Tumgik
#o amor nos tempos do cólera
amor-barato · 25 days
Text
Rogou a Deus que lhe concedesse ao menos um instante para que ele não partisse sem saber quanto o amara por cima das dúvidas de ambos e sentiu a premência irresistível de começar a vida com ele outra vez desde o começo para que se dissessem tudo o que tinha ficado sem dizer, e fizessem bem qualquer coisa que tivesse feito mal no passado. Mas teve que render-se à intransigência da morte.
Gabriel Garcia Márquez, in: O Amor nos Tempos do Cólera
2 notes · View notes
malenamoonlight · 2 years
Text
“Contudo, quando já o imaginava apagado por completo da memória, reapareceu por onde menos esperava, convertido em fantasmas de suas saudades.”
4 notes · View notes
erros-e-devaneios · 2 years
Text
"Anos antes, na crise de uma doença perigosa, ele tinha falado possibilidade de morrer, e ela lhe dera a mesma réplica brutal. O doutor Urbino a atribuiu à inclemência própria das mulheres, graças à qual é possível que a terra continue girando ao redor do sol, porque ignorava então que ela interpunha sempre uma barreira de raiva para que não lhe notassem o medo. E, nesse caso, o mais terrível de todos, que era o medo de ficar sem ele."
- O Amor nos Tempos do Cólera.
4 notes · View notes
peter1001r · 2 months
Text
Tumblr media
O Amor nos tempos do cólera.
Eu não consigo descrever bem a maneira como eu me sinto lendo os livros do Gabriel García Marquez. Eu fico encantado de uma forma singular. Nesse livro, me encantou a forma como a história era tecida sem seguir uma linha bem reta. Parecia de fato que o leitor navegava um rio e por vezes precisava voltar à cidade anterior para entender melhor porque uma coisa estava acontecendo. Fermina Daza é uma personagem muito curiosa, assim como o doutor Juvenal e o Florentino. Os últimos capítulos do livro são de uma genialidade incrível. Do nada você encontra uma frase e pensa: "meu deus, é exatamente isso" ou "como isso é lindo" ou mesmo choque por algo tão interessante e que igualmente põe o leitor à distância por um estranhamento forte. Mas não era de se esperar outra coisa do Gabo mesmo. Um livro sensacional e que sempre me lembra da @ Cecília, não só por ela sempre me recomendar várias coisas do Gabo, como também por ter me presenteado com essa edição belíssima. Muito obrigado por sempre me levar à literatura e me lembrar da paixão que ela nos desperta.
"Pois tinha vivido juntos o suficiente para perceber que o amor era o amor em qualquer tempo e em qualquer parte, mas tanto mais denso ficava quanto mais perto da morte."
3 notes · View notes
asukasilva · 23 days
Text
Diante d'Ele
Há, em algum lugar, nossas esperanças.
Tive os piores dias de solidão ao seu lado.
Esperei, como um tolo a tua volta, somente para descobrir que já pertencia a outro alguém.
Enquanto eu, pertenço somente a ti.
Há coisas, meu bem, que precisam ser esquecidas. Deixe que o tempo o leve embora e, conforme os anos forem passando, até as memórias se dispersarão. Não se apegue à nenhuma forma de violência. Liberte-se disso tudo.
Te perdoo, querido.
Volte para mim, vamos dançar juntos novamente.
Me consuma! Me devore!
Me mate!
Olhe ao redor, meu bem, há outras pessoas e outras coisas. Apresse-se, antes que o pior aconteça. Abandone a violência, escolha o carinho invés dela. Deixe-se amar e ser cuidada, se permita ser desejada. Eu te quero, corra para mim.
Há Deus.
Meu Homem é meu deus.
Me abençoa com sua divindade.
Me condena com sua cólera.
Estou em cólera por você, meu bem. Estou enfurecido pelo seu papel de vítima. Estou inflamado de amor por você. Se achegue a mim, me deixe ser teu. O nosso amor será o nosso deus, viveremos em prol de mantê-lo vivo e cultivá-lo. Me queira, me ame.
Trepei aqui e acolá.
Morri um pouquinho aqui e acolá.
Vivo por você, querido,
seja aqui ou acolá.
Viva! Não morra mais. Exista para si e, se quiser, fique comigo. Saia daí, venha para cá, para os meus braços. Prometo amor e nada mais. Se houver dor, que seja do amor. Isso aí, meu bem, isso aí que você vive, não é amor.
Faço tudo por você.
Sofro o castigo que for.
Morro por qualquer causa.
De joelhos, te obedeço e, olhando para cima, te contemplo. Esplêndido.
Não reze mais, meu bem. Não tem ninguém ouvindo, não há vida nos ouros reluzentes, nem na madeira em forma. Bem aí, onde você está, só há obediência. Não prometo liberdade, essa não há, mas prometo racionalidade e companhia.
Teu gozo.
Tua ordem.
Teu chamado.
Minha morte.
Não morra, meu bem. Viva!
Te adoro.
Te desejo.
Te peço, me aceite.
Te amo.
Não há amor, meu bem. Saia daí!
Perpétuo.
Puro.
Divino.
Meu amor e meu senhor.
Esqueça, meu bem. Saia daí!
Meu homem.
Meu deus.
Minha obediência.
Minha morte.
Não morra, meu bem. Viva!
Toda sua.
Faça o que quiser comigo, querido.
Me bata! Me cuspa!
Me use para si, não ligo. Sou sua.
Não seja, meu bem. Seja sua e só sua. Não se dê a ninguém. Saia daí!
Meu homem.
Seu Deus.
Meu deus.
Seu Homem.
