#educação rural
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olaitapetininga · 10 days ago
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Escolas rurais de Itapetininga, Itapeva e Limeira recebem salas de leitura e espaços de convivência
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portaltributario · 8 months ago
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PPP e Outras Normas Previdenciárias São Alteradas
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ribeisp · 8 months ago
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Desafios da Mão de Obra Qualificada na Safra 24/25 da Cana-de-Açúcar
Desafios da Mão de Obra Qualificada na Safra 24/25 da Cana-de-Açúcar A indústria da cana-de-açúcar no Brasil enfrenta uma série de desafios na produção, sendo a escassez de mão de obra qualificada um dos problemas mais prementes. Com a chegada da safra 24/25, essa questão ganha ainda mais destaque, colocando em evidência a necessidade urgente de encontrar soluções para garantir a eficiência e a…
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delgadomkt · 1 year ago
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Favaro afirma que revolução no agro deve acontecer pela Educação
Após visita a Cuiabá durante a Expoagro, Ministro Carlos Favaro reconheceu o trabalho desenvolvido pelo Sindicato Rural da capital, com a criação do Centro de Desenvolvimento e Difusão de Conhecimento. “A revolução deve acontecer pela Educação“, afirmou Favaro. Na última segunda-feira(10), durante a cerimônia de abertura da 55ª Expoagro, que contou com a presença do Ministro da Agricultura e…
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hwares · 5 months ago
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#002 | AS VOZES DA SUA CABEÇA: um guia para vozes de personagem ✦ ⁎
Hala, hala forasteiros! Tempos atrás recebi a seguinte mensagem:
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Demorei para responder porque não somente precisava pensar e elaborar com cuidado, mas a vida fora da internet entrou no caminho. Mas consegui tirar um tempinho para pensar sobre e escrever um guia. 
Admito que esse é um assunto curioso pra mim, também! Já tentei de muitas maneiras mudar as vozes dos meus personagens e não sei dizer se sucedi em alguma. Então, irei fazer um compilado de dicas que coletei ao longo dos anos e adicionar algumas observações! Vou tentar trazer alguns exemplos, também. Antes de começarmos com o guia, precisamos esclarecer dois pontos muito importantes.
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DISCLAIMER | Essas são somente as minhas opiniões. Não estou tentando ditar regras sobre como as pessoas devem escrever ou jogar roleplay. Tampouco tentando me colocar como autoridade ou expert no assunto. Estas são apenas minhas opiniões e inferências sobre o assunto. Todos são mais que bem vindes para colaborar ou discordar por replies, reblogs e asks (com educação)! 
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01. O QUE É VOZ DE PERSONAGEM, HWA?
De maneira básica, a voz da personagem é a personalidade dela. É como aquela personagem se apresenta e se define dentro duma obra ou, no nosso caso, um turno. 
Pensa que você está em um cômodo com um seus amigos, as luzes estão apagadas e uma bruxa enfeitiçou todo mundo para ficar com aquela voz distorcida de testemunha na televisão: como você distinguiria cada um? 
Provavelmente através dos vícios de linguagem (né, hum, tipo…); o uso ou não uso de determinadas palavras e gírias; a entonação; por vezes até a respiração! Tudo isso e tantos outros definem a ‘voz’ das pessoas e, também, das personagens!
Mas é preciso que saibamos a diferença entre a nossa voz enquanto autor da voz da nossa personagem. 
A voz de autor está ligada a estrutura das sentenças, se você é mais descritivo(a/e) ou não, se escreve turnos longos ou pequenos, etc. Cada autor possui sua própria voz — ou, como chamamos comumente, estilo. 
A voz da personagem está ligada com as características de fala e comportamento de cada personagem. Ou seja, se a personagem usa gírias ou não, palavras sofisticadas ou não, se gesticula enquanto fala, etc. Essas coisas são definidas conforme você desenvolve a personagem, estando intrinsecamente conectadas com a história/personalidade dela.
02. PROSSIGA COM CUIDADO, OS ESTERIÓTIPOS!
O segundo ponto importante é o seguinte: quando falamos de voz de personagem, precisamos nos atentar aos estereótipos. 
Há uma linha finíssima entre fazermos associações comuns e inocentes devido a certos detalhes que nossas personagens possuem e cometermos um crime de ódio. Por isso, é necessário atentar-se ao que você escolhe atribuir e pensar no porquê — e principalmente, se é necessário. 
Eu recomendaria afastar-se de estereótipos, contudo, eles não são necessariamente ruins; mas você precisa ter sensibilidade e cuidado ao usá-los. Como assim? 
O Chico Bento, por exemplo. Sendo um personagem da zona rural, ele possui uma fala bem característica / estereotipada de alguém que você associaria ao interior (meu r é igualzinho ao dele, a famosa poRRta). Isso é ruim? Não! O Chico é um ótimo personagem para se ensinar sobre as variações linguísticas brasileiras. E, no caso, ele aparece como uma representação de um tipo de família e criança interiorana — mas é importante destacar que somente funciona pelo Chico Bento ser um personagem bem escrito, e há toda uma sensibilidade na construção dele. Não somente faz sentido ele falar como fala, mas em nenhum momento a sua pessoa é tratada com desrespeito em sua caracterização. Nós não rimos do Chico por ser caipira, nós rimos das situações, da história. E mais de uma vez, o Maurício usou os quadrinhos para dar lições importantíssimas sobre o preconceito linguístico.
Isso não é uma desculpa, porém, para você abusar de esteriótipos ou irá criar uma caricatura. Nem tudo o que você atribuir ao seu personagem precisa de uma razão ou justificativa; mas isso vale para coisas como gostar de chocolate ou desgostar do cheiro de peônias. Se estamos nos referindo a características que podem ser interpretadas como estereótipos, especialmente estereótipos ruins, nós precisamos sim de uma boa razão: se não houvesse uma construção de personagem por trás do Chico Bento, ele poderia muito facilmente ter se tornado uma caricatura. Quando criamos personagens — e principalmente, que são diferentes de nós — precisamos ir atrás de pesquisar o que é ou não considerado um esteriótipo ruim, entender questões culturais e sociais antes de sairmos emprestando coisas. 
Lembre-se: criação de personagem e voz de personagem andam de mãos dadas. Não dá para ter um, sem o outro. Por isso, é necessário prestarmos atenção e fazermos uma boa pesquisa antes de sairmos associando comportamentos porque pode, sim, resultar em algo ofensivo. 
Cientes disso, por fim, vamos às dicas!
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VOZ DE PERSONAGEM
Agora, vamos desmistificar o maior mito: 
Voz de personagem não é diálogo. 
Tudo o que escrevemos como o personagem é a voz dele — é por isso que a voz da personagem está intrinsecamente relacionado com a construção e desenvolvimento dela. E, por isso, precisamos ter uma boa noção de quem a personagem é enquanto a estamos escrevendo. 
Uma boa comparação é pensarmos em atores: os melhores são aqueles que não só mudam a sua voz ou jeito de falar quando estão atuando, mas que se transformam numa outra pessoa. Não dizemos, de vez em quando, algo como “nossa, eu nem reconheci esse ator daquela série! Está tão diferente!”? Ou, outras vezes, “ai, esse ator é sempre a mesma coisa em todo papel!”? Pois bem, a voz de personagem é a mesma coisa. 
Precisamos lembrar que escrita é interpretação — da nossa parte, como escritores, e da parte de nossos partners que irão ler. Não podemos subtrair a maneira como as pessoas vão ler e compreender nossos turnos de como escrevemos eles: e é por isso que voz de personagem, para funcionar, tem que ir além do diálogo. Precisamos deixar descrições, informações… coisas que irão compor a imagem e personalidade da nossa personagem na cabeça de nossos partners. 
Sendo assim, a voz da personagem requer um esforço e atenção maior na escrita. Às vezes escrevemos coisas em turnos e histórias sem pensarmos muito; ou pelo contrário, passamos várias horas procurando algo em específico para colocar quando não ter uma especifidade poderia ser muito mais interessante. Mas como assim? 
Quando pensamos em voz de personagem, precisamos nos atentar na nossa escrita como um todo: precisamos enxergar nosso turno, por inteiro, como a visão da personagem. 
Não adianta meu personagem x e meu personagem y terem diálogos bem distintos, mas escrever o resto igualzinho! 
Pense que nós, como seres humanos, possuímos vivências diferentes. Mesmo irmãos sob o mesmo teto podem ter experiências únicas com seus pais — nós pensamos diferentes uns dos outros, possuímos valores e crenças diferentes. Que, claro, podemos compartilhar uns com os outros, mas o ponto é que temos individualidade. E como mostramos isso? Através de como nos vestimos, como gesticulamos, como falamos, o que postamos ou não nas nossas redes sociais, o que pensamos etc. 
E é isso que compõe a nossa voz — ou, em outras palavras, a personalidade. 
Lembrem-se: a personagem só existe na página. Mesmo que exista um faceclaim, páginas de inspiração e coisas assim, a personagem só existe, de fato, no turno. Na escrita. Se nós não atribuirmos personalidade para ela enquanto escrevemos, ela não tem como ter uma voz. 
Nós, como seres humanos, temos a vantagem que existimos indepdendente de alguém estar nos vendo ou não. E, quando encontramos outras pessoas, elas estão nos assistindo e observando cada detalhe de como agimos; e o mesmo serve para nós, vendo outro ser humano.
Personagens em um turno não possuem essa vantagem. Se nós não escrevermos o que estão fazendo, observando, sentindo ou percebendo, simplesmente não há como saber.
Mas eu acho mais fácil explicar por exemplos!
Então vamos lá atrás do grupo de forasteiros que habitam esse blog! Hoje serão dois exemplos! O primeiro contará com 02 personagens (Hoyun e Nas) e o segundo com outros 02 (Young e Sang). 
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(*) Novamente, esses exemplos foram todos escritos por mim para este guia! Dessa maneira, perdão se não estiverem super bem escritos! O meu foco com esses trechos é sempre tentar exemplificar o máximo possível, mais do que “qualidade”. Mas a gente vai tentando, né?
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EXEMPLO #001
Primeiro, vou dar uma breve descrição das personagens para essa cena (que se passará na Coreia Antiga/um período não especificado da dinastia Joseon): 
Hoyun, mercenário e caçador de recompensas em Hanyang. Ninguém sabe, ao certo, sobre seu passado, mas rumores dizem que serviu ao Rei como seu guarda pessoal por anos antes de ser demitido e colocado numa lista de procurados. 
Nas, mercenário e caçador de recompensas em Hanyang. Filho de um açougueiro, cresceu como um “intocável” (baekjeong) num vilarejo ao sul da capital. Entretanto, no começo de sua adolescência, caiu nas graças de nobres devido à sua boa aparência e serviços de mercenário, conseguindo sair do vilarejo após a execução de seu pai. 
