Tumgik
#isso começou como a resposta de outro mas se tornou a dessa aqui
thgow · 1 year
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Eu nunca entendi como o “Eu sou tão louco por você” se tornou “Estou cansado. Boa noite”. Parece besteira, mas eu era acostumado com meu lar dessa maneira. Uma troca absurdas de mensagens românticas e declarações. Beijos intensos de madrugada, enquanto um acordava o outro. Pedidos de desculpas em brigas, e logo em seguida risadas que nos deixavam sem ar. Músicas que compartilhávamos juntos e dizíamos que iriam tocar no nosso casamento. Emails que a gente trocava por que não queríamos responder mensagens no WhatsApp. São incontáveis coisas que eu me acostumei, e hoje não passam de lembranças. O primeiro toque, e a primeira vez que ele deixou uma escova no meu banheiro. Ele tinha feito questão de esquecer uma cueca aqui, e eu guardei com minhas outras roupas com tanto carinho, que meus olhos se encharcavam ao lembrar. A mensagem que ele tinha me enviado, logo após o nosso primeiro beijo debaixo de um torto. “A gente é muito legal, né?” E logo em seguida, peguei um táxi e fui embora pra casa feliz da vida porque finalmente tinha encontrado o cara dos meus sonhos.
Tudo isso rodeava a minha cabeça naquele final de semana, as fotos dos nossos pés, e como a gente ria dos pés pálidos dele. Nosso primeiro show do Coldplay juntos, onde ele me puxou para um abraço enquanto o Chris Martin cantava o couro emocionante de Yellow, e seus braços me apertavam mais ainda na parte: “You know i love so”. Porque tínhamos que ter esse fim? Sendo que ele adorava me levar aos domingos, no parque da Quinta da Boa Vista apenas para ficarmos deitados na sombra de uma árvore bebendo o drink que ele batizou de “Romeu sem Julieta”, que era basicamente gelo, leite condensado, uma garrafa de balalaika e hortelã. Era tudo premeditado a acontecer?
Mas como eu irei acreditar em algo premeditado, se depois de um ano de namoro, ele ainda fazia questão de me esperar para terminar uma série, ou um filme.. E planejar toda uma noite, que nunca dava certo, mas no final saímos felizes um com o outro? Era tantas perguntas que eu tinha dentro de mim, e eu não queria me aquietar até tê-las respondidas. Até hoje, eu me culpo por não ter tentando concertar as coisas quando tudo começou a desmoronar, e eu estava em um estágio na grande São Paulo o questionando do porque ele mudou tanto comigo, e sua única resposta foi: “Eu só estou fazendo minhas coisas”. Daí eu corri para o banheiro e chorei por alguns minutos sem que ninguém percebesse. Isso nunca foi algo que saísse da boca dele, e eu não fiz nada depois disso. Eu apenas aceitei que ele realmente tinha coisas para fazer, mas quando percebi que ele disse isso apenas para justificar sua falta de interresse em falar comigo, já era tarde. Para onde foi o seu amor? Desceu pelo ralo?
Eu me sentia esfolado, esmagado e jogado para escanteio. Quando eu te perguntei se: “A gente pode conversar?”, e você disse: “Sobre o que?”. Eu me senti uma inteira enganação. Ele estava do meu lado, e eu comecei a chorar porque eu não aguentava tanto desprezo do cara que eu amava. E começamos a discutir porque você dizia que eu estava exagerando. Porque eu não concertei as coisas nesse tempo? Será que tinha concerto? Eu te esperei uma quarta-feira inteira, e quando desistir de te esperar eu te liguei ansioso, atordoado e você não me atendeu. Você sempre me atendia, mas naquela noite não me atendeu. É só pela manhã eu descobri que você tinha ido para um luau no Arpoador e sequer me convidou para ir junto com você. Quando eu surtei, você me chamou de louco. Você nunca tinha me chamado assim antes.
E cada dia tinha sido tudo mais rápido, até o dia em que eu disse que te amava, e você respondeu: “Eu também”, para alguém que sempre foi acostumado a ouvir, “Eu também te amo, meu amor”. E para finalizar toda essa bosta de vida que eu tive nos últimos meses, eu precisei ouvir dos meus amigos que você queria que eu terminasse com você, porque você queria se livrar da culpa. Foi tão doloroso todas essas lembranças, que no fim do domingo, eu sentia sua falta e eu chorava incansavelmente, por saber que nunca seríamos o que poderíamos ser. De repente, tudo ficou feio. Até você, que era lindo, ficou feio. E eu estava me sentindo horrível, incapaz, podre, insatisfeito, confuso por já não me lembrar mais onde o nosso amor nasceu, onde nosso amor cresceu, e onde nosso amor morreu, ou melhor, deixou de ser.
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cherrywritter · 6 months
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Corações
Mansão Wayne – Bristol, Gotham
3ª semana de outubro
Conner havia invadido a mansão pela varanda do meu quarto. A minha distração, ou melhor dizendo, meu hiper foco não permitia que, ao menos em casa, movimentações aos redores da mansão, Bristol ou da cidade não fossem percebidas. Nem mesmo as energias ou respirações que estavam próximas a mim, dentro da mansão, eram despercebidas. Meu cérebro está tão treinado a reações rotineiras que ser surpreendida em zonas de conforto se tornou costume.
Virei-me, deixando minhas anotações e meus livros de lado, o vi abalado, porém não era uma situação incomum vinda dele. Cassie já havia comentado comigo e a convivência devido ao nosso relacionamento demonstrava ainda mais suas inseguranças e o psicológico de um jovem de dezesseis anos.
- Como você lida com tudo isso?
- O que quer dizer, Conner? – O moreno suspirou sôfrego. Estava de cabeça baixa, completamente molhado e, levando em conta o outono de Gotham, ele se resfriaria na certa.
Caminhei até o armário do banheiro, separei algumas toalhas e caminhei até ele para o cobrir e secar. Foi quando o toquei que meus poderes acordaram. Senti-me incomodada, mas decidi ignorar. Fechei as portas da varanda logo atrás de mim e liguei o aquecedor para que mantivesse a temperatura agradável do quarto. Tentei ler a mente de Conner, porém só conseguia sentir sua energia. Estava péssima, estava machucado, quase destruído. A marca em sua face só confirmou minhas suspeitas. Havia uma mão estampada na sua face esquerda.
Senti a energia de quem não gostaria. Mordi os lábios me sentindo hesitante, mas toquei seu rosto e o levei até o recamier para se sentar. Agachei a sua frente e encarei seus olhos azuis mareados. As lágrimas escorriam sem sessar. Meu coração começou a disparar e minha cabeça a questionar o que havia acontecido para deixá-lo desse jeito. O que ela havia dito a ele para que ficasse dessa forma.
- Digo... – Ele engole a seco e tenta controlar a voz. – Eu não envelheço... estou preso em um corpo de dezesseis anos pelo resto da minha vida.
- E por que veio me dizer isso? – O amargor começou a tomar conta da minha boca. Parecia que eu já sabia a resposta, mas insistia em querer escutá-la.
- Esse foi o motivo de ter terminado com a M’gann.
Conner ainda a ama. Era óbvio que Conner sempre se sentia desconfortável na frente da M’gann e o clima pesava. Quando ela beijava outro, ele se retirava. Só um cego não veria que ele ainda mantinha sentimentos por ela e só estava a evitando por um motivo em específico. Bem-vinda a realidade da humanidade. Todos têm sentimentos não correspondidos e ter se tornado humana fez com que eu caísse nessa cama de gato.
A energia vital gritava comigo
Gritava alto e em vermelho
- Nós discutimos de novo. Discutimos feio. – Ele riu nasalmente. – E eu não consegui pensar em outro lugar sem ser aqui.
- Conner, eu não sou tapa buraco. – Meu sangue subiu e começou a ferver em minhas veias como lava. Sentia meu corpo queimar. Estava irritada e me sentindo usada não importando o motivo da briga. – Posso ser eterna, mas... têm coisas que não dá!!
- Vic? Está tudo bem aí? – Tim perguntava do outro lado da porta. Acabei levantando a voz mais do que deveria. – Temos que sair daqui a pouco. Não esquece.
- São só as notícias. Desculpa. Está tudo bem. Vou desliga e já desço para irmos para Crime Alley. – Me viro para Conner e o encaro. – Não me use para curar ou remendar seu coração. Existem tipos de feridas que não se fecham até que saibamos lidar com elas. Se a ama, enfrente a droga do sentimento. Não é porque se comprometeu comigo que isso vai segurar um relacionamento insustentável, assim como sentimentos não são suficientes para também manter um.
Logo que terminei, senti a garganta fechar. Segurei a respiração e senti meu corpo se energizar sem meus comandos. Estava claro que começaria a chorar e eu não poderia me dar ao luxo de fazer isso na frente dele. Passando a mão pelos meus olhos, senti minha máscara aparecer e cobrir meu rosto. As orelhas de morcego surgiram logo em seguida junto a camiseta de manga longa que enluvava as mãos e a saia vermelha, curta e grampeada. Meu pijama estava dobrado em cima da cama como de costume e Conner estava sentando no recamier sem reação.
Não volte atrás com suas palavras
Abri a porta do quarto, engoli o choro e caminhei em direção ao elevador da batcaverna. Tim me acompanhou e me encarou diversas vezes antes de subirmos na renovada moto das Empresas Wayne. Acelerei vendo a energia estática dançar pelos meus dedos senti-me fora do meu ‘eu’ que eu havia me conectado e fundido. Não parecia ter um excelente controle daquela energia crescente em mim, porém ficar em casa não resolveria em nada a minha situação. Era melhore extravasar de uma vez do que acumular e causar um provável estrago na rede elétrica.
Crime Alley – Gotham
Mais tarde
Sentados no topo de um prédio, em cima de uma marquise, para seguir a dica de Pinguim, era isso que Robin e eu estávamos fazendo. Segundo o vilão, haveria uma reunião de gangues pela região e era uma boa oportunidade de conhecer quem era a felizarda nova guardiã da cidade. Precisávamos sermos pacientes e saborear nosso jantar enquanto a ação não nos dava o ar da graça.
Os homens enfim chegaram. Estavam em carros luxuosos e provavelmente blindados. Pareciam capangas do Máscara Negra com belos malotes de heroína pura. O cheiro da droga era indiscutível para o meu olfato apurado. Ainda bem que a droga em si não afetava meus sentidos. Máscara Negra estava basicamente se tornando mais forte do que as outras máfias e alcançando mais gente. A cidade estava ficando doente para o sustentar e enriquecer, mas ainda não podíamos fazer muito. Papai disse que precisávamos ter paciência para pegá-lo na hora certa e o entregar ao Comissário Gordon.
- Vai contar o que aconteceu? – Tim questionou-me.
- Não é hora. – Digo abocanhando um bom lanche triplo bacon com hamburgueres de cento e sessenta gramas.
- Vic... – Balancei a cabeça em negativa.
- Vamos ver se ela vai aparecer. – Digo mudando de assunto.
- Não precisávamos fazer isso se ela está ajudando... – Eu o encarei.
- Você sabe quem é, não é? – Robin apertou os lábios. Ele sabia.
- Stephanie Brown. A filha do Cluemaster. A chamam de Spoiler. Sua vez.
- Conner.
- Vocês brigaram? – Bufei e sorri.
- Não chamo aquilo de briga, mas descaso. Talvez eu tenha sido errada em não buscar mais informações, mas. – Inspiro e expiro profundamente. – Me senti usada, Tim. Um tampão na vida dele. Um tapa buraco, uma experiência de tentativa de um projeto chamado “como viver em um relacionamento com um super-herói que ainda pensa na ex”.
- Você gosta dele.
- Eu o amo, mas não irei nutrir mais esse sentimento. Ele nunca foi para mim ou ele não quer ser. Não sei, sinceramente. A única certeza que tenho é que estou magoada por ele estar comigo e ainda nutrir algum tipo de sentimento pela marciana. Estão entrando nos carros.
- Devem estar indo para Cape Carmine ou Port Adams. – Neguei.
- Dixon Docks. É melhor distribuir as drogas pelos containers de lá. Acesso ilimitado e nenhum estrangeiro quer se meter com a máfia. Ajude para não levar um tiro na melhor das hipóteses.
- Eu vou para Cape. – Assenti.
Dixon Docks – Chinatown
Minutos mais tarde
Estava curiosa para saber quem estava por trás da máscara negra e tinha a certeza de que o encontraria nas docas de Chinatown. O homem tinha a fama construída por sua brutalidade e teimosia, além de utilizar dublês para que jamais fosse capturado. Era um criminoso escorregadio e que, assim como o Coringa, não era possível saber sobre sua identidade.
Os capangas chegaram com maletas de dinheiro e mostraram a um homem alto, robusto e de terno e gravata branca. Se não era ele, era um de seus dublês. Eles caminhavam por entre os containers sem preocupação e sem medo da segurança. Provavelmente estavam com as mãos molhadas ou ameaçados de morte. Os vi chegarem em um navio abandonado na beira mais escondida das docas. Entraram no cargueiro e acenderam algumas luzes pelo caminho. Estavam indo para o fundo dele. Olhei para os lados e vi os capangas distraídos. Poderia ser uma boa oportunidade. Flutuando com cuidado para não ser percebida ou para que minha sombra aparecesse no chão, entrei pela polpa do cargueiro e procurei as escadas. Desci cuidadosamente para que não me escutassem.
Meu azar foi escutar passos vindos na minha direção. O teto era baixo, não havia portas e nem mesmo como voltar para trás. Os passos vinham da minha frente e pelas minhas costas. Nunca imaginei desejar desaparecer como o Caçador. Pelo menos atravessar os materiais seria útil nessas horas. Os mascarados pararam quando me viram. Um mais à frente inclinou a cabeça para o lado e soltou uma risada sarcástica. Olhando para trás mais deles surgiam. Estavam armados com metralhadoras automáticas e pistolas.
- Se perdeu de casa, boneca? Aqui não é o seu lugar. – Dizia com a voz abafada.
- Noite ruim. – Sorrio. – Caos. – Ofereço minha mão com a maior cara limpa e eles a encaram sem saber muito como reagir. Sorria e acene, Vic.
- Sei quem você é. Agora é a questão: você sabe em que covil se meteu?
- Tecnicamente esta é a área do Chapeleiro. Poderíamos fingir que não nos vimos e continuar nosso caminho, que tal?
- Não vamos deixar você sair daqui, boneca. Não brincamos em serviço.
Escutei engatilharem as armas e revirei os olhos. Ainda bem que o Robin não estava no meu lugar. Bufei. Eu devia ter pensado melhor antes de ter me enfiado aqui. Olhando para os lados, ergui minhas mãos como se estivesse me rendendo e fiz as armas beijarem o teto. Alguns tiros foram disparados, mascarados tentavam se desprender das alças das armas e o restante vinha para cima de mim. Os afastei os jogando no chão em efeito dominó. Golpes e mais golpes eram desferidos. O espaço era tão pequeno que acabavam se nocauteando sozinhos. Abri e fechei as mãos sentindo a energia vital fluir descontroladamente. As correntes elétricas corriam por entre meus dedos mesmo que eu estivesse com as luvas para controlar. Fechando meu punho, estourei uma das paredes e finalmente sai daquele lugar claustrofóbico.
Entrei em uma sala de cargas cheia de caixas de madeira. Meu corpo tremeu e escutei os homens gemerem. As luzes piscaram e estouraram uma atrás da outra. Pico de energia. Olhei para as minhas mãos e agora elas se iluminavam junto a todas as veias do meu corpo. Minha pele se tornava um azul pálido e iluminado. Azul claro e neon. A energia se acumulava mais e mais causando arrepios.
Sete homens vieram na minha direção e eu os parei sem muito esforço. Foi apenas meu reflexo. Meu brilho refletia em suas máscaras metalizadas. Era estranho e incrível. Até mesmo as veias do rosto estavam iluminadas. Minha máscara estava integrada a elas. Sorrio sentindo prazer com a sensação. Mais outros homens vierem ajudar e eu também os parei. Chacoalhava minha mão e os via chacoalhar em sincronia. Quando fechei meu punho os vi apagar. Não me preocupei se ainda respiravam, pois a energia de todos era bem presente. E também não era uma assassina.
Toquei meu ponto e chamei por Robin. Pedi para que ele contatasse o Comissário Gordon e pedisse transporte para trinta homens na Dixon Docks perto do cais abandonado. Sem muito esforço, tirei todos do cargueiro e os deixei amontoados na frente da área de embarque. Voltei para a área de carga e encontrei bichos de pelúcia lotados com saquinhos de heroína. O símbolo era bem comum nas casas noturnas mais badaladas de Neville e pelo subúrbio, principalmente perto do Iceberg Lounge. Retirei uma caixa de cada vez e as empilhei ao lado dos capangas caídos. Devia ter mais do que duzentas caixas grandes como aquelas que usam para transportar itens de museus.
- Caos.
- Comissário. – Sorrio. – É um prazer vê-lo.
- Fez um bom trabalho aqui. Tenho certeza de que vamos identificar todos.
- As armas ficaram grudadas no teto do corredor em que eles me encontraram. Não sei se vão conseguir recuperar elas enquanto eu estiver por perto. São automáticas. As caixas estão cheias de pelúcias recheadas com heroína. Um clássico. Com certeza eles iriam distribuir pelos containers e os enviar para outras cidades e para fora do país.
- Ele não estava aqui? – Neguei. – Esse desgraçado!
- Vamos pegá-lo, comissário. Não perca a fé.
- É o que eu mais tenho nessa cidade, Caos. Obrigado por mais essa ajuda. – Ele limpou a garganta e se aproximou ainda mais. – O Batman está bem?
- Só ocupado com problemas ainda maiores. Não se preocupe. – Ele assentiu.
Gordon se virou para os policiais e começou a organizar toda a bagunça. Aproveitei o momento para sair à francesa e seguir para o topo da Torre do Relógio para ver Barb. As Aves de Rapina também poderiam precisar de ajuda.
Mansão Wayne – Bristol, Gotham
1ª semana de dezembro
Ficar em Gotham fez com que eu me distanciasse da E.O.E. por um tempo. Era muito mais confortável estar em casa do que voltar para a Caverna. Voltar para aquele ambiente não me beneficiaria em nada no estado em que estava. Havia dias em que era obrigatório me trancar na cela de contenção para que não fritasse todos os eletrônicos em volta ou causasse danos piores. Meus poderes gritavam comigo, impulsos intensos e fortes, sensações novas, sentimentos novos. Não estava no controle e não era correto colocar pessoas em risco por isso.
Desconfortável era o adjetivo que exemplificava as seis semanas. Qualquer movimentação que tinha, mesmo que do outro lado da propriedade, eu percebia. Não era apenas a sensibilidade entre os cinco sentidos, mas todo o resto. A energia vital começou a brincar com o meu juízo, minhas moléculas dançavam entre minha versão puramente kryptoniana e a mestiça de Arthur Curry, meta-humano. A relé telepática me perturbava principalmente durante a noite. Escutava o pensamento de todos em Bristol e aos redores do bairro.
Sabia que meu isolamento começaria a afetar minha família, mas não tinha escolha. Era melhor ficar afastada por um tempo antes de tomar uma atitude errada e acabar com tudo a minha volta. Alfred não demorou muito para também tomar a frente e conversar comigo. Com certeza ele era a voz da experiência. Não seria o primeiro caso de frustação amorosa que ele lidaria. Quando papai voltou de viagem, se surpreendeu por eu estar novamente no isolamento. Realmente não era uma cena comum já que, desde que eu havia conseguido controlar meus poderes ao chegar na mansão, foram duas ou três vezes que voltei para a cela.
- Não era melhor você extravasar um pouco dessa energia em campo? Você podia retornar para a equipe. Tornado e Canário estavam reclamando do desfalque noite passada. – Meu pai comentava enquanto Alfred servia seu café.
- Eu não estou bem para servir a equipe. Não adianta eu ir e não estar cem porcento lá. Isso acaba com o planejamento e desempenho geral. Eles estão melhores sem mim e eu tenho Gotham para me ocupar. Sacrifícios, senhor Wayne. – Jogando o guardanapo em cima da mesa, me levanto e sigo para fora. – Abrigada, Alfred, mas perdi o apetite.
- Victoria... – O escutei vir atrás de mim a passos largos. Acelerei os meus, mas não a tempo. Papai me alcançou no meio da escada e segurou meu braço para que eu o olhasse. Senti o choro travar na garganta e os olhos se encherem de lágrimas. – Filha, converse comigo. – Quando meus olhos encontraram os seus azuis não consegui mais me segurar. O abracei com força e deixei o choro sair. Ele me pegou nos braços e me levou até seu quarto. Sentamos ali, na cama, e ele ficou ali comigo até que eu parasse de chorar. – O que houve, filha?
- Dês que Conner veio aqui eu perdi o controle. O senhor estava fora. Foi quando ajudamos o comissário a pegar parte do contrabando de drogas do Máscara Negra. Ele havia discutido com a M’gann e veio chorar para mim. Meu sangue ferveu... eu não sou de ferro, pai. É cansativo.
- E seus poderes dispararam. – Assenti. – Não acha que é por causa desse sentimento que você está tentando aprisionar?
- Talvez. Por isso não quero voltar para a equipe. Estou bem em Gotham. Saio com o Tim ou com a Bárbara. Às vezes até o Dick me chama para ajudar. Consigo dar conta por aqui e volto para a contenção quando acho que não vou segurar. Eu... só não quero ver ele. Nem ele e nem a M’gann. Não estou pronta para isso. – Papai assentiu.
- Se acha melhor. – Papai não discutiu ou tentou encontrar uma solução. – Temos uma reunião hoje à noite.
- Da Liga? – Assentiu.
- Gostaria que estivesse presente. Depois você pode aproveitar o festival que está acontecendo no Amusement Park. Tenha uma noite de jovem. Chame suas amigas.
- Tudo bem. Irei adiantar as coisas e resolver alguns problemas na universidade. Farei o possível para chegar a tempo.
Os membros líderes da Liga estavam jantando na sala de jantar quando cheguei. Ainda era estranhos os ver na mansão com seus trajes cotidianos em vez dos de super-heróis. Alfred preparou um jantar belíssimo. Me desculpei pelo atraso e me sentei junto a eles assim como meu pai havia pedido. Após o jantar, tivemos uma conversa sobre as reformas da Liga, os problemas universais e da galáxia. Com os assuntos resolvidos, a conversa se tornou leve e de bar rodeando todas as aventuras que eles passaram juntos e separados. Falavam dos pupilos, das batalhas, das loucuras e das burrices.
As meninas me obrigaram a me arrumar com a melhor roupa casual que eu tinha no guarda-roupa. Queria tanto uma calça e me obrigaram a usar um vestido ou elas rasgariam minhas calças sociais e eu sabia que elas o fariam. Escolhi um vestido de tricô capuccino com gorro e punhos, meias por baixo e botas cano alto com salto. Alfred fez questão de nos levar. Era perto de casa e ele já não tinha mais nenhuma tarefa para cumprir. Estava livre por aquela noite.
O clima estava frio e úmido. As folhas das árvores estavam em tons de laranja banhando as ruas e as calçadas de Gotham. O parque estava lotado de jovens de todas as idades e em grupos. Barb logo foi comprar bebidas quentes para nós e hot-dogs. Jogamos tiro ao alvo, vimos apresentações do festival de outono e nos esbaldamos nos brinquedos de alta adrenalina como montanha-russa, gira-gira, casa dos horrores, casa dos espelhos. Riamos mais do que nos surpreendíamos. Éramos cria da adrenalina e aquilo jamais se compararia ao que passávamos em campo.
Momentos mais tarde, rapazes encostaram em nós e começaram a conversar. Carismáticos, boa lábia e nos deram o mais importante: comida. Nos levaram a um restaurante temático do parque. Ainda assim, sabia as intenções deles e não correspondia as minhas intenções. Apenas precisava esfriar a cabeça e relaxar. Tomar um tempo.
- Nunca imaginaria te encontrar aqui. – O rapaz comentou enquanto caminhávamos pelo parque. Comprou dois algodão-doce e me entregou um deles.
- Minhas amigas me obrigaram a vir. Não tenho o costume de sair.
- A universidade, não é? – Assenti. – Muita gente te admira por isso. Dois cursos ao mesmo tempo. Você é brilhante. – Sorri sem jeito. – Imagino que escute isso de muitos caras.
- Não é como imaginam. Passo a maior parte do tempo estudando. Não tenho tempo para encontros e rapazes. Quando não estou na Academia, estou na universidade, resolvendo problemas da universidade ou indo estagiar na empresa. Não é uma vida que permite abundancias de lazer e tempo livre.
- Então esse é o seu primeiro encontro?
- Não exatamente.
- Você quer dizer sobre o sobrinho do jornalista de Metropolis? – Assenti. – Não estão juntos?
- Não. – Ele se surpreendeu e sorriu.
- Então sou um cara sortudo.
Sua frase me congelou. O rapaz se aproximava, mas tudo que eu via era Conner. Aquela mesma frase que ele me disse no primeiro dia que nos vimos.
Meus olhos marejaram e quando ele estava pronto para me beijar, virei meu rosto e me afastei. Senti as lágrimas escorrerem e vi seus olhos encontrarem os meus, surpreso. Ele não sabia o que fazer. Balançava suavemente a cabeça em negativa tentando entender o que havia acontecido. Parecia sincero com sua preocupação, mas nem eu mesma sabia como sair daquela situação.
- Fiz algo de errado, Victoria? Me desculpe. Achei que...
- Não. Não. Eu que peço desculpas. Acho que estou emotiva demais. Me desculpa. Droga. Estou envergonhada.
