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emmieedwards · 1 year ago
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Resenha: Skyward, de Brandon Sanderson
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Livro: Skyward - Conquiste as Estrelas Série: #1 - Série Skyward Autor: Brandon Sanderson Gênero: Sci-Fi, Fantasia, YA Ano de Publicação: 2018 Editora: Planeta Minotauro Páginas: 400 Classificação: +12
Esse livro é uma das razões porque o gênero sci-fi (tanto na literatura quanto na arte visual) é um dos meus favoritos.
Há muito tempo, depois de passarem um período no espaço a humanidade foi obrigada a se refugiar em Detritus, um planeta um tanto hostil protegido por uma camada de detritos que separa a civilização do céu. Desde que seu pai mostrou as estrelas numa breve abertura nessa camada, Spensa ficou fascinada com a vastidão. Ela sabia que estava destinada a voar como seu pai e ser tão talentosa e respeitada quanto ele. Mas quando Chaser é chamado para uma batalha contra os temidos Krells — alienígenas que vira e mexe estão tentando aniquilar os humanos —, acaba sendo abatido por seus próprios amigos por ser um covarde e abandonar sua esquadrilha no meio da luta, Spensa ganha um título que ela nunca pensou receber: Spensa Nightshade, a filha de um covarde. Apesar de ela ter certeza que seu pai é inocente e que o que contam a ela não é a verdade, Spin (seu codinome) sabe que para ter alguma influência para alguém acreditar nela, precisa ter uma posição de destaque. Como a de piloto. Mas entrar para a Federação não vai ser tão fácil quanto ela pensa, mesmo tendo se preparado como pôde há anos. Ninguém está disposto a dar uma chance para uma possível covarde.
Mas tudo pode começar para mudar para Spin quando ela acaba achando um caça-estelar quebrado e antigo, mas com uma tecnologia muito mais aprimorada do que ela conhece. A nave tem até uma inteligência artificial capaz de se comunicar com ela e, apesar de ter parte do seu banco de dados corrompido, ela pode mudar todo o jogo. Isso se Spin conseguir consertá-la e convencê-la a voar. Tá aqui mais um livro que entrou fácil na lista de favoritos desse ano. A quantidade de surtos que eu tive lendo foi quase um recorde, acho que sinceramente nunca vibrei tanto quanto nessa leitura. Sanderson tem um jeito todo particular de te imergir na situação que é quase como se pudéssemos sentir a mesma adrenalina que os personagens estão sentindo. As cenas de batalha são enérgicas que quase faz você sair pulando de animação. Além disso, a protagonista, Spensa, é uma personagem extremamente bem construída. O crescimento e evolução de personalidade dela é visível e impressionante. E o M-Bot, a inteligência artificial, sem dúvidas foi um dos pontos altos do livro. Alô, mãe, estou apaixonada por uma máquina fictícia 🤣. O livro tem aquela pegada bem adolescente, mas uma profundidade bem madura. Certeza que vai entrar para os favoritos da vida ❤️ Esse foi o meu primeiro contato com Sanderson e eu já tô maravilhada. Skyward é o primeiro de possíveis quatro livros (e um conto) e é publicado pela Planeta Minotauro aqui.
Alguém aí já leu? Já pensaram em dar uma chance para o gênero? Conta nos comentários 🥰
NOTA: ★★★★★ 5/5 + ❤️
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*resenha escrita e publicada originalmente no instagram em 2020*
L I V R O D I S P O N Í V E L N O KINDLE UNLIMITED
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euinsisto · 2 years ago
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Jamais peço desculpas por me derramar | Ryane Leão
Jamais peço desculpas por me derramar | Ryane Leão
Jamais peço desculpas por me derramar, reúne poesias de Ryane Leão leio bem pouco deste gênero então me surpreendi muito por ter gostado do livro. Um livro com poesias diversas indo desde momentos do seu dia a dia até sentimentos e desejos, mas que sintetizam uma pessoa e sua vida. “as mudanças mais bonitas não vêm com calma e sossego são uma ventania incontrolável jogando tudo pra cima nada cai…
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ninaemsaopaulo · 23 days ago
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Estou chocada: a enciclopédia Barsa ainda existe. Tem 18 volumes e é publicada pela editora Planeta.
