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Gênero e sexualidade na escola
Primeiro, não se pode negar que gênero e sexualidade estão presentes no espaço escolar tal como está presente fora dele. Esses, de formas diferentes, são constituintes de cada pessoa na sua forma de estar no mundo e de firmar laços uns com os outros.
Para tratar do tema, professores e instituições de ensino são guiados por aspectos legais e princípios pedagógicos que criminalizam a transhomofobia nas abordagens do tema de reprodução, sexualidade e gênero.
Aspectos legais
Infelizmente a legislação brasileira possui nenhuma lei que defende pessoas trans. Por quê? Não é por falta de luta, mas processo de tramitação de leis necessariamente passa pela aprovação do congresso nacional, que é muito conservador.
O que nos sobra? As sanções do STF. Duas são importantes:
O reconhecimento da ADO (Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão) n° 26 que enquadra transfobia e homofobia na Lei de Racismo até que estes crimes possuam leis próprias.
A derrubada da lei de proibição do ensino da linguagem neutra nas escolas por inconstitucionalidade diferida em Rondônia. Mesmo que seja uma sanção ao estado de Rondônia, pelo princípio de extensão, torna inconstitucional qualquer município que faça o mesmo.
A equiparação legal dos crimes de racismo e transfobia deixa claro o caráter criminoso e qualificado das ações discriminatórias contra pessoas LGBT, além de reconhecê-las como grupo minoritário, historicamente estigmatizado e alvo de políticas públicas de reparação histórica. Nesse sentido, tal reconhecimento vai de encontro ao Art. 3 da Constituição, na qual afirma-se os deveres do Estado Brasileiro de enfrentamento às discriminações, e no Art. 5, sobre a postura do Estado Brasileiro com repúdio ao racismo.
Apesar da Constituição Federal não citar explicitamente a questão do gênero e da sexualidade, ela fica implícita quando abre o reconhecimento de discriminações além das citadas, quando fala de raça, quando fala de sexo, quando fala das relações desiguais de poder, quando fala de respeito à pessoa humana, quando fala de educação. Isso porque gênero, muito mais que identidade pessoal, é uma categoria de análise sobre performances historicamente estilizadas e repetidas, que levam a normalização de uns e a abjeção de outros.
A derrubada da leia contra o uso de linguagem neutra foi justificada por ser inconstitucional que qualquer ente federado (estados ou municípios) legisle sobre as diretrizes educacionais. Isso significa que qualquer projeto de lei que vise interromper diretamente com os conteúdos trabalhados em sala são inconstitucionais, valendo, portanto, a legislação maior.
No campo específico da educação, outras leis entram em ação. Excetuando uma, a maioria apresenta propostas e discursos que tangenciam o campo de gênero e sexualidade, sem de fato ser mencionado. Logo no Art. 205 da CF há o princípio educacional de "pleno desenvolvimento da pessoa", o que envolve o plano pessoal dos alunos, e no Art. 206 as instituições de ensino têm garantido sua autonomia de escolha de concepção pedagógica e o ensino “liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber”.
Contraditoriamente ao princípio de autonomia pedagógica, a LDB (Lei de diretrizes e bases da educação nacional), mesmo afirmando os princípios constitucionais nos Art. 2 e 3, imbuí caráter obrigatório na BNCC (Base Nacional Comum Curricular), que possui uma concepção pedagógica muito definida, no Art. 26. De toda forma, a LDB cita conceitos como a promoção da cultura, da diversidade, da democracia, dos direitos humanos e da realidade brasileira como temas transversais nos conteúdos escolares, porém harmonizados aos princípios da BNCC, principalmente no Ensino Médio (ver Art. 26, 27 e 35).
O texto final da PNE 2014 (Plano Nacional de Educação) não apresenta qualquer objetivo voltado diretamente à inclusão de pessoas LGBT, deixando a cargo dos municípios e estados a interpretação e aplicação do que seria o sistema educacional inclusivo, a promoção dos direitos humanos, a superação de todas as formas de discriminação e o que considerar como igualdade de permanência escolar quando se trata de LGBT.
O PNEDH (Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos) é o único documento voltado para a orientação educacional que menciona diretamente a necessidade da inclusão das questões de gênero e sexualidade no currículo da Educação Básica. O PNEDH é derivado do PNDH-3 (Plano Nacional de Direitos Humanos), que não sobreviveu ao governo Bolsonaro, e que reconhece os Direitos Sexuais e os coloca como pautas de políticas públicas. Além disso, o PNEDH, que sobreviveu ao governo Bolsonaro e ainda está, supostamente, em vigência, reconhece o gênero, sexualidade e outras categorias identitárias como presentes na educação em diversos ambientes além da educação básica.
O que a BNCC diz?
De adiantamento, nada muito bom.
A BNCC segue a linha da pedagogia das competências, cujo objetivo é oferecer um currículo mínimo, sem conhecimento crítico, com viés técnico-científico, com formação central para o mercado de trabalho e que desenvolva o projeto de vida (uma forma de individualizar os problemas coletivos e promover o empreendedorismo-bolo-de-pote). Atenção a tudo que o currículo coloca como técnico-científico, porque nenhuma produção de conhecimento é neutra e, quando se diz ser, é porque ela serve ao status quo, isto é, no atual estágio do capitalismo, serve ao neoliberalismo.
Além disso, quando se trata de “formação para o mercado de trabalho”, faça perguntas, como: educação pra quem e pra quê? Para quais espaços do mercado de trabalho? A BNCC, sendo sobre competências mínimas e despreocupadas com excelência de ensino, junto com as demais políticas educacionais promovem mais desigualdades (o que na pesquisa chamamos de dualismo escolar) do que igualdades.
Mesmo que os princípios éticos, estéticos e políticos da BNCC sejam princípios neoliberais, seus dizeres, assim como os das leis citadas acima, também podem ser interpretados de forma a basear uma educação emancipadora e apontar comportamentos inadequados em práticas pedagógicas. Destaque para as competências gerais 9 e 10:
Competência 9: Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza. Competência 10: Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
O que a BNCC aponta sobre reprodução humana, educação sexual e gênero como conteúdo curricular?
Nesse ponto, pode-se perguntar o que é o “saber escolar”, ou o que é que nós aprendemos na escola. Na linha tecnicista e não-crítica da BNCC, o saber escolar é o conteúdo científico adaptado para sala de aula dividido em etapas de complexidade progressiva. Os critérios de adaptação são frequentemente omitidos mesmo para os professores e a BNCC, ao dar essa seleção já pronta, mais os livros didáticos retiram mais ainda das mãos dos professores a autonomia do conhecimento escolar. Mesmo os professores que tentam ser mais conscientes encontram dificuldades em dar sempre boas aulas, porque o trabalho e acúmulo de tarefas está ficando cada vez maior pra cima da classe como um todo.
Conforme mostra essa análise (recomendo a leitura para mais contexto), gênero só aparece diretamente no texto da BNCC quando referido aos gêneros textuais, sem espaço para a discussão do gênero socialmente construído entre as pessoas. O mesmo se repete com sexualidade, sendo usado apenas para se referir à reprodução humana e, mesmo brevemente citando que há "múltiplas dimensões da sexualidade humana”, não abre espaço para debater a sexualidade por privilegiar os aspectos biológicos-higienistas.
Por fora dos termos diretos, a BNCC trata de gênero e sexualidade a todo momento dentro das ciências humanas (história, geografia, ciências da religião, sociologia) contraditoriamente, sem mencionar propriamente os assuntos, esvaziando o debate e o conteúdo. Acontece que, ao não relatar explicitamente quais as relações desses conteúdos com gênero, classe, raça, etnia e sexualidade, a BNCC naturaliza e promove ainda mais a correspondência cisheterosexual, a misoginia, o racismo, os capacitismos e demais formas de descriminação baseadas na forma dos corpos.
Esse currículo reproduz a sociedade capitalista, o sistema patriarcal, o capacitismo, o racismo e outras estruturas de poder. Mas, a superação disso pode ser feita com os mesmos conteúdos a depender da abordagem crítica do professor.
Pessoalmente, não gosto da BNCC e já deixei claro alguns dos motivos para isso, mas também porque é um regresso em relação ao PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais) ainda assim entendo que, no final, vou ter que acabar tendo que consultá-la. Eu acredito também que a superação das limitações da BNCC pode ser feita trabalhando os mesmos conteúdos, mas é preciso uma abordagem crítica na construção do currículo, o que de fato só se consegue se houver entendimento entre os professores e os coordenadores, talvez, assim, dê para radicalmente alterar os pressupostos base do currículo e também mexer nos conteúdos.
Se a BNCC é tão ruim assim, porque professores e coordenadores acabam baseando-se nela? Primeiro, porque é mandatório e, segundo, porque acaba sendo do interesse dos fazer o ENEM ou participar nas provas de avaliação do Ideb, que são provas de larga escala feitas com base na BNCC. Os vestibulares são de interesse dos alunos e, sendo uma demanda dos alunos, os professores acabam acatando esse conteúdo.
Mas, do fim ao cabo, alunos, além da coordenação ou mesmo dos pais, acabam tencionando o conteúdo escolar através de pedidos, dúvidas, reclamações ou o desempenho geral da turma. Então, às vezes, vale o risco de pedir um conteúdo diferente ou uma abordagem diferente.
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Saberes Ancestrais Project
A criatividade não conhece limites, onde a mente curiosa encontra consolo e o coração destemido descobre territórios inexplorados, na floresta a busca pelo conhecimento, a aceitação da mudança e a disposição para correr riscos não são meras opções, mas ingredientes essenciais para uma vida bem vivida. O site/blog Saberes Ancestrais é a primeira criação do Saberes Ancestrais Project, e foi daí…
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Seja inteligente por si mesma!
🖋️ ₊⠀·⠀𓈒⠀⁺ +⠀꙳ 🎀
Oii Girl's! Como seis tão?
Hoje eu trouxe um tópico que gosto muito de dialogar e tenho certeza que vocês vão adorar.
Seja inteligente por si mesma! Não seja inteligente para a escola, não seja inteligente para as provas, não seja inteligente para seu namorado, não seja inteligente para sua família, não seja inteligente para pessoas que não estão fazendo nada na vida, não seja inteligente para aqueles que só te põem para baixo, não seja inteligente para os seus amigos, não seja inteligente para os outros ou para provar o seu raciocínio.
Seja inteligente para você mesma se orgulhar do seu eu interior, seja inteligente para você ir a um lugar turístico e saber a história por trás dele, seja inteligente para você conseguir conversar qualquer tipo de assunto, seja inteligente para você viajar para outro país e fingir que é outra pessoa enquanto fala outro idioma, seja inteligente para você poder falar que já leu todos os livros do seu autor predileto, seja inteligente para você poder gabaritar de primeira as provas sobre o assunto que você estudou, seja inteligente para ter o conhecimento de como sair de qualquer situação, seja inteligente para amar a vida e viver melhor a cada dia, seja inteligente para colecionar experiências que lhe trarão enorme alegria no futuro, seja inteligente para voar alto independente de onde você queira voar.
Trago aqui uma reflexão, você está sendo inteligente por si mesma ou está sendo escrava de um sistema que lhe faz engolir informações inúteis todos os dias para que você as use nas mais impossiveis situações?
Uma coisa que aprendi com a vida é que não adianta aprender sobre coisas que não nos tornam inteligentes para nós mesmos, para mim ao menos, inteligencia vai muito além de fazer cálculos de cabeça e escrever uma boa redação, inteligencia é a riqueza do intelecto, cultivado e cuidado dia após dia com as maiores variedades imagináveis de todo tipo de conhecimento.
Meninas estudem, estudem muito, mas não estudem apenas para a escola, para passar em provas, estudem para ir a qualquer lugar que vocês queiram, estudem tudo, os mais diversos tipos de assuntos mas principalmente os que lhe levarão à ser quem vocês são. Por exemplo, você quer ir fazer faculdade fora do país, no exterior o que mais é levado em conta é a personalidade e as habilidades do indivíduo, então naturalmente, se você for uma pessoa interessada em muitos assuntos, com extracurriculares, com vontade de conhecer e aprender coisas novas você será interessante, claro que o conhecimento básico escolar conta, mas ele é o de menos nesse quesito, agora uma pessoa que nunca fez nada, não lê, não exercita seu corpo, não tem nenhum hobby, não faz nenhum extracurricular, não tem vontade de sair da zona de conforto, não vai ser tão bem avaliada para estar naquela instituição visto que eles procuram personalidades, não um corpo ambulânte que não vive e apenas estimula uma parte do cérebro.
Espero que compreendam que o que eu quero dizer é, se você não for interessante para aquela instituições você tem menas chances de ser aceita, você não está sendo inteligente em não estimular essas outras áreas da sua vida , que são "essenciais" para ir estudar no exterior, para voar até esse desejo. Obviamente eu usei palavras radicais, usei um exemplo raso e isso não se aplica a todas as metodologias de ensino, aqui no Brasil mesmo por exemplo é totalmente diferente.
Ficou claro? Procure ser inteligente por você, naquilo que vai lhe fazer ir longe e principalmente lhe fazer bem, lhe fazer feliz, lhe fazer saudável. Tenha hobbys, dos mais diversos, aprenda instrumentos, faça cursos em áreas que você gosta, leia, estude, aprenda um idioma novo, pratique sua linguagem corporal e etc.
Seja inteligente para ser feliz, ter boas lembranças e conseguir o que quer.
Seja inteligente por você e para você.
Se você não for inteligente para você viverá em razão da inteligência exigida dos outros e nunca encontrará o real prazer de ser inteligente por si mesma.
🎀𝆬⃝𝆬⃝♡ 𝆹 〫· ꒱
Demorei para trazer um novo POST mas finalmente deu certo, espero muito que entendam o meu ponto de visa, fazia bastante tempo que eu queria compartilhar isso com vocês só que não tinha coragem para escrever e tornar isso público, enfim trouxe.
Um super beijo da Kitty para minhas gatinhas que praticam a lei da suposição e para as gatinhas que precisam conhecê-la 💋💋
#decoração#lei da suposição#harry potter#manifesation#lei da atração#manifestation#manifestação#manifesting#reading#female manipulator#reality shifting#inteligente#inteligencia emocional#cultivar#leidasuposicao#amor propio#me amo#estudar#garota estudiosa.#garotas bonitas não comem#it girl#poder da mente#mindset#hermione granger#wongyoungism#jennie#jennie kim#kpop#amor
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pov: lando volta mais cedo pra casa e dessa vez pra ficar.
- avisos: narrado em primeira pessoa, personagens crianças (fictício, óbvio), lando mais velho, alta carga emocional.
- wc: 3.633.
- n/a: pra essa história, vamos fingir que o Lando é mais velho, perto de uns 40 anos e ganhou três títulos pela McLaren. se é pra ser delulu, vamos ser com classe. (não me responsabilizo por lágrimas, i'm sorryyyy)
Imagens tiradas do Pinterest, todo direito reservado ao seus autores. História ficcional apenas para diversão, não representa a realidade e os personagens utilizados possuem suas próprias vidas e relacionamentos, seja respeitoso. 😊
Dizem por aí que, quando nasce uma criança, nasce também uma mãe.
Mas às vezes eu duvidava um pouco disso. Talvez eu nunca fosse aprender ser mãe, ainda mais mãe de dois.
Isso não tem a ver com meus filhos, mas sim comigo e com o quão incapaz me sinto às vezes, como se não fosse dar conta de ter uma carreira, uma casa em ordem e, ainda assim, ser um exemplo para eles.
Não me arrependo de ter engravidado; com certeza foi a melhor escolha da minha vida. Mas, porra, como era exaustivo dar conta de tudo. E era ainda pior quando eu sentia que não estava dando conta de nada.
A semana no escritório de advocacia tinha sido mais estressante do que nunca: uma correria interminável entre fóruns e tribunais, famílias chorando no meu escritório às oito da manhã, uma montanha de papelada para revisar... Eu só queria sumir.
Mas não podia. Havia dois serzinhos me esperando em casa.
Liam e Antonella, de oito e dois anos, respectivamente, eram como uma recarga emocional no fim do dia. Não importava quão exausta minha mente estivesse, buscá-los na escola depois de um dia estressante e ver os rostinhos sorridentes correndo em minha direção, como se eu fosse uma heroína, era recompensador.
Minha parte favorita do dia era observá-los pelo retrovisor no caminho para casa. Antonella estava naquela fase de falar sem parar e gostava de contar tudo sobre a escola. Liam, doce e paciente como o pai, ouvia atentamente, ensinava a pronúncia de palavras que às vezes saíam erradas e a questionava sobre os detalhes do dia, incentivando-a a falar mais. Meu coração se aquecia ao ver meus filhos construindo uma relação tão boa.
Eu me sentia sortuda por viver esses pequenos momentos enquanto eles cresciam. Mas meu coração também se apertava sempre que olhava para o banco do carona vazio e sentia a ausência dele.
Muita gente pensa que a vida é só flores quando se é casada com um piloto de Fórmula 1. E, na maioria das vezes, é mesmo. É incrível viajar pelo mundo, jantar em restaurantes caros, frequentar lugares luxuosos e saber que o futuro dos filhos está garantido. Mas há um lado difícil: o quanto ele perde por estar longe de nós.
Lando era um pai presente, disso eu não podia reclamar. Mesmo passando tanto tempo fora, ele sempre mandava mensagens, perguntava pelas crianças, fazia o possível para estar nas reuniões escolares, saber como Antonella estava progredindo na fala, como Liam ia no kart e, quando podia, comparecia às competições. Ele era um ótimo pai, as crianças o adoravam, e eu o amava. Mas era inevitável pensar que seria um pouco menos pesado se eu não precisasse dividi-lo com o mundo.
Apesar de seu esforço em ser presente, eu lamentava por ele não poder vivenciar os pequenos momentos do dia a dia, por não estar ao meu lado em algumas dificuldades. Jamais pediria para ele largar a Formula 1 — sei o quanto ele ama aquilo e confio que saberá o momento certo para parar. Mas, ainda assim, uma parte de mim gostaria de implorar para ele ficar com nós toda vez que ele sai para mais uma viagem, para parar de colecionar memórias pelo mundo e começar coleciona-las com nós.
O celular vibra no console do carro, e a tela brilha com uma notificação de Lando, o que me tira dos meus devaneios. Arqueio as sobrancelhas em surpresa. Ele deveria estar em um avião, chegaria de madrugada em casa. Abro a mensagem, e meu coração derrete ao ver a foto anexada.