Tumblr media
5 notes · View notes
arthmarcus · 8 months
Text
O Sonho do Príncipe
 Abri os olhos. Os acordes da banda estavam afinados e aguçados na noite de coroação do príncipe. Um tempo em tom de cavalgada para as percussões animava a festa dos beberrões, gritalhões e dançantes naquela noite de lua plena.
 Olhei para a frente e vi o reflexo do espelho. Um rapaz esbelto me encarou de volta. Estava elegantemente arrumado, seu cabelo curto quase militar aplicava um caráter de seriedade em conjunto com suas vestes elaboradas, uma calça preta de linho, com uma sútil estampa de detalhes bordados em dourado que seguia ao longo do comprimento pelas laterais, e uma casaca vermelha de botão, coberta por uma longa capa preta que se misturava em preto e vermelho. Instintivamente olhei para o topo de sua cabeça e constatei a ausência de uma coroa.
 Encarei meu reflexo nos olhos. O jovem príncipe tinha uma expressão séria, dura, carregada de deveres e preocupações, mas vacilou por um segundo e abriu um largo sorriso carregado de amor intenso, transformando-o em outra persona. Olhou para os lados checando se havia alguém se aproximando, constatou que não, então pousou o indicador sobre os lábios para que eu me mantivesse em silêncio. Enfiou a mão no coração atravessando seu peito e retirou um grosso cilindro preto de cera. Sorriu novamente, revelando dessa vez um grau de malícia na sua personalidade, ergueu-o à frente, com a palma das mãos. Fechou os olhos e assoprou lentamente na ponta, então reabriu e lambeu os beiços. A chama da vela acendeu vagarosamente, isso o deixou muito sorridente, com as pupilas dilatadas.
 - Mantenha o fogo aceso por sete dias. Para abrir os caminhos! - o reflexo guardou a vela de volta no plexo e deu três tapinhas no peito sobre o coração. Olhou mais uma vez para trás, assustado, então sorriu uma última vez e voltou a ser o sério monarca.
 Olhei para trás na tentativa de entender o que tanto aflige meu reflexo, e me assustei com um vulto me observando de perto na noite escura do meu quarto lugubremente iluminado por poucas velas posicionadas na janela, na mesa de centro com a imagem da coruja de pedra ao lado da cama e na prateleira próxima ao espelho posicionado na parede. Esbocei uma fala e tentei me levantar, mas fui parado pela mão pesada do rei regente sobre meu ombro. Ele acendeu sua própria vela branca na vela acima do espelho, e a grudou ereta no pires que segurava com sua mão direita. Quando a luz se acomodou, pude notar o inconfundível brilho vermelho que se manifestava nos olhos do rei regente nos poucos momentos em que, em fúria, trocava olhares por muito tempo.
 - Marcus Málico... - disse meu avô e atual regente do Império Málico com ódio no olhar. Ele ergueu a mão esquerda e revelou a pesada coroa dourada com diamantes vermelhos encrustados que trazia consigo. Nas suas costas, uma legião de fantasmas mortos por lâminas nos encaravam, melancólicos. - O poder e responsabilidade agora são seus para conquistar! - comecei a me sentir ansioso e me desesperar. Olhei para o chão engolindo doses enormes de mágoa na tentativa de não chorar, sentindo minha garganta se fechar a cada segundo, como se mãos invisíveis a estrangulassem. Em um movimento esperançoso olhei para trás, para o espelho, e não vi nada além de mim. A água começou a descer, libertando minha a voz, senti o salgado das minhas lágrimas. Me encarei fundo e lembrei da minha missão. "Tenho uma chama dentro do meu plexo... e preciso mantê-la acesa por sete dias!". Ainda tremendo devido ao fluxo profuso de humores em minhas veias, me ergui intencionando a raiva no olhar. Me aproximei ao ponto de sentir o hálito do rei regente, olhei para sua íris clara e soltei o grito entalado em minhas cordas vocais.
 - EU NÃO TENHO A SUA AMBIÇÃO! - rugi ofegante. Meu avô arregalou os olhos incrédulo por alguns segundos, surpreso com minha escolha de palavras. Então reagiu da única forma que poderia arrematar minha cólera. Abriu um sorriso sínico e começou a gargalhar, palhaço, em um misto de desdém e exagero até que retomou sua expressão feroz e vociferou:
 - Ridículo! - a palavra ecoou como um feitiço. Gargalhou alto novamente, os fantasmas o acompanharam no riso. Eu sentia minha cabeça perder o foco enquanto minha pressão baixava. Não consegui mais olhar nos olhos de meu avô, mas também falhei em engolir meus sentimentos. Reuni todas as minhas forças e gritei o mais alto que consegui.
.
.
.
 Quando senti as gotículas de chuva na minha nuca decidi levantar e procurar um abrigo. Apoiei minhas mãos na frieza da calçada de pedra em que estava sentado e me levantei. Fui rapidamente para a parte interna do passeio, sentindo a chuva engrossar nas minhas costas. Quando finalmente alcancei a esquina sem ter achado um teto para me proteger, estaquei na dúvida de escolher meu caminho.
 Não sei quantas vezes olhei para a frente, para trás, para a esquerda e para a direita tentando decidir meu destino. Eu estava ali, paralisado no centro da Rua, todas as possibilidades pareciam ser bastante promissoras e eu nem sentia mais o encharcamento que a chuva me causava.
 Minha camisa se fundira com meu peito quando uma senhora pequena cruzou meu caminho. Não sei dizer de qual direção ela veio, mas me encantou com sua personalidade. Vestindo os trapos rasgados pretos da sua vida de rua, mantinha a poderosa elegância de uma mestra antiga exalando um cheiro peculiar de perfumes baratos misturados com um hálito de aguardente, que bebia na garrafa em sua mão direita. Ela cambaleou para a frente e me olhou nos olhos com uma seriedade aterradora, segurando com a mão esquerda uma lâmina que dança no ar. Rasgou um pedaço de suas vestes no movimento vertiginoso que fez, pousando a ponta de sua lâmina furtacor na minha garganta inerte.
