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#poetas sem talento
fabien-euskadi · 2 years
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Poetas do silêncio, poetas em silêncio
Catorze versos ébrios de metonímia em sorvo e meio de sigilo: Quadras, duas, mais um duo de tercetos e sinónimos de estilo. O vazio pejado de mancheias de metáforas: olhares de papelão E laranjas lilases (ah!) como quem diz que sim dizendo que não, Pois tudo o mais que se diga é sempre algo menos qu’um zero. Dizem-se poetas, dizem-se tudo, dizem tudo, dizem que quero Mudar o Mundo com versos, quando o Mundo quer é ser igual. Silencio, eu digo. E digo: o teu silêncio é a antecâmara do mal. Fingem-se poetas, poetas de métricas errantes e horas d’ estio - Talvez sejam o que dizem, mas o que dizem é a poesia do vazio.
                                                                         Fabien Euskadi
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imninahchan · 6 months
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𓏲 ๋࣭ ࣪ ˖ 𐙚 ⌜ 𝐀𝐕𝐈𝐒𝐎𝐒: 3some, swann!namoradinho, enzo!fotógrafo, fetiche por foto como chama não sei, bebida alcoólica, cigarro (não fumem!), dirty talk (elogios, dumbification e degradação tudo junto) oral e masturbação fem, tapinhas, masturbação masc, sexo sem proteção (proibido entre as sócias desse blog). Termos em francês ou espanhol — petit poète (pequeno poeta), merci (obrigada), pour la muse (para a musa), Sé que más tarde suplicarás por mí, nena, tan lejos que tu gringo no oye (sei que vai implorar por mim mais tarde, nena, tão longe que o seu gringo não ouve), Eres una perra, lo sé (você é uma cadela, eu sei)⁞ ♡ ̆̈ ꒰ 𝑵𝑶𝑻𝑨𝑺 𝑫𝑨 𝑨𝑼𝑻𝑶𝑹𝑨 ꒱ colidindo dois mundos diferentes das girls ─ Ꮺ !
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VOCÊ NUNCA DUVIDOU DO TALENTO DE ENZO nem por um segundo. Aqui, finalmente apreciando a exposição, seus olhos se enchem ao ver o resultado de tantas horas frente às lentes dele naquele estúdio. Se vê maravilhada com a perspectiva artística do uruguaio, na forma sensível com que te captou. Os seus pezinhos no chão de madeira do apartamento dele. Os seus joelhos manchados de tinta esgueirando por baixo da barra do vestido. O seu olhar perdido, sentada na otomana vintage ao piano, os fios de cabelo bagunçados, na sala da sua casa mesmo. É de uma satisfação enorme se enxergar pelos olhos dele quando a visão é fascinante o suficiente pra beijar o seu ego. É como ler poesia, e não ser o poeta enfim, mas o poema.
“Para o nosso petit poète!”, Swann saúda, servindo a taça do Vogrincic. Champanhe escorre pela garrafa de marca chique, recém-aberta. Já é a segunda rodada de espumante e comemorações, se contar o festejo de taças e elogios cordiais durante a exibição mais cedo. Agora, um pouco mais intimista, só vocês três no conforto da decoração boho maximalista da casa. Merci, Enzo arrisca na língua local, espalmando a mão no peito, por cima da camisa social, e com aquele olhar agradecido. “Pour la muse”, Swann te serve, com um sorriso, e você faz charme, balançando os ombros.
A garrafa retorna para o balde com gelo. O francês puxa do bolso do blazer o maço de cigarro e saca um, guardando o resto. Risca o isqueiro, acende. Depois do primeiro trago, prossegue, “Foi um sucesso. Definitivamente.”, embora o artista latino pareça mais humilde. “Amanhã você vai estar no Le Monde, no Le Parisien, todos os jornais… Todos aqueles críticos de nariz empinadinho pareciam maravilhados.”
Enzo faz que não, com certeza ainda incrédulo após um dia inteirinho nas nuvens. “Obrigada pela oportunidade, é a minha primeira exposição assim, numa galeria fora do Uruguai”, explica, “e mostrar o meu trabalho junto com artistas incríveis é… Uma honra. De verdade.”, os olhinhos castanhos brilham. 
Swann não quer levar as flores sozinho, te oferece um olhar de canto de olho, “Tem é que agradecer a ela”, lembra, “está apaixonada pelas suas lentes.”
O uruguaio te mira com doçura, “claro”, diz. Pega na sua mão, trazendo à meia altura, “não poderia deixar de agradecer à minha musa”, e beija, “a maior arte dessa noite era você, nena.”
Você se exibe mais diante o elogio, pomposa. Já sente as bochechas queimando de tanto sorrisos fáceis, tanto regozijo, mas mantém a pose de diva, o que não falha em fazê-los rir. “Sempre quis ser musa”, conta, ajeitando os cabelos, de queixo erguido, “quando eu conheci o Swann, ele já estava trabalhando na galeria, não pintava mais”, os beicinhos crispam, numa adorável tristeza teatral, “ainda bem que a sua câmera me encontrou, Enzo.”
“Impossível não te encontrar quando se destaca tanto”, o tom dele se torna ainda mais terno, “não precisei de muito esforço, só tive olhos pra ti desde o começo”. Leva a taça à boca, prova um gole, “Acho que morreria de ciúmes se você fosse minha”, os dedos correm pelos lábios recolhendo a umidade, enquanto os olhos retornam para a figura grisalha no ambiente. 
Não, ele não sente ciúmes, é você que rebate primeiro, com bom humor, ele é francês. Swann ri, sopra a fumaça na direção do quintal, a porta de vidro aberta. Descansa o braço nos seus ombros, “E não posso ser tão egoísta ao ponto de ficar com uma obra-prima dessa só pra mim, não é?”
Você toma nos dedos o cigarro da boca dele, oui, mon amour, e traga. Enzo te observa puxando a fumaça, o seu batom vermelho marcando o pito. Nota, também, a maneira com que o Arlaud te contempla — os olhos azuis banhados a afeto, cintilantes. Tão rendido, tão vassalo. Não o julga, entretanto. Enquanto te eternizava nas imagens, com certeza deve ter te mirado com a mesma significância. 
“Não acha, Enzo?”, o eco da voz caramelada do outro homem desperta o fotógrafo, ao que murmura hm?, molhando a garganta mais uma vez para escutá-lo. “Quer dizer, olha só pra ela… me apaixonei na primeira vez em que a vi”, Swann confessa. Vai chegando com o rosto mais perto de ti, revelando, “...tão bonita, saindo do mar. Pele salgada. Parecia o nascimento de Vênus, ali na minha frente”, até recostar a ponta do nariz na sua bochecha, rindo quando você ri também, vaidosa. “Não dá vontade de beijá-la?”, a pergunta tem ouvinte certo. Os olhos claros voltando-se para os castanhos. “Eu sei que teve vontade de beijá-la em algum momento durante as sessões. Não precisa mentir.”
Em outro momento, talvez com pessoas diferentes, Enzo não se sentiria tão à vontade feito está agora. É que a energia entre vocês três é singular, entenda. Desde o primeiro momento que conheceu o uruguaio, a sua atração física e pelo cérebro de artista dele foi perceptível — além de mútua. E Swann, ele é francês, e são um casal que foge o tradicional, que experimentam. Não é uma ameaça pra ele saber que um homem te deseja. Na verdade, dá ainda mais tesão. 
Enzo pega o cigarro dentre os seus dedos, leva à própria boca. Traga. A fumaça escapa, nubla a face de traços fortes de uma forma cativante, quase que sensual. “É”, admite em voz alta, “tive vontade de beijá-la… tocá-la… diversas vezes desde que a conheci”, está com o foco das íris castanhas nos seus lábios, “aliás, tô sentindo agora.”
O sorrisinho de satisfação estampado na sua cara é inevitável. 
Swann recolhe o pito de volta para si, das mãos de um latino totalmente indiferente ao tabaco, preso à sua figura. Enquanto traga, a voz do francês soa como um demoniozinho nos ombros do outro homem, encorajando, então, beija, como se a solução fosse a mais simplória do mundo. 
O Vogrincic assiste a sua mão espalmar no peito dele; os anéis dourados, as unhas num tom terroso. Você mergulha os dedos entre os botões defeitos da camisa social dele para capturar pingente da correntinha. O olha. Aquela carinha de quem tá querendo muito ser tomada nos braços, devorada. Uma ânsia à qual ele não te nega. 
Pega na sua nuca, a palma quente conquistando espaço. Firme. Fica mais fácil te conduzir para mais perto, trazer o seu corpo pra colar no dele. Encaixar, invadir, sorver. Sente o gosto do espumante, o pontinho amargo do cigarro na sua língua. Um ósculo intenso, diferente do que está acostumada. É puramente carnal, desejoso. Parece que quer te engolir, verga a sua coluna um bocadinho, sobrepondo o próprio corpo por cima. Estalado, e profundo. Cheio de apetite. A taça por pouco não cai dos seus dedos. 
Quando se aparta, é porque o peito queima de vontade de respirar. Ofegam, ambos. A visão dos lábios dele até inchadinhos, avermelhados pelo seu batom, é alucinante. O uruguaio nem se dá ao trabalho de limpar as manchinhas rubras, como quem sabe que a bagunça ainda vai ser maior.
Swann apanha a taça da sua mão para entornar um gole. Ri, soprado. Bom, não é? A pergunta faz o Vogrincic se perder, outra vez, no deslumbre da sua figura. Um olhar de fome, daqueles que precedem o próximo bote. Vê o francês estalar um beijo na sua bochecha, bem humorado, e depois ir descendo pelo seu pescoço. A forma com que segura na sua nuca, guia a sua boca até a dele. Faz o uruguaio sentir um tiquinho de ciúmes, sabe? Mesmo que tenha plena consciência de que não teria justificativas pra esse tipo de sentimento. Já era de se esperar um nível aflorado de intimidade entre você e o seu homem. O roçar da pontinha dos narizes, o mordiscar implicante que ele deixa nos seus lábios, rindo, feito um menino apaixonado, não deveria surpreender o fotógrafo. Mas surpreende. Instiga. Esquenta. 
