#pode ser que este ano corra melhor !!
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Se eu soubesse
Permiti apaixonar-me de novo... E sabes o que estou a fazer agora? A reerguer as muralhas que deitaste a baixo, com as tuas palavras, com o teu carinho com o "tu és especial"... Permiti voltar a apaixonar-me e no entanto só me destruí. Agora sei que tudo o que dizias, que tudo o que me fazias sentir era mentira e que era apenas uma maneira de esqueceres alguém que te magoou... Mas ao fazeres isso destruíste-me, conseguiste entrar dentro de mim, conseguiste que eu quebrasse as minhas muralhas que tanto me custaram a construir para as destruir de uma maneira rude e cruel... As chamadas vão deixar de ser atendidas, as mensagens vão deixar de ser respondidas e a reciprocidade vai começar a acontecer... Pois percebi que não posso ficar num lugar onde não cabo, onde não me encaixo e onde não faço falta ou qualquer diferença... Dói como tudo... Como dói... Mas vai passar, pois tudo na vida passa um dia. Pode não ser hoje, pode não ser amanhã ou daqui a um mês, mas vai passar... E durante esse tempo irei reconstruir aquilo que quebraste com tanta facilidade, com tanto cuidado e delicadeza, pois o que me dizias era "não te quero magoar"... No entanto, olha para mim agora, os olhos cheios de lágrimas que teimam em continuar a cair, as mãos estão tremulas... E o sentimento que eu queria que desaparecesse simplesmente permanece, e teima em querer ficar... Mas não posso deixar isso acontecer... Não posso deixar que isto volte a acontecer, porque dói e corrói e destrói... Não posso mentir e dizer que foi tudo horrível, pois estaria a mentir, mesmo que tenha sido tudo uma mentira, conseguiste dar-me o que em anos nunca ninguém deu. Fizeste sentir-me especial, fizeste com que me sentisse acolhida e entendida pela primeira vez... Contigo não tinha medo de nada, deste-me coragem e força para enfrentar os meus demónios, fizeste-me voltar a sentir uma menina pequenina apaixonada que sente borboletas na barriga apenas com um sorriso... No entanto agora elas estão a morrer uma a uma... Mas penso que isso seja a lei da vida não é? Tu nasces, vives e morres. E as borboletas estão a morrer... Mas com a morte delas vem a dor, vem o luto, vem o pensamento daquilo que poderia ter sido mas não foi, o pensamento de "e se tivesse dado certo?", agora vêm mil e um pensamentos de tudo... Agora vem a realidade do que foi e que eu apenas pensei que era... Se pensei que contigo seria diferente? Claro que sim, pois tudo dava para entender isso, mas afinal não deu... Talvez o problema não sejas tu e sim eu, por ser intensa demais, por querer demais, por ser apenas demais... Talvez seja isso... Mas vai deixar de ser, pois hoje desisto... Desisto de tentar caber num sitio onde não cabo, onde não há espaço para mim... A partir de hoje começa mais uma luta, talvez uma das mais difíceis visto não estar na minha melhor fase mental... Olhando agora para trás, pensei que serias o primeiro da fila a querer ficar do meu lado, depois do meu diagnóstico... Mas apenas desapareceste e aparecias quando não havia mais ninguém... Pensei genuinamente que irias ficar como prometemos um ao outro... Talvez tu até fiques, mas eu vou... Vou porque não te pertenço, nunca te pertenci apesar de te ter sido sempre fiel, ter sido sempre uma confidente, pois vi-te no teu melhor e no teu pior e mesmo assim não te larguei por um segundo... Mas preciso de me curar, preciso de renascer novamente... Não sei se estou a ser injusta, mas neste momento é o que me faz mais sentido... Só quero que sejas feliz e que consigas conquistar este mundo e o outro... Posso não estar a teu lado, mas deste meu lado irei ficar a torcer por ti, para que tudo corra bem... E os teus segredos? Ficarão guardados comigo até ao meu último suspiro... Ai se eu soubesse... Se eu soubesse que aqueles seriam os nossos primeiros e últimos abraços, que aquele seria o nosso primeiro e último beijo, acho que teria ficado ali para sempre... Porque naquele dia fui feliz... Agora não passam apenas de memórias, a partir de agora seremos dois estranhos mas com lembranças... Se eu soubesse...
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Oi, eu sou a Isa! Tenho 27 anos e moro em Osasco.
Atuo na área de tecnologia desde 2021 e criei este blog para compartilhar com vocês os meus conhecimentos tanto técnicos, quanto os de Soft Skill e Scrum — e talvez alguns extras, se eu estiver empolgada rs
Toda dúvida é valida e importante, então não tenha medo de me mandar mensagem lá no instagram, respondo todos!
@barbiedev_
Sobre a minha trajetória profissional: sempre fui apaixonada por estudar, e acabei tendendo para a área de criação — conteúdo, design, etc. Fiz alguns semestres de Publicidade e Propaganda e só percebi que não era pra mim (é um curso ótimo, viu? Só realmente senti que não era pra mim, pelos sinples fato de absolutamente todos os trabalhos serem em grupo, e além da minha fobia social, a minha personalidade não consegue aceitar que eu corra o risco de me prejudicar porque outra pessoa não tá nem afim de estar naquele lugar e por acaso tá no meu grupo — não suporto isso, de verdade).
Antes da faculdade, me formei ilustradora gráfica, pela Fundação Bradesco — que inclusive tem cursos incríveis e o melhor de tudo É GRATUITO! — e amei muito o curso todo, aprendi tanto desenho no papel, quanto utilizando o pacote adobe e a mesinha digitalizadora. Recomendo muito!
Depois disso, parti pra um tecnólogo junto com o ensino médio, bem semelhante à ETEC e gratuito, perto de casa. A principio eu me inscrevi pra Administração, mas como não tinha vaga, eu acabei indo pra TI e foi a melhor escolha que eu fiz, senão eu não estaria onde estou hoje ♥
O curso técnico é um passo muito importante pra quem já tem uma noção do que quer seguir nas graduações, pós ensino médio; Mas é muito importante também, que você pondere se consegue, e não é fraqueza não conseguir — por qualquer motivo que seja — porque é de uma responsabilidade emocional e disciplina de estudo, extremamente alta, além de ser muito desgastante e cansativo porque é junto com a grade do ensino médio. E isso importa não só pela sua saúde, no geral, mas também para o seu desempenho em ambas as partes. Não adianta se sobrecarregar isso só vai te prejudicar — digo, por experiência própria.
Durante o meu técnico eu fiz um curso de inglês, que eu acabei conseguindo uma bolsa de estudos — sempre procurando descontos e cursos gratuitos KKKK — era ótimo, porque era no mesmo prédio que eu cursava o técnico e o mesmo que eu acabei fazendo meu estágio antes do TCC.
Todas essas etapas são de grande importância, não só pela sua carreira, mas pelo networking. Porque você literalmente está se formando junto com as pessoas que serão os profissionais da área, na mesma época que você e que podem te ajudar futuramente com alguma indicação, por exemplo. Sei que pode parecer frio, mas cada passo é importante.
Fora essa correria maluca de ensino médio, técnico, inglês — acredite se quiser — ainda tinha meu cursinho pré vestibular, de final de semana! Foi uma escolha muito ruim, além de caro, foi mais desgastante ainda e acabou que a minha graduação principal, foi numa faculdade particular com bolsa de mais de 80%.
Nem sempre o que a maioria está seguindo, é o certo pra você.
Foi bem difícil escolher um curso de faculdade, porque como eu mencionei, eu sou uma pessoa muito criativa, mas o técnico acabou fazendo eu me apaixonar pela área da tecnologia. Por isso fiz alguns semestres de publicidade e propaganda, também passei por design gráfico e até adm — e acredite, é melhor fazer um semestre, ver se faz sentido pra você e mudar, do que gastar o tempo de uma graduação inteira e só depois perceber que você não se encontrou ali.
Não importa se fulaninho ta te julgando, porque no fim quem vai se formar e trabalhar naquela área, é você e não o fulaninho.
Eu me orgulho muito de todos os cursos que eu fiz, mas principalmente da graduação. Foi quando eu comecei a fazer terapia, tinha saido de um dos piores relacionamentos da minha vida — que destruiu o meu psicológico — e tinha voltado a morar com os meus pais, fora o fato de na segunda semana de aula da faculdade ter começado a pandemia. Então imagina como a minha cabeça estava… Pois é.
Não era o melhor cenário, mas sinceramente, se eu fosse esperar o melhor cenário pra tomar uma iniciativa, eu nunca teria feito nada.
Até hoje ainda é abstrato na minha cabeça o que realmente me deixa feliz e satisfeita profissionalmente, porque sendo mulher, a área de tecnologia é muito cruel. Mas eu ainda tenho meus vinte e poucos anos e tenho muito tempo pra pensar sobre isso.
Espero que isso tenha te ajudado de alguma forma, porque eu teria amado ouvir isso de alguém, na minha época de vestibular.
É isso, obrigada por ler até aqui e até o próximo post ♥
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Ed Westwick em uma entrevista para New in Porto durante a Comic Con Portugal, 24.03.24
Sente falta da personagem de Chuck Bass, tal como a maioria dos fãs da série?
Sinto que não tenho saudades porque estou constantemente ouvindo testemunhos de fãs que ainda assistem a série e que me ajudam a reviver certos momentos em específico. Mas, sem dúvidas que tenho muitas saudades da energia que vivíamos na produção do programa. Recentemente estive em Nova Iorque promovendo o novo filme em que sou protagonista e quis voltar ao hotel Palace, onde filmamos muitas das cenas e fiz algumas fotos e vídeos na brincadeira para o Instagram e todos adoraram. Nesse momento, todas as memórias voltaram uma atrás da outra, da energia que vivíamos, momentos inesquecíveis entre filmagens e é incrível que, tantos anos depois, seja possível reviver estes momentos.
Em que medida é que o Chuck Bass mudou a sua vida?
Foi um programa incrível, com personagens e atores muito bons. Realmente, mudou a minha vida e foi um privilégio ter tido a oportunidade de representar esse personagem. É uma série que marcou e continua a marcar a vida das pessoas e, como atores, nós não sentimos isso, porque não estamos propriamente a salvar vidas como acontece nos hospitais, mas é fantástico termos este impacto.
Chuck Bass foi quase uma personagem de cultura pop. Como se sente depois de ter feito parte deste fenómeno global que foi e continua a ser “Gossip Girl”?
É um legado que continuo a viver todos os dias e acho que isso é super interessante. Graças às redes sociais e às plataformas de streaming, muitos filmes e séries continuam vivos porque as pessoas continuam a assistir, falam deles nas redes sociais e acho fantástico. É quase como um baú de memórias a que temos sempre acesso e que também me permite marcar presença em eventos como a Comic Con um pouco por todo o mundo e conectar-me com as pessoas e os fãs da série.
O episódio final da última temporada da série foi transmitido há quase 12 anos. Passado este tempo todo, pessoas que provavelmente ainda não tinham nascido quando o programa estava em ar, podem agora vê-lo, tal como acontece em Portugal, com a transmissão pelo canal Biggs. O que tem a dizer sobre isso?
Acho genuinamente incrível. Ainda há pouco tempo estava em Londres e uma criança de 12-13 anos se aproximou de mim com a sua mãe e achei interessante, porque ela nem sequer havia nascido quando o programa estava no ar. Fico surpreendido, mas é a parte positiva das plataformas de streaming. A sua mãe pode ter assistido ao programa, a sua irmã mais velha, quem fosse, e falam sobre isso e é quase como um convite para as pessoas assistirem novamente ou, pela primeira vez, mesmo tendo passados estes anos todos. Na época, falava-se muito que o programa era assistido em família, e não era a nossa intenção, porque foi criado para jovens adultos ou mais adolescentes, mas é incrível percebermos que chegou a ter este impacto na vida das pessoas.
Os espectadores ainda podem ver Chuck Bass noutros projetos?
Não, mas estou a desenvolver uma nova produção para agradecer aos fãs da série. Penso que as pessoas que adoram “Gossip Girl”, que adoram o Chuck Bass vão estar interessadas. Há poucos anos tentaram fazer uma adaptação da série e eu disse, desde o primeiro momento, que não ia funcionar e acabou por não avançar. No entanto, este novo projeto que estou a criar está numa fase muito inicial, ainda estamos a escrever, mas vai ser ainda melhor que o próprio Chuck Bass. Ainda não posso revelar o nome, é a primeira vez que falo disso, mas quero que essa notícia corra por todo o mundo. É dedicado aos fãs que, ao longo desses anos nos tem ajudado, é uma forma de dizer: “ouvi o que tinham para dizer, sei o que querem e estou a trabalhar nisso”.
Falando um pouco sobre o seu novo filme, “DarkGame”. É um registo bastante diferente daquele que costuma fazer, já que é uma espécie de thriller. O que o levou a integrar o elenco desta produção?
Precisamente por essa razão, por ser diferente das coisas que tenho feito. É muito escuro, é um filme muito forte, pesado, violento. Provavelmente haverá pessoas que nem sequer vão querer assistir ao filme, porque até dá arrepios. Sempre quis entrar no personagem de um detetive e nesta produção estou tentando seguir uma pessoa muito muito perigosa e é diferente. É um tipo de personagem que nunca interpretei, mas foi algo muito interessante, porque é uma vida muito diferente.
Como foi o processo de adaptação ao personagem?
Foi muito solitário, mas ainda bem que foi assim, porque esse personagem é muito solitário. É um detetive recém-casado e a mulher esta grávida. Por um lado, devia ser um dos melhores momentos da sua vida mas, por outro, como tem uma grande responsabilidade e está tão focado no trabalho, chega a ser difícil acompanhar tudo, pois está sempre assombrado por esta escuridão e traumas.
Este filme fala muito sobre as redes sociais e a chamada “dark web”. Um dos objetivos é chamar a atenção para estes temas?
Penso que cada vez mais percebemos que há Internet demais. Mesmo aquela que usamos diariamente é um pouco complicada. E depois desta existe outra que é… escura. Nunca entrei nesse mundo, mas já ouvi relatos muito estranhos, coisas que nem era suposto estarem expostas na Internet e penso que o filme ajuda a sensibilizar para estas questões, que podem realmente acontecer na vida real.
Atualmente, também está envolvido num projeto musical, na banda “For You”. O que pode contar-nos sobre isso?
Pode-se dizer que é uma espécie de boy band. Tocamos instrumentos e eu canto. Misturamos pop, indie, rock. Recentemente, lançámos o primeiro álbum e é uma sensação libertadora. Já temos programados uma série de concertos entre setembro e outubro, na Escandinávia. É mesmo para nos divertir-nos e trazer algo diferente às pessoas.
É a primeira vez que está em Portugal e no Porto. O que está a achar?
Está sendo muito bom, tenho estado basicamente sempre dormindo, acordo e ando por aí. Mas tem sido ótimo, a cidade é belíssima e estou super feliz em poder estar aqui e, acima de tudo, conhecendo as pessoas locais.
Quais são as tuas expectativas para esta Comic Con?
Fico muito contente pelo fato de ainda ser reconhecido como Chuck Bass, é impossível me desligar desse personagem mas também não quero que aconteça. Adoro vir à Comic Con, porque é uma forma de conseguirmos criar uma ligação com o nosso público. Ao estarmos sempre num ecrã, não conseguimos criar uma relação com a audiência e, para mim, é a grande vantagem de marcar presença nestes eventos. Na última Comic Con em que estive, me ofereceram essas pulseiras com o meu nome dizendo Chuck Bass. Acho uma loucura que ainda aconteçam episódios assim, mas não me importo que assim seja, é um legado. O meu objetivo é proporcionar às pessoas uma outra experiência, os agradecer de certa forma e nos divertir.
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FIQUE LONGE
Fique longe desse ser
Você pode não saber
Mas ele pode ficar louco
O que ele fornece nunca é pouco
Amor incondicional
Ou indiferença exponencial
Esteja sempre preparado
Ele pode quebrar algo
Ou pode te dar uma dádiva
Das que fazem escorrer lágrimas
Ele tenta ser um bom garoto
Mas vive uma vida de maroto
Constantemente transitando
Entre a paz e um terror brando
São anos tomando remédios
Décadas visitando um médico
E todo mundo continua dizendo
Que ele está se constrangendo
Vivendo entre o lá e o cá
Quem poderia o ajudar?
Tentativas escusas de suicídio
Pois sua mente é um horripilante presídio
Então o que se poderia fazer
Para este ser abrupto parar de sofrer?
É melhor que você corra
Antes que, em suas mãos, ele morra
É melhor sair para espairecer
Ou você também pode enlouquecer
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Hero Fiennes Tiffin Sobre Bandeiras Vermelhas, Relações Tóxicas, E Navegando Sua Fama de "After" - Marie Claire Austrália.
Marie Claire acompanha o ator enquanto "After Ever Happy" atinge as telas.
Hero Fiennes Tiffin e Josephine Langford cresceram literalmente na tela. A dupla passou os últimos quatro anos liderando a série After como os dois personagens principais famosos, Hardin e Tessa, e os filmes, que foram adaptados da Fan Fiction do One Direction (sim, você leu isso corretamente), ganharam uma juventude fenomenal que poderia rivalizar como Crepúsculo e Jogos Vorazes.
Agora, como a quarta edição é lançada nos cinemas esta semana, Fiennes Tiffin percebeu a diferença que quatro anos podem fazer.
"Sinto que é noite e dia quando saio para [entrevistas] agora em comparação com a primeira vez, quando não sabia o que esperar - mas agora já o fiz algumas vezes, posso fazê-lo com mais autenticidade", disse a Marie Claire Austrália, com 24 anos, em uma conversa de Zoom pouco antes do lançamento do filme.
"Posso dar o meu melhor de mim em vez de ficar nervoso em dizer a coisa errada ou deixar escapar um grande spoiler", acrescenta ele. "Então sim, agora os nervos se foram, eu posso desfrutar disso".
E aproveitar, ele certamente está. Fiennes Tiffin, cujo portfólio anterior incluía o papel não tão pequeno de interpretar um jovem Lord Voldemort na série Harry Potter, não sabia bem o que esperar quando se tratava de interpretar o personagem complicado de Hardin, cujo passado conturbado tem o hábito de alimentar seus relacionamentos atuais.
Na série After, vemos Tessa e Hardin navegando por seus primeiros anos de faculdade entre seu romance ardente, e em After Ever Happy, vemos Hardin lutando com uma revelação sobre seu passado, enquanto Tessa sofre uma tragédia pessoal. À medida que trabalham através de suas perdas, eles percebem que afinal não são tão diferentes um do outro - Tessa não é mais a mulher inocente e feliz que já foi, enquanto Hardin está se tornando mais consciente de como seus hábitos temperamentais e cruéis impactam as pessoas ao seu redor.
"Os fãs cresceram com estes personagens", explica Fiennes Tiffin quando perguntado como foi trazer à vida os temas sombrios de After Ever Happy. "Isso nos permite ser um pouco mais explícitos e fiéis à realidade com coisas como alcoolismo e saúde mental e superar traumas".
"No primeiro filme eu estava apenas tentando não me atrasar e dizer as falas direito e andar em linha reta", ele ri. "Mas agora, tendo eu e minhas co-estrelas tido mais experiência de vida, temos uma melhor compreensão [dos temas] para que possamos representá-los na tela".
Isso levanta a questão: Depois de trazer uma relação tóxica infame (e fictícia) para a tela, que conselho Fiennes Tiffin daria a alguém que suspeita de atividade de bandeira vermelha em seu próprio relacionamento?
"É uma linha tênue para pisar, por isso tenho o cuidado de não dar conselhos gerais a muitas pessoas em circunstâncias diferentes, mas acho que se você pode ver a faísca ali e o amor está ali e você pode ajudar um ao outro a curar e crescer, então esse é o tipo de melhor alternativa", explica ele.
"Como se [as bandeiras] fossem laranja escura e você achasse que há uma luz no final do túnel e achasse que seria capaz de superar tudo, então por que não? Por que não ir em frente?"
Dito isto, ele tem um indicador final: "Quando a bandeira estiver vermelha, corra para as colinas!"
youtube
After Ever Happy foi lançado agora em cinemas de todo o país.
