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#direção de fotografia
learncafe · 1 month
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Curso online com certificado! Direção de Fotografia para Cinema
Aprenda tudo sobre a arte da Direção de Fotografia para Cinema neste curso especializado. Desde a história e linguagem cinematográfica até as técnicas de iluminação e composição, você será guiado por todos os aspectos essenciais para se tornar um profissional qualificado nessa área. Explore a importância da iluminação, direção de arte e correção de cor, […]
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edsonjnovaes · 4 months
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Abrigo Nuclear (1981) - Primeiro filme de ficção científica do Brasil. Completo e Restaurado
Abrigo Nuclear (1981) – Primeiro filme de ficção científica do Brasil. *Completo e Restaurado* IgluFilmes – 2019 28 mai No futuro, com a superfície da terra devastada pela radiação atômica, os sobreviventes da humanidade se protegem em instalações subterrâneas mantidas com energia de usinas nucleares. Os habitantes são controlados com mão-de-ferro pela autoritária comandante Avo, que esconde de…
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tempocativo · 2 years
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E fluindo lá vai em direção ao mar
E fluindo lá vai em direção ao mar
E fluindo, lá vai em direção ao marLocal: Rio Vez, Arcos de Valdevez© Tempo Cativo — em Arcos de Valdevez
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cncowitcher · 4 months
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26. ENZO VOGRINCIC IMAGINE
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ᡣ𐭩 ─ enzo vogrincic × leitora.
ᡣ𐭩 ─ gênero: divertido. 🪁
ᡣ𐭩 ─ número de palavras: 376.
ᡣ𐭩 ─ notas da autora: oioi meus aneizinhos de saturno, como vão? espero que gostem viu? se cuidem e bebam água, um beijo. 😽💌
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─ Taca o chinelo nela, Enzo! ─ A garota grita em pé em cima da cama.
─ Calma, nena, eu acho melhor pegar o inseticida.  ─ O mais velho comentou olhando para o piso branco.
Deixando sua mulher sozinha no quarto, o uruguaio saiu rapidamente do cômodo e foi direto para a dispensa, pegando o inseticida e voltando pro quarto às pressas.
Mas antes de atravessar a porta, o mais velho escutou um barulho alto de algo caindo no chão.
─ S/n? ─ Enzo chama pela sua namorada e entra no quarto.
─ Acho que eu matei ela. ─ A brasileira sorri se ajoelhando no colchão. Ela havia arremessado um de seus livros na barata.
Mas a garota não havia matado o animal. Segundos depois de ser atingida pelo livro a barata começou a voar em direção a Enzo.
─ Ai, puta que pariu… ─ Ele murmura destravando o inseticida e o apertando, fazendo a barata cair de barriga pra cima no chão.
Vogrincic continuou a apertar o inseticida até que o mesmo não saísse mais nada e quando ele acabou, pegou o seu celular de cima da cama e tirou uma foto do animal morto.
─ É sério isso Enzo? ─ Sua namorada pergunta incrédula, cruzando os braços.
Sorrindo minimamente, achando o ângulo perfeito, o mais velho fala após tirar a fotografia:
─ O que amor? Só acho que a baratinha vai fazer um ótimo par com aquele rato que a gente encontrou aquele dia, lembra?
─ E tem como esquecer? Você até publicou nos stories… ─ A mulher sente seu corpo arrepiar. ─ Péssimas lembranças. ─ Ela sussurra observando o uruguaio sair do quarto novamente e voltar minutos depois com uma vassoura e uma pazinha pequena para pegar a barata.
Depois que jogou o animal morto e o inseticida fora no lixo da cozinha, Enzo Vogrincic lavou suas mãos, voltou ao cômodo e encontrou sua brasileira já debaixo das cobertas, pronta para dormir e sorriu observando ela por alguns segundos.
─ Prontinho chiquita, agora podemos dormir em paz. ─ O mais velho diz rouco apagando a luz principal do quarto.
Enzo se deita ao lado de sua namorada e se cobre com o cobertor, apagando logo em seguida a luz amarela do abajur.
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astronautademarmore1 · 7 months
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Yemanjá, Rainha do Mar! 🤍🌊
Imensamente feliz e honrado pelo convite do meu amigo Del Nunes por contribuir nesse editoria coletiva de celebração a Yemanjá. A importância desse projeto vai além da arte, é uma homenagem sincera através da arte. Grato por fazer parte deste momento único de celebrações e manifestação artística dedicada à Rainha do Mar.
O editorial Yemanjá, Rainha do Mar 2024 é uma homenagem à Orixá Mãe e foi realizado no Rio Vermelho, Salvador, Bahia.
direção geral DEL NUNES (@uendelns) 📸 direção de fotografia JESSICA DOCEZERO (@docezeroprod) 🩵 interpretando Yemanjá TEKA FERRER (@teka.ferrer), 🧵 stylist LUANA VITÓRIA (@udeunique), 📄 produção YASMIN MOREIRA (@yasmoreira) 🧢 assistência de produção HUGO de SANTANA (hugo_santt) 🎨 coleção RAIANA BRITO (@raianabritto), ASTRONAUTA DE MÁRMORE (@astronautade.marmore), DRIELE MART(@drielemart), HANNA GOMES (@the.hannag) 🥁 trilha sonora FAUSTINO BEATS (@faustinobeats)
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fly-musings · 3 months
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When will you realize Vienna waits for you?
A voz de sua mãe estava a reverberar em seu subconsciente. Para um filho que perdeu a mãe tão cedo, de uma maneira tão brutal, poder revê-la agora, já adulto, e senti-la mais uma vez era algo acalentador. O luto que nunca se desfez, que nunca cessou de pulsar em seus pensamentos, parecia um tanto mais sutil. Ela exigiu dele coragem para viver em uma despedida forçosa, de forma que sequer pode justificar sua aparição repentina ou ao menos informar mais detalhes sobre Bhaskara. 
O sabor estranho atingia seu paladar com amargor. Uma conclusão que talvez fosse precipitada tomou as rédeas de suas decisões e, pela primeira vez, Flynn ouviu os seus próprios desejos. Contabilizava quantos de seus anseios foram desperdiçados pensando nas consequências sociais que iriam se suceder e pior, cogitava se poderia reparar trinta e sete anos vividos em branco em um prazo o qual cogitou ser longo. Uma semana, um mês ou um ano. Precisava agir e confiar nas palavras de sua mãe. Apesar do desaparecimento de Bhaskara, tudo acabaria bem. 
Assim, na manhã seguinte, preparou o convite de sua amiga para o baile de Afrodite, armado de uma coragem para enfrentar aquele evento como qualquer um enfrentaria. Em seguida, escreveu um novo testamento, haja vista que o último havia sido escrito na missão de um ano atrás, algumas lágrimas inevitavelmente despencaram sobre o papel e o deixaram com manchas de umidade, mas nada que atrapalhasse sua leitura. Revirava seus pertences revivendo cada pequena memória que guardava consigo, cada fotografia tirada de maneira inexperiente onde aparecia a ponta de seu dedo no enquadro ou embaçadas pelo movimento equivocado da câmera. Mas ali estavam, registros de Pietra antes de sua ida para a faculdade de medicina, Yasemin após vencer uma corrida de obstáculos com seus cabelos avermelhados flutuando ao alcançar a linha de chegada, Calista ao seu lado na praia dividindo o mesmo sorriso tímido, Josh antes de sua primeira noite de histórias de terror no chalé vinte e dois, Kit com seu largo sorriso montado nas costas de Flynn no meio da plantação de morangos, Achlys com pasta de dente espalhada em seu rosto após dormir na área de lazer, Candy usando de suas maquiagens para fantasiar Fly para o dia das bruxas. Tudo ali, pequenas fotografias de sua extensa permanência naquele acampamento. 
No dia do baile, incentivou a si mesmo no espelho: iria finalmente se declarar para o melhor amigo depois de vinte anos de amizade. Abandonaria de vez os preconceitos que carregava com si e ensaiou seu discurso por horas na frente do espelho. Estava perfeito. Se fosse para aproveitar seus últimos meses de vida, que o fizesse sendo o que ele sempre foi e ocultou. 
Suas pernas tremiam como varas verdes e discurso meticulosamente ensaiado foi descartado assim que avistou Kit se aproximando. Seu rosto doeu de tanto sorrir enquanto acompanhava a banda Tartarus Tragedy expor os pequenos romances que borbulhavam naquele espaço. Sua boca formigava com cada bebida que experimentava incentivado por Amara.  Os olhos que se encheram de lágrimas após resposta atravessada de Calista em mais uma de suas tentativas de conciliação seguidas.Seus pés desajeitados estavam doloridos de tanto serem pisados pelas danças de Natalia e Kitty que insistiram em levá-lo para pista. A flutuação emocional e as inúmeras sensações físicas que vivenciou em um único dia eram tantas que ocuparam sua mente, não dando espaço para aquilo que parecia o prelúdio de sua própria morte.
