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Universidade de Buenos Aires aprova o uso da linguagem inclusiva com ‘e’
A Faculdade de Ciências Sociais desta universidade na argentina substituirá o "o" e "a" pelo "e" para erradicar a marca gramatical de gênero.
A Faculdade de Ciências Sociais da prestigiada Universidade de Buenos Aires (UBA) reconhecerá o uso da neolinguagem em 'e' - popularmente conhecida como linguagem neutra - nas produções feitas por alunes de graduação e pós-graduação, de acordo com uma resolução aprovada pelo seu Conselho de Administração.
Ao justificar a medida, es gerentes levaram em conta que "a linguagem com a qual nos comunicamos e nos relacionamos comporta sentidos que refletem as desigualdades de gênero, naturalizando a segregação, a discriminação ou a exclusão" .
A linguagem inclusiva de gênero busca erradicar o que é considerado como uso sexista da linguagem e propõe, por exemplo, erradicar a marca gramatical de gênero e o masculino universal, substituindo a letra "o" e o "a" pelo "e".
(Obs da MQ: substituindo por qualquer outra opção ou nem, focando principalmente em rever e desconstruir o uso normativo sexista e binarista da língua comum)
https://twitter.com/ubasociales/status/1156670552679092224
Este modo de falar, que não aprova a Academia Real, é cada vez mais difundido na Argentina , particularmente entre adolescentes e jovens que naturalizam seu uso, ainda sendo resistido por muitos adultos que o atribuem a um capricho.
A resolução assinada pelo decano da Faculdade, Carolina Mera, e o Secretário de Gestão Institucional, Javier Hermo, também confia à Subsecretaria de Políticas de Gênero da escola para implementar ações de treinamento e disseminação "para engajar a comunidade universitária" para se comunicar com um tratamento respeitoso sobre os direitos das mulheres, da diversidade sexual e de gênero " .
É a primeira vez na Argentina que essa linguagem é reconhecida para uso acadêmico. A Faculdade de Ciências Políticas da UBA tem cerca de 25.000 alunes.
youtube
A resolução foi assinada em 2 de julho, mas só foi conhecida nas últimas horas após sua publicação oficial no site da instituição.
Fonte:https://peru21.pe/
Editado e Postado por Dani B. Medrado Camel
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Países americanos já reconhecem os direitos das pessoas não-binárias e Intersexo
No total 6 Países já reconhecem a existência e o direito das pessoas não-binárias de gênero e intersexo em algum grau (em colorido)
Desde 2015 temos acompanhado um grande aumento no debate sobre não binariedade de gênero e intersexualidade (intersexuação). E de lá pra cá a América têm dados passos significativos para o reconhecimento legal e pleno da não-binariedade de gênero e demais dissidências. O processo de reconhecimento da identidade de gênero não-binária e dos corpos intersexo também têm levantado diferentes tipos de debates, como um terceiro marcador de gênero e sexo em documentos pessoais.
Se a 20 ou 10 anos atrás, estávamos além da margem da sociedade, muitas das vezes vivendo atrás de máscaras, e quase não se falava sobre a gente, hoje podemos dizer com toda convicção de que somos resistência e nossa existência é válida. Estimando que fecharemos a década de 2010 com o maior número de conquistas para a comunidade LGBTQIAPN+, especialmente para comunidade trans, intersexo e não-binária que nos últimos anos deram saltos quantitativos na história na busca de mais direitos e dignidade.
Na América do Sul e Central a luta ainda é pequena se comparada com o hemisfério norte, onde 2 dos maiores países do mundo e do continente já reconhecem em algum grau a existência das pessoas trans, não-binária e intersexo. Mas ainda há exemplos importantes na América do Sul.
O Uruguai foi o primeiro país da América do Sul a criar uma legislação sobre identidade de gênero. E Ano passado a Câmara de Deputades do Uruguai aprovou, no dia 19 de Outubro, uma lei integral para pessoas trans. Essa Nova legislação estabelece várias medidas em combate a discriminação, a exclusão, e garantia de direitos humanos básicos para a população trans/não-binária, como reparação histórica. Medidas essas que inclui também o reconhecimento de outras identidades, fora as identidades de gênero binária. A nova lei permite que as pessoas alterem seus dados pessoais, como de gênero e sexo por via administrativa, de forma autônoma, incluindo a possibilidade de marcar um outro gênero além dos binário conforme o requerimento da pessoa, sem a necessidade de laudos e comprovação. O mesmo para acesso à saúde, cirurgias e TH. O Uruguai além de tentar reconhecer a existência das pessoas não-binárias de gênero e demais identidades, também proibiu procedimentos médico desnecessários em bebês, crianças e adolescentes intersexo sob a lei da violência com base em gênero e sexo, dando um passo importante na luta pela integridade física e autonomia corporal das crianças.
Foto: Uruguai
No Chile a questão ainda é complicada se pensarmos que em 2015, por um breve momento, o Chile se tornou o SEGUNDO PAÍS NO MUNDO a proteger crianças intersexo de intervenções médicas invasivas e desnecessárias, depois de Malta. No entanto os regulamentos foram todos substituídos no ano seguinte por uma Circular que infelizmente, rescindiu a circular anterior, citando uma declaração clínica de “consenso” de 2006. Em particular, a nova circular permite intervenções cirúrgicas para tornar os genitais infantis mais típicos, apesar da falta de evidências em apoio a tais intervenções, e muitas evidências de danos a longo prazo. A declaração clínica de 2006 permite cirurgias precoces para controlar o “sofrimento dos pais” e alegações de potencial confusão de identidade de gênero. O Chile também não oferece proteção legal à essas pessoas nem reconhece de forma plena um terceiro gênero e sexo. Ainda assim emite certidões de nascimento com marcador de sexo "indefinido" para algumas crianças intersexo. Após cinco anos de debate no Congresso, em 5 de setembro de 2018, o Senado aprovou o projeto de lei que reconhece e protege o direito à identidade de gênero por 26 votos a favor e 14 contra. Em 12 de setembro, a Câmara des Deputades fez o mesmo com 95 a favor e 46 contra. Em 25 de outubro de 2018, o Tribunal Constitucional declara a constitucionalidade da lei aprovada. Em 28 de novembro de 2018, o presidente Sebastián Piñera assina e promulgou a lei. Em 10 de dezembro de 2018, a lei é publicada no Diário Oficial .
"Sem mutilação genital intersexo" Foto: Camilo Godoy Peña que apresentou uma carta à presidente do Chile, Michelle Bachelet, sobre o Dia da Conscientização Intersex em 2015.
Em novembro de 2018, na província de Mendoza, que fica cerca de mil quilômetros de distância da capital Buenos Aires, aconteceu a primeira emissão de certidão de nascimento sem gênero da história da Argentina. Uma pessoa não-binária teve por meio do acesso à Lei de Identidade de Gênero 26.743 (sancionada na Argentina em 2012), a vitória em um processo para o reconhecimento de sua identidade como uma pessoa não-binária. Foi Gerónimo Carolina González Devesa, de 32 anos, médique e agênero que possibilitou esse momento histórico para nós.
Foto de Gero Caro em entrevista a La Nación na sua casa “na encantadora e tranquila cidade de Chacras de Coria”
Gero Caro consultou Eleonora Lamm que é subdiretora de Direitos Humanos da Suprema Corte de Justiça de Mendoza. Lamm deu-lhe a chave para começar com um processo burocrático que estabeleceria um precedente histórico: legalmente, não poderia ser identificado como nem um e nem outro. São três pilares que atravessam a argumentação do reconhecimento da sua identidade de gênero: o livre desenvolvimento da pessoa conforme sua identidade de gênero, o direito de ser tratade de acordo com sua identidade de gênero e, em particular, ser identificade desse modo nos instrumentos que creditam sua identidade. “Primeiro fomos ao registro civil para preencher o formulário. O registro civil põe os nomes que a pessoa elege como primeiro nome e, onde diz sexo, diz que não quer consignar nenhum, como está autorizado pela Lei de Identidade de Gênero, no art. 2”, disse Geronimo ao LATFEM. Lamm, a partir daí, como vice-diretora de Direitos Humanos da Corte de Mendoza, elaborou uma opinião explicando como a Lei de Identidade de Gênero não apoia uma concepção binária de identidade, permitindo a aprovação de um para outro, mas que possibilita a experiência individual interna de gênero de cada pessoa. Isto é, permite tantos gêneros quanto identidades, e identidades como pessoas. “Com essa opinião, todo um processo começou dentro do Código Civil, onde o interrogatório, as reuniões, as negociações começaram e isso foi para o governador, que tomou a decisão”, disse a autoridade ao LATFEM
“Muitas pessoas se perguntam com que idade eu vou me aposentar e esses tipos de coisas. Daqui pra frente teremos que colocar uma única idade de aposentadoria ou repensar a questão das cotas para finalizar essas questões. O binarismo marca uma diferença, que uma coisa é oposta da outra; quando a realidade é que somos todes iguais” diz éle a Los Andes.
Foto: Gerónimo Carolina González Devesa feliz com seu novo documento
Outro marco histórico na Argentina se deu no inicio deste ano. Lara María Bertolini, de 48 anos, também entrou na Justiça pedindo que respeitassem sua verdadeira identidade de gênero em sua certidão de nascimento e sua DNI: feminilidade travesti. A juíza Myriam Cataldi considerou que a Lei de Identidade de Gênero aplicava-se ao caso de Bertolini, citando uma das definições de identidade de gênero. Em uma decisão inédita na cidade de Buenos Aires, a juiza disse que "no campo reservado para o sexo, deve ser consignado 'feminilidade travesti', em vez de 'feminino'". Além disso, o Registro Civil foi ordenado a resolver esses casos por via administrativa, colocando uma multiplicidade de marcadores como opções de gênero.
“Muitos dos conceitos relacionados ao gênero que são usados nas culturas ocidentais são baseados em uma concepção binária do sexo, que considera que existem dois pólos opostos: homem e mulher, masculino e feminino, fêmea e macho. Não há dois gêneros que correspondam a dois sexos, existem tantos gêneros quanto identidades e, portanto, tantas identidades de gênero quanto pessoas ", disse a juíza Myriam Cataldi na decisão
Foto: Lara Bertolini discursando em um protesto. Ela é uma ativista travesti e participa do Coletivo Lohana Berkins
Já o tribunal constitucional da Colômbia. restringiu a capacidade de médiques e parentes permitir cirurgias cosméticas não consensuais em crianças intersexo. Em quatro decisões separadas, os tribunais determinaram que os procedimentos de “normalização” de sexo não podem ocorrer sem o consentimento informado da própria criança. Na Colômbia também , o referido decreto de 2015, 1227, permite mudar o marcador de gênero apenas com uma exigência administrativa e sem requisitos médicos específicos. Este procedimento pode ser feito duas vezes na vida, com 10 anos de diferença. Inclusive menores de idade podem solicitar a ação porém sem muita autonomia.