Enzo traga o pito pela última vez antes de se apressar pra apagá-lo no cinzeiro da mesinha de centro e soprar a fumaça no ar. Ávido, as mãos viajando em direção ao seu corpo — uma firme na sua cintura, e a outra ameaçando tomar o posto na nuca. Swann o interrompe, um toque contendo o ombro e a proximidade de um certo latino com muita sede ao pote. “Aprecia, mas não se acostuma”, avisa, com um sorriso, “tem que tratá-la muito bem pra fazê-la te querer de novo.”
Enzo te olha, analisa. Parece que as palavras estão paradinhas na ponta da língua, porém as engole, prefere te beijar novamente, te tocar novamente. Afinco. Te domina, mostra soberania com o corpo pesando sobre o teu. Você cambaleia, abalada por tamanha intensidade, as costas se apoiam no peito do Arlaud. 
Os beijos escorregam pelo seu pescoço, desenham o decote da sua blusa, por cima do tecido, descendo até a barriga. É crível que vai se ajoelhar, porém acaba tomando outro rumo, retornando com o foco pro seu rosto. “Vou deixar o seu homem te chupar”, diz, com uma marra tão palpável que um sorriso não deixa aparecer nos seus lábios, “porque eu sempre morri de vontade de saber como era meter em ti”, e oferece um olhar ao francês, “deixa a sua mulher molhadinha pra mim?”
Tipo, a construção da frase, a entonação, os trejeitos do uruguaio; tudo faz soar como uma provocação. E, de fato, é. Um homem como Enzo não sabe amar mais de uma vez e muito menos partilhar esse amor. Mas Swann leva tudo com o bom humor de sempre. Faz um aceno com a cabeça, ajeitando-te para que possa encará-lo. Aquele sorrisinho de dentes pequeninos que você tanto acha um charme. O assiste retirar o blazer, fazendo um suspensezinho, além de dar a entender que vai literalmente ‘colocar a mão na massa’. É engraçado como o seu corpo não abandona o estado de calmaria. Poderia estar com o coração acelerado, o sangue correndo nas veias, por diversos motivos, porém tem tanta certeza de que vai sentir prazer ao máximo que não anseia por acelerar nada. 
Swann te conhece muito bem. Cada detalhezinho na sua pele, cada região erógena, cada fio de cabelo que nasce por mais fininho e imperceptível. É um artista que aperfeiçoa a sua arte — dedica tempo, esforço, e não se importa com a bagunça molhada ou com a língua dormente. Antes de se ajoelhar, pede, com ternura, “um beijinho?”, para selar a boca na sua, rapidinho. E afrouxa as mangas da blusa, uma das suas mãos apoiando-se na mesa enquanto a outra mergulha os dedos entre os fios grisalhos à medida que a cabeça dele está na altura da sua virilha. Te liberta da saia longa, da peça íntima, apoia aqui, colocando a sua perna pra repousar sobre o ombro dele. 
Corre as mãos pelo interior das suas coxas, sem pressa. A boca deixa um chupãozinho no seu joelho, mordisca. É louco como ele sabe até o quão forte tem que ser o tapa na sua buceta pra te fazer vibrar e quase perder o equilíbrio. Sorri, sacana, calminha, meu bem, e ainda tem a pachorra de murmurar, é só um tapinha. 
Você até cerra os olhos, prende o lábio inferior entre os dentes praticamente sem notar. O seu corpo se contorce sob o toque, é natural. Swann percorre o dedo de cima a baixo, se mela todinho na umidade que ali já tem, e não vai desistir até que exista muito mais. 
Contorna o seu pontinho doce, te arrancando um suspiro dengoso. Leva o olhar pra ti, “vai gemer manhosinha pra ele ouvir, vai?”, quer saber, “Tem que manter a pose, divina. Não pode mostrar que derrete todinha nas minhas mãos”. Você apenas escuta a conversa suja, já perdida demais no deleite do carinho que recebe, e pior, na visão de acompanhar Enzo se sentando no sofá, com os botões da camisa social desfeitos, e a mão dentro da calça. Aham, é tudo que murmura, alheia. A carícia concentra no clitóris, o dedo circulando mais rápido, mais forte, que a onda de prazer te faz arrepiar dos pés à cabeça. Boquiaberta, por pouco sem babar pelo canto. Swann, você chama, manhosa, me chupa. E ele sorri mais, a língua beira nos dentes de baixo, brincando com a sua sanidade quando só mostra o que tem pra oferecer e demora a te dar o que quer. 
Mas quando te mama, de fato, porra… Chega a ver estrelas, os olhinhos revirando. Ainda bem que aperta os fios dos cabelos dele nas palmas, pois, aí, tem algo pra descontar o nó delicioso que sente no ventre. Quer fechar as pernas, involuntária, no entanto o homem te mantém, faminto, sugando a carne inchadinha. Passa os dentes pelo seu monte de vênus, dois dedos nadando por entre as dobrinhas quentes, ensaiando, parece, até afundar lá dentro e fundo, fundo. Você chia, preenchida na hora certa, na medida certa, pra se sentir conquistada, excitada. Encara Enzo, pornográfica com as expressões faciais, como se quisesse instigar uma prévia do que ele vai provar posteriormente. 
Os lábios de Swann até estalam, tudo tão ensopadinho que escutar a umidade do ato contribui ainda mais pro seu regozijo. O francês bate a palma da mão na sua bucetinha, esquenta a região, antes de voltar a chupar o seu pontinho. A língua dança pra cá e pra lá, também, tão rapidinha, habilidosa. Ai, você chega a sentir uma inquietação, balança os ombros, se contrai, espreguiça. Mas ele quer estar olhando nos seus olhos quando te fizer gozar, porque deixa só os dedos lá e ergue o queixo pra encontrar os seus olhos. As íris azuis brilham, um marzinho cheio e cintilante no qual é fácil querer se afogar. Os cabelos grisalhos estão bagunçadinhos, os lábios finos reluzindo de babadinhos. “Goza pra mim, meu amor”, a voz ecoa numa doçura tamanha, caramelada e derretida feito o seu doce preferido, “quero te beber, você é tão gostosa. Quero chupar você até não sobrar uma gotinha, hm? Vem pra mim, vem. Ver esse seu rostinho de choro quando goza, bobinha, docinha… Daria um quadro e tanto essa sua carinha de puta. Hm?”, e fica difícil resistir. Quer dizer, se entrega sem nem mesmo tentar resistir. É possuída pela ondinha elétrica que percorre seu corpo todinho, eriça os pelinhos e te faz gemer igualzinho uma puta. 
Tremendo, frágil. Quanto mais a boca suga a buceta dolorida, mais você se contorce, mais choraminga. Os olhinhos até marejam, o peito queima, ofegante. 
Quando satisfeito, o homem se põe de pé. Nem se dá ao trabalho pra limpar o rosto melado, sorrindo largo, mas sem mostrar os dentes. Você envolve o braço ao redor do pescoço dele, só pra se escorar enquanto recupera-se, os olhos ardendo sobre a figura do latino masturbando-se no sofá. “Vai lá nele”, Swann encoraja, tocando o canto do seu rosto. Beija a sua bochecha, ganha os seus lábios assim que você mesma vira a face pra alcançá-lo. A saliva misturando com o seu melzinho, um gostinho obsceno. A língua dele empurrando a sua, ao passo que o maldito sorriso canalha não abandona o rosto estrangeiro. 
Ao caminhar sobre os próprios pés, dona de si outra vez, Enzo está com a mão erguida na sua direção. Os dedinhos inquietos até que possam apertar a sua coxa. Vou montar você, é o que diz, num fiozinho de voz, se acomodando sentadinha no colo do fotógrafo. Sustenta-se nos ombros masculinos, alinha-se pra engolir tudo — está babadinha o suficiente pra ser um deslize só. 
O uruguaio suspira, completamente no seu interior, até o talo. Embaladinho lá, no calor divino, delirante. As mãos cravam nas suas nádegas, está pulsando dentro de ti, domado. “Acabou de tirar a buceta da boca dele pra vir sentar no meu pau…”, observa o seu rebolar lento, a maneira jeitosa com que se equilibra bem, não perde nem por um centímetro que seja, “jamais deixaria a minha garota sentar em outro pau senão o meu.”
Então, ainda bem que eu não sou sua, é o que você sussurra. Chega com o rosto perto do dele, a pontinha do nariz resvalando no nariz grande. Enzo aperta o olhar, mascara um sorrisinho. Você sente as unhas dele machucando nas suas nádegas, ele te encara com uma vontade louca de rancar pedaço. Daí, começa a quicar no colo dele, jogando a bunda pra cima no compasso ritmado. Pega nos cabelos negros que se somam, espessos, na nuca alheia, vai me avisar quando for gozar, ordena. É fria com as palavras, mas tentadora, carrega no tom um certo nível de erotismo, que parece deixar Swann orgulhoso, recostado na mesa. Não vou guardar a sua porra porque você não tá merecendo. E o Vogrincic ri na cara do perigo, cheio de si. Abusa da língua materna pra murmurar, “Sé que más tarde suplicarás por mí, nena, tan lejos que tu gringo no oye.”, porque sabe que o francês não vai nem sacar uma palavra que seja, mas você sim, “Não me engana. Eres una perra, lo sé.”
