#gracinha de demônio
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sanctaignorantia · 2 years ago
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depressaoeansiedade · 4 months ago
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Gay
Querido diário, acho que preciso te contar algumas coisas. Não tenho certeza se nasci assim. Não tenho certeza de quando tudo isso começou. Mas sei bem qual é o problema que motivou tudo isso. É um problema que me atormenta até hoje. A luta contra ele é difícil e longa. Já lutei por alguns meses. Por algumas horas. Mas eu sempre perdi. O corpo atormenta a mente enfraquecida. Eu acabo cedendo e não choro mais (só de vez em quando). Eu ainda tenho um pouco de esperança. A busca pela perfeição me atormentou. Ela mudou a forma como olho para os outros. Ela mudou a forma como me escondo. Agora eu sei que muitos anos se passaram. Muita coisa mudou. Eu mudei. Mas, incrivelmente, alguns hábitos continuam persistentes. Antes era intangível. Depois a dúvida cresceu. Guardei para mim o segredo. Alguém já tentou me convencer. Mas nada aconteceu. O sentimento ficou congelado dentro de mim. Juntamente com meus demônios, eu segui a flecha do tempo. O destino genialmente cruzou nossos caminhos. Estou feliz em ter te conhecido. Eu soube que não poderia competir com você desde o começo. Mas a forma com que te vejo mudou com o tempo. Você não é o único. Mas, com certeza, está fora da curva. Já não tenho mais certeza do porquê. Só sei que você é diferente, especial. Nos últimos meses, o meu desejo por você cresceu. Gosto de você pelo que você é. E não por qualquer outro motivo banal. Quando estou com você, não consigo deixar de observar seus olhos. Adoro sua boca delicada. Você é especialista em acelerar meu coração. Chegou ao ponto em que não consigo mais parar de pensar em você. Desde a hora em que eu acordo. Até a hora em que eu durmo. Desejando em silêncio. Sem saber se a reciprocidade é real. Perdendo meu tempo. Sendo atormentado. Nunca me assumi gay para ninguém. E também não pretendo fazer isso. As consequências são reais. Nunca duvide disso. Não sei se você é gay. Mas vi a forma como me olha. Vi a forma como me elogiou. Será que é só o seu jeito? Será que eu estou enviesado? Chegar em você é tão difícil. Justamente pois somos amigos. Trabalhamos juntos. Como olhar para você após uma rejeição? Esta semana estava difícil me concentrar em qualquer coisa. Estava difícil te esquecer. Me escondi atrás de um perfil falso para proteger nossa amizade. Se tudo der errado, basta negar. Como um bom covarde faria. Te enviei uma mensagem. Fiquei trêmulo. Coração aceleradíssimo. Perdi a fome. "Eu não deveria ter feito isso". Abri meu coração e escrevi o que sinto para você. Poucas horas depois, fui educadamente rejeitado. Choro preso na garganta. Meu mundo desabou. Meu coração parou. O álcool me ajudou. Mas não me fez esquecer. No fundo, a dúvida ainda existia. Você realmente não é gay? Eu entendo. Deve ser difícil se assumir gay para um desconhecido. E se atrás do perfil falso existir um pessoa maliciosa querendo te expor? Por isso, dei mais um passo. Escrevi outro rascunho. Recebi uma foto de um amigo em comum. Você estava na foto. Meus olhos saltaram. Indicando que não existe dúvida por você da minha parte. Hoje a noite vou tomar coragem. Vou te enviar meu texto. Estou tentando esperar o pior. Eu não quero outro. Eu quero você. Você é uma gracinha. Quero te abraçar e te beijar de língua. Quero me completar. Ninguém precisa saber sobre nós. Estou apenas seguindo o meu coração. Me deseje sorte. ---
Atenciosamente, Seu admirador secreto.
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colsilvier · 2 years ago
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a lua despretensiosamente banha a sua pele e finalmente vislumbro a sorte sorrindo para mim depois de muito, muito tempo.
daqui, gracinha, o espetáculo me provoca mais que um simples frisson, se é que existe algo mais arrebatador.
seus olhos são campos límpidos,
e me queimam como fogo
e labareda.
a cor cereja que lhe cobre
os fartos lábios me fazem
crer que meu medo era o mesmo que rondava as curvas do paraíso.
eva, querida,
me compadeço com seu dilema
diante da magia imposta envolta do fruto proibido.
aqui
sua pele
se une ao brilho da lua, como se tivessem sido feitas uma para outra. complementares.
se prova-lo me condenaria
ao inferno, eu iria feliz
pois
ao me deleitar em nossas memórias
nenhum demônio jamais colocaria
um sorriso presunçoso no rosto enquanto
partilho minha vitória em vida.
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escritordecontos · 3 years ago
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LONDRINA — a foto é do hall do Villa Fontana do Aurora Shopping, onde jantei. Hoje depois do café que já mencionei anteriormente, às 10h45 fui de táxi para a rodoviária, tomei um ônibus com destino à Apucarana, distante cerca de 60 km de Londrina. Cheguei lá depois das 13h00 para uma visita, retornei no final da tarde, às 19h00 já estava em Londrina, no hotel. Nada nessa viagem que mereça um comentário, foi inclusive algo que mexeu um pouco comigo, mas precisava fazer, a gente precisa enfrentar os demônios. Depois de tomar banho e ficar cerca de 20 minutos com minha mãe no telefone, desci e meu amigo já me esperava para irmos jantar. Meu amigo sugeriu um restaurante que serve um mignon com crosta de parmesão com massa, linguini. Fomos ao restaurante que cito no começo deste post. O garçom super simpático, cabelo comprido preso e mãos tatuadas que não passavam despercebidas fez uma gracinha na hora da sobremesa, perguntou se não iríamos comer sobremesas iguais, porque nós dois pedimos o mignon com linguini. Vadia básica. Não. Ele é bem gracioso e interesse, vadia má, portanto. Dias de excesso, hoje e amanhã não tem academia, tem alguns excessos nas refeições que depois precisarei resolver. Então, pode se dizer que o garçom foi o ponto alto da dia. Para sair para jantar desci o elevador com dois, estou no oitavo, o elevador parou no sexto andar e dois boys entraram, mas os dois me cumprimentaram com “boa noite”, isso não é bom. Depois notei que no restaurante do hotel tinha um boy pegável, mas eu saí em seguida. Queria fazer pelo menos uma refeição no restaurante do hotel, mas não vai ter, amanhã almoço no apê de um amigo e à noite é a festa de aniversário de uma amiga, por sinal, esta é a razão da minha vinda à Londrina. Não vai ter restaurante do hotel pra mim.
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virtuallghosts · 11 months ago
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Nem sonha com essa investigação. Foi atrás do Azul toda gracinha e simpática, mas é o demônio sim. Sentou-se foi é no colo dele de frente. — Você falou pra ficar à vontade, e depois vou querer uma aguinha porque beber água é importante. — Começou a mexer na gravata borboleta dele. — Sabe que a gente vai ter uma festa de gala no final desses jogos que vão se iniciar na quarta? Azul, você tem a capacidade de convidar nós três?
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Ela, Liriel e Mindy. Aproximou o rosto ao dele toda animada. — Hein? Sem tirar nenhuma.
" Claro que sim. " Abriu uma investigação para encontrar as três no Magicam e descobrir os nomes, pois é cauteloso. " Venha comigo. " No caminho que fez com a garota para a sala VIP foi pensando se é dia de pagar os pecados. " Pode ficar à vontade. " Disse ao sentar-se no sofá. " Deseja beber algo? "
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petiteblasee · 6 years ago
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𝙲𝚄𝚁𝚁𝙴𝙽𝚃𝙻𝚈 𝚁𝙴𝙰𝙳𝙸𝙽𝙶: "𝙰𝚗𝚓𝚘 𝙼𝚎𝚌𝚊̂𝚗𝚒𝚌𝚘" [𝙰𝚜 𝙿𝚎𝚌̧𝚊𝚜 𝙸𝚗𝚏𝚎𝚛𝚗𝚊𝚒𝚜 #𝟷] - 𝙲𝚊𝚜𝚜𝚊𝚗𝚍𝚛𝚊 𝙲𝚕𝚊𝚛𝚎
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Will tem uma coisa com varíola de demônio, né? hahahhaa melhor ainda são os outros tentando tirar isso da cabeça dele. Amo que a Tessa não deixa quieto as afrontas do Will. Mesmo que ela fique surpresa, ou ofendida, uma hora ela dará o troco da maneira mais legal possível. Tô amando. Cheguei na parte em que Tessa encontra Will e já tô shippando. ME SOCORRE, @DEUS!
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— Você... você invade meu quarto, quase me mata de susto e agora pergunta meu nome? Qual é o seu nome? Quem é você, aliás? — Meu nome é Herondale — disse o garoto alegremente. — William Herondale, mas todo mundo me chama de Will. Este é realmente o seu quarto? Não é muito bom, né? — Ele vagou na direção da janela, parando para examinar as pilhas de livros na cabeceira, e depois a cama. Acenou com as mãos para as cordas. — Dorme amarrada à cama com frequência?
Ele é todo cheio das gracinhas.... 
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Ela se preocupando com os livros e ele dizendo que dará mais a ela <3
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— Sabe — disse Jessamine alegremente —, acho que nunca vi uma feiticeira comendo antes. Suponho que nunca precise de dieta, não é? Pode simplesmente usar magia para ficar magra. — Não sabemos ao certo se ela é uma feiticeira, Jessie — disse Will. Jessamine o ignorou. — É horrível ser tão má? Você tem medo de ir para o Inferno? — Inclinou-se para perto de Tessa. — Como acha que o Diabo é? Tessa repousou o garfo. — Gostaria de conhecê-lo? Posso invocá-lo num instante, se quiser. Por ser uma feiticeira e tudo o mais...
Jessamine super desagradável! Tessa devia ter tentado a invocação para ela largar de ser besta.
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— Conheço essas palavras. Estavam escritas na lateral da carruagem da sra. Dark — disse Tessa.
— É uma organização — disse Charlotte. — Uma muito antiga de mundanos que se interessam pelas artes mágicas. Em suas reuniões, fazem feitiços e tentam invocar demônios e espíritos. — Suspirou.
Jessamine debochou:
— Não consigo imaginar por que se dão o trabalho. Mexer com feitiços, vestir túnicas com capuzes e acender pequenas fogueiras. É ridículo.
