#normas de gênero
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Presumir gênero é sempre uma ação transmísica?
Talvez eu não a descrevesse como especificamente transmísica. Mas é com certeza cissexista e enraizada em normatividade de gênero.
As identidades de gênero presumidas são apenas duas: homem e mulher. As linguagens presumidas são apenas duas: o/ele/o e a/ela/a. Não só esses binários são limitantes como também muitas vezes são forçados com base em características que podem ser impossíveis ou difíceis de escolher ou mudar, como vozes, formatos de corpos e estilos de roupas.
Quando é que nosses supostes aliades vão colocar seus compromissos com o anticissexismo acima do conformismo com as normas sociais de como tratar pessoas desconhecidas?
Podemos estar no dia da visibilidade trans, mas não significa que todas as pessoas trans sejam visivelmente trans. E isso se aplica a todas as outras identidades cisdissidentes também.
Versão de Instagram | Versão em orientando.org
#maldenominação#cissexismo#lgbt brasil#Dia da Visibilidade Trans#transmisia#cisdissidência#normas de gênero#não-conformidade de gênero#inconformidade de gênero#orientando.org
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his gentle kind of love
choi seungcheol x leitora
o alívio te inundou ao perceber os pensamentos negativos sobre primeiros relacionamentos que sua mente nutriu caindo por terra quando começou a namorar seungcheol. com ele, todo pequeno e grande passo foi cercado por compreensão e afeto. mesmo descobrir quão bom era ir além das provocações e preliminares — exploradas com igual cuidado — teve um toque dessa gentileza.
gênero: smut (o fluff inevitável tá aqui de novo)
pt-br
conteúdo: leitora fem, namoradinho seungcheol muito querido (por todos), uma pequena diferença de idade implícita, mas todos os envolvidos são maiores de idade, perda de virgindade.
avisos: conteúdo para maiores de 18 anos após o corte. menores, por favor, não interajam. smut (leitora virgem, masturbação e sexo oral [ambos], sexo com penetração [e proteção! muito importante] e acho que é só isso, seungcheol é um namorado bem cuidadoso&romântico e talvez estivesse se segurando um pouco). uso de apelidos (princesa, bebê, amor, linda, cheollie).
contagem: ± 6500
nota: num sei se podemos relevar minha enormíssima demora, acho devo pedir desculpas a quem quer que estivesse me esperando aparecer. senti falta daqui e de conseguir organizar minhas ideias (essa em específico inspirada nisso aqui), de verdade mesmo. enfim, tenho asks e outras coisinhas que gostaria de postar durante essa semana, espero que aproveitem essa e as próximas leituras <3
sem nem ter iniciado a vida universitária, recebeu diversos conselhos: puxe um pouco o saco dos professores, não deixe pra cumprir créditos no último semestre, documente tudo que fizer em relação a trabalhos acadêmicos e faça amigos. insistiram um pouco nesse último, falando sobre como é importante manter amizades com pessoas que não só estejam lá pela diversão como pelas partes que exigem responsabilidade. nada disso foi difícil de seguir. sempre se dedicou aos estudos, valorizando as oportunidades que tinha e focando no que seria bom para o seu futuro. claro, possuía seus defeitos e às vezes precisava se esforçar um pouco mais para não perder prazos e afins, como toda jovem comum faria. e jamais perderia qualquer informação sobre as muitas páginas que passava horas digitando e diagramando, as normas abnt quase coladas no seu cérebro de tanto usá-las. acreditava fielmente que finalizaria o curso com algumas horas complementares sobrando, se fosse possível.
e, quanto às amizades, foi surpreendida da melhor maneira.
o apoio moral dos amigos que passaram para a mesma universidade foi um acalento, trouxe paz para os seus primeiros dias, mas, é claro, precisava se entrosar com os novos colegas também. é aí que entra choi seungcheol.
só não exatamente aí, num primeiro momento.
no começo, aos olhos leigos de quem havia trocado alguns “bom dia” com seungcheol e restringido o diálogo só a coisas relacionadas às matérias nas semanas iniciais, ele parecia sério demais. o que foi descartado como um exagero logo no primeiro semestre, o homem era extremamente educado e atencioso. sempre se pôs a disposição dos demais calouros, principalmente quando caiu nos ouvidos da turma que ele já havia começado o curso um tempo atrás e trancado por questões pessoais. logo, tinha sim um pouco mais de experiência em comparação à maioria.
foi agradável participar de qualquer trabalho em grupo que o envolvia, atento aos detalhes e, para o bem da sua sanidade, não deixava tudo pra última hora. mas parou por aí durante um tempo, não se sentia íntima dele o bastante e temia forçar uma aproximação desnecessária, até ele ter dado o primeiro passo.
ver colegas — ou desconhecidos — com aquelas feições tensas encarando uma das telas no laboratório de informática era algo bastante recorrente. contudo, ver você naquele mesmo estado — talvez um pouco pior se reparasse nos dedos sumindo entre seus lábios, quase os roendo, parando somente para proferir uma série de xingamentos para o pobre computador — foi algo atípico. já te viu frustrada com uma atividade ou outra, suspirando aliviada com um sorriso fofo quando finalmente conseguia resolvê-la, porém aquela inquietação transbordando tão perceptivelmente de você era algo novo.
não podia dizer que te conhecia tão bem pra fazer grandes comparações, porém, ao longo dos dias, pôde ver que não era o tipo de aluna que deixava dúvidas pairando sem respostas ou que procrastinava em excesso. seus cadernos tinham anotações de todos os temas e lembretes com prazos, parecia fazer de tudo para distanciar-se o máximo que podia da estafa mental e física que uma graduação poderia causar. logo, a cena chamou a atenção de seungcheol com facilidade.
o aceno desanimado e a curta conversa, ainda que estivesse notavelmente estressada, o fizeram se sentir bem-vindo o suficiente naquele dia, quando você não só se permitiu receber a ajuda que precisava — mas sentia vergonha em pedir —, como deixou de chamar seungcheol de choi. ele precisou pedir com jeitinho para que abandonasse a coisa do sobrenome, brincando sobre como você parecia um dos caras da atlética e não a parceira favorita de cheol para qualquer tarefa acadêmica chamando-o assim.
descobriu que a paciência de seungcheol era quase inesgotável, bem como seu ego, que inflou de imediato quando você admitiu que a explicação dele foi bem melhor que a do professor ao introduzir o maldito software. entretanto, os olhos brilhando com a leve arrogância não foram capazes de te chatear como normalmente fariam se fosse alguma outra pessoa ali, pois não estavam acompanhados de nenhuma atitude desagradável, mas sim da personalidade gentil de seungcheol, que ficou somente mais instigado a mastigar cada instrução e truquezinhos extras que conhecia para te auxiliar.
situações como aquela se tornaram rotineiras: seungcheol e você dividindo um canto da instituição enquanto tornavam alguma tarefa menos descomplicada um para o outro. que logo se transformaram em momentos falando apenas sobre casualidades. pôde conhecer mais da personalidade cativante, ora divertida, ora resmungona; das responsabilidades que cheol carregava como filho, irmão e parte importante do negócio familiar dos choi; e dos sonhos e ambições que alguém com um coração tão grande como o dele poderia ter.
ninguém te culparia por se encantar. afinal, a pessoa em questão era choi seungcheol, o menor empurrãozinho levou o que era apenas uma pequena bolinha de neve no topo da montanha a deslizar como uma avalanche. e cheol não ajudou muito a evitar que isso acontecesse. o sorriso fácil e encorajador, como passaria um braço sobre seu ombro ao caminharem pelos corredores, estando atento a tantos detalhes sobre ti que quase se tornou um especialista em seus gostos e desgostos.
logo, o probleminha para conseguir prestar atenção nas palavras que saíam da boca dele e não em como os lábios eram rosadinhos, os cílios compridos e os olhos tão expressivamente cintilantes cresceu até se tornar aquela sensação constante que deixava seus sentidos desnorteados e coração acelerado.
a paixão não era um terreno inexplorado, porém havia um penhasco de diferença entre as situações bobas vividas antes — rapidamente deixadas de lado ao darem errado — e como se sentia com o choi. a adolescência te rendeu o que tende a render: alguns arrependimentos e corações partidos.
um primeiro beijo desastroso, um namoradinho que não dava a mínima pra nada, uma coisa aqui e outra ali fizeram-te se afastar um pouco de relações românticas. focou o período ocioso em mais estudos e em cultivar boas memórias com as amizades que apreciava. isso bastou para chegar à vida adulta pacificamente, embora a experiência fosse quase escassa.
o bom julgamento te fazia uma amiga procurada para ajudar em questões amorosas, tendo conselhos na ponta da língua para quando fosse necessário. porém, como aconselharia a si mesma? o que fazer com o tanto de sentimentos crescentes? ironicamente, foi o próprio seungcheol quem, mais uma vez, foi a luz para a situação. a ponto de sua amiga jiwoo rir com vocês ao aparecerem juntos pela primeira vez, lembrando de como seungcheol foi quem te incentivou a ir em frente.
você e jiwoo sempre achavam um cantinho para conversar enquanto ela, como boa parte dos alunos que apareciam no refeitório naquele horário, tomava sua dose diária de cafeína e tentava compreender o que poderia estar te deixando cabisbaixa nos últimos dias. — isso não explica nada. o cara é legal, sempre tá com um sorrisão do seu lado. você tá complicando demais as coisas, ______. — ele age assim porque é meu amigo, jiwoo. o cheol não tem a menor ideia de como eu me sinto e se eu abrir a boca pra falar alguma coisa, corro o risco dele me detestar — a mera ideia de ter que se afastar por algo assim te fez cogitar ainda mais apenas ignorar qualquer pensamento fantasioso com o choi, enterrar tudo naquele cantinho escondido na sua mente.
— não, senhorita. o homem fica todo radiante de manhã cedo, eu nunca vi ele com toda essa alegria perto do mingyu, por exemplo. só às vezes, na verdade — respirou fundo, retomando o foco. — o ponto é que vocês já se aproximaram naturalmente, só tem que aproveitar. — jiji, eu me travo inteira só de ouvir um elogio dele. como que eu vou flertar sem parecer boba? tudo que eu tiver pra falar, o seungcheol já ouviu. — mas não ouviu de você! tá perdendo tempo se privando de ter uma chance com alguém legal e impedindo o seungcheol de dar uns beijos na pessoa mais foda dessa faculdade — jiwoo agiria como sua maior apoiadora se sua felicidade estava em jogo. — mas não vai conseguir me refutar, porque ele tá vindo pra cá. virou-se na direção em que sua amiga acenou, avistando o choi no seu mood diário: se arrastando entre a multidão tentando encontrar alguém conhecido.
o banco era um tanto desconfortável, mas poder deitar a cabeça no seu ombro compensava — você o faria levantar, dizendo que ele poderia acabar dormindo a qualquer minuto, porém seungcheol não largaria de mão o tempinho aconchegado ali.
— vamo, seungcheol. bota esse teu cérebro pra trabalhar e me ajuda com uma coisa.
— eu não vou te ajudar com nenhum parágrafo de mais nada, jiwoo — a lamúria dele foi dispensada com um aceno da colega.
— relaxa, já terminei aquilo. vamos supor que eu tenho uma amiga…
— me diz que você não termina essa frase tentando me arranjar um encontro, por favor. toda hora alguém aparece me enchendo com isso.
— apesar de eu ser uma ótima cupido, não é isso. o que uma pessoa deveria fazer pra se aproximar mais de alguém que ela tem uma quedinha, supondo que já tenha uma amizade ali.
parte de você se sentiu como no comecinho da adolescência, tendo que lidar com as ideias quase constrangedoras de jiwoo. porém, pensando bem, não tinha como seungcheol deduzir muito com aquelas informações. sua amiga conversava com todos que davam trela pelo campus, fazendo amizades improváveis. ele jamais ligaria aquela única frase a você.
— ah, é um clássico. e o que geralmente impede as pessoas é o medo de estragar a amizade, mas guardar sentimentos pra si é muito pior pra todo mundo que tá envolvido a longo prazo. é melhor ver o fato de serem amigos como uma vantagem. já sabem algumas coisas um do outro, devem se falar com frequência. alguém que se importa com a gente costuma valorizar mais nossos sentimentos, sabe? mas se não for assim, nem é alguém que vale a pena.
— tá, mas e se essa pessoa simplesmente não souber por onde começar? — você questionou, fingindo que o assunto não era sobre você.
— sim, a coitada tá perdida. tem medo, óbvio. mas também não tem ideia do que fazer pro tonto perceber ou descobrir se ele sente algo — jiwoo completou, se aproveitando do desconhecimento de cheol.
— só começar com calma, chamar pra fazer algo diferente do que fazem juntos normalmente, um elogio de vez em quando. se for correspondida, é uma brecha pra tomar coragem. se não, é mais fácil seguir em frente com a certeza negativa do que se perguntando um monte de “e se?”.
cada palavra dita com cuidado te deixou pensativa o bastante para esquecer de respondê-lo, cabendo a jiwoo encerrar o assunto antes do começo das aulas do dia. apesar do incentivo inesperado, não foi de primeira que conseguiu agir. acreditava que suas pequenas demonstrações passavam completamente despercebidas por cheol, mas tentou mesmo assim. os minutos — ou horas — que passariam na biblioteca estudando, sugeriu que fossem gastos na casa de um de vocês, ocasionando sempre num filme ou ida à algum lugar pra recompensar as mentes exaustas. e, embora já fosse uma espectadora assídua dos treinos que era convidada a comparecer, passou a estar presente também nas partidas, talvez tendo sido a etapa final para o seu plano — não tão bem elaborado.
o começo de mais uma temporada de muita competitividade animava seungcheol, de certa forma. o resto do time diria que era aquele sede dele de ganhar, o que era parcialmente verdade, mas o real motivo estava no quão leve sua mente ficava quando tinha mais alguma coisa pra distraí-la. não podia desconsiderar totalmente o ponto de seus amigos, concordava ainda mais agora, na verdade. ser vitorioso realmente o fazia se sentir ainda melhor, os gritos reverberando pelo ginásio o inflamavam.
porém, gol atrás de gol, ele se pegava olhando para o mesmo lugar na multidão. apesar de você ter dito meia dúzia de vezes que não era muito de ir a esse tipo de coisa, combinou as roupas com as cores do time para vibrar a cada lance. silenciosamente, seungcheol começou a dedicar todos os passes corretos e gols que marcou a você.
ansiou a chegada das finais, estimulou o time para manterem o mesmo ritmo, certo de que seria a oportunidade ideal para abandonar as dedicações que manteve somente em sua cabeça para uma real. o corpo de seungcheol fervilhou, não só pela adrenalina depois de dribles bem sucedidos rumo ao campo da equipe adversária e o desempate memorável do placar antes do apito final, como por aquela nova sensação que o motivou a ir até onde sabia que você estaria. jamais conseguiria ouvi-lo em meio às comemorações calorosas, então esperou ter seus olhos em si para que o movimento dos lábios fosse compreendido. o curtinho “fiz pra você” te tirou um sorriso, seguido por uma risadinha, fazendo aquela centelha esperançosa crescer com um simples gesto — que foi muito choi seungcheol da parte dele. bem como o convite inegável para comemorar unicamente com ele depois de darem uma passadinha na festa organizada para o time vencedor. não foi um dia que ficou gravado em sua mente só por esses motivos, a parte mais marcante aconteceu bem mais tarde naquele dia, na porta da sua casa, quando timidamente o beijinho de despedida de cheol desceu de sua bochecha aos seus lábios.
