acelerado quando avançaram em direção aos bosques. Tinha acordado com um solavanco na hora que o sinal começou a tocar, felizmente o cajado estava sempre ao lado da cama, assim como suas roupas - como patrulheiro, era comum que deixasse algo sempre disposto, em casos como aquele -, então não levou muito tempo para se aprontar. O cajado, agora já era sua lança, empunhada pouco a frente do corpo enquanto seguia com seus companheiros através das árvores. Felizmente, confiava sua vida a sua equipe, então sentia-se sempre seguro com eles. Pelo menos era assim que pensava antes de tudo acontecer.
O som foi tão alto e desconfortável, que o semideus largou a lança, levando ambas as mãos aos ouvidos, na tentativa falha de protegê-los. Era doloroso, alto e forte demais. Os joelhos de Luís cederam, fazendo-o cair sobre a lama, e logo as mãos também caíram rentes ao corpo, ao que o semideus entrou naquele transe que acometia a todos.
Atenção: o texto protegido por read more contém sensação de insuficiência e abandono. Ao sinal de desconforto, não é recomendado seguir depois daqui. Boa leitura!
Luís não sabia quanto tempo tinha durado sua angústia, mas já não ouvia mais o barulho alto, apenas um fino apito que foi se diluindo aos poucos. Ele abriu os olhos, era dia e estava tão claro que tivera que erguer uma das mãos para cobrir os olhos por alguns segundos, até que se acostumasse com a luminosidade. "Eu não posso mais fazer isso, Luís! Eu preciso ir embora daqui.", ela disse, arrumando o que pareciam ser algumas roupas em uma bolsa sobre a cama do chalé quarenta. Luís reconhecia que aquele era o seu quarto, mas não conseguia ver a mulher com quem falava. Ela estava de costas para ele. "Fazer o que?", questionou um tanto confuso, como quem havia acabado de cair de paraquedas naquela conversa. Foi então que a mulher virou-se em sua direção, soltando uma lufada de ar irritada, enquanto as mãos deslizavam pelo rosto, os dedos enfiando-se entre os cabelos. "Exatamente isso, Luís. Você não entenderia, nunca entendeu. Nós dois, isso aqui, não vai funcionar.", ela replicou num tom áspero, sua voz parecia cansada pelo esforço, talvez a tivesse forçado em algum momento anterior, ou talvez fosse pelo choro. Luís não sabia distinguir, mas no momento em que ouviu aquelas palavras, sentiu o coração doer e um nó formar-se em sua garganta. "Como assim, não vai funcionar? E-eu... eu achei que...", não conseguia completar, o que ele tinha achado? Tudo parecia confuso, era como se seu corpo estivesse no momento, suas emoções, mas sua mente, essa parecia perdida ainda no tempo e espaço. Luís estreitou os olhos, forçando para reconhecer a feição daquela que estava a sua frente.
Por um segundo, a imagem distorcida lembrava-o alguém do seu passado, seu antigo amor, mas não poderia ser, não se falam e não eram íntimos assim, disso ele lembrava bem. "Por favor, eu não posso perder você.", replicou como uma suplica. E aquele foi o primeiro momento em que Luís estranhou suas próprias reações. Por dentro, estava confuso, inquieto, como se tudo aquilo fosse irreal ou um lapso temporal. Por fora, estava angustiado, aflito e pesaroso. Parecia que tudo que tinha tentado evitar por tanto tempo, estava finalmente acontecendo. Tinha uma nova pessoa em sua vida, alguém que tinha medo de perder e era justamente isso que acontecia. A cada peça de roupa que ela colocava dentro daquela mala, a mente de Luís dividia-se em flash's, como se dois momento passassem diante dos seus olhos, um ao lado do outro. Aquela mulher que ele não conseguia enxergar exatamente quem, e a do seu passado, que via com total clareza. Os gestos sincronizados das duas, provocavam sensações de aflição no filho de Morfeu. Seus pés começaram a bater inquietos, desritmados, enquanto ele tentava respirar fundos. "Por favor, nós podemos conversar por um segundo?", indagou-a outra vez, fazendo-a virar-se novamente para ele. Agora tinha mais clareza em seu rosto, mas o cenário mudava. Naquele instante, tinha Maeve a sua frente, não estavam mais no chalé quarenta, ela não fazia as malas, mas algo também o indicava que ela estava prestes a partir. "Eu sinto muito, Luís.", foram as palavras proferidas antes que ela se levantasse, deixando um singelo toque sobre o seu ombro e seguisse rumo a saída da arena. Luís olhou sobre o ombro enquanto ela se afastava, e ele chorava, suplicando para que não fosse.