A percepção da situação era muito confusa. A fumaça que se apropriou do espaço pouco a pouco, as estrelas que incendiaram sua pele, os ursinhos malditos que passaram a correr na direção dos semideuses, a correria e os gritos, os desmaios repentinos. Viu-se em uma encruzilhada ao ver o ursinho (que havia preparado com Sawyer para presentear Natalia) o atacá-lo com um pequeno coração vermelho espinhudo enquanto sustentava o corpo de uma filha de Circe que, assim como outros filhos da magia, estava completamente indefesa. Sua experiência foi o condutor para o salvamento daquela moça, transferindo-a para Raynar, que auxiliava na saída de outros semideuses daquele espaço caótico, repetindo sua ação para com outro semideus que lançou seu peso sobre o corpo de Flynn. Os trajes de gala estavam atrapalhando a locomoção da maioria e pode ver uma filha de Afrodite rasgando a barra de seu luxuoso vestido para conseguir se soltar do bando de pelúcias que tentavam agarrá-la. 
O visual era assustador. O fogo consumia todos os cantos do salão, alguns semideuses queimados lutavam com as poucas armas disponíveis. Yasemin estava com o rosto tomado por sangue enquanto tentava arrancar a coroa da própria cabeça com dificuldade, Daphne duelava com uma pelúcia que parecia escalar seu corpo com grande facilidade. Sangue, fogo e desespero. Os gritos que identificou serem de Charlie, Aurora e Anastacia passaram a confundir os sentidos do filho de Thanatos que olhava ao seu redor em busca de mais alguém para encaminhar para a única saída disponível, até que seus olhos alcançaram uma silhueta estranha.
Trajando um sobretudo negro como o céu de Nyx, uma silhueta estava parada entre as chamas, estática. Seria facilmente perceptível vê-la como a origem daquela magia dourada e branca se não fosse pela fumaça que tomava o espaço, fruto da queima do mobiliário da festa. Flynn estreitou os olhos, levando o antebraço para a frente de seu nariz tentando evitar inalar aquela fumaça tóxica, e só então, com certa dificuldade, viu que a magia emanava das mãos daquilo. 
Aquela sensação estranha o tomou pelos pés. A coragem, influenciada pela adrenalina, subiu por suas pernas rapidamente e, quando finalmente alcançou-o por completo, seu corpo inteiro foi mergulhado em um furor. 
A mão esquerda alcançou Miz, sua pulseira, no braço direito. A pulseira passou a se expandir cada vez mais, dando o formato de seu chicote de bronze celestial que reluzia as cores das chamas, enrolado na palma de sua mão, esperando o primeiro lançamento. Flynn correu em sua direção, desviando dos focos do incêndio que queimaram o tecido branco da roupa elegante que vestia. Seu coração pulsava na sola de seus pés, tomado pela preocupação. Acostumado com sua arma e seu alcance, aguardou estar relativamente próximo daquela pessoa para então armar seu movimento. 
Ergueu o pulso, girando a mão acima de sua cabeça, dando impulso ao corpo do chicote que simulava espinha dorsal. A arma acompanhou a intenção do mestre, dependente da força a qual aplicava em seu punho, a ponteira reluzente sibilando no ar. Mas algo o parou. 
Seu corpo não mais avançava na direção daquele que ali estava. O chão sequer tocava seus sapatos rosas. A ponta do chicote caiu ao solo como se tivesse atingido uma parede invisível, sem impulso algum para encerrar seu movimento. Flynn viu, com o canto dos olhos, o tentáculo mágico deslizando na direção de sua cabeça e estranhamente encerrando a rota ao redor de seu pescoço. Seus olhos se arregalaram ao sentir a pressão que passou a ser exercida ao redor de toda a região, como se uma corda o envolvesse. Segundo após segundo sentiu o ar se esvaindo, sua garganta cada vez mais dolorida. Seus olhos verdes agora estavam voltados para aquilo. A luz das chamas lançando iluminações rápidas ao rosto da criatura que era sua algoz.
Aqueles olhos azuis. Aqueles traços. 
Estava apavorado, contorcendo-se, tentando se desvencilhar daquelas amarras mágicas. Sua boca sequer conseguia grunhir o nome daquele traidor. Uma pessoa que caminhava entre os semideuses, compartilhando filas no refeitório e que igualmente vivenciava todas as dores que Flynn conhecia tão bem. Os ganhos e as perdas de ser filho de uma divindade. 
A pele do filho da morte ficou cada vez mais pálida, seus olhos se avermelhavam cada vez mais. Sequer conseguia formular um pensamento que pudesse o auxiliar a fugir daquela situação. Era uma sentença definitiva. Sua mão afrouxou-se e deixou que Miz caísse ao chão, sendo apenas um ruído metálico ao redor de tantos outros sons. 
E estranhamente, o piano se tornou audível perante todo o caos. *
“Slow down, you crazy child You're so ambitious for a juvenile But then if you're so smart Tell me why are you still so afraid?”
Os olhos que antes estavam marejados pelo lacrimejar da agonia, foram inundados pela tristeza. Olhava os lábios daquelx em sua frente, imóvel, sentindo o peito arder como o fogo que o rodeava. 
E ele poderia, naquele momento, odiá-lx profundamente. Amaldiçoar aquelx que ceifava sua vida tão abruptamente, que usava daquela música para causar ainda mais dor. A música que seu filho costumava cantar diariamente. A covardia era a flâmula erguida pelo traidor e não detinha humanidade em suas ações.
Mas, peculiarmente, o filho da morte apenas sorriu, sentindo suas lágrimas umedecer seu rosto pela última vez. Os olhos se tornando opacos pouco a pouco. A alma, que antes iluminava aquele semblante, se retirava do corpo como um artista sai do palco de um espetáculo. Vagarosamente. 
A morte era o mistério que cercava sua vida desde tenra idade e ele costumava compartilhar de inúmeras teorias com a mãe. Veria um filme de sua vida? Sentiria o frio abraçando seu corpo? Ganharia as recompensas de uma longa e árdua vida? Um pedaço do paraíso? Reencarnação? 
Nada disso.
Um par de asas negras pareceu envolver seu corpo, apagando seus olhos, escurecendo o horizonte. O toque das penas sobre seu corpo era palpável. A presença do pai, a personificação da morte, era clara como nunca foi antes. Uma honraria pelos anos de dedicação daquele filho. E, apesar dos anos de ausência, o acolhimento daquela escuridão pareceu curar toda sua ânsia pelo amor familiar que sempre buscou, curando ferimentos de sua alma cuidadosamente. O silêncio era absoluto.
E então, luzes.
O som das asas se abrindo com o chacoalhar das penas, fez com os olhos do semideus se abrissem para uma luz que causou ardência em seus olhos. Logo, o borrão luminoso tomou forma, dividindo-se em uma colina verdejante e um céu azul. Campos Elíseos era mais bonita do que o esperado. De pé, girou em seus calcanhares ao ouvir o som da grama sendo pisada por alguém que se aproximava, seguido de um riso feminino tão conhecido pelo semideus. Olhando por cima de seu ombro viu o seu cenário perfeito. 
“Papai, você finalmente chegou em Vienna!”
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In memory of the Ramsey family. Flynn, son of Thanatos Bhaskara, daughter of Zeus Sylas, son of Erebus.
Semideuses citados: @pips-plants @misshcrror @likethemo0n @deathpoiscn @kitdeferramentas @tachlys @amaranthaes @kittybt @magicwithaxes @eroscandy @zeusraynar @thecampbellowl @stcnecoldd @ncstya
Gratidão @silencehq pelo plot lindo e por serem tão fantásticos na organização desse RP. Vocês são maravilhosxs.
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agsbf · 2 months
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Death No More
Stardust Crusaders X Isekai! Leitora
Capítulo 7: Aceitas uma Fofoquinha?
Capítulo anterior - Masterlist
Holly ainda estava preocupada com a garota em frente a ela, era óbvio que a jovem possuía alguns sentimentos negativos não disposta em compartilhar, entretanto não era como se a loira fosse diferente; há alguns dias começou a se sentir mais cansada, sua cabeça latejava com mais frequência, nem mesmo sua pele continuava igual, uma vez que aparentava estar muito mais pálida, ao ponto de até mesmo o filho alheio perceber. No início a dona de casa pensava se tratar de uma simples gripe, mas com a chegada do pai, revelação da existência de Stands e a volta de Dio, a filha de Joseph sentia haver coisas escondidas nessa doença abrupta.