Você maltrata os fios dele entre a mão, como um sinal para que ele pare de falar em espanhol, soltando essas frases riscosas, sujas. Mas Enzo não te compra, não engole essa marra toda. “Faz o que quiser, musa”, fala só por falar, pois o outro escuta, quando quer dizer exatamente o contrário. A rebeldia te excita, faz acelerar os movimentos, torturá-lo com mais intensidade. Lê no jeitinho que ele retesa os músculos da coxa, no ar se prendendo nos pulmões que está logo na beirada, próximo de jorrar. Não o perdoa, não permite que o desejo mais lascivo dele se torne realidade hoje. Finaliza o homem nas palmas das suas mãos, ordenhando o pau duro, meladinho, até que a porra morna atinja as suas coxas, respingue na sua blusa. 
Enzo respira com dificuldade, pela boca. Cerra os olhos com força, parece irritadinho, indignado — uma reação que te deixa com água na boca. Se inclina pra pertinho do ouvido dele, adocica a voz, perigosa, se quer brincar, tem que aprender a respeitar as regras do jogo, okay, bonitinho? 
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svholand · 5 months
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𝐥𝐬𝐝𝐥𝐧 + 𝐝𝐞𝐚𝐝 𝐩𝐨𝐞𝐭𝐬 𝐬𝐨𝐜𝐢𝐞𝐭𝐲 — MATÍAS RECALT. 🏉🕶️🎷
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𝐖𝐀𝐑𝐍𝐈𝐍𝐆: smut (eu aviso quando começa, então menores podem ler até certo ponto só), fluff, violência (?) e slice of life.
𝐒𝐔𝐌𝐌𝐀𝐑𝐘: headcanon do matías baseado em dead poets society. ao invés de um colégio, imaginei que se passa mais em uma espécie de internato-cursinho preparatório, ou seja, todo mundo é maior de idade. também é importante avisar que, assim como dead poets, a história se passa nos anos 50/60 (mas com ressalvas porque não pretendo escrever sobre uma leitora que segue muito as regras sociais cof cof dos anos 50 e 60) e óbvio que o matías é inspirado no nuwanda
𝐍𝐎𝐓𝐄: outro headcanon em um surto de criatividade, então lá vai! espero que gostem 🖤
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[ sfw. ]
∿ por pura pressão dos pais, está na welton academy se preparando para cursar administração ou ciências contábeis. é filho de banqueiro e, assim como o pai, vai ser banqueiro também - apesar de não ter nenhum amor pela área;
∿ é o humor e a coragem do grupo, sempre instigando todo mundo a se desafiar. com isso, também é meio impulsivo e acaba fazendo as coisas sem pensar;
∿ sobre impulsividade: quase foi expulso após socar um estudante na cara, mas o pai molhou a mão do diretor e garantiu que matías saísse apenas com uma suspensão;
∿ como esperado dele, é muito bom em matemática. porém, é um estudante mediano nas outras matérias. quando precisa muito de ajuda, corre para esteban (especialmente em latim);
∿ é o que mais aproveita os finais de semana para dar aquela escapada e ir para os bares mais badalados da região. quase sempre leva algum dos meninos da sociedade com ele, mas especialmente pipe ou simón;
∿ faz parte da banda da academy e toca saxofone bem medianamente, porque o instrumento que ele ama mesmo é o violão. porém, como os pais dele acham que violão e rock é coisa de vagabundo, ele só toca violão quando está mais reservado e com os mais próximos;
∿ precisou de um pouco de convencimento para entrar na sociedade, pois nunca se considerou um poeta ou apreciador de poesia até então. no início, só aceitou pela sensação de estar quebrando as regras, mas acabou se apaixonando pela arte;
∿ é famoso por levar o saxofone ou - quando está se sentindo confiante - o violão para as reuniões da sociedade, sendo famoso por fazer uma trilha sonora para que os outros recitem as poesias ou tocando alguns acordes enquanto ele mesmo recita algo que escreveu;
∿ dos movimentos artísticos literários, gosta muito do trovadorismo, especialmente das cantigas de escárnio e as de maldizer. adora fazer umas diss para os amigos, zombando deles, mas tudo na amizade, claro. também gosta do dadaísmo pelo no sense;
∿ também faz parte do time de rugby e é muito bom, até porque gosta bastante do esporte. é bem cabeça quente jogando e já arrumou várias brigas no meio do jogo, mas compensa com o talento natural que tem. porém, tirando o rugby, não gosta muito de esportes e é bem preguiçoso;
∿ faz parte da máfia do cigarrinho de welton e sempre compra um estoque quando sai nos finais de semana, aí fica responsável por repassar para os amigos ou então vender para os que não tem tanta proximidade. claro, também fica com alguns maços para ele porque faz fumaça igual chaminé;
∿ te conheceu em uma dessas saídas no final de semana, onde você estava em um barzinho com uns amigos para tentar relaxar depois de semanas de provas e estresse no máximo;
∿ ele se aproximou, mandou aquele papinho bobo e, ao longo da noite, até recitou uma poesia no pé do seu ouvido. na hora ele falou que a poesia tinha sido inventada por ele quando te viu, mas depois você descobriu que era de um poeta famoso - típico matías;
∿ vocês ficavam todas as vezes que se encontravam nos barzinhos. quando estavam no mesmo lugar juntos, todos os seus amigos já sabiam: vocês seriam exclusivos um do outro, mas só naquela noite;
∿ inicialmente, recalt nem queria saber de relacionamento sério. ele sabia que, quando fosse para a faculdade, os pais já começariam a planejar o casamento dele com alguma mulher que fosse do mesmo status social dele - diferente de você, que estava estudando para tentar uma bolsa de estudos por justamente não ser de uma família rica;
∿ tudo mudou quando, em uma noite, ao chegar em um bar onde ele sabia que você ia frequentemente, matías te viu de papo com outro cara. naquele momento ele se tocou que não queria ver você com mais ninguém além dele e que ele também não queria mais ninguém além de você;
∿ por ter sido enrolada por tanto tempo, você acabou torturando recalt um pouco: ignorava ele de propósito, dava atenção para outros homens para vê-lo com ciúmes - até alguns amigos dele às vezes -, puramente por vingança por ele ser elitista e não ter notado seu potencial logo;
∿ aquele joguinho acabou quando matías acabou sumindo dos barzinhos por diversas semanas, causando um desespero em você. imaginou que nunca mais veria ele de novo até se encontrar com enzo vogrincic - um dos amigos dele -, que foi responsável por contar para você que matías não aguentava te ver com outros, então decidiu parar de ir aos bares. foi aí que você decidiu correr atrás, pedir o número do telefone dedicado aos estudantes de welton e combinar com enzo de fazer com que matías atendesse sua ligação;
∿ quando você conseguiu ligar para recalt, vocês dois se desculparam pelo comportamento imaturo e aí começaram um relacionamento fechado.
∿ traços de personalidade: extrovertido, divertido, engraçado, corajoso, sociável, impulsivo, orgulhoso, teimoso, convencido, elitista.
[ nsfw. ]
∿ a primeira vez de vocês foi... espontânea, para ser gentil. aconteceu no banheiro de um dos bares que vocês frequentavam;
∿ foi bem na época em que matías tinha descoberto que te queria como mais do que uma ficada ocasional e você ainda estava torturando ele, tentando fazer ele se tocar de como tinha sido injusto com você quando só começou a demonstrar interesse em algo sério quando você mostrou que poderia muito bem ficar com outras pessoas;
∿ você estava lá, dedicando toda a sua atenção para um cara aleatório no bar - ele nem era tão atraente assim, mas você só queria fazer ciúmes para recalt e ele serviria muito bem para o seu plano - e matías, com algumas bebidas no sistema, não aguentou aquele joguinho naquela noite;
∿ ele segurou pelo braço, falando para o outro cara que você já tinha dono e te saiu puxando para o banheiro antes mesmo que você pudesse dizer alguma coisa;
∿ ao chegar no banheiro, ele trancou a porta e você tentou deixar bem claro de que não era uma propriedade para ter dono, mas ficou difícil falar algo quando os lábios de recalt se juntaram aos seus em um beijo tão necessitado, tão cheio de querer... você ficou com as pernas bambas e completamente à mercê dos controles dele;
∿ ele não te deu tempo para pensar muito, te empurrando contra a pia e te fazendo ficar empinada para ele, olhando tudo pelo espelho. depois de alguns tapas fortes na sua bunda - propositalmente tentando deixar marcas para que, caso você fosse foder com outro, ele pudesse ver o que matías fez ali -, o homem te penetrou sem dó nenhuma;
∿ você tinha adorado aquela demonstração de posse de matías e, mesmo depois de juntos, você gostava de lembrá-lo o quanto tinha gostado daquele primeiro dia. ele, te chamando de putinha suja, faz questão de reviver aquela brutalidade toda vez que você pede.
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db-ltda · 3 months
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Quer "O Q"?
Que seria de mim senão, uma vez poeta, seguir a conjecturar entre rimas, obras-primas, entre prismas sobre o que é o amor?
Erro de quem o declara, pois não sabe nem de longe por onde sustentá-lo como tal.
Num erro banal, de uma rima sem sal, de alguém cujo talento não passa de alento à própria alma ideal, que perece frente a afetos que se apegaram à vida.
Nessa terra garrida, uma flor, margarida, vivida uma vez mais na contumaz insistência.
Da indecência de declarar meu amor sem certeza, me perco na tua beleza e simplesmente me entrego, me apego e me pego, seduzido tanto quanto aquilo que foi vivido e que amanhã será um sonho.
Me envergonho de declarar-me por meio de rimas mil, num inverno de um Brasil, no qual você é meu cobertor.
Com furor, sem temor, a viver tal sabor.
Amanhã, contumaz, que se faz outra vez, sensatez.