- Tudo bem. Imagino que tenham terminado recentemente. – Ele limpa minhas lágrimas e sorri. – Posso ao menos te levar para casa em segurança?
Assenti e sorri sem graça. A julgar pelo ânimo das minhas amigas, elas deveriam estar curtindo o resto da noite com os rapazes. Eu amava Conner e esquecê-lo havia se tornado uma tarefa impossível.
Caminhamos até o estacionamento e entramos em seu carro. Não demorou muito para chegarmos a Mansão Wayne, em Bristol. O rapaz me acompanhou até a porta e se despediu sem remorsos. Beijei seu rosto e agradeci por tudo, era o mínimo que poderia fazer por sua gentileza. Coloquei meu número na lista de contatos dele e esperei que ele saísse das minhas vistas. Já em casa, arranquei minhas botas e desliguei meu celular. Papai estava no topo da escada me esperando com sua xícara de café. Sentei-me ao seu lado e demos as mãos. Era bom estar em casa.
- Vocês não se beijaram?! – Bárbara estava inconformada.
- Não! E não cometi nenhum crime por isso, Barb. – Digo subindo as escadas até o meu quarto com a toalha em volta do pescoço. – Estava tudo indo bem até que ele disse a mesma frase que o Conner tinha dito e eu comecei a chorar. Ele foi um fofo. Limpou minhas lágrimas, me trouxe em casa.
- Deu seu telefone? – Assenti, porém, estava incomodada. – E fingir que está tudo bem e treinar como uma louca vai fazer com que você esqueça o Conner? Você acabou de ter a prova de que não está pronta. O sentimento tá aí. Enfrente. Não foi isso que disse ao Conner antes de socar uns capangas do outro lado da cidade?
- Bárbara, chega. Eu sou mais um ombro amigo do que alguém visto para ter ao lado como uma companheira de vida. Eu o amo e preciso esquecê-lo. Só dói. Eles brigaram e ele veio bater na minha porta! Talvez ele ainda a ame. – Bárbara me encarava sem saber o que dizer. Ela sabia muito bem que eu não iria atrás nem me desgastaria em uma batalha perdida.
- E se não? Ele está mal desde que vocês se afastaram. Você sumiu da Caverna e da equipe. Dick disse que lá está o verdadeiro inferno. Conner não é mais o mesmo. Está para baixo, mais irritado e mal-humorado do que o normal. Nem o Lobo está chegando perto dele. Essa briga de vocês tirou o chão dele também.
- Não brigamos e isso não é problema meu. – Digo enquanto passo a toalha no meu rosto – Ele que pensasse antes de se aproximar de mim com história de que era um cara sortudo mesmo ainda tendo olhos para a M’gann. Eu fiquei na linha de tiro fazendo papel de idiota. Engoli todos os desaforos possíveis e imagináveis apenas por ele.
- Vic, as coisas não dão certo de primeira. Olhe para mim e Dick. Vamos e voltamos toda hora, mas nunca nos firmamos em um relacionamento. Isso não impede nossos sentimentos de continuarem ou não a existirem.
- Não, Barb. – Jogo a toalha sobre cadeira e retiro minha regata completamente suada. Já estava cansada de bater na mesma tecla e, talvez, pronta para sair da equipe definitivamente. – Vou dar um jeito de servir apenas a Liga, já que é apenas uma questão de tempo até que os poderes dominantes tomem conta e que eu consiga controlá-los por completo. Enquanto isso, vou tentar achar um cara legal que não queira filhos e vou fingir que envelheço até ele morrer ou talvez seja melhor ser sozinha e tentar aproveitar a vida de alguma forma. O tempo deve me ensinar isso. Se Dianna conseguiu, eu também consigo.
- Mas a Dianna nunca tirou do coração o amor que sentia. Ele se foi e ela continua o amando.
- Mas ela seguiu em frente e é isso que eu tenho que fazer.
- Não vai querer sair essa noite?
- Não estou com cabeça. O Dick vem jantar aqui, vocês poderiam aproveitar, já que gosta desse romance ioiô de vocês.
- Vic...
- Me deixe em paz, Barb.
Pego um camisão, roupa íntima e sigo para o banho. Escuto a porta do meu quarto se fechar e concluo que Bárbara finalmente decidiu me deixar sozinha.
Deixo a água quente escorrer pela minha cabeça e encosto a testa no azulejo gelado. Meus músculos se contraem por causa do treino e me fazem pensar se realmente tudo que eu havia feito até então tinha valido a pena. Não era sensação de arrependimento, mas também estava longe da satisfação. Após o longo banho, me arrumei, desci para jantar e segui mais tarde para o laboratório. Fiz mais provas, realizei atividades e continuei me estudando. Minhas células mudavam constantemente e continuava se energizando infinitamente. Comparando com amostras antigas, eu não tinha os mesmos poderes de antes.
- Filha.
- Eu já subo, papai.
- Agora! – Seu tom firme arrepiou minha espinha. Ele definitivamente estava cansado e não iria falar uma terceira vez.
Papai havia chegado das ruas a meia hora e já havia mandado eu voltar para o quarto para descansar. Deveria ser três ou quatro da manhã. Eu sempre perdia a noção das horas quando ficava no subsolo. Me levantei e caminhei até o elevador o vendo me esperar. Ele continuava com os borrões pretos nos olhos. Nunca limpava direito.
Após limpar seu rosto, voltei para o meu quarto para seguir para a cama. Não estava me sentindo cansada, mas precisava dormir para me desligar um pouco. Alfred já havia fechado todo meu quarto e o aquecedor estava ligado no mínimo.
Estava procurando minhas meias no guarda-roupa quando levei um susto ao escutar uma respiração perto de mim. Bati minha cabeça nas prateleiras antes de acionar a luz. Conner estava ao lado do guarda-roupa com um buquê belíssimo em mãos. O encarei por longos instantes sem saber como reagir. Ele estava com a piores das caras, com olheiras profundas e energia baixa, triste.
- Tem um tempo para um semi-alienígena que quebrou seu coração?
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dreamercaleb · 3 years
Note
❛ 04 . a kiss to apologize .
Flashback: Neverland.
Apollo adentrou o seu barco, notando que Periwinkle estava enrolada em suas cobertas e dormindo tranquilamente. Seu navio estava praticamente pronto, e ele passava as noites ali terminando os detalhes antes que partisse de Neverland, e Peri aparecia para se juntar a ele também e ajudar um pouco até mesmo em trabalhos mais pesados. Apollo acabou se atrasando naquela noite em específico por conta de uma missão dos piratas em busca de um tesouro, e o rapaz podia sentir seus bolsos pesados agora; por que não pegar um pouco pra si, certo? Só esperava que as moedas de ouro valessem algo nesses outros mundos que Apollo mal podia esperar para explorar. Sentou-se na beirada da cama, voltando seu corpo para observar Peri, e nem precisava aumentar a luz das velas que já enfraqueciam, já que a fada exalava sua própria. Era difícil não passar um tempo a admirando naquele tom de azul tão tranquilo. Apollo sabia como era difícil para as fadas lidarem com certos sentimentos e não gostava causá-la nenhum tipo de ansiedade com o assunto de sair de Neverland mais cedo do que Periwinkle esperava, mas ainda se pegava imaginando as diversas maneiras de tentar convencê-la a deixar tudo aquilo pra trás pra ir com ele. Ela se mexeu quando sentiu sua presença, fazendo-o sorrir quando percebeu a mancha arroxeada no braço dela, junto com outra um pouco esverdeada logo abaixo. “O que você esteve pintando?” Perguntou com curiosidade, passando o polegar pela local e sujando-se um pouco também. De repente Apollo arregalou os olhos, como se lembrasse de algo no último segundo. “Oh, shit.”  Ele soltou um xingamento antigo que aprendeu quando ainda era novo no acampamento de Pan, seguindo com a palma na própria testa. “Eu esqueci que a gente ia praticar umas pinturas hoje…” E o tempo que tinham era bem curto. Peri não parecia tão brava com ele, mas fazia tempo que não tinham um momento especial, sem ter que envolver preocupações futuras… só  os dois. “I’m sorry…” Começou, voltando a se inclinar ali para deixar um beijo no canto dos lábios de Peri. Ela sabia que ele provavelmente estava em uma missão dos piratas, então não iria estender as desculpas. Na verdade, às vezes preferia nem citar da bagunça que causava quando se era parte dos piratas de Hook, já que era essa parte da razão de tudo ser tão complicado -- era melhor esquecer, mesmo que por um segundo. Um novo sorrisinho se formou em seus lábios, roçando-os nos lábios macios de Periwinkle. Julgava que estava melhor quando se tratava de trocar carícias daquele tipo, e com Peri era sempre mais fácil naturalmente se perder nelas. “Don't get red at me, I'll make it up to you.”
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My Sunflower
Sinopse: Harry é seu amigo e parece ser o cara certo.
Categoria: MelhorAmigo!Harry x Leitora Virgem.
Avisos: hot, fofo, muitos clichês, baseado na música Sunflower vol.6 de Harry Styles.
Pedido: Anônimo. Baseado nesta ask.
Nota autora: Esse era um pedido de Concept mas eu amei demais e fluiu como um imagine,espero que gostem.
MASTERLIST✨Feedbacks são sempre bem vindos✨
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“Bom dia, sunflower.” Seu melhor amigo e colega de trabalho cumprimentou-a com o beijo no rosto.—Sunflower foi o apelido que Harry deu à você, pelo fato que você amar girassóis, sua casa com um lindo jardim repletos deles era a prova que de seu amor pela flor veio desde pequena, você os tinha como decoração do quarto, roupas, até uma pequena tatuagem que Harry à levou para fazer escondida de seus pais.
Você e Harry se conheceram em uma tarde de domingo ensolarada ainda quando crianças, quando o pegou roubando girassóis de seu jardim para levar para sua mãe, apesar dele ser mais velho que você, após este dia houve uma enorme ligação entre você e o garoto de cachinhos. Harry sempre cuidou de você, até arranjou o emprego na padaria onde ele trabalhava. Ele sempre dizia que era como se fosse um irmão mais velho, isto nunca lhe afetou até alcançarem a maior idade, quando ambos haviam crescido e Harry ficou mais bonito e másculo, todas as garotas pareciam caír em cima dele. Apesar de ser tímida seu corpo também mudou como também seus pensamentos sobre Harry. Uma paixonite por Harry surgiu, fazendo-a suspirar cada vez que estava do lado dele, mas parecia impossível que ele a notasse você além de uma irmãzinha. Ter 21 anos e ser virgem, não ajudava muito, antes você não se incomodava, você só não conseguiu gostar de um garoto o suficiente para ter vontade de fazer sexo. Mas você começou a trabalhar com Harry, ele namorava garotas lindas e contava a você muitas das vezes o que fazia com elas, ele era um homem de 27 anos, com um grande histórico sexual. E você se viu afetada bem mais do que gostaria. Porque afinal você no fundo desejava ser uma dessas garotas.
“Bom dia, H.” Sorriu deixando os olhos de Harry mais vidrantes em lhe admirar. “Como está a padaria hoje?”
“Tranquila.”
“Está bonita hoje, vai para algum encontro depois daqui?”
“Não.”
“Mentirosa.” Ele riu lhe empurrando.
“E você tem planos?”
“Não.”
“Estranho Harry styles o galã da cidade não tem uma garota para passar a noite.”
“Cala boca garota.” Ele lhe deu outro empurrão de leve. “Mas você me acha um galã?”
“O que? Não!” As suas bochechas coraram. “É o que dizem de você Styles.”
“Enfim, eu iria chamar você para ir lá em casa hoje, talvez ver algum filme, mas parece que você tem alguém melhor para ver.” Ele reclamou.
Harry sempre foi um livro aberto com você, ao contrário dele você nunca mencionava sua vida amorosa ou sexual.
“Eu já falei que não tenho um encontro.” Mentiu.
“Então por que estaria assim tão linda?”
“O que?”
“O que?” Harry se deu conta do que realmente falou.
Ele notou você, ele notava muito você. Ele pensava em você. Você era o topo em sua galeria de fotos. Ele lhe tinha em sua memórias. Ele definitivamente queria você. Mas ele não saberia fazer isso, ele era um desastre quando se tratava de sentimentos.
“Você me chamou de linda?”
Harry estava envergonhado e nunca ficou tão feliz quando a campainha da porta tocou entrando um grupo de senhoras “Cliente.” Suspirou.
“Na minha casa às 19:00?” Ele levantou-se trocando de assunto.
“Tudo bem.”
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“Pontual.” O homem diz ao abrir a porta e vê-la.
“Sempre.” Sorriu. “Vai me convidar para entrar?”
“Entre, estou terminando o jantar.” Ele fechou a porta indo para cozinha.
“Pensei que íamos pedir uma pizza.” Você seguiu-o.
“Eu vi essa receita e quis testar.” Ele experimentou o molho. “Se der errado pedimos algo.”
“O que está fazendo?”
“Tacos.”
“Eu amo tacos.”
“Eu sei.” Ele piscou para você. “Pode me ajudar a montar?”
“Claro.”
Com a playlist dancehall de Harry, ambos cantavam e dançavam cozinhando. O olhar dele sempre em você.
“Sunflower.”
“Hazz.”
“Posso te fazer uma pergunta?” Diz montando seu último taco.
“Claro.”
“Você cancelou seu encontro para me ver?”
“Não.” Mentiu com as bochechas rosadas, você havia deixado de sair com o Éric seu vizinho só para ter uma noite com Harry.
“Eu sei quando mente.” Ele riu puxando-a para dançar e não poderia deixar de gira-lá pela sua cozinha, trazendo novamente em seus braços e balançando desengonçadamente. Ele envolveu seus braços em volta de sua cintura, colocando um pequeno beijo no seu maxilar.
“Você está tão perto.” Você ofegou.
“Eu sei." Ele deu um beijo em seu pescoço. “Senti sua falta, só isso.”
“Você me viu de manhã.”
“Isso foi horas atrás.” Ele rebateu. “Isto é muito tempo da minha melhor amiga, não posso sentir sua falta?”
“Pode, só nunca o vi assim.” Recusou-se a encarar os olhos bem à cima de você.
“Tenho me sentido assim.” Admitiu.
“Assim como?” Questionou-o olhando profundamente em seus olhos.
“Eu não sei...” Harry beijou o canto de sua boca e vc se viu congelada. “Sunflower, meus olhos te querem mais que uma melodia, eu não poderia te querer mais como estou querendo agora.” Admitiu. “Beijar você...Agora nessa cozinha.”
“Isto é um pouco confuso.” Afastou-se dele pensando, balançando a cabeça, tentando entender se Harry estava lhe dizendo a verdade.
“Eu não quero fazer você se sentir mal ou desconfortável, mas eu tenho me esforçado para não agir como tolo perto de você.”
“Isto é verdade?”
“Sim...Eu juro.” Confessou.
“Então me beije.” Você tomou coragem e aproximou-se. “Me beije Harry.” Sentir os lábios rosados dele foi o paraíso, nunca houve lábios tão macios e molhados como os dele, toda a fama de Harry e sua pegada não eram mentira, aquele homem sabia exatamente o que estava fazendo, cada passo, mordida, pressão calculada para deixá-la entregue à ele. Os beijos foram ficando mais intenso e calorosos, conforme o tempo passava, você sabia exatamente para onde isso estava indo. Se não tivesse sido óbvio antes, a sensação de suas mãos deslizando para cima e para baixo em suas coxas enquanto lhe pressionava no balcão certamente tornou isso óbvio. Os seus lábios dele desceram roçando a sua pele do pescoço onde chupou suavemente.
“Posso tirar isso?” Ele perguntou, sua mão mexendo na barra de sua blusa. Isto à fez se afastar na hora. Você estava com tesão, mas principalmente com medo. Você era virgem. Talvez não fosse suficiente. Talvez ele não queira ser esse alguém que iria tirar sua virgindade. “S/n você está bem?” Disse enquanto olhava em seus olhos esperando uma resposta.
“Sim...”
“Se você quer parar por aqui, tudo bem.” Ele interrompeu-lhe. “Me desculpe, eu não estou querendo pressionar você.” Harry pareceu ansioso, com medo de ter ido muito rápido.
“Não, Hazz, está tudo bem.” Disse voltando a beijá-lo.
“Tem certeza? Eu estou bem se você quiser parar.” Ele pronunciou entre seus lábios.
“Não! Quero dizer, se vamos fazer isso poderíamos ir para um lugar mais confortável.” Disse com um sorriso sem graça. “Não quero que seja aqui.” Você estava apavorada, você queria dizer àele, queria dizer que era virgem e estava assustada. “Quero que seja mais...Romântico.”
“Claro.” Ele ficou sem jeito. “Eu sou um idiota! Você é especial pra mim, merece muito mais, podemos ir para meu quarto.” Ele lhe tirou dali. “Ou podemos voltar para os tacos e filmes.” Harry tinha suas mãos soando, ele realmente ficava sem saber o que fazer quando se tratava de você.
“Sim?”
“Por que você parece ter dúvidas sobre isso?”
“Eu...Eu sou virgem” Você diz, suas bochechas ficaram vermelhas assim que as palavras sairam de sua boca, você apenas olhou para Harry, esperando por qualquer resposta, mas ele apenas ficou lá, congelado por alguns segundos. “Harry?”
“Eu não acredito que seja inocente” Ele riu pra si mesmo. “Eu nunca tentaria nada se eu soubesse, por que não me contou? E escondeu isso de mim, pensei que fosse seu melhor amigo.”
“Me desculpe por não ter te contado antes, eu só estava meio envergonhada.”
“Você não precisa se sentir envergonhada com isso, não há nada para se envergonhar, você só não encontrou alguém que se sinta confortável.” Ele acariciou sua bochacas com o polegar.
“Mas ainda podemos nos beijar?”
“Se estiver tudo bem para você?”
“Eu quero.” Com à maneira que disse a ele, Harry não resistiu ao capturar seus lábios novamente fazendo-a suspirar ao sentir sua língua. Ele estava com tesão, você estavacom tesão. Você não teve certeza se era pelos arrepios que estava sentindo ou a maneira como Harry pegava em você, mas teve certeza de que era ele. “Quero você.”
“O quê? Me quer como?” Ele se atrapalhava em suas palavras.
“Hazza, eu quero fazer sexo com você.”
“Tem certeza?” Ele franziu as sobrancelhas desacredito.” “Se eu te pressionei de alguma forma...Você não precisa fazer nada.”
“Harry .”Você sorriu. “A única coisa que você fez foi me deixar com tesão.” Ele arregalou os olhos “Então faça alguma coisa.”
“Porra, tudo bem.” Ele lamentou-se. Entre beijos Harry à levou até a cama deixou cair sentada, ele ajudou-a tirando sua camisa, Harry não pôde deixar de sorrir ao vê-la de sutiã pela primeira vez. “Lindos.” Elogiou enquanto beijava a parte nova descoberta de seu corpo, você simplesmente começou a gemer baixinho. Ele adorou isso. “Posso colocar minha mão em seus seios, amor?" Ele sussurrou.Você suspirou concordando, sentindo às coisas prestes a ficarem reais.“Tudo bem querida, eu gostaria de poder conhecer você.” A voz grave dele enviava arrepios em sua espinha. Harry tirou a própria camisa, expondo seu peito tatuado para você. “Eu serei gentil, sunflower, eu prometo.” Ele deitou-a de costas na cama, beijou seus seios, sua barriga, alisou a parte interna de suas coxas. “Relaxe .” Ele tentava acalma-lá. Você tevê que continuar dizendo à si mesma que estava tudo bem, enquanto ele lentamente deslizava a sua calça para baixo.
“Girassóis?” Você não pode evitar a risada que escapou dos seus lábios com a reação dele à sua calcinha. “Sua cara.” Ele beijou sua boceta ainda coberta. “Sabe, girassóis às vezes mantêm viva a sua memória em mim, todas às vezes que os vejo você vem em minha mente.” Ele mantia sua atenção à seus movimentos. “Eu só quero ter certeza de que você está molhada o suficiente para mim, tudo bem?” Harry diz lentamente tirando sua calcinha.“Tudo bem se eu chupar você?” Você engasgou concordando sem dizer nenhuma palavra. “Baby, não tenha vergonha de mim.” H segurou suas pernas abertas que tentaram se fechar. “Agora quero que concentre-se no prazer, não precisa ficar tão tensa, eu não vou te machucar.” Harry estava sendo tão gentil. “Estou aqui para fazer você se sentir bem e dar prazer à você.” Você respirou fundo sentindo a língua de Harry em seu clitóris e seu o dedo médio dentro de você bombeando delicadamente, Harry estava fazendo um oral maravilhoso. —Não que outro alguém já tivesse entre suas pernas antes. Ele estava deixando-a bem excitada, nunca pensou que um homem realmente um dia podia lhe dar prazer tão bem, Harry estava se certificando de deixá-la bem molhada pra que seu pau entrasse com mais facilidade em boceta, antes que você percebesse já estava choramingando, segurando os lençóis e praguejando coisas sem sentido. Quando um formigamento foi crescendo, seus gemidos aumentando com ele, Harry percebeu que estava próximo de seu orgasmo e parou. Ele era egoísta, queria senti-la gozar em seu pau não em seus dedos.
“Está tudo bem?” Questionou ele enquanto levantou-se. “Eu sei que estava bom, mas agora que vem o melhor.” Ele abriu o zíper da calça se livrando da boxer em seguida.
“Sim.” Disse a ele piscando algumas vezes ao olhar seu pau pela primeira vez. Ele era grande e pensou que talvez nem fosse caber em você.
Harry foi até armário de cabeceira ao lado da sua cama, alcançando a primeira gaveta e puxando um preservativo. Você observou-o enquanto ele colocou a camisinha tentando conter sua respiração, focando no fato de que escolheu Harry Styles para esse momento e não havia ninguém melhor que ele para isto, Harry jamais faria algo que você não se sentisse confortável.
“Você tem certeza?”Ele perguntou baixinho ficando entre suas pernas.
“Quantas vezes você ainda vai perguntar?”
“Até que você esteja certa que sou que você escolheu.”
“É você, Harry.” O puxou para um beijo. “Eu quero que seja você.”
“Ok, vai doer só por um pouquinho.” Ele diz, cutucando sua entrada. “Relaxe, querida.” H murmurou enquanto moveu os quadris para frente e lentamente centímetro por centímetro de seu pau deslizou em você. “Está tudo bem?”
“Está doendo um pouco.”
“Quer parar?”
“Não.”
“Eu não vou me mover.” Inclinou-se à beijando. “Só vou me mover quando você disser, tudo bem?.”Ele beijando-a mais uma vez.
“Tudo bem... faça isso devagar.” Sussurrou. Ele recuou seus quadris para deslizar um pouco mais fundo desta vez. “Você pode se mover um pouco mais rápido, Harry.” Riu, mas Harry ainda estava indo devagar certificando se estava gostando tanto quanto ele. Por mais que Harry amasse sexo selvagem, sexo lento, cheio de beijos e carícias também o deixavam louco. Mas desta vez tudo era sobre você. Ele colocou sua mão para baixo pressionando as pontas de dois dos seus dedos em seu no clitóris acariciando-os.
“Você está indo tão bem, eu quero que goze em sua primeira vez, querida.” Ele estava cuidando tão bem de você. “ Você é tão apertada.” Harry resmungou enquanto metia suavemente em você continuando os movimentos de seus dedos.
“Harry.” Você choramingou, olhos revirando agarrando às costas de Harry, enquanto sentia o prazer familiar mais intensificado do que já sentiu um dia.
“Minha sunflower.” Harry gemeu antes de si mesmo, estar derramando em sua camisinha com um gemido que você jamais esqueceria.
“Eu ouvi isso mesmo?” Questionou rindo do homem escondido em seu pescoço.
“Sim, quero que seja minha sunflower, namorada ou o que quiser.”
“Acho que minha namorada e melhor amiga soa bem.” Riu.
“Você é incrível, sabe disso?”
“Eu? Harry você não poderia ter mais gentil.” Você murmurou, segurando em seus ombros enquanto ele gentilmente saiu de você e tirou o preservativo, amarrando e jogando-o na lixeira. “ Valeu todos os anos de espera.”
“Valeu por confiar em mim.” Ele beijou sua testa. “Minha sunflower .” Ambos riem com o novo termo dado à você. “Mas está tudo bem? Eu te machuquei?”
“Eu estou dolorida, mas eu fico feliz que tenha sido você.” Sorriu. “Eu não teria feito isso com mais ninguém.” Confessou. “Você é o único! O único que sempre desejei ter.”
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1 aninho.
Deu vontade de escrever em relação à isso, mas não sei se será um texto muito fofinho ou emperequetado, não venho aqui com nenhuma intenção a não ser dissertar um pouco sobre o marco de um ano. Na minha sincera opinão é um marco esquisito, mas não em um sentindo ruim, obviamente, não estaria aqui se fosse assim, é curioso... somos uma icógnita... e por mais que uma icógnita seja uma resposta determinada dentro de um problema matématico ela ainda possuí seu caráter enigmático, ainda não é uma certeza por mais que ela possa vir a ser. Essa foi profunda, ne? Senti aqui também. 
E bem comemoramos ou damos importância para datas que são certas em nossas vidas, por mais que caiba muita discussão nesse tópico (minha mente já rodopiou por aqui querendo me contrariar) mas não vem ao caso, é algo pontual, é algo certo, como a certeza que nasceu em determinado dia, ou a certeza do dia em que conheceu o melhor amigo, ou a data que você casou com a pessoa que escolheu. O dia 14/09 é uma data certa, ela atende muitos requisitos e possuí grande relevância para toda uma história que está sendo construída, e acho que grande parte do ponto é esse o “estar sendo”, não que nenhuma outra data não construa mais “algo”, é claro que tudo tende a se estender, principalmente quando você comemora aquilo, é o intuito, ser grato por ter chegado a tanto e almejar que não pare ali, que apenas perpetue. E é por isso que sinto essa ânsia de não deixar passar em branco, de ser uma data ao menos destacada, com alguma coisinha para ser lembrada, contudo mesmo sendo uma data certa ainda tem muita água pra rolar nessa cachoeira.