-E você, Holly? Por que veio para o Japão?
Você sabia que não era a única lidando com emoções ruins no momento, a loira dedicou uma quantia considerável do tempo para te acalmar, não havia muitas alternativas para aliviar a situação dela, mas assim como fez com Jotaro, conversar sobre algum assunto capaz de distrair a mente parecia ser uma boa alternativa; embora quisesse não tinha como reverter o estado debilitado da mulher com o Crazy Diamond, pois estava relacionado com a volta de Dio, não a um simples vírus ou bactéria igual às outras enfermidades. Dialogar também vinha com a vantagem de criar um vínculo com a mulher, uma vez que possuir a companhia do Jotaro parecia a mesma coisa de ter a companhia de uma pedra, na realidade, a rocha poderia ser mais emotiva.
Com a pergunta feita, Holly não conseguiu impedir de relembrar quando conheceu Sadao Kujo, um dos dias mais felizes de sua vida: o primeiro encontro deles havia sido um piquenique em um jardim extremamente colorido, ela se lembrava de cada detalhe, a memória mais vívida sendo o terno verde neon com bolinhas vermelhas que o rapaz vestia; mais tarde ele contou haver pedido conselhos para Joseph sobre qual roupa comprar com o objetivo de impressioná-la. Sem dúvidas, o estadunidense quis prejudicar o japonês com a escolha. Fora isso, o homem trouxe todos os doces favoritos de sua confeitaria preferida, desajeitado nas formas de demonstrar afeto, corava sempre que a loira elogiava algo nele, uma reação adorável. Anos depois, quando foi pedida em casamento, o rapaz fez questão de propor no mesmo lugar desse primeiro encontro, suas palavras ficaram gravadas na memória da loira:
“Minha querida Holly, desde que te conheci minha vida mudou para melhor, você consegue trazer o melhor de mim mesmo nas piores situações. Cada segundo ao seu lado me sinto como o homem mais sortudo do mundo apenas por ter o privilégio de me desfrutar de sua presença. Sua risada é a melodia que embala meu coração, e seu sorriso é a luz que ilumina minha vida, junto a ti me sinto completo e humano. Quero construir uma vida ao seu lado, repleta de alegria, risadas e sonhos. Aceita se casar comigo?”
A recordação trouxe um sorriso ao rosto da mulher, alguns diriam que a magia do casamento acabou há anos por causa do pouco tempo que o homem passava em casa devido as suas turnês, porém a loira sabia não ser o caso, apesar da distância ambos estariam dispostos a darem a vida pelo outro. A enorme quantidade de cartas recebidas por semana sendo um sinal do quanto o homem pensava nela.
-Vim aqui por causa do meu marido. -Holly parou de passar o pano no móvel, indo em direção a uma estante com uma expressão alegre, pegando um livro grosso que você não reconhecia.
A garota ergueu uma das sobrancelhas, antes de perguntar:
-O que é isso?
-Um álbum de fotografias. -A loira sentou no sofá, batendo as mãos no assento ao lado de forma convidativa. -Venha aqui, vou te mostrar tudo.
Sem pestanejar você parou de varrer e aceitou a oferta, estava curiosa para saber as coisas canônicas em Jojo não contadas.
Analisando o objeto, não pôde deixar de franzir a testa, o item parecia ser muito mais antigo, pois embora a capa conservada, com aparência de nova, a maioria das folhas estavam amareladas, como se tivessem séculos de vida, as únicas exceções sendo as últimas, adicionadas a pouco tempo.
Holly notou sua expressão confusa com a aparência do livro, logo percebeu o quão superficial foi a explicação, uma vez que o aspecto do objeto não condizia com a idade que deveria ter, então adicionou:
-Esse álbum não é apenas meu, está com minha família há séculos, tem os meus pais, os pais deles, os pais dos pais deles e assim por diante. As primeiras fotos são do meu trisavô para você ter ideia. - A mulher sorriu, esse livro tinha lembranças de sua vida inteira, assim como as de seus ancestrais, não era a coisa mais cara da casa, no entanto um bem valioso para a loira.
Sua boca abriu em descrença, esperava obter cobre e minerou ouro, ao invés de alguns fatos referentes apenas a Joseph, Jotaro e Holly, conseguiria histórias de todos os membros. Alguma informação sobre um falecido há anos mudaria algo durante uma batalha? Não, mas uma fofoquinha leve sempre era bem vinda.
A dona de casa abriu na primeira página, você se aconchegou no sofá, sabendo que demoraria umas boas horas até olharem todo o livro, o que não esperava era a bomba de cara:
A folha havia sido trocada, um acontecimento normal dado o quão velho era o artefato, porém a fotografia estava rasgada em um lugar bem específico: se tratava de uma foto em família com George Joestar l, Jonathan e Danny, a parte prejudicada mostrava a existência de um cabelo loiro. Ao encarar Holly, viu a forma como os lábios da mulher ficaram em linha reta, qualquer indício de dúvida foi extinta de sua mente, o motivo da foto ter sido alterada foi a presença de Dio.
-Havia mais alguém na foto, mas ele não era uma boa pessoa. -A mulher explicou sem graça, optando por passar rapidamente todas as fotos referentes a Phantom Blood para não falar do vampiro, um tabu completamente aceitável dado a situação.
-Essa aqui é minha vó quando jovem, junto ao meu pai mais novo e o amigo dele. -Holly mostrou uma foto de Lisa Lisa, Joseph e Caesar, todos estavam com um sorriso no rosto, embora a expressão da usuária de hamon fosse mais discreta; o fato de ter uma quantia preocupante de suor nas camisetas dos homens indicava haver sido tirada após uma sessão de treino, durante a segunda parte do anime.
Ao olhar os três na imagem, você engoliu em seco, sabendo exatamente como as coisas terminaram: Zeppeli morrendo em batalha, mas não antes de conseguir a cura para o amigo, um sacrifício nobre, levando em consideração a briga feia horas antes. De certa forma, esse ato servia como motivação para você na jornada, a história dos Joestars sempre terminava em tragédia, foi assim com Jonathan, Joseph, Jotaro, toda a linhagem; o ciclo de sofrimento da família era digno de te fazer cerrar os punhos, todas as suas memórias da última vida estavam intactas em seu cérebro, embora ninguém tenha morrido, você perdeu a todos. Quem acredita que o pior do luto é o enterro está equivocado, o pós sempre será o pior, aceitar que nunca mais vai ver a pessoa e as únicas lembranças serão os momentos vividos, isso sim é o mais difícil, não desejaria nem para seu maior inimigo e exatamente por uma questão de humanidade faria tudo ao seu alcance para Jotaro não passar pela mesma situação que seus ancestrais.
-Sua vó é muito bonita. -A loira estava animada para ouvir um comentário seu, então não pôde deixar de bater palminhas de alegria ao ouvir sua resposta, embora breve, ela estava feliz por ver que a garota prestou atenção na foto. A dona de casa tinha receio com a possibilidade da jovem apenas ter aceitado ver o álbum por educação.
[...]
Holly folheou mais algumas páginas, os olhos dela brilharam e os lábios ergueram em um sorriso ao chegar em uma foto do filho bebê.
-Olhe! É o Jotaro quando nasceu! -A saudade gritava forte na mãe, quando criança a relação com o Kujo parecia ser mais fácil, abraços e “eu te amo” constantes, o menino demonstrava todas as suas emoções sem dificuldade alguma, na adolescência foram quando as coisas começaram a desandar, embora nunca duvidasse do amor do rapaz, gostaria que a personalidade dele nunca tivesse mudado, desejava o jovem de humor contagioso que seu filho um dia foi.
Você não pôde deixar de sorrir junto com a loira, embora não compartilhasse do sentimento de nostalgia, a forma como o rosto dela se iluminava lembrando da cena fazia ser impossível não se emocionar. Porém, apesar do entusiasmo da dona de casa, pela primeira vez a voz da mulher falhou:
-Sabe, Jotaro nem sempre foi assim tão…
-Ranzinza? -Você completou, dando tapinhas no ombro da mulher para tentar tranquilizá-la, lágrimas escorreram pelos olhos dela, Holly estava reprimindo suas emoções durante anos, ao ponto de uma simples foto ser seu ponto de ruptura.
-Isso. Quando ele era mais novo agia de forma tão amável. Não sei por qual motivo as coisas deram tão errado. Me pergunto se fui uma mãe ruim...
Quando ouviu essas palavras negativas saírem dos lábios da mulher, a abraçou, não suportava a ideia de ver alguém tão gentil dedicar palavras tão duras a si mesma por causa de ações de terceiros.
