#luiz antonio simas
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Aqui é tudo começo, meio e começo.
Aqui tudo é começo, meio e começo. E o começo é em qualquer lugar, assim como o meio.
E remédio pra doido é doido e meio, porque no mundo a mortal loucura cura.
E a vida não é útil nem pedra dura, e não é mole e um tanto bate enquanto dura.
E a gente veio aqui para fartura, para supra pra sorrir na tristeza, para supraviver.
Com a licença para parafrasear as mestras e os mestres e quem mais estiver prestes a me atravessar.
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#spotify#podcast#451 MHz#Bruxas#Ruas do Rio#Censura#Rui Luis Rodrigues#Paula Carvalho#Luiz Antonio Simas#O corpo encantado das ruas#Ricardo Lísias
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Tenho Fé: Documentário combate o racismo religioso
O documentário “Tenho Fé”, dirigido por Rian Córdova, destaca a presença influente da cultura afro-brasileira na expressão artística do país. Lançado durante o mês da Consciência Negra, o filme, produzido pela Pixys Produções e Lira Filmes, apresenta a trajetória de artistas que celebram os Orixás e a ancestralidade em suas obras. Participaram do documentário figuras como Luiz Antonio Simas,…
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Brazilian Literary Festival Points to Literature as Hope Amid Brutality
The event featured best-sellers and influencer Felipe Neto, denouncing the ills of the world while maintaining an optimistic tone in its debates
What dispels misery is celebration, said writer and historian Luiz Antonio Simas at the opening of the International Literary Festival of Paraty, in a meeting that evoked the orixá Exu —"the lord of paths," in his words.
That set the tone for this year's event. The harshest topics were always present —climate change, violence, racism, hatred, and war. But instead of succumbing to nihilism, a note of hope always prevailed, as the guests avoided resignation and pointed to literature as a lever toward salvation.
Continue reading.
#brazil#brazilian politics#politics#literature#books#arts#image description in alt#mod nise da silveira
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MARCELO D2 E A ANCESTRALIDADE DE FUTURO!
Com 13 discos de estúdio na bagagem - 4 com o Planet e 9 em carreira solo - já né segredo que Marcelo D2 ocupa um espaço notório na música popular e na cultura Hip-Hop pelo mundão. Acontece que em seu novo trabalho, ele ultrapassa barreiras, fura otas bolhas e se consagra ainda mais como um dos grandes arquitetos da música brasileira.
Intitulado "IBORU, Que Sejam Ouvidas Nossas Súplicas", Marcelo D2 nos leva por uma jornada musical de puro suingue, com o afrofuturismo batendo na alta, como sempre falara Chico Vulgo.
O disco começa com a voz de Wander Pires te transportando pra avenida quase que espontaneamente. 'Por baixo', numa crescente, um instrumental drumless do lendário Barba Negra (aka O Terrível Ladrão de Loops), versos afiados de D2 e uma fala de sua coroa. Apenas o início de uma saga que vai flutuando entre a boniteza e a concretude dos fatos como são. Trazendo a beleza da crueza e do povo, como o timbre de Nega Duda que vem logo em seguida. A genuína cultura de rua e dos morros, favelas e do subúrbio carioca.
Das rodas que varam da noite ao clarão do dia; ad infinitum. Os terreirões de Umbanda e Candomblé, os Bate-Bolas, Rosinhas e Malandros que transitam pelas ruas encantadas de um Rio de Janeiro que não passa na retrospectiva da Globo, não está nos trends, ou em capas de jornais. Essas são algumas das várias personas carioca que inspiram IBORU. Que inclusive, dia 28 deste mesmo mês de Junho, ganhará seu complemento audiovisual. Um curta que contará a história fictícia do encontro de João da Baiana, Clementina de Jesus e Pixinguinha, nos idos dos anos de 1923. O curta, assim como a estética do disco, foi toda assinada pela mágica Luiza Machado e o próprio Marcelo, diálogo que vem ampliando ainda mais a arte do rapper carioca. A produção fica por conta da produtora da família D2 - PUPILA DILATADA.