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geekpopnews · 1 year ago
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Livro “Quarta Asa” de Rebecca Yarros será lançado em 2024
Rebeca Yarros é a autora de Quarta Asa, o romance best-seller conta a história de Violet Sorrengail e a sua jornada para se tornar uma cavaleira. Saiba mais aqui: #quartaasa #rebecayarros
Quarta Asa, o primeiro livro da série The Empyrean, de fantasia romântica, escrito por Rebecca Yarros, será lançado no Brasil no primeiro semestre de 2024 pela Editora Planeta de Livros. A história de Quarta Asa se passa em um lugar fictício. O reino de Navarre está em guerra com o reino de Poromiel, mas ambos tem uma ligação por causa de um acordo comercial. É neste cenário que dragões e…
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o-druida-ebrio · 3 months ago
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— Rubem Alves, no livro “Rubem Alves Essencial”. (Editora Planeta; 1ª edição [2015]).
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euamoescrever · 11 months ago
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Oi, pessoal! Quanto tempo que não apareço por aqui, que saudade do meu bloguinho! <3 Fico real surpresa como que sempre tem pessoas consumindo meu conteúdo, mesmo após anos de tê-los postado, como tudo ainda é relevante! Quero muito voltar a responder às perguntas de vocês, tem muita coisa aqui na minha caixa de mensagens.
Sobre o meu sumiço: apenas a vida acontecendo. Hoje lidero um escritório de arquitetura que consome boa parte do meu tempo, parei real de consumir conteúdos de escrita (tanto leitura quanto escrita), então realmente me desconectei com esse universo que criei aqui na internet.
Recentemente voltei a escrever como recomendação da minha psicóloga, a famosa "escrita terapêutica", que nada mais é que um diário pessoal da vida adulta. Confesso que chorei muito quando pensei em fazer isso, pois desbloqueou muitas lembranças e sonhos perdidos em minha mente, de quando achava que meu futuro era junto aos livros, como escritora renomada e publicada por alguma editora grande do país. Escrever fazia parte de mim, era o que me alimentava todos os dias e foi o que me sustentou em muitos momentos difíceis da minha jornada nesse planeta... Mas como falei ali em cima, a vida aconteceu.
Enfim, voltar a escrever, mesmo que de forma terapêutica, me deu um gás para voltar a exercer minha comunicação com palavras escritas (sou real viciada em áudios no WhatsApp, me julguem!), e mergulhar em reflexões e pensamentos mais poéticos. Eu tinha esquecido do quão gostoso é escrever e reler tudo que foi escrito!
Queria só passar para dizer um (longo) oi e que estou viva!
Feliz 2024, galerinha! <3
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dragaorpg · 6 months ago
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Kien, RPG de Game Boy Advance, finalmente está disponível
A editora retrô Incube8 Games e o estúdio de desenvolvimento independente AgeOfGames têm o prazer de anunciar que Kien, para o Game Boy Advance, já está disponível em cartucho físico. Originalmente desenvolvido no início dos anos 2000, Kien está disponível agora e pronto para ser apreciado pelos fãs. Descubra o segredo de Kien. Por 7.000 anos, o planeta Malkut foi sabiamente governado pelos 7…
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cristotudoemtodos · 7 months ago
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“No universo existe um número de estrelas maior do que o número de todos os grãos de areia de todas as praias e de todos os desertos do planeta Terra.” - LOURENÇO, Adauto. A Igreja e o criacionismo. 2ª reimpr. São José dos Campos: Editora Fiel. 2018. p. 66.
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liel-sumeragi · 7 months ago
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Moçambique com Z de Zarolho
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Livro do mês de maio - Clube do livro do Belas.
Título: Moçambique com Z de Zarolho
Autor: Manuel Mutimucuio
Editora: Dublinense
“Manuel Mutimucuio, autor Moçambicano nascido na capital, Maputo, em 1985. Doutor em Economia Política pela Universidade de Coimbra e atua como consultor internacional de gestão de recursos naturais. Sua literatura se caracteriza pela análise social e pelo questionamento do status quo.” Que é exatamente o que Mutimucuio faz neste seu livro: questionar o status quo com muita sátira. 
