#O corpo encantado das ruas
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zia-80 · 4 months ago
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crarinhaw · 7 months ago
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Girassol
Olá estrelinhas, como estão? Bem vindes a mais uma imagine!!
Vocês não fazem ideia do quanto eu amei escrever esse imagine, consegui juntar coisas que eu amo muito: Alceu Valença, a praia de Canoa Quebrada (que é como uma segunda casa pra mim) e claro, meu namorado Felipe Otaño.
Espero que gostem, meus amores 🫶🏻
Avisos: Smut (+18), sexo sem proteção (tá proibido hein!), dirty talk, masturbation (masc.) nipple play. (se tiverem mais, me avisem por favor!!)
"Um girassol nos teus cabelos
Batom vermelho, girassol
Morena, flor do desejo
Ai, teu cheiro em meu lençol"
Layla encosta sua cabeça com delicadeza no ombro de Felipe, respirando fundo sentindo a brisa gostosa do mar em sua face.
Sentados juntos sobre a areia na famosa duna do por do sol da praia de Canoa Quebrada no Ceará, estado natal da mulher, juntos eles assistiam o evento divino ouvindo a melodia de Girassol, de Alceu Valença tocar baixinho na JBL.
Era como um sonho para Pipe ter essa mulher em seus braços, saber que ela era dele e de mais ninguém. Ela era a flor do seu desejo, a mais bela obra de arte ja criada, Otaño poderia jurar que ela foi concebida pelo próprio Alceu quando cantou pela primeira vez a música que saia da caixa de som.
Com os corpos colados, o argentino escutava com atenção a brasileira, que contava com alegria todas as suas diversas memórias naquela praia, em como aquele lugar era especial, como ela considerava a pequena vila como sua segunda casa e o quanto era importante para ela que a primeira viagem como casal dos dois fosse lá.
Felipe sentia o cheiro da mulher adentrando suas narinas, o perfume mais doce que ja inalou, desejando ter aquele aroma em seu lençol todos os dias do anoitecer ao amanhecer. Mergulhar não só nas ondas do mar mas também nas ondas daquele corpo tão divino.
A luz laranja causava um efeito maravilhoso nos cachos tingidos de ruivo, tão sublimes que despertavam em Pipe sentimentos que ele nunca teve por ninguém, e que ele não conseguia explicar.
Após o sol sumir por entre as dunas, Layla fica de pé, sacudindo a areia de suas pernas e estendendo o braço para que Pipe se levante, o argentino não resiste em deixar um selinho nos lábios da ruiva quando fica de pé, causando na mais nova um sorrisinho, expondo suas covinhas.
Os pombinhos caminham pelas ruas da vila de mãos dadas, o argentino com o cooler e a brasileira com a bolsa que carregava as toalhas e os outros pertences do casal. Juntos eles observavam a alta movimentação da vila de pescadores, que mesmo sendo pequena é um dos maiores pontos turísticos do nordeste, atraindo pessoas do Brasil e do mundo.
Durante o trajeto até o hotel, pararam em uma sorveteria para tomar um belo açaí, tudo tranquilo até que um grupo de argentinos turistas entrassem no mesmo estabelecimento conversando em espanhol no volume máximo, Pipe fica encantado em ver tantas pessoas se sua terra natal tão longe dela, e passa um tempo considerável conversando com os hermanos, esbanjando um sorriso no rosto e fazendo questão de incluir Layla na conversa, mesmo ela não sendo tão fluente na língua hispânica.
No hotel, Layla logo entra no banheiro assim que chegou no quarto, desata os nós que prendiam o biquini ao seu corpo e entra no box, deixando a água cair sobre todo o seu corpo, carregando consigo a maresia de seus cabelos e a areia de seu corpo. Estava tão concentrada na água que escorria sobre si que mal percebe quando Felipe entra dentro do box, abraçando a mulher por trás e despejando beijinhos sobre seu ombro, ela vira seu corpo, frente a frente com ele, se deparando com um Pipe pimentão.
“Meu Deus Pipe, como você tá vermelho, o que eu te disse sobre passar protetor? Parece até que não tem sol na Argentina” A brasileira fala em tom de repreensão, quase como se fosse sua mãe. “Mas eu passei nena” Otaño faz bico “Mas você passou o dia no mar, amor, deveria ter passado mais de uma vez”
O argentino volta a beijar a região do ombro e pescoço da namorada, murmurando e sussurrando palavras como “desculpa nena” “amanhã eu faço do jeitinho que você mandar” que logo são substituídos por “você tá tão linda bronzeadinha, meu amor” “não quer deixar eu te foder enquanto admiro essa sua marquinha não”
Claro que a brasileira não resiste, deslizando suas mãos pelo abdômen do homem até chegarem em seu membro que já estava completamente enrijecido, desliza seus dedos pela cabeça melada de pré gozo, logo tendo uma boa lubrificação para começar a o masturbar. Sentindo o prazer tomar seu corpo, Felipe agarra a cintura de Layla com mais firmeza, passando a descer os beijos para seu busto, chegando até os seios, o mais velho beija toda a região com delicadeza até começar a chupar os mamilos dela, que geme em aprovação, ele se dedica fielmente a beijar, chupar e lamber os seios dela, gemendo contra sua pele enquanto a brasileira o masturba, Layla podia ter certeza que gozaria ali mesmo apenas com aquele estímulo. Mas o Otaño tinha outros planos.
“Vira de costas e empina essa bunda pra mim, amor” Quanto Layla o faz, Pipe não tarda em deixar um tapa estalado em sua nádega, seguido de mais outros antes que ele começasse a deslizar o seu pênis sobre a intimidade dela.
O Otaño amava provocar sua namorada, deixa-la cheia de tesão ao ponto de implorar para que ele a fodesse, mas naquele dia ele mesmo não resistiu, penetrando seu mastro na buceta apertada e molhada de sua companheira, grunhindo com a sensação prazerosa que as paredes internas de seu canal causavam ao lhe apertar com força.
Aproveitaram aquele momento como se não fosse haver outro, com movimentos bruscos e profundos Pipe fodia sua namorada sem se importar nem um pouco se os outros hóspedes poderiam ouvir, na verdade, ele até preferia que ouvissem e soubessem que ela era só dele.
Pressionando ainda mais o corpo de Layla contra a parede, o argentino encosta seu peitoral nas costas da brasileira, posição essa que atinge o ponto sensível no íntimo da moça, que geme alto o nome do seu namorado repetidas vezes como um mantra.
“Já vai gozar, gatinha, não quer esperar por mim” Por mais que Felipe tentasse esconder, ele sabia que seu orgasmo estava tão próximo de chegar quanto o dela, levando aos dois se desmanchando um no outro ao mesmo tempo.
Demoram alguns segundos para que Pipe retire seu membro de dentro da vagina de Layla, que precisa se apoiar na parede para ter forças para ficar de pé, Otaño ajuda ela a ficar frente a frente com ele e beija seus lábios delicadamente, como se ela fosse um frágil vaso de porcelana, mesmo estando fodendo ela como uma putinha a menos de um minuto atrás.
“Eu te amo, meu pimentãozinho”
Pipe sorri, ah… que sorriso. Os lábios carnudos, as bochechas fofinhas cheias de sardas e vermelhas pele leve queimadura do sol, os olhos azuis que fechavam levemente quando ele sorria, o cabelo molhado. Layla não tinha palavras para descrever o quanto ela amava aquele homem.
“Eu também te amo, meu girassol”
“Desço pra rua, sinto saudade
Gata selvagem, sou caçador
Morena, flor do desejo
Ai, teu cheiro matador”
Texto não revisado!
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cherryblogss · 6 months ago
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pspspspsps, bom dia
sussa?
tlgd naquele post q tu fez com fotos do pipe e do fer? sabe como quem não quer nada 😋 vc poderia fazer algo com os dois e a reader? ASSIM, COMO QUEM NÃO QUER NADA!! 😋😋😋
(aquela terceira foto dos braços dos dois me causou coisas QUE EU NÃO TO SABENDO LIDAR!!!!! 😭 quero aqueles dois pra mim, onde compra)
boa noite, lindaaa🥰 sempre quis fazer algo com eles dois e ontem meu mundo caiu q eu descobri que o fer não tem mais de 30 anos🕊🕊🕊 então vou fazer algo meio curtinho só pra putaria msm😛
acho que ficou meio sem noção pq eu tbm não tenho noção👏🏻👏🏻👏🏻
aqui um saborzinho com nossos fifas favoritos:
Seus gemidos e os sons estalados de beijos eram as únicas coisas que preenchiam o quarto de hotel. Você estava ajoelhada no meio da cama com Felipe acariciando seu corpo por trás enquanto beija sua nuca e Fernando devorando seus lábios em um selar cheio de língua e com direito a umas mordidinhas ousadas.