Entre seus soluços, o cenário mudou uma outra vez. O chalé treze, mais especificamente o quintal deste. "Kitty?", chamou pela mais nova, erguendo a cabeça para olhar ao redor. Seu rosto estava dolorido, os olhos inchados pelo choro, quase não conseguia ver pela pequena fenda que lhe sobrava, mas foi o bastante para reconhecer a silhueta da amiga. "Luís, eu falei que não queria mais saber de você. Vai embora.", ela o replicou, empurrando para longe, enquanto um outro vinha para abraçá-la e a acolher. O que estava acontecendo? Jurava que como amigos, ele jamais a perderia. Seus lábios se entreabriram algumas vezes, mas nenhum som foi emitido, e a cada momento ele parecia mais distante dela, o corpo sendo arrastado de volta para o bosque, onde finalmente encontrou Katrina. Todas as suas lembranças com ela, era no mundo dos sonhos, seu lugar feliz. Quando se aproximou, ela parecia cochichar com um outro, aos risos e intimidade, de modo que ele nunca a viu com outra pessoa antes. Não tinha nada errado em ter outros amigos, Luís não era possessivo em relação a isso, mas o desconforto veio de qualquer forma. Sentia-se substituído, principalmente ao chegar perto o suficiente e receber o olhar de indiferença dela. "Katrina? Podemos conversar? Eu não entendo o que está acontecendo. Estamos...", ele teria continuado, mas o erguer da mão da mulher o silenciou. "Você não vê, Luís? Ninguém precisa de você. Eu nunca precisei de você!", firmou as últimas palavras de forma mais dura. E aquele foi o golpe final para que Luís desabasse sobre os joelhos no meio do bosque, exatamente como tudo começou.
Extra: Quanto Luís despertou, seu coração parecia pesar uma tonelada dentro do peito, tornando difícil para ele respirar. A primeira pessoa que procurou foi Katrina, por estar com ele naquele momento. Era difícil olhar para ela, pois suas palavras ainda faziam ecos na mente do Aguilar. Mas ele precisava saber se tudo foi real ou não.
Personagens citados (em ordem): @ghcstlly; @kittybt & @kretina
ps. recomendação de áudio: exile (feat. Bon Iver)
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xexyromero · 9 months ago
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sabía que ibas a volver. fem reader! x santiago vaca narvaja
fem!reader, santiago vaca narvaja x reader, established relationship, fluff
cw: lots of love, light smut!
sinopse: você é atriz e finalmente tem uma pausa na rotina de gravação para ver seu namorado santiago.
wn: segue seu request, @mari38lolo! espero que você goste e desculpe a demora <3
seu coração batia tão forte no peito que você começou a ficar na dúvida se era emoção ou algo fisiológico preocupante. amor, estou dobrando a esquina. você lia e relia aquela mensagem como se fosse necessária para continuar respirando.
finalmente, depois de muito tempo sem conseguir vê-lo, seu namorado santi estava mandando mensagem diferente de "vamos nos ligar hoje" ou "estou com muita saudade". era uma mensagem real, de verdade, que ele estava chegando e bem pertinho.
cada movimento ou barulho diferente no corredor do prédio que morava era um solavanco no seu estômago. você mal se continha de animação - os braços de santi eram seu lugar seguro e você ficou tempo demais sem eles.
você estava sentada no topo do encosto do sofá, ainda de pijama (o máximo que conseguiu fazer foi escovar os dentes e lavar o rosto), com a porta destrancada e em completo estado de excitação. na noite anterior, por coincidência grata do destino, a série que você gravou durante os últimos meses e o filme que seu namorado gravou nos últimos anos tinham terminado as filmagens ao mesmo tempo.
naturalmente, você não quis combinar de se verem tão imediatamente (embora seu coração gritasse por isso). achou necessário dar um tempo para o argentino voltar com calma - o filme que gravou, pelo que conversaram, demandava muito e ele era um ator muito dedicado. condições climáticas adversas, emoções extremas e uma história muito bonita que seria contada de forma respeitosa.
nada podia ter te preparado para o "amor, posso te ver amanhã? estou com muita saudade." que você recebeu por mensagem. dormir foi complicado - mas você se forçou a fim de estar descansada e pronta para ficar sei lá quantas horas grudadas no homem que amava.
até que aconteceu. interrompendo seus pensamentos, o topo da cabeça loira com cachinhos adoráveis apareceu no final do corredor. você não se conteve - levantou quase que imediatamente e correu em disparada em direção ao seu namorado. ele sorriu aquele sorriso genuíno que você tanto amava e abriu os braços o máximo que conseguia. "meu amor!" ele exclamou.