Lando está agachado, com Antonella agarrada ao seu pescoço. Ela sorri tanto que os olhos quase se fecham. Liam tem a cabeça encostada no ombro do pai, sorrindo igual a ele, com os olhos fechados. Lando exibe um grande sorriso , uma covinha marcando sua bochecha, que está colada à de Antonella, enquanto um braço envolve Liam. Ao fundo, aparece a escola dos dois.
A legenda, que leio com os olhos marejados, me faz rir: Antonella gritou “papai” tão alto quando me viu que as paredes do prédio tremeram, eu juro.
"Acho que precisamos ligar para o Dr. Xavier, amor. Temos uma garotinha com poder supersônico em casa."
Sem demoras, inicio uma chamada para Lando, que atende no segundo toque.
"Oi." Ele está sorrindo; consigo sentir o sorriso na sua voz.
"Que foto é essa, porra? Você está na cidade? Como assim?"
"Sem palavrões, amor. Estou no viva-voz." Ele ri, e ouço Liam gritar: "Um dólar pra caixinha da língua suja, mãe!" Dou risada. Espertinho. "Estou a caminho de casa. Busquei as crianças na escola."
"Achei que você chegaria de madrugada." Meu coração bate mais rápido com a expectativa de vê-lo ao chegar em casa. Isso não era muito comum.
"Decidi fazer uma surpresa para as minhas garotas... Ai!" Lando resmunga, e ouço Liam gritar um "ei" ao fundo. Lando se corrige. "Desculpa, cara, nossas garotas."
Sorrio ao imaginar a cena do meu pequeno garoto o repreendendo. Liam era tão ciumento quanto Lando. Na verdade, ele era a cópia do pai em tudo: personalidade, aparência e até o jeito de pilotar. Às vezes, era um pouco perturbador olhar para ele e perceber que estava cada vez mais idêntico a Lando. Tipo... como isso era possível?
"Amor?" Lando me chama e enxugo uma lágrima solitária que escorre pela minha bochecha.
"Oi, desculpa. Tá certo. Vejo vocês em casa então."
"Ok. Te amo. Deem tchau para a mamãe." Lando diz.
"Te amo, mamãe!" Os dois gritam, e eu respondo que os amo também antes de encerrar a ligação e pegar o desvio para casa.
Chegamos em casa juntos, e estaciono meu carro atrás do de Lando. Assim que a porta se abre, Antonella vem correndo até mim, sorrindo e gritando.
"Mamãe!" Os bracinhos esticados pedem colo. Me agacho para pegá-la, e suas perninhas se prendem à minha cintura. Ela enche minha bochecha de beijos, e eu dou risada.
"Oi, pequena. Como você está?"
"Morrendo de saudades de você." Ela responde e abraça meu pescoço com força, grudando a bochecha na minha. "O papai dirige mal! Prefiro quando você me busca."
"Como é que é, Antonella Norris? Que traição é essa?" Lando se aproxima, com as mochilas dos dois penduradas no ombro. Uma mão está nas costas de Liam, e a outra alcança a pequena no meu colo para fazer cócegas.
"Para, papai! Era blincadela." Antonella gargalha e se remexe no meu colo, tentando fugir da mão de Lando.
"Deixa minha garota em paz, Norris." Eu sorrio e me afasto dele, me abaixando para beijar Liam. "Oi, filho."
"Oi." Ele retribui o beijo. "Ela tem razão. Você dirige mesmo melhor que ele." Liam sussurra, e eu sorrio, bagunçando seu cabelo com a mão livre.
"O quê? Meus filhos contra mim? Estou desolado!" Lando coloca uma mão no peito, fingindo choque. "Leva sua irmã para dentro, Liam. Quero conversar uma coisinha com a sua mãe."
Liam confirma com a cabeça e pega as mochilas que Lando lhe entrega. Coloco nossa filha no chão, e ela sai correndo em direção à casa, com Liam gritando para esperá-lo. Sorrio com a cena e me viro para meu lindo marido, que está de braços cruzados, uma sobrancelha levantada, me encarando.
"O que você anda ensinando para essas crianças na minha ausência, hein?" Lando descruza os braços e me puxa para um abraço.
Solto um suspiro longo ao sentir seus braços me envolverem e retribuo, apertando sua cintura com força. O cheiro amadeirado e marcante dele me entorpece, e sinto meu coração se acalmar. A sensação de aperto no peito que sentia minutos atrás se dissipa, e eu relaxo sob seu toque. Finalmente em casa.
"Não ensinei nada. Sou mesmo melhor que você na direção." Minha voz sai abafada, e seu peito vibra com uma risada. Ele me afasta apenas para olhar nos meus olhos.
"Nem posso negar." Ele sorri e se inclina para me beijar.
É um beijo calmo, transbordando saudades. Ele me beija exatamente como sabe que gosto, e suspiros escapam da minha boca. Aperto sua cintura e o puxo para mais perto, só para ter certeza de que aquilo é real, de que ele está mesmo em casa.
As mãos de Lando vão para o meu rosto. Ele se afasta, deixando pequenos beijinhos nos meus lábios enquanto sorri.
“Faremos um terceiro se você não deixar essas mãos quietas.” Lando encosta a testa na minha e sussurra. Eu belisco sua cintura.
“Nem pensar, Norris.” Me afasto e pego minha bolsa dentro do carro. Quando volto a encará-lo, vejo sua testa franzida.
“Nem pensar?” Ele questiona, e sinto um frio na barriga.
Sei que Lando tem o sonho de ter pelo menos mais dois filhos (a maldita fixação com o número quatro) e por mim, tudo bem, eu teria quantos filhos ele quisesse. Mas não enquanto ele estiver longe, não enquanto for o homem da Fórmula 1.
Ainda não encontrei uma maneira de dizer isso a ele pois sei que pode influenciar na sua decisão sobre o futuro, e não quero isso. Não agora que ele está conquistando tantas coisas boas com a equipe. Apenas balanço a cabeça e o puxo pela mão.
“Não no sentido literal. Vamos entrar, Antonella já deve ter botado a casa abaixo.”
Desvio o assunto, e Lando me segue em silêncio. Meu coração dispara dentro do peito. Sei que preciso conversar com ele sobre isso, mas não hoje, não agora.
Lando me manda tomar um banho relaxante enquanto cuida das crianças, e eu aceito de bom grado. Meus ombros estão tensos, e meus pés quase gritam de alívio quando tiro os saltos. Tudo que preciso é de um banho bem quente para aliviar o estresse e poder fazer isso com calma, por saber que as crianças estão com ele, torna o momento ainda melhor.
Depois do banho, que admito ter demorado muito mais do que o necessário, visto uma roupa confortável e desço para a cozinha. As risadas de Antonella ecoam pela casa, e uma música baixa toca ao fundo. Quando Lando está em casa, é certo que haverá música tocando em todos os cômodos e a todo instante; ele tem playlists para qualquer ocasião.
Me encosto na porta e observo a cena na ilha da cozinha. Antonella e Liam estão sentados lado a lado: ela na cadeirinha e ele na banqueta, ambos de pijama, com os cabelos úmidos, denunciando que Lando já os ajudou com o banho. Há lápis de cor, folhas rabiscadas peças de LEGO espalhados pela bancada. Antonella está desenhando, enquanto Liam monta um dos seus infinitos carros de LEGO. Pela cor laranja, sei que é mais uma McLaren.
Lando está inclinado ao lado de Antonella, desenhando algo na folha enquanto ela ri e aponta.
"Aqui, papai, desenha aqui!" Ela pede.
Ele sorri e conversa com ela, paciente. Liam às vezes para o que está fazendo para olhar o desenho da irmã, mas logo volta a se concentrar nas peças à sua frente.
Ergo a mão até o pingente do colar que nunca tiro. Foi um presente de Lando quando Liam nasceu: um pingente simples, redondo e delicado, com uma pequena pedra de diamante. Quando me entregou o colar, ainda na maternidade, disse que era para eu sempre lembrar que nossa família era como aquela pedra: preciosa e única.
Meu coração está prestes a explodir de tanto amor que sinto por esses três. Passamos por tantas coisas ao longo dos anos, e as dúvidas sobre o futuro não saem da minha cabeça. Mas, assistindo a essa cena, tenho certeza de que não existe outro lugar no mundo onde eu preferiria estar.
"Ei." Lando finalmente me vê ao erguer a cabeça e sorri graciosamente.
Seco as lágrimas que nem percebi estarem escorrendo e me aproximo sob o olhar confuso dele.
"Tá chorando, mamãe?" Antonella ergue a cabeça para me olhar, e eu me abaixo para beijá-la.
"De felicidade. Você não está feliz pelo papai estar aqui?" Ela mexe as perninhas e a cabeça freneticamente, confirmando. "Então, é por isso." Olho para Lando e recebo um sorriso doce, mas seus olhos me observam com atenção, como se estivesse me analisando e sabendo que há algo errado.
"Mas daí eu sorrio, né, mamãe? Chorar é só quando tô tliste" Ela cruza os braços, me encarando com firmeza.
Lando ri ao seu lado e aperta suas bochechas. Liam solta uma gargalhada.
"Essa garota tá cada dia mais impossível." Liam balança a cabeça, bagunçando os cabelos da irmã. "Às vezes as pessoas choram de alegria também."
Antonella franze a testa e começa a perguntar por que isso acontece. Liam larga as peças do LEGO e se concentra em explicar para a irmã. Lando sorri e me abraça por tras, apoiando o queixo no meu ombro.
"Você sabe que te conheço a tempo suficiente pra saber que você não está chorando porque estou aqui, né?" Ele sussurra e eu viro a cabeça para encará-lo. Seus olhos verdes refletem preocupação.
"Você tá inventando coisas, Norris." Forço um sorriso e deixo um beijo rápido em seus lábios. "Tá tudo certo."
Lando me observa por alguns segundos e sorri, balançando a cabeça de leva, mas não parece convencido. Ele deixa um beijo na minha bochecha e se afasta, anunciando que vai preparar o jantar.
Durante o jantar, conversamos sobre a última corrida e o andamento das coisas na McLaren. Ele conta sobre o último país que visitou, enquanto Liam o enche de perguntas. Antonella continua desenhando, ignorando a comida no seu prato. A noite segue leve, cheia de risadas e amor.
Após o jantar, nos reunimos na sala para uma sessão cinema, mas antes mesmo da metade do filme, Antonella já está adormecida no colo de Lando, agarrada à sua camiseta, como se temesse que ele pudesse fugir. Não a julgo. Provavelmente dormirei do mesmo jeito mais tarde, agarrada ao seu corpo quente para garantir que ele está mesmo em casa.
Liam está com a cabeça deitada nas minhas pernas, lutando para manter os olhos abertos enquanto tenta assistir ao filme na TV. Com um olhar silencioso, Lando e eu concordamos que é hora de dormir. Ele leva Antonella para a cama, e eu acompanho Liam até o quarto.
"Mãe." ele me chama enquanto arrumo as cobertas. Me aproximo, acariciando seus cabelos que começam a enrolar, assim como os do pai. "Obrigado por cuidar de nós."
Meu coração aperta.
"Não precisa agradecer, é um prazer ser mãe de vocês." Deixo um beijo em sua testa, fechando os olhos com força para segurar as lágrimas. "Por que está dizendo isso?" Me afasto, tentando sorrir.
"Só senti que precisava dizer." Ele dá de ombros.
Não digo nada, apenas acaricio seus cabelos novamente, com o coração transbordando de orgulho. Liam é maduro demais para a idade que tem, e tão observador. Sinto muito orgulho do homem que estou criando.
Apago as luzes e vou para o meu quarto com Lando, onde me acomodo na cama a espera do meu marido, que entra alguns minutos depois. Ele sorri, tranca a porta e tira o moletom, ficando com uma camisa branca simples e uma calça de moletom cinza.
Eu o observo enquanto ele se aproxima da cama, e concluo que mesmo com a idade mais avançada, Lando continua lindo, exatamente como era quando o conheci anos atrás. Eu poderia passar horas só olhando para ele e o admirando.
"Desculpa a demora. Ela pediu pra eu ler uma história. Dormiu de novo em três páginas, mas pelo menos parecia feliz." Ele sorri, puxando as cobertas e se acomodando ao meu lado.
"É a menininha do papai mesmo." Sorrio, me aconchegando em seu peito.
Lando leva a mão aos meus cabelos, e fecho os olhos, saboreando aquele momento. Ficamos em silêncio por alguns minutos, apenas aproveitando a presença um do outro.
"Vai me contar o que está acontecendo?" Sua voz sai baixa e rouca, mas o suficiente para me fazer abrir os olhos e encarar um ponto na parede.
Sem resposta, ele se remexe para se afastar um pouco e me olhar nos olhos.
"Amor, por favor."
Respiro fundo e me afasto, me sentando virada para ele, o coração apertado. Sempre fomos muito sinceros um com o outro, e Lando merece saber o que me atormenta. Não é justo esconder dele — nem de mim mesma.
“Eu…” ajeito o cabelo atrás da orelha e encaro as mãos no colo. “É difícil ficar sem você em casa." começo, a voz ameaçando falhar. "Amo nossa vida, amo tudo que temos, nossos filhos e essa casa, mas às vezes é difícil. Não é pelo trabalho que dá cuidar disso tudo, nossa babá faz um trabalho incrível me ajudando, mas ainda assim não é você.” Sorrio fraco, sem coragem de erguer os olhos. “Tenho me questionado se estou sendo uma boa mãe, se vou conseguir fazer isso por mais tempo sozinha, mas eu não…” Um nó se forma na minha garganta, e ergo a cabeça para encarar o teto, tentando segurar as lágrimas. “Não quero influenciar você em nada, Lando.” Finalmente o encaro, sentindo uma corda apertar meu coração.
Lando está sério, muito sério, como nunca o vi antes. Ele me encara como se pudesse ver minha alma, e sinto os pelos do braço se arrepiarem.
Engolindo seco, continuo.
“Não quero te pedir para parar, não vou ser esse tipo de mulher, mas… Tá cada dia mais difícil sem você. É só isso.” Dou de ombros e pisco rápido, liberando algumas lágrimas.
Lando se senta calmamente, nossos joelhos se encostando. Ele estica a mão para o meu colar e segura o pingente entre os dedos.
“O que eu te falei quando te dei isso aqui?” Ele pergunta.
“Que era pra eu lembrar como nossa família era a coisa mais preciosa pra você.”
Ele concorda com a cabeça.
“Não era brincadeira. Eu não sou nada sem vocês.” Lando deixa a joia cair sobre meu peito novamente e segura minhas mãos. “Você poderia ter me falado isso antes, e juntos nós resolveríamos. Não posso imaginar como deve ser difícil ficar aqui e dar conta de tudo, mas você está fazendo um trabalho incrível. Temos filhos educados, inteligentes e lindos. Antonella está cada dia mais esperta, e ela te ama tanto que é lindo de ver.” Ele sorri, limpando uma de minhas lágrimas. “Liam é uma das crianças mais maduras que já conheci. Ele fala de vocês duas com tanto orgulho, amor… É sério, isso aquece meu coração, saber que posso viajar tranquilo por saber que tem uma mãe perfeita aqui cuidando deles.”
“Lan…” Sussurro e não consigo segurar o choro. Meu corpo treme com a primeira onda de lágrimas, e Lando me puxa para o seu colo, me aninhando num abraço.
Ele me deixa chorar por um instante antes de voltar a falar.
“Mas isso não é uma desculpa. Mesmo sabendo que eles têm você, que nós temos você, não quero mais perder nenhum minuto de nada.” Ele afaga meus cabelos e deixa um beijo no topo da minha cabeça. “Liam está se destacando cada vez mais no kart. Toda vez que volto pra casa, Antonella parece estar maior. Eu tô perdendo tudo isso. Não aguento mais receber atualizações no meu e-mail sobre a vida dos meus filhos… sobre você.” Ele aperta minhas mãos. “Eu quero estar aqui para levá-lo aos treinos, para ver Antonella descobrir uma nova palavra, para te ouvir no final do dia sobre um caso complicado e também as fofocas dos seus clientes. Nossa, me casei com uma advogada só pelas fofocas!” Lando ri, e eu o acompanho, me afastando para encará-lo, limpando as lágrimas.
“Eu gostaria que você pudesse acompanhar isso tudo também.”
“Eu sei. Pretendia te levar para jantar amanhã para contar, mas acho que agora é o momento certo. Vou sair da McLaren. Da Fórmula 1." Ele sorri e eu arqueio as sobrancelhas.
“O quê? Lando, isso é uma decisão muito séria, não quero que você se influencie só porque eu estou sentimental...”
"Não é isso." Ele me interrompe. "Já estava pensando nisso desde que a Antonella nasceu. Não gosto do termo ‘aposentadoria’, então vou chamar de... Um tempo sabático, digamos assim.” Ele sorri, e minhas sobrancelhas quase grudam no couro cabeludo. "Conversei com a equipe hoje antes de viajar. Vamos anunciar minha saída no fim da temporada.”
As lágrimas se transformam num sorriso, e eu pulo em cima dele, beijando cada pedaço de pele que consigo alcançar. Lando ri e me segura pela cintura.
“Isso é sério? Tipo, sério mesmo?” O encaro com os olhos brilhando.
“Sim.” Ele afaga meu rosto, os olhos dele observando todos detalhe do meu rosto, como se guardasse aquela imagem para sempre. “Tenho três troféus de campeão do mundo lá embaixo e outros incontáveis no escritório, mas nada se compara à minha família. Eu trocaria todas essas vitórias por vocês, que são a única coisa que realmente importa.”
E lá estão elas de novo: as lágrimas incontroláveis.
Beijo Lando com paixão, e ele retribui, as lágrimas salgando o beijo desesperado. Ele me deita na cama e se acomoda entre minhas pernas.
“Te amo sempre e pra sempre. Nunca mais esconda algo assim de mim, ok?” Confirmo com a cabeça, e ele se abaixa para me beijar lentamente. “Então, será que podemos falar sobre aquele terceiro filho?” Ele balança as sobrancelhas, e eu rio, puxando-o para outro beijo.
Não sei se serei uma boa mãe, se criarei meus filhos da forma certa, se vou errar e saber como corrigir. Não sei nada disso, porque nunca fui mãe antes. Mas, ouvindo aquelas palavras de Lando e sabendo que ele estará comigo em breve, sei que posso fazer isso uma, duas, três vezes ou quantas forem necessárias.
Aprenderei em todas, contanto que, no fim do dia, ele esteja lá para segurar minha mão, aprendendo a ser pai junto comigo.