A história é desencadeada pelo seguinte: o governo com o argumento de melhorar sua posição no cenário capitalista global e promover o que chama de o  Renascimento Moçambicano, quer aprovar uma lei que faça do inglês a língua oficial de Moçambique. 
Vamos então observar quais seriam as consequências para as várias camadas sociais pelo ponto de vista de Hohlo, que trabalha como empregado doméstico para Djassi, um político que é contra a mudança. 
Hohlo admira o patrão e estuda para ser como ele: falar bem aquela que é até o momento a língua oficial, o Português. Teoricamente isso lhe daria acesso a melhores oportunidades de ir atrás de melhores condições econômicas.
O que ele não faz ideia é que as elites estão muito mais à frente do que ele imagina… Os ricos e poderosos veem o inglês como a língua mais importante. Seus filhos estudam em escolas bilíngues e eles próprios estudaram em universidades de língua inglesa, e assim, olhando para o próprio umbigo, querem forçar que o inglês substitua o portugues como língua oficial. Sem levar em conta que grande parte da população, principalmente a área rural e a população mais pobre, não aprendeu nem mesmo o português (tornado língua oficial durante o período colonial). 
Djassi, patrão de Hohlo vota contra, mas não por altruísmo, por motivos pessoais seria prejudicial para ele a mudança. 
É interessante notar como há um paralelo entre Hohlo e Djassi. Os dois querem ascensão social. E podemos ver que mesmo que exista uma enorme distância (enorme mesmo!) entre as condições dos dois, ainda assim existem pessoas em melhores condições que Djassi e pessoas em piores condições que Hohlo. De certa forma eles são o meio entre os extremos.
Sendo a questão da língua o ponto central refletimos sobre poder. Dominação cultural. Colonialismo. Como conhecimento e educação são importantes. 
Sobre o texto, a edição mantém palavras que não são do nosso costume (o que pelo menos para mim só tornou a leitura mais rica!). Algumas palavras eu já conhecia do vocabulário de Portugal, como telemóvel ou autocarro, mas outras tive que ir decifrando pelo contexto, como chapa, matrecos ou parangona.
Decifrar pelo contexto ou pesquisar mesmo. Se tem algo que esse livro me inspirou a fazer foi pesquisar. Não só palavras, mas sobre Moçambique. Foi só em 1975 que o país se tornou independente e logo caiu em um período de guerra civil, de forma que somente em 1994, realizou as suas primeiras eleições. 
A língua oficial é o português, mas este é falado como segunda língua e apenas por cerca de metade da população. Entre as línguas nativas mais comuns estão o macua, o tsonga, ndau, chuabo e o sena.
A população de cerca de 30 milhões de pessoas é composta predominantemente por povos bantus. 
A religião com o maior número de adeptos é o cristianismo, mas há uma presença significativa do islamismo.
As taxas de PIB per capita, índice de desenvolvimento humano (IDH), desigualdade de renda e expectativa de vida de Moçambique ainda estão entre as piores do planeta.
E todos esses dados sobre línguas, desigualdade, pobreza… o texto não nos fala assim (como na wikipédia) ele nos mostra na prática na vida dos personagens!
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Gostaria de comentar o final.
*************** !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! *************
Então a partir daqui ZONA DE SPOILER!!!
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É que o final pode parecer destoar um pouco do que o livro vinha entregando. Não pela morte de Hohlo… esta se não foi previsível é ao menos coerente.. o que parece destoar é o “como”... um livro que vinha sendo muito embasado nos aspectos práticos e materiais. Em dinheiro e assuntos cotidianos, de repente está mergulhado em misticismo e crenças. Não estou falando que não gostei do final, pelo contrário, gostei! foi uma cena forte e envolvente. terminei o livro lamentando a morte do Hohlo, mas bem satisfeito com essa última carga de sentimentos indefinidos de tristeza,revolta e conformismo… mas não tenho como negar que senti sim como sendo um final destoante; algo deslocado do resto.
bem… como disse no início esse foi o livro do clube do Belas. No encontro anotei sobre o final a seguinte frase de um dos colegas: “ … todo o projeto modernizador proposto durante todo o livro não consegue apagar (ou dar conta) das tradições arraigadas. Não é atoa que a última palavra do livro é mistério.”