-A culpa não foi sua, Holly. Tenho certeza que é apenas uma fase do Jotaro, aquele menino percorreria o mundo por você. -Garantiu, sabendo ser uma das poucas coisas que realmente poderia assegurar para a mulher, o amor do protagonista pela mãe foi confirmado ao viajar para o Egito com o intuito de salvá-la.
A loira enxugou as lágrimas antes de se soltar do abraço, a dona de casa havia despejado muitas emoções em alguém que a conhece há apenas 5 minutos e tem os próprios problemas. Ela considerou uma atitude egoísta, pois como a principal adulta que você conhecia, a Kujo deveria ser seu porto seguro, não o contrário! A mais velha sentia a necessidade de pedir perdão:
-Desculpe, você só queria um momento descontraído vendo fotos e eu estraguei tudo.
-Nada de se colocar para baixo! Lembra o que falou para mim quando desabafei? “Não se desculpe por isso.” Você é a mãe do meu amigo, então somos amigas e em uma amizade é compartilhado as coisas que causam angústia com a outra, inclusive digo mais, você é muito mais legal que o Jojo, o mal-humorado está perdendo ótimos momentos com uma mãe incrível por causa do comportamento indiferente. Ele vai ver, é apenas questão de tempo.
-Sobre o que as duas estão falando? -O protagonista interrompeu.
-Aff, o assunto chegou. -Revirou os olhos, fazendo Holly abrir a boca estupefata com sua honestidade, ao mesmo tempo implorando em pensamento para não revelar nada do que a mulher havia te contado ao Kujo, não havia a mínima chance de fazer isso, então a tranquilizou com um sorriso.
-O assunto? -O homem ergueu as sobrancelhas, ao ver o álbum somou dois mais dois. -Pare de mostrar essas fotos, são apenas imagens idiotas de quando eu era criança, te falei para jogar fora há anos. -Reclamou, ele odiava como sua mãe sempre conseguia fazê-lo passar vergonha, mostrar recordações da infância do protagonista revelaria o fato de nem sempre ter sido um rapaz durão.
A expressão de Holly mudou, ela não queria ter envergonhado o filho, mas antes da dona de casa pedir desculpas, você interrompeu:
-Jojo, se manca! Eu estava curiosa sobre a vida da sua mãe e quis ver o álbum, nem tudo gira em torno do teu umbigo, princeso. -Tecnicamente, nessa temporada sim, porém não havia a necessidade de citar isso. -Ah, e sua mãe é bacana pacas. -Levantou do sofá, chegando perto do rapaz de cabelos pretos. -Ser mais legal com ela não faria seu pau cair.
O homem soltou um bufo irritado.
-Não pedi sua opinião, vadia.
-Tirou essa da revista de “patadas para dar na escola”? Porque parece.
-Algum dia você vai perder os dentes por causa dos seus comentários imbecis.
-Vivemos em uma sociedade tecnológica, eu compro implante dentário. -Tranquilizou, fazendo com que outro suspiro sem paciência saísse dos lábios do rapaz. -De qualquer forma, por que veio aqui? Espero que não tenha sido apenas para atrapalhar minha fofoca com sua mãe.
O Kujo se recompôs, odiava ter que pedir sua ajuda sabendo do quanto isso gerava carta branca para seu comportamento imaturo, mas seria uma grande criancice não usar seu stand para regenerar Noriaki, logo, mesmo contrariado, perguntou:
-Pode curar o Kakyoin?
Pensamentos aleatórios durante a escrita:
*Holly pega um álbum de fotografia*
Sn:
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unknotbrain · 19 days
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Voltar ao Tumblr me fez muito bem. É o mesmo sentimento bom de 2012. Época em que eu mesma estava me deixando em cárcere privado por conta da gravidade da minha fobia social. Fiquei seis anos sem conseguir sair de casa sem vomitar ou ter crises de choro. Era esse site que, indiretamente, me possibilitava aproveitar o mundo fora de casa, apreciar as pequenas coisas do cotidiano. Eu conseguia superar por algum tempo a cegueira e a anestesia que a depressão causa quando se trata das coisas bonitas e sentimentos bons da vida. Conseguia ver a vida através de outras lentes. É muito curioso como a fotografia é um tipo de arte que consegue provocar sentimentos indescritíveis. Você pode ver a mesma cena ao vivo, mas não causa o mesmo tipo de sentimento que uma fotografia causa. Ainda sonho em comprar uma câmera profissional e registrar a vida e transmitir meu olhar.
Nesse exato momento que eu escrevo, presencio minha mãe sendo cuidada por duas enfermeiras. Uma responsável por refazer os curativos e a outra por preparar e medicação intravenosa. Estou segurando as lágrimas com todas as forças que eu tenho. Ver minha mãe sem os curativos me causa uma tristeza imensurável. Ela tem uma doença rara que assemelha-se a um câncer. É um fungo que se multiplica e devora todos os tipos de tecido que encontra. Uma cavidade que parece um abismo já ocupa o lugar de onde era seu olho direito. É possível enxergar tudo o que sobrou por dentro quando ela está sem curativos. É um momento onde enxerga-se a vida e a morte entrelaçadas, uma vez que há os tecidos cheios de vida e entre eles, uma placa amarela. A infecção que a empurra em direção à morte. Que tira dela a forma de um humano.
Desde que ela recebeu o diagnóstico, desenvolvi um fascínio pela morte. Na literatura e na filosofia, procurei respostas, sentido e conforto para lidar com um - dos dois - acontecimentos comuns a todos os seres vivos na Terra. Comecei a encarar a questão como uma parte inevitável de toda experiência humana. Nossa infância morre, nossos planos morrem, nossas expectativas morrem, nossos sonhos morrem, nossas amizades morrem, nossos amores morrem. A morte não é apenas uma experiência concreta; a morte simbólica está presente a todo momento da vida. O que nos resta é aprender a lidar com a dor que a falta deixa. A minha forma sempre foi a arte.
Apesar de ter encontrado um bom recurso para lidar com a dor da falta, ainda tenho uma grande limitação. O tempo que demoro para digerir dores é muito grande, se for colocar de uma forma racional. As pessoas, em geral, gostam de delimitar tempos "ideais" para tudo, como se o luto fosse um "problema" a ser resolvido, e problemas têm solução, no imaginário da sociedade. Sempre uma tentativa de racionalizar o irracional. É muito curioso como as pessoas categorizam o luto para invalidá-lo. Só é permitido estar de luto por mortes concretas, e ainda estipulam um tempo! Como só fosse permitido sofrer pela morte de alguém querido por x tempo. Se sofrer por tempo y é "exagero", "não é normal". Como se esse tempo fosse linear e lógico.
Deixarei para falar dos meus lutos na próxima oportunidade. Sinto que preciso. Mas agora não consigo.
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tinyznnie · 1 year
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Long Live
Mark x leitora gênero: fluff, sad e um tiquinho de angst (dependendo do ponto de vista) wc: 2.4k Long Live (Taylor's Version) - Taylor Swift warnings: menções a peso, a leitora sendo acusada injustamente
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"Papai, quem é essa garota do seu lado? Não é a mamãe." Kyle, o filho mais novo de Mark perguntou enquanto apontava para a foto que ficava no estúdio musical do pai, no porão da mansão enorme em que viviam. 
"Essa garota..." ele comentou enquanto pegava o porta-retratos, passando o polegar pela fotografia, divagando enquanto lembrava da garota, enquanto lembrava de você.
"Mark, a gente vai ser pego assim." você repreendeu, enquanto deixava o mais velho te arrastar pelos corredores da SM, indo para a pequena festa clandestina que os trainees estavam fazendo. Todos estavam tensos com a avaliação mensal, e os mais velhos resolveram aliviar um pouco os ânimos, criando esse momento onde todos podiam dançar e extravasar como se não tivessem toda a pressão de estarem na posição que eles estavam. 
Você chegou a SM alguns meses depois de Mark, e imediatamente vocês ficaram próximos, já que o coreano dele ainda não era tão bom e você falava inglês quase que fluentemente, então a interação era fácil, e vocês tinham quase a mesma idade também, tudo parecia perfeito. Se ajudavam durante as avaliações mensais, mesmo que não fossem debutar juntos, se é que iam debutar, mas a preocupação de vocês era bem maior que essa. Passavam todo o tempo livre juntos, você ouvia as letras que ele escrevia, e até tentava imitar alguns raps dele, e ele te ajudava nos rigorosos exercícios de preparação vocal, tocando seu violão para que você pudesse cantar. Isso acarretou em você também ficar próxima dos garotos que seriam futuros membros do NCT Dream, junto com outras garotas que eram suas colegas, eram um grupo enorme, e muito unido.