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Misty
Hcisgirl: 18
Lcis: 39
•plot Louis motoqueiro•
💘
Você consegue se lembrar de algum dia em sua vida aonde nada parece estar certo? O vento que sopra é vazio, o sol brilha como costumeiro mas não parece esquentar quando toca sua pele. Os pássaros que cantam demais, hoje, cantam de menos. As pessoas que andam e seguem seus caminhos e suas verdades, dessa vez, não se mostram no mundo. Não há nada interessante e você percebe que dentro de você há uma necessidade de sentir-se vivo, aquilo que queima em seu peito chamando pela vida, pelo sentimento. Seja qual for ele.
Harry estava se sentindo assim e o grande ponto de ruptura era que esse sentimento de busca pela vida era a única coisa que a garota sentia à anos. Ela se lembra quando começou, ela tinha seus quatorze quando sua mãe se apaixonou e se casou com seu padrasto, o causador de seu vazio. Ela morava em uma casa bonita, tinha sua gatinha Misty, sua amiga Anna e incontáveis livros na estante. Tinha os melhores materiais escolares, assim como as melhores roupas. Seu uniforme sempre estava passado em seu guarda roupas, a cama arrumada e o cheiro de panquecas domingo de manhã. Tudo era perfeito e ao mesmo tempo, representava a maior solidão que a garotinha sentia. Seu padrasto não era ruim e sua mãe não lhe negava absolutamente nada, mas ela sentia falta, falta de alguém que nunca esteve presente. Seu pai.
Aos seis anos, sua mãe lhe contou que ele havia ido embora e nunca mais voltado.
Aos dez, que ele trabalhava em outro país e eles perderam contato.
Aos quinze, que ele tinha sido apenas um caso de uma noite.
E agora, aos dezoito, ela chorava em seus lençóis com a nova resposta. “Eu não sei onde ele se enfiou, Harry. Ele nunca te quis e sendo sincera, nem eu queria você. Eu tinha dezoito anos, ninguém deveria ser mãe nessa idade, muito menos com alguém da idade do seu pai que tinha vinte e dois na época. Achei que ele era o certo e, quando vi, estava grávida e sozinha porque ele tinha fugido da cidade. Ao longo dos anos eu tentei ligar pra ele e na única vez que me atendeu, me disse que não queria saber, que não era sua responsabilidade. Então, por favor, filha. Pare de tentar achar seu pai e principalmente algo que faça ele não se assemelhar com alguém ruim, é o que ele é, Harry. Ruim.”
A garota se sentia muito mais só, agarrada em seu urso de pelúcia tentando entender como sendo tão pequena pôde ser a causadora de uma rejeição tão grande. Ela compreendia o mundo dessa forma porque sabia que não era o suficiente para sua família, nunca conseguiu que seu padrasto se tornasse seu pai postiço, nunca teve ele em suas apresentações escolares e era a única que fazia esses bilhetes para a mãe. E com sua idade, tentando lidar com a solidão intrínseca, sua única saída era se afundar em aventuras, sentindo medo, dor, experimentando o perigo. Constantemente saía de madrugada e frequentava lugares caóticos na esperança de sentir algo novo, buscando o choque elétrico da vida passando em suas veias. Dessa vez, ignorou o convite de Anna para que fossem à uma festa de madrugada, esqueceu-se do seu modus operandi e decidiu que o mundo lhe guiaria até aonde ela deveria estar. Levantou-se e secou suas lágrimas, respirou fundo e tomou um banho demorado. Finalizou seus cachinhos um por um, fez sua skincare e passou um corretivo tentando disfarçar os olhos vermelhos e chorosos. Rebelando a alma aprisionada tirou a saia jeans curta do fundo da gaveta e a vestiu, junto à sua blusinha favorita. Nos pés colocou seu all star rosa surrado – que sua mãe odiava, e por isso era tão bem escolhido. Abriu sua mochila e colocou uma muda de roupa, sua escova de dentes e o fofinho, o seu ursinho que era seu maior companheiro. Deu um beijo na cabecinha de Misty, prometendo que voltaria. Saiu pela sacada e pulou a janela, caindo mansa ao chão por tanta experiência em fazê-lo.
Olhou a vizinhança calma, os pássaros mudos, o sol brilhante e gelado. Mais um dia vazio, mais um dia em busca de se preencher de vida. Começou a caminhar até o metrô e sua mente pouco a pouco se esvaziou, andou e andou, procurando o sinal que o universo era obrigado à dar-lhe. Ele não tinha outra escolha se não respondê-la.
Parou para procurar seu fone de ouvido, percebendo que havia esquecido, se sentindo mais frustrada que o costumeiro. Decidiu parar em uma loja de departamento, comprando fones novos e sentindo gratidão pelo cartão sem limite que sua mãe lhe dera tentando compensar a falta. Conectou em seu celular e abriu o aplicativo, dando play em sua playlist favorita. Ela tirou seu cigarro do bolsinho da mochila e acendeu, ouvindo a conversa de um grupo de velhos em cima de motos gigantescas. Eles falavam sorrindo e pela primeira vez no dia ela sentiu que ali havia um resquício de vida. Pausou a música e prestou atenção, aparentemente todos eles iriam numa espécie de festival de motos na cidade ao lado e ela percebeu o perigo, contestou suas escolhas de vida, sorriu para si mesma.
- Ei, bom dia. – Ela se aproximou do grupo, engolindo em seco e sorrindo contida. – Me desculpe, eu ouvi a conversa de vocês. Me interessei no evento, podem me dizer aonde vai ser?
- Oi, gatinha, você tem cara de novinha, tem certeza que tem idade pra viajar sozinha? – Um moreno respondeu e Harry sentiu medo.
- Tenho sim, já tenho dezoito. – sorriu nervosa. – Só me diga qual trem eu devo pegar e eu vou até lá.
- Sobe aqui, estamos indo pra lá. Prometo não sequestrar você. – outro homem respondeu, este parecendo mais gentil.
- Hm, acho que prefiro o trem. – Harry tragou o cigarro, enchendo seus pulmões.
- É perigoso, menina. Eu tenho uma filha da sua idade, prometo que te levo até lá em segurança. Veja. – Ele abriu a carteira, mostrando a foto de uma garota loira e simpática. – Sério, me deixe te ajudar.
- Ok. Quanto tempo até lá? – Harry concordou, sabendo dos riscos. Adorando eles.
- Talvez vinte minutos. Aqui, seu capacete. – ele tirou o capacete pendurado do guidão, lhe entregando.
- Obrigada... Qual é seu nome? – sorriu.
- Martin, e o seu?
- Misty. – ela jogou o cigarro, colocando o capacete.
- Que bonito. – ele subiu na moto, esperando que ela subisse. – Se segure em mim. – avisou, dando partida.
Durante o trajeto, Harry se concentrou na música em seus fones. Vienna – Billy Joel soava agora, seus pés firmes no suporte da moto de um desconhecido, seus braços trêmulos o abraçando, a estrada lisa, o frio na barriga, o vento gelado e todas as árvores que ali corriam com a velocidade, tudo que seus olhos eram capazes de tocar. O sol ainda gelado, seus olhos ardendo ao olhá-lo.
Ela quis se perguntar, refletir, se questionar. Ela decidiu que não queria sanar suas dúvidas e que o caminho poderia ser pacífico e que, se o destino fosse ruim; a estrada seria seu sentimento de vida.
Xxxx
O lugar era no mínimo... Insalubre. Harry o descreveria como um grande lote aberto, não havia nenhuma estrutura construída. As barraquinhas eram de lona, o banheiro era químico e a única coisa realmente interessante eram as grandes motos, todas diferentes e igualmente bonitas. Elas estavam enfileiradas em grupos, era uma grande exposição, talvez até rolaria algum tipo de competição, mas ela não teria como saber. Ela desceu da moto, entregando o capacete para Martin e agradecendo.
- Vamos beber, querida. Se veio sem ao menos saber do que se tratava, acredito que não tenha companhia. – ele sorriu ladino e ela respirou fundo, assentindo.
- É, você está certo. – ela riu, recorrendo ao maço na mochila, acendendo seu cigarro.
- Vem, vamos pegar um chopp e aí você pode me contar o que uma garota de dezoito anos fazia perdida. – ele riu fraco ao que ela negou
- Você jamais vai saber. – Harry riu, passando a andar ao seu lado.
- Você deve ser um pé no saco. – Martin implicou, rindo. – Vou garantir que não morra hoje a noite.
- Que cavalheiro. – Harry riu de volta, parando em frente à barraca. – Bom dia, quero um Session Ipa, por favor. – se referiu à atendente.
- Gostei. – Martin sorriu. – Dois, por favor. – completou, colocando o dinheiro em cima do balcão.
- Não precisa pagar minha bebida, senhor. – provocou.
- Senhor é seu cu. – ele brigou, rindo. – É só uma gentileza, a próxima é por sua conta.
A atenção de Harry foi chamada pelo barulho alto de uma moto cortando o vento. O homem estacionou e Harry sentiu uma curiosidade grande demais para ser ignorada, se desconectando da voz de Martin e olhando fixamente para a moto. O homem usava um jeans surrado, coturno e uma jaqueta de couro. Retirou o capacete e o pendurou no guidão, fazendo a respiração de Harry engatar. Os cabelos dele era castanhos, porém os fios grisalhos apontavam entre eles, assim como na barba rala. Ele tirou as luvas de direção e empurrou pra dentro do bolso da jaqueta, esfregando as mãos provavelmente suadas no jeans. Harry suspirou sentindo borboletas no estômago e um gelo percorrer sua coluna quando o homem virou o rosto para si e seus olhos azuis oceânicos grudaram aos seus. Sentiu Martin tocando seu braço e pulou assustada, virando para ele.
- Seu chopp, Misty. – Martin ofereceu o copo e ela pegou, brindando com ele antes de dar o primeiro gole. – Estava prestando atenção em que?
- Nada. – Harry disse tragando o cigarro. – Porque não vamos encontrar seus amigos de novo?
- Beleza, mas eu vou no banheiro antes, se importa? – Ele se afastou assim que Harry negou.
Harry olhou em direção à moto de novo, procurando o homem bonito que vira mas ele já não estava mais ali. Ela continuou fumando seu cigarro, se afastando da barraquinha só o suficiente pra fumaça não incomodar.
- Bom dia. – Uma voz rouca soou em seu ouvido e ela se virou assustada, seu semblante se tranquilizando e o coração palpitando.
- Bom dia. – ela respondeu olhando no fundo dos olhos azuis.
- Te assustei? – O homem perguntou, um sorriso de lado que fez as pernas de Harry amolecerem.
- Na verdade sim. – Admitiu, rindo.
- Qual seu nome? – Ele acenou para a moça da barraquinha, que prontamente acenou de volta.
- Misty. – Harry respondeu, tratando de acender mais um cigarro. – E o seu?
- Louis. – O homem bonito que agora tinha nome sorriu para ela, fazendo o pequeno coração saltitar. – Você é linda, Misty. Mesmo que eu saiba que esse com certeza não é seu nome. – Ele tirou um cigarro do próprio bolso, acendendo e jogando a fumaça pra cima. – O que acha de andar por ai comigo?
- Andar por aí? – Ela riu. – Vai me sequestrar?
- Só se você quiser. – Louis respondeu levando a mão livre até o rosto da garota, colocando um cachinho atrás da orelha. – Você quer?
- O que você tá fazendo, Tomlinson? – Martin parou atrás de Louis, cruzando os braços.
- Conversando com ela. Não está vendo? – Louis respondeu se virando minimamente.
- Ela veio comigo. – Martin rebateu, bravo.
- Mas vai embora comigo. – Louis deu de ombros, tragando o cigarro.
- Misty. – Martin estendeu o braço pretendendo segurar Harry, logo sendo impedido por Louis que segurou o mesmo com rapidez.
- Ela vai embora comigo, Martin. Não me faça repetir. – Louis grunhiu irritado. – Você vai ficar comigo, não é, boneca? – Ele soltou Martin e deu dois passos pra trás, parando ao lado de Harry e envolvendo o braço em sua cintura fina.
- Sim. – Harry respondeu baixinho, sentindo o corpo todo formigar pela presença de Louis tão perto. – Desculpa, Martin. – Harry observou ele bufar se afastando bravo, virando pra Louis. – Porque fez isso?
- Ele não era bom pra você. – Louis deu de ombros.
- E você é? – a menina respirou fundo, tentando entender o porquê estava se mantendo sob as ordens de um homem que acabou de conhecer e porque estava gostando tanto disso.
- Não. – Louis sorriu. – Mas eu não vou te foder e te largar no meio da estrada no final da noite.
- E o que te faz pensar que eu transaria com ele? Ou com você? – Harry tragou seu cigarro.
- O que te faz pensar que ele pediria pra você deixar ele transar com você? – Louis perguntou repetindo a mesma ação que a garota. – Quero conhecer você, quem sabe descobrir seu nome, saber sua história. Se quiser transar comigo eu genuinamente vou amar, se não, ainda terei te conhecido. – Louis deu de ombros.
- Então, aonde vamos? – Harry sorriu ladino, vendo Louis apontar o caminho e soltar sua cintura, a fazendo arrepiar da cabeça aos pés, passando a seguir o mesmo ao seu lado.
- Quantos anos você tem?
- Quinze. – Harry respondeu séria, caindo na gargalhada logo após Louis se espantar. – Estou brincando. Tenho dezoito, e você?
- Trinta e nove. – Louis respondeu olhando nos olhos brilhantes da garotinha. – Sou muito velho pra você?
- Definitivamente não. – respondeu após alguns segundos, sorrindo para ele. – Faz tempo que frequenta esses eventos?
- Sim, acho que desde a sua idade. Sempre fui apaixonado por motos, é como se elas liberassem nossa alma, saca? – Ele deu de ombros, cumprimentando a dona de uma barraquinha. Harry parou na mesma, encantada com as pulseirinhas de miçangas.
- Entendi. Meu Deus, elas são lindas. – Ela dedilhava uma em específico, trancada com fio preto e com uma pedra da lua ao meio.
- Gostou dessa? – ele perguntou vendo-a assentir. – É sua. – Ele sorriu, pegando dinheiro no bolso e entregando pra velha conhecida.
- Claro que não, homem! Você nem me conhece. – Ela riu, nervosa.
- Considere como um jeito de você lembrar de mim. – ele sorriu pegando a pulseira e apoiando o copo de chopp em cima da banquinha, pegando sua mão livre e colocando a pulseira em seu pulso. Harry observava com atenção o homem atando dois nós nos fios, reparando as tatuagens postas neles. – Pronto. Ficou linda.
- Obrigada. – ela corou, olhando a pulseirinha. – Compra pulseiras pra todas as garotas que pretende transar?
- Meu Deus. – ele riu. – Não, Misty. Não compro.
- Hm, então eu sou especial? – ela brincou, determinada a ouvir a risada do outro mais uma vez.
- Talvez. – ele riu fraco, percebendo o sorriso da menina aumentar. – Vamos, tem um lugar que eu quero te levar. – ele pegou seu copo e piscou pra dona da barraquinha, voltando a andar com Harry em seu encalço. – Você bebe algo além de cerveja?
- Tudo, menos cachaça. – respondeu.
- Ok. – ele sorriu. – Quer me contar o porque está aqui?
Harry suspirou, refletindo sobre os prós e os contras de contar sua história triste. – É meu jeito de fugir da minha realidade. – começou. – Ouvi muitas histórias do porque meu pai me abandonou ao longo dos anos, mas hoje, meu aniversário, minha mãe resolveu me contar de um jeito nada simpático e gentil que ele simplesmente nunca ligou pra minha existência, que diz que não tem filha e blá blá blá. Minha mãe é incrível e meu padrasto é ótimo, mas ele nunca quis agir como meu pai, sabe? Enfim, agora você sabe que eu tenho daddy issues. – ela riu, recorrendo ao humor como defesa.
- Não sei como alguém escolhe ficar longe de uma filha, sinceramente. – Louis respondeu incomodado, segurando Harry pela cintura e a desequilibrando, a mantendo parada ao que beijou sua mandíbula, sussurrando em seu ouvido. – Mas eu posso ser o seu papai, huh?
- Louis. – Harry engoliu em seco, cravando as unhas em sua nuca. – Golpe baixo. – ela riu, nervosa.
- Só o começo, gatinha. – ele mordeu o lóbulo de sua orelha, voltando a andar tranquilo como se nada tivesse acontecido, segurando na cintura de Harry com possessividade.
- Ok, e a sua história triste? – Ela perguntou dando outro gole em seu chopp.
- O que te faz pensar que eu tenho uma? – ele sorriu.
- Todo mundo tem. – Harry deu de ombros.
- Estou sóbrio demais pra falar sobre. – ele brincou. – Quem sabe mais tarde.
💘
- Ok, a gente chegou. – Louis sorriu olhando o sorriso da menina olhando o horizonte.
Louis havia passado com Harry e comprado dois engradados de cerveja e uma garrafa de vinho na barraquinha lá em baixo e, logo depois, obrigou a garota a subir consigo. Apesar de muito bem frequentada, a pedra que atraia a maioria dos turistas estava vazia. Era o ponto mais alto do lugar, podendo observar todo o evento acontecendo lá de cima e a vista incrível dos Pinheiros altos e o sol quente. Era como se nada pudesse os atingir, como se estivessem acima de tudo e todos. Pelo menos era a forma que Harry se sentiu até ser despertada pela mão esperta de Louis tocando a base de sua coluna.
- Gostou? – ele sussurrou na curva de seu pescoço, respirando fundo e sentindo o perfume da garotinha.
- É lindo. – ela disse tão baixo quanto ele, o deixando esfregar o nariz na pele quente de seu pescoço.
- Não tanto quanto você. – Louis deslizou as mãos até os lados da cintura de Harry, puxando ela contra si, deixando sua pelve pressionada contra a bunda redonda que quase escapava do tecido pequeno da saia.
- Está louco pra me foder, não é? – Harry levou uma das mãos até o pescoço dele, pressionando mais o seu rosto na pele pálida, o sentindo lamber e sugar ali. – Me quer de joelhos pra você, papai? – ela abriu um sorriso satisfeito quando o ouviu gemer baixinho. – Ou quem sabe deslizar sua mão até o meio das minhas pernas pra ver se eu já estou molhada pra você? Ou quem sabe levantar minha saia e me lamber até eu gozar na sua língua? – Ela gemeu ao que Louis entrelaçou os dedos nos cabelos de sua nuca e os puxou com firmeza pra trás, subindo os beijos até sua mandíbula. – Você me quer tanto, não é, Louis? – ela virou a cabeça, olhando direto em seus olhos por segundos que foram intermináveis em sua cabeça. Mergulhou nos azuis frios, deixou sua mente esvaziar e depositou em suas pupilas toda sua paz. Sorriu quando se deu conta de que ele estava olhando para os seus da mesma forma, desviando o olhar para a boca fina, expondo sua língua e lambendo os lábios semi abertos. Louis avançou nos seus e ela se afastou, rindo do seu descontentamento.