poderia ter se corroído com o arrependimento de não ter se esforçado antes para que estivessem daquela maneira, porém a fluidez com que tudo aconteceu tranquilizou seungcheol. todo segundo em que esteve ao seu lado, apreciando silenciosamente mais sobre você do que foi capaz de expor valeu á pena.
sentiu-se nervoso, ora temeu estar indo devagar demais, ora apressar as coisas, e foi seu olhar afável, reafirmando que estava contente em como as coisas iam, que colocou choi nos eixos. logo, pareceu bem mais simples do que as complicações dramáticas dos filmes. tiveram encontros, tiveram aqueles curtos momentos em que a companhia alheia, sem nada muito elaborado por trás, os alentou. seungcheol apenas foi ele mesmo, por inteiro, sem receio de te mostrar tudo sobre si pois sabia que a honestidade crua era recíproca. esquadrinharam o que era novo com cautela e de coração aberto, fascinados um com o outra e a paixão crescendo irreprimida.
os beijinhos de despedida se tornaram mais frequentes, junto dos “bom dias” e da presença de seungcheol. seus amigos não estranharem a proximidade não foi uma surpresa, já habituados a verem você e o choi grudados. mas seus pais não terem nenhum questionamento a fazer era algo um tanto estranho. o que foi esclarecido quando, num dia aleatório em que nem em casa você estava, chegou e viu cheol rindo com sua mãe na cozinha enquanto ajudava seu pai a preparar ingredientes pro almoço. o choi não somente havia adentrado muito mais na sua vida, como na deles também, já fazendo parte daquelas cenas cotidianas e caseiras antes mesmo de oficializar o que tinham.
em pouco tempo seungcheol se tornou o genro ideal: cuidadoso, amável e respeitoso, além de responsável, é claro. mais do que digno da confiança de seus familiares, que não se preocupavam caso você se atrasasse uns minutinhos para voltar pra casa depois de uma tarde cheol, pois sabiam que ele cuidaria bem de ti. não só se certificando que chegasse segura em casa, como através de outras ações.
e você concordava com veemência. seu namorado sempre dava um jeitinho para garantir que você estivesse bem e feliz, quer fosse comprando lanches ou seus doces favoritos durante aqueles períodos hormonal e emocionalmente instáveis do mês, aparecendo na sua porta com um kit de remédios porque você disse que não estava se sentindo muito bem, te lembrando de se manter hidratada e alimentada, dando caronas mesmo que não fossem realmente necessárias e só quisessem passar algum tempo juntos. ou seja, se esforçava para atender — sempre que possível — aos pedidos manhosinhos que externava. mesmo àqueles que pareciam ser um mero teste à sanidade dele. como na vez em que o tal filme que você tanto persistiu para que assistissem juntos foi esquecido em minutos, rodando na tela do computador enquanto você se deliciava com sua nova descoberta: a sensibilidade extrema que seu namorado tinha no pescoço. ok, não era uma novidade de fato, já tinha noção disso, mas nunca havia se aproveitado daquele conhecimento até a tarde em questão.
seria muito fácil pra cheol te tirar de cima dele, porém deixar você aproveitar o lapso de confiança que teve para agarrar-se a ele daquela maneira era uma ótima motivação para que ficasse paradinho ali, soltando aqueles gemidos quase inaudíveis perto do seu ouvido. também poderia evitar os sons, se não fosse pela forma que você reagiu a eles. toda vez que choi murmurava um elogio ou te puxava pra um selar rápido, você pressionava o quadril contra o dele, empenhada a ter mais daquelas respostas de cheol. nem estarem cientes de que a porta encostada não impediria ninguém de ouvi-los poderia fazer com que você parasse. — não acha melhor a gente parar, princesa? — tão ofegante quanto ele, negou antes de tomar os lábios macios entre os seus novamente. — me beija direito, cheollie. só mais um pouquinho, depois disso a gente volta a assistir. ele sabia que era uma grande mentira, nenhum dos dois pararia com aquilo tão cedo. então, de nada adiantava argumentar. o mesmo tom que usou para pedir “mais um pouquinho” continuou a ser usado nos minutos seguintes, com seungcheol sendo aquele que explorava os cantinhos sensíveis em ti, lábios e dígitos trabalhando para dar tudo que você ansiava tão docemente. mas nunca iam longe demais. mas não só porque podiam chamados pro jantar ainda com os dedos de seungcheol enterrados em ti.
se você mesma não falasse sobre seus próprios limites, cheol lembraria, te olhando com cuidado para confirmar quando parar. ora sentia alguma incerteza, ora aquela insegurança que seungcheol tanto se esforçava para tirar de ti. ainda que ele tentasse te tranquilizar, a falta de experiência te frustrava, mas costumava ouvir o choi muito bem, deixando-o te guiar e incentivar. foi como aprendeu a explorar mais seu próprio prazer, muito mais a fundo do que com qualquer amostra fictícia e com suas tentativas solitárias. cheol foi paciente e gentil, te deixando ditar o ritmo ideal, tomando as rédeas quando necessário, mas sempre pensando no melhor pra ti. apesar do beicinho frustrado surgir ocasionalmente em seu rosto, já haviam deixado claro que cheol jamais seria o tipo de namorado que te pressiona demais e você notava muito bem quando ele estava naquele estado catastrófico em que poderia implodir de tesão se não te tocasse, então tudo ficou muito bem assim. até quase não estar mais.
— você tá tão quietinha, aconteceu alguma coisa? — era difícil que algo tivesse acontecido de fato. a oportunidade de passar dias juntinhos foi muito bem recebida por seungcheol. não queria ficar sozinha em casa durante a viagem repentina de seus pais, então porque não unir o útil ao agradável e ficar esse tempo com cheol? levou mais um monte de suas coisas para a casa dele e ali ficaria pela próxima semana. eram só você, ele e kkuma. nada havia te estressado naquele dia.
na verdade, era um sábado muito tranquilo. cheol se dispôs a fazer lanchinhos antes de voltarem à pequena maratona de uma série que você encontrou para verem. porém, observando-a sentada perto da bancada durante o preparo, notou as feições quase emburradas surgirem à medida que o silêncio dominou o ambiente. — ah, é bobeira, deixa pra lá — forçou um sorriso, torcendo pra ser convincente. — ok, mas vou deixar pra lá só até terminar isso aqui — é, como imaginou, não teria escapatória. só que realmente não achava ser nada demais, talvez tenha se perdido demais pensando no quão atraente seungcheol parecia fazendo as menores coisas. a expressão séria não era por qualquer tipo de chateação, sua mente apenas foi muito longe. — agora me diz, é algo bobo tipo quando você fica muito concentrada pensando se vampiros podem ver seus reflexos em espelhos que não fossem feitos com prata? — isso não é nada bobo, é um tópico muito válido!
cheol te olhou com a mesma expressão de sempre: prestes a falar sobre como vampiros não existirem invalida o assunto, mas pareceu desistir de voltar a isso. — amor, me explica logo, senão eu vou ficar aqui tentando chutar e a gente não vai começar o próximo episódio. — foi só minha imaginação fértil fantasiando várias coisas que gostaria de fazer com meu namorado gostoso e tudo mais. rindo, seungcheol abandonou o prato na mesinha de centro, fazendo o mesmo com o seu e seguida e puxando-a pro colo dele. — não precisa só ficar fantasiando sobre as coisas quando eu to aqui, linda. — mas eu imaginei muito mais do que qualquer coisa que a gente já fez. o sorrisinho não deixou os lábios de cheol, se tornando apenas um pouco mais suave e afetuoso quando fez menção de desviar o olhar do dele. — e você tem cem por cento de certeza disso? — cheollie, eu sei do que to falando — resmungou. — tudo bem, tudo bem — deu selares levinhos do seu pescoço à sua boca entre as palavras. — posso pedir pra esperar só até amanhã? — eu já disse que não precisa- — eu sei, mas eu sou um cara romântico, sabe? não quer dizer que eu não possa fazer nada por você agora, só queria te dar todo carinho e atenção que merece, fazer com que seja especial. ainda que você dissesse preferir tratar sua primeira vez como toda a normalidade do mundo, sentia aquele calorzinho familiar inchar em seu peito sempre que o assunto vinha à tona e seungcheol mantinha o mesmo pensamento. ao passar dos meses, ele nunca falhou em te fazer se sentir apreciada e sabia que não seria diferente com isso. e talvez você tenha criado um tantinho de expectativa para aquilo, o friozinho na barriga se fazia persistente quando pensava sobre.
e agora era impossível não pensar sobre. mal absorveu as informações dos três episódios que viram antes de irem pra cama, somente seungcheol sendo capaz de pôr seu foco em outra coisa — como a boca dele te fazendo se sentir tão bem em minutos. foi distração o suficiente para toda a preparação de cheol no dia seguinte quase passar despercebida. também se sentia ansiosa pelos possíveis planos de seu namorado, mas optava por se permitir ser surpreendida. contudo, isso não impediu seus pensamentos a mil. ele notou quão aérea você ficou, achando meio fofo depois de confirmar que não estava realmente preocupada com nada a respeito. seungcheol te sugeriu ocupar sua mente com ideias do que vestir, deixando implícita a possibilidade de um jantar ou outro cenário romântico. e funcionou, dessa forma também conseguiria surpreendê-lo à sua maneira. — caralho — não que fosse muito difícil impressionar cheol, ele sempre ficava com aquela expressão boba quando você se arrumava um pouquinho, mas tinha que admitir que dessa vez foi absolutamente intencional. — esse é seu jeito de dizer um “você tá linda”?
se aproximou de você após deixar os talheres na mesa, uma mão deslizando pelas suas costas e fazendo um carinho terno em seu rosto. — não, significa que eu sou muito sortudo e namoro a mulher mais linda e sexy que existe. — aí eu já acho que você tá exagerando. — você não tem nenhum argumento razoável pra contestar isso, então nem vem. — bom, eu sou muito sortuda também, mas acho que você já sabe disso, né? — uhum, to sabendo que você ficou toda besta só de me ver com essa camisa — piscou, todo convencido e absolutamente certo. a camisa azul escura com as mangas enroladas era uma das maiores tentações do mundo, um grande perigo. mas cheol estava tão afetado quanto você, passou muito tempo com o olhar vagando em ti, quase errando em que posição colocar uma das travessas na mesa. no entanto, os dois resistiram bem até o fim do jantar — com direito a um de seus pratos favoritos que sabe-se lá quando cheol comprou os ingredientes para preparar.
todo detalhe da noite foi captado por você, gravados em sua mente junto aos sorrisinhos e selares. a tranquilidade te embalou em sincronia ao abraço de cheol, a conversa animada dando lugar aos narizes se tocando em meio aos sussurros confidentes e beijos lentinhos. — antes de tudo, você já tinha imaginado que a gente acabaria assim? — sua pergunta pôs seungcheol pra pensar, resgatando nas memórias o primeiro dia em que te viu. — não assim, mas pra ser honesto eu posso ter pensado em tentar algo.
— eu podia estar beijando você desde o primeiro semestre, então? — reclamou ao se ajeitar sentada em cima de cheol, fingindo brigar com um dedo apontado pra ele. — você teria me dito não, princesa. jamais seria um babaca com você, já te achava um amor, mas você tava muito focada nas suas notas e em se adaptar que ignorou todo mundo que tentou se aproximar. — gosto de como as coisas aconteceram, então tudo bem — deu de ombros, brincando com algumas mechinhas do cabelo dele. — também prefiro assim. enquanto eu tentava fingir que não tinha cogitado te beijar umas dúzias de vezes, você tava tentando me conquistar. — o único feedback negativo que tenho pra fazer é que você foi muito lentinho pra notar minhas declarações. — eu já to te compensando por isso, amor. eu disse que ia, não disse? — te puxou pra pertinho dele de novo, o aperto em seu quadril ficando mais firme ao passo que a boca alcançava a sua.
derreteu sob a maciez dos lábios de seungcheol entre os seus, sorvendo os elogios recitados entre os curtos intervalos. cheol amava quão responsiva era, pressionando as unhas contra a nuca dele, puxando-o necessitada de algo que já estava sendo dado a ti. o estalar úmido cessou por milésimos até migrar ao sul, do seu pescoço, à clavícula, ao pouco que o decote expunha dos seus seios. — cheol, quarto — falou, mas custou a se mover. — vai levantar ou vou ter que te levar? — a ideia sedutora fez um sorriso astuto aparecer em seu rosto. — ok, já entendi. foi tirada dali mais rápido que o tempo de resposta dos seus reflexos à situação, sendo carregada pelo curto trecho que ligava os dois cômodos, aproveitando-se da liberdade que teve para sugar e mordiscar a tez sensível do maxilar dele. foi colocada na cama entre risadinhas, sem deixar de se atentar às mudanças no ambiente: a meia luz, flores na cabeceira e podia jurar que o quarto cheirava àquela vela que você deu a seungcheol um tempo atrás. — você fala muito sério quando diz que gosta de ser romântico, né? — achei que já sabia que sempre falo sério sobre isso. — eu sei que tá, um dos nossos encontros foi uma sessão de cinema drive-in nostálgica de diário de uma paixão. — e você gostou muito, então para de ficar aí duvidando e me deixa beijar você. — quem parou foi você, cheollie — deslizou um dedo pelo primeiro botão da camisa dele, desfazendo-o lentamente. tomou a tarefa para si, desistindo de manter o ritmo vagaroso e se livrando da peça com agilidade. sorriu ladino com o suspiro trêmulo que deixou sua boca ao que seus olhos percorriam o caminho trilhado pelas mãos de cheol, levando a calça ao mesmo destino que a camisa. — tudo bem? — seu aceno confirmando não o satisfez. — palavras, querida, por favor. — seungcheol, tá tudo bem, eu to bem e não quero parar — achou graça, selando o beicinho frustrado. — certo, então posso tirar essa roupa bonita de você? — te deu espaço ao notar que queria fazer isso sozinha, recostando-se na cabeceira e abrindo as pernas para que se ajoelhasse na cama entre elas.
apesar de já terem passado por isso, seungcheol se pegava segurando o fôlego com frequência. conhecia seu corpo com maestria, não só sabendo onde tocar, como conhecendo cada curva com perícia. e era apaixonado por todas. especialmente se estivesse como agora, o olhando com expectativa enquanto revelava o tecido repleto de detalhes delicados moldado em sua pele. o mesmo arfar estremecido que observou anteriormente saindo dos próprios lábios. ajudou-a com ternura, te deitando sob ele para que pudesse apreciar com cuidado.
não se demorou, no entanto. afinal, sabia que passar tempo demais te olhando em silêncio podia te deixar constrangida, tratou de te adorar com seus beijos e toques. não havia muito a ser dito, mas fez questão de tornar a dizer o que repetia para ti diariamente.
— tão, tão linda. e gostosa pra caralho, sabia? — te ver afirmar fazia cheol se sentir um pouquinho orgulhoso, ciente de que foi um longo caminho para que se sentisse à vontade assim. — mas acho que minha gatinha não quer só ficar me ouvindo falar.