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Os portões da residência ainda estavam escancarados quando chegaram. Ótimo, não chamaremos atenção. Naquele horário, criados deixavam as propriedades de seus senhores para enviar mensagens, despejar excretos de latrinas ou limpar os enormes pátios. Se precisassem chamar pela criadagem dos Choi para abrirem os portões, certamente olhos curiosos apareceriam por entre frestas das pedras dos muros vizinhos para observá-los — e, naquela tarde, era melhor que não houvesse rastros de sua visita.  Hoyun olhou por cima do ombro, se assegurando que estavam sozinhos na rua. Esperou duas garotinhas sumirem na esquina antes de direcionar sua atenção para Nas, parado ao seu lado. “Vamos,” desamarrou o leque de sua cintura e o abriu num único balançar de mão, “Nosso ganso dos ovos de ouro nos aguarda.”  De nariz erguido, cruzou um braço atrás das costas e passou pelo portão. Criados se moviam pelo pátio acendendo os candeeiros e varrendo as varandas. Do fundo da propriedade, o cheiro de temperos e carne adentrou suas narinas, causando seu estômago a roncar. Sua última refeição havia sido nas primeiras horas do dia, quando ainda estava na estalagem: um mingau melequento, aguado e desprovido de sabor. Fora o suficiente para sustentá-los durante a ‘aventura’ daquela manhã, mas uma ofensa para seu paladar. Passou a língua pelas gengivas em reflexo à memória, tentando afastar a sensação de que ainda havia arroz enfiado por entre os dentes.  Hoyun caminhou pelo pátio vagarosamente, admirando o canteiro colorido enquanto se abanava, aguardando alguém vir atendê-lo — era como os nobres se comportavam. Nunca oferecendo explicações ou justificativas; sempre aguardando que os viessem atender, que estivessem ao seu dispor. ‘É isso o que servos fazem, não é?’. Aquela voz debochada ressoou em sua mente, e sua mão se fechou num punho em suas costas. ‘Você morreria por mim, Hoyun?’. Não mais. “Como posso ajudá-los?” A súbita voz grossa e monótona do guarda pessoal de Hojong — Kyumin, se lembrou — o retirou de sua mente, as memórias se dispersando com a mesma rapidez que haviam aparecido.  Respirou fundo, então se virou para o guarda. “Estamos aqui para ver o Sr. Choi.” Hoyun ofereceu seu melhor sorriso para Kyumin, levantando seu gat para que o homem pudesse ver seu rosto. “Temos horário marcado.” Piscou.  Kyumin permaneceu com a mesma expressão de bosta, apenas assentindo com a cabeça antes de retornar para dentro da residência. O horário, em questão, era duas horas antes, mas sabia que Hojong não reclamaria uma vez que o passasse a informação que obtivera na estalagem: seria sua moeda de troca para conseguir o patrocínio que precisavam para quitar a escritura de servidão de Sang. Então estaremos livres. Por fim, deixariam o passado para trás, e toda aquela porcaria de títulos e status. Uma vez em Jeju, começariam do zero. “Você gosta de laranjas, Nas?” Reabriu o leque, abanando-o contra a própria face. “Ouvi dizer que Jeju é cheio delas.”
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Quanto mais se aproximavam da casa de Hojong, mais guardas caminhavam pelas ruas. Em pares e sozinhos, a mão firme em suas bainhas e os olhos atentos. Ali, estavam mais próximos do palácio, o que significava que qualquer perturbação ocasionaria em dez ou mais guardas se aglomerando para investigar. Precisavam ser cuidadosos, não levantar suspeitas. Nas os cumprimentava com um breve aceno de cabeça e um sorriso, as mãos caídas ao lado de seu corpo, pronto para sacar sua adaga se precisasse. Ou sua pistola, se muito necessário.   Parou ao lado de Hoyun, rapidamente inspecionando a área com os olhos. Duas garotinhas caminhavam em direção ao bosque, cada uma segurando um balde de madeira. Pelas roupas, eram filhas de criados indo buscar água para o jantar. Não conseguiu conter um pequeno sorriso, lembrando de sua própria infância indo à beira do rio buscar água para as sopas de coelho de sua mãe. Retornou sua atenção a Hoyun quando esse falou, assentindo com a cabeça antes de segui-lo para dentro.  Assim que pisaram no pátio, o denso aroma da carne bovina cozida com molho de soja e gergelim o envolveu num morno abraço. Uma carninha para o jantar cairia bem, uma vez que haviam ficado sem almoço. Umedeceu os lábios, e estava prestes a sussurrar para Hoyun sugestões para a refeição daquela noite quando notou a figura de Kyumin se aproximando.   Nas imitou a postura do amigo, cruzando os braços atrás das costa. Embora mais desajeitadamente, precisando de duas tentativas para dobrar adequadamente os braços sem enroscar as mangas do dopo no galho atrás de si. Odiava usar aquelas roupas. As longas mangas de seda eram leves demais, o fazendo sentir como se estivesse com os braços pelado. Por outro lado, o gat com aquele cordão de contas era pesado demais; preferia os chapéus de palha que costumava usar na infância. Mas, obviamente, nunca poderia se vestir como um intócavel num lugar como aquele.  Suspirou, esfregando as contas coloridas entre seu polegar e indicador, sentindo a frieza do marfim enquanto Hoyun conversava com Kyumin. Quando o guarda se afastou, Nas olhou para o amigo, admirando como a seda enquadrava os ombros largos e retos; como caminhava com o peito estufado e queixo erguido usando aquelas roupas que custavam mais que sua escritura de servidão. Ao contrário dele, Hoyun nascera naquele meio, mesmo que não mais pertencesse nele. Fazia sentido, então, o amigo caminhar por aí cheio de confiança usando tecidos e acessórios caríssimos. Nas não era o mesmo.  Se sentia usando uma fantasia como os palhaços que performavam nos mercados, usando máscaras pintadas e imitando comicamente os trejeitos mesquinhos dos yangbans. Um mímico. Um impostor.  Balançou a cabeça, soltando o cordão.  “Tangerinas. Jeju é cheia de tangerinas.” Jeju, a ilha dos exilados. A conhecia bem. Todas as pessoas de seu vilarejo, cercada pelo mar, conheciam. Seu pai costumava trocar as carnes e ervas por lulas e baiacus com os pescadores, que o contavam histórias sobre como Jeju era tão diferente deles. Sobre como pessoas como eles não eram tão diferentes dos outros. “Mas é… gosto.” Disse, distraidamente, mexendo no cordão de seu dopo.   “Hoyun.” O chamou, incerto.  “Você acha mesmo que…” Franziu as sobrancelhas, levantando os olhos para encarar o amigo. “Não sei se deveríamos contar sobre ele pro Hojong.” Pensara sobre aquilo o dia inteiro. Sabia que aquela informação era valiosa, que era o que precisavam para sumirem daquele lugar. Mas não parecia certo. Nas não era o mais inteligente do grupo, sabia disso. Era os músculos, o que mantinha todos seguros. Mas não conseguia parar de pensar que havia algo errado naquilo tudo. “‘Cê não acha melhor esperar um pouco? Só até… não sei.”
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Escrevi um pouquinho mais para deixar mais visível algumas diferenças nas vozes. Vamos retormar: voz de personagem é sobre interpretação. Precisamos pensar na voz do personagem como a maneira que a gente quer que essa personagem seja interpretada. 
Como o Hoyun é alguém cujas pessoas não sabem muito, quis dar um ar mais misterioso para ele. Alguém confiante, um pouco descontraído, mas que guarda um segredo angustiante. O Nas, por outro lado, é um cara simples. 
Será que eu consegui? A verdade é que só vocês podem me dizer. 
Porque, no fim do dia, a gente não consegue controlar a interpretação que as pessoas vão ter de nossos personagens; a gente só pode apresentar elementos e tentar constituir uma cena que transpira essas percepções. Então vamos quebrar em partes:
Para o Hoyun, que cresceu entre a nobreza e serviu ao príncipe herdeiro (com quem tem um passado complicado), o fiz perceber os criados e os afazeres que ocorrem dentro de uma residência nobre. Para o Nas, que cresceu como um intocável (para aqueles que não sabem: a Coreia costumava funcionar num sistema de castas, os intocáveis era a última casta e eram compostas, entre outras coisas, por açougueiros, que viviam separados do resto da sociedade), não há qualquer razão para perceber os afazeres dos criados, ou sequer usar essa nomenclatura: distinguir as pessoas entre títulos é mais uma coisa de quem cresceu entre eles, na minha opinião. Para o Nas, que cuida da segurança de todo mundo no grupo, o mais importante eram os guardas. 
O Hoyun não consegue distinguir a comida específica que está sendo preparada, mas o Nas, filho de um açougueiro, obviamente o consegue. Além disso, enquanto Hoyun pensa na comida sem graça que comeu que, para ele, foi algo “marcante” e ruim sobre seu dia, Nas sequer se importou — somente pensou no que comeria depois. Nas cresceu com pouco, nem sempre comendo as melhores comidas; Hoyun, por outro lado, cresceu provando do melhor. 
O Hoyun não repara em como a vestimenta está, nem como ela cai em si, está acostumado a usá-las; Nas, por outro lado, fica incomodado com o simbolismo daquelas roupas, assim como o modo como elas ficam em si. 
Na lembrança de Hoyun sobre o príncipe, o monarca usa o termo “servo” em contraste com o “criado” de Hoyun. Foi uma maneira de destacar como o príncipe era arrogante; e mostrar como essa arrogância é um ponto de ressentimento de Hoyun. A conversa sobre títulos, sobre como os nobres demandam e esperam coisas — foram escolhas que fiz para mostrar que o Hoyun não se enxerga mais naquele meio, mesmo tendo crescido como um. 
Outro detalhe: Hoyun, que tem um conhecimento limitado de Jeju, usa o termo laranja enquanto Nas, que conhece muitíssimo bem sobre a ilha que é distante deles, sabe que são tangerinas a especialidade de Jeju. Eu, como quem escreve, poderia ter simplesmente deixado Hoyun dizer tangerina ou, até mesmo, bergamota. Mas… ele como personagem saber dizer não faria sentido.
Tentei, também, usar um linguajar mais simples durante o turno do Nas; para o Hoyun, contudo, fui um pouco mais metódico. 
São escolhas sutis. Mas cada coisa que escrevemos importa.
Lembre-se: a voz da personagem não é somente como ela fala. O que notamos ou não em um cômodo ou lugar, quais falas ou objetos nos remetem ao quê, nossas habilidades… tudo está relacionado com quem somos, nossa personalidade, nossa voz.