Hoje faz um ano que conheço o Felipe, um ano desde o match no Tinder e o “oi, gata” e cá estamos, construindo toda uma história nesses 365 dias, olhar para o início me deixa maravilhada, nunca em um milhão de anos eu teria apostado alguma ficha que seria tanto, mesmo com as conversas incessantes e vultosas, a inteligência e perspicácia, o encantamento e divertimento, um conjunto e tanto de habilidades e atribuições, ainda assim, mesmo que em alguns momentos no começo eu chegasse a imaginar a possibilidade ou passasse a ideia vez ou outra em minha mente sobre sermos um casal, não achei que vingaria tanto, que seria tão intenso, que seria tão importante, mas foi tudo isso e muito mais. 
Foi um ano bem instável, não houve uma constante na relação, com exceção da nossa amizade que só se desenvolveu ao longo de tudo, mas nas questões de frequência, comprometimento, importância e sentimentos, é nítida toda a variação que sofreram e ainda há a possibilidade dessa variação toda retornar, por isso a reticência em relação a comemorar ou não a data, uma icógnita, lembra? Mas tudo bem, foi um ano insano, rolou muita coisa entre nós dois e ainda mais coisas fora disso o que torna as coisas mais intrigantes.
Intrigante é uma palavra bem precisa quando busco definir um pouco minha relação com o Felipe, a construção dela é inteiramente intrigante, pegando o começo quando ambos tinham muito interesse mútuo, mas não o suficiente para resultar em algo a mais, depois um pequeno desinteresse na relação ao focarmos mais em outras pessoas e outros objetivos, sempre mantendo os filmes no meio até os interesses convergirem novamente, o legal foi que em nenhum momento ocorreu algo que colocasse em risco a amizade em si, mas o extra dela foi colocado em cheque umas boas vezes, seja no caso do Hiro, que levei um lindo “não gosto de você assim” no meio da fuça, seja no caso de ter decepcionado ele no lance com o Thiago, ou num dia que ele me desmotivou a amá-lo, foram pequenas coisas, momentos ou frases, mas existiram e por mais que eu odeie lembrar delas sei que é necessário, sem contar os momentos em que eu estava apaixonada por outro e as várias paixões que ele teve por outras, e mesmo assim cá estamos.
A sensação é de sonhar acordada, as vezes não acredito que cheguei nesse marco com ele, e olha que nem estamos namorando, desde o início ele sempre foi demais, muito lindo, muito inteligente, muito engraçado, muito original, muito pegador, sabe... ele me lembra demais aqueles caras das fanfics que eu lia, não tinha um maldito defeito, só o der ser pegador e na maioria das vezes frio por conta de algum passado obscuro, e ele se encaixa com perfeição em toda a descrição, era algo que eu achava engraçado, ter encontrado essa definição em carne e osso, até então eram histórias, raramente descrições em livros se tornam reais e o Felipe se tornou o “meu cara ideal”, conforme as fanfics, mas como todo bom cara fanfic existiam as impossibilidades... com ele era sempre a pegação na frente, foi o que mais notei ao longo de todas as conversas que tivemos, pegação e beleza, diante de tudo que fui conhecendo, acreditei piamente que teríamos essa amizade pra sempre e a pegação iria se desenrolar até algum de nós começar a namorar. Engraçado... mesmo sonhando com a possibilidade de namorar ele, as vezes como hipótese outras como vontade, nunca me dei conta que poderia vir a ser real algum dia, sempre ficava no mundo das ideias, não achava que minha beleza condizia com o conceito de beleza pra ele, fora o lance dele ser pegador e nunca ter demonstrado o menor interesse em namoro em um âmbito geral. 
Chegar até aqui olhando para trás é realmente inesperado, foi a primeira vez que construí algo com alguém antes de declarar como namoro, foi a primeira vez que amei alguém antes de se tornar um namoro, ele tem algumas primeiras vezes minhas, então é um território novo para mim em alguns aspectos, tanto que em alguns momentos eu não soube lidar com isso da melhor maneira, como na demora para apresentá-lo aos meus amigos, a demora para falar da existência dele com as meninas, precisar entender como funcionava amá-lo e desejá-lo com aquela certeza de que eu não passaria de uma ficante e ver que eu passei dessa “fase” é algo bem impressionante, ouso dizer.
Sei que é só uma data de conhecimento e tudo o mais, tem apenas uns 2 meses (começou a contar oficial no dia 06/07, mas já tinha umas 3 semanas que só ficavamos um com o outro, com exceção da saída com a Samara) que estamos ficando sério e que não é nada lá muito concreto, ainda existem variavéis que podem fazer tudo retroagir, mas ainda assim... significa algo para mim, mesmo existindo todas essas circunstâncias, eu realmente desejo ele, eu realmente tenho a intenção de mantê-lo tanto no meu presente quanto no meu futuro e talvez eu não passe de uma boba apaixonada ao dar importância para uma data assim, mas não me importa, no fundo estou colocando em primeiro lugar o meu querer, e eu quero que isso dê certo, eu realmente quero, então não vou tentar ser recatada quanto aos meus sentimentos, só vou expressar toda a importância que as coisas realmente significam para mim e hoje é um dia importante, quero muito ler esse texto daqui uns 10 anos e poder rir ao lado dele sobre tudo isso, lembrando como foi a origem, imagina só encontrar no Tinder o amor para a sua vida? Bem típico de história de fanfic mesmo.
Eu amo você, Felipe, não faz um ano que te amo, mas faz um ano de construção desse amor e é de longe o sentimento mais intenso que já vivenciei até hoje.
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I Always Love You - w/ Niall Horan
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Nova mensagem:
Katy: Niall está na cidade!!
Meus olhos quase pularam para fora quando li o recado no visor do celular. Arrisco dizer que meu coração provavelmente deu uma leve pausa quando a informação foi processada pelo cérebro e encaminhada até o órgão que por muitos anos fora do homem mencionado na mensagem.
*Mensagens*
S/N: O quê? Como você sabe?
Katy: Fui com o Lewis buscá-lo no aeroporto. Ele chegou faz meia hora
S/N: Isso é loucura! Agora que meu casamento entrou nos trilhos você me joga essa bomba, Katy?!
Katy: Amiga, não me culpe por ainda estar apaixonada pelo cara que conheceu na sétima série
S/N: Ele não pode me procurar, ouviu bem?
Katy: E por que não?
S/N: Porque eu montei uma família, Katy! Estou casada há oito anos e amo meu marido. Se Niall aparecer aqui, eu não saberei o que fazer.
Katy: Apenas trate ele como amigo. Um amigo que você quase se casou kkkkkk
S/N: Engraçadinha 😒
S/N: Preciso ir, tem alguém na porta. Me mantenha informada sobre ele, tudo bem?
Katy: Sim, senhorita
Assim que visualizei a última mensagem de minha amiga, senti um aperto no peito provavelmente por conta da ansiedade momentânea que a notícia repentina me trouxe. Sendo assim, bloquei meu celular e respirei fundo, tentando manter a calma e não demonstrar nenhum nervosismo para a minha família a respeito do meu passado quase secreto.
O som da campainha que tocava enquanto estava no celular foi cessado no instante em que apertei o botão de bloqueio do aparelho, entendendo que um dos meus filhos atendera a porta. Por essa razão, permaneci no quarto e tentei ao máximo esquecer aquele assunto que atormentava meus pensamentos. Entretanto, mesmo que involuntariamente, meu cérebro desligou a chavinha da realidade e me levou até meus vinte anos de novo, mais precisamente para o dia dezenove de setembro de dois mil e e treze, conhecido como o dia mais triste da minha vida.
Flashback on*
- Por que você tem que ir embora assim? - as lágrimas já estavam prontas para cair quando o vi com o passaporte nas mãos e a papelada relacionada à viagem que não tinha previsão de volta.
- Amor, é uma oportunidade e tanto. Não posso deixá-la passar despercebida.
- E como fica o nosso casamento?
- S/A, eu ficarei fora por cinco anos. Não sei se devemos pensar nisso agora.
- Você não quer se casar comigo, não é? - meus lábios tremeram e minha voz saiu falha ao perceber o real motivo daquela viagem. No entanto, eu precisava ouvir isso dele para que pudesse acredita no que já estava mais do que nítido para mim.
- É claro que quero! Eu te amo mais que tudo neste mundo!
- E por que você vai me deixar, Niall? - machucada por dentro, aumentei meu tom de voz assim que ele se aproximou e o choro veio como consequência, visto que me encontrava hiper sensível naquele momento.
- S/N, essa viagem está ligada totalmente com o meu futuro. Meu projeto de faculdade se tornou conhecido pelo mundo todo, eu posso mudar a vida de muitas pessoas. Você não entende a proporção disso? - era difícil bancar a noiva durona quando Niall tocava no assunto. Eu, mais do que ninguém, sabia o quanto ele se dedicou ao trabalho sendo tão novo. Seria egoista da minha parte exigir que ficasse. Por isso, permanci quieta e apenas levei meus olhos para baixo e os limpei rapidamente a fim de não mostrar tamanha fragilidade, mesmo que ele já soubesse. Seria quase impossível me acalmar com Horan prestes a entrar em um avião no dia seguinte, mas eu precisava conter as lágrimas e encarar a situação de cabeça erguida se quisesse salvar o meu relacionamento. - Eu achei que você me apoiaria nisso. - o descontentamento em sua voz foi sentido por mim sem demora e meu coração, que já estava trincado, resolveu se dilacerar por inteiro quando prestei atenção no tom que o rapaz usou.
- Mas eu te apoio..
- Essa irritação toda é a sua forma de apoio? - retrucou, fazendo com que desviasse o olhar novamente e desse um belo suspiro antes de continuar aquela discussão.
- Niall, tenta me entender, nosso casamento está marcado para o início do ano que vem. Nós sonhamos com essa data desde o final do ensino médio e agora você vai embora. Sabe o quanto isso dói? Tem noção da situação em que estamos? Você é o amor da minha vida, Niall!
- Eu compreendo, babe. E saiba que está sendo difícil para mim também, muito mesmo. Mas eu sei que o poder do nosso amor é mais forte que tudo isso e não serão alguns anos longe o motivo para mudar o que sentimos um pelo outro. - disse calmamente, chegando próximo a mim pronto para ajoelhar-se e pegar minha mão logo em seguida. - Eu prometo que quando eu voltar, a primeira coisa que farei será ir até a sua casa e remarcar o dia mais feliz de nossas vidas.
Flashback off*
- Mãe, tem visita para você. - as lembranças revividas por mim deixaram de existir naquele momento, quando ouvi minha filha mais velha gritar da sala, livrando-me das memórias dolorosas daquela dia fatídico. Como em um passe de mágica, voltei para o presente e inalei todo o ar que consegui, soltando-o devagar para só depois levantar-me da cama e caminhar até a sala para receber a tal visita inesperada.
- E esse aqui é o meu pai. Ele ainda não chegou porque está no trabalho.
- Niall? - minha respiração parou imediatamente e meus olhos quase pularam para fora quando o vi sentando na poltrona perto da porta marrom escura. Assim que me ouviu, o moreno direcionou seu olhar azul diretamente para mim, dando um sorriso contido antes de devolver o porta retrato em suas mãos para o meu filho mais novo, que tratava meu ex-noivo como um amigo íntimo.
- Oi, S/A. - disse ele ao sorrir envergonhado e levantar-se do assento o qual estava sentado antes de eu aparecer na sala.
- Oi! - a risada nervosa não pôde ser controlada por mim ao vê-lo em minha casa, ao lado do meu filho, que poderia ser dele caso nosso destino tivesse sido diferente. O choque que sentia era visível mas mesmo assim não deixei de abraçá-lo de forma intensa, dando quase para matar a saudade sucumbida dentro de mim durante um período longo. Seu perfume agradável e suave ainda era o mesmo de anos atrás e uma sensação nostálgica tomou conta de mim por senti-lo tão perto do meu corpo.
- Ele é seu amigo da escola, mamãe? - Justin perguntou quando nos separamos e eu sorri de forma meiga, concordando com a cabeça.
- Sim, filho. Mas parece que você já sabe, não é? - a resposta veio junto de uma pergunta retórica, não deixando de liberar uma risada fraca ao vê-lo esconder o rosto atrás da almofada no sofá cinza.
- Não o culpe, fui eu quem começou com as perguntas. Ele apenas foi super educado e um ótimo anfitrião. - Niall lançou um sorriso amigável para Justin, que retribuiu a ação juntamente com um sussurro dizendo “obrigado” para o homem em minha frente, rindo ao perceber o quão engraçado era o meu pequeno.
- Bom, sendo assim acho que devo te elogiar, filho. Obrigada por dar atenção à visita. Mas agora você pode ir até o quarto para eu conversar com o meu amigo um pouquinho?
- O nome dele é Niall, mamãe. Não precisa esconder isso de mim. - mais uma vez a risada alta saiu da boca do moreno ao escutar a resposta dada por Justin, sendo inevitável não acompanhá-lo nos risos além de levantar as sobrancelhas, supresa pela forma como fui respondida.
- Claro, claro. Niall. - ri fraco, chacoalhando a cabeça positivamente. - Pode nos deixar a sós um instante? - dessa vez o garotinho apenas assentiu e despediu-se do mais velho com um toque de mão, indo imediatamente até seu quarto em uma corrida só dele.
- Quantos anos ele tem? - questionou rindo.
- Cinco. Mas age como se tivesse mais. - respondi com uma risada presa na garganta e o encarei após Justin ter saído de cena, vendo aquele sorriso lindo que teve efeito sobre mim mesmo depois de anos sem vê-lo. - Senta, fica à vontade.
- Obrigado. - Niall sentou-se no sofá e eu fiz o mesmo, ficando próximo a ele enquanto sentia meu coração pular dentro do peito.
- Parece que você já conheceu os meus filhos e o meu marido, não é?
- Sim. - afirmou ao dar um riso leve. - Justin me mostrou a foto de vocês todos antes de aparecer. Você tem uma família linda!
- Obrigada. - respondi com um sorriso no rosto e observei o porta retrato prata em cima da mesa de centro. E ele tinha razão, minha família era mesmo linda em todos os aspectos e simplesmente tudo para mim. - Você não sabia da existência dela?
- Não. Os lugares em que estive nos últimos anos não havia internet e a única rede de comunicação que possuía era um telefone antigo para falar com a minha família.
- Então você não soube que me casei?
- Também não. - respondeu sem graça, dando um riso nervoso antes de olhar para outro ponto que não fosse meus olhos chocados.
- E nunca recebeu meus emails? - desta vez ele não disse nada, apenas fez que não com a cabeça, sendo o instante em que fiquei paralisada da cabeça aos pés. Foram nesses emails que eu me declarei para ele, dizendo que sempre o amaria, independente de tudo, mas que não seria capaz de viver separada por tanto tempo, oficializando o nosso término. Mas agora eu sabia que ele nunca os lera e que para Niall, nós estávamos juntos. Até hoje. - Wow.. Eu não fazia ideia. - comentei, totalmente desconfortável. - Então foi por isso que você veio até aqui?
- Sim. Eu deixei tudo no carro do Lewis e perguntei para Katy onde você estava morando, já que eles me buscaram no aeroporto. E aí eles me deixaram aqui.
- Foi a primeira coisa que você fez?
- Prometi isso para você, não prometi? - aquelas palavras foram matadoras em todos os sentidos, fazendo com que concordasse lentamente com a cabeça sem saber o que dizer e enfim começar a digerir a situação que por anos não entendia. Tudo o que sentia nos segundos que sucederam a fala se resumia a mil borboletas no estômago e um sentimento de vazio, estando mais do que surpresa com todas aquelas informações bombástica para meros três minutos de conversa. - Mas parece que a segunda parte da minha promessa não poderá ser cumprida. - Niall comentou, rindo sem graça e desviando o olhar para o porta retrato em cima da mesinha em sincronia com a própria voz.
Minha feição dizia o que eu não conseguia colocar em palavras. Eu estava completamente sem reação. Em minha cabeça ele estava ciente da nossa separação há anos, já que nunca mais me respondeu ou entrou em contato. Contudo, quando finalmente soube o porquê de não ter obtido nenhuma resposta aos quinhentos emails que enviei, entendi que talvez o meu destino era para ter sido com ele.
- Niall, eu sinto muito. Te escrevi tantas vezes dizendo que estava com saudades, contanto o meu dia e você nunca me respondeu. - expliquei sem nenhum entusiasmo. - Depois de semanas sofrendo com a sua ausência eu decidi que seria melhor terminar e te mandei um texto enorme sobre nós e os meus sentimentos em relação ao nosso amor. Jurei que você tinha lido.
- Infelizmente não li. Na verdade eu mal mexi na internet desde que cheguei. Estava tão ansioso em te ver novamente que não dei atenção a mais nada a não ser você.
- Niall, não faz isso comigo.. - resmunguei, levando as mãos até o rosto.
- Não se sinta culpada, S/A. Você seguiu em frente como qualquer um faria se estivesse no seu lugar. Afinal, se passaram quase dez anos. Ninguém é tão louco a ponto de esperar tanto por alguém.
- Então você teve outros relacionamentos?
- Tá, talvez eu seja exceção à regra. - sua risada saiu envergonhada e ao mesmo tempo triste. Era nítido o quão difícil estava sendo para ele esse banho de água fria e eu não sabia como apaziguar aquele sentimento horrível que o rapaz sentia.
- Meu Deus.. - falei desacreditada, com as mãos na boca.
- Você não tem ideia do quanto chorei durante todos esses anos. Sonhava tanto com o nosso casamento que até vim pensando na decoração que escolheríamos juntos o caminho todo para cá, desde o embarque até a sua porta.
- Por favor, não faça com que isso se torne pior do que já está sendo para nós dois.
- S/A, não estou te entendendo. Por que está sendo tão horrível para você saber disso tudo? Já disse que a culpa não foi sua.
- Niall. - suspirei profundamente antes de continuar minha fala, tentando arrancar forças do fundo da alma para contar o que estava preso dentro de mim há anos. - Eu te mandei um email no dia do meu casamento.
- E o que ele dizia? - perguntou curioso.
- Que se você me respondesse, eu cancelaria tudo e te esperaria para ser você o meu marido. - o rapaz permaneceu imóvel ao escutar as palavras que saíram da minha boca e arregalou os olhos, entendendo agora o que de fato estava acontecendo.
- Então se eu tivesse lido..
- Nós estaríamos preparando nosso casamento agora. - completei sua frase e senti uma lágrima cair sobre minha bochecha.
- Eu.. eu não sei o que dizer.
- Então somos dois. - o silêncio tomou conta do lugar e tentávamos, de alguma forma, encontrar uma solução que pudesse concertar essa bagunça, mas aparentemente a única coisa que resolveria o cenário inesperado e doloroso que vivíamos era uma máquina do tempo, que só existia nos livros infantis dos meus filhos.
- Posso te fazer uma pergunta? - a voz baixa de Niall quebrou o silêncio e eu o encarei, vendo seus olhos inteiramente marejados e voltados aos meus. - Se você me escreveu no dia em que se casou, é porque você ainda me ama, certo? - quando estava prestes a responder a porta de casa se abriu revelando meu marido, o qual interrompeu qualquer que fosse a ação que estivesse acontecendo no cômodo grande e repleto de tensão.
- Oi, amor! - ele disse sorrindo, mas não deixou de juntar as sobrancelhas ao ver um desconhecido em seu sofá.
Não fui capaz de respondê-lo por conta de todos os sentimentos que me sufocavam naquele momento. Apenas acenei e sorri fraco, tentando disfarçar ao máximo o clima criado entre mim e Niall.
- Erick, esse aqui é o Niall, um amigo meu que voltou de viagem hoje mesmo. - apresentei meu ex-noivo ao meu atual marido, que apertou a mão do moreno com um sorriso simpático no rosto.
Niall por sua vez não conseguiu transparecer simpatia alguma após minha confissão. Ele estava tão impactado que mal respondeu a pergunta do meu esposo, referindo-se ao seu estado emocional.
- Bom, acho melhor eu ir embora. Foi bom te ver de novo, S/N. - lançou um sorriso fraco e cheio de palavras entre o gesto, as quais gostaria de dizer para mim e quando percebi sua voz tive certeza de que ele estava segurando o choro, assim como eu.
Eu não queria me despedir dele mais uma vez. Eu não queria me separar dele novamente. Eu não queria que ele fosse embora da minha vida sem ao menos me despedir do jeito que gostaria. Mas não pude fazer absolutamente nada a não ser lhe abraçar forte e chorar baixinho em seu ombro por alguns segundos.
- Eu sempre vou te amar. - sussurrei em seu ouvido, colando meus lábios suavemente na lateral de seu pescoço da forma mais escondida que consegui, e assim que nos separamos o vi concordar com a cabeça e sorrir de leve após respirar profundamente.
- Foi um prazer te conhecer, Erick.
- O prazer foi meu. - meu esposo respondeu com uma certa desconfiança e encarou-me confuso quando a porta se fechou, deixando apenas eu e os pais dos meus filhos na sala. - Quem era essa cara?
- Um amigo, Erick.. Um velho e grande amigo.
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xoxo
Ju
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conhecermeei · 4 years
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Fernanda.