— eu meio que gosto — arqueou a sobrancelha com a pequena novidade. — gosta de saber que me deixa fodido quando veste essas coisinhas? — falou empurrando-a pro lado, o indicador escorregando com facilidade pela intimidade úmida — queria comprar uma dúzia pra você, amo te encher de presentes. — também gosto muito disso — a frase era ambígua. amava os presentinhos e os dedos de seungcheol te esticando, embora não tivesse chegado a isso ainda.
ele só provocou. circulando o ponto inchado, mergulhando só um pouco no buraquinho pulsante. mas rapidamente entendeu sua tentativa de se mover contra ele, acatando-a. — é assim que você queria, bebê? — movia o dígito devagarzinho, esperando pela resposta negativa. — sempre ansiosa. já ensinei que é mais fácil quando é um de cada vez, lembra? — eu sei, mas é bom — choramingou.
— tenho que parar de mimar você assim, linda. tá muito mal acostumada — apesar do que disse, não conseguia evitar te dar tudo o que queria. deslizou-os mais rápido, sem esperar que também pedisse por isso.
o que também não bastaria pra você, então logo percorreu o doce caminho já conhecido. deu atenção aos seios ainda cobertos, lambendo os mamilos durinhos através do tecido, continuando até a barra rendada da calcinha. riu da reclamação que soou ao tirar os dedos de ti, que logo entendeu o motivo, dando à peça superior o mesmo destino que a outra, descartada por seungcheol. a expressão alegre foi a última coisa que viu, sucedendo os selinhos demorados por toda extensão de suas coxas. não foi repentino, mas não pôde evitar ser avassalada pela língua quente resvalando seu núcleo sem pressa, afundando em ti e no pontinho de nervos, ora sendo estimulado pelo músculo úmido, ora pelo nariz roçando a cada investida.
cheol sequer se preocupava em tentar manter suas pernas separadas, uma mão firme numa das coxas enquanto a outra, junto à boca dele, continuava estritamente dedicada à sua buceta. atrelados um ao outro, perdiam quaisquer noções de espaço e tempo. para seungcheol, nada mais importava além de ouvir mais da sinfonia melódica que escapava da sua boca ao que atingia aquele lugarzinho ideal ao curvar os dedos em suas paredes. e você só se ancorava à realidade pois tinha cheol para se agarrar, os fios enrolados entre seus dedos ou os músculos ondulando sob eles a cada movimento de cheol.
sugava o nervinho com afinco sem cogitar diminuir a velocidade, sua gatinha detestaria que o fizesse, clamando por mais ainda que estivesse em seu limite. imersa no prazer que somente cheol conseguia te fazer sentir, apertava-o mais contra si, esfregando-se contra o rosto melado. quase parecia incansável assim, mas bastou que a tensão fosse liberta para se exaurir, seu corpo arqueado tremulante contra a cama foi abrandado pelas carícias de seu namorado. subindo vagarosamente até seus lábios, enlevado-a num daqueles beijos que na mesma medida que te tira o fôlego, te traz vida.
— oi, linda. ficou cansadinha? — meneou a cabeça, recuperando o fôlego antes de responder.
— nem um pouco, cheollie — acariciou seu rosto ao rir do tom arfante.
— ah, claro. tenho certeza que não.
— seungcheol — prolongou o nome em sua reclamação. — garanto que não vou me cansar tão cedo — a destra seguiu sorrateiramente pelo abdômen de cheol, observando-a brincar com a barra da última peça de roupa restante. seungcheol estremeceu um pouquinho com seus dedinhos rastejando sobre o contorno do membro rijo, a oportunidade que você fisgou para empurrá-lo de cima de ti até que caísse deitado na cama ao seu lado.
— o que tá querendo, princesa? — seu empenho em tirar a cueca dele era resposta o suficiente, bem como sua tentativa de prender o próprio cabelo no topo da cabeça. não o respondeu verbalmente, no entanto. abaixou-se até estar pertinho do pau enrijecido, dando nada mais do que beijinhos suaves pela extensão, provocando cheol. mesmo que fosse impaciente quando se tratava de ter sua boca ao redor dele, não fez muito além ajeitar os fios de cabelo que caíam em seu rosto. o par de olhos desejosos foi um grande incentivo para ir direto ao ponto, abrigando a cabecinha quase rubro acerejada entre os lábios, a leve sucção fazendo o afago em seu couro cabeludo se tornar um aperto mais firme. a expressão contorcida e o gemido arrastado mal contido te incentivaram a aumentar a intensidade com que o sugava, descendo pouco a pouco pela extensão.
— não precisa ter pressa, princesa, nem forçar demais — avisou, pois sabia que teimava em ir além do que aguentava.
te viu colocá-lo mais fundo, a pontinha alcançando sua garganta e as mãos massageando o tanto de comprimento que não conseguia pôr na boca. os olhos brilhando com a avidez que a tomava e pelas poucas lágrimas se acumulando no cantinho deles, ou sua expressão sedenta ao se afastar por poucos segundos para regular a respiração, qualquer coisa que fizesse àquela altura poderia levar cheol à borda. e não queria que isso acontecesse agora.
puxou-a com cuidado, sua carinha confusa e ofegante sendo envolvida pelas mãos de cheol antes de beijá-la de novo, sentido o gosto dos dois misturados ao palato. com o mesmo zelo, te ajeitou deitadinha contra os travesseiros, agora sendo aquele puxado para o beijo lascivo.
mais uma vez a atmosfera os envolveu, os narizes se tocando entre sussurros e sorrisos e a leveza que te aconchegava tomando o momento, mesmo que cheol estivesse deslizando um preservativo pelo pau endurecido. um par de dedos te esticando um pouco mais, brincando com o clitóris sensível logo depois. seungcheol se dedicou a sobrecarregar cada centímetro ao seu alcance, tentando te fazer esquecer a ardência da nova intrusão, te distraindo até que só fosse capaz de assimilar o prazer das estocadas — ainda contidas, afinal, o que menos queria era que sua namorada sentisse qualquer desconforto.
cada gesto era reflexo um do outro, os lábios de cheol marcando seu pescoço e busto bem como seus dedos nas costas e ombro dele, suas pernas envoltas em seungcheol bem como as mãos dele fixaram-se na carne macia das suas coxas. entretanto, era tudo sobre você. nada seria mais sublime para seungcheol do que sua pele brilhante e cálida, o cabelo espalhado pelo travesseiro e lábios entreabertos clamando por mais. não havia como cheol negar qualquer desejo seu, estava ali para e por você, sempre.
sua buceta vibrando em torno dele foi o prenúncio para que os dedos voltassem ao feixe de nervos, já experientes em como te empurrar ao ápice, porém sendo levado junto dessa vez, preenchendo a camisinha com o deslizar lento ao que a extensão pulsava, síncrona com o tremular do seu interior. melhor do que te ter envolta a ele, era poder contemplar cada nuance das suas feições, desejando gravar minuciosamente em suas memórias. seungcheol deduziu que se sentia como ele, seu toque o envolvendo com ternura enquanto relaxava sobre os lençois.
cheol não se importou muito consigo, mais focado em cuidar de ti, toda molinha no colchão — apesar do sorrisinho aéreo não ter deixado seu rosto. já era inevitável não se sentir flutuando com o carinho que cheol tinha contigo, sendo cuidada com tanto apreço, o que fazer senão sorrir feito boba?
— se continuar falando comigo toda cheia de dengo e com essa carinha vou ter que tomar medidas drásticas, amor.
— não posso nem ser uma mulher apaixonada.
— claro que pode, mas eu ganho de você nisso. — de onde surge tanta competitividade, capitão choi? — seu tom brincalhão com o título foi levado mais a sério do que pensou. — a gente não vai sair daqui tão cedo se você me chamar de capitão de novo, gatinha. — nem se você me chamar de gatinha — retrucou, sendo puxada para deitar sobre cheol. — que bom, não tava querendo sair daqui mesmo — o magnetismo que tende a unir seus lábios sempre que estão próximos agiu de novo, mas por pouco tempo.
a interrupção das notificações do celular, esquecido há horas, teria sido muito bem ignorada por você se não fosse por cheol, que pegou o aparelho barulhento. — é sua mãe, gatinha.
— se eu não responder ela vai pensar que eu to dormindo, então deixa que eu vejo depois — resmungou, tentando trazer cheol pra si novamente, que esquivou das suas tentativas.
— e se for importante, hein? minha sogra vai ficar desesperada se for algo sério e você não responder ela.
— é fácil entender porque eles amam tanto você, é um puxa saco. — puxa saco não, eu sou um namorado incrível pra filha deles e um ótimo genro.
ao contrário do que seungcheol imaginou, seus pais apenas queria saber se havia regado as plantas e se estavam bem. sim, no plural, pois os dois não sabiam mais viver sem mencionar choi seungcheol, o que era maravilhoso. a menos que os três entrassem num dos diálogos sem fim deles. tinha que admitir que era um pouco fofo vê-los falando sobre as lembrancinhas que compraram pensando em cheol, ou ele sendo todo prestativo e se oferecendo pra arrumar o cantinho onde sua mãe coloca os vasinhos com temperos frescos. então, deitada no peito de seungcheol, divertiu-se com a curta troca entre eles.
“não esquece de lembrar a _____ de almoçar direito, e você também” sua mãe começou, despedindo-se para dormir — não sem antes de narrar tudo o que pretendia fazer no dia seguinte com seu pai.
— não se preocupa, ela tá comendo e dormindo muito bem.
“falando em dormir, nós vamos também, antes que fique muito tarde. e é pra cuidar bem da _____, seungcheol” seu pai finalizou, apesar das curtas reclamações de sua mãe. — pode deixar, to cuidando dela direitinho — o tom de cheol era regado daquela gentileza de sempre, porém o olhar que deu a você transparecia o significado das palavras.
a despedida não se estendeu, seungcheol colocando o celular de volta à mesinha ao lado da cama. apertou você entre os braços dele, recebendo um beijinho no topo da cabeça.
— eles vão ficar muito mal acostumados, cheollie. coloca prateleira pra cá, combina de ir no shopping pra lá, quero só ver. — relaxa que eu dou conta — piscou pra você.
— tudo bem, só não pode dizer depois que tá cansado pra ficar comigo — fingiu chateação, com direito a beicinho e tudo, onde logo seungcheol deu meia dúzia de selinhos antes.
isso, no entanto, junto da mudança de rumo das carícias em sua cintura para o apertão em sua bunda, serviram para baixar sua guarda o bastante para que cheol pudesse te virar na cama, ficando em cima de ti mais uma vez. — bem lembrado, como a senhorita disse mais cedo que não ia se cansar tão fácil, acho que posso continuar cuidando de você, né, gatinha?
#g's ramblings 𓆩♡𓆪#seventeen#svt#svt x reader#seventeen pt br#svt pt br#seventeen fanfic#seventeen scenarios#svt fluff#svt smut#seventeen smut#scoups x reader#scoups fluff#scoups smut#seungcheol x reader#seungcheol smut#seungcheol fluff
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MERGULHE NO OCEANO COMIGO



⊹ 2ª história no universo "I wish U walk with me".
↳ Não há uma ordem para seguir
Taeyong x Reader
Gênero: Angst, angst, e um leve fluff
W.C: 1.7K
ᏪNotas: Mais uma história no universo desse meu projeto, eu particularmente gostei muito de escrever essa, pois essa vibe meio triste estava combinando comigo (?) KKKKKK Enfim! Espero que gostem, e gostem da mensagem que tentei passar
O pai de Taeyong faleceu no final de janeiro, e à medida que março se aproximava, a ausência de lágrimas nos olhos dele tornava-se cada vez mais inquietante. Era como se ele estivesse preso em um inverno interminável, onde a dor permanecia congelada sob uma superfície calma e imperturbável. Desde o funeral, quase um mês havia se passado, e ainda não havia visto Taeyong expressar qualquer emoção verdadeira. Sua fachada de tranquilidade era um castelo de cartas prestes a desmoronar. Embora alguns pudessem considerar isso normal, você conhecia Taeyong o suficiente para saber que algo estava terrivelmente errado. A dor que deveria estar à flor da pele parecia trancada em algum lugar profundo, inacessível.
Taeyong e seu pai tinham uma relação complexa, marcada por discordâncias e desencontros. O ex-chefe de polícia, um homem de princípios rígidos e normas inflexíveis, nunca compreendeu os sonhos do filho, um cantor de coração aberto, sempre buscando alegria nas pequenas coisas. Desde que você e Taeyong passaram a morar juntos, tornou-se evidente que as ligações para o pai eram menos frequentes do que as para a mãe. Contudo, havia algo de inquebrantável no vínculo deles, algo que se manifestava nas mensagens esporádicas do pai, celebrando vitórias do time de futebol que ambos amavam, e em conselhos do mais novo que sempre começavam com "Meu pai me disse uma vez...". Algumas relações são assim, uma montanha-russa, mas ainda são amor, o tipo de amor que resiste ao tempo e à distância, como o de pai e filho. Quando somos jovens, nem sempre percebemos que as pessoas que mais se importam conosco são aquelas que sabem nos desafiar, que sabem dizer "não" quando necessário. E nossa! O pai de Taeyong já o havia resgatado de muitas encrencas na adolescência, mesmo que às vezes errasse também.
Era essa a razão pela qual ver Taeyong, tentando esconder sua dor atrás de uma máscara de indiferença era tão inquietante. Você conversou com algumas pessoas do círculo de amigos de vocês — como Doyoung, e a, novamente, namorada de Jaehyun, ambos amigo de infância de Taeyong — sobre essa situação, mas nem mesmo eles conseguiram penetrar na armadura que ele havia erguido ao seu redor.
— Meu Deus, parem de agir como se eu fosse um pobre coitado — Taeyong explodiu certa tarde, enquanto cortava tomates, a faca indo e vindo em movimentos precisos. Ele nem ao menos olhou nos seus olhos. — Sim, é triste, mas está tudo bem. Estou lidando bem com isso.
O sorriso que Taeyong lhe lançou era gentil, mas oscilante, como uma chama prestes a se apagar.
— Estou bem.
Você sabia que a mãe e a irmã de Taeyong — especialmente a irmã, que era extremamente apegada ao pai — estavam desoladas. E a cada sorriso forçado, a cada brincadeira que caía no vazio, você entendia melhor o que estava impedindo Taeyong de realmente enfrentar seu luto: a sombra de seu próprio pai. Taeyong se sentia, de alguma forma, obrigado a ser o que seu pai sempre dizia que ele deveria ser: o homem da família, o mais forte!
Como poderia ele se permitir ser vulnerável, quando tantos dependiam de sua força agora?
A tensão era sufocante. Taeyong não queria falar sobre o assunto, nem sobre qualquer outro assunto. Ele não conseguia mais se sentar para maratonar a série favorita de vocês, sempre alegando estar cansado demais, apesar de não ser tão tarde, nunca passando das dez. Seus olhos, que antes brilhavam com alegria e entusiasmo, agora estavam opacos, como se uma parte vital de sua alma estivesse ausente.
Então, naquela tarde de domingo, você decidiu agir. Taeyong estava preso em uma prisão que ele mesmo havia construído, e você precisava encontrar uma maneira de libertá-lo.