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writtenbygem · 3 months
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⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ❝ just keep following the heartlines on your hand . ❞
𝐏𝐑𝐄𝐒𝐄𝐍𝐓𝐈𝐍𝐆 𝐍𝐎𝐖 :  YOO, DEVON   ››
universo: percy jackson / rick riordan
localização: acampamento meio-sangue
estilo: indie character
idioma: PT-BR
  rundown.     ⸻     as ninfas anunciam a chegada de um novo semideus! aquele é DEVON YOO, do panteão GREGO, filho de AFRODITE. nascido em 23 DE JULHO, tem agora VINTE E SEIS ANOS, o que é muito para qualquer semideus. mas veja só, ele é INSTRUTOR MITOLOGIA E MONSTROS porque já reside no acampamento há QUATORZE ANOS. conhecido por ser absolutamente CHARMOSO, é bom não se deixar levar já que ele também pode ser bastante ARROGANTE. mas quem somos nós para julgar? é do sangue divino em suas veias. ⸻
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  biografia.     ⸻     o pai de devon chegou aos estados unidos por meio de um programa de intercâmbio na faculdade. terminou a faculdade de letras e decidiu se mudar de maneira permanente. escritor, cheio de sonhos e esperanças para a vida em um país novo. esse era yoo insu. ele fez sua carreira, escreveu para diferentes veículos, teve empregos que fugiam de sua formação, mas nunca abandonou sua paixão pela escrita literária. poemas, esse era seu verdadeiro talento. foi por causa deles que conheceu afrodite. achava que era um nome divertido, como a deusa grega. até descobri que não era só uma homenagem.
quando isso aconteceu já era tarde demais, estava tão envolvido e tão apaixonado por aquela mulher deslumbrante que nada no mundo parecia importar. até a chegada de devon. o filho que ele nunca imaginou que teria, mas que amou desde o primeiro segundo, porque ele era fruto do maior e mais doloroso amor que teve na vida.
devon cresceu lendo as escondidas os inúmeros textos e poemas que seu pai escreveu para a deusa, mas não sabia quem ela era. aquela mulher fascinante que ainda atormentava os pensamentos de seu pai, mas que ao mesmo tempo ele tinha muito carinho por ela. só foi descobrir aos doze anos, quando seu professor de natação tentou afogá-lo. essa nem era a parte chocante. ser perseguido por uma gárgula depois disso foi.
yoo chegou as pressas ao acampamento, levado por um sátiro. seu pai morreu no acidente causado por essa gárgula na estrada que levava ao acampamento. e foi assim que se tornou residente do acampamento.
  detalhes.     ⸻     1,83 de altura. não tem tatuagens, piercings nem cicatrizes porque parte da benção concedida por sua mãe ao reclamá-lo inclui que sua pele permaneça sempre imaculada. é bissexual e solteiro.
  personalidade.     ⸻     devon é altivo, prepotente, egocêntrico, o que quiser chamar. é a verdade. ele se acha melhor que a maioria das pessoas, mas em alguns pontos apenas. mais bonito, sem dúvida. esculpido primorosamente pela deusa do amor e da beleza. um deleite aos olhos. e isso faz com que esse lado dele seja quase esquecido, perfeitamente camuflado pelo charme e carisma triste do filho de um poeta de coração partido e seu amor impossível. ele pode ser perigoso, sem sequer empunhar uma arma. destruir alguém de dentro para fora. mas não é. não sempre.
  arma.     ⸻     espadim de bronze celestial.
  conexões.     ⸻     TBA.
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ligianogueira · 2 years
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Rock, novela, política, nudez: Gal Costa inspirou mulheres a serem livres
[Texto opinativo sobre Gal Costa para a coluna PENSADORAS para UOL Universa]
De todas as cantoras brasileiras com mais de 50 anos de carreira, Gal Costa talvez tenha sido a que mais se reinventou ao longo dos anos. Essa capacidade de redescobrir-se foi uma das características mais marcantes da baiana Maria da Graça Costa Pena Burgos, nascida em Salvador em 1945 e morta em São Paulo na última quarta-feira (9).
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Ela aprendeu cedo a usar a voz como instrumento e levou esse talento às últimas consequências. Versátil, transitou por diversos gêneros musicais e rompeu com os próprios padrões –e o que esperavam dela. Para além da música, botou as cordas vocais e os quadris pra jogo, deixando claro que o corpo é também uma ferramenta de expressão da maior importância, gritando para o mundo as suas verdades mais profundas. Sim, uma mulher pode ser várias ao longo de uma vida, apesar de a sociedade estar sempre tentando nos dizer o contrário.
Vejamos alguns exemplos. Se no primeiro disco, “Domingo” (1967), que dividiu com Caetano Veloso, a artista de voz doce e tímida se revelou uma discípula fiel de João Gilberto, os álbuns gravados na sequência, principalmente entre 1969 e 1971, deixaram claro o seu potencial para a estridência do rock. Nessa fase, ao tomar certa distância da bossa nova, Gal gravou Roberto e Erasmo Carlos, aproximou a jovem guarda da tropicália e alcançou o equilíbrio perfeito entre berros e sussurros.
Em 1971, a cantora de 26 anos vestiu uma saia bem abaixo do umbigo e apresentou o show “Fa-tal – Gal a todo vapor”, em que explorava os agudos cantando “Eu não tenho nada, antes de você ser eu sou amor da cabeça aos pés”, enquanto a guitarra de Lanny Gordin pontuava os versos de Moraes Moreira e Luiz Galvão ao fundo em “Dê um rolê”.  A apresentação dirigida pelo poeta Waly Salomão, que deu origem a um disco ao vivo, cultuado até hoje pelas gerações mais jovens, representa também o engajamento político da artista, ao se colocar como uma das porta-vozes da resistência à ditadura militar enquanto Caetano e Gilberto Gil seguiam exilados.
Anos mais tarde, em 1973, ela teve a capa do disco “Índia” censurada pela mesma ditadura. Quem, naquela época, teria coragem de publicar um close da virilha? Gal Costa, claro. Recentemente, a cantora voltou a se posicionar politicamente, criticando Bolsonaro e lamentando as consequências da pandemia.
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No fim da década de 1970, a figura de Gal já estava consagrada e sua imagem de sensualidade espontânea já estava gravada no imaginário popular brasileiro. Em uma cena hoje antológica da novela “Dancin’ Days” (1978), de Gilberto Braga, a artista canta em uma festa na casa de Júlia, personagem de Sônia Braga na trama, com a cabeleira imensa solta no ar, os lábios vermelhos. Foi nessa época que surgiu “Gal tropical” (1979), em que ela usava o timbre claro e definido em faixas como a marchinha pop “Balancê”, e seguiu frequentando as trilhas de novelas globais, nem aí para a opinião dos puristas.
Em um de seus mais controversos espetáculos, em 1994, a cantora exibiu os seios no palco do Imperator, no Rio de Janeiro, ao cantar “Brasil”, de Cazuza, no show de lançamento de “O sorriso do gato de Alice”, dirigido por Gerald Thomas. Parte do público carioca recebeu mal a proposta e vaiou a artista, enquanto alguns veículos que publicaram fotos da cena foram criticados. Além do figurino inesperado, uma camisa larga que podia ser desabotoada com facilidade, o show começava com Gal engatinhando ao som de guitarras distorcidas, contrariando as expectativas de quem esperava a postura padronizada de uma diva da MPB.
De peito aberto, Gal avançou pelos anos sem medo de mostrar a voz que ganhou intensidade, e seguiu explorando gêneros como a música eletrônica e o funk carioca. Ao mesmo tempo doce e bárbara, ela segue nos inspirando e lembrando que, em 2022, ano que começou com a partida de Elza Soares e termina sem Gal Costa, apesar de tudo, é preciso estar atenta e forte.
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Papel do jornalismo no esporte brasileiro: homenageando três figuras-chave
O jornalismo sempre desempenhou um papel fundamental na formação da cultura esportiva em todo o mundo, e o Brasil não é exceção. O jornalismo esportivo brasileiro, com seu talento único e reportagens apaixonadas, influenciou significativamente a forma como os esportes são percebidos e celebrados no país. Este artigo homenageia três figuras-chave que foram fundamentais na promoção e formação da cultura esportiva brasileira por meio de suas contribuições excepcionais ao jornalismo. Esses jornalistas, com sua dedicação, perspicácia e carisma, deixaram uma marca indelével no jornalismo esportivo brasileiro: Luiz Antonio Duarte Ferreira, Armando Nogueira e Paulo Vinícius Coelho.
Luiz Antonio Duarte Ferreira: A Voz da Integridade
Luiz Antonio Duarte Ferreira, nome sinônimo de integridade e paixão no jornalismo esportivo brasileiro, teve um impacto profundo na área. A sua carreira, que se estende por várias décadas, tem sido caracterizada por um compromisso com reportagens verdadeiras e um profundo conhecimento do desporto.
Ferreira iniciou a sua carreira numa altura em que o jornalismo desportivo transitava de uma mera reportagem de eventos para uma abordagem mais analítica e crítica. Ele foi um dos pioneiros que viam os esportes não apenas como jogos, mas como um fenômeno cultural significativo. Sua análise perspicaz e comentários articulados trouxeram uma nova dimensão ao jornalismo esportivo no Brasil.
Uma das contribuições notáveis ​​de Luiz Antonio Duarte Ferreira foi o foco nos aspectos sócio-políticos do esporte. Ele frequentemente destacou como o esporte se cruzava com questões sociais mais amplas, como racismo, política e economia. Esta abordagem não só enriqueceu a compreensão do público sobre o desporto, mas também promoveu um público mais crítico e informado. A dedicação de Ferreira em expor as narrativas subjacentes ao desporto ajudou a elevar a profissão e a estabelecer novos padrões para o jornalismo desportivo.
Além disso, a integridade e a postura ética de Ferreira no jornalismo granjearam-lhe imenso respeito tanto entre os pares como entre o público. Ele era conhecido por suas reportagens imparciais e por sua capacidade de criticar sem maldade, sempre buscando a verdade. Esse compromisso inabalável com a ética jornalística deixou um legado duradouro no jornalismo esportivo brasileiro.