— Ah, eles fazem mais do que isso — disse Will. — São mais poderosos no Submundo do que imagina. Muitas figuras ricas e importantes na sociedade mundana integram...
Os iluminattis......
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(...) Will pegou várias tortinhas de chocolate do local onde tinham sido deixadas para esfriar. Ele ofereceu uma a Tessa. Ela deu de ombros. — Ah, não. Detesto chocolate. Will pareceu horrorizado. — Que espécie de monstro poderia detestar chocolate?
ME TOO! (já estou super me identificando com a Tessa)
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O Jem, mds! Eu quero levar pra casa!
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— Você ainda pode se casar. — Tessa estava confusa. — Qualquer homem gostaria... — Poderia me casar com um Caçador de Sombras. — Jessamine cuspiu a palavra. — E viver como Charlotte, tendo que me vestir e lutar como um homem. É bizarro. Mulheres não devem se comportar assim. Fomos feitas para governar graciosamente nossas casas. Decorá-las de forma a agradar nossos maridos. Alegrá-los e confortá-los com nossa presença dócil e angelical.
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Henry transferiu o olhar afetuoso do objeto para a esposa, uma coisa rara. — Genial, Charlotte. Fingir que podia convocar a Clave no ato, apenas para assustar aquele sujeito! Mas como sabia que eu teria um dispositivo que poderia utilizar? — Bem, você tinha, querido — disse Charlotte. — Não tinha? Henry se acanhou. — Você é tão assustadora quanto maravilhosa, querida. — Obrigada, Henry.
Meu casal lindo e cheiroso! <3
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Amo que a Tessa não deixa quieto as afrontas do Will. Mesmo que ela fique surpresa, ou ofendida, uma hora ela dará o troco da maneira mais legal possível. Tô amando.
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Will tem uma coisa com varíola de demônio, né? hahahhaa melhor ainda são os outros tentando tirar isso da cabeça dele.
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— Oh, Deus — disse em um sussurro para Jem. — Eu... meu coração não está batendo. Sinto como se tivesse morrido. Jem... Ele acariciou a mão dela de maneira cuidadosa e reconfortantemente, e a olhou com os olhos prateados. A expressão não tinha mudado com a transformação dela; ele a olhava como fazia antes, como se ainda fosse Tessa Gray. — Você está viva — disse, com a voz tão suave que só ela escutou. — Está com uma pele diferente, mas é Tessa, e está viva. Sabe como sei disso? Balançou a cabeça. — Porque disse a palavra “Deus” agora mesmo. Nenhum vampiro conseguiria dizer isso. — Apertou a mão dela. — Sua alma continua a mesma.
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"Tessa conhece Will," protestou Charlotte. "Ela confia em Will." 
 "Eu não iria tão longe," murmurou Tessa.
huashauhsuahsuahsuahsuash calma aí, Charlotte!
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"(...) Se você tem a alma de um guerreiro, você é um guerreiro. Seja qual for a cor, a forma, o desenho do abajur que a esconde, a chama dentro da lâmpada continua a mesma. Você é aquela chama." 
 Jem é um ser de luz no mundo escuro em que vive. Te amo, bb. 
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NADA BEM COM A CENA DO WILL TOMANDO ÁGUA BENTA E TENDO AQUELE MOMENTO COM A TESSA
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Por muitos anos ela havia se perguntado como seu primeiro beijo seria - se ele seria bonito, se ele iria amá-la, se ele seria gentil. Ela nunca tinha imaginado que o beijo seria tão breve e desesperado e selvagem. Ou que teria sabor de água benta. Água benta e sangue. 
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Morta com a Jessamine achando que Nate irá acordar e se apaixonar por ela só por ter ficado aos cuidados dela. Sabe o desespero? Então.
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VAI, TESSA! Galera mete o pau nos seres do submundo, acham que são escórias, mas tão sempre precisando. 
Vocês queriam me usar, exatamente como as Irmãs Sombrias o fizeram. No instante em que tiveram a chance, no instante em que Lady Belcourt apareceu e precisaram da minha habilidade, quiseram que eu a utilizasse. Independentemente do perigo que representava! Vocês se comportam como se eu tivesse alguma responsabilidade para com o seu mundo, para com as suas leis e os seus Acordos. Mas esse é o mundo de vocês, e vocês que devem governá-lo. Não tenho culpa se estão fazendo um péssimo trabalho!
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“Então você quer dizer que a droga está lhe matando?' Jem assentiu, mechas de cabelo brilhante caindo por sobre sua testa." 
 ALGUÉM SALVE MEU BEBÊ, PFVR!
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"Thomas estava cercado por aquelas criaturas. Eu fui em direção a ele, mas ele me disse para correr, então... Eu corri." "Você o deixou lá? Sozinho?" "Eu sou uma dama, Sophie, espera-se que um homem se sacrifique pela segurança de uma dama."
JESSAMINE, LARGA DE SER RIDÍCULA!
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THAT’S MY GIRL!!!
Sabia que devia ter voltado a mim e que devia fingir estar morta. Acho que ele teria descoberto se você não tivesse chegado. — Olhou para si mesma, e Will poderia jurar que havia um tom ligeiramente presunçoso na voz quando falou: — Enganei o Magistrado, Will! Não achei que fosse possível, ele estava tão confiante sobre a sua superioridade em relação a mim. Mas me lembrei do que disse sobre Boadiceia. Se não fossem as suas palavras, Will...
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Sem paciência alguma pro Will insultando a Tessa! FODA-SE A MALDIÇÃO! Quer se manter afastado? Manda embora e ignora. Ninguém mandou ele ficar de boas com ela antes, sendo amigo quando ela precisava, para agora falar essas coisas. Ficar humilhando só mostra o quão covarde ele é!
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QUE ÓDIO! Não bastasse a tratar como uma qualquer, ainda falou sobre ela não ter filhos!  Olha, vá se lascar, Will Herondale!!!! Eis o que a Tessa devia ter feito com ele:
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Finalizei a história curiosa e no ódio. Quero Tessa poderosíssima, Jem maravilhoso, e Will penando pra deixar de ser babaca. Espero não demorar muito pra continuar. Por enquanto, é só.
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w3-aretrouble · 6 years ago
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Capítulo 30 - Nunca Mais
Eu: Alô?!
Jade: Ei Khloe, é a Jade – ela deu uma gaguejada.
Eu: Eu sei, não exclui seu número – eu dei uma risadinha.
Jade: Eu posso ir na sua casa agora ou sei lá?
Eu: Eu to na Serra, mas devo ir embora antes de anoitecer, quando eu chegar te aviso e tu vai.
Jade: Não, eu to no meu pai. Vou descer aí, me espera na porta.
Eu estranhei a Jade estar na casa do pai dela em um fim de semana normal, mas não deu nem tempo de questionar nada, ela desligou antes mesmo de eu pensar no que responder.
Guilherme: Vocês voltaram a se falar?
Eu: Não. Isso tá estranho inclusive, mas ok. Vou descer lá, tu vem?
Guilherme: Vou não, vou te esperar aqui mesmo, não quero atrapalhar a conversa de vocês – eu dei um selinho nele e desci.
Quando cheguei na ponta da escada já vi a Jade lá fora encostada no carro do Gui. Sai de casa, fechei a porta de vidro atrás de mim e parei na frente dela. Ela tava chorando.
Eu: Ei, o que aconteceu Jade?
Jade: O Rick me ligou um pouco antes de eu te ligar, a Laís falou com ele.
Eu: E então?
Jade: A gente conversou sobre tudo que aconteceu, inclusive que a Letícia foi falar pra ele que eu ficaria melhor sem todo o drama da vida dele – ela enxugou as lágrimas e sorriu. – O pior nem foi isso, até porque o drama que vem com ele realmente é muito, mas ela também disse que a Laís e o Caio tinham terminado e a gente parado de se falar porque eu também tava ficando com ele e você descobriu e contou pra ela, - ela riu – dá pra acreditar nisso cara? Que eu trocaria minhas amigas por sexo? Logo EU? – Ela disse indignada e apontou pra si.
Eu: Eu sabia que tinha algo errado nessa história, não tinha motivos pra ele terminar com você e voltar com a doida da Samara logo em seguida, e outra, a Letícia não dá ponto sem nó, ela já fez isso outras vezes e eu sei que isso tá parecendo um “eu te avisei” indireto – fiz aspas com as mãos – mas, é que ela sempre foi assim, é assim que ela consegue as coisas.
Jade: Até o Matheus pediu pra eu tomar cuidado com ela esses dias, falou pra eu dar uma afastada e averiguar isso direito, até porque ele sabia que não era exatamente por causa do Luke que eu parei de falar com vocês, mas eu juro que pensei que ela não seria capaz – ela deu uma risada nervosa. – Sei lá sabe, eu nunca acho que as pessoas são capazes de tirar coisas tão importantes das pessoas por vingança ou qualquer outra coisa só que sobre isso, tudo mundo me avisou Khloe, até meu padrasto que nem conhece ela. Eu fui tão burra, não acredito nisso.
Eu: Amiga, você só acredita na bondade das pessoas, isso não é burrice – eu abracei ela. – E sobre o Lucas, sei lá, você sempre disse que não foi culpa dele e o que ele me contou foi exatamente o que você sempre disse.
Jade: Sim. A culpa não foi dele, eu realmente me desequilibrei e eu não tenho nada contra vocês voltarem a se falar, acho que foi mais um pretexto das coisas que a Letícia tentou enfiar na minha cabeça e eu acabei odiando as pessoas erradas, incluindo ele – ela me olhou e sorriu. – Que saudade eu tava dessa sua cara de rabugem, HAHAH, nem acredito que me permiti ficar afastada de você e da Laís cara, pelo amor de Deus – ela apontou o indicador pro carro do Landon e do Guilherme na garagem e me encarou. – Por que raios o carro do Landon e o do Guilherme estão estacionados na garagem da sua casa?
Eu: Longa história – eu ri – eu vou contar, mas precisamos ligar pra Laís.
Jade: E ela não tá sabendo disso?
Eu: Nem eu sabia quando cheguei, HAHAH.
Jade: E disso? – Ela puxou minha mão esquerda pra olhar o anel.
Eu: Também não.
Jade: Eu quero até ver a cara dela olhando pra isso HAHAH – ela me puxou pra dentro. – Vou até cumprimentar o Landon cara, puta sábado desse e ele em um almoço com sua família e o Guilherme.