— Que ótimo — Você respondeu à mentira dele. — Então, vá trocar de roupa, porque vamos sair — Anunciou, saindo da cozinha em busca de sua bolsa, sem dar a Taeyong tempo para protestar.
A viagem de carro foi silenciosa, e você não se preocupou em responder às perguntas dele sobre para onde estavam indo com tanta pressa. Continuou dirigindo em direção ao litoral, já que moravam próximo do mesmo, na esperança de que a proximidade do mar, algo que sempre havia trazido conforto ao amor da sua vida, pudesse ajudá-lo agora. Detestava vê-lo assim, tão distante, tão calado.
Você se lembrava vividamente do dia em que o conheceu. Taeyong, com suas madeixas — na época — castanhas encharcadas, saía da piscina do ginásio com um sorriso vitorioso, apesar de ter perdido a competição de natação. Você, por outro lado, havia vencido, e a admiração dele logo o levou a iniciar uma conversa. Lembrava-se daquela tarde de diálogos espontâneas, da maneira como ele continuava competindo com alegria, mesmo sem nunca ganhar. Ele havia confessado que não era tão bom no esporte, mas disse: “Eu nado porque a água é como o aconchego de uma mãe que sempre vai te entender, mesmo sem você dizer uma só palavra, e só isso me basta”. Um tempo depois, vocês se encontraram novamente na praia, e dessa vez você já o entendia. Tinha aprendido com sua humildade — algo raro para você, que costumava ser uma jovem esnobe, e que hoje julga também como tola. Tornou-se professora de natação voluntária nos fins de semana após aquela mudança, o que deixou Taeyong muito contente. E daquele dia em diante, vocês não se separaram mais.
A água que os uniu agora parecia a chave para apaziguar seus sentimentos mais uma vez.
Quando finalmente chegaram ao destino, Taeyong olhou em volta, surpreso.
— Ué — Murmurou o loiro, enquanto você saía do carro e seguia pela trilha conhecida, que levava a um penhasco discreto e não tão profundo. Um lugar popular entre surfistas, nadadores e adolescentes imprudentes. Vocês adoravam aquela região.
Você não o chamou, apenas continuou caminhando até a beira do penhasco. Sabia que Taeyong seguiria. Ele sempre seguia, no final.
— Mergulha comigo? — Você pediu, olhando para ele, que parecia tentar decidir se havia algo errado com você.
— A gente nem trouxe roupa de banho.
— E isso importa? — Você respondeu, tirando a camiseta oversized e a jogando de lado. — Só… deixa o mar falar com você.
E, sem mais hesitação, você saltou. Ouviu a exclamação surpresa de Taeyong enquanto mergulhava. A sensação de ser envolvida pela água era como voltar para casa, um abraço silencioso que apagava o mundo exterior. Submersa, todos os sons se tornaram abafados, e por um momento, você encontrou a paz. Mas logo a ansiedade cresceu dentro de você ao retornar à superfície. E se Taeyong não viesse? Se ele achasse tudo isso uma ideia estúpida, pegasse o carro e fosse embora? Afinal, você não estava em perigo, nem perdida.
O alívio só veio quando você viu Taeyong à distância, tirando a camisa e, como você, saltando sem hesitação.
Quando ele nadou até você, pronto para perguntar o que estava acontecendo, você encheu os pulmões e mergulhou novamente, soltando o maior grito que pode, que emergiu em bolhas e se dissipou na superfície.
— Ok, salgado, mas muito prazeroso — Comentou quando voltou à tona, cuspindo o gosto salgado da água.
— Você tá doida? — Taeyong perguntou, ainda sem entender. — O que tá fazendo?
— Gritando — Você respondeu, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. — Gritando! — Repetiu, com toda a força que encontrou dentro de si, uma explosão de tudo que estava preso.
Taeyong ainda estava confuso.
— Eu te trouxe aqui para isso, para você poder gritar, socar o vento, xingar quem quiser — Explicou, nadando um pouco para longe do Lee. — Ninguém vai te julgar ou reclamar aqui, meu amor. Apenas… vai ser abraçado pela água.
E mais uma vez gritou, esvaziando os pulmões de todo o ar e enchendo o mar de sua dor.
— Vamos! Tenta! — Você pediu.
Taeyong hesitou por um momento, mas então, encheu os pulmões e soltou um grito que parecia rasgar a própria essência do silêncio. Era um som primitivo, cru, carregado de todas as emoções reprimidas. Ele mergulhou, afundando seus sentimentos, deixando que o mar levasse suas preocupações.
Você havia entendido que Taeyong não conseguiria conversar com você sobre aquele sentimento, não agora. Algumas coisas eram difíceis demais para serem ditas; algumas nunca conseguiriam ser verdadeiramente ditas. Mas isso não significava que você não pudesse ajudá-lo. Apenas precisava estar ao seu lado e permitir que ele sentisse toda a fragilidade de que precisava. Taeyong estava em dor, uma daquelas dores que trava a garganta e parece machucar mais a cada mera interação que se tenta fazer. Ele não precisava conversar, precisava gritar, espernear, mostrar o quanto doía. E nisso, você só poderia estar ao seu lado, sendo testemunha de seus atos, mostrando que via sua luta.
Quando Taeyong emergiu do mar, seus olhos estavam avermelhados, e era difícil distinguir quanto daquilo era culpa da água salgada e quanto eram lágrimas. Todavia, o primeiro sorriso sincero após muito tempo surgiu em seus lábios, e você se sentiu aliviada. Sabia que não poderia tirar sua dor tão facilmente, mas ao menos, enquanto nadava em sua direção e o abraçava dentro do oceano, soube que poderia lhe dar o suporte de que precisasse.
— Nossa última conversa foi uma briga — Ele confessou pela primeira vez. Você não respondeu, apenas apertou o abraço, deixando que ele sentisse sua presença sólida e constante.
Sabia que Taeyong não gostaria de ouvir um discurso enorme sobre como aquilo não mudaria nada, sobre como ele continuava sendo um filho amado. Ele estava furioso e magoado, e mesmo sabendo disso tudo que diria, nada mudaria.
— Quem ganhou a briga? — Você perguntou depois de algum tempo, sua voz suave como a brisa.
— Ele. Eu só estava sendo idiota.
— Então, sem dúvidas, você já está perdoado. Foi uma saída triunfal, seu pai gostava disso — Sussurrou junto às ondas do mar, e sentiu a risada anasalada dele sobre seu pescoço. Aquilo lhe tranquilizou. Tinha medo de que a brincadeira não o acalmasse.
Naquele abraço, envoltos pela imensidão do oceano, vocês permaneceram juntos, silenciosos, enquanto o sol começava a se pôr no horizonte. As águas ao redor refletiam tons dourados e alaranjados, como se o próprio mundo estivesse lhes envolvendo em um casulo de tranquilidade.
Vocês mergulharam juntos novamente, lado a lado, afogando todas as mágoas que poderiam sequer imaginar, e foi ali, em meio à vastidão azul, que você e Taeyong finalmente perceberam que o amor não era apenas sobre suportar tudo sozinho. Era também sobre deixar que os outros compartilhassem seu fardo, que o amparassem quando suas próprias forças não fossem suficientes.
Nas águas salgadas do mar, Taeyong encontrou seu primeiro passo de volta à luz, que mesmo com a ausência do pai, não precisava ser esquecida. Podia voltar até ela, e não como o homem forte que sentia que precisava ser, mas como o homem que ele realmente era: vulnerável, real, e, acima de tudo, amado.
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Mulheres à Frente do Seu Tempo: A Ousadia de Ser Diferente em um Mundo que Tem Medo da Mudança

Ao longo da história,mulheres que desafiaram os padrões sociais e culturais de suas épocas foram frequentemente taxadas de "loucas". Essa acusação,no entanto,não passa de um mecanismo de controle utilizado por uma sociedade que TEME o que não consegue compreender ou dominar. Ser diferente,pensar fora da caixa,questionar normas e buscar liberdade em um mundo que insiste em impor limites é visto como uma afronta. Mas o que é a loucura,senão uma invenção de quem se recusa a evoluir?
Mulheres como Simone de Beauvoir,filósofa e escritora que desafiou as estruturas patriarcais ao afirmar que "Não se nasce mulher torna-se mulher",foram consideradas radicais e até perigosas. Virginia Woolf,ao explorar temas como a independência feminina e a fluidez de gênero em suas obras,foi vista como excêntrica e perturbada. Malala Yousafzai,que lutou pelo direito das meninas à educação em um contexto opressor,foi chamada de rebelde e desordeira. Essas mulheres não eram loucas;eram visionárias,corajosas e,acima de tudo, necessárias.
A "loucura" atribuída a essas mulheres é,na verdade,um reflexo do medo que suas ações e ideias provocam. Uma mulher que pensa,que questiona,que exige igualdade e que não se conforma com o papel que lhe foi imposto é uma ameaça ao sistema vigente. E,para neutralizar essa ameaça,a sociedade usa o rótulo da insanidade. É mais fácil chamar alguém de louco do que enfrentar as verdades incômodas que essa pessoa traz à tona. Afinal, como disse Carl Jung,"Aquilo que você resiste, persiste."
Hoje,embora os tempos tenham mudado,essa dinâmica ainda persiste. Mulheres que vivem de maneira autêntica continuam sendo alvo de críticas e julgamentos. A palavra "louca" pode não ser usada diretamente,mas o tom de desaprovação,o olhar de reprovação e os comentários indecentes ainda estão presentes. A sociedade insiste em padronizar comportamentos,corpos e mentes,como se a diversidade fosse um erro a ser corrigido.
Ser diferente não é errado. Errado é uma sociedade que insiste em enquadrar todos em um mesmo molde,como se a humanidade fosse uma linha de produção. Errado é um sistema que pune a autenticidade e glorifica a conformidade. E,como dizia Clarice Lispector, "Que ninguém se engane,só se consegue a simplicidade através de muito trabalho."
#patriarcado#feminismo#feministas#escritoras#escrever#palavras#sociologia#filosofia#reflexão#tumblr girls
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nina vc poderia dar umas dicas pra quem quer começar a escrever? vc é uma referência pra mim
o mais importante é não se cobrar muito. vc não deixa de ser escritor só pq tá há uma semana, três meses ou até alguns anos sem escrever. E definitivamente vc não é menos escritor só pq escreveu um parágrafo e largou, ou pq escreve fanfic. Todo mundo pode escrever, e quem pratica a arte da escrita é escritor.
mas quem quer praticar essa arte deve lembrar que escritor é leitor também. Não deixe de ler nunca, leia de tudo, até mesmo livro de autoajuda ou qualquer outro gênero. Pra gente melhorar, ou criticar e fazer melhor é primeiro preciso ter conhecimento sobre aquilo, e não se adquire conhecimentos e confiança do nada.
você não precisa se colocar numa caixinha de gênero literário ou textual, se não quiser. Pode escrever o que quiser, como quiser e quando quiser. E não precisa se apavorar por não saber uma regra de gramática ou como fazer contagem de sílabas numa poesia e bla bla bla. Escrita não é sobre normas, mas sobre criatividade. As normas estão aí para serem estudas e apreciadas, e não seguidas como bíblias. A escrita é sobre sentimento, propósito, significado, a escrita é um instrumento cultural, social e político.
eu não sei exatamente o que vc quer escrever ou onde. Se você pensa em produzir conteúdo pra internet, talvez eu possa te ajudar com outras dicas mais específicas, é só me falar. Mas se vc quer produzir pra indústria literária, aí já é outro rolê, e vc deveria procurar saber mais sobre o mercado do seu possível público alvo.
de qualquer forma, boa sorte, adoraria ler as suas coisas! A literatura, pra mim, é a melhor coisa que a humanidade já inventou.
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Boyceta
Boyceta é uma identidade transmasculina.
Pessoas transmasculinas são aquelas que foram designadas mulheres ao nascer, mas cujas identidades possuem alguma relação com ser homem e/ou com masculinidade. Boyceta é parte dessa ampla categoria, mas com características específicas que a distingue.
Uma das características mais notáveis é a aceitação e ressignificação de características sexuais congênitas. Ao contrário de algumas narrativas transmasculinas que buscam a remoção ou alteração de características sexuais consideradas femininas, boycetas escolhem por reconhecer e subverter essas características, transformando esses aspectos corporais como parte de sua masculinidade ou transmasculinidade. Em resumo, aceitam suas bucetas como masculinas; de homens.
No contexto brasileiro, a identidade boyceta tem uma importância cultural e social significativa. Ela oferece uma alternativa às narrativas cisnormativas sobre sexo/gênero, promovendo uma perspectiva mais inclusiva e diversificada da experiência humana. Ao ressignificar características sexuais e desafiar normas estabelecidas, a identidade boyceta abre espaço para uma maior aceitação e compreensão das múltiplas formas de existir.
Como todas as identidades que desafiam o status quo, a identidade boyceta enfrenta uma série de desafios. Ataques e preconceito são realidades frequentes. O rapper Jupi77er concedeu uma entrevista ao podcast "Entre Amigues", e uma das várias pautas discutidas por ele foi sobre sua identidade de gênero em que ele conta sobre ser boyceta. Ao falar sobre sua identidade de gênero como boyceta, ele virou alvo de discursos de ódio e viu seu rosto estampado em perfis de representantes da extrema direita.
O termo boyceta teria surgido oficialmente em 2020, mas veio de processos mais antigos de autorreconhecimento. A autoria da concepção da identidade de gênero é dada a Roberto Chaska Inácio, um boyceta indígena e PCD ligado à cena rap paulistana — o nascimento do termo, inclusive, acontece na Batalha Dominação, um evento protagonizado por pessoas cisdissidentes, que ocorre no centro da capital paulista.
A bandeira mais popular da identidade boyceta no contexto brasileiro foi criada em 17 de março de 2024 por Key Zimmer. Os significados para as cores da bandeira são azul para representar a transmasculinidade, sendo a transição do azul brilhante para azul claro a conexão entre gênero e corpo físico, destacando a interação entre esses dois aspectos. O rosa simboliza as características; corpo de cada pessoa transmasculina e boyceta, reconhecendo a diversidade e a individualidade dentro dessa identidade. O roxo representa não-binariedade, indicando que a identidade boyceta está além do binário de gênero ocidental.
A flor de Clitória (de "clitóris") é utilizada como símbolo na bandeira, remetendo ao natural, belo. Como também por conta da associação das flores desta videira com a anatomia de uma vulva. Outro símbolo, que é levemente diferente do símbolo masculino tradicional, evidencia a unicidade e o "arco de possibilidades" que a identidade representa. A escolha da flor Clitória enfatiza a aceitação e subversão das características sexuais congênitas, um dos pilares dessa identidade.
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✏ ┊ TENTANDO AJUDAR !!
ᡣ𐭩 ─ simón hempe × leitora.
ᡣ𐭩 ─ gênero: fofo. 🍬
ᡣ𐭩 ─ número de palavras: 308.
ᡣ𐭩 ─ notas da autora: esse foi curtinho por falta de criatividade mas prometo que os próximos serão maiores. ☝🏽🤓
─ É sério que não precisa de ajuda para formatar esse trabalho, cariño? Eu já fiz muito isso durante o ensino médio, amor. ─ Simón pergunta entrando no quarto pela quarta vez.