Se me colocarem num quarto cheio de itens de futebol, fotografias de jogadores e similares, só iria saber reconhecer os jogadores de +10 anos atrás — e, claro, saber o que é uma bola e um gol. Não gosto de futebol. O meu conhecimento é de quando minha mãe era ligadona nos times, e ficava me falando bastante do Kaká (eu tinha uma crush nele), Pato, Ronaldinho… enfim. Então, se eu fosse descrever um cômodo cheio de itens de futebol, sairia algo assim: 
“O cômodo estava cheio de retratos expondo os rostos sorridentes de jogadores os quais não reconhecia. João me disse que as decorações, exclusivas em azul e branco, eram a representação do time o qual aquele estádio pertencia, o qual também não sabia o nome; alguma coisa com G? Ou talvez um F.” 
Vamos ver o segundo exemplo. Dessa vez serão mais curtos, com mais dinamismo:
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EXEMPLO #002
Young, antes de sua mãe abrir um restaurante no pequeno vilarejo em que moravam, eram criados de uma família proeminente da região. Cresceu como qualquer outra criança pobre, servindo as vontades de seus senhores; e quando sua mãe adoeceu e faleceu, poucos anos após abrir o restaurante, se juntou a uma trupe.
Sang, o filho bastardo de um Lorde, o garoto cresceu numa casa de gisaengs — profissão que, em sua adolescência, foi obrigado a exercer. Atualmente, contudo, convive com o bando de mercenários que o salvaram de sua situação.
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Com um longo e alto suspiro, Young esticou os braços acima da cabeça. “Que tédio! Não aguento mais esperar.” Fungou. Apoiou os cotovelos no peitoral de madeira da enorme janela atrás de si, deitando a cabeça para trás. A vista de ponta cabeça era tão entediante quanto a normal. “Se eu fosse um nobre, plantaria várias azaleias no meu jardim. As roxas.” Juntou os lábios num bico, então, deixou a cabeça cair de volta para frente, olhando Sang do outro lado do cômodo. “Não vejo graça nessas plantinhas de lago.” 
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Fazendo uma breve reverência, Sang ofereceu um sorriso para a atendente ao deslizar a porta do cubículo no restaurante onde aguardavam por seus amigos. A mocinha deu uma breve olhada para Young atrás de si, mas retornou a olhá-lo quando, gentilmente, colocou as mãos sobre as dela. “Muito obrigado.” Disse pegando a bandeja das mãos delicadas dela, ignorando as reclamações e barulhos de Young — as bochechas dela enrubesceram e ela rapidamente fez uma reverência, permanecendo com a testa colada ao chão até Sang retornar a fechar a porta de hanji.  “Chū yū ní ér bù rǎn.” Recitou em mandarim conforme colocava a bandeja sobre a mesa, se recordando do ditado que aprendera anos antes. “São flores de lótus.” Prosseguiu a se sentar ao lado de Young, ajustando seu dopo para cair sobre seus joelhos em vez de dobrar sobre seu colo. “Eu gosto delas.”
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Quando as bochechas da atendente avermelharam, Young revirou os olhos, divertido. “Sempre o charmoso e irresistível.” Sorriu, enchendo o saco do amigo. “Me diga, Sang-ah. É difícil ser bonito assim? Hum? Constantemente cercado de garotas que não conseguem esconder a vergonha quando você as toca tão gentilmente.” Com as palavras, deslizou um dedo pelo braço de outrem, parando um pouco antes de atingir a manga do magnífico dopo de seda rosa. Então, o deu um leve peteleco no nariz. “Só lembre que não vou ajudar a cuidar de nenhum bebê.”  Levantou as sobrancelhas com as palavras dele. “Que porra você acabou de me chamar?” O deu um cutucão com o joelho, fingindo estar ofendido. “Yah, Sang. Você acha que pode me xingar em outra língua só porque eu não entendo?” Desencostando da parede, o mostrou a língua. “Acabo com você.” Murmurou com um bico. Young se encostou em Sang, apoiando seu peso contra o braço dele para poder olhar os doces que estavam na bandeja.   
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Tentou fingir que não estava prestando atenção no que Young dizia, se atentando a encher as xícaras com chá e dispondo os pratinhos com biscoitos e doces caramelizados de pêssego sobre a mesa. Se encolheu inteiro com os arrepios que lhe subiram o corpo com o toque do amigo. “Não vai mesmo, porque não vai ter nenhum bebê.” Revirou os olhos, bem-humorado, empurrando-o para longe de si.  Mordeu a língua, segurando o riso. “Crescer da lama imaculado. É um ditado, Young-ah.” Disse a última parte com o tom de quem consola uma criança, o canto de seus lábios se alargando num sorriso. “Lotus florescem na lama e continuam brancas, por isso representam nobreza. Resiliência. Pureza.” Explicou, balançando a cabeça positivamente para dar ênfase às palavras.  Você é tão bonito quanto essas flores, Sang. As palavras do general ressoaram em sua mente, e seus dedos tremeram vagamente com o fantasma do toque dele em sua nuca. “Por que azaleias?” Se apressou a perguntar, espantando as memórias. “Digo, são lindas. E bem perfumadas. Mas parece uma escolha específica.” 
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“Não sei, parecem caros.” Disse, dando de ombros. A madame Kim sempre usava roxo. Young se recordava de como o hanbok da mulher brilhava quando a luz do sol se debruçava sobre ele.  Quando finalmente quitaram o contrato de servitude e deixaram a residência dos Kim, um pouco após abrirem o restaurante, sua mãe comprara um tecido naquela mesma cor de azaleia. Não era tão brilhante quanto o da madame (o tecido não era o mesmo, ou algo assim), mas, em sua opinião, o sorriso da mãe quando o usava a deixava muito mais vezes mais radiante que madame Kim. Pegou um dos docinhos e enfiou na boca, murmurando um hmm com o sabor adocicado do recheio. “Porra, isso é muito bom.” 
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Dessa vez, meu foco estava em criar um constraste entre Young e Sang:
O primeiro, que cresceu pobre e como um criado, é muito mais despojado e solto. É afeituoso e gosta de brincar com seu amigo, não possuindo problema nenhum em cosntantemente tocá-lo. Também é simples, e gosta das coisas meramente porque elas o lembram outras — queria mostrar uma imagem de alguém que é carinhoso, um pouco bricalhão.
O segundo, que cresceu numa casa de gisaengs (cortesãs) e atuou como um por anos, é muito mais contido e refinado. Sang sabe mandarim, a língua dos nobres e grandes homens de Joseon; quais os tipos de doces que estão os sendo servidos. Ele, também, naturalmente começa a servi-los e é sensível ao contato constante de seu amigo — meu intuíto era mostrar alguém mais delicado e educado.
Novamente, somente vocês podem me dizer o quão efetivo foi. As características estão inscritas ali em diferentes maneiras. Talvez, se tivesse mais tempo para elaborar e escrever mais e mais "respostas" desses turnos, talvez conseguisse ir adicionando mais detalhes e pegando o jeito de cada um: porque, de verdade, não existe fórmula mágica para imediatamente termos a voz de uma personagem. Nós a desenvolvemos com o tempo, de pouquinho em pouquinho, a cada nova vez que escrevemos como ela.
Por isso precisamos ter uma boa noção de quem nossas personagem são e usarmos o turno inteiro para montar sua personalidade, sua voz. Somente assim seremos capazes de efetivamente interpretá-las — e, consequentemente, tê-las sendo interpretadas da maneira de queremos.
RESUMINDO…
A verdade é que não há uma fórmula para fazermos a voz da personagem. Entretanto, como vimos, há algumas coisas que podemos nos atentar quando as escrevemos para dar uma ajudada a compor a voz dela.
(1) Dê uma característica chave para sua personagem.
Sang, por exemplo, é um gisaeng.
Gisaengs passavam por treinamentos e, num geral, viviam vidas muito diferentes dos outros cidadãos de Joseon. Apesar de serem da casta dos intocáveis, as mais populares eram tratadas muito bem pelos nobres e viviam confortavelmente.
Sendo assim, há muitas características que posso atribuir a Sang para destacar sua voz e seu desenvolvimento: ele sabe outros idiomas, teve acesso a educação (coisa que só os nobres tinham), sabe sobre o comércio, como servir, dançar e cantar etc. Além disso, é o filho bastardo de um nobre, o que também adiciona uma outra camada que pode ser explorada e definidora da personalidade ele.
(2) Explore essa característica.
Obviamente, não dá para mostrar absolutamente tudo num único turno e, por isso, precisamos ir de pouquinho em pouquinho, sempre prestando atenção em nossos turnos e no que colocamos ou não neles.
Perceba que, em vez de tentar dizer que o Young é despojado, simplesmente acrescentei ações que mostram que ele é despojado. Ele não segue uma etiqueta, está sentado de qualquer jeito, botando defeito nas coisas dos outros etc.
Voz de personagem está muito próxima do conceito de mostrar não dizer, mas não vou me aprofundar sobre isso nesse guia porque é algo muito complicado e delicado (quem sabe num futuro). Mas o importante a se atentar é: nós precisamos botar em nossos turnos o que dizemos sobre a personagem. Se eu quero o Young seja despojado, então ele precisa agir dessa maneira através das ações dele — e isso vai, consequentemente, montando a personalidade / voz dele.
(3) Adicione ações que marcam a personalidade.
Adicionar maneirismos e comportamentos é uma parte muito importante. Muitas vezes acabamos adicionando um monte de coisa em nossos turnos que mostram os pensamentos e sentimentos das nossas personagens… mas nada que mostre como eles se comportam ou como são. E isso é um erro.
Lembrem-se: personagens tem corpo. Dentro do turno são criaturas vivas e, por isso, tem manias e trejeitos.
Gaguejar, colocar as mãos nos bolsos, suspirar, bufar, falar baixo, gritar, olhar nos olhos da outra pessoa, brincar com a barra da camisa, usar gírias, usar palavras mais sofisticadas… tudo isso são pequenos detalhes que fazem a diferença na caracterização / voz da personagem. Explore esses detalhes! Dê coisas diferentes para seus personagens!
Quer saber, vamos brincar novamente!
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EXEMPLO #003
Se aproximou da multidão que se aglomerava em volta do mural da praça. O Rei Joong oferece uma recompensa para qualquer um que o entregar informações que levem a prisão do grupo de forasteiros acusados de roubar a propriedade da Rainhã Mãe. "Boa sorte." Disse.