"meu amor!" você repetiu, as lágrimas caindo no canto dos olhos, embora seu sorriso fosse tão grande quanto o de santi. o impacto chegou e você estava completamente envolta nos braços dele. no cheiro dele. "que saudade!" falou em português mesmo, deixando a emoção que esteve guardada meses no peito se esvair com tranquilidade.
o argentino te abraçava com força e começou a depositar vários beijinhos na sua testa e topo da sua cabeça. você levantou o rosto, finalmente encarado face a face (centímetros de distância! sem ter uma tela no meio!) e vendo que ele também tinha o canto dos olhos molhadinhos. "te amo." ele falou baixinho, sussurrado, antes de capturar seus lábios em um beijo muito esperado.
se beijaram pelo que parecia anos, completamente fechados dentro do mundo de vocês dois. se separaram só quando lembraram que a porta do apartamento estava escancarada, você de pijama e ele com um casaco um pouco mais pesado. se separaram aos risos, afastando os corpos - deixando as mãos obviamente entrelaçadas. 
“ai, santi! tenho tanto pra te contar! essas últimas duas semanas de gravação foram um inferno!” você comentou, puxando seu namorado para o apartamento. é óbvio que conversaram muito durante o tempo que ficaram separados, mas não havia nada como reclamar com a pessoa preferida e mais compreensiva do mundo, ao vivo.
“você falou mesmo que estava puxado. devia ter me ligado!” sempre tão gentil, você pensou. em vez de fazer qualquer comparação, “comigo foi pior” ou qualquer coisa nesse sentido, santi apenas reclamou que você não falou com ele. você suspirou e o puxou pra um beijinho estalado e furtivo na bochecha antes de chegarem à porta. nunca teve dúvidas que era santi, mas recebia confirmações da vida com muita frequência. 
“devia mesmo! mas você estava super ocupado e eu não quis atrapalhar.” você deu levemente de ombros, entrando no seu apartamento e rapidamente fechando a porta atrás de si. santi soltou suas mãos apenas para retirar o casaco e os sapatos que usava. 
largaram os corpos no sofá, se entrelaçando de tal forma que não sabia onde começava você e onde terminava santi. sentados, encostados na cabeceira, as pernas enroladas. você apoiava o rosto na mão direita, ele imitava sua posição espelhado. e fazia carinho no seu joelho. claro. santi sempre estava te fazendo carinho, da forma como fosse, do jeito que conseguisse. 
“você nunca me atrapalha, amor. se eu não pudesse responder, eu te avisaria e a gente combinaria outro horário. você sabe disso, não?” você não aguentou, agarrando o rosto do namorado e o apertando contra suas mãos. como podia alguém ser tão perfeito assim? 
“continua falando essas coisas, santi, e em breve eu pego seu sobrenome.” brincou, embora nem fosse tão brincadeira assim. já tinham falado sobre isso algumas vezes e era uma possibilidade real, com desejo. 
os olhos de santi brilharam. ele falou baixinho, capturando sua mão e depositando um beijo terno sem desgrudar os olhos dos seus em um momento. “continue falando desse jeito e eu não vou ter outra opção, amor.”
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tyongbrat · 2 years ago
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oi lindinha! você faria um smut pesadinho de um jeno hard dom morrendo de ciúmes? com daddy kink e bastante dirty talk.... se for fazer pode adicionar mais coisa, fica a seu critério!
se não sentir confortável finge que não viu kkkk
[entrega de pedidos] espero que goste 🌷. Avisos: tem um leve spanking, mas tô avisando pra quem não gosta, né! (Eu nunca escrevi algo assim, me perdoa se não estiver como você imaginava)
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I LOVED YOU DANGEROUSLY - LEE JENO
As costas largas do homem eram a única visão que você tinha, seus pés batendo no ar enquanto ele carregava você no ombro, nenhuma palavra dita, nem mesmo grunhidos de raiva. E isso preocupava você. Silêncio total era o ápice da raiva dele.