Estava sendo um dia bem conturbado para S/n. Primeiro ela descobriu de última hora ─ graças ao bendito grupo da faculdade de Letras ─ que tinha um trabalho para entregar amanhã. E que esse trabalho teria que ser totalmente digitalizado e formatado nas normas ABNT, e isso estava estressando muito a garota, pois a mesma tinha esquecido de como fazer.
Sem contar que a brasileira ─ para não descontar a raiva que sabia que iria sentir durante horas ─ pediu para seu namorado sair do quarto e deixá-la só. O que não adiantou muito porque o moreno de meia em meia hora subia de volta ao cômodo perguntando se ela estava com fome, se queria água ou ajuda para terminar logo esse tal trabalho.
─ Não amor, deixa que eu faço sozinha. Obrigada. ─ Fala S/n focada na tela do seu notebook enquanto abria outro vídeo para ver como fazia a formatação.
─ Tem certeza? ─ Perguntou ele novamente, se escorando devagar na porta, cruzando os braços. ─ Você sabe que pode contar comigo sempre, não sabe?
A garota pausou o vídeo, olhou para Hempe e sorriu minimamente, assentindo com a cabeça.
─ Eu acho que não. ─ Ela diz baixinho fazendo Simón sorrir junto a ela.
─ Está bem, vida. Só vou preparar um lanchinho pra você e um suco. Eu já volto. ─ O argentino fala calmamente e manda uma piscadela para sua garota.
Quando Simon saiu de perto da porta e foi para o andar debaixo, S/n sorriu, arrumando sua postura enquanto respirava fundo, pensando no quão sortuda ela era por ter um homem como Simón Hempe em sua vida.
#imagines da nana 💡#simon hempe#simon hempe fanfic#simon hempe imagine#simon hempe smut#simon hempe x you#simon hempe x reader#simon hempe x leitora#simon hempe one shot#a sociedade da neve#la sociedad de la nieve#society of the snow#lsdln cast#lsdln x reader#lsdln smut#lsdln imagine#lsdln fanfic#pt br#cncowitcher
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[Recursos] Alguns livros ilustrados sobre a experiência trans
As vezes é difícil achar representação na mídia conforme você gostaria. Essa é uma lista de livros ilustrados que inclue quadrinhos, webcomics e mangás e possuem protagonismo ou temas transgênero.
Texto vermelho - conteúdo bastante adulto ☆ - favoritos e melhores representações *** - representação questionável
Mangás
☆ Hanayome wa Motodanshi (A Noiva foi um Menino) - transfeminino
Uma autobiografia de Chii, autora MtF, sobre sua vida como mulher trans no Japão até se casar.
☆ Our Dreams at Dusk (Nossos Sonhos ao Anoitecer) - LGBT em geral
Karamani Yuuki, autore agênero, explora a vivencia LGBT de várias partes da comunidade através da visão de um adolescente gay que encontra um grupo de apoio ficticio. Três partes focam em três personagens, um agênero, um transmasculino e uma transfeminina/questionando.
☆ To Strip the Flesh (Para Arrancar a Carne) - transmasculino
Do autor trans Oto Toda, que é assistente em Chainsaw Man. O oneshot explora a jornada de transição de um homem trans que trabalha como streamer "garota sensual" antes da transição, os efeitos na sua saúde mental, e seu pai que está morrendo de câncer.
Zenbu Kimi no Sei (Tudo por Sua Causa) - Generofluido e tematicas intersexo
Uma condição médica atinge os personagens em que começam a trocar entre sexos biológicos. O romance principal tem um personagem generofluido e fala sobre a aceitação de si mesmo e condições médicas de gênero.
Love Me for Who I Am (Me Ame por Quem Eu Sou) - transfeminino e não binárie
Uma pessoa não binárie transfeminina começa a trabalhar em um café temático, enfrentando transfobias e desafiando os paradigmas de gênero dos outros trabalhadores de lá.
*** Seibetsu no Monalisa (O Gênero de Monalisa) - Não binárie e intersexo
Uma exploração de um mundo em que as pessoas decidem seu gênero na adolescência. Nesse contexto, Hinase não quer escolher um gênero nem consegue forçar suas mudanças corporais. Forma-se um triangulo amoroso entre Hinase e seu melhor amigo e amiga, questionando se deveria se tornar qual gênero para estar entre os dois - apesar delu não ter um gênero em seu coração. Como um personagem intersexo no mundo da narrativa, acontecem diversas decisões questionaveis de como retratar sua condição. Além disso, Hinase é quase sempre forçade a ir para um dos lados sem justificativa.
Boys Run the Riot (Garotos Fazem a Insurreição) - Trasmasculino
Do autor transgênero Keito Gaku, essa serialização fala de um estudante transmasculino que cansa da vida como seu gênero de nascença e entra no mundo de criar roupas de moda de rua (street fashion). Uma exploração de objetivos de vida e a importancia de amigos nessa jornada.
*** The Requiem of the Rose King (O Réquiem do Rei das Rosas) - Transmasculino e intersexo
Com a única condição intersexo realista dessa listagem, o protagonista é um principe nascido com uma mistura de genitais feminina e masculina, além de condições hormonais femininas. Ele se identifica como homem e esconde suas caracteristicas femininas o maximo que pode, por ser chamado de demônio pelas poucas pessoas que sabem. Um conto sobre realeza e guerra, apesar de ter termos e descriminações questionaveis e romances de grande diferença de idade.
*** Yuureitou (A Torre Fantasma) - Transmasculino e Gênero Não Conformante (AMAB)
Um mistério de assassinato e tesouro do Japão de 1950. Entre os dois protagonistas, um é um homem transgênero cuja transição vira parte do mistério em si, e o outro começa como homem e se descobre não-conformante a normas de gênero atraves do Crossdress durante a obra. Extremamente adulto, lidando com temas de mutilação, nudez, incesto, entre outras das piores faces da humanidade como parte do mistério. Além disso não é tão bem pesquisado quanto a temas trans, médicos e hormonais, sendo estranho em geral.
*** Wandering Son (Filho Errante) - Transfeminino e transmasculino - não é bom para representação transmasculina
Dois jovens transgênero, um homem trans e uma mulher trans, passam juntos pelos problemas de puberdade, crescimento e identidade. Infelizmente é conhecido por não ter uma boa representação transmasculina, visto que o protagonista transmasculino é retratado como voltando a ser uma mulher cis, entre outros fatores da cultura japonesa que, por exemplo, desfazem de homens trans como mulheres confusas.
Umareru Seibetsu wo Machigaeta! (Eu Nasci do Gênero Errado!) - Transfeminino
Autobiografia de Konishi Mafuyu, autora trans, que conta como foi todo o processo de ir para Tailandia ter todas suas cirurgias de transição.
*** Stop! Hibari kun! (Pare, Sr. Hibari!) - Transfeminino
Mangá de comédia sobre um protagonista que começa a gostar de uma personagem transfeminina filha de um chefe de máfia, chamada Hibari. Ela é tratada no masculino e nada bem durante o mangá inteiro, além do tema justamente ser o humor de "uma mulher que na verdade é um homem".
At 30, I Discovered I Had no Gender (Aos 30, Eu Descobri Que Não Tinha Gênero) - Agênero
Uma autobiografia de Shou Arai, autor agênero, falando sobre o envelhecimento sendo LGBT e trans, o impacto da cultura japonesa na vida trans e obstaculos de vida. Mais uma coleção de mini histórias. Como pessoa que realizou a transição tardia para os termos da comunidade (maior que 30) e escreveu a história com 50 anos, Shou Arai acaba tendo uma perspectiva única no assunto.
☆ Last Gender: When We are Nameless (Último Gênero: Quando Nós Somos Sem Nome) - LGBT em geral
Uma exploração adulta do que é identidade, romance, gênero, e a comunidade LGBT em si. Seguimos um personagem diferente por capitulo, todos os quais frequentam o mesmo bar LGBT local. Alguns capitulos focam em pessoas não bináries, transfemininas e bigênero.
Extremamente adulto com diversas cenas sexuais explicitas, focadas em encontros de uma noite entre personagens.
Quadrinhos
The Prince and The Dressmaker (O Príncipe e a Costureira) - Transfeminino e gênerofluído
Um conto curto sobre um príncipe gênerofluído entre homem e mulher, e a vida diaria com sua costureira. Há dificuldades entre manter sua vida como principe e modelo de vestidos famosa, e mostra mais sobre a experiência de ser generofluido.
Broccoli Soup (Sopa de Broccoli) - Não binárie
Uma webcomic surrealista, fantastica e de comédia sobre ume protagoniste não binárie criade por uma deusa muito educada que só queria amigos.
☆ Kill Six Billion Demons (Mate Seis Bilhões de Demônios) - temas transfemininos
Um épico extremamente detalhado, no estilo de graphic novel, sobre uma guerra entre diferentes universos fantasticos. Uma das três protagonistas é efetivamente uma mulher trans de uma raça de anjos que são apenas homens, e transiciona através da história.

















Não tem em português. E agora?
Alguns desses títulos foram traduzidos para português, enquanto outros não. Todos eles estão disponiveis pelo menos em inglês, mas é uma barreira dificil para algumas pessoas.
É possivel, embora de forma precária, ler eles atraves de tradução de imagem automática.
#transgender#transgenero#trans#transmasc#ftm#mtf#transfem#não binário#nb#português#representação#livros
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𝐂𝐨𝐦𝐞 𝐥𝐢𝐬𝐭𝐞𝐧, 𝐚𝐥𝐥 𝐲𝐞 𝐟𝐚𝐢𝐫 𝐦𝐚𝐢𝐝𝐬, 𝐭𝐨 𝐡𝐨𝐰 𝐭𝐡𝐞 𝐦𝐨𝐫𝐚𝐥 𝐠𝐨𝐞𝐬...
❪ 👻 ❫ ARCHIE RENAUX? não! é apenas ROHAN THEODORE BARNETT, ele é filho de FOBOS do chalé 33 e tem 24 anos. a tv hefesto informa no guia de programação que ele está no NÍVEL II por estar no acampamento há DEZ ANOS, sabia? e se lá estiver certo, THEO é bastante DILIGENTE mas também dizem que ele é TEIMOSO. mas você sabe como hefesto é, sempre inventando fake news pra atrair audiência.
º ✧ 。━━ 𝐏𝐈𝐍𝐓𝐄𝐑𝐄𝐒𝐓 ╲ 𝐓𝐀𝐒𝐊 𝐓𝐀𝐆 ╲ 𝐖𝐀𝐍𝐓𝐄𝐃
º ✧ 。━━ 𝐁𝐀𝐒𝐈𝐂𝐒
aniversário: 8 de abril
apelidos: theo, ro, ted, tod
espécie: semideus
gênero: homem cis
pronomes: ele/dele
orientação sexual: homosexual
altura: 1,90 m
º ✧ 。━━ 𝐓𝐑𝐈𝐕𝐈𝐀
Seu poder é o de Aura Emocional.
Consegue ver aura de emoções dele mesmo e de outras pessoas. Cada emoção é uma cor diferente, isso inclui emoções mais complexas, com emaranhados de cores e subtons. Todas as cores são um pouco opacas e transparentes, mas o medo, terror, pânico são sempre cores bem marcantes. Assim que chegou no acampamento só conseguia ver as auras. Hoje em dia consegue influenciar pessoas e monstros próximos a sentir o mesmo que ele, principalmente medo. Como também o contrário, fazer com que pessoas e monstros ao seu redor não sintam o mesmo que ele, principalmente medo. Tem treinado para conseguir separar a emoção que quer causar no inimigo da dele mesmo, mas todas as vezes que tentou acabou causando pânico tanto nele quanto na outra pessoa.
Suas habilidades são Força sobre-humana e Durabilidade sobre-humana.
Sua única arma mágica no momento é o Escudo de Agamemnon. Um grande escudo de ferro estígio com a imagem da Górgona Medusa com uma expressão horrorizada, e Fobos e Deimos inscritos. O escudo tem o efeito de "petrificar" de medo por algum tempo quem o olhar diretamente despreparado, mesmo aqueles que já souberem de sua existência. Recebeu de seu pai depois da guerra de Gaia. Queria presentear o escudo a alguma de suas irmãs, pois não se acha no direito de usar um escudo com a imagem de Medusa, mas é seu único item mágico e quer conseguir outro antes de passá-lo para frente.
Membro do time azul da parede de escalada.
Em desenvolvimento...
º ✧ 。━━ 𝐇𝐄𝐀𝐃𝐂𝐀𝐍��𝐍𝐒
TW: Trauma religioso, homofobia.
Rohan não se lembra de seus pais biológicos, ou melhor, sua mãe biológica. Desde pequeno, tinha a sensação de que seu pai não era exatamente… humano. Claro, ainda se surpreendeu quando descobriu ser um semideus. O que estava no seu bingo da vida (e de, provavelmente, várias das freiras do orfanato que vivia) era que, na verdade, era o anticristo.
Obrigado a sentar naquele banco todos os dias, encarar imagens que nunca sentiu que lhe representavam e fingir rezar, sabendo o tempo específico que cada oração levaria para não estranharem. Em seus dias bons, Rohan fingia se importar com aquele lugar. Tentava enganar até ele mesmo, esquecer que uma piada, uma missa perdida, qualquer coisa que fugisse da norma, iria levá-lo a algum tipo de punição. Lidar com outras crianças também nunca foi fácil. Nunca foi de revidar quando o incomodavam, mas sempre acabava se envolvendo em briga quando o alvo era sua melhor amiga. O bullying que sofriam nunca foi resolvido por adultos. Sempre deixavam para lá como "brincadeira de criança". Mas Rohan não se importava muito, desde que tivessem um ao outro.
Rohan percebeu que era gay ainda criança. Não sabia nenhum termo, ou o que realmente era. Mas sabia que era diferente de seus colegas. Não demorou muito para que as freiras percebessem também, e a marcação que tinham piorar. Catequeses mais rígidas, leituras mais extensas, qualquer coisa para "colocá-lo no bom caminho". Até então, seu comportamento não era tão diferente de crianças um pouco mais travessas e inquietas. Mas no momento que percebeu um tratamento diferente em relação a ele e os outros, jurou em silêncio que, se realmente existisse céu e aquelas mulheres fossem pra lá um dia, pois elas iriam sentir na pele o que era inferno antes... numa criança.
Theo sempre se animava em dias chuvosos, em tempestades. O barulho da chuva e portas que naturalmente já batiam sozinhas com qualquer vento mais forte ajudava em suas fugas do dormitório de madrugada. Mas aquele dia foi diferente. Suas memórias são um pouco confusas. Lembra do minotauro, da silhueta do monstro em destaque pouco antes do estrondo de um trovão. Foi a primeira vez na vida que viu o som e luz virem tão próximos um do outro daquela forma.
Minimizando ao máximo seu terror e trauma, por ter quase morrido, ficou feliz em se ver livre daquele lugar. Tinha trocado uma palavra ou outra com Bobby, o sátiro que os ajudou, antes daquele dia. A única coisa que realmente sabia do menino era a aura escura do medo, a confusão de sentimentos quase constante ao redor de Bobby. Na época não sabia bem o que eram. Mas desde que começou a vê-las, as auras o ajudaram por todo o tempo que passou no orfanato. A escapar de freiras e outras crianças mais mal-humoradas quando queria um pouco de sossego, ou saber quem seria mais fácil de irritar.