Tinha conhecido os dois argentinos a caminho do estádio do River Plate, os homens te ajudaram quando você estava perdidinha pelas ruas pensando como chegaria no local. Felipe foi quem se ofereceu para te ajudar de primeira e ficou encantado com o seu leve sotaque ao falar espanhol, logo Fernando se soltou mais e também passou a rir mais com o que você falava, eles dois te auxiliaram em tudo e até te fizeram companhia na hora de ir embora, o que fez vocês acabarem assim depois de perguntar se eles não queriam subir para tomar um vinho.
Um gemido alto interrompe o beijo quando Felipe enfia a mão na sua calcinha, passando os dedos longos pela sua fendinha para espalhar o melzinho pela área.
"Que garotinha safada, tão molhadinha e a gente nem fez nada." Felipe fala com um sorriso malicioso, te puxando para grudar seu torso no dele e se aproximar para beijar seus lábios inchados, suas mãos foram direto para o cabelo ondulado.
Pipe beijava seus lábios calmamente, em seguida passando a língua por eles até meter o músculo na sua boca. Fernando revira os olhos com o jeito egoísta do mais novo que parecia querer te engolir pelos lábios. Então, volta a ficar perto de ti, afastando seus cabelos para deixar beijos nas suas costas e levar as mãos aos seus seios cobertos pelo sutiã de renda, ele desfaz o fecho e retira a peça, chupando seu pescoço, Fernando segura seus peitos, apertando os dois lados com força e em seguida beliscando os mamilos, te fazendo arfar e arquear as costas, o que faz Felipe te agarrar mais.
Fernando continua a massagem com uma mão, descendo a outra pela sua cintura até chegar na sua intimidade coberta, esfregando em círculos onde ele sabia que te deixaria louca, consequentemente te afastando um pouco do Pipe.
"Qual é, cara, espera a sua vez." Felipe resmunga, bicudo, quando seus beijos se tornam desengonçados demais por causa das ações do mais velho.
"Você que fica se apossando da garota como se eu não tivesse aqui, guloso." Fernando responde no momento que afasta sua calcinha e enfia a metade de um dedo no seu buraquinho pulsante, te tirando um miado agudo.
"Sai daí que eu vi ela primeiro." Pipe diz firme com as mãos na sua cintura, mas já se distraindo com a sua carinha cortocida de prazer na medida Fernando empurra o dedo comprido inteiramente, suas pernas tremiam quando ele retirava e colocava, logo inserindo mais um na entradinha apertada e melecada.
Suas unhas deixavam marcas vermelhas ao arranhar as costas pálidas do de olhos azuis. Pipe totalmente hipnotizado pelas suas expressões, encurta a distância para distribuir selinhos no seu rosto corado.
"Olha como ela é boazinha, Felipe, tem suficiente dela pra nós dois." Fernando fala, curvando os dedos para socar seu ponto sensível. "Só tem essa buceta apertadinha, mas ela com certeza vai aguentar tudo."
Seu rosto busca abrigo no pescoço grosso do Felipe, sugando a pele pálida para segurar seus gemidos conforme Fernando te levava mais perto de gozar. Os dedos soltavam um estalo molhado toda vez que entravam na sua buceta que se contraia, espremendo os dígitos até você gritar o nome do mais velho e liberar mais líquido na mão que te fodia em meio ao orgasmo. Felipe desce a mão para apertar e dar tapas na sua bunda, descontando o estranho sentimento possessivo que cresceu no peito dele ao te ver gritar o nome de outro.
Fernando coloca uma mão no seu ombro, te puxando até ficar deitada na cama. Ele faz um carinho no seu cabelo, em seguida segura a sua bochecha quentinha e admira seus olhinhos brilhantes que alternavam entre olhar para ele e para Felipe. Você realmente era uma das mulheres mais lindas que ele já tinha visto. Fernando se inclina para chupar seus peitos, mordendo a pele e depois lambendo os biquinhos enquanto gemia ao redor da carne.
"Agora é nossa vez de brincar, gatinha." Felipe diz aproximando a virilha do seu rosto, você sobe uma mão tímida pela coxa do argentino até parar em cima da ereção volumosa. Massageia o comprimento por cima do tecido, apertando onde marcava a glande, o tecido já tinha uma marquinha molhada com o pré-gozo. Ansiosa, abaixa a cueca até liberar o pau rosado e duro, um miadinho sai da sua garganta com os chupões no seu peito e a visão do membro comprido.
Lambe sua própria mão e volta a tocar o pau do Felipe que grunhe quando você começa um ritmo lento de subir e descer girando o pulso ao redor do membro, sempre que chegava na cabecinha inchada acariciava com o polegar para espalhar o líquido viscoso que vazava. Retira a mão que fazia um carinho nos cabelos longos de Fernando para punhetar o pau e poder tocar as bolas pesadas ao mesmo tempo.
"La puta madre." Pipe geme impulsionando os quadris contra a sua mão, a face e o peitoral musculoso completamente ruborizados pelo prazer intenso, ele leva uma mão ao seu pescoço te enforcando levemente.
Fernando se afasta dos seus seios babados para remover a própria roupa íntima e chegar mais perto do seu rosto. Só a sua imagem com as mãos pequenas no corpo do mais alto, o deixava louco para meter em qualquer lugar. Desce uma mão para punhetar o próprio membro e conforme aproximava a pontinha grossa dos seus lábios.
"Faz um carinho aqui também, princesa." Fernando diz sorrindo malicioso ao esfregar a cabecinha do pau na sua boca entreaberta.
Você continua a punhetar o pau do Felipe, enquanto engole mais e mais do comprimento do Fernando que pressiona os quadris contra o seu rosto, ele fode sua boca em um ritmo lento, saboreando o calor e sucção com as carícias da sua língua.
Felipe morde os lábios com a imagem obscena embaixo dele, os seus lábios alargados ao redor da pica do amigo dele enquanto as suas mãos batem uma para ele. O pau pulsa ao redor dos seus dedos, fazendo Felipe se afastar não querendo gozar tão rápido. Um choramingo abafado sai da sua boca direto para o membro que tocava sua garganta com cada estocada.
Otaño se curva para deita sobre seu corpo, dando atenção agora para os seios, ele foca no lado esquerdo onde Fernando não tinha deixado uma marca, abre a boca para chupar o que cabia, gemendo ao passar a língua pelo mamilo teso e seguida começa a sugar até deixar uma mancha roxa, desce os beijos pela sua barriga para enfim chegar na sua calcinha que não segurava mais a sua lubrificação, o interior das suas coxas reluzindo com o líquido transparente.
Ele aproxima o rosto, esfregando o nariz nas suas dobrinhas e suspirando com seu aroma, logo em seguida retira sua calcinha para deixar um beijo em cima do seu clitóris inchado e depois lambe a extensão de pele molhinha, saboreando o seu gostinho. Suas pernas tremem constantemente com a boca do argentino na sua buceta, então ele agarra suas coxas colocando-as sobre os ombros dele e suga seu pontinho, te fazendo gritar ao redor do pau grosso. Querendo tirar mais reações de você, Felipe enfia a língua no seu buraquinho, mexendo a cabeça para te penetrar e esfregar o nariz no seu grelinho.
Fernando tira o pau de dentro da sua boca inchada aproveitando para espalhar o execesso de saliva pelo seu rosto, ele aprecia o seu corpo se contorcendo com o prazer intenso do outro homem chupando a sua buceta.
"Tão bonitinha, nem parece que aceitou ser fodida por dois homens que nem conhece direito." Fernando fala com um tom carinhoso e em seguida dá um tapa na sua bochecha que doía de tanto ser esticada ao redor do pau dele.
Suas paredes se contraem novamente em um segundo orgasmo ao redor da língua do mais novo, gemendo mais alto quando fernando enfia dois dedos na sua boca te forçando a chupar.
"Já que você viu primeiro, Felipe, fica com a buceta e eu fico com o cuzinho." Fernando fala quando você se posiciona de quatro depois de se recuperar do clímax.
Felipe se recosta na cabeceira da cama te chamando com dois dedos e um vem cá, amorcito baixinho. Dengosa você sobe no colo dele, deitando a cabeça no peitoral avermelhado e esfregando sua buceta melada no pau duro. Vira um pouco a cabeça para ver Fernando se aproximando até descansar a ereção no meio das suas nádegas.
