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Centro Histórico de Porto Alegre, 04/05/2024.
#flood#container#phonebooth#orelhão#climatechange#climatechangeisreal#climatechangeawareness#centrohistorico#portoalegre#brasil#pentax#pentaxkr#pentaxda35mmf24
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Den'di casa - orelhão Gouache sobre papel Primeira pintura do meu projeto sobre obejtos e costumes brasileiros do cotidiano. Quem aí já viu um orelhão desses na rua?? #gouache #gouachepainting #guache #painting #paisagem #paint #pintura #himigouachepaint #jellygouache #opaquepaint #pinturaartistica #brasil #arte #orelhão #artedodia https://www.instagram.com/p/CpAtpIoLhpw/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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Guardei esta ficha de orelhão para recordações pois tempo passou demais 🇧🇷🤪
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Acabou a ficha 📞
Eu precisava encerrar o dia com o “orelhão” que chegou em meu e-mail de uma pessoa Continue reading Acabou a ficha 📞
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#amor#Cantinho Romantico Marta Felipe#crônica sobre nós#fichas telefônica#orelhão#Pense Nisso#reflexão#Romantica#sobre nós nunca ninguém saberá
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#rio de janeiro#martinogolter#photography#contemporaryart#sambadoorelhao#arpoador#copacabana#contemporary art#artecontemporanea#installation#Bikini#orelhão#sculpture
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Orelhão da Bahia
Telefone público em formato de coco verde instalado na região do Pelourinho em Salvador, Bahia.
Veja também:
Semióticas – Olhar estrangeiro no Candomblé
https://semioticas1.blogspot.com/2015/04/olhar-estrangeiro-no-candomble.html
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Tinha prometido a mim mesmo que pararia de contar coisas íntimas porque tem muito babaca no mundo, mas foda-se. Tenho leitores vividos e crescidos que merecem ler umas coisas bacanas de vez em quando. Minha última internação rolou em 2006. Tinha ganho um carro da minha mãe e vendi o bicho em dois dias para cheirar. Aspirei minha casa inteira até ficar só com a roupa do corpo e uma sandália havaianas no pé. Tinha um cara chamado Judão lá nesse lugar onde fiquei por quase seis meses lendo a bíblia e tratando da
minha adicção. Ele fazia ambulatorial. Passava o dia na clínica e dormia em casa. Acontece que Judão comemorava aniversário no mesmo dia de um psicólogo que ajudava os viciados. Fizeram festa e o caralho a quatro para o psicólogo. Bolo, velinhas, refrigerante e cantaram parabéns. Judão só observando tudo de longe. Meio cabisbaixo. Magoado por não ser lembrado. Aí ele deixou o celular de canto, no banco onde estava sentado, e levantou puto da vida indo em direção a um orelhão que ficava na entrada do lugar. Lá, começou a falar bem alto, gravando uma mensagem que cairia na sua secretária eletrônica: “Oi. Aqui é o Judão! Só liguei para desejar feliz aniversário, saúde e muitos anos de vida!” aí ele voltou, pegou o celular e mostrou pra galera “olha só, quero que a indiferença de vocês vá tomar no cu, porque eu sou foda e não vou me drogar por causa disso. Hoje completo um ano limpo de cocaína. O desprezo de vocês não merece minha recaída”. Nessa hora, todos correram para abraçar o Judão. Confessaram que se tratava de uma pegadinha, porque Judão sempre fazia merda quando se sentia só. Moral da história: não podemos nos torturar pelo desprezo de ninguém. Ame primeiro a si mesmo, antes de ter esperanças de ser amado pelos outros. Não se martirize por ninguém. Não fique triste pela indiferença de ninguém. Seja forte e mande os falsos amigos para a puta que pariu. Seja sua melhor companhia.
Diego Moraes
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Firstkhao com fotos bonitas num orelhão em São Paulo, eles tão morrendo de saudade daqui, eu sei
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"Um orelhão para dois", design simples entregue para xxpujinxx através do blog Desire Design; (23/06)
#capa para fanfic#capa para spirit#donaculkin#capa spirit#spirit fanfics#600x400#capa 600x400#design#capa romântica#design simples#capa colagem#capa kpop#bts#jikook#capa divertida#banner de capítulo#capa vintage
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Vinícius tinha razão quando disse que o pior amor é aquele que traz solidão.
01 de Setembro, 2021.
ele tinha razão quando cantou, me avisou e eu não soube.