"Confia em mim, vai dar tudo certo!" ele falou com toda a confiança do mundo enquanto iam em direção a sala de ensaio em que a festa acontecia, a famosa com fundo de céu azul, que sempre aparecia nos vídeos de ensaio do SHINee. Todos já estavam lá, trainees mais novos e mais antigos, dançando e comendo sem se preocupar com a dieta rígida que eram obrigados a seguir. Você não sabia exatamente como eles tinham se livrado dos managers, mas estava animada. Então depois de cumprimentar a todos, vocês se encontraram no meio da pista de dança improvisada, dançando e rindo como se fosse a última vez, como se soubessem que tudo estava prestes a mudar e nada mais seria como era antes. 
Depois de muita dança, comida e risadas, você e Mark se encontraram caminhando às margens do rio Han, mãos dadas enquanto ele te contava o que tinha preparado para sua próxima avaliação.
“Eu tenho certeza que vai dar certo agora, que eu vou debutar.” ele falava com um brilho indescritível nos olhos, o olhar de sonhador que ele sempre teve. “Eles vão nos colocar num grupo, eu tô sentindo, você tá?” “Não, mas se você diz, eu acredito em você.” você sorriu, admirada com o otimismo dele. “Qual é? Você tem que ser mais positiva.” ele cutucou sua barriga enquanto você ria, te puxando pra se sentar em um dos largos degraus que dava acesso a parte mais baixa do rio. “Um dia, vamos nos apresentar em grandes estádios, e ter muitos fãs, e viver o sonho, eu e você. Não juntos, mas vou estar lá pra te acompanhar em cada passo.” os dedos dele brincavam distraidamente com os seus, algo que já era um hábito entre vocês.
“E eu vou estar lá por você, sabe que sou sua fã número 1. Vou ter todos os seus álbuns, ir a todos os concertos, gritar mais alto que qualquer um pra você saber que eu estava lá.” você sorriu, beijando o dorso da mão dele com carinho. 
Mark observou seu rosto sob a luz do poste próximo a vocês. Ele estava encantado, como você era tão forte mas ao mesmo tempo tão sensível? O processo de se tornar um idol era doloroso, ele sabia disso, e quando se conheceram, se preocupou que você não fosse aguentar, mas lá estava você, firme e forte a cada vez que a empresa te dizia que tinha que ser mais afinada, mais coordenada, mais magra, mais feminina. Ele encarou seus lábios por alguns segundos, e antes que você tivesse a chance de perguntar o que ele estava olhando, um beijo casto se iniciou. Mark não era exatamente experiente, muito menos você, mas de alguma forma, conseguiram o que consideravam o primeiro beijo perfeito. Ali, às margens do rio Han, vocês fizeram a promessa silenciosa de ficarem juntos, para sempre.
(...)
mark lee <3: ei, tá livre hoje? você: hoje não, tenho gravação :(  você: mas a gente vai se ver amanhã, no ensaio :)  mark lee <3: é mesmo mark lee <3: a gente se vê amanhã então mark lee <3: posso te ligar mais tarde? você: claro <3 você: te aviso quando terminar aqui, ok? mark lee <3: tá bom baby, boa gravação <3
Você não sabia exatamente como mesmo trabalhando no mesmo prédio, era uma missão quase impossível conseguir ver Mark. Vocês tentavam, mas as coisas estavam uma loucura desde o debut, tanto seu quanto o dele. Quando era só o dele, era um pouco mais fácil, porque mesmo com os compromissos, vocês conseguiam encaixar um tempinho pra se verem. Mas quando você debutou, as agendas nunca pareciam se encontrar e se verem pessoalmente era algo mais raro, exceto no fim de ano, que tinham o SM Town, onde participavam juntos, e tinham a oportunidade de passar tempo juntos enquanto ensaiavam para o grande número que juntava todos os grupos da empresa. 
Mais tarde naquele dia, você se deparou com um Mark Lee de óculos e cabelo bagunçado na tela do seu computador. 
“Oi meu amor.” ele sorriu, mesmo que estivesse cansado. Não era novidade pra ninguém que ele trabalhava o dobro ou o triplo que qualquer outro membro do NCT.
“Oi.” você sorriu. “Como foi seu dia?” 
“Ah, você sabe, ensaios e mais ensaios, gravação de conteúdo, comer com os hyungs… O de sempre.” ele riu fraco, ajeitando os óculos que escorregavam por seu nariz. “E o seu? E a gravação?” 
“Não saiu exatamente como eu esperava, dava pra ter feito um pouco melhor.” você deu de ombros, comendo um pedaço de melancia do pote apoiado em sua mesa. 
“Ei, não fala assim. Você sempre se sai muito bem, sabe disso.” ele te elogiou, como sempre fazia quando você estava sendo uma workaholic que nunca achava que nada estava bom o suficiente.
“Você tá me bajulando.” você brincou enquanto ria, fazendo o garoto rir também. “Ninguém gosta de bajuladores, Lee.”
“Você gosta, de mim. E o que eu posso fazer? Sou um namorado orgulhoso.” ele sorriu. “Olha, eu comprei seu álbum, e veio o seu photocard.” ele mostrou todo orgulhoso o pequeno pedaço de papel com sua foto. “Eu queria usar na minha capinha.” ele suspirou, um pouco triste por não poder fazer isso.
“Eu queria usar o seu também, aquele do SuperM, você tá uma graça.” você sorriu fraco. “Mas olha, ele fica aqui no meu quarto.” você virou um pouco a câmera pra que ele pudesse ver o photocard num toploader todo decorado por você, perto da sua cabeceira. 
“É quase como dormir com você.” ele comentou e logo engataram uma conversa em alguma coisa que Haechan tinha feito para provocar Doyoung naquele dia, até que você caiu no sono em cima da mesa mesmo. Mark também estava muito cansado, mas te observou dormir por bons 20 minutos antes de levar seu notebook pra cama, deixando ao lado do travesseiro enquanto caia no sono, ainda em chamada com você.
(...)
“Mark?” você chamou assim que saiu das escadas que davam acesso ao telhado do prédio da SM, e logo se surpreendeu com o que estava ali. Tinha um lençol no chão, com diversas das suas comidas favoritas, além de um buquê de flores e uma garrafa de champanhe, com duas taças. O notebook de Mark passava algum episódio no anime que assistiam ao mesmo tempo para poderem conversar sobre depois.
“Surpresa.” ele sorriu, se aproximando de você, as mãos já indo de encontro a sua cintura como se fosse natural, era pra ser daquela forma, era onde vocês deveriam estar. “Tá com fome? Eu espero que sim.” ele falou antes de te roubar um selinho, que fez seu rosto corar furiosamente, mesmo que já estivessem juntos há um bom tempo.
Eram raras as ocasiões que podiam sair juntos, já que ir a restaurantes ou qualquer outra coisa estava fora de cogitação, então o fato de ele ter organizado tudo aquilo era fofo e atencioso. Vocês se sentaram e comeram, enquanto assistiam o anime e comentavam juntos sobre o que acontecia e os personagens, e depois de bons dois episódios, Mark estava tocando alguma melodia aleatória em seu violão enquanto você o observava.
“Você acha que vamos ficar juntos pra sempre?” você perguntou distraidamente, brincando com a taça de champanhe entre seus dedos.
“Claro que vamos, mô, que tipo de pergunta é essa?” ele riu um pouco nervoso, deixando o violão de lado, indo se sentar ao seu lado.
“Pode me prometer uma coisa?” você perguntou, deixando a taça no chão, e tomando as mãos dele nas suas. 
“Posso, claro que posso.” ele estava um pouco assustado com o rumo daquela conversa, mas deixou que você continuasse.
“Eu quero ficar pra sempre com você.” você começou, acariciando as mãos dele. “E casar, e ter nossos filhos, mas, se por alguma razão, nós formos forçados a nos despedir, promete falar do que vivemos?” você não sabia exatamente de onde isso estava vindo, mas parecia apropriado. 
“Não vamos nos despedir, amor, tudo vai dar certo, vamos assumir nosso relacionamento e nos casar daqui alguns anos, e ter nossos filhos.” ele falou como se tentasse se convencer daquilo. Mark sabia que o futuro era incerto, mas ele queria você, pra sempre.
“É, tem razão, não sei de onde eu tirei isso.” você deu uma pequena risada, que relaxou o garoto também, que logo voltou a tocar sua música favorita no violão, fazendo uma pequena serenata sob a luz da lua.
(...)
O destino não estava do seu lado. Muito menos ao lado de Mark. Você estava enfrentando acusações de um escândalo sexual, que tinha como fundamento montagens e mensagens forjadas, e o rumor se espalhou tão rápido quanto uma doença contagiosa. Não demorou muito para que uma carta de hiatus fosse postada em seu Instagram pessoal, não querendo manchar a imagem de seu grupo. A empresa pediu que você só esperasse, não usasse as redes sociais e não fosse vista publicamente com nenhum dos membros do seu grupo ou qualquer outro idol da SM. 