E junto a única pessoa que confiava, Theo chegou ao acampamento com quatorze anos de idade.
Quando tem tempo livre, costuma fazer passeios e exploração à florestas e locais abandonados. Já encontrou com algum monstro enquanto fazia isso? Com certeza. Mas o medo de "ver algo sobrenatural" 'tá aí para todo mundo que tem o mesmo hobby e ele já interagiu, a única diferença é a porcentagem de chance de acontecer com ele, um semideus, do que pessoas normais.
Lutou na linha de frente tanto na Guerra de Cronos quanto na de Gaia, mas principalmente nessa última. Com seus 1,90 m de altura, e treinamento com escudo, fez o possível para proteger semideuses com menos treinamento. Lhe doeu ver sua melhor amiga fugir, num momento tão crítico para todos no acampamento, mas em parte entendeu a decisão. Após tanto tempo sem contato, ver elu no acampamento gera um misto de emoções em Theo. Alívio, ressentimento antigo, o mesmo sentimento de abandono que sentiu no dia que se separaram.
Rohan se dá muito bem com seus irmãos de chalé, e talvez seja parcialmente sua culpa a fama que filhos de Fobos tem no acampamento. Completamente apaixonado por livros e filme de terror, creepypastas, criptídeos, lendas locais. Tem uma coleção de cadernos com anotações sobre monstros que já enfrentou, mas também de outros que acredita que vai encontrar um dia como: Mothman, Pé grande e o homem-cabra (apesar de jurar que, na verdade, esse último é só um sátiro mesmo).
Theo estava se reunindo com um grupo de fanático por Mothman em Point Pleasant, Virgínia Ocidental, quando recebeu a mensagem de Irís. Para todos que estavam lá, ele recebeu um telefonema. A névoa sempre funciona de maneiras estranhas, na opinião de Rohan. Ainda mora no acampamento, mas passa algumas temporadas fora, viajando pelos EUA. Não considera o que faz como mochilão, a única coisa que leva é uma mochila com o essencial e dinheiro. "Decidiu" é uma palavra muito forte, já que não teve muita escolha, mas suas férias acabaram um pouco antes que esperava, e voltou para casa.
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( feminino • ela/dela • pansexual ) — Não é nenhuma surpresa ver VITÓRIA CAMPBELL andando pelas ruas de Arcanum, afinal, a HUMANA MUNDANA precisa ganhar dinheiro como RECEPCIONISTA NA OFICINA DOS ANDARILHOS. Mesmo não tendo me convidado para sua festa de VINTE E CINCO ANOS, ainda lhe acho ATENCIOSA e LEAL, mas entendo quem lhe vê apenas como INTROMETIDA e CARENTE. Vivendo na cidade DESDE SEMPRE, VICKY cansa de ouvir que se parece com CAMILA MENDES.
about
Filha de um jovem casal missionário que acabou ficando preso em Arcanum por algum desígnio divino, segundo seu pai. Ana Maria ainda carregava Vitória em seu ventre quando chegaram no vilarejo e logo estabeleceram uma pequena comunidade de fieis. Seu pai, ainda jovem, teve de assumir a liderança da igreja, a chegada da filha e o luto de perder a esposa — Ana Maria faleceu após complicações no parto.
Vitória era conhecida como "a filha do pastor", cresceu rodeada de hinos e sermões, sempre sentia que ocupava o último lugar na vida do seu pai: primeiro, a igreja, depois as ovelhas e por último, a filha.
Hoje em dia, o adjetivo rebelde fora adicionado no apelido. Não que ela tenha virado ateia, nada disso, ela só deixou de seguir algumas normas de vestimenta e conduta da igreja. Ainda participa dos cultos e ajuda seu pai nas atividades, principalmente quando vê o homem sobrecarregado. É fácil identificá-la no templo, basta procurar uma figura colorida dos pés à cabeça perto do projetor.
O sonho de Vitória é conseguir sair do vilarejo e viajar o mundo. Já tem na ponta da língua o destino que quer conhecer: o Rio de Janeiro, a cidade natal da sua mãe. Ela guarda um álbum de fotos antigas da mulher, seu item mais precioso, e se perde em mil devaneios observando as mesmas fotos.
wanted connections/ideas dump (abertos para todos os gêneros)
open - 0/2: Vicky faz qualquer coisa pra receber um pouco de atenção, uma das suas últimas tentativas foi inventar que finalmente tinha desencalhado. Seu pai ficou empolgado, pela primeira vez, pronto para conhecer o varão abençoado. Até que ela revelou a notícia que quase causou um infarto no pastor: eram um casal poliamoroso — Vicky, a humana, junto com seu namorado, o lobinho e a sua também namorada, a bruxinha/fadinha. Ela só precisava avisar os amigos de que agora deveriam se portar como um casal.
open: Ela diz que se conseguisse se concentrar e terminar um livro em vez de pular de obra em obra, já teria devorado a biblioteca inteira. Enquanto ainda não está nesse nível, pede para muse, um de seus amigos inteligente, compartilhar o resumo com ela. Muse ainda não desistiu de fazer a mulher ter ao menos um traço de intelectualidade.
open: Um ser sobrenatural bem mais velho que não tem a menor paciência para os intrometimentos e perguntas de Vitória.
closed: Assim que seus olhos encontram os de Katheryn não consegue evitar de soltar um "amiga!!" agudo de empolgação. Katheryn acompanha Vitória em todas suas aventuras, parece quase impossível dizer não para ela. Vitória sempre fala que é devido ao fato de suas almas terem sido traçadas como alma-gêmeas.
open (soldado): E no dia que Vitória tentou fugir da cidade? Esse dia foi louco e Muse sabe disso até demais, já que ele foi o soldado que impediu a jovem de causar uma confusão maior.
open: Em uma das suas tentativas de se sentir parte dos seres sobrenaturais, Vicky começou a fazer bombas remédios caseiros, que segundo ela, recebeu aprovação de uma bruxa do Whispering Woods. Muse não estava se sentindo muito bem e ela aproveitou para compartilhar seu mais novo xarope cura-tudo. Só não esperava que fosse piorar a situação de muse e teve que passar o resto da semana como acompanhante dele.
closed: Durante uma das suas caminhadas matinais, Vitória flagrou Azazel fazendo algo errado. Como não é nada discreta, Azazel logo reparou na sua presença. Ela já teria espalhado a fofoca, se não morresse de medo de Azazel e agora tenta evitá-lo o máximo possível, ficando super nervosa quando se encontram. (talvez muse finja que nada aconteceu e isso deixa vitória mais paranóica ainda).
open: unlikely friends.
open: friendzoned.
open: mother figure.
open: exes (good or bad terms)
open: childhood friends
quero colocar outras ideias depois, mas também podemos pensar em algo novo juntos 💗
others
pinterest and songtracks.
#esses gifs são muito vicky energy: ela de bíquini pra pegar um bronze com 19°c#⋮ a study in › vitória.#⋮ about › vitória.#⋮ musing › vitória.#⋮ visage › vitória.#⋮ threads › vitória.#vltintro#vltintro;
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Discursos de Magia Islâmica
Enquanto Sidi Muhammad enraíza as ciências do invisível na história sagrada islâmica, as raízes históricas desse discurso remontam à Grécia antiga. E enquanto o termo “magia”, como foi definido no século XX por estudiosos de estudos religiosos, tem sido amplamente criticado, estudiosos do Mediterrâneo antigo e tardo-antigo reconstruíram uma história muito antiga da própria palavra. Kimberly Stratton, em particular, focou na produção e desenvolvimento da magia como um discurso de alteridade que visava a “outras” populações específicas enquanto impunha normas de gênero e conformidade sexual. No entanto, além dos discursos da elite, evidências materiais abundantes indicam que os greco-romanos antigos e tardo-antigos de fato se envolveram em algumas das práticas que as elites rotulavam de “magia” (mageia), criando maldições vinculativas (katadesmoi, defixiones) que depositavam em sepulturas, poços e encruzilhadas. Uma abundância de textos do século V a.C. ao século II d.C., chamados coletivamente de papiros mágicos gregos, contêm instruções e receitas para a produção de maldições e poções. Além disso, Bernd-Christian Otto apontou que alguns desses artefatos materiais indicam que os praticantes que os produziram identificaram sua própria prática como “magia”. Desde então, Otto postulou a existência de uma tradição ritual textual heterogênea, mas contínua, de “magia aprendida ocidental” do período grego até o presente. Esse “discurso de inclusão” mágico extrai sua potência e apelo do “discurso de exclusão” mantido pelas elites, e as duas tradições, portanto, se desenvolveram juntas em paralelo.
A palavra sihr em si aparece vinte e três vezes no Quran, particularmente durante o encontro entre Moisés e os feiticeiros do Faraó (Quran 7:112–26, 10:76–81, 20:57–76, 26:37–51) e em um versículo que registra como alguns mequenses acusaram Maomé de ser um poeta, um louco ou um feiticeiro (51:52). Em um versículo, os demônios descrentes (shayātīn) são descritos como tentando as pessoas ensinando-lhes feitiçaria (2:102). E embora o próprio Quran não condene sihr (embora o apresente como uma falsidade), há vários hadīth que pedem a morte de feiticeiros. No entanto, apesar dessa representação negativa de sihr no Quran e no hadith, os estudiosos mostraram que, no período ʿAbbāsid, os muçulmanos passaram a ler o termo por meio de novos estudos produzidos durante o movimento de tradução grega, o esforço multigeracional, patrocinado pelos califas ʿAbbāsid, para traduzir as obras recebidas dos gregos antigos para o árabe. A absorção dessas obras clássicas levou, em última análise, à produção de uma síntese de cosmologias e metafísicas neoplatônicas, neopitagóricas e aristotélicas. As contribuições para essa síntese filosófica e metafísica incluem as obras influentes de Abū Maʿshar (m. 886) sobre astronomia, que descreveram os efeitos causais das rotações planetárias no mundo físico e no corpo humano. Enquanto isso, seu contemporâneo e mentor, al-Kindī (m. 873), identificou esse agente causal da mudança material como os raios astrais emitidos por cada corpo celeste. Al-Kindī descreveu sihr legalmente permitido como atos que extraíam e controlavam o poder desses raios astrais. Uma obra pseudo-aristotélica do mesmo período contém um capítulo intitulado “Sirr al-asrār” (O Segredo dos Segredos), que resume as teorias de influência astral delineadas por Abū Maʿshar e al-Kindī e adiciona instruções para operacionalizar esse conhecimento na prática. Finalmente, o século X viu a produção do compêndio enciclopédico conhecido como Rasāʾil Ikhwān al-Safāʾ (As Epístolas dos Irmãos da Pureza) e o Ghāyat al-hakīm (O Objetivo do Sábio), por Maslama ibn Qurtubī (m. 964). Composto por um grupo enigmático de estudiosos devotados ao conhecimento esotérico, o Rasāʾil situa a prática de sihr como a culminância do aprendizado humano dentro do currículo aristotélico/neoplatônico e localiza o efeito causal dos corpos celestes em seus espíritos celestiais (rūhāniyyāt), para os quais eles fornecem nomes e invocações. De acordo com os Irmãos, esses seres espirituais afetam o mundo material por meio de suas correspondências com naturezas materiais ou "por meio de suas almas e volição". Enquanto isso, o Ghāyat "expande e sistematiza" tanto as teorias de causalidade encontradas nas obras de Abū Maʿshar e al-Kindī quanto as aplicações práticas apresentadas no "Sirr al-asrā r".
Sorcery or Science?: Contesting Knowledge and Practice in West African Sufi Texts - Ariela Marcus-Sells
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Feminismo ao Longo da História e os Principais Movimentos Feministas, Incluindo o Me Too e 4B
1. Introdução: O que é o Feminismo?
O feminismo é um movimento social e político que busca a igualdade de direitos entre os gêneros, com o foco principal na luta pelas mulheres, buscando combater a discriminação de gênero, a violência doméstica, a subordinação e o controle sobre o corpo e a vida das mulheres. Ao longo da história, o feminismo se manifestou de várias maneiras, passando por diferentes ondas de ativismo, e se diversificando em múltiplas formas e abordagens para enfrentar os desafios que as mulheres enfrentam.
O feminismo não é uma causa única, mas um movimento complexo e multifacetado, composto por várias correntes, abordagens e objetivos, que se interligam e se fortalecem. Seu propósito central sempre foi empoderar as mulheres, fornecendo uma plataforma de igualdade, libertação e autonomia.
2. Primeira Onda do Feminismo: A Luta pelo Direito ao Voto e à Educação (Século XIX e Início do Século XX)
A primeira onda do feminismo foi marcada por um movimento social e político que se concentrou, principalmente, em garantir direitos legais básicos para as mulheres. O direito ao voto foi a principal luta dessa onda, que começou no final do século XIX e se estendeu até as primeiras décadas do século XX.
As figuras centrais dessa onda foram Elizabeth Cady Stanton, Susan B. Anthony, Simone de Beauvoir e outras ativistas que não só defendiam o direito ao voto, mas também a igualdade educacional, direitos de propriedade e o fim da discriminação legal contra as mulheres. A luta foi difícil, com várias mulheres enfrentando oposição feroz, mas ao longo do tempo, muitos países conquistaram o direito de voto feminino, entre eles os EUA e o Reino Unido, na década de 1920.
3. Segunda Onda do Feminismo: Liberação Sexual, Direitos Reprodutivos e o Empoderamento Feminino (Décadas de 1960 a 1980)
A segunda onda do feminismo se iniciou na década de 1960 e teve um impacto profundo em várias questões, como direitos reprodutivos, liberdade sexual e igualdade no local de trabalho. Esse movimento, influenciado pelo contexto de mudanças sociais, como a Revolução Sexual, a guerra do Vietnã e o movimento pelos direitos civis, levou as mulheres a questionarem ainda mais as normas estabelecidas e a exigirem sua autonomia.
Betty Friedan, autora de "A Mística da Feminilidade", e Gloria Steinem, uma das fundadoras da revista "Ms.", foram algumas das figuras mais proeminentes da segunda onda. As mulheres começaram a exigir não apenas igualdade de oportunidades no trabalho, mas também direitos reprodutivos, como o direito ao aborto e ao uso de anticoncepcionais, além da luta contra o assédio sexual e a violência doméstica.
4. Terceira Onda do Feminismo: Inclusividade e Diversidade (Década de 1990 até o início dos anos 2000)
A terceira onda do feminismo começou nos anos 1990 e se caracterizou pela diversidade de abordagens, refletindo o reconhecimento de que o feminismo não poderia ser uma luta universal ou homogênea. As mulheres começaram a lutar não só pela igualdade de gênero, mas também pela inclusão das vozes de mulheres de diferentes etnias, classes sociais, orientações sexuais e identidades de gênero.
Judith Butler, bell hooks, e Angela Davis foram algumas das principais figuras da terceira onda, que teve um foco no empoderamento individual, no questionamento das normas tradicionais de gênero e na luta contra o sexismo sistêmico. Esse período também abordou questões como a sexualidade e as experiências específicas de mulheres negras, indígenas, lésbicas e outras mulheres marginalizadas.