- Qual é, gatinha. – Louis suspirou, o sorriso ladino mostrando que não estava tão frustrado quanto queria parecer. Ele também gostava do jogo que Harry amava jogar. – Não vai me beijar?
- Não acho que você mereça, ainda. – a menina sorriu, puxando o lábio inferior dele entre os dentes.
- E o que eu posso fazer pra merecer você? – Ele mordeu o queixo ela, pressionando a pelve contra a bunda macia, a deixando sentir o cacete duro como pedra.
- Me diga quem você é, Louis. – ela se virou, adentrando a camiseta dele e arranhando seu abdômen com as unhas longas. – Me conte sua história triste, me diga o quão quebrado você é. Me faça querer consertar você. – ela desceu uma das mãos até a calça jeans, massageando o pau dele por cima dela.
- Quando eu te contar, você vai fugir de mim, boneca. – ele disse, tentando não gemer. – Quero te foder antes que você possa me odiar. – ele levou as mãos diretamente até a bunda da menina, apertando e descendo um tapa na poupa desnuda.
- Me conte e eu te falo meu nome. – Harry barganhou. – Assim você vai poder se masturbar chamando pelo nome certo. – provocou, gemendo baixinho.
- Você tá tão molhada, não é? – ele sorriu para si mesmo. Ao invés de obter uma resposta, apenas observou Harry levando a mão direita por baixo da saia, gemendo baixinho ao que tocou a boceta que pulsava. Ela trouxe dois dedos encharcados até os lábios de Louis e os esfregou ali, vendo o mesmo agarrar seu pulso e sugar ambos, deixando os completamente limpos. – Que gosto bom, princesa.
- Qual é sua parte mais fodida, Louis? – ela se afastou, alcançando a mochila abandonada no chão e pegando o maço de cigarros, sentando-se ali antes de acender um.
- Você realmente não vai desistir, não é? – ele riu nasalado, sentando-se ao lado dela e pegando uma cerveja para si e outra para ela, dando-lhe já aberta. – Eu tive uma filha, muitos anos atrás. – começou. – Eu e a mãe dela tivemos uma breve história e ela sumiu, depois descobri da gravidez e quando liguei, ela me disse que ela tinha morrido. Essa é minha parte mais fodida. – Louis deu de ombros, bebendo sua cerveja toda de uma vez.
- Você amava a mãe dela? – Harry observou ele pegar mais uma cerveja.
- Não. Nunca amei, na verdade, nem sequer me apaixonei. – ele respondeu, tirando um baseado do maço de cigarro e acendendo.
- Como ela era? – Harry puxou a mão de Louis que segurava o cigarro de maconha e o tragou ainda entre os dedos de Louis.
- Loira, olhos verdes, inconsequente e muito, muito metódica. – ele respondeu, olhando o horizonte. – Chata pra caralho. Mas as vezes eu penso que ela não saberia cuidar da nossa filha, penso que tenha sido melhor do jeito que foi. Não me entenda mal, eu faria de tudo pra ter minha filha comigo, mas um pai não consegue uma guarda alegando falta de amor, saca? – ele suspirou. – Essa é a história triste da minha vida.
- Qual era o nome dela? – Harry soltou a fumaça da maconha, olhando diretamente para a boca de Louis.
- Da minha filha, nunca soube. Da mãe dela, Catherine. – Respondeu, ainda fitando o horizonte. – Eu queria ter sido um pai, um bom pai. Ser o que eu nunca tive. A parte fodida não é que eu não tenha nunca mais tido filhos, a parte fodida é que eu tive quando menos podia ter e simplesmente ela morreu. Por isso eu disse mais cedo, eu não consigo entender um pai que escolhe ficar longe da própria filha. – Louis tragou o baseado, entregando pra Harry logo depois.
- É, por alguns segundos eu cheguei a pensar que você era meu pai. – ela soltou, fazendo Louis cair na gargalhada.
- Seria péssimo, porque eu não poderia te foder mais. – ele olhou para a garota, sorrindo ladino.
- Mesmo? É, seria uma pena. Principalmente ter que conviver com você e ver você fodendo outras mulheres e saber que nunca seria comigo. – Ela rebateu tragando e devolvendo o baseado pra ele. – Mas porque achou que eu te odiaria?
- Sei lá, talvez porque eu devesse ter pelo menos sabido da existência da minha filha, não sei. – Ele deu de ombros.
- É, você é quebrado. – ela suspirou.
- Qual a sua tara com pessoas quebradas? – Louis perguntou, curioso.
- Não vale a pena se relacionar com alguém que não tenha que ser salvo. Eu gosto da sensação de cuidar de alguém e mais do que isso, gosto de sentir que sou a única coisa que a pessoa tem. Você só acha que não é bom pra mim porque não sabe que a única maneira que eu tenho pra me sentir viva é ser a âncora de alguém. – Harry terminou sua própria cerveja, deixando a garrafa vazia de lado.
- Você é terrivelmente fodida da cabeça, não é? – ele riu.
- Completamente. – afirmou.
- E qual é o seu nome? – ele questionou sorrindo.
- Harry. – ela sorriu, observando o sorriso ladino de Louis. Ela subiu no colo dele, cravando as unhas em sua nuca.
- Harry... – ele suspirou, segurando com firmeza em suas coxas.
- Shhh. – ela o silenciou, empurrando seu peito para que ele se deitasse. – Não diga nada. Eu vou cuidar de você. – ela sussurrou entre seus lábios, rebolando em seu colo. – Você é meu, papai. – Ela puxou seu lábio inferior entre os dentes, o sentindo lamber seus lábios antes de aprofundar o beijo, puxando a camiseta dele pra cima.
- Você tem meia hora pra fazer o que quiser. – Louis agarrou os cabelos da nuca da garota, virando sua cabeça para que conseguisse sussurrar em seu ouvido. – Depois eu vou brincar com você, do jeitinho que eu bem entender. – ditou, espalmando um tapa em sua bunda.
- Eu sempre domino, Louis. – ela rebateu, sentindo o tecido encharcado da calcinha ao se esfregar no jeans de Louis.
- Não comigo. – Ele sorriu ladino, subindo a mão livre até os peitinhos pequenos da garota. – Você vai ser minha bonequinha, bebê. Toda minha. – ele esfregou o dedão por cima de um dos mamilos durinhos, fazendo Harry gemer manhosa.
Harry assentiu devagar, beijando Louis e gemendo contra sua boca. Se afastou para abrir a calça dele puxando com seu auxílio ela até o início das coxas. Ela colocou a mão por dentro da cueca, puxando o pau grande e o grosso pra fora, sentindo seu baixo ventre retorcer com a visão. – Meu Deus. – gemeu, masturbando o cacete gostoso devagar, obcecada pela quantidade de pré porra que saía. Ela subiu a blusinha até acima dos peitinhos, os deixando expostos para Louis, os mamilos durinhos de tesão. Se ajeitou de novo, puxando a saia pra cima e a calcinha pro lado. – Vou cuidar do meu papai, sim? Ela esfregou a cabecinha em seu clitóris, melando ela toda com sua lubrificação.
- Porque tão apressada? – Louis sorriu ladino, apertando os peitinhos e a vendo revirar os olhos. – Tenho uma coisa tão melhor pra você, princesa. Vem aqui, monta no meu rosto. – ele agarrou sua cintura, a trazendo feito uma bonequinha de pano para sentar direto em sua língua.
- Não... – ela apoiou as mãos na pedra gelada abaixo deles.
- O que foi, gatinha? – Louis perguntou curioso, lambendo uma de suas coxas, apertando a bunda redonda e gordinha entre os dedos. – Não quer ser boa pro papai?
- Quero. – ela assentiu, nervosa. – É que...
- É que? – ele subiu a língua devagar, lambendo toda a virilha.
- Nunca... – Ela gemeu, rebolando inconscientemente, tentando dizer a Louis que nunca um cara havia a feito gozar assim.
- Nunca transou, princesa? – ele sorriu ladino.
- Não, eu já transei, só nunca... – ela gemeu baixo quando sentiu um beijo molhado bem acima do clitóris inchado. Arrepiando com a respiração dele tão perto da boceta encharcada.
- Nunca teve um homem de verdade. – Louis completou. – Cala a boca, pequena. Aproveita. – ele bateu na bunda gostosa, lambendo suave toda a boceta quente, aproveitando o gosto cítrico da lubrificação abundante. Ele lambeu o clitóris pela primeira vez, arrancando um gemido alto de Harry. Ele passou a sugar e esfregar a língua nele, deixando a menina cada vez mais insana e gemendo cada vez mais alto. – Vira. Deixa eu te fazer gozar enquanto você aproveita a vista. – ele lhe deu um tapa na coxa, logo após a ajudando a se virar, a bunda arrebitada em seu rosto e o olhar diretamente pra paisagem tranquila. – Esfrega sua boceta gostosa na minha língua, boneca. Continua me molhando assim, igual uma cadelinha no cio. – ele agarrou a cintura dela, a ajudando a rebolar em seu rosto, sentindo as unhas cravadas em suas coxas e ouvindo os gemidos escandalosos. Harry estava insana, a sensação de Louis mamando tão bem sua boceta pulsante era surreal, o sol descendo entre os pinheiros e o vento gelado em seus peitos, tudo era novo e a liberdade crua possuía cada poro de seu corpo.
- Papai. – ela soluçou, rebolando mais rápido enquanto Louis sugava seu clitóris.
- Goza, bebezinha. Deixa o papai orgulhoso. – Ele sorriu, mordendo o clitóris de leve antes de voltar a esfregar sua língua nele, de um lado pro outro, de cima pra baixo e movimentos circulares. As pernas de Harry começaram a tremer e ele apertou mais sua cintura, a ouvindo gemer alto e o clitóris pulsar forte, a boceta expulsando tanta lubrificação que escorria por sua garganta. Harry caiu deitada acima de seu tronco, o corpo todo tendo espasmos. Louis segurou sua bunda e a abriu, olhando o cuzinho pequeno piscando e o buraco da boceta brilhando na luz do sol, toda vermelhinha e judiada pela barba rala. Gemeu baixo, não aguentando a vontade e esfregando dois dedos na entradinha, sentindo Harry tentar se afastar. – Não seja mau criada, eu não vou te dar descanso. Vou abrir sua boceta com meu pau e você vai se foder nele como tanto queria. – Louis segurou firme em sua coluna, empurrando ela pra baixo e começando a bater na bunda branquinha de leve, até os gemidos se tornarem gritos e a carne branca se tornar vermelho vivo. – Gostosa do caralho, uma boa vagabunda que sabe apanhar. – Louis mordeu sua coxa, arrancando mais um gemido surpreso da garotinha. – Vai, Harry. Faça o que eu mandei.
Harry assentiu, virando o corpo e montando em Louis novamente, esfregando a boceta no cacete dolorido. – Vou cuidar do papai. – Harry disse ofegante, sentindo Louis enroscar os dedos na calcinha rendada e a rasgar nas laterais, puxando o pano miúdo e jogando no chão.
- Não gosto de nada me atrapalhando. – Ele sorriu ladino. – Cuida do seu papai então, bebê. Seja minha boa menina. – ele acariciou o rosto de Harry.
- Você acabou com a minha calcinha, ela deixava minha bunda incrível. – ela fez manha, recebendo um tapa leve no rosto.
- Eu te dou a porra de uma coleção inteira dessa merda, amor. Se preocupa em me fazer gozar no fundo da sua boceta. – Louis a observou assentir devagarinho, segurando na base do seu pau e posicionando na entradinha, começando a descer e gemendo a cada centímetro que engolia. – Cacete princesa, que boceta apertada do caralho. – Louis grunhiu, sentindo ela engolir tudinho, a borda esticada da boceta pressionada em sua pelve. – Senta, amor, se fode no meu pau. – ele puxou Harry pela nuca, a beijando intensamente, sentindo a boceta dela pulsar e sufocar seu pau no calor apertado. Ele separou o beijo para atacar seu pescoço a marcando até chegar na onde realmente queria. Ele lambeu os peitos de Harry, puxando um dos mamilos com os dedos e outro com os dentes, apertando e judiando dos montinhos macios.
A garota ficava cada vez mais insana, subindo e descendo o quadril pela primeira vez, os dois gemendo alto em uníssono. Ela subiu e desceu mais uma vez, logo após outra e mais outra, pegando seu próprio ritmo, gemendo alto com os olhos revirados. Ela se afastou, apoiando as mãos no peito repleto de pelos ralos bem acima da tatuagem dele. Seus quadris iam pra frente e pra trás, subindo e descendo, girando e voltando a se esfregar. Harry estava em outra dimensão, o pensamento limpo como não estivera à anos. Sua respiração era engatada e ainda assim, ela nunca tinha sentido seus pulmões tão cheios de oxigênio, o cacete de Louis a fazia querer explodir de dentro pra fora por tamanha sensação gostosa e, ainda assim, ela sentia paz. Sem medo de morrer, ela se permitia cair no limbo dos corações partidos, o gelo na barriga enquanto as borboletas voavam eram muito bem acompanhadas pelo relevo em seu baixo ventre. As mãos possessivas não lhe ditavam regras, lhe impunham mais prazer. O vento gelado não era desconfortável, era sinônimo de estar livre. Os gemidos do outro não eram irrelevantes, eles eram a motivação maior para continuar se fodendo e gemendo alto, era o som mais reconfortante que tivera em tempos. Harry não era uma garota com desejos comuns, ela desejava ser o centro do mundo de alguém, ela desejava possessividade e bagunça interior, queria o caos e marcas no seu corpo quando acordasse no dia seguinte. Ela queria que Louis a fodesse tão bem mentalmente quanto à fode agora, a pressionando pra baixo enquanto arremete o quadril em dó, dando tudo de si e tirando tudo dela. Harry abriu os olhos, olhando Louis obcecado por si, analisando cada pedacinho de pele que ela mostrava, sendo devoto à ela. Louis olhava sua boceta vermelha e inchada enquanto a fodia mais e mais. A garota achava que sua boceta, seu corpo e seus buracos eram a cura para os corações partidos dos homens, deixava que eles dormissem em cima de si para que se sentissem melhores pela manhã. Harry era quebrada, fodida, usada. Ela era perfeita para Louis que, tão insano quanto, nunca deixaria a garotinha frágil e dependente escapar de si. Com talvez meia alma no lugar de uma, Louis era tão necessitado de cuidado quanto Harry e tão indiscutivelmente frágil quanto ela. Duas almas quebradas aproveitando uma da outra, dos medos, frustrações, confissões e desejos. Louis olhava a boceta de Harry com fome, maluco pra tê-la na boca mais uma vez e sentir o corpo da garota amolecer, maluco pra fode-la tantas vezes até a garotinha chorar. O que não foi necessário, já que só encontrar os verdes intensos da menina, ele a viu chorar. Ela se jogava contra suas estocadas e os peitos pulavam consigo, a boca semi aberta gemia alto e as sobrancelhas juntas serviam de moldura para o choro escancarado.
Harry foi jogada pro lado e colocada ajoelhada de frente ao por do sol. Louis agarrou seus cabelos e pairou atrás dela, metendo o cacete dentro da boceta que parecia nunca se alargar. Ele deixou a cabeça da menina jogada em seu ombro e firmou mais o aperto em seus cabelos, levando a mão livre até a boceta gostosa, massageando seu clitóris. – Chorando pro papai, minha garotinha? – ele sussurrou, começando a estocar, ela se arqueando e deixando a bunda mais empinada para si. – Uma garotinha tão, tão boa. Que boceta boa, bebê, sabe que agora ela é só do papai, não sabe? Se não, papai vai ter que matar quem tocar no seu corpinho. – Louis manipulou, a vendo chorar mais. – Você quer isso?
- Não, papai, Harry é só sua, sua princesinha. – ela gemia, sentindo os joelhos ralando pelo atrito forte mas pedras, devido as estocadas. – Goza dentro de mim? – Ela gemeu, agarrando a nuca dele.
- Quer ficar bem cheia de porra, bebê? – Louis deslizou a mão da nuca até o pescoço suado, apertando ali. – Quer o papai marcando você? Quer andar por aí com minha porra vazando? – ele sorriu, vendo Harry assentir desesperada. – Vai ser minha vagabunda, não vai? Você é perfeita demais, boneca. – Louis passou a esfregar o clitóris dela mais rápido e a beijou, os gemidos da menina abafados contra sua boca. Louis sentiu quando ela gozou, apertando seu pau pra caralho, pulsando enquanto ele esporrava em seu interior. – Está cheia, do jeitinho que queria. – Louis sussurrou entre seus lábios.
- Obrigada. – ela acariciou sua nuca, olhando em seus olhos.
- O que está agradecendo? – Louis mantinha o pau no fundo da boceta que pulsava forte, acariciando e beliscando os mamilos gostosos.
- Não sei. – Harry riu fraco, gemendo baixinho. – Me fode de novo. – ela engoliu em seco. – Não quero que isso acabe.
- Quem disse que vou deixar você ir embora, gatinha? – Louis sorriu, apertando o pescoço dela. – Se quer meu cacete te fodendo de novo, vai ter que usar sua boca esperta pra me deixar duro. – Ele firmou seus olhos no dela, apreciando o brilho bonito que eles tinham.
- Você vai me mandar embora, Louis. – ela respondeu com dificuldade, lágrimas gordas deslizando pelas bochechas coradas. – Me deixa te ter na minha boca pela primeira e última vez. – Ela se virou, o empurrando até que caísse sentado, se ajeitando entre suas pernas. Ela se colocou de quatro, empinando a bunda redonda e vermelha pro horizonte, deixando a boceta quente e molhada exposta no vento gelado, se arrepiando. Ela esfregou o nariz nos pelos ralos, inalando o cheiro de porra misturada com sua lubrificação e sabonete, lambendo uma faixa gorda sob o pau melado e semi ereto. Ela olhava para Louis fixamente, mamando a glande enquanto chorava.