A pequena menina levantara cedo naquela manhã. Era um dia frio, com o Sol encoberto por diversas nuvens que prometiam uma chuva em algum momento do dia, além da brisa gelada que fazia com que as folhas das árvores balançassem pra lá e para cá. Fazia alguns dias que não nevava e a mulher sentia falta da imensidão branca que cobria tudo pela cidade. Morava num pequeno apartamento, razoavelmente longe do centro, mas perto o suficiente para que o percurso entre a casa, a faculdade e o trabalho não tomasse muito de seu tempo no dia a dia. Apesar de morar numa "caixinha de fósforo", apelido gentilmente dado pela sua mãe, se sentia confortável. Ali, naquele cantinho, encontrou todo o seu mundo. Tudo possuía um lugar estabelecido, nunca ocorrendo bagunça por mais do que alguns dias, a limpeza não demorava mais do que algumas horas e a decoração fora feita pedacinho por pedacinho, a seu gosto. A atmosfera intimista era sentida por todos que adentravam o local, não só isso, mas todo o carinho e gentileza que habitavam no corpo da dona também. Como companhia para a doce menina, estantes cheias de livros, uma mini horta na varanda e uma bela gata branca preenchiam as suas tardes e noites de final de semana. Isso, é claro, quando a dona de curtos cabelos azuis escuros não estava enfurnada na biblioteca, como era o caso de agora. O local não ficava muito distante de sua casa, o que era uma grata surpresa, já que, normalmente, ficaria bem mais próximo do centro da cidade. Chegou ao local passados dez minutos da abertura, tendo em mente o que escolheria como leitura e até mesmo onde se acomodaria. Sentou-se ao lado da janela, perdendo-se imediatamente na história que iniciara, bem no fundo, escondida dos olhares desapercebidos, mas claramente brilhante para os olhos atentos de uma das meninas que trabalhavam ali ─ não que a nossa pequena azulada percebesse este último fato. Assustou-se levemente ao ouvir pequenas batidas ocas na mesa, e sentiu a voz falhar levemente quando levantou o olhar, dando de cara com a dona de seus sonhos. "Te trouxe café, imagino que você veio direto pra cá e não comeu nada, não é, mocinha?" Fernanda, dona de intensos olhos castanhos (e de seu coração ─ não que a azulada de olhos cor de mel fosse admitir este fato em voz alta) falou após receber a atenção que desejava. "Obrigada Fe, eu realmente não comi", agradeceu baixinho, com um sorriso leve nos lábios e o coração quentinho pela outra sempre se lembrar dela. "Você sabe que precisa comer, não pode ficar sem se alimentar, faz mal", Fernanda tornou a falar com um leve tom de repreensão enquanto olhava para o relógio em seu pulso, "Vem, almoça comigo hoje? Daqui dez minutos é meu horário de almoço e você não comeu então eu pensei em te levar pra..." a moça continuou falando até que sua voz sumisse, ficando envergonhada nesse processo. A menina estranhou, Fernanda não era do tipo que ficava sem graça, mas resolveu, por fim, aceitar o convite, pensando na probabilidade da outra estar precisando de alguém para desabafar. Cerca de vinte minutos após a estranha conversa, ambas estavam sentadas num pequeno restaurante próximo da biblioteca. A conversa fluía naturalmente, marcada por risadas baixinhas de uma ou outra, afinal de contas, se conheciam há alguns anos. Ao pensar nisso, a de cabelo curto suspirou. Conhecia Fernanda há exatos seis anos, há três percebera que o que sentia pela outra já passara da amizade fazia tempo e há dois anos desistira de contar como se sentia. Fora repreendida pela mãe diversas vezes, mas simplesmente não tinha coragem o suficiente para se confessar. Caso fosse rejeitada, como viveria sem Fernanda? Como arriscaria a amizade por um sentimento tão incerto quanto o seu? Não que ela não fosse digna de viver um romance ou algo parecido, mas sabia que a outra era melhor em tudo e que talvez, e esse talvez doía muito dentro de si, merecia alguém melhor que ela. Sempre fora o tipo de pessoa mediana, não curtia chamar a atenção, mas procurava sempre dar o seu melhor no que lhe fosse incumbido. Não tinha talentos especiais e nem sabia fazer algo fantástico, era apenas na média, e isso nunca a incomodou. Não até, é claro, conhecer Fernanda. Depois disso, quis, pela primeira vez, ser notada, ou melhor, ser elogiada e vista por ela. Mas o tempo e a insegurança sempre foram os seus maiores inimigos, quando entendeu o que sentia, Fe começou a sair com outra pessoa, e o relacionamento durou por uns meses. A azulada ficou verdadeiramente feliz pela outra, mesmo que seu coração doesse ao ver a mulher que amava com outra, mas antes de tudo, eram amigas, e amigas torciam pela felicidade uma da outra. Então resolveu ignorar o que sentia (até que sumisse) e focar em seus estudos, desejando sempre que a amiga fosse feliz e amada. Então o relacionamento acabou e, ao perceber quão mal sua amiga ficou, decidiu que jamais contaria o que sentia. Não queria ver Fernanda naquele estado de novo, doía nela também. (Vale ressaltar aqui que a pequena azulada também se esforçou para esquecer aquela que amava, mesmo que não tenha dado certo). Fora subitamente arrancada de sua mente quando sentiu a dona de seus pensamentos tocar a sua mão levemente. "Você me ouviu?" ela perguntou e, ao ter uma resposta negativa acompanhada de um sorriso sem graça, continuou risonha "Se perdeu na própria cabeça de novo não é? Tudo bem, eu te digo de novo, mas preste atenção dessa vez, sim?", ela limpou a garganta e, dessa vez, ao retomar a palavra, desviou o olhar para a fina chuva que começava a cair. "Eu gosto de você Fe", a azulada, num súbito de coragem (que nem ela sabia ter), disse de uma vez, enquanto pequenas lágrimas começavam a cair, atraindo o olhar da outra sobre si, "Gosto há muito tempo, na verdade. Não como... não como amiga, quer dizer, isso também mas... Eu quero te dizer que eu gosto de você, de verdade, eu sei que você não me corresponde mas eu precisava te contar e eu vou entender se você se afastar... é só que eu não aguento mais guardar isso pra mim, eu to pronta pra lidar com as consequências, mas eu só preciso tirar isso de mim, preciso te contar pra ver se isso some de uma vez, pra ver se eu consigo ser só sua amiga, porque é... o que eu sou pra você, não é?" A de cabelos curtos fez uma leve pausa pra respirar, enquanto tentava inultimente secar as lágrimas que aumentavam juntamente com a chuva que começara a pouco. "Eu sei que sou tua amiga e tudo o mais, mas por favor, não seja dura comigo quando for me rejeitar, eu sei que eu to errada em ter esses sentimentos por ti, mas eu só... só não consegui evitar. Então, por favor, não desiste da nossa amizade... eu acho que vou embora, desculpa Fe, outro dia a gente se fala", ao findar as palavras, um soluço ainda escapou de seus lábios, evidenciando o choro que estava sendo sufocado dentro do pequeno corpo que se levantou as pressas e correu porta afora, em busca do conforto do seu pequeno refúgio. Ao chegar, o arrependimento lhe arrebatou com força e, nem mesmo as roupas molhadas lhe impediram de sentar no chão e chorar tudo o que sentia. Nos dias seguintes, não tornou a ir na biblioteca e sequer cogitou ir pras aulas. Não teve problemas com o trabalho pois folgaria na segunda e na terça, então resolveu lidar com os seus sentimentos (e pensamentos) da melhor forma que conhecia: vendo filmes. Não era segredo para ninguém que a azulada era uma amante das artes, fosse ela escrita, pintada ou encenada, tudo o que envolvia a criatividade recebia a atenção cuidadosa da menina. Viu diversos filmes, desde românticos até ficção científica, devorou vários baldes de pipoca e outras porcarias, cantou e dançou até o corpo suar e a respiração ficar falha. Também não evitou seus sentimentos, chorou o tanto que precisou, lamentou, odiou e sentiu pena de si mesma o tanto que foi necessário (talvez até mais, mas esse era um pequeno detalhe), até que criasse coragem de encarar o mundo lá fora e, junto com ele, as consequências de suas palavras. Mas não poderia fugir, tinha que ser adulta e seguir com a vida, mesmo que fosse rejeitada. Na manhã de quarta-feira, acordou cedo e finalmente ligou o celular (sim, fora covarde o suficiente para deixá-lo desligado todos esses dias), deixando-o em cima da cama e indo tomar um banho para iniciar o dia. Arrumou-se devidamente e decidiu comer algo antes de sair, já que tinha um tempo considerável antes das aulas iniciarem. Quando finalmente criou coragem para checar o celular, quase caiu. Além de todas as mensagens de colegas da faculdade, de sua mãe e seu irmão (estes últimos preocupados com ela pelo claro sumiço), também haviam inúmeras mensagens de Fernanda. Além de diversas ligações perdidas. Todas de Fernanda. Seu coração errou um compasso e sua respiração ficou mais pesada, não sabia se teria estruturas para lidar com as palavras duras que viriam da mulher que tem sido a dona de seu coração pelos últimos três anos. Resolveu contar até dez, respirar fundo e encarar o que quer que fosse dito para si nas mensagens que tinha recebido em todos esses dias.
"Será que você pode voltar aqui no restaurante? Eu preciso falar contigo" "Porquê você fugiu? Volta aqui ou pelo menos me passa teu endereço pra eu ir e falar contigo" "Me responde, por favor" "Tudo bem, acho que você não quer falar comigo hoje, eu entendo"
"Boa tarde gracinha, to tentando te ligar, vamos conversar sim?" "Ta legal, acho que você ainda não ta pronta pra falar comigo" "Eu vou te ligar amanhã, e todos os dias seguintes até você me atender, eu realmente preciso falar contigo"
"Ta legal, já fazem quase quatro dias que você não me responde, então eu vou mandar por aqui mesmo" "Eu não vou desistir da nossa amizade menina, jamais faria algo assim. Você é tudo pra mim, é o meu primeiro e meu último pensamento, é quem eu procuro pra contar os meus problemas e, toda vez que algo da certo pra mim, é pra você que eu quero contar e comemorar. Não tem um minuto do meu dia que eu não olhe pra qualquer coisa e pense em você, seja uma nuvem no céu ou uma comida no comercial de televisão. Eu amo o som da tua voz e, por mais que você não goste, também amo o som da tua risada, amo o tom do teu cabelo azul e a cor dele natural também. Inclusive, amo a cor dos teus olhos, seja na luz do sol ou não. Odeio quando você se isola do mundo e a forma como você ignora o seu próprio bem estar pra ajudar os outros, e me irrita que você sempre pense nos outros a todo momento, e esqueça de si mesma. Me incomoda também a forma como você não se enxerga, como você só consegue listar seus defeitos e se considerar mediana, sendo que você sempre foi incrível. Me estressa quando você simplesmente se perde na sua própria cabeça e esquece o que ta fazendo, mas também me encanta você se distrair com tanta facilidade assim. Aquele dia no restaurante, quando você se distraiu, eu me confessei pra você, por que, a verdade, minha menina, é que eu sempre fui apaixonada por você. Sempre te segui com os olhos e sempre te notei quando ninguém mais fazia. Mas eu só percebi o que sentia recentemente e eu sinto muito por isso. Precisei me envolver com outras pessoas pra notar que, na verdade, os meus sentimentos sempre foram teus e, se você ainda me quiser, mesmo depois dessa demora toda, me encontra na biblioteca amanhã, não importa o horário, porque eu vou te esperar o dia todo se for preciso, talvez até mais do que isso, na verdade. Boa noite minha menina."
Ao terminar de ler, as lágrimas já corriam livres pelo seu rosto e tudo o que sentia era a urgência de precisar encontrar Fernanda. Largou tudo o que estava fazendo e saiu correndo, decidida a chegar até a biblioteca para abraçá-la e nunca mais soltar. Contudo, tomou um susto ao abrir a porta e precisou coçar o olho duas vezes para ter certeza do que estava enxergando. "Eu... eu liguei pro seu irmão pra pegar seu endereço... eu devia ter feito isso antes, mas só me ocorreu isso ontem à noite, espero que você não se incomode." Fernanda estava ali, parada bem a sua frente, lhe olhando com aqueles intensos olhos castanhos e um pequeno sorriso sem graça. "Eu não sei se você leu a minha mensagem então eu vim te falar pessoalmente porque..." retomou a palavra, mas foi impedida de continuar pois a pequena azulada tomou seus lábios, num selinho carinhoso e banhado à lágrimas de felicidade e carinho, que logo se transformou em um abraço aconchegante e por fim, num beijo profundo com sabor de um amor quentinho, recheado de carinho e coberto por uma amizade duradoura e promessas apaixonadas.
Mari.
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maratona1d · 4 years
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Lliz Você pode fazer um imagine do bebê Harry saindo do palco sentindo-se estressado e depois implorando para que ela o acompanhe quando voltar ao hotel para que ele possa relaxar nela ? muito obrigada
Adorei escrever seu pedido e espero que você goste tanto quanto eu, amor. Obrigada por participar e volta para o feedback? Vai ser muito bom saber sua opinião sobre isso. 💖
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Sunflower
— Ele precisa de você — os braços de Mitch rodearam o corpo de S/N em um abraço com ternura, com o corpo um pouco curvado para que ficassem na mesma altura. Ele havia acabado de encostar o baixo na parede ao lado do palco quando a avistou. — Pensei que não viria hoje.
A tensão no rosto de Mitch quando se afastaram, fez a sobrancelha de S/N se erguer instantaneamente. A voz do amigo soou preocupada e ele suspirou ao final. Aquela nunca havia sido uma reação que, normalmente, ele teria ao final de uma  apresentação da turnê. 
— Eu realmente não iria vir ao show de hoje, mas saí do trabalho um pouco mais cedo e... — seus olhos vagaram pelo rosto de Mitch antes de encontrar o de Harry por detrás dele, um pouco distante e conversando com alguns membros da produção. Ele tinha as mãos apoiadas na cintura. — Ele está estressado, não está? Com o que houve no palco?  
— O perfeccionista que habita nele jamais iria deixar passar batido a falha da produção, sunflower. Você conhece bem o seu namorado.
S/N assentiu mordendo a parte inferior da bochecha, ainda observando atenta a figura de um metro e oitenta há alguns metros de seu corpo. Os braços tatuados, agora, estavam cruzados, o maxilar travado e suas sobrancelhas franzidas ao ouvir um homem à sua frente — exatamente os sinais de chateação que ela conhecia bem.   
Harry coçou as pálpebras com o polegar e o dedo indicador com força antes de abrir os olhos e notar a namorada. Sua respiração suavizou quase instantaneamente e os lábios em linha reta se esticaram em um sorriso pequeno e tímido. 
Sem pensar duas vezes, ele correu até ela.
— Sunflower! — sua voz saiu abafada no pescoço dela. As mãos pressionavam a cintura feminina e, aproveitando que estava um tanto curvado, Harry suspirou e fechou os olhos com força, permitindo-se relaxar no abraço. Mitch havia saído pelo caminho lateral segundos antes. — Era você quem eu precisava ver agora, de verdade — pressionou seu corpo ainda mais no dela. — Eu estou tão estressado, bae, tão estressado. Eu não consigo entender como eles tiveram horas para testar todos os equipamentos e, ainda assim, tudo isso aconteceu. 
A parte europeia da turnê havia iniciado naquela noite. Estar de volta a Londres e performar para sua família, amigos e fãs na cidade onde tudo começou, era o ponto alto do projeto e, definitivamente, nada poderia ser menos que perfeito. Mas quando a iluminação apresentou defeitos minutos antes da entrada de Styles ao palco e, em seguida, um dos amplificadores selecionados falhou tecnicamente, ainda na entrada da arena e escutando os comentários sobre o atraso, S/N sabia que aquilo o atingiria de alguma forma. 
Afastando seus corpos, ela observou nitidamente a frustração nos olhos verdes e cansados.
— Sim, amor, eu imagino como deve estar se sentindo, mas essas coisas podem acontecer e-
Ele resmungou manhoso: — Foram vinte minutos, amor! Você tem noção? Fiz todos esperarem por vinte minutos por irresponsabilidades de terceiros.
A voz de Harry se tornou um pouco mais grave e suas bochechas voltaram a apresentar uma tonalidade avermelhada. As duas mãos ainda a apertavam no mesmo lugar, e S/N logo tratou de entrelaçar a sua em uma delas. 
— Vamos para o seu camarim para conversarmos? — sua pergunta não soou retórica, mas ela não se permitiu ouvir uma resposta antes de virar-se e fazê-lo a acompanhar pela área interna da arena. 
Os corredores estavam movimentados e ocupados com diversas caixas e outros instrumentos, além das pessoas responsáveis por fazer o espetáculo acontecer caminharem ou correrem para cima e para baixo. Alguma delas — as que tinham mais contato direto com Harry, para ser exato —, cumprimentavam S/N, quando ela passava, com um simples “hey, sunflower”. Esse era um apelido dado a ela por Harry na época em que ele ainda tentava conquistá-la, há dois anos atrás. Quando Mitch e Jeff descobriram, passaram a usá-lo como forma de desconcertar toda a pose de desapegado que Styles tentava passar quando se tratava dela. 
Até hoje, sem dúvidas, S/N ainda era seu melhor ponto fraco e todos sabiam disso. 
— Você já procurou saber o que pode ter acontecido? — ela perguntou puxando a cadeira giratória de maquiagem para que ele sentasse e foi trancar a porta. — A sua equipe sempre foi competente e alguma explicação deve existir quanto a isso, amor. 
— Eu já procurei, já ouvi e a única coisa que eu sei é que isso não irá e nem pode acontecer mais uma vez — coçou os olhos novamente. — Hoje era um show importante e as pessoas enfrentaram inúmeras horas na fila para prestigiar e eu as desrespeitei da pior maneira — soltou o ar pela boca, decepcionado. — Só não… só não pode acontecer. Eu só quero dar o meu melhor em tudo porque é o que eles merecem. 
O corpo de Harry se desfez de toda a tensão no momento em que sentiu as duas mãos de S/N emaranhadas nos seus cachos discretos de novo. Fazia exatamente um mês desde que ela voltara para Londres e esse também era o tempo que ele estava sem vê-la nos bastidores. As férias do seu trabalho permitiu que ela conseguisse acompanhar quase todos os shows da América do Norte e, inevitavelmente, não tê-la ao lado depois de tanto tempo juntos também o deixava desestabilizado. 
— Você deu o seu melhor como sempre faz quando está naquele palco, Harry. Você é o melhor no que faz porque faz com amor e todos nós percebemos isso hoje de novo e de novo — deslizou os dedos com mais força, fazendo-a expressar uma careta e sorrir grande pela primeira vez. — Eu amei o plano de recompensá-las cantando medicine e alguns covers da 1D. Foi incrível! 
Com a cabeça inclinada para trás e os olhos bem abertos, ele parecia não acreditar no que tinha acabado de ouvir.
“Ela realmente conseguiu assistir?!” pensou. 
— Você…
— Sim, eu consegui — inclinou-se para beijá-lo na testa. — Eu sai do trabalho mais cedo, corri para cá e assisti todo o show da lateral do palco. Mas hoje você não olhou muito para lá, sabia? 
Ele gargalhou. — Você não estava no seu lugar de sempre e eu não queria sentir ainda mais a sua falta — umedeceu os lábios. — Vem cá, senta aqui no meu colo e me deixa te abraçar. Eu estou com saudades. 
A manha a fez revirar os olhos e pular para ele para sentir-se aconchegada. Harry observou os pequenos pés calçados com botas balançarem no ar e aperto-a mais no afego — na verdade, ele achava fofo como ela parecia ainda mais baixa em seu colo —, seus rostos ficaram mais próximos e os lábios rosados deslizaram pelo pescoço cheiroso antes de encaixarem nos dela. 
— Eu estava com saudade disso, senhor estressadinho — deixou vários selinhos no bico que se formou. — Eu literalmente fugi para estar aqui, sabia? Eu merecia esse beijo desde o início. 
— Me desculpa, amor — sussurrou manhoso. — Mas eu vou te dar muitos outros lá no hotel, por que iremos para lá, não é?
— É… não — ela riu dos olhos arregalados. — Eu preciso trabalhar mais cedo amanhã, bae, e sabemos que você não irá deixar isso acontecer. 
— Não, S/N, você não pode fazer isso comigo. Não hoje, não quando eu estou estressado, não quando eu estou com saudades e tudo o que eu quero é deitar com a minha namorada na cama e curtir o resto da minha noite — sua voz saiu chorosa como a de uma criança birrenta. Era nessas horas que S/N conseguia entendia porque suas fãs o tratavam como um grande bebê de 26 anos de idade. 
— Harry, eu não posso por-
— Você pode sim, amor. Eu te levo ao trabalho de manhã, sem atrasos, sem gracinhas e sem pedidos para ficar.
— Amor, você nunca faz isso e-
— Eu só quero relaxar em você, com você e apenas nós dois — seus suspiros eram seguidos da cabeça inclinada para o lado e carinho nas costas com as pontas dos dedos. Ele já havia a convencido no primeiro pedido e, no fundo, S/N sabia que ele sabia disso também, mas vê-lo implorar dessa forma fazia bem para um relacionamento tão longo. Nada havia mudado e isso a confortava. — Vamos, bae, eu prometo.
Ela espremeu os olhos. — De verdade?
— De verdade. 
— Hum… mas quando você diz que quer relaxar em mim, está falando… hum… daquilo? — ergueu a sobrancelha, divertida. 
Harry mordeu os lábios. — Você sabe muito bem do que eu estou falando, amor. 
— Muito sexo?
— Muito sexo, babe, porque a meta é não dormir para você não se atrasar pela manhã. 
Escrito por: @coragemparasonhar
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bts-scenarios-br · 4 years
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Reaction - Outro membro escrevendo uma música para vocês.
JIN
“Hyung?” O Namjoon entrou na sala em que o Jin estava. 
“O que?” Ele disse, levantando os olhos do celular para encarar o seu amigo. 
“Eu queria conversar uma coisa com você.” Puxou uma cadeira para se sentar perto do mais velho, que esperou ele continuar falando. “Você sabe que você e a S/N são duas pessoas que eu admiro muito, certo?” 
“Certo…” 
“Então, eu queria fazer alguma coisa para mostrar isso!” Ele falou, fazendo o Jin franzir a sobrancelha. “Eu queria escrever uma música sobre vocês.” 
“Ah.” O seu namorado disse, pensando por alguns segundos, e abrindo um sorriso logo depois. “Uma música sobre a gente?” 
“É.” Ele sorriu também. “Eu achei melhor te perguntar antes…” 
“Nem precisava ter perguntado. Eu sei que tanto eu quanto a S/N vamos gostar de qualquer coisa que vier de você.” 
Depois de alguns dias, o Jin recebeu uma mensagem do seu amigo, pedindo para ele ir até o estúdio, porque tinha algo para mostrar para ele. 
“Eu que estou cantando, porque eu queria ter um demo para te mostrar.” O Namjoon disse, preparando alguma coisa no seu computador. “Mas se você gostar, a gente pode gravar com a sua voz depois.” 
Eles ficaram em silêncio enquanto a música tocava, e o Jin se viu perdido em seus pensamentos ao relacionar cada parte da música com vocês dois. Por isso, assim que ela acabou, ele não pensou duas vezes em pegar o telefone, sem nem mesmo dizer alguma coisa ao Namjoon, que ficou um pouco receoso que o amigo não tivesse gostado. 
“E então… Você gostou?” Ele perguntou para o mais velho, que levantou os olhos do celular no mesmo instante.
“Mas é claro que eu gostei!” Respondeu. “Eu estou mandando uma mensagem para a S/N vir aqui ouvir.”
“Mas a música nem está totalmente pronta ainda.” 
“Não importa, eu sei que ela vai gostar mesmo assim.” Voltou a olhar para o celular quando ele vibrou. “Ah, ela está vindo.” Ambos sorriram. 
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YOONGI 
“Precisa de alguma coisa, Taehyung?” O seu namorado disse, vendo que o amigo estava parado do lado dele no bebedouro a um tempo. 
“Na verdade, sim.” Ele disse, começando a andar do lado do amigo. “Eu estava pensando em uma coisa esses dias.”
“O que?” 
“Você sabe que eu sou amigo da S/N também, não è?” O Yoongi concordou. “Então, eu queria escrever uma música sobre vocês dois.” 
“Sério?” O mais velho perguntou, parando de andar para olhar para o amigo. 
“Sim.” Ele deu um leve sorriso. “Vocês dois têm o relacionamento que eu gostaria de ter um dia, Hyung.” Dessa vez o seu namorado que sorriu. “Eu acho que consigo escrever algo que valha a pena.” 
“Então vai em frente.” Disse, voltando a andar. “E eu quero ser o primeiro a ver quando estiver pronta!” 
“Você vai, pode ter certeza!”
Cerca de uma semana depois, o Taehyung chamou o amigo para poder mostrar a música. Ele estava nervoso, mas achava que tinha feito um bom trabalho, então estava ansioso para mostrar o trabalho para o Yoongi. 
“Aqui.” Ele entregou a letra. “Seja sincero comigo depois que ler.” 
O mais velho passou alguns minutos lendo a letra, e podia perceber que ele estava relendo algumas partes, e se concentrando muito nessa tarefa. De repente, ele se levantou do sofá em que estavam, e começou a sair da sala, o que assustou o Tae, que ficou apenas o olhando com os olhos um pouco arregalados.
“Vamos logo, Taehyung.” Ele disse, parando na porta. 
“Vamos aonde?” Ele perguntou confuso, mas se levantou mesmo assim. 
“Para o meu estúdio.” Ele olha para o mais novo. “Já tenho algumas ideia para a produção da música. Você vai me ajudar, não é?” 
“Mas é claro!” Sorriu. “Você acha que a S/N vai gostar?” 
“Eu sei que ela vai.” Sorriu também. 
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HOSEOK 
“J-Hope!” Seu namorado ouviu o amigo o chamar assim que entrou no apartamento deles. 
“O que é, hyung?” Ele disse, se aproximando do mais velho na cozinha. 
“Eu queria te falar um negócio.” O Hobi o olhou curioso. “Eu estava querendo escrever uma música inspirado em você e na S/N.” 
“Sério?” Ele disse surpreso. “Na gente?” 
“Sim.” 
“Mas por que?” 
“Bom, vocês dois estão sempre dispostos a me animar e ajudar quando preciso.” Deu de ombros. “Mesmo que eu não demonstre sempre, eu valorizo muito isso.” O mais novo sorriu para ele. “Por isso eu queria fazer alguma coisa para vocês.” 
“Bom, nesse caso seria uma honra que você escrevesse uma música para a gente.” 
“Que bom, porque eu já comecei.” O Suga disse, fazendo os dois rirem. 
Não demorou muitos dias até o Hobi receber uma mensagem do amigo, dizendo que ele tinha acabado e música, e caso ele quisesse ouvir era só procurar ele. Por isso ele estava naquele momento batendo na porta do estúdio do Yoongi, que não demorou muito para abrir a porta. 
“Não é muita coisa, mas eu espero que você goste.” Ele disse, antes de colocar a música para tocar. 
Enquanto ouvia a composição do amigo, o Hoseok não conseguia tirar o sorriso do rosto, e com certeza teria se emocionado se a música durasse mais alguns segundos. 
“Hyung, a música ficou linda.” Ele disse, puxando o Yoongi para um abraço. “E eu tenho certeza que a S/N vai amar ela, também.” 
“Você acha?” Ele disse, tentando esconder um sorriso. 
“Com certeza.” Eles se soltaram. “Muito obrigada por isso.” 
“Não precisa agradecer.” Ele disse. “Vocês dois fazem mais do isso por mim e pelos meninos.” 
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NAMJOON
“Você queria falar comigo, Jungkook?” O seu namorado disse, na porta do quarto do mais novo. 
“Sim.” Ele disse, se levantando. “Você sabe o quanto eu te admiro, Hyung. E deve saber que eu sinto isso pela S/N, também.” Ele disse, fazendo o líder sorrir em resposta. “Eu acho que vocês dois são inspiradores, na verdade. Por isso eu quero escrever uma música para vocês.” 
“Uau.” O Namjoon disse. “Quer mesmo?” 
“Sim, mas queria saber se eu posso, antes de qualquer coisa.”
“Claro que pode!” Sorriu de novo. “Eu não vejo a hora de ouvir, na verdade.”
“Eu vou fazer o meu melhor.” 
Três dias depois, exatamente, o Jungkook bateu na porta do Namjoon, com uma folha de papel um pouco amassada em mãos. 
“É a música?” Seu namorado perguntou. 
“Sim.” Ele disse, entregando a letra de música para ele. “Eu não sei se está tão bom assim, mas espero que goste mesmo assim.” Deu um pequeno sorriso. 
Quando o Namjoon começou a ler, ficou impressionado por conseguir identificar diferentes momentos da história de vocês ao longo da música, e não conseguiu tirar um sorriso do rosto ao ler todos eles. 
“Obrigado, Jungkook.” Ele olhou para o mais novo, que o olhava ansioso. “Eu nem acredito que você se lembra de tanta coisa que a gente já contou para vocês.” 
“Eu sempre admirei a relação de vocês.” Deu de ombros. “Mas então, você gostou?” 
“Eu adorei.” O puxou para um breve abraço. “E eu acho que a S/N vai surtar quando você mostrar a música para ela.” 
“Sério?” Ele arregalou os olhos. 
“Claro.” Concordou rindo um pouco. “Ainda mais quando souber que foi escrita para a gente.”
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JIMIN
“Bom dia, hyung.” O seu namorado disse, quando se encontrou com o amigo na empresa. 
“Bom dia Jimin.” O Hoseok respondeu. “Que bom que eu te encontrei, na verdade. Tenho um negócio para te falar.” 