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deuses, nem sei se vão querer postar esse tipo de coisa, mas estou revivendo esse trauma e precisava compartilhar, talvez assim eu possa poupar alguém disso. Pois bem, quando eu tinha uns 13 anos, comecei a jogar com uma pessoa seis anos mais velha, que inclusive me conhecia pessoalmente, mais fodido ainda. Enfim, tudo parecia legal, parecia que o controle era meu, mas cara, eu me vi cada vez mais envolvido e abusado mentalmente quando a relação passou a ser real. Não, nunca foi físico, mas eu fui abusado psicologicamente pra um caralho, era como se a pessoa ou as pessoas envolvidas tivessem prazer em me fazer sofrer. E claro, eu era novinho demais, sem auxílio de ninguém e não podendo fazer as coisas por mim mesmo. Então fica aqui o aviso pra os players menores, NUNCA dêem nenhuma informação pessoal de vocês, nunca jogue com pessoas do seu convívio físico e cuidado, cuidado demais com o que esse ambiente pode trazer. Eu nem mesmo sei se superei ou se continuo em negação, por isso importante falar sobre isso. Se protejam, pessoal, se protejam real. um beijo, deuses, desculpa o texto enorme e o desabafo. Hoje eu vejo a pessoa por aí agindo como se nada tivesse acontecido, lembrem que quem bate esquece, mas quem apanha não.
Pensei muito se eu deveria ser a pessoa para responder esta ask uma vez que minhas respostas são sempre as mais curtas e apáticas, mas prometo me esforçar, anon.
Sua ask deixou todo o Olimpo tenso e poderia dizer até que preocupado. Antes de mais, sentimos muito por essa terrível experiência e desejamos do fundo dos nossos corações que você esteja melhor agora. Este assunto é para ser levado a sério e com todo o cuidado. Mesmo que aqui seja um mundo online, é necessário que tenhamos responsabilidades e, principalmente, cautela. Quando me refiro que “é só rp”, falo sobre situações e problemas genéricos que muitos jogadores trazem, mas este tipo de situação relatada é das poucas coisas que, infelizmente, não podemos ignorar ou dar pouca importância.
Não importa onde ou como, mas se você ou as pessoas próximas de você notam que alguém está te manipulando, corra imediatamente, ainda mais se você tiver menos de 18 anos. Querendo ou não, adolescentes e crianças são facilmente moldados, não importa o quanto digam “tenho mentalidade de 20”; você não deixa de ser uma criança, e pessoas maldosas e com experiência sabem dar a volta em você.
Enfim, fica então aqui este relato. Obrigado por ter vindo até nós partilhar algo tão pessoal, anon. E espero que isto sirva de alerta para outros jogadores.
#ot: replies#ares talks#(sobre menores na tag)#zeus says: essas asks são um soco no estômago... e extremamente importantes
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Dez Mil, Duzentos e Vinte Dias
Language: Portuguese
Ship: Red Beauty Rating: General Audiences Tags: fluff, useless lesbians, Ruby’s POV Words: 12k+
Sinopse: Belle precisa de ajuda para arrumar a biblioteca. Com sorte, Ruby adora ajudar.
[AO3]
— São dez possíveis números, certo?
— Dez? Como assim? Não eram nove?
— O zero, Snow.
— Ah, sim. O zero.
— E a senha é uma combinação de quatro números, certo?
— Certo.
— Então, cada dígito da senha pode ser um dentre dez possíveis números, não?
— Hum.
— Logo, são quatro espaços que podem ser preenchidos por dez opções. E como uma senha de celular permite que você repita os números, os quatro dígitos sempre poderão ser escolhidos dentre dez opções.
— David colocou a senha da TV como 1111.
— Exatamente, uma péssima senha.
— Tivemos que mudar, depois que pegamos Henry assistindo—
— Como eu ia dizendo, dez possíveis opções, quatro vezes.
— Quarenta?
— Não é dez vezes quatro, Snow. Deuses, você era professora durante a Maldição!
— Pré-escola! Eu ensinava rimas, canções e o alfabeto. O currículo não pedia multiplicação complexa…
— Complexa? Isso não é nem—, uh, enfim. A conta é simples: dez vezes dez, vezes dez, vezes dez. Quatro “dez”, multiplicados. O que resulta em…
— Um milhão.
— Dez mil! Snow!
— Eu tenho um celular, e ele tem uma calculadora! Por que eu deveria aprender esse tipo de matemática?
— Eu desisto. Acho que uma Rainha pode contratar um contador, de qualquer forma. Ou você me liga, quando precisar somar mais de três números.
— Engraçadinha…
— Ao menos eu sei matemática básica.
— Então, eu ia perguntar exatamente isso. Como?
— Huh?
— Como você aprendeu isso? A Floresta Encantada não era o melhor lugar para aprender algo do tipo, e, ao que me lembro, a Ruby que eu conheci sob a Maldição Das Trevas não era particularmente um gênio da matemática.
— Eu sou uma garçonete. Preciso saber fazer contas rapidamente.
— Red, eu lembro de você rosnando ao tentar fazer um troco. Esse é um desenvolvimento… recente.
— Eu me interessei, okay? O mundo é vasto. Há tanta coisa que não sabemos sobre ele, especialmente vindos de uma terra de muita mágica e pouca ciência. Eu concluí que deveria estar mais preparada—
— Mentira.
— O quê?
— Todo esse tempo, e você ainda acha que pode mentir para mim? Red, eu vejo no seu rosto.
— Eu não estou mentindo. Eu realmente tenho interesse em—
— Na Belle, não é?
— Como?! Não! Eu—De onde tirou isso? Eu e Belle somos amigas, eu não iria—Como eu poderia—? Por que eu aprenderia matemática só para me aproximar dela—Eu—Isso. Ridículo!
— Oh, wow. Tão veloz para tantas coisas, tão lenta para outras. Minha querida amiga, você está apaixonada.
— Snow, isso é—
— Matemática básica, não? Dois mais dois? A Bela e a Fera?
— Pfft. Isso não tem nada a ver com… Eu… Você acha?
— Tenho certeza.
— Oh.
***
— Onde precisa que eu coloque estes livros?
Ruby ajustou os dedos contra a base lisa da alta pilha em seus braços. Dezenas de livros, um sob os outros, se equilibravam perfeitamente, em uma torre de papel e couro no enlace pálido.
O peso acumulado de tantas páginas provara-se maior do que Belle poderia suportar, fardo que Ruby prontamente tomara para si. A força extranatural da mais alta recebia com leveza o que Belle há pouco havia falhado em levantar.
— Oh, pode deixá-los sobre aquela mesa no canto. Ainda preciso organizá-los por autor. — O sotaque soou abafado, entrecortado pelas várias estantes dispostas na biblioteca. O som, crescentemente familiar à audição de Ruby, navegou até ela docemente, desenhando um sorriso inconsciente nos lábios rosados.
— Entendi, — Ruby descansou a pilha sobre a mesa, escutando ao sutil ranger da velha madeira sobre o peso. Já era tempo para a biblioteca de Storybrooke renovar seus móveis. — Hum, ser bibliotecária é trabalho árduo, não? — A mais alta esgueirou-se pelo corredor de livros e prateleiras, seguindo o fio invisível no ar que a guiava até Belle.
A visão da pequena mulher nunca falhava em pausar sua mente.
Mesmo após tantos dias e tantas noites em sua confortável companhia, Ruby ainda via-se roubada de fôlego, diante de Belle. Vê-la de relance ou sentar em sua frente por horas a fim, em silêncio, era momento de vislumbre que acalmava todas as temíveis tempestades de Ruby. Ela sentia seu cheiro abarcá-la, pousava seu olhar sobre os olhos azuis, e tudo era paz novamente.
— Ah, eu não posso reclamar. — Belle não pareceu se importar com a longa pausa de Ruby, seguindo na absorta tarefa de separar os livros corretos nas pilhas corretas. — Sempre adorei o ambiente. Estar cercada de livros era estar cercada de infinitas histórias, universos, aventuras, conhecimentos. O mundo é muito mais vasto, dentro de uma biblioteca. Não há cantos claustrofóbicos ou horas de tédio. Há apenas milhares de possibilidades.
O canto da voz de Belle, perdido em seu próprio som e devaneio, hipnotizava Ruby em seu ritmo. Quando a pequena mergulhava em suas divagações, Ruby era carregada pela corrente, levada para onde Belle a quisesse levar.
Somente após outro longo segundo, Ruby percebeu que deveria oferecer algum tipo de resposta.
— É, — A mais alta limpou a garganta, tentando descobrir o que fazer com suas mãos, agora livres de peso e ambulantes, inquietas, sem lugar para ir. Com um suspiro, Ruby escondeu-as nos bolsos, ordenando seu corpo a uma postura mais relaxada. — Eu compartilho do sentimento. — Ruby assentiu, engolindo em seco. — Quer dizer, o desejo por escapar. Às vezes, eu sinto os cantos mais claustrofóbicos e as paredes mais altas. Gosto de… fugir, de vez em quando.
Belle riu, os lábios curvando largamente, cativando Ruby em sua forma. Ainda sem abandonar o foco de seus olhos nos livros dispostos na mesa em sua frente, Belle concordou.
— Queria eu, poder fugir como você! Minha fuga são páginas, palavras. A sua… você corre pela floresta, assume uma forma mágica maravilhosa. Oh, como eu gostaria de uma aventura assim!
Oh, Ruby sentiu o ar revirar-se em seu peito. Medo ou alegria, ambos faziam um semelhante furacão em seus pulmões. Ela inspirou fundo.
— Não é tudo isso que parece. — Ruby ofereceu, em uma risada envergonhada. — Ser lobisomem não é um mar de rosas. Correr pela floresta é divertido e tudo mais, mas, às vezes, eu quero escapar de mim mesma e… não importa o quão rápido eu corra, eu ainda estou lá.
Ruby mordeu os lábios, deixando sua voz morrer sem som.
Que terrível hábito ela tinha, de voltar para seu vício de autodepreciar. Ela sabia que deveria melhorar, evitar os piores pensamentos como a legítima praga que eram, mas era tarefa assustadoramente difícil, quebrar anos e anos de um hábito enraizado.
Com sorte, Belle aprendera a entendê-la. Belle, depois de tantos dias e noites em sua — quase melancólica — companhia, aprendera que os tristes comentários de Ruby eram apenas reflexos impensados de um costume antigo. Belle sabia que o tema de sua licantropia era delicado campo minado, infestado de traumas e dificuldades. Mas Belle era sábia e entendia que, por mais que o hábito viesse à superfície com frequência, este não era o permanente estado de Ruby. A tristeza instintiva em seu tom não era a total dimensão de seu ser, mas um fantasma intrometido e persistente.
Ainda assim, Ruby sentia-se na necessidade de desculpar-se por ele. Ela podia saber que Belle não se importava, mas Ruby se importava. Ruby não queria compartilhar a tão agradável presença de Belle com um espectro indesejado.
— Desculpe, — Ela suspirou, áspera. — Eu estraguei a conversa.
— De forma alguma. — Belle foi rápida em responder, as ondas avermelhadas de seus cabelos pendulando no movimento de seu rosto. — Todas as melhores histórias têm obstáculos, e todos os finais felizes têm que cruzar por alguma infelicidade, não? Uma aventura sem momentos indesejáveis é apenas um trajeto tedioso. O desafio do desconfortável eleva o resto e faz valer a pena os prazeres.
Um riso nervoso escapou do peito de Ruby novamente, mas agora ela sabia a natureza do turbilhão agitando sua respiração.
Não era medo, era pura e reluzente admiração.
Onde Ruby tinha vícios, tristezas e fantasmas, Belle tinha coragem, esperanças, luz. Belle era admirável raio colorido, dando cor ao mundo, refletindo em todas as superfícies, aquecendo seu caminho, espantando sombras.
Justa ao seu nome, Belle era a beleza encontrada no ordinário, no obscuro, no desolado.
E Belle era tudo isto, tendo vivido horrores semelhantes aos de Ruby; tendo sido aprisionada por anos em cantos claustrofóbicos, sem promessa de fuga, sem a vastidão do mundo, sem esperança. Belle havia sido trancafiada de corpo e mente, subestimada, manipulada, tratada como ferramenta de chantagem, um trunfo, uma barganha — raramente, como pessoa.
Belle vivera tudo e ali estava, ofertando nada senão otimismo.
E sua energia contagiante era perfeito antídoto para os vícios de Ruby, que há muito travava batalhas e batalhas com suas tristezas, nem sempre saindo vitoriosa. Se o bravo espírito de Belle a emprestasse apenas uma parcela de suas forças, Ruby sabia que sua guerra seria mais fácil.
— Já pensou em escrever um livro? — A mais alta perguntou, seu tom jocoso deixando intacta a sinceridade. — O mundo se beneficiaria com sua sabedoria.
Enfim, Belle tornou o olhar a Ruby. Pela primeira vez na noite, os livros perderam sua atenção, e os olhos azuis eram devotos apenas aos verdes.
— Minha sabedoria já vem de livros. — Belle deu de ombros, tornando o rosto ao lado para tentar esconder as bochechas coradas. — Acredito que sirvo o mundo dessa forma, colocando-os em prateleiras alfabetizadas, para que qualquer um possa encontrar a sabedoria que procura.
Ruby respirou fundo, separando do ar o aroma desnorteante de Belle. O perfume era o maior inimigo de sua sanidade, querendo roubá-la de toda a razão, em um simples inspirar.
— Bom, suas palavras são apenas suas. — Ruby argumentou, decidia em preservar a atenção de Belle em si por um momento mais. Segundos que fossem, Ruby seria grata. — E você tem o dom de colocá-las uma depois da outra, de forma mágica. Eu adoraria ler algo de sua autoria.
A cor rubra se apossou do rosto de Belle, tingindo a pele clara de um rosa semelhante ao de sua blusa. Os olhos azuis eram ainda mais brilhantes, cercados de cor.
— Obrigada, Ruby. — Belle suspirou, um sorriso pintado em seu semblante. — Você seria minha primeira leitora. — Ela brincou.
— A mais fiel, — Ruby apertou os lábios, retornando o sorriso em resposta. — Mas com certeza não seria a única. Eu ajudaria a vender seu livro nas esquinas, se preciso.
Belle gargalhou, a cor vermelha aliviando seu rosto, dissipando-se junto de sua risada.
— Faria tal coisa?
— Com prazer. — Ruby assentiu, enfim livrando as mãos dos bolsos e pousando-as na cintura. Sua postura finalmente tinha real confiança, não mais esperançosa mentira. — Eu levaria tudo em uma cesta, indo de casa em casa, batendo de porta em porta, até que todos de Storybrooke lessem o que você escreveu.
— Oh! — Belle tocou a suas bochechas, seus ombros curvando-se para dentro de si. — Todos os moradores iriam me detestar por isso! Você iria acordá-los num domingo, trazendo minhas palavras?
— Eu tocaria a campainha incessantemente até que me atendessem! Ou iria soprar e soprar, até derrubar as paredes. E quando o morador viesse ao meu encontro, eu apenas estenderia suas 900 páginas de sabedoria e diria “Você tem um minuto para ouvir à filosofia de Belle French”?
A gargalhada de Belle preencheu os poucos espaços vazios biblioteca, abarcando Ruby em seu som, na mesma deliciosa correnteza. Por um segundo, Ruby quase esqueceu do que falava.
Apenas quando a palma de Belle tocou e empurrou seu ombro, num gesto rápido mesclado em sua risada, que Ruby despertou ao mundo novamente. Embora fosse intimidante predadora, o leve toque de Belle em seu ombro era o bastante para tirá-la de seu centro de equilíbrio.
— Oh, Ruby! Faz parecer que sou uma religião. — Belle ainda ria, quando sua mão retornou ao seu espaço, pousando sobre a mesa. — Eu não poderia competir com as fadas. Blue me mataria!
Ruby abanou a mão ao ar, como se dispensando o pensamento.
— Blue não sabe escrever como você. — A mais alta aproximou-se da mesa a qual Belle se apoiava, instintivamente espelhando sua postura. — Não haveria competição. A Igreja de Belle French seria a nova era de Storybrooke.
A nova risada de Belle curvou sua postura, trazendo-a mais próxima de Ruby, até que sua testa repousasse ao ombro pálido, na mesma maneira leve e desapercebida com que sua palma tocara ao mesmo lugar há pouco.
Por outra vez, Ruby teve de fazer consciente esforço para manter-se em pé, no presente.
— Não duraríamos uma semana, sequer. — Belle respondeu, largando seu peso contra Ruby. Os suaves cachos da mais baixa deslizavam um sobre os outros na gravidade, levantando ao ar o cheiro de sua pele. Ruby quase desligara-se por completo da realidade. — Regina iria lançar outra Maldição, somente para cessar o incômodo.
A mais alta soprou um tufo sarcástico de ar — se somente para dispersar um pouco do aroma de Belle a lhe anestesiar. Por um momento, ela quis dar de ombros, num impulso invisível da agradável brincadeira que se estendia entre as duas, mas Ruby lutou com todas as forças para permanecer imóvel, sem perturbar o quente repouso de Belle em seu ombro.
— Seria um nobre sacrifício. — Ruby sussurrou. — Eu não me importaria em arriscar tudo, para que esse mundo aprendesse uma coisa ou outra com você.
Ainda no embalo de seu humor, as palavras de Ruby ecoaram por um segundo, sozinhas no silêncio da biblioteca. Seu tom grave imprimia toda a honestidade que seu peito podia suportar — e a julgar pelo suspiro profundo de Belle, Ruby podia confiar que a jovem acreditava em sua verdade.
— Hmm, — Ruby ouviu o surdo ruído de Belle engolindo a seco e o grave tamborilar de seu coração. — Com tanta confiança assim em meu trabalho, talvez você devesse vir trabalhar comigo na biblioteca.
E da mesma forma como haviam ecoados as palavras de Ruby instantes antes, a voz de Belle ondulou com o mesmo peso — quase totalmente perdida do humor tímido, revestida com uma cautelosa sinceridade. A gravidade de seu timbre despia-se de encenações brincalhonas e assumia forma real.
Ruby não soube o que responder então.
Conversas eram mais confortáveis abrigadas em humor e verdades eram mais suaves atrás de algumas camadas. Ruby, como eram suas tristezas, era habituada ao previsível — ao que poderia sentir se aproximar, ao que poderia ser captado por seus vários sentidos.
Mas o desbravamento de crua e íntima sinceridade era, ainda… assustador.
Ruby, que enfrentara bruxas, batalhões e monstros, temia a grandiosa vulnerabilidade de uma relação pessoal.
Talvez seus fantasmas fossem os culpados, novamente. Talvez seu medo tivesse raiz em todas as vezes que Ruby permitiu-se abrir e mergulhar no vasto exposto de seus sentimentos ao entregar-se para alguém, somente para ter o laço destruído em segundos — ou em torturantes anos de dúvida.
Peter, Anita, Quinn, Graham… Snow. De uma forma ou de outra, Ruby havia recebido a tenebrosa sinceridade de um laço íntimo e encontrado dolorosa decepção.
Morte, morte, morte, morte… distanciamento.
Todos elos rompidos ou enfraquecimentos, indiferentes ao descomunal esforço que fora para Ruby permiti-los florir.
Como os vícios de seu autojulgamento, havia um padrão venenoso na sua longa história de amizades quebradas, famílias extintas e amores despedaçados.
Diferentemente de Belle, que saltava ao precipício sem medo de seu fim ou de suas sombras, Ruby hesitava nas alturas, temente uma nova queda.
Talvez de fato o mundo devesse aprender com o otimismo e coragem de Belle French. Talvez, de todos dentre a imensa multidão do grande mundo, Ruby deveria ser a primeira a ouvir suas lições de esperança.
Talvez Ruby pudesse receber o silencioso ensinamento na brilhante resiliência de Belle, e se permitir inspirar por sua força.
Talvez fosse hora de quebrar seus vícios e trair seus fantasmas, permitindo-se, novamente, um novo laço, por mais assustadoramente real que este fosse.
Talvez, enfim, Ruby saísse vitoriosa.
Mas era tarde demais para ofertar uma resposta. Um segundo longo demais para ser quebrado, silêncio confortável demais para ser arruinado e toque quente demais para ser movido.
Sem palavras ditas, Ruby apenas assentiu, esperando que o sutil movimento de seu rosto, em um leve contato rente à cabeça de Belle, fosse resposta o bastante.
Seu peito inflou em um suspiro, convidando todo o perfume de Belle aos seus pulmões, e o braço que sustentava seu corpo apoiado à mesa, lentamente circulou a pequena cintura da menor, enlaçando-a num abraço.
Belle pareceu confortável com a réplica sem som. Seu fôlego soou agradecido e seu abraço foi retribuído.