 - Você não tem voz? - uma voz doce, grave e saudosa me mergulhou nas sombras do infinito, eu me preparei para o corte. Fechei os olhos.
Tumblr media
3 notes · View notes
whimppering · 1 year
Text
açúcar ou adoçante?
hoje eu senti pela primeira vez.
senti de verdade. tua falta.
às vezes eu esqueço que o álcool é depressor. subestimo a sede em me afogar corriqueiramente.
seis da manhã. cedo demais pra minha própria mente me golpear de súbito. que baixo.
percebi que a minha covardia é comigo mesma também.
tenho tanta coisa pra escrever. mas não tinha condição de chorar, apesar de tanto querer por mais de 2 meses seguidos.
esbofeteei-me e enxuguei o rosto. permuta da angústia pela cólera. tinha esquecido que os dois podem ser sinônimos.
peguei a mochila, calcei os sapatos, abri, tranquei a porta e apertei o botão do elevador.
tentei esquecer a intempestividade que eu já sabia que iria chegar. mas nada muda. o estrondo é o mesmo. não tem como me preparar.
esqueci do espelho.
que merda.
que droga.
tive de olhar nos meus próprios olhos, fazia muito tempo.
tive que enxergar que você estava lá, sempre esteve. não tem nada que vai te tirar de mim, eu mesma não quero.
minhas intempéries reconfiguraram a minha memória. a dor também trouxe respostas químicas, espasmos, reflexos, meios de lidar com ela mesma. um ato de misericórdia peculiar da criação. o esquecimento e o torpor.
andava imune a nostalgia letárgica e a saudade inelutável. mas hoje bateram à minha porta.
nessa playlist que disse ter feito para mim, intercalou músicas tristes e felizes na tentativa de mimetizar a instabilidade que permeou nossa narrativa? a oscilação que sabias que eu não tinha controle sobre? escolheu estar comigo na época, mas fazia questão de imbuir tua expressão e a tua voz no desprezo. algo com o que você mesmo gostava de brincar. continua colocando faixas no topo para ter a certeza de que verei exatamente o que quer dizer, não? seria a comunicação subliminar infantil ou uma licença poética pra me macular? você é sórdido. sabe precisamente como me atingir.
sabes que nunca serão o que fomos um pro outro, na vida. toda ela. um postulado.
usavas as minhas consternações contra mim mesma, cordas da marionete cujos remendos constantes visavam a minha obediência à tua solidão.
aquilo que mais me enlouquece em toda essa situação é o teu amor pérfido. pútrido. eu entreguei tudo que podia, tu, apenas o que considerava "conveniente". adoravas usar essa palavra. é horrível te amar gabriel. é horrível. espero que seja equivalente para você também.
a gente se merece. mas eu me recuso.
o vazio que ficou do que me infligias, substituo com destilados e nicotina.
não preciso de você pra me machucar. apesar de querer.
Tumblr media Tumblr media Tumblr media
1 note · View note
sunrise-things · 2 months
Text
Que bom que gostou da ideia de ser minha motorista, tenho certeza que não iria ter muitos susto, pois sei que tudo que você faz, faz muito bem, então dirigir não deve ser diferente. Quero muito fazer minha carteira e aceito a indicação, mas infelizmente agora é inviável, não me sobra tempo, tenho que administrar o pouco que tenho, mas é muito difícil. Eu também penso em você diariamente, sempre que leio o que escreve sinto vontade de responder na hora, mas na maioria das vezes não consigo, penso todos os dias, geralmente quando estou no meu emprego, e quando volto pra casa me imagino te encontrando no trajeto. 
Sério, tua prima estudava com uma delas? Que coincidência, eu morar exatamente onde poderia ser você. Bom, eu também adoraria que morasse aqui perto, e eu faria questão de andar pelado sempre que te visse passando pela minha janela hahaha. E também não seria tão ruim entrar na sua casa e te encontrar pelada, eu não iria reclamar. 
Que pena passar tão tarde por lá, eu geralmente saio às 18h e tenho que ir direto pra casa por conta da faculdade, mas um dia desses vou sair mais tarde, vai que dou sorte e te vejo. Eu também passo por isso, às vezes vejo alguém e penso que é você, mas nunca é. Bom, não acho difícil, pode ser que seja eu mesmo, mas não te garanto kkkkk.
Bom, eu queria ter a disposição de fazer marmitas pra semana, ia me ajudar muito na minha rotina, porque geralmente tenho que chegar em casa da faculdade e fazer janta pra poder ter almoço pra levar pro serviço no outro dia. Bom, eu basicamente só fico sozinho aqui nas quintas e sexta, então não dá muito tempo de fazer algo, geralmente na sexta eu já vou pra casa da minha mãe, e segunda venho pra cá, eu queria ficar um pouco mais de tempo pra cá e pode passear, sair a noite, acho que no futuro quando eu tiver um carro vou conseguir fazer isso.
Que bom que ta gostando da academia, é muito bom né, você encara o dia com muito mais energia, além de ser muito bom pra saúde. Gostosinha? Bom, infelizmente não posso confirmar porque não tive o prazer de te ver ainda, mas quando eu puder eu confirmo hahaha.