No Brasil não há nenhum tipo de reconhecimento e só recentemente, e com muita dificuldade ainda, pessoas trans-binárias puderam garantir o direto de retificarem seus documentos sem laudos e outros tipos comprovações abusivas, através de uma decisão histórica do STF (Supremo Tribunal Federal) em Março de 2018. O máximo que se chegou perto foi o projeto de Lei de Identidade de Gênero João W. Nery ( PL 5002/2013 de autoria des Dep. Jean Wyllys e Érika Kokay), e mais recentemente no estado de Minas Gerais um projeto de lei (PL 136/2019 de autoria do Dep. Alencar da Silveira Jr.do PDT) que autoriza os cartórios competentes a emitir certidão de nascimento com a inserção do gênero X, bem como a alterar o gênero na certidão de nascimento a pedido de declarantes, sem a necessidade de laudo médico. Texto Original
Foto: A militante travesti Anny Lima, que alterou seus documentos somente aos 60 anos, segurando a bandeira do orgulho trans.
O Canadá, apesar de sua fama de país progressista pelo mundo a fora - e com razão - ainda não reconhece por todo território a não-binariedade de gênero em documentos oficiais. Mas, a não-binariedade ainda sim é reconhecida no país. Isso porque o sistema político do Canadá funciona de uma forma muito diferente do que costumamos a pensar: as províncias possuem muita autonomia sobre leis. Em resumo, Ontário, Terra Nova e Labrador e os Territórios do Noroeste são uma das principais referências no reconhecimento ou pelo menos discussão do assunto. Em 2016 o governo, de uma das dez províncias do Canadá, Ontário, anunciou mudanças na forma como o sexo e gênero seria exibido nas carteiras de saúde e motorista. E em Junho do mesmo ano, Ontário excluiu qualquer tipo de designação "sexual" das carteiras de saúde. No início de 2017 motoristas de Ontário passaram a ter a opção de marcar um "X" como um identificador de gênero em suas carteiras. Em Julho de 2017 os Territórios do Noroeste passaram a emitir certidões de nascimento com uma opção não-binária no marcador de gênero, o "X" também . Já na província de Newfoundland and Labrador a reviravolta foi o seguinte: Gemma Hickey, que é um ativista e advogade não-binárie de gênero, em junho de 2017 entrou na justiça solicitando uma nova certidão de nascimento pois Hickey se recusou a marcar as caixinhas M e F como definidores de seu gênero. Pegou uma caneta fez um rascunho na identidade e mostrou como queria que fosse feita. Hickey fez isso por meio da Lei Canadense de Direitos Humanos e a Carta Canadense de Direitos e Liberdades. E não é que o governo da província aceitou sem problema nenhum? Sim. A missão de Hickey era desafiar a lei de estatísticas vitais de Newfoundland. Mas como informa a CBC News, a província emendou a Lei de Estatísticas Vitais para adicionar uma opção de gênero adicional ao pedido de certidão de nascimento. A caixa vêm com o popular “X” e uma seção para especificar qual gênero/sexo. E em Dezembro do mesmo ano Hickey se apresentou aos estabelecimentos requeridos e recebeu sua nova certidão de nascimento se tornando a primeira pessoa do Canadá a ter uma certidão de nascimento não-binária na história.
O Canadá em geral também permite o marcador de gênero "X" para passaportes, e recentemente foi noticiado que o país deve incluir um terceiro gênero em censos oficiais que já estão sendo testados. Ainda, infelizmente, peca muito em relação as pessoas intersexo como outros países, mas o país foi o primeiro a registrar uma criança, Searyl Atli Doty, com marcador de gênero/sexo “U” (aparentemente de neutralidade) em sua carteira de saúde, na Colúmbia Britânica. O pai, Kori Doty, que é uma pessoa não-binária, queria dar à criança a oportunidade de descobrir sua própria identidade de gênero . A província recusou-se a emitir uma certidão de nascimento à criança sem especificar feminino ou masculino; Kori entrou com um desafio legal. Kori Doty e outras sete pessoas trans e intersexo entraram com uma ação de direitos humanos contra a província.
Nos Estados Unidos já se somam 11 estados com jurisdições e legislações em pró da população trans, não binária e intersexo. Legislações que vai de carteira de motorista à um reconhecimento legal e amplo de 1 marcador de gênero unificado ou variados para pessoas não-binárias e ademais. Entre esses Estados estão os estados de Arkansas, Califórnia, Colorado, Washington, Maine, Minnesota, Nova York, Ohio, Oregon e Utah. São 11 de 50 estados. E no momento pode parecer muito pouco mas devemos considerar que esses números surgiram muito recentemente, de 2016 pra cá, o que mostra a rapidez com que isso vêm acontecendo e como os números podem crescer mais e mais daqui pra frente, mesmo com uma administração conservadora com a população trans, não-binária e intersexo de Donald Trump. Entre esses Estados vale destacar a Califórnia, que em Setembro de 2017 aprovou uma legislação reconhecendo a não-binariedade de gênero, com um terceiro marcador de gênero nas certidões de nascimento, carteiras de motorista e carteiras de identidade em geral. O projeto de lei, SB 179, também acabou com os requisitos de laudo médico e audiências obrigatórias para o requerimento de mudança de gênero para pessoas trans. Quase como a lei integral do Uruguai.
Foto: Toni Atkins (San Diego) e Scott Wiener (São Francisco) senadorés autores da lei SB 179, que o governador Jerry Brown assinou em outubro. No Escritório do Estado Senador Toni Atkins.
Em agosto de 2018, no estado da Califórnia, o SCR-110 solicitou a criação de uma política clara que incentivasse o atraso dos procedimentos estéticos até que a pessoa intersexo tivesse idade suficiente para tomar uma decisão consensual. o SCR-110, se tratta de uma resolução aprovada pelo estado da Califórnia em agosto de 2018, foi a primeira legislação na história dos EUA a identificar os danos das intervenções médicas não consensuais em pessoas intersexuais. A resolução não vinculante, de autoria do interACT, Equality California , e do Senador do Estado da Califórnia, Scott Wiener , conclama a profissão médica a seguir as diretrizes internacionais de direitos humanos e adiar procedimentos não consensuais que afetariam a função sexual futura de uma pessoa - como vaginoplastias, orquiectomias, e reduções clitoridianas - até que ela possa participar da decisão. Representa um primeiro passo histórico em direção a políticas que centralizam os direitos e vozes dos intersexuais. Outros estados em reconhecimento e proteção legal das pessoas intersexo estão Washington D.C., New York, Ohio, Oregon, Utah, Washington State, New Jersey e Colorado.
O ‘X’ da questão
Muitas dessas aplicações são questionáveis, e muitas nem se quer estão de acordo com nossas identidades e corpos, como o uso do X que indica uma nulidade. Por isso a importância da atenção e o diálogo das autoridades e profissionais com a nossa comunidade. Em 2018 tivemos mais casos do que anos anteriores. Se seguirmos no mesmo ritmo, em 9 ou 8 anos, mais da metade do território estadunidense terão reconhecido legalmente a não-binariedade em algum grau. E na América em geral serão 18 países aproximadamente de 35 países que compõe as Américas. E em 2031? Ou 2050? Será se estaremos olhando para esse passado, como quem olha uma má relíquia?
Texto por Dani Camel
Publicação para Mídia Queer
(@rexistencianaobinaria)
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Pessoas trans em projeto da Nasa: No Brasil me desrespeitam; nos EUA faço satélite
(Imagem: Vivian Miranda é pesquisadora da Universidade do Arizona. Arquivo pessoal)
Em conversa com a Universa UOL, a carioca Vivian Miranda conta um pouco de sua história como a única brasileira trans em um projeto com a Nasa em que desenvolve um foguete avaliado em US$ 3,5 bilhões (R$ 13 bilhões). É também a primeira pessoa trans a fazer pós-doutorado em astrofísica na Universidade do Arizona, onde estuda atualmente.
Vivian passou a transicionar a partir de 2016: gradativamente. Até mudar de nome. Na época, fazia o pós-doutorado na Universidade da Pensilvânia - sim, ela fez dois pós docs. Um ano depois, foi conversar com o chefe do departamento de física, onde estudava, sobre sua identidade de gênero. "Falei que queria mudar meu nome e usar o banheiro correspondente à quem eu sou. Ele disse que não tinha problema algum e que iria providenciar a sinalização adequada e discretamente conversar com meus colegas de trabalho", conta Vivian.
A astrofísica compara a visão das universidades americanas com o assunto à maneira como se fala do tema da identidade de gênero no Brasil - chamado de "ideologia" e de "doutrinação ideológica" pelo presidente Jair Bolsonaro. "Há o discurso de que a academia brasileira é ideologizada, de que lidar com transexualidade e abrir caminho para pesquisadores e professoras trans é uma patologia brasileira. A maneira como fui tratada nos Estados Unidos mostra que o respeitar pessoas trans é só uma questão de civilização."
Leia um pouco do relato de Vivian à Universa:
"Fiz a graduação e o mestrado em física na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) de 2003 a 2010. Na época, ainda me chamava Vinicius. Não é um problema para mim falar do meu nome de registro. Tenho muito orgulho do que fiz como Vinicius; mas esse tempo passou. Hoje me chamo Vivian, sou pesquisadora do departamento de astrofísica da Universidade do Arizona, e única brasileira em um projeto com a Nasa para construção de um satélite. Ele se chama WFirst, tem previsão de lançamento para 2025 e deve ficar cinco anos no espaço, em um ponto localizado atrás da Lua, capturando imagens. Eu faço estudos que simulam como o satélite pode ter mais potencial de descobertas. Integro um grupo de pesquisa liderado pelo físico Adam Riess, ganhador do Nobel de 2011.
Desde criança eu tinha consciência de que queria mudar de gênero.
Em 2016, comecei minha transição social gradual. Primeiro nos arredores de casa, expandindo pouco a pouco para meu bairro. Eu ia devagar, com roupas neutras e maquiagem leve. Às vezes um batom. Tudo planejado. No trabalho eu chegava com uma maquiagem leve, deixava as pessoas olharem e depois ficava alguns dias sem maquiagem nenhuma. Aí usava um brinco, tudo com delicadeza e cuidado.
Minha abertura para a academia como um todo também ocorreu em dezembro de 2017, numa séria de e-mails para colaboradores e alunos mais próximos. O diretor do departamento de física da Universidade da Pensilvânia, quando soube, colocou cartazes nos banheiros dizendo que cada um usaria o sanitário de acordo com sua autoidentificação.
("Ninguém jamais ousou opinar sobre a velocidade e a intensidade da minha transição", diz Vivian sobre tratamento dos colegas americanes)
Todes me apoiaram, desejaram felicidades na nova caminhada e continuaram a conversar e a trabalhar comigo normalmente. Ninguém jamais ousou opinar sobre a velocidade e a intensidade da minha transição. Esta era uma decisão pessoal e o papel deles era respeitar minha identidade gênero. Em junho de 2018, seis meses após minha abertura para academia, eu já era tratada como Vivian 100% do tempo, sem qualquer erro ou deslize.
"Colegas no Brasil me deixaram desconfortável"
No Brasil, tudo foi mais difícil. Ans pesquisadores com es quais trabalhava ficaram muito surpreses e externaram esse sentimento de um modo que me deixou desconfortável. Hoje em dia todes me apoiam abertamente, mas é importante enfatizar a diferença do tratamento inicial com relação ao que ocorreu nos Estados Unidos... Fiz concursos em universidades brasileiras e meu nome social não foi respeitado nos documentos.
Em fevereiro de 2019 eu participei de um concurso para a Universidade de Duke, nos Estados Unidos, e o tratamento foi o oposto. Eu fui entrevistada por mais de vinte professores, mas apenas uma única pessoa do RH tinha acesso ao meu nome de registro. Para todos os efeitos, o nome da candidata era Vivian Miranda e ponto final.