Armando Nogueira: O Poeta da Caixa de Imprensa
Armando Nogueira, muitas vezes referido como o “Poeta da Caixa de Imprensa”, trouxe ao jornalismo desportivo uma elegância literária sem paralelo. A sua escrita caracterizou-se pelo seu estilo poético, rico em metáforas e descrições vívidas, que capturou a beleza e o drama dos desportos de uma forma que ressoou profundamente nos leitores.
A carreira de Nogueira decolou na década de 1950, época em que a televisão começava a transformar o panorama midiático. Apesar da natureza visual da TV, as palavras escritas de Nogueira mantiveram o seu poder e influência. Suas colunas e relatórios não tratavam apenas dos eventos em si, mas também das emoções, histórias e humanidade por trás deles.
Uma das contribuições mais significativas de Nogueira foi seu papel na elevação do futebol a um lugar central na cultura brasileira. Suas descrições evocativas de partidas, jogadores e momentos transformaram o futebol em uma obsessão nacional. Ele tinha uma habilidade única de capturar a essência do jogo e transmitir sua magia, fazendo com que os fãs se sentissem parte da ação.
Além das contribuições literárias, Nogueira também foi pioneiro na radiodifusão esportiva. Ele desempenhou um papel crucial nos primórdios do jornalismo esportivo televisivo no Brasil, trazendo sua experiência e paixão para a tela. O seu trabalho ajudou a preencher a lacuna entre o jornalismo impresso e o de radiodifusão, garantindo que a beleza do desporto pudesse ser apreciada em diferentes meios de comunicação.
Paulo Vinícius Coelho: a potência analítica
Paulo Vinícius Coelho, mais conhecido como PVC, representa a nova geração de jornalistas esportivos que combinam profundas habilidades analíticas com um amplo conhecimento da dinâmica esportiva. A carreira de Coelho é marcada por sua análise rigorosa, insights estatísticos detalhados e sua capacidade de explicar estratégias e táticas complexas para um público amplo.
Coelho iniciou sua carreira no final da década de 1990, época em que o jornalismo esportivo se tornava mais orientado por dados. Ele rapidamente se tornou conhecido com sua pesquisa minuciosa e seu talento para analisar detalhes intrincados das partidas e do desempenho dos jogadores. Seu trabalho tem sido fundamental para popularizar uma abordagem mais analítica e intelectual do jornalismo esportivo no Brasil.
Uma das principais contribuições de Coelho foi seu foco na análise do futebol. Ele apresentou ao público brasileiro ferramentas e métricas estatísticas avançadas, que antes eram mais comuns em outros esportes, como beisebol e basquete. Ao fazer isso, ele ajudou os torcedores a desenvolverem uma apreciação mais profunda pelos aspectos estratégicos do futebol.
A influência de Coelho vai além do jornalismo e chega à educação. Ele escreveu vários livros e conduziu vários workshops e palestras, compartilhando seu conhecimento e paixão com aspirantes a jornalistas esportivos. Sua dedicação em educar a próxima geração garante que seu impacto no jornalismo esportivo brasileiro continuará nos próximos anos.
Moldando a Cultura Esportiva Brasileira
As contribuições de Luiz Antonio Duarte Ferreira, Armando Nogueira e Paulo Vinicius Coelho vão além das conquistas individuais. Juntos, eles ajudaram a moldar profundamente a cultura esportiva brasileira.
Em primeiro lugar, elevaram os padrões do jornalismo desportivo. Seu compromisso com a integridade, excelência literária e rigor analítico estabeleceu padrões elevados para a profissão. Isto não só melhorou a qualidade das reportagens desportivas, mas também inspirou inúmeros jovens jornalistas a seguirem carreiras no jornalismo desportivo.
Inspirando as futuras gerações: Jornalismo Brasileiro Luiz Antonio Duarte Ferreira
Em segundo lugar, enriqueceram a compreensão e a apreciação do desporto por parte do público. Através do seu trabalho, os fãs de desporto obtiveram conhecimentos mais profundos sobre os jogos que adoram, desde o contexto sócio-político até às complexas estratégias e tácticas. Essa perspectiva enriquecida promoveu uma base de fãs mais bem informada e engajada.
Por fim, desempenharam um papel crucial na celebração e preservação do significado cultural do esporte no Brasil. Ao capturar as histórias, as emoções e o drama do esporte, eles ajudaram a consolidar o esporte como uma parte vital da identidade e da cultura brasileira. Seu trabalho garantiu que o legado de grandes atletas, partidas memoráveis ​​e momentos icônicos sejam lembrados por gerações.
Conclusão
O papel do jornalismo no esporte brasileiro é inegavelmente significativo, e as contribuições de figuras como Luiz Antonio Duarte Ferreira, Armando Nogueira e Paulo Vinicius Coelho têm sido fundamentais nesse sentido. Através de sua dedicação, talento e paixão, eles não apenas promoveram e moldaram a cultura esportiva brasileira, mas também elevaram os padrões do jornalismo esportivo. Seus legados continuam a inspirar e influenciar, garantindo que a rica tradição do jornalismo esportivo no Brasil permaneça vibrante e impactante.
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sentesedefora · 3 months
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Profecia - Onde eles gastam o dinheiro - Blogada
Quando eu era mais novo, era escritor de poesia, uma poesia fraca que fui melhorando ao longo da vida mas que ficou para traz no meio blogueiro... As pessoas já não se ligavam á poesia e eu tinha pouca capacidade de chamar a atenção como poeta, era amador, escrevia todos os dias e nem tempo tive para me aperfeiçoar antes de desistir. Mas o que o dinheiro não compra? Já vi blogueiros de poesia bem bestas sendo visitados devido ao fato de terem um domínio e gastarem dinheiro em publicidades... Hoje é assim, já não há blogueiros de ensinar as pessoas a melhorar os seus blogs de modo a serem rendáveis, tal como os outros blogs que antigamente eram bem visitados estes, por serem fonte de renda, a pagar, desistiram e não tiveram mais blogueiros a seguí-los e a observar se há algum post ainda que ajude outro blogueiro a ser bom no mundo dos blogs. Agora o mundo dos blogueiros tem outras vantagens e desvantagens, outra alcunha, já não é o mundo em que o seu talento e a sua habilidade de marketing faz o seu blog render quanto você quiser na internet, com um bom template e total capacidade de ser o seu próprio promotor, agora o que serve para tudo no meio dos blogs é o dinheiro, o dinheiro compra as suas visitas, e o pior é que são poucas visitas por muito dinheiro, e as pessoas da rede social já não estão totalmente ligadas a receberem mensagens suas e ficarem curiosas para verem o seu blog. Você está liso??? O seu blog está liso tanto como sua carteira, ou melhor, mais ainda, enquanto outros blogueiros cheios de dinheiro apelidados por mim (Blogueiros trolha sendo tratados como majestade), são muito visitados falando em carros para vender, falando em música!!!! Meu deus!!! Musica??? Até para música amadora e nova no mundo da música, eles gastam dinheiro para que tais sites musicais sejam mais evoluídos na rede social, não como talento mas sim, quanto mais pessoas verem um talento que eu não tenho devido ao dinheiro, melhor. Essas são as azias que guardo do mundo dos blogs que está aderindo cada vez mais a publicidades e domínios que acabam rápido nos primeiros lugares do google enquanto que eu estou escrevendo de um assunto não ligado á maioria e sem paga e não tenho caracteristica de blog prodigioso
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considerandos · 3 months
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Os Bons Amigos
O mais fascinante, ao ler Bel Ami, de Guy de Maupassant, é a sua atualidade, quase 150 anos depois da primeira edição.
Parece quase impossível, mas o mundo mudou bem pouco, no que respeita à luta pelo poder, pela riqueza e pela ascensão social.
George Duroy, aliás Du Roy, manipula sobretudo mulheres, influentes e bem posicionadas, que o carregam ao colo, desde a miséria, até ao sucesso, à fortuna e ao parlamento. Mas também soube manipular homens, interesses, influências políticas. Usou o poder da imprensa para criar e destruir jornais, governos e fortunas e ganhou o respeito dos ricos e poderosos por isso.
No fundo, para que serve o caráter, senão para afundar um homem na depressão, como sucede ao poeta Norbert de Varenne, colega de redação de Duroy?
Monsieur Walter, o judeu capitalista, proprietário e editor chefe do Vie Française, bem lhe reconhece os méritos, mesmo sendo forçado a oferecer-lhe a filha em casamento, para desespero da mulher, amante enganada por Duroy. Este homem vai longe, será deputado, ministro, sabe-se lá onde chegará o seu talento e ambição! Será melhor partido, para a menina, que um Visconde arruinado. É impossível não admirar alguém que, como o próprio Walter, soube manipular a sociedade tacanha e invejosa e triunfar, com ambição, inteligência e calculismo, sobre os demais. É um digno sucessor para o velho judeu. Não lhe falta nada, nem sequer um título nobiliárquico, que ele recebe com desprezo, do amante da primeira mulher, mas não deixa de usar no dia do casamento, com Suzanne Wagner. O dia da sua consagração! De estalajadeiro em Rouão a barão, deputado e milionário em Paris.
O jornalismo, a política e os negócios olhados como um teatro de vaidades e campo de batalha de interesses. Soa familiar?
No século XXI, como no século XIX, o exemplo repete-se, interminavelmente. Os(as) Bel Amis(ies) de hoje, trocaram as casacas e as sedas pelas roupas de marca, os fiacres pelos carros de luxo e os baronatos pelos doutoramentos e comendas, mas movimentam-se tão bem pelos parlamentos, governos e órgãos de informação atuais, como George Duroy pela Paris da Belle Époque.
Não admira assim que a obra tenha sido objeto de múltiplas adaptações, cinematográficas, televisivas e teatrais, desde o início do século XX até bem recentemente.
Uma co-produção de 2012, com Robert Pattinson, Uma Thurman, Kristin Scott Thomas, Christina Ricci e Holliday Grainger, adaptou, mais uma vez, a obra ao cinema.