Sim, trabalhar em escritório é muito bom. Eu trabalho em uma sala com uma “equipe”, é bem legal porque a gente sempre tá conversando e se ajudando, tenho meu próprio computador, e fico mais no computador, mas tenho que estar ligando pros clientes sempre. Eu vivo uma nuance, as vezes tô feliz lá, as vezes bate um bad e vontade de desistir, mas acho que é por causa da cobrança que gera por ter uma meta a bater e tal, mas essa semana foi boa, consegui fechar uns contratos. Sim, no outro ano tem de novo e vou fazer, e passar kkkk. Sim, me dê uma ajuda dai, eu faço um precinho bom hahah.
Sim, to bem confiante, vou dar uma reforçada nos estudos e se Deus quiser pegar pelo menos 50%. Nossa, eu queria muito dividir isso com você, mas não tem como contar por aqui, um dia eu sei que consigo contar, é uma coisa que tá acontecendo que pode “mudar” minha vida, e não, não vou ser pai kkkkk
Bom, eu to gostando bastante desse período, e assim como você eu também queria poder dividir e te contar tudo que estou estudando e todas as coisas interessantes que tenho aprendido. Tenho certeza que um dia desses a gente vai ter uma oportunidade de conversar sobre as nossas vidas, pessoalmente.
Bom, faz tempo que não tenho bebido nada, dei uma segurada de uns tempos pra cá, e tem sido bom.
Que ruim ter aulas online na segunda, poderia ser na sexta assim como as minhas. Eu sempre tento deixar algumas coisas aqui pra você ler e fico muito feliz quando vê, e pode ter certeza que eu vejo tudo que é deixado aqui no seu perfil, e fico muito feliz por cada palavra. Comecei a ler um livro, o nome é “o amor em tempos de cólera”, espero que seja bom, te conto quando eu terminae.
Bom, agora eu estou deitado, pra variar pelado kkkkk, vou tomar um banho e irei me deitar, estou feliz porque amanhã já é sexta, provavelmente vou pra casa dos meu pais, e vou de ônibus, não sei se você vai amanhã, mas torço pra te encontrar por lá. 
Perdão pela demora, e obrigado por cada palavra, fico muito feliz de ter você por aqui e sinto muita falta sua. Fica bem meu anjo, se cuide, aguardo seu retorno!
-não há nada que eu sinta mais falta do que os seus lábios nos meus
1 note · View note
marianeaparecidareis · 4 months
Text
NO DIA DO 'MISTÉRIO TRINO'' É *MARIA QUEM FALA!!
(Ouso dizer que a SS. Trindade sem *Maria, é triste e estéril...) Marjorie
(Maria revela) "Autorizar-vos a crer em 'novas' Revelações a meu respeito, não contraria em nada o que Jesus já vos revelou em vida!... A conclusão de seu Evangelho no Apocalipse, mostra bem como ainda há 'segredos' a serem desvendados!!... João, o discípulo amado, foi encarregado de, apesar de me reconhecer nos textos finais, a não mais expor meus segredos ocultados!! (!) Faz parte do Plano Divino surpreender os sábios e soberbos como aconteceu com Jesus!..."
"Não sou aceita como ‘Redentora’ junto ao Filho Divino que gerei, porém tudo foi milimetricamente estudado para ser a Grandiosa Revelação ao mundo inteiro!!.. Será a segunda e Gloriosa chance de desvendar um MISTÉRIO TRINO de um Deus Todo Poderoso!! (no segundo Pentecostes) A Ele tudo é possível, inclusive formar seu Corpo humano com uma simples ‘sombra’ do Espírito Santo sobre mim!!..."
"Muitos não fazem ideia o que isso significa em termos de Teologia Escatológica!... Milhares vivem o Cristianismo ignorando Aquela que trouxe o Salvador ao Mundo!... Conhecem a Bíblia tão perfeitamente, que se convertem apenas através das Palavras de CRISTO JESUS, meu adorado FILHO, porém chegam a passar batido pelo APOCALIPSE e por tantas outras *Profecias do Antigo Testamento que falam de mim!!..."
"DEUS PAI quis cegar seus filhos!... Durante Séculos a veneração a minha pessoa, se baseava em 'tradições' de Santos que foram agraciados com ESTA LUZ que ilumina minha existência ao longo de toda a História da Salvação!...."
"Com o PAPA FRANCISCO, meu escolhido, tudo vai sendo iluminado e conhecido através da minha característica fundamental: A SIMPLICIDADE!!... Não penseis que a atuação de Francisco seja algo aleatório. NÃO!!... Muito bla, bla, bla, já foi dito a esta geração, o que Nos força a realizar uma seleção dos que, através da 'minha' LUZ (Espírito Santo) estarão sendo preparados para o contra ataque!..."
"Bem sabeis a tremenda opressão que vos aguarda!!... Um Poder Universal, que sob o comando de Satanás, dominará as nações e estipulará uma 'religião única', extinguindo a Vida e Morte de JESUS!... Consequentemente a Eucaristia será SUPRIMIDA e banida, como uma simples HERESIA que o mundo precisa abolir!"
"Acolhei-vos em meus braços e não tendes medo!... Sou 'frágil e delicada', porém com o Poder Supremo que estará EM MINHAS MÃOS, POR VONTADE DIVINA, combateremos com paresia e desassombro, a avalanche de ultrajes que a Igreja, fundada em Cristo, sofrerá!!...."
"É tempo de aglutinação dos que EM MIM DEVOTAM TOTAL CONNFIANÇA. Criaturas que desde o início estão marcadas, e farão parte do Nosso Exército.... Estarão com toda a OUSADIA defendendo a Pomba Eucarística – O BERÇO DA EUCARISTIA!"