A saudade que eu tava da Jade sendo a Jade não tava escrito cara, poder resolver isso tudo com ela justo hoje foi a melhor coisa. É engraçado tudo isso porque eu e Jade sempre estivemos juntas, inclusive quando a gente brigava, tudo ficava bem tão rápido que eu nem ligava de termos brigado. Acho que essa é a primeira vez que a gente passou tanto tempo sem se falar direito. Nós chegamos na porta da cozinha e todo mundo olhou pra gente.
Jade: E aí gente – ela deu um tchau pra tudo mundo e o pessoal sorriu pra ela. – Landon.
Landon: E aí Jade, quanto tempo – ele acenou.
Anne: Oi Jade, olha só o que o Guillaume me deu – ela veio correndo com o braço esticado e a Jade pegou ela.
Jade: Vocês fizeram um festival de presentes e nem me chamaram foi isso?
Anne: É tão linda né?
Jade: Eu amei, vou querer uma igualzinha.
Anne: E por que você sumiu?
Jade: Longa história, depois eu te conto – ela botou a Anne no chão e deu um beijo na bochecha dela. – Me lembra hein?
Nós saímos da porta da cozinha e fomos pro meu quarto, o Guilherme tava dormindo na minha cama e a Jade como a ótima pessoa que é pulou em cima dele e ele acordou puto.
Guilherme: Pelo amor de Deus Jade, EU VOU TE MATAR CARALHO – ele empurrou ela pro lado.
Jade: E nera você que gostava de acordar os outros, meu anjo? – Nós duas rimos.
Guilherme: Pois agora pronto né.
Jade: Aí, aproveitando que você já acordou eu vou querer presente também viu.
Guilherme: Seu presente vai ser um tapão por ter me acordado, eu hein.
Jade: Se manca Guilherme, HAHAH.
Eu sentei na cama com eles e já aproveitei pra ligar pra Laís pelo facetime e por um milagre de Jesus Cristo ela atendeu no primeiro toque.
Laís: Você por acaso estava morta? Eu to ligando e te mandando mensagem já tem quase uma semana porra.
Eu: Laís, para de ser exagerada que eu só fiquei sem celular ontem, mas foca nisso aqui – eu virei a câmera pra Jade e pro Guilherme e ela obviamente deu um grito.
Laís: É O QUE? Jadoca voltou a si menina? Porque pra ficar sem falar comigo e com a Khloe você provavelmente estava fora de si né, meu anjo?
Jade: Tu não sabe nem do começo do sermão da missa Laís – ela riu, pegou o celular da minha mão e mostrou o anel pra Laís.
Laís: ISSO É UM ANEL KHLOE?
Eu: Não querida, um bracelete de dedo.
Jade: HAHAHAH, TU VIU LAÍS? TÁ USANDO ANEL E TUDO.
Guilherme: Meu Deus, qual o problema de vocês em falar sem gritar, ô inferno?
Laís: Meu bem você acabou de entrar no ônibus e já quer ir direto pra janela? Que agonia é essa hétero?
Jade: Agora uma coisa que tu não vai acreditar é nisso aqui – ela levantou e virou a câmera do celular pra garagem que é na frente do meu quarto.
Laís: EU NÃO ACREDITO QUE EU TO PERDENDO KHLOE, LANDON E GUILHERME NO ALMOÇO DE FAMÍLIA CARALHO. Por que ninguém me chamou pra este cacete? Jade pelo amor de Deus filma tudo.
Eu: Eu nem sabia que ia vir até hoje de manhã e ontem meu celular ficou com o Guilherme, não sabia também que logo hoje a Jade voltaria do desequilíbrio mental que ela tava tendo.
Laís: Agora o que eu quero saber é...
Jade e Laís: O ANEL, AHHAHAH.
Guilherme: Foi só um presente pra selar nossa amizade – ele me olhou e riu.
Laís: TEU CU PO, HAHAHAH.
Jade: Cês tão namorando ou o que?
Eu: Tipo isso, mas sem o namoro, HAHA.
Guilherme: É isto. MAS, na apresentação do almoço de família era namoro, HAHAH.
Laís: NÃO ACREDITO, GUILHERME STOESSEL E KHLOE BILACCHI NAMORANDO.
Jade: Fala mais alto, vai que o Landon ouve, HAHAH.
Eu: É só pra família gente.
Guilherme: O anel foi só pra ela ser legal comigo.
Laís: E tu Jade?
Jade: Eu e Rick voltamos – ela disse empolgada.
Laís: Eu sabia, SABIA, que essa gracinha da Jade com essa desfalcada era falta de sexo. Quando vocês duas chegarem eu quero saber de tudo.
Eu: HAHA, Laís se eu gostasse de mulher era tu que eu ia namorar certeza.
Laís: Tá louca? Deus que me defenda, família desgraçada cara, já basta o demônio do Caio.
Jade: E por que vocês terminaram mesmo?
Laís: PORQUE ELE É UM ESCROTO DO CARALHO.
Guilherme: Vei, ele tava muito fora de si aquele dia.
Laís: É ÓBVIO QUE ELE TAVA – ela jogou o cabelo de um lado pro outro. – Olha só pra mim, só estando fora de si mesmo.
Eu: HAHAH, mas o que rolou exatamente?
Laís: Eu conto depois, mas basicamente ele queria ficar com outras pessoas enquanto tava mais drogado que a Jade andando com a Letícia, em Cancun e terminou comigo PELO TELEFONE, foco nessa parte, de madrugada. Podia ter me traído, eu ia ficar muito menos puta, me acordar só pra isso, vê se pode. Fora que ele ainda disse “o problema não é você, sou eu” – ela fez uma voz nojenta pra imitar ele e fez aspas com as mãos. – MEU AMOR, É ÓBVIO QUE O PROBLEMA É VOCÊ, OLHA SÓ PRA MIM – ela levantou os braços – por que raios eu linda desse tanto seria problema? Ah me poupe, que coisa mais sem proposta.
Guilherme: O pior é que ele nem ficou com ninguém depois, pelo menos não enquanto eu tava lá, ele ficou foi na bad depois.
Jade: Caralho, Caio só faz merda também né.
Laís: OLHA AÍ, ESCROTO DO CARALHO, SACO.
Eu: Então, mas a senhora ficou nervosa?
Laís: Ah, vai tomar no cu Khloe – ela mostrou o dedo do meio.
Jade: Ai que saudade eu tava de vocês duas, pelo amor de Deus.
Eu: E agora tu vai voltar a estudar com a gente ou o que?
Laís: Deus me livre Khloe, não dá ideia errada não, se mandarem a gente pra fora de sala ela vai dedurar a gente de novo, melhor ela continuar lá com a Lets.
Jade: HAHAHA, eu já fui lá pra mudar idiota, por isso eu vim pra cá, minha mãe ia viajar e meu pai que teve que ir lá.
Alguém bateu na porta e como a Jade já tava em pé, ela foi abrir, era o Landon.
Landon: Khloe, teu pai mandou perguntar se vocês vão embora com ele ou vão ficar na Jade.
Laís: E AÍ LANDON, QUANTO TEMPO CARA – ele olhou pro celular que tava na mão da Jade e deu um tchauzinho.
Landon: E aí Laís, cada dia mais bonita hein? – Ele me olhou e deu um sorriso.
Laís: Acontece né, HAHA.
Jade: Tchau Laís, vai lá pra Khloe amanhã.
Laís: Eu só vou se o...
Nós três: ESCROTO DO CAIO.
Laís: Não estiver lá, HAHAH.
Guilherme: Pelo amor de Deus, como vocês não ficam sem voz? Só gritam – ele levantou e parou atrás da Jade. – Ele tá em Cancun – ele mandou um beijo pra Laís e saiu do quarto junto com o Landon.
Jade: Até amanhã querida – nós duas mandamos beijo, a Jade desligou e me devolveu o celular.
Nós descemos juntas e meu pai estava no fim da escada com a Anne no colo conversando com o Landon e o Guilherme, antes que eles nos vissem a Jade parou, puxou o celular do bolso e tirou uma foto dos três juntos.
Jade: A própria santíssima trindade, HAHAH.
Eu: Rindo de nervoso.
Pai: Khloe, vocês vão agora ou vão ficar na Jade pra ir depois?
Eu: Não, a Jade vai comigo e o Gui, daí a gente deve passar pra comer só, né baby? – Eu parei no fim da escada atrás do Guilherme e passei os braços pelo pescoço dele e fiquei apoiando nos ombros dele.
Guilherme: Sim, vamos comer e deixar a Jade em casa, aí eu levo ela – ele segurou meus braços.
Jade: Lindíssimos, leram meus pensamentos.
Pai: Então tá, a gente se vê em casa então – ele deu tchau e saiu com a Millena e os pais dela pro carro.
Guilherme: Vamo então né – eu tirei os braços e ele e Jade seguiram meu pai e o Landon me puxou e eu olhei pra ele.
Landon: Posso te perguntar uma coisa? – Ele soltou meu braço e colocou as duas mãos nos bolsos da frente da calça.
Eu: Desde que seja rápido, pode.
Landon: Então você e Guilherme é sério?
Eu: Sim, é sério.
Landon: Então já era?
Eu: Já era o que Landon? Já era desde quando tu foi embora, não vem com essa agora.
Landon: Desculpa – ele voltou pros fundos e eu sai e fui pro carro.
Era só o que me faltava mesmo, sinceramente.
Quando entrei no carro tanto o Guilherme e a Jade ficaram me encarando, mas como eles viram que eu não queria falar, a Jade deitou no banco de trás e o Guilherme só deu partida e fomos embora.
Eu sei lá o que o Landon queria com isso, mas espero que a gente não fique se encontrando de ano em ano, nossa amizade era legal, nosso namoro foi massa, mas acabou quando ele decidiu ir embora e não vou me prestar ao papel de me submeter a nada relacionado a ele nunca mais.
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palavrasfurtivas · 3 years ago
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Ultrassom transvaginal com preparo intestinal.
Tem dias que é detestável ser mulher. E não estou nem falando de quando algum tarado meche com você na rua ou quando um tarado pior ainda toca em você. Não estou falando de ter mais medo do homem do que do demônio numa rua vazia. Estou falando de útero. Um pequeno órgão localizado na parte medial da pelve que contém dois ovários e mil camadas de músculo e tecido cuja única função é trazer um ser humano ao mundo e causar sofrimento.