— tem sempre um dia em que a casa cai.
três cantos do quarto se distorcem, eu vejo que meus olhos torcem, para adormecer antes que meus passos, pensamentos acordem. dias se repetindo de uma maneira que eu jamais imaginei, acordei no inferno azul de novo, tá tudo nublado de novo e não tem sol, não tem sol, eu não vejo o sol eu não consigo ver algum futuro.
— a pior coisa que Platão já inventou foi o amor que só traz solidão.
o fone alto de novo, o mesmo ruído que não existe de novo. o mesmo relógio quebrado de novo. nada é mais suportável como antes e minhas mãos, elas são feitas de vidro de novo, assim como as lâmpadas amareladas que iluminavam 3 consoantes, 4 vogais, o teu rosto e as minhas esperanças perdidas no meu ombro. estive tentando fazer de cantigas antigas o meu mais novo lar pra poder não escutar o que essa vida vai me fazer desta vez, desde ser o teu coração até o mais chato brinquedo, desde ser o enterro até o mais vívido momento e aconchego. agora eles podem dizer que sou um louco que vive a conturbar minha existência, que eu não deveria perdoar, dividir ou dizer a verdade, agora a vizinhança toda pode quebrar o meu portão que eu vou direto pro teu mesmo caminhar, que eu vou te acompanhar até que você não me queira mais aqui, até que meu coração desista de bater no meu peito ou até que eu desista de lutar contra o meu curto tempo. menos vale mais e eu queria poder te trazer pra perto de mim quando o cartão do orelhão cortou minha frase, quando eu quis te dizer que tu não entende ou não tenta decifrar, que eu te mandaria flores em qualquer lugar, mesmo com feridas nos mais frágeis lugares, mesmo com tantas listas para escrever, mesmo estando sofrendo tanto assim.
Um texto que escrevi em 2021 pra relembrar tua data, feliz niver atrasado Yoñlu :(
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12 de Maio de 2024
Segundo Domingo de Maio
Estamos no mês mariano, recordo as noites dedicadas a Maria, tinha as novenas em nossa Igreja Matriz, cujo padroeiro local é Nossa Senhora do Patrocínio, e as comunidades rezavam os novenários e no fim do mês, e ou ínicio de Junho aconteciam as Queimações de Flores, bom lembrar que nossa mãe sempre nos levava nesses eventos, a mesma era devota de Nossa Senhora da Conceição.
Em nosso bairro, recebíamos a Imagem da Mãe Peregrina, cada familia recepcionava as pessoas da comunidade e rezava o Santo Terço em suas casas, durante um dia do mês, eu me recordo que fazia as leituras do Santo Evangelho, e até arriscava a cantar alguns Cânticos, apesar da timidez.
No Dia das Mães , eu acordava cedo e corria para ligar o Rádio no "Paradão Sertanejo", cujo locutor era meu padrinho de Primeira Eucaristia "Doda", na esperança de ganhar algum prêmio, que os patrocinadores sempre doavam, e eu, pretendia ser um dos sortudos, para poder presentar nossa mãe, neste dia tão especial.
E não é, que na maioria das vezes, dava certo.
Eu fui contemplado com alguns prêmios: um Kit formado por 2 cosméticos e uma torta bem recheada, oferecida por determinada Panificadora.
Lembro-me que tinha uma vizinha nossa que também participava dos sorteios matinais, da famosa Rádio Jardim, ela sempre ligava de um Orelhão, localizado na rua de cima.
Naquele domingo em especial, os parentes mais próximos sempre visitavam nosso lar, e em suas mãos era possível visualizar algum embrulho, em cores diversas e formatos diferentes.
Visto por um olhar de uma criança, o brilho nos olhos e em seu semblante, podia-se notar uma certa ansiedade, por querer saber quais presentes ela teria ganho: "fazia uma listagem mental, imaginando o que poderia ser: uma caixa de copos transparentes, floridos e ou não, um conjunto de toalhas felpudas , ou até mesmo um dos perfumes preferidos."
As músicas tão conhecidas do REI, eram tocadas e repetidas mais de uma vez, ainda me pergunto como Mamãe não registrara um dos diversos filhos de Roberto Carlos , uma vez que era tão fã.
Na programação daquela manhã, tão tradicional do Dia Das Mães, com aquelas canções, era normal encontrá-la, encostada no fogão, preparando o almoço e choramingando, lembrando de nossa Vó, Dona Ziziu.