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O elenco de músicos e compositores de "IBORU, Que Sejam Ouvidas As Nossas Súplicas", chega a ser baixaria de tanto talento junto. A começar pela cozinha, composta por bambas da velha escola e da nova geração, tudo junto e misturado; Marcio Alexandre, Zero, Miúdo, Jorge Luiz, João e Marcelinho Moreira. Nas cordas, temos João Lopes (banjo), Maycon Ananias (cordas geral), Gabe Noel (violoncelo), Wanderson Martins e o craque Rodrigo Campos (ambos no cavaquinho). Violões de 6 e 7 cordas, no nome de Kiko e Fejuca, camisa 10 que contribui também batucando no couro e arranjando no cavaco.
Nos sopros, Thiago França (sax), Marlon Sete e Pedro Garcia no trombone e voz. Na bateria, o novo expoente da bateria brasileira, Thiaguinho Silva. O côro é comandado pela Luiza Machado, sua parceira de vida e arte, que entoa unissomo com as vozes de Jussara, Jurema, Hodari, Betina, Luiza e Camila de Alexandre, e o talentoso Luccas Carlos.
Falando em voz e coro, vale ressaltar a parceria louvável entre Luiz Antonio Simas e Marcelo D2. Desde o último disco de estúdio com intervenções e trocando prosas juntos sobre ancestralidade, resistência e identidade. Também estão no catálogo grandioso de compositores João Martins, Inácio Rios, Diogo Nogueira, Igor Leal, Fred Camacho, Neném Chama, Carlos Caetano, Márcio Alexandre, Cabelo, Douglas Lemos, Moa Luz e Otacilio da Mangueira. É mole?
Todo esse time consegue criar uma atmosfera de uma vibração coletiva incrível, que dialoga o asfalto com o morro de uma forma ímpar. O grave do surdão e do 808 suingando com o hihat, que por sua vez unifica-se com as palmas e o tamborim... isso é o Nave e mais uma sequências de beats absurdos. Uma parceria que já vinha dando certo desde "A Arte do Barulho". E pelo visto, continua. Numa parceria luxuosa que vem se estreitando nos últimos anos, Nave e Kiko Dinucci - que traz suas picotadas lombradas, guitarras levemente sujas, uma viola elegantíssima - se entendem em grau, número e frequências.
A produção é algo instantaneamente clássico - o que já faz pensar nesse disco do OGI que vem aí. Mas isso é papo de futuro, pra outro momento.
Ah, jamais podemos esquecer de mencionar a co-produção e mixagem, que ficou na assinatura de nada mais/nada menos que o gênio e cumpade de longa data de Marcelo, Mario Caldatto. É óbvio que a qualidade de sempre foi entregue.
Dito isso e abordado o time, agora vamos as participações; Nega Duda, Metá Metá, BNegão, Mumuzinho, Alcione, Xande de Pilares, Zeca Pagodinho e o imortal Mateus Aleluia. Há homenagens a Romildo Bastos (Padre Miguel) e mestre Monarco (Portela) a sua maneira afrosambadélica.
Essa fusão chega ao ápice quando IBORU traz a cultura Hip-Hop pra dentro duma quadra de Padre Miguel com adlibs de Westside Gunn em um partido alto feito de beats, palmas, trombone e guitarra. Ou com um batuque e naipe de sopros junto a MPC, como fez no seu último trabalho com Um Punhado De Bambas no Cacique de Ramos - que aliás, outro excelente trabalho que transcende as fronteiras convencionais e cria uma experiência auditiva e cativante, como faz novamente nesse trabalho.
É junto de baluartes, ídolos e bambas que D2 aprendeu boa parte do que sabe do samba. Zeca e Arlindo são reverenciados em mais de um momento do disco. Beth, João Nogueira, Dona Ivone, Luiz Carlos, Candeia, Cartola, Martinho, Paulinho e o pessoal do Fundo de Quintal. Entre muitos outros. É bonito ver o artista em seu auge, com a pura satisfação de fazer o que gosta, evoluindo e não se prendendo a velhos chavões e modos operandi. Além de toda essa gratidão de quem aprendeu com os verdadeios movimentadores da massa e da cultura popular.
E se você se pergunta da outra parte, nunca se esqueça que antes de D2, era o Sinistro, com sua vivência pelas quebradas do mundaréu. Rio 40 graus. De Padre Miguel, Cascadura, Madureira, do Andaraí, Humaitá e das vielas do centrão. Lapa, Gamboa, Cinelandia. Vivência que Peixoto teve nos camelos com seu camarada Skunk. Das chamas que circundavam a capital carioca nos anos 90.