"Se JESUS em SUA TRINDADE decidiu usar o Simbolismo do CORDEIRO para que fosse identificado, eu estarei sendo representada pela POMBA IMACULADA que simboliza tanto o ESPÍRITO SANTO, como o AMOR do Pai e do Filho!..."
"SIM!!... MISTÉRIOS que o Mundo precisará saber, para que, quando da minha VINDA, milhões ainda poderão ser salvos!!... Não desejai EXPLICAÇÕES!!... O Ciclo vai se fechando com os vários lados de UMA MESMA Revelação!!... Quem crer, verá o que os olhos nunca viram!”......."
Tua Mãe
(Maria SS. continua a nos instruir através da Marjorie Dawe)
Confirmações: Jeremias 8,8s "Como podeis dizer: 'somos sábios e temos conosco as leis do senhor?....' Na verdade foi a mentira que fez desta Lei o estilete do enganador.... Os sábios consternados e confundidos ficarão cobertos de vergonha por haverem repelido as palavras do Senhor..."
Baruc 4,25 " Suportai filhos Meus com paciência o golpe da cólera Divina. Fostes perseguidos por vossos inimigos; porém em breve assistireis a sua ruína."
Tumblr media
0 notes
daily-anna · 4 months
Text
como começar um clube de literatura prt.2
Tumblr media
na postagem anterior eu havia ensinado os primeiros passos de como criar um clube de leitura com suas amigas. vou dar continuidade ajudando no roteiro e de como levar a conversa durante a sessão e trago mais sugestões de livros no final.
esqueci de falar mas é preciso que haja uma espécie de líder. pode ser por sessão ou do clube em si, mas essa pessoa que vai conduzir os diálogos e fazer as perguntas. nem todo mundo é necessário falar, seria bom dar opinião quando confortáveis.
˚₊· ͟͟͞͞➳❥ expectativas: qual era sua impressão inicial sobre o livro? você gostou da sinopse? a partir de qual ideia você acha que surgiu o livro?
˚₊· ͟͟͞͞➳❥ ideias gerais: foi difícil acabar com o livro? do que mais gostou e do que menos gostou? ficou com vontade de ler mais obras do autor? uma pessoa que você recomendaria o livro?
˚₊· ͟͟͞͞➳❥ enredo: qual a ideia geral da trama? quais os momentos cruciais? como o autor tentou atrair a atenção do leitor?
˚₊· ͟͟͞͞➳❥ personagens: quais personagens são interessantes? você se identificou com algum? como você descreveria tal personagem? que pensamentos ou ações de algum personagem te chamou atenção?
˚₊· ͟͟͞͞➳❥ temática: do que fala o livro? resumo do livro numa frase ou palavra. qual a intenção do autor ao escrever esse livro? qual a principal mensagem que o livro quer passar? que relevância o livro tem pra sua vida? você concorda com as ideias do livro?
˚₊· ͟͟͞͞➳❥ finalizando: cada um ler uma passagem do livro que gostou ou que chamou a atenção.
bom, é isso. apenas um norte de como seguir a sessão, mas sinta-se livre para fazer as perguntas que quiser e falar o que quiser.
✧*̥˚ mais sugestões *̥˚✧
O Retrato de Dorian Gray, Oscar Wild
Persuasão, Jane Austen
Capitães da Areia, Jorge Amado
O Americano, Henry James
A Época da Inocência, Edith Wharton
Morte no Nilo, Agatha Christie
Crime e Castigo, Dostoiévski
O Castelo, Franz Kafka
Moby Dick, Herman Melville
A Volta ao Mundo em 80 Dias, Júlio Verne
Os miseráveis, Victor Hugo
Dom Casmurro, de Machado de Assis
O morro dos ventos uivantes, Emily Bronte
Jane Eyre, Charlotte Bronte
David Copperfield, Charles Dickens
Retrato do Artista Quando Jovem, James Joyce
O conde de Monte Cristo, Alexandre Dumas 
Madame Bovary, Gustave Flaubert
Frankenstein, Mary Shelley
O amor nos tempos do cólera, Gabriel García Márquez
E o vento levou, Margaret Mitchell
Os sofrimentos do jovem Werther, Johann Wolfgang von Goethe
Senhora, José de Alencar
Dôra Doralina, Raquel de Queiroz
é isso, beijinhos
1 note · View note
amor-barato · 10 months
Text
Ele a vira pela primeira vez uma tarde em que Lotário Thugut o encarregou de levar um telegrama a alguém sem domicílio conhecido que se chamava Lorenzo Daza. Encontrou-o na pracinha dos Evangelhos, numa das casas mais antigas, meio arruinada, cujo pátio interior parecia o claustro de uma abadia, com tiririca nos canteiros e um repuxo de pedra sem água. Florentino Ariza não percebeu nenhum ruído humano quando seguiu a criada descalça por baixo dos arcos do corredor, onde havia caixotes de mudança ainda por abrir, e ferramentas de pedreiro entre restos de cal e sacos de cimento alinhados, pois a casa estava sendo submetida a uma reforma radical. No fundo do pátio havia um escritório provisório, onde dormia a sesta sentado diante da escrivaninha um homem muito gordo de suíças crespas que se confundiam com os bigodes. Chamava-se, de fato, Lorenzo Daza, e não era muito conhecido na cidade porque chegara há menos de dois anos e não era homem de muitos amigos. Recebeu o telegrama como se fosse a continuação de um sonho aziago. Florentino Ariza observou os olhos aflitos com uma espécie de compaixão oficial, observou os dedos incertos procurando descolar o papel, o medo visceral que tinha visto tantas vezes em tantos destinatários que ainda não conseguiam pensar em telegrama sem pensar em morte. Quando o leu, recobrou o domínio de si mesmo. Deu um suspiro: "Boas notícias." E entregou a Florentino Ariza os cinco réis de uso, dando-lhe a entender com um sorriso de alívio que não os teria dado se as notícias tivessem sido más. Depois se despediu com um forte aperto de mão, que não era de costume com um mensageiro do telégrafo, e a criada o acompanhou até o portão da rua, não tanto para conduzi-lo como para vigiá-lo. Percorreram o mesmo caminho em sentido contrário pelo corredor de arcadas, mas desta vez viu Florentino Ariza que havia alguém mais na casa, porque a claridade do pátio estava ocupada por uma voz de mulher que repetia uma lição de leitura. Ao passar diante do quarto de costura viu pela janela uma mulher mais velha e uma menina, sentadas em duas cadeiras muito juntas, as duas acompanhando a leitura no mesmo livro que a mulher mantinha aberto no colo. Pareceu-lhe uma visão estranha: a filha ensinando a mãe a ler. A dedução era incorreta só em parte, porque a mulher era tia e não mãe da menina, embora a tivesse criado como se mãe fosse. A aula não se interrompeu, mas a menina levantou a vista para ver quem passava pela janela, e esse olhar casual foi a origem de um cataclismo de amor que meio século depois não tinha terminado ainda.