Os seus filhos que moravam em " São Paulo"- em cidades diversas, sempre lembravam de ligar para parabenizá-la, o corre-corre para atender os telefonemas, era disputado pelos irmãos mais novos , nesse tempo já tínhamos o Telefone Fixo, iniciado em 83 3364 xxxx .
Já em anos anteriores, ainda existia a famosa " TELPA", lugar este, onde era agendado um horário para receber ligações, em uma cabine fechada, com vidros transparentes e poltronas não tão macias, onde mal cabia duas pessoas.
Se localizava ao lado, onde hoje funciona a Panificadora Imperial em Remígio PB, lembro que muitas vezes, as ligações eram sempre nas tardes de sábado, não sei se as ligações nesses dias, eram mais baratas ou seria por ser nessa hora que mãe, saía do trabalho nos fins de semana.
Já que toquei nesse assunto,trabalho era seu norte : artesã de mão cheia, dominava o tricô,o ponto cruz, fazia pequenos reparos em roupas de vizinhos( e ganhava alguns trocados com essa atividade), e sem falar que ainda tinha alguns caloteiros, que ela deixava passar, mostrando ter um grande coração.
"Como não se lembrar daquela máquina de costura da marca SINGER?!!"
Quando nossa mãe saía de casa, a imaginação dos meninos aflorava e passava a ver aquela máquina, como uma direção de carro, e assim pequenos minutos de diversão era vivenciada.
Nos meses que antecediam Junho, ela trabalhava ainda mais do que o normal, com o SISAL, que servia para confeccionar chapéus de palha, para as quadrilhas juninas da região, e também para a produção de vassouras, que seria vendida por encomenda, para complementar a renda familiar.
Aos domingos sempre a acompanhava até a feira livre, localizada ao lado do Colégio Estadual JBS, ela sempre vendera chapéu a Seu Antônio, e muitas das vezes, nem recebia o dinheiro no mesmo Domingo.
Éramos responsáveis por fazer as compras de frutas, verduras e legumes, então, visítavamos o banco de TIA Dalva e Francisco, e eu acabava comprando alguns pastéis e coxinhas, com as moedas que meu irmãos Valdo e Docarmo me davam, em uma barraquinha de salgados, que se fiacava ao lado.
Lavava e passava roupas para algumas famílias, uma das cenas marcantes: "antes de começar a lavagem das peças, ela sempre inspecionava os bolsos, pois poderiam ter esquecido algum papel e ou documento importante, porém, as vezes encontrava uma cédula e ou algumas moedas, que mamãe sempre devolvera, assim nos mostrando e ensinando o valor da Honestidade."
Não saberia calcular ao certo, quantas "trouxas" de roupas, foram entregues naquelas casas, e ou até mesmo, quantos Km's aquele carrinho de mão percorrera, no decorrer de todos aqueles anos.
Porém, ao recolher as diversas peças de roupas naquele varal, localizado no pequeno quintal, passá-las e dobra-las com todo o carinho e estima, ao anoitecer, um dos filhos era escolhido, para fazer a entrega e recolher o pagamento.
Nossa genitora chegou a frequentar até a Sexta Série, no auge da sua Terceira Idade, ou como falamos hoje, Melhor Idade, ela decidiu retornar os estudos na Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Eu , a acompanhava em suas aulas, na mesma escola, onde estudava à tarde, ou seja no Dr. Cunha Lima.
Do seu portão lateral, era possível avistar nosso abençoado Lar, com sua ladeira de paralelepípedos íngremes, e por isso , sempre pegava em seus braços e dava o devido apoio na descida para casa.
Durante um certo ano letivo, uma das professoras era sua comadre, e nos intervalos das aulas colocavam os papos em dia, e noticiava sobre o afilhado e como andava o restante da "grande família".
Em certas matérias do Quinto Ano, eu me sentia um Aprendiz de Professor, tirando dúvidas dos colegas de sala e os auxiliando em alguns deveres.
Algumas pessoas daquela época, atualmente, ao andar pelas ruas da cidade as encontro, relembro os olhares e faces tão ávidos por conhecimento, alguns, até dos nomes eu recordo.
Nesse ano de Dois Mil e Vinte Quatro faz dez anos de sua partida para a morada Celestial, porém, tem momentos que parece que foi ontem, por exemplo, em algumas datas específicas a lembrança é ainda MAIOR: Dia Das Mães, 29 de Maio, 15 de Agosto , 8 de Dezembro, enfim, a SAUDADE é ENORME.