Acabei de inventar esse trecho para que possamos mexer nele um pouco — propositalmente o deixei sem nenhuma marca para que possamos brincar bastante! Já aprendemos que voz não é somente diálogo, e por isso vamos mexer nela adicionando mais corporalidade. Vou tentar adaptá-la para alguns dos personagens que usei nesse guia:
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Abaixando seu gat, Hoyun se aproximou da multidão que se aglomerava em volta do mural da praça. Estivera observando a comoção há alguns minutos, mas esperara os guardas reais se afastarem antes de se juntar aos curiosos a lerem o anúncio fixado — as chances de serem algum dos oficiais que conheciam seu rosto era grande, e preferia evitar encrencas depois do almoço. Não fazia bem para a digestão. Deu uma última olhada ao redor, se certificando que ninguém do palácio estava por perto. Não precisou se aproximar muito para conseguir ler, o decreto oficial pintado em grandes letras nos dois idiomas da nação — o que o levou a levantar uma sobrancelha. Anúncios reais sempre vinham em desenhos para a população geral, analfabeta, pudesse compreendê-los; eram raros aqueles que vinham escritos e, principalmente, na língua dos eruditos e nobres que, como todos sabiam, estavam acima da lei. O Rei Joong oferece uma recompensa para qualquer um que o entregar informações que levem a prisão do grupo de forasteiros acusados de roubar a propriedade da Rainhã Mãe. Os cantos de seu lábio se alargaram num sorriso, e Hoyun não conseguiu segurar um bufo debochado. "Boa sorte." Disse baixinho por entre seu riso, os olhos fixos no nome de Joong. "Estarei ansiosamente esperando por você, ó vossa majestade." Fez uma breve reverência com a cabeça, se virando em seus tornozelos para se retirar do meio da multidão. Juntou as mãos atrás das costas, caminhando pela rua principal com o sorriso ainda em seus lábios. Então era assim que o homem queria brincar. Apesar de toda a oficialidade do decreto, não era nada além de uma ameaça, um aviso. Joong estava procurando por ele — e Hoyun se certificaria de ficar em um lugar onde pudesse encontrá-lo.
EXPLICAÇÃO | Como pré-estabelecido, o Hoyun tem um passado com o Rei. É uma relação complicada, os famosos amigos que se tornam inimigos jurados. Para ele, a situação é um desafio. Além disso, Hoyun é um mercenário confiante em suas habilidades, o ponto, então, é escrever de uma maneira que exponha como tudo é cínico para ele. E, novamente, o uso de certos termos (como analfabeta) para expor que ele um dia já foi parte dos nobres, e ainda tem uma visão marcada por tal: eu, como autor, preferia ter escrito 'desprovida de educação' mas usar o termo analfabeto soou algo muito mais mesquinho e mais em conta com alguém que tem o passado dele.
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Nas não se considerava alguém curioso, mas se aproximou da multidão que se aglomerava em volta do mural da praça. Estava a caminho de comprar alguns tanghulus, mas a situação chamou sua atenção. Se enfiou por entre as pessoas, ficando na ponta dos pés para tentar enxergar melhor. Para sua surpresa, porém, em vez dos desenhos detalhados, o papel estava lotado de grandes letras. Sang estivera tentando ensiná-lo a ler, mas as formas ainda eram muito confusas para ele. Assim, cutucou uma das pessoas em sua frente, que afobadamente dava opiniões sobre o escrito. "Hey, uh, você pode me dizer o que está escrito?" Gesticulou com o queixo para o papel amarelado. "O que é que 'tá todo mundo querendo saber?" Limpando a garganta, o homem leu em voz alta: O Rei Joong oferece uma recompensa para qualquer um que o entregar informações que levem a prisão do grupo de forasteiros acusados de roubar a propriedade da Rainhã Mãe. "Oh." Coçou a nuca com a mão, olhando para o papel. Então o rei estava buscando informações sobre eles? Interessante. Ora, se precisava pendurar um decreto, das duas uma: ou estava desesperado ou aquilo era uma mensagem. Mas o palácio e a agência de investigação eram arrogantes demais para admitir que precisavam de ajuda e pendurar um decreto na praça principal em busca de informações, de uma maneira que somente quem soubesse ler conseguiria entender… é, aquilo era uma mensagem. Afinal, seus patrocinadores e clientes eram apenas nobres, não havia motivo para desenharem para a compreensão geral. Tinham um alvo para aquelas palavras. Balançou a cabeça, rindo baixinho. "Boa sorte." Duvidava que alguém fosse abrir a boca, especialmente para os homens do rei. Talvez devesse ficar preocupado, afinal, o monarca nunca parecera se importar com as ações deles, não dessa maneira. Mesmo que, no passado, tivessem tido alguns conflitos muito mais diretos. Levou a mão para a lapela de seu dopo, onde sua adaga estava escondida: se viessem atrás dele, Nas os mostraria do que era feito.
EXPLICAÇÃO | Nas pode não ser o cérebro do grupinho, como ele mesmo disse antes, mas ele é o lado tático, não é burro e sabe fazer suas associações: obviamente, compreenderia de primeira que é uma ameaça! Não há cinismo aqui, apenas as observações de um homem confiante e simplista.
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"Yah, o que é aquilo?" Apontou para a praça, tentando afastar a atenção do senhor Shim do livro de contas. Eu acho que a guarda pregou um anúncio. O homem explicou, se afastando do balcão para olhar na direção onde havia apontado. Young rapidamente enfiou o objeto no bolso. Iria devolvê-lo em breve, somente precisava alterar algumas coisinhas em seu nome. "Vamos lá ver, então!" Juntos, se aproximaram da multidão que se aglomerava em volta do mural da praça. O Rei Joong oferece uma recompensa para qualquer um que o entregar informações que levem a prisão do grupo de forasteiros acusados de roubar a propriedade da Rainhã Mãe. Young juntou as sobrancelhas, abaixando a cabeça enquanto pensava. Sabia que tinham feito um trabalho impecável… não havia como o rei ter descoberto em dois dias que haviam roubado as escrituras. Não, alguém abriu a boca sobre algo. Mordeu o lábio inferior, as mãos se fechando em punhos enquanto repassava os detalhes das últimas noites em sua cabeça. Hojong? Não, ele não falaria nada… seria o mais prejudicado de todos. Mas as cópias eram perfeitas, não havia como o rei saber. 'Ora, pois se estamos falando de recompensa, eu tenho uma informação!'. A voz aguda do senhor Shim chamou sua atenção, quebrando seus pensamentos ao meio. Young levantou a cabeça para olhá-lo atrás de si, deixando um sorriso aparecer no canto de sua boca. "Boa sorte!" Disse, dando um tapinha no ombro do dono do restaurante. "Não se esqueça dos pobres pilantras que enchiam seu bolso quando ficar rico, hein! Há." Deu uma gargalhada e o senhor Shim o acompanhou, dizendo repetidamente 'claro claro' conforme se separavam da multidão de volta a entrada do restaurante. Que tentem. Pensou, colocando a mão sobre o peito, onde a pistola estava escondida debaixo de seu dopo. Não eram um grupo de bandidinhos qualquer — se o rei pensava que podia capturá-los, estava terrivelmente enganado. "Mas, sabe, hein. Parece perigoso… e se você conseguir informações e eles te capturarem?" Arqueou as sobrancelhas, passando o braço por volta do ombro do homem. "Aconteceu com um amigo meu uma vez! Ele foi dar informações e…" Gesticulou na frente do pescoço, imitando uma faca. O homem fez uma expressão de espanto e, então, cuspiu no chão, espantando os mau agouros. "Pois é… eu teria cuidado. Mas viu, e se eu pagassa amanhã a minha conta?"
EXPLICAÇÃO | O Young é um pilantrinha, não tenho mais o que dizer. Ele é o ladrãozinho do grupo e foi o responsável pelo roubo. Apesar de sua aparência toda brincalhona, lá no fundo, ele tem muitas dúvidas sobre si e tem medo de desapontar seus amigos — ou, pior, ser a razão pela qual eles sejam pegos: por isso, a primeira reação dele é a dúvida.
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E aí? Deu para notar algumas diferenças entre as versões de cada um? Como eu disse, só vocês podem me dizer se eu consegui dar personalidade para cada um deles: vocês são os leitores, meu público, as pessoas que estão consumindo o que estou escrevendo. Eu só posso tentar.
Mas espero que entandam que o importante é que você encontre a sua própria maneira de adicionar voz aos personagens, se baseando nessas dicas (e em outras que você encontrar sobre o assunto!)
Acho que isso é tudo que posso oferecer por hoje!
A verdade é que voz de personagem é um conceito mais complexo do que parece: ele realmente exige muito mais de nós como escritores ou jogadores. Mas é uma coisa muito divertida de explorar!
E, honestamente, enquanto elaborava esse guia, percebi que há muitas outras coisas que posso tentar explicar para compreender melhor o conceito e, também, sobre a criação de personagem. Se houver interesse, os farei quando possuir tempo novamente!
Sem mais delongas,
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liel-sumeragi · 6 months ago
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Moçambique com Z de Zarolho
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Livro do mês de maio - Clube do livro do Belas.
Título: Moçambique com Z de Zarolho
Autor: Manuel Mutimucuio
Editora: Dublinense
“Manuel Mutimucuio, autor Moçambicano nascido na capital, Maputo, em 1985. Doutor em Economia Política pela Universidade de Coimbra e atua como consultor internacional de gestão de recursos naturais. Sua literatura se caracteriza pela análise social e pelo questionamento do status quo.” Que é exatamente o que Mutimucuio faz neste seu livro: questionar o status quo com muita sátira. 
A história é desencadeada pelo seguinte: o governo com o argumento de melhorar sua posição no cenário capitalista global e promover o que chama de o  Renascimento Moçambicano, quer aprovar uma lei que faça do inglês a língua oficial de Moçambique. 
Vamos então observar quais seriam as consequências para as várias camadas sociais pelo ponto de vista de Hohlo, que trabalha como empregado doméstico para Djassi, um político que é contra a mudança. 
Hohlo admira o patrão e estuda para ser como ele: falar bem aquela que é até o momento a língua oficial, o Português. Teoricamente isso lhe daria acesso a melhores oportunidades de ir atrás de melhores condições econômicas.
O que ele não faz ideia é que as elites estão muito mais à frente do que ele imagina… Os ricos e poderosos veem o inglês como a língua mais importante. Seus filhos estudam em escolas bilíngues e eles próprios estudaram em universidades de língua inglesa, e assim, olhando para o próprio umbigo, querem forçar que o inglês substitua o portugues como língua oficial. Sem levar em conta que grande parte da população, principalmente a área rural e a população mais pobre, não aprendeu nem mesmo o português (tornado língua oficial durante o período colonial). 
Djassi, patrão de Hohlo vota contra, mas não por altruísmo, por motivos pessoais seria prejudicial para ele a mudança. 