 Meu útero inventou de fazer gracinha. Em 2019 fui abençoada por malditas cólicas que me obrigaram a ficar quase viciada em Advil. Eu tinha vontade de chorar em posição fetal o dia inteiro. Na faculdade, em casa, no taxi indo para o hospital, falando para a médica que eu sentia dor e enfim... você entendeu. Essas merdas acabam com a gente. Acontece que meu ovário esquerdo estava sambando num maldito endometrioma. Ou endometriose, como queira dizer. Doença da atualidade, várias jovens desafortunadas como eu foram abençoadas com essa maldita doença e algumas precisam até fazer cirurgia para tirar as porcarias dos focos porque o anticoncepcional não funciona. No meu caso, funcionou. 
Na véspera do primeiro exame que fiz, eu tinha recebido o resultado do exame de sangue com a dosagem de um tal de marcador tumoral, o Ca125. Acreditam que o filho da puta estava 10x mais elevado que o normal? Pronto, achei que eu tivesse câncer e fiquei ouvindo uma das músicas da trilha sonora de "A culpa é das estrelas" enquanto eu chorava sozinha em casa. Isso arrasou minha mãe quando ela chegou e me viu com a cara toda inchada, vermelha e gosmenta. Depois de uma semana, fiz o maldito ultrassom que confirmou que era endometriose. Ou bendito? Sei que na época não me importei nem um pouco de ter que fazer todos aqueles preparos que nomeiam carinhosamente de "preparo intestinal" um dia antes do exame. Quando a gente acha que tem câncer, você não se importa de botar para fora todas as suas tripas só para descobrir se vai morrer ou não.
Em seis meses eu tive que repetir o exame. Passar o dia anterior inteiro comendo só carboidrato e tomando sucos coados ou... água. Não parece tão ruim assim mas é horrível. Antes de dormir, você toma dois laxantes e de madrugada acorda com uma puta cólica que te faz explodir no banheiro. De manhã, quando acorda, você ainda precisa usar a merda de um enema. Aposto que o filho da puta que inventou toda essa merda (literal) era um homem. Século XXI e ainda temos que lidar com esse tipo arcaico de exames.  
Agora escrevo aqui porque, um ano depois, tô prestes a tomar dois laxantes depois de ter passado o dia inteiro comendo macarrão com molho de tomate coado, suspiros e um gatorade de limão. Descobri que a porcaria do enema está vencido e já estou sofrendo antecipadamente por ter que acordar de madrugada com cólica. Não tenho com quem conversar sobre isso. Todas as pessoas com quem troco algumas palavras rotineiramente são homens e eles nunca vão entender, só lamentar comigo. Quero alguém que lamentem, mas que entendam do que estou falando. Por isso escrevo aqui, para mim mesma, numa tentativa de me eximir dos sentimentos por meio da linguagem - o que confesso que não está ajudando muito. 
Aos velhos submissos, Me sentindo doente e sem força de vontade para ficar perplexa, A.
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rayheartle · 6 years ago
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Diálogo
O doutor acorda, amarrado numa cadeira e ainda atordoado.
— Olá, doutor! – seu paciente está sentado à sua frente, em meio da escuridão – sua determinação é realmente impressionante, admiro muito seu trabalho, mas ele não é bom para mim, entende? Eu te avisei muitas vezes e você não me deu ouvidos. O que você tenta fazer com este garoto é inútil, não percebe? É como, sei lá, tentar se esconder do Minotauro no labirinto!  – ele ri, emitindo um som gutural, enquanto gesticula com as mãos e olha em volta.
Ainda encaixando as peças, o doutor começa a entender o que está acontecendo, e encara o rapaz à sua frente, confuso. 
— De novo..? Quando você vai cansar? – o doutor solta um sorriso sarcástico para aquilo que ele sabia não ser seu paciente, seguido de uma forte dor de cabeça, que o faz fechar com força os olhos.
— Está bem humorado hoje, doutor. Diga-me, ainda faria gracinhas se soubesse que toda a sua vida está em minhas mãos? – o paciente estrala os dedos e alonga os braços, sem tirar os olhos do doutor.
— Bem, isso é bem claro, quando estou amarrado numa cadeira em meu próprio escritório, enquanto tem um demônio sentado na minha mesa com um facão bem ao seu alcance. – Outro sorriso, mas sem tanto sarcasmo e humor.
— Talvez você não tenha entendido doutor. Eu disse toda a sua vida. Desde seus colegas de trabalho à sua esposa. Eu sei onde cada um mora, e posso ir até eles em um estalar de dedos. – o semblante do demônio torna-se menos humorado e traz certa raiva nos olhos. Sangue desce por suas narinas.
— E por que você não os matou ainda? Traga-os à minha frente e os estripe, arranque os dedos deles e me faça mastigar. O que você quer de mim, seu demônio maldito!?
— Primeiramente, doutor, demônios não existem. Existem almas persistentes, que não querem abandonar a vida ou querem demais. É por isso que estou aqui neste garoto. E estive em muitas pessoas, desde 1800, por aí. Em segundo lugar, doutor, eu acredito que você possa fazer com que minha “estadia” aqui fique mais fácil, entende? Quero que me ajude, mexendo com a cabeça dele. – a frase veio seguida de um gesto de tiro na cabeça, enquanto seus olhos esbanjavam um vermelho profundo.
— E o quê eu ganho com isto? – o doutor estava visivelmente irritado com a atitude do demônio à sua frente, fuzilando-o com um olhar intenso de raiva e decepção.
— Bom, você ganhará uma estadia no pós-vida junto ao seu querido paciente, onde poderá tentar tratá-lo o quanto quiser, além de não chegar em casa hoje vendo sangue por todo lado. – e ele sorriu, concluindo sua conversa, enquanto emitia sussurros guturais e saia pela porta, acendendo a luz ao ir para o corredor.
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fissuras-de-dentro · 3 years ago
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dicotomia
Eu me chamava Rafael. Jurava para mim mesmo. era o melhor batismo que minha mãe me dera, a pedidos do meu irmão, por conta do seu amor pelas Tartarugas Ninjas. Eu gostava. Todo mundo falava que era nome de anjo, porém minha personalidade estava mais para um demônio.  Lembro da primeira vez que fui a escola
 - Professora, licença, mas não chamou meu nome. - Como se chama? - Rafael.
Ela havia ficado vermelha. Consternada. Tadinha. Não havia nenhum Rafael na lista, somente Bruno RAFAEL.
-Você é Caldeira?
- Sim. Pois sabia que meu sobrenome era Caldeira, por conta da “fama” que meus familiares tinham. 
- Então seu nome é Bruno. Agora vá se sentar e pare de gracinha.
Abriu-me um buraco ao peito. Eu tropecei tão singelamente em um vazio imenso. Eu não sabia o meu próprio nome. Acusei de prontidão meus Pais, por terem mentido quem eu realmente era. Entretanto, diante daquela informação nova eu me sentia canhestro. Eu não me identificava com Bruno. Talvez nem com Rafael. Eu me sentia um ser sem alcunha. Eu me sentia tão Rafael. E não sentia-me ser Bruno.
Rafael era temperamental. Bruno era calmo, passivo. E dentro disto, fui me inventando um outro ser. Algo como um dragão de duas cabeças. Duas identidades e duas personalidades. Na escola o Bruno imperava, guardava quietinho o Rafael lá no fundo de mim. O bruno era tão sereno. passível, e concentrado. Obedecia. Submetia-se aos professores. sempre pronto a servir. Quando em casa. O Rafael não era tímido. Era acelerado e desobediente.
Rafael queria a todo custo acabar com a bondade de Bruno. E juntos formaram uma guerra indenitária. As professoras mal reconhecia o Bruno. Os familiares se espantaram com o Bruno.   
Bem, talvez eu fosse realmente estranho. Talvez eu tivesse algum diagnostico mais preciso e conciso.
ou talvez eu só morava em minhas contradições. Eu me era Bruno Rafael. Com ing e ang. Mas as instituições queriam me fragmentar.  Não era nem mal nem bom. Só me era. Só era as delicias e dores de Bruno Rafael.
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surdemonhunterdemon · 4 years ago
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Cap 2. O rio
A gente caminhou pela mesma estrada por 2 dias. Eu sempre mantendo pelo menos uns dez metros de distancia, toda a aquela gente viajando assim, parece que não era só eu que tava na merda, o oeste tinha afundado, e as pessoas estavam migrando todos os dias pro centro e principalmente pro norte...
As carroças seguiam em linha indiana e eu logo atrás delas. Na ultima eram 4 pessoas, um casal de velhos guiando e duas gêmeas logo atrás, eles levavam bastante coisa em baús e sacos de tecido, as garotas tinham os olhos amarelos como os de um gato negro e as orelhas pontudas, eram puro sangue, com certeza...
Logo a frente ia uma família inteira, pareciam árabes, o homem com um grande bigode cobrindo toda a boca e a mulher toda coberta, 4 crianças na traseira, a mais velha devia ter uns 13, um garoto carrancudo que tentava controlar os irmãos a qualquer custo, mas sem sucesso ... a mulher cochichava com o esposo algo sobre o grupo que ia a frente.
Os da frente por sua vez parecia um grupo de marginais, quatro homens de roupa surrada. O grandalhão segurava as duas rédeas firme as duas mãos gigantescas, do lado dele um magrelo bem alto levando uma espingarda de cano duplo nas costas, bigodão e chapéu de cowboy. Era anormalmente magro, esquelético, de olhos fundos, mas gargalhava alto e claro durante toda a viagem. O terceiro homem era de porte médio, vestido de preto ia dormindo na parte traseira e finalmente o quarto, um japonês baixo, com olhar perdido, levava uma katana nas costas...
A gente caminhou por 3 dias sem que nada acontecesse, mas eram tempos sombrios cedo ou tarde algo ia dar errado ... a primeira carroça parou com as duas outras parando em seguida ... uma das gêmeas olhava diretamente pra mim ... me dando arrepios .. eu caminhei até a primeira carroça pra saber o que tava acontecendo.
- A ponte ... já era - o grandalhão falou apontando pro começo de uma ponte de madeira. Era uma visão singular, a ponte partida ao meio fazia-a parecer um trapiche, eu caminhei até a ponta olhando pra baixo, era um antigo rio de sangue, pelas marcas na rocha havia ocorrido uma cheia,  que deve ter destruído a ponte, agora entretanto um pequeno fiapo vermelho escuro corria no leito
- Como a gente vai atravessar? - eu perguntei pro grandalhão, 
- Como eu vou saber, eu tenho cara de engenheiro? A gente precisa consertar a ponte de algum jeito, ... Samir, você tem alguma ideia? - o árabe vinha logo atrás de mim
- Eu poderia consertar mas não tenho material pra outra ponte a gente vai precisar dar procurar, ou dar a volta
- Dar a volta? Eu não sei nem pra que lado a gente deva ir
- Olha o rio, está super baixo, - Samir, disse apontando pro leito - vamos no sentido do rio, talvez a gente consiga descer e atravessar pelo leito
- ...