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claudiosuenaga · 2 years ago
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Antonio de Jesus: Um escritor de ficção científica injustiçado e perdido no futuro [Matéria de Cláudio Suenaga publicada na Revista COSMOVNI nº 06, junho de 2023]
Agradeço ao insigne editor Prof. Dr. Flori Antonio Tasca, bem como a Diego Tesser e a todos os membros do Conselho Editorial da COSMOVNI, pela publicação na última edição da revista da matéria em que resgato o único livro de ficção científica lançado por Antonio de Jesus e lhe presto uma singela e póstuma homenagem, ele que foi injustamente esquecido e jamais reconhecido.
Entre tantos escritores talentosos, desconhecidos e esquecidos porque jamais publicados ou bem divulgados, Antonio de Jesus (1949-2002) sem dúvida foi um dos mais injustiçados. Em 1986, seu primeiro e único livro, Deuses: Temíveis Guerreiros Cósmicos, era lançado pela pequena e amadorística Editora Soma, de Guido Fidelis e Torrieri Guimarães, já condenado a ser ignorado e desprezado devido à completa ausência de um esquema de distribuição. Encontrei o livro por acaso no ano seguinte em um atacado de livros na Avenida São João em meio a outros em oferta e liquidação a um preço aviltantemente baixo.
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A fotomontagem da capa de Durval Mokarzel Guimarães ostentava sobre um fundo estrelado, na parte superior, a sonda Voyager indo em direção a galáxia do Sombreiro ou NGC 4594, na parte central um microcomputador da época “teclado” por um ET chifrudo que sai do canto inferior esquerdo e encimado por um c��rebro humano flutuando no interior de um monitor transparente. À primeira vista, e até pelo título, pensei tratar-se de uma obra na linha dos deuses astronautas, logo desmentido pela contracapa que esclarecia e confundia ao mesmo tempo, dadas as disparidades:
“Em ficção científica: Discos voadores, origens e consequências; Alecrin: o 10º planeta do sistema solar e seus temíveis habitantes; Dilúvio e destruição de Sodoma e Gomorra; Asteroide: Antigo planeta dos Deuses destruído por armas jamais imaginadas pelo homem; Cérebro Humano: 90% afetado por bactérias enviadas de outro planeta, enfim a restauração após o apocalipse; Cidade do futuro e sistema metroviário; Telepatia, o novo sistema de comunicações de massas; Contração do Universo: tudo em chamas em suas marchas fúnebres em busca do nada. Fora de ficção científica o leitor irá encontrar o máximo em violência urbana. Cortiço Urbano: tragédia e humor; A morte o antídoto de um veneno chamado Vida; E outras estórias regionais paulistanas.”
Do espaço sideral, da ficção científica e ufologia aos protocolos literais da mais crua e ingente realidade das periferias paulistanas: tão atordoante salto não se via desde Matadouro 5 (Slaughterhouse-Five, lançado em 1969), de Kurt Vonnegut Jr. (1922-2007).
Leia e baixe a edição integral da revista em meu Patreon: https://www.patreon.com/posts/84881882
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ateaultimapagina · 2 years ago
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Novidade | "Princesas Mortas não se Apaixonam", de Raíssa Selvaticci
“Princesas Mortas não se Apaixonam”, de Raíssa Selvaticci publicado pela Editora Outro Planeta. Sinopse: Nascida na família real britânica, Amélia Mountbatten Wales jamais seria uma adolescente comum. Foi por isso que criou Holy, um disfarce perfeito para explorar Londres sem o peso dos deveres reais. A farsa e a realidade vividas pela princesa pareciam incapazes de colidir até conhecer, sob o…
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blogdojuanesteves · 2 years ago
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Kepler-186F > Marcel Fernandes. Eremita > Thays Bittar. Suspensão > Chen Hui Li. Errante > Fernando Angulo.