Jeno te colocou de pé, parada na frente dele, você encarava as orbes escuras do homem, os músculos tencionados, a veia levemente saltada no pescoço, o maxilar travado. No momento em que você se sentou contra a cama, ele te agarra pelo pescoço, tirando teus pés do chão, o seu primeiro reflexo é agarrar o pulso dele, fazendo pressão pra se libertar dos dedos grossos, você crava as unhas na pele dele e então se te solta conta a cama.
— você é uma cadela louca por atenção. – grita contra o seu rosto.
— papai... – você murmura. Esfrega o lugar onde ele agarrou pra aliviar a dor.
— o que você acha que eu deveria fazer com você, bebê? Você não tem jeito mesmo, se exibindo sem pudor nenhum pros meus amigos, cochichos com o jaemin pareciam tão interessantes... – a voz baixa soa como uma advertência, teu coração dispara quando ele acaricia teu tornozelo, sobe o carinho pelas panturrilhas — talvez queira dividir comigo o que era tão interessante naquele filha da puta que você não parava de rir.
Ele pressionou os lábios no teu pescoço, deixando beijos molhados, as mãos sorrateiramente acariciando as tuas pernas. Teu peito queima se excitação pelo que vem a seguir, estar com Jeno é sempre a combustão perfeita, vocês são como fogo e gasolina, tu é ar leve solto se deixando embalar, Jeno é a faísca que te acende. Tudo que ele te dá tu aceita, sempre quer mais daquilo que só ele pode te dar.
— vou dar o que você merece, querida, você sabe como funciona - ele acaricia teu rosto, beija a pontinha do teu queixo — qualquer coisa você sabe a palavra de segurança, não sabe?
— sim, senhor.
Jeno endireitou o corpo na ponta da cama, você o seguiu como um cachorrinho carente, se debruçou sob o colo dele deixando a bunda apoiada nas coxas grossas e o rosto enterrado no colchão macio. Conseguiu sentir seu coração pulsar quando a mão gelada subiu teu vestido, os lábios grossinhos dele deixaram um beijinho casto na nádega esquerda.
— eu não decidi quantos vão ser, mas você não precisa contar hoje, eu decido quando parar.
— sim, senhor.
Você sabia que essa surra não era por diversão, nem por excitação, mas pelo motivo mais assustador, Jeno estava puto da vida com você, toda raiva trancada dentro dele se esvaziaria se ele pudesse te bater livremente.
A força do primeiro golpe fez teu corpo dar um solavanco tentando escapar, sentiu a bunda queimar de dor, e foi imediatamente seguido por mais um, mais um e mais um. Cada tapa afiado e dolorido, teu corpo relaxando quando não sente mais tanta dor, mas ele continua te batendo, ele alterna entre tapas rápidos, depois te faz esperar com um tapa mais duro e demorado.
Foda-se, você tá toda molhada, queimando de tanta vontade de ter algo enterrado na sua buceta, nem que seja apenas os dedos dele, você se esfrega nas coxas grossas tentando aliviar a vontade. Jeno espaça mais as pernas, a ponta do joelho dele encontra teu núcleo molhado, o tecido da tua calcinha impede o contato direto, entretanto ele não deixa de pressionar o joelho ali, esfolar de leve a tua bucetinha.
— o quão patética você parece agora, disposta a gozar com o meu joelho te fodendo. – você não pode ver, mas ele tá sorrindo presunçoso — mas você sabe, eu sou um bom papai pra você, não posso deixar minha menininha passando necessidade.
Seu cérebro estava uma completa bagunça quando Jeno te moveu para o meio da cama, hormônios borbulhando ao imaginar o que ele faria com você, como ele te foderia bruto sem dó. Ele desfez o cinto da calça, descendo até o joelho.
Jeno puxou o resto do cinto envolvendo entre as mãos e bruscamente enrolando em volta do teu pescoço. Se posicionou no meio das tuas pernas, segurando com força a ponta do cinto que te prendia quase sufocando. O homem te deu um sorriso arrogante, você nunca escondeu de Jeno que a dor te excitava, mas ter o sorriso presunçoso pairando como um demônio sobre o seu corpo, deixando claro o quão suja e baixa você era.