Fonte: Universa
Editado e postado por Dani Camel
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Matheusa, estudante da Uerj desaparecida foi assassinada em favela da Zona Norte do Rio
Investigações mostram que Matheusa Passarelli foi assassinada ao entrar no Morro do 18. Polícia investiga se jovem, sumida desde domingo (29), teria sido queimada por traficantes.
A Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) da Polícia Civil do Rio concluiu que a estudante Matheusa Passarelli, que estava desaparecida desde 29 de abril, foi assassinada.
De acordo com as investigações, a aluna da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), de 21 anos, trans não-binária, foi morta por integrantes de uma facção criminosa ao entrar no Morro do 18, em Água Santa, na Zona Norte do Rio. O motivo do crime ainda é investigado.
A policia consideram que há "fortes indícios" de que o corpo do estudante tenha sido queimado.
Neste domingo (6), o irmão dela escreveu um desabafo em uma rede social sobre a morte da estudante de artes visuais. No texto, ele diz que Matheusa, foi "executada".
"A angústia se transformou no trabalho compartilhado de encontrar a pessoa que mais amei e acompanhei durante a vida. Infelizmente as últimas informações que chegaram até nós e até a instituição pública que está desenvolvendo o processo de investigação demonstram diferentes faces da crueldade a qual estamos submetidos", escreveu.
A jovem estava desaparecida desde a madrugada de domingo (29), após deixar uma festa de aniversário na Rua Cruz e Souza, no bairro do Encantado, Zona Norte carioca.
A última informação chegada ao Disque Denúncia dizia que Matheusa havia sido vista por volta das 19h30 daquele domingo, em Piedade, também na Zona Norte do Rio. A jovem vestia, na ocasião, bermuda, camiseta e chinelo.
Após cerca de quatro dias após o desaparecimento, o Portal dos Desaparecidos divulgou um cartaz pedindo informações a respeito da localização da estudante.
Os investigadores dizem que a morte de Matheusa aconteceu por volta das 2h30 de domingo.
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Câncer de mama: pessoas trans também precisam se prevenir
Assunto pouco abordado pelas políticas públicas voltadas à população LGBT vira algo de debate na comunidade acadêmica
Câncer de mama é uma doença associada predominantemente à população de mulheres cisgêneras. A ligação não ocorre à toa: são quase 60 mil mulheres cis diagnosticadas anualmente, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca).
Por força do hábito ou desconhecimento, esquecemos que pessoas trans têm glândulas mamárias, produzem testosterona e estrogênio, e também podem ser acometidos pela neoplasia (1% do total desses diagnósticos diz respeito a indivíduos com sistema reprodutor testicular, segundo o Inca).
Pessoas trans, transexuais ou transgêneros precisam ficar atentas à doença. O médico radiologista Luciano Chala explica a necessidade de se analisar separadamente o histórico de vida da pessoa no tocante à prevalência do câncer de mama.
“Mulheres trans passam por terapia hormonal para obtenção da mama com aspecto feminino. O uso de hormônio instiga um questionamento sobre eventual aumento do risco de câncer na região – o regime conduz ao desenvolvimento de um tecido com ductos e ácinos idênticos ao da mama biologicamente feminina”, explica.
Estudo publicado no periódico The Journal of Sexual Medicine acompanhou 2.307 mulheres trans que receberam terapia hormonal. A conclusão aponta: as incidências de carcinoma de mama são comparáveis aos cânceres que acometem em pessoas testiculadas.
Assim, os pesquisadores apontam que o tratamento hormonal em indivíduos trans não estaria associado a um aumento considerável do risco de se desenvolver tumor de mama maligno. “A ocorrência foi de 4,1 a cada 100 mil casos, superior à incidência em homens cisgênero (1,2 diagnósticos para cada 100 mil pessoas) e muito distante da reportada em mulheres (170 registros/100 mil indivíduos)”, analisa Chala.
Já o mastologista Guilherme Novita Garcia, membro da Sociedade Brasileira de Mastologia, fala sobre a necessidade de existir mais estudos a respeito do assunto.
“Nenhuma pesquisa na área médica mostra se é mais fácil ou difícil rastrear câncer de mama em pessoas trans. Ninguém sabe se esses homens e mulheres devem realizar exames de rotina como mulheres cis. Algumas mulheres trans não têm mamas, mas desenvolvem algo parecido. Já os homens trans que optam por não tirar as glândulas precisam fazer acompanhamento normalmente”, explica.
“Temos pesquisas mostrando como a terapia de reposição hormonal durante a menopausa aumenta a incidência de câncer de mama. Ou seja, a mulher trans faz uso de hormônio feminino, e isso também poderia ampliar o risco. Infelizmente, essa população não vem sendo amplamente estudada”, continua Novita.
Dificuldades de diagnóstico
A falta de informação é uma das principais barreiras para detecção da doença. O radiologista Luciano Chala pondera sobre as consequências da falta de suporte que a população trans enfrenta. “Em busca de formas mais baratas, muitas mulheres usam óleos minerais ou parafina para aumentar as mamas. Isso prejudica e até impossibilita o uso da mamografia e da ultrassonografia no rastreamento”, diz.
Já em homens trans, o tórax com aspecto masculino é obtido por meio da mastectomia subcutânea, proporcionando uma redução do risco de câncer de mama – porém não anulando a possibilidade de a doença se desenvolver, uma vez que há pequena quantidade de tecido residual.
Não é necessário realizar rastreamento com métodos de imagem, mas se sugere o autoexame periódico, bem como atenção ao surgimento de nódulos ou secreção sanguinolenta. A avaliação regular é indicada apenas para subgrupos de risco, como pacientes com mutação no gene BRCA 2, síndrome de Klinefelter ou histórico familiar da doença.
Tratamentos e cura
Assim como qualquer paciente com diagnóstico de câncer, pessoas trans precisam buscar imediatamente a melhor forma de se tratar. Para o mastologista, as chances de cura são iguais às das pessoas cis, variando de acordo com o tamanho do tumor e o número de gânglios comprometidos.
“Como a maioria dos trans não sabe sobre a chance de ter câncer de mama, grande parte dos casos é diagnosticada tardiamente. Eles não procuram um especialista quando os primeiros sintomas surgem. Ou seja, ao se identificar o problema, muitas vezes o tumor já está em estágio avançado e com prognóstico comprometido”, diz.
Para pessoas trans optantes por não retirar a mama, a recomendação é igual ao indicado às mulheres cis: mamografia anual a partir dos 40 anos. As que retiraram os seios precisam ficar alertas e, caso um nódulo apareça, procurar um médico. Pessoas trans em terapia hormonal com desenvolvimento de tecido mamário ou que tenham colocado prótese mamária devem buscar orientação profissional.
Tumor x terapia hormonal
“É preciso parar com os hormônios durante o tratamento de tumores. Mulheres cis, por exemplo, interrompem o uso de anticoncepcional. Homens cis não devem de forma alguma usar anabolizantes (mesmo saudáveis). As mesmas orientações se aplicam à população trans”, explica Guilherme Novita Garcia.
No entanto, um acompanhamento psicológico é imprescindível para o paciente entender: saúde em primeiro lugar.
“É complicado para as pessoas trans, pois elas conseguem com muito custo iniciar a terapia hormonal e, justo quando estão em direção a seus objetivos de se reafirmarem perante a sociedade, têm que a interromper. Mas não vale o risco, e a vida é mais importante”, explica o psiquiatra Nicolas Câmara, da Estratégia Saúde da Família e atuante na Resillia – Atendimento em psiquiatria, psicoterapia e consultoria em dependência química, saúde trans e transição de gênero, no Centro do Rio de Janeiro.
O médico acredita na importância das políticas públicas sobre o tema e da capacitação de especialistas em pessoas trans. Por outro lado, muitas pessoas trans só procuram médicos para terapia hormonal e se esquecem dos outros cuidados com o corpo.
“O Ministério da Saúde e as secretarias precisam abordar essas questões nas cartilhas voltadas à população LGBT. Mulher lésbica precisa do exame preventivo de colo do útero, homem trans também; mulher trans precisa realizar o exame de toque aos 50 anos, assim como homem gay”, defende.
Matéria revisada e reeditada: Luci Universo
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Mulheres indígenas trans encontram refúgio nas fazendas de café na Colômbia
"Eu senti que era diferente quando tinha 12 anos. Eu gostava de usar vestidos e brincar com as meninas", diz Angélica, uma das agricultoras. Aos 15 anos, ela deixou sua aldeia natal para trabalhar nas plantações de café em Risaralda. FOTO DE: LENA MUCHA ( VER GALERIA DE FOTOS )
As plantações proporcionam a elas um espaço para expressarem abertamente suas identidades de gênero, livres do assédio que muitas vezes enfrentam em suas próprias comunidades.
Nas profundezas das montanhas verdejantes de Eje Cafetero, região colombiana ocidental repleta de fazendas de café, um grupo incomum de indivíduos cuida de algumas plantações.
Quando esses trabalhadores indígenas Emberás terminam seus dias, eles voltam para os dormitórios. Lá, colocam maquiagem, jóias e roupas femininas tradicionais para combinar com sua verdadeira identidade.
Por serem transgênero, essas mulheres não são aceitas em suas próprias comunidades. Elas são frequentemente punidas ou forçadas a deixarem suas aldeias, mesmo que tenham família e crianças. Mas nessas fazendas de café, as mulheres dizem que se sentem reconhecidas pelo que são.
Yuliana e suas colegas de trabalho voltam para seus dormitórios depois de trabalhar nos campos de café. FOTO DE LENA MUCHA
Lena Mucha, fotógrafa e antropóloga social de Berlim, foi abordada por um jornal colombiano local com uma ideia para uma reportagem sobre as mulheres.
"Já trabalhei com comunidades indígenas antes, mas nunca soube desse assunto e achei muito interessante", diz Mucha.
Quando pesquisou as mulheres indígenas trans na Colômbia, encontrou muito pouca informação: apenas alguns artigos curtos foram escritos sobre o assunto. Além disso, não havia nenhuma organização sem fins lucrativos defendendo-as.
“Até mesmo para organizações que trabalham com comunidades indígenas, é algo totalmente novo”, diz Mucha.
Ela partiu, então, para encontrar essas mulheres e contar suas histórias, dirigindo pela região em uma motocicleta. Foi difícil no começo, por causa da relativa reclusão dessas mulheres e de sua tendência a ir de fazenda em fazenda em busca de trabalho.
"Eu sei que na Colômbia ser transexual é muito difícil", diz Mucha. “É um país muito conservador. A conscientização LGBTQ é algo que está acontecendo devagar nas grandes cidades, como Bogotá. Quando se trata de aldeias e comunidades indígenas, eles veem isso como uma doença que vem do homem branco. Não há compreensão do por que isso pode acontecer e que é algo normal ”.
As fazendas de café são uma fuga para essas mulheres indígenas trans. Elas trabalham nos campos durante o dia e podem se vestir como gostariam durante o tempo livre, sem punição ou assédio. Mucha diz que os agricultores alegam que gostam de contratar as mulheres porque elas não reclamam. Elas são fortes, trabalhadoras e baratas, a maioria faz cerca de 100 mil pesos colombianos, ou cerca de R$ 125, a cada semana.