É interessante notar como há um paralelo entre Hohlo e Djassi. Os dois querem ascensão social. E podemos ver que mesmo que exista uma enorme distância (enorme mesmo!) entre as condições dos dois, ainda assim existem pessoas em melhores condições que Djassi e pessoas em piores condições que Hohlo. De certa forma eles são o meio entre os extremos.
Sendo a questão da língua o ponto central refletimos sobre poder. Dominação cultural. Colonialismo. Como conhecimento e educação são importantes. 
Sobre o texto, a edição mantém palavras que não são do nosso costume (o que pelo menos para mim só tornou a leitura mais rica!). Algumas palavras eu já conhecia do vocabulário de Portugal, como telemóvel ou autocarro, mas outras tive que ir decifrando pelo contexto, como chapa, matrecos ou parangona.
Decifrar pelo contexto ou pesquisar mesmo. Se tem algo que esse livro me inspirou a fazer foi pesquisar. Não só palavras, mas sobre Moçambique. Foi só em 1975 que o país se tornou independente e logo caiu em um período de guerra civil, de forma que somente em 1994, realizou as suas primeiras eleições. 
A língua oficial é o português, mas este é falado como segunda língua e apenas por cerca de metade da população. Entre as línguas nativas mais comuns estão o macua, o tsonga, ndau, chuabo e o sena.
A população de cerca de 30 milhões de pessoas é composta predominantemente por povos bantus. 
A religião com o maior número de adeptos é o cristianismo, mas há uma presença significativa do islamismo.
As taxas de PIB per capita, índice de desenvolvimento humano (IDH), desigualdade de renda e expectativa de vida de Moçambique ainda estão entre as piores do planeta.
E todos esses dados sobre línguas, desigualdade, pobreza… o texto não nos fala assim (como na wikipédia) ele nos mostra na prática na vida dos personagens!
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Gostaria de comentar o final.
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Então a partir daqui ZONA DE SPOILER!!!
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É que o final pode parecer destoar um pouco do que o livro vinha entregando. Não pela morte de Hohlo… esta se não foi previsível é ao menos coerente.. o que parece destoar é o “como”... um livro que vinha sendo muito embasado nos aspectos práticos e materiais. Em dinheiro e assuntos cotidianos, de repente está mergulhado em misticismo e crenças. Não estou falando que não gostei do final, pelo contrário, gostei! foi uma cena forte e envolvente. terminei o livro lamentando a morte do Hohlo, mas bem satisfeito com essa última carga de sentimentos indefinidos de tristeza,revolta e conformismo… mas não tenho como negar que senti sim como sendo um final destoante; algo deslocado do resto.
bem… como disse no início esse foi o livro do clube do Belas. No encontro anotei sobre o final a seguinte frase de um dos colegas: “ … todo o projeto modernizador proposto durante todo o livro não consegue apagar (ou dar conta) das tradições arraigadas. Não é atoa que a última palavra do livro é mistério.”
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mariana-mar · 2 years ago
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Maricá fica na Região Metropolitana de RJ, perto de Niterói. Hoje completa 209 anos, um municipio bem desenvolvido. Tem uma parte urbana, tem um mar aberto, tem uma parte rural, muita natureza onde existem a preservação de algumas aldeias indígenas e também a preservação da cultura africana em quilombos.
Município onde minha avó América nasceu. Seus pais tinham descendência indígena. Moravam em uma casa de estuque. Ela me contava aspectos da vida naquele tempo que não se encontra nos livros sobre a história do Brazil... (na verdade tudo relacionado a cultura indígena e africana deveria ter o lugar de destaque nos livros e melhor preservação, serem mais respeitados e enaltecidos no Brazil.)
No início do século passado, não tinha expectativas de crescimento. Trabalhar era uma forma de sobreviver. Trabalhavam na roça; prestando serviços para quem morava em fazendas... As lendas de Lampião mesmo que fossem em anos diferentes assombrava a população naquela época. Tinha muita cantoria com viola, como um sertanejo raiz. Com 12 anos minha avó foi até ao Centro do Rio comprar açúcar que a sinhá (palavras dela) mandou. As crianças não tinham escola, trabalhavam com a família. Minha avó só se alfabetizou com 40 anos com a ajuda e lições da minha mãe com 10 anos na época. A vida dura não os fizeram ser pessoas duras. Minha avó falava muito dos pais dela... do caráter, dos ensinamentos... tinha orgulho de tudo isso. O respeito com o próximo, ser prestativo, ter educação, apreciar a natureza, ter fé seja no que for... eram algumas coisas que minha avó aprendeu com os seus pais .. foi o que ela ensinou a minha mãe e resulta parte do que sou hoje.
O município progrediu com o passar das décadas, quanto mais rodovias e estradas construiram.. mais melhorias chegavam. Aparentemente tem uma qualidade de vida boa, próspera. Mas claro que melhorias sempre é bom. Um bom avanço que a capital do Rio deveria seguir...
#ParabénsMaricá
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gazetadoleste · 13 days ago
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Prefeitura de Carlinda - MT abre 50 vagas em seletivo
O edital nº 002/2024 do processo seletivo Prefeitura de Carlinda, no estado do Mato Grosso, foi publicado visando contratação por tempo determinado. O certame oferece 50 vagas imediatas para o quadro de pessoal da Secretaria Municipal de Educação, contemplando escolas das áreas urbana e rural. continua depois da publicidade A organização das etapas está sob a reponsabilidade da Comissão Seletiva…
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hotelnacionalinnsaojose · 19 days ago
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A História de São José dos Campos: Do Passado ao Futuro
São José dos Campos é uma cidade que mescla história, desenvolvimento e inovação. Localizada no Vale do Paraíba, em São Paulo, ela evoluiu de um pequeno povoado a um importante centro industrial e tecnológico do Brasil. Neste artigo, vamos explorar a trajetória da cidade, desde suas origens até as perspectivas para o futuro.
As Origens A história de São José dos Campos remonta ao século 17, quando os primeiros colonizadores portugueses chegaram à região. O local era habitado por indígenas, e os colonizadores iniciaram a exploração das terras férteis para a agricultura. Em 1763, a área foi oficialmente reconhecida como um povoado, e o nome São José dos Campos foi escolhido em homenagem a São José, o padroeiro dos trabalhadores.
Desenvolvimento no Século 19 Durante o século 19, a cidade começou a se desenvolver de maneira significativa. A construção da estrada de ferro em 1875 facilitou o transporte de produtos agrícolas e impulsionou o crescimento econômico da região. Além disso, a localização estratégica entre São Paulo e Rio de Janeiro tornou São José dos Campos um ponto importante para o comércio e a agricultura.
Crescimento Industrial A partir do século 20, a cidade passou por uma transformação significativa com a instalação de indústrias. A presença de fábricas e empresas atraiu um grande número de trabalhadores e contribuiu para o crescimento populacional. A indústria aeroespacial começou a se desenvolver na região, com a criação do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) em 1950, que se tornou um dos principais centros de formação de engenheiros do Brasil.
Inovação e Tecnologia Nos últimos anos, São José dos Campos consolidou sua posição como um polo tecnológico. Com a presença de empresas de alta tecnologia e pesquisa, como a Embraer e a Agência Espacial Brasileira (AEB), a cidade se destaca em áreas como aviação, defesa e tecnologia espacial. A inovação é um dos pilares do desenvolvimento da cidade, que busca constantemente se atualizar e se adaptar às novas demandas do mercado.
O Futuro de São José dos Campos O futuro de São José dos Campos é promissor. A cidade tem investido em infraestrutura, educação e tecnologia para continuar sendo um centro de excelência no Brasil. O crescimento de startups e empresas de tecnologia também aponta para uma nova era de desenvolvimento econômico e social, com foco em sustentabilidade e inovação.
Conclusão São José dos Campos é um exemplo de como a história e a inovação podem caminhar juntas. De um povoado rural a um dos principais centros tecnológicos do Brasil, a cidade continua a evoluir e se reinventar. Se você deseja explorar essa fascinante história e aproveitar o que a cidade tem a oferecer, considere se hospedar no Hotel Nacional Inn, que oferece uma infraestrutura completa para os visitantes. Para saber mais sobre nossas acomodações e ofertas, visite nossa página: https://www.nacionalinn.com.br/hoteis/hotel-nacional-inn-sao-jose-dos-campos.
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learncafe · 1 month ago
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Curso online com certificado! Política de educação no campo
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tendtudodigital · 1 month ago
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- Introdução As Origens do Setor Garavelo O papel de Luiz Antônio Garavelo na fundação O Crescimento Inicial e os Desafios Desafios de Infraestrutura Isolamento e Transporte Resiliência e Solidariedade Comunitária Investimento em Desenvolvimento Superação dos Desafios Iniciais A Evolução do Setor Garavelo Desenvolvimento Urbano e Infraestrutura A Importância do Comércio Local e da Feira Livre Marcos Históricos Importantes Projetos de Loteamento e Expansão A Chegada de Escolas e Instituições A Contribuição do Setor Garavelo para Aparecida de Goiânia Perguntas Frequentes sobre o Setor Garavelo Introdução Em meio ao pulsante coração do Brasil Central, o Setor Garavelo emerge como um emblemático retrato da transformação urbana, cultural e social de Aparecida de Goiânia. Desde sua concepção, na década de 70, até os dias atuais, o setor testemunhou um notável crescimento, evoluindo de uma área predominantemente rural para um dos bairros mais influentes e vibrantes da cidade. Este artigo busca mergulhar na rica história do Setor Garavelo, destacando os marcos fundamentais de sua formação, os desafios enfrentados e superados pela comunidade, e a indelével marca deixada no tecido socioeconômico de Aparecida de Goiânia. As Origens do Setor Garavelo O papel de Luiz Antônio Garavelo na fundação O nascedouro do Setor Garavelo está intrinsecamente ligado à visão empreendedora de Luiz Antônio Garavelo. Nos anos 70, Garavelo, um visionário empresário local, identificou o potencial de uma vasta área às margens da então nascente cidade de Aparecida de Goiânia. Com uma perspicácia ímpar para negócios e um profundo senso de comunidade, ele iniciou um ambicioso projeto de loteamento, delineando o que viria a ser um dos bairros mais prósperos da região. O Crescimento Inicial e os Desafios Os primeiros anos do Setor Garavelo, assim como muitos bairros em formação, foram marcados por um conjunto complexo de desafios. Lançado como um projeto ambicioso na década de 70, o setor tinha a promessa de se tornar uma área residencial próspera, mas a realidade inicial estava longe das expectativas. Desafios de Infraestrutura A falta de infraestrutura básica foi um dos principais obstáculos enfrentados pelos moradores. Estradas não pavimentadas, acesso limitado à água potável e à eletricidade, e ausência de saneamento básico não eram apenas inconvenientes; eram barreiras reais ao desenvolvimento e à qualidade de vida no bairro. Essas condições iniciais exigiram uma resposta proativa tanto da comunidade quanto das autoridades locais. Isolamento e Transporte Situado a uma distância considerável do centro urbano de Aparecida de Goiânia, o Setor Garavelo enfrentava um isolamento significativo. A escassez de opções de transporte coletivo exacerbava esse isolamento, limitando o acesso dos moradores a empregos, educação e serviços essenciais na cidade. A dependência de veículos particulares não era viável para a maioria, o que impulsionou a demanda por soluções de mobilidade acessíveis. [caption id="attachment_2740" align="aligncenter" width="1024"] Visão aérea detalhada do entrelaçamento viário: Viaduto da Avenida União sobre a GO-040, um nó vital na malha urbana de Aparecida de Goiânia, capturado pela tecnologia 3D do Google Maps.[/caption]   Resiliência e Solidariedade Comunitária Diante desses desafios, a resiliência e a solidariedade da comunidade do Setor Garavelo emergiram como forças poderosas. Moradores se uniram para advocar por melhorias, organizando-se em associações comunitárias e participando ativamente do diálogo com o governo municipal. Essa mobilização comunitária foi crucial para atrair a atenção e os investimentos necessários para o desenvolvimento do setor. Investimento em Desenvolvimento Reconhecendo o potencial do Setor Garavelo, tan
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byjane-morgan · 2 months ago
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͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏O QUE FOI A REVOLUÇÃO RUSSA?