Ao que tudo indicava, Ruby não se arriscava em vão.
***
— Imagine comigo, desta vez…
— Oh, mal posso esperar.
— É sério! Minha matemática está melhorando. Convenci David a mudar a senha da TV. Agora Henry vai ter de testar cem mil combinações, antes de acertar.
— Dez mil.
— Isso, dez mil. Eu esqueço… Parece tão pouco, em comparação.
— Snow.
— Sim?
— O que você ia dizendo?
— Ah, sim! Eu tenho uma equação para você.
— Okay.
— Se uma biblioteca tem um milhão de livros e uma pessoa sozinha consegue organizar mil livros por dia, quantos dias até a biblioteca estar completamente organizada?
— Mil dias. Ou dois anos e nove meses.
— Isso foi rápido!
— Não foi difícil, Snow.
— E em quanto tempo duas pessoas fariam o mesmo trabalho?
— Isso é sério?
— Responda à pergunta.
— Na metade do tempo. Quinhentos dias. Isto, sim, é matemática básica, Snow. Deuses! Acho que eu deveria dar algumas aulas a você—
— Eu tenho uma última!
— Claro, claro. Por favor.
— Duas pessoas, em quinhentos dias, organizam um milhão de livros. Quanto tempo, até uma delas tomar o primeiro passo?
***
A alta lateral de madeira finalmente tocou à parede, encaixando-se confortavelmente no canto vazio. A estante pousou imóvel contra o velho papel de parede, enfim no seu lugar de destino, cessando o contínuo ranger do peso ao se arrastar pelo chão.
Ruby bateu a poeira das palmas, soltando curto fôlego pelos lábios.
— Por favor, me diga que este é o lugar certo. — A mais alta fingiu um ofegar dramático, fisgando a atenção de Belle dos livros. Suas mãos descansaram à cintura, à espera da resposta da menor.
Como se reagindo a sua encenação, Belle, também, atuou exagerada pausa, cruzando os braços em frente ao peito e levando a mão ao rosto, em escultura calculada de seu pensamento.
Ruby mordeu os lábios para não rir.
Olhos azuis semicerraram, enquanto a cabeça tornou de um lado para o outro, analisando os detalhes da estante agora habitando novo lugar na biblioteca.
— Hmm, — Belle cantarolou, pontuando leves toques ao queixo com seu indicador. Dedicada atriz. — O que você acha?
Rendida ao desejo de sorrir, Ruby deixou os caninos à amostra, abrindo sua expressão de graça. Os ombros pálidos subiram às orelhas e tombaram novamente.
— Eu não sei. A chefe aqui é você. — Ruby replicou, fazendo penoso esforço para averter os olhos da postura de Belle, trazendo-os de volta a estante em questão. Ruby deveria ao menos tentar fingir seu investimento no problema. — Eu apenas acho que você está esgotando os espaços vazios da biblioteca. Em breve, não haverá muitas opções. Ou a estante fica aqui, ou os livros ficam no chão. — Ela apertou os lábios e arregalou os olhos, marcando sua sugestão com calculada exclamação.
— Jamais! — Belle suspirou, inflando o peito em desafio. — Ultraje. Nunca deixarei tantas preciosidades sem abrigo! Elas merecem um lar.
— Foi o que imaginei. — Ruby sentiu as bochechas de seu rosto esquentarem sob a pressão de seu sorriso. O pulsar de seu coração formigava com nervos alegres. Era cada vez mais difícil manter-se estoica na presença de Belle. De fato, ela se perguntava se isto um dia fora possível. — Então, qual a sua solução, Chefe? A estante fica aqui, ou viaja mais alguns metros? — Ruby espalmou a lateral de madeira, fazendo ecoar o grave baque pelo corredor.
— Não me mate, okay? — Belle implorou, juntando as mãos em súplica. Novamente, Ruby teve de morder um sorriso largo demais. — Mas talvez ela fique melhor do outro lado... — A breve timidez reduziu o pedido de Belle, mas o semblante da mais alta pareceu acalmá-la. — Se não der certo, eu juro, não pedirei outra vez! Promessa!
— Tá bem, tá bem, — Ruby assentiu, deixando-se rir. — Mas você vai me dever um chocolate quente, como pagamento. — Ela brincou, devolvendo sua atenção à nova velha tarefa.
Suas mãos apertaram os dedos às grossas bordas da madeira, e seus braços aplicaram força mínima, prontamente o suficiente para mover a maciço móvel de seu lugar. O ranger voltou a subir, e os longos metros da estante se arrastaram facilmente, sob o suave empurrar de Ruby.
— Um chocolate quente e quantos donuts quiser! — Belle suprimiu o barulho com sua voz. — É o mínimo que posso fazer.
Em segundos, a grande estante fizera seu longo trajeto de um canto da biblioteca a outro, guiada pelas firmes mãos de Ruby. Por outra vez, a madeira tocou a uma parede e se aninhou em outro confortável ângulo. Um novo fôlego, uma nova pausa, Ruby mirou Belle na nova distância.
— E agora? — A mais alta estendeu as mãos em frente a estante, como se apresentando o móvel ao mundo pela primeira vez.
Belle mostrou os dentes, mas seu sorriso puxado em uma reta tensa
— Perfeito... — Ela murmurou pelos lábios apertados. Ruby bufou um riso sincero.
— Você detestou.
— Eu detestei. — Belle admitiu, soltando o ar de sua mentira. — Desculpa.
— Não há problema. — Ruby meneou o rosto, seu sorriso nunca perdendo a força. — Mais donuts para mim! — A jovem guardou as mãos nos bolsos, afastando-se da estante para observá-la por completo. Sua caminhada a levou ao lado de Belle, e Ruby enraizou seus pés ao carpete junto da menor, mimicando sua postura de decepcionada contemplação. — É, não é o melhor lugar. — Ruby estalou a língua. — Você tem razão em detestá-la aí.
Os olhos verdes roubaram um rápido vislumbre abaixo, fitando Belle ao seu lado. Como se sentindo a atenção cair como pena em seus ombros, Belle mirou Ruby, e um singelo sorriso acompanhou sua voz.
— Você é tão paciente, Ruby. — A pequena elogiou, embalando seu corpo ao lado, para que seu ombro tocasse ao de Ruby. O quente contato trancou o fôlego na garganta pálida. — Obrigada por me aturar. — Belle voltou ao seu equilíbrio, meros centímetros distantes de si e Ruby imediatamente sentiu sua falta.
— É um prazer, — A mais alta limpou a garganta, torcendo para que o ruído trêmulo não tenha sido captado pelos ouvidos humanos; seu coração já tamborilava alto demais, confundindo seus pensamentos. — Gosto de me sentir útil. E, se estou sendo honesta, não imagino o que você faria sozinha. Não fosse a coisa de lobo, acho que estas estantes seriam pesadas demais para mover.
Belle concordou, soprando uma nota exasperada em sua frente, sobrancelhas arqueadas em saliência.
— Sim! — Ela assentiu, gesticulando firmemente ao redor, às várias densas estantes que as cercavam. — Aposto que a biblioteca esteve fechada por estes 28 anos porque não havia ninguém em Storybrooke para mover as estantes. — Belle brincou, lançando outro olhar acima, em direção a Ruby. — Sorte a minha que tenho você.
— As pequenas vantagens de ser a única lobisomem da cidade. — Ruby deu de ombros, usando do minúsculo movimento para aproximar-se de Belle. Suas botas, cuidadosas, usaram da esguia vantagem, arrastando-se milímetros mais à esquerda, até que as pernas de Ruby sentissem o leve toque de uma feliz pequena vitória ao lado de Belle. — Acho que eu deveria começar meu próprio negócio com uma empresa de mudanças, o que acha?
Belle girou o corpo para Ruby em um pulo. E Ruby inspirou fundo.
— Uma ideia genial! — A menor concordou, — Imagine quantas casas mudaria em um único dia! Oh, e para que serviços de guincho, se temos uma Ruby Lucas em nosso meio?
O humor de Belle transbordou de seu corpo e logo os dedos da menor circulavam o braço da mais alta, puxando-a de leve a seu favor. A força de Belle era uma gentil brisa, e já era o bastante para abalar as fundações de Ruby. Ela se deixou levar pelos suaves dedos agarrados a sua camisa, aderindo ao embalo do doce riso.
— Não é mesmo? — A mais alta juntou-se a imaginação. — E eu seria rápida, também.
— O pacote completo! — Belle riu, contaminando Ruby em seu borbulhante som.
Os nervos que formigavam o peito de Ruby retornavam mais fortes, consumindo todo o seu corpo com calor. Não mais seu sangue lupino aquecia seu corpo, mas a carinhosa chama transbordando do toque de Belle a fazia quente. Dedos humanos, centrando-a a terra, suprindo-a de energia. As mesmas mãos aninhadas ali, na gasta manga de sua velha camisa, a preenchiam de vida — agitada, nervosa, pulsante vida que, despercebida, havia há um tempo se ausentado de seu corpo.
Ruby não sabia há quanto tempo cruzava dormente pelo mundo. Não sabia se era fruto de uma maldição, de infortúnio ou do rumo acidentado de sua vida, Ruby sabia apenas que o vazio anestesiado que pouco a pouco envolvera a si tinha fim com Belle — com seu toque, sua voz ou sua simples companhia. Belle devolvia vida à Ruby e Ruby não sabia ao certo como agradecê-la por tanto.
— Mas prometo que não a chamo para me ajudar somente pela força, Ruby. — A voz novamente puxou a mais alta a realidade, resgatando os pensamentos que lentamente se esvaziam sob o toque ao seu braço. — O fato de que você consiga mover as estantes é um bônus, claro. Mas sua companhia é o motivo principal.
Puxada bruscamente ao presente, Ruby foi tomada de surpresa pelas palavras que a recebiam. Sua mente, antes submersa na carinhosa chama, agora acumulava-se de todas as respostas possíveis; todas elas trancando-se uma sobre as outras, lutando por lugar em sua língua.
— Oh, hum, — Ruby se engasgou, engolindo a seco em busca de um único som que fizesse sentido. — Eu—Obrigada. Eu também. Quer dizer, sua companhia... também é a razão por que venho todos os dias.
Enfim, as mãos de Belle deslizaram pelo braço de Ruby, largando-se de sua roupa, no vibrar de seu riso. Novamente, Ruby sentiu sua falta, mas agradeceu ao seu descanso. Se os dedos permanecessem ali por algum tempo mais, Ruby perderia todas as poucas palavras que a restavam.
— Oh, quer dizer que não volta a biblioteca só porque gosta de arrastar os mesmos móveis o dia inteiro? — Belle ironizou, levando as mãos à cintura. — Estou chocada!
Ruby silenciosamente agradeceu ao humor de Belle. Se a pequena escolhesse por adereçar o estranho nervosismo já palpável em sua pele, Ruby não sobreviveria minutos mais. A alegre distração em sua brincadeira era bem-vinda.
— Não esqueça dos livros, — Ruby molhou os lábios ao responder, sua mão erguendo-se em sua frente para apontar a uma pilha ainda desorganizada de enciclopédias. — Estou cercada de conhecimento, e estou apreciando a oportunidade de aprender sobre o mundo.
— Sem dúvidas, — Belle assentiu. O olhar azul seguiu o gesto de Ruby, encontrando os vários livros em espera. — É uma chance imperdível. — Uma pausa pensativa, e Belle voltou a observar Ruby. — De fato, tem lido os livros?
A genuína surpresa no semblante de Belle pegou Ruby desprevenida. Não fosse o incessante eco de seu próprio coração, a lobisomem poderia jurar estar escutando o acelerado pulso batendo ao seu lado.
Mas Belle, mesmo de olhos transparentemente claros e traços ilustrados como as linhas de seus livros, era especialmente difícil de se ler. Seus nervosismos eram mascarados de outras formas e suas verdades vestiam outros tons.
Ansiedade, da natureza que fosse, apossava-se de Belle de forma diferente. Não como a garganta seca e a língua atrapalhada de Ruby, mas de timbres mais sutis — notas secretas, somente descobertas por quem soubesse pelo que buscar.
Ruby não sabia ao certo pelo que buscar, mas Ruby era ao menos excelente rastreadora. Cedo ou tarde, decifraria os nervos de Belle e a poderia entender melhor.
Por hora, Ruby estava confinada a seu próprio nervosismo.
— Hum, — A mais alta voltou a ressoar nota grave na garganta. — Tenho, sim. — Ela assentiu, retribuindo o olhar atento de Belle. — Sempre gostei de ler, na verdade. Era minha distração, na outra terra. Não havia internet, afinal. — Ruby ergueu um sorriso torto, mas Belle não reagiu. Mesmo na nova terra, Belle não entendia os novos conceitos. Internet deveria ser termo tão estranho para ela quanto para uma camponesa de sua antiga Floresta. Ruby correu os dedos pelos longos fios soltos, buscando esconder seu sorriso no movimento. — Não haviam muitas opções, mas reler as mesmas histórias não era tão ruim. Estou contente em refrescar minha bibliografia.
Belle ressoou um agudo som de seus lábios cerrados, sua dúvida modelando-se em curiosidade.
— E o que está lendo, agora que tem mais do que escolher?
— De tudo, mesmo.
Ruby deu de ombros, mas sua indiferença era apenas superfície, fina camada de proteção para sua faceta social.
Além da pele, ela guardava real, intenso interesse por tópicos em especial; temas e discussões que por muitas vezes a fizeram sentir-se sozinha em uma mesa redonda, debatendo assuntos dos quais ninguém mais partilhava.
Nerd, havia acusado Leroy uma vez, sem um pingo de gentileza. De onde diabos você tirou isso? Granny perguntara, incrédula.
Ruby aprendera, aos poucos, a guardar seus esforços particulares para um contexto mais… receptivo, onde seus interesses fossem abraçados por inteiro, sem julgamentos.
Oh, era raro achado, ver-se num ambiente livre de críticas.
Em poucas vezes, Ruby pôde mostrar-se real e completamente sincera em seus interesses, livre de hesitação. Ela não poderia culpar os outros, porém. Era ela, quem vira escapatória em livros e teorias, muito antes de sua vida jogá-la à interminável aventura transcendendo eras. Era ela, quem afundara-se nas páginas empoeiradas, a fim de esquecer a lua crescente acima de sua cabeça, ou o canto fantasmagórico de seu quarto vazio. Ruby havia feito de livros sua distração, enquanto outros ocupavam-se de novas aventuras. Não era justo, que ela os exigisse a mesma fervorosa disposição.
De outra forma, por mais uma vez, Ruby via-se sozinha.
Contudo, sua longa jornada de aventuras sem fim vinha repleta de felizes acidentes. Belle havia sido a melhor bagunçada coincidência de sua nova vida em Storybrooke; e, em um dia qualquer de uma tarde tediosa qualquer atendendo ao restaurante, Ruby encontrara Belle e vira, nela, a companhia para sua peculiar solidão.
Pequena, corajosa e repleta de estranhos conhecimentos, Belle, leiga ao mundo moderno, era sábia de muitas outras coisas e Ruby via-se refletida em seu entusiasmo.
A antiga princesa discorria sobre as estrelas e o mundo além dos oceanos e Ruby a ouvia com o peito amplo, de fôlego apertado e olhos brilhantes — ela deparava-se, enfim, com uma similar.
Nerd, Ruby pensou, com um novo sorriso nos lábios, uma curva especialmente calorosa que somente Belle poderia desenhar em seu rosto. Oh, você é tão estranhamente inteligente, Ruby repetia em sua mente, enquanto seus sentidos bebiam da imensidão de Belle.
De suas tragédias à sua sapiência, Ruby absorvia tudo Belle.
E tudo aquilo que era Belle era o que Ruby há tanto esperava. Finalmente, companhia sem críticas, parceira de seus excêntricos interesses.
Tola, Ruby não tinha motivos para se esconder em insinceras superfícies. Belle era lugar seguro.
Ela respirou fundo, comandando a mesma coragem que habitava sua mente a possuir seu corpo.
— Na verdade… — Ela começou, puxando contra a energia errática que queria empurrar sua voz de volta à garganta. — Na verdade, eu gosto de ler sobre ciência. Física, biologia, matemática… são assuntos que prendem minha atenção por muito tempo.
Sem precisar munir-se de palavras, Belle fez claro que Ruby tinha todo o seu foco. Abandonando os livros em suas pilhas e as estantes em seus cantos, a menor girou seu corpo a Ruby por completo. As pontas de suas sapatilhas mantinham-se a centímetros das botas de Ruby, apontado a mais alta, como paralelos ponteiros de um relógio.
Um relógio muito, muito interessado.
— Oh? — Os orbes azuis pareciam ainda mais claros, arregalados acima de bochechas rosadas. — Mesmo? Ciência? — Belle ecoou, e sua voz carregava toda a dimensão de sua curiosidade, seu corpo inclinando-se em direção ao de Ruby como se ela pedisse ajuda para carregá-lo.
— Mesmo. — Ela replicou, determinada a honrar toda a atenção posta em si. Ela devia ao menos entreter a pequena com sua resposta, por mais ordinária que fosse. — É que… na outra terra, tudo era regido por mágica. Tudo era explicado por mágica. Oh, este lago cura doenças e esta criatura vê o futuro e aquela bruxa concede desejos. Era tudo tão… conformado, eu acho? Não questionávamos nada. Tudo era o que era porque mágica existia, então…
Sua voz se abaixou, dando espaço para que seus pensamentos se organizassem novamente. O silêncio era breve, mas a dedicação de Belle era impaciente.
— Eu entendo. — A princesa murmurou. — Sentia a mesma frustração em meu castelo, cercada dos meus livros. Haviam tantas explicações para tantos fenômenos, mas as pessoas queriam saber apenas de mágica. — Ela bufou, cruzando os braços em frente ao peito. — Não me entenda mal: mágica é algo fascinante, com seu devido mérito, mas… não é tudo o que compõe o mundo.
— Exato! — Ruby exclamou, sentindo-se contaminar pelo entusiasmo de Belle. — Oh, eu sentia-me louca, querendo explicações que fossem além de “ah, isto é mágico”. Não parecia o suficiente e… — Suas palavras se frearam, assim que sua mente as alcançaram. O pensamento podou a si mesmo, cortando seu som antes que deixasse os seus lábios.
A abrupta interrupção confundiu Belle.
— O que houve? — Ela cerrou o cenho, intrigada pelo súbito silêncio de Ruby.
Condenando seus vícios, a mais alta forçou-se a continuar. Por outra vez, seus fantasmas retornavam e suas hesitações se mostravam. Ela rosnou por entre suas costelas, contendo o vibrar em sua carne. Ela não queria mais ser refém de suas inseguranças, medindo suas palavras a cada novo pensamento.
Belle era lugar seguro, Ruby repetiu ao escuro de seu interior. Belle era lugar seguro e não há nada a temer.
Ruby sabia de tal. Era verdade com textura, com forma, com aroma. Era a plena ciência que Ruby tinha, sobre qualquer outra coisa: em Belle, podia-se confiar.
Ela passou a língua aos lábios e tentou novamente.
— Ser… lobisomem, em um mundo repleto de mágica é um tanto… assustador. — Ruby admitiu, e logo franziu o rosto ao péssimo termo escolhido. — Não há… amparo, para uma condição puramente mágica, você sabe? Magia é imprevisível então… tudo o que nasce dela torna-se igualmente… Você não pode compreender com certezas, o que é ser lobisomem. “Filhos da Lua”, alguns nos chamam, mas não nascemos de um corpo celeste. Não somos híbridos, porque não somos igualmente humanos e lobos ao mesmo tempo. Não somos uma espécie, porque alguns de nós não nasceram lobisomens, mas foram impostos com essa condição, como Granny foi…
O fôlego de Ruby se esgotou. Seus pulmões trabalhavam com redobrado esforço, dando som a seus sentimentos, enquanto travando batalha para manter sua ansiedade trancafiada. Uma exaustão especial se apossava dela.
Belle assentiu, dentro do denso silêncio de sua pausa, sem mais se pronunciar. Seus olhos, sempre atentos, deixavam o espaço suficiente para que Ruby recobrasse suas energias.
A mais alta abaixou o olhar, mirando as próprias juntas que se esbranquiçavam no aperto nervoso de si mesmas.