A maioria dessas mulheres vem de regiões diretamente ao redor das fazendas ou de locais vizinhos. O trabalho é muitas vezes o único emprego que podem encontrar, e as fazendas fornecem dormitórios e alimentos básicos no local.
"Em suas comunidades, elas não podem viver suas identidades de gênero, por isso estão realmente procurando uma maneira de sair de lá", diz Mucha.
Angélica, uma das mulheres que Mucha conheceu enquanto estava na fazenda, diz que não voltará a sua comunidade.
"Aqui posso finalmente ser quem sou e viver minha identidade", disse Angélica a Mucha.
Elas são reservadas, mantendo distância dos outros trabalhadores indígenas nas fazendas. Muitas não falam espanhol e são socialmente reservadas por causa do preconceito que enfrentaram, então Mucha diz que era difícil conhecê-las.
"Passei alguns dias em uma fazenda", diz . “Era uma das maiores fazendas de café. Eu fui no primeiro dia, tirei algumas fotos, imprimi e trouxe para elas. Isso realmente deu início ao relacionamento que tivemos e as fez confiar em mim.”
Em um sábado, Mucha acompanhou algumas das mulheres a Santuario, um vilarejo próximo onde costumam gastar parte de seu dinheiro em coisas como maquiagem e jóias. Lá, ela viu em primeira mão o assédio que as mulheres enfrentam das pessoas em suas próprias comunidades.
“Houve uma situação em que outros indígenas estavam começando a conversar com elas, provocando-as ou intimidando-as, dizendo: 'O que você está fazendo aqui?'” informa Mucha. "Eu pude ver como elas teriam sido tratadas em suas aldeias."
Durante o tempo livre, quando os trabalhadores rurais passam a aparecer como mulheres, Mucha diz que se transformam totalmente.
"Elas eram mulheres fortes", diz ela. “Eu acho que estavam realmente curtindo suas vidas lá. Para elas, é como a liberdade e elas podem se expressar. Ninguém as está incomodando."
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Gol tem primeira comissária de bordo trans do Brasil
A empresa Gol inovou ao trazer uma comissária de bordo transgênero em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, nesta quinta-feira (08), durante o voo número 1020 que fazia o eixo São Paulo-Rio de Janeiro, no qual apresentava uma tripulação totalmente feminina.
De acordo com a Gol, Nicole Cavalcante, de 34 anos, é a primeira mulher trans no Brasil no cargo que exerce há oito anos. Há quatro anos se descobriu trans após passar por uma crise de depressão. Passou por um tratamento durante três anos, período no qual decidiu afastar-se do trabalho, e há seis meses retornou já com a nova imagem.
“Antes de voltar a voar, trabalhei internamente [na área administrativa] porque estava trocando a minha documentação. A empresa ainda estava meio sem saber como fazer porque era o primeiro caso, mas foi tudo feito da melhor forma”, disse ela em entrevista ao UOL.
Além de Nicole, outras duas mulheres trans exercem funções na companhia aérea, porém, não como comissárias. “Quem não sabe da minha história nem percebe. Para quem sabe eu sou super bem aceita”, contou.
Apesar da conquista, Nicole reconhece que o mercado de trabalho não é tão solícito para as pessoas transgêneros. “A gente tem qualificação profissional e capacidade para exercer qualquer profissão. Só que, infelizmente, o preconceito das pessoas acaba deixando a gente de lado”, lamentou.
#trans#lgbt#lgbtqiap#lgbtq#lgbti#transgender#transgenero#mqdiversidade#mqbrasil#gol#empregabil#emprego
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Universidade Federal do Sul da Bahia terá cota para estudantes trans e travestis
A Universidade Federal do Sul da Bahia anunciou no último mês que terá uma cota para estudantes trans dentre as 280 vagas em graduações. O ingresso é para o segundo semestre letivo de 2018. A criação das cotas segue o a motivação e o modelo de outras reservas de vagas, como para indígenas e quilombolas, quando não há representatividade entre os selecionados. Cada um dos grupos tem direito a uma vaga em cada colégio universitário. O processo é para a Área Básica de Ingresso das Licenciaturas Interdisciplinares de 1º ciclo da Rede Anísio Teixeira de Colégios Universitários. Vão desde a área como Licenciatura interdisciplinar em Artes e suas tecnologias; em Cicências Humanas e Sociais e suas Tecnologias; em Matemática e Computação e suas Tecnologias. Os colégios universitários estão em Ilhéus, Itabuna, Ibicaraí, Coaraci, Teixeira de Freitas, Porto Seguro, Santa Cruz Cabrália e Itamaraju. Para conseguir ingressar no acesso reservado, é preciso ter realizado o Exame Nacional do Ensino Médio de 2017 ou 2016. As inscrições serão efetuadas exclusivamente no site da UFSB, entre os dias 22 e 26 de março. O início das aulas está previsto para o dia 04 de junho.
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Claudia é Intersexo, Vamos Falar Sobre Isso
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Este texto foi traduzido graças aos apoios que recebemos e disponibilizado para nosses apoiadories no dia 3 de Agosto de 2017.
Aviso de gatilho: discussão sobre mutilações cirúrgias e médicas que crianças intersexo estão sujeitas na infância e pelo resto da vida, preconceito contra pessoas intersexo
Olá galera, sou Claudia, e sou intersexo! Digo, sou muitas coisas. Por exemplo, sou: uma estudante de graduação nas ciências na cidade de Nova York, uma feminista com tendências riot-grrrl (um movimento meio punk dos anos 90 até a atualidade no feminismo), uma lésbica com uma namorada incrível e algumes des melhores amigues (queer E hetero cis) que eu poderia querer, uma dorminhoca e procrastinadora em recuperação, uma viciada em doces… Mas é, também sou intersexo. E é por isso que eu estou aqui. Intersexo geralmente é tratado como uma condição médica – uma coisa meio rara e esquisita que rola às vezes com crianças e que precisa ser consertada. Sinto como se a consciência cultural ao redor de intersexo é a imagem de uma pessoa meio andrógina com ambes um pênis e uma vulva; tipo um homem cis e uma mulher cis juntades, que talvez seja um homem ou uma mulher, “na verdade”, ou talvez ambes, ou talvez algo diferente de tudo. Essa imagem não é correta, apesar deu ter levado mais de uma década pra realmente entender e abraçar isso. Intersexo, primeiramente, é sobre corpos – um jeito biológico de ser. Quando a maioria das pessoas nascem, ê médique, ou a parteira, ou o motorista de táxi assustado grita “É um menino!” ou “É uma menina!”. A pessoa gritando decide se esse ser humano pequenininho é um menino ou uma menina ao investigar suas características físicas. Apesar de médiques tipicamente checarem apenas a genitália externa para desginar o sexo, essas características também incluem órgãos sexuais internos, cromossomos e tipos e níveis de hormônios. Se uma criança tem todas as “formas de garoto” desses traços, ela é designada menino. Se uma criança tem todas as “formas de garota” desses traços, ela é designada menina. Pessoas intersexo nascem com uma mistura de características sexuais – algumas tradicionalmente consideradas masculinas e algumas tradicionalmente consideradas femininas – no mesmo corpo. Por exemplo, eu tenho uma vagina e seios e cintura que se desenvolveram tardiamente, mas também tenho cromossomos XY, e eu tinha testículos no nascimento. Tenho alguns traços “masculinos” e alguns “femininos” no mesmo corpo, então não é tão fácil me designar explicitamente como “macho” ou “fêmea”. Meu próprio corpo é só um exemplo; intersexo não é apenas uma categoria, existem muitas variações de intersexo e, dentro de cada uma, muita diversidade. Nem todos os corpos “masculinos e femininos” se parecem ou funcionam da mesma maneira, sabe? Saber que eu sou intersexo e só não te diz muito sobre eu ou meu corpo. Entender o que significa intersexo também ajuda a entender o que não significa. Nossos corpos são naturais e normais e saudáveis; apesar de alguns problemas de saúde serem associados com algumas formas de intersexualidade, simplesmente ser intersexo não é um problema médico em si. “Fêmeas” tipicamente possuem ovários, mas o fato de que algumas mulheres terem câncer ovariano não significa que ser “fêmea” seja uma doença, né? Além disso, pessoas intersexo – biologicamente – não são hermafroditas. Hermafroditas são seres vivos que, ao mesmo tempo ou em períodos diferentes em seu ciclo de vida, possuem conjuntos completos e totalmente funcionais de órgãos sexuais “femininos e masculinos” – externos e internos. Humanos não se qualificam com essa definição, com as espécies hermafroditas sendo representadas na maioria por plantas, peixes, moluscos e outros bichos. “Hermafrodita” é um termo datado que médiques usavam para se referir a pessoas com anatomias sexuais atípicas, e apesar de ser considerada uma palavra muito ofensiva na maioria, algumas pessoas intersexo a reivindicam hoje e usam como um termo inclusivo ou um rótulo de identidade. Isso também significa que o conceito popular de hermafrodita como alguém que possui ambos um pênis e uma vagina, não está correto biologicamente. Alguns genitais externos podem parecer atípicos em algumas formas de intersexualidade, mas isso não é o caso para outros. Depende muito. Intersexo com certeza é sobre corpos, mas não é sobre genitais. Há tempos que intersexualidade é considerada um tema controverso, e ao longo do meu processo de aceitação da minha intersexualidade, vem se tornando mais e mais difícil de entender o porquê. Não é tão revolucionário aceitar que existe variação nas aparências e nas funcionalidades dos corpos. Tipo, não existem só olhos marrons e azuis; existem olhos marrons escuros e claros e médios, e azuis muito profundos e muito clarinhos e olhos verdes e castanhos e violetas e violetas com uns pedaços verdes e azul com pedaços amarelos etc… Estamos confortáveis com o fato de que não existem apenas duas alturas, ou dois pesos, ou duas cores de pele etc., para as pessoas. Por que o sexo delas devia ser diferente? Este conceito – que sexo não é binário, que há muitas maneiras em que o sexo pode se apresentar – é realmente bem assustador para muitas pessoas. Acho que é porque tem aquela ideia por aí de que baseado no tipo de corpo que a pessoa possui, o sexo, gênero e a atração sexual dela estão todes inerentemente vinculades em um dos dois conjuntos pré determinados. Uma criança designada mulher no nascimento é instantaneamente pressuposta como mulher. Ela se sentirá uma mulher, brincará com bonecas vestidas de rosa, ela agirá feito mocinha, usará saias e batom, será fofa e materna. Também geralmente é pressuposto que ela irá se atrair por meninos cis, fará sexo com eles, especialmente a penetração “heterossexual” sagrada do pênis na vagina, certo? Mas o que você faz quando precisa enfrentar uma pessoa cujo corpo não é facilmente categorizado como masculino ou feminino? Qual deve ser o gênero dela? Talvez ela não se sentirá como menina e brincará de soldadinhos vestidos de rosa, e agir feito mocinha exceto quando não quiser, e aí se vestirá em combinações de roupas que irão assustar as crianças. Talvez ela gostará só de meninas ou só de meninos ou ambes ou outros floquinhos de neves assustadores como ela mesma, e QUEM SABE o que acontecerá se ela se reproduzir? Resumindo, diferente de crianças designadas de maneira binária no nascimento, não existem normas para guiar a sociedade em como as pessoas intersexo devem ser tratadas. Corpo intersexo criam um pânico social. Nossas características físicas podem até não serem tão assustadoras, mas as implicações de aceitar os nossos corpos escalam rapidamente de “o que isso significa” a “o que DIABOS eu faço AGORA?”