No final, "IBORU" vai além do siginificado em iorubá, do Ifá, e muito mais do que título de disco ou uma simples combinação de gêneros musicais; é uma verdadeira celebração da diversidade e da riqueza da cultura brasileira. Destaca temas relevantes e urgentes, como a desigualdade social e a resiliência das comunidades marginalizadas. Ancestralidade de futuro.
Ao mesmo tempo e paralelo a concretude lírica e dos batuques de fine estirpe, a nuance abstrata das melodias se faz valer em loops, samples e um instrumental finesse. A sinestesia e o campo lúdico do disco é forte, e isso tem muito a ver com o imaginário popular, fé e outros pagodes da vida que circundam a vida do brasileiro - que assim como Marcelo, se recria e se renova a cada nova batalha. "Provando e comprovando a sua versatilidade", já diria seu saudoso amigo Bezerra da Silva, que eu sei que assim como os outros bambas mencionados aqui neste texto, no disco, e durante a vida do Sinistro, também benzeu e abençoou "IBORU" até vir ao mundo terreno, há uma semana atrás, dia 14 de Junho.
E faz uma semana que é festa no Orum...
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ALÔ, MEU POVO! A HORA É ESSA!!!
#hip hop#rap nacional#samba#samba rap#pagode#samba de raiz#chula#musica popular brasileira#underground#alternativo#samba de roda#samba de morro#partido alto#resistencia cultural#iboru#iboru que sejam ouvidas as nossas suplicas#marcelo d2#selektakoletiva#download
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https://sambazayres.com/unidos-da-tijuca-realiza-conversa-de-orixa-com-luiz-antonio-simas-durante-ensaio-de-comunidade-desta-quinta-feira/
Geissa Evaristo
ASCOM
Créditos: Fotos: Leandro Joras
Proibido a reprodução das imagens sem autorização expressa do autor Lei 9610 de Direito Autoria
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Dancin' Days - A saga feminina, crítica à burguesia e muita música!
Aperta o play e comece a dançar!
No dia 10 de julho de 1978, estreava na TV Globo a novela histórica de Gilberto Braga, num país ainda em ditadura burguesa/militar e afundado em problemas sociais. Começava aqui a saga de Julia Matos e tantas outras mulheres que brilharam na trama que teve 174 capítulos.
Prólogo
Julia Matos (Sônia Braga) era filha de pais pobres. O pai tinha predileção à sua irmã, Yolanda (Joana Fomm). Desde cedo as duas demonstram rivalidade. Enquanto Yolanda estudava em colégio de freiras, Julia estudava em escola pública, largando dos estudos e se envolvendo com pessoas complicadas.
Elas perdem o pai cedo.
Aos 17, Julia engravida e dá luz à Marisa, mas deixa a criança aos cuidados da mãe. Aos 21 anos, Julia é presa após uma fuga desastrada, de um assalto, que culminou no atropelamento e morte de um homem. Ela foi condenada à 22 anos de prisão. Julia até concorda em deixar Marisa em um orfanato, mas Yolanda acaba pegando a menina para criar, como se fosse sua filha, tentando apagar de sua história a irmã presa.
A Novela
Dancin' Days gira em torno da história de Julia (Sonia Braga), que sai da prisão em liberdade condicional, e tenta reaver sua vida e sua relação com Marisa (uma jovem Gloria Pires, de apenas 15 anos), sua filha que acaba sendo criada por Yolanda (Joana Fomm), sua irmã. Mas Yolanda faz de tudo para afastar a mãe da filha. Yolanda é casada com Horácio (José Lewgoy), mas num casamento apenas para subir na vida. A princípio até parece que eles têm uma relação saudável, mas ao longo da trama percebemos que ela só queria mesmo era o status e dinheiro. Criada neste ambiente, Marisa se torna uma adolescente chata e mimada.
A novela não tem muito apreço pelo espaço-tempo, então é preciso prestar atenção, pois, muitas vezes, existem passagens de tempo que você só entende quando algum personagem fala algo que denota essa linha temporal.