"Segura ela abertinha aí, Pipe." Fernando diz quando cospe no seu buraco menor e levando o polegar para penetra-lo, te alargando para o que viria.
adeus fml
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tecontos · 1 year ago
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Transando com o dono da academia
By; Marina
Eu me chamo Marina, leio o te contos a um tempo e resolvi contar o meu. Tenho 22 anos, tenho 1,67 de altura e peso 58 kg, sou morena, cabelos longos e castanhos, olhos azuis, não sou o tipo gostosa, meus peitos não são grandes, tenho uma bunda grande. Moro numa cidade do interior do Paraná, e tinha um vizinho que é maravilhoso, dono da academia perto da minha casa, nome dele é Igor, 37 anos, uns 1,89 cm, cabelo um pouco mais comprido tipo príncipe encantado, um sorriso lindo e o corpo vocês devem imaginar por ele ser dono da academia. Ele sempre foi muito simpático, sempre cumprimentava em nossos encontros rápidos na rua.
Enfim, eu costumava jogar vôlei de areia, e fui para a partida, como tem um fluxo a se seguir no lago onde fica a areia eu fui seguindo e fluxo e vejo ele lindo correndo contra o fluxo, nesse dia resolvi seguir ele no Instagram e fui seguida de volta.
Depois de algumas curtidas nas fotos dele e ele nas minhas, respondi um story dele e começamos a conversar. Ele sempre economizava nos elogios e eu já percebi que não ia rolar nada, mas ainda assim resolvi chamar ele pra sair, e aí veio a decepção, ele estava ficando com alguém. Fiquei extremamente triste, pedi desculpas e me afastei, aí foi a vez dele responder alguns stories meu e ficamos mais na conversa de amigos, até o dia em que postei uma foto de um banho de chuva e veio a resposta dizendo que imaginou muitas coisas, aí o papo foi ficando quente, falávamos muitas besteiras, conversas que me deixavam molhada, todo o tempo. E combinamos de ficar, mas sempre dava errado, lei de Murphy.
Num sábado de manhã recebi mensagem dele perguntando se estava na cidade, logo com minha resposta positiva combinamos de nos ver, tomei um banho, fiquei mega cheirosa, coloquei um shorts curtinho e uma blusinha solta, pois estava super calor e ele foi me buscar, fomos no apartamento dele, logo que chegamos lá começamos a nos beijar ainda na cozinha, com vontade enquanto as mãos dele percorriam curiosas o meu corpo,tirou minha blusa e sutiã e jogou longe, enquanto chupava meus seios seus dedos estavam na minha buceta ja melada, ele chupava muito gostoso e eu gemia muito pegando no pau dele.
Ele me levou para o quarto, me deitou na cama, tirou meu shorts e calcinha e sua boca encontrou minha buceta molhada, a língua dele passeava pelo meu clitóris e escorregava pelo meu cuzinho virgem, eu melava cada vez mais a boca dele e ele continuava chupando deliciosamente, quando estava quase gozando puxei ele pra cima em um beijo, e aí foi minha vez de recompensar, rodei e fiquei em cima dele beijando aquela boca deliciosa e passando a mão no corpo dele, e fui descendo, beijando cada parte daquele peito e barriga definidos que eu tanto tinha sonhado em tocar, abri a bermuda lentamente e abaixei junto com a cueca, me deparei com um pau delicioso, não vou falar que era enorme, mas era gostoso e me despertava muita vontade, abocanhei ele e chupava com gosto aquele cacete enquanto olhava nos olhos dele com cara de safada, ele gemia e esboçava reações que não negavam que estava gostando, chupei muito, babei naquele cacete, e então subi no pau dele e cavalguei como uma amazona, sentia aquela cabeça tocando fundo em mim e nossos gemidos misturavam-se e ele dava fortes tapas na minha cara, gozei deliciosamente naquele pau.
Ai foi a vez dele me pegar de quatro, ele me mandava abrir bem as pernas e arrebitar bem a bunda, sentia o pau dele entrando rápido e forte e com tapas fortes que estalavam na minha bunda me chamando de cadelinha, que eu estava no cio e que ele queria me foder gostoso, não aguentei e gozei muito melando todo aquela rola, ele era muito gostoso, já tinha gozado três vezes e ele ainda permanecia duro dentro de mim, fodendo cada vez mais forte, eu perdi as contas de quantas vezes gozei e cai mole na cama de bunda para cima...
Ele começou a chupar minha xaninha e meu cuzinho de novo, foi subindo pelas minhas costas, beijou tudo até chegar na minha nuca e seu pau bem encostado na entrada da minha buceta e meteu de novo me fazendo gritar de tesão com ele sussurrando no meu ouvido que eu era uma vadiazinha deliciosa, sua puta, sua fêmea no cio, empinei bem minha bunda e rebolei pra receber mais forte e fundo aquele pau e recebia mais tapas fortes, assim ele socava mais rápido e comecei a gozar quando ele encheu minha buceta com seu leitinho quente.
Quando ele saiu de dentro de mim, comecei a chupar seu pau pra sentir meu gosto junto com a porra quentinha dele, chupei muito enquanto ele massageava minha buceta cheia de leitinho e trazia seus dedos até minha boca para aproveitar todo aquele gozo.
Quando o pau dele já estava duro de novo fizemos o melhor papai e mamãe da minha vida, com muito beijo e alguns tapas na cara, meus pés apoiados no peito dele e ele metia deliciosamente forte me fazendo gozar mais uma vez quando já estava mole e não aguentava mais, cai de boca na sua rola babada pelo meu mel e mamei até ele gozar na minha boquinha. Nos beijamos e ficamos deitados juntinhos, abraçados nos recuperando, tomamos um banho juntinhos com muitas carícias e ele me deixou em casa.
Um grande beijo, Marina.
Enviado ao Te Contos por Marina
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lunaverrse · 1 year ago
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🌸  ─  visit a spring fair (mason & alice)
EASTER ACTIVITIES.
fechado
Mason & Alice : feat. @farewellnevrland 🩷
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O tempo estava ameno e agradável quando Mason saiu do carro junto com Alice. Os portões que davam acesso à feira de primavera que pararam para conhecer estavam todos floridos, com cores para todos os lados e espécies de flor que o rapaz nunca havia visto na vida. Aquela era a melhor parte de estarem viajando sem um rumo definido, parando nos locais que causavam curiosidade e que os dois gostariam de conhecer juntos. A cidade, por sua vez, parecia ter saído de um conto de fadas, com as ruas de paralelepípedos e as casinhas pitorescas enfeitadas com flores coloridas, características diferentes do que eles esperaria encontrar na Coreia do Sul, mas ali tudo parecia muito animado, incluindo a própria feira, que se estendia além do alcance dos olhos.
Quando passaram pelo imenso portal de boas vindas, Mason não conseguia tirar os olhos dela. Em um gesto tímido, buscou uma das mãos de Alice e entrelaçou os dedos ali, deixando o polegar acariciar a pele dela com delicadeza. O tempo todo seus olhos buscavam observar as reações da mulher, que parecia estar gostando de tudo o que via. Os dois paravam em praticamente todas as barracas, sempre apreciando as flores que encontravam. Ele parecia especialmente encantado pelas tulipas e pelos lírios, nunca havia visto buquês tão bonitos e vistosos daquele jeito, chegavam a parecer artificiais.
Embevecido, ele esticou o braço livre para pegar um lírio amarelo que estava solto e o colocou atrás da orelha dela, abrindo um sorriso gentil para a Gwan. — Você gosta delas? São todas lindas, não é? — Estava satisfeito, não havia outro termo para definir a si mesmo no momento.
Os dois continuaram pelo caminho até o fim da feira, passando pelas barracas de comida e artesanato, quando se depararam com um palco montado no fim da rua, onde uma banda local tocava algumas músicas animadas. Sem pensar muito bem no que estava fazendo e desconsiderando sua falta de habilidade com a dança, Mason simplesmente olhou para Alice e sorriu, a guiando até o local em que os outros moradores se aglomeravam para dançar. — Prometo que não vou pisar no seu pé, tenho habilidades suficientes para não cometer essa falta de gentileza. — Murmurou em meio a uma risadinha sem jeito, envolvendo o corpo dela para que pudessem se balançar no ritmo das músicas que eram tocadas. Aquele ainda era o início da viagem dos dois, juntos, e ele não sabia definir muito bem o que estava sentindo, tanto em relação à Alice quando à situação como um todo, mas se pudesse afirmar uma coisa, certamente diria que parar naquele vilarejo e vistar cada uma daquelas barracas floridas era o sinal de que estavam criando memórias que ele nunca deixaria que fossem esquecidas.
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manlifer · 1 month ago
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O Amor é a Chave que Abre Todas as Portas
Por que você está tão quebrado?
De olhos marejados, unhas roídas, coração apertado e a alma ferida?
Vale a pena seguir em frente?
Lutar com sua mente
Se olhar no espelho, e se sentir feio, insignificante, um despedício de espaço
Eu mereço um abraço? Ou um tapa no rosto?