Gabriel García Márquez – O amor nos tempos do cólera 
2 notes · View notes
malenamoonlight · 2 years
Text
The day just started and I'm already non stop thinking about Fermina Daza...🥺😍
1 note · View note
erros-e-devaneios · 2 years
Text
"Vou fazer cem anos, e já vi mudar tudo, até a posição dos astros no universo, mas ainda não vi mudar nada neste país — dizia. — Aqui se fazem novas constituições, novas leis, novas guerras cada três meses, mas continuamos na Colônia."
O Amor nos Tempos do Cólera.
1 note · View note
pleinederichesses · 9 months
Text
Tumblr media
Que saudadinha eu tava daqui <3
Comecei em uma onda de leitura que me deixa muito tranquila, uma maré tão boa e refrescante, tanto que esqueci do quanto gosto de escrever, hehe.
Às vezes penso em desativar as outras redes sociais (menos fb, i love), porque a pressão de treino e estudo ficou pior com o instagram, antes eu treinava mais de boa, hoje virou uma competição, tá na moda inclusive fazer uso de EA, coisa que antes só quem curtia muito e/ou ia competir usava.
Vejo pessoas próximas a mim tomando oxan como se fosse água, antidepressivo como se fosse analgésico (de certa forma é, mas na hora certa e na quantidade adequada), mas não toma refri porque faz mal. Qual o intuito? O importante é pagar de "saudável" só nos stories? Ooolha o stress, dona Jess, cadê a tranquilidade falada?
É uma auto crítica que tenho feito, importar-me menos com outras coisas que não convém a mim mudar, mas é interessante ver da minha perspectiva o making off e o que é postado.
Tô curtindo mais ser mais low profile, ter menos interação, postar menos, jogar mais, ler mais. O meu mundo me parece mais aconchegante ao que vejo lá fora (ou o que pode parecer 'lá fora').
É isso, tô lendo agora O Amor nos tempos de cólera e, olha, não curti como os outros kkkkk. Acontece, né. O grupo de leitura me deu esse olhar mais crítico, ousando ler outras categorias de livros, foi bom abrir mais a mente.
Hoje irei voltar a treinar depois de 2 semanas que resolvemos descansar (e trabalhar), reiniciando a rotina, sem neura, só curtindo o processo.
Por hoje é só, até breve, my tumblr
0 notes
specialthingsncg · 10 months
Text
Tumblr media
"...Dele asseveraram os profetas de 1srael, muito tempo antes da manjedoura e do calvário: - "Levantar-se-á como um arbusto verde, vivendo na ingratidão de um solo árido, onde não haverá graça nem beleza. Carregado de opróbrios e desprezado dos homens, todos lhe voltarão o rosto. Coberto de ignomínias, não merecerá consideração. É que Ele carregará o fardo pesado de nossas culpas e de nossos sofrimentos, tomando sobre si todas as nossas dores. Presumireis na sua figura um homem vergando ao peso da cólera de Deus, mas serão os nossos pecados que o cobrirão de chagas sanguinolentas e as suas feridas hão de ser a nossa redenção. Somos um imenso rebanho desgarrado, mas, para nos reunir no caminho de Deus, Ele sofrerá o peso das nossas iniquidades. Humilhado e ferido, não soltará o mais leve queixume, deixando-se conduzir como um cordeiro ao sacrifício. O seu túmulo passará como o de um malvado e a sua morte como a de um ímpio.
Mas, desde o momento em que oferecer a sua vida, verá nascer uma posteridade e os interesses de Deus hão de prosperar nas suas mãos."
Sim, o mundo era um imenso rebanho desgarrado. Cada povo fazia da religião uma nova fonte de vaidades, salientando-se que muitos cultos religiosos do Oriente caminhavam para o terreno franco da dissolução e da imoralidade;
Mas o Cristo vinha trazer ao mundo os fundamentos eternos da verdade e do amor. Sua palavra, mansa e generosa, reunia todos os infortunados e todos os pecadores.