- Isso vai atrasar a gente - o grandalhão fez um sinal com a mão e gritou - A GENTE VAI PRECISAR CONTORNAR O RIO, PROCURAR OUTRA PASSAGEM!
A velha do ultimo carro estremeceu, .. as carroças começaram a andar uma após a outra manobrando a esquerda, quando a ultima passou por mim eu segui atrás dela, a gente caminhou, depois de algumas horas a gente tava quase no mesmo nível do rio, a noite caia pouco a pouco, as estrelas mais brilhantes já despontavam no céu.
- HEITOR! ACHO QUE DA PRA ATRAVESSAR - era o Samir gritando pro grandalhão. Era possível ver marcas de rodas no leito, alguém tinha atravessado antes... O Heitor foi primeiro. O grande problema de atravessar uma carroça pelo leito seco de um rio é que a terra fica fofa então tem sempre o risco de atolar, enquanto eu olhava a movimentação o Samir apareceu atrás de mim com duas tábuas de madeiras grossas - Isso deve ajudar! - ele jogou as duas paralelamente no chão, - Vamos!
A primeira carroça começou a passar. Eles liberaram os cavalos e passaram primeiro, depois os 4 homens se juntaram atrás da carroça - Hey! Vem ajudar, você também - o Heitor disse apontando pra mim
Quando eu cheguei perto da carroça o cowboy magrelo olhou bem fundo nos meus olhos, tirou uma colt cromada do coldre e levantou a aba do chapéu com a ponta do revolver enquanto me encarava - Eu sou o Butch, e esse aqui - ele olho pro revolver entre a gente - esse é o "Sr Sem Gracinhas" - eu entendi o recado e fui pra trás da carroça junto com o Heitor e os outros dois. O Samir tava a frente guiando a carroça pra manter ela sobre as tábuas
- EMPUUUUURRA! - O Heitor gritou. Eu cravei o ombro na carroça as botas afundando na lama. A carroça se moveu, rangendo, parando com um som oco no inicio da tábua, - EMPUUUUURRA! - Mais um impulso, esse acabou sendo forte de mais, a carroça subiu a e atravessou a tábua de uma vez só, com o tranco eu fui pro chão,
- AHAHAHA cuidado pra não se machucar garoto - O Butch tirando um barato da minha cara. O oriental estendeu a mão ..
- Meu nome é Takeshi,
- Valeu! foi só a minha bota, - Eu ergui o pé que havia afundado até a canela na lama, a bota ficando no buraco. - Merda ... - eu enfiei a mão no buraco deixado pelo meu pé
- haha, você vai precisar de um par de botas novas, - Takeshi disse com um sorrisinho no canto do rosto, se apoiando com o cotovelo na carroça.
- A gente pode continuar ou a princesa precisa achar o sapatinho dela - Butch disse agitando as mãos.
- Achei! - eu virei o sapato de ponta cabeça batendo na sola e olhando pra cara dos dois. Enfiei o mesmo no pé em seguida - Vamos!
- EMPUUUUUURA - Dessa vez a carroça tava num pequeno aclive que era a saída do que restou do leito do rio. - EMPUUUURA - finalmente a gente chegou do outro lado. Uma já foi, faltam duas.
O Samir ja tava esperando a gente do outro lado do rio. As crianças em volta da mãe olhando a cena.
- Beleza pessoal vocês sabem o que fazer. - disse o Heitor, a gente já tava a postos - EMPUUURA - a carroça subiu na tábua e foi nessa hora que eu ouvi um "crack"
- EMPUUU
"CRAAAAA"
- PERAI! - eu gritei
"AAAACK"
A tábua da direta se partiu ao meio a carroça pendendo pro lado perigando tombar. Se a aquela merda tombasse a gente estaria muito fudido!
- PUTA MERDA O QUE VOCÊ FEZ? - O Heitor veio pra cima de mim com os olhos pegando fogo
- Eu não fiz merda nenhuma a tábua rompeu, eu ... - foi então que eu ouvi o som, o som clássico que me lembrava da grande emersão. Cavalos! E vindo rápido ...
- VOCÊ O QU .. - O Heitor percebeu pela minha cara que tinha algo errado também - BANDOLEIROS!!!!!
Eles vinham do outro lado do rio, eram 3 cavalos vermelhos bem grandes com 3 demônios com armaduras de couro em cima deles. O do meio vinha com lança em riste e os outros dois empunhando espadas o da direita era canhoto garantindo uma estranha simetria para o grupo.
- BANDOLEIROS! - Takeshi gritou também, o barulho dos cavalos no chão, dava a sensação de ser uma manada vindo. Butch puxou a espingarda do ombro assumindo posição de tiro, "BAAANG", o barulho fez meu ouvido zunir e a minha vista turvar. Pareceu que o próximo segundo passou lento, quando eu olhei pra trás percebi que todos cobriam os ouvidos. De qualquer forma, foi eficaz, o canhoto foi o primeiro a cair, quando me recuperei saquei minha espada.
- Se prepara filho, - Butch olhou pra mim com aquele mesmo sorrizinho zombeteiro de sempre...
Takeshi partiu em direção ao demônio do meio, não era todo dia que se via aquilo. Era algum tipo de kamikaze? Não sei, mas corria em direção a lança do inimigo, sem saber muito o que fazer eu fui também. O japa era rápido, anormalmente rápido, o suficiente pra eu ver ele se distanciando na minha frente rapidamente. Eu jurei ter visto a lança atravessar ele quando percebi que ele havia saltado, estava bem acima do inimigo, com a espada em empunhadura invertida, com a ponta pra baixo. A espada entrou pelo lado direito do capacete, eu me aproximei do segundo pela direita, a esquerda dele, achando que era a mão fraca dele. Ele simplesmente trocou a espada de mão, mas a manobra me deu tempo o suficiente pra desviar do golpe e agarrar a cela com a mão esquerda, com o impulso do cavalo eu me lancei pra trás dele gravando a minha lamina nas costas dele com minha mão direita, com um movimento do corpo ele me derrubou no chão, eu olhei na direção do Takeshi, esperava ver o seu adversário no chão. Em vez disso o que eu vi me arrepiou, com uma mão o demônio lançou Takeshi no chão, com a outra ele retirou a espada do próprio crânio. Nenhum ferimento, nem mesmo um risco, só um pouco de fumaça saindo do buraco deixado pela espada.
"BAAAAAANG"
Minha cabeça zuniu novamente, eu puxei meu revolver a tempo de ver o cara que eu golpeei fazer a mesma coisa que o primeiro. O tiro do Butch levou ele pro chão me dando tempo de pensar. Se os dois não sofreram nenhum risco, então o terceiro, ... o terceiro já estava em pé vindo na minha direção eu descarreguei todo o tambor contra ele, não serviu nem pra afastar o filho da puta, quando eu achei que estava perdido eu ouvi um grito, parecia uma águia. Um ser alado passou por cima da minha cabeça agarrando o filho da puta pela cabeça e sumindo em direção ao céu.
- Que PORRA foi essa? - eu gritei olhando pra trás. Takeshi e Heitor enfrentavam o segundo demônio, já o primeiro, da lança, o maior de todos descia do cavalo e atravessava o rio em direção as carroças e os outros. Dessa vez eu tive tempo de ver Butch mirando, tapei os ouvidos. Diferente dos outros o cara da lança não caiu com tiro, ele deu uns passos pra trás e só, Butch puxou o colt. A arma reluzia na noite, mas, muito lento, o lanceiro o afastou com um simples tapa. Ele ia em linha reta, na direção do terceiro carro, as gêmeas, eu não sabia o que fazer. O casal, eles simplesmente se afastaram do carro. Takeshi e Heitor não dava conta do menor, eu não tinha como derrotar o lanceiro sozinho, decidi ajudar eles, talvez nós três .. eu virei para eles e ouvi aquele som de novo. Não sei se foi sorte, ou o que foi, só sei que o corpo decapitado do demônio que tinha sido levado pro espaço despencou sobre o adversário de Heitor e Takeshi. O impacto levantou a terra me fazendo cobrir o rosto, a cabeça caiu logo em seguida rolando na minha direção com uma expressão de horror extremo. Eu virei o rosto, o lanceiro estava em cima do carroça das gêmeas, um raio laranja partiu o teto da carroça atingindo-o em cheio e refletindo em direção ao céu, ele forçou o teto e despencou pra dentro da carroça logo depois saindo pela traseira, segurando uma das gêmeas pela cabeça, sua mão completamente laranja como ferro incandescente. Duas asas romperam em suas costas, a criatura alada ia em direção a ele a toda velocidade, os olhos dela e dele amarelos como faróis na noite. Era a segunda gêmea e pelo olhar deles, já se conheciam de longa data. A gêmea alada investiu contra o lanceiro, mas foi aparada com outro tapa fazendo-a explodir no chão levantando uma coluna de terra. O lanceiro alçou voo e desapareceu na noite.
Licenciado sobre CC BY-ND
→ Capítulo 3 - Jacob
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yazakuras-blog · 7 years ago
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🎈
send 🎈 for our muses to go to a halloween party together
          ❛ Maki ! Peguei essas bebidas para a gente. Olha os detalhes do copo, que gracinha. ❜ quer coisa melhor que passar parte da noite em uma festa repleta música e atrações temáticas de Halloween ? Até mesmo os detalhes dos doces ficaram maravilhosos. O clima de animação fazia bem a qualquer um.
          Outro ponto, e o que mais amava, era a própria roupa que usava. Muitos considerariam ‘ clichê ’, contudo as fantasias de demônio que a rosada preparou para ela e sua amiga se destacavam entre as demais. Não apenas pelas cores claras e escuras em contraste, como os detalhes da saia dos vestidos e até mesmo os acessórios que usavam. Estavam combinando perfeitamente. E precisava concordar que o corte que fez para o vestido da Natsume combinou bastante com seu tipo de corpo. 
          ❛ Gostou da bebida ? Acho que é a confirmação que não se deve desconfiar de líquidos laranjas ou azuis. ❜ riu ao provar mais um gole da ‘ misteriosa ’ combinação.