Ele empurrou pra dentro de você, rápido e constante, cada vez que seu corpo pequeno se inclinava pra frente a garganta era sufocada pelo cinto de couro, o ar entrava e era tirado de você tão rápido que não conseguia mais raciocinar perfeitamente. Os gemidos em uníssono se espalharam pelo quarto do casal, o calor no seu abdômen era crescente, te esmagando aos poucos, levando quase ao limite, você suplicava baixinho por alívio, mas quando seu corpo quis relaxar Jeno se retirou de dentro.
— não — você implorou.
Ele bombeou algumas vezes o próprio pau gozando pelo teu corpo, te ouvindo choramingar o quão injusto ele estava sendo com você.
— acha que merece gozar? — o moreno fitava seus olhos molhados de lágrimas esperando por uma resposta.
— não, senhor.
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fredericolimablog · 2 years ago
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"Aprendi, com os solavancos da vida, a não exigir reciprocidade de ninguém. É preciso deixar cada pessoa livre para poder ser quem é e agir exatamente da maneira como quer. Mendigar sentimentos é um dos níveis mais baixos da balança do amor-próprio. Quem quer, faz por onde; quem não, sempre viverá de joguinhos e do péssimo ato de culpar o outro por aquilo que é de sua inteira responsabilidade."
Frederico Lima
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livrosencaracolados · 1 year ago
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"A Ilha do Tesouro"
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Sɪɴᴏᴘsᴇ Oғɪᴄɪᴀʟ: "O fidalgo Sr. Trelawney, o Dr. Livesey e os outros cavalheiros pediram-me que registasse, preto no branco, todos os pormenores a respeito da Ilha do Tesouro, tudo de cabo a cabo, omitindo, porém, os elementos relativos à situação geográfica da ilha, porque permanece lá, ainda, uma parte do tesouro que ficou por desenterrar.» No tempo dos piratas e das grandes caravelas, Jim Hawkins anda à procura de um tesouro enterrado pelo famoso pirata Capitão Flint. Essa é a história de A Ilha do Tesouro, narrada pelo jovem aventureiro. A Ilha do Tesouro é o arquétipo dos romances de aventuras. Mas foi o relato de Stevenson, com Long John Silver de perna de pau, tricórnio na cabeça e duas pistolas à cintura que entrou na memória colectiva e marcou gerações de leitores.
Aᴜᴛᴏʀ: Robert Louis Stevenson.
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ALERTA SPOILERS!
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O Mᴇᴜ Rᴇsᴜᴍᴏ: Em pleno século XVIII, isolado do mundo no litoral inglês, Jim Hawkins, um rapaz tão banal quão o banal pode ser, ocupa os seus dias a ajudar os pais a gerir a hospedaria da família. Entre servir a pouca clientela que o local recebe e preocupar-se com a saúde decadente do pai, Jim leva uma "pachorrenta vida provinciana", sem grandes solavancos ou ambições. Ora, tudo muda quando Billy Bones, um velho marinheiro carregado de histórias pavorosas sobre o seu tempo no mar com a pior das tripulações, vem importunar a Estalagem Almirante Benbow com os seus maus modos, bebedeiras constantes e presença sinistra. Nos meses que se seguem à sua chegada, o ambiente da estalagem muda e Billy, geralmente a figura mais intimidante da sala, vai lentamente sucumbindo a um medo paralisante de um dia ser encontrado por um misterioso "marinheiro de perna só". Os seus receios acabam por se confirmar quando, por meio de um antigo companheiro, lhe chega um aviso bastante violento de que a tripulação está atrás dele. Além de apressar a morte inevitável do pai de Jim, o ataque condena Bones à cama por semanas, e este, percebendo que se encontra vulnerável e sem aliados, é obrigado a confiar a Jim o seu maior segredo: a sua arca, o único pertence que trouxe consigo, contém no seu interior a chave para o tesouro mais precioso do mundo, algo pelo qual todos os piratas estão prontos para matar, e que Jim tem de os impedir de obter. Billy morre pouco depois da revelação, deixando um Jim confuso e pouco esclarecido à sua sorte, e na mesma noite, a hospedaria é invadida e destruída pela debandada de piratas furiosos que procura o tesouro. Da arca, a mãe de Jim só consegue resgatar uma série de moedas e documentos a tempo de fugirem e, para os manter a salvo, o rapaz apressa-se até à mansão do Sr. Trelawney, um importante fidalgo, que se encontra com o doutor Livesey, a quem conta tudo. Sob a luz das velas, o trio chega à conclusão de que não está perante documentos normais, mas de um mapa que leva à fortuna escondida do infame Capitão Flint, o pirata