Julia conta com seus amigos, Jofre (Milton Moraes), que a conhece desde a adolescência conturbada, e Carminha (Pepita Rodrigues em sua melhor atuação, chegando a roubar a cena por várias vezes), namorada de Jofre.
Carminha até oferece um quarto para Julia morar, pagando o aluguel e ajudando nas despesas do apartamento. De início, Seu Alberico (Mario Lago) não gosta da ideia de alugar um quarto do apartamento, pois ele também vem de uma vida de aparências, só que sem dinheiro, pois todos os seus empreendimentos deram errado. Mas Seu Alberico é sonhador e um tanto iludido, deixando Carminha sempre nervosa com suas ideias mirabolantes.
Julia tenta organizar sua vida, procurando trabalho, mas vê que uma vida de ex-presidiária não é fácil, sofrendo bastante preconceito e empregos com salários baixíssimos.
Elenco
A novela tem até um elenco enxuto, mas com histórias riquíssimas. Além do núcleo dos Pratini: Yolanda (Joana Fomm), Marisa (Glória Pires), Horácio (José Lewgoy) e Everaldo (Renato Pedrosa), o empregado; temos o núcleo Santos
Alberico (Mario Lago) Esther (Lourdes Mayer) Áurea (Yara Amaral) Aníbal (Ivan Cândido) Inês (Sura Berditchevsky) Carminha (Pepita Rodrigues) Vera (Lídia Brondi) Marlene (Chica Xavier) Júlio Luiz (Paulo Cesar);
O núcelo Cardoso: Cacá (Antonio fagundes) Franklin (Cláudio Coorrêa e Castro) Celina (Beatriz Segall) Beto (Lauro Corona) Neide (Regina Vianna);
Além de núcleos diversos com Diana Morel (Anita), Ubirajara (Ary Fontoura), Alzira (Gracinda Freire) irmã de Jofre, Solange (Jacqueline Laurence), Emília (Cleyde Blota), Raul (Eduardo Tornaghi) filho de Emília, Bibi (Mira Palheta), Ricardo (Osmar de Mattos), Leila (Suzana Queiroz), Lulu - que eu até achei que era o Beto Simas, mas era o Luciano Sabino -, Madalena (Neuza Borges), e os personagens que entram ao longo da trama, como o Arthur (Mauro Mendonça), Paulette (Paulo Bacellar), Cunha (Fernando Amaral), Chiquinho (Silvio Fróes), Luciana (Rejane Schumann)… Não consegui achar, nem mesmo nos sites mais especializados, o nome da atriz que interpretou Ana Maria, a amante de Aníbal, importante pesonagem para o final da trama, apesar de não ter sido tão desenvolvida.
Fora estes, a novela traz surpresas com figurações de Daniel Filho, diretor da trama, Eri Johnson, Danuza Leão, Gal Costa, Ney Latorraca e as próprias Frenéticas, que cantaram o tema de abertura, na inauguração da discoteca homônima ao nome da novela. Tiveram mais participações especiais, mas estas foram as que eu consegui identificar.
A novela me cativou por ser uma trama muito bem amarrada, um certo amadorismo técnico, com cenas contra luz, áudio falho, mas ao mesmo tempo uma naturalidade no texto e nos erros. Tem um erro muito bom, que passou meio que desapercebido, onde Mario Lago acaba saindo do personagem e todos caem na risada. Ao ser tocado no ombro pelo Lauro Corona, Mario exclama: "Ai minha bursite!" e todos riem, mas a cena continua.
É muito interessante ver a construção dos personagens e como eles evoluem ao longo da trama (ainda que alguns regridam no meio da trama, como no caso da Carminha, que ganha uma boneca do pai - uma cena tocante até, mas que fica patética ao longo que se passam capítulos e mais capítulos dela agarrada com a boneca).
Queen
Todas as mulheres da trama têm seu destaque pessoal, mas Solange, interpretada magistralmente pela Jacqueline Laurence, ganha destaque por sua construção de personagem, que de início até parece uma mulher escrota e insuportável, mas que demonstra ser uma Amiga, com "A" maiúsculo mesmo. Ela defende Julia com unhas e dentes, como na cena que ela confronta a mimada Marisa, que até dá um tapa na cara da loira, mas foi uma das cenas mais incríveis (apesar do uso de alguns termos pesados).