A Edições Olhavê, criada pela antropóloga e curadora Georgia Quintas e pelo fotógrafo e editor Alexandre Belém, ambos pernambucanos radicados em São Paulo, chega ao décimo número da coleção OLHAVÊ [PROJETO]. Uma editora independente com interesse em fotografia e imagem é dedicada a trabalhos autorais que incluem processos de criação e edição. Como eles mesmos contam: "Temos especial interesse na reflexão sobre como narrar poeticamente temas, sensações, metáforas, ensaios. Enfim, caminhamos pela edição e montagem da escrita visual." O casal acrescenta que seus projetos são humanizados, dialogados, delicados e concentrados no espírito de experimentar e pensar a fotografia com seus autores.
Uma editora pequena, mas muito consistente e com conteúdo de qualidade, como vemos no livro Tempos Arenosos ( Olhavê, 2015) da artista visual Elaine Pessoa [ leia review aqui https://blogdojuanesteves.tumblr.com/post/177092844836/tempo-arenoso-elaine-pessoa ] ou Antes do Inverno ( Olhavê,2020) da fotógrafa Chen Hu Li, [ leia aqui review em https://blogdojuanesteves.tumblr.com/post/611055501151698944/antes-do-inverno-edolhav%C3%AA-2020-da-chinesa ] acrescenta agora mais quatro edições à esta coleção trazendo como nº7 Marcel Fernandes, nº8 Thays Bittar, nº 9 a já mencionada Hu Li e nº 10 Fernando Angulo.
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Os volumes seguem a linha da coleção, tanto visualmente no design quanto em sua construção mais ontológica, onde Quintas e Belém assumem além da edição das imagens, a narrativa e o desenho das páginas. Um trabalho que demandou uma parceria longa entre eles e os autores, cerca de oito meses com cada um, sendo que alguns tiveram mentoria por vários anos, o que certamente é notável.
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No conjunto dos livros, trazem um formato  contemporâneo mais enxuto em apenas 32 páginas, mas que penetram na essência da obra de seus autores, o que os distancia de  muitas publicações similares cujo excesso de imagens peca pela falta de coesão e narrativas insustentáveis. Uma qualidade que podemos observar também em outros livros desta coleção como Vigília (Olhavê, 2015) de Katia Kuwabara e Branca (Olhavê, 2015) de Ligia Jardim, respectivamente  os dois primeiros publicados. [ leia aqui review sobre estes em https://blogdojuanesteves.tumblr.com/post/139794095461/branca-ligia-jardim-vig%C3%ADlia-katia ].
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Kepler-186F de Marcel Fernandes, o nº7, é articulado com uma narrativa que utiliza a ideia da ciência e ficção para construção de seu processo artístico - onde vemos imagens construídas, ora com interferências de ilustrações como meteoritos ou estações espaciais, planetas, vegetações, desenhos antigos, cuja inspiração vem dos antigos mistérios da astronomia. Seu ponto de partida é um diálogo com a descoberta pela NASA de um planeta irmão da Terra, cujo objetivo é promover uma viagem atemporal com o espectador, o que nos lembra da mostra Abstraction in Photography, montada em 1951 no Museum of Modern Art ( MoMA) de Nova York pelo curador  Edward Steichen (1879-1973) que reunia trabalhos de 75 fotógrafos. Entendendo aqui como “abstração” ele escrevia que as fotografias tinham um grande range: imagens científicas, arranjos de padrões gerados mecanicamente e até formas orgânicas naturais. O que nos leva também ao livro O Falcão Peregrino ( Ed.Laranja Original, 2019) do fotógrafo Feco Hamburger onde imagem e prosa estão entrelaçadas em uma narrativa poética que equilibram-se em memórias afetivas do autor, que se utiliza mais de dados científicos do que históricos que dialogam com as paisagens da atmosfera, superfície e cavernas, no trajeto da ficção e não ficção. 