Isso se arrastou por longos meses. Você via seus fãs reunirem evidências que as datas apontadas no rumor não condiziam com seus compromissos, mas a SM não dizia absolutamente nada. Nada sobre o que aconteceu, nada sobre como você estava, e foram até proibidos de mencionar seu nome. Alguns acreditavam em você, outros fingiam que você nunca tinha sido parte do grupo, e pediam sua expulsão oficial.
Mark tentava te animar como podia, mas com os rumores, os managers ficavam cada vez mais em cima dele pra garantir que nada vazasse. Vocês mal podiam se ver, porque você tinha que evitar sair em público, e ele não podia ser visto entrando em seu prédio para não ter o nome associado ao seu, ou ao NCT. Era difícil e cansativo demais, mas ele parecia disposto. 
Seu contrato estava chegando ao fim, e em uma das raras vezes que você foi até a sede da empresa discutir essa questão, você foi informada que seu contrato não seria renovado, e você seria removida da formação oficial de seu grupo. Era o fim. Sua vida, sua carreira, arruinados por alguém que te odiava e conseguiu fazer com que todos te odiassem também. Você mal podia acreditar. 
Mark não teve nenhum sinal de vida seu por alguns dias, chegando até a perguntar para as outras integrantes do seu grupo se estava tudo bem, e elas só diziam que você precisava de um tempo para processar tudo. Até que ele recebeu uma mensagem sua. 
você: me encontra no telhado da SM à noite
Simples, direta, e Mark não conseguia se ver no direito de negar um pedido teu, então às 10 da noite, você o esperava com um copo de café no telhado.
“Vamos terminar.” você anunciou, estava se esforçando muito pra não deixar as lágrimas escorrerem por seu rosto, sabia que aquilo entregaria o quanto estava tomando aquela decisão contra sua vontade. 
“O que? Como assim terminar? É por causa dos rumores? Eu não acredito em nenhum deles, você sabe muito bem disso.” ele falou desesperado, o pior de seus pesadelos se materializando bem em frente aos seus olhos. “Mark, meu nome tá na lama. Eu não posso te arrastar pra isso, como acha que eu me sentiria arruinando sua carreira? Você lutou muito por ela.” você explicou calmamente, bebendo mais um gole do seu café. 
“Você também! Se esfor-” 
“Mas acabou pra mim. Não vão renovar meu contrato, e nenhuma empresa vai me aceitar depois de tudo que aconteceu. Só… Vive o nosso sonho, ok? Por mim e por você.” você pediu, seus olhos transmitindo todos os sentimentos que ele precisava ver. 
Mark te abraçou com força, lágrimas rolando pelo rosto dele e pelo seu. Ele te apertava como se você fosse desaparecer no ar se ele te soltasse. Pela primeira vez, ele ignorou as regras e te levou pra casa com ele. Era engraçado, porque você não entrava no quarto dele há meses, mas tudo parecia exatamente o mesmo. Aquela noite, Mark te manteve perto, te mantendo aquecida na noite fria, e ele te teve uma última vez. Vocês se permitiram ficar embriagados nos corpos um do outro e dormir ouvindo as lentas batidas do coração.
A manhã seguinte foi dolorosa, você foi covarde e foi embora antes que ele acordasse, deixando apenas um bilhete em cima do notebook dele. 
“Conte a todos como fizemos multidões delirarem, como eu tive o momento da minha vida com você. Conte aos seus filhos como eu espero que eles sejam tão brilhantes quanto você é. Mark Lee, você foi a melhor coisa que me aconteceu, e dói te dizer adeus, especialmente quando eu não quero fazer isso. Vou continuar sendo sua fã número 1, e te apoiar incondicionalmente para todo o sempre. Te amo infinitamente.”
“... Ela foi meu primeiro amor, filho. Aliás, você quer ouvir uma história?” ele perguntou com um sorriso.
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zarry-fics · 10 months
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Sou a sua terapia. - w. Harry Styles
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Ao pegar os dois copos de café, finalmente saí do carro e travei-o antes de caminhar na direção da entrada do aeroporto. Tive de pedir informações para uma moça que passou bem perto de mim, não saberia como chegar ao portão de desembarque que Harry se encontra.
É a primeira vez que venho buscá-lo depois de uma turnê muito longa com os meninos. Ele está em uma espécie de férias, e fiquei muito feliz e agradecida quando decidiu passar esses dias comigo.
Terminei meu relacionamento há uns dias atrás, e Harry decidiu ficar comigo para me apoiar. Mesmo que não tenha demonstrado muito, amei essa ideia.
Harry é ótimo em me distrair da minha dura realidade. Confesso que preciso dele, além de sentir muitas saudades, afinal, são meses que passamos longe um do outro.
Não estou acostumada com nada disso.
Harry está lindo. Ele veste uma camiseta de botões branca, calças pretas e botas enormes, na cor marrom. Seus longos cabelos estão “presos” para trás por causa do óculos no topo de sua cabeça.
── Harry! ── chamei a sua atenção e quando ele olhou em minha direção, estendi a mão e sorri, me aproximando.
── Nossa, até que enfim! Achei que tinha me esquecido aqui. ── ele reclamou com um biquinho adorável, me tomando nos braços em um abraço caloroso, apertado, repleto de saudades e com direito ao meu nariz enfurnado em seu pescoço, podendo sentir muito bem o seu perfume e o cheiro de xampu em seus cabelos.
── Não seja dramático, Harry. Eu jamais te esqueceria. Você sabe disso. ── semicerrei os olhos e quando nos afastamos, lhe dei um beijinho na bochecha ── senti saudades, muitas saudades! ── mordi o lábio e estendi o café em sua direção. ── Comprei para você no caminho até aqui. É o seu favorito!
── Você como sempre atenciosa! Obrigado, gatinha. ── piscou em minha direção e já foi dando um gole na bebida ── Precisamos sair daqui. Você viu que existem fãs lá fora, não viu? ── perguntou olhando em volta, meio apreensivo.
Só depois notei que seus seguranças estão posicionados ao longe, mas sequer olham para nós dois. ── É... sabe, eu não notei. Mas provavelmente tem sim, afinal, você é o Harry Styles! Quem não iria querer te ver?
── Você não notou? ── questionou abismado e eu passei os dedos pelo cabelo, que está amarrado em um rabo-de-cavalo, nervosa.
Como explicar a ele que meu único foco era encontrar o portão para que pudesse finalmente vê-lo? Minha ansiedade estava a mil. Eu não menti quando disse que estava com muita saudade.
Muita mesmo.
── Ah, Harry. Você sabe... sou meio distraída com essas coisas. Mas enfim, vamos ou vai continuar aí parado? ── começamos a caminhar juntos até a saída, mas dessa vez precisamos pegar um outro caminho, pois haviam muitos fãs tumultuando o aeroporto.
• • •
Quando chegamos no carro, Harry guardou as suas malas e então, dirigi até a minha casa. O que não é bem uma casa, é só um apartamento. ── Desconsidere o tamanho. Você sabe que sou pobre. ── fiz piada e ele revirou os olhos, sorrindo. Abri a porta e Harry entrou, olhando em volta com muita... Admiração?
Que estranho.
── É lindo, S/A. ── elogiou, ainda perdido por estar estudando a decoração. Sua atenção logo prendeu-se numa fotografia acima da lareira.
Na foto, eu o abraço por trás e tenho o meu queixo apoiado em seu ombro, os lábios bem perto da sua mandíbula, simulando um beijo. Harry sorri lindamente nela.
Tiramos essa foto pouco tempo antes de ele viajar em turnê, quando o mesmo foi me visitar quando eu ainda morava com meus pais. ── Não sabia que iria revelá-la. ── Styles comentou, olhando para o porta-retrato com um sorriso bobo ── Ficou linda!
── Eu sei. ── respondi ── Mas como não sabia? Eu te disse no mesmo dia em que tiramos.
── Não sabia que faria isso mesmo. ── rebateu e se virou para me olhar.
Fingi que não o percebi me encarando, e depois de trancar a porta, joguei a chave na cômoda perto desta última. ── Está com fome?
── Sim, estou.
── Fiz um jantar para nós dois. ── e é verdade. Passei a tarde inteira hoje trabalhando numa lasanha, só para agradá-lo. Mas eu não admitiria isso em voz alta, jamais.
── Hmm, gosto de saber disso!
── Você pode ir tomar um banho, se quiser. Vou pôr a lasanha no forno para esquentar. ── propus e Harry concordou, meio contido ── O que foi?