Sou motivo de orgulho também? Ou somente desgosto?
Não fui um filho planejado, o irmão desejado
Sou apenas um amigo engraçado, e esse status, não me basta
Será que alguém me amaria de graça?
Ou só mereço amor se tiver algo de valor?
Porque eu não tenho nada
O meu dinheiro não te compra uma bala, mas o que o meu corpo fala
Deveria valer mais que ouro
Minhas noites acordado foram em vão?
Jamais serei o grande amor da sua vida, mas pra sempre terá todo amor do meu coração
Eu reprovei na auto-escola e na escola da vida eu ainda busco uma vaga
Não sou o rei de um castelo em um lindo conto de fadas
Meu reino encantado, apresenta muitas falhas
Em um papel amassado, te dei meus sentimentos rasbicados
Parecia um desenho abstrato, mas com um grandioso significado
Porque minhas palavras: elas não eram ditas,
Precisavam ser vistas,
Nos meus grandes olhos arregalados,
em minhas mãos firmes apertando meu relógio no pulso
Como poderei não agir por impulso?
Posso contar com você, ou quando me conhecer, você vai se afastar?
É porque eu pareço um idiota encarando a vida durá?
Ou porque a minha verdade não é a mesma que a sua?
Eu não sei jogar sinuca, e eu perco em jogos de aposta
Eu ainda sou uma pessoa que você gosta?
Porque você me deixou para trás
Para depois, e talvez, para nunca mais
E eu nunca fiquei tão solitário
Você se lembra da data do meu aniversário?
Porque você nunca mais me parabenizou
Faz muito tempo que não te vejo
Você me ensinou a nadar, para agora eu me afogar em seu desprezo.
Se Deus escreve certo por linhas tortas
O amor é a chave que abre todas as porta
E eu te amarei, incondicionalmente
Me matarei aos poucos, como faço
Acenderei mais um cigarro
Acreditarei em suas mentiras
Está frio enquanto escrevo, mas agora não há mais medo
Te confesso o segredo que não contei nem a mim mesmo
Enquanto caminhava pelas ruas escuras
O seu amor é como uma doença que cura
E eu, como um pássaro sem asas
Mas se o amor é a chave que abre todas as portas
irei bater antes, da próxima vez
será que tem alguém em casa?
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apcomplexhq · 3 months ago
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✦ Nome do personagem: Duan Jiaxu. ✦ Faceclaim e função: Chen Zheyuan - Ator. ✦ Data de nascimento: 31/10/1994. ✦ Idade: 30 anos. ✦ Gênero e pronomes: Masculino, ele/dele. ✦ Nacionalidade e etnia: China, chinês. ✦ Qualidades: Altruísta, eficiente e leal. ✦ Defeitos: Rígido, quieto e frio. ✦ Moradia: Mount Olympus. ✦ Ocupação: Entregador na Persephone's Petals e Radialista. ✦ Bluesky: @MO94DJ ✦ Preferência de plot: ANGST, CRACK, FLUFFY, HOSTILITY, ROMANCE. ✦ Char como condômino: É possível esquecer que se tem Jiaxu como vizinho, com sua rotina agitada, vive em jornada dupla apenas para manter sua cabeça ocupada com algo que não seja as vozes em sua cabeça ou algo do tipo.
TW's na bio: abandono e negligência parental, afogamento, descrição de cadáver, morte, negligencia policial, situação de rua, bullying, menção à situação análoga à esquizofrenia. Biografia:
A responsabilidade de criar um filho é imensa e imensurável, uma criança requer atenção, cuidados, além de amor e carinho de seus progenitores. Coisa essa que Haoran nunca presenciou em sua vida, nascido em uma época em que seus pais eram jovens, o garoto se tornou um empecilho em suas carreiras profissionais que ainda caminhavam para uma consolidação. Desde muito jovem ele aprendeu a se desenvolver com que tinha a disposição. Como uma família que vivia por aparências, contanto que nas reuniões de família Haoran se comportasse, era o suficiente. Era rara, às vezes que os pais o levavam para passear, o aniversário de três anos fora uma das poucas, mas foi a última saída em família. Haoran foi levado para um parque para celebrar a data, seus pais não muito esperado deles voltaram seus rostos para seus celulares e suas carreiras, nem repararam a criança indo atrás de um balão vermelho flutuando no céu, era uma das poucas vezes que tinha visto um e estava encantado com a cor vibrante, não reparou que estava indo para longe.
Haoran correu pelas ruas, seguindo o objeto que parecia guiá-lo para longe de casa, passou por lugares que ele nunca tinha visto antes, cheios de gente estranha e perigosa. Ele não percebeu o perigo que corria, nem o tempo que passava, só queria alcançar o balão. O mesmo chegou a uma ponte que cruzava um rio sujo e poluído, enquanto via balão descendo lentamente em direção à água. Pensou que talvez ele pudesse pegar o balão se pulasse na água. Ele não sabia nadar, mas não pensou nisso. Pensou no balão. Quando Haoran pulou na água, sentiu o frio e o nojo, ainda tentou pegar o balão, mas escapou de suas mãos. Seu folego estava acabando, o ar estava aos poucos sumindo, tentou subir à superfície, mas se afogou. Haoran sentiu uma dor forte no peito e uma escuridão invadindo sua visão, pensou que ia morrer, mas ele não morreu. Acordou em uma margem do rio, tossindo e vomitando, todo molhado e sujo. Ele não sabia onde estava, nem como tinha sobrevivido, mal sabia que a sua vida tinha mudado para sempre.
Seu desaparecimento virou notícia em toda a cidade natal, tomando a boca de todos, desde o momento em que os pais iam embora e se deram conta do sumiço, a notícia fora dada para alguns parentes enquanto os pais iam à delegacia, seus pais pareciam desolados e desesperados nas entrevistas que deram querendo o filhinho de volta, pelo menos era o que aparentava para todos, mas o final feliz dessa história não chegou. A polícia tinha encontrado um corpo de uma criança no rio, que tinha sido identificado como o dele. Haoran havia sido dado como morto. A polícia tinha encerrado o caso ali, dando como uma morte acidental, sem investigar mais nada, eles só não queriam perder o tempo procurando uma criança que provavelmente só gastaria o tempo deles. O corpo que tinham encontrado não era o dele, mas por estar desfigurado e usando as roupas dele, fora reconhecido pelos pais e caso encerrado. As peças daquele quebra-cabeça parecia muito bem encaixadas para contestar algo e assim o seu velório foi feito movimentando a cidade a prestar condolências a sua alma.
O que ninguém imaginava, era que, na verdade, Haoran estava bem longe dali lutando para sobreviver, a hipotermia era sua inimiga mortal, ainda lutava para expelir água contaminada de seus pulmões e organismo. Mais uma vez Haoran se encontrou desacordado e em um lugar desconhecido o qual não compreendia bem. Conforme caminhava, se encontrou com uma silhueta escura e misteriosa que apenas fez sinal para o seguir e o mesmo o fez. Naquele momento sua estava passando para outro lado sendo guiado pela morte. Em um momento, ele percebendo que havia algo errado, ele saiu correndo dali para a direção oposta a qual era guiado e desesperado, deixando uma parte de si para trás, em meio ao perdido que ele se encontrava ele escutou. **beep** **beep** e foi atrás daquele som, esperando que ele pudesse trazer algum aconchego para si. Abruptamente, Haoran acordou em um lugar branco, não sentia mais frio, muito menos o cheiro horrível do rio. Estava morto? O que era aquilo? O que tinha acontecido? Quem era ele? A sua pouca idade preenchia sua mente de perguntas e demorou um tempo para que um médico aparecesse e solucionasse tudo.
Por mais que entendesse que foi encontrado em um rio a beira da morte, como aquilo explicava aquela pessoa sem cabeça no canto da sala que ninguém via? A verdade mesmo é que parte dele estava conectada entre a vida e a morte o fazendo ter conexões com o mundo espiritual invisível aos olhos comuns, em suma, Haoran via almas de gente morta, mas para os outros só era muito estranho e o mesmo nunca mais falou daquilo. O chinês não sabia que ele tinha enganado a morte e ela ainda o perseguia. E não deixaria em paz por um bom tempo. Por algum milagre, Haoran sobreviveu, foi lhe dado um novo nome e uma nova vida, já que não havia memórias de onde morava nem de seus pais. Especialistas acreditavam realmente que ele recobraria a memória, mas nunca ocorreu. Haoran, agora Jiaxu viveu vagando por aí, dormindo pelas ruas, alguns comerciantes que se comoviam por sua pouca idade e sua situação, ofereciam comida e banho em troca de serviços leves, organizar coisas, ajudar a levar compras de clientes, coisas básicas que rendia em uma sobrevivência por mais alguns dias.