Ubirajara
Quando o personagem apareceu pela primeira vez, eu achei que ele era gay, pois ele seguia um modelo que frequentava sua academia/sauna, chegando a pedir para Vera, que pedisse ao modelo, o Ricardo, fotos dele... Mas, depois, se nota que ele conversava via carta com uma "namorada" à distância.
Não para por aí! Personagem complexo, essa trama da namorada se perde pelo caminho e ele se mostra um homem tarado, que tinha em seu escritório um mural na parede de fotos de mulheres seminuas. Depois, ele pede a um fotógrafo que siga a Julia, pois ele acaba tendo uma paixonite na mulher e cola fotos enormes da moça na praia. Stalker? Talvez...
Julia, com os nervos a flor da pele, acaba desmaiando na sala de ginástica da academia de Ubirajara, que encontra ela e meio que a sequestra ao levá-la para a casa dele, onde ela fica um bom tempo. Ela até descobre as fotos que ele mandou tirar, mas não faz nada... Ao contrário, depois de muito tempo, chega a noivar com ele.
Existe um momento da trama em que Julia conversa com Cacá e fica subentendido que Ubirajara fosse virgem. No fim, ele acaba se casando com a Alzira, irmã de Jofre.
Saúde
A trama também surpreende por trazer assuntos bem relevantes. Como o SUS foi criado somente em 1988, com a Constituição Federal, a novela retratava a falta de acesso e os valores altos de consultas e médicos. Numa cena, a filha de Madalena sofre um acidente, quando um menino passa com uma pipa na frente dela e acaba machucando seu olho. Julia não titubeia e leva a filha da amiga no hospital e a conta fica em 40 mil cruzeiros (que na época era muito). Viva o SUS!
Há também a questão da saúde mental. Áurea, mulher que nasceu com crenças retrógradas e puritanas, se vê em total estado de depressão, mania e até pensamentos suicidas depois de perder o marido num trágico acidente, endeusá-lo, namorar com um cara casado e se ver no papel de amante, além de saber que a filha tinha terminado o noivado com o diplomata Carlos Eduardo, vulgo Cacá. Isso tudo culminou numa crise nervosa que ela quase destruiu a loja de Emília. Com isso, ela acabou sendo internada numa clínica terapêutica, recebendo eletrochoques. Ao saber disso, Raul, que é psiquiatra na trama, conversa com Inês para tirar Áurea da clínica. Então, Áurea começa psicoterapia e tem uma melhora muito mais satisfatória.
Gírias
Acho que o primeiro baque que você tem ao assistir DD é a palavra TRANSAR e como, antigamente, ela era usada como se fosse um verbo qualquer, que não houvesse conotação sexual, como foi mudando ao logo do tempo. Então é bem comum de se ouvir falas do tipo: "Vou transar com meu pai". Mas, por ser uma novela da atualidade, feita de acordo com a época que foi exibida, existem algumas outras gírias interessantes:
Fazer gênero = fazer cena; se passar.
Atarantado = atordoado; perdido.
Roer a corda = desistir.
Falando em Transar...
Dancin' Days foi exibida de julho de 1978 à 27 de janeiro de 1979, ainda dentro da ditadura militar. Há quem diga que o regime, da época, censurou 25 capítulos. O que me leva ao questionamento: esses capítulos eram destruídos e nenhuma cópia salva? Nem ao menos os roteiros salvos? O que continham esses capítulos? De qualquer forma, a mesma ditadura que sentenciou esses possíveis 25 capítulos, fez-se de sonsa ao deixar imagens de mulheres seminuas nos cenários e história de menor de idade casando e tendo filho (caso da Marisa, que, mesmo não conhecendo a mãe, acabou por seguir o mesmo caminho dela, só que pela vontade de Yolanda).
Segundo o antigo site da Globo sobre a questão da ditadura:
"A maior preocupação era o linguajar dos personagens e as relações familiares e amorosas."
Mas, documentos da época mostram que a ditadura era só fachada mesmo. Num dos documentos, a censura pede o corte da palavra "pipizinho":
A novela não contém nenhuma cena de sexo, até os beijos eram estritamente coreografados, tanto que o beijo que eu acho mais bonito, na obra, é quando Cacá dá um beijo no olho de Julia.