Mas, o que nos conforta é saber que ela está BEM, intercedendo por NÓS, foi uma GUERREIRA aqui na Terra, criou uma grande FAMÍLIA, com simplicidade e deixou como herança seus valores e ensinamentos, que lembramos até hoje.
Passando para parabenizar as Mamães da nossa Família, e do público em geral, desejar tudo de bom.
#diadasmaes #carta #2024 #família #meuprimeirodeabril #colodemae
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TRAGÉDIAS DE ANTIGAMENTE...* 1. Quando as fichas acabavam no meio da ligação feita do orelhão. 2. A agulha riscava o LP bem na melhor música. 3. Você datilografava errado a última palavra da página. 4. E não tinha fita corretiva de máquina de escrever pra consertar. 5. A fita do Atari não funcionava nem depois de você assoprar. 6. O locutor falava as horas ou soltava uma vinheta BEM NO MEIO DA MÚSICA que você tinha passado horas esperando pra gravar na fita K7. 7. E depois o toca-fitas mastigava a fita K7. 8. O locutor não falava o nome da música quando ela terminava. 9. E você ficava anos sem saber quem cantava ou como chamava aquela música que você tinha amado. 10. Alguém fumava dentro do ônibus. 11. Você tinha que pagar multa por devolver a fita de vídeo VHS pra locadora sem rebobinar. 12. O Ki-suco vazava da garrafinha da sua lancheira. 13. E molhava as bisnaguinhas com patê. 14. Você tirava as letras das músicas em inglês tudo errado. 15. E depois descobria, no folheto da Fisk, que estava tudo errado mesmo. 16. Mas já era tarde, pois você já tinha decorado errado (e canta errado até hoje). 17. Você arranhava com todo cuidado, mas quando levantava o papel via que o bichinho do decalque do Ploc tinha saído sem uma perninha. 18. A televisão resolvia sair do ar no dia do último capítulo da novela. 19. E seu pai tinha que subir no telhado pra mexer na antena. 20. E ele gritava lá de cima “melhorou?” 21. E você, embaixo, avisava: “melhorou o 5, o 7 e o 9. Piorou o 4, o 11 e o 13”. 22. E nunca todos os canais ficavam bons ao mesmo tempo. 23. Chegar à padaria e lembrar que você tinha esquecido o “casco” do refrigerante. 24. Você descobria que todas as 36 fotos do seu aniversário tinham ficado desfocadas. 25. E algumas tinham queimado, porque o rebobinador da câmera tava meio enguiçado. 26. Quando sobrava só o lápis branco da caixa de 36 cores. 27. Você pensava que ia morrer porque engoliu uma bala Soft. Nossa vida era assim. E nem faz tanto tempo assim (35 a 40 anos), mas nossos filhos nem têm ideia do que significa tudo isso. Rua Parapuã - Anos 80! Eu lembro de tudo isso, retrato da minha infância. Nasci em 1974! E você? @voceesabio https://www.instagram.com/p/CnrM97vO-RD/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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o interno do meu orelhão
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estrago seu amor em três dias
Nunca entendi a razão de haver tantos orelhões próximos um do outro por aqui. Todos eles com citações que Caio Fernando Abreu nunca disse, números aleatórios de putas ou cartomantes e frases religiosas genéricas.
Fraldas e políticos precisam ser trocados regularmente (Caio Fernando Abreu), trago seu amor em três dias, 2 garota-surpresa por 45 reais, Jesus te ama. Essas e outras promessas vazias.
Eu tava em horário de almoço no trabalho. Tom ficou de me ligar uma e meia da tarde porque era quando ele estaria no intervalo das aulas também. Passei pra ele o número do orelhão da Rua dos Cavalos onde eu aguardaria pela sua boa vontade de gastar as fichas de telefone.
Tinha o orelhão da Santa Rita, perto de uma escola militar, e o da Rua dos Trilhos, porém não eram vazios o suficiente. Gente demais passando na calçada me acanhava.
Era sexta-feira. Acendi um cigarro enquanto esperava.
Havia esse pequeno armazém com promoção de vinho: uma garrafa de 700ml por 8 contos. Chorei pra dona do lugar fazer por 6, só que ela era boliviana e não conseguimos nos entender. Levei por 10.
Então o orelhão tocou.
– Pois?
– É o Tom.