As coisas melhoraram quando fora acolhido por uma comunidade mais velha de um asilo humilde, onde dormia ali com permissão em troca de tarefas básicas, como limpeza e servir como um acolhimento para os idosos solitários que não tinham uma família presente, sendo praticamente adotado pela instituição. Não demorou muito para começasse a cursar uma escola obrigatória pelo governo que as tarefas evoluíssem e passasse para um real emprego, além de reais responsabilidades. Só que a paz não durou muito na escola, com parte de sua alma atrelada ao sobrenatural, não demorou muito que a sua percepção do real e dos espíritos que via se misturasse em sua cabeça, claro que Jiaxu não entendia de nenhuma forma. Apenas tentava ignorar tudo e todos, para as pessoas de sua idade era óbvio o que isso significava, Jiaxu era um louco esquisitão e isso o afastou de potenciais amigos e alvo de chacota, mas ele nem se importava com isso, a verdade era que o estudo era a única forma de reverter a sua situação, e bem.
Milagrosamente, contra tudo e todos, Jiaxu se formou, tanto na escola como na universidade com engenharia de som, mas se engana se o homem tinha interesse em ost de novelas, quer dizer, tinha uma certa curiosidade, e fazia uns samples, mas a verdade era que se encantou por algo um pouco mais antiquado, rádio. Claro que não viveria disso, apresentava um programa semanal: O 午夜理论, sempre nas madrugadas, enquanto isso alternativa com algo realmente que dava dinheiro, entregando coisas de lojas da cidade para clientes da própria Beijing, bem como fazendo o cansativo trajeto de Wuhan para Beijing. Ele era a ligação principal da cidade e cobrava taxas relativamente baratas, mas como era um serviço muito requisitado tinha um grande volume, pagava bem as contas e ainda juntava um bom dinheiro, este que investiu num lugar relativamente bom, mas sua vida mudou graças ao seu passado. Costumado a ajudar a terceira idade, recebeu uma surpresa quando fora apontado como o principal beneficiário do testamento de um dos que haviam o criado, em meio a confusão que isso trouxe com a família de sangue, Jiaxu não teve escolha a não ser vender o que tinha e apenas levar sua singela lambreta consigo para um novo destino: Coreia do Sul.
O chinês teve de aprender uma língua nova e adaptar-se ao novo lugar mais do que imaginava, viveu por um longo tempo em lugares pequenos e baratos, podia ser péssimo na língua, mas memorizar endereços era fácil para o homem que apenas recebeu a indicação de emprego para manter seu trabalho de entregador com todos os benefícios de um trabalhador honesto, a surpresa de Jiaxu foi se encantar com o condomínio e comprar uma mansão no Mount Olympus e apesar de não soar que teria condições de comprar, o dinheiro do testamento, junto as economias de radialista com a monetização do seu podcast e entregador foram essenciais, mas para todos, Jiaxu vive em Tartaros, sem elevador nenhum. Até quando?
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yurisquotesandstuff · 3 months ago
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me dei um Ato Gratuito
Acabo de me permitir ter um ato gratuito, isto é, se deixar ter a liberdade, agir porque se tem liberdade, através dela, sem necessariamente um porquê. A verdade é que por uma maneira humana de tentar saber das coisas, costumamos dar nome a tudo, mas a natureza, aquela que é, é soberana e cria coisas novas, ou melhor, revela mistérios que ainda não pudemos nomear, nos dá lembrança do selvagem mundo sem nome, ela sussurra soberana. E me foi bom escutá-la... Resta a mim tentar trazer aquilo que vivi através do ato gratuito que fiz hoje. Sob o céu nublado de domingo a tarde, por volta das 5 e meia, eu precisava ir ao banco e pensei: vou de bicicleta para viver o ambiente. Peguei minha pochete, deixei o celular em casa - porque a tensão por causa dele poderia me atrapalhar, queria me preocupar menos com as coisas nomeáveis - e fui. Quase desisti quando meu vizinho me alertou sobre a chuva que viria e as horas já avançavam soberanas, mas o respondi que seria breve e pensei que se chovesse, que chovesse, eu me molharia. Olhei para as montanhas - aqui é cheio delas - e as nuvens caminhavam fortes e rápidas. O fim de tarde, sobretudo o de domingo, tem mistérios. O que a vida libera para ser sentido aos domingos é vasto, e eu gostaria de pegar muita coisa, como quem busca os peixes ágeis em um mar cristalino: os vejo, as vezes encosto, mas não consigo dominá-los. São selvagens e passeiam em seu habitat natural, nítida minha limitação de humano.  Respirei ares de rua. Eu estava dentro de uma cidade, escondido como num labirinto, e quem olhasse do avião e visse todas as luzes e a mancha de cidade do alto poderia imaginar que havia gente lá em baixo, e eu era um deles. Eu me misturava e fazia parte daquilo que eu imaginava existirem guardados na cidade ao olhar um mapa. Eu estava protegido pela cidade, era parte de um ecossistema, de um organismo, sou da raça humana e estou na terra, assim como os peixes estão no mar. Eu estava em uma rua no Rio de Janeiro, como um átomo está no interior do meu corpo.  Na rua haviam pessoas vivendo. Quem são? aquele momento eu capturei em imagem em mim. Fui ao banco que exalava um vazio de domingo e um senhor que provavelmente não voltarei a ver, e ao voltar, pensei: irei àquelas ruas que costumava passar de carro, via o potencial de sentidos pela janela, e porque estou livre vou tentar achá-las sem gps. As busquei como criança no começo de uma aventura infantil. Não me lembro agora, mas certamente sorri sozinho algumas vezes dentro da viagem com consciência de todas as minhas camadas: contemplação, medo, tristeza, alegria, arrogância, sonhos, idealizações... sim, temos camadas diferentes e há muito ao mesmo tempo. Ao passar pelas ruas vi casas e luzes amarelas, uma janela secreta e silenciosa que escondia o mistério do seu interior, o cheiro de natureza por conta das várias árvores e arbustos, famílias ou amigos reunidos dentro de suas fortalezas e conforto, carros antigos dentro de casas que devem ser bonitas por dentro, e eu chegava a pontos de tontura ao ver tanta rua, e casa, e vidas, e árvores que meu Deus... De certo meus olhos diziam muitas coisas. Sobre aquela bicicleta eu tinha olhar de susto, o susto de quem vê um mundo encantado. Boquiaberto eu seguia e queria dizer o que via, tamanha era a mágica secreta diante dos meus olhos. Existia ali aquilo que idealizo dentro de mim nos dias comuns onde tudo parece cético. Crescia em mim a certeza de que não sou só sonhador, o sonho se revelava realidade, enfim um segredo se revelava. Comecei a ver os peixes que falei acima, comecei a buscá-los e de humano que sou, toquei-os algumas vezes. Eu não saberia explicar o quão radiante, mesmo que junto de outras camadas, eu estava.
E o vento no rosto quando não era necessário pedalar e a gravidade era favorável ao meu ato? Não sei explicar com que êxtase eu sentia o momento. Em uma descida ou outra soltei os braços, tive a percepção de que podia andar sem eles no controle de novo (coisa que só fiz quando criança), e me senti mais livre, tão só comigo mesmo, mas tão pleno dentro do que posso me permitir ser que me lembro com alegria. Voltaria lá agora no escuro, pode ser que haja mais algum peixe e eu o toque, ou o segure. Passei em frente a algumas igrejas e combinei comigo de que iria; não hoje, mas só isso falta. Falei em línguas alguns momentos, observei cenários não tão belos assim, mas graças a Deus vivo em um lugar que meu Eu tolera, dá pra sonhar aqui. Voltei me sentindo vivo e acendi um incenso, o cheiro importa pra mim.  Hoje pude lembrar de que não sou lunático como a pressão humana e a tentativa da mente de um terreno sólido costumam insinuar. Só não ignoro, nem me assusto (tanto) com o fato de que há coisas que não podemos nomear. Coisas que podemos buscar, mas independe de nós achar. Nos é dado. Suponho. 
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giraperformidia · 5 months ago
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REVIRAVOLTA Ju Angelino (RJ)
uma vídeoperformance-ritual baseada na minha ancestralidade e nas minhas vivências enquanto artista, mulher, favelada e homossexual ocupando A Rua, sendo atravessada por muitas violências, entre elas a de gênero. Reviravoltar é subverter ao sistema opressor e também construtor de comportamentos que tentam aprisionar corpos encantados. O ritual acontece através da ativação do poder feminino, mas também nos movimentos que transitam entre o comportamento masculino e feminino, dentro do contexto urbano.