Escolheu os ambientes mais pobres e mais desataviados para viver a intensidade de suas lições sublimes, mostrando aos homens que a verdade dispensava o cenário suntuoso dos areópagos, dos fóruns e dos templos, para fazer-se ouvir na sua misteriosa beleza. Suas pregações, na praça pública, verificam-se a propósito dos seres mais desprotegidos e desclassificados. como a demonstrar que a sua palavra vinha reunir todas as criaturas na mesma vibração de fraternidade e na mesma estrada luminosa do amor. Combateu pacificamente todas as violências oficiais do juda1smo, renovando a Lei Antiga com a doutrina do esclarecimento, da tolerância e do perdão. Espalhou as mais claras visões da vida imortal, ensinando às criaturas terrestres que existe algo superior às pátrias, às bandeiras, ao sangue e às leis humanas. Sua palavra profunda, enérgica e misericordiosa, refundiu todas as filosofias, aclarou o caminho das ciências e já teria irmanado todas as religiões da Terra, se a impiedade dos homens não fizesse valer o peso da iniquidade na balança da redenção."
-Emmanuel, A caminho da luz.
1 note · View note
pcortibeli · 1 year
Text
Escuso no jazigo imemorial da inexistência
Este escrito fora feito com palavras soluçadas e trêmulas pelos gemidos de dor, salgadas com as minhas próprias lágrimas. Sopradas em meus ouvidos pelo invisível, caminham dentro de mim dando nome aos demônios que fazem do meu interior sua tenda. O grafite do lápis é simplesmente o eco dos bramidos do mar insensível aos meus sonhos naufragados. Assim dou forma no papel às colinas de mágoa sem me entregar a cólera, escalando-as dia após dia até poder sentir o sol cálido derreter a neblina que tanto perturba a visão do meu espírito.
Achei que fosse de inteira propriedade do pessimismo essa minha mania apática de julgar tudo como temporário. A beleza se deteriora, a força cede-se, o grandioso tem seu cume ultrapassado. Pessoas vêm e vão guiadas pelos seus anseios, ou como escravas das inconstantes circunstâncias são arrastadas pelas ruas da sua história. E ainda que sejam contempladas pela livre opção de escolha, vivem sob a regência do tempo - relógio descompassado quando limita nossas alegrias e momentos tão esperados.
Ainda ouço aquelas mesmas músicas. Então eu fecho os olhos e posso imaginá-lo ao meu lado. Juro! Sinto seu cheiro invadir minhas narinas e dar início às explosões de desejos retraídos. As lágrimas cedem espaço ao sorriso que, por sua vez, surge acompanhado pela friagem da saudade. O dedilhar do violão adornando a poesia que remete à valia de lutar pelo amor, ainda que ele não seja uma luta, desperta em mim a indagação: lutar sob quais condições? Estamos em embarcações tão distantes, e mudar o percurso da minha só iria nos separar ainda mais; eu me perderia no caminho. Então eu tentaria nadar e me afogaria. Você estaria embriagado demais para me ouvir. No entanto navegamos sobre as mesmas águas. Peço ao vento que o sopre devolva para mim. Eu estarei aqui ancorado pela incessante mania de amar-te.
Nas tentativas de me conformar com a sua ausência, mergulhei na inconsciência dos meus sonhos, onde vivenciei meus pretéritos dias de martírio sendo encenados pelos mesmos personagens, os quais eu pensara ter sepultado sob as terras do meu desprezo, só para ter-lhe no alcance do afagar das minhas mãos, no fitar dos meus olhos e no envolver dos meus braços. Quando eu estava imerso no mundo inconsistente dos meus pesadelos, era o sussurro da sua voz, como se ecoasse no fim de um longo túnel, que me libertava das cadeias do desespero. Mais doloroso e desesperador que as figuras horrendas que lá me assombram, é despertar e saber que você não está mais aqui em matéria, apenas nas lembranças que ornamentam a minha memória. Acordo e o desprezo ao presente ausente já não me envolve com tamanha veemência. É impossível negar o que o coração é sedento. Se os olhos são intérpretes da verdade oculta, ao fitar-lhe, banho-te com a nudez das minhas palavras não ditas.
Até agora tenho me afogado nesse silêncio gritante que aos poucos cava em meu peito um abismo interminável e gélido, me roubando a virtude de viver. Minha mente vaga por lugares onde jamais estive e abraça coisas que tampouco cheguei a contemplar, mas estes sempre estiveram vivos e materializados no íntimo do meu ser. O mais intenso dos meus desejos tenta debalde me transladar para o regozijo de um mundo remoto. Meus olhos por sua vez percorrem o antro da minha realidade, onde, com os pés no chão, sou atalhado pelas restrições congênitas.
Vago pelas ruas da solidão, onde o tempo me arrasta para os becos mais escuros e adjetos do meu ser. O insalubre medo e as heresias que tiram a minha paz tornam enferma a minha alma. Preso na opaca prisão das incertezas, desvairam-se minhas práticas humanas. Submisso às iminentes lágrimas corrosivas, amordaçado pelas mesmas, tento em vão rogar a volta do sol que se apagara, da luz que deixou de me guiar, do sentimento que me abandonara.
Perambulam pela minha habitação carnal sentimentos sinceros e verdadeiros, porém impuros e abomináveis; heresias que ferem a minha razão e me roubam o direito de prosperar.
Fui subjugado pela veneração e lançado no vale soturno da melancolia, pois rogava ao ausente sua devoção. Limitado pela mendicância das débeis mãos humanas para me erguer e caminhar, entregava-me inerte ao definhamento. As cicatrizes subsequentes a retaliação são tentativas de inibir a dor que fustiga meu espírito. Por quanto brota das minhas veias o sangue que sufoca as máculas parasitas da minha alma. O suplício cessa e o sol já fora devorado pelo horizonte, dando lugar às estrelas sentinelas da noite e ao céu negro que moldura a tão longínqua e pacata lua.
Ouço a chuva cair sobre o mármore e inundar as lembranças ali sepultadas. Todas as virtudes e incredulidades agora jazem nas terras em que tanto esperei por repousar. Cicatrizes e feridas foram eternizadas na lápide deste túmulo. As flores aqui respiram o ar lúgubre que outrora carregava vida, vida com abundância.