“O que é?” 
“Então, eu queria saber se eu posso escrever uma música sobre você e a S/N.” 
“Hã?” O mais novo o olhou um pouco confuso. 
“É.” O Hobi disse empolgado “Você é uma das pessoas mais importantes que eu tenho na minha vida. E a S/N também se tornou minha família quando entrou na sua vida, então quero fazer algo especial para vocês dois.” 
“Poxa.” O Jimin disse surpreso. “Eu já estou ansioso para ver a música.” Ele se empolgou também. 
Quando o Hobi o chamou, alguns dias depois, para o mostrar a música, seu namorado não pensou duas vezes antes de ir até o estúdio dele, que já estava parado na porta esperando pelo mais novo.
Enquanto ouvia a música, o Jimin não conseguiu conter algumas lágrimas que começaram a cair pelos seus olhos, mas mesmo assim manteve um sorriso no rosto enquanto ouvia cada parte com muita atenção.
“Obrigado, Hyung.” Ele disse quando a música acabou, limpando algumas lágrimas do rosto. “A música ficou incrível, eu acho que a S/N vai amar.” 
“Mesmo?” O Hoseok abriu um sorriso. “Eu estou mais ansioso para a reação dela do que a sua na verdade.” Ele riu, quando o Jimin tentou fazer uma cara feia para ele, mas não conseguiu. 
“Por isso me mostrou primeiro, não é?” Ele disse, tentando esconder o sorriso. 
“Aham. Se ficasse ruim não ia nem me dar o trabalho de mostrar para ela” Eles começaram a rir de novo.
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TAEHYUNG
“Taehyung?” O Jimin disse, batendo na porta de um dos estúdios do prédio. 
“Eu!” Ele disse do lado de dentro, esperando apenas alguns segundos até ver o amigo entrar na sala. “O que foi?” 
“O seu aniversário de namoro e com a S/N está chegando, não está?” 
“Sim, é daqui duas semanas. Por que?” 
“Eu estava pensando em fazer uma coisa para vocês.” 
“Ah é?” O olhou surpreso. “Tipo o que?” 
“Uma música.” Ele disse um pouco receoso. “Eu sei que não é nada de muito incrível, mas queria mostrar que a história de vocês é importante para nós também.” Sorriu de lado. 
“Uau.” O Taehyung disse. “Eu acho que seria incrível ter uma música escrita por você que fale sobre nós.” 
“Então eu vou fazer!” O Jimin disse, saindo da sala empolgado, o que fez o Tae rir. 
Uma semana antes do aniversário de namoro, o Jimin procurou o seu namorado de novo, mas dessa vez com a letra da música em mãos.
“Eu já preparei uma melodia também, se gostar nós podemos gravar.”
O Tae concordou e começou a ler a composição logo em seguida, sem conseguir parar de sorrir ao imaginar que cada palavra foi inspirada nele e em você. 
“Ficou incrível, Jimin.” O Tae disse, olhando pra o amigo com lágrimas nos olhos. “Eu nem sei como agradecer.” O puxou para um abraço demorado. 
“Que bom que gostou.” Ele sorriu, se soltando do abraço. “Acha que a gente consegue produzir antes do aniversário?” 
“Espero que sim, porque acho que a S/N ia adorar se você mostrasse a música para ela no nosso aniversário.” 
“Eu?” 
“Claro.” O Tae deu de ombros. “Eu sei que não vou conseguir arranjar um presente melhor, mas isso vai fazer ela muito feliz.” 
“Tá bom.” Ele riu. “Mas é você quem vai gravar.” 
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JUNGKOOK
“Estava me chamando, hyung?” O Jungkook disse, ao entrar no estúdio em que o Jin estava. 
“Sim.” Ele parou o que estava fazendo e se virou para o mais novo. “Eu estava tentando ter algumas ideias para escrever uma música, e acabei tendo uma.” 
“Qual?” 
“Eu queria escrever uma música sobre você e a S/N.” 
“Uma música?” Seu namorado arregalou os olhos. 
“Sim.” O mais velho sorriu. “Queria fazer uma coisa que mostrasse o quão são importantes para mim a um tempo já, e acho que uma música seria o jeito prefiro de fazer isso.” 
“Sério?” 
“É.” Ele disse com uma leve risada. “Eu sempre tive esse carinho por você, e quando ela entrou na sua vida, passei a ter por ela também.”
“Poxa.” O Jungkook disse, ainda surpreso com a proposta do amigo. “A gente ia adorar!” 
“Que ótimo! Eu te mostro quando terminar!”
Levaram alguns dias para a letra ficar pronta, mas apenas porque o Jin queria que ficasse o melhor possível para vocês. Quando chamou o jungkook para mostrar a composição, estava bem nervoso, mas tentou não deixar isso transparecer. 
O seu namorado iria ler a letra em silêncio, e surpreenderia o Jin quando o olhasse com lágrimas nos olhos depois que acabasse.
“Ah, hyung, não acredito que me fez chorar.” Disse, o puxando para um abraço. “Muito obrigado por isso, de verdade.” 
“Não precisa agradecer.” Ele disse sorrindo e se soltando do abraço. “Você acha que a S/N vai gostar também?” 
“Com certeza.” O Jungkook respondeu. “E acho que ela vai chorar mais do que eu, então é melhor separar alguns lencinhos para quando for mostrar a música para ela.” Ele disse, ainda fungando um pouco, e fazendo o mais velho rir.
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Oiee, como estão? Espero que estejam bem. 
Bom, tomara que tenham gostado, e desculpe por qualquer erro!
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shycatwonderland · 3 years
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Capítulo 6 - Corte de Fogo, Flores e Sombras
Sinopse: Eris se tornou grão senhor da corte outonal. Um baile para as corte deve ser oferecido. A presença de todos é imprescindível. A corte noturna, como aliada do novo grão senhor, é presença confirmada, incluindo um mestre espião e uma adorável corça, com uma séria questão entre eles que perdura desde o último solstício. O que nenhum deles esperava, era que nesta festa, sentimentos fossem despertados, verdades fossem reveladas e paixões fossem aquecidas.
Essa é uma fanfic de trisal Azriel, Elain e Eris. Nós atribuímos uma personalidade diferente do que foi mostrado até aqui nos livros, para o Eris, mas se você não gosta dele, não leia. É nossa recomendação. É apenas uma fic. Sem estresse.
ALERTA DE GATILHOS: NUDEZ, INSINUAÇÃO SEXUAL, SEXO.
Autoras: Ju, Nat e Iza
Capítulo 6
Os três suados e cansados se largaram na cama e ficaram ali abraçados tentando recuperar o fôlego. Talvez fosse cedo para eles admitirem que precisavam um do outro tanto quanto ela precisava deles. Talvez fosse cedo demais para admitirem que havia mais do que apenas necessidade física ali. Talvez fosse cedo para admitir que aquela sensação quente e reconfortante no peito dos três, aquela paz que se instalara ali, como se não houvesse nenhum problema pela frente, como se Koschei não estivesse ameaçando tudo que eles amavam, era amor, sim era amor. Eles se amavam. Mas naquele momento, bastava saber que todos estavam felizes. Que estar ali, juntos, acariciando cabelos e distribuindo sorrisos os fazia feliz e trazia paz para as almas torturadas dos três. Elain sorriu ainda mais abertamente enquanto tinha uma mão no rosto de cada.
- Precisamos voltar para casa. – Disse Azriel. Eris enrijeceu sob a mão de Elain. Ela deu um leve beliscão em Az, por interromper a paz.
- Eris... – Ela começou, mas ele se sentou bruscamente, saltando da cama e caminhando até as calças jogadas no chão. Elain se cobriu com o lençol da cama e Azriel puxou a própria calça até si com as sombras. – Parem! – Ela pediu, mas ninguém obedeceu. – PAREM! – Ela quase gritou, autoritária, e isso atraiu a atenção dos dois machos. – Venham aqui, agora! – Exigiu. Havia dor nos olhos de Eris e raiva no de Azriel. E nenhum dos dois saiu do lugar. Ela suspirou e ficou de pé tentando segurar o lençol ao redor do corpo. Ela caminhou até Eris primeiro, pois a dor em seus olhos estava destruindo-a. – Você, Eris, olha para mim. Olha nos meus olhos. Fale comigo, por favor. Fale o que te perturba. Vamos conversar.
Eris encarava o chão. Ele devagar levantou o olhar para Azriel parado do outro lado da cama, as calças ainda abertas, esquecidas, os olhos confusos e irritados ao mesmo tempo, e depois, devagar, encarou os olhos de Elain. Havia confusão ali e uma tentativa sincera de resolver as coisas. Será que Eris havia confundido tudo? Será que para aqueles dois ele foi apenas um passatempo? Porque ele se apaixonara por ambos, da mesma forma. Ele desviou outra vez o olhar e andou de costas até sentar na cama. Ainda encarando o chão. Elain se aproximou outra vez e sentou ao seu lado na cama. Ela olhou para Azriel e depois voltou a olhar para Eris.
- Por favor. – Ela pediu. – Fale comigo. Fale conosco.
- Vocês estão indo embora. – Eris finalmente disse. Ainda sem encarar ninguém.
- Sou mestre espião da corte noturna, Eris. – Falou Azriel ainda de pé atrás deles do outro lado da cama.
- Minha família... – Sussurrou Elain.
- Eu fui apenas um passatempo para vocês? – Ele perguntou. Tristeza e irritação nublando seus olhos e suas palavras. Mas apesar da aspereza, nem Elain, nem Az, se sentiram magoados. Finalmente entenderam o que ele queria dizer. – Fui apenas algo para apimentar a relação de vocês dois?
- Não, Eris. Por favor, não. – Elain se inclinou para ele abraçando seu tronco, ou tanto quanto ela conseguia com seus braços curtos e finos. Azriel finalmente subiu na cama e sentou do outro lado de Eris.
- Certo. Para isso aqui dar certo, vamos esclarecer as coisas primeiro, tudo bem? – Perguntou o macho. Atraindo o olhar tanto de Elain quanto de Eris. Os olhos de Eris estavam esperançosos e Elain atenta. – Eris, você não é um passatempo e muito menos uma experiência sexual.
- Não existe apenas eu e Azriel, certo? Somos nós três. Sempre nós três. – Elain sorriu acariciando o rosto dele.
- Mas vocês estão indo...
- Nossa família está lá, Eris. – Disse Azriel. Mas ao ver a nota de tristeza nos olhos do macho, Azriel segurou o queixo dele e levantou o rosto. – Olha para mim. Elain e eu estaremos sempre aqui e você deve ir até lá sempre que possível. Eris, você é um grão senhor, e sabemos que sua rotina não vai ser fácil. Nem um pouco fácil e talvez com pouco tempo livre, mas estamos aqui, ou a uma travessia de distância. – Azriel deu um sorriso de canto e selou a boca na de Eris. Elain sorriu. Azriel não se demorou. Era um beijo de afirmação. Um beijo que dizia que ele estava ali 100%. Com Eris.
O olhar do grão senhor suavizou um pouco. E ele olhou para Elain. Ela ainda sorria.
- Vou aprender a atravessar. – Ela decidiu. – Já fiz isso uma vez. Sei que posso. Vou aprender a controlar isso melhor.
Eris e Azriel riram e a beijaram um de cada vez.
- Estou falando sério. Olha, você é um grão senhor, vai viver ocupado. E Az é um mestre espião. Sumindo por dias. Vou garantir que eu possa ir e vir dos lugares por conta própria, para não ser um fardo para vocês. – Ela considerou.
- Você não é um fardo para nenhum de nós. – Disse Eris.
- E você é uma vidente. – Completou Az. – Não sei se é uma boa ideia você ficar indo e vindo por aí sozinha, Elain.
- Não seja superprotetor. – Ela pediu.
- Não é isso... – Ele olhou para a frente. – Não é uma história minha, mas quero mantê-la protegida, então vou contar. A mãe e a irmã de Rhys eram poderosas, mas foram assassinadas em uma travessia. Quando Rhys não estava lá para recebê-las e nem Cassian e eu pudemos ir também. Era uma emboscada para ele. As duas eram poderosas, mas tiveram suas cabeças cortadas e as asas arrancadas. – Dor nublou sua visão. – Não quero que ande por aí sozinha. Você é poderosa demais para isso. Todos vão querer você.
- Foi a família de Tamlin, não foi? – perguntou Eris. Azriel assentiu. – Por isso Rhysand e o pai mataram toda a família primaveril.
- Não andarei sozinha, completamente sozinha. – Elain garantiu. – E vou treinar também.
Isso arrancou sorrisos dos dois machos, aliviando o peso que recaia sobre eles.
- Nós vamos tentar fazer isso dar certo, entenderam? - Disse Elain.
- Meu povo marca promessas com tatuagens. - Disse Azriel. - E eu prometo que vamos tentar fazer isso dar certo.
- Prometo que vamos tentar fazer isso dar certo. - Disse Eris. E os três sentiram quando tatuagens idênticas foram marcadas em seus corpos. Era uma rosa envolta em chamas e sombras. A dela estava na base da coluna. A de Eris em seu peito e a de Azriel na lateral de seu corpo, na altura da barriga. Um dos poucos lugares livres de tatuagens.
- Eu... – Eris sorriu um sorriso triste. – Fico feliz por isso ter acontecido. Eu... gosto de vocês.
- Também fico feliz por isso ter acontecido. - Disse Azriel.
Elain se jogou em cima de ambos, empurrando-os para o colchão e os abraçando ao mesmo tempo. O lençol escorregando de seu corpo. Azriel rugiu agarrando a cintura dela.
- Eu gosto de vocês também. – Ela respondeu. – Na verdade, acho que estou apaixonada. – Ela corou um pouco. E ambos depositaram beijos em suas bochechas. Ela não esperava respostas.
- Mas você está nua em meus braços. – Disse Eris. – Se vocês quiserem ir embora ainda hoje com sua comitiva, é melhor você se vestir. Porque se você demorar mais um segundo aqui eu não vou permitir que saiam dessa porta.
Azriel riu e Elain saiu relutante de seus braços. Eris choramingou. Azriel virou para ele.
- Quem diria que você era tão manhoso. – Ele ia se levantar quando Eris o puxou para um beijo. Azriel riu, beijou e depois saltou para fora da cama também.
- Retiro o que eu disse. – Declarou Eris. – Eu quero ser o responsável pelas suas risadas também. – Azriel parou no meio do ato de colocar a camisa e o encarou, Elain também estava terminando de passar o vestido pelo corpo e o encarou. Os dois sorriram devagar.
- Vocês dois são. – Respondeu Azriel, terminando de se vestir. Eris se levantou para ajudar Elain a amarrar o vestido nas costas, delicadamente e depositando um beijo no ombro para cada fita que apertava. Elain riu.
- Ok, Eris! Já é quase de manhã. – Disse Azriel na porta tentando abrir a maçaneta. – Nós precisamos ir. – Elain gargalhou para a cara frustrada de Azriel. Ela tinha arrumado os cabelos apenas para dar a impressão de que os grampos haviam se soltado durante a noite, caso encontrassem alguém no caminho. Ela se virou para Eris que fazia um biquinho e deu um selinho nele, segurando sua mão enquanto andava até Azriel. – Vamos lá! Deixe-nos ir. – Ordenou Azriel, sem tirar o sorriso de canto. Eris deu um selinho nele e então suspirou. Liberando os dois. Elain pegou na mão de Azriel e ele abriu a porta e do corredor os atravessou para seus aposentos. Elain correu para dentro do quarto antes que alguém aparecesse e Azriel para o seu.
Elain teve tempo suficiente para tomar um banho, colocar um vestido limpo, o cabelo cascateando nos ombros, preso apenas por um broche em formato de folha que estava em sua cômoda. Um presente, presumiu ela.
- Elain, está aí? Estamos partindo. – Era Feyre. Elain abriu a porta.
- Sim.
- Você está linda, mas parece que dormiu bem pouco. – Disse Feyre com um olhar surpreso que lentamente se transformou em malícia. – Vejo que aproveitou bastante a noite.
Elain ruborizou. E estendeu a mão para segurar o braço de Feyre.
- Onde está Nyx? – Perguntou a mais velha.
- Extremamente superprotegido com Rhys, Cass e Az. – Feyre riu e as duas começaram a andar novamente até o saguão, onde ela podia ver os machos em torno do bebê e Nestha de lado, com uma cara meio emburrada.
- Sim, Rhysand. – Eris também estava ali. – Eu vou avaliar os riscos e assim que eu tiver alguma informação, entro em contato com você.
- Vou mandar Cassian vir ao seu encontro. – Disse Rhys. Elain levantou a sobrancelha. Eris assentiu. Um dos cantos dos lábios do Az estremeceu quase imperceptivelmente. Elain sorriu. Nyx se agitou nos braços de Rhys ao ver a mãe e a tia se aproximando e se jogou para Elain, que o recebeu de braços abertos.
- Oi, meu bem! – Ela acariciou os cabelos negros do menino. Depois fez uma leve reverência a Eris, que tomou uma de suas mãos em um beijo. Ela sorriu.
- Lady Elain, foi uma honra tê-la conosco. – Ele disse. – Espero que tenha apreciado a estadia. – Tantas coisas implícitas naquele olhar. E tudo o que o olhar dela e de Azriel dizia era, “vamos fazer dar certo”.
- A honra foi minha em receber o convite, Grão Senhor. – Ela se aproximou um pouco mais de Azriel, ainda com Nyx nos braços e Eris ficou encantado em vê-la com uma criança no colo. Rhys assentiu e após os apertos de mãos, ele os atravessou para a Corte Noturna. A promessa nos olhares de Elain, Eris e Azriel permanecia lá, e as suas tatuagens esquentaram para lembrá-los disso, estava gravado: “Eles fariam dar certo”.
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madneocity-universe · 3 years
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Chilling Adventures: Sun Montgomery and YoonOh Montgomery
Versão NYC daquele último scenario. Chorei igual, se não mais, mas o final ficou ó, uma merd*.
No dia que saí do aeroporto de Nova York, com destino único e certo pra Síria, meu jeito de tranquilizar a minha família e todo mundo que me achava doida varrida, era dizer que eu estava a uma ligação de distância. 
Nova York e Alepo tinham tanta água e terra entre elas, umas tantas confusões políticas e sociais também, e me impedir nunca foi exatamente uma opção quando eu descobri o que queria fazer. Então era isso o que todos nós tínhamos. 
Uma ligação. 
— Vou ligar pra você todos os dias, eu prometo. — Dizia para YoonOh, que tinha passado os últimos cinco minutos grudado a minha perna e se debulhando em lágrimas, e eu esperava aquilo de qualquer pessoa. Menos da sua versão de quatro anos. 
— Isso não é verdade! Não tem como você saber! — Respondia, a própria definição de puto da cara, com os dentinhos serrados e os olhos também, como se raiva fosse a única coisa que ele sentisse além de uma forma meio violenta de tristeza. — É muito longe, qualquer coisa pode acontecer. 
— Mas não vai acontecer. — O assegurei quando pensei que aquilo tinha durado muito, muito mesmo, me abaixando e o pegando no colo, não reclamando dele estar ficando tão grande dessa vez. Sabia que quando voltasse, ele ia ser ainda melhor. — Eu vou voltar quando você menos esperar, e vou estar segura o tempo todo. Vai ser como se estivesse trabalhando na construtora ainda, mas… 
— Agora construindo casas pras crianças que estão voltando e ainda não tem uma. — Recitava o meu próprio discurso, que tinha feito pra lhe explicar a situação semanas atrás. — Construir casas seguros, no Paraíso seguro. 
— E você não precisa chorar, porque vai ficar tudo bem. — O tranquilizei, e em algum momento, ele mesmo desceu do meu colo, secando o rosto na roupa, e o beicinho se tornou sua cara de mau. Assim, do nada, fazendo que sim com a cabeça como se autorizasse que eu fosse. 
Ficou tudo bem, mesmo, e ele usou todos os passes de ligação. Todos eles mesmo. 
— Hoje um cachorro latiu pra mim e eu fiz carinho nele! 
— Achei que tinha assistido todos os episódios de Naruto, mas descobri que quando terminar, vou ser tão velho quanto você. 
— Hoje! Eu! Vomitei! 
Se ele soubesse o quanto uma ligação pra zona de contenção de Alepo era cara e que meu pai ia sim botar na conta dele, ele não ia gastar as regalias assim, mas eu não reclamava. No começo, me ajudava a pensar que não estava perdendo tanto de seu crescimento em casa, mas não me impedia de ficar sentida por não estar perto quando ele tinha problemas mais sérios também. 
— As crianças mais velhas me acham idiota porque eu gosto de violino. — Meu irmãozinho soltou o motivo de estar chateado de repente. Depois de dez minutos choramingando no celular.
— Não devia se incomodar com isso, você é ótimo tocando violino. — Fui sincera, tentando não achar graça e sim sentir empatia com a situação, enquanto andava pelo canteiro de obras com um sol de quase cinquenta graus na cabeça que me fazia sentir falta do clima de casa todos os dias. 
— Mas não é legal. Eu não sou legal, e nem maneiro, e é tudo por culpa dele. — Ele insistia, a voz ficando mais fina com a raiva que eu sabia que estava crescendo. 
— O Ferris toca violoncelo, é super conceituado e maneiro. — Achei importante comentar, abrindo um sorriso tanto pro meu irmão que não podia ver, quanto pras crianças brincando por ali. 
— Você diz isso porque ele é seu namorado e você sempre diz que se alguém disser o contrário, é burro. — E eu podia até sentir ele revirando os olhos com força, um gemido de derrota passando por ele. 
Eu ia me defender, juro que sim, mas droga, o garoto tinha razão, então tentei pelo menos usar isso a meu favor. E talvez dele, também. 
— Então se alguém disser o contrário de você, também é burro. — Afirmei cutucando seu ombro com o dedo indicador, lhe mostrando como era simples. — Se algum bostinha te dizer que você não é legal ou maneiro só porque gosta de tocar violino, saiba que eles são burros. YoonOh, você já foi parar até no jornal. É o maior músico mirim nessa cidade com surdez progressiva, que consegue tocar um recital inteiro só calculando o tempo e sentindo as vibrações da música. Você é maneiro pra caramba e o que as outras pessoas pensam, não importa. 
Sabia que ele só tinha cinco anos e talvez não fosse absorver aquilo tudo, mas era o que eu podia fazer, e queria mesmo acreditar que ele ia ficar repetindo aquilo pra si mesmo até entender. 
— Isso foi… Legal. — YoonOh disse com uma risadinha. Sabia que as bochechas estavam vermelhas e que suas covinhas estavam aparecendo sem nem precisar estar la. — Violino pode ser muito legal! Eu sou legal! Eu sou maneiro! 
— Muito legal. — Dizia, tentando soar mais alto do que os gritos dos oficiais pedindo pra todo mundo voltar pro abrigo quando o barulho de vários helicópteros se fez presente. E não era mais seguro ficar exposto ali. — Você é muito maneiro e tenho certeza que vai ficar bem. 
O jeito que as coisas eram filtratadas pra chegar até ele também não parecia justo, mas era necessário. Não dá pra explicar pro seu irmão de cinco anos que você some por uns dias, porque rebeldes detonam os meios de comunicação e estão em constante instabilidade com o governo, e nem que eu não fazia só o que me cabia, mas tudo o que eu podia. E que às vezes… Eu não conseguia superar as coisas que eu presenciava tão bem quanto eu precisava, então tudo virava trabalho. 
Tudo fazia parte do trabalho, e ele ainda não sabia de tudo pro bem dele. 
— Papai disse que eu devia perguntar e que você esta triste por causa disso. — YoonOh começou a tagarelar, depois de falar sobre todo o seu dia e eu responder o mínimo que conseguia sem parecer que estava chorando do outro lado, vendo a equipe cavar todas aquelas covas. — Mas porque você… Por que está triste? 
— Ele era meu amigo, ele me ajudava a… Bem, ajudar as outras pessoas. — Comecei a explicar pra ele, mais controlada do que tinha feito com meus pais mais cedo. — Estou triste porque ele não está mais aqui. 
— Ele era um super engenheiro também? 
— Não, ele era médico. Ele ajudava a trazer outras crianças pro mundo, e salvar outras pessoas pra morar nos prédios que estou construindo. 
— E o que aconteceu com ele? — Conseguia ouvir uma certa curiosidade em sua voz, e meu pai o repreendendo no fundo também, o qual ele só respondeu um desculpe um pouco longe do auto falante.
— Ele tentou ajudar mais do que devia, e agora não pode mais ser um super médico. — Não podia dizer pra ele que ele tinha feito aquilo pra salvar aquelas pessoas, e nem eu mesma, e só o pensamento disso me fez ficar mais magoada do que já estava, pensando que eu ia ser a única dando a notícia pra família dele, caso ainda não tivessem visto na TV. — Ele só queria ajudar, muitas pessoas ao mesmo tempo, e não pudemos fazer o mesmo por ele. 
— Papai disse que ele virou uma super estrela. — E eu não sabia porque, mas YoonOh parecia ter começado a chorar do outro lado também, menos discreto do que eu, os soluços quase se sobressaindo com sua última frase. — Você não vai, não é? Vai continuar aqui, todos os dias, e ligando todos os dias… E não vai virar uma super estrela também, não é? 
Achava que ter que assegurar todos eles — meus pais, namorado, melhor amiga e meus amigos e familiares — era muito difícil, e piorava mais todos os dias, mas pareceu incrivelmente simples quando foi a vez dele, por que eu sabia que a resposta era sim ou sim. Não existia um meio termo quando se tratava dele. 