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          ❛ Maymay, ficou sabendo que vai ter uma competição de melhor fantasia ? A gente deveria entrar, tenho certeza de que ganharíamos. ‘ Duas diabinhas lindas e maravilhosas roubaram o coração dos juízes e venceram sem dar chance a semifinal ’… se você deixasse eu fazer um losango ou u coraçãozinho nessa sua bochecha então, ouro garantido ! ❜
( @ginnosaya » meme. )
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walkingwithcandles · 8 years ago
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Contos de Umbra - Corvos e Lobos
Eu havia chegado há horas, mas continuava ali, sentada na colina, observando Umbra. A noite estava escura, lua negra, estrelas tímidas, as luzes das janelas oscilavam. O movimento frenético nos domínios da Ordem contrastava com a melancolia decadente do castelo de Devon. Como os covardes que eram, muitos vampiros partiram, pois a glória do lugar estava definhando. Não havia pompas, não havia festas, rituais de matança, eventos, nada mais. Tudo se limitava às paredes dos salões cerimoniais, onde apenas ele, Alexandra e mais alguns magos podiam entrar. Eventualmente algumas vampiras eram convidadas, mas não mais voltavam. Estavam alcançando o que tanto queriam, estavam vencendo o jogo, peças ou degraus, todo o resto era irrelevante. 
Não houve um único dia de descanso após eu ter voltado a trabalhar com Valefor. Horas se tornaram dias, dias se tornaram semanas e semanas se tornaram meses. Sentia falta de Alexandra, ela dominava minha mente, meu coração. Eu estava lutando por ela, mesmo que de certa forma precisasse lutar contra ela. Sei que sabia dos meus movimentos, meus pensamentos. Queria saber se pensava em mim o quanto eu pensava nela.
Uivei, era meu aviso para que soubesse do meu retorno. Desci a colina, o frio era cortante, fui até a taverna para me aquecer um pouco. Os boêmios pareciam estar me esperando. Fui recebida com cumprimentos calorosos, cortejos, mimos, todo o vinho que eu pudesse beber sem pagar uma moeda por isso. Tirei minha capa, pedi para que guardassem com cuidado. Minhas roupas eram bastante diferentes das que costumava usar, eram de qualidade superior, caras, suntuosas, luxuriosas, mas usava sempre a capa que ganhei de Alexa. Já estava surrada, algumas partes desfiadas, mas eu a estimava tanto. Quando a vestia, sentia seu cheiro e era como ser constantemente abraçada por minha dama teimosa.
Eu havia mudado, ou voltado a ser quem realmente era. Irreverente, orgulhosa, rebelde, senhora da barganha, dama da eloquência e rainha da porra toda e sedutora incorrigível. Andrea D’Brabant era o nome mais mencionado entre os reinos aliados e rivais, passei a ser o Flagelo de Umbra, a Vadia Requintada de Valefor, a Bruma de Seol, Ammit de Blair... Dos incontáveis títulos, apenas um me era importante: A Escolhida de Alexandra.
Sentei na mesa de jogos e apostei algumas joias que tinha recebido como pagamento da última missão. Peguei minhas cartas, ofereci bebida a algumas damas e elas se sentaram ao meu lado. A partida estava acirrada, meus oponentes eram velhos experientes e ladrões, mas eu também era. Farejei tensão entre as paredes emboloradas da taverna, uma distração seria o suficiente para trocar algumas cartas. Gargalhei, cruzei minhas pernas e puxei a bela que estava à minha esquerda para mais junto de mim. Seu decote era bem ousado, então depositei minhas cartas entre os seus seios, mas só algumas delas. Todos ficaram presos com as minhas cartas, pareciam ainda mais presos na verdade. Aproveitei para trocar as cartas que segurava pelas que havia escondido na minha bota, mas fui surpreendida e por pouco não ponho tudo a perder.
— Ora mas que graça! Andrea D’Brabant está de volta, vadiando na taverna e... Então é assim que se joga cartas de onde veio?
Alexandra chegou como quem queria cometer um assassinato. Era a primeira vez que ela entrava ali, então todos se levantaram surpresos e constrangidos, tentando minimizar a péssima impressão causada pelo lugar. Minha acompanhante saiu desconfiada e Alexa tirou as cartas dos seus seios e as jogou na minha cara.
— Puro blefe! Joguinho porcaria! É assim que consegue tudo na vida, percebo.
— Quanta animosidade, lady Kaelium. Também estava com saudades.
— Como se atreve a vir com conversinhas, Andrea D’Brabant? Quem você pensa que eu sou?
— Alguém traga logo alguma bebida para essa mulher, antes que ela beba meu sangue!
Minus veio correndo com seu melhor licor servido em uma taça mal lavada. Alexa olhou com desprezo e acenou para que ele deixasse sobre a mesa. Peguei as cartas e comecei a embaralhar, enquanto isso os demais ia relaxando e voltando para seus afazeres, mas sem tirar os olhos de nós. Plínio estava aborrecido com a interrupção, voltou a apostar e tomou as cartas da minha mão. O desgraçado não tirava os olhos de um dos anéis que apostei, mas era mesquinho demais para tentar barganhar, azarado demais para vencer a aposta e covarde demais para tentar roubá-lo. Era o que deixava tudo ainda mais divertido, certa vez ele apostou suas roupas e voltou nu para as estalagens.
Plínio deu as cartas e voltamos a jogar. Alexa se sentiu provocada, mas não desceria o nível, ainda mais diante dos subalternos. Cinicamente, se sentou no colo de Plínio e bebeu do seu conhaque barato.
— Vou ajudá-lo a vencer. É até um desperdício usar estratégia contra quem só conta com a sorte e truques, será bem simples, veja...
— Desisto — Joguei as cartas na mesa, peguei minha capa e sai da taverna.
— Viu só? — Alexandra gargalhou me vendo sair pela porta.
Eu estava prendendo a capa com certa dificuldade e pretendia ir para o castelo me certificar se os soldados tivessem deixado os meus pertences no quarto. Alexa seguia atrás tentando me alcançar, estava muito ofegante e tentava não sujar a barra do seu vestido na lama fedida da estrada.
— Veja a que você me expõe!
— Não chamei você. Se não resistiu a tentação de me ver, não posso ser culpada por isso.
— É muita imodéstia e estupidez, desaparece há meses e quando volta vai direto para a taverna se esfregar naquelas oferecidas!
— Eu avisei que cheguei. Não estava me esfregando em ninguém, elas que estavam se esfregando em mim. Não me sentia bem para vê-la hoje, pretendia encontrá-la ao amanhecer para lhe dar algo...
— Não quero suas porcarias! Acha que pode viver me comprando?
— E você acha que devo sempre ouvir essas ofensas de você? Aliás, você olhou bem para mim, Alexandra? Aposto que não, aqui só importa se for do seu jeito.
— Você realmente não passa de um demônio insuportável.
— E você não passa de uma péssima sugadora, e não estou me referindo ao ato de sugar sangue.
Alexandra gritou e me atirou uma pedra, acertando em cheio a minha cabeça. Parei e estava prestes a revidar, quando fui atacada por um corvo barulhento. Eu o espantei com um galho, mas logo veio mais um e depois outro... Quando percebi, haviam dezenas deles ao redor, voando ou caminhando assustadoramente em volta de Alexa. Observei desconfiada até ficar irritada com todo aquele barulho.Agarrei um deles num impulso e olhei nos seus olhos.
— Não o machuque!
— Pelo jeito não sou a única aqui com truques, mas ao menos tenho níveis mais elevados, já que não lido com carniceiros.
— Já chega, não tem calma que resista...
Um forte vento começou a soprar e os corvos começaram a voar rapidamente a sua volta. Não conseguia mais vê-la, mas percebi que ela estava ali de alguma forma. Senti que eles estavam prestes a me atacar, então decidi jogar.
— Então é assim, não? Vamos ver o que sabe fazer.
Os corvos vieram como lanças e eu comecei a correr entre as árvores. Eram muito rápidos e conseguiam ver todos os meus movimentos, então corri para a floresta tentando uma vantagem. Não conseguia espaço para me esconder ou encontrar um ponto vulnerável no centro deles, então me esvaneci como fios de sombra e flui entre as copas das árvores, mas eles continuavam caçando como se enxergassem na mais densa escuridão. Decidi reunir tudo e fragmentar como vários lobos de sombras. Espalhei todos pela floresta e continuei, conseguindo distraí-los por um tempo.
Relaxei um pouco ao chegar perto do rio. Bebi um pouco d’água e vi dois pares de olhos vermelhos no reflexo turvo do rio. Voltei a correr, mas estava bem perto.
— Eu conheço todos os seus truques, Andrea, não vai escapar de mim.
— Admito que conhece alguns, mas não resistiu ao melhor deles: Fazer você se apaixonar por mim.
— ENTÃO FOI APENAS UM TRUQUE?!
Alexa se atirou contra mim com todo seu poder e me atirou para longe. Acabei me arrastando em um terreno pedregoso e rasguei toda a minha roupa, ficando parcialmente despida. Eu estava bêbada e muito cansada, além de não haver motivos para resistir, sei que não queria me machucar de verdade. Permaneci deitada até que ela voltou a si e se aproximou faiscando de ódio. Olhei para sua expressão e sorri, ficava ainda mais linda quando estava com raiva. Fechei os olhos tranquilamente e murmurei:
— Foi você quem disse que só consigo as coisas assim...
Ela ergueu a mão e me preparei para o impacto, mas abri os olhos sem compreender o motivo de não ter apanhado ainda.
— Andrea... O que aconteceu com você?
Com as roupas rasgadas, todas as marcas que surgiram após eu ser atacada por uma necromante na missão ficaram à mostra. Pareciam raízes sombrias que iam crescendo e se alimentando da minha energia, mas passei a não sentir mais os efeitos com o tempo, então me não importei. Só que sabia que Alexa ficaria preocupada desnecessariamente com aquilo, por isso quis dar um tempo até conseguir fazer curar ou desaparecer para tomá-la nos meus braços. Ajoelhada ao meu lado, começou a rasgar mais ainda as minhas roupas como se procurasse por algo.
— Ei... Quanto desejo, hein? Vai ser aqui mesmo?
— Deixa de gracinha! Quem ou o que fez isso com você?
— Uma maga me jogou uma maldição quando eu destruí seu laboratório. Era um lugar macabro, cheio de cadáveres e membros de recém nascidos...