Luta de Classes
Apesar dessa estupidez galopante dos milicos, Gilberto Braga conseguiu tocar em assuntos bem relevantes, tanto para época, quanto hoje, onde ainda vivemos sob a sombra de uma sociedade burguesa.
Cacá tem muito dessa inquietação, desde as primeiras cenas. Depressivo, em Brasília, ele lê um livro que questiona muito sobre a vida: "O estrangeiro"
Além disso, Cacá, por várias oportunidades questiona a sociedade burguesa em que ele mesmo é inserido. Filho de advogado e de uma dona de casa herdeira, ele questiona costumes e pensamentos.
Uma menção honrosa e horrorosa são os personagens Maria Lúcia (Maria Lúcia Dahl) e Alberto (Guaracy Valente). Uma caricatura belíssima de uma burguesia falida, mas que não perde a pose.
A luta de classes é pertinente na trama, desde as falas inoportunas e preconceituosas do Seu Alberico, bem como Franklin e até mesmo o Everaldo, que se coloca numa posição total de subserviência (um pouco romantizada na novela). Até mesmo na história de Yolanda há um episódio de luta de classe: Quando criança, Yolanda estudava num colégio de freiras, particular. Era bolsista por conta do pai trabalhar num banco e ser querido por um dos diretores. Porém, um dia, sumiu uma caneta de ouro de uma das alunas e revistaram todas as coisas de Yolanda. Nunca encontraram a tal caneta. Desde então, Yolanda decidiu não mais viver sob esse olhar aporofóbico (preconceito contra pobres).
Marisa e Beto: O privilégio branco burguês
Ainda dentro dessa luta de classes, acompanhamos a história de duas pessoas brancas, burguesas que se aproveitam bastante de seus privilégios:
Marisa, mimada e inconsequente, faz tudo o que quer e tem tudo quando faz birra. Beto, um jovem que não quer nada da vida, finge para os pais que faz cursinho para vestibular, mas fica fazendo voos de asa-delta. Ambos de família rica, não se importam com nada. São casados sem ao menos terem vontade. A lua de mel? Uma viagem para Disnleylândia com Celina na mala. Eles GANHAM um apartamento mobiliado para começar a vida adulta, mas se recusam a morar. Marisa engravida e dá luz ao Edgar, porém ela não se importa tanto com o filho. Claro, conforme a trama avança e as coisas acontecem, eles "crescem" e deixam de ter atitudes infantis.
Briga! Briga! Briga!
Novela que é novela tem que ter uma briga, mas Dancin' Days foge um pouco do óbvio, pois apresenta para nós, muitas discussões incríveis, dignas de serem apreciadas minuto a minuto, segundo a segundo, pois vale muito a pena!
O primeiro grande confronto é entre Carminha e Áurea, quando Áurea descobre que Julia é ex-presidiária e humilha a moça. Carminha detona a irmã e faz ela pedir desculpas para Julia.
Celina briga com Franklin e Beatriz Segall brilha em cena.
Julia dando um soco na cara de Franklin (merecido demais, ainda mais depois que você descobre o quão podre é este homem).
Solange tomou lado da Julia, numa defesa maravilhosa contra os melindres da Marisa. Inventaram um "encontro casual" onde rolou até um tapa da Marisa na Solange, mas Marisa mereceu cada dura palavra (até palavrão).
E não para por aí! Solange enfrentou a Yolanda. "Eu enfrentei nazistas na França ocupada, com cinco anos de idade, com certeza não vai ser granfina no desvio que vai me assustar".
Anotações
Enquanto eu assistia a novela, eu ia anotando o que me chamava atenção. Então, para registro para a posteridade:
Alzira, irmã de Jofre, fica a novela toda prometendo trabalho para as pessoas... Quando ela consegue, a pessoa tem um surto psicológico e para de trabalhar;
Fiquei todo besta a cada cena de amor entre Julia e Cacá, pois exalava cumplicidade;
Diálogos no carro. Muitos diálogos;
Madalena cantando, coisa linda. Neuza Borges era uma DIVA!