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A Revolução Russa foi a concretização de uma série de revoltas pelas quais a Rússia passava desde 1905 e que tiveram várias consequências, como o fim do czarismo ( monarquia ) e a tomada de poder pelos socialistas.
Vemos as consequências da Revolução Russa como fato histórico até, no mínimo, 1989, com a queda do Muro de Berlim, já que a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas ( URSS ), formada depois da revolução, existiu até a década de 1990 e, em anos anteriores, confrontou os EUA, dividindo o mundo entre socialistas e capitalistas na Guerra Fria.
Vivendo daquela maneira, a Rússia poderia ser chamada de atrasada, pois, em pleno XX, preservava práticas ainda feudais, era agrária e dominada por czares ( imperadores ). As primeiras revoltas, que antecederam a revolução, foram contra os privilégios da nobreza e clero, mas também contra gastos de guerra contra o Japão, batalha que a Rússia perdeu.
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ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA RÚSSIA.
A Rússia no início do século XX, diferente do restante da Europa, era um país que ainda era divido como na Idade Media: entre nobreza ( no caso, proprietários rurais ) e clero ( nesse caso, a Igreja Ortodoxa ).
Foram inúmeras as tentativas, ainda no século XVIII, do czar Pedro, O Grande de modernizar o país, que adotou novos modelos de educação e administração, transferiu a capital de Moscou para São Petersburgo para torná-la uma “janela para a Europa” — no caso, ele desejou ocidentalizar a Rússia. Somente em meados de XIX começaram os primeiros movimentos no sentido da industrialização e modernização, que sempre se chocavam com a estagnação rural comandada pelos grandes proprietários de terra, chamados boiardos.
A Rússia era governada pelos czares ( o mesmo que “imperadores” ). Lá, uma mesma dinastia estava no poder desde 1613: os Romanov. A burguesia, vendo o que acontecia na Europa, almejava o mesmo: industrializar-se para também obter dividendos e não continuar servindo ao Estado, como sempre fora.
Os últimos czares antes da revolução começaram a se preocupar com a modernização russa, mas já era tarde demais. Alexandre II aboliu a servidão e eliminou dívidas, mesmo assim, acabou assassinado por revolucionários. Alexandre III, seu herdeiro, reprimiu anarquistas e marxistas e, finalmente, conseguiu impulsionar a indústria, porém, com capital francês, inglês, belga e alemão.
A Rússia passou a ter, então, por um lado, alguns elementos modernos e, por outro, a oligarquia agrária. Nicolau II, o último czar, não fugindo à tradição ( que também incomodava o povo: os altíssimos gastos em guerras ), disputou e desta vez perdeu a Guerra Russo-Japonesa ( 1904-1905 ).
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QUEM ERAM OS MENCHEVIQUES E BOLCHEVIQUES?
Como vimos, os czares tinham muitos opositores. Entre esses, alguns se organizaram por seus ideais políticos, como os niilistas ( anarquistas defensores das ideias de Bakunin ), socialdemocratas ( acreditavam na social-democracia, mas não como é hoje, já que incorporavam alguns ideais marxistas ), narodnikis ( a tradução literal é “ir ao povo”, logo, eram populistas ) e os que mais se destacaram: os Mencheviques e os Bolcheviques.
Esse destaque veio com o Congresso do Partido Socialdemocrata ( POSDR ), em 1903, que dividiu ambos em lados diferentes de acordo com o que pensavam sobre o desenvolvimento da Rússia. Assim:
Mencheviques: Eram os minoritários. Achavam que primeiramente seria necessário que o capitalismo russo se desenvolvesse para depois lutarem pelo socialismo. Para isso, eram necessárias reformas progressistas, feitas na Duma ( Parlamento ), que seriam lideradas pela burguesia ( Revolução Burguesa ) contra o czarismo.
Bolcheviques: Eram majoritários. Defendiam que a Revolução Socialista ocorresse de forma imediata, com a instalação da Ditadura do Proletariado e a aliança entre operários e camponeses. Seu líder era Lenin e tinham o apoio dos sovietes, conselho de trabalhadores e soldados que, a partir da Revolução de 1905, obteve poderes executivos e legislativos, com representantes advindos de quartéis e fábricas.
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A REVOLUÇÃO DE 1905.
A Revolução de 1905 foi, na verdade, uma série de movimentos da população russa, faminta, contrária às medidas czaristas, à crise econômica que enfrentava e à participação da Rússia em uma guerra contra o Japão, que gerou enormes gastos bélicos.
A Guerra Russo-Japonesa foi uma disputa imperialista ( ou seja, por mais terras ) da Rússia e do Japão pela Crimeia e a Manchúria. O estrondoso fracasso do czar estimulou as forças de oposição, que, como pontuei, já eram muitas.
Nicolau II, percebendo tal movimentação, passou a conter, com muita violência, atos que seriam até então pacíficos. Como foi o caso do que depois ficou conhecido como “Domingo Sangrento”, quando pessoas, mesmo cantando o hino “Deus salve o czar”, foram exterminadas, apenas por apresentarem, também, algumas queixas.
Com isso, Nicolau II caiu mais ainda em descrédito e se viu obrigado a assinar o Tratado de Portsmouth, que acabou com a guerra, em 5 de setembro de 1905, entregando ao Japão partes importantes de seu território — entre eles, a Coreia.
Os sovietes foram criados nesse contexto, quando o czar lançou o Manifesto de Outubro, em que prometia uma monarquia constitucional e parlamentar. Assim, não só os sovietes passaram a existir, como também a Duma ( Parlamento, também já mencionado ). O problema era que Nicolau II não largaria o poder tão facilmente e lançou decretos que o colocavam acima da Duma.
Parlamentares não satisfeitos protestaram, ao passo que o czar dissolveu a instituição, colocando em seu lugar outro Parlamento, agora censitário, ou seja, com base em quem tinha posses.
Todo esse período, desde 1905, é considerado por alguns como um “ensaio da Revolução Russa”.
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QUAIS ERAM AS CAUSAS DA REVOLUÇÃO?
A Rússia seguia, como vimos, um modo de produção bastante atrasado. Era majoritariamente rural e se encontrava em um regime ainda feudal. As tentativas de industrialização, ao longo da história, várias vezes não deram certo, o que fez com que a aristocracia, ou seja, os nobres, concentrasse toda a riqueza, enquanto o restante do povo vivia na miséria e na fome.
Com o tempo, várias ideias contrárias à monarquia absolutista foram surgindo, algumas delas revolucionárias, como as dos mencheviques e bolcheviques, por exemplo. Essas ideias ganharam adesão junto ao povo que passava fome.
As repressões do czar, como a do Domingo Sangrento, foram o estopim para a Revolução de 1917.
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QUAIS FORAM AS SUAS CONSEQUÊNCIAS?
A Revolução Russa não é um fato histórico que possa ser explicado apenas pela sucessão de acontecimentos, pois vemos suas consequências até, no mínimo, 1989, com a queda do Muro de Berlim ou, para alguns, até hoje. Mas, se queremos considerar as consequências imediatas, temos:
Nacionalização de todas as indústrias e bancos russos;
Saída da guerra, com a perda de territórios como a Letônia, Lituânia, Estônia, Finlândia, Ucrânia e Polônia;
Redistribuição das terras no campo.
Outra consequência foi a Guerra Civil Russa.
Claro que tantas mudanças assim não agradaram a todos. Dessa forma, houve a oposição ao governo de Lenin, formada por antigas forças czaristas e mencheviques, que se uniram também aos países que não aceitaram a saída russa da guerra. Esses contrarrevolucionários se organizaram com armas no Exército Branco ( em contraposição ao Vermelho ) e promoveram uma verdadeira guerra civil, em 1918, que durou até 1921, quando os bolcheviques, mais uma vez, saíram vitoriosos.
A saída da Rússia da guerra só foi possível por meio da assinatura de um acordo com a Alemanha, chamado Tratado Brest-Litovsk. Os opositores acreditavam que essa aliança havia prejudicado muito os russos, que perderam territórios e reservas de carvão. Por outro lado, Trotsky, comandante do Exército Vermelho, percebia o quanto este estava enfraquecido para mais batalhas. Lenin, por sua vez, entendia que a guerra era impopular entre o povo desde o começo.
Além dos dois exércitos internos, soldados estrangeiros invadiram a Rússia, almejando ajudar a restaurar a monarquia e instabilizar os bolcheviques. Ao longo de três anos, muitos foram mortos em batalhas — estima-se que de quatro a dez milhões de pessoas. Os opositores se enfraqueceram após a vitória final bolchevique, em 1921.
A União das Repúblicas Socialistas Soviéticas ( URSS ) foi criada após a Guerra Civil Russa, em 1922, como forma de reunificar o país e outras nações após tantos confrontos.