— A magia garante algumas regras: prata e acônito são especiais fraquezas e um golpe certeiro no coração será sempre fatal; somos compelidos pela lua cheia e nossa maldiçã—nossa condição pode ser passada pelo laço sanguíneo ou por uma mordida. São estas nossas certezas, mas… por quê? — Ruby ergueu os olhos de suas mãos, esforçando-se para manter o contato com Belle. — Por que prata? Por que não ouro, ou bronze? Por que a lua e não o sol, ou vênus, ou marte? Por que nossa mordida é tão perigosa, se não temos veneno? Por que minha forma é acinzentada, se tenho cabelos castanhos? Por que Granny não se transforma mais? Por que…?
A última pergunta emudeceu.
Ruby não a daria voz. Ela soaria tão patética e melancólica que somente seria manifestação assombrosa de seus fantasmas, falando por si, imitando sua voz. Não. Ruby não a perguntaria. Era dúvida vazia, que nada sanaria.
— Porque a magia designou assim. — Ruby concluiu, dando de ombros, como se há pouco não esgotasse suas forças em voz. — Não há explicações. Há apenas os caprichos da magia.
O silêncio esgueirou-se de volta, empurrando lugar entre as duas, intrometendo-se no curto espaço entre seus corpos e afastando-as, segundo após segundos, num vazio desconfortável.
Ruby lutara pela aconchegante proximidade de Belle — suas botas arrastaram-se milímetros em minutos para poder pousar ali, no conforto de seu calor. Ela não deixaria que um intruso silêncio a roubasse dessa vitória.
Ela forçou-se a continuar, soltando as mãos do aperto já claustrofóbico em sua frente.
— Por isso encontro conforto em entender sobre a ciência, nesse novo mundo. — Ruby ouviu o fraquejar de sua voz, ao forjar um sorriso em seu timbre, mas era mentira de boas intenções. — Física, química, biologia. Tudo opera dentro de fórmulas, equações, causas e efeitos, leis. As coisas fazem sentido, mesmo que, por hora, não saibamos ao certo qual é. Mas tudo se explica. — Ela pausou, brevemente absorta na luz celeste refletida de Belle. Ruby piscou, — Hum, a lua. Minha cara amiga lua. Ela não é verdadeira mente “cheia”, não é? Ela nunca se esvazia, nunca se parte, nunca cresce ou diminui. O que a consome e a some durante o mês não é um espectro mágico inexplicável, mas a simples sombra da terra. A lua está sempre no céu, em todas as noites. Somente, em algumas não podemos vê-la, porque nosso planeta a oculta. Isso quer dizer que eu, hum, nós, lobisomens, não somos influenciados pela lua, mas sim pela luz dela que conseguimos ver. O que, se você pensar muito sobre, é ainda mais curioso, porque a luz sequer é da lua, mas é um reflexo da luz do sol. Então, enfim, somos influenciados pelo quê—?
Os olhos de Belle brilhavam mais azuis do que nunca.
As fracas lâmpadas alaranjadas piscando velhas nas paredes da biblioteca eram ofuscadas em sua presença, reduzidas a nada.
O vazio ao seu redor era escuro e a única luz confortante era o celeste em sua frente.
Nunca antes Ruby vira azul tão vívido, cor tão clara, céu tão vasto no semblante de Belle. Os mesmos olhos que tantas vezes a hipnotizaram e a renderam a tudo eram agora passivos, monumental cor em repouso, apenas a lhe observar.
Céu, oceano ou puramente Belle, Ruby se perderia em seu azul, se não tivesse cuidado.
Seu coração acelerou.
— O–O que houve? — Ruby gaguejou, a luz a puxava como gravidade, devorando sua razão. — Eu disse alguma coisa? — Ela tentou novamente, sentindo o pulso crescer de seu peito e escalar pelo seu pescoço.
O azul de Belle, por longos segundos, permaneceu silencioso, imenso, magnético.
Ela não piscava. Deuses, ela não piscava!
O que via refletido nos olhos verdes, para deixá-la tão compenetrada? Que troca de cores se fazia ali, no curto espaço de seus corpos, alheia aos sentidos de Ruby, que fazia de Belle estátua perfeita de olhos azuis?
Ruby trancou seu inspirar, cessando o som de seu corpo, se somente para assim escutar qualquer coisa que deixasse Belle. Um suspiro, um tom, um pulsar — qualquer coisa que a garantisse que esta em sua frente não era escultura de mármore de inquietante semelhança.
Finalmente, no silêncio, Ruby ouviu o coração que não era seu, mas que batia em assustadora sincronia.
Oh, talvez por isso Ruby não o havia escutado antes, pois ele se mascarava abaixo de seu próprio som.
Mas ali estava, no pequeno peito, batendo tão acelerado quanto aquele lupino, bombeando sangue às bochechas e vida aos membros, rápida, ansiosa, imediata.
Eram nervos, congelando Belle ao lugar, fazendo brilhar azuis seus olhos claros?
— Belle? — Ruby tentou com cuidado, testando o nome como se as sílabas fossem novas.
Então, ao fim do que mais pareciam ser minutos de uma pausa brilhante e assustadoramente azul, Belle piscou.
— Oh, Ruby! Desculpe! — A pequena pediu, rapidamente trazendo a mão à boca. Seus ombros eram puxados acima como se içados por um fio invisível e seus braços prendiam-se rentes ao seu tronco como se um abraço a apertasse. Desaparecida estava a estátua, substituída por súbitos e confusos nervos. — Eu só—Eu mergulhei em suas palavras, eu… Nunca havia a visto tão… cheia de paixão antes.
Ruby se engasgou.
O ar atropelou-se ao deixar sua boca, escapando de seu poder com um ruído agudo sem sentido. A vergonha multiplicaria-se exponencialmente, se fosse deixada sozinha. Sem pensar, a mais alta replicou, na desesperada tentativa de preencher o nada.
— É que—Eu gosto de ciência! O mundo que faz sentido é mais confortante do que um mistério imprevisível e, bom, eu não preciso de mais surpresas por um bom tempo, sabe? Acho que tive o suficiente por uma vida inteira, então—fórmulas compreensíveis me agradam. A matemática se encaixa perfeitamente e é uma linguagem mundial, eu…
Deuses, Ruby.
A voz era a sua própria, cravando as palavras em seu crânio, entalhando a vergonha de cinzel e martelo: Deuses, Ruby, o que você está fazendo?!
O tintilar embaraçado cresceu nos confins de seus ossos, tornando-se o único som ali, anulando todos os outros — anulando, até mesmo, a voz de Belle, que a tentava chamar para a realidade.
Somente quando o familiar toque de chama carinhosa aconchegou-se em seu braço, Ruby despertou.
A voz de Belle se desafogou no mar de sua vergonha e Ruby a ouviu dizer.
— Hey, — O sotaque soava gentil em uma única palavra. — Está tudo bem, — Belle garantiu. Seus olhos retornados a um novo normal, agora recebiam Ruby com a mesma brandura de sempre. E o calor escorreu dos dedos rosados, escalando pela mais alta e acalmando seu caos. — Eu concordo plenamente. Tudo o que disse é o que penso e pensei todos os dias, na antiga terra. O mundo da ciência é brilhante e cheio de promessas. E eu, que não tenho magia, sou grata por suas possibilidades! Tenho mais poder do que jamais teria, numa terra apenas de mágica.
Um delicado sorriso se curvou no semblante de Belle, e Ruby sentiu-se derreter. Não mais carne ou ossos, mas apenas calor líquido, escoando suas tensões até o chão.
O otimismo de Belle.
O sorriso de Belle.
Os olhos de Belle.
O cheiro de Belle.
O toque de Belle.
Belle.
Belle, por inteira.
Deuses, o que fizera Ruby de tão grandioso, para merecer partilhar de tempo e espaço no mesmo reino de Belle?
Qualquer que fosse sua maravilhosa fortuna desconhecida, Ruby não viveria milênios o suficiente para recompensá-la. Nunca poderia, não importasse o quanto sua gratidão expandisse seu corpo e transbordasse de seu coração.
Ruby jamais conseguiria expressar por completo, o quão grata ela era à Belle.
Sua humilde tentativa, por hora, foi a resposta de um sorriso. Tímido, corado, mas ambicioso em mostrar parcela de seus sentimentos.
— É, — Sua voz quase falhou, raspando na base de sua língua. — Este mundo um pouco menos mágico é um tanto mais gentil, você não acha?
Ruby não sabia ao certo se referia-se ao mundo, de fato. Mas era seguro disfarce, por enquanto.
— Sim. — Belle reduziu-se a um sussurro, igualando seu volume ao de Ruby, até que todos os sons da biblioteca fossem regidos pela sinfonia da noite. — Um pouco de mágica, um pouco de ciência. Acho que podemos coexistir entre ambas.
O timbre de Belle carregava algo mais, como há pouco carregara o disfarce de Ruby. Por baixo de suas palavras, não o direto significado pronto, mas algo amedrontado, escondido na penumbra de seus sentidos. Uma menção, um gesto, uma tentativa a tocar em algo mais.
Seu real peso era ainda misterioso, mas Ruby entendeu pedaços de sua alusão.
Os dois mundos que se fundiam — mágica e ciência — eram na verdade outros nomes para as criaturas particulares que neles habitavam.
Uma criatura da magia, ressentida de sua condição, buscando refúgio na ciência; e uma criatura privada de mágica, buscando agência de sua vida em qualquer fonte que a permitisse entrada.
Ruby, de um lado e Belle, de outro. Realidades distintas entrando em confortável colisão, no carinhoso silêncio de uma velha biblioteca.
Se era este o significado escondido timidamente nas palavras de Belle, ele era bem-vindo à luz.
— Quem sabe, — Ruby ousou. — Estes dois mundos foram feitos para existirem juntos, desde o começo.
A penumbra se encolhia, revelando lentamente as reais cores abaixo de si.
Brilhantes, atraentes cores.
Azul e verde se encontraram cuidadosamente, sustentando seu contato.
Belle suspirou. Sopro leve e alegre.
— Acho que você tem razão.
***
— Red.
— Eu não quero falar sobre isso.
— Red.
— Não sei do que você está falando.
— Red, não adianta olhar para o lado.
— Não estou olhando para o lado. Estou vendo aquela rachadura no teto. Precisa chamar o proprietário para dar uma olhada. Não se pode brincar com dano feito por água—
— Ruby Lucas!
— Não me chame assim.
— Diga-me, quanto tempo desde que deixamos a Floresta Encantada?
— Vinte e oito anos.
— Que correspondem a quantos dias, precisamente?
— Você só está me usando como uma calculadora ambulante, Snow.
— Estou construindo a narrativa do meu argumento. E o tempo em dias soa mais dramático. Vamos, vinte e oito anos…
— São dez mil, duzentos e vinte dias.
— Dez mil, outra vez?
— Onde quer chegar, Snow?
— Foram dez mil dias, desde que partimos do nosso antigo reino. Dez mil dias, desde que começamos esta vida nova em Storybrooke. Por quantos deles, você foi feliz, realmente feliz, ao lado de alguém?
— Eu—Como eu posso saber?! A identidade sob a maldição não era exatamente eu, então… Não há como saber…
— A Ruby que eu conheci não parecia muito introvertida ou solitária. Sempre circulando o Rabbit Hole, cruzando pelas ruas naquele carro horroroso, com aquela música alta. Sempre cercada de pessoas, parceiros e parceiras…
— Relacionamentos casuais. Nada durou mais do que dois dias!
— No decorrer de dez mil, huh? Nenhuma vez, permitiu-se o risco de uma relação duradoura com alguém. Em dez mil dias, depois de muitos outros milhares de dias, enquanto ainda vivíamos na Floresta Encantada.
— Não é tão fácil como você faz parecer! Depois de Peter, eu—
— Peter foi uma pessoa, Red. Uma única pessoa, em milhares de dias.
— Foi o suficiente. O que houve com Peter arruinou muitos dos dias que seguiram.
— Vai deixar que arruíne todos os que virão?
— Não é tão simples.
— Você viveu dez mil dias sem a memória de Peter e, ainda assim, recusou uma relação duradoura. E, agora, enfim, uma chance como nunca antes se mostra em sua frente e você faz o quê?
— Estou sendo cautelosa.
— O nome dela é Belle. Você sabe quem ela é, não? Você sabe com quem ela viveu, boa parte de sua estadia na Floresta Encantada, não é? Você sabe a quantas feras ela sobreviveu, não?
— Snow, eu não sei se estou pronta…
— Teve dez mil dias para se preparar, Red. Para que esperar ainda mais?
— Eu a conheci há pouco. Belle não esteve entre nós, na cidade, durante todos estes 28 anos. Ela é nova a tudo isso, ao mundo novo, ao mundo velho… à mim.
— Oh, não minta a si mesma, Red. Sabe muito bem que Belle é mais sábia do que aparenta. Sabe que sua inocência não é ignorância e que, acima de tudo, você é a pessoa que ela melhor conhece. Em quem ela mais confia.
— Eu não quero arruinar nossa amizade…
— Se você acha que o que acontece aí é apenas amizade, precisa de óculos. Quem mais passaria dia após dia, noites em claro, para ajudar alguém na biblioteca?
— … Amigas?
— Céus, Red! Lê tantos livros, mas é tão tonta!
— Hey!
— Eu ganhei o direito de dizê-lo! Enquanto você julga minhas habilidades matemáticas, eu julgo as suas… Francamente, Red. Uma conta tão simples.
— O que você quer que eu faça?!
— Quero que encare seu medo com a mesma ferocidade com que a vi encarar os exércitos da Rainha. Quero que salte sobre este precipício como saltou sobre o batalhão do Rei George. Quero que agarre de garras e dentes esta oportunidade que somente uma caótica Maldição das Trevas poderia conceder. Esse momento lhe esperou por dez mil dias! Já é tempo.
— Okay…
— Okay.
— Posso ao menos adiar até a semana que vem?
— Red.
***
A tarde se escoava em noite sobre Storybrooke. As sombras contornadas pela luz alaranjada do crepúsculo se alongavam no chão, escalando pelas paredes da biblioteca.
Aos poucos, os sons da cidade se refugiavam para suas casas. Carros não mais cruzavam a Main Street e a esparsa multidão voltava a suas tocas. Em seu lugar, surgiam os grilos da noite, trazidos pelo vento suave do verão.
As janelas entreabertas da biblioteca refrescavam as paredes de muitas estantes, renovando o ar de tempos em tempos.
O silêncio confortável entre as duas mulheres era ornado pelos ruídos do jovem anoitecer.
— Estive pensando, Ruby...
A voz de Belle viajou o curto espaço, voando sobre o carpete e por entre as prateleiras, até tocar às costas de Ruby.
— E o mundo agradece esta doação! — A mais alta comentou, de seu lugar ao chão.
Pernas cruzadas em sua frente e coluna recostada à poltrona atrás de si, Ruby encontrara aconchegante ninho sobre o tapete, folhando as páginas amareladas de um velho livro. Sua mente, absorta nas antigas palavras, prontamente abdicou de seu foco para dar absoluta atenção à Belle.
— Engraçadinha. — A menor replicou, e seu timbre denunciava seu riso, mesmo na distância. Ruby não precisaria olhar para trás, para confirmar o sorriso curvado no lindo semblante.
— Diga. — Ruby a pediu, seus olhos pausando já desinteressados sobre as palavras em seu colo. Nenhuma anciã sabedoria valia mais a pena, diante de uma simples conversa com Belle French.
— Pensei muito sobre nossa conversa do outro dia, — Ela começou, e Ruby sentiu-se lentamente congelar.
A paisagem sonora ao seu redor era pintada de formas precisas, de contrastes inconfundíveis para aguçada audição da jovem lobisomem. Mesmo sem olhar por cima de seu ombro, Ruby tinha certeza do cenário às suas costas.
A maneira com que a voz de Belle rebatia contra uma parede — não, não uma lisa parede; suas notas se esgueiravam entre livros, então Belle falava em frente a uma estante — sussurrava aos sentidos de Ruby que a conversa que desenrolava entre as duas era, por hora, casual.
Ambas tinham as costas uma para outra, guardas abaixadas, defesas não engajadas. Não havia por que permitir que seus nervos, outra vez, a fizessem prisioneira.
Ruby ordenou-se a relaxar.
— Oh? — A mais alta perguntou, distraindo-se com as pontas no papel áspero em seus dedos. — Qual conversa? Falamos sobre tanto. É muito do que escolher. — Ela brincou, aliviada em ouvir seu humor soar minimamente natural.
Belle retornou seu riso, parecendo ter menos reservas do que Ruby.
— Verdade. Nosso catálogo é crescente. — O barulho de um livro arrastando-se apertado entre outros dois preencheu sua pausa, e Ruby soube então que Belle deva continuidade a sua tarefa, estocando as enciclopédias. — Refiro-me à quando falamos sobre mágica e ciência.
Ruby apertou os lábios. Seus olhos queriam fugir ao lado, ter visão de Belle, um relance sequer. Mas seu corpo a manteve firme em sua postura.
— Lembro-me dessa conversa. — Ruby assentiu.
— Adormeci pensando nela. Em como, de fato, este mundo ao qual a Maldição de Regina nos levou é tão... brilhantemente diferente do anterior! — O entusiasmo de Belle era paupável, sem perder seu caminho no espaço em suas costas. — Temos mágica, enfim. Rumple a trouxe de volta, do outro mundo. Mas este não era o desígnio da Maldição, certo? Esta aqui deveria ser puramente uma terra de ciência, o extremo contrário do nosso Reino. Mas, com sorte, temos ambas agora!
— Mais uma das inesperadas vantagens da Maldição de Regina. — Ruby concordou. — Eu juro, a Rainha Má deve estar furiosa, sabendo que acidentalmente melhorou a vida de alguns.
— E que melhora! — Belle exclamou, notas mais agudas afinando sua voz. — Digo, o antigo mundo não era tão ruim, mas este... mesclado de duas potências de infinitas possiblidades! Sinto como se o mundo se abrisse diante de mim. O mundo da ciência, sabe? Sinto que posso ter tanto poder quanto um usuário de mágica em minhas mãos, somente por compreender este universo.
Ruby sorriu. Um sorriso corado e tímido, escondido contra seu peito, refletindo apenas para si. Um sorriso largo, involuntário, nascido por Belle, como muitos outros. O gesto aquecia seu peito e agitava suas mãos.
Ela respirou fundo, recompondo seu tom.
— Belle French, a cientista, seria o ser mais poderoso de Storybrooke. Regina, Blue nem Gold conseguiriam enfrentá-la. — Ruby assentiu veemente, nenhuma dúvida em vista.
— Oh, eu seria, não seria? — Belle gargalhou. O som borbulhante crescendo do pequeno peito, navegando pelo ar e envolvendo Ruby calorosamente, abraçando suas costas. Ruby sorriu novamente. Não havia forças mais para resistir. Belle a rendia sempre, com todo o prazer. — Eu seria a Mestre das Artes Não-Mágicas! Eu poderia começar uma escola!
A pequena brincava. O humor amável, que recebia Ruby de braços abertos, tornando seus dias melhores. O humor desprendido, que carregava Ruby em sua correnteza, para onde fosse.
Belle, que levava Ruby para onde fosse.
— Hmm, — Ruby esticou o tom, fazendo dramática pausa. — Mas sinto lhe dizer: você terá alguns rivais neste Mundo Não-Mágico. Será um mercado competitivo.
— Quem? — Belle encenou um largo suspiro de ofensa. — Archie? Eu não me importo em dividir este mundo com ele, oras. Ele é gentil e brilhante. E ouvi dizer que ele tem um PhD! Não sei ainda o que é isso, mas investigarei.
— Archie não será problema. — Ruby replicou. — Ele será seu parceiro de negócios, na sua missão de dominação global. O grande vilão de seus planos será Victor.
— Victor? — Belle ecoou o nome com sílabas tortas. — Quem é esse?
— Whale. — Ruby pontuou. — Doutor Frankenstein.
— Frankenstein?!
— O próprio. E, pelo que entendi de sua história, um gênio do mundo da ciência. — Ela explicou, dando de ombros para si mesma. — Este será seu grande rival.
— Terei de competir com o médico cirurgião assediador? — Belle inflou uma exagerada atuação de surpresa.
— Ou, se não puder vencê-lo, unir-se a ele. — A mais alta ofereceu, não se esforçando para esconder a graça no absurdo de sua sugestão. O murmúrio enjoado que deixou os lábios de Belle somente adicionou a seu sorriso irônico. — Mas tenho uma impressão de que você não gostaria da parceria. Whale pode ser... cansativo.
O eufemismo não foi perdido pelos sentidos de Belle, que rapidamente fingiu som gutural de repulsa.