Rola racismo religioso, mas também rola uma coisa meio fé vs ciência, quando Alzira leva Áurea no centro espírita;
Eu achei que Julia iria terminar sozinha, seria incrível;
Alberico inventou o Uber e o 5 à sec;
Alguns capítulos na globoplay tem uns 30 minutos, por isso até passam rápido. O capítulo 37 parece um amontoado de cenas. O penúltimo tem só 15 minutos, pois nem a plataforma aguentou tanto flashback;
Existem alguns problemas com a novela, principalmente com continuidade, algumas transições que não fazem muito sentido, uns intervalos em momentos inoportunos. É um pouco irritante. E repetição de falas. Tem momentos que parecem importantes, mas outros, atrapalham a continuidade;
Quando eu comecei a assistir a novela, eu percebi que a captação do áudio não era das melhores, ainda mais em cenas externas, então tive que ativar a legenda da Globoplay para que eu pudesse acompanhar melhor a novela e me acostumei, assistindo até o fim com a legenda. Em Dancin' Days, os personagens em específico, usavam muito o tal do Muxoxo, entre as falas e isso me chamou muito a atenção, pois desconhecia o termo para este som que emitimos;
Tem diálogos enormes, mas maravilhosos;
É uma novela sobre emancipação feminina, exaltação da mulher, maravilhoso;
Eu tenho um tesão absurdo no Antônio Fagundes:
Vocês não acham também??
Enfim, assistam essa preciosidade na Globoplay! Recomendo demais!
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Carnaval de rua está sob ataque em múltiplas frentes, diz historiador
O carnaval está sob ataque! A afirmação é do historiador, escritor e professor Luiz Antonio Simas, que expressa preocupação com tentativas de descaracterização da festa popular pelas pressões do capital e do proselitismo religioso. “O carnaval assusta porque afronta a decadência da vida em grupo, reaviva laços contrários à diluição comunitária, fortalece pertencimentos e sociabilidades e cria…
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Cinco leituras para refletir sobre as cidades (e sair caminhando)
[Originalmente publicado em 18/03/2019 aqui]
Na semana passada, falei sobre a Feira Cartográfica que rolou no fim de semana que passou no Sesc Pinheiros e me peguei pensando em alguns livros deliciosos e/ou informativos sobre nossa vida nas cidades e a relação que estabelecemos com elas. Fiz uma pequena lista com cinco deles, de tipos variados — tem crônica, guia, sociologia, história — e enfocando lugares distintos, para inspirar caminhadas por aí.
"O meu lugar" (ed. Mórula, 2015)
Livro delicioso para os andarilhos, reunindo crônicas sobre diversos bairros e cantos do Rio de Janeiro, com os autores escrevendo sobre seus pedaços, de coisas que os emocionam a relações da infância, de trajetos de ônibus a memórias de família. Tem o Irajá de Nei Lopes, tem a Copacabana de Luiz Antonio Simas (um dos organizadores), tem São João de Meriti de Bruna Beber, tem a Tijuca de José Trajano. Enfim, um jeito bem delicioso de ler sobre o Rio.
"Miudezas de uma cidade do interior" (Conspire Edições, 2017)
Livro delicado, editado com capricho, com escritos sobre a rotina, a vida em uma pequena cidade baiana chamada Cruz das Almas. A dimensão humana do dia a dia, o convívio, ganham destaque nas observações da autora Sarah Carneiro: da venda de geladinho, as cores da feira que tingem o cenário. Ilustrado com fotos de Luciano Fogaça.
"Escritos urbanos" (editora 34, 2000)
O livro reunindo artigos escritos entre 1985 e 2000 pelo cientista político Lúcio Kowarick é uma oportunidade de pensar as transformações da cidade de São Paulo a partir de sua dimensão política e social, com reflexões sobre moradia, produção de periferias, movimentos ativistas. Importante para entendermos como a cidade foi sendo erguida a partir de escolhas (e descasos).
"New York: the big city and its little neighbourhoods" (The NYC & Company Foundation, 2009)
Um dos livros mais legais (foto abaixo) sobre cidades que já tive em mãos, fala sobre Nova York a partir de seus pequenos comércios de bairro, subvertendo a ideia de uma metrópole se fazer a partir somente de seus grande empreendimentos, monumentos, de sua área mais nobre: é nos cantinhos que a cidade imprime sua personalidade.