Louis estava hipnotizado, fazendo carinho em sua bochecha molhada enquanto seu cacete inchava dentro da boca carnuda. Ele pegou um cigarro e acendeu, se apoiando nos cotovelos e aproveitando o momento, gravando cada milímetro do corpo de Harry em sua memória. A bunda arrebitada, a coluna arqueada, os peitinhos balançando conforme ela levava mais de seu pau pra dentro da boca e a sua glande macetava a garganta da garotinha, que apenas judiava mais e mais de si mesma, engolindo toda pré porra que escorria por sua língua enquanto mamava com vontade.
- Porque está chorando, pequena? – Louis perguntou, soprando a fumaça do cigarro em seu rosto. Harry não lhe respondeu, continuou o engolindo cada vez mais, sendo lenta em seus movimentos, fazendo que o momento durasse uma eternidade para si. – Me responda, Harry. O que aconteceu? – Louis perguntou novamente, sentindo-a negar. Ela cravou as unhas em suas coxas, engolindo o cacete todo e mantendo ela em sua garganta, os olhos sempre grudados nos de Louis. – Porra, gatinha. Você é tão boa pro papai. – Louis gemeu, segurando em seus cabelos e estocando pra cima como conseguia, fodendo a boquinha quente e gostosa dela. Ele levantou seu rosto e ela começou a tossir ao que ele deixou o cigarro entre os lábios pra abaixar mais a calça. – Deita. – ele tragou o cigarro à vendo obedecer, deitou-se na pedra gelada e abriu as pernas, esperando Louis fazer o que ele quisesse consigo. Ele se pôs entre suas pernas, apoiando uma mão ao lado de sua cabeça e segurando o pau com a outra, metendo pra dentro da boceta encharcada de lubrificação e porra. O cigarro foi jogado após uma última tragada e a mão livre posta no outro lado da cabeça de Harry. Ele arremeteu o quadril pela primeira vez, gemendo grosso e fazendo a garotinha gritar agarrando sua nuca.
- Porque está chorando, bebê? – Louis sussurrou entre seus lábios. – Conta pro papai, seja minha boa garotinha. – ele lambeu seus lábios, começando a estocar mais rápido e com força.
- Essa é a primeira e última vez. – Ela disse, entrelaçando as pernas no quadril de Louis e abraçando sua nuca força, não deixando ele se afastar. – Não tem problema, Lou. Eu estou acostumada. – Harry soluçou. – Por favor papai, só continua. Prometo que você não vai me ver nunca mais, só por favor, termina o que você começou. – Ela olhava nos olhos de Louis, que a olhava de volta com uma expressão indecifrável.
- Porque pensa isso, Harry? – Louis esfregou seus lábios aos dela.
- Não importa. – Harry respirou fundo, se acalmando. –Isso não significa nada. Continua me fodendo, por favor. – ela pediu, suas lágrimas ainda caindo insistentes. Ela firmou os dedos nos cabelos da nuca de Louis, beijando seus lábios com carinho e passando a rebolar devagar, sentindo o pau ainda fodidamente duro.
- Harry. – Louis sussurrou, os olhos grudados aos dela. – Você vai ser minha garotinha. Não vou deixar ninguém te machucar de novo. – ele acariciou suas bochechas molhadas, beijando seus lábios com carinho, passando a estocar contra a boceta que o apertava dolorosamente. Louis sentiu raiva por saber que Harry era tão só, sentiu o peito queimar enquanto percebia quão desesperada por amor a garota era. Era tão frágil que chorava só em pensar que ele iria embora, um cara vinte anos mais velho e que estava a fodendo ao ar livre cercado de bebida barata. Louis beijou seus lábios com fome, passando a estocar fundo e rude dentro da menina. – Assim como você precisa ser cuidada, eu preciso de alguém pra cuidar. Você vai ser minha, bonequinha.
- Só sua. – ela gemia alto. – Fode papai, fode. – ela gemia alto, chorando compulsivamente enquanto Louis tinha o rosto enterrado em seu pescoço, gemendo rouco em seu ouvido enquanto usava sua boceta com força. Harry estava insana, uma imensidão de sentimentos e sensações lhe arrebatando de uma só vez.
- Que boceta boa, amor. – Louis disse rouco, apertando a bunda de Harry com força. – Geme meu nome, Harry. – Louis começou a beijar todo o pescoço da menina, desejando-a tanto que poderia morder até que seu sangue estivesse em seu paladar.
- Louis, mais, me faz gozar de novo. – Harry implorou, sentindo o cacete de Louis em todo seu corpo, descobrindo que uma foda podia ser muito mais prazerosa do que imaginava. – Goza dentro, papai, bem lá no fundo. – Harry tinha as costas arqueadas e os olhos revirados, os gemidos escapavam altos de sua boca sem permissão.
- Feliz aniversário, Harry. – Louis soprou em sua orelha, gozando na garotinha e mantendo o cacete todo pra dentro, sentindo-a cortar a pele das suas costas com as unhas afiadas. Ele beijou as bochechas coradas e úmidas de Harry, beijando os lábios entreabertos dela com carinho, sentindo o corpo todo relaxar abaixo do seu. – Fica quietinha pra mim.
Harry assentiu devagarinho, sentindo os beijos de Louis descendo por seu pescoço, seguindo beijando seus ombros, sua clavícula, até os peitos aonde ele passou a mamar, morder e chupar a pele, deixando suas marcas. Harry gemia manhosa, sentindo Louis mamar em seu mamilo enquanto seu coração explodia rápido no peito. Ela estava insana e apavorada ao mesmo tempo, sentindo que Louis iria à destruir para sempre, ao ponto de que nenhum outro conseguiria a fazer sentir bem sequer metade. Ele apreciava seu corpo, ele a fazia sentir desejada de verdade, a fazia sentir vista. Apesar de tudo estar acontecendo como sempre acontece, dessa vez o homem em cima de si não gozou, subiu as calças e foi embora. Louis, por mais quebrado que fosse, parecia descontar todo seu vazio consumindo seu corpo pra dentro do seu. Ele a tocava como se suas mãos fossem transpassar sua pele contradizendo a possessividade tão crua, a boca marcava como se quisesse expor a menina como uma boneca a qual lhe pertencia. Ele abandonou os peitos dela os deixando completamente arroxeados, deslizando a língua por toda barriga branquinha, marcando-a acima da mariposa tatuada em seu estômago. Mordeu e sugou a pele de seus quadris, sentindo a menina agarrando seus cabelos e o corpinho tremendo, ansiosa para ter sua língua quente na boceta judiada mais uma vez.
- Você é fodidamente gostosa, Harry. – Louis sussurrou contra a boceta encharcada, lambendo desde a entradinha até o clitóris inchado. Ele firmou as mãos em suas coxas que tentavam se fechar, a obrigando a manter as pernas bem abertas para ele. Ele engoliu a lubrificação misturada com sua porra que escorria, passando a esfregar a língua por toda boceta, devorando a garotinha que gemia alto e gritava seu nome. Louis soltou a coxa esquerda da menina e deslizou os dedos até a bocetinha, metendo dois dedos pra dentro dela sem aviso, tirando um grito alto dela e passando à estocar rápido enquanto sugava e esfregava o clitóris sem descanso. – Deixa a porra das duas pernas abertas pra mim, Harry. – mandou, sentindo ela afastar as mesmas de sua cabeça. – Boa garota. – ele gemeu, voltando a mamar a boceta, curvando seus dedos enquanto metia.
- Me deixa gozar, papai? – Harry disse ofegante, empurrando a cabeça de Louis contra a boceta que pulsava forte. – Assim , continua, não para por favor. – Ela passou a rebolar contra a língua habilidosa, engasgando com os próprios gritos de prazer. – Porra Louis, que boca gostosa, mama sua bonequinha, judia de mim. – Harry tremia cada vez mais, sentindo o baixo ventre contorcer e o clitóris latejando pelos movimentos tão precisos. Ela pressionou mais a cabeça de Louis contra seu clitóris, fechando as pernas e o privando de oxigênio enquanto gozava forte em sua boca, o mantendo ali engolindo tudo de bom grado. Ela deixou as pernas caírem ao lado do corpo e afrouxou o aperto, fazendo carinho no couro cabeludo de Louis enquanto tinha espasmos. Ela sentia o homem beijando suas coxas enquanto tentava regular sua respiração assim como ela, os dedos de ambas as mãos fazendo um carinho delicado em seus quadris, quase como se nem ao menos ele percebesse o que fazia. Ela manteve os olhos fechados e sentiu Louis se desvencilhar de seu corpo, ouvindo o barulho do zíper da calça sendo fechado. Ficou com medo de abrir os olhos e vê-lo se afastando, por isso continuou ali, na esperança de que ele dissesse algo antes de ir embora ou quem sabe ficasse consigo mais um pouco. Se assustou quando sentiu sua saia ser abaixada e a blusinha ajeitada, cobrindo seu corpo.
- Vem aqui. – Louis chamou sua atenção, sentado ao seu lado. Ela abriu os olhos e o deixou ajeitar ela, ficando sentada no meio de suas pernas com as costas encostadas em seu peito. Ele a envolveu com seus braços, beijando sua bochecha. – Você trouxe blusa de frio?
- Uhum. – Harry respondeu, aproveitando o que achava serem os últimos minutos com Louis.
- Ótimo, é frio demais na estrada, principalmente quando estamos de moto. – Ele alcançou um cigarro acendendo, tragando e oferecendo pra Harry que aceitou.
- Vamos pra onde? – ela tragou o cigarro, olhando o sol se por.
- Pra minha casa, é numa cidade próxima. Você volta quando quiser, se quiser. – Louis respondeu, acendendo um cigarro para si quando percebeu que Harry não lhe devolveria, rindo sozinho.
- Tá rindo de que? – perguntou curiosa.
- Nada. – ele sorriu, cheirando os cabelos encaracolados.
- Então você vai me levar pra sua casa?
- Sim, se você quiser. – Louis tragou seu cigarro. - Você é muito mais que uma mulher gostosa e com uma boceta boa pra caralho, queria te conhecer. Eu não sou um babaca igual os outros. – justificou.
- Quando eu disse não, não era porque nunca me chuparam, era porque nunca tinham me feito gozar com a boca e era sempre um tédio. – Harry disse, dando de ombros.
- Fico feliz em ter sido o primeiro mas, não me conta de outros caras não. – Louis riu. – Quero imaginar que você é só minha, mesmo que não seja. – Ele sussurrou, beijando sua bochecha. – Vamos, as cervejas e o vinho cabem na sua mochila?
- Hm... – Harry suspirou, com medo do que Louis iria pensar dela. – Cabem.
Louis levantou, vestindo a jaqueta e entregando a mochila de Harry para ela, separando as cervejas que iriam levar.
- Lou. – Harry chamou, atraindo a atenção dele. – As cervejas cabem, mas aí não vai ter espaço pro fofinho. – Ela mostrou o coelhinho de pelúcia.
- Ele parece você. – Louis sorriu, pegando o coelhinho e colocando no bolso da jaqueta, a cabeça e as orelhinhas pra fora do bolso. – Veste a blusa, boneca.
Harry assentiu, tirando o moletom da mochila e vestindo, olhando Louis, mais velho, grisalho, todo marrento com jaqueta de couro e um coelhinho pequeno no bolso, nem sequer pensando no que os outros caras pensariam dele. Ela sorriu boba, sabendo que por mais idiota que fosse, ninguém faria isso por ela, nem pelo fofinho. Ela ajeitou as cervejas e o vinho dentro da mochila, fechando. Louis prontamente a pegou e colocou num ombro só, segurando em sua mão para que ela levantasse e a puxando pela cintura, lhe beijando com calma e carinho. Ele segurou em sua mão, e eles desceram em silêncio, andando em direção à moto.
- Ei! Tomlinson, aonde você se enfiou? Eu estava te procurando, não vai competir? – Um homem gritou, se aproximando correndo.
- Não vou cara, foi mal. – Ele olhou pra Harry e voltou o olhar pro homem. – Tenho coisas mais importantes pra fazer, quem sabe ano que vem. – Ele sorriu.
- Você compete à anos, Tomlinson, você sempre ganha!
- Eles não vão me vencer porque não irei competir, deixa eles serem felizes um pouco. Ano que vem eu acabo com eles de novo. – Louis puxou Harry, voltando a andar.
- Você não quer competir, Lou? Eu posso te assistir. – Harry perguntou.
- A única coisa que eu quero é ir pra casa, pedir comida e te foder de novo. – Ele respondeu, olhando o sorriso ladino de Harry querendo escapar. – Ano que vem você vem comigo, vestindo uma camiseta com meu nome.
- Combinado.
Louis ajeitou a mochila nas costas de Harry assim que eles chegaram na moto, ligando a mesma e pegando o capacete a mais no baú ao lado da moto. – Deixa eu colocar em você. – pediu.
- Se importa se eu for ouvindo música? – Perguntou, vendo ele negar. Ela colocou os fones e deixou ele ajeitar o capacete em si, não sem antes lhe roubar um beijo. Ele a ajudou a subir na moto, se ajeitando logo após e dando partida, saindo do evento e pegando a estrada fria rumo à sua casa.
Você consegue se lembrar de algum dia na sua vida em que nada está certo, mas de repente, o universo dá uma reviravolta e você nem consegue mais de lembrar do sentimento que te fez chorar pela manhã? Hoje era esse dia, para Harry, que abraçava Louis e brincava com a orelha do fofinho entre os dedos. A mesma música que ouviu quando chegou soava nos fones, ela olhava o céu alaranjado quase escurecendo por completo e sentia que Louis havia preenchido suas lacunas. Ela sabia que era perigoso, sabia que talvez esteja na situação mais inimaginável que poderia. Mas é o que parece certo e o que fez seu coração se acalmar. É o que fez suas dores diminuírem e seu peito oxigenar.
É o que lhe fez sentir vista e querida, como alguém que merece amor.
É o que é.
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❀°• Stupid Cupidᴶᴼᴱᴸ •°❀
Sᴜᴍᴍᴀʀʏ: Jᴏᴇʟ ʀᴇᴄᴇʙᴇ ᴜᴍ ᴄᴏʀʀᴇɪᴏ ᴇʟᴇɢᴀɴᴛᴇ ɴᴀ ғᴇsᴛᴀ ᴊᴜɴɪɴᴀ.
Tᴀɢs: ғʟᴜғғ, ᴇᴅᴜᴀʀᴅᴏ ᴇ́ ᴜᴍ ᴀᴠɪsᴏ ᴘʀᴏ́ᴘʀɪᴏ, sᴘᴏɪʟᴇʀs ᴇᴘɪsᴏ́ᴅɪᴏ ғɪɴᴀʟ ᴅᴀ s2, ʙᴇɪᴊᴏ, ᴠɪᴀɢᴇᴍ ɴᴏ ᴛᴇᴍᴘᴏ
Wᴏʀᴅ Cᴏᴜɴᴛ: 2.4ᴋ
(ᴅɪᴠɪᴅᴇʀ ʙʏ ᴀɴɪᴛᴀʟᴇɴɪᴀ)
O pátio do IECET estava lotado, quase sem espaço para que os jovens conseguissem transitar sem esbarrar um no outro; “licença”, “desculpa” e “obrigada” eram as palavras mais escutadas no meio da bagunça. No centro, alguns casais dançavam forró sob o olhar da Professora Beth, encarregada de verificar se os movimentos eram adequados para o evento escolar – porém, de quinze em quinze minutos, podia-se ouvir ela gritar com algum aluno sobre a indecência no ambiente.
As barracas de jogos estavam lotadas e as vendas de comidas típicas disparadas, os doces em abundância. Os jovens conversavam entre si e discutiam sobre a “barraca do beijo” que aconteceria ao fundo da escola, em segredo da administração; Douglas Dourado, o queridinho das garotas e solteiro desde o aniversário de Luiza, estaria dando selinhos nas garotas por 2 reais. Assim, de várias formas, os estudantes do Terceiro Ano ajudavam a juntar dinheiro para a formatura do ensino médio.
Fagulha havia optado apenas pelo show que sua banda faria para angariar fundos, mas quando um dos responsáveis pelo correio elegante ficou doente, ele teve que assumir a posição. Estava de roupas normais – xadrez –, mas por sorte eu que havia confeccionado a asa de cupido do outro menino, então ainda estava comigo.
– Veste as asas – eu disse e ele revirou os olhos, com manha.
Entreguei a peça do figurino para ele, que esticou os elásticos e ajeitou em suas costas. Em contraponto, eu estava com a mesma roupa que havia vestido no carnaval; uma cupido completa, com saia branca, maquiagem de beijinhos pelo rosto, tiara de coração e as asas tão esperadas, carregando a cesta com os cartões. Professora Beth fazia um crucifixo toda vez que me via passar, quase pegando uma régua para medir o tamanho do tutu.
Minha primeira entrega do correio elegante era Joel. Procurei-o com os olhos por todo o evento, encontrando-o distante de seus amigos, alheio a festa e dentro dos próprios pensamentos, perto da arquibancada. Parecia estar procurando uma maneira de chegar atrás do palco, mas não achei que seria do seu feitio burlar o sorteio ou roubar algum produto. Me aproximei dele antes que o perdesse de vista.
Toquei em seu ombro, fazendo-o se virar para mim.
– Tenho um para você – eu disse e ele cerrou o cenho, como se não acreditasse.
– Pra mim?
– É – sorri e procurei por seu nome na cestinha.
Retirei um papel dobrado escrito “JOEL” em um dos lados; não haveria como ele duvidar que era para ele. Quando aberto formava um coração e, dentro, podia-se ler: “Queria pescar um beijinho seu essa noite.”.
Entreguei para que lesse e, instantaneamente, suas pupilas dilataram. Um sorriso cheio apareceu em seu rosto e pude ver suas bochechas rosarem; provavelmente a caroda mais linda que havia visto em todo o São João.
– Ganho uma dica de quem foi? – perguntou, ainda sorrindo.
– Nenhuma. O correio elegante tem compromisso com o anonimato – passei dois dedos em frente a boca como se a lacrasse e jogasse a chave fora. Ele riu.
– E como eu vou saber quem é?
– Não é problema meu – dei de ombros.
Voltei ao trabalho, entregando outros correios elegantes aos seus destinatários, sem revelar o remetente, mesmo que me implorassem – ou uma profissional séria. Além dos casais já assumidos que mandavam correios um para o outro, havia descoberto uma lista de alunos que tinham quedinhas nas pessoas mais inesperadas do IECET – e, por outro lado, uma gama de outros alunos que estavam afim do mesmo garoto: Douglas Dourado.