mais sanguinário que já atravessou os mares, e decidem partir juntos para a reaver antes que seja tarde de mais. As preparações para a viagem são feitas a correr e, de um dia para o outro, o sonho dos três homens fica uma dúzia de passos mais perto da realidade, com uma embarcação, o Hispaniola, e uma tripulação experienciada pronta para partir no cais. Claro está, que se a fortuna do Flint fosse assim tão fácil de obter, não seria alvo de perseguições e mortes há décadas, então a viagem rapidamente se vira de pernas para o ar quando Jim, escondido na barrica das maçãs, se depara com a prova de uma traição que põe em risco muito mais do que as relações entre tripulantes. Sem tempo a perder, o capitão, o doutor e o fidalgo engendram um novo plano para tentar salvar os seus pescoços, mas quando o barco atraca na ilha marcada no mapa, torna-se óbvio que ser o mais esperto não vai ser o suficiente para levar o ouro para casa. Entre batalhas náuticas, tiroteios, artimanhas ardilosas, marinheiros vindos do além e alianças que mudam a cada cinco minutos, Jim vai estar constantemente por um fio, apenas a decisão sobre o lado que escolhe apoiar vai influenciar o seu fim: abandonar a ilha dez vez mais rico, ou ser enterrado junto dos seus companheiros viajantes na sua areia. Mas é bom que ele não se precipite com a sua decisão, porque se há um lema pelo qual todos os verdadeiros piratas se regem é que nunca se deixa um inimigo escapar impune, afinal, "homens mortos não mordem"...
Cʀɪᴛᴇ́ʀɪᴏs ᴅᴇ Cʟᴀssɪғɪᴄᴀᴄ̧ᴀ̃ᴏ:
Qᴜᴀʟɪᴅᴀᴅᴇ ᴅᴀ Pʀᴏsᴀ: É bastante descritiva, e tem muito a apreciar, mas não é a mais fácil de ler. Sei perfeitamente que tem de se ter em consideração o facto do livro se tratar de um clássico, mas mesmo em comparação com outras obras da mesma altura, a linguagem usada não é a mais moderna. O facto de a história englobar temas náuticos também não ajuda a situação, há muitas expressões e palavras fora do comum das quais o significado não pode ser deduzido pelo contexto em que se encontram. Isto exige um esforço acrescido na leitura (e um dicionário, e possivelmente o google), mas não é algo incómodo ao ponto de justificar a desistência do livro.
Hɪsᴛᴏ́ʀɪᴀ: É uma grande aventura que, apesar de demorar um pouco a arrancar, vale imenso a pena. Sendo o clássico que é, este livro esconde entre as linhas uma diversidade de tópicos que plantam a semente para uma posterior discussão, e que se mantêm relevantes até hoje: a inevitabilidade das traições; as limitações da empatia; se a maldade é algo intrínseco ao ser humano ou se é construída; a batalha do "eu" contra o outro; a procura constante, ainda que por vezes destrutiva, de modelos que nos inspirem; por quanto é que cada um de nós está pronto a vender os seus valores; a dependência dos outros para a sobrevivência; o poder da fraternidade... É algo fascinante que me obrigou a pensar seriamente sobre muita coisa. Mas num tema mais leve (porque vem aí uma enorme dissertação na secção seguinte), eu, que por acaso ainda não li muitas histórias deste género, considero que esta foi de certa forma diferente, apesar de manter as fundações base (o que faz sentido, sendo que é vista como a obra que estabeleceu o género e o protótipo dos piratas na ficção), e isso foi uma boa surpresa. Depois também há a questão de, e aqui há que se tirar o chapéu ao autor, ser impossível ter um personagem favorito que não tenha feito coisas horríveis, a menos que se goste do Jim pré-mapa, por isso é sempre divertido tentar justificar o porquê de se adorar tanto um dos piratas quando o argumento mais rápido contra isso é: o tipo não bate bem. A nível do enredo só tenho mesmo uma crítica: o fim. Tudo na conclusão faz sentido, a sério, tirando o facto de ser apressada e de tudo o que nos fica do Jim ser o facto de a aventura o ter arrasado. Sabemos se o dinheiro lhe permitiu recuperar a estalagem que era tão importante para a família? Não. Vemos a reunião de Jim com a mãe, que arriscou a vida para salvar o maldito mapa e que é sua última familiar viva? Não. É-nos dito se o Jim manteve relações com os três homens que lhe serviram de figuras parentais durante o período mais difícil da sua vida, algo especialmente importante porque esse se passou imediatamente a seguir de ele perder o próprio pai? NÃO! O escritor escolheu apenas mostrar os efeitos psicológicos da jornada no seu protagonista, ocultando as mudanças na sua vida prática ou até as consequências que esses desequilíbrios mentais tiveram nela, e eu acho isso foi um erro enorme.