— Eu vou ficar bem e voltar pra casa segura, custe o que custar. — Lhe prometia com uma mão no coração, e não precisava de sua confirmação pra saber que ele tinha a sua própria no seu também. — Vamos nos ver no ano novo como eu prometi, vou voltar pra casa quando todos estiverem seguros e vai ficar tudo bem. Você só precisa esperar. 
E, eu juro, não sei como tinha conseguido sustentar aquela promessa por todos aqueles meses, mas estava lá no aeroporto no dia trinta de dezembro, correndo na direção dele com a mesma velocidade que ele correu pra mim, e a espera toda valeu a pena, e eu cumpri quase todas as promessas. 
Fiquei um tanto apreensiva quando li que o governo de Nova York não ia banir os fogos de artificio com som, mesmo com todos os protestos de vários grupos sobre como era problemático, e passar a virada no centro com todo mundo foi um verdadeiro aviso de pesadelo, e eu só sabia que quando me escondi no closet do meu quarto na casa dos meus pais, não queria ser encontrada. Parte porque não me sentia bem, e parte porque eles ainda não sabiam que aquilo não me fazia bem, e eu não queria ser o problema de novo, e nem a garota que precisava ser cuidada e atendida o tempo todo. 
— São só fogos de artifício, não tem nada a ver com bombas. — Dizia pra mim mesma, fingindo que não estava tremendo tanto que mal conseguia segurar meu celular pra ver os minutos restantes. — Você é melhor do que isso e vai passar por isso. Está em casa agora e nada pode alcançar você, é só respirar e… 
Em um dia normal, ia ter tomado um belo susto vendo aquela pequena sombra se esgueirando pelos meus casacos e bolsas, um iPad na mão e fones de ouvido na outra minúscula, enquanto se sentava ao meu lado, nem parecendo que tinha tentado ensinar nosso sobrinho a escalar todos os cantos da casa com seu kit de alpinista. Nosso sobrinho recém nascido. 
— O Disney XD vai passar uma maratona de desenho agorinha e ninguém quer ver comigo, ai eu disse que ia procurar você, porque você seeeempre assiste comigo. — Ia se explicando, conectando os fones e entregando um pra mim, antes de subir no meu colo e se aconchegar como fazia desde que nasceu, literalmente. — Os fogos fazem dodói e não são divertidos, você não acha? 
Ele era sensível aquele tipo de barulho, meus pais faziam parte das pessoas que tinham assinado petições, então não tinha bem uma pessoa melhor pra me entender aquele momento. 
— Eu concordo totalmente com você. — Dizia apertando suas bochechas, tentando me concentrar naquele episódio besta de Gumball. — É muito melhor ficar aqui com você. 
Onde eu prometi que não sairia mais, naquele dia, também. 
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blossombela · 4 years
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Production of Life, Capítulo 7 - The Party - Parte 2
 Casais: Tom Hiddleston/Fem!OC, Chris Evans/Fem!OC
Sumário: Duas amigas, um apartamento, inúmeras confusões. Quando Lara Lewis aceitou uma proposta de estágio com seu professor, ela não esperava que sua vida - e de sua melhor amiga e roommate, Anabela Beaufort - mudasse tanto. Empregos, famílias, contas, namoros, referências, e dramas são só algumas das coisas que aguardam as protagonistas nessa produção da vida.
Aviso(s): Mature
Autoras: @blossombela​​, @laramoonworld​​
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N/A:
Guuuurls,  Voltamos e estamos aqui para fechar esse 2020 bosta  com chave de ouro. Apresento a vocês mais um capítulo da nossa querida fic. Depois de um mês de tensão, trazemos a conclusão de The Party. O que será que vai acontecer, hein?
Importante avisar que esse capítulo tem traição e assédio! 
No que concerne os informes básicos, temos a versão em inglês no perfil da @laramoonworld​ e versões em outros sites listados acima, se vocês preferirem. Ah, e para ser a chata do rolê, queria lembrar que amo receber feedback, então  sugestões, dúvidas, críticas ou elogios são super bem-vindos.
Espero que gostem e se divirtam. Um maravilhoso ano novo para todos nós e logo logo voltamos com a continuação.
Beijos, 
Anabela
Capítulo 7 - The Party - Parte 2 
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TRIGGER WARNING: traição, assédio
- Tom Hiddleston?!
- Lara Lewis?! – exclamou o homem surpreso. Ouvira muitas vezes que New York era menor do que parecia, mas definitivamente não esperava que fosse tão pequena assim – O que... o que você está fazendo aqui?
- Eu... Eu estou acompanhando minha amiga, aquela que mora comigo. – respondeu Lara, acompanhando com o olhar o garçom que trazia a bebida de Tom. O homem agradeceu a bebida, tomando um generoso gole antes de voltar sua atenção para a mulher – Mas o que você está fazendo aqui?
- É uma longa história. – respondeu brevemente, ajeitando-se na cadeira. – Lembra do colega que eu estava esperando ontem à noite? O Chris Evans? – esperou a menina assentir – Bem, ele é primo do dono do apartamento e tem ficado aqui durante as gravações. Não queria ficar aqui sozinho com a festa acontecendo e eu estava precisando de companhia, então vim.
- Espera, espera... – Lara o interrompeu, um pouco chocada. Teve a sensação de que não havia processado direito o que acabara de ouvir. O ator famoso Chris Evans era... – O Chris Evans é primo do Ryan Evans?
- É, exatamente! – concordou Tom, bebericando mais de sua cerveja. Definitivamente aquele não era o ambiente onde ficava mais confortável, então precisava de um incentivo para relaxar. Várias luzes coloridas piscavam incessantemente, mas não iluminavam o ambiente direito, o que o deixava irritado. – É esse o nome do garoto. Você o conhece?
- Ahn, sim... – disse Lara, tentando ao máximo não transparecer o desgosto que tinha por Evans. – Ele é meu colega de faculdade. E melhor amigo do namorado na minha melhor amiga.
- Uau, então você estuda no Instituto Pratt? – questionou o homem, impressionado com a mulher em sua frente. Chris havia comentado que era uma instituição de prestígio e, por isso, difícil de entrar. – Isso é incrível!
- Estudo sim. – respondeu Lara um pouco envergonhada. Tomou um gole de seu refrigerante antes de continuar a falar em uma tentativa de vencer a timidez. – Estou no último período como te contei quando nos conhecêssemos. E o Jonathan é o meu professor. E bem, de Ryan também.
- Ah, entendi. – comentou Tom, pedindo com um gesto que o bartender trouxesse novas bebidas para os dois. – E sua amiga? Ela estuda no Instituto Pratt também?
- Anabela? – perguntou Lara, rindo com o pensamento. A amiga não tinha o mínimo interesse pela área, mesmo que se esforçasse para entender Lara quando o assunto envolvia design e fotografia. – Não, não. Ela estuda Linguística e francês na NYU.
- Okay, okay. – riu Tom mais impressionado ainda. – As duas são pequenos gênios então. Essas faculdades são bem concorridas!
- Ah, nada a ver. – disse Lara, sentindo suas bochechas queimarem. Buscou o canudo de seu copo com pressa em uma tentativa de se refrescar. Por que raios estava reagindo dessa forma?
- Por isso você veio do Brasil? – indagou o inglês, curioso com a história da jovem ao seu lado. Se ontem não conseguira descobrir muita coisa sobre ela, talvez hoje conseguisse. Aproximou-se dela, apoiando um dos braços no bar, tão ansioso para ouvi-la como uma criança ouve uma história antes de dormir.
- Sim. – respondeu Lara, os olhos fixos na bebida. Estava feliz que não precisava ficar sozinha naquela festa chata, mesmo que ainda estivesse um pouco travada em relação ao assunto. Lembrou-se de Anabela, que sempre reclamava de suas respostas monossilábicas e decidiu falar um pouco mais. – Na verdade, nós duas viemos do Brasil para a faculdade. Somos amigas desde pequenas.
Tom a olhou interessado, fazendo mais perguntas. Aos poucos, Lara foi se soltando e a conversa tornou-se mais fluída. Discutiram principalmente sobre suas experiências como estrangeiros. A jovem, ouvindo as histórias do inglês sobre a necessidade de se adaptar ao país, percebeu que havia se esquecido como tudo parecia muito diferente do Brasil quando chegara em New York. Fazia muito tempo que não conversava sobre isso com alguém que não fosse Bela. Estava sendo divertido ouvir como até para Tom, que vinha de um país que ela julgava similar aos EUA, era uma sensação estranha morar lá.
- Bem, obviamente a barreira da língua não existe, - comentou o inglês, que pesava as diferenças entre a sua mudança e a de Lara. Sua segunda cerveja já havia acabado há muito tempo, mas não sentiu que precisava de outra. Até que a festa estava divertida com a presença da mulher. – Mesmo assim, a Inglaterra não tem tanta coisa em similar além disso. As pessoas são muito diferentes também, sabe? – perguntou, tentando chamar a atenção de Lewis, que já não prestava mais atenção, focada em seu celular. – Está tudo bem?
- Perdão! – retratou-se Lara rapidamente, guardando o telefone. Voltou a atenção para o homem, mesmo que sua mente já estivesse em outro lugar.  – É que já tem uma hora que eu cheguei com Anabela, mas ela ainda não voltou ou me mandou mensagem para dizer que estava tudo bem.
- Mas ela não foi encontrar o namorado?
- Sim, sim... – respondeu Lewis distraída enquanto buscava Anabela pela multidão. Quando percebeu que não conseguiria, olhou novamente para Tom. – Bem, é que eles tiveram uma briga bizarra recentemente e eu só estou preocupada. Vai que aconteceu algo?
- Bem, então vamos procurá-la. – sugeriu o inglês rapidamente. Lara não parecia o tipo de pessoa que se preocupava à toa e era claro que ela estava nervosa com a ausência da amiga. – Onde será que eles estão?
- Não precisa, Tom! – disse Lara, não querendo atrapalhar a noite do homem. – Eu posso ir sozinha sem problemas.
- Mas eu quero ajudar! – exclamou Hiddleston, já em pé. – É bom que eu procuro o Evans que também me abandonou. – Lara riu e levantou-se, certificando-se que levava seu copo bem tampado. – Então, vamos?
Lara assentiu, e Tom rapidamente segurou a sua mão, guiando-a em direção a multidão que dançava. O gesto assustou a jovem, mas ela sabia que seria melhor na busca. Olharam por todos os lados, mas não foram capazes de encontrar nem Anabela, nem Chris. Seguiram para o outro lado do apartamento, perto da escada que dava para um andar com quartos.
- Você acha que Anabela e o namorado estão lá em cima? – questionou Tom um pouco sem graça. Eles eram um casal afinal. – Nós já procuramos em todos os lugares, é uma chance alta deles estarem... curtindo um momento à sós.
- Não sei, talvez estejam... – suspirou Lara, irritada com a chance da amiga nem ter avisado que demoraria para voltar. Se não tivesse encontrado Tom, estaria plantada naquele bar até agora esperando um sinal de vida. Passou os olhos novamente pelo o apartamento, encontrando Ryan sentado no sofá com uma menina. – Olha, Ryan está ali. – chamou atenção do inglês, apontando com a cabeça. – Talvez ele saiba onde um dos dois está.
Os dois caminharam até o sofá sem perceberem que suas mãos continuavam entrelaçadas. Ryan, que antes olhava para a mulher ao seu lado como se fosse a criatura mais linda do mundo, imediatamente começou a ignorá-la, levantando-se quando Lara e Tom se aproximaram. Examinou os dois, parecendo irritado com a proximidade deles, mas logo sua expressão mudou. Ele parecia preocupado.
- Lara, honey! – exclamou, abrindo um sorriso nervoso. – Você e Anabela já chegaram? Que ótimo! – estendeu a mão para Tom, cumprimentando-o como se fossem velhos amigos. – E você, Tom? Vejo que está curtindo a festa!
- Sim, Evans, chegamos tem uma hora já, - replicou Lara, soltando rapidamente a mão do inglês ao reparar nos olhares de Evans. Era tudo que faltava, ter que lidar com a chatice do colega de turma. – Você sabe dizer onde está Anabela? Ou seu primo?
- Anabela? – questionou Ryan, sua face embranquecendo um pouco. Desviou os olhos da dupla, mas logo recobrou seu falso sorriso. – Tenho certeza de que ela deve estar no bar com Hunter, você sabe como ela ama caipirinhas!
- Nós acabamos de vir do bar, Ryan. – bufou Lara, impaciente com o garoto. O sentimento ruim de que alguma coisa estava acontecendo voltou a ficar forte. – Inclusive já procuramos por todo o apartamento e não encontramos nenhum dos dois.
- Por que você olhou para a escada quando Lara te perguntou da amiga? – indagou Tom, sua voz extremamente séria. Lembrou-se das histórias horríveis que sempre seguiam as festas que ia na faculdade, mesmo nunca tendo presenciado nada. O sentimento ruim também apareceu nele, que ficou preocupado com a jovem.
- Ahn, é só que eu achei que tinha visto alguma coisa! – explicou Ryan porcamente, rindo de nervoso. A menina que estava ao seu lado simplesmente saiu, porém o jovem não esboçou alguma reação.
Isso foi o suficiente para que Lara fosse rapidamente em direção a escada. Subiu-a o mais rápido que fosse, agradecendo por odiar bebidas alcóolicas. Agora seria uma péssima hora para estar sob a influência delas. Virou-se para o primeiro quarto que encontrou, levando a mão na maçaneta. Porém, antes que pudesse abrir, Ryan entrou em sua frente.
- Eu tenho absoluta certeza de que Anabela está lá embaixo, - falou rispidamente, segurando o braço de Lara para que ela não abrisse a porta. – Eu não a vi subir e estava de olho na escada.
- Bem, então não tem problema eu abrir a porta! – retrucou Lara, desviando do homem, agradecendo mentalmente por todos os treinos de Muay Thai que lhe conferiram força.
Lara deu um pequeno grito com a cena que encontrou no quarto. Definitivamente, Tom estava certo em relação a possibilidade de sexo estar acontecendo no andar de cima. Entretanto, aquela garota com Hunter não era Anabela. Muito pelo contrário. Quando seu olhar encontrou com o do australiano, Lara andou para trás, batendo a porta. Encontrou Tom encarando-a confuso.
- Bem, aquele é o namorado da Anabela. – gaguejou Lara, puxando Tom para longe do quarto. O homem não sabia o que pensar. – Mas aquela com certeza não é a Anabela.
Os dois se encararam e Tom sentiu seu coração pesar. Por mais que a situação fosse bem diferente do que esperava, ela ainda era bem ruim. Ryan encarou os dois, mas antes que pudesse se explicar, Lara saiu no corredor em busca da amiga. Ela não teria visto isso em silêncio. Desesperada, saiu abrindo as outras portas, enquanto Evans batia freneticamente na porta do quarto onde Hunter estava. Finalmente, Lara abriu a certa, encontrando a amiga chorando abraçada por um homem.
- Chris?! – perguntaram Tom e Lara surpresos. O homem loiro levantou a cabeça, encarando a dupla com estranhamento.
- Lara?! Tom?!
- Anabela! – exclamou Lara, adentrando o quarto seguida do inglês, que fechou a porta. A amiga tinha a maquiagem borrada e estava encolhida nos braços do loiro, que a segurava como se sua vida dependesse disso. – Amiga, você está bem?
- Lara... O Hunter... – soluçou Anabela, cataratas saindo de seus olhos incessantemente. – O Hunter, ele...
A jovem foi incapaz de completar a frase, voltando a chorar mais apoiada nos ombros de Chris. Lara e Tom sentaram-se próximos a eles, buscando entender por que raios os dois estavam ali. Chris encarou os colegas de equipe, e, enquanto fazia carinho na cabeça de Anabela, pôs-se a explicar a situação.
- Eu estava procurando meu celular como te disse, Tom, quando ela entrou chorando. Não foi de propósito, acho que ela só queria um lugar para se acalmar. – disse em um tom de voz calmo e baixo, tentando não estressar mais a mulher que chorava copiosamente em seu colo. - Eu levei um susto e fui um pouco grosso. Ela simplesmente desabou e começou a chorar. Eu não sabia o que fazer e comecei a tentar entender o que tinha acontecido... – continuou, observando a menina aos poucos se acalmar. – O namorado dela, bem.... Ele...
- Hunter me traiu, Lara. – choramingou Anabela, sua voz um pouco mais estável. Seus olhos continuavam fechados, e ela respirava fundo, buscando se acalmar. – De novo.
- Ah, Bela... – suspirou Lara, segurando a mão da amiga em uma tentativa de consolá-la. – Vai ficar tudo bem...
- Eu sei que vai, - disse Anabela, limpando as lágrimas que escorriam sem permissão. A jovem delicadamente saiu do colo de Chris, sorrindo gentilmente para ele. – Porque acabou. E eu sei que sempre falo isso, - continuou antes que Lara pudesse fazer algum comentário. – Mas eu genuinamente não aguento mais. Então, eu...
O discurso de Anabela foi interrompido pela porta abrindo bruscamente. Hunter, seguido de Ryan, entrara no quarto. Em um salto, todos se levantaram e Chris pôs-se em frente de Bela. Vê-la chorar, mesmo sem conhecê-la, já havia partido demais seu coração. Lembrara de todas as vezes que tivera que consolar suas irmãs por causa de homens.
- Com licença, posso ajudar? – perguntou Chris ironicamente. Pelo pouco que a jovem havia esclarecido, o ator conseguiu deduzir quem seria o seu namorado.
- Sai da frente, Evans – replicou Hunter raivosamente. Ryan o puxou para que não empurrasse seu primo. Chris era muito querido pela família e precisava evitar que ele destruísse sua reputação. – Eu quero falar com a minha namorada.
- Sua namorada não está no outro quarto, garoto? – retrucou Evans, já de saco cheio da situação. Odiava pessoas sem moral alguma. E Hunter claramente era uma dessas. – Aquela deve ser sua namorada, né?
- Olha aqui, eu não tenho tempo para essa palhaçada, amigo! – exclamou o australiano, sentindo seu sangue ferver. – Anabela, posso, por favor, falar com você?
Bela saiu de trás de Chris, passando por Tom e por Lara, que estava pronta para usar todos os seus conhecimentos marciais no australiano. A mais nova sorriu para Chris agradecendo, antes de voltar-se para Hunter. Assim, sem mais nem menos, desferiu um tapa em sua face que estalou alto o suficiente para assustar as pessoas do quarto.
- Eu juro pelo universo que eu nunca mais quero nem olhar na sua cara, Hunter. – cuspiu Anabela, sentindo seu sangue ferver. Ela sabia que muito disso era a adrenalina falando, e que passaria muito tempo sofrendo com seu coração partido, mas depois de tantas merdas feitas, sabia que precisava do desfecho. – A gente termina aqui e agora, para sempre. Tchau.
Anabela aproximou-se de Lara, tomando sua mão e a puxando para fora do quarto. Tom seguiu as duas e Chris também o fez, após mandar um olhar sério para seu primo, que ajudava Hunter. Ao fecharem a porta atrás de si, Anabela olhou para o grupo e suspirou fundo.
- Eu realmente preciso de uma caipirinha. – disse, antes de descer sozinha as escadas a procura do bar.
- Ela precisa de que? – perguntou Tom, atônito com tudo que acabara de presenciar. Sua pergunta chamou a atenção de Chris e Lara, que tinha um semblante sério. – Ca... caip... caipi...
- Caipirinha. – disse Lara, indo em direção às escadas também. – É uma bebida brasileira. – explicou, esclarecendo o nome para os dois atores. – Agora, como ela vai arranjar caipirinha eu não sei.
Lewis desceu apressadamente a escada, surpreendendo-se ao reparar que tanto Tom quanto Chris a seguiam. Ou eles tinham um ótimo coração para querer ajudar, ou estavam muito interessados em saber o desfecho da história, o que Lara não conseguia julgar. Era muito provável que nenhum dos dois estivesse esperando que tudo isso fosse acontecer na festa.
O grupo atravessou novamente a multidão que se divertia, buscando encontrar Anabela. A tarefa dessa vez, porém, não foi muito difícil. Com os cabelos amarrados e as mangas arregaçadas, a jovem estava atrás do bar cortando morangos enquanto os bartenders a observavam com atenção. Tom e Chris se entreolharam rindo um pouco, enquanto Lara revirou os olhos. Anabela ficava um pouco sem noção quando estava com raiva.
- Bela, o que você acha que está fazendo?
- Você acredita que John e Mike não sabem fazer caipirinha, amiga? – questionou a mais nova, a raiva ainda presente fortemente em seus olhos. A faca em sua mão era manuseada com mais força do que o recomendado. – Então eles me deixaram vir aqui e ensinar. Garanto a vocês, rapazes, que essa bebida fará muito sucesso.
- Humm, amiga, - riu Lara sem graça, tentando buscar as palavras que convenceriam Bela a sair de trás do bar. Tom e Chris, por outro lado, sentaram-se nos banquinhos, observando atentos a dinâmica das duas. – Você não acha melhor irmos embora?
- Lara, você sabia que eu comprei uma cachaça super chique para Ryan de aniversário? – indagou Bela, ignorando completamente as tentativas de Lara de acalmá-la. Ela se mexia com destreza, separando os aparelhos necessários para preparar a bebida.  – Não acho justo que ele usufrua dessa bebida de alta qualidade, então eu a usarei para fazer caipirinha e depois a levarei comigo para casa. – disse, indicando com a cabeça a garrafa em cima do balcão. – Inglês e Chris, vocês vão querer? Eu posso fazer de limão também.
- Humm, morango está ótimo! – os dois responderam ao mesmo tempo. A situação era horrível, eles pensaram, mas talvez a bebida fosse ser boa. – E meu nome é Tom! Muito prazer!
- Espera, você é aquele Tom Hiddleston? – perguntou Anabela, parando o que estava fazendo e olhando atentamente para Tom. Analisou cuidadosamente sua face, reconhecendo aos poucos o ator em sua frente. – O Loki no filme do Thor?
- Anh, sim... – disse sem graça. Não estava acostumado com o fato de que milhares de pessoas conheciam sua cara e nome, além de outras informações mais pessoais. – Sou eu mesmo.
- Ah, faz muito sentido agora. – comentou a mais nova, que voltou sua atenção à preparação da caipirinha. – É por isso que você conhece a Lara? – questionou novamente, fazendo com que Lara ficasse vermelha. Merda, aqueles caras eram super importantes para o filme. E se a falação de Anabela arriscasse seu emprego? – Loki vai estar no filme do Joss Whedon? – Tom ficou quieto, sem saber o que dizer. Nessa altura já era óbvio que sim, mas tecnicamente ele não podia confirmar. – Ok, faz sentido. Será um prazer ver seu personagem novamente, eu gostei bastante dele.
- Ahn, muito obrigada, Anabela!
- Ok, Mike e John, agora é só servir. – exclamou, pegando os copos que os rapazes já haviam separado. Colocou a bebida nos três copos, prendendo um morango em cada. – Voilá! Loki, Capitão América, provem e digam o que acham.
Lara nessa hora queria sumir. Sabia que a amiga estava mal, mas estava com muito receio de seus colegas não gostarem das brincadeiras. Porém, ao ver que os dois estavam rindo, sentiu-se um pouco mais aliviada. Tom e Chris beberam aos poucos, se acostumando com o sabor forte e diferente. Anabela, por outro lado, engoliu tudo rapidamente, agradecendo os bartenders e saindo de trás do bar. Agarrou a garrafa de cachaça, colocando-a de baixo do braço, e encarou os atores.
- Isso está muito gostoso, Anabela. – comentou Chris, bebendo até a última gota. Realmente havia se surpreendido com o talento da menina.
- Sim, uma delícia. – disse Tom, tossindo um pouco. – Só é bem forte, né?
- Brasil, meus amores. – respondeu Anabela, como se falasse do tempo. – Lara, eu estou morrendo de fome. Hamburguer no Big Joe’s e depois casa?
Lara não queria aceitar. Sua ideia era ir direto para casa. Sabia que Anabela estava só fingindo estar bem, ainda mais porque todos naquela festa já deviam estar sabendo do ocorrido. Porém, ao ouvir o nome do pé sujo que ficava perto de seu apartamento, ponderou se seria tão ruim assim comer alguma coisa antes de irem. Olhou para a amiga, que continuava com a expressão mais neutra possível, e aceitou.
- Ótimo, eu estou morrendo de fome. – respondeu Bela satisfeita, dando um gole na garrafa como se bebesse água. Definitivamente não estava bem. – Loki e Capitão, vocês se incomodam de pegar o metrô? Ou preferem táxi?
- Como assim? – disse Tom, confuso. Havia terminado sua bebida, devolvendo o copo para os bartenders.
- Vocês não querem ir comer? – Anabela indagou, olhando-os surpresa.
- Claro! – exclamou Chris animado. Com a festa não conseguiria ir dormir tão cedo. Além disso, não queria encarar seu primo. Ainda não conseguia acreditar no que ele havia feito. – Ia ser melhor se a gente fosse de táxi só para garantir.
- Eu preciso ir ao banheiro antes. – comentou Lara. Não imaginava a hora que fosse chegar em casa, então precisava garantir. Aproveitaria para pegar uma água para garantir que Bela continuasse sóbria. – Vocês podem ir descendo, eu já vou.
O grupo assentiu indo em direção a porta. Lara virou-se, tentando localizar o banheiro. Passou novamente pela multidão, agradecendo mentalmente por não precisar frequentar uma outra festa dessa tão cedo. Pelo menos uma coisa boa sairia dessa situação horrível. Entrou no banheiro, que por sorte estava vazio, possibilitando que a mulher não se estendesse muito lá. Estava lavando as mãos quando viu a porta sendo aberta e, antes que pudesse protestar, foi interrompida.