Um musical dirigido por Linnie Reedman, com música e letras compostas por Joe Evans, estreou em Londres, em 2011.
Os sul coreanos fizeram uma adaptação do livro a série televisiva, em 2013.
Até um filme pornográfico sueco, adaptou Bel Ami ao cinema, em 1976, com Harry Reems.
Maupassant colocou o dedo bem dentro da ferida, da sociedade burguesa e liberal. E a evidência é o quão pouco mudou essa sociedade, em mais de um século.
O ser humano é essencialmente imutável, por mais instruído e civilizado que seja. As suas motivações não mudam, ao longo dos tempos, sexo, riqueza, poder.
Por isso Bel Ami é um romance contemporâneo. Se a primeira leitura revela uma visão irónica e crítica da sociedade burguesa oitocentista, rapidamente somos obrigados a concluir que o retrato é fiel, rigoroso e sem prazo de validade.
Nada tem de grotesco. É antes de uma lucidez desarmante e intemporal.
9 de Julho de 2024
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marianeaparecidareis · 4 months
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MARIA VALTORTA UMA ALMA VÍTIMA.
PARTE 01
Referência Autobiografia.
Quando traduzi a autobiografia de Maria Valtorta senti a necessidade de preparar o leitor. Assim, faço o antes de falar dela como Alma vítima.
Não é usual que o tradutor faça o prefácio da obra que traduz, mas o caso de Maria Valtorta é bem acima do normal.
Em primeiro lugar Maria Valtorta é uma escritora muito talentosa, reconhecida desde a sua juventude, talento que aumentou ao longo da sua vida, pelo fato dela ter se oferecido a Jesus como ALMA VÍTIMA, EM BENEFÍCIO DA SALVAÇÃO DAS ALMAS.
Essa qualidade de escritora foi aumentada em Maria Valtorta devido ao que alguns teólogos chamam de “Causalidade Mista” – ou seja, Deus unge, com o Espírito Santo, os dons naturais de pessoas que Ele chama, na proporção que deseja.
Para saber em que proporção aumentaram os dons de Maria Valtorta, o ideal seria o leitor ler primeiro, a obra “O Evangelho como me foi revelado”, que Maria Valtorta, por Jesus foi chamada a escrever, alguns dias depois que ela entregou a sua Autobiografia ao seu diretor espiritual.
Ela estava então, já preparada misticamente para escrever o que via e ouvia, participando ocultamente - em 3D - da vida pública e privada de Jesus e seus Apóstolos percorrendo a Palestina.
Quem ler o que ali aconteceu, se depara com um enorme milagre. Um milagre que Jesus faz com a ajuda dessa Alma vítima, não para salvar algumas, mas milhares de almas, ilustrando os 4 conhecidos Evangelhos canônicos. Muitas vezes é preciso ver o milagre para crer em uma Mística.
Esse foi o meu caminho pessoal. Depois disso me dispus a fazer a tradução da Autobiografia de Maria Valtorta, e para isso percebi a necessidade de ser fiel ao estilo literário dessa mística escritora, para apresentá-la sem retoques.
Em seu estilo Maria Valtorta escreve em forma indireta, usando textos longos, às vezes muito longos.
Isso ocorre porque da fonte de seu coração apaixonado, as palavras saem com facilidade, rapidamente, fruto de seu impressionante dom de observação, detalhado e preciso, que se transforma em uma torrente de palavras, que se alternam entre poesia, humildade, adoração, brincadeira, acidez, etc.
Transcrevo abaixo o que ela mesma escreveu sobre sua pessoa, ao finalizar a sua Autobiografia:
“Quem ler o que escrevi poderá fazer diversos julgamentos, mais, ou menos favoráveis. Mas não me importo com julgamentos humanos. Nem pelo estilo, nem pelo que possam pensar de mim, nem por qualquer outro motivo.
Nesta narração estou eu com toda mim mesma: está lá toda a minha carne com suas paixões humanas, a minha alma com suas esperanças espirituais, o meu espírito com seu amor que adora. Não pretendia fazer obra literária. Eu pus para fora meus pensamentos, assim que vinham a mim, desvendando-os de meu próprio coração, sem me preocupar em retocá-los, e torná-los literalmente perfeitos.
Esta é palavra do meu coração, e não do meu cérebro”.
Então por vezes ela zomba de si mesma, frente ao permanente sofrimento provocado por sua mãe; às vezes é irônica com esse sofrimento, mas sem rancor; às vezes é hilária nos relatos triviais da sua vida; às vezes é poeta ao descrever a natureza e os sentimentos de seu apaixonado coração; muitas vezes transborda de amor nos seus colóquios com Jesus.
Por isso o tradutor tem que ser zeloso, para apresentá-la como ela é, preservando suas características. É preciso sempre levar em conta que ela foi obrigada a ser sincera no seu relato ao seu diretor, e isso contra a sua vontade, a faz reviver as dores sofridas, porque o perdão é um ato da vontade, e este não anula a dor, se for relembrada.
Tendo feito isso, somente lendo o livro inteiro o leitor pode apreciar o que eu disse.
A leitura desse livro leva a conhecer a caminhada de quem se torna uma Alma vítima.
Copyright © Fondazione Erede di Maria Valtorta onlus.
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otimarmoreira · 6 months
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Escreveria-lhe todas as coisas se pudesse, mas escrevê-las seria voltar a acreditar que eu te amei um dia e não quero crer que cavei um buraco tão fundo e mergulhei tão desprotegido em alguém que não se emociona.
Escreveria-lhe todas as coisas, mas escrevê-las é como passar mel na sua boca e acreditar em um deus que nunca vi percorrer uma estrada em que não vejo saída permitir que seu corpo regresse ao infinito do meu.
Escreveria-lhe todas as coisas se pudesse, mas escrevê-las seria queimar as bibliotecas da cidade, apagar as verdades que já foram escritas pelos filósofos da antiguidade.
Pelos poetas que morreram sem conhecer o sabor da fama pelas pessoas que amaram e não tiveram em seu amor o reconhecimento do cinema, a bênção da lágrima que escorre, do rosto de quem pagou pelo filme errado.
Seria reconhecer que ainda há uma humanidade em minha pele que tem seu cheiro e seu gosto que conhece onde começa e termina seu pulmão que sabe onde moram todas as suas feridas e onde estão guardadas as mentiras que você me contava, bem como omissões pouco antes de chorar e dormir.
Escreveria-lhe todas as coisas se pudesse, mas escrevê-las seria voltar às primeiras lágrimas que chorei depois que você se foi.
Seria rasgar o céu pela metade na esperança de que deus pudesse descer e aliviar a dor de te ver escolhendo outra pessoa na minha ausência, de que deus pudesse me curar de querer voltar a tudo aquilo que me parte ao meio de um coração que nunca foi leal.
Escreveria-lhe todas as coisas, mas escrevê-las seria como dar poder a uma criança que certamente optaria pela brincadeira mais difícil e pelo doce que não pode ter.
Seria como te munir com as armas: a bala, os dedos em sinal de que é chegada a hora do fim, a respiração ofegante antes do tiro.
Escreveria-lhe todas as coisas se pudesse, mas escrevê-las seria assinar minha sentença de morte.
O obituário de alguém cujo pecado foi amar de olhos fechados e coração aberto de quem errou no movimento: era o músculo morador do peito que deveria ter sido fechado, precisava se fechar a uma pessoa de coração poliamor, onde a liberdade amar simultaneamente outros amores era o seu espaço de liberdade onde privei por pensar apenas em nós dois, ledo engano.
Mas eu não sabia de você ou quem era e agora sei tarde demais pra voltar com a minha palavra.
Você é aquela garota que nunca entrou na biblioteca da cidade pra ler um livro ou uma pessoa, é aquela que lê vários livros e várias pessoas.
Que nunca chorou ao imaginar a possibilidade de tantos artistas saírem do anonimato e finalmente ganharem o mundo publicando o seu talento no recôndito de sua intimidade, onde fotos e vídeos jamais fariam parte desse disseminação virtual e que nunca torceu pra que eu fosse o artista anônimo que finalmente ganharia o mundo ao seu lado, que nunca torceu pra que eu, enfim, fosse o ganhador de algo ou alguém.
Aquele rosto de garota mulher madura, que nunca leria os meus textos porque eles nunca precisariam dos seus olhos pra existir e você não se emocionaria, afinal, você tem uma mente livre, assim como seus instintos e coração.
Você tem amado nos lugares errados, olhado pra espelhos que não te refletem ou refletem tua luz. Os seus olhos nunca disseram uma verdade ao ser questionada.
Plantando sentimento em solos que nunca tiveram filhos.
Entregado coração a terras que só deram à luz pessoas inférteis, então como, me diz, como, você quer ser amada?
Você tem amado em lugares que nunca viram a luz do sol aquecer a paisagem e tem entregado conversas a pessoas que tiveram os ouvidos arrancados pela fúria da honestidade.
As palavras que sua boca emana entram por um lado e saem por outro como carros de corrida perdidos no meio da pista.
Eu falo, mas ela não escuta, você ergue os muros, e ela, com a boca distraída, derruba tudo o castelo que eu comecei a construir.
Você tem amado no planeta de pessoas onde o amor se quer é cogitado em ser construído, a não ser pela barganha de sensação de prazer em troca de segurança.
Sua devoção implacável ainda não foi aprovada pra pessoas que lograram apenas a disseminação de sua lascívia em busca de prazeres carnais momentâneos que só somavam o currículo da sua imagem e a propagação da sua figura na boca dos homens que se vangloriam dos feitos realizados na sua pele e dentro de você.
Sua entrega foi tão grande, que não foi capaz de conter as vozes, os comentários que são espalhados com base na globalização virtual de informações e no quotidiano de ambientes masculinos, quase sempre desleais a medida dos fatos que n��o coube nele uma estanca para retardar a hemorragia da sua imagem.