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Ficha técnica Criação, direção, edição e performance: Ju Angelino Figurino e objetos de cena: Ju Angelino Filmagem: Agatha Fiúza Música: Ju Angelino
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afestaeboaparapensar · 1 year ago
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Desenrolando a Serpentina 2023
O carnaval se ancora num modelo de liberdade e uso da rua, de pertencimento do folião pela identificação com os bairros, as linguagens e a identidade das agremiações. Mas, ao longo da História, conforme o movimento cresce, o poder público vai estabelecendo circuitos oficiais, como modelos de carnaval. Afinal, que corpo encantado é esse e de quem é essa rua? Mesa 1: Corpos Políticos e Carnaval…
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myquotesbyspirituality · 2 years ago
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Falar sobre a visita que fiz hoje no museu é lucrativo do ponto de vista cultural, usando a figura.
Capaz de enebriar a pessoa com tanta beleza, as atividades de se espantar com tanta crença em que você está sentindo algo que faz bem pra você, deixa qualquer um, como eu, sem saber o que dizer direito, como fazer etc. Porque? Não sei, no meu caso eu fico encantado e contente.
Só que na minha humilde opinião de "quem se não se tivesse algo assim pra fazer", estaria meio que ansioso, perambulando, soltando pulga e tudo mais. Por isso, fico contente e feliz e com certeza agradeço por tanto empreendimento na cidade. Tenho certeza que não é pra mim, que as coisas, novidades e sonhos das pessoas não vem ao meu encontro como se eu fosse o todo poderoso, só que acabo encontrando tudo isso, ao mesmo tempo... normal. Todo mundo é assim.
Faz dias que eu venho me policiando (modo de falar), no sentido que ver essas coisas aí, dos impérios pré-colombianos me deixa felizão. Como se eu fizesse uma sinapse.
Bom... aí... eu me pergunto. Hoje por exemplo vi uma cigana na rua aqui de casa com um saião azul petróleo, que na hora me veio, é uma Índia chilena. E eu vendo os vídeos sobre. Nem consigo gravar nada. É busca por conhecimento e procura por satisfazer minha tão famosa... e querida... Seria ela? A pertença.
Não vou arrumar uma saída pra cidade.
Digo, eu tenho uma tatuagem com o desenho do clã tokugawa lá do Japão. Não sei como, mas tenho, foi um período de paz no Japão. Ponto estratégico no corpo ficou a tatto. Muito leque, muito leque. Que eu penso: seria eu, mexicano?
Porque não? O bairro Santa Paula é um exemplo disso? Disse mexicano por outra coisa. Enfim...
Aí... como eu ia dizendo, fiquei feliz, porque eu criei uma identidade.
Tudibom
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rodadecuia · 2 years ago
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resenhadebolso · 5 years ago
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O corpo encantado das ruas
As ruas de Luiz Antonio Simas são as ruas esquecidas da maioria da população, mas não de quem se devota a compreender nelas a essência de uma cidade. Neste livro-ode, o Rio de Janeiro surge em toda a sua glória passada — nunca apagada — pronto para dar ao leitor um gosto do que se esconde nas frestas do elitismo.
As ruas, aqui, são sobretudo simples. Nas crônicas deste corpo encantado, se cruzam e promovem o feliz encontro entre sagrado e profano. Cronista que sabe conjugar macumba e futebol em um texto suave, sem perder as bases teóricas, Simas elabora uma espécie de tratado das encantarias da cidade que ainda se mantém de pé, embora muitos não queiram: as sabedorias que se escondem no Parque Shangai são tão importantes quanto aquelas da universidade, e não existe saber negativo, apenas aquilo que se complementa na ginga do concreto duro com o corpo que samba. Feito trajeto muito percorrido, as ruas de Simas repetem termos e histórias já esmiuçados em outros de seus livros, o que pode desagradar quem busca uma obra de novidades, porém é difícil cair no enfado diante de um texto tão legível e corrido — aspecto fundamental, portanto, para o exercício da crônica.
Apropriando-se das gramáticas populares, O corpo encantado das ruas é o tipo de resistência que se espera neste fim de década: bonita e decidida a recusar a morte que só foi anunciada. A cada página, inclusive quando fala da finitude, Luiz Antonio Simas parece driblar todos os aspectos defuntos da cidade. É o Maracanã que resiste na memória, as diversas formas de Exu e seu Zé Pelintra, o ritual de docinhos para Cosme e Damião. Tudo é rua tanto quanto é vida. Em tempos de inclinação ao obscurantismo, é bonito saber daquilo que persiste e anuncia, sem medo – e com muita esperança – a existência de um país possível.
Nota: ✩✩✩✩
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unholyangelo · 2 years ago
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Acolhemos orgulhosamente MATEO “ANGELO” BEMBE DI MARÍA ÁLVAREZ-GONZÁLEZ em nosso corpo estudantil! Ele é um VAMPIRO matriculado na Casa ANDRÔMEDA aos QUARENTA E SETE VINTE E CINCO anos. Ele pode passar a impressão de ser PRESTATIVO e RECEOSO, e talvez você o confunda com o padrão ALBERTO ROSENDE, mas garantimos que é apenas uma coincidência.
RESUMO
Pai Colombiano, Mãe Cubana, nascido no México. O sétimo e último filho de uma enorme família. Apaixonado pela vida, criado para ser um bom menino. Descobriu-se no catolicismo e ingressou no Ordenado (Padre). P.S.: Cumpriu dois anos de serviço militar. Antes de completar os estudos foi abduzido por uma vampira. Transformado pelo patriarca vampírico alegando amor eterno. Mateo não aguentou a nova realidade e entrou em modo feral, virando besta sem controle. Passou 22 anos sob o comando dessa família de vampiros fazendo o trabalho sujo. Quando não teve mais utilidade, foi solto da coleira e ganhou liberdade. Em negação com sua condição e não conhece seus limites. 70% do tempo como seu eu antigo, 20% colocando geral em risco porque não consegue se alimentar, 10% como incontrolável passível de besteiras. Dom: sedução.
EXTRACURRICULARES:
Canoagem, Xadrez, Coral, Clube de Apicultura e Clube de Conservação de Unicórnios
INFORMAÇÕES EXTRAS:
arrasa na cozinhas, especial caveiras de açúcar e culinária típica
acompanha missas do lado de fora e com rosto de ódio (mas é só concentração)
usa o nome dos avós no lugar de expressões divinas
usa um crucifixo por baixo da roupa, mesmo que o machuque
sempre visto com queimaduras e ferimentos pelo corpo
fala perfeitamente: inglês, espanhol, português brasileiro e de portugal. as demais línguas o suficiente para se comunicar, já que viveu numa cidade turística
angelo é um apelido dado pelos avós e continuo sendo usado de forma depreciativa pelos seus criadores
é um exímio dançarino, com especialidade em música latina (agarradinhos) e improviso
tem 185, sexualidade hetera-duvidosa.
HISTÓRIA + MALDIÇÃO DO VAMPIRISMO
Mateo Bembe Di María Álvarez-González nasceu para ser padre e estava para nascer alguém que o tirasse desse caminho.
O caçula da última geração dos Álvarez-González fechou o ciclo das sete gestações prometidas pela matriarca. Aquela tão mais fácil e tranquila que o marido tentou seduzir para mais uma, mas o dom da vida tinha fechado as portas. E, com alguns anos de vida, Mateo Bembe Di María Álvarez-González mostrou o porquê de ser o último daquela geração. A criança nasceu perfeita. Alegre e cheia de vida, dono do sorriso mais cativante de toda Cidade de México. Solícito, prestativo, paciente com um toque de ousadia e independência. Um ser humaninho tão cheio de luz quanto o quarto que permanecia aceso, pelo medo receoso do escuro. Sua criação não o permitindo ganhar características mimadas e cheias de si, mas moldado na delicadeza e nos costumes de quem tinha séculos nas costas. Mateo tinha valores, respeitava as tradições e mudava um pouco a perspectiva quando aprendeu a ler.
Uma coisa era ficar sentado e olhando as figuras no altar, os olhos brilhando de fascinação pela figura do padre no altar e das luzes das velas nos nichos. Outra era entender o que era dito e poder acompanhar nas folhinhas finas translúcidas. E por pertencer a uma família tão religiosa, o assombro encantado da religião católica tornou-se uma paixão acalentadora. Sim, ainda era o ajudante número um na cozinha e fazia as irmãs rirem com suas palhaçadas; mas era também o primeiro a colocar a melhor roupa e acompanhar as avós nas missas de todos os dias. Os calos das brincadeiras de ruas encaixando-se melhor no passar das contas do crucifixo e os joelhos cheios de cicatrizes oferecendo uma base melhor quando se ajoelhava perante a imagem santificada. Mateo encontrava paz entre as quatro paredes grossas de uma igreja, associava os incensos à calmaria interna. E assim, com as mãos unidas em prece e um sorriso cálido nos lábios, ele recebeu o sinal de que escolhia o certo.