5. Movimentos Feministas Contemporâneos: O Me Too e o 4B
Nos dias de hoje, o feminismo continua a se diversificar e a evoluir, respondendo aos desafios modernos de violência de gênero, assédio sexual, injustiça social e direitos das mulheres. Dois dos movimentos mais relevantes da última década são o Me Too e o 4B, ambos respondendo a questões profundas e sistêmicas sobre o tratamento das mulheres no mundo atual.
Movimento Me Too (Me Too Movement)
O movimento Me Too ganhou proeminência em 2017, quando a ativista Tarana Burke e outras mulheres começaram a compartilhar suas experiências de assédio sexual e abuso. O movimento se espalhou rapidamente pelas redes sociais, com a hashtag #MeToo permitindo que mulheres de todo o mundo se unissem e visibilizassem o problema do assédio sexual em todos os setores da sociedade, especialmente no local de trabalho e nas indústrias do entretenimento.
A popularização do movimento gerou uma onda de denúncias públicas contra figuras proeminentes, como Harvey Weinstein, Bill Cosby, Kevin Spacey e muitos outros, que tiveram suas carreiras destruídas após acusações de abuso sexual. O Me Too não apenas expôs o alcance do problema, mas também provocou uma discussão mais ampla sobre a cultura do silêncio que cerca o assédio sexual, a culpabilização das vítimas e a falta de responsabilização dos agressores.
Movimento 4B (Feminismo 4B - Feminismo da Boa, Brava e Bela)
O 4B é um movimento feminista de quatro frentes, ou quatro B, que se baseia nos princípios da Boa, Brava, Bela e Branca para reforçar a luta pelas mulheres com um olhar mais radical e crítico em relação às desigualdades de gênero.
Boa: Representa a luta pela igualdade de direitos e oportunidades para todas as mulheres.
Brava: Destaca a coragem de se rebeler contra o patriarcado e enfrentar as desigualdades.
Bela: Reflete o empoderamento da mulher, rompendo com os padrões tradicionais de beleza e valorizando a autenticidade.
Branca: Relacionada ao feminismo interseccional, que exige um olhar para a raça, a classe social, a sexualidade e outras variáveis que impactam as mulheres.
O 4B se destaca por buscar inclusão, desafiar estereótipos e reafirmar o direito das mulheres de serem livres e autônomas, sem que sejam limitadas pelas imposições da sociedade patriarcal.
6. Conclusão: A Luta Continua
O feminismo, desde suas primeiras manifestações até os dias de hoje, sempre teve como objetivo a libertação das mulheres e a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Os movimentos como o Me Too e o 4B demonstram a continuidade dessa luta, bem como o fato de que, apesar de muitos avanços, o feminismo continua a ser essencial para combater as violências de gênero, a discriminação e o sexismo.
À medida que as mulheres ganham mais visibilidade e vozes poderosas surgem no movimento, como Malala Yousafzai, Emma Watson e Alicia Garza, a batalha por igualdade se intensifica. Mas o trabalho ainda está longe de ser concluído, e é preciso que todos, independentemente de seu sexo, se unam na luta pela libertação total das mulheres. O feminismo é, e sempre será, uma luta coletiva e constante por direitos, liberdade e respeito.
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Vejo que muita gente não interpretou isso aqui da maneira certa...
Título: Carmilla Autor: Sheridan Le Fanu Classificação: +14 Ano de Publicação: 1872 Avaliação: ★★★★★❤︎
Carmilla, apesar do nome, é narrado por Laura, uma jovem que cresceu em um castelo isolado na Estíria. Ela compartilha conosco uma fase intensa e perturbadora de sua vida: o período em que conheceu a misteriosa e fascinante Carmilla. Acompanhamos o desenvolvimento do relacionamento das duas, marcado pela crescente admiração de Laura diante do irresistível charme de Carmilla. Porém, a chegada da jovem à propriedade traz consigo uma série de estranhezas e eventos sombrios que despertam dúvidas e medos.
Le Fanu consegue criar uma atmosfera única, sombria e envolvente, que nos cativa na mesma proporção em que nos deixa tensos. A narração de Laura acerca dos fatos torna a trama ainda mais intimista, explorando as sensações e percepções que somente ela teve diante dos ocorridos.
A personagem Carmilla transcende os limites de uma típica vilã, representando tanto sedução quanto perigo. O autor combina o folclore do leste europeu com símbolos culturais, consolidando muitos dos elementos que viriam a definir o arquétipo do vampiro na literatura.
Carmilla já se tornou um símbolo para a comunidade LGBTQIA+, o que não impressiona já que a figura do Vampiro vem sendo fortemente usada, desde sua criação, como uma metáfora para a sexualidade humana. É inegável a atração que Laura sente por Carmilla, mas também é preciso explicitar que o intuito do autor nunca foi criar um ícone do movimento lésbico.
Analisando o contexto histórico, vemos que Carmilla foi publicado em um período em que a igreja já estava muito bem estabelecida e ditava as normas de conduta social, assim, temos uma era marcada por códigos morais rígidos e forte repressão sexual. Carmilla surge não na intenção de lutar contra as normas sociais, mas sim de marginalizar aqueles que vão contra elas. A personagem personifica a corrupção moral, sua chegada precede destruição e morte, as consequências de sua relação com Laura servem para mostrar porque não podemos nos deixar levar pela paixão e depravação, servindo como uma advertência contra essas transgressões.
Carmilla não representa nada de positivo, pelo menos não no contexto em que foi escrito. Hoje a imagem de Carmilla mudou completamente e a subversão da obra e seu acolhimento pela comunidade LGBTQIA+ nos mostra como ideias podem mudar e se transformar através do tempo dialogando com questões contemporâneas, mas é importante não se esquecer das circunstâncias em que tais ideias foram concebidas.
Apesar de ter sido escrito em 1872, Carmilla permanece incrivelmente atual. Suas reflexões sobre mudanças sociais, repressão e o confronto com o que é considerado "fora do padrão" continuam ressoando até os dias de hoje. Sua influência é inegável, tendo em vista que sua obra foi adaptada diversas vezes e inclusive serviu de inspiração para a criação de diversos outros trabalhos do gênero, a mais famosa que podemos citar, sem dúvidas, é o clássico Drácula de Bram Stoker.
O gênero terror gótico está bem representado em Carmilla. Elementos como o castelo isolado, a tensão entre luz e sombra e o fascínio pelo sobrenatural permeiam toda a história, criando uma ambientação rica e densa. Le Fanu também explora temas como desejo, repressão e o medo do "outro", o que reforça as características góticas da obra. Não é atoa que Le Fanu é um dos grandes nomes do horror vitoriano, o autor definitivamente ajudou a consolidar muito do que hoje é tido como padrão em histórias de vampiros e suas contribuições para esse gênero jamais serão esquecidas.
Para quem deseja explorar o terror gótico em sua essência, Carmilla é indispensável. Apesar de se tratar de um conto, em pouco mais de 100 páginas, Le Fanu transporta o leitor para uma narrativa sombria, rica em detalhes e cheia de nuances. Ao combinar mistério, sedução e horror, o autor entrega uma obra atemporal, capaz tanto de encantar quanto de inquietar os leitores.
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𝐂𝐨𝐦𝐞 𝐥𝐢𝐬𝐭𝐞𝐧, 𝐚𝐥𝐥 𝐲𝐞 𝐟𝐚𝐢𝐫 𝐦𝐚𝐢𝐝𝐬, 𝐭𝐨 𝐡𝐨𝐰 𝐭𝐡𝐞 𝐦𝐨𝐫𝐚𝐥 𝐠𝐨𝐞𝐬...
❪ 👻 ❫ DEV PATEL? não! é apenas ROHAN THEODORE BARNETT, ele é filho de FOBOS do chalé 33 e tem 24 anos. a tv hefesto informa no guia de programação que ele está no NÍVEL II por estar no acampamento há NOVE ANOS, sabia? e se lá estiver certo, THEO é bastante DILIGENTE mas também dizem que ele é TEIMOSO. mas você sabe como hefesto é, sempre inventando fake news pra atrair audiência.
º ✧ 。━━ 𝐏𝐈𝐍𝐓𝐄𝐑𝐄𝐒𝐓 ╲ 𝐓𝐀𝐒𝐊 𝐓𝐀𝐆
º ✧ 。━━ 𝐁𝐀𝐒𝐈𝐂𝐒
aniversário: 8 de abril
apelidos: theo, ro, ted, tod
espécie: semideus
gênero: homem cis
pronomes: ele/dele
orientação sexual: homosexual
altura: 1,90 m
º ✧ 。━━ 𝐓𝐑𝐈𝐕𝐈𝐀
Seu poder é o de Aura Emocional.
Nível I: Consegue ver aura de emoções dele mesmo e de outras pessoas. Cada emoção é uma cor diferente, isso inclui emoções mais complexas, com emaranhados de cores e subtons. Todas as cores são um pouco opacas e transparentes, mas o medo, terror, pânico são sempre cores bem marcantes. Assim que chegou no acampamento só conseguia ver as auras. Nível II (atual): Hoje em dia consegue influenciar pessoas e monstros próximos a sentir o mesmo que ele, principalmente medo. Como também o contrário, fazer com que pessoas e monstros ao seu redor não sintam o mesmo que ele, principalmente medo. Tem treinado para conseguir separar a emoção que quer causar no inimigo da dele mesmo, mas todas as vezes que tentou acabou causando pânico tanto nele quanto na outra pessoa.
Suas habilidades são Força sobre-humana e Durabilidade sobre-humana.
Sua única arma mágica no momento é o Escudo de Agamemnon. Um grande escudo de ferro estígio com a imagem da Górgona Medusa com uma expressão horrorizada, e Fobos e Deimos inscritos. O escudo tem o efeito de "petrificar" de medo por algum tempo quem o olhar diretamente despreparado, mesmo aqueles que já souberem de sua existência. Recebeu de seu pai depois da guerra de Gaia. Queria presentear o escudo a alguma de suas irmãs, pois não se acha no direito de usar um escudo com a imagem de Medusa, mas é seu único item mágico e quer conseguir outro antes de passá-lo para frente.
Membro do time azul da parede de escalada.
Em desenvolvimento...
º ✧ 。━━ 𝐇𝐄𝐀𝐃𝐂𝐀𝐍𝐎𝐍𝐒
TW: Trauma religioso, homofobia.
Rohan não se lembra de seus pais biológicos, ou melhor, sua mãe biológica. Desde pequeno, tinha a sensação de que seu pai não era exatamente… humano. Claro, ainda se surpreendeu quando descobriu ser um semideus. O que estava no seu bingo da vida (e de, provavelmente, várias das freiras do orfanato que vivia) era que, na verdade, era o anticristo.
Obrigado a sentar naquele banco todos os dias, encarar imagens que nunca sentiu que lhe representavam e fingir rezar, sabendo o tempo específico que cada oração levaria para não estranharem. Em seus dias bons, Rohan fingia se importar com aquele lugar. Tentava enganar até ele mesmo, esquecer que uma piada, uma missa perdida, qualquer coisa que fugisse da norma, iria levá-lo a algum tipo de punição. Lidar com outras crianças também nunca foi fácil. Demoravam anos até conseguir seu diagnóstico de autismo. Por ser nível I de suporte, vários médicos diziam ser outra coisa e ser "difícil de detectar". O que Theo sempre achou engraçado, porque não demora quase nada para crianças mais maldosas perceberem que tem alguma coisa diferente, alguma coisa "errada".
Rohan percebeu que era gay ainda criança. Não sabia nenhum termo, ou o que realmente era. Mas sabia que era diferente de seus colegas. Não demorou muito para que as freiras percebessem também, e a marcação que tinham piorar. Catequeses mais rígidas, leituras mais extensas, qualquer coisa para "colocá-lo no bom caminho". Até então, seu comportamento não era tão diferente de crianças um pouco mais travessas e inquietas. Mas no momento que percebeu um tratamento diferente em relação a ele e os outros, jurou em silêncio que, se realmente existisse céu e aquelas mulheres fossem pra lá um dia, pois elas iriam sentir na pele o que era inferno antes… numa criança.
Passou seus primeiros 10 anos em um orfanato no meio do nada, sendo a cidade mais próxima Ligonier, Transilvânia. Foi então adotado por um casal consideravelmente rico. A última coisa que fez antes de ir embora foi começar um incêndio. Nesse dia específico todas as outras crianças estavam do lado de fora, o que criou a "oportunidade perfeita". O incêndio foi contido rápido, mas não antes de fazer um bom estrago no prédio. Não existem provas que digam que o incêndio não foi acidental.
Chegou ao acampamento com 15 anos de idade. Não foi preciso ser resgatado. Um sátiro apenas o disse de um acampamento e Theo automaticamente teve interesse. Só quando chegaram que lhe foi explicado toda a situação.
Lutou na linha de frente tanto na Guerra de Cronos quanto na de Gaia, mas principalmente nessa última. Com seus 1,90 m de altura, e treinamento com escudo, fez o possível para proteger semideuses com menos treinamento.
Rohan se dá muito bem com seus irmãos de chalé, e talvez seja parcialmente sua culpa a fama que filhos de Fobos tem no acampamento. Completamente apaixonado por livros e filme de terror, creepypastas, criptídeos, lendas locais. Tem uma coleção de cadernos com anotações sobre monstros que já enfrentou, mas também de outros que acredita que vai encontrar um dia como: Mothman, Pé grande e o homem-cabra (apesar de jurar que, na verdade, esse último é só um sátiro mesmo).
"O Incidente" como Rohan costuma chamar. Não foi durante uma missão, mas estava com um outro semideus, um amigo que finalmente tinha convencido em acompanhá-lo até Point Pleasant, Virgínia Ocidental. Estavam indo para uma reunião de fanáticos por Mothman quando acabaram ficando presos em um labirinto de grama mágico. A sensação era de ter se passado um mês completo, quando na verdade eles ficaram sumidos por uma semana. O que mais mudou foram suas aparência. Agora com aparência de 33 anos, Theo envelheceu exatos nove anos. Isso o fez desistir de ir para Point Pleasant? De jeito nenhum. Precisou arrastar o amigo o resto do caminho.
Theo ainda estava em Point Pleasant quando recebeu a mensagem de Irís. Para todos que estavam lá, ele apenas atendeu a um telefonema. A névoa sempre funciona de maneiras estranhas, na opinião de Rohan. Ainda mora no acampamento, mas passa algumas temporadas fora, viajando pelos EUA. Não considera o que faz como mochilão, a única coisa que leva é uma mochila com o essencial e dinheiro. "Decidiu" é uma palavra muito forte, já que não teve muita escolha, mas suas férias acabaram um pouco antes que esperava, e voltou para casa.
º ✧ 。━━ 𝐖𝐀𝐍𝐓𝐄𝐃 𝐂𝐎𝐍𝐍𝐄𝐂𝐓𝐈𝐎𝐍
*Rohan é homosexual. Então todas as conexões são abertas para todo mundo, MENOS as românticas.