— Agradeço a oferta, mas prefiro tê-lo com rival, então. — Ela disse, voltando a devolver os livros a seus lugares. — Como disse, as melhores aventuras são as que têm os maiores obstáculos. Meu rumo para o topo deste mundo é promissor.
Ruby gargalhou.
— Você foi de líder religioso compartilhando filosofia de porta em porta a gênio ambicioso mirando a dominação global? — Ela zombou. — Uma evolução perigosa!
— Tenho você a culpar! — Belle defendeu-se, armada de nada senão sua graça. — Sua confiança em mim subiu à minha cabeça, veja. Agora acredito que posso desafiar o mundo.
Ruby mordeu os lábios. Era isto, ou sua risada iria escalar de seus pulmões ridiculamente, num barulho afogado e desengonçado de vergonhosa, desimpedida alegria.
— Eu criei um monstro. — Ruby retrucou, tropeçando pelos resquícios de seu riso trancafiado. — Quem sabe sou eu, o Doutor Frankenstein!
— Ah, não. — Belle foi rápida em responder. — Você é infinitamente melhor do que ele.
Oh.
Ruby engoliu a seco.
Pela primeira vez, desde que a veloz troca começara leve e contente por cima de suas guardas baixas, o silêncio durou mais do que um segundo.
Dois, três, quatro segundos, estranhamente longos, longamente estranhos.
Ruby tentou limpar a garganta para oferecer uma resposta, qualquer réplica incoerente que fosse, mas Belle a venceu.
Ruby ouviu atrás de si, ainda aparentemente absorta na tarefa de seus livros, Belle pigarrear suavemente.
— Quis dizer, hum, — Ela esperou, mas a frase não se completou sozinha, apenas balançando no ar, sem ponto. — Quero dizer que você seria uma ótima parceira! Não uma vilã, ou coisa assim. Seria uma ótima companhia, hum, para ter ao meu lado. Você sabe, nesta minha... dominação global.
Ruby franziu o cenho, encarando as páginas em seu colo, como se quisesse nelas perfurar um buraco e se enfiar — ou ao menos ali encontrar algo para dizer.
Sua mente, contra todas as suas forças, se inundou, nublada e confusa.
Os sons de Belle, desajeitados e apressados, perderam sua clareza e logo Ruby não ouvia mais nada.
Não mais perfeita paisagem desenhada pelos seus sentidos lupinos, mas silêncio embaralhado, deformado.
— É... — Ruby testou sua voz no vazio. — Não quero arruinar a reputação de Whale, mas confio que eu seja uma melhor parceira, sim. — Um segundo se passou, e este foi eternidade suficiente para Ruby entender seu erro. O eco errado de suas palavras era horrendamente vergonhoso e ela lutou para corrigir-se, antes que Belle pudesse dizer qualquer coisa. — Digo! Para sua aventura, claro. Para tomar o mundo da ciência. Eu seria uma boa parceira.
Seus dedos se agitavam sob o livro, suspensos no meio do ar, sem motivo e sem firmeza. A palma transpirou e Ruby a levou ao rosto, limpando da pele clara a sensação irritante de seu rubor.
Ela agradeceu aos Deuses, ou a qualquer santidade sadista assistindo a sua tortura, que Belle estivesse de costas a ela e ela, de costas à Belle. Se Ruby cruzasse com seu olhar, não poderia sustentá-lo por um momento. Não poderia sequer sustentar a si mesma, longe do chão.
E a sorte, então, estava ao seu lado.
— Estou acumulando conhecimentos, — Ruby insistiu em negar o silêncio, batendo com dois dedos à sua têmpora. — Logo serei enciclopédia ambulante e você poderá usar não só de minha força, mas de meu cérebro.
Deuses, Ruby.
Novamente, as esculturas se eternizando como ruínas no interior de seu crânio soletravam em repetição: vergonha.
Deuses, Ruby! Pare de falar.
Ela murmurou uma maldição abaixo de seu fôlego, condenando seus nervos para o livro ali em suas pernas, indiferente ao desastre descomunal que testemunhava.
O silêncio era esmagadora punição de seu embaraço, mas Ruby não ousaria mais quebrá-lo. Ao que tudo indicava, ela só iria piorá-lo.
Por sorte, Belle ofereceu-se a tal sacrifício.
— Lembrarei-me desta oferta com carinho.
A voz de Belle soou diferente.
Ruby cortou através do torpor de seu autojulgamento para distinguir os novos ruídos e timbres de sua fala. Belle quase sussurrava. Tom baixo e hesitante, reverberando com esforço. Reverberando, preocupantemente, de uma nova altura.
A audição lupina retornou como água gélida para seu corpo e expôs, de vibrantes cores claras, a figura alarmante: Belle estava, de alguma forma, nas alturas.
Ruby finalmente quebrou a postura de mármore que cavara sobre o tapete e girou o tronco para enfim lançar um olhar atrás de si.
O que encontrou a fez levantar em um instante.
Belle escalava, descuidada, a bamba escada de alumínio, até seu último degrau.
— Belle! — Ruby pôs-se de pé um pulo fluído, resistindo sofregamente ao impulso primal de correr até ela e aparar sua queda. Sua inevitável queda, desastrosa queda. — O que está fazendo?
Belle escutou às novas arestas na voz de Ruby e seu rosto virou ao lado, para olhar sobre o seu ombro em direção à mais alta. O simples movimento de sua cabeça balançou o frágil equilíbrio da escada, fazendo ranger o material contra o chão.
O barulho era como mortais rasgos metálicos aos ouvidos de Ruby.
— Só restavam os livros da última prateleira, oras. — Belle replicou, jamais se acanhando aos olhos que Ruby agora arregalava, espantada, para si. — Não posso deixar um trabalho pela metade. — Ela voltou a encarar a estante em sua frente, esticando o pequeno corpo até o limite de sua altura, até que seu curto braço conseguisse, com visível esforço, empurrar um livro entre outros, na prateleira mais alta.
— Por que não pediu minha ajuda? — Ruby impediu o movimento brusco de suas pernas, que ousaram, contra seu comando, a dar um passo à frente. Seus braços tencionavam e seus ombros alongavam-se, prontos para o próximo movimento. — Não lembro se conversamos sobre isso, mas o veredito é de que eu sou mais alta que você.
Belle bufou, na tentativa de cômico descaso, mas seu fôlego era estremecido pela tensão física de seu corpo. Um livro após o outro ela colocava à alta prateleira, a cada nova vez inclinando seu corpo mais e mais longe da precária escada que sustentava seu peso.
— Sei que é mais alta do que eu, Ruby, — Belle riu, e novamente seu som era entrecortado por grunhidos surdos de esforço. — Mas não posso continuar abusando de sua boa vontade. A força, o cérebro e agora a altura? Não. Logo, Granny vai reclamar que estou explorando você.
Maldito humor adorável, Ruby condenou-a em sua mente. A sagacidade de Belle era a melhor arma contra Ruby, que sequer conseguia manter firme o cenho cerrado de preocupação.
As fibras de seu corpo e a adrenalina de suas veias, porém, discordavam. Seus membros ainda não relaxavam, embora o sorriso escapasse de suas defesas. Ruby não relaxaria por completo, até que Belle retornasse ao chão, sã e salva.
— Não é problema, Belle! — Ruby insistiu, seu timbre misturando indivisivelmente brincadeira e sinceridade. — Eu disse: gosto de seu útil. Prefiro ainda mais, quando posso evitar que alguém quebre uma perna.
Belle riu, o pequeno corpo se moveu e a escada estremeceu. Ruby prontificou-se, mas, novamente, nada aconteceu.
— Acha que quebrarei uma perna caindo daqui? — Belle cedeu rápido fitar ao chão, poucos metros abaixo de si. Para os olhos de Ruby, os vários degraus eram alturas colossais. — Por favor, tenha fé em meu sangue bibliotecário. Nasci para esse tipo de perigo.
— Deuses, — Ruby arfou, tentando expulsar os nervos do peito. — Quanto livros ainda faltam?
— Apenas mais três. — Belle recuou sua mão junto ao corpo, para alcançar mais um livro. A respiração de Ruby se prendeu junto ao movimento. — Sinto pena deles, tão altos aqui em cima. Ninguém irá encontrá-los tão cedo. — A pequena tagarelava, seu tom despreocupado mascarando os ruídos precários do alumínio em seus pés.
— Eles ficarão bem, eu prometo. — Ruby suspirou depressa, nunca avertendo os olhos das tortas retas da escada, lentamente cedendo contra o peso de Belle. — Agora, retorne à terra, por favor? Antes que eu desenvolva uma condição cardíaca aqui em baixo.
Belle riu largamente e Ruby quase arrependeu-se de acobertar seu medo de humor, assim que viu a gargalhada da pequena por outra vez agitar seu corpo perigosamente sobre os degraus.
— Ora, já sente a minha falta? — Belle cantarolou por cima de seu ombro, retornando o último livro a seu lugar. Enfim!, Ruby comemorou em seus pulmões.
— Como nunca. — Ruby deixou sua voz estremecer em nervos, muito focada na figura de Belle para preocupar-se com qualquer outra coisa. — Já até esqueci o seu rosto! Volte, para que eu possa lembrar.
— Estou indo. — Belle replicou, levando a mão antes suspensa no ar para as grossas laterais da escada.
E Ruby sentiu-se expirar um fôlego visceral de seus lábios.
O par de sapatilhas ajustou-se no mesmo degrau, tateando a textura de metal abaixo de si. Os curtos braços tencionaram-se ao apoiar o aperto seguro nas laterais em frente a seu corpo. E, finalmente, Belle movia-se para descer da escada.
Mas sua perna falhou em alcançar a altura do degrau abaixo. A sola de seu sapato escorregou sobre o gasto atrito do alumínio. Os pequenos dedos não tiveram força para segurar todo o peso de Belle em seu lugar.
Ruby correu antes que a visão se registrasse em seu crânio.
Antes mesmo que o gemido surpreso de Belle se fizesse um eco, antes que o rangido da escada se alongasse, antes o corpo nas alturas sequer deixasse o lugar.
Ruby estava ao seu lado.
O impulso de sua corrida erguera páginas no ar e rodopiara as flores em seus potes. O túnel de vento limpou qualquer coisa de seu caminho, cortando em direção à Belle como uma flecha rasga o ar.
A força impressa em suas pernas custara-se a frear por completo. As palmas pálidas chocaram-se contra a estante, na última tentativa de conter seu movimento transbordante. Os longos fios castanhos balançaram para além de seu rosto, cobrindo seus olhos por um instante.
E apesar do ríspido poder desmedido de seu impulso, a mão que pousava protetora às costas de Belle era puramente gentil.
Os dedos curvados suavemente a favor da coluna da pequena e a palma firmemente encaixada no vale de suas costas, jamais aplicando força maior do que a necessária.
O corpo de Belle parava intacto, ainda sobre os degraus de alumínio.
Seus curtos braços fraquejavam, mas conseguiram manter seu peso firme em segurança. As sapatilhas, embora escorregadias, rapidamente haviam encontrado nova base no nível abaixo.
Um breve, inofensivo susto, de gigantescas reações.
Belle, justa a sua palavra, havia nascido para o perigo de uma velha escada de alumínio.
E Ruby, tão prontamente armada de todas as forças e proezas de seu lobo, fora adversária desnecessária.
A brusca tensão de seu medo se esvaziou do corpo de Ruby, como pressão abandona um balão. O peito pálido, agora corado pela adrenalina correndo elétrica abaixo de sua pele, despencava sob seu peso; as fibras de energia endurecendo seus membros derretiam, curvando sua altura em centímetros.
As forças de Ruby se esvaíram junto ao perigo.
Mas a mão aninhada ao corpo de Belle permaneceu ali, viva. Atenta.
Quando a respiração de Belle vibrou de seus pulmões contra a palma pálida, Ruby voltou ao mundo.
— Obrigada. — A doce voz soou, logo acima de sua cabeça. A mais alta olhou para os poucos centímetros sobre si, vendo os olhos azuis, carinhosos, a lhe encarar. — Já me sinto mais segura.
O sorriso de Belle se curvou lentamente.
O rubor devorou as bochechas de Ruby livre do mesmo cuidado, imediatamente cobrindo seu rosto de um calor envergonhado. Olhos verdes fugiram ao chão, e a mão ainda rente à Belle estremeceu no choque de seu embaraço.
— Desculpe, — Ruby murmurou, mordendo os lábios. — Velhos hábitos. — Ela se explicou, sentindo o fogo esquentar seu semblante. Os olhos cerraram com força.
— Não se desculpe. — Belle sussurrou em retorno, o afável timbre de sua voz cuidadoso com a súbita fragilidade de Ruby.
— Não quis subestimar seu equilíbrio, — A mais alta insistiu, seus ombros enrijecendo na aflição de sua vergonha. Os dedos agora tocando de leve às costas de Belle se apertaram em um punho. — Mas sou quase programada a antecipar, hum, acidentes. Culpe a... coisa de lobo.
O sorriso de Belle ressoou cálido por suas palavras.
— Hmm? Isso mais me parece uma coisa… de Ruby Lucas.
O sotaque rendeu as reservas de Ruby, convidando seu olhar de volta à menor.
O punho que tremia em suas costas sentiu o suave ondular do pequeno corpo, ao passo que Belle descia, cuidadosa e lentamente, mais um degrau.
Ruby não queria cortar o contato de sua pele com o calor vertendo pelo fino tecido da camisa de Belle. Sua mão permaneceu ali, até que a menor findou seu movimento, escolhendo seguro lugar em degrau mais baixo, ainda estrategicamente longe do chão.
Ruby percebeu, então, como os olhos azuis se alinhavam perfeitamente com os seus. Casados na mesma altura. Não mais ela buscava por Belle centímetros a mais abaixo de si, mas agora ela pairava em sua frente, inescapável de seu olhar.
O ar gelou em sua garganta. Outra vez, os olhos azuis eram mais claros do que nunca.
O calor de Belle se apossava de sua mão e serpenteava pelo seu braço, tomando seu corpo, encontrando o fogo de seu rubor no meio do caminho, até que enfim Ruby por inteira era absoluta chama.
Ela engoliu a seco.
— Você se preocupa demais.
A voz de Belle sussurrou ainda mais baixa, reduzindo-se para caber no curto espaço restante entre seus corpos.
Oh, Ruby conseguia sentir o toque de seu hálito, fazendo cócegas na ponta de seu nariz. Ruby conseguia sentir o aroma de Belle abraçar seus sentidos. Ruby conseguia sentir a respiração ampla subindo e descendo os pulmões de Belle, no tímido contato de sua mão.
— Desculpe, — Ruby sussurrou de volta, seu timbre arranhado no novo volume. — Eu—
— Não, — Belle suprimiu o som estremecido de Ruby, cobrindo-o com notas delicadas. — Não me refiro a isto. — Os olhos azuis roubaram menção ao lado, para onde os dedos de Ruby, tensos em um punho, recusavam-se a abandonar. — Refiro-me a, bem…
A pausa de Belle se alongou.
Ruby sustentou os olhos azuis que retornavam cuidadosamente aos seus. O peso era maior do que todas as suas forças poderiam suportar e, ao mesmo tempo, de uma leveza transcendente.
Ruby não tinha mais sons em seu peito, palavras em sua boca ou pensamentos em sua mente.
O vazio era dominado por Belle. Belle.
Belle, que descia dos últimos degraus, tocando as sapatilhas ao carpete e retornando à sua altura. Belle, que encurtava ainda mais a mínima distância de seus corpos. Belle, que pousava bravamente em sua frente, sem por um momento fraquejar.
Belle, que drenava toda as suas forças, na melhor das formas.
Ruby sentiu seu punho tremer, libertando os dedos de juntas já brancas do próprio aperto. A mão voltou a palmar o côncavo das costas de Belle. Seu toque apenas repousava, sem coragem para pressionar, sem coragem de mover-se de seu lugar. Apenas ali, congelado no calor aconchegante.
Deuses.
Deuses!
Ruby gritava em seu crânio, inundada de novo sentimento. Não mais vergonha, mas outro anseio, de igual grandeza, fazendo lar em seus ossos.
Deuses, Ruby repetiu, sentindo seus olhos falharem, perderem o foco. A distância de Belle a consumia e seu campo de visão era, plenamente, Belle. Os orbes azuis, as maçãs coradas, os lábios avermelhados.
E ali pararam os olhos verdes, por um falho momento, no delicado volume dos lábios de Belle. No arco de sua boca, na curva rosada de um sorriso profundo.
Ruby não tinha mais energias para resistir o olhar, perdida no semblante de Belle.
Ruby, contudo, não tinha mais energias algumas. Vítima da gravidade de Belle, Ruby era passiva a sua atração magnética. Ruby não conseguia averter os olhos de sua boca, e Ruby não conseguia mover um músculo.
Estúpida predadora, antes implodindo com energia não gasta, agora era confinada a seu corpo, imóvel. Ridiculamente imóvel. Pateticamente imóvel. Inacreditavelmente imóvel.
Deuses.
Ruby condenou os céus, com os últimos ecos nebulosos que sua mente poderia produzir. Rogo ou maldição, ela ouvia o barulho rebater-se em sua cabeça, sequestrada de poder.
— Sim, — O grave tom de Belle soprou sutil sobre a pele fina de seu queixo, resgatando Ruby do agradável abismo perdido em seus lábios. Com a última força, Ruby encontrou os olhos azuis outra vez. — É a isso que me refiro.
A mais alta não viu o movimento acontecer, mas sentiu-o plantar-se carinhosamente em seu corpo. As mãos de Belle, tão mais corajosas que as suas, subiram ao seu encontro, abrigando-se ao redor de sua cintura, fechando gentil aperto no tecido gasto de sua camisa.
A pressão expeliu um sopro do peito de Ruby, arrastando consigo o fino som de sua surpresa.
— Você se preocupa demais. — Belle repetiu dentro de um suspiro quente.
O volume de suas palavras desapareceu, enquanto o toque de seus dedos à cintura de Ruby se aprofundou, trazendo o tecido ao encontro das costas pálidas, devorando toda a distância.
Como se espelhando o gesto das pequenas, as mãos de Ruby aninharam-se também ao corpo de Belle, envolvendo a curva de seus quadris.
Belle tomou o último passo. As sapatilhas tocaram contra as botas da mais alta, enraizando território entre os pés de Ruby.
Os lábios rosados ergueram-se, desafiando a altura restante, mas pausaram torturantemente próximos — o toque invisível já podia ser sentido em sua boca.
Por último, Belle sussurrou.
— Beije-me.
O pedido era ordem imperial.
Ruby abaixou o rosto e encontrou os lábios da pequena em seu caminho.
O beijo era tão quente quanto o calor que, insistente, se anunciava em cada mínimo toque. Mesma chama gentil, enfim tomando sua boca.
Mesma chama que transbordava de suas mãos, agora misturando-se entre os dois corpos, rentes um ao outro. Mesma chama que orquestrava as crescentes respirações das duas, peitos unidos num contato íntimo, tomando ar conjunto.
Os dedos de Belle curvaram-se contra as costas de Ruby, prendendo-se famintos em sua carne, enquanto as mãos da mais alta, receosas, mediam sua força.
As sapatilhas pediram por mais espaço, avançando impossivelmente mais próximas de Ruby. O quadril, já empurrando contra o da mais alta, insistiam por mais lugar.
As mãos deslizaram pela altura de Ruby, escalando por suas costas, abaixo da longa cortina de seus cabelos. Dedos quentes encontraram a base de seu pescoço e abraçaram sua nuca, polegares tocando, leves, as conchas das orelhas pálidas.
Belle puxou o rosto de Ruby contra o seu, tomando breve sopro de ar, antes de selar seus lábios outra vez. O rosto girou ao lado e o som de sua vontade fugiu de sua boca.
Deuses, Belle.
Eram as únicas palavras restantes em Ruby, enquanto seu cenho franzia, em deleitoso desespero.
Belle pedia urgência. Ruby não a desapontaria.
Ela inclinou sua altura sobre a menor, unindo seus corpos. Belle enlaçou as mãos que brincavam com os cabelos de sua nuca, deitando seus braços sobre os firmes ombros de Ruby.
O pequeno tronco curvou-se a adentro do seu, tocando ao estômago de Ruby, enquanto as mãos da mais alta exploravam novos apoios às costas de Belle.
A chama crescente roubou-as de juízo, porém.
Tão rapidamente quanto as consumia, a pressão puxando seus corpos um contra o outro, em gravidade estelar, as tirou de equilíbrio.