No Nº8,  Eremita, de Thays Bittar, nos mostra o dia a dia do avô da fotógrafa em seus 89 anos. O título vem de uma afirmação do protagonista que intitula-se “O Eremita da Montanha" uma alusão a sua moradia na cidade de Atibaia, no interior de São Paulo. No entanto, o espectador deve abandonar a ideia de um personagem sartreano ou nietzschiano em sua proposta ética como resultado da condição humana. O senhor Silvério Carrião Neto, parece ser feliz onde está. 
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Thays Bittar, que é filha de dois fotógrafos que foram importantes jornalistas, João Bittar (1951-2011) e Marisa Carrião, não nega suas origens quando faz um registro documental de seu avô durante a pandemia de Covid-19, quando viveu com o mesmo ajudando nas funções práticas, e como ela mesmo diz, fazendo-lhe companhia. É um livro que usa chiaroscuro em preto e branco com fortes contrastes, mas não dramático, mesmo com  uma certa densidade no clima uma vez que as fotografias registram seu assunto de maneira solitária. Entretanto, o mesmo é poético graças a narrativa que nos dirige para um final feliz.
Já faz algum tempo que os fotolivros mais contemporâneos, em especial da Olhavê, abrigam histórias íntimas, afetivas, domésticas e familiares, seja de uma maneira como esta, mais documental, ou outras mais ontológicas, como no Branca, de Ligia Jardim, acima citado, ou  Baches ( Olhavê, 2015) de Monteserrat Baches, [ leia aqui review em https://blogdojuanesteves.tumblr.com/post/112434321856/baches-de-montserrat-baches ] cujo mote é a convivência da fotógrafa com seus pais, já idosos e seu denso relacionamento permeado por décadas. Especula-se sobre certa familiaridade através de imagens cuja intimidade nos parece nítida. A compreensão maior cabe ao leitor atento. Mais do que isso, o que importa é o percurso criado pela autora, seus passos e a percepção do trajeto como um todo, o que reconhecemos também em Eremita.
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Suspensão, o nº 9, de Chen Hui Li , é a transposição fotográfica de sensações e sentimentos de outrora, escolhendo como representação a natureza gelada de algum lugar - não identificado - na beira de um oceano e nas sutilezas de um personagem que podemos imaginar ser a autora, pela última imagem, refletida no chão molhado, ou no interior de uma casa, e seus vestígios existenciais, que podemos fazer uma analogia com seu livro Antes do Inverno, citado acima igualmente. 
O conjunto que nos remete ao primeiro livro, cria segundo os editores, responsáveis pela narrativa, um certo labirinto imaginário, um misto de emoções como desalento, desamparo, dúvidas e solidão, evocados pela autora. No entanto, abdica de problematizações maiores, visto a literalidade da proposta, ainda que não exista como nos demais livros, nenhum texto a ajudar o leitor, o que seria desnecessário diante dos matizes escolhidos por ela.
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Interessante notar o páthos nos artifícios da representação dos aspectos do íntimo na produção imagética mais atual, ainda que nestes casos não deixe de ser uma abordagem criativa, resultante da aproximação entre autor, seus lugares e personagens, e na proposição de um encontro com o espectador, a interagir entre os diversos sentimentos ali expostos, como uma explícita vulnerabilidade, ou que estes assuntos possam ser tomados como signo (ainda forte em seu significado), como apontam respectivamente Charlotte Cotton, curadora inglesa, em seu livro The photograph as Contemporary art ( Thames & Hudson, 2004) e Jean Baudrillard (1929-2007) em seu ensaio The Ecstasy of communication (The Anti-Aesthetic - Essays on Postmodern Culture (The New Press, 1998).
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Errante é o fotolivro nº10 da coleção Olhavê {Projeto} mostra o sentido da discussão da fotografia por ela mesma, como elemento gráfico, de registro de um tempo sem uma problematização exagerada de seu conteúdo. Fernando Angulo, seu autor, reúne imagens captadas durante viagens na década de 1990. Um conjunto que destaca a paisagem vista pelo parabrisa de um carro, possíveis acompanhantes seus, fragmentos da natureza, detalhes como mãos e flores. No entanto, o conjunto não deixa de cutucar o espectador, a impressão é que estamos em uma espécie de estética da "nouvelle vague" brasileira. 