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ambientalmercantil · 2 months ago
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portalcontabilidadefacil · 2 months ago
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Consulte ITR atrasado: Passo a passo e Dicas
Consulte ITR atrasado: Passo a passo e Dicas para regularizar a situação Quando se trata de imposto territorial rural (ITR), é importante que os proprietários de imóveis rurais estejam cientes dos prazos para a entrega da declaração e do pagamento do imposto. Caso contrário, eles podem estar sujeitos a multas e juros, que podem se acumular ao longo do tempo. Felizmente, é possível consultar ITR atrasado e regularizar a situação. Neste artigo, vamos apresentar um guia passo a passo para consultar ITR atrasado e dicas úteis para ajudar os proprietários de imóveis rurais a regularizar sua situação fiscal. Para começar, é necessário acessar o site da Receita Federal e fazer o login no E-CAC, o Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte. A partir daí, é possível acessar todas as informações sobre o ITR e a consulta do imposto. Entendendo o ITR e sua Importância O que é ITR? O Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) é um tributo federal que incide sobre a propriedade rural. Ele é regulamentado pela Receita Federal do Brasil e tem como objetivo fiscalizar a utilização das terras rurais e arrecadar recursos para o governo federal. O ITR é um imposto anual, e a sua alíquota varia de acordo com o tamanho da propriedade e a sua localização. A Importância do ITR para o Contribuinte e o Governo Federal Para o contribuinte, o ITR é importante porque ele é uma obrigação fiscal que deve ser cumprida anualmente. Além disso, o pagamento do ITR é fundamental para que o proprietário rural possa obter a Certidão Negativa de Débitos (CND), que é exigida em diversas situações, como na obtenção de financiamentos e na participação em licitações públicas. Já para o governo federal, o ITR é importante porque ele é uma fonte de arrecadação de recursos que são utilizados em diversas áreas, como saúde, educação e infraestrutura. Além disso, o ITR é uma forma de fiscalizar a utilização das terras rurais, garantindo que elas sejam utilizadas de forma produtiva e sustentável. Em resumo, o ITR é um imposto importante tanto para o contribuinte quanto para o governo federal. O pagamento do ITR é uma obrigação fiscal que deve ser cumprida anualmente, e a sua arrecadação é fundamental para o financiamento de diversas áreas do governo. Documentação Necessária para a Declaração Para realizar a declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR), é necessário possuir alguns documentos importantes que comprovem a propriedade do imóvel rural. Nesta seção, serão apresentados os principais documentos que devem ser apresentados para a declaração do ITR. Cadastro de Imóveis Rurais (CAFIR) O Cadastro de Imóveis Rurais (CAFIR) é um documento que contém informações sobre a propriedade rural e é emitido pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). Para realizar a declaração do ITR, é necessário que o proprietário do imóvel rural possua o CAFIR atualizado. O CAFIR é um documento importante, pois contém informações como a localização do imóvel rural, a área total da propriedade, a situação do imóvel em relação ao uso e ocupação do solo, entre outras informações. Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR) O Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR) é um documento emitido pelo INCRA que comprova a existência do imóvel rural e sua localização. Para realizar a declaração do ITR, é necessário que o proprietário do imóvel rural possua o CCIR atualizado. O CCIR é um documento importante, pois contém informações como a área total da propriedade, a situação do imóvel em relação ao uso e ocupação do solo, entre outras informações. Para emitir o CCIR, é necessário que o proprietário do imóvel rural possua o Cadastro de Pessoa Física (CPF) ou Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) atualizado, além de apresentar a documentação que comprove a propriedade do imóvel rural. É importante ressaltar que a falta de apresentação do CAFIR e do CCIR pode acarretar em multas e juros, além de impedir a realização da declaração do ITR. Portanto, é fundamental que o proprietário do imóvel rural mantenha a documentação atualizada e em dia. Como Consultar e Declarar ITR Atrasado Se você tem um imóvel rural e precisa consultar ou declarar o Imposto Territorial Rural (ITR) atrasado, este guia passo a passo irá ajudá-lo a cumprir suas obrigações fiscais. Acesso ao e-CAC O primeiro passo para consultar ou declarar o ITR atrasado é acessar o Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC) da Receita Federal. Para isso, é necessário ter um código de acesso ou um certificado digital. Caso você não tenha um certificado digital, é possível obter um código de acesso seguindo as instruções disponíveis no site da Receita Federal. Com o código de acesso em mãos, basta acessar o site do e-CAC e fazer o login. Preenchimento do Formulário de Declaração Após acessar o e-CAC, o próximo passo é preencher o formulário de declaração do ITR. Para isso, é necessário baixar o programa ITR, disponível no site da Receita Federal, e preencher todas as informações solicitadas. O programa ITR é bastante intuitivo e guiará o contribuinte durante todo o processo de preenchimento. É importante ter em mãos todas as informações necessárias, como dados do imóvel, dados do proprietário, informações sobre eventuais benfeitorias realizadas no imóvel, entre outras. Ao finalizar o preenchimento do formulário, é possível enviar a declaração diretamente pelo programa ITR ou através do próprio e-CAC. É importante lembrar que, em caso de dúvidas ou dificuldades durante o processo, é possível buscar ajuda através do próprio site da Receita Federal ou entrar em contato com um contador de confiança. Com essas informações, agora você já sabe como consultar e declarar o ITR atrasado de forma simples e eficiente. Lembre-se sempre de cumprir suas obrigações fiscais e manter seus impostos em dia para evitar problemas com a Receita Federal. Cálculo e Pagamento do ITR O cálculo e pagamento do ITR são procedimentos importantes que devem ser realizados com atenção pelo contribuinte. O valor do imposto é determinado a partir da área total do imóvel rural e do valor da terra nua. Determinação do Valor da Terra Nua O valor da terra nua é definido pela Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária (SARA) de cada estado brasileiro. Esse valor é calculado com base em critérios como o tipo de solo, a localização do imóvel rural e a atividade desenvolvida no local. Aplicação de Multas e Juros Caso o contribuinte não realize o pagamento do imposto dentro do prazo estabelecido, serão aplicadas multas e juros sobre o valor devido. A multa é de 1% ao mês sobre o valor do imposto devido, limitada a 20%. Já os juros são calculados com base na taxa Selic. Para evitar a aplicação de multas e juros por atraso no pagamento do imposto, é importante que o contribuinte fique atento aos prazos estabelecidos pela Receita Federal e realize o pagamento dentro do período determinado. Em resumo, o cálculo e pagamento do ITR são procedimentos que devem ser realizados com atenção pelo contribuinte. O valor do imposto é determinado a partir da área total do imóvel rural e do valor da terra nua, e o não pagamento dentro do prazo estabelecido pode resultar em multas e juros sobre o valor devido. Regularização de Pendências e Multas Quando um contribuinte não realiza a entrega do ITR no prazo estipulado pela Receita Federal, ele fica sujeito a multas e juros que podem se acumular ao longo do tempo. Para regularizar a situação, é necessário seguir alguns passos. Negociação de Dívidas O primeiro passo é acessar o site da Receita Federal e verificar a existência de dívidas pendentes. Em seguida, o contribuinte pode optar por negociar o pagamento das dívidas através do e-CAC, o Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte. No e-CAC, é possível realizar o parcelamento das dívidas de ITR e outras multas com códigos de receita específicos. Para isso, basta acessar a seção de Pagamentos e Parcelamentos e selecionar a opção de Parcelamento - Solicitar e Acompanhar. Ato Declaratório Ambiental (ADA) Outro ponto importante a ser considerado na regularização de pendências e multas relacionadas ao ITR é o Ato Declaratório Ambiental (ADA). O ADA é um documento emitido pelo IBAMA que comprova a regularidade ambiental da propriedade rural. Para emitir o ADA, é necessário informar os dados da propriedade e realizar o pagamento da taxa correspondente. A emissão do ADA é obrigatória para todas as propriedades rurais, independentemente do tamanho ou da atividade desenvolvida. Ao seguir esses passos, o contribuinte pode regularizar sua situação com a Receita Federal e evitar o acúmulo de multas e juros. É importante lembrar que a regularidade ambiental da propriedade também é uma obrigação legal que deve ser cumprida pelo proprietário. Prazos e Procedimentos de Fiscalização A declaração anual do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) é obrigatória e deve ser realizada dentro do prazo estipulado pela Receita Federal. O prazo para a declaração do ITR é entre os meses de agosto e setembro de cada ano, e o contribuinte deve estar atento para não perder o prazo final. Prazo Final para Declaração Anual O prazo final para a declaração anual do ITR é sempre no final de setembro, e o contribuinte que não cumprir com essa obrigação pode sofrer sanções e multas. É importante ressaltar que a Receita Federal tem um rigoroso controle sobre as declarações, e qualquer inconsistência pode ser considerada fraude. Ações de Fiscalização da Receita Federal A Receita Federal realiza ações de fiscalização para verificar a veracidade das informações declaradas pelos contribuintes. Essas ações podem ser realizadas a qualquer momento, e o contribuinte deve estar preparado para apresentar documentos e comprovantes que comprovem as informações declaradas. Os fiscais da Receita Federal podem realizar visitas às propriedades rurais para verificar a existência de culturas e benfeitorias, além de conferir a área e a localização da propriedade. O contribuinte que não cumprir com as obrigações fiscais pode sofrer sanções, multas e até mesmo ter a propriedade rural penhorada. Portanto, é fundamental que o contribuinte realize a declaração do ITR dentro do prazo estipulado pela Receita Federal e mantenha todas as informações e documentos atualizados e em dia. Dessa forma, ele estará evitando problemas com a fiscalização e garantindo a regularidade de sua propriedade rural. Dicas para Evitar Atrasos Futuros Para evitar atrasos futuros na entrega do ITR, é fundamental que o contribuinte esteja organizado e atento aos prazos e leis relacionados ao imposto. Nesta seção, serão apresentadas algumas dicas que podem ajudar a manter a regularidade fiscal do imóvel e evitar multas e juros. Organização de Documentos A organização de documentos é um fator importante para evitar atrasos na entrega do ITR. É recomendado que o contribuinte mantenha uma pasta ou arquivo com todos os documentos relacionados ao imóvel, como escrituras, matrículas, contratos de compra e venda, entre outros. Além disso, é importante manter os documentos atualizados e em ordem cronológica para facilitar a consulta e a elaboração da declaração. Acompanhamento de Prazos e Leis O acompanhamento de prazos e leis é outro fator importante para evitar atrasos na entrega do ITR. O contribuinte deve estar atento às datas de vencimento da declaração e aos prazos estabelecidos pela Receita Federal para a entrega de documentos e pagamento de impostos. Além disso, é fundamental conhecer as leis relacionadas ao ITR e estar atualizado sobre possíveis mudanças na legislação. Em resumo, a organização de documentos e o acompanhamento de prazos e leis são fundamentais para evitar atrasos na entrega do ITR e manter a regularidade fiscal do imóvel. Investir tempo e recursos na organização e no planejamento pode resultar em economia de tempo e dinheiro no futuro. Read the full article