Pᴇʀsᴏɴᴀɢᴇɴs: O Jim é um protagonista que acompanha a evolução do enredo, desenvolvendo-se e ganhando contornos mais claros conforme o avanço da narrativa, mas mais do que isso, as transformações pelas quais o seu personagem passa durante a história refletem uma jornada de amadurecimento que no fundo esconde uma reflexão muito profunda do autor sobre o mundo: a natureza corruptora da sociedade. Isto é muito fácil de observar no texto, apesar de não ser imediato, e começa logo nos primeiros capítulos quando Jim introduz a sua vida e a maneira como esta é perturbada com a chegada de Billy Bones. O que se retém destes capítulos iniciais é pouco, e não particularmente entusiasmante: o quotidiano de Jim é aborrecido e repetitivo, e ele não é muito melhor. No entanto, o desinteresse que o autor cria à volta do Jim é crucial para a narrativa porque prepara perfeitamente a forma como ele vai reagir à aventura fatal que o espera. De facto, quando Jim põe os pés no barco e se vê rodeado de dezenas de marinheiros que, além de terem anos de experiência no mar, também os têm na vida, cai-lhe a realização de que, se calhar, ele não é tão capaz como pensava, e quando situações de elevado stress se apresentam, onde várias cabeças ficam em jogo, Jim é obrigado a não só, manifestar um nível de inteligência e capacidade premonitória que não sabia que tinha, mas também a confrontar-se com os violentos instintos primitivos que, como ser humano, lhe são inerentes. Com cada vez mais em jogo, a pressão sobre o Jim só aumenta ao longo da viagem, tornando-se cada vez mais aparentes as mudanças internas que estão a acontecer no protagonista. Assim, pela altura que se chega ao fim do livro, é inegável que houve uma modificação monumental no seu caráter e conduta geral (até o seu andar parece mais pesado), e pela sua (amargurada) reflexão conclusiva sobre a frivolidade do tesouro pelo qual tanto lutou, é percetível que o Jim endureceu substancialmente e que já não retém a leveza da época da estalagem, onde a sua natureza pacata, símbolo de uma inocência perdida, dava a impressão de falta de personalidade. Estão a ver a onde eu estou a querer chegar? Efetivamente, o compasso moral de Jim não desaparece, ele mantém-se firme nos seus ideais, mas a convivência com uma multidão que, ao contrário da do mundo rural, não representa uma realidade moderada e contida, obriga-o a fazer cedências e a alargar os limites do que ele considera aceitável, tendo até de os ultrapassar em certas alturas apesar de, racionalmente, continuar a reger-se por eles. O Jim é uma personagem que dava para estudar durante horas mas, vou concluir a minha análise dele com esta observação: como protagonista, ele explora as consequências de crescer dentro e fora dos confins da sociedade, mostrando que, de facto, não é a idade que retira a pureza, essa só serve para acumular sabedoria e um maior sentido do "eu", mas que são os costumes, a ganância e a crueldade de um sistema antigo que a eliminam (especialmente para os que se tentam rebelar contra ele usando as mesmas táticas que estão na sua fundação). Mais fascinante ainda é o tema da exploração da moralidade não acabar com o Jim, muito pelo contrário, todos os personagens servem como plataforma para o escritor se debater com o que esta significa e a prova disto está no antagonista, John Silver, um vilão que pode potencialmente não o ser e que é impossível de decifrar. O único aspeto de John Silver que não está aberto a subjetividade é o facto de ele ter, quer seja no fundo ou à superfície, uma frieza letal que não deve ser desafiada. A forma mais fácil de o encarar é como um marionetista que se livra dos fantoches quando deixam de servir o seu espetáculo, mas os momentos em que ele mostra medo, simpatia e preocupação com Jim levantam a pergunta: terá John um lado humano que foi reprimido para os outros piratas não se aproveitarem da sua incapacidade física? Não dá para saber, mas o encanto do Silver é que nunca se sabe o que esperar dele.