. O sexo biológico é um dos jeitos mais fundamentais em que seres humanos se identificam e se entendem ; se a nossa ideia de sexo biológico estiver errada, o que mais pode estar? É coisa demais pra lidar. A “solução” meio óbvia que tem sido usada por muito tempo é a de tentar “consertar” a gente. Somos “realmente apenas garotos e garotas normais” com problemas médicos. Trate esses problemas – remova e altere o que puder (por exemplo, genitais, órgãos sexuais internos, hormônios) e tenta esquecer o que não puder (cromossomos). Um dos “tratamentos” mais comuns é a cirurgia genital. Algumas crianças intersexo possuem genitais que não são tipicamente masculinos ou femininos e às vezes são consideradas “ambíguas”. (odeio este termo; nossos genitais não mudam de forma e tal. Nossos corpos não estão “entre” corpos “femininos e masculinos”. Eles existem por si mesmos.) O clitóris e o pênis se desenvolvem do mesmo tecido no corpo, então alguns indivíduos possuem o que pode ser considerado um clitóris grande ou um pênis pequeno. Clitóris grande significa que é masculino demais para meninas, e um pênis pequeno significa que não é “um homem de verdade”, então médiques e famílias geralmente decidem designar essas crianças como meninas e diminuem essa estrutura (ou, há algumas décadas, a removiam como um todo), para parecer “normal”. Foda se que essas cirurgias são simplesmente cosméticas e não têm nada a ver com saúde. Foda se que as crianças quase sempre são muito pequenas e não podem consentir para esses procedimentos. Foda se que essas crianças, quando crescerem, podem não sentir sensações sexuais muito bem/de jeito nenhum por baixo dos tecidos das cicatrizes, e que podem nunca sentirem um orgasmo. Foda se que as cirurgias são irreversíveis, e que essas crianças são obrigadas a viverem com os resultados dessas cirurgias pelo resto de suas vidas. Existem vários outros tratamentos para “corrigir” as várias maneiras que corpos intersexo deixam as outras pessoas desconfortáveis. Médiques tentam mover cirurgicamente a uretra à ponta do pênis quando está localizada em outro lugar, ou, menos comum, transformam cirurgicamente um clitóris grande/pênis pequeno em um pênis maior. Vários procedimentos são necessários às vezes, e resultam em muito tecido de cicatrização. Canais vaginais ditos pequenos demais para o sexo “heterossexual normal” são reconstruídos, apesar de não poderem se auto lubrificarem, ou poderem fechar ou poderem sofrer prolapso. Além da cirurgia, estes canais também podem ser “dilatados”, ou esticados regularmente com dildos médicos por meses ou até anos. Órgãos sexuais internos são frequentemente envolvidos porque médiques avisam que eles podem se tornarem cancerígenos se deixados em paz. Esta prática não é muito lógica, porque, tipo, médiques não removem os ovários ou as próstatas de crianças diáticas (que não são intersexo) porque elas podem um dia desenvolverem câncer de ovário/próstata. Remover órgãos sexuais internos podem tornar pessoas antes férteis em pessoas incapazes de se reproduzirem, e incapazes de produzirem hormônios importantes para o desenvolvimento e a saúde óssea. Meus testículos foram removidos alguns meses após o nascimento, e agora eu preciso tomar uma pílula todo dia para substituir os hormônios que meu corpo poderia produzir sozinho. Tenho o privilégio de possuir um plano de saúde por enquanto, mas comprar essas pílulas me dá um asco por princípio, e me entristece saber que eu preciso delas. Enquanto eu decido tomar as minhas pílulas na maioria dos dias, médiques podem começar a substituição hormonal em crianças desde uma idade muito jovem para se desenvolverem como “meninos ou meninas típiques”. Os resultados são irreversíveis, às vezes. Há tantas coisas que as pessoas intersexo precisam sofrer, e se recuperarem delas. Por muito tempo, eu acreditei no modelo médico de intersexo, que eu era algum tipo de menina-coisa e que era o trabalho des médiques me fazerem “normal” – apagarem as partes de mim que eram estranhas demais, grandes demais, e me ajudarem a ser essa menina “real” que estava soterrada algum lugar por dentro de mim. Eu nasci no meio da década de 1980, quando não havia ainda a internet, e eu nunca tinha ouvido falar em intersexo como algo além de uma condição médica. Só comecei a explorar o intersexo na faculdade, no meu computadorzão tosco do alojamento estudantil, quando minha colega de quarto estava ausente. Comecei a aprender sobre meu corpo e ver outras perspectivas. Existiam outras pessoas intersexo, como eu, que pareciam pensar que ser intersexo não era algo ruim e que precisava ser consertado e apagado. Disseram que o que havia sido feito com seus corpos era errado, que foi feito sem seu consentimento, que suas famílias e médiques não deveriam poder fazer escolhas sobre o que devia ser feito a seus corpos se não for sobre saúde. Diziam que médiques não deviam se envolver de maneira alguma: se nossos corpos naturais são saudáveis, argumentaram, por que ir ae médique para “consertá-los”? Se não estamos doentes – o que há para consertar?
(Na faixa, está escrito “Hermafroditas com Atitude) O que devia ser consertado é a maneira em que percebemos a intersexualidade na nossa sociedade, e os procedimentos médicos cosméticos aos quais somos submetides sem nosso consentimento. Ativistas intersexuais começaram a se mobilizar no começo dos anos 1990. O primeiro protesto público feito por pessoas intersexo aconteceu em 1996 (na foto), quando eu tinha apenas dez anos, dois anos após eu ter aprendido que não tinha um útero e que não iria menstruar, e três anos antes deu escutar a palavra “intersexo” pela primeira vez. Desde então, muites ativistas intersexo têm se esforçado para aumentar a consciência de que a intersexualidade existe e que somos apenas pessoas normais, mesmo se nossos corpos são menos comuns. Hoje em dia, sei que o modelo médico não é correto, e eu estive trabalhando para mudar isso. Sou autora do blog Full Frontal Activism: Intersex and Awesome (Ativismo Direto: Intersexo e Daora), a co-fundadora e co-coordenadora dos eventos anuais do Dia de Consciencialização Intersexo da cidade de Nova York, e a Diretora Associada da parte estadunidense da Organization Intersex International (Organização Intersexo Internacional / OII), o maior grupo de advocacia do mundo para causas intersexo. Como uma lésbica, também estive fazendo mais pensando sobre a intersecção de questões intersexo e queer, como o inerente heterossexismo em fazer procedimentos cirúrgicos para garantir que uma vagina possa acomodar um pênis, ou construir um “clitóris normal” que não irá assustar um parceiro homem cis. Também está se tornando comum procurar alguns tipos de intersexualidade em fetos, como a hiperplasia adrenal congênita (CAH). Muitas pessoas com CAH são designadas e criadas como mulheres, mas como elas possuem níveis de testosterona, ser queer é considerado um efeito secundário de CAH. “CAH leva à viagadem”. Então as pessoas estão escolhendo testar o sangue para ver se suas crianças terão CAH, e aí decidem se querem ou não abortarem. Tudo isso é Queerfóbico, pois não deixa espaço para essas crianças decidirem o que querem, como querem que seu corpo pareça e funcione, baseado em quem sentem atração e que tipos de sexo querem fazer algum dia. Há vários motivos pelos quais famílias e médiques podem querer alterar cirurgicamente uma criança, e em alguns casos, a Queerfobia pode estar, infelizmente, no topo dessa lista. Intersexo agora está sendo incluído na sigla LGBTQ, adicionando o “i”. Nem todas as pessoas intersexo estão confortáveis com isso, e muitos dos mesmos argumentos que foram usados antes de incluírem a letrinha “T” para Trans agora são usados para intersexo: que intersexo não é uma atração sexual ou um gênero. Que nem todas as pessoas intersexo são queer de maneira LGBT ou outras maneiras, e não querem estar associadas à comunidade LGBTQ. Nem todas as pessoas intersexo querem reconhecer publicamente sua intersexualidade, ou não se identificam como tal, porque pessoas intersexo são normais como somos. Porém, mais ativistas intersexo estão querendo a inclusão do “i” no LGBTQI, porque nossos objetivos principais combinam com os de outros movimentos queer: nos tratem como iguais e aceitem a nossa autonomia, independente do nosso sexo e gênero e o que escolhemos fazer com nossos corpos. Olhe para nós, saiba que somos reais e que somos visíveis se você abrir seus olhos e sua mente, e saiba no seu coração que o que está acontecendo com nós é uma merda. Deixe que nós escolhamos o que fazer com nossos corpos e nós mesmes. Estou muito empolgada de estar falando sobre questões intersexo na Autostraddle (o site original em que foi publicado, que possui muito foco em questões lésbicas e queer). Enquanto eu quero discutir questões amplamente relacionadas com intersexualidade, quero muito focar em questões que afetam mulheres intersexo que são queer. Como nossos corpos influenciam os nossos entendimentos das nossas atrações sexuais. Como ser intersexo adiciona uma outra camada de “sair do armário” e se assumir a parceires sexuais e a namorades em potencial. Como ser queer se torna uma outra dimensão quando as pessoas descobrem que você é queer E intersexo. Como apoiar parceires sexuais que são intersexo, que podem ter cicatrizes emocionais e físicas por causa do CIStema médico. Também quero dividir um pouco da minha história – minhas histórias pessoais – e criar uns diálogos sobre questões intersexo que vocês, leitories, possam ter. Obrigada por me deixarem dividir isso com vocês, é muito bom conhecer vocês <3 . Texto original escrito por Claudia, neste link. Tradução por Cosmo
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Google Mostrará Empresas Amigáveis Com LGBT+ Em Buscas
LGBT+: as empresas escolherão entre as opções "amigável com LGBT+" e "espaço seguro para transgêneros"
O Google permitirá a partir desta quinta-feira que os milhões de locais de interesse e empresas do mundo que estão registrados na ferramenta “Meu Negócio” a se declararem abertamente amigáveis com a comunidade LGBT+, possibilitando que essa informação apareça nos resultados de busca.
A funcionalidade, disponível na no painel de configuração da plataforma para registrar as empresas com seus dados de contato, identificará locais, bares, restaurantes e outros negócios com a bandeira colorida da comunidade LGBT+.
“Esses atributos tem como objetivo ajudar a comunidade LGBT+ em sua busca e descontos de negócios e serviços”, explicou à Agência Efe Daniel Castelblanco, gerente de pesquisa para a América Latina e Caribe e líder de Diversidade do Google na Colômbia, um dos primeiros países da região a apresentar a iniciativa.
As empresas que decidam ativar a função poderão escolher entre as opções “amigável com LGBT+” e “espaço seguro para transgêneros”, levando em consideração as recomendações do Google para o tratamento adequado das pessoas, como “respeitar no local as demonstrações de afeto entre pessoas do mesmo sexo”.
Com a opção selecionada, a bandeira com as cores do arco-íris, tradicional símbolo da comunidade no mundo, aparecerá abaixo dos dados de contato do estabelecimento, que previamente deve se registrar na plataforma “Meu Negócio”.
“A funcionalidade também permitirá que as empresas destaquem seus espaços e práticas abertas e influentes com todos os membros da comunidade LGBT+”, indicou Castelblanco.
Durante o evento, alguns pequenos e médios empresários da comunidade na Colômbia foram treinados em ferramentais digitais.