— Quando isso aconteceu?
— Há um mês, eu acho...
— Era para você ter morrido!
— Sou maravilhosa demais para isso, nenhuma praga conseguiria lidar com todo meu esplendor...
— Andrea, para! Venha, vamos para o castelo, preciso cuidar de você.
— Espera, antes preciso fazer uma coisa.
— O que pode ser mais importante que isso?!
A puxei pela cintura e a beijei intensamente. Ela correspondeu e ficamos ali por vários minutos e nem lembrávamos mais como havíamos chegado ali...
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wangshurp · 4 years ago
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Im Haneul
@wgs_haneul FACECLAIM: Jung Chaeyeon, DATA DE NASCIMENTO E IDADE: 14 de julho de 1997 / 24 anos (incompletos), NACIONALIDADE: Nativa de Wangshu. ETNIA: Coreana. GÊNERO: Feminino. ORIENTAÇÃO SEXUAL: Bissexual. ATIVIDADE: Cuidadora no Paws 4 free e Graduanda em Medicina Veterinária na Universidade de Wangshu. LOCALIZAÇÃO: Wanzai. TEMAS DE INTERESSE: Angst; Crack; Fluff; General; Romance; Smut. TRIGGERS: Violência doméstica e violência contra animais.
PERSONALIDADE: 
Apesar de tudo o que havia passado, a simpatia e os sorrisos fáceis e genuínos, tão característicos de Haneul, nunca a deixaram de fato. Ela é uma pessoa tranquila e atenciosa; tem facilidade para conversar com qualquer um, sobre a maioria dos assuntos e, até certo ponto, gosta de estar rodeada de pessoas — é fácil se aproximar da, sempre tão prestativa, cuidadora de animais. Ela tem, ainda, uma veia ambiciosa e organizada, que sonha e planeja meios para realizar esses sonhos.  No entanto, Haneul também é extremamente insegura e esse traço de sua personalidade acabou tendo um impacto negativo na sua vida: é difícil para ela impor limites, tanto para si mesma quanto para os outros, e a autocrítica é uma constante na sua rotina. Saber dizer “não” é o seu verdadeiro desafio diário, e ela se cobra bastante quando não pode atender às expectativas de outras pessoas. Além disso, seu perfeccionismo exagerado, por vezes, se torna um problema pois ela tende a deixar certas atividades inacabadas quando se sente incapaz de completá-las - coisa que acontece com uma frequência não saudável. No final das contas, essas são questões a serem trabalhadas nas sessões de terapia; por isso, Haneul faz o possível para sempre apresentar sua melhor versão - porque pensa que, assim, as pessoas não vão rejeitá-la quando, inevitavelmente, conhecerem a pior.
JUSTIFICATIVA: [tw: gordofobia, bullying]
Haneul sentia que todas as suas memórias estavam ligadas, de alguma forma, à Wangshu. As primeiras cenas que vinham à mente quando ela pensava na infância eram das tardes intermináveis que ela passava junto à mãe com os pézinhos afundados na areia das praias de Shajing Bay, ou os pôres do sol tão belos que Old Town proporcionava, e até mesmo do ritmo rápido e frenético de Downtown, bairro onde morou por boa parte de sua vida. Era quase como se a cidade fosse um de seus traços definidores e ela nunca cogitou deixar o lugar e suas belezas para trás. Nem teria motivo para isso, se a vida tivesse seguido os rumos que ela desejava.
No entanto, se a infância estava recheada de lembranças queridas, o começo da adolescência pareceu chegar como um furacão para bagunçar a vida da garota. Não importava o quanto seus pais tentassem protegê-la, não importava o amor ou excelente condição financeira da família. Céus, mesmo as paisagens tão belas e tão apaixonantes de Wangshu já não faziam diferença... Nada disso parecia compensar o terror que o ensino fundamental trouxe à vida de Haneul. Isso porque, a despeito da sua bondade quase ingênua - ou talvez justamente por conta dela -, a garota se tornou o alvo de bullying de seus colegas de classe. As coisas começaram pequenininhas: um comentário maldoso aqui, uma risadinha ali, um empurrão despretensioso acolá. E Haneul não entendia o que é que havia feito para aquelas crianças — porque, afinal, ela não havia feito nada. Estar acima do peso foi o seu único erro.
Não demorou muito para que ela entendesse que a sua aparência era o motivo por detrás de todas as brincadeiras incessantes dos colegas. “Brincadeiras”, era assim que eles chamavam. Foi uma brincadeira jogarem seu lanche no lixo diversas vezes; foi só uma gracinha ameaçarem cortar o seu cabelo; foi apenas um joguinho terem colado fotos de seu rosto em animais grandes e espalharem impressões dessas montagens pela escola. “Coisa de criança”, dissera a diretora, com um sorriso despreocupado nos lábios, quando a mãe de Haneul, furiosa, apareceu na porta do colégio para demandar que algo fosse feito a fim de proteger a integridade da filha dentro da instituição.
Haneul perdeu o seu brilho. Ela já não voltava para casa com o mesmo ânimo, pronta para compartilhar com os pais como havia sido seu dia. O silêncio e o olhar distante pareciam ser as únicas coisas que ela era capaz de oferecer e foi nesse delicado momento que as sessões de terapia surgiram em sua vida. Elas ajudaram um pouco, é claro, mas ainda não eram suficientes já que a garota continuava a lidar, todos os dias, com as mesmas crianças que conseguiram quebrá-la. Por mais que sua família e seus poucos amigos ajudassem e insistissem que não havia nada de errado com ela, era difícil para ela acreditar.
Foi então que seu pai sugeriu que ela completasse seus estudos na Coreia do Sul. Era longe o suficiente para que ela se afastasse dessas memórias ruins, mas perto o suficiente para que pudessem estar sempre juntos. Relutantemente, Haneul aceitou. Deixar Wangshu foi difícil e libertador ao mesmo tempo. Aquela cidade havia sido o seu mundo, mas Haneul descobriu que, na verdade, o mundo era bem maior que a ilha paradisíaca. Foi simplesmente natural para a menina aprender a desabrochar novamente naqueles anos do ensino médio. Os novos ares, as novas companhias e a todas as novas possibilidades significaram um novo começo para Haneul. Mesmo as sessões de terapia agora pareciam mais eficazes, e ela sentia-se cada vez mais em contato consigo mesma.
Claro que as suas inseguranças nunca foram totalmente curadas. Principalmente nessa idade, onde todos começavam a explorar a vida amorosa, Haneul ainda sentia-se inadequada - e odiava essa sensação. Ela também fora exposta ao esmagador padrão de beleza tantas vezes que, mesmo que aquela não fosse sua intenção inicial, acabou emagrecendo numa tentativa de se encaixar. Agora ela fazia parte do grupo e não se destacava por ser diferente: e, se isso não a deixou completamente satisfeita, pelo menos lhe deu paz por algum tempo.
Sua formatura no ensino médio veio acompanhada de uma decisão importante. Ela precisava decidir se faria faculdade em Seoul, ou se voltaria para Wangshu. Essencialmente, a escolha era esta: começar uma vida nova, independente, na cidade que a havia acolhido, ou voltar pro lugar onde havia nascido e onde todas as suas coisas mais queridas estavam, mas que trazia tantas memórias ruins. Haneul escolheu voltar. Wangshu era o seu lugar, a cidade onde havia nascido, onde havia criado suas raízes. Ela já não era mais uma criança ingênua; não era mais um alvo: era forte o suficiente para encarar as suas dores de frente. Além disso, também, Haneul era inegavelmente a queridinha dos pais e não conseguia ficar longe da família por muito tempo - mas essa parte ela escondida a sete chaves.
PRESENTE: 
O período que compreendia o momento em que a garota voltara para a casa até o presente era um verdadeiro borrão para Haneul. As preocupações com carreira e futuro ocuparam a maior parte do seu tempo e ela acabou usando até os momentos livres para estudar a fim de conquistar sua vaga na Universidade de Wangshu. No final das contas, ela conseguiu ingressar no curso de Medicina Veterinária; sua primeira opção. Entrar na universidade foi mais um marco importante na vida de Haneul: foi só então que ela compreendeu sua sexualidade, fez as pazes com os seus demônios e assumiu suas primeiras responsabilidades reais. A vida adulta bateu na porta, e era como um soco no estômago, mas também trazia consigo a tão sonhada sensação de liberdade. Junto ao curso, vieram também o primeiro emprego, as primeiras contas e, com a ajuda indispensável dos pais, o primeiro apartamento em Wanzai (pequenininho, mas aconchegante e, principalmente, só dela). Considerando seu padrão de vida, morar em Wanzai poderia até parecer um downgrade, mas Haneul não via assim: era simplesmente mais uma parte do caminho. E ela estava feliz. Feliz no lugar que mais amava no mundo.
DESEJOS: 
Haneul tem muitas ambições para o futuro. A primeira delas, claro, é concluir a faculdade. O diploma é uma das coisas mais importantes no futuro visível da mulher, e isso porque ela está decidida a continuar no meio acadêmico para se tornar uma professora universitária, assim como seu pai. Ela deseja ingressar no mestrado logo após a formatura e, talvez, conseguir alugar um lugar em um bairro um pouco mais confortável — com o tempo, Haneul aprendeu a amar Wanzai; mas sonha em voltar para Downtown ou talvez mudar-se para Jumunjin. Além disso, um de seus desejos mais secretos é abrir sua própria clínica veterinária; mas isso, ela sabe, ainda deve demorar alguns anos. No momento, a curto prazo o que ela tem em mente é estudar para a próxima prova, pagar as contas em dia e, quem sabe, arrumar alguém para dividir as cobertas em dias frios.