Assim, quando chegou o momento, instruí todas as garotas que haviam enviado um correio elegante para ele, Fê ou Luiza, a irem calmamente para a parte de trás da escola. Mesmo com o visual perfeito para auxiliar na barraca do beijo, preferi continuar andando no pátio, oferecendo correios elegantes até as pessoas mais velhas, argumentando que a esposa adoraria ser lembrada do amor que sentiam um pelo outro.
Nasci para as vendas, pensei.
Continuei andando por todos os lugares, entrando dentro do prédio da escola apenas para beber água. Porém, para minha infelicidade, ouvi uma voz se aproximando de mim:
– A Professora Beth deixa as alunas usarem esse tamanho de saia? – ao terminar o comentário, escutei aquele riso insuportável que poderia ter apenas um dono.
Era Eduardo. Me virei para encará-lo, tendo que olhar para cima mas sem me sentir inferior por isso. Tensionar a mandíbula e não pisquei, estava me impondo.
– Tem algum problema?
– Problema nenhum – me olhou de cima a baixo e eu quis dá-lo um soco, mas estava acompanhado de dois amigos e eu não conseguiria me defender. – Tava pensando se a cupido aqui só entrega correio elegante ou se ela também entrega beijos.
Seu comentário fez com que os músculos do meu rosto se curvassem em nojo.
– Vê se me erra! – esbravejei e sai do lugar.
O que ele estava fazendo ali? Muita coragem aparecer no IECET depois de tudo que havia feito as pessoas e, principalmente, depois de levar uma bolada da Carol do primeiro ano durante os jogos e ser humilhado na frente de todas as escolas da região. Era um bosta mesmo, mas a festa era pública e eu não poderia fazer nada quanto a isso.
Segui para um pouco mais longe, sem vontade de conversar com mais ninguém – encontrar com Eduardo tinha acabado com qualquer energia e vontade de interagir que ainda havia em meu corpo. À medida que a música ficava cada vez mais fraca, comecei a ouvir um barulho; não era constante, durava um ou dois segundos, cessava, começava de novo. Não entendi.
Quando virei a quadra da escola, consegui encontrar a fonte: Joel estava amarrado em uma árvore, gritando “socorro” contra a fita em sua boca, enquanto se debatia contra a madeira e tentava se soltar. Corri em sua direção. Quem havia feito aquilo? Tirei a fita de sua boca.
– O que aconteceu?
– Eu prometo que te conto tudo depois, mas me tira daqui – implorou. Não quis repetir a pergunta, notando o desespero em sua voz. Comecei a desfazer as camadas de fita que unia suas mãos, com voltas o suficiente para que não conseguisse estourá-las sozinho. Fiz isso o mais rápido que pude e, quando percebi, Anita estava correndo em nossa direção. Ela se abaixou, para ajudar a desfazer as camadas de fita que uniam seus pés.
– Eu não consegui sabotar o sorteio – Joel disse, no maior tom de preocupação possível.
– Então quer dizer que não vai dar? – Anita perguntou, olhando em seus olhos.
Eles sabiam de algo, estavam em sintonia. Mas o que estava acontecendo? Joel ia mesmo sabotar o sorteio? Por que? E por que Fabrício apareceu dizendo que havia visto Eduardo na festa? Sim, havia encontrado com ele antes, mas por que aquela informação era especial? Tudo pareceu ainda mais urgente quando a Treinadora Lúcia anunciou ao microfone que aquela era a hora mais aguardada da festa: o sorteio.
Antes que os três saíssem correndo e me deixassem sozinha, com as sobrancelhas semi-cerradas, segurei o pulso de Joel. Eu merecia uma explicação ou, pelo menos, um obrigada. Seus olhos ficaram suaves ao encontrarem com os meus, mas eu sabia que aquilo era importante, conseguia sentir em sua pulsação. Não o seguraria por muito tempo.
– Vai me contar depois o que aconteceu?
Joel deu um passo em minha direção e passou a mão pela minha bochecha.
– Prometo – afirmou freneticamente com a cabeça.
Distanciou o toque lentamente, deixando com que o dedão acariciasse a pele. A conexão havia durado milissegundos, mas eu a sentiria por horas. Passei a sentir o ácido do estômago, as borboletas pareciam estar loucas dentro da minha barriga e um sorriso bobo apareceu no meu rosto. Em segundos havia perdido-os de vista.
Voltei para a festa em seguida, sem entender muito como Eduardo havia ganhado o computador e por que ele estava com o caderno do Joel; também não entendi por que esse e Anita haviam ido correndo para recuperá-lo. Uma briga se instaurou no pátio e eu apenas observei, esperando o retorno dos dois.
Não muito tempo depois, já no fim da festa, eu estava contando o dinheiro que havia ganho com o correio elegante. Havia sido um dos comércios mais altos da festa junina considerando custo de produção e vendas, sobrando bastante para investir na festa de formatura do final do ano. Com um sorriso no rosto, Fagulha se aproximou de mim.
– Vendeu quantos? – perguntei, passando o dinheiro de uma mão para a outra e juntando-os com um elástico.
– Ainda ‘tô vendendo.
Pegou um dos cartões de dentro de sua cestinha e me entregou; por fora, tinha meu nome. Ao abri-lo para o formato de coração, me deparei com a mensagem: “Me encontra na barraca da pesca?”. Olhei para ele curiosa, mas apenas recebi um bico e arquejo de ombros, como se não tivesse conhecimento de quem havia pago para que ele escrevesse aquilo.
– Se você me botar numa enrascada… – falei, em tom de ameaça, mas ele apenas riu.
Mesmo que desconfiada, resolvi seguir para a barraca de pesca. Quem poderia ter me mandado aquele correio elegante? Balancei as mãos em ansiedade. Joel estava de costas, mas o identifiquei pelos cachinhos que ostentava no cabelo e a roupa que havia visto mais cedo. Ele também percebeu minha presença quando se virou com um sorriso no rosto. Era ele, não era? Sorri de volta e me aproximei.
– Você disse que queria pescar um beijinho – sorriu e segurou a minha mão.
– Como sabe que fui eu? – o desafiei.
– Eu só sei.
Com um sorriso convencido, me puxou pra perto com uma mão na cintura e, com a outra, acariciou minha bochecha e levou meu rosto até sua boca. Iniciou com um selinho, testando minha recepção ao beijo, mesmo que nossos olhares já tivessem deixado nitidamente explícito nossa vontade de se afogar um no outro. Assim, continuamos com um beijo profundo e eu mordi seu lábio inferior, sentindo os pelos de seu braço se arrepiarem contra a minha mão.
Era o melhor beijo que eu já havia tido. Por mais que tenha beijado outras pessoas, nenhum beijo poderia se comparar com o de uma pessoa que realmente se ama. É mais que técnica e desejo, é a alma se entrelaçando e um êxtase violento que te faz querer cada vez mais. Me aproximei de seu corpo, estava totalmente rendida. Ele sorriu enquanto nos beijávamos e eu nunca estive mais feliz.
Não sei por quanto tempo continuamos beijando, mas quando senti que nossos corpos estavam próximos o suficiente para atrair olhares de julgamento por considerarem inadequado o escalonamento do beijo em um local tão público. Puxei minha cabeça para trás e o senti me perseguir, como se quisesse continuar o beijo. Não consegui desviar meu olhar de sua boca, agora mais volumosa e vermelha do que antes. Queria beijá-lo mais.
Então, me recordei dos acontecimentos passados.
– Que lance foi aquele de sabotar o sorteio? – perguntei, lembrando da promessa que ele havia feito de me contar tudo depois. – E como você sabia que era eu que havia mandado o correio elegante? Eu não contei pro Fagulha. Na verdade, eu não contei pra ninguém.
– É que eu sou do futuro – respondeu, com semblante sério.
– Ha ha ha – forcei uma risada sarcástica – Muito engraçado.
– Eu só… estive pensando no que eu queria para a minha vida, pro meu futuro. É você. Eu sempre fui apaixonado por você e era hora de tornar isso verdade, de fazer o passado valer a pena.
Ele colocou uma mecha do meu cabelo para trás da orelha, onde a tiara estava posicionada. Seu toque era macio e, mesmo que sua frase fizesse pouco sentido semântico e contextual, falando de passado e futuro de maneira branda e confusa, eu sabia que estava falando sério. Minha boca se contorceu em um sorriso e eu tentei desviar o olhar, era a melhor declaração que eu podia ter recebido.
– Sei que perdemos a quadrilha, mas quer dançar? – perguntou.
Me estendeu a mão e eu aceitei, caminhando para o meio do pátio onde adolescentes pulavam animados com a música tocada por Fagulha, Bruna e Henrique – intitulados como “inimigos da Beth” para a ocasião. Não demorou muito para que eu e Joel também começassemos a pular ao som da música, de mãos dadas; ele me rodou e eu não conseguia me desgrudar dele, distribuindo beijinhos em sua bochecha vez ou outra.
– Eu sei que eu to com chupão, mas por que ninguém tá falando do Joel? – Carol disse e todos seus amigos olharam para nós, gritando e assobiando.
– Podem zoar o quanto quiserem, mas a menina mais gata da festa é todinha minha – respondeu confiante e me puxou para mais um beijo, na frente de todos.
Ele devia isso para o Joel de 17 anos. Da primeira vez que presenciou a festa junina e ganhou o notebook usado, havia sido burro demais para suspeitar que poderia ter sido ela a enviar o correio elegante na ocasião – afinal, a garota era areia demais para seu caminhãozinho durante o ensino média. Seu senso de inferioridade e o leve crush em Anita o impediram de fazer qualquer investida que fosse.
Os anos passaram e uma amizade surgiu em quase todas as timelines que havia experimentado, mas nunca um romance. Ele nunca achou-se merecedor e ela sempre se sentia em segundo lugar com Anita. Foi então que, no futuro não muito promissor em que Eduardo havia comprado quase todos os imóveis da cidade que ela revelou pela primeira vez, completamente bêbada, que havia enviado o cartão. Claro. Era óbvio! Quando Joel tentou se aproximar para beijá-la, ela desviou o olhar.
– Faz tempo, Joel. Esquece – não voltou a encará-lo, apenas mordeu o lábio inferior observando a rua. – Demorei muito para aceitar que isso nunca iria acontecer.
Sua voz era triste e ele sentiu o peito pesar. Prometeu para si mesmo que se Anita voltasse a Imperatriz, independente de quando fosse, faria o possível e o impossível para voltar no tempo. Precisava reverter tudo que havia causado com o caderno, a vitória de Eduardo na quermesse, o futuro horrível de seus amigos e a oportunidade perdida com a garota que amava.
– Eu prometo que vou ajeitar tudo da próxima vez – respondeu rápido, como num pedido de perdão.
– Como se pudéssemos mudar o passado – ela caçoou e revirou os olhos, antes de se levantar para ir embora.
Assim, quando Anita apareceu e sua chance de mudar o passado se tornou realidade, sabia exatamente quem havia lhe enviado o correio elegante.
Aᴏ3
Wᴀᴛᴛᴘᴀᴅ
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Sin tiempo ni destino
El pasto estaba recién cortado, también el queso y el pan de los que despedían sus aromas campiranos. Las ramas de los granados dejaban pasar suavemente el sol de las cuatro de la tarde pero nos bastaba la rama seguidora que se trepaba en la cava improvisada del jardín de la maestra Eufemia. Los invitados habíamos llegado, llevé un refresco para contribuir al pequeño festín que nos habíamos preparado.
—¿En dónde te vas a sentar? —me dijo Darinka.
—Creo que no hay muchos lugares para escoger. Pero creo que ya se han acomodado —le dije señalando que los lugares buenos con sombra ya estaban ocupados por las maestras mayores.
—Es lo que he notado, siempre se separan de los jóvenes.
—No importa, la pared de la casa nos dará sombra en un momento.
Sobre la mesa de plástico blanco se desplegaba un banquete de botanas, pasteles, pizza, soda y un bote de pollo frito. Nada mejor para despedir el ciclo escolar. Y yo para despedirme de todos. Encontré un plato para llenarlo de rebanadas de pizza y de todos los doritos con los que me pude encontrar.
—Xóchitl, ¿alguna vez pensaste que estarías comiendo a un lado de tu maestro?
—En la universidad era muy común comer con maestros.
—Pero me refiero a tu maestro de la prepa, mientras estabas en la prepa.
—No, ni por un instante. Pero ahí también está Rolando que también le dio clases.
—¿En dónde está Rolando?
Me señaló el lugar en la cava incompleta, una pequeña choza, para guardar herramientas y botellas artesanales bajo las bugambilias. Sentado el joven, encorvado porque era muy alto, trataba de acomodarse para platicar con la venerable y amargada maestra Gertrudis. Lo miré y estaba rodeado de las demás maestras de mayor edad. Las miraba, pensando en cómo sería cuando a mí me alcanzaran las canas y las arrugas. Yo debería de estar de ese otro lado, aunque en realidad para mí aquellas maestras que hablaban de sus hijos y de las ofertas del mercado eran niñas para mí.
Le grité a Rolando, y le hice una seña para que se viniera a este lado del amplio jardín rodeado por paredes.
—Qué importa que no haya sombra acá, ¡vente!
Se levantó torpemente. Su cabeza pudo haber chocado con el pequeño techo de madera sin pintar. Su cabello relamido pudo haberse desalineado, pero a pesar de su torpeza, logró levantarse y dar sus pasos arqueados por lo agigantado de sus piernas.
—Profe Javi, qué gusto verlo de vuelta, qué bueno que pudo venir.
En realidad nunca hubo alguien más con quien pudiera platicar de tantas locuras en esa escuela. Desde que él era alumno hasta cuando él mismo llegó a ser maestro.
—¿Ya agarraste algo de comida? —le dije, pero era excusa para irnos del resto de la compañía. Nos fuimos a las piezas de pollo empanizado y nuggets, puré de papa y otras delicias que acababan de llegar.
—Profe, ¿ya se dio cuenta de que Darinka se le quedó mirando?
—Es una loca esa Darinka.
—Sí está bien loca... por usted.
—No quiero saber nada de eso.
—Mírela, está al acecho, se la pasa volteando. Me pregunta por usted siempre. El otro día andaba diciendo que quiere hacerle una fiesta de despedida entre usted, ella, Loren y yo.
—Qué lástima que cuando me voy es cuando salen las ganas de despedirme, de celebrarme. ¿Celebrarán que me voy? Me hubieran celebrado mientras estaba.
—Pero es que usted se va cuando Darinka y yo entramos. ¿por qué se va tan pronto?
Le miré fijamente a los ojos. Él y Darinka eran los únicos lazos que me hacían dudar de dejar ese trabajo. Esas locas amistades. Esas personas con las que podía reírme sin necesidad de tener un motivo. Lo miré y pensé que él merecía saber mi verdad, se la merecía, tal vez yo necesitaba sacarla,
—La verdad es que voy de ciudad en ciudad, cambiando de identidad, de rostro, de nombre, de familia y de trabajo. Llego a un lugar, me establezco como un joven empleado, y cuando empiezan a sospechar de que no envejezco, me mudo y sigo mi camino. Y aquí me tienes, al final de una ruta más. Mira a todos los profes allá sentados, ellos me ven y piensan que soy "come años", pero saben en lo profundo que hay algo raro en mí, llevan años mirándome y no he cambiado. Tú me miraste hace años cuando te daba clases, ¿me has visto diferente? Tú sabes que no. La verdad es que llevo siglos haciendo esto. Por eso se me da dar clases de historia, ¡yo la viví!
Se quedó en silencio. Un rostro palidecido lo cubrió. Entonces dejé soltar una carcajada que salió desde mi gaznate y empecé a reír.
—Profe, casi me hace creer que todo eso era cierto. Lo dijo con mucha convicción. Por un momento pensé que era verdad.
—No, cómo crees.
—Profe usted debería escribir ficción.
—¿En serio? Lo consideraré.
—Hey chicos, ¿qué hacen?, llevan mucho rato platicando aquí y parece que se llevaron la fiesta para acá —dijo Darinka mientras se servía sangría como excusa.
—Ya me voy, los dejo platicar —dijo Rolando atrás de ella y con una sonrisa de pillo que no podía disimular.
—Te puedes quedar sin problema... —le dije, pero él ya estaba con el resto de los profes, quienes se nos quedaban viendo y hablaban de nosotros.
—Así que te vas a ir, vas a dejar todo por nada. ¿Vas a empezar una nueva vida tal vez? ¿Cómo podré contactarte? ¿te cambiarás de nombre también?
—Algo así, ¿cómo sabías?
—Quizá soy maga, de las que adivinan y no envejecen.
#escritos#notas#escribir#destino#frases#literatura#diario#español#vida#nostalgia#textos#cuentos#ficcion#relatos#historias#sueños#realidades#amor#fantasmas#fantasia#ilusiones
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Idea de fanfic, que va más o menos así:
Los Wayne's y los Kent's han sido familias muy unidas, en especial los miembros más jóvenes, Damian y Jon, quiénes han sido inseparables desde muy pequeños, al grado de cursar las mismas escuelas conforme pasaba el tiempo.
Sin embargo, un día, Jon comenzó a evitar a Damian, juntándose con otros compañeros de clase y del club de fútbol soccer, cuando cursaban la preparatoria. Y fuera de la misma, se negaba a asistir a las reuniones de ambas familias, dando excusas de que tenía trabajos escolares qué hacer, hasta alegando tener dolor de cabeza y/o de estómago.
Esto no pasó desapercibido por los demás, quiénes de inmediato comenzaron a cuestionar a ambos, aunque en el caso de Damian eran acusaciones disfrazadas, a las cuáles el último no podía contestar. En cambio, Jonathan decía que no tenía que estar todo el tiempo pegado a Damian, y que quería aplicarse en los estudios, ya que dentro de poco comenzaría a buscar opciones de universidades para elegir qué carrera cursar.
Mas, hartándose de los rumores e indirectas incriminaciones, Damian decidió confrontar al que antes fuera su mejor amigo, para saber de una vez por todas cuál era su problema con él, y como resolverlo. Cosa que no sirvió de mucho cuando llegaron a los golpes, y Damian perdiera no sólo una semana de clases, sino que también el apoyo de su familia y de los pocos amigos que tenía.
Fue gracias a eso, tras analizarlo en la oscuridad de su habitación, que Damian decidió no mirar atrás y defender su integridad, iniciando un proceso de emancipación, la cual duró varios meses, resultando a su favor, y eliminando el apellido Wayne de paso, retomando el de su familia materna, Head.