- Lara, eu realmente preciso falar com você. – disse Ryan, cujos cabelos loiros estavam um pouco bagunçados. Seu hálito tinha um cheiro forte de bebida e sua voz soou um pouco arrastada.
- Evans, o que raios você está fazendo aqui? – exclamou Lara, a raiva voltando com mais força do que nunca. O homem tentou se aproximar, mas a jovem desviou rapidamente. – Evans, sai daqui agora!
- Lara, Lara, por favor. – ele suplicou, segurando-se fortemente na pia. Seus olhos buscaram o da mulher, que cedeu e o encarou de volta. – Me desculpa, eu sei que Hunter estava completamente errado. Eu não devia ter acobertado ele. Por favor, me perdoe.
A fala do homem fez Lara se assustar. Sua mente não conseguia processar o fato de que Ryan Evans estava na sua frente, admitindo que havia feito algo errado e pedindo desculpa. O loiro não se arrependia, ou reconhecia seus erros. Em quatro anos que se conheciam, ele havia feito inúmeras besteiras e nem uma vez pedira perdão. Pega de surpresa, a mulher ficou sem reação, dividida entre aceitar ou manter a dúvida sobre o caráter do homem a sua frente.
- Eu estou falando sério, Lewis. – suspirou Ryan, encarando-a intensamente. Seu corpo tremia levemente. – Preciso que você me perdoe, porque só assim nós vamos poder...
- Poder o que, Evans? – indagou Lara, confusa.
O loiro aproximou-se da mulher, que, sem ter para onde recuar, foi forçada a encostar na parede. Lara congelou. O clima tornou-se tenso em questões de segundos. Encarou Ryan de volta, buscando decifrar o que ele estaria tentando fazer. Porém, diferente de antes, não encontrou nada. Seus olhos estavam vazios, de uma forma que Lara não imaginava ser possível.
Lewis olhou discretamente ao redor, calculando seus próximos movimentos para que pudesse escapar de Evans. Não havia nada naquele banheiro que pudesse ser usado para se defender. Ryan chegou mais perto ainda e segurou com força seus braços. Então, a mente de Lara ficou em branco, suas habilidades de reagir incapacitadas pelo medo que sentia. O homem inclinou-se, aproximando-se de sua orelha, e abriu de leve a boca. Porém, antes que pudesse dizer algo, a porta abriu em um estrondo.
- O que está acontecendo aqui? – o sotaque britânico de Tom fez-se presente, trazendo Lara de volta para a realidade. Sua mente recuperou o controle de seu corpo e seus instintos tornaram-se incontroláveis. A mulher olhou para frente, usando sua perna que estava livre para acertar Ryan, que caiu no chão em dor.
- Me tira daqui, por favor! – exclamou para o ator, que estava atordoado. Tom, entretanto, não foi capaz de se mover, questionando-se sobre o que teria acontecido caso não tivesse entrado no banheiro. – Tom, por favor, me tira daqui.
O pedido nervoso de Lara chamou a atenção do inglês, que prontamente a puxou para longe de Ryan. Apressadamente, os dois, ainda se segurando, saíram do apartamento. Entraram no elevador, onde se encararam, sem saber o que pensar e reagir. A mulher respirou fundo, olhando-se no espelho para que pudesse se ajeitar. Olhou novamente para o ator.
- Muito obrigada, Tom. – disse baixo, como se não quisesse admitir que a situação que acabara de ocorrer fora real. – Eu não sei o que aconteceu, acho que fiquei paralisada de medo e... – antes que conseguisse terminar de falar, o homem a abraçou fortemente.
- Você está bem? Está machucada? – perguntou desesperado. O coração dos dois batia rapidamente, ambos sentindo a adrenalina abandonar seus corpos. Lara sentiu-se zonza e lágrimas preencheram seus olhos.
- Eu estou bem, eu acho. – sussurrou. Costumava odiar abraços, mas naquele momento, sentia-se agradecida por Tom estar lá, seus braços a envolvendo. O elevador do barulho os avisou que haviam chegado ao térreo, e a mulher recordou-se de tudo que havia acontecido naquela noite. – Podemos não falar nada sobre isso por agora?
- Você tem certeza?
- Anabela está mal, Chris já está irritado com o primo... – explicou-se Lara, que imaginava como os dois se sentiriam ao ouvir sobre o acontecimento. Achava melhor contar mais tarde, quando estivessem todos com a cabeça mais fria. – E eu preciso de um tempo para processar.
Tom a olhou, abraçando-a mais uma vez. Juntos, caminharam até Chris e Bela, que discutiam sobre alguma coisa boba, a última ainda abraçada a garrafa.
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jaredletobrasil · 4 years
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Actors on Actors: Episódio com os atores Jared Leto e John David Washington. 
A TRADUÇÃO PARA O PORTUGUÊS DESTA ENTREVISTA É PROPRIEDADE DA EQUIPE JARED LETO BRASIL, SE REPOSTAR, POR FAVOR NOS DEÊM OS CRÉDITOS, É UM TRABALHO QUE DEMANDA TEMPO E DISPOSIÇÃO E GOSTARÍAMOS QUE RESPEITASSE, OBRIGADO.
Segue a tradução em pt-br abaixo:
Jared: Estou tão animado de estar aqui com você, cara.
John: Eu te assisti durante anos, então isso é uma grande honra me juntar a você no Actors on Actors on Actors. Então isso será um bom passa tempo para mim.
Jared: Obrigado, eu sinto o mesmo.
John: Com qual idade você decidiu ser ator? Qual foi o motivo? Alguém na sua vida te influenciou?
Jared: Eu estava em uma universidade para estudar arte visual, e acho que eu me senti um pouco limitado ou talvez não tenha encontrado a minha voz. Então comecei a me interessar por fotografia e depois em filmes, então eu entrei para universidade e disse "Hey, como vocês não têm um curso para diretores?", porque eu pensei que era insano não ensinarem diretores sobre atuação. Então eu cheguei na universidade tantas vezes e enchi tanto o saco deles, que eu me lembro de uma mulher que olhou para mim, era um pouco mal-humorada, e disse "Sabe, eu gostei da sua perseverança", e começou essa aula, havia cerca de 6 pessoas que apareceram para iniciar aula de direção. O meu grande plano era se eu conseguisse um trabalho como ator eu poderia conseguir um trabalho como diretor. Porque, naquele tempo, fazer filmes era muito difícil. Mas enquanto você? Se tornou um jogador de futebol profissional, uma rota incomum também.
John: Eu jogo futebol e tudo mas eu realmente fui um grande pintor e desenhista na escola. Minha professora uma vez me disse que eu poderia conseguir uma bolsa para a escola de arte, mas eu estava lutando com esse negócio de ser jogador de futebol e conseguir uma bolsa, então entrei nessa rota. Mas secretamente amei arte durante o colegial. Eu fiz esse trabalho com filme o qual eu tive que editar e dirigir meus próprios filmes, eu tinha 12 ou 13 anos, eu também pintava. É uma espécie de calmante, um evento tranquilizante, um processo que eu realmente aprecio e meio que acalma minha angústia, qualquer coisa que um adolescente esteja passando com identidade. Isso realmente me deu calma e paz, eu amo fazer isso. Eu meio que perdi isso uma vez quando fui para casa. Mas me senti acolhido pelo futebol, depois comecei a ganhar mais notoriedade e minhas habilidades como jogador, quebrando recordes e tudo mais. É uma possibilidade de que eu possa participar do NFL. Por que não? Não fiz isso até agora.
Jared: Incrível.
John: Quando você lê os papéis, o roteiro, como é esse processo para você? Porque você trabalhou com grandes diretores como Fincher, Terrence Malick. É tipo diretor-roteirista ou vice-versa? O que você busca quando procura por trabalho?
Jared: Você se arrisca pelo roteiro, se arrisca pelo diretor, se arrisca em alguma parte disso. Você tenta conseguir quatro ou três dessas coisas para entrar em um acordo. Mas eu também aprendi que faz parte do plano, você deve tentar o máximo que pode para proteger a si mesmo, mas as vezes você simplesmente não consegue. As vezes sai do jeito que você esperava, outras vezes não sai. Eu fiquei mais velho, às vezes eu considero me pressionar um pouco menos sobre essas coisas.
John: Existe algum medo ou preocupação quando você pesquisa sobre como Dallas Buyers Club ou quando algo chega na sua mesa e você questiona, algo que você não costuma ler ou assistir esses tipos de roteiros todos os dias, que seja um tanto desafiador por diferentes razões. Isso não te assusta? Algo que você diria não mas acabou fazendo?
Jared: Com certeza, eu definitivamente disse não para as coisas porque não achei que tinha respostas ou achei que estava preparado. Eu me lembro que no começo, eu disse muitos nãos, talvez não por esses aspectos. Mas eu disse bastante não por muitos anos, especialmente estrelar em filmes foi algo que eu evitei por muito tempo porque eu simplesmente me sentia despreparado. Talvez você nunca fará. Eu tive esse sentimento. Quando eu consigo um papel, eu começo a me perguntar internamente e pensar sobre "O que devo fazer aqui ou ali, eu tenho essa curiosidade insaciável que eu acho que é um bom papel para perseguir. Porque eu tive outros. Porque tive outras coisas acontecendo. Eu peguei um projeto que eu não acabei fazendo, não sei dizer, mas algo sobre isso não me inspirou.
John: Em que ponto veio essa percepção?
Jared: Você pode voltar atrás em alguma coisa ou talvez o diretor seja ótimo mas o papel não é exatamente aquela coisa que você sente brilhar, e depois você segue em frente de qualquer forma. Mas acho que é importante ouvir sua voz interior.
John: Eu me ligo bastante com essa noção ou esse sentimento de que não estou preparado para um papel ou ser o protagonista. Eu apenas observo se eu posso colaborar. Apenas observando onde sua carreira pode chegar e ter capacidade de aprender. É como se voltássemos para a escola. Tentando aprender tudo quanto é possível dessas grandes colaborações as quais fui capaz de trabalhar. E quanto mais eu cresci, me tornei mais confiante e procurei fazer mais coisas que me assusta. Sempre mantenho isso, ter um apoio, um entusiasmo sobre amar o processo, sobre a colaboração, é o melhor ideia, obviamente não é sempre assim mas quando acontece, é algo especial. E você espera que o filme reflita essa experiência.
Jared: Acho que eu não posso dizer o que eu realmente quero dizer, mas "Holy Guacamole", que performance! Eu apenas ia dizer que acho que é uma das melhores performances que eu já vi. Malcom e Marie foi... Você estava sensacional nesse filme. Há algo sobre ver alguém completamente fora de si e foi a coisa mais legal de assistir em um filme. Primeiro de tudo, vocês filmaram em preto e branco, e tenho que dizer, talvez um dos filmes mais lindos, se não o filme mais lindo em preto e branco que eu já assisti em toda a vida. Quero dizer, todas as cenas são maravilhosas e parecem fotografias. É absolutamente incrível. Vocês conversaram bastante sobre a abordagem? Porque as cenas foram muito específicas.
John: Eu descobri que eles filmaram em preto e branco e fiquei muito animado, porque eu pensei no valor histórico dos afro americanos em filmes preto e branco. E não víamos algo assim há muito tempo. É realmente uma celebração as pessoas aparecerem em preto e branco. Fui abraçado por essa chance, eu realmente fiquei animado por ser capaz de estar lá como eles fizeram. Estou muito orgulhoso.
Jared: É realmente lindo. É um clássico filme independente americano. Eu fui tomado pela originalidade, sua inventividade, seu ritmo, é meio que vazio e silencioso, o que nós todos esquecemos. Então isso é uma nota fortíssima para você interpretar quando não há nada. Quando você conseguir sua indicação ao Oscar, eu tenho certeza que eles irão passar essa cena a qual você diz a ela que a ama. É tão simples e puro, você foi para um cara histriônico a avaliativo e delirante. Você realmente entregou esse momento. É assustador porque você não sabe o que irá acontecer em seguida, mas foi simplesmente lindamente subestimado e maravilhoso, um filme muito intimidador e quase inconfortável entre vocês as vezes.
John: Havia uma pandemia então eu realmente sentei comigo mesmo, eu tive essa ideia sobre como será os anos que virá. Tive tudo mapeado e obviamente muito parado. Há algo sobre sentar comigo mesmo que talvez me ajudou a desenvolver esse personagem muito mais.
Jared: Nossa! Isso me impressionou muito. Apenas um mestre da atuação e nuance. Lindo.
John: Eu assisti The Little Things e você estava terrível. Quero dizer, tudo sobre o seu andar, seu interior, não sei qual foi seu interior, mas assim que você apareceu na tela eu pensei "Meu deus, estamos entrando em algo aqui, existe algo acontecendo.", eu só queria saber o que te trouxe para esse projeto, para o personagem, qual foi seu processo?
Jared: Eu amei um filme do Hancock chamado The Founder (Fome de Poder) com Michael Keaton. Eu li o roteiro e foi engraçado porque originalmente eu neguei, não achei que você certo aceitar. Mas eu e John nos conhecemos e eu fui tomado por ele, e o achei um escritor e diretor fenomenal, eu gostei da opinião dele sobre isso e então decidi entrar para esse personagem bizarro. Pensei que poderia ser divertido interpretar um cara que apenas não se encaixa tão bem no mundo. Mas também tive esse enorme senso de quem ele é de um jeito estranho, ele tem essa visão realmente forte sobre sua própria identidade, ele tem confiança, certamente é um solitário. Eu meio que me atraio por esses personagens, mas também achei bizarro e assustador. Eu meio que me apaixonei por ele de um jeito estranho, descobri que ele realmente tem senso de humor. Não sei, apenas fui parar nisso de um jeito bizarro.
John: Tem uma cena em particular que veio na mente agora, na sala de interrogação, foi realmente tenso onde tem uma desavença física, havia algo acontecendo entre você e o personagem do Washington. Isso foi bloqueado? Foi apenas algo que aconteceu entre vocês? Foi a vibe do que estava acontecendo lá?
Jared: Tudo foi intenso. Eu apareci pronto para a guerra. Eu tive que aparecer preparado porque estava no meu jogo, eu cheguei mais do que preparado para qualquer coisa pois envolvia Hancock e todo mundo. Todas as cenas foi sobre conseguir o que precisava para contar a história, muito improviso em termos de comportamento e diálogo. O mais legal de interpretar Sparma é que você pode dizer qualquer coisa que quiser, fazer qualquer coisa que queira e está tudo bem. Ele é um cara que não liga para qualquer regra convencional, então foi divertido. Também notei que no primeiro dia eu deveria usar uma fralda porque por outro lado foi muito intimidador. Eu estava na minha zona, mas sei que foi muito versátil. Uma pequena mudança ou gesto, improviso, e de repente Denzel estava ali comigo, cerrando seus olhos. Eu fiz uma piada, ele estava tão fluído e flexível que no primeiro dia ele me deu um grande presente, ele me deu a liberdade e me arriscar a ser o mais bravo que eu quisesse ser e ele me conheceu mais do que a metade em todos os momentos. Eu estava treinando sem parar e então eu cheguei e consegui esse ring com um dos maiores. Alguém me perguntou também, eu não tive nenhum ensaio para filmes em 10 anos, por alguma razão nunca ensaiei, não tenho nenhuma regra para isso mas geralmente estou preparado para ir. Eu nem mesmo conheci o Denzel.
John: Mais uma vez você chegou no set no personagem e... Houve uma fluidez ali, uma naturalidade entre esses três pilares, eu apenas fui tomado te assistindo, como ator fiquei tipo "Deva existir uma confiança neles, talvez eles gostem um do outro.", por causa dessa liberdade de falhar e tentar como você disse, isso tem um significado enorme para você como parceiro.  E parece exatamente assim, você sendo atormentado pelo personagem do Rami, parecia que você estava se divertindo muito, mas havia muita coisa acontecendo na sua cabeça, não sei, isso apenas passou pela minha cabeça, pensei "Ele deveria ter ensaiado bastante, ele pesquisou, tentou muitas coisas na vida real, enfim.", porque é tão claro o que vem de você.
Jared; Obrigado, eu não sinto que meu trabalho esteja terminado até eu saber qual a cor favorita do personagem.
John: Eu realmente gostei, cara.
Jared: Em Malcom and Marie, vocês fizeram ensaios extensos, e improvisaram ensaios, diálogos? Porque parece tão pessoal e específico. Você continuou improvisando coisas no set ou você não gosta muito disso? Porque você teve muto diálogo. Eu pude ver que você poderia simplesmente sair dos trilhos se estivesse apenas improvisando o tempo todo.
John: Apenas estava vendo se era capaz de entrar no ring com a Zendaya. Sou um grande fã de Euphoria e estava familiar com o Sam antes de trabalhar com ele e Zendaya. Então estava pronto para começar o meu jogo. Eu tive todo esse pensamento sobre quem Malcom era, e ao mesmo tempo eu tive problemas em encontrar o caminho. Tive algumas particularidades, acho que o que aconteceu foi porque eu me senti conectado com o que Malcom dizia. Havia uma conexão com sua dor, nessa indústria, nesse negócio. Eu partilho da mesma dor, tenho a mesma frustração, partilho da mesma identidade e tento passar essa identidade para cada personagem que eu interpreto. Gravamos todas aquelas cenas durante a quarentena em um lindo resort, não havia ninguém lá. E nós lemos ótimos textos para mim, não tive que improvisar muito. O texto te lidera para um caminho promissor, eu realmente me senti assim.
Jared: Fale sobre trabalhar com zendaya.
John: Ela é uma atriz fenomenal. Ela fez eu sentir que tudo ficaria bem, não havia jeito de falhar com ela. Todo mundo era tão confidente ali.
Jared: Mla posso esperar para as pessoas assistirem. Vai lançar em fevereiro?
John: Sim.
Jared: Na netflix?
John: Netflix.
Jared: É um filme independente, vocês primeiramente filmaram sem financiamento e depois a netflix comprou, certo?
John: Sim. Nós basicamente colocamos nosso dinheiro nesse projeto. É a verdadeira definição de acreditar em algo e então Netflix gostou e nos abençoou com o preço. E funcionou e acho que é uma ótima casa para o filme. Você levou cinco ou seis anos, não sei se chamo isso de pausa, mas você disse muito não para alguns personagens e filmes, qual a motivação por trás disso? As circunstâncias?
Jared: Talvez eu sinta o mesmo, quando eu faço filmes, eles meio que tomam muito de mim, emocionalmente, as vezes fisicamente. Daniel Day-Lewis, eu me lembro de ler ele saiu por 5 anos para aprender fazer sapatos na itália e eu achei engraçado, mas quem sabe se isso é realmente verdade, mas é engraçado. Você tira 5 anos de folga, não acho que tenho esse interesse por sapatos mas eu componho então me sinto sortudo em ter um ramo criativo. Então eu não dependo de filmes que me de algum reconhecimento criativo ou para viver. Então reconheço o quão sortudo eu sou por ter diferentes atividades, e talvez seja um pouco mais fácil me afastar por seis anos ou qualquer coisa do tipo. Houve um tempo que eu não sabia se voltaria ou não, mas sou grato por ter voltado.
John: Dallas Buyers Club, foi por causa desse roteiro que você voltou? Ou era algo que você já estava preparado?
Jared: Sim, foi o roteiro, o papel, o diretor, a oportunidade. Quando você lê algo, como eu disse antes, geralmente não funciona como você espera, mas eu gosto quando isso acontece. Quando eu leio algo, imediatamente inicio uma aventura. Não sei você, mas fazer um filme é ao menos uma parte divertida para mim. Sempre brinco que existe duas melhores partes em fazer filmes, uma é quando eu consigo o trabalho e quando termino o trabalho. Eu gosto da construção do personagem, a descoberta, na verdade eu gosto do tempo que eu passo investigando.
John: Sinto o mesmo, a preparação é a parte legal. Quem está na minha cabeça sobre o cara, sobre o personagem antes de eu interpretar. É como se existisse um grande tornado de ansiedade e nervosismo dessa experiência, tentando colocar toda essa pressão em mim mesmo, e depois você fica tipo "Ah, certo, terminei.", tenho problemas em assistir a mim mesmo, não sei você. Você assiste seus filmes?
Jared: ótima pergunta. Sempre quis perguntar isso para outros atores, mas nunca tive a oportunidade porque eu não me assisto de jeito nenhum. Eu vi algumas imagens de Dallas Buyers Club, mas nunca assisti uma cena ou algo do tipo. Não assisto o playback no set. Eu parei de fazer isso anos atrás. Eu fiz um filme que os outros atores corriam para o monitor depois de uma cena e você começa a ficar viciado nisso. Você fica tipo "Bom, isso é interessante", mas eu precisei parar com isso para me libertar. Eu fico menos ansioso quando eu não faço isso. Não sei você, mas faze filmes pode ser muito estressante, te deixa muito preocupado em ser muito bom nisso ou aquilo, ou pensar sobre aquele momento que eu poderia ter adicionado algo a mais. Então tenho praticado sobre não me ligar nessas coisas e fazer o melhor que posso e isso é o bastante. Nunca me olho no espelho. Nunca vi o Albert Sparma, exceto nos pôsteres, essa é a primeira vez que eu vi o personagem. Eu evito ver até as fotografias que aparecem, peço para outra pessoa ver. Eu não gosto de assassinar as habilidades. Apenas não consigo fazer isso.
John: E as cenas de ação e sequências, tipo Esquadrão Suicida, onde você teve dublês, The Thin Red Line também, tem algum aspecto técnico para talvez ver essas cenas?
Jared: Eu tenho diretores que as vezes quer me mostrar alguma coisa, eu me lembro que o Fincher fazia muito isso porque as vezes você não consegue explicar as coisas com facilidade. E me lembro que em Fight Club e Panic Room, ia pra lá e esperava ver porque você está animado porque é David Fincher, meu amigo, então você meio que observa cada cena tipo "Meu deus!", e você quer espiar quando eu era mais novo. Mas agora se eu tivesse editando ou dirigindo um filme, claro, eu deveria observar e investigar cada segundo. E eu faço isso quando estou fazendo outras coisas como os clipes da minha banda os quais eu geralmente dirijo, edito e vejo a mim mesmo e não me incomoda da mesma forma. Eu só quero ser 100% livre. Tenho que dizer que talvez eu seja estúpido porque talvez você aprenda muito, até mesmo assistindo meus filmes, talvez eu seja o cara mais burro da cidade, porque eu tenho que assistir então eu posso aprender. Talvez eu deva fazer isso, não sei.
John: Eu particularmente acho que deva continuar fazendo o que faz, por favor, não mude nada. Em Tenent você trabalhou com Nolan e fez esse filme louco, nos conte um pouco sobre essa experiência.
John: Foi uma das melhores experiências que tive, o acho um Gênio, ele me disse para não me preocupar com marcas e eu disse "Está brincando?", mas tive liberdade nessa performance. Você tem um filme chamado Morbius a ser lançado, pode nos contar sobre como foi essa experiência? O que te levou para esse papel?
Jared: É um grande filme com ação, e eu realmente me interessei pelo filme porque é um doutor brilhante, pesquisador, que tentou achar uma cura para uma doença muito rara a qual ele tem. Me interessei pelo papel porque ele está nessa jornada de morrer e achar a cura para se tornar saudável. E depois as coisas tomam um caminho diferente e ele vira um monstro, então é meio que Jekyll and Hyde, o qual claro é apenas um papel clássico. Mas é difícil para mim de alguma forma porque Dr Morbius é um pouco próximo do jeito que eu falo, que eu me comporto. Há algo muito bom nisso, a intimidade de compartilhar quem você é com o público. Estou realmente animado sobre esse filme, é um personagem da Marvel, e será lançado nessa primavera ou verão. Mas é divertido. É a primeira vez que eu estrelo um grande filme como esse em toda a minha carreira, então é um novo território para mim. Geralmente me escondo nas sombras.
John: Ter a Marvel por trás disso, é algo que você estava procurando fazer porque é Marvel, ou é algo que você apenas descobriu e quis continuar nisso?
Jared: Eu tenho um documentário que dirigi chamado A Day In The Life Of America que foi filmado em apenas 24 horas em todos os estados unidos, filmamos 24 horas da vida desses tempos doido que estamos vivendo, antes da pandemia, é muito político, um documentário que mostra esse mundo selvagem que é os EUA, depois filmarei Gucci e após isso um filme que é o meu sonho de infância, estamos trabalhando no reboot de Tron há 5 anos.
John: Eu amo isso, há muito disso da arte imitar a vida e vice-versa. The Craft me deu muito isso, o processo, a pesquisa, o personagem, encontrar essas coisas, os lugares.
Jared: Eu realmente espero que você consiga uma indicação pela sua performance. Acho que é algo que seria facilmente celebrado, apenas algo lindo documentado. Agora estou querendo trabalhar com você  
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bjartesemdedos · 4 years
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               ◟     ❅    BJARTE   JÓN   JØRGENSON.      ❜
—— Eu sabia que BJARTE JÓN JØRGERSEN também queria ser um de nós! Ouvi dizer que veio do Planeta DOMINO e tem VINTE E CINCO anos. Já o confundiram com ALEX HØGH ANDERSEN pelos corredores do instituto FONTE RUBRA. A única coisa que eu sei, é que além de ser SINCERO e LEAL e também EXPLOSIVO e DEBOCHADO nos dias ruins, ele vai nos tornar invencíveis!
Nome: Bjarte Jón Jørgensen.
Idade: 25 anos. 
Espécie: especialista. 
Planeta: Domino.
Eneagrama: tipo 8.
MBTI: ESTP. 
Zodíaco: Aries. 
Alinhamento: caótico e neutro. 
Qualidades: Sincero, direto, leal, autêntico
Defeitos: Explosivo, debochado, impaciente, grosso.