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rolfs90 · 5 years ago
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Sardas na Neve
A neve caía solene sobre as árvores. O cervo comia o pouco que restava da vegetação praticamente toda tomada pelo gelo. Com as orelhas em pé, parecia estar em alerta. Tudo estava tão calmo que mesmo distante era possível ouvir o mastigar da caça. Mithra encostou a ponta da flecha nos lábios como sempre fazia para ter sorte e lentamente a colocou no arco e na mira. Prendeu a respiração e soltou a flecha torcendo pelo melhor. Ela teria acertado em cheio se o cervo não tivesse saído do lugar pouco antes do impacto. A flecha cravou no tronco de uma das árvores adiante assustando o jantar que correu floresta adentro. Tyhra foi atrás correndo a toda velocidade, mas ela sabia que ele não o alcançaria. O tigre gigante era pesado demais para caçar em uma camada de neve tão profunda. - Hahahaha! — Uma gargalhada ecoou por entre as árvores. - Quem está aí? — perguntou Mithra. Do alto de um dos pinheiros, um homem descia com muita destreza. Ele usava vestes cinzas que aparentavam ser peles de lobo e portava uma besta nas costas e uma espada na bainha. Quando este se virou viu a flecha de Mithra apontada para si, o seu sorriso escárnio desapareceu de imediato… por um ou dois segundos. - Você estava na posição certa em relação ao vento. Nem você e nem o tigre fizeram barulho ao se aproximar. Mas esqueceu de uma coisa importante. - Quem é você? - Kray, do clã Icestone ao norte. - É melhor se afastar, Kray. Seu clã não é bem vindo aqui. — disse Mithra com sua arma apontada para aquele homem. - A audição desses animais é incrível. Quando voce atira uma flecha eles podem ouvir o assovio dela vindo em sua direção. Na grande maioria das vezes, não há tempo de reação. Mas quando está nevando, escutam o estilhaçar de pequenos flocos de neve atingidos pela flecha no caminho. Ainda sim, só alguns cervos tem a capacidade de reação. E para o seu azar, o cervo que está fazendo seu tigre gigante comer neve tem uma grande percepção e um grande poder de reação. Agora sua caçada ficou mais difícil. A noite está chegando e uma tempestade pode acontecer a qualquer momento. - O clã de Icestone não costuma ter esse tipo de falastrão. E nem o tipo de idiota que brinca tão facilmente com a morte. - Eu perdoarei a ameaça e a ofensa por hora. Deixe me ver… — olhou a de cima abaixo — cabelos ruivos, sardas no rosto… Já sei! Você é de Gloverwolf, provavelmente parente próxima de Willy Queijo. - É Willy Whitecraft, imbecil. Aquele mesmo que derrotou o seu clã quando tentaram invadir nossas terras. Matar Icestones está no meu sangue. - Willy Queijo-Podre contou a você a história de quando foi nosso prisioneiro? Nem os pés do próprio demônio em pessoa poderia feder tanto quanto os deles depois que cortamos os dedos. HA! - Você terá cheiro de comida de corvo se não se virar para as montanhas e seguir seu caminho agora mesmo. - Devo lhe dizer, senhorita — dizia ele enquanto dava um ou dois passos para trás — Que o clã Icestone é conhecido por assaltos e saques hediondos. O próprio rei Berry já colocou a nossa cabeça a prêmio, caso uma caipira como você não saiba. Ele reconhece que somos astutos e perigosos, mas não somos ruins como um todo. As histórias assombrosas que você ouviu são lendas de eras passadas. Fábulas esquecidas de quando o sangue era a unica moeda de troca que tinhamos no norte. Acontece, moça, que assim como você, eu saí em busca de alimento para a minha casa há três dias e a única coisa que encontrei além de neve, lagos congelados, árvores infrutíferas e lobos famintos foi um belo e gordo cervo. E quando eu estava prestes a pegá-lo e rasgar seu pescoço com meus próprios dentes, tamanha a fome que estou, você aparece com um tigre gigante e o afugenta. E mesmo assim… senhorita, eu serei cortês em aconselha-la a se virar para o lugar de onde veio, seguir em frente e ME deixar em paz. - A sua guerra já acabou, Kray. E nela você foi derrotado. Você não tem o direito de andar por estas terras e tão pouco de reivindicar alguma caça por aqui. Uma nova guerra pode começar se eu voltar para casa agora e relatar a sua invasão. - E o que o velho Willy iria poder fazer nesse caso? O golpe de sua espada me deixou mal por alguns dias, mas garanto que a minha adaga fez nele um serviço permanente. A essa altura ele ainda deve sentir a mesma dor de sempre todos os dias. - Pode apostar que você cairia novamente. - O que uma garotinha como você sabe sobre a guerra? Não consegue nem mesmo derrotar um cervo e quer intimidar alguém como eu? - Você parece estar muito seguro para quem tem uma flecha apontada para a sua testa. - Eu tenho? — Kray perguntou. Neste momento Mithra foi agarrada por trás. O seu arco caiu no chão e a flecha disparada caiu dois metros a frente. Kray se aproximou e tomou o seu arco e apontou para ela. Quem a agarrava a soltou e a deixou caída na neve e se juntou a Kray. Mithra estava na mira de Kray que agora estava acompanhado de uma velha mulher dos cabelos emaranhados e sujos. Ela sorria revelando os escassos dentes na boca. - Mais uma lição a ser aprendida, sardenta — disse ela com a voz que só uma velha bruxa poderia ter. — Nunca esqueça a retaguarda. - Sabe o que eu costumo fazer com garotinhas como você, ruiva? Até agora eu agi em respeito a Willy, mas agora você não vai escapar impune. Terá o que merece. Ela só o encarava no fundo dos olhos. - Segure o arco, Lirck. Se ela tentar alguma gracinha terei de terminar com ela morta mesmo. Lirck segurou o arco mirando Mithra sempre mantendo o seu sorriso vazio de dentes. Kray afrouxava suas roupas e se aproximava. Mithra se arrastou para trás sentindo o toque frio da neve. - Sabe. Antes de conhecê-lo eu acreditava que você fosse um grande guerreiro. Um inimigo no qual valeria perder algum tempo. As histórias de guerra são sempre assim. - Cale a boca, sua putinha. Enquanto ele se aproximava, Mithra começou a rir. - Ah, você está gostando não é? - Não acredito que você esqueceu… — ela disse. - O que? O TIGRE?! Quando olhou para trás já era tarde para qualquer coisa. Tyrha estava no ar, na direção do pescoço de Lirck. Em um instante, ele já havia deixado seu corpo estrebuchando na neve enquanto os guinchos de sangue saiam de sua garganta. Kray caiu de joelhos e se tremia todo. - Faça ele parar, ruiva. — ele pediu a Mithra - Eu realmente acreditei que você fosse mais inteligente, velho imundo. Tyrha dava mais um passo. - Eu só queria assustá-la. Eu só queria caçar. - E agora veja, você é a caça. Tyrha chegou ainda mais perto dele com os dentes a mostra. - Me perdoe, eu nunca iria… - Agora você não vai escapar impune. Terá o que merece. Tyrha parou exatamente a frente de Kray e rugiu vendo-o se retesar. - Por favor. Por Deus, pelas Santas dos mosteiros, pelos dragões que guardam a fúria das montanhas. - Pelas garotinhas que já te conheceram… - Pela Deusa Mãe, rainha da misericórdia. - TYRHA! — ela fez sua voz ecoar pela vastidão gélida — DESTROCE! Para os ouvidos aguçados de Mithra, os gritos de um homem ao se deparar com a própria morte nunca foram tão doces. Assim, os corpos foram deixados para trás… - Que os demônios os arrastem para o mais profundo dos infernos. Adiante, o cervo se encontrava morto. Na sua garganta a marca dos dentes de Tyrha. O jantar estava garantido. Os monstros estavam mortos. - Você lutou bem, garota. — Disse ela enquanto montava na tigresa. Ao subirem os montes, ela olhou para trás onde jaziam os corpos dos fora-da-lei e notou que as manchas de sangue faziam pensar que haviam sardas na neve.
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yankeenetflixlover · 6 years ago
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Querido Thomas
Eu queria escrever uma carta para que pudesse ler no futuro, poder entender o que sinto no momento que escrevo, então farei isso com frequência.
Eu não fui na aula hoje. De novo. Eu tenho faltado muita aula, parece que tenho aversão à faculdade. Eu gosto do que estudo, mas me sinto agoniada ao estar lá. Fico extremamente ansiosa e acabo não conseguindo focar, então eu falto.
Eu prefiro ficar em casa, sabe? Me traz um certo conforto. Porém, por mais que seja difícil, tenho que sair dessa minha zona de conforto. Eu tenho que sair deste meu casulinho que chamo de casa.
Hoje pelo menos foi um dia produtivo Thomas, não fiquei no celular o dia inteiro ou vendo série até não aguentar mais. Eu estudei! E por mais que estivesse chato, eu entendi o que estudei pois foi algo que fiz com calma e com concentração.
Não tive tantos pensamentos hoje, os meus demônios me deixaram em paz durante o dia. O problema é quando chega a noite.
Ontem fiquei acordada até 2 horas da manhã pensando em que maneiras eu poderia me machucar a ponto de ser internada:
Opção a)”cair” da escada. Boa ideia, mas eu posso quebrar o pescoço e morrer ou posso só quebrar a perna. Melhor não.
Opção b) tentar uma overdose. Não para me matar, mas para ficar grogue e ter que ser levada ao hospital com urgência. Achei melhor não, não quero decepcionar minha mãe (tenho problema com remédio).
Opção c) me esfaquear. Pois é, pensei nisso. Não tenho coragem para esse tipo de coisa então logo descartei.
E foi nisso que a minha cabecinha ficou pensando.
Pelo menos pude descansar quando cheguei em casa. Durante o dia eu não fiz muito, mas estou muito feliz por ter estudado. Para uma pessoa com depressão, esses pequenos detalhes fazem a diferença, sabe? Ela, minha depressão, tem sua própria personalidade, por isso à nomeei de Debby.
Debby sempre tenta me desmotivar, me desanimar, falar que não sou boa o suficiente em nada, por isso não a vale a pena tentar. Quando quero estudar, ela diz que não faz sentido estudar, se não tem nem sentido em viver.
Às vezes ela também fala coisas ruins e negativas, quando vou sair. Por isso não saio muito, Debby sempre me deixa desmotivada. Ela me deixa mais tranquila em casa, mas ainda diz coisas negativas para mim em momentos aleatórios.
Eu já te falei do Andy? Ele é responsável pelo meus pensamentos ansiosos. Ele que fala coisas do tipo “tem certeza que fechou tudo” ou “Você já pensou no que falar com o seu médico” e o pior “e se ninguém gostar de você?”. Ele me deixa bastante ansiosa, às vezes me deixa ao ponto de ter um ataque de pânico.
Debby e Andy são meus companheiros faz um ano, eu estava me adaptando bem aos dois, mas Andy decidiu ficar de gracinha ultimamente. De qualquer maneira sei que vou conseguir o confrontar.
Bem acho que é só isso, por enquanto. Te manterei atualizado Thomas, obrigada por me ouvir.
Ps: espero conseguir dormir melhor esta noite
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