*Faz MUITO tempo que eu não turno smut. Então se quiser alguma conexão envolvendo tal tema, eu tenho interesse em tentar, mas preciso de um pouco mais de paciência.
ocupado Charlie não acredita em criptídeos, lendas locais, nada disso. Mas por ser amige de Rohan, decidiu dar uma chance e o escuta falar sobre, às vezes até o acompanha em "caças ao pé-grande".
ocupado Melhores amigos há anos, Sawyer e Rohan são caos garantido juntos. Quem conhece Rohan sabe que as chances dele querer invadir alguma base governamental quase dobram quando Sawyer está junto (só pra ver no que daria). ↳ Uma vez eles espalharam pelo bosque as páginas do Slender Man pelo bosque próximo ao acampamento. Um grupo de semideuses mais novos acambaram encontrando e mostrando para Quíron. MUSE3 foi um desses semideuses.
MUSE4 tem muito interesse em lendas e mitologia, mas não tem muito conhecimento em criaturas mitos mais recentes. MUSE4 acredita piamente que algum dia tais seres vão aparecer por aí. E quem mais tem tanto conhecimento em lendas de internet quanto Rohan?
GRUPO DE D&D: Um grupinho de anos que se reúne para jogar Dungeons & Dragons. Eles já fizeram diversas campanhas diferentes, e ainda se reúnem para jogar de vez em quando. Eles sempre variam no papel de GM (Sem limite de membros no grupo). (@/stellesawyr)
Rohan e MUSE5 são parceiros de bebida, o único problema é que Rohan não bebe. Mas seu humor é tão influenciável que as pessoas acabam achando que ele também está bêbado.
Rohan nunca esteve em um relacionamento, mas já teve vários crushs ao longo do tempo no acampamento. MUSE6 é um deles. Theo ainda fica meio desconcertado com MUSE, mas jura que superou e que foi algo não correspondido. Ou será que foi?
ideias mais vagas:
Costumam treinar juntos
Clube do livro de terror
Não vão muito com a cara um do outro
Amigos que as pessoas acham que são um casal
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O estado é um dos maiores exemplos de ineficiência e desperdício. Funcionários públicos,que deveriam ser responsáveis por melhorar os serviços básicos à população, muitas vezes se envolvem em esquemas de corrupção,negligência e abuso de poder. As engrenagens do estado se movem lentamente, travadas por um sistema que privilegia a burocracia sobre a eficiência,e o cidadão comum é quem paga o preço,esperando meses, às vezes anos,por serviços básicos como saúde, educação e justiça.
Um dos inúmeros aspectos problemáticos é a maneira como o estado controla e manipula a sociedade. Em vez de promover a liberdade e a autonomia dos cidadãos,ele impõe normas e leis que favorecem uma moralidade opressora, especialmente em relação a questões de gênero,sexualidade e religião. A moralidade cristã,que está profundamente enraizada em muitos sistemas estatais,serve como uma forma de controle,limitando a liberdade individual e impondo padrões antiquados que sufocam o progresso social. Essa interferência do estado na vida pessoal dos cidadãos é uma forma de manter o controle,mascarada de "proteção moral" ou "bem comum".
o estado é responsável pela perpetuação das desigualdades sociais. As políticas públicas são desenhadas para manter uma estrutura de poder onde os ricos continuam a se beneficiar, enquanto os pobres são marginalizados. O sistema tributário é injusto,penalizando quem tem menos e favorecendo os mais ricos. As reformas que poderiam realmente trazer mudança são bloqueadas por interesses econômicos e políticos,mantendo o status. As áreas periféricas,onde vivem os mais vulneráveis,são abandonadas,e os direitos dessas pessoas são violados diariamente.
O estado é opressor,ineficaz e corrupto, funcionando como uma ferramenta de repressão e controle. O ódio ao estado não é irracional;é uma resposta natural à frustração e impotência diante de um sistema que serve a poucos e prejudica muitos. Enquanto o estado continuar a ser essa máquina de opressão,ele será merecedor do desprezo.
Para a classes trabalhadora o peso dos impostos é significativamente maior em relação à sua renda. Impostos sobre consumo,como o ICMS no Brasil,por exemplo,acabam penalizando mais quem tem menos,já que todos pagam a mesma alíquota ao comprar produtos essenciais,como alimentos e combustível. Isso significa que,proporcionalmente,os mais pobres entregam uma fatia maior de sua renda ao governo,enquanto as elites,com acesso a mecanismos de sonegação e planejamentos tributários complexos,conseguem driblar boa parte dessa carga.
Ao mesmo tempo,os grandes conglomerados empresariais e os super-ricos têm à disposição uma série de brechas legais e benefícios fiscais. Incentivos a grandes empresas,isenções e mecanismos de offshore são alguns dos exemplos que permitem que os mais ricos paguem proporcionalmente menos impostos do que o cidadão comum. Enquanto isso,os pequenos empreendedores e trabalhadores autônomos,que não têm os mesmos recursos para escapar dessas obrigações,são duramente afetados por impostos que minam sua capacidade de investir e crescer economicamente.
Outro ponto importante é que a arrecadação tributária é frequentemente mal utilizada. Em vez de retornar à população em forma de serviços de qualidade,como educação,saúde e segurança,os recursos são direcionados para sustentar uma classe política privilegiada. O Brasil,por exemplo,é um dos países com o maior número de parlamentares e servidores com salários e benefícios exorbitantes. Despesas como aposentadorias especiais,verbas indenizatórias,auxílio-moradia e outros privilégios são custeadas pelos impostos, enquanto os serviços públicos ficam em segundo plano. Isso gera uma sensação de injustiça,onde a população vê seu dinheiro sendo sugado para sustentar uma elite política que não entrega resultados à altura.
Além disso,o sistema tributário é marcado por uma complexidade que favorece apenas quem tem recursos para navegar nele. A burocracia fiscal é um obstáculo para pequenos negócios e cidadãos comuns,que enfrentam dificuldades para entender e cumprir suas obrigações tributárias. Enquanto isso,grandes corporações têm acesso a advogados e consultores que exploram essas complexidades para reduzir ao mínimo seus impostos. O resultado é um sistema onde quem mais paga é quem menos tem,enquanto os mais ricos e os políticos aproveitam-se das brechas.
A injustiça também se manifesta na forma como o Estado redistribui os recursos. Muitas vezes,o dinheiro arrecadado vai para grandes obras ou projetos que beneficiam uma minoria, enquanto áreas críticas,como educação e saúde em regiões periféricas,são deixadas de lado. Isso perpetua um ciclo de desigualdade,onde os mais pobres continuam sem acesso a serviços essenciais de qualidade,enquanto a elite vive de privilégios financiados pelos impostos pagos por todos.
Em suma,o sistema tributário atual é um instrumento de concentração de riqueza e poder nas mãos da elite e da classe política. A carga excessiva de impostos sobre as classes trabalhadoras,somada à má gestão e aos privilégios concedidos aos mais ricos, cria uma sociedade cada vez mais desigual. A população é forçada a sustentar um sistema que a explora, enquanto os poucos que estão no topo se beneficiam de isenções,brechas e políticas que mantêm suas riquezas intactas.
Os desvios de funcionários e servidores públicos são uma questão grave e complexa que afeta a confiança nas instituições e a eficácia dos serviços oferecidos pelo Estado. Esses desvios incluem práticas como corrupção,nepotismo, má gestão de recursos públicos e abuso de poder,todos resultando em prejuízos diretos à sociedade e à economia.
A corrupção é um dos desvios mais visíveis e prejudiciais dentro do serviço público. Ela pode se manifestar de diversas formas, como a solicitação de propinas em troca de serviços,o desvio de verbas públicas para enriquecimento pessoal e a manipulação de contratos públicos.
Outro desvio comum é o nepotismo,que ocorre quando servidores públicos contratam ou favorecem familiares e amigos em processos seletivos,promoções ou alocações de recursos. Isso resulta em uma cultura de favorecimento,onde a competência é muitas vezes ignorada em favor de laços pessoais. O nepotismo não apenas prejudica a moral dos trabalhadores competentes,mas também compromete a qualidade dos serviços prestados, uma vez que muitas vezes os favorecidos não possuem as qualificações necessárias para ocupar determinados cargos.
Funcionários e servidores públicos também podem se envolver em má gestão de recursos,que se manifesta na falta de planejamento,na utilização ineficiente de verbas ou na alocação inadequada de recursos. Isso pode ocorrer devido à falta de capacitação, motivação ou até mesmo à corrupção. A má gestão resulta em desperdício e,frequentemente,em projetos inacabados ou ineficazes,que não atendem às necessidades da população.
O abuso de poder é uma prática onde servidores públicos utilizam sua posição para intimidar,coagir ou prejudicar cidadãos. Isso pode incluir desde a aplicação arbitrária de multas até a criação de barreiras desnecessárias para o acesso a serviços públicos. O abuso de poder minam a confiança da população nas instituições e contribuem para a percepção de que o Estado é uma entidade opressora,em vez de um serviço público destinado a atender as necessidades da sociedade.
Um dos fatores que alimentam os desvios de funcionários públicos é a impunidade. Muitas vezes,os mecanismos de controle e fiscalização são insuficientes,o que permite que práticas corruptas e antiéticas permaneçam sem punição. Essa impunidade gera um ciclo vicioso,onde a falta de responsabilização encoraja novos desvios,tornando o ambiente público ainda mais suscetível à corrupção e ao abuso.
A corrupção,o nepotismo,a má gestão de recursos e o abuso de poder não apenas prejudicam a sociedade,mas também perpetuam a desigualdade e a injustiça. Assim, o ciclo de miséria perpetua a exploração e mantém o controle sobre as classes mais baixas,garantindo que elas não consigam crescer ou desafiar as estruturas de poder que lucram com sua condição.
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A causa e origem do exorsexismo.
Referência: Causa/origem do exorsexismo: a thread.
O exorsexismo, um subtipo de cissexismo, refere-se ao sistema que oprime pessoas não-binárias. Para compreender plenamente o exorsexismo, é essencial analisar suas origens históricas e estruturais. Esse sistema opressivo não apenas marginaliza identidades não-binárias, mas também reforça normas de gênero rígidas e tradicionais que têm raízes profundas na história da humanidade.
Origens históricas e estruturais
Por séculos, a sociedade impôs normas rígidas de gênero, perpetuando a ideia de que homens e mulheres possuem características fixas e imutáveis. Essa mentalidade discriminatória marginaliza e silencia as identidades não-binárias, negando-lhes espaço para existir e serem reconhecidas plenamente. A opressão de identidades não-binárias não é recente. Quando indivíduos europeus chegaram às Américas, encontraram comunidades indígenas com sistemas de gênero triplos, quádruplos e até quíntuplos. Essas organizações sociais foram brutalmente oprimidas, pois a elite europeia impôs seus próprios papéis sociais de gênero para facilitar a exploração e colonização.
O sistema sexo-gênero, que conceitua os indivíduos como “homem” e “mulher”, foi concebido com o objetivo de justificar determinadas explorações. Nesse sistema, o homem (branco, rico) ocupava o topo da hierarquia, com a mulher abaixo. Os papéis sociais de gênero obrigam as pessoas a se adequarem a um padrão, fazendo com que alguns indivíduos desenvolvam aversão a tudo que é diferente. A elite europeia garantiu que esse padrão fosse seguido em todas as suas colônias, pois a separação e desunião da classe explorada dificultava o processo de consciência e radicalização da mesma.
Exorsexismo no contexto atual
Atualmente, essas questões ajudam a manter estruturas de poder que perpetuam a opressão e exploração da classe trabalhadora como um todo, onde cada grupo minoritário é explorado com peculiaridades. No contexto exorsexista, essas explorações se referem ao reforço do binarismo de gênero. Esse binarismo se reflete na distribuição de papéis de gênero na sociedade, criando expectativas rígidas que marginalizam e excluem pessoas não-binárias. A divisão rígida do gênero é reforçada por instituições sociais como a família, educação, mídia e religião, perpetuando normas e estereótipos que encaixam os indivíduos em categorias restritas de acordo com seu sexo atribuído no nascimento.
O binarismo de gênero é utilizado para justificar desigualdades de gênero no sistema capitalista, através da desigualdade salarial, desvalorização do trabalho doméstico, limitação na carreira profissional, fermentação da cultura do estupro, discriminação com base em gênero, entre outros. A divisão rígida entre homem e mulher, masculino e feminino cria expectativas sociais que limitam a liberdade de expressão e perpetuam desigualdades, criando um ambiente hostil para qualquer expressão de gênero fora do padrão estabelecido. Pessoas não-binárias enfrentam desafios adicionais, sendo invalidadas, excluídas, marginalizadas e maltratadas.
O capitalismo lucra e controla os corpos das pessoas por meio de indústrias como a farmacêutica, que explora a medicalização de questões relacionadas à identidade de gênero e expressão. Pessoas não-binárias podem enfrentar barreiras ao acessar tratamentos de saúde adequados, reforçando a dependência de soluções médicas para se enquadrarem em padrões impostos. Outra forma de controle está relacionada ao acesso à reprodução e planejamento familiar, com políticas que restringem o acesso a cuidados de saúde reprodutiva com base em normas de gênero impostas.
A persistência além do capitalismo
A hierarquia de gênero, o patriarcado e as opressões de gênero são fenômenos que transcendem as fronteiras do tempo e do sistema econômico. Embora o capitalismo possa se beneficiar, amplificar e perpetuar essas formas de opressão devido à sua busca incessante por lucro e controle, sua queda não garantiria automaticamente o fim das desigualdades de gênero.
O patriarcado, como sistema social, político e cultural, estabelece uma estrutura de poder que coloca os homens no topo e as mulheres em uma posição de subordinação, reforçando estereótipos de gênero e limitando o acesso das mulheres ao poder, recursos e oportunidades, enquanto desconsidera outras identidades de gênero. Essa dinâmica não é uma criação do capitalismo, pois exemplos históricos de sociedades antigas, como a Grécia e Roma, demonstram a subjugação sistemática das mulheres, independentemente do sistema econômico em vigor.
Além disso, o patriarcado não se limita apenas à dicotomia homem e mulher, mas também inclui (ou melhor, exclui) pessoas não-binárias e com identidades de gênero que não se enquadram nos padrões culturalmente estabelecidos. Culturas indígenas na Índia e nas Américas, por exemplo, têm histórias de identidades de gênero não conformistas, como hijras e pessoas dois espíritos, que foram historicamente reconhecidas e respeitadas antes da colonização europeia. No entanto, essas identidades foram suprimidas ou ignoradas dentro do contexto eurocêntrico.
Conclusão
Para alcançar uma verdadeira igualdade de gênero, é necessário um esforço contínuo para desmantelar não apenas as estruturas econômicas opressivas, mas também as normas culturais e sociais que perpetuam o patriarcado e as hierarquias de gênero em todas as esferas da vida. Isso requer uma abordagem holística que reconheça e valorize a diversidade de experiências de gênero em todas as culturas e contextos históricos. A queda do capitalismo por si só não erradicaria automaticamente as dinâmicas de opressão de gênero e do patriarcado, sendo necessário um esforço contínuo para desafiar e transformar as normas de gênero e as relações de poder existentes. A verdadeira emancipação requer a construção de uma sociedade que valorize todas as identidades de gênero e que seja livre de todas as formas de opressão e desigualdade.
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