Eles ativaram o símbolo LGBT+ em seus estabelecimentos e aprofundaram outros usos de serviços do Google.
Na apresentação em Bogotá, a companhia também realizou uma atividade educativa com 60 crianças e jovens colombianos da Fundação Sergio Urrego, reconhecida na Colômbia pela luta contra a discriminação depois que o estudante que dá nome à organização ter se suicidado em 2014, vítima de homofobia.
Alba Reyes, mãe de Urrego e encarregada da realização da oficina de conscientização dos jovens, afirmou à Efe que esse tipo de atividade é fundamental para “romper com o medo” “Fisicamente há medo de lidar com a diversidade”, afirmou.
“O Google desde seu nascimento como empresa apoia todos os tipos de diversidade, incluindo a LGBT+. A ideia é mostrar que a diversidade tem impacto sobre os negócios”, disse Zefferino.
#lgbt#lgbtq#lgbtqiap#lgbti#trans#transgender#Transgênero#bissexual#Bisexual#lesbica#lesbian#google#comunidade lgbt#gay#homossexual#jornal#brasil#mqdiversidade#mqbrasil
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"Não sou homem nem mulher e tenho 7 namorados", conta trans não-binário
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Juno diz se sentir uma figura ambígua, que gosta de ter peito e barba
Sem se identificar totalmente como homem ou mulher, o escritor ou a escritora Juno Cipolla --que gosta que o tratamento que lhe dão seja no feminino e no masculino-- conta como se descobriu um transgênero não-binário, há três anos. Em meio a mudanças físicas e emocionais, Juno diz ser uma figura ambígua, que gosta de ter peito e barba. Aos 25 anos, tem uma rede afetiva com 7 namorados trans. A seguir, Juno relata sua trajetória.
"Eu fui designado (a) mulher quando eu nasci, isso é, como viram que eu tinha uma vagina, disseram que eu era mulher. Na infância, não tinha essa noção de gênero, só sei que de alguma forma me identificava com algo que não era o feminino estereotipado e projetava em mim uma figura considerada masculina. Gostava de brincar com os carrinhos dos meus irmãos mais velhos e ser o personagem masculino nas brincadeiras, mas também tinha muitas bonecas.
Eu sentia que algo estava fora, não conseguia me encaixar em um lugar, mas como me diziam que eu tinha que ser mulher, eu tentei ser uma na adolescência. Comecei a sair com um grupo de amigas que ia para a balada, se maquiava e usava vestido. Entrei na onda e passei a imitar tudo o que elas faziam, mas não gostava, aquilo me bloqueava. Apesar do desconforto, eu não questionava, não sabia que podia ser de outro jeito.
Uma namorada ajudou com seus desejos
Demorou bastante tempo para eu descobrir que eu era trans, porque eu nunca quis ser homem e nunca me senti um, mas também não me reconhecia como mulher. Houve dois momentos centrais para eu começar a entender tudo isso. O primeiro foi quando eu conheci a Ana, minha ex-namorada.
Ao perceber que eu não era uma mulher cisgênero [que se identifica com seu gênero de nascença], ela me dava sinais e me incentivava a fazer coisas que até então eu não tinha coragem, como a vontade de ter barba. Ao tratar os meus desejos com naturalidade, ela despertou em mim um questionamento sobre quem eu era.
“Tem gente que não é homem nem mulher, é isso que eu sou”
O segundo momento foi quando eu reencontrei um amigo de infância nas redes sociais e soube que ele tinha se descoberto transgênero não-binário [que não se identifica com o masculino ou feminino]. A gente começou a conversar, ele me colocou em grupos no Facebook sobre o assunto e na hora bateu, eu falei: ‘Tem gente que não é homem nem mulher, é isso que eu sou’.
Eu sempre achei que fosse menina porque me falavam isso, mas a partir do momento que tive consciência de que muitas coisas que eu fazia era porque me mandavam e não porque eu acreditava, eu passei a ver outras maneiras de existência, como ser uma mulher com barba ou um homem que se depila. Eu não tenho gênero, o que eu vivo da minha transição tem a ver com quem eu sou como pessoa e com as minhas relações no mundo.
Testosterona e as transformações
Eu me afirmar como trans não-binário me ajudou a lidar com questões que eu tinha dificuldade. Hoje, gosto de me maquiar, fazer as unhas e estou aprendendo a usar salto alto. No guarda-roupa, tenho peças masculinas e femininas, visto o que bonito e confortável. Não me depilo mais, para mim meu corpo faz muito mais sentido tendo pelos.
Desde a transição, tenho passado por muitas transformações. Como gosto que me tratem no feminino e no masculino, adotei o nome social Juno, por ser neutro e por manter o apelido Ju, do meu nome de registro.
Homem, mulher, ‘viado’ e até travesti
Também tenho vivido várias mudanças físicas. Há dois anos, comecei a tomar testosterona: meus pelos cresceram, minha voz engrossou, meus seios e bunda diminuíram, estou mais forte e parei de menstruar. Quero parar com a injeção antes de chegar a uma aparência masculina, porque não quero ser homem. Na verdade, o que eu quero mesmo é que o mundo não associe minha imagem a um homem nem a uma mulher.
Me sinto uma figura ambígua, gosto de ter vagina e nunca quis ter pênis. O corpo é muito mais versátil do que ter esses dois órgãos. Na sociedade, já fui lida de várias maneiras: homem, mulher, ‘viado’ e até travesti.
Preconceito e medo de estupro
Já sofri preconceito dentro do próprio meio trans, onde tem gente que diz que quem é trans não-binário não é transgênero de verdade. Existe aquela pressão de que você sempre tem que escolher um lado. Sofro julgamento porque não me encaixo em um gênero.
Nunca sofri agressão física, mas a agressão verbal existe. Quando saio pelo centro da cidade, algumas pessoas me xingam e perguntam se eu quero ter relações sexuais. Tenho medo que alguém descubra que eu não tenho um pênis e resolva me estuprar.
Revelação para os pais
Demorei para contar aos meus pais sobre minha condição. Sem coragem para enfrentá-los, escrevi um post no Facebook fazendo a revelação. Eles leram o texto e me chamaram para conversar. Minha mãe perguntou se eu queria ser homem, eu respondi que não. Ela afirmou que meu visual estava agressivo e que ela não entendia. Meu pai me alertou que eu sofreria bastante, mas disse que me apoiaria.
Minha mãe acredita que só vou ser feliz casando com um homem e tendo filhos. Ela tem um pouco de vergonha de ter uma filha trans, porque acha que errou em algum ponto da minha criação. Eu me ofendo quando ela fala isso, pois não entendo como ela pode achar que eu sou um erro.
Até hoje eu explico que não quero ser homem, mas quero me sentir mais confortável comigo. Eu me sinto bem do jeito que sou e estou feliz com as minhas escolhas. Nós duas estamos fazendo terapia e nossa relação está melhorando.
Tenho 7 namorados
Ao me descobrir trans não-binário, eu me encontrei em muitos aspectos da minha vida que eram uma bagunça: um deles foi na minha sexualidade. Houve uma época em que achei que fosse ‘sapatão’, que ia casar com uma mulher e ter uma relação única. Hoje, sou bissexual, panssexual, pois eu me atraio por pessoas, independentemente de gênero, e demissexual, por que sinto atração depois de desenvolver algum tipo de vínculo ou confiança.
Há dois anos, desenvolvi uma rede afetiva e tenho 7 namorados transgêneros. Às vezes, saímos eu, um dos meus namorados e o namorado dele. É ótimo, fazemos tudo que um casal faz, vamos ao cinema, ao restaurante. Relacionamento romântico não está necessariamente ligado a sexo. Eu já cheguei a transar com quatro pessoas, mas também acontece de namorar alguém e não ter relações sexuais.
Ter essa rede afetiva se encaixa muito bem nesse momento em que sou uma pessoa com um corpo e uma vida que não são considerados padrão. Minha transição começou quando eu me descobri trans não-binário e percebi que não era 100% homem nem 100% mulher. Foi um estado que eu entrei e o qual considero que é para sempre, não tem um ponto final onde eu quero chegar”.
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Trump Tira De Transgêneres Proteção Contra Discriminação No Trabalho
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Em mais um capítulo dos esforços do governo de Donald Trump para reverter as medidas de direitos civis implementadas pelo antecessor, Barack Obama, o secretário da Justiça, Jeff Sessions, anunciou que es transgêneres perderão a proteção contra a discriminação em locais de trabalho.
Num documento enviado na quinta (5) a advogados, Sessions reverteu uma determinação de três anos atrás, segundo a qual a Lei dos Direitos Civis, de 1964, que criminaliza a discriminação com base no sexo de uma pessoa, protegeria também es transgêneres.
Para Sessions, a palavra "sexo", como está na lei, significa "biologicamente homem ou mulher", ou seja, não veda a "discriminação contra a identidade de gênero". Essa decisão, segundo Sessions, vale para casos que já estejam em curso na Justiça.
Até aqui, ao menos cinco tribunais haviam interpretado que a Lei dos Direitos Civis também se aplicava, desde o governo Obama, à proteção da identidade de gênero.
Há três meses, o Departamento de Justiça emitiu um parecer dizendo que a Lei de Direitos Civis não barra a discriminação contra a orientação sexual do trabalhador.
No centro da discussão está a interpretação da palavra "sexo" no código. A Suprema Corte não determinou ainda se o termo contempla a identidade de gênero e a orientação sexual.
Desde a eleição de Trump à Casa Branca, o Departamento de Justiça vem revertendo uma série de proteções aos direitos civis, muitas vezes em casos em que o governo é parte no processo.
Em julho, o presidente anunciou que transgêneres seriam banides das Forças Armadas, desfazendo outra decisão de Obama.
Trump também se esforça para dificultar a implementação e manutenção de programas de ação afirmativa, que tentam garantir o acesso de minorias à universidade.
Além disso, o republicano vem cortando orçamentos e contingentes de funcionários de departamentos responsáveis pela fiscalização do respeito a direitos de trabalhadores em várias agências.
Outra briga comprada por seu partido envolve o direito ao aborto, legalizado nos EUA. Republicanos aprovaram nesta semana na Câmara a proibição à interrupção da gravidez depois da 20ª semana. Enquanto isso, planos de saúde vêm restringindo a cobertura ao procedimento.
O desmonte também ocorre no plano internacional. Trump quer o fim do acordo nuclear com o Irã, que ele chamou de "vergonhoso" para os EUA.
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Tutorial De Como Ser Trans de Verdade
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Autoria: Luci
Alerta de ironia no título do texto! Primeiramente trans de mentira existe sim. Trans de mentira são as pessoas cis que fazem papel de trans na mídia. De resto, todo mundo que se identifica como trans é trans de verdade.
Me identifico socialmente como uma pessoa negra transfeminina, socialmente porque é só na sociedade que eu preciso ter um crachá me identificando, porque eu comigo mesma sou só a Luci. Eu preciso me identificar socialmente como negra, trans, transfeminina, não binária, pansexual, assexual fluida e mais um monte de coisa porque só assim que eu tenho a possibilidade de lutar pelos direitos que me ainda não me deram, de apontar as violências que me perseguem. Além disso foi só me identificando que consegui entender uma tonelada de coisas que eu sentia e vivia. Que isso fique BEM escuro, entendido?