Habiendo hecho esto, y con la ayuda de la consejería escolar, Damian se inscribió en una universidad de California para cursar la carrera en Medicina Veterinaria y Zootecnista, cortando lazos con su familia, amigos y conocidos. Quiénes por más que lo intentaron, no lograron saber más de él cuando salió de la mansión Wayne y de Nueva Jersey.
Hasta que, cinco años después, en una reunión familiar exclusiva de los Wayne's, dado que terminaron el contacto con los Kent's por lo ocurrido con los menores de la familia, una persona llamó a la puerta.
#damian wayne#jon kent#fanfic#damijon#jondami#jonathan samuel kent#Esto es sólo una idea#Aún sin título#au human
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Romance escolar del siglo XVII.
Alguien más ha subido esta imagen con una breve descripción de que sucedería si el general Lilia y el caballero del alba son enviados a NRC en la época de guerra (no recuerdo quien fue el usuario y se me perdió la publicación).
No pude evitar pensar, que sucedería si sucede esto en mi AU de Leia el caballero del alba.
Y el resultado sería… un divertido y caótico romance escolar al estilo enemies to lovers.
Solo piensen en las posibilidades…
Los pequeños duelos que tendrían estos dos, que asustarían mucho a sus compañeros porque parecen que se quisieran matar.
Las múltiples discusiones que acabarían en maldiciones Fae (por parte de Lilia) o con un trato silencioso (por parte de Leia).
Lo más gracioso es que ellos no tendrían otra opción que apoyarse mutuamente ya que ningún estudiante se les quiere acercar en especial los de su dormitorio, porque primero nadie conoce realmente a los habitantes del Reino de las espinas y del Reino de las espadas (¿lugar de origen del caballero del alba?), y por las hadas del dormitorio de Diasomnia desprecian a Leia por se humana y ellos le temen a Lilia por ser un hada oscura.
Y la cereza del pastel, cuando el gran general Lilia descubre que su archienemigo es realmente una mujer, las cosas se pondrán caóticas jajaja.
Y todos estos sucesos al final terminan siendo recuerdos dulces y divertidos que le contaran a su querido bebe murciélago albino.
(Sin saber que años después regresarían al mismo lugar donde se enamoraron)
¿Qué les parece? No teman en enviarme sus opiniones y comentarios, realmente me gustaría hablar con alguien sobre esta idea.
(La imagen no es mía, la encontré en Pinterest)
#twst#twisted wonderland#twisted wonderland chapter 7#twisted wonderland diasomnia#twisted wonderland silver#twisted wonderland lilia vanrouge#twisted wonderland dawn knight#twisted wonderland leia#general lilia vanrouge#lilia vanrouge#AU#twisted wonderland oc#twisted wonderland lilia
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‘ ★ ’ — It was a secret...
Gender: SFW.
Some data: it's a short piece about what would happen if you (male reader) found out Pavitr's secret. / Es un escrito corto sobre qué pasaría si vos (lector masculino) descubriera el secreto de Pavitr.
It is written first in Spanish and then in English. / Está escrito primero en español y después en inglés.
En español.
Las campanas que anunciaban el fin de la jornada escolar resonaban por la institución, te habías preparado unos minutos antes para poder ser de los primeros en salir del salón así que agarraste tus cosas, te despediste del profesor de Lengua y Literatura y saliste caminando rápido.
Estabas preocupado, muy preocupado por tu mejor amigo Pavitr, él se había ausentado a clases durante dos días enteros y no te comentó nada al respecto, así que te encontrabas en camino a su casa con la excusa de darle los deberes, aunque bien sabías que querías asegurarte de que todo esté en orden.
Compraste un pequeño pastel en el camino, no te agradaba la idea de caer de imprevisto a la casa de alguien más sin algo para compartir, era una tierna costumbre que te habían inculcado desde pequeño.
Tocaste la puerta del departamento de tu mejor amigo, tomándote un tiempo para arreglar tu cabello mientras esperabas pacientemente. A los pocos segundos fuiste atendido por la agradable tía Maya, quién te recibió con los brazos abiertos y agradeció por el pastel que trajiste, dejándote ingresar a la vivienda mientras te indicaba que su sobrino estaba en su habitación.
No le preguntaste por qué tu amigo no asistió a clases, ella no parecía tener idea de las ausencias de su sobrino y sabías que eso solo haría que tu querido compañero se metiera en problemas con su tía. Agradeciste la amabilidad de ella y te metiste por el pequeño pasillo que daba para las habitaciones, abriendo la puerta del cuarto de Pavitr con confianza.
Al levantar la mirada tu cuerpo se congeló bajo el umbral de la puerta, tus ojos se enfocaban en la figura de tu mejor amigo que había ingresado por la ventana casi en simultáneo contigo. Ambos se miraban en silencio, él sintiendo un profundo terror en su interior y cayendo de a poco en el pánico de verte ahí.
(¿Qué haces ahí? ¿En qué momento llegaste? ¿Por qué estás en su habitación justo en ese momento? ¿Cómo reaccionarás? ¿Qué dirás? ¿Cómo puede mentirte? ¿Qué puede...?) era todo lo que podía pensar Pavitr mientras apretujaba la máscara de su traje entre sus manos. Mientras tanto, vos diste unos pequeños pasos para terminar de cerrar la puerta detrás de tí, aún con tus ojos explorando el curioso traje que portaba tu mejor amigo.
"No es lo que crees, puedo explicarlo" intentó hablar el arácnido, tartamudeando y dejando en claro que estaba en un punto rozando el pánico.
"Empieza a explicarte entonces" respondiste con un tono de voz bajo, frunciendo con ligereza el ceño, tenías demasiadas preguntas y ahora solo deseabas tener las respuestas.
Él suspiró mientras apretaba más la máscara entre sus manos, buscando las palabras adecuadas para decírtelo. "Me gusta hacer cosplay" murmuró con una pequeña sonrisa nerviosa, ganándose una mirada severa de tu parte, dándole a entender que eso no había sido chistoso ni podría haberte engañado. Tragó con dureza y desvió la mirada antes de hablar en serio, "No tenías que saber esto, se supone que.. que era un secreto" dijo con un tono de voz suave y arrepentido.
Lo miraste por unos largos segundos quedándote en silencio, esperando que te explicara las cosas de una vez, pero sabías que era imposible para él cuando se le dificultaba la tarea que tenía que ver con 'justifica tu respuesta'. Cerraste los ojos y negaste con la cabeza con suavidad, cruzandote de brazos para mirarlo antes de hablar.
"Desde hace seis meses Spiderman está en acción" dijiste con obviedad, dando unos segundos antes de seguir "¿Por qué... no me dijiste sobre esto? ¿Es la razón por la que estás faltando a clases más seguido que antes?" preguntaste con curiosidad.
Él asintió con cuidado, carraspeando su garganta "Sí, no se sabe cuando atacan y algunas veces lo hacen antes de ir al colegio... no me dan la oportunidad de asistir a tiempo." te respondió con una breve explicación, algo que entendiste y asentiste con la cabeza. Te miró mientras juntaba un poco de valentía para preguntarte, "¿Estás enojado conmigo por no decirte...? No lo sabe ni siquiera mi tía Maya... nadie lo sabe- sabía." se corrigió con rapidez.
Negaste mientras suspirabas, acercándote a él para extender tus brazos en su dirección "Debe ser difícil para tí cargar con todo esto solo, no estoy enojado. ¿Me dejas abrazarte?" respondiste con una pequeña sonrisa en el rostro, mirándolo con cariño.
Unas pequeñas lágrimas se juntaron en los ojos del moreno, asintiendo mientras se metía entre tus brazos para ser abrazado, acurrucándose en tu pecho sintiéndose vulnerable pero feliz, agradecido por tu compresión y aceptación.
In English.
The bells announcing the end of the school day resounded throughout the institution, you had prepared yourself a few minutes before to be one of the first to leave the classroom, so you grabbed your things, said goodbye to the Language and Literature teacher and left walking quickly.
You were worried, very worried about your best friend Pavitr, he had been absent from classes for two whole days and he didn't tell you anything about it, so you were on your way to his house with the excuse of giving him his homework, although you well knew that you wanted to make sure everything is in order.
You bought a small cake on the way, you didn't like the idea of unexpectedly dropping into someone else's house without something to share, it was a tender habit that had been instilled in you since you were little.
You knocked on the door of your best friend's apartment, taking time to fix your hair while you waited patiently. A few seconds later you were attended by the pleasant aunt Maya, who welcomed you with open arms and thanked you for the cake you brought, letting you enter the house while indicating that her nephew was in his room.
You didn't ask her why your friend didn't attend classes, she didn't seem to have any idea about her nephew's absences and you knew that that would only put your dear classmate in trouble with his aunt. You thanked her for her kindness and went into the small hallway leading to the rooms, opening the door to Pavitr's room with confidence.
Looking up, your body froze under the threshold of the door, your eyes focused on the figure of your best friend who had entered through the window almost simultaneously with you. They both looked at each other in silence, he feeling a deep terror inside and gradually falling into panic at seeing you there.
(What are you doing there? When did you arrive? Why are you in his room right at that moment? How will you react? What will you say? How can he lie to you? What can...?) was all he could Pavitr thought as he squeezed the mask of his suit in his hands. Meanwhile, you took a few small steps to finish closing the door behind you, still with your eyes exploring the curious suit that your best friend was wearing.
"It's not what you think, I can explain it" the arachnid tried to speak, stuttering and making it clear that he was bordering on panic at one point.
"Start explaining then" you answered with a low tone of voice, frowning slightly, you had too many questions and now you just wish you had the answers.
He sighed as he tightened his grip on the mask, searching for the right words to tell you. "I like to cosplay" he murmured with a small nervous smile, earning a stern look from you, letting him know that this wasn't funny and couldn't have fooled you. She swallowed hard and looked away before speaking seriously, "You weren't supposed to know this, it was supposed to be a secret" she said with a soft and regretful tone of voice.
You looked at him for a few long seconds, remaining silent, waiting for him to explain things to you at once, but you knew that it was impossible for him when the task that had to do with 'justify your answer' made it difficult for him. You closed your eyes and shook your head softly, crossing your arms to look at him before speaking.
"Spiderman has been in action for six months" you said obviously, taking a few seconds before continuing "Why...didn't you tell me about this? Is it the reason you're missing classes more often than before?" you asked curiously.
He nodded carefully, clearing his throat "Yeah, you don't know when they attack and sometimes they do it before I go to school...they don't give me a chance to show up on time." He answered you with a brief explanation, something you understood and you nodded your head. He looked at you as he mustered up some courage to ask, "Are you mad at me for not telling you…? Even my Aunt Maya doesn't know…no one knows-knew." it was corrected quickly.
You shook your head as you sighed, moving closer to him to extend your arms in his direction "It must be hard for you to carry all this alone, I'm not mad. Can you let me hold you?" you answered with a small smile on your face, looking at him affectionately.
A few small tears gathered in the brunette's eyes, nodding as he entered your arms to be hugged, snuggling into your chest feeling vulnerable but happy, grateful for your understanding and acceptance.
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(post I'm Spanish as a form of protest, if you don't like it then imagine what's like to grow up not having access to anything in your language and having to read a new one because the whole world refuses to stop catering to a single country)
Hay que hablar de como los usians y el inglés ocupan todo el espacio en internet: Tumblr, Twitter, Facebook, YouTube, Tiktok, foros, sitios de wikis, scanlations, series, etc.
Si quieres ser relevante como artista o creador de contenido en alguna de esas redes sociales, necesitas SI O SI hablar inglés, y postear todo el tiempo en inglés. Y aveces ni eso, necesitas postear en términos que los usians entiendan. Necesitad acomodarte a sus ideas imperialistas (como que América se refiere a USA, y no a un continente entero).
Estoy harto, porque encima de tener que acomodarte a ellos para tener un poco de interacción, una vez que lo haces lo hay marcha atrás; no puedes volver a hacer contenido solo en tu idioma, se espera que continúes manteniendo esa fanbase de USA cómoda. Y recibirás todo tipo de argumentos imperialistas como "oh es que inglés es el idioma más hablado en el mundo" (no es cierto, es el mandarin, y aún si así fuera, no es por gusto) "no quieres ser relevante?" (No ha costa de ser gentrificado) "Es que debes respetar otras culturas" (pero estás no respetan la mía, y de hecho esperan que la ignore a favor de la suya). Y ni hablar de si no hablas bien inglés, porque no dejan de insultarte y críticarte, como si ellos supieran otro idioma además del inglés.
La gentrificación está a niveles absurdos en mi país, y es ridículo que no se mencioné que existe algo tal como la gentrificación en línea. Una gentrificacion invisible, en el sentido de que no invade, sino que espera que todos los demás sean asimilados por esta o sean ignorados. Es estúpido, es molesto, es imperialista, y me tiene harto.
Mi trabajo es un trabajo subcontratado donde tengo que hablar inglés TODO EL DÍA, porque aparentemente trabajar en IT no es suficientemente bueno para los usians; y encima regreso a mi casa y mis juegos en línea están llenos de gente que solo habla inglés, mis redes sociales están llenas de gente que solo habla inglés, las series y comics que quiero leer solo están disponibles en inglés. Realmente es globalización si está centrada por completo en una sola cultura?
Sería otro asunto si algún usian se interesa por corregir está injusticia y aprendiera otro idioma; pero no, tengo usians en mis notificaciones que vienen a corregirme por usar lenguaje neutro en español, sin saber ellos una palabra de español. Así de mal está su imperialismo.
Estoy harto de nunca poder hablar de esta problematica porque siempre llega alguien a defender usians diciendo que #notallpeople (si no aplica a ti, porque te atacas y te ofende?) e ignorando el proceso histórico que ha tenido el imperialismo estadounidense en filtrarse a fuerzas en todos los países de América: el dólar, el inglés, dictaduras, etc.
Es injusto que se espera que solo guardemos silencio mientras vemos como los usians invaden nuestros espacios y exigen que nuestra cultura sea borrada para darles comodidad. Es injusto que solo nosotrxs nos estemos defendiendo mientras el resto de los usians creen que son mejores por decir "yo no, yo amo México", mientras no hacen nada por corregir a sus compatriotas.
Crees que hablo inglés porque quiero? No, hablo inglés porque el imperialismo de tu país lo ha hecho de manera que solo puede avanzar en oportunidades laborales, escolares, sociales, y demás, si se su maldito idioma, incluso a veces siendo exigido que lo sepa hablar mejor que ustedes.
Tu hablas inglés porque es el único idioma que conoces. Yo hablo inglés porque es el único idioma que conoces.
#activism#us imperialism#gentrification#politics#political rant#bilingual#you speak english cause that's the only language you know i speak English cause that's the only language you know
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gary stu e mary sue, um casal perfeito até demais.
o que são, afinal?
esses termos são utilizados para caracterizar personagens que são perfeitos ou super idealizados, isso é, personagens que não possuem falhas e possuem uma vida sem problemas.
mas o que isso significa em um contexto como o de kaytan?
existem muitas formas de identificarmos um gs/ms em comunidades fechadas, sendo as mais comuns:
personagens com a vida perfeita.
é muito comum que a gente receba personagens que viveram bem e felizes com suas famílias a vida toda, vida escolar perfeita e de méritos, nenhum problema com suas amizades ou parceiros, tudo naquele personagem correu tranquilamente ao longo da sua vida e, como se já não fosse o suficiente, o tal personagem também está estudando o que quer ou trabalhando no que quer e se descobrindo nesse mundo feliz e cor de rosa!
é bem comum também que hajam algumas compreensões erradas sobre isso: “ah mod, então se eu matar parente acabou com o gary stu?” gente, não é preciso sair matando pessoas pra isso, não é obrigatório alguém ter problema familiar para escapar de ser mary sue, inclusive isso não garante nada! afinal, pessoas perdem pessoas, animais, coisas o tempo todo, não importa o que você perdeu e sim como você lida com o luto de ter perdido.
“e o que isso quer dizer mod?” quer dizer que não importa se a sua vida foi difícil, não importa se você perdeu algo ou alguém, se você no presente já vive uma vida feliz e completa apesar de tudo, relações perfeitas, emprego perfeito e sem nenhum problema atual, você também cai no erro de ter um personagem perfeito, afinal, quem ele é agora é o que nos importa, queremos saber que ele tem espaço para desenvolvimento.
personagens com a personalidade perfeita.
não adianta o seu personagem ter a vida mais traumática possível, não existir nada de bom na vida dele se na hora de descrever a personalidade dele você descreve como uma pessoa 100% gentil, amigável e sunshine que todo mundo ama e é impossível te odiar, afinal não só de qualidades vive um ser humano, tenho certeza que ninguém consegue citar uma única pessoa assim na vida real.
como evitar ser um gary stu/mary sue?
você pode evitar isso simplesmente pensando em algumas perguntas bem simples, na verdade:
existe algum problema, trauma ou dificuldade que esteja em aberto e não seja fácil de superar na vida do meu personagem?
há algum objetivo de vida que meu personagem possui que está realmente longe de seu alcance ou que as dificuldades para alcançar sejam grandes o suficiente para gerar um desenvolvimento?
meu personagem atualmente está satisfeito e/ou feliz com onde ele está? se não, quão complicado realmente vai ser para ele conseguir estar satisfeito e/ou feliz com onde ele está?
você não precisa ter todas essas opções marcadas para deixar de ser um gs/ms, mas é necessário que ao menos uma delas se faça presente e é necessário que você deixe tal questão explícita na sua biografia, afinal a gente não tem como adivinhar se a questão é recorrente na vida do personagem ou não é, como ela o afeta em uma base diária e como não afeta, então a gente precisa que vocês descrevam isso para nós.
então players, não são traumas que fazem um bom personagem, e sim uma boa construção, e acreditamos que vocês tem potencial para nos dar um personagem bem construído. em outras palavras, criem questões para os personagens de vocês, façam eles vivos, façam eles pessoas de verdade, façam eles precisarem de desenvolvimento pessoal e, em caso de dúvidas, não se acanhem de chamar a gente para conversar sobre, estamos aqui para ajudar vocês sempre! não levem esse texto como uma briga ou reclamação, tomamos a decisão de escrever sobre isso por notar muitas pessoas tendo dificuldade em entender esses conceitos. esperamos que isso possa ajudar de alguma forma.