"Bexiga, um bairro afro-italiano" (Annablume, 2008)
Quem mora no bairro paulistano sabe disso, mas talvez para quem não viva nele, o fato de o Bexiga ser um bairro de origem afro, onde inicialmente havia um quilombo e onde muitos negros alforriados se estabeleceram pós-assinatura da Lei Áurea, talvez seja desconhecido. Esse ótimo livro conta um pouco dessa história que ficou apagada em meio a folclorização do bairro italiano, bem forte em décadas passadas.
[Originalmente publicado em 18/03/2019 aqui]
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O papel transgressor da cultura da rua e da festa como meio de reencanta...
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♲ LUIZ ANTONIO SIMAS ([email protected]) 2023-01-09 12:20:10:
O fascismo defende o papel regenerador da violência, é etnocêntrico, militarista, regulador do cotidiano, policialesco e exalta a união nacional em torno de noções como disciplina, virilidade, coragem, sacrifício e guerra ao inimigo. Não há fascismo pacífico ou moderado.
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O corpo encantado das ruas
As ruas de Luiz Antonio Simas são as ruas esquecidas da maioria da população, mas não de quem se devota a compreender nelas a essência de uma cidade. Neste livro-ode, o Rio de Janeiro surge em toda a sua glória passada — nunca apagada — pronto para dar ao leitor um gosto do que se esconde nas frestas do elitismo.
As ruas, aqui, são sobretudo simples. Nas crônicas deste corpo encantado, se cruzam e promovem o feliz encontro entre sagrado e profano. Cronista que sabe conjugar macumba e futebol em um texto suave, sem perder as bases teóricas, Simas elabora uma espécie de tratado das encantarias da cidade que ainda se mantém de pé, embora muitos não queiram: as sabedorias que se escondem no Parque Shangai são tão importantes quanto aquelas da universidade, e não existe saber negativo, apenas aquilo que se complementa na ginga do concreto duro com o corpo que samba. Feito trajeto muito percorrido, as ruas de Simas repetem termos e histórias já esmiuçados em outros de seus livros, o que pode desagradar quem busca uma obra de novidades, porém é difícil cair no enfado diante de um texto tão legível e corrido — aspecto fundamental, portanto, para o exercício da crônica.
Apropriando-se das gramáticas populares, O corpo encantado das ruas é o tipo de resistência que se espera neste fim de década: bonita e decidida a recusar a morte que só foi anunciada. A cada página, inclusive quando fala da finitude, Luiz Antonio Simas parece driblar todos os aspectos defuntos da cidade. É o Maracanã que resiste na memória, as diversas formas de Exu e seu Zé Pelintra, o ritual de docinhos para Cosme e Damião. Tudo é rua tanto quanto é vida. Em tempos de inclinação ao obscurantismo, é bonito saber daquilo que persiste e anuncia, sem medo – e com muita esperança – a existência de um país possível.
Nota: ✩✩✩✩
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Carnival and Brazilian Cultural Traditions Clash with Evangelicals
Churches withdraw members from samba schools and maracatu groups and clash with acarajé vendors
The evangelical phenomenon is expanding in Brazil, and reports of a conflictive coexistence with popular culture festivals are becoming more and more common, especially in manifestations linked to African heritage.
For example, the writer and researcher Luiz Antonio Simas attributes to evangelical expansion a change in the profile of the "baianas" section of various samba schools, which have begun to lose members to Pentecostal and neo-Pentecostal denominations.
In Pernambuco's Carnival, the issue is maracatu, which is not just a musical genre or a mere procession. The tradition has religious foundations, with connections to either the worship of the orixás or the caboclos of jurema. It is common for the most traditional groups to be linked to a "casa de santo" (house of worship).
"We end up losing members," says Master Chacon, from the Porto Rico maracatu, about the emergence of evangelical groups performing in Recife.
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Justos, próximos e verdadeiros
Justos, próximos e verdadeiros
Nesse último feriado, fui com o Vico e um amigo dele, que é um amor, fazer um lanche aqui perto de casa. Para minha triste surpresa o amigo solta a declaração de que quando crescer quer morar em qualquer país da Europa ou da América do Norte, pois odeia o Brasil. Tirando o fato de que ele não conhece todos esses lugares que disse preferir em relação ao Brasil, o único argumento que foi usado para…
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