Rᴏᴍᴀɴᴄᴇ: Zero (aparentemente há pessoas que dizem que há um subtexto romântico entre dois personagens mas eu acho que não tem nada a ver).
Iᴍᴇʀsᴀ̃ᴏ: O princípio da história foi uma seca, não há outra forma de colocar as coisas. A ação chega eventualmente (e rápido o suficiente para não se desistir da leitura) e depois disso é impossível pousar o livro, mas até o Jim e os seus compinchas decidirem ir tirar umas férias muito divertidas e totalmente seguras, eu estava sempre a distrair-me. Fora isso, o tempo na ilha é o ponto mais forte do enredo a nível de envolvência, numa questão de frases, lá estava eu com um monte de marinheiros bêbados a celebrar a revolta contra o capitão Smollett de forma tão viva que a parte triste foi quando me lembrei que eram só letras em papel.
Iᴍᴘᴀᴄᴛᴏ: Garanto que com a quantidade de crises existenciais que tive a ler e a dissecar "A Ilha do Tesouro", não me vou esquecer desta história tão cedo. Mas agora a sério, é uma experiência e tanto.
Cʟᴀssɪғɪᴄᴀᴄ̧ᴀ̃ᴏ Fɪɴᴀʟ: ⭐⭐⭐⭐
Iᴅᴀᴅᴇ Aᴄᴏɴsᴇʟʜᴀᴅᴀ: A linguagem é bastante difícil, tratando-se de piratas, a bebida é constante e exagerada, há algumas cenas de violência explícitas (não se demoram mas não são suavizadas) e as mortes não param. Isto está de acordo com o tema náutico e com a época do livro mas não faz sentido alguém com menos de 15 anos lê-lo se quiser entender alguma coisa.
Cᴏɴ���ʟᴜsᴀ̃ᴏ/Oᴘɪɴɪᴀ̃ᴏ Fɪɴᴀʟ: É um livro fantástico e eu queria mesmo atribuir-lhe uma classificação superior, porque em muitos aspetos, merece-a, mas arrastei-me pelo início e o fim deixou-me seriamente zangada (não se abandona o leitor de tal forma depois de o convidar para entrar no mundo da história), então não seria justo que tivesse mais de quatro estrelas. Mesmo assim, para os verdadeiros amantes de literatura que tenham corações de viajantes, que adorem o cenário de uma Europa pós-Época Dourada da Pirataria preenchida por piratas duros de roer, e que apreciem uma ilha deserta cheia de viravoltas a valer (e papagaios, porque eles são vitais), RECOMENDO esta história.
Pᴀʀᴀ ᴏʙᴛᴇʀ: A Ilha do Tesouro, Robert Louis Stevenson - Livro - Bertrand
Assɪɴᴀᴅᴏ: Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ 𝐿𝓊𝓏 Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ
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eroscandy · 6 months ago
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bigas de bate-bate + @aidankeef
Encolhida no chão da biga, Candace espremia o corpo para o mais distante possível das pernas do filho de Ares. As pernas tendo cedido no primeiro solavanco de impacto com a biga vizinha, premiando os joelhos com marcas arroxeadas. ╰ ♡ ✧ ˖ Eu nunca mais faço favores para ninguém. ♡ ˙ ˖ ✧ Ela estava distraída quando aceitou mudar de lugar na fila, entretida como estava na conversa com um sátiro. Era fofoca! Tentava se convencer. Porém, o sacolejar contra o metal e os sons maníacos de Aidan... A combinação a colocava rindo hist��rica. ╰ ♡ ✧ ˖ Eu amo ser semideusa. Eu amo ser semideusa. Isso aqui é a minha vida. ♡ ˙ ˖ ✧ Como se palavras fossem ajudar. Como se fosse possível tirar aquele brutamonte do brinquedo dedicado ao seu pai.
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