── Não sei onde vou dormir. ── falou com as sobrancelhas erguidas
── Vou te mostrar agora mesmo! ── passei por ele e dei alguns tapinhas em seu braço, caminhando na frente para o guiar. No trajeto até o quarto de hóspedes, fui apresentando a ele os outros – poucos – cômodos em minha casa.
A casa dele em Londres é muito maior que isso aqui, mas fico muito agradecida em saber que ele aceitou passar sua folga comigo, num lugar tão simples como esse.
Esse fato chega até a me envergonhar.
Quando chegamos, o ajudei a levar suas malas para dentro do quarto. Mostrei a ele que precisaríamos dividir um banheiro, mas ele tampouco pareceu ligar para isso. Me agradeceu e então, não demorei mais lá. Voltei para a cozinha.
Pus a lasanha no forno e, ao passo que ela ia esquentando, arrumei a mesa. Coloquei dois pratos, taças, talheres e peguei um vinho no armário. Deixei tudo pronto e assim que ele chegou, só nós sentamos para servimo-nos.
Durante todo o jantar, conversamos sobre muitas coisas. No momento, Harry não falou sobre o meu término recente e eu agradeci internamente por isso.
Não que eu não vá falar sobre com ele (até porque já conversamos sobre), mas esse assunto ainda é uma ferida aberta para mim. Não quero estragar um momento tão especial com o meu melhor amigo com minhas confissões sobre as diversas traições de meu ex, as brigas, entre outros assuntos relacionados.
Ele me contou sobre os meninos, sobre as cidades que conheceu, o comportamento dos fãs em cada show... Harry fala sobre seus admiradores com um brilho nos olhos. Ele se sente muito amado por eles, assim como os ama muito também. Fico muito feliz por todo esse carinho que ele e os meninos recebem. ── Essa lasanha está ótima, S/N. Você cozinha muito bem! ── me bajulou um pouquinho e eu revirei os olhos, tomando um longo gole do meu vinho
── Obrigada, Harry. Fiz especialmente para você, querido. ── pisquei em sua direção e percebi-o sorrir meio que maliciosamente.
Nossa noite seguiu-se dessa forma. Não ficamos acordados até tarde como era costumeiro de se fazer, pois ele estava cansado. Mas fui dormir feliz por saber que, no cômodo ao lado do meu, estava ele.
O meu melhor amigo.
• • •
── Bom dia, linda. ── Harry me cumprimentou com um mega sorriso, às sete da manhã. Me dirigi à cozinha lentamente, a cabeça ainda bem pesada por estar morta de sono. Mas não posso dormir agora, tenho que fazer algumas coisas importantes e não seria educado da minha parte deixá-lo sozinho.
── Bom dia, H. O que está fazendo aí? ── questionei encarando o fogão, onde ele mexe em uma panela. Está sem camisa, a visão de suas tatuagens me fez suspirar, principalmente por causa da luz do sol que entra pela janela. Esta dá um contraste interessante aos traços pretinhos em sua pele branca.
── Ovos com bacon. Por sinal, é só o que eu sei fazer. ── respondeu, totalmente concentrado no que está fazendo ── E torradas também. Você se incomoda? ── me olhou por um segundo e eu dei de ombros, roubando uma tira de bacon do prato que ele já estava montando.
── Claro que não!
── O que faremos hoje? ── perguntou ele, desligando o fogo.
── Não sei. Tem algo em mente?
── Na verdade, por hoje não quero sair. Podemos ficar em casa assistindo filmes? Aliás, ainda temos muito o que conversar. Sobre... Você sabe o quê. ── suspirei e concordei, me sentando no balcão. Apoiei meu cotovelo no mármore frio e meu queixo na palma de minha mão, observando-o se mover enquanto monta os pratos com nosso café da manhã.
Harry é incrível e, por um segundo, eu me pego pensando como seria ter essa visão dele... Todos os dias.
Mas não como o meu amigo.
É estranho pensar dessa forma, Harry nunca demonstrou sentir nada que ultrapassasse a amizade por mim. Ele faz algumas piadinhas às vezes, mas nunca levei a sério.
Quando percebo no que estou pensando, balanço a cabeça como se tentasse espantar de mim esses pensamentos. ── Sei que está triste por saber que aquele cretino te traiu, mas não quero te ver assim. ── ele colocou em minha frente um prato com ovos, bacon e um outro com torradas. Engoli a seco, sentindo meu estômago roncar, tamanha a fome que sinto.
Harry também nos serviu com suco de laranja, sentando-se em minha frente logo após isso. ── Você é linda, uma mulher incrível, gentil, carismática, meiga... você é o sonho de qualquer homem, S/N. Acha mesmo que vale a pena sofrer por aquele traste?
Ele faz parecer tão simples...
── Não é tão fácil, Harry.
── Como não? ── ergueu uma sobrancelha ── Para mim, é muito fácil.
── Só pra você. Passamos muito tempo juntos, ainda dói, sabe? Eu confiei nele, Harry. ── vi o meu amigo bufar e revirar os olhos.
── Acha que vale a pena sofrer por um homem tão insignificante? ── não respondi ── Acha que vale a pena ficar se lamentando quando existem outros caras que dariam tudo para poder ter uma mísera chance contigo? S/N, por favor... Acorda!
── Eu sei que não vale a pena, mas eu não consigo convencer o meu coração disso. ── tomei um pouco do meu suco quando comecei a sentir um nó se formar em minha garganta ── É sério. Acho que preciso de terapia. ── ele riu.
── Não precisa. Eu vou te ajudar. Sou a sua terapia. ── enruguei as sobrancelhas.
── Como assim?
── Disse que vou te ajudar a superar o seu ex, dã. ── ele me fez parecer uma boba.
── Ah, sim? Como seria isso?
── Você vai ver! ── respondeu, misteriosamente.
── Como acha que vai conseguir? Só temos alguns dias, logo você voltará ao trabalho e... Ai, Harry. Não quero nem pensar nisso. ── a ideia de ficarmos longe um do outro novamente me deixa muito mais triste do que já estou.
── Vamos ter tempo. Te garanto que antes de eu ir embora, você já não vai mais lembrar que teu ex passou pela tua vida. ── o sorriso dele demonstra confiança, como se soubesse exatamente o que está fazendo e sabe que vai dar certo.
── É sério, Harry? Faria isso por mim? ── perguntei com esperança.
── É claro que sim. É pra isso que os melhores amigos servem, não é? ── concordei. ── Em duas semanas te faço esquecer esse merda.
Uh, ele realmente se garante muito.
• • •
── “Por toda a minha vida”? ── Harry perguntou a respeito do filme que assistiríamos. Observei a sinopse e roubei dele o balde da pipoca, me acomodando no sofá – ao seu lado.
── Sim. Pode pôr. ── assim que ele deu play no filme, deitou-se ao meu lado. Levei algumas pipocas à boca e me assustei com os braços dele envolvendo o meu corpo, me trazendo para mais perto.
Harry acabou de sair do banho, então consigo sentir tão bem o seu perfume, o cheiro de loção pós-barba me faz delirar. Tento ignorar a minha pulsação cardíaca acelerando mediante seus toques. ── Tudo bem? ── perguntou ao me organizar direitinho e eu concordei.
Harry deixou um beijinho casto em meu cabelo e então começou a acariciá-lo, bem suavemente, com a ponta dos dedos. Fechei meus olhos por um segundo, sentindo o seu peito quente em meu braço, as batidas suaves do seu coração e a respiração dele que consegue ser mais cheirosa que seu próprio corpo.
Esse homem é uma tentação.
── Se você quiser, pode se deitar aqui. ── ele propôs, apontando para o seu colo, onde colocou um travesseiro. Respirei fundo e neguei, me aconchegando melhor em seus braços.
Me sinto tão bem assim.
── Não precisa, Harry. Estou bem aqui. ── respondi e ele assentiu, continuando a me fazer um cafuné bem gostoso.
Comi as pipocas rapidamente, vez ou outra levando algumas aos seus lábios, por suas mãos estarem ocupadas. A textura deles é tão macia, tão macia quando algodão.
É muito difícil me manter concentrada num momento como esse.
Continuamos assistindo o filme em silêncio. Só ouvia o som da respiração de Harry e quando deitei minha cabeça em seu peito, passei a ouvir também as batidas do seu coração. Um sorriso besta pintou os meus lábios. Me pergunto como pude passar tanto tempo sem ele, como suportei todos esses meses longe... Harry faz muita falta mesmo.
Tava tudo tão gostoso que nem notei quando caí no sono. Só acordei no dia seguinte, na minha cama.
• 4° DIA
── Como assim não sabe nadar? ── ele riu alto, me encarando como se não acreditasse no que acabei de lhe dizer.
── Para de rir, Harry! As pessoas estão olhando. ── eu cruzei os meus braços, me sentindo estranha no meio de todo esse pessoal.