Conversamos um pouco sobre futilidades. O tempo, a rotina, o café, as notícias, aham, e a política, hein?, pois é, pois é, você sabe, já dizia Caio Fernando Abreu: amores, lençóis, fraldas e políticos precisam ser trocados regularmente, aham, sim, dia 30 de setembro fez um ano que ela morreu, pois é, pois é, jura?, tá dando aula de literatura?, o uniforme tem cores do Brasil?, isso é muito específico, já vi uma dessas escolas militares, na verdade tem uma de frente do meu trabalho, sim, o hino nacional, todo dia, o quê, não me diga, teve que levar sua pasta com documentos pro orelhão?, que Brasil é esse que nem em escola militar a gente tem sossego?, apesar que eu também roubaria as respostas da prova do professor se ele não tivesse na sala.
Nos tratávamos como profissionais. Profissionais de alguma coisa não muito profissional. Era como encontrar outro paciente na sala de espera do psicanalista. Sempre fomos assim.
Eu só tinha visto Tom uma vez, e foi um desastre. Uma experiência que eu, particularmente, pretendia repetir. Ele nem tanto, era covarde. Combinamos de manter nossa interação somente por correspondência, de modo que ligações eram um avanço.
Transitamos por muitos assuntos, alguns dos quais eu sequer conseguia entender a conexão dos fatos. Era como comer pavê numa trincheira: doce e explosivo.
– Viu, é por isso que eu nunca namoraria você – ele disse.
– E quem disse que eu namoraria você?
– Bom, Rubem Braga falou uma vez que-
– Você baseia todas as suas opiniões no que foi dito por outros idiotas?
Ele suspirou.
– Todos nós fazemos isso. A diferença é que eu sei a fonte e você prefere agir como se tivesse pensado sozinha numa frase de efeito.
Eu não levava tão a sério as provocações em partes porque Tom tinha a voz fina e suave, às vezes era como escutar o Gato Félix me chamando pra brigar. E ele era péssimo nessa coisa de debate direto.
Ele riu e perguntou:
– Espera aí, você realmente acha que é autêntica?
– Eu sou quando não dou a bibliografia de tudo que digo. Por exemplo, eu posso pintar um quadro e cortar minha orelha, se eu nunca mencionar Van Gogh você vai me considerar artista.
– Não diria artista. Talvez maluca... psicótica... suicida... – disse o Gato Félix.
Apoiei o telefone no ombro e peguei outro cigarro.
– Qual é a diferença?
Uma Brasília quase bateu num Corsa no cruzamento. O falsete agudo de pneus marcou o asfalto.
Engraçado: alguém realmente paga pra conseguir um amor em três dias?, essas coisas costumavam levar mais tempo antes. Mas se o homem foi à lua e conseguiu criar um telefone pra que eu escute os pensamentos idealistas de um jovem adulto no ápice de sua loucura, que acredita fielmente ser capaz de amar com verdade todas as mulheres alfabetizadas desse mundo, então tudo pode ser feito.
– Você ainda acha que o amor acontece uma única vez?, ou será que eu sou um romântico que não suporta a ideia de ficar sozinho?
– Sim – respondi.
– Sim o quê?
– Minha resposta.
– Tá, mas pra qual das perguntas?
– Eu deixo você escolher.
Uma mulher muito jovem atravessou a rua com um carrinho de bebê. Um cara de regata branca no Chevette vermelho parou, abaixou o vidro e gritou nossa senhora, eu faria uns dez desse em você.
Tom era um bom ouvinte. Mas se argumentava mal, costumava ser pior ainda com alegorias.
– ...sim, tipo, imagina que você entra no trem que vai pra Sé – ele disse –, vai ver muitos lugares mas não é o seu destino.
– E daí, porra? O que isso tem a ver com a morte?
– A morte é o destino.
– Mas ir pra Sé não é.
– É sim. Você vai ter que ir pra lá.
– Não. Eu posso simplesmente descer na São Bento. Destinos são mutáveis.
– Você não pode.
– Eu posso sim.
– Não pode.
– Claro que posso.
– NÃO, VOCÊ NÃO PODE.
Cocei minha testa atrás de alguma paciência.
– Escuta, meu filho, sua metáfora não tem a menor lógica. A gente não muda o fato que vai morrer.
– Sim, é por isso que você precisa descer na Sé. É um dest...
– Eu juro por deus que se você disser destino mais uma vez...
– O problema é que você nem se esforçou pra entender.