E eu não estou fingindo, eu sou trans e não binária, mas fora da sociedade eu não sinto a necessidade de me dar um gênero, nem uma sexualidade, nem um nome certas horas. Não quero ter que pensar se o que eu estou vestindo vai me deixar feminina ou não, se alguém vai me identificar como feminina ou não e se isso vai me dar margem pra apanhar ou ser vítima de transfobia nas ruas.
Esses tempos tive muuuuuitos questionamentos na minha cabeça e muuuuita ideia rolando. E, ainda bem, todas tiveram conclusões. Por isso vou deixar a caixa alta pra vocês nunca esquecerem isso: SE QUESTIONEM, O TEMPO TODO, TUDO, TODOS, INCUINDO VOCÊ.
É só assim que a gente se liberta da ignorância, da intolerância, da falta de conhecimento, pensando, formando opinião própria. E hoje, estava aqui eu linda indo tomar banho, quando me deparo com o espelho e vejo uma PESSOA linda e amei pela primeira vez meu corpo, completamente. Foi a primeira vez que me senti realmente e totalmente livre e também a primeira vez que entendi o que eu tenho que fazer pra ser trans de verdade:
Primeiro passo: Deixar de só repetir discursos, mas entende-los e aplicá-los
Entender o que as palavras, frases e conceitos que a gente vive repetindo realmente significam e ficar passando elas na sua mente até fazerem sentido pra você: “Roupas não tem gênero” “Trans não é sobre modificar seu corpo ou estilo de vida” “Não binárie não é sobre ter uma aparência andrógina” “Sou trans, mas sou alguém além disso” “Gênero é uma construção social” “Nem toda pessoa trans quer modificar seu corpo” e etc.
Não adianta nada só ler a frase, tem que entender, tem que aplicar principalmente em você. Tudo muda ao seu redor quando você se posiciona, quando você forma seu pensamento crítico e principalmente quando você foge de ser um dicionário pronto e vira uma pessoa locutora de suas vivências.
Eu não to nada afim de forçar em mim uma “femininilidade” padrão cisheteronormativa seja nas roupas, cabelo e etc (até porque ser feminina não é sobre isso). Isso acontece dentro de casa, e penso que isso também devia continuar nas ruas em todo lugar. Não quero mais me esconder em polos de masculinidade ou feminilidade, roupas, maquiagem ou acessórios, quero usar o que der na telha, sair com a roupa que eu tiver afim.
Quando eu me vejo nua no espelho eu sinto algo faltando em mim, os seios desenvolvidos. Mas quando eu não to pensando nisso, eu não sinto falta de nada. Eu me questiono muito sobre isso, e realmente cheguei a conclusão de que ter ou não ter não é tão importante assim. Quando eu quiser, um sutiã vai preencher isso. Eu sou muito adepta de preservar o natural das coisas em mim, e isso me leva a pensar que se eu sempre tivesse morando sem ter contato com essa normatividade cisgênera e a ditadura dos (cis)gêneros, talvez o peito nunca fosse mesmo importante.
Até o dia que tive a ideia desse texto, eu nunca havia parado pra pensar que eu, mesmo falando coisas do tipo “coisas femininas e masculinas não existem, são coisas” “a coisa só tem gênero quando tá no seu corpo”, eu percebi que eu não colocava um brinco porque eu queria usá-lo pra ficar bonito, eu colocava pra me deixar mais encaixada nessa ideia de feminino que o mundo tem. E percebi um nova prisão, a do esteriótipo padrão cishetero feminino. E pensei “eu não doei minhas coisas que me deixavam desconfortáveis pra agora ficar desconfortável com outras coisas que eram pra me libertar”.
Passo dois: Entender realmente o que é ser trans
Feito o passo um, agora você vai conseguir entender um pouco além. Mais uma vez, não se limite a só repetir o que tá escrito aqui, mas entenda isso e aplique isso.
Ser trans na sociedade, é subverter uma informação quase pétrea cisgênera-hétero. Então não espere nada menos que retaliação. É quando não cair na prostituição, saber se virar por que não tem emprego. É ter que ralar bem mais que uma pessoa cis pra ter acesso a educação básica. É saber que as possibilidades de se relacionar afetivamente com alguém que não te esconde, que não te faz sentir mal por ser trans, que te respeita é quase como ganhar na loteria. É viver receosa com as notícias e os dados de estatísticas de transfobia e morte, então prepare-se para sentir o medo, a todo tempo. É acordar e ir dormir lutando o tempo todo contra o CIStema e a favor da sua sanidade. É ter a noção que tudo pra gente é mais difícil de conseguir, sempre a base de por favores, constrangimentos sociais. É saber que quem tá do seu lado a todo tempo te apoiando, vai sofrer também de muita coisa que você passa. É perceber finalmente que não somos doentes, nem pessoas fracas, mas é que nos tornam doentes, nos deixam cansades.
Tem uma tal disforia e você tem que saber quem ela realmente é. Algumas pessoas (to aprendendo hoje também) confundem o sentido dessa palavra com o Transtorno Dismórfico Corporal que é “um transtorno psicológico muito grave no qual uma pessoa se torna excessivamente obsessiva com algum aspecto da aparência física, a nível de se tornar extremamente depressiva”. A real disforia é um “sentimento de não-pertencimento/inadequação a um determinado gênero causado por uma falha em cumprir as expectativas de uma norma social perversa, que opera no sentido de deslegitimar corpos não-cisgêneros. A sensação, por exemplo, de que possuir determinados genitais deslegitima seu gênero pode ser um exemplo de disforia.” PORTANTO, ter disforia é algo totalmente plausível para nós pessoas trans que somos castras e induzidas o tempo todo a nos adequar ou readequar nossos corpos a natureza física dos corpos cisgêneros, ou seja, a nos submeter a processos que nos deixem com a cara e corpo de pessoas cis. É importante você se questionar porque isso pode ser o fim da guerra contra a sua disforia. Nós pessoas trans, assim como pessoas cis somos um pacotinho cheio de características corporais. O corpo cis e o corpo trans não funcionam ou tem mesma forma natural, e o certo não é que a gente se enquadre ou defina um padrão pra ambos seguirem, o certo é deixar que cada corpo seja o que é.
Chamam também de transição, o movimento que você faz quando tira o véu que te cobriram com um gênero que não tem muito a ver com sua própria (e sempre a mais importante) identificação. Transicionar não tem que significar que você tem que passar por um processo de hormonização, nem de cirurgias. Significa um processo de reconhecimento, de entendimento da sua trans-identidade.
Atenção, fiscal de gênero passando aqui no texto pra te falar o que é o policiamento de identidade. “É uma prática discriminatória de policiar a identidade sexual ou de gênero de outras pessoas, quando alguém diz que a identidade (ou a forma de se identificar) de outras pessoas está errada. Quem pratica policiamento de identidade vê, como questão de honra, obedecimento à natureza, moralidade, “normalidade sexual” e afins, que uma pessoa tenha expressão de gênero compatível com a sua identidade ou gênero designado. Também conta como policiamento exigir certas coisas na transição de pessoas trans, especialmente invalidando a identidade delas caso contrário. Questionar a validade das escolhas de nome e pronome/desinência de tratamento das pessoas trans.” Daí acontece a invalidação: a “prática discriminatória de dizer para alguém que o gênero ou a orientação da pessoa não existe ou não é válido. ”
Ah e não vamos esquecer a tal passabilidade. Passabilidade significa "passar-se por", e no meio trans isso significa, “se passar” por um homem ou mulher cisgênero. E nesse pacote da passabilidade vem as frases disfarçadas de elogios (mas que não são): "nossa, mas ninguém nunca diria que você é trans", "você engana bem, viu?", "você parece muito com uma mulher/homem!".
A pressão social acontece de várias formas para que você seja passável. Mas, um segredinho, nem todas pessoas trans tem a intenção de se parecer a alguém cis, e algumas outras não tem a informação pra entender que elas não precisam se submeter a isso. Mas a sociedade faz de tudo pra que você se enquadre em coisas que ela consegue absorver, e ser trans não se enquadra nisso. Não é certo acreditar que a transexualidade está relacionada basicamente a quanto a pessoa se parece cisgênera. Se cria uma expectativa muito grande sobre quem devíamos ser, mas não é obrigade a se submeter a nada disso. Se você for sempre aquilo que esperam de você e nunca o que você espera de você, ou nunca quem você quer ser, não adianta, o conforto não vai vir, a felicidade não vai existir. É também, preciso que todo mundo saiba que nem toda pessoa trans tem dinheiro ou recursos ou o desejo de passar por cirurgias e procedimentos estéticos.
Passo três: Entender o mundo que te cerca
É de vital importância que você entenda através de observação e questionamentos o mundo que te cerca. NINGUÉM vai ter a propriedade de falar 100% sobre como o mundo te trata, só você, então pare um tempo e reflita sobre tudo que te acontece. Você pode saber porque ele oprime mulheres, pessoas negras, gordas, fora dos padrões normativos, diverso-funcionais, LGBTI+, mas você ainda tem que ir além disso, tem que entender porque você passa com as pessoas e na sociedade a maioria das situações que você passa. Debata com outras pessoas também pra te darem outras ideias. Além de tudo, conversas assim de autodescobertas são poderosíssimas e super interessantes.
O mundo que te cerca te dá um pouco de tudo para preencher algumas de suas dúvidas, mas ainda há uma imensa cortina que você vai ter que sozinhe retirar pra não se manter na ignorância e não ser mais um fantoche. Por isso, aprenda com você mesme, tudo que puder.
Evitar depender que outras pessoas reconheçam quem você é, ou o seu gênero, às vezes, nos tira um peso das costas. Não que você não tenha o direito de reivindicar seu gênero pra sociedade, você tem e se puder, faça isso. O que quero dizer é, não espere dos outros isso. Não crie essa expectativa, porque isso vai, novamente te deixar prese naquela expectativa cisheteronormativa que ninguém (nem pessoas cis-heteras) querem e conseguem se encaixar ou vão se encaixar totalmente, e isso uma hora isso vai te decepcionar muito.
Você não precisa se formatar a algo pra ser reconhecide não. Nem usar tal roupa, ou fazer tal coisa pra alguém te tratar de alguma forma que você se reconhece. Por mais prazeroso que seja o reconhecimento de alguém de quem você é,. Você se reconhecer já deve ser importante e suficiente (porque chegar nesse ponto é um privilégio) enquanto a sociedade não atualiza suas regrinhas.
Entender que a identidade é SUA e que só você pode entendê-la mais que ninguém e também reconhecê-la mais que ninguém é de vital importância.
Citações do texto: http://rexistencianaobinaria.tumblr.com/post/152515575208/glossário-termos-sobre-gêneros-sexualidades
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Letícia Lanz, psicanalista: "Crianças sofrem intenso terrorismo de gênero"
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"Sou contra o gênero enquanto sistema de separação e hierarquização das pessoas. É graças ao gênero que a mulher ganha 30% menos que o homem e é tratada como inferior", diz psicanalista
Fiz a transição aos 50 anos, casada e depois de enfartar. Continuo com a mesma esposa, tenho três filhos e três netos — dos quais sou pai e avô, e não mãe e avó. Não nasci no corpo errado, mas sim na sociedade errada. Não sou homem, nem mulher, nem trans. Sou Letícia Lanz. A construção de mim mesma.”