Uma pena que o destino tinha outro obstáculo a ser superado antes de seguir o Ordenado. Mateo precisou cumprir o tempo mínimo no serviço militar em promessa ao falecido avô. Dedicou-se como pode, ofereceu conforto para quem buscasse e voltou para casa com honrarias (medalhas deixadas no altar em homenagem). Ainda demorou alguns meses para trilhar seu caminho de padre, tudo relativo aos trâmites e justificativas por começar tão tarde sua trajetória. E quando tudo foi resolvido, os papéis assinados e o quarto escolhido, sua vida realmente começou. Estudou, estudou e estudou mais um pouco. Mexeu e vasculhou e revirou todos os livros que estavam ao alcance. A personalidade alegre do rapaz só fez ficar ainda melhor, mais refinada e tranquila, destoando de seus superiores na linha mais fechada. Mateo tinha o sangue quente de um latino, oras! E com a evolução da sociedade, jeitos alternativos deveriam ser usados para alcançar mais e mais fiéis.
Foi no Dia de Los Muertos, no auge dos seus vinte e cinco anos, o pé já na zona de padre que ele a conheceu. Esguia, pálida e de olhos escuros, envolta em rendas vermelhas e negras. Não era a mais bela de todas as mulheres, mas carregava em si uma energia que o fizera esquecer de tudo. Mateo saiu do seu posto e foi atrás numa brincadeira de gato e rato. As luzes da festa ficando para trás, o frio da noite o envolvendo, mas a magia dela o atraindo como uma mariposa a luz. Quando seus dedos a encostavam, tudo se dissolvia e ela piscava metros mais à frente. Em um momento ele tinha o cemitério atrás de si, no outro uma pesada porta fechava com todos os trincos. Pouco ele recorda daqueles dias. Flashes salpicados formando uma linha de tempo muito confusa. Ele lembrava de beijos, de dores pontiagudas pelo corpo, de ficar no limiar da loucura entre lençóis de seda. Recordava do partilhar de uma taça, de lábios sujos com líquidos viscosos e de ser arrastado para os pés de alguém alto demais (frio e branco como a morte).
Sete dias depois, Mateo Bembe Di María Álvarez-González foi encontrado morto num beco sem saída qualquer. E, dois dias depois, seu corpo fora retirado do caixão com esmero, sem levantar suspeitas. Ele não entendia o que estava acontecendo, quem eram aquelas pessoas numa festa lúgubre e escura, dos tapinhas congratulatórios em suas costas e dos passos deixando um rastro de terra atrás de si. O pai, seu criador, explicou o que tinha acontecido... E, pela segunda vez, Mateo morreu para o mundo. Há de se falar que ele durou cinco minutos inteiros estáticos, tentando entender o que tinha acontecido, para se transformar numa fera irracional e primitiva. O lado humano não entendeu o lado vampiro, o lado vampiro foi mais forte e matou a rebelião humana. Ele se fechou e sumiu, a dor da perda e o desespero tão grandes que os olhos ficaram negros como a morte e os dentes não ousaram sair do estado mais afiado de ataque. Em seu pescoço fora colocado uma corrente de prata, pequenos crucifixos adornando a focinheira salpicada de alho.
[...]
Mateo acordou vinte e dois anos depois com itens bem peculiares: uma bolsa integral em Nevermore, uma conta no banco gordíssima, um livro explicativo sobre sua ‘condição’ e uma carta de agradecimento pelos serviços prestados (além da liberdade concedida pelo criador). Não é de se estranhar que tenha ficado algumas horas encarando o vazio sem saber o que fazer. E o oco no peito doendo ainda mais por não poder buscar auxílio na voz divina quando olhava para o céu. Mateo tinha abandonado o pai e não podia fazer mais nada além de encontrar um propósito naquela nova vida. Seguro dizer que não a aceita até os dias atuais, preferindo fingir que não é consigo nem que tenha mudado de qualquer forma. Seu comportamento é tão comum que poderia se passar por um padrão. Um padrão mais pálido, que não comia nada e encarava ferozmente a Igreja pelo lado de fora. E o poder de sedução? Uma única vez usado por acidente para se livrar de suspeitas e pronto, encerrado na mesma caixa de negação com seus outros dotes sobrenaturais. O problema era que essa caixa não era infinita e, quando transbordava, quem conhecia Mateo parecia sentir falta da coleira de crucifixos e alhos para prender a besta que se tornava.
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soulvianna · 2 years ago
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Acorrentado a mim mesmo & a minha irresponsabilidade. 
Na esperançosa e brilhante São Paulo, numa ampla mesa de vidro, 
Dia 18 de Julho de 2022 
Acorrentado a mim mesmo & a minha irresponsabilidade. 
Achei-me maduro e encontrei-me perdido. 
É incrível como me cuidam e me aconselham, mudos. 
Tiveram que ascender para se tornarem o que devo ser. 
É um lance de identificação. 
Depois de uma tempestade avassaladora, passei os dias subsequentes sozinho, conversando comigo mesmo para entender o que parte de mim já tinha entendido no começo disso tudo. Talvez aceitar o que sempre soube?  
Me enchi de tapas na cara. Me enchi de veneno, melancolia e inspirações obscuras.  
Você não tá entendendo nada né? Vou ser mais claro. Eu andava desconectado romanticamente. Embriagando-me de corpos vazios, de rua em rua perdia-se a luz na medida em que me perdiam os sonhos. Ninguém é pueril, nada é geral. Existem muitas “almas gêmeas”, sim. Acredito que a saga para as buscar não deve ser vazia. Pouco me interessam as coisas que aprendeste nos discos, quero risadas leves e harmonias contagiantes. Acredito que consigo te falar o motivo deste texto com uma música, vamos lá. 
Na primeira vez, era a cidade. 
Tentei uma aventura nova, conhecer algo novo, pessoas novas. Fui levado por um amigo a um ambiente novo, algo que nem sabia da existência, mas que estava conectado musicalmente a mim desde sempre. Entre esses amigos, estava aquele ser grego de aparência impecável, moral intacta e imponente figura. E Ela, a qual já havia visto fotografia, mas que era estonteantemente mais bela à vista. Não me dei ao trabalho de tentar “algo” no dia, sempre tento deixar que as coisas ocorram naturalmente (eu sou um idiota lerdo). Óbvio que alguém tomou essa iniciativa. E tudo bem. Não ficara nervoso, mesmo que quando os vi de primeiro momento tenha sido a primeira pontada (que deveria ter ficado por ali?). Não pude evitar de vê-la com olhos atentos e discretos durante a noite, minha sina de observador jamais se cala diante a beleza. Estava vislumbrado com aquele lugar, aquelas pessoas e aquela música. Com certeza, na primeira vez era a cidade, estava embriagado pelas luzes e por um breve momento de alegria após a tempestade que estava passando. Naquele dia, a chuva parou por um momento e fui incapaz de ver a onda que vinha por trás e que mais tarde me levaria a clarificação.  
Na segunda, o cais, eternidade. 
Quando iniciam histórias de amor, principalmente aquelas que se iniciam na vida noturna, dizem: “Eu deveria ter ficado em casa.” mas sinceramente isso não se aplica aquela noite. É a maldição dos que destoam procurar aqueles que entonam com tudo e todos. A música era ótima porquê as pessoas se conectavam.  A bebida descia doce e os cigarros macios. O álcool às vezes faz tudo me ter cheiro de mar, talvez isso tudo seja uma ilusão, perdoa-me. No finalzinho, entreguei a performance da minha vida ao som das músicas mais emocionais que podiam ter tocado. Éramos eu e Freddie no pódio. Quando tudo acabou, não pude evitar buscar o calor dela. O poeta sempre precisa se jogar às brasas. Então deitamo-nos entrelaçados e senti-me vivo, mesmo que fisicamente estivesse morto. Pela manhã, me senti um pouco inconveniente, senti a necessidade de partir. Me pediu pra ficar. Droga. Eu quis muito ficar. Eu fiquei. Aquele dia era indescritivelmente belo, mas eu tento. O céu azul e limpo trazia uma luz quente envolvida por um vento suave do mais quente verão londrino. Aquele dia azul e ensolarado onde o sol ilumina mais do que nunca e não queima a pele de ninguém. Tudo estava sereníssimo. Saímos um pouco daquela cidade e fomos para longe de tudo, em meio a simplicidade da natureza e o silêncio sublime de um lugar longínquo. Sentados sobre a grama, tudo se encaixava. Era linda a maneira a qual os assuntos fluíam e a concórdia escorria dos lábios como mel. Fizemos horas parecerem minutos e o sol descia colorindo o céu de maneira surrealista. Estava encantado, o lugar, os assuntos e a maneira a qual a pele dela reluzia sob a luz do sol me deixavam tranquilo enquanto sabia que meu subconsciente segurava o tempo para que meu encanto escorresse mais devagar. Quando o céu escureceu e subiram os astros para rodear-nos feito vagalumes, encostei-me nela e o silêncio se fez perfeito diante de meus olhos. Como eu amo quando o silêncio é melódico. Na volta pra casa, o simples toque dela me arrepiava como se o magnetismo dela puxasse meu sistema nervoso como ventríloqua e me permiti ficar perdido sobre o toque aveludado.  Na despedida, dei um beijo desajeitado. Isso é raro, nos momentos onde o beijo é só um beijo, fico mais tranquilo. Ainda assim, foi ótimo. Espero ter-lhe feito lembrar de um momento parecido com o meu, os próximos versos serão um pouco mais complicados. Desculpe. 