Para os editores, o autor busca o delicado equilíbrio dos aspectos transitórios, os quais representam a dualidade da vida, imerso em universo introspectivo e atemporal, a registrar sinais e marcas presentes no cotidiano. Bom lembrarmos do escritor expressionista alemão Gottfried Benn (1886-1956) em "o sentimento futuro da humanidade não será o do desenvolvimento mas o do movimento incessante. Ou parafraseando  Félix Guattari (1930-1992 ) em seu "Mil Platôs": Há uma estrada, mas nem por isso faria sentido dizer que estou na estrada. Trata-se de uma visão panorâmica da estrada, que não é trágica, nem desabitada e que somente é assim em função de sua cor e de sua luz, sem sombras...
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Imagens © dos autores Texto © Juan Esteves
Ficha técnica básica:
Fotografias: dos autores
Edição, Narrativa e desenho: Georgia Quintas e Alexandre Belém
Projeto gráfico: Fernando Sciarra
Tratamento de imagens:
Katia Kuwabara ( Supensão e Eremita)
Danilo Kim/Estudio 321 ( Errante)
Pedro Vieira ( Klepler 186F)
Impressão: Gráfica Ipsis
Para adquirir os livros:
Lovely House - lovelyhouse.com.br
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euinsisto · 1 year ago
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Em queda | T. J. Newman
Minha vontade de ler Em Queda veio através de uma resenha, preciso dizer que já conheci muitos livros por indicações e costumam cumprir a expectativa que creio ao lê-las. Pela essa sinopse não sei se leria, ter lido uma resenha mudou bastante para mim. Bill Hoffman é um piloto de avião com anos de carreira, e sempre levou seu trabalho muito a sério. Era para ser um dia como outro qualquer, ele se…
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euemeuslivros · 2 years ago
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Ela não é nem de longe a mocinha e ele definitivamente não é o vilão
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Título: Coroa de Sombras Autora: Tricia Levenseller Classificação: +16 Avaliação: ★★★★★
Lançado em 2022, Coroa de Sombras é o primeiro romance da escritora Tricia Levenseller a ser traduzido para o português. A autora é conhecida por seus best-sellers dos gêneros fantasia e romance para jovens adultos. Chegando no Brasil através da editora Planeta Minotauro que vem trazendo lançamentos que estão rapidamente conquistando o público, tais como: A Canção de Aquiles, Promessas Vazias, Sombra e Ossos, entre outros. O livro conta com pouco menos de trezentas páginas divididas em trinta capítulos narrados em primeira pessoa. Os capítulos são curtos e focam o tempo todo nos sentimentos e ações da personagem principal.
Dentro deste livro somos apresentados a Alessandra Stathos, uma mulher que por ser a segunda filha nunca teve prioridade nas decisões que o pai tomava para ela, sua mãe faleceu a muito tempo então a única pessoa com quem ela pode contar é consigo mesma. Cansada de ser subestimada, Alessandra decide colocar em ação um plano um tanto quanto ambicioso, ela pretende cortejar o Rei das Sombras, casar-se com ele e então matá-lo para usurpar o trono. Ela está disposta a fazer o possível e o impossível para conquistar seu lugar no mundo e sua ambição logo é recompensada quando após um baile o próprio Rei a convida para fazer parte de sua corte.
Ela acredita ter conquistado a afeição do Rei, mas ele tem planos diferentes para ela, e aparentemente, Alessandra não é a única pessoa querendo matá-lo para conquistar o reino. Ela e o Rei passam a se encontrar em jantares e bailes, tem conversas longas durante as madrugadas e parece que quanto mais ela o conhece, mais ele e Alessandra se aproximam, mas essa proximidade parece fazer com que o coração de Alessandra fique indeciso com relação a seu plano inicial. Mas nem tudo são flores, quando tudo parece ir bem, os fantasmas do passado de Alessandra parecem frequentemente voltar para atormentá-la, sejam antigos amores, seus pecados ou até mesmo sua família tentando atrapalhar seus objetivos.