Belle apoiou peso demais aos ombros de Ruby. Ou talvez Ruby tenha mal calculado a estância de suas botas no carpete para segurar os dois corpos. Ou talvez, ainda, ambas tenham se perdido por completo uma na outra, esquecendo das leis que governavam o mundo a sua volta.
Fosse o culpado que fosse, o erro estava feito.
Belle inclinou-se para trás, pendendo todo seu peso nos fortes ombros e Ruby não conseguiu antecipar o desequilíbrio. Seus pés perderam o chão.
O beijo se rompeu com um estalo molhado, em um assustado gemido compartilhado.
Com sorte, o imediato corte do contato foi o suficiente para devolver parte dos reflexos de Ruby, que reagiu em tempo para reparar a queda.
Um de seus braços buscou bruscamente ao lado, fechando aperto poderoso como garras ao forte pilar da pesada estante, impedindo seu tombo. Ao mesmo tempo, outro braço manteve a salvo o corpo de Belle, enlaçando a cintura firmemente junto a sua.
O peso somado dos dois corpos, contudo, balançou a densa estante, sacudindo sua altura à frente e fazendo tombar das prateleiras os livros que escapavam de seus lugares.
O estrondo subiu como poeira no ar. Ruídos cacofônicos de páginas esfolheando em queda e grossas capas de couro despencando em baques surdos no carpete. Chuva barulhenta em grandes números que, aos poucos, se esgotou.
O desastroso silêncio seguiu.
Ruby ajustou suas solas no chão e enraizou sua estância, levando seus dois pesos a um equilíbrio. Sua mão ergueu Belle consigo, garantindo que a pequena fizesse seguro retorno à terra.
Embora de sapatilhas firmes no chão e corpo sustento em usa próprias pernas, Belle ainda agarrava-se aos ombros de Ruby, como se tronco ao mar.
Ou, talvez, como simples abraço confortável.
Ruby não reclamaria.
Os dedos de Belle escorregaram de seus ombros até traçarem as dobras da camisa em seu peito. Os polegares agora circulavam os botões costurados ao tecido.
O riso de Belle foi a primeira coisa a quebrar o silêncio da bagunça.
Gargalhada melodiosa, com que Ruby muito sonhara, dando cor ao mundo, fazendo mais claros os olhos azuis, dando vida aos verdes.
A voz de Belle, tremendo alegre, jubilosa, numa risada deliciosa em frente de si, em seus braços, em seu abraço, rente a seu peito, em suas mãos.
Deuses! As adoráveis sapatilhas tortas paradas em frente a suas botas, os pequenos dedos brincando com os botões desajeitados, os cabelos de cachos suaves, misturados aos seus, de fios fugitivos cobrindo seu rosto. O aroma floral da pele clara, o detalhe de seus lábios, o azul de seus olhos.
Belle!
Seu coração explodiria.
Ruby riu junto a ela.
Ruby não sabia com certeza do que estava rindo, mas ria. Belle a puxava e Ruby a seguia, de novo e de novo, com prazer, até o fim dos tempos. O novo melhor vício de sua existência.
Até que, enfim, os pulmões de Belle cansaram e ela suspirou profundamente. Seu riso cessou, e ela passou a língua aos lábios, tornando risada em ofegante sorriso.
O sorriso mais lindo que Ruby já vira em todos os seus milhares de dias. Em todas as suas vidas.
Belle recostou sua testa ao ombro de Ruby, suspirando num som abafado contra sua camisa.
— Teremos que organizar tudo outra vez?
A pergunta era ridícula. Sequer era pergunta. Eram meras palavras, encontradas jogadas no caminho, para dar sentido ao silêncio.
Era melhor do que Ruby esperava.
A mais alta abriu seu largo sorriso.
— Dez mil dias a mais? — Ela perguntou, erguendo altas a sobrancelhas em seu semblante.
— O quê? — Belle afastou seu rosto do corpo de Ruby apenas o suficiente para falar. Curiosos olhos encarando-a de cima para baixo, na mais adorável figura de confusão. — Dez mil dias?
Ruby meneou o rosto. Ela, também, não fazia sentido. Era, realmente, milagre que pudesse lembrar de formular frases, com o presente resquício de sua sanidade.
Um delicioso delírio bem-vindo.
— Nada. — Ela sorriu, franzindo o cenho para sua própria lentidão.
Belle mordeu os lábios rosados num sorriso contido, antes de finalmente tocá-los à boca de Ruby, num rápido beijo. Leve toque, tão menos desastroso que o último.
A pequena varreu os olhos azuis pelo semblante corado de Ruby, inspirando profunda nota que preencheu seu peito.
— Nerd.
#red beauty#ruby x belle#ruby lucas#belle french#ouat#why yes im aware it's 2020 but we don't talk about it
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10 YEARS OF ONE DIRECTION
• Imagine Songs - (01/06 - 31/07)
PERFECT
S/N'S
O cheiro do álcool – somado ao elevado coro de vozes – causava-me fisgadas intensas na parte de trás da nuca.
A certa altura da noite, qualquer outro lugar no mundo soava-me mais agradável que minha permanência forçada naquela festa pós-Grammy. E, por um momento, me permiti questionar os motivos que me levaram a confirmar presença em todas as etapas daquela solenidade.
Ostentando em minha expressão uma imensa carranca – indicio de meu claro desconforto, mediante a situação - tornei-me um item indesejado e sem propósito, em meio as risadas escandalosas e alto teor de felicidade, que pairavam pelo ar.
- Ofereço uma libra por seus pensamentos. – Niall se pôs ao meu lado de supetão, fazendo-me pular em susto. – O que poderia estar te afligindo em um momento tão sublime quanto este, querida?
- Não estou nos meus melhores dias. – Confessei, tentando evitar contato visual com suas orbes azuis. – Esta pândega está chegando ao fim, para mim.
- Tão cedo, baby? – Sussurrou ao pé do ouvido, acarretando-me uma série de arrepios intensos. – Esperava ter sua companhia durante o próximo drink. Desde nosso último encontro, venho sentindo sua falta, sabe disso.
A tensão sexual contida nas entrelinhas queimava como o fogo do inferno, entre nossos corpos estranhamente próximos.
- Por favor, Horan! – Supliquei, dando um passo para trás. – Estou cansada dos seus joguinhos. Me deixe em paz, sim?!
- Você sempre soube que eu não sou bom em fazer promessas definitivas, meu bem. – Como um felino prestes a atacar, o moreno caminhava sorrateiramente em minha direção. Sem causar grandes alardes ao mar de telespectadores a nossa volta. – Posso até não ser um cavaleiro, trajado com uma armadura brilhante e montado em cima de um cavalo branco, como seus ex's namorados, mas, sou eu quem te proporciona os melhores orgasmos, não né?
- Me recuso a responder palavras tão grosseiras, quanto as suas. – Revirei os olhos, impaciente. – Achei que havia sido clara, quando disse que não pretendia continuar com nossos encontros.
- Sabe, eu espero que você tenha certeza do que quer, S/N. – Seu tom assumia uma face zombeteira. – Uma hora vou me cansar de insistir tanto e não ter nenhum retorno.
Não houve espaço de tempo suficiente para que uma resposta desaforada fosse dada por mim; no segundo seguinte ao final de sua sentença, os lábios do irlandês já desciam suavemente pelo meu pescoço, deixando-me desorientada com o ato.
- Me recuso a acreditar aquela mulher que se desfazia entre meus braços, simplesmente, não exista mais. – Uma mordida foi depositada no lóbulo da minha orelha, obrigando-me a reprimir um pequeno gemido. – Eu morreria para ter você em minha cama novamente, baby.
- Se contenha, Horan. – Juntei forças o suficiente para afasta-lo minimamente de meu corpo, temendo que algum dos presentes pudesse ter se atentado para a cena protagonizada por nós. – Sei exatamente o que quero para minha vida. Estou farta de ser apenas mais uma foda para você.
- Não pense dessa forma, S/A. – Seu polegar e seu dedo indicador se fecharam em minhas bochechas, formando-me um pequeno biquinho nos lábios. – Você tem sido minha melhor foda, no último ano.
- A caso conhece o significado da palavra “limites”, Niall? – Questionei, atirando sua mão para longe do meu rosto. – Você está me deixando nauseada com esse vocabulário tão esdrúxulo.
- Sabe, S/N, não me recordo de deixá-la nauseada enquanto me afundava dentro de sua buceta escorregadia. – Um sorriso ladino rasgou-lhe a face. – Desde o inicio, você esteve ciente que eu jamais seria o tipo de homem que você poderia apresentar a sua família, baby.
Embora verdadeiras, as palavras escolhidas por Niall faziam-me desfrutar a terrível sensação de ter o coração despencando dentro de minha caixa torácica, como um desconfortável lembrete de meus frágeis sentimentos em relação ao nosso casual envolvimento.
- Vai se foder. – Esbravejei, numa falha tentativa de esconder o quão afetada me encontrava. – A título de curiosidade, não me importo com o que você representa. Tenho estado com pessoas que realmente mereçam minha atenção.
- Se refere a Charlie Puth? – Questionou, fazendo-me arregalar os olhos em surpresa, pela menção ao nome do cantor. – Não esperava que eu soubesse sobre o casinho tosco entre vocês dois? Podem burlar a mídia a vontade, alegando que o fato de estarem sempre no mesmo ambiente não passa de coincidência, mas, não a mim, S/N. Vi com meus próprios olhos quando ele deixou sua casa, na outra noite.
Me foram necessárias algumas frações de segundo, até que toda a revelação atirada em sobre meu colo fosse – finalmente – processada; questionamentos confusos formigavam-me a mente como insetos insistentes.
- Como pode saber quem frequenta minha residência, Niall? – A incredulidade assolou-me a voz. – Percebe como está soando assustador?
Despreocupadamente, o moreno a minha frente inclinou-se para trás, buscando apoio para suas costas e dando-me uma visão mais ampla de seu corpo.
- Não é tão ruim quanto parece. Eu juro. - Defendeu-se. – Fui até lá porque queria você. Mas, pelo o que pude perceber, ele já havia esquentado sua cama.
- Isso não é da sua conta. – Ofeguei, dando alguns passos para trás, afim de manter um limite de segurança entre nós. – Não finja que se importa com quem está ao meu lado, Niall.
- Por que continua a se enganar, S/A? – O azul de seus olhos parecia ter sido coberto por uma camada acinzentada. – Não percebe que, independente das circunstâncias, sempre vamos voltar um para o outro? Somos perfeitos juntos, baby.
Senti meu estômago se contrair, ao notar que – mais uma vez – o irlandês se postava perigosamente próximo a mim, deixando nossos lábios a centímetros.
- Do que você está falando, Horan? – Meu olhar intercalava freneticamente entre sua boca e suas orbes azuladas. – Isso é loucura. Nada parece fazer muito sentido.
- Permita-me elucidar, amor. – Soprou-me, permitindo que seu hálito gélido acariciasse minha face. – Puth pode ser um cara legal, que te leva a lugar chiques e com nomes impronunciáveis. Pode ser que você corra para os braços dele, quando se sente insegura. Ou até mesmo, o cara que está ao seu lado nos momentos difíceis. Mas, sabe de uma coisa? Quando você quer viver uma aventura, é em mim que você pensa. A caso, ele consegue te fazer gozar em poucas chupadas, meu bem?
Memórias sexuais, a cerca de nossos encontros secretos, atingiam-me a mente, como balas de canhão em meio a uma guerra; naquele ponto de nosso imbróglio, a pulsão entre minhas pernas se fazia presente, inundando a pequena peça intimida que cobria-me a intimidade.
Amaldiçoei-me mentalmente, por não conseguir tomar o controle sob minhas vontades, começando na sucumbir as emoções que a presença daquele homem ocasionavam em meu amago.
- Niall, por favor. – Tremi quando sua mão esquerda atingiu-me a nádega, apertando com força a carne daquele local. – Não quero perder meu equilíbrio com você. Não percebe como isso é errado?
- Ainda se lembra de como gostávamos de fazer coisas que não deveríamos, S/A? – Entorpecida pelos afagos pornográficos que este depositava em zonas estratégicas de minha estrutura, se quer fui capaz de formular um discurso corrente, insistindo no pedido de afastamento, entre nós. – Me responda, querida. Puth te faz ver estrelas como eu?
- Nunca fui para a cama com Charlie. – Um suspiro derrotado escapou por minhas narinas. – Está satisfeito agora?
Um brilho vivaz reinou imponente na fisionomia do irlandês, ao ter conhecimento de minha humilhante revelação.
- Me fale mais a respeito disso. – Prendeu-me o lábio inferior entre seus dentes, fazendo com que uma descarga elétrica percorresse meus sistemas. – Por que não conseguiu transar com ele? Estou curioso a respeito disso.
- Isso não é da sua conta, Niall. – Grunhi, sem forças. – É um assunto íntimo, não acho que seja necessário que você fique a par dessas questões.
- Tem razão. Não é da minha conta. – Seus pálidos dedos se emaranharam em meu penteado, puxando-me ainda mais para perto de si. – Além do mais, sei qual seria sua resposta. Você não se entrega a ele porque é comigo que quer estar.
Um gemido brutal rompeu por minha garganta no instante em que nossas bocas se tocaram, dando início a um beijo, onde o principal pilar do feito, se dava através do flamejante desejo que imperava em nosso íntimo.
Em um delicioso – e quente – emaranhado, nossas línguas brigavam por espaço, tornando aquele ósculo ainda mais excitante.
- Você é perfeita em tantos quesitos. – A ponta de seus dedos acariciou-me a face, após a quebra de nosso contato salivar. – Por hoje, seja minha. Já é quase meia-noite, saia dessa festa comigo e me permita aplacar o desejo que queima entre suas coxas. Apenas, viva este momento comigo, querida.
- Você não faz ideia do quanto me odeio, pelo simples fato de não conseguir me negar a você. – Balbuciei, mandando pro espaço todo o meu auto controle. – Tenha uma coisa em mente, Niall. Está será a última vez em que me deixei levar, okay?!
- Sim. – Concordou, com um sorriso sacana. – Apenas uma despedida, sim?
- Exatamente. - Atirei-me , sem pudor, em seus braços. – Apenas uma perfeita despedida.
- Você é perfeita para mim, S/A.
May
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☕ [RESENHA] (#01) TRONO DE VIDRO, TOG, DE SARAH J. MAAS
Título: Trono de Vidro Autora: Sarah J. Maas Série: Trono de Vidro (#01) Editora: Galera Record Gênero: Fantasia Páginas: 392 Avaliação: ★★★★★ ❤ Compre: Amazon | Submarino | Americanas Adicione na Estante: Skoob | Goodreads Resenhado Por: Vitória Castelo Branco
☕ SINOPSE: Nas sombrias e sujas minas de sal de Endovier, uma jovem de 18 anos está cumprindo sua sentença. Celaena é uma assassina, e a melhor de Adarlan. Aprisionada e fraca, ela está quase perdendo as esperanças quando recebe uma proposta. Terá de volta sua liberdade se representar o príncipe em uma competição, lutando contra os mais habilidosos assassinos e larápios do reino. Endovier é uma sentença de morte, e cada duelo em Adarlan será para viver ou morrer. Mas se o preço é ser livre, ela está disposta a tudo.
"Todos carregamos cicatrizes. As minhas são apenas mais visíveis do que as maiorias."
“Trono de Vidro” é uma das séries fantásticas da amada autora americana, Sarah J. Maas, e foi o seu romance de estréia, que começou a escrevê-lo quando tinha apenas dezesseis anos e primeiramente publicou seus capítulos no FictionPress, um site destinado aos aspirantes a escritores e seus leitores, onde acabou se tornando uma das histórias mais populares do website, e posteriormente foi publicado oficialmente pela “Bloomsbury Publishing”, nos Estados Unidos. A história da protagonista que conhecemos atualmente nasceu do devaneio de Maas sobre a Cinderela uma vez que a escritora é viciada em contos de fadas e filmes da disney.
❝E se a Cinderela não fosse uma serva e sim uma assassina? E se ela não quisesse ir ao baile para encontrar o príncipe e sim, ao contrário, matá-lo?❞
O universo de alta fantasia conhecido como Erilea era abençoado pelos deuses com todo tipo de magia e habitado por criaturas feéricas, valgs e bruxas. Entretanto, os poderes mágicos adormeceram de maneira misteriosa após haver uma intensa perseguição contra tudo que envolvesse o misticismo sob a ordem do poderoso rei de Adarlan, um homem impiedoso que devastou cortes inteiras e reinos vizinhos que se negaram a serem submissos aos seus desejos nefastos.
Ilustração: Morgana0anagrom / Salome Totladze
Nesse cenário se encontra a perspicaz e dona do meu coração, Celaena Sardothien, que realizara a proeza de se tornar a maior assassina de Adarlan mesmo tendo apenas dezoito anos, cujas habilidades foram forjadas em seu árduo treinamento com a orientação do rei dos assassinos e pedaço de mau caminho, Arobynn Hamel, que se tornou seu mentor após ela ficar órfã quando ainda era uma criança, em um violento atentado contra sua família e terra natal.
❝Mas ela ainda se lembrava da beleza do mundo antes que o rei de Adarlan ordenasse que a maior parte dele fosse queimada. Agora não havia mais nada lá para Celaena e jamais haveria.❞
Contudo até mesmo a nossa assassina preferida não é invencível e em uma fatídica noite é traída e capturada em um acesso de fúria contra aqueles que tiraram a vida de seu companheiro de crime e amante, sendo obrigada a cumprir sua pena nas terríveis minas de sal de Endovier, um lugar destinado a escravizar todos aqueles que saíssem da linha ou ousassem não dobrar os joelhos perante um rei cruel. Isso é literalmente uma sentença de morte e Celaena será mais uma na pilha de ossos... até receber uma proposta tentadora em troca de sua liberdade: representar o príncipe herdeiro em uma competição feroz para se tornar a campeã do rei, mesmo que isso significasse servir ao homem que destruiu tudo que a jovem conhecia e amava.
❝Há algum tempo Celaena não sentia medo – não se permitia sentir medo. Todas as manhãs, quando acordava, repetia as mesmas palavras: Eu não terei medo. Durante um ano, essas palavras significaram a diferença entre se partir e ceder; evitaram que Celaena se despedaçasse na escuridão das minas.❞
Mas Sardothien não está sozinha nessa jornada e será guiada por uma rainha semi feérica milenar que vai ajudá-la a descobrir seu propósito em um mundo abandonado pelos deuses e ensiná-la a controlar um poder antigo que nem mesmo o rei de Adarlan é capaz de apagar. E os laços com a princesa de Eyllwe, com o intrigante capitão da guarda real e com o príncipe herdeiro de Adarlan serão cruciais para a sua sobrevivência no perigoso castelo do Trono de Vidro. Nehemia será a melhor amiga que Celaena sempre desejou ter; Chaol será o companheiro que sempre estará ao seu lado; e Dorian será a paixão que fará seus pés saírem do chão. E os dois rapazes juntos vão confundir o coração da assassina e fazê-la questionar suas convicções.
E talvez algum dia, suas profundas cicatrizes, marcadas em sua pele e em sua alma, não latejarão tanto...
A cada virada de página podemos conhecer a fundo toda a dor que há no coração de Celaena e compreender suas razões para tomar determinadas decisões, sendo impossível não se identificar com sua história e torcer por ela. A trama é habilmente tecida por Maas para fazer todas as peças se encaixarem na hora certa, como pode ser notado em menções a pessoas, coisas ou eventos que só iremos nos inteirar apropriadamente nos próximos livros. Já o personagens são muito bem desenvolvidos e não estão lá apenas para serem pano de fundo ou escada para a protagonista.
CONHEÇA OS PERSONAGENS:
CELAENA SARDOTHIEN
Ilustração: Morgana0anagrom / Salome Totladze
Não espere uma protagonista água com açúcar, pois você não vai encontrar isso por aqui. Celaena faz mais o tipo “fogo e sangue” e eu nunca vou negar meu amor por um bom antagonista. Se você pisar no calo dela, ela vai cortar sua garganta e com toda razão!
❝Meu nome é Celaena Sardothien - mas não faz diferença se meu nome é Celaena, Lillian ou vadia, porque eu ainda posso acabar com você, independente do que sou chamada.❞
Mas também não pense que a palavra assassina a define. Ela é mais altruísta do que você imagina e isso vai sendo revelado ao decorrer da saga. Se você se permitir ver através das camadas que ela construiu para se preservar, vai acabar se apaixonando irremediavelmente.