– Tá bom, então digamos que você tá no metrô sentido Jabaquara, o final é Jabaquara, isso você não pode alterar. Pode descer na Sé, antes ou depois, mas ele ainda vai pra Jabaquara, e em algum momento você vai precisar voltar pro metrô e, adivinha só: ir pra Jabaquara. Não é seu destino, é somente o fim da linha.
Tom ficou num silêncio suspeito.
Uma charrete parou no sinal vermelho e um carteiro de bicicleta assobiou pro motorista do ônibus.
– Eu posso apenas voltar pra Tucuruvi e nunca ir pra Jabaquara.
– Mas não muda o final.
– Que final?
– Jabaquara.
– Você bebeu?
– O que isso tem a ver, Tom?
– Tá me dizendo que Tucuruvi é o nascimento?
– Você bebeu?
– Não.
– Deveria.
Um caminhão de colchões tombou na sarjeta da Santa Rita, bem na esquina da frente. O poste caiu em cima de um Fusca, os fios de energia se embolaram no capô e os retrovisores de uma moto quebraram com o impacto.
Tive a impressão de ter ouvido a batida pela linha do telefone também.
– Droga – disse Tom –, desculpa o barulhão, aconteceu um acidente.
O motorista do caminhão gritou um protesto, disse que o bueiro tava sem tampa e agora ele ia ter que arcar com o prejuízo. Sentou no chão, desesperado. Parecia ter dito no meu ouvido.
– Eita, parece que o bueiro tava sem a tampa.
– Como você sabe disso? — perguntei, atônita.
– Acabou de acontecer aqui na minha frente.
Parei um segundo, refletindo sobre algumas coisas da vida. Por que o céu é cinza?, por que paguei 10 num vinho que custava 8?, por que o amor viria em 3 dias e não em uma semana?, por que Caio Fernando Abreu e não outro autor aleatório da contracultura?, por que tiraram a tampa do bueiro?, o que as pessoas vão fazer em Jabaquara?, é possível acontecer dois acidentes semelhantes, ao mesmo tempo, entre Guarulhos e o Brás?, quantas escolas militares com uniforme verde e amarelo existem por aí?
– O colégio que você dá aula, fica no Brás? – perguntei.
Ele respondeu um aham confuso e hesitante.
Olhei para trás, lá estava a escola.
Apertei os olhos e, na outra esquina do caminhão tombado, de frente a uma pastelaria, havia duas pernas e uma pasta de couro debaixo do orelhão.
– Merda, Tom.
Coloquei o telefone no gancho e sai andando para o lado contrário. Não ia voltar pro trabalho, decidi que tava doente. De qualquer maneira, o vinho não ia me fazer bem mesmo.
Eu menti quando disse que queria encontrá-lo novamente, para algumas relações, a distância e os raros momentos são essenciais. Mas admito que é necessário ter muita coragem pra ser covarde assim.
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Orelhão, São Paulo Invenção brasileira: os orelhões, telefones públicos em formato de concha, foram criados pela arquiteta e designer Chu Ming Silveira. Os primeiros orelhões foram instalados nas ruas do Rio de Janeiro e de São Paulo em 1972.
Veja também:
Semióticas – Fractais de Athos Bulcão
https://semioticas1.blogspot.com/2012/03/fractais-em-athos-bulcao.html
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Hoje completo 41 anos.
Lembro de um aniversário em São Paulo ao lado de uma mulher que não amava mais
Metido num frio sem jaqueta embaixo de um orelhão da Telesp
Implorando
Chorando
Querendo voltar para Manaus
Lembro de um aniversário cercado de desconhecidos num flutuante na beira do Rio Negro
O sol batia nas garrafas de cerveja e eu achando que era a reencarnação do Batman com o pó descendo a goela
Lembro do meu último aniversário
Isolado num sítio com os passarinhos cantando só que ninguém para abraçar por perto
Também lembro do mais intenso e sincero de todos:
Minha tia preparando um bolo com ingredientes no fiado da taberna
Eu sentado num banco da varanda com um chapéu ridículo soprando uma vela
Desse sinto falta
Ela chorava e dizia que a felicidade moraria em mim e que nada me faria mal
Hoje completo 41 anos e vou ligar pra ela
Dizer que a maldade tem fugido e que nos últimos dias tenho sentido o gosto de chuva que a paz traz
Vou agradecer por tudo e esperar a felicidade sentado
Ninguém sabe que horas chega
Alguns dizem que é lenda
A vida é curta
Prefiro passar o tempo escrevendo poesia e dando nomes para estrelas.
Diego Moraes
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