Conte algo que não sei
O gênero foi criado na revolução agrícola, quando o homem passa a ser sedentário, observa seu rebanho e descobre que é o ato sexual que causa a reprodução. Antes, quando eram nômades, a mulher inchava, de repente nascia um bebê e achavam que era algo divino. A partir daí, o homem subjuga a mulher, que passa a ser propriedade dele. Os papéis de gênero foram muito separados até o início do século XX e hoje não são tanto: você encontra mulher em todas as funções que eram tipicamente masculinas. A questão é: para que serve gênero hoje, então?
E para que serve?
Gênero existe porque a sociedade organiza pessoas em torno de padrões de comportamento. Não existe um vínculo natural entre o sexo de nascimento e o exercício desses papéis. O processo aqui é o de identificação. Na loja de brinquedos você vê a distinção bem clara: de menina e de menino. Por ali você já vê todo um sistema de organização social que determina aquilo. Por que o brinquedo do menino é a arma, o caminhão e o jogo de inteligência, enquanto o da menina é a maquiagem, o fogãozinho e a maquininha de lavar roupa? A criança sofre um terrorismo de gênero muito intenso.
Você é a favor da extinção do gênero?
Sim. Hoje, existem hospitais que fazem a besteira de tratar crianças trans de sete anos com bloqueador de hormônio. Isso serve para atender à família, não à criança. Porque é problemática para a sociedade uma criança que não se enquadra nos papéis. São poucas as mães que se negam a dar um rótulo para a criança trans. É claro que é possível a criança nova já se identificar com outro gênero, mas não é para rotular. Cada pessoa tem que ter o direito de ser o que é.
E quem deseja se enquadrar no papel de gênero com o qual se identifica?
Aí é a vontade dela. Administrar seu corpo é seu direito. Eu tenho seios, por exemplo. Isso faz com que eu tenha uma imagem de mim mesma muito mais sólida. Mas eu poderia ter os seios e continuar a agir como homem, se eu quisesse. O problema é que há uma mitologia de que órgão genital define gênero e, até dentro do gueto transgênero, acredita-se que, se você fizer cirurgia e virar 100% homem ou 100% mulher, vai se enquadrar. Não vai. E esse é um dos motivos pelos quais eu luto tanto contra gênero: porque o enquadramento de gênero é um princípio jurídico; precisa constar no documento de identidade. Para mudar de nome, tem que entrar na Justiça, é uma tragédia. Na sociedade, quem fere o dispositivo binário de gênero é punido, pois é visto como delinquente ou como doente.
Você se identifica com o gênero feminino, mas é a favor da extinção do gênero. Como funciona essa questão?
Sou contra o gênero enquanto sistema de separação e hierarquização das pessoas. É graças ao gênero que a mulher ganha 30% menos que o homem e é tratada como inferior. Porém, o gênero enquanto categoria com a qual a pessoa se identifica é perfeitamente viável. Ele não pode é trazer toda uma carga social que, por exemplo, impede a mulher de abortar porque não é dona do corpo dela, enquanto o homem é. As pessoas me perguntam: se você é tão contra gênero, por que você vive como mulher? Eu respondo: porque eu tenho imaginação.
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Netflix Lança Filme Sobre Marsha P. Johnson, A Ativista Trans Ícone Do Movimento LGBT+ Dos Anos 60
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Marsha P. Johnson foi um dos ícones do movimento LGBT+ nos anos 60 em Nova York, nos Estados Unidos. Drag queen, negra e ativista trans, ela chegou a ser considerada a Rosa Parks da comunidade LGBT+. Marsha também teve um papel crucial durante a Revolução de Stonewall, ocorrida em 28 junho de 1969. Tempos depois, o evento que daria origem ao Dia do Orgulho LGBT+.
Após anos de luta, a ativista foi encontrada morta no Rio Hudson em 1992. Na época, a polícia assumiu que a morte havia se tratado de um suicídio e nunca investigou o caso a fundo. No entanto, pessoas próximas a ela nunca acreditaram nessa hipótese.
Um novo documentário que será lançado em breve pelo Netflix promete trazer à tona o legado de Marsha. “A Morte e Vida de Marsha P. Johnson” deverá estar disponível no serviço a partir do dia 6 de outubro. Com direção de David France, o documentário pretende apresentar diversas versões sobre o caso.
Infelizmente, mesmo sendo uma pessoa essencial pra existência dos direitos LGBT+ ao redor do mundo, ainda é pouco reconhecida e ainda continua sendo apagada (inclusive como trans) até pela própria comunidade LGBT+.
A conta internacional da empresa já divulgou o primeiro traileir do filme (em inglês):
youtube
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Pessoas Trans São Consideradas Doentes Desde 1952, Mas Quem Se Importa?
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Por: Luci
AVISO: Transfobia, suicídio, auto-mutilação, preconceito
A transgenereidade ficou mundialmente conhecida em 1952 quando o Dr. Christian Hamburguer, realizou procedimentos cirúrgicos e hormonais em uma americana, de origem dinamarquesa, Christine Jorgensen. Em 1910, o sexólogo Magnus Hirschfeld utilizou pela primeira vez o termo travesti, mas o termo “transexualismo” só veio a ser descrito em 1952 por Harry Benjamin, sexólogo alemão que a descreveu como “a plena convicção por parte de um indivíduo de determinado sexo de pertencer ao sexo oposto, e o comportamento visando realizar essa convicção”.
Na história temos registros antigos desde o Império Romano, de casos que podem ser lidos como primeiros registros da transgenereidade como os das pessoas: Imperador Nero Dimitri, Heliogabalus, Rei Henry III, Choisy (ou também François Timoleon), Chevalier d`Eon, Lorde Cornbury, Mary Edward Walkers, Joana L’Anglois. - Pedimos desculpas por não termos encontrado nos registros se houveram outros nomes utilizados pelas pessoas acima -.
Chamada de transsexualismo pela medicina (o sufixo -ISMO em termos médicos é usado para denominar doenças), a transgenereidade é até hoje considerada ‘transtorno de identidade de gênero’ pela Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde, constada no CID 10 F64, na mesma e ampla categoria que a pedofilia e a cleptomania.
O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders) na primeira edição em 1952 (DSM-1), entendia a transexualidade como um desvio sexual, “perturbações sociopáticas da personalidade”. Considerava-se que as pessoas, portadoras de tais desvios do comportamento sexual, apresentariam graves alterações da sua personalidade.
Em 2013 foram publicadas diversas notícias que diziam que a OMS estava decidida a remover a transgenereidade do CID 10, mas até hoje em 2017, isso ainda não é uma realidade.
O DEBATE DA “CURA GAY”
Recentemente foi levantado um debate sobre decisão do juiz Waldemar Cláudio de Carvalho, da 14ª Vara do Distrito Federal, que concedeu uma liminar permitindo que psicólogos ofereçam terapias de "reversão sexual" para pacientes gays. Indo contra normas do Conselho Federal de Psicologia, que desde 1999 proíbe esses "tratamentos".
A indignação e comoção contra decisão alcançou até a mídia internacional. Diversas pessoas se mobilizaram e saíram às ruas por todo país se posicionando contra a medida. Na internet e nas redes sociais surgiram várias postagens, textos e notícias sobre a medida.
Mas nem todas pessoas da comunidade LGBT+, principalmente pessoas trans, entenderam muito bem toda a mobilização. Abaixo o texto da estudante de psicologia Maria Clara Araújo dos Passos sobre o ocorrido:
“Pessoas trans e travestis estão discutindo sobre despatologização e terapia há anos, afinal, CONTINUAMOS no Código Internacional de Doenças.
Estamos, reiteradamente, expondo como questões de gênero e sexualidade são do interesse do aparato clínico, como forma de regulação e manutenção da ordem. Vocês ignoraram. Nunca, sequer, prestaram atenção.Daí hoje essa decisão medíocre é publicizada, todos reagem com surpresa e até parece que LGBT's estavam tendo, enfim, uma boa relação com essa instituição.
Me sinto chateada em perceber que a discussão sobre como nossos corpos são do interesse da medicina/psicologia/direito só vai ser levado a sério a partir de quando, novamente, a homossexualidade passa a ser interpretada como algo que precisa ser curado.
Simone De Beauvoir já tinha nos alertado como direitos são frágeis e precisam ser vigiados, mas uma vez que não mais se tornou do interesse de vocês, parece que se instaurou uma sensação de que já estávamos tendo uma boa relação para com as análises patologizantes.
Cá está hoje o resultado...“
O conhecimento de termos relacionados a transgenereidade, e também das diferenças e particularidades entre a sexualidade e o gênero só se deu recentemente. No passado, pessoas trans e toda comunidade LGB+ eram consideradas “homossexuais” e tratadas igualmente com terapias de “reversão sexual”.
Es psicoterapeutas da época acreditavam que era possível reverter a sexualidade e a identidade de gênero de pessoas LGBT+ por meio de um tratamento que hoje seria semelhante a terapia cognitivo-comportamental. O foco dos procedimentos era criar aversão dos pacientes pelos desejos e práticas tidas na época como homossexuais (desejo sexual de homens por outros homens, desejo sexual de mulheres por outras mulheres, homens se comportando de formas associadas ao feminino e mulheres se comportando de formas associadas ao masculino).
IMPLICAÇÕES DA TRANSGENEREIDADE AINDA SER UMA PATOLOGIA
O preconceito ganha forças através da patologização para continuar perpetuando sérios danos à comunidade trans por toda sociedade, dificultando-as o acesso a áreas como a judicial, saúde, trabalhista, segurança pública, educação e outras áreas referentes às políticas públicas.
Ainda hoje, a alteração do nome só é possível mediante a entrada de um processo judicial. É exigido um laudo psicológico, diversos papéis e o prazo mínimo de 1 ano para conseguir a mudança de nome nos documentos. Até pouco tempo, juízes só concediam a mudança de gênero nas identidades quando a pessoa se submetesse a cirurgia de redesignação genital.
São poucas as pessoas trans com ensino superior e integradas no mercado formal de trabalho. Com a dificuldade de inserção no meio trabalhista, o destino de grande parte da população trans - principalmente a população transfeminina (mulheres trans, travestis, etc) -, é a prostituição e subempregos, onde sofrem todo o tipo de violência e estão expostas a todo tipo de humilhação.
A patologia abre portas para casos casos de internação forçada em clínicas psiquiátricas de pessoas trans. Recentemente, Bianca da Cunha Moura foi compulsoriamente internada pela própria mãe. Outros casos parecidos acontecem cotidianamente e sequer são reportados à mídia ou recebem atenção da comunidade LGBTI+.
A falta de acesso facilitado e gratuito à saúde no Brasil, gera casos diários de auto-mutilação, suicídio, cirurgias clandestinas dessa população. Pessoas trans sem emprego, sem escolaridade dificilmente conseguem pagar pelas cirurgias, hormonização, exames e outros procedimentos. Muitas chegam a recorrer à perigosas cirurgias clandestinas como a aplicação de silicone industrial no corpo. Fora a dificuldade de acesso, ainda são solicitados procedimentos extremamente burocráticos e demorados como a terapia psicológica e psiquiátrica por dois anos.
Por fim, “estar no armário” para pessoas trans também pode ser algo extremamente violento. Se privar de viver livremente a sua identidade de gênero por medo de sofrer preconceito, perder o emprego e demais privações sociais citadas acima pode trazer como consequência a depressão e outras neuroatipicidades, e também a auto-mutilação e o suicídio.
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