Celaena é mais parecida conosco do que você pensa. É completamente apaixonada por livros e se pudesse teria uma biblioteca própria em seu quarto, mas a do castelo dá pro gasto também haha. É viciada em bolo de chocolate, vive grudadinha com sua nova cachorrinha de estimação, Ligeirinha, e gosta de passar o tempo livre na companhia de seus melhores amigos.
❝Bibliotecas estão cheias de ideias, talvez seja a mais poderosa e perigosa de todas as armas❞
Sardothien é uma mulher de muitas nuances; é destemida, esforçada, resiliente e genuína. É dona de uma personalidade marcante e de um humor travesso, e não tenta parecer quem não é para agradar os outros. E mesmo após passar por tantas tragédias, ainda tenta abrir o coração para viver novas amizades e amores.
E sim, eu vou pendurar um poster dela na parede do meu quarto! haha
CHAOL WESTFALL
Ilustração: Merwild
O capitão da guarda real me deixa com o coração super quentinho. Ele não parece ser muito legal nas primeiras páginas, mas não deixe seu temperamento forte te enganar. Chaol se revela um homem de coração altruísta e de caráter nobre, sendo um dos melhores personagens da série. Ele preza a lealdade, a honra e o companheirismo. E quando ele se apega a alguém, se mostra fiel até o fim, ás vezes até se sacrificando em nome do outro. E com Celaena não será diferente...
❝A cada dia, sentia as barreiras derretendo. Ele as deixava derreter. Por causa da risada sincera de Celaena, porque ele um dia a surpreendera dormindo com o rosto em cima de um livro, porque sabia que ela venceria.❞
Que partidão, hein!
DORIAN HAVILLIARD
Ilustração: Morgana0anagrom / Salome Totladze
O príncipe herdeiro de Adarlan é exatamente o oposto de seu impiedoso pai e nem ao menos parecem compartilhar os mesmos genes. É um homem bem intencionado, carismático e apaixonante, que exala uma confiança natural e um senso de humor único. É uma ótima companhia e pode vir a ser a salvação de uma Adarlan na escuridão.
❝Dorian via o rosto dela sempre que fechava os olhos. Ela assombrava seus pensamentos, fazia-o desejar fazer coisas grandiosas e maravilhosas em seu nome, fazia-o desejar ser um homem que merecia usar uma coroa.❞
Até onde ele iria por um amor? E qual seria sua escolha, o amor ou a coroa?
NEHEMIA YTGER
Ilustração: Morgana0anagrom / Salome Totladze
A princesa de Eyllwe é uma das melhores personagens da saga de “Trono de Vidro” e é outra que deixa meu coração bem quentinho. Ela não precisa manejar espadas para demonstrar sua grande força e influência, preferindo mostrar seu talento no campo político e diplomata. Nehemia é uma mulher corajosa, inteligente e comprometida com a causa de salvar seu povo da fúria do rei de Adarlan. Seu coração benevolente nos cativa e nos faz torcer para que consiga realizar suas idealizações de um mundo melhor. E isso me faz pensar até que ponto ela se arriscaria para conseguir isso...
❝ – Você possui muitos nomes, então também vou nomeá-la. – A mão de Nehemia se ergueu à testa de Celaena, e a princesa desenhou uma marca invisível. – Eu a nomeio Elentiya. – Nehemia beijou a sobrancelha da assassina. – Eu lhe atribuo este nome para usá-lo com honra, para usá-lo quando o fardo dos outros nomes se tornarem muito pesados. Eu a nomeio Elentiya, “Espírito Que Não Pôde Ser Quebrado”.❞
Ela também significa muito para a população negra que carece de representatividade tanto no meio literário quanto no cinematográfico.
E aí, está esperando o que para devorar os livros de Sarah J. Maas?! Corra e adquira já a sua coleção! 🔥
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Regras de Etiqueta Natalícias
Estes últimos quinze dias antes do Natal costumam ser os mais caóticos para o pessoal que trabalha em retalho e tem de aturar a enchente de pessoas que só agora vão fazer as suas compras. Mas as coisas não têm de ser difíceis nem complicadas e stressantes. E realmente não o são, mas o comum e singelo cliente de centro comercial consegue arranjar maneira de tornar o simples numa tortura psicológica que deixa mazelas e enche os bolsos de terapeutas.
Por isso, para ajudar quem ainda tem de fazer as suas compras de última hora, há pequenos pontos que poderão ajudar a que tudo corra às mil maravilhas e de forma fluída e simples. E se todos fizessem só algumas destas coisas, o Natal não era metade do exasperante que às vezes se torna.
(Nota: Isto não se aplica a todas as lojas nem a todas as situações. São apenas algumas sugestões ou orientações que podem não achar significantes mas acreditem que no final do dia, ou noite, fazem a diferença. Esta lista pode e deve ser expandida por qualquer pessoa que o queira fazer. Vamos ajudar-nos uns aos outros! Coragem!)
Sejam simpáticos. Digam bom dia, boa tarde, obrigado. É um absurdo ter de começar com este ponto, mas não imaginam a gigantesca percentagem de pessoas que entra a matar com perguntas ou exigências sem cumprimentarem primeiro ou agradecerem depois. Simpatia gera simpatia. Acreditem que se forem simpáticos para com os trabalhadores de qualquer loja, faremos tudo e movemos tudo para que a vossa experiência seja a melhor possível. O contrário também se aplica. Se forem antipáticos faremos o mínimo possível exigido pelo empregador, e bem podem dizer que não voltam a fazer compras connosco. Clientes como vocês também não queremos. Por favor, não tratem o trabalhador por Tu.
Perguntar não custa. Peçam ajuda. Não importa se sabem o que querem ou não. O pessoal das lojas é treinado para isto. Se tiverem a sorte de apanharem um trabalhador disponível aproveitem. Nós queremos ajudar. Se já souberem o que estão à procura, nós ajudamos a encontrar o item rapidamente e assim podem ir embora mais depressa. Se não souberem, nós temos listas de sugestões, selecções e frases feitas para todas as situações. As lojas estão confusas nesta altura com a quantidade gigantesca de produtos, mas acreditem que existe organização.
Percebam que o trabalhador também está atolado de trabalho. Há reposições para fazer, produto desarrumado para arrumar e clientes para atender. Muitos clientes para atender. Percebam a situação em que o trabalhador está antes de pedirem ajuda. Se ele já estiver a ajudar alguém, não andem atrás dele de um lado para o outro com outras pessoas feitas pintainhos atrás da galinha poedeira. Façam sinal que precisam de ajuda, às vezes um olhar é suficiente. Nós sabemos.
Não interrompam nem façam perguntas falando por cima do trabalhador ou do cliente que ele está a atender. Isso é uma tremenda falta de respeito. Todos queremos atenção e a loja está cheia e está toda a gente com vontade de ir embora. Incluindo o trabalhador que pode estar ali há horas. Mas quanto mais depressa o cliente que está a ser atendido for bem tratado, mais depressa passaremos ao próximo. Está a levar muito tempo? Tentem perceber porquê. Se querem 110% da atenção do trabalhador, permitam que outro cliente também a tenha. Não façam o trabalhador perder tempo. Podem ter a atitude de que ele está ali para vos servir. E, por mim, podem meter essa atitude no rabo até fazer cócegas na garganta. Não atendam o telefone ou façam chamadas enquanto estão a ser atendidos. Há mais pessoas para serem atendidas. Pensem nisso. Não comam ou chupem rebuçados ao ponto de não se perceber o que dizem (principalmente os velhos que agora andam com os rebuçados de mentol que teimam em fazer o barulho de sorver e do rebuçado bater nos poucos dentes que têm o mais alto possível), e não faz mesmo diferença saber a história de vida da pessoa a quem querem oferecer o item que procuram, nem aquilo pelo qual vocês passaram na guerra, ou o difícil que está a ser o divórcio. O trabalhador está ali para vender e ajudar da melhor forma e o mais rapidamente possível a que encontre a melhor prenda. Há vinte e cinco pessoas atrás de vocês, todas elas com os seus problemas, incluindo o trabalhador.
Acreditem quando o trabalhador diz que não tem o item que vocês querem. Se houver a dúvida, ele vai confirmar. Ele vai perguntar a colegas, vai confirmar nos seus stocks. Não vale a pena pedir que vejam “lá dentro”. Se a resposta é rápida é porque existe a certeza. Se vierem com a atitude de “vocês não querem é vender”, bem podem arranjar mais espaço no rabo para esta também. O trabalhador faz parte de uma empresa, cujo objectivo é única e exclusivamente fazer lucro. O trabalhador tem de vender, e até pode ter objectivos de venda a atingir, ou ganhar comissões das mesmas. Se diz que não há, acreditem. Se houver alternativas, serão sugeridas. Ou então o mais certo é já terem vindo arrogantes desde o início do atendimento. Bem podem ir procurar o que querem a outro lado.
Não desarrumem a loja. Isto inclui colocarem itens fora do sítio ou deixarem os animais dos vossos filhos brincarem com as coisas de um lado para o outro. Se não sabem de onde tiraram alguma coisa, entreguem a um trabalhador. Até agradecemos. Mesmo. Acreditem que passamos mais tempo a arrumar a desarrumação criada ao longo do tempo que a repor a mercadoria que faz falta na loja. Isto ajuda-nos a todos, e faz com que o que querem esteja no sítio correcto e seja simples de encontrar. Ter tudo no seu sítio ajuda a que o atendimento seja rápido e eficaz, e o trabalhador não perde dez minutos a tentar encontrar algo que deveria levar apenas trinta segundos.
Não gritem na loja. A sério. Já basta a barulheira do choro dos sete bebés na fila de caixa. Não é preciso mais um grunho a gritar que vai andando para outra loja para poupar tempo ou que se esqueceu do que quer que seja. Sejam civilizados.
Tenham a carteira já à mão quando chegarem à caixa. Não esperem que o trabalhador vos diga o total das vossas compras para só então tirarem o casaco e a mala do ombro e abrirem a mala para perderem cinco minutos à procura da carteira das moedas e afinal estava no casaco e durante todo este tempo o trabalhador ficou a olhar para vocês e para o cliente que está atrás a bufar. Isto é tempo que parece pouco para quem está ao balcão mas que acumula para o trabalhador e para o último cliente da fila. Respeitem o tempo de todos. Não entreguem as notas dobradas nem atirem as moedas para o balcão. Novamente, pode parecer pouco ou “piquinhice”, mas o tempo que se perde nestas “merdinhas” é tempo desperdiçado. Fora que, na minha opinião, é um bocadinho falta de respeito.
Quando estiverem ao balcão, não atendam o telefone nem comecem no marmelanço. É fixe encontrar gente conhecida nas lojas, mas não falem da vossa semana nem combinem o jantar de natal quando o trabalhador está à espera do vosso dinheiro ou de uma resposta a alguma questão.
Esta época não tem de ser stressante se todos forem simpáticos e civilizados. É complicado quando há mares de pessoas nos centros comerciais, e o barulho extremo em todo o lado não ajuda. Todos temos a noção disso. Todos temos dores de cabeça e vontade de estar noutro sítio. Mas é incrível como todos os anos as chamadas de atenção para estas duas questões se repetem. Pensem que a pessoa que está na loja está lá há horas. Vocês podem ir embora a qualquer altura. Sorriam, sejam compreensivos, e tudo será melhor para todos.
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OOC: +18
IC: Nome terreno: Bam JaeHo Nome mitológico: σκοτ - Skott Faceclaim: Kim Taehyung - BTS. Nascimento: 30 de dezembro de 1995. Naturalidade: Daegu, Coreia do Sul.
Ser: Semideus, filho de Hécate. Tempo de treino: 3 anos Nível: 05 Dormitório: Orion (Ala 01) - Quarto 01
Twitter: @skott_olp Ocupação: Estudante de artes cênicas.
Qualidades: Tranquilo, esforçado e justo. Defeitos: Ansioso, indeciso, perfeccionista. Plots de interesse: ANGST, FLUFF, ROMANCE e GENERAL.
Biografia:
A lua brilhava em seu ponto mais alto do céu e iluminadas por sua luz e sua energia, treze mulheres dançavam em círculo, sorrindo e entoando cânticos que eram levados pela noite por metros além do local. No fim da última estrofe Jena sentiu o coração acelerar e a terra tremer sob os seus pés. Ela sabia que era chegada a hora, e pela maneira como suas irmãs haviam parado de dançar e a observavam ansiosas, partilhavam o mesmo conhecimento. Ela respirou fundo e caminhou até o centro do círculo, onde ajoelhou e estendeu as mãos para o céu. Suas irmãs iniciaram o clamor e Jena tentou concentrar suas intenções na deusa e aos poucos, sentiu a magia natural percorrer a terra e seu corpo até as suas mãos. Ela respirou fundo e abriu os olhos, então houve silêncio e algo macio entre suas mãos. Jena trouxe o objeto até perto de seu rosto e o mordeu. Havia o sabor de maçã em sua boca mas ela não pertencia mais ao seu corpo, era parte da brisa e da luz da lua. Seu espírito flutuou além do céu e do véu da realidade, tão alto, que ela pareceu provar do infinito. Quando a mágica de sua deusa lhe envolveu completamente ela sorriu satisfeita, e então iniciou sua queda. “Estejam prontas”, foram as palavras que proferiu quando retornou a si mesma.
…
No meio da madrugada de 30 de dezembro de 1995, meses após o ritual, o coven entendeu a mensagem da deusa. Jena acordou no meio da noite com o som da chuva e o peito apertado, imersa em uma urgência que a tirou da cama e a guiou através dos cômodos de sua casa até o lado de fora. Ela sabia onde ir e não se importou com o frio ou os pés que ficavam cada vez mais machucados enquanto corria. Jena o encontrou sozinho no meio do círculo, envolto em uma manta escura e com os olhinhos abertos. Ele não estava chorando e sequer estava molhado, parecia saber exatamente onde estava e quem ela era. Jena pegou o pequeno nos braços e no mesmo instante sentiu-se melhor. Ele era pequeno e parecia frágil como todos os recém nascidos, mas irradiava a mesma magia que sua deusa. Ela sabia exatamente quem ele era e enquanto o trazia de volta para sua casa, ela prometeu que cuidaria dele com sua vida.
…
Bam Jae Ho era o nome que Jena havia lhe dado em seu ritual de batismo. Scott era como gostava de ser chamado; o nome que sua mãe lhe deu. Ser criado pelo coven podia não parecer o ideal, mas funcionava e o garoto era feliz. Durante o dia ele era um garotinho como qualquer outro, ia a escola, brincava com seus amiguinho e fazia lição de casa. Mas todos os dias após o pôr-do-sol Scott tinha aulas com suas tias; conhecimento mágico, meditação e feitiços eram suas prediletas mas ele seguia uma lista de outras não tão interessantes que a tia Jena preparava. Nas noites de lua nova ele aprendia sobre Hécate. Suas tias discursavam sobre sua importância e seus poderes mas Scott só gostava da aula porque era do lado de fora e ele podia brincar. Apenas aos treze anos, após sua iniciação, descobriu que a deusa era sua mãe. Naquela noite ele adormeceu após ter chorado por horas seguidas, assustado e incerto sobre como aquela informação afetaria o seu futuro e sua vida no coven, mas todas as suas preocupações foram dissipadas quando Hécate, sua mãe, apareceu em seus sonhos para afirmar que tudo ficaria bem. Depois daquele dia, Scott passou a construir um relacionamento mais sólido com sua mãe. Ele costumava vê-la apenas algumas vezes no ano, quase sempre em seu aniversário ou em agosto, mas podia sentir sua magia e presença no fundo de sua mente sempre que meditava ou praticava o uso de seus poderes.
Ao fazer dezoito anos, sua vida mudou mais uma vez, Jena anunciou que ele deveria mudar para um local mais seguro, onde iria aprender mais sobre quem era e seu lugar no mundo. Aparentemente haviam outros como ele, filhos de deuses e deusas, e aquele era o momento que deveria reconhecer sua origem e viver como um semideus. Para Scott que cresceu cercado pelo amor e proteção de suas tias mudar parecia um pesadelo, e ele só foi convencido quando sua mãe prometeu que ele jamais estaria sozinho e que Jena e as irmãs do coven sempre seriam parte dele. Seu primeiro dia no acampamento foi o último que viveu como membro do coven, o único que abraçou Hécate de verdade e aquele que encontrou um familiar só seu. Ele ainda precisava aprender a lidar com mudanças e sabia que o futuro não era certo, mas tinha certeza que não estava sozinho, e era só o que precisava para ser corajoso.
Habilidades:
01. Sob a luz do luar: Seus poderes, independente do nível em que estejam serão sempre mais fracos durante o dia e mais fortes à noite.
02. Controle sobre as forças mágicas I: Pode realizar feitiços, encantamento e rituais diversos utilizando a energia mágica de pedras, artefatos ou seres mágicos, como seu familiar.
03. Nunca sozinho: Tem uma ligação com seu familiar (que é um elemental) e este animalzinho - que toma a forma de um cachorrinho durante o dia quando é mais fraco e um lobo à noite - é o primeiro na linha para lhe proteger.
04. Mapa das Encruzilhadas: Num espaço natural a energia mágica é utilizada, num espaço artificial, pode utilizar as correntes magnéticas no planeta. Como resultado, sempre sabe onde está e como voltar para casa.
05. Até onde posso ir: Quando se concentra consegue ampliar seu campo de visão, e enxergar em qualquer direção num raio de 30 metros em qualquer direção. À noite, sua habilidade é intensificada e pode identificar impressões mágicas deixadas por qualquer outro ser vivo.
06. Doces Névoas: É capaz de criar ilusões/sonhos quando entra em contato com outra pessoa estando ela acordada ou não. De acordo com a quantidade de força que usa, o poder pode confundir um ou todos os sentidos de sua vítima e esta pode perder-se na ilusão e jamais acordar.
07. Sentido frio I: Pode sentir espíritos e detectar a quanto tempo estão do outro lado.
08. Antecipar o futuro: Decisões mudam constantemente e com elas o futuro também, mas pode usar seus poderes para identificar as possibilidades mais fortes para futuros próximos.
09. O que está no escuro: Pode controlar sombras e trevas, mas em grau limitado.
10. Controle sobre as forças mágicas II: Ao aperfeiçoar seus poderes, pode praticar mágica sem precisar se utilizar de condutores de magia (pedras, artefatos e seres mágicos) consegue absorver e utilizar a energia mágica bruta e moldá-la conforme a sua vontade.
11. Senhor do tempo: Pode dobrar o tempo para que corra mais rápido ou lentamente.Os efeitos sugam muito de sua energia e só pode ser sentido por aqueles que estão num raio de dez metros dele, Quanto mais longe seu alcance, menor o tempo.
12. Sobre calor: Pode controlar e manipular uma chama. O fogo se alimenta de seu poder para crescer ou diminuir.
13. Sentindo Frio II: Pode ver e ouvir espíritos que estejam do outro lado e pode se comunicar com com aqueles que encontram no plano espiritual.
14. Matéria sólida: Pode destruir corpos sólidos a centenas de metros apenas com um aceno de suas mãos. A proximidade não interfere no tamanho do impacto, apenas a quantidade de energia mágica.
15. Controle sobre as forças mágicas III: A mágica deixa de se limitar ao plano terrestre e pode utilizar mágica de outras dimensões. Acaba sendo também um condutor de correntes mágicas e sua presença envolve grandes áreas com magia.
16. Onde quer que vá: Pode transportar a si mesmo e outras pessoas de um lugar para o outro. A distância depende da quantidade de poder disponíveis e de pessoas a viajarem.
17. Uma casca sob meu comando: A partir do momento que a alma deixa o corpo, pode controlá-lo. Não tem um limite de corpos ou tempo, mas o poder depende muito de sua própria magia e o deixa exausto.
18. Minha vida: Pode se utilizar de magia, sombras, animais, trevas e espíritos para criar monstros. Suas criações são irracionais e perigosas e obedecem apenas seu criador. Por conter muita energia escura, são perigosos e mortais mas costumam sobreviver apenas por um dia ou dois de cada vez e quando desaparecem, retornam às suas formas e partes originais.
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músculos. Exercícios para glúteo Método para aumentar Bumbum Naturalmente. método Bumbum na nuca, é recomendado para você.|Primeiramente, vamos dar uma breve explicação de como é seu bumbum por baixo da pele, para que você entenda, posteriormente, a importância de cada músculo e quais são
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suas possibilidades de exercícios. Antes de falarmos dos motivos relacionados ao crescimento dos glúteos, precisamos entender um pouco mais sobre este grupo muscular.