Só resta me acostumar com as ruínas de um templo rendido à exaustão e perambular por um jardim secreto sucumbido às ervas daninhas. Uma vez que lhe condeno à prisão perpétua em minh'alma, levo comigo a miragem de um futuro ao seu lado. Pois fostes o meu começo e meu fim, fostes o fogo que me destruíra e me tornara matéria carbonizada, alastrando-se para suas próprias memórias e me banindo de suas lembranças, me afastando da sua misericórdia. Poderia eu renascer das cinzas tendo a brisa do seu sopro, as mesmas que me deste alívio aos dias quentes no deserto, as espalhadas? Não. Não posso lhe culpar por eu ter desistido de lutar. Talvez eu tenha me matado; um suicídio consumado. Hoje me escondo de ti sob as negras asas de um corvo, no conforto oneroso das sombras. Fui acolhido como filho angustiado pela própria morte.
O som uivante das trombetas soa, enquanto meu espírito clama em sussurros que a carne não consegue exprimir por já ter se desfeito em pó. Gostaria de ter a certeza que há um lugar melhor para mim, já que não fui capaz de transformar a minha solidão na independência que me falta.
Foram poucos os dias que sorri de alma e pude sentir o desejo de vencer. Não sei o que há comigo. Sempre volto à frente do espelho e digo com lágrimas ardendo os olhos o quanto me repudio. Não sei se desisti ou se na verdade nunca tentei. Difícil encontrar um ponto de partida para as palavras que me descrevem. Pois são tantas as punhaladas que influenciam a minha dor que mal posso dar uma sequência à elas. Penso que a melhor forma de por tudo para fora é chorar. Não há palavras fiéis para fotografarem meu estado deprimente. O que estou fazendo é manchando esta folha com o sumo de um limão. Sua acidez e amargura jorram do meu ser, mas a fonte continua dentro dele; eu sou feito dela. Essa névoa de dor expande o peito e o faz queimar com sua frieza. Ela condensa-se transformando no líquido salobro que brota das duas pedras sem cor e sem brilho.
Fui feliz na ingenuidade. Uma criança que se assustava com as explosões e com os gritos surdos e angustiantes de uma mulher desamparada, numa guerra que a envolvia e que um dia eu haveria de pelejar. Mas logo sorria, mesmo contemplando a imagem desfigurada do nosso agressor. Não sentia a inquietude da miséria, tampouco o desconforto da mendicância.
Nunca aceitei a realidade que vivi a partir do momento que tomei consciência dela. Mas nunca tive força para reagir. Por vezes fui acometido pela ilusão de uma vida opulenta, sendo até mal interpretado pelas pessoas à minha volta. Eu só não queria me acomodar. Nunca houve maldade ou egoísmo em mim por pensar assim. Mas as conquistas na vida já não mais faziam sentido para mim. Meus dias foram obscurecidos pelo desalento. A melancolia fora a companheira dedicada a cobrir meu corpo desfalecido, a afagar a cabeça desamparada, a umedecer os olhos cerrados e a apalpar o coração maculado.
Minhas palavras já causam vertigem. Mas não posso deixar de relatar como eu morri.
Sempre me senti atraído pela morte. Ela me seduzia oferecendo consolo e conforto inabaláveis e perpétuos. Pois nela não há a narrativa que a vida tanto preza. Não há personagens, encontros ou partidas, regozijo ou tristeza. Há apenas a paz da inexistência. Antes que eu aceitasse sua proposta e a abraçasse sem relutância, vivi a tormenta da autonegação, um amor nascido do pecado, a tortura da saudade. Eu sobrevivi à vida, sobrevivi a mim.
Houve momentos em que me senti instigado pelo ódio. Mas ele me traía com sua fraqueza contra o amor que eu acalentava; amor que me prendia aos conceitos hereges de um homem esbaforido. Não fui capaz de esquecer os momentos que compartilhamos, as horas de diálogo em que pude observá-lo com toda atenção: cada traço, cada gesto, aquele sorriso apaixonante e os contatos físicos, ainda que a importância e significado deles não fossem recíprocos. Anos contribuíram para a composição desse sentimento e este impediu que anos subsequentes pudessem ser contados como tempo da nossa união. Hoje ainda o observo raramente de longe com o mesmo sorriso, agora para outrem. Seu corpo envolto pelos braços de uma desconhecida. Seus lábios se mexem, mas suas palavras incapazes de se propagarem pelo vácuo que nos separa são inaudíveis. Sinto a dor da minha invisibilidade aos seus olhos, do meu esquecimento, da sua indiferença. Se eu não estivesse tentando oprimir meus sentimentos, talvez eu pudesse ter aproveitado melhor sua presença. Ou se talvez a nossa fé não abominasse tais sentimentos eu poderia ter me vangloriando por ter sido capaz de amar genuinamente.
Eu tive medo de um futuro incerto por estradas ermas. Feria-me na pela enquanto me fariam a alma. Quando as lágrimas eram demais para os olhos, elas retalhavam minhas veias e escorriam pelo meu pulso; odiava-me por não conseguir contê-las.
O sono da morte me anestesiara, tornando-me insensível à história que se findou. Se houver o juízo final rogo que não me despertes, nem que se abram as portas do céu a me receber, tampouco o fogo do inferno a me queimar a alma. Não quero contemplar o paraíso, já que minha essência se perderá. Também não desejo contemplar a devastação de um mundo condenado à dor, onde o maior castigo seria as lembranças de outrora. Assim como fui um homem esquecido, desejo ser um espírito escuso no jazigo imemorial da inexistência.
0 notes