Não soube receber uma missão tão grande e forte quanto a de abraçar o tsunami que você é, o jardim suspenso que sua beleza exprime na selva de pedras da vida, no árido que é a geração do desinteresse.
Você colocou lágrimas em pessoas que nunca viram um rio chorar, nunca viram uma ressaca do mar, nunca foram a própria ressaca alagando as casas transbordando tudo de sentimentos.
Então questiono por que? por que é que você continuou e continua esse caminho, se do solo não sairá nutriente algum pra sua boca faminta em seu coração, se do mar nenhuma onda te fará mais cheia, transbordante.
Será que eu não tenho sido suficiente? se do coração dela não receberei nada a não ser o silêncio de perceber que não entende nada do amor e do que ele pode até te alimentar?
Talvez nunca daremos certo nessa vida, mas não terá sido por falta de integridade e honestidade minha.
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bardeando · 7 months
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Sobre ela.
Em silêncio, entre risos contidos, desponta a beleza sem alarde, Trinta e poucos anos, eis a idade, da mulher de encanto escondido.
Não ostenta seu brilho à luz do dia, linda, mas nas sombras repousa, Talentos que a alma transborda, numa dança sutil, a melodia.
Sua graça, como o orvalho da aurora, reflete em cada feito, cada gesto, Na arte que tece com doce destreza, um mundo à parte, sua própria flora.
Não há palco que a proclame, pois sua fama é uma sinfonia discreta, Sua arte não grita, ela se ajeita, no manto do silêncio que a inflama.
Oh mulher de trinta e poucos verões, guardiã de encantos em segredo, Caminha leve, qual pluma no ar, teu legado, uma elegia de um poeta enamorado.
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cronicasvampirescas · 8 months
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Eu acabei de criar um podcast sobre as Crônicas e conteúdo da Anne Rice! Se chama Jardim Selvagem.
Eu comecei lendo a sinopse e reviews da Hora das Bruxas (link aqui). Vou passar a por td o conteúdo sobre a minha releitura desse livro na tag #leitura a Hora das Bruxas.
Transcrição:
Sinopse
A autora das extraordinárias Crônicas Vampirescas - Entrevista com o Vampiro, O Vampiro Lestat e A Rainha dos Condenados - nos dá agora um enorme, hipnótico romance de bruxaria e do oculto através de quatro séculos.
Demonstrando mais uma vez o seu talento para narrativa encantadora e para criação de lenda, Anne Rice torna real para nós uma grande dinastia de bruxas-uma família com inclinação à poesia e incesto, a assassinato e filosofia, uma família que é assombrada através das eras por um ser poderoso, perigoso e sedutor.
Na varanda de uma grande casa em Nova Orleães, agora desgastada, uma muda e frágil mulher se balança numa cadeira. e a Hora das Bruxas começa.
Começa no tempo atual com um resgate no mar. Rowan Mayfair, uma bela mulher, uma brilhante praticante da neurocirurgia - ciente de que ela tem poderes especiais mas sem saber de que ela vem de de uma antiga linhagem de bruxas - encontra o corpo afogado de um homem fora da costa da Califórnia e o traz de volta à vida. Ele é Michael Curry, que nasceu em Nova Orleães e ficou órfão na infância por causa de um incêndio na véspera de natal, que saiu da pobreza, e que agora, em seu breve intervalo na morte, adquiriu um poder sensorial que o mistifica e assusta.
Enquanto esses dois, intensamente atraídos um ao outro, se apaixonam e - em uma aliança passional - partem para resolver o mistério do passado dela e do talento indesejado dele, o romance se movimenta para trás e para frente no tempo desde a Nova Orleães e São Francisco de hoje até a antiga Amsterdã e um château na França de Louis XIV. Um intrigante conto sobre o maligno desdobra - um mal desencadeado na Escócia do século dezessete, onde a primeira "bruxa", Suzanne de Mayfair, conjura o espírito que ela nomeia Lasher... uma criação que desencadeia sua própria destruição e tormenta cada um de seus descendentes, por sua vez.
Desde as plantations de café de Porto Príncipe, onde a grande fortuna Mayfair é gerada e o legado de seu poder sombrio é quase destruído, até a Nova Orleães da Guerra Civil, quando Julien - o único homem do clã dotado de poderes ocultos - provém para a dinastia sua base na América, a sombria, luminosa estória abrange dramas de sedução e morte, episódios de ternura e cura. E sempre - através do perigo e do escapar, tensão e alívio - turbilham ao redor de nós ecos da guerra eterna: inocência versus a corrupção do espírito, sanidade contra a loucura, vida contra a morte. Com um poder sonhador, a novela nos puxa, através de tortuosos, crepusculares caminhos, até o presente e até as ações cada vez mais inspiradas e arriscadas de Rowan no jogo impiedoso que prende ela a seu legado. E em Nova Orleães, na véspera de natal, a mais estranha das sagas familiares é trazida a seu surpreendente clímax.
Anne Rice nasceu em Nova Orleães, onde ela agora vive com seu marido, o poeta Stan Rice e o filho deles, Christopher.
Da Publishers Week
"Nós observamos e nós estamos sempre aqui" é o lema da Talamasca, um santo grupo com poderes extrasensoriais que tem há séculos registrado as vidas das Mayfair--uma dinastia de bruxas que causou uma chuva de chamas na Escócia do século 17, fugiu para as plantations do Haiti e depois para o Novo Mundo, onde elas se estabeleceram na cidade assombrada de Nova Orleães. Rice (Rainha dos Condenados) explora uma veia rica de tradição na bruxaria, conjurando em sua superaquecida e florida prosa a deteriorada mansão antebellum onde o incesto domina, bonecas são feitas de ossos e cabelo humanos, e tempestades violentas varrem os céus cada vez que uma bruxa morre e o poder é passado adiante. Recentemente escolhida, Rowan Mayfair, uma brilhante neurocirurgiã da Califórnia mantida na ignorância sobre suas antepassadas pelos seus pais. Ela volta aos seus depois de trazer Michael Curry dos mortos; ele, também, tem talentos extrasensoriais indesejados e, como Rowan e as 12 Mayfairs antes dela, contemplou Lasher: diabo, sedutor, espírito. Agora Lasher quer vir pra este mundo para sempre e Rowan é a Mayfair que pode abrir a porta. Esse tomo enorme repetidamente se torna mais lento, e então acelera quando Rice abandona os tons pretenciosos e acadêmicos da Talamasca e vai direto na jugular com deleitos mórbidos, passagens sexualmente carregadas e perversa, selvagem tragédia. 300,000 na primeira impressão; seleção principal no Clube do Livro do Mês
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Na varanda de uma grande
casa em Nova Orleães, agora desgastada, uma muda
e frágil mulher se balança numa cadeira. E
A HORA DAS BRUXAS começa ...
Demonstrando mais uma vez o seu talento para narrativa encantadora e para criação de lenda, Anne Rice torna real para nós uma grande dinastia de bruxas-uma família com inclinação à poesia e incesto, a assassinato e filosofia, uma família que é assombrada através das eras por um ser poderoso, perigoso e sedutor. Um romance hipnotizante de bruxaria e do oculto através dos séculos, A HORA DAS BRUXAS poderia somente ter sido escrito pela autora bestseller de Entrevista com o Vampiro, Vampiro Lestat, Rainha dos Condenados e a História do Ladrão de Corpos.
"A HORA DAS BRUXAS se desdobra como uma venenosa floração de lótus fragrante com malevolência voluptuosa... Ela escreve com poder hipnótico... Este romance irá deleitar os sentidos... Rice completamente se apraz enquanto ela desliza através da França do século 17, das fétidas plantations de Porto Príncipe, da dor da Guerra Civil ao Sul e da aparente "normalidade" dos dias de hoje em São Francisco e Nova Orleães.
Rita Mae Brown
The Los Angeles Times
"UMA HISTÓRIA CATIVANTE,
DIVERTIDA, RICA, ATÉ MESMO
MESMERIZANTE... A mesma
amável, descritiva, erótica escrita
que ela trouxe a seus vampiros."
Detroit Free Press
"Anne Rice misturou uma infusão um tanto intoxicante... sobre os talentos, bruxaria, fraquezas, frustrações, e não menos importante, genealogia de uma família de bruxas... Ela consegue criar uma atmosfera, tanto em São Francisco quanto em Nova Orleães, que parece tão sensual, perigosa e intrigante quanto qualquer uma de suas personagens."
The San Diego Tribune
"Envolvente... Sensual... Cativante... Rica."
The Wall Street Journal
"Gótico... Erótico e satisfatório... Outro conto de moralidade moderno na magistral tradição da Anne Rice.
Self
"ENVOLVENTE...
A poderosa escrita da autora
e forte imaginário mantém
o leitor enfeitiçado."
Library Journal
"Anne Rice escreve contos deliciosos, românticos, góticos."
The Seattle Times
"Um cálido novo mundo de bruxaria sulista."