{Você conhece procedimento que a gordura retirada do abdome pode ser enxertada no bumbum? Pois, se você está em busca de um corpo com aparência mais curvilínea, a Lipoescultura pode ser ideal para você.|Coxas e glúteos, bumbum como Desenvolver - Fique em pé e mantenha corpo ereto, segurando um haltere de barra com os braços estendidos.} {A colocação de prótese no bumbum é feita sob anestesia e sedação, dura em média 2 horas e é feita por meio da realização de pequenas incisões nos glúteos que permitem colocar os implantes de silicone. tamanho da prótese é definido pelo médico e pelo paciente de acordo com objetivo, que seja para levantar, melhorar formato ou aumentar tamanho do bumbum.|Vemos que os exercícios que mais ativam esses músculos são exercícios básicos”, nada fora do bê-a-bá da musculação. Ou seja, não é necessário ficar inventado novos exercícios ou se matando com caneleiras dando chutes para alto para conseguir fazer um treino efetivo.} {Outro exercício muito bom que nunca vi ngn prescrever é ficar de joelhos no chão com a barra do smith nas costas e levantar corpo sem sair do chão (minuto 6'27” ?v=9nV-Lq0PF5g&t=149s ) esse exercício foca bem glúteo e preserva joelho. Outra
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dica para quem tem condromalacia é adaptar alguns exercidos como ensina essa educadora ?v=fyQoqFhlwzI&index=24&list=FL3D24RAaT5gD9LVc08LJUZw&t=0s (estou fazendo a 1 ano assim como minha esposa, ambos tem condromalacia, sem dores).|Para que você tenha um treino mais eficiente e completo, conheça
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alguns dos exercícios de glúteos e pernas que não podem faltar.} {Leg Press é uma boa alternativa para quem não pode colocar muito peso no agachamento, seja por lesões na coluna ou joelhos, seja porquê não tem muita forças nos músculos inferiores.|Ainda com corpo reto, levante a perna que está com tornozelo preso, em um ângulo de no mínimo 45 graus. Como se a estivesse abrindo, a resistência do cabo é que irá moldar os glúteos.} {Apoie os braços no chão separados, com tronco em paralelo (como se fosse fazer uma flexão) e corra sem sair do local. É um exercício queimador de calorias muito eficaz, mas pode ser muito cansativo para quem não tem prática. Faça por 20 segundos e vá aumentando a quantidade de tempo conforme você for ganhando resistência.|Os quadríceps serão os principais músculos envolvidos durante movimento, contudo terão maior ênfase os adutores (parte interna da coxa) e glúteo.}
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Pramil: tudo o que você precisa saber!
Embora sua venda seja um pouco controversa, o Pramil é bastante conhecido como uma versão alternativa e mais barata do Viagra, usado para tratar a disfunção erétil e a impotência sexual, problemas comuns entre muitos homens.
A disfunção erétil é um problema que afeta uma grande parcela da população masculina, principalmente homens de meia-idade e idosos, que, ao envelhecer, diminuem a produção de testosterona no seu organismo, o que, consequentemente, causa esse distúrbio.
Mas, se você é uma daquelas pessoas que pensavam que este problema não tem solução, fique sabendo que desde já que está muito enganado.
Com o avanço da indústria farmacêutica, agora é possível tratar a impotência e viver normalmente mesmo com esse problema. E é aí que entra o Pramil e os outros viagras disponíveis no mercado.
Esses tipos de medicamentos têm o objetivo de oferecer aos homens ereções que duram por horas para uma relação sexual saudável, combatendo a impotência sexual.
O princípio ativo presente nas cápsulas é o citrato de sildenafila, substância que ajuda a promover as ereções e o aumento da libido masculina.
Sendo assim, ficar envergonhado devido à impotência sexual é uma coisa do passado, pois as causas podem ser das mais variadas possíveis, Além disso, solucionar este problema é realmente fácil.
Para saber mais sobre este remédio que promete garantir ereções duradouras, continue lendo este artigo e conheça melhor os males e benefícios do Pramil.
Como funciona?
Chamada de citrato de sildenafila, essa substância é um dos principais compostos do Pramil e promove o relaxamento da musculatura lisa peniana, o que permite que o fluxo sanguíneo corra com mais facilidade e, consequentemente, crie uma ereção.
As ereções ocorrem quando o sangue é bombeado para o pênis, fazendo com que ele fique mais rígido e, para que isso aconteça, a musculatura do membro deve estar relaxada para o fluxo do sangue não ficar obstruído.
O tempo referente aos efeitos do Pramil podem variar de acordo com cada um e o seu resultado não é imediato, levando alguns minutos para que a ereção apareça.
Pramil Bula
O principal ponto em que o Pramil se destaca é o preço, e é por conta disso que ele é tão conhecido atualmente.
Entretanto, o medicamento acarreta muitos efeitos colaterais e seu princípio ativo, o citrato de sildenafila, pode ser fatal para algumas pessoas.
O funcionamento do Pramil visa, acima de tudo, promover ereções duradouras para tratar a disfunção erétil e a impotência masculina, ajudando os homens a superar essa questão que tanto atrapalha suas vidas.
Efeitos colaterais do Pramil
Como mencionado anteriormente, o Pramil causa muitos efeitos colaterais nos usuários e, dependendo da frequência do uso do medicamento, pode até deixar de trazer resultados – sobrando apenas as respostas negativas no seu organismo.
Em casos mais severos observados após o uso do Pramil é necessário correr para um hospital, pois para pacientes com problemas cardíacos o medicamento pode ser fatal, por exemplo.
Entre os efeitos colaterais, podemos citar:
Visão turva;
Dores de cabeça;
Taquicardia;
Congestão nasal;
Náuseas e vômitos;
Tonturas;
Vermelhidão na pele, principalmente na área do rosto;
Em vista disto, reações mais severas devem ser encaminhadas ao médico e o uso do medicamento deve ser suspenso imediatamente.
Contraindicações
Na bula do Pramil, encontramos diversos grupos para os quais o medicamentos é contraindicado, são eles: pessoas com doenças cardíacas, renais ou hepáticas, mulheres, menores de dezoito anos e alérgicos às substâncias que compõe o remédio.
Por isso, caso você seja de algum grupo de risco citado logo acima, é de extrema importância ler a bula e saber quais são as contraindicações de forma detalhada para evitar futuros problemas.
Pramil preço
A venda do Pramil é proibida no Brasil, entretanto, é possível encontrar versões genéricas com o mesmo princípio ativo nas farmácias.
Os valores variam de acordo com a dosagem dos comprimidos, mas o medicamento pode ser encontrado por menos de 15,00 reais em alguns casos.
Além disso, na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) o Pramil não é registrado, então sua venda no Brasil não tem a menor fiscalização, o que abre brechas para medicamentos que podem ser fatais à saúde do usuário.
Onde comprar Pramil no Brasil?
O Pramil é fabricado no Paraguai e, como mencionado acima, sua venda é expressamente proibida no nossa país. Portanto, as versão encontradas para vender no Brasil são falsificadas ou, até mesmo, ilegais.
Produtos semelhantes podem ser encontrados à venda no país, os quais são feitos à base do citrato de sildenafila e estes, sim, têm sua venda legalizada.
Entretanto, os efeitos colaterais são bem parecidos com os do Pramil e seu uso não é recomendado por médicos e especialistas da área da saúde.
Como deu para perceber, portanto, para quem se preocupa com o bem-estar e com os efeitos colaterais que um medicamento causa no organismo, o Pramil não é uma boa pedida. Afinal de contas, seus efeitos colaterais superam os benefícios.
Dessa forma, optar por esse medicamento pode gerar muitos pontos negativos a seu corpo.
Portanto, antes de fazer o uso do Pramil, procure por opções mais saudáveis e positivas.
O post Pramil: tudo o que você precisa saber! apareceu primeiro em Henrique Pazin - Conhecido como "HP" - Viajante & Workaholic Man.
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Melhores Ações Pagadoras Dividendos para Dezembro 2019
Recebi um email a cerca de dois anos de um assinante que achei muito interessante. Ele pedia para eu recomendar as melhores ações pagadoras de dividendos para dezembro 2019. Na prática ele queria saber quais eram as empresas que tinham o costume de pagar dividendos nesta época do ano, entre Dezembro e Janeiro. Achei estranho e perguntei para ele: "Por que especificamente nesta época do ano, é importante para você ter essa renda extra?" Ele respondeu que não recebia décimo terceiro salário e que no fim do ano, precisava comprar presentes de Natal para as crianças. Em Janeiro, tinha que pagar IPTU e comprar material e uniforme escolar, e por fim em Fevereiro ainda tinha o IPVA do Carro. Engraçado que eu nunca mais falei com esse assinante, mas sempre que chega no fim do ano eu lembro deste email, e penso naquelas ações que podem ser boas pagadoras de dividendos para esse período. Para ajudar ele e você, separei algumas das melhores pagadoras de dividendos para dezembro 2019.
Ferbasa (FESA4)
Analisando, os dados do Guiainvest, apresentados abaixo, vemos que Ferbasa historicamente anuncia dois juros sobre capital próprio em Dezembro. Um deles é pago em Dezembro e outro pago em Janeiro, o que é bem interessante para o nosso colega que enviou o email.
Tabela Histórico de Pagamento de Dividendos da Ferbasa. Fonte: Guiainvest Analisando o passado, ainda vemos que de 2014 a 2016, a companhia anunciou um provento e pagou em Janeiro e apenas antes de 2013 que ela anunciava em Dezembro e pagava em Março. Cabe ainda lembrar que a Ferbasa reconheceu no resultado de 3T2019 um crédito fiscal no valor de R$ 197 milhões e portanto seu lucro líquido veio maior, o que pode elevar os proventos pagos. Eu creio em um yield nesses próximo dois meses entre 2,5% e 4% sobre o valor atual da companhia de R$ 18,00.
Valid (VLID3)
Já faz algumas semanas que a Valid parou de cair e sua cotação começou a subir, principalmente depois da divulgação da divulgação dos resultados da Valid do 3T19. As ações que chegaram a valer menos que R$ 11,00 em Agosto de 2019 já estão em R$ 14,40. Na minha visão essa alta é inflada também pela expectativa de mais um grande provento distribuído no final do ano. Vamos ver o histórico de pagamento de dividendos abaixo.
Tabela Histórico de Pagamento de Dividendos da Valid. Fonte: Guiainvest. Vejam acima como nos últimos 4 anos a Valid distribuiu dividendos ou juros sobre o capital próprio no final do ano e pagou entre novembro e Janeiro do ano seguinte. Neste ano de 2019, a Valid aprovou o pagamento de um juros sobre capital próprio de R$ 0,35 por ação, equivalente a quase R$ 25 milhões no total. O lucro atual nos últimos 12 meses de R$ 94,7 milhões é muito próximo daqueles R$ 100 milhões alcançados em 2018. Desta forma como em 2018, considerando o ano todo, a companhia distribuiu R$ 0,9737 por ação, na minha visão ainda tem uma diferença a pagar. Caso a empresa não distribua mais dividendos, este será o ano de menor dividendos da Valid desde 2016. Eu acredito ainda em mais R$ 0,35, ou 2,5% de Yield mas como o atual foi anunciado para pagamento apenas em Abril de 2020, pode ser que ele não seja pago neste final de ano. Merece atenção.
Banco do Brasil (BBAS3)
O Banco do Brasil, tem costume de pagar juros sobre capital próprio várias vezes por ano. Normalmente são 8 distribuições sendo duas por trimestre. As distribuições são bem previsíveis em termos de datas. Em 2018, o Banco pagou R$ 0,1257 em 28/12/2018 e R$ 0,4169 em 30/11/2018. As ações ficaram ex-jscp nos dias 12/12 e 22/11 respectivamente. Em 2017, o Banco pagou R$ 0,0826 em 28/12/2017 e R$ 0,2232 em 30/11/2017. As ações ficaram ex-jscp nos dias 12/12 e 22/11 respectivamente. Em 2016, o Banco pagou R$ 0,0769 e R$ 0,1099, e as ações ficaram ex-jscp nos dias 13/12 e 22/11 respectivamente. Como vocês podem ver, se tudo correr como os anos anteriores, hoje, dia 21/11/2019 deve ter o anúncio de um juros sobre capital próprio do Banco do Brasil, e amanhã dia 22/11/2019 ela deve amanhecer ex-jscp. A grande vantagem do Banco do Brasil é que como os lucros tiveram crescimento em relação a 2018, a minha expectativa é de juros sobre capital próprio maiores que os R$ 0,54 por ação distribuídos em 2018 nesse período.
Gráfico: Histórico de Lucros do Banco do Brasil. Fonte: Guiainvest A minha expectativa é de um yield de 1,0% a 1,4% somando as duas distribuições
Fleury (FLRY3)
Fleury é uma companhia de análises clínicas e exames realizados em laboratórios e que já tem lucro e distribui dividendos há muitos anos nesta época do ano. Nos últimos 3 anos, vemos que a companhia sempre distribuiu juros sobre capital próprio e dividendos em dezembro ou Janeiro do ano seguinte. Nos dois últimos anos, a distribuição foi menor R$ 0,1270 em 02/01/2019 com pagamento em 18/01/2019, e R$ 0,1313 por ação em 02/01/2018 com pagamento em 18/01/2018. No entanto, em dezembro de 2016, a Fleury distribuiu somando dividendos e JSCP o valor total de R$ 2,1084 por ação. Os valores foram pagos em 23/12/2016.
Data de Pagamento dos Proventos da Fleury. Fonte: Guiainvest. “Infelizmente” ( ou felizmente para investidores de longo prazo), os altos investimentos de Fleury me fazem crer que o provento distribuído deverá girar em torno de R$ 0,12 a R$ 0,14 por ação, o que significa um yield de apenas 0,4%. Mas quem sabe eu erro, e ela distribui muito?
Perigo das Maiores Pagadoras de Dividendos
Provavelmente, você encontrará empresas que pagarão um dividendo grande agora em Dezembro ou Janeiro e que não está aqui. Mas quando montamos uma carteira desse tipo, precisamos buscar a previsibilidade. Ou seja, não adianta comprar uma ação como a Duratex – DTEX3 que pagou 4 % de Yield em Dezembro de 2018, mas que não pagou em 2016 e que agora está no prejuízo acumulado nos últimos 12 meses. Gostaria de lembrar também da importância da diversificação para fazer uma boa estratégia na alocação de ativos. Lendo este artigo, algumas pessoas vão preferir comprar apenas aquela empresa que deve distribuir o maior percentual, mas este é um processo perigoso, pois se houver uma mudança na distribuição, você pode ficar sem provento algum. Portanto diversifique, mesmo que você receba um pouco menos. Essa solução de comprar em Novembro para receber em Dezembro ou Janeiro, é uma solução emergencial. O ideal é que você aproveite esse momento de necessidade, saque esse primeiro rendimento para as suas despesas de início do ano, e depois mantenha essa carteira, faça novos aportes, para que no próximo ano, você consiga pagar essas despesas com “um pouco mais de folga”.
Melhores Ações de Dividendos para 2020
Atendendo a pedidos criei um evento presencial com grandes especialistas, para revelarem suas estratégias de investimentos para o próximo 2020. Por exemplo, Henrique Bredda, Gestor do Fundo Alaska, mostrará as melhores ações para crescimento patrimonial. César Paiva, Gestor do Fundo Real Investor , vai abordar como fazer um valuation para encontrar as oportunidades mais promissoras em 2020. André Bona e Tio Hulli (educadores financeiros), mostrarão como fazer uma alocação de capital inteligente. Thiago Alonso e Bruno Nunes falarão sobre as construtoras, a alta deve continuar? Além de mostrar o futuro dos fundos imobiliários para 2020. Por fim, falarei sobre as perspectivas para a Bolsa de Valores em 2020, será que a bolsa está cara? Conheça o nosso evento Ultimate Value, que acontecerá no Rio de Janeiro em 07/12/2019. Além de descobrir a melhores ações para 2020, você terá uma oportunidade descobrir onde investem os gestores de Fundos de investimentos que possuem mais de R$ 1 bilhão sob gestão, CEOs de empresas e gestores de Fundos imobiliários. Corra que os ingressos são limitados, clique aqui e adquira seu ingresso. Abraços e Bons investimentos. Não deixe de nos acompanhar em nossas mídias sociais. Youtube - https://www.youtube.com/dicadehoje7 Instagram - https://www.instagram.com/dicadehoje_7/ Facebook - https://facebook.com/dicadehoje7 Twitter - https://twitter.com/dicadehoje7 Site – www.dicadehoje7.com Daniel Nigri Analista CNPI 1810 Sócio Fundador e CEO do Dica de Hoje Research Disclaimer: Declaro que as informações contidas neste texto são públicas e que refletem única e exclusivamente a minha visão independente sobre a companhia, sem refletir a opinião do The Capital Advisor ou de seus controladores. Read the full article
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dois mil e dezoito
Você deu seu melhor em 2018. Assim como nos anos anteriores e eu me orgulho disso. Sei que seu esforço não parece nada ao lembrar que você está inserido dentro de um universo tão imenso que reduz seus desejos e sonhos ao pó, mas você não deveria pensar nisso porque mesmo dentro dessa imensidão, seu esforço resulta em inúmeras coisas positivas ao longo de 365 dias. 2018 foi um ano bem diferente para todo mundo. Um ano de conquistas, de perdas e mudanças em geral. E bom, está tudo bem se suas metas não foram alcançadas, se seus objetivos não foram todos concretizados. Não há absolutamente nada de errado em acabar o ano com os olhos cansados, com o corpo pesado e o sorriso desgastado. Como eu disse, eu sei que você se esforçou e que está exaurido. O esforço demanda bastante força e paciência. Dificilmente os resultados serão imediatos. O cansaço físico e psicológico são complicados. Mas vamos lembrar novamente do universo: você continua inserido nele – mesmo depois de todas as perdas que você teve este ano as quais jurava que nunca iria superar. Mesmo depois de dormir tão feliz algumas noites que tinha certeza que nunca mais sofreria. Você continua aqui depois de tudo. Quantas vezes este ano você passou noites em claro preocupado com algo? Quantas vezes você disse tantas vezes que não conseguiria e que aquilo era a pior coisa que poderia te acontecer, que não sabia como iria mais uma vez passar por isso? E olha só você aqui, mais uma vez. Vivo, constante e mais forte. Agora, lembre-se das boas coisas. Dos momentos em que você riu, dos ganhos que você teve, daquele vídeo engraçado que você assistiu, das receitas que deram certo, dos abraços mais gostosos que você recebeu (mesmo que a pessoa tenha partido para longe – seja se distanciando ou passando para outro plano). Respire fundo. Você está aqui. Você continua aqui mesmo depois de tantas coisas boas também. O ano está quase acabando. Até lá, o amanhã continuará sendo só mais um dia inédito na história de todo o universo e de sua existência. Ainda dá tempo. O universo precisa da sua existência. É você que está aí, você que foi selecionado para estar, não é qualquer outra pessoa porque outra pessoa jamais poderia fazer o que você faz pelo simples fato dela não ser você. Deus não escolheu ninguém mais e ninguém menos que você para desempenhar seu papel no mundo. Você é especial. Não se deixe abater por causas tão pequenas dentro de um universo tão enorme. Você pode ser feliz sem medo porque seu esforço valeu a pena e continuará valendo. Não é porque o ano está chegando ao fim que sua experiência através destes dias se torna inválida. Eu sei que foi difícil. Eu sei. Mas que bom que nem tudo acontece como queremos... fico me perguntando quantas coisas tolas pedimos e desejamos desde o começo do ano até aqui. Ainda bem que nossos sonhos mudam, assim como a vida muda. Onde estaríamos se a vida não se encarregasse dos vários “nãos” que não compreendemos ao longo do ano? Que bom que as coisas acontecem como precisam e não como queremos. Ótimo que nossos esforços nos tornam mais humanos ao nos lembrar que somos propensos a errar, assim como nos torna mais experientes. Sem as perdas e esporros que levamos neste ano, nunca evoluiríamos. E como disse, está tudo bem acabar o ano cansado. Não há uma pessoa no mundo que não corra uma maratona e não volte se sentindo cansada. É realmente complicado correr durante 365 dias. Você se esforçou bastante por isso está cansado. Comemore isso! Você deu seu melhor em 2018. Assim como nos anos anteriores e eu me orgulho disso.
gaby
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Tesao de Vaca Funciona Mesmo?
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