Coroa de Sombras se prova uma fantasia ao mesmo tempo profunda, intrigante e frenética. A construção de mundo não é objetivo principal da autora, o foco é na personagem principal, em seus sonhos e desejos e como ela pretende lutar para que eles se concretizem, mas nem por isso ela deixa de desenvolver bem os demais personagens, principalmente o Rei. Temos vários personagens adoráveis e na mesma proporção temos pessoas odiosas ao longo da história. Cheio de intrigas, reviravoltas e críticas sociais, principalmente no que diz respeito aos direitos das mulheres em um período que pode ser tido como medieval.
Alessandra é nesse meio uma inspiração, indomável e independente, uma mulher que se destaca não só por sua beleza, mas também por ser fiel a si mesma e insistir para conquistar aquilo que almeja, ela e o Rei se tornam um casal notável, tendo em vista que apesar das diferenças, se complementam de uma forma surpreendente. Sem dúvidas o ponto alto da história é a reviravolta final, chocante e imprevisível seriam as melhores palavras para definir essa experiência.
A obra é de fato envolvente e apesar de ter adorado a história, não a divulgaria como um romance entre inimigos que se tornam amantes, pois não é. Creio que muitas pessoas iniciaram a leitura com essa expectativa e eventualmente acabaram se frustrando. Posso finalizar dizendo que recomendo a leitura e que minha única tristeza é o fato de que esse livro acaba, me apeguei tanto aos personagens principais que definitivamente gostaria se ter mais dos dois, mas ao mesmo tempo consigo afirmar que a autora conseguiu criar uma história que se encerra muito bem, sem deixar pontas soltas e com o fim de todos os personagens muito bem encaminhado, sem dúvidas uma ótima opção para quem busca uma fantasia de volume único.
Resenha por: Martha Cristina IG: @eu.e.meus.livros
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theclubhero-blog · 9 days ago
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Intergalactic: The Heretic Prophet, novo jogo da Naughty Dog, bloqueia os comentários no Youtube
Por Vinicius Torres Oliveira
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Ontem, por ocasião do The Game Awards 2024, foi exibido o trailer de anúncio de Intergalactic: The Heretic Prophet, novo jogo em desenvolvimento na Naughty Dog, que também é uma nova propriedade intelectual. Infelizmente, a Naughty Dog bloqueou os comentários do vídeo no YouTube devido à reação de um determinado segmento de usuários. Parece haver também outras críticas, além da protagonista feminina careca, nomeadamente a de ter feito demasiada “colocação de produtos”, dada a presença massiva de marcas bem reconhecidas.
No entanto, os vídeos publicados nos canais oficiais da PlayStation parecem ser todos livremente comentados, pelo que poderia ter sido uma iniciativa do estúdio de desenvolvimento e não da editora.
Intergalactic: The Heretic Prophet contará uma história completamente nova em um mundo original, conforme prometido no anúncio. A protagonista, interpretada pela atriz Tati Gabrielle (Os 100), chama-se Jordan A. Mun e é uma caçadora de recompensas galáctica. Tendo acabado no planeta Sempiria, isolado de qualquer forma de comunicação com o resto da galáxia durante anos, ela deve encontrar uma maneira de sobreviver e retornar ao espaço.
No momento em que escrevo esta notícia, o vídeo no canal oficial da PlayStation conta com cerca de 40 mil “dislikes” contra mais de 35 mil likes, o que mostra o quão polarizadas têm sido as reações ao anúncio.
Em relação à colocação de produtos, aparecem no filme as marcas Sony (e até agora), Porsche e Adidas. Para alguns esta é uma presença excessiva, considerando também que o cenário deveria ser de ficção científica.
Alguns já marcando Intergalactic: The Heretic Prophet como um possível “Concord 2”, referindo-se ao sensacional e recente fracasso do Concord, que foi retirado do mercado depois de apenas duas semanas devido às vendas muito baixas.
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o-druida-ebrio · 3 months ago
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— Rubem Alves, no livro “Rubem Alves Essencial”. (Editora Planeta; 1ª edição [2015]).
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