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ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ task : os diários do semideus .
por favor, junte-se a nós e veja o que um dos caçulas do deus da guerra tem a dizer sobre suas experiências enquanto semideus. / @silencehq
CAMADA 1: BÁSICO E PESSOAL
Nome: lynx gemini seon Idade: vinte e seis anos Gênero: homem cis Pronomes: ele/dele Altura: 1,79cm Parente divino e número do chalé: ares, chalé 5
CAMADA 2: CONHECENDO OS SEMIDEUSES
Idade que chegou ao Acampamento: 14 anos. Quem te trouxe até aqui? mamãe deixou o mais perto que podia, porque não estávamos mais seguros em casa e não tinha tempo de esperar quem quer que fosse. Seu parente divino te reclamou de imediato ou você ficou um pouco no chalé de Hermes sem saber a quem pertencia? na mesma noite em que chegamosi. acho que papai estava empolgado... Após descobrir sobre o Acampamento, ainda voltou para o mundo dos mortais ou ficou apenas entre os semideuses? Se você ficou no Acampamento, sente falta de sua vida anterior? E se a resposta for que saiu algumas vezes, como você agia entre os mortais? eu escolhi ficar no acampamento porque voltar para a vida antiga não era uma opção, depois de tudo o que aconteceu. todo mundo achava que meu irmão e eu tínhamos sido transferidos para um internato na inglaterra ou algo assim. então voltar para a casa durante o recesso escolar era uma boa desculpa. agora que sou adulto, só acham que estou trabalhando e apareço para ver meus pais quando dá e pronto. Se você pudesse possuir um item mágico do mundo mitológico, qual escolheria e por quê? honestamente? não quero nada. tudo isso vem acompanhado com muitos problemas e não quero mais problemas. Existe alguma profecia ou visão do futuro que o assombra ou guia suas escolhas? tirando a que já jurou todo mundo de morte, incluindo os deuses? não.
CAMADA 3: PODERES, HABILIDADES E ARMAS
Fale um pouco sobre seus poderes: meu irmão e eu temos a habilidade manipular o caos. ou seja, absorvemos a energia caótica de alguma situação e podemos usá-la para promover ainda mais caos e confusão. podemos fazer isso de maneira independente, mas quando estamos juntos é tipo... bem perigoso. nível catástrofe, sabe? Quais suas habilidades e como elas te ajudam no dia a dia: eu tenho sentidos aguçados e reflexos sobre-humanos. sempre muito sensível nesse ponto, mas vem bem a calhar. os reflexos rápidos é óbvio que sãoextremamente funcionais em batalha. e os sentidos aguçados é bem interessante porque eu consigo distinguir uma pessoa ou criatura pelo som da passada, esse tipo de coisa. Você lembra qual foi o primeiro momento em que usou seus poderes? como esquecer? meu irmão e eu causamos um incêndio que destruiu o campo de futebol da escola completamente... Qual a parte negativa de seu poder: bom, as pessoas morrem por conta dele. tragicamente. pode ser bem perturbador. E qual a parte positiva: as pessoas morrem... mas os monstros também! Você tem uma arma preferida? Se sim, qual? ah, minhas espadas, com certeza. Acredito que tenha uma arma pessoal, como a conseguiu? ares me presentou depois da minha primeira missão. acho que foi tipo "você provou que tem algum valor, então toma essa espada e não morra". mas são vem legais. Qual arma você não consegue dominar de jeito algum e qual sua maior dificuldade no manuseio desta? arco e flecha! eu tenho mira boa e tal, mas zero paciência para ficar puxando flecha, pelos deuses! demorado demais, minha sede de sangue não me permite.
CAMADA 4: MISSÕES
*Quem nunca esteve em missões, podem pular essa camada.
Qual foi a primeira que saiu? minha primeira missão foi de salvamento, na verdade. um grupo ficou preso e eu um dos convocados para o resgate. todo mundo voltou bem. Qual a missão mais difícil? todas as que eu fui sem meu irmão foram especialmente difíceis, mas acho que a mais difícil foi quando eu era o líder e então todos estavam sob minha responsabilidade. carregar o peso da vida de outras pessoas é mais difícil do que encontrar qualquer objeto sagrado. Qual a missão mais fácil? encontrar alguma coisa que afrodite perdeu. ela normalmente pede para filho de ares para perturbar meu pai, então... Em alguma você sentiu que não conseguiria escapar, mas por sorte o fez? oh, sim! no meio do mar, com um barco afundando, nenhum sinal de terra e um mar cheio de monstros esperando para te fazer de petisco. achei que daquela vez eu ia de arrasta de verdade, mas o quão conveniente foi ser levado para um ninho de hárpia em terra firme, né? pelo menos de lá foi mais fácil escapar. Já teve que enfrentar a ira de algum deus? Se sim, teve consequências? a do meu pai... mas ele disse que eu estava com sorte e não ia morrer naquele dia.
CAMADA 5: BENÇÃO OU MALDIÇÃO
*Quem não tem benção ou maldição, podem pular essa camada.
CAMADA 6: DEUSES
Qual divindade você acha mais legal, mais interessante? zeus, porra! desculpa o palavrão... mas é que ele é o chefão, né? imagina o quão grandão tem que ser para ter todos os outros deuses nas rédeas? muito bom. Qual você desgosta mais? não vou responder essa pergunta. vivi vinte e seis anos sem provocar a ira de nenhum deles, sabe que grande feito é esse? ainda mais pra mim?! não vou estragar tudo agora. Se pudesse ser filhe de outro deus, qual seria? não queria ser filho de outro deus porque aí eu não seria eu, entende? Já teve contato com algum deus? Se sim, qual? Como foi? Se não, quem você desejaria conhecer? com o meu pai e com afrodite uma vez. eu acho que nunca me tremi tanto na vida, ea é um espetáculo, em todas as formas. ah, se eu fosse imortal... brincadeira! ou não... Faz oferendas para algum deus? Tirando seu parente divino. Se sim, para qual? E por qual motivo? afrodite. olha só, não dá para subestimar o poder do amor. essa é uma das razões pelas quais as pessoas já começaram guerras enormes, sabe? então eu tento pelo menos ficar nas graças dela, porque amor é mesmo poderoso.
CAMADA 7: MONSTROS
Qual monstro você acha mais difícil matar e por qual motivo? todos os que não podemos encarar diretamente. a medusa, basiliscos, por exemplo. quando voc~e pode ver, é bem mais fácil até de pensar em como agir, ver onde dá para atacar e como. Qual o pior monstro que teve que enfrentar em sua vida? cila! foi naquele dia que eu achei que ia de arrasta de verdade. Dos monstros que você ainda não enfrentou, qual você acha que seria o mais difícil e que teria mais receio de lidar? tifão, por motivos óbvios...
CAMADA 8: ESCOLHAS
Caçar monstros em trio (x) OU Caçar monstros sozinho ( ) Capture a bandeira (x) OU Corrida com Pégasos ( ) Ser respeitado pelos deuses (x) OU Viver em paz, mas no anonimato ( ) Hidra (x) OU Dracaenae ( )
CAMADA 9: LIDERANÇA E SACRIFÍCIOS
Estaria disposto a liderar uma missão suicida com duas outras pessoas, sabendo que nenhum dos três retornaria com vida mas que essa missão salvaria todos os outros semideuses do acampamento? não sendo pessoas do meu convívio direto, sim. não sei se teria coragem de ir direto para os braços da morte levando duas pessoas queridas comigo. Que sacrifícios faria pelo bem maior? eu sou a favor do bem maior, mas tem um limite. eu não sei o que eu faria, mas sei o que nao faria. se me pedissem para matar meu irmão, por exemplo, eu deixaria o mundo todo explodir. Como gostaria de ser lembrado? como herói de guerra. eu sou um guerreiro, é o que eu sou. é o que quero deixar.
CAMADA 10: ACAMPAMENTO
Local favorito do acampamento: a cachoeira. Local menos favorito: enfermaria. é sempre um porre ficar lá. Lugar perfeito para encontros dentro do acampamento: encontros românticos? oh, o lago ou o campo de morangos. Atividade favorita para se fazer: pra mim, treinar. é bom se manter em forma para quando a necessidade aparecer.
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👶🏻 + jack & mick²
name: arabella lily ackerman
birthday: treze de março
personality headcanon: bella é tranquila e meticulosa em suas palavras e ações. tem uma personalidade pacífica e apaziguadora, é muito curiosa sobre o mundo e bem diplomática e meticulosa. é tão competitiva quanto qualquer um de sua família, porém é mais estrategista do que o restante dos ackerman, que muitas vezes perdem para ela por se distraírem do jogo enquanto discutem para saber quem está indo melhor.
what was their first word and how old were they when they said it: sua primeira palavra foi o nome do irmão, nick, com um ano e um mês. michaela passou um mês tentando convencer todos que ela a tinha chamado, mas não havia como duvidar se a bebê apontava para o irmão e o chamava.
did they get in trouble in school: não. arabella sempre foi quieta no ambiente escolar, costumava se sentar em uma das cadeiras da frente e dificilmente se metia em problemas.
which parent were they more attached to: bella é a menininha do pai, com toda certeza. durante sua infância, bastava um olhar pidão seu que jack já fazia qualquer coisa que ela quisesse.
what was their favorite toy: um elefante de pelúcia que ganhou da tia clarissa quando tinha dois anos.
did they cry a lot as a baby: não, sempre foi muito tranquila.
movie they watched over and over: michaela sempre gostou de introduzir aspectos da cultura colombiana na vida dos filhos. decidiu assistir encanto com os dois e, apesar de nicholas não ter dado muita bola para o filme, bella ficou absolutamente fissurada por ele.
what was their favorite subject in school: as aulas preferidas de bella eram as de idiomas, seja inglês, espanhol ou francês.
were they social growing up or quiet: arabella sempre foi mais quieta e com tom de voz baixo, mas entre seus amigos adora conversar tanto quanto qualquer um. assim como o irmão, bella se solta muito mais quando está com seus amigos e com sua família.
which parent do they take after: depois de nicholas ser uma cópia fiel de jack, michaela esperou que a filha nascesse um pouco mais parecida com ela. entretanto, arabella tem traços tão semelhantes aos do pai quanto seu próprio irmão.
what do they grow up to be: bella sempre teve muita dúvida sobre o que seria quando crescesse. passou pela fase de querer ser bailarina, depois quis ser astronauta. durante o ensino médio, cogitou ser veterinária após resgatar um cachorro que encontrou na rua durante o verão. no entanto, ver animais doentes foi o que lhe impediu de ir para a veterinária. quando estava decidindo no que iria se especializar, já na universidade, uma conversa com sua irmã mais velha de consideração, harper westbrook, fez com que mudasse seus planos e decidisse seguir a mesma carreira que ela: a medicina. após longos anos de formação, tornou-se cirurgiã pediátrica.
random headcanons: sempre amou passar as tardes na floricultura com sua mãe | quando criança, era obcecada pela sua prima, sadie | fala espanhol, francês e inglês fluentemente | seu primeiro beijo foi aos dezessete anos | é apaixonada por animais, sendo elefantes seus favoritos | teve um crush em james davies durante toda sua adolescência | é alérgica a manga | ela e o irmão são muito apegados um ao outro | passava as férias na praia, aos quinze anos, quando encontrou um cachorro vagando pelas ruas. estava emagrecido e parecia doente, então bella o pegou e o levou para o veterinário. passou o restante do verão cuidando dele e, quando retornaram a bend, não teve quem a convencesse a deixá-lo com alguém. ele se tornou o cachorro da família, benji.
do they get along with their parents: até mais do que o irmão. bella nunca deu problemas para os pais, sempre foi a queridinha da família e o modelo a ser seguido.
faceclaim: emily rudd
@carriessotos
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【 silence is golden , and you've got my hopes up.
ora, MOOKDA NARINRAK? ah, não, os passos no mapa do maroto nunca mentem. aquelx é LUCINDA TALKALOT, que tem 18 anos e é muito famosa na SONSERINA. segundo sua ficha escolar, ele é NASCIDA-TROUXA e faz parte do TIME DE QUADRIBOL COMO BATEDORA. será que é verdade que ela pretende ser JOGADORA DE QUADRIBOL PROFISSIONAL quando sair de hogwarts? o ano está acabando, é bom se decidir logo! boa sorte em seus NEWTs, você vai precisar.
( stats ) .
DATE OF BIRTH — 31 october ‘60 BLOOD — nascida-trouxa PRONOUNS — ela/dela HOUSE — slytherin YEAR — sétimo CLUBS — quadribol EYE COLOUR — castanho HAIR COLOUR — preto HEIGHT — 172 cm
・ ( the basics ).
O fato de ser uma escorpiana com lua em aries não surpreende ninguém, não se você tiver passado mais de dez segundos em sua presença. Ela é intensa, impetuosa, sedenta por poder e por ser amada. Sem contar que ela é especialmente sensível à rejeição, fique com esse fato em mente para mais tarde. Algo que realmente surpreende a muitos, ou surpreendia a muitos, é o fato de ser uma nascida trouxa na Sonserina, ou pelo menos dizer ser uma. Veja, Lucinda foi adotada pelo Sr. e pela Sra. Talkalot, ou Arabella e Vicent se for intimo o suficiente, na tenra idade de oito meses e nunca teve interesse em saber sobre sua real hereditariedade, não quando se tem uma família como a sua.
・ ( growing pains ).
Você conhece uma daquelas crianças irritantes? Uma daquelas que todo mundo parece conhecer pelo menos uma? Aquela prima que gosta de jogar ervilhas em você durante a hora do jantar? Aquele garoto da vizinhança que tem prazer em grudar chiclete no cabelo de outras pessoas? Bem, Lucinda era uma daquelas crianças. Era como ser chata fosse uma parte fundamental de seu ser. O problema principal era que ela não se satisfazia apenas em ser irritante, sempre havia algo um pouco diferente sobre ela que ninguém conseguia identificar exatamente o quê. Brinquedos, lápis e até sapatos de outras crianças desapareceriam misteriosamente. Objetos apareciam em locais que eles não deveriam aparecer. E incidentalmente, as vítimas sempre eram quem quer que Lucinda e seu pequeno grupo de amigos não estavam nos melhores termos e, sem provas, seu pequeno clã sempre saia impune porque, bem, a situação é que…
・ ( the talkalots ).
Aqui está a situação, o sobrenome dos Talkalot em qualquer lugar na Inglaterra trouxa é meio que super importante. Lucinda certamente odeia se vangloriar do fato de que ela vem de uma família notável, mas fatos são fatos. Sua mãe é uma socialite com um passado trágico. Seu pai é um bilionário excêntrico da vida real. Ambos com sangue nobre que corre nas veias de suas famílias por gerações. E seus irmãos estão, bem, vivendo da fortuna de seus pais, mas Lucinda os ama do mesmo jeito. Crescendo, ela sempre tinha as roupas mais caras, os brinquedos mais modernos e o que mais que ela quisesse. Mas para a garota, no final do dia, tudo que importava era que ela tinha amigas adoráveis, uma família amorosa e todas as suas vontades realizadas.
・ ( yer a witch, luci ).
E então, de repente, ela tem onze anos e há esse cara estranho, que ela não teria olhado duas vezes na direção dele se o tivesse visto na rua, tentando passar pela segurança deles e no momento seguinte, um de seus irmãos está todo empolgado e babuciando algo sobre trocar seu nome por um aliterativo começando com S no estilo de Samantha Stephens e Sabrina Spellman, seu pai está claramente ponderando todas as maneiras que ele, quero dizer, ela poderá usar seus poderes recentemente descobertos para o benefício monetário da família e sua mãe parece estar prestes a entrar em sua próxima fase depressiva por não poder se vangloriar do quão especial Lucinda é. Não que estivesse infeliz com a notícia, se antes todas as possibilidades eram uma possibilidade agora elas pareciam ser um evento certo, e não é como se ela não pudesse ver claramente todas as vantagens, porém, a maneira como o homem se apresentava realmente a incomodava. Se todos se vestiam como ele, ela definitivamente não queria fazer parte do culto ou o que quer que fossem.
・ ( hoggy warty hogwarts ).
Sabe aquela coisa sobre ela ser um pouco sensível à rejeição? Bem, se ela não estava tão animada em ser uma bruxa, suas primeiras horas no trem para Hogwarts apenas consolidaram isso. Embora algumas crianças selecionadas pudessem reconhecer seu sobrenome, a maioria delas não ficaram tão impressionadas com ele, e algumas nem sequer pareceram reagir. E quando o trem finalmente chegou a seu destino, ela já estava lá e pronta para voltar ao seu quarto luxuoso e individual em Londres e em um estado de humor terrível. O barco que lhes levou até o castelo era rudimentar e não tão impressionante quanto as pessoas pareciam reagir, não quando eles podiam fazer magia e o melhor que eles conseguiam fazer era barquinhos navegando sozinhos? Por favor. E ela estava se recusando mentalmente a entrar no mérito da falta de criatividade no questio arquitetura, mal sabia ela, ao dar seus primeiros e relutantes passos para dentro do castelo, que a situação poderia piorar, e muito.
・ ( or maybe in slytherin ).
Não é como se ela soubesse o que estaria esperando por ela quando chegasse no Chapéu Seletor com um discurso completo em mente sobre os motivos ela deveria ser selecionada para a casa das cobras, quer dizer ela tinha o check em todas as categorias, e quando o chapéu concordasse, talvez seria o acontecimento que mais definiria os anos que estavam por vir. Sua vida em Hogwarts não é perfeita, longe disso, mas seus primeiros meses em Hogwarts teriam sido muito mais complicado se Lucinda não fosse tão… ela. Logo em sua primeira noite, assim que escutou alguém ousando proferir algo não positivo sobre os trouxas, a garota deixou bem claro quem era, o quanto ela podia tornar a vida de todos ali extremamente complicada em um estralar de dedos e colocando um alvo desnecessário em suas costas, que soube lidar com graça, elegância e anos de pratica em praticar, não sofrer, bullying. Agora, em seu último ano, há um senso de vitória em estar viva e praticamente ilesa, apesar de ter perdido o único título e a única posição que lhe importava e estar contando os dias para que essa fase de sua vida termine.
#( ʟᴜᴄɪɴᴅᴀ // * about )#( ʟᴜᴄɪɴᴅᴀ // * inter )#( ʟᴜᴄɪɴᴅᴀ // * visage )#( ʟᴜᴄɪɴᴅᴀ // * development )#( ʟᴜᴄɪɴᴅᴀ // * musing)
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Eu era bom em todas as matérias escolares,era bom em fazer amigos,também era bom em escrever e falar de amor,era bom em quase tudo,só não era bom em saber diferenciar os sentimentos dela,separar as mentiras das verdades.
Jonas r Cezar
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