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schoje · 2 months ago
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São João do Oeste, situada no Extremo Oeste, é reconhecida por lei como a Capital Catarinense da Língua Alemã FOTO: Rodolfo Espínola/Agência AL Em 2024 são celebrados os 200 anos da imigração alemã para o Brasil. Os primeiros imigrantes começaram a povoar a região Sul do país em 1824, a partir de São Leopoldo, Rio Grande do Sul. Em Santa Catarina, eles chegaram há 195 anos, formando a primeira colônia em São Pedro de Alcântara. São vários os municípios catarinenses colonizados pelos alemães e que preservam até hoje a história, cultura e tradições trazidas pelos imigrantes. Nesta série de reportagens especiais vamos contar um pouco dessa história. Em São João do Oeste, município do Extremo Oeste do estado e que ostenta o título de Capital Catarinense da Língua Alemã, o foco é a preservação do idioma entre os seus habitantes. Em São Pedro de Alcântara, na Grande Florianópolis, é resgatada a história da chegada dos primeiros imigrantes para Santa Catarina. Já em Pomerode, no Vale do Itajaí, buscou-se a influência da tradição e costumes alemães para o fomento do turismo. Os textos e as fotos produzidas podem ser acessados no site da Agência AL. São João do Oeste, capital catarinense da língua alemã Muito além das belas paisagens rurais ou das águas termais mais quentes do Sul do Brasil, São João do Oeste oferece ao visitante uma experiência nova a quem está acostumado com as grandes cidades brasileiras. Aqui se ouve cotidianamente o idioma alemão ou, mais precisamente, o dialeto Hunsrückisch, herdado dos imigrantes provenientes do sudoeste da Alemanha. Ele está presente nas rodas de amigos, no comércio, nas celebrações religiosas e até no atendimento feito na prefeitura. Não por coincidência, no ano de 2008 o município do Extremo Oeste catarinense foi reconhecido em lei estadual, aprovada pela Assembleia Legislativa, como a Capital Catarinense da Língua Alemã. A manutenção do idioma é um orgulho para os cerca de 6 mil habitantes da cidade, dos quais cerca de 90% ainda o utilizam, em maior ou menor grau, nas conversas diárias. Moradora do município, Leoni Babick afirma que já está buscando repassar a tradição oral recebida dos antepassados para as filhas Emy, de 4 anos, e Clara, de 5 meses. “Já tive a oportunidade de ir para a Alemanha e me senti em casa, lembrando de tudo o que a minha avó falava. Agora quero repassar essa tradição também para as minhas filhas, para que o idioma não se perca e para que elas também possam ter essa vivência”, disse Leoni. O seu esposo, Rafael Arnold, entretanto, disse temer que a tradição se perca, sobretudo depois do fechamento das pequenas unidades escolares que até o ano de 2008 atendiam a zona rural do município. “Até os sete anos de idade eu só falava alemão, que também era usado normalmente entre os professores e alunos. Com o fechamento das escolas isoladas acredito que o processo fique mais complicado, mas precisamos insistir para que esse costume não se perca.” Ciente do valor do idioma germânico para a sua população local, o Município reconhece em lei, desde 2016, o alemão como língua cooficial, ao lado do português, com o seu ensino integrando a grade curricular de alunos da educação infantil, ensino fundamental (entre o 1º e o 5º ano) e ensino médio. De acordo com Lovane Inês Drebel, que leciona alemão no Colégio de Educação Infantil Jesus Menino, o ensino do idioma é uma tradição no município desde os tempos dos primeiros colonizadores, quando era ministrado em uma edificação que servia tanto como escola como igreja. “Já no início da nossa cidade, havia as schulkapelle, nas quais as crianças recebiam aulas durante a semana, todas em língua alemã, inclusive nos sábados, e no domingo lá havia o culto, a celebração religiosa.” Atualmente, optou-se por ofertar na rede municipal o ensino do Hochdeutsch, versão oficial do idioma alemão utilizado na Alemanha, em complemento ao dialeto Hunsrückish, falado entre os familiares, como forma de capacitação para o mercado de trabalho.
“É um complemento. Ter conhecimento de duas ou três línguas abre um leque de novas possibilidades para eles, como poder ir para a Alemanha ou servir como um diferencial para um emprego.” Alemães e católicos Muito além do idioma, os atuais moradores de São João do Oeste compartilham diversas outras particularidades com os primeiros colonizadores do município, como o forte laço com a religião católica. De acordo com o professor Otávio Follmann, curador do Museu Municipal Padre Guido Roque Lawisch, o processo de ocupação da região, iniciado no ano de 1926, foi coordenado pela Volksverein (associação do povo, em tradução literal), que tinha normas estritas para quem quisesse se instalar em suas colônias e lotes. A iniciativa, denominada Projeto Porto Novo, atraiu agricultores de diversas localidades do Rio Grande do Sul, dando origem não só ao município de São João do Oeste, mas também à Itapiranga e Tunápolis. “Havia duas exigências: ser de origem alemã e católico. Se não atendesse essas condições, era encaminhado para cidades vizinhas, como Mondaí.” O elevado fervor religioso dos primeiros colonizadores também pode ser medido pelo principal templo do município, a Igreja Matriz São João Berchmans, entre as maiores edificações do tipo na América Latina, feita totalmente de madeira, com o vão central medindo 14x28 metros. Sua construção foi iniciada no ano de 1945 por meio do trabalho voluntário e das doações de 60 famílias, com a inauguração acontecendo três anos depois. Atualmente é considerada o cartão postal da cidade, sendo visitada por milhares de turistas todos os anos. “Tudo isso foi feito no braço, já que não havia máquinas para auxiliar. As dificuldades foram vencidas pela fé e a determinação”, destaca o professor Flávio Weber. De acordo com o padre Hugo Mentges, pároco da Igreja Matriz São João Berchmans, a estrutura segue sendo um símbolo do ímpeto das famílias que desbravaram a região. “Os primeiros imigrantes que entraram tinham essas preocupações: construir igrejas, construir escolas e cultivar a sua cultura. E isto, esses pilares, continuam bem fortes até hoje aqui nesta parcela do povo de Deus de São João do Oeste.” Envolvimento da população O forte legado dos colonizadores de São João do Oeste também pode ser sentido por meio de outras manifestações culturais, como a música, a dança e a gastronomia. E para congregar e fomentar ainda mais os costumes e valores alemães, desde 2009 o município realiza a Deutsche Woche (Semana Alemã), promovida anualmente, durante o mês de julho e que já está na 14ª edição. “Então, durante oito dias de atividades tudo isso é trazido à tona e dada uma ênfase muito especial, com uma programação específica para enaltecer cada uma dessas manifestações. Isso transmite longevidade e perpetuação da cultura alemã para as novas gerações que estão chegando”, explica André Klunk, coordenador da festa. Outro traço herdado dos primeiros moradores da cidade e que pode ser sentido ainda hoje, acrescenta Klunk, é a organização. “São João do Oeste é uma cidade que desde a sua fundação, desde que foi emancipada, nunca teve serviço de limpeza de ruas. Isso quem faz aqui é a própria população, que sempre teve o costume de deixar as suas casas bonitas.” A Deutsche Woche é resultado de uma parceria entre o poder público municipal e a Associação Cultural Alemã de São João do Oeste (Acasjo), entidade mantenedora de diversos grupos culturais na cidade, como coral, dança folclórica, orquestra e patinação artística. Conforme o presidente da Acasjo, Pedro José Lottermann, quase todos os moradores da cidade possuem algum familiar participante de um grupo cultural. “Hoje, somando todos os integrantes da associação, temos quase o mesmo número que os de alunos da rede municipal até o 5º ano.” Somente no Grupo de Danças Folclóricas Alemãs Liebe Zum Tanz (amor à dança), são cerca de 200 participantes, que se dividem em diversas categorias, como mirim, infantil, juvenil, e adulto. O conjunto realiza apresentações não só na região, mas também em outros estados e países.
O último país a ser visitado foi a Alemanha, em setembro de 2023 Um dos destaques, entretanto, é a orquestra Clave de Sol, que atende 28 crianças e jovens, entre os 8 e os 17 anos, em iniciação à formação musical, com aulas de instrumentos e canto. Em seus dez anos de atividades, cerca de 200 pessoas já foram atendidas, de forma totalmente gratuita. Os melhores alunos também são selecionados para participar da orquestra principal, que promove apresentações abordando um repertório musical eclético, mas sem perder o contato com as tradições germânicas. De acordo com Henrique Drebel, fundador e atual maestro da Clave do Sol, um dos objetivos da orquestra é justamente promover a cultura do município. “Nosso propósito é difundir um pouco do que a gente produz culturalmente aqui em São João do Oeste para outras localidades de Santa Catarina e também a outros estados. Sempre compartilhando esse projeto, compartilhando essa ideia da nossa cultura, que também hoje se mescla com as outras culturas adjacentes aqui da nossa região.” Atualmente, a orquestra ensaia um musical em homenagem aos 200 anos da imigração alemã para o Brasil, que retrata as canções que eram cantadas pelos viajantes em direção ao país. “Nós fizemos uma ampla pesquisa com os nossos integrantes, inclusive com os seus avós, para que eles compartilhassem um pouco dessa cultura, dessas músicas, e aí montamos um medley [junção de trechos musicais] onde tentamos retratar essa ideia da saudade da terra natal, que eles ainda sentem ainda hoje em dia.” Raoni Bruno Wirth, de 17 anos, que no musical faz um solo cantando em alemão, destaca a importância da orquestra para os jovens do município. “A orquestra é uma grande família, é um projeto muito lindo, que vai muito além de aprender a tocar um instrumento ou aprender a cantar. Ela proporciona uma bagagem cultural muito grande, que você leva para a sua vida toda.” O jovem, que iniciou ainda criança a praticar violão e canto, já sente saudades antecipadas do grupo, do qual está prestes a deixar. “Este é, provavelmente, o meu penúltimo ano aqui na orquestra, mas eu fico muito grato por participar desta grande história, que foi compartilhada também com muita gente que já entrou e saiu dela. Isso é maravilhoso, eu garanto. E falo por mim e por todos os que estão aqui.” Alexandre Back AGÊNCIA AL Fonte: Agência ALESC
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agroemdia · 2 months ago
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Governador Caiado anuncia a criação do Agrocolégio Maguito Vilela
Projeto conta com apoio da Secretaria de Estado da Educação e da Emater Goiás. Unidade vai oferecer capacitação profissional a jovens do meio rural e facilitar inserção no mercado de trabalho
O governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária, lançou, nessa quinta-feira (12/09), o Agrocolégio Estadual Maguito Vilela, unidade que funcionará no Centro de Treinamento da Emater Goiás. O projeto é inédito e vai oferecer ensino técnico profissional integrado ao Ensino Médio para jovens…
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