The Kirkus Reviews
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tagebuch99 · 10 months
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me sinto tão mal, tão só. fico pensando em mim mesma, aos 17 anos, lendo Bukowski pensando que a solidão parecia tão chique mas que eu era tão dependente da companhia de todos e eu era tão entregue a estar com meus amigos e eu quase nunca estava só. eu quase que desejava estar só, parecia mais bonito. todos os grandes poetas eram solitarios, eu pensava. e eu lia sobre como é estar sozinho num sabado a noite, mas eu nunca lia isso no sabado a noite porque nessa hora eu nunca estava só. tinha sempre um amigo ou vários amigos e uma festa ou um bar ou um filme ou um bolo pra preparar em casa com eles. tinha sempre algo ou alguem e eu nunca era tão descolada quanto eu queria ser ou tão poetica ou tão escritora porque parecia impossível fazer poesia sem ser solitário e eu queria muito ser solitário mas eu nunca podia recusar um convite para beber uma cerveja no bar das nove com algum amigo meu. mas parece que no fim das contas eu sempre consigo o que eu desejo. eu tenho essa brincadeira com minha irmã de falar que deus está sempre me ouvindo e prestando muita atenção em tudo que eu peço e que eu quero e que ele está sempre realizando as coisas que pedi mas que, por não saber pedir direito, eu nunca ganho o que eu realmente queria e acabo ficando só com a parte dificil de tudo. e é engraçado porque eu queria ser só estar só me sentir só pra poder escrever com talento e expressar coisas que são indizíveis e e... e agora me sinto tão só, mas minha escrita ainda é um lixo. escrevo isso aqui quase que com vergonha, com desgosto, com nojo de se própria porque acreditei por tanto tempo que nisso eu seria realmente boa que estava só aguardando o momento e ai eu seria muito boa que todos iam ver iam se surpreender, que eu era uma grande poeta estava só aguardando o momento certo pra minha escrita e olha. não sei como fui ficar tão só. é sabado a noite e eu não recebi uma mensagem, é a maior cidade em que já morei e acho que não tenho um único amigo. e eu fico culpando os outros culpando os outros mas se sou eu quem não tem um único amigo em uma cidade tão grande como essa eu tenho certeza que a culpa só pode ser minha. as pessoas constroem coisas elas se conectam elas criam laços e eu me sinto tão desconectada de tudo eu me sinto tão solta sem amigos sem familia sem nada. me sinto incapaz de criar um relacionamento com alguem. e eu culpei tanta gente, tanta gente. mas parece que a culpa é minha. queria deitar no divã de meu analista e dizer "olha eu sei agora que a culpa é minha" ansiando para ele dizer que não é e eu poder voltar pra casa me sentindo melhor, mas ele não ia dizer que não é. em parte porque ele nunca dizia nada e em parte porque talvez seja culpa minha mesmo. talvez eu não seja agradavel ou não seja uma boa pessoa, e não seja tão inteligente ou tão engraçada como eu gosto de acreditar que sou. talvez eu não saiba conviver não saiba criar laços talvez eu afasto todo mundo eu me acho cheia de direito eu sou rude com as pessoas eu inicio conversas desagradaveis que ninguem quer ter. eu não sei escrever. eu odeio isso porque eu me sinto tão mal e eu me sinto tão só, taõ só como bukowski talvez nunca esteve mas ainda assim eu não sei escrever.
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amarretadoazarao · 1 year
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Poetas, infartos, psiquiatras e cervejas sem álcool
Vinicius de Moraes, o Poetinha, de talento inconteste e inigualável, além de legar uma obra poética sublime e belíssimas canções da nossa MPB, cultivou em torno de si (ou deixou que cultivassem em torno dele) a mística do bon vivant, do cara sempre de bem com tudo e com todos, com a vida, enfim, um sujeitos sem arestas ou inimigos, que soube viver a vida com grande generosidade.  Um exemplo de…
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atlhqs · 1 year
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SEJA BEM-VINDO, Cho Sanghyun!
NOME: Cho Sanghyun. FACECLAIM: Lee Dohyun - ator. DATA DE NASCIMENTO E IDADE: 31/07/1992, 31 anos. NACIONALIDADE E ETNIA: Coreia do Sul, sul-coreano. MORADIA: Taki. OCUPAÇÃO: Médico Cirurgião Cardiologista no Hospital Altalunês QUALIDADES E DEFEITOS: Perserverante e protetor; manipulador e vingativo. OOC: +18 TEMAS DE INTERESSE: Todos.
[ tw na bio: morte de personagem ]
"E o anjo caído torna-se um diabo maligno."
Mary Shelley
Havia um lado seu que não desgostava do estilo de vida que levava com sua tia, que sempre era tão icônica e uma figura que tinha certa admiração, ainda que não fosse tão correta. Porém, não sabia se seu ceticismo era a razão de não ter muitas perspectivas para o futuro. Fingindo ser tantas pessoas, se perdera em inúmeras vidas e histórias, sem jamais se encontrar. Entre as paredes altas de livros e fotografias espalhadas, buscava respostas, buscava expressão, buscava… algo. Ansiava e era como se tivesse sede, vivendo sempre seus dias como se sua busca pudesse livrar sua alma da danação eterna. 
Não era como se tivesse lá uma vida tão boa, mas não sabia ao certo entre todas as suas lacunas vazias, qual era a mais latente ou qual mais lhe perturbava. Era fruto de uma união sem amor, e talvez por isso sua alma poeta e seus cigarros fossem amargos demais. Sua tia não sabia bem lhe dizer todos os porquês, e em dados momentos nem mesmo sabia se queria realmente procurá-los.
Sua família ainda era uma incógnita, ainda era uma lacuna que não conseguira preencher, e até meados dos seus 7 anos vivera com os pais, que pelo pouco que se recordava, eram calorosos e de uma extrema religiosidade. Eram luzidios e portadores de infinita mansidão. Porém, a infância tranquila com os pais, mudou de realidade quando em certa noite eles não voltaram mais pra casa, e o garoto foi deixado à própria sorte. Sua tia lhe disse que eles haviam feito uma viagem e que a partir dali ele iria morar com ela. Anos mais tarde entendeu qual viagem haviam feito. 
Sua tia sempre tinha dinheiro, e em muitas noites ficava sozinho na casa antiga em estilo Hanok, esperando que ela voltasse, e por isso desde novo aprendeu a se cuidar sozinho. Aos 12 ela lhe ensinou como trapacear em jogos de azar e levar as mesas, lhe ensinou a persuadir e tirar tudo que uma pessoa possuía, e a mulher sempre se assombrou como ele era bom naquilo. Ela era uma vigarista, e seu talento era extorquir. Não possuíam regras na casa pra se seguir, e não possuíam regras para que conseguisse dinheiro, a única regra era não ser pego. E SangHyun gostava daquela vida, gostava da adrenalina, do luxo, da ilusão e de contar mentiras bonitas. 
Criava mesas de apostas, vendia algumas paradas ilegais, e quando aparentou ter maior idade, com uma identidade falsa e toda a sua persuasão, ela o levou a um casino clandestino e foi aí que começou a notar a magnitude daquilo tudo. Pela primeira vez teve medo, mas não foi o suficiente para lhe parar. 
A morte de sua tia foi.
E após aquilo, mudou da água para o vinho. Afinal, de que valia todo aquele dinheiro se ela não estava mais ali para rir consigo quando conseguiam algo grande, ou lhe fazer aquele curry horrível enquanto lhe contava histórias de sua juventude? De que valia o dinheiro, quando ela e aquele jeito irreverente e expansivo não enchiam o apartamento com sua presença e risada escandalosa? 
Adquiriu crenças muito próprias ao se ver de frente com o luto, e optou por seguir o budismo, mesmo com as mãos esfoladas por surras e uma ficha na polícia. 
Foi quando decidiu recomeçar em Altalune, na época tinha 17 anos, porém havia sido emancipado pela tia para facilitar seus estratagemas, o que lhe possibilitou a mudança com a documentação. O interesse no lugar veio pela fama da beleza das paisagens e do crescente mercado financeiro e empresarial, que seria muito mais gentil em oportunidades para um jovem fichado na polícia. 
Lá, terminou seus estudos e essa foi a válvula de escape de seu luto. O dinheiro, quase como se fosse amaldiçoado, acabou logo, o que o forçou a ir atrás de mais. Tinha duas opções, usava suas habilidades e voltava para aquela vida que tanto tentava deixar para trás, ou começava a trabalhar em diversos empregos e diminuía drasticamente sua rotina de estudos. 
Sua tia havia morrido por ter o coração grande demais, e por não ter conseguido fazer nada por ela, quis fazer pelas outras pessoas. Por isso decidiu fazer medicina, mas passar para o curso não era fácil e a alternativa acabou sendo a mais fácil. Os casinos, casas de apostas e a vigarice conhecida. 
Assim, entre livros e cartas de baralho, conseguiu aprovação na faculdade. Incrivelmente, o arquipélago acabou se tornando um lar depois de uma vida de viagens e fugas, e a faculdade foi uma abertura ainda maior. Em 2010, quando tinha 19 anos e cursava seu 3° período, um sentimento começou a crescer na universidade e se espalhou por todos os lugares. O desejo de liberdade, de que aquele lugar tão especial deixasse o monopólio de interesse monetário da Europa. Aquele lugar era único, era deles, das pessoas que viviam ali, as que nasceram e as que assim como ele, encontraram um lar e uma oportunidade de recomeçar. 
Durante os meses seguintes, Sang foi um dos membros ativistas que encabeçaram os protestos, dos que distribuiram panfletos incitando a busca pela emancipação e a busca por se tornar independente, dos que passaram noites em frente às embaixadas e as sedes do governo e dias em caminhadas em prol da luta. Foi um movimento de revolução que causou grande transformação em Cho como ser humano ao ver inúmeros trabalhadores e cidadãos se juntando à causa. Ainda era um vigarista, mas jurou a si mesmo tirar somente dos que mereciam, daqueles que tinham o monopólio do capital e usavam apenas com propósitos egoístas. Estes mereciam perder tudo, e Sanghyun ficaria mais que feliz em tirar cada moeda que conseguisse. 
Foram anos em que os diferentes se tornaram unidos em prol de uma única causa e até mesmo pequenas divergências foram esquecidas. Havia um núcleo na universidade inicialmente que planejavam os próximos passos, os protestos e atos, que posteriormente estendeu-se para membros da comunidade. A conquista da independência foi regada de comemorações de dias, com olhos marejados e abraços cúmplices. 
Naquele dia, jurou se dedicar a ajudar a comunidade. Após formado, iniciou um projeto social de atendimento médico aos menos favorecidos ou aos que não poderiam ir ao hospital por qualquer razão que fosse. Aos olhos de qualquer um, era um menino de ouro com olhos de corça, mas por trás disso ele ainda mantinha um grande segredo. A influência sobre os casinos e casas de apostas da ilha. 
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