CONTINUA... assim que eu terminar de viver isso. 
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amor-barato · 2 years ago
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Encontravam-se todas as semanas, ora uma ora duas vezes, de modo que as suas visitas caridosas à paralítica perfizessem ao fim do mês o número simbólico de sete, que devia corresponder, na idéia das devotas, às Sete Lições de Maria. Na véspera o padre Amaro tinha prevenido o tio Esguelhas, que deixava a porta da rua apenas cerrada, depois de ter varrido toda a casa e preparado o quarto para a prática do senhor pároco. Amélia nesses dias erguiase cedo; tinha sempre alguma saia branca a engomar, algum laçarote a compor; a mãe estranhava-lhe aqueles arrebiques, o desperdício de água-de-colônia de que ela se inundava; mas Amélia explicava que "era para inspirar à Totó idéias de asseio e de frescura". E depois de vestida sentava-se, esperando as onze horas, muito séria, respondendo distraidamente às conversas da mãe, com uma cor nas faces, os olhos cravados nos ponteiros do relógio: enfim a velha matraca gemia cavamente as onze horas, e ela, depois de uma olhadela ao espelho, saía, dando uma beijoca à mamã.
Ia sempre receosa, numa inquietação de ser espreitada. Todas as manhãs pedia a Nossa Senhora da Boa Viagem que a livrasse de maus encontros; e se via um pobre dava-lhe invariavelmente esmola, para lisonjear os gostos de Nosso Senhor, amigo dos mendigos e vagabundos. O que a assustava era o Largo da Sé, sobre o qual a Amparo da botica, costurando por trás da janela, exercia uma vigilância incessante. Fazia-se então pequenina no seu mantelete, e abaixando o guarda-sol sobre o rosto, entrava enfim na Sé, sempre com o pé direito.
Mas a mudez da igreja, deserta e adormecida numa luz fosca, amedrontava-a; parecia-lhe sentir, na taciturnidade dos santos e das cruzes, uma repreensão ao seu pecado; imaginava que os olhos de vidro das imagens, as pupilas pintadas dos painéis se fixavam nela, com uma insistência cruel, e percebiam o arfar que ao seu seio dava a esperança do prazer. Às vezes mesmo, atravessada duma superstição, para dissipar o descontentamento dos santos, prometia dar-se nessa manhã toda à Totó, ocupar-se caridosamente só dela, e não se deixar tocar sequer no vestido pelo Sr. padre Amaro. Mas se ao entrar na casa do sineiro o não encontrava, ia logo, sem se deter ao pé da cama da Totó, postar-se à janela da cozinha, vigiando a porta maciça da sacristia, de que ela conhecia uma por uma as chapas negras de ferro.
Ele aparecia, enfim. Era então nos começos de março; já tinham chegado as andorinhas; ouviam-nas chilrear, naquele silêncio melancólico, esvoaçando entre os contrafortes da Sé. Aqui e além, plantas dos lugares úmidos cobriam os cantos de uma verdura escura. Amaro, às vezes muito galante, ia procurar uma florzinha. Amélia impacientava-se, rufava na vidraça da cozinha. Ele apressava-se; ficavam um momento à porta, apertando-se as mãos, com olhos brilhantes que se devoravam; e iam enfim ver a Totó - e dar-lhe os bolos que o pároco lhe trazia no bolso da batina.
A cama da Totó era na alcova, ao lado da cozinha; o seu corpinho de tísica quase não fazia saliência enterrado na cova da enxerga, sob os cobertores enxovalhados que ela se entretinha a esfiar. Nesses dias tinha vestido um chambre branco, os cabelos reluziam-lhe de óleo; porque ultimamente, desde as visitas de Amaro, viera-lhe "uma birra de parecer alguém", como dizia encantado o tio Esguelhas, a ponto de se não querer separar dum espelho e dum pente que escondia debaixo do travesseiro e obrigar o pai a encafuar sob a cama, entre a roupa suja, as bonecas que agora desprezava.
Amélia sentava-se um instante aos pés do catre, perguntando-lhe se estudara o ABC, obrigando-a a dizer aqui e além o nome duma letra. Depois queria que ela repetisse sem errar a oração que lhe andava ensinando; - enquanto o padre, sem passar da porta, esperava, com as mãos no bolsos, enfastiado, embaraçado com os olhos reluzentes da paralítica que o não deixavam, penetrando-o, percorrendo-lhe o corpo com pasmo e com ardor, e que pareciam maiores e mais brilhantes no seu rosto trigueiro tão chupado que se lhe via a saliência das maxilas. Não sentia agora nem compaixão nem caridade pela Totó; detestava aquela demora; achava a rapariga selvagem e embirrenta. A Amélia também pesavam aqueles momentos em que, para não escandalizar muito Nosso Senhor, se resignava a falar à paralítica. A Totó parecia odiá-la; respondia-lhe muito carrancuda; outras vezes persistia num silêncio rancoroso, voltada para a parede; um dia despedaçara o alfabeto; e encolhia-se toda encruada se Amélia lhe queria compor o xale sobre os ombros ou conchegar-lhe a roupa...
Enfim Amaro, impaciente, fazia um sinal a Amélia; ela punha logo diante da Totó o livro com estampas da Vida dos Santos.
- Vá, ficas agora a ver as figuras... Olha, este é S. Mateus, esta Santa Virgínia... Adeus, eu vou lá acima com o senhor pároco rezarmos para que Deus te dê saúde e te deixe ir passear... Não estragues o livro, que é pecado.
E subiam a escada, enquanto a paralítica, estendendo o pescoço sofregamente, os seguia, escutando o ranger dos degraus, com os olhos chamejantes que lágrimas de raiva enevoavam. O quarto, em cima, era muito baixo, sem forro, com um teto de vigas negras sobre que assentavam as telhas. Ao lado da cama pendia a candeia que pusera sobre a parede um penacho negro dó fumo. E Amaro ria sempre dos preparativos que fizera o tio Esguelhas - a mesa ao canto com o Novo Testamento, uma caneca de água, e duas cadeiras dispostas ao lado...
- É para a nossa conferência, para te ensinar os deveres de freira, dizia ele, galhofando.
- Ensina, então! murmurava ela, de braços abertos, pondo-se diante do padre, com um sorriso cálido onde brilhava um branquinho dos dentes, num abandono que se oferecia.
Ele atirava-lhe beijos vorazes pelo pescoço, pelos cabelos; às vezes mordia-lhe a orelha; ela dava um gritinho; e ficavam então muito quedos, escutando, com medo da paralítica embaixo. O pároco depois fechava as portadas da janela e a porta muito perra que tinha de empurrar com o joelho. Amélia ia-se despindo devagar; e com as saias caídas aos pés ficava um momento imóvel, como uma forma branca na escuridão do quarto. Em redor o padre, preparando-se, respirava forte. Ela então persignava-se depressa, e sempre ao subir para o leito dava um suspirozinho triste.
Amélia só podia demorar-se até ao meio-dia. O padre Amaro por isso pendurava o seu cebolão no prego da candeia. Mas quando não ouviam as badaladas da torre, Amélia conhecia a hora pelo cantar dum galo vizinho.
- Devo ir, filho, murmurava toda cansada.
- Deixa lá... Estás sempre com a pressa... Ficavam ainda uns momentos calados, numa lassidão doce, muito chegados um ao outro. Pelas vigas separadas do telhado mal junto viam aqui e além fendas de luz: ás vezes sentiam um gato, com as suas passadas fofas, vadiar, fazendo bulir alguma telha solta; ou um pássaro, pousando, chilreava e ouviam-lhe o frêmito das asas.
Eça de Queiroz (O crime do padre Amaro)
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