Não foi fácil encontrar a cabana basicamente no meio do nada, no extremo norte de Domino ––– e não é como se as fadas encarregadas da árdua tarefa de encontrar alguma testemunha do incidente de anos atrás fossem imunes a temperaturas negativas. Mas lá estava a casa do velho eremita que os habitantes do vilarejo descreviam como taciturno e solitário; pequena, tingida em vermelho e sabe-se lá quantos anos de idade. 
––– Quem é? ––– Ouviram a voz, masculina e envelhecida bradar quando a fada bateu na porta. 
––– Senhor Bjarte Jørgenson? ––– Confirmou, verificando o nome em um papel. 
––– Depende. Quem está perguntando?
––– Senhor, eu estou encarregada de… 
––– Não. ––– e simples assim, o velho bateu a porta com alguma rispidez, espirrando neve no rosto da fada. Por um momento, a pobre estudante ficou sem reação; mas poucos minutos depois, bateu novamente na porta de madeira envelhecida, apenas para ouvir um ríspido 'vá embora' do lado de dentro da cabana vermelha. 
––– Senhor… É sobre seus amigos. De Afea e Fonte Rubra. 
––– Dez minutos e você vaza daqui. ––– Anunciou, mesmo que a fada mal houvesse entrado na cabana sem qualquer calefação além de uma pequena fogueira. E por mais frio que estivesse no local, o senhor de cabelos brancos não parecia se incomodar nem um pouco; pelo contrário. A fada não comentou com ele, nem com ninguém, mas por mais que aparentasse muita idade, Bjarte estava longe de demonstrar indisposição ou saúde debilitada. 
––– Senhor, desculpe incomodar, antes de tudo. Mas foi a pessoa mais próximo que ouvimos falar que podia nos dar algumas informações sobre… Bom sobre Magix, logo antes do incidente do pozinho mágico. ––– Não prestou atenção, mas a mudança de expressão de Jørgensen ante a menção do pozinho mágico se amuou enquanto ele remexia a lareira pela milésima vez. 
––– Fala de Fonte Rubra? ––– Bradou, mesmo que o gosto da antiga escola fosse agridoce. ––– Estava muito bem, obrigado. Mesma bosta de sempre, mas bem. É isso que quer saber? Pronto, falei. Agora vai buscar matéria lá com as sereias que elas falam mais que a boca. ––– Mas o fato da jovem fada não se mover foi resposta o suficiente para o especialista respirar fundo, e finalmente parar de remexer o fogo. ––– Eu vou falar o que eu quiser e você que lide. 
" Éramos eu, meus pais e mais seis irmãos. Vivíamos aqui mesmo, no norte de Domino, mas a vila era pequena o suficiente para que fosse irrelevante, ou desconhecida para a maioria dos habitantes do próprio planeta –– quem dirá de outros. Alfea e Fonte Rubra? Apenas um eco há muita distância, principalmente porque a gente estava vivendo muito bem onde nascemos e crescemos; tanto as glaciais, quanto os especialistas. Não por falta de oportunidade, é claro; cá entre nós, muitos de nós eram excelentes no que fazíamos, mas levávamos nosso próprio estilo de vida, e treinávamos da forma que achávamos melhor. Na nossa visão, não era necessária uma escola, visto que poucos ambicionavam sair da vila."
" Ainda quando eu era pirralho, fiz amizade com o filho mais velho dos vizinhos de porta, Gunther Aadland. Nos conhecemos quando atirei uma pedra na cara dele e ele revidou com um tronco no meu nariz. Foi muito engraçado e divertido; fomos pra curandeira, eu com o nariz sangrando e ele com o olho roxo, mas a partir daí, nos tornamos inseparáveis. Do dia pra noite, ele se tornou meu parceiro de treino, e meu melhor amigo. Claro que haviam diferenças gigantes entre nós. Ele sempre fora mais avoado, e falava dessas palhaçadas de sair de Domino, e ir pra casa do cacete fazer sei lá o que. Eu sempre achei maluquice, mas tá. Deixa o garoto viajar na maionese, né; ele acreditava nas historinhas que a tia da caverna contava sobre um mundo além do gelo, além de Domino, ou no meio da lava do outro lado do planeta. Cavar um buraco até o centro pra se torrar, sei lá. Eu sei que eu nunca fui muito com a cara daquela falácia que parecia mais ser história pra rena dormir, mas lá tava o Gunther de olhos brilhando, falando que que sonho dele era enfiar a espada no bicho de lava até ele agonizar e morrer lentamente. Eu falava pra ele não pensar nessas coisas, né. Muito violento. Melhor mesmo é tacar bomba neles tudo, mas detalhes. "
" A palhaçada toda começou quando era meio do inverno; tínhamos uma hora de luz solar por dia, e as temperaturas negativas eram rígidas até pra quem já estava acostumado; as fadas eram resistentes a essas temperaturas, mas a gente… Porra. Era foda ficar o dia todo debaixo de gelo, e a maioria dos treinamentos que não envolviam banho no gelo ou exposição, resistência e as porra toda, eram feitos em ambientes internos. Era o momento menos propício para isso, mas um dia, acordamos bem mais cedo que o usual, sacudidos pela líder da vila que perguntava aos quatro ventos onde diabos estava a filha mais jovem do casal Jinton. Ora, como saberíamos? Ainda mais num ambiente fechado e seguro de quase todas as criaturas que conhecíamos, parecia impossível que uma criança houvesse sumido do nada; mas por mais que todo mundo procurasse a menina por todo canto da caverna e fora dela ––– pois lembro de ser designado para marchar floresta adentro atrás de uma criança perdida ––– ela simplesmente evaporou. Eu não conhecia direito os Jinton, nem tinha qualquer vínculo com eles, mas foi impossível para a vila toda aceitar que um dos seus membros houvesse sumido dessa forma; e os pais não pareciam nem um pouco convencidos de manter a calma. Não iriam parar enquanto não a encontrassem."
" Alguns meses se passaram desde o ocorrido, e já era meados de abril quando eu fui ao treinamento com machados, como de rotina. Gunther era meu parceiro de luta há anos, mas naquele dia, ele não apareceu sem dar nenhum aviso prévio. Já era muito esquisito, porque o Gunther nunca faltou a um treino sequer; o cara aparecia até quand tava com febre, e ainda assim conseguia dar na cara da turma toda, então não fui só eu quem achei aquilo muito estranho. Logo quando o treino acabou, fomos até a casa dele pra ver se estava tudo bem, mas quando chegamos lá, estava tudo fechado. Sem fogo na lareira, sem ninguém presente, e a casa vazia e cheia de neve, como se ninguém pisasse ali por semanas. Primeiramente, uma garota, e agora, uma família inteira havia simplesmente sumido. Não era algo a se ignorar, e dessa vez, o decreto não foi apenas a procura dos desaparecidos, mas sim, a proteção dos demais habitantes da vila para que não tivessem o mesmo destino, até que os líderes da vila encontrassem uma explicação para o que estava ocorrendo. O pessoal entre 20 e 28 anos foi imediatamente enviado a Alfea e Fonte Rubra, e os demais, foram se acolher nas cidades maiores e mais movimentadas do norte de Domino. Mais para frente, pensamos que podia ter algo a ver com a questão so pozinho mágico, mas..." Logo quando os olhos da fada estavam brilhando em curiosidade, e a pena mágica escrevia freneticamente no papel, o velho parou, e olhando para o posicionamento do sol, simplesmente declarou. " Já se passaram dez minutos. Agora, vaza." 
––– Senhor, por favor, espere…
––– Se quer saber mais, fale com o resto dos alunos. Tem de sobra por aí, só mergulhar no rio da casa do cacete que você encontra as sereias. Ou se enfia na lava que tem fada lá também. Isso é tudo o que eu falo e não quero falar o resto da história, brigado, não tô a fim, se cuida, e boa tarde. ––– Pronunciava tudo enquanto se levantava da poltrona, e abria a porta da cabana para a fada sair. 
––– Apenas mais uma pergunta. ––– E revirando os olhos azuis, Bjarte soltou um simples suspiro, como se cedesse a última pergunta à outra. ––– Por que o senhor ficou conhecido como Bjarte Sem Dedos? Foi alguma guerra, ou algo a ver com essa histór… 
––– Eu fiquei o que?! ––– respondeu Bjarte, elevando as sobrancelhas grisalhas para a figura feminina num expressão genuinamente surpresa. E tirando as luvas, ergueu os dedos completamente inteiros para ela. ––– Não. Perdi. Meus. Dedos. Porra! Agora xispa daqui e vai encher o saco de outro. 
E antes que ele pudesse coloca-la para fora, a fada fez o favor de deixar a cabana vermelha. Bom, não conseguira todas as informações, mas já era alguma coisa. Mais tarde, procuraria outras testemunhas de Domino. 
ARMA: 
Na mão direita, é possível ver Bjarte utilizando um anel prateado quase sempre ––– se não sempre. Durante os treinamentos, ou quando ele achava necessário, com um simples movimento, o objeto se transformava em um machado afiado e de dois gumes, que ele se habituara a utilizar desde jovem. Arremessos eram sua prática favorita, talvez porque a vantagem do objeto era sempre aparecer no dedo de Jørgensen, mesmo que fosse atirado a quilômetros de distância. 
EXTRACURRICULARES: 
Corrida de dragões
Natação
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thisislesbian · 3 years
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Divagações de uma tarde às 15:21
Vocês já sentiram como se magicamente existisse o peso do mundo em cima dos seus ombros e é como se isso estivesse te puxando para baixo constantemente? Porque é como me sinto todos os dias, nem sei dizer desde quando.
Sinto como se eu não fosse conseguir levantar da cama de manhã, porque minha cama fica confortável demais e seria muito mais simples apenas permanecer ali, aonde é confortável. Mas eu me esforço, me tiro da cama todas as manhãs e começo a trabalhar, tem dias que eu apenas marco minha presença no trabalho porque realmente trabalhar começar a ficar muito difícil pra mim.
Não é como se eu realmente quisesse ser dessa forma, mas como eu disse antes, parece que o mundo está sobre os meus ombros me puxando de encontro ao chão a cada passo que eu dou durante o meu dia. Repetidamente.
Todos os dias eu quero me convencer de que irei conseguir fazer as coisas que preciso fazer, mas tudo o que acabo fazendo é voltar pra minha cama, aonde é confortável.
Confortável. É a palavra mais usada no meu vocabulário atualmente, porque tudo o que eu quero é me sentir confortável, quero dizer que estou confortável, mas até mesmo na minha cama, aonde deveria ser confortável, começou a ser espinhoso, doloroso.
É como se até a minha cama soubesse que nada neste mundo consegue fazer eu me sentir melhor comigo mesma.
Talvez daqui a um tempo eu olhe para este texto e pense que não precisava expressar tantas emoções, mas neste momento é tudo o que eu tenho. Minhas emoções. Porque fora isso eu sou apenas mais uma garota não conseguindo levantar da cama de manhã e tendo que beber litros de café pra conseguir manter a concentração por mais de 1 hora.
É completamente compreensível se você não chegou até aqui neste texto, mas se chegou, eu só quero dizer que não tem um final ou um paragrafo aonde eu digo que melhorei ou que estou procurando ajuda, porque nem isso eu consigo fazer. Ao mesmo tempo que eu quero procurar ajudar, tenho medo do que irei receber em resposta, medo do que posso encontrar enquanto procuro por respostas, respostas que eu tenho certeza absoluta que me ajudariam a melhorar, mas que ao mesmo tempo podem me afundar ainda mais.
Isso tudo é apenas um turbilhão de sentimentos ou não sentimentos saindo de dentro de mim, eu principalmente escrevo nessa conta porque sei que ninguém irá ler ou prestar atenção nas minhas divagações. Ninguém realmente se importa.
O que aprendi nesses últimos anos é que ninguém se importa com ninguém, no final do dia nos importamos apenas com nós mesmos. E se você acaba demonstrando um pouco de cuidado com o próximo, é chamado de sentimental, trouxa, idiota e vários outros adjetivos. Se importar hoje em dia virou lenta, ditado popular, cultura ultrapassada e eu poderia ficar o dia inteiro citando mais adjetivos para descrever o que se importar se tornou para nós, para a nossa sociedade.
Esse texto realmente não tem muito sentindo, mas eu só precisava escrever alguma coisa e precisava postar em algum lugar, então essa plataforma é perfeita, porque como eu já disse ninguém realmente lê essa porcaria ou se importa o bastante para chegar até o final de um texto tão grande.
Essa é a mágica de tudo, a mágica das redes sociais, ninguém lê mais do que 240 palavras mais. Talvez leem as primeiras frases e compartilham apenas por achar aquela parte interessante, mas poucas pessoas vão chegar até a frase final aonde você diz que está se sentindo sozinha, sentindo que ninguém se importa com você e que você pode sucumbir para um colapso mental a qualquer momento.
Ninguém vai saber ou se importar com essa parte, e isso é ótimo. Bom, pra mim é ótimo porque não terei que ficar me explicando para absolutamente ninguém.
- G.
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sereiapiranhatxt · 4 years
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A Rihanna Matou o Seapunk???
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Estava eu, numa bela noite de Novembro de 2012, serena e tranquilamente rolando minha timeline do tumblr rumo ao infinito e reblogando os gifs de golfinhos cromados e ondas furta-cor que me apareciam, quando um passarinho azul me trouxe a notícia de que a música Diamonds da Rihanna tinha matado o seapunk. Foi um baque. Como assim matou…? Já vivíamos num mundo pós- Man Down, eu já tava ligada que RiRi né brinquedo, mas não imaginava que ela poderia obliterar uma microcultura inteira…?
Depois fui entendendo que aquele rebuliço era por causa da apresentação dela no Saturday Night Live (SNL)--que pros gringos é tipo um Domingão do Faustão misturado com Zorra Total--cujo cenário era uma tela azul onde eram projetados visuais não muito diferentes daquilo que eu estava reblogando no meu próprio tumblr. Mas até aí tudo bem gente, normal. Alguns artigos e video ensaios mais recentes--como o da Vox, de 2016--apontam este como O ponto de decadência do seapunk, mas não é como se de repente todos aqueles golfinhos tivessem desaparecido do tumblr. E na real, os caras que se intitulam criadores do seapunk já tinham anunciado a morte do movimento 8 meses antes disso, para quase nenhum efeito. 
Mas peraí, quem são esses mesmo? Como assim alguém criou o seapunk? O que é o seapunk afinal de contas??
A maioria das fontes aponta o momento de nascimento do seapunk durante uma troca de twits entre dois amigues, produtores e artistas multimidia: Lil Internet, que, na madrugada do dia 1 pro dia 2 de Junho de 2011, ao acordar de um sonho, tuitou algo como:
“JAQUETAS DE COURO SEAPUNK COM BARBATANAS NO LUGAR DOS SPIKES”;
e Lil Government, que respondeu o twit da amigue com algo como:
 “BORA TIRAR ESSA ONDA #SEAPUNK”
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os tuítes originais de Lil Internet e Lil Government (prints delus)
Algumes outres amigues dos dois, achando graça na conversa e na hashtag, começaram a usá-la regularmente em seus próprios posts no twitter. Uma dessas amigas era a DJ e produtora Lily Redwine, também conhecida como Ultrademon e Fire for Effect, que em dezembro de 2011 se mudaria para Chicago, cidade estadunidense mãe da house music, e lá fundaria a Coral Records Iternazionale, que promovia bailes seapunk em Chicago e, posteriormente, também  em outras cidades dos Estados Unidos e Europa. Ao que tudo indica, também foi Ultrademon quem, no meio de 2011, fez o grupo fechado no facebook para que aqueles amigos que usavam a hashtag no twitter continuassem a troca de imagens e músicas que criavam, expandindo a estética evocada pelo registro do sonho que Lil Internet teve naquela madrugada de junho de 2011.  
Se você já participou de um grupo fechado de qualquer coisa no facebook, sabe o quão incontroláveis e caóticos eles são. O grupo foi inflando muito rápido, e os posts começaram a “vazar”, sobretudo para uma certa rede social ao lado, focada na criação e reverberação de conteúdo digital que, na época, experimentava um boom de usuários ativos: o tumblr. Era nascida uma a e s t e t i c a. A relação entre a plataforma tumblr, as microculturas que se propagam nela e as culturas pop mainstream é, em si só, assunto para vários artigos. Miles Rayner, em seu artigo de 12 de Janeiro de 2012 para o Chicago Reader “The week seapunk broke: A fast-evolving Internet-born dance-music microscene puts down roots in Chicago”, escreve que o tumblr e o twitter são “redes nichadas” onde é “geralmente esperado que se encontre conhecimentos atualizados minuto a minuto sobre microtendências da cultura dance music”.
 Para os espectadores desavisados do SNL, aquela noite de 12 de Novembro de 2012 em que Rihanna apresentou seu mais novo single, Diamonds, provavelmente foi um pouco confusa, mas não me lembro do choque ter gerado qualquer repulsa especialmente forte à estética seapunk, muito pelo contrário. O site Buzzfeed e o canal de música Vh1--dois grandes veículos de mídia cuja linha editorial se retroalimenta diretamente da cultura jovem e digital--prontamente abordaram o acontecido, mas não expandiram muito na explicação sobre as referências e origens dos visuais da apresentação, e em vez disso, trataram o assunto como fofoca de treta entre artistas, contribuindo para uma narrativa de disputa pelo seapunk, que já pairava no ar da microcomunidade desde o começo de 2012. 
Entre os dias 12 e 16 de Novembro de 2012, o Buzzfeed publicou 3 artigos em que posicionava Rihanna e web artistas seapunk em lados opostos do ringue: “Web Artists Are Furious At Rihanna And Azealia Banks”, “Seapunks Strike Back At Rihanna” e “Why Rihanna Going Seapunk Is Totally OK”. O primeiro destes artigos foca na reação imediata à apresentação de Diamonds por parte de artistas seapunks nas redes sociais, alguns dos quais sugeriram que as projeções lembravam muito o trabalho do VJ e DJ Jerome LOL, que durante a apresentação, publicou dois twits que foram parar no artigo do Buzzfeed.
No primeiro, ele comenta algo tipo: “Tou lhe vendo viu Rihanna” 
No segundo, minutos depois, ele indaga: “Quem é o responsável pela direção de arte da performance da Rihanna no SNL?”
Essa pergunta se tornou cada vez mais intrigante para mim conforme fui fazendo a pesquisa para este artigo e não encontrava a resposta para ela em lugar algum. Ninguém no Twitter soube informar Jerome (ou, se soube, achou por bem não informar) e o Buzzfeed e o Vh1 repetiram o primeiro twit dele em seus vários takes sobre assunto, mas não responderam à pergunta do segundo. Essa informação também não consta na página do IMDB (Internet Movie Data Base) do episódio do SNL em questão, e nem em nenhum outro artigo que li sobre a apresentação. Se você que está lendo de algum jeito teve acesso a essa informação, por favor entre em contato. Nem no terceiro artigo do Buzzfeed, o “Why Rihanna Going Seapunk Is Totally OK”, que é um artigo particularmente longo sobre porque é natural, esperado e inquestionável que equipes de grandes gravadoras que assessoram pop stars se apropriem da estética de microculturas em nome da popularização destas; nem neste artigo, eles se deram ao trabalho de procurar saber quem foi a pessoa responsável por trazer uma microcultura supernichada de internet para a performance de uma das mais famosas cantoras pop do mundo, em horário nobre da rede nacional de televisão estadunidense.
*suspiro*
Tirando o artigo de Raymer pro Chicago Reader, e o que O Globo publicou em 10 de fevereiro de 2012, escrito por Carol Luck e infelizmente limitado por uma maldita paywall (num artigo de 9 anos atrás mas “ok”), que também me pareceu, à primeira vista, um texto bem completo e respeitoso, num geral, as análises sobre seapunk publicadas em 2012 a que tive acesso falham em tratá-lo seriamente como a microcultura alternativa que é, simplesmente por ter se disseminado na forma de meme. 
No video ensaio do canal Vox “How seapunk went from meme to mainstream”, Ultrademon confessa que:
 “Participar de algo que é também um meme, te faz questionar seu trabalho, tipo, isso é uma piada? Alguma coisa do que estou fazendo presta? Eu posso ser levada a sério?”
O artigo publicado no New York Times em 2 de Março de 2012, intitulado “A Pequena Sereia Vira Punk - Uma Piada da Internet com Música Tem Seu Momento” parece, em plenos anos 2010, deslumbrado demais com o fato de que pessoas criam e compartilham imagens, sons e vídeos via internet, para de fato analisar o conteúdo artístico produzido por essas pessoas. 
O texto conta com o depoimento da artista conhecida como Zombelle, outra integrante do "círculo original" de amigos seapunks, que expressa seus receios de que celebridades pop stars--ela fala de Lady Gaga e Azealia Banks, especificamente--estariam tomando para si a estética seapunk, como se esta simplesmente brotasse da internet--ironicamente, a expressão exata que o artigo usa para “explicar” as origens do movimento. 
“Ninguém de fato nos dá crédito”, ela lamenta. “Tem pessoas que trabalham para Lady Gaga que estão no meu círculo de amizades”. 
Muito que bem Zombelle, cá estou eu, lhe dando crédito, lembrando seu nome. Por um acaso você não se lembraria do nome dessas pessoas do seu círculo de amizades...?
Ainda no mesmo artigo, questionada sobre Azelia Banks (que desde o início de sua carreira no fim dos anos 2000 adotou para si a imagem de sereia), Zombelle responde: 
“Sereias são harpias malignas que seduzem marinheiros para sua morte”,
 o que honestamente me faz rir de nervoso. Olha, não tô aqui pra julgar quem é mais ou menos legítimo, mas se estivesse, minha visão é que Azealia, uma Omo Yemonja, e Rihanna, uma pessoa criada numa cidade litorânea num país caribenho, tem tanto direito a estéticas marinhas oníricas quanto aquelus nerds brancs e queer do interior dos Estados Unidos. Tipo, essa disputa em si me parece ridícula, e mais uma daquelas situações em que me pego pensando “a quem essa narrativa se presta?”
À essa altura, Lil Internet e Lil Government também se mostravam preocupados quanto a questão de autoria, propriedade e legitimidade do movimento seapunk. Seis dias após a publicação do artigo no New York Times, e pouco menos de oito meses antes da apresentação de Rihanna no SNL, em 18 de Março de 2012, a Vice publicou um artigo de autoria delus intitulado “Seapunk Washes Up - The Untold Story Of The Microniche”, algo como “Seapunk Morre Na Praia - A História Não Contada do Micro Nicho”. O texto tem um sutil tom amargo, principalmente em relação a Ultrademon e Zombelle, que Lil Internet e Goverment acreditam estarem levando todo o crédito pela criação do movimento. Em certo ponto, elus desabafam: 
“Seapunk hoje é como uma ex-namorada que achávamos que conhecíamos, mas daí ela cortou os cabelos, os pintou de turquesa, começou a ouvir músicas diferentes e desmarcou suas fotos antigas no Facebook. E, apesar de não sentirmos mais nada por ela (o que estávamos pensando?), é inegável os níveis de entretenimento sem precedentes que a experiência de assistir a esse processo proporciona.“ 
Sério caras. Elus prosseguem argumentando que tanto as popstars que supostamente “sugaram” a estética seapunk quanto artistas digitais independentes que buscaram qualquer tipo de retorno financeiro às suas contribuições para a microcultura (como as próprias Ultrademon e Zombelle) são todes traidores do movimento, que levaram a piada, que o seapunk essencialmente é, a sério demais, e exauriram sua graça. Mas elus juram que não estão chateades com isso não, por elus tudo bem essas pessoas usarem a estética, desde que, se puderem, a chamem de outra coisa. “Sugerimos #waverave”. Não sei vocês, mas eu até desenterrar esse artigo de 9 anos atrás nunca tinha visto essa tag em nenhum texto, comentário ou post de artes visuais ou música.
Acho que qualquer pessoa que já participou de um nicho, microcultura ou cena cultural consegue identificar o que tava rolando aqui. Independentemente de quem deu o golpe fatal, gatekeeping e narrativa de impostor já envenenavam a comunidade seapunk por meses. Lil Internet e Lil Government até chegam a admitir no artigo da Vice que o grupo seapunk do Facebook, que antes era um ambiente descontraído de compartilhamento de memes/artes, nos últimos meses tinha se tornado um espaço de discussões intermináveis sobre as minúcias de classificação  do que é e o que não é seapunk.  
Com o fim de 2012, O termo seapunk foi lentamente se desvanecendo de volta à obscuridade, mas sua influência até hoje é sensível, tanto em outras microculturas de internet, quanto na cultura pop mainstream. Em Outubro de 2013, o produtor de vapor trap conhecide como Blank Banshee lançou seu segundo album, “1”, que traz samplers da linha vocal de Diamonds em duas faixas, sendo uma delas a intro “B:/Infinity Login”. Em 2016, Rihanna lançou “Anti”, seu 8o disco de estúdio, que trazia perceptíveis influências de vaporwave e lo-fi na produção de faixas como “James Joint” e o cover de Tame Impala “Same Ol’ Mistakes”.
O que aprendi com tudo isso é que é muito difícil manter o monopólio de uma microcultura ou cena artística, seja nas mãos de um artista individual, restrito a um círculo exclusivo de amizades ou sob as garras de uma grande gravadora. Mesmo sob amarras e mais amarras de poder econômico e falácia conceitual, é quase impossível conter os tentáculos de influência e inspiração fazendo cosquinha no cérebro de artistas uma vez que estes os alcançam. E também que gatekeeping e narrativa de impostor são alimentadas por paranóias competitivas sobre propriedade e legitimidade, que podem ter efeitos destrutivos para toda uma microcomunidade artística.
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