Céus. Não consigo mais me lembrar em qual momento eu achei que vir a um parque aquático no fim de semana seria legal. Com Harry, ainda mais. Não sei nadar, tenho pavor de afogamentos e medo de acabar bebendo essa água que não sei o que está misturado nela.
Estamos chamando muito mais atenção por ser ele a me acompanhar. A droga do Harry Styles. Todos estão olhando para nós dois. Olham para ele com admiração e como se eu fosse uma tremenda imbecil. ── Certo, desculpe. ── lamentou, se aproximando da borda da piscina. Ele passou os dedos pelos cabelos e os jogou para trás, colocando as mãos no chão. ── Venha aqui. Vou te ensinar a nadar agora mesmo, querida.
Senti um arrepio subir por minha coluna ao ouví-lo me chamar assim.
── Não sei, eu... ── mordi o lábio, nervosa ── Harry, não sei se é uma boa ideia, não.
── Pode vir. ── ele fez um gesto com a mão, me chamando. ── S/A! Você não confia em mim? ── o cretino fez uma carinha do gato de botas, um biquinho que eu julgo ser irresistível e muito, muito sedutor.
Me surpreende o fato de ele não estar se importando muito com as pessoas à nossa volta, mesmo sabendo que elas estão o admirando muito.
── Claro que confio, Harry!
── Então vem logo.
── Estou com medo! ── arregalei os olhos, assustada com a profundidade desta piscina. Harry, que é do tamanho de um poste, tem a água na altura de seu busto. Imagina eu!
── Não vou te deixar afogar. Confie em mim. ── a passos tímidos me aproximei das escadas que dão acesso à piscina. Pus a minha mão no corrimão dela e antes que pudesse descer, senti uma presença atrás de mim e imediatamente reconheci a presença por ser uma mulher, loira e robusta que ficou ao meu lado, observando o Harry.
── Harry? Harry Styles? ── ela perguntou alto, como se quisesse chamar mais do que a atenção devida. Fechei a minha cara, principalmente ao perceber Harry sorrir lindamente para ela.
── Sou eu, sim. ── respondeu olhando para cima para poder olhar em seu rosto. A mulher se aproveitou disso, e se abaixou na borda da piscina, quase posicionando a vagina na cara dele.
Enruguei as sobrancelhas e estranhei o fato de meu pescoço queimar e minha mandíbula travar, tudo ao mesmo tempo. Mesmo que tenha notado que ele não está olhando. ── Nossa! Que prazer te encontrar aqui. Eu sou muito sua fã, você não tem ideia! ── falou toda oferecida e se esticou para tocar o rosto dele.
Harry me olhou e deve ter percebido a minha expressão fechada, pois sorriu ainda mais. Não que eu não saiba que existam muitas mulheres aos pés dele, mas geralmente prefiro não vê-las praticamente abrindo as pernas na sua frente.
Assim que conversaram um pouco, ela finalmente foi embora (e olha que eu achei que isso não fosse acontecer), me deixando sozinha com ele. ── Quer saber? Na verdade, não tô afim de nadar. ── antes que me afastasse da escada, senti sua mão segurar forte o meu tornozelo, me mantendo no lugar.
── Você vai entrar aqui. Agora. ── meio que ordenou e eu ergui uma sobrancelha ── Venha.
── Está querendo me dar ordens? ── indaguei sem acreditar.
── Sim e você vai me obedecer. Quero te ensinar a nadar. ── engoli a seco e, mediante seu olhar quase penetrante, eu decidi descer e entrar na água. Harry veio para a minha frente, segurando a minha cintura bem firme quando eu quase submergi.
Meus pés ao menos tocam o fundo da piscina e eu começo a entrar em desespero. ── Harry! ── gritei o seu nome assustada, e ele sorriu, me agarrando com muita força.
── Fica calma. ── pediu baixo, bem pertinho do meu ouvido. ── Você não vai se afogar.
── Eu vou s-
── Shhh, S/N. ── me interrompeu, afastando-nos um pouco ── Vou te soltar e te apoiar no chão, entendeu? Você não vai se afogar. Confia em mim. ── bem devagar ele foi me colocando no chão. Estiquei as pernas para tentar alcançar o fundo.
Não consegui imediatamente. Olhei nos olhos de Harry e ele fez a mesma coisa, bem sério enquanto me segura firme até que eu me apoie. Assim que aconteceu, percebi que a água fica um pouco abaixo do meu queixo, ainda assim, precisei ficar na ponta do pé. ── Tudo bem? ── perguntou e eu concordei, ainda me segurando nele pois não confio em mim.
Harry me agarrou pela cintura de novo e meio que virou-me para que eu ficasse em sentido horizontal. ── Caralho! ── eu gritei assustada, me desequilibrando por tentar bater os braços e as pernas feito uma pata descontrolada.
Harry só ria de mim.
── Meu Deus, S/N. Te pedi para ter calma. Eu vou ensinar. Tá tudo sob controle, mulher! ── ele pôs a mão nas minhas costas, me mantendo quieta. ── Vá batendo os braços bem devagar, ao mesmo tempo as pernas. Você sabe... Como se estivesse dividindo a água! ── sorri com a sua explicação.
── Assim? ── perguntei ao tentar fazer o que ele disse.
── Mais devagar. Você ainda está nervosa. ── ele pediu e eu respirei profundamente, tentando me manter mais calma. Quando o fiz, comecei a mover as pernas e os braços do jeito que tem que ser. ── Isso. ── me incentivou e eu sorri. Após alguns segundos, senti o aperto dele afrouxando em minha volta. ── Fica parada aí.
Eu fiquei em pé novamente e Harry se afastou um pouco. ── Vem nadando até aqui. ── pediu e ergueu os braços. Enruguei as sobrancelhas.
── Não consigo!
── Ah, não diga isso! Eu estou bem aqui, você nem vai precisar nadar tanto, S/N. Você precisa tentar! ── suspirei e olhei para o rosto dele. Mesmo sem falar muito, ele me diz tanta coisa. Harry me incitou a “nadar” até ele e assim eu o fiz.
Não preciso nem dizer que fui um fracasso e quase engoli toda a água da piscina. Harry me tomou em seus braços e me apertou com força, me puxando para cima enquanto eu puxo o ar para os meus pulmões, regulando a minha respiração. ── Você foi ótima, minha doce garota ciumenta. ── ele sussurrou em meu ouvido, me causando um frio na barriga.
Merda.
• 6° DIA
── Vamos, S/N!!! Você vai querer ver essas fotos quando eu estiver longe. Te deixo até dormir com elas embaixo do travesseiro se aceitar entrar ali comigo. ── Harry implorou me olhando no fundo dos olhos, apelando com uma expressão fofa no rosto.
Olhei para a cabine de fotos um pouco temerosa. É um lugar fodidamente pequeno e não me sinto confortável em lugares assim. Minha claustrofobia ataca com muita força, mas com ele me pedindo desse jeito é quase impossível dizer não.
Eu só não quero passar vergonha em um lugar tão cheio de pessoas como esse.
Observei seus cabelos amarrados em um coque, então sorri, passando meus dedos suavemente por sua testa. ── Tudo bem! Mas só porque você está muito fofo com o cabelo assim. ── Harry sorriu sem mostrar os dentes e suas bochechas foram ganhando um tom fraco de vermelho.
── Sua boba. Vamos logo! ── ele segurou a minha mão e me levou até a cabine, entrando ali dentro. Mordi o lábio, tentando me controlar para não acabar surtando. ── Eu tô aqui com você. ── apertou bem delicadamente a minha mão e a beijou, ainda olhando em meus olhos.
A primeira foto foi tirada e então, começamos a fazer poses. Abracei-o, beijei a sua bochecha, Harry me agarrou de surpresa e então eu acabei dando um gritinho baixo pelo susto, com certeza a câmera flagrou a careta que fiz no momento.
As expressões de Harry são as melhores. Eu ri tanto e por um momento esqueci do cubículo em que nos encontramos. Ele conseguiu me manter calma e assim que saímos, pegamos as fotos e eu fiquei as admirando (admirando o Harry, na verdade).
Depois dali, fomos comer algo. Harry continuou segurando a minha mão e eu tentei normalizar isso, mesmo que esteja me sentindo uma idiota e feliz por esse momento que estamos tendo.
Passamos por algumas lojas, indo na direção da praça alimentícia. Quando chegamos perto da Victoria Secrets, vi uma silhueta muito conhecida por mim saindo de lá – ironicamente ou não – segurando a mão da mesma mulher com quem me traiu por tanto tempo. Meu ex saiu de lá aparentemente feliz, conversando com a sua atual companheira muito animado, com sacolas da loja que saiu em mãos.
Uma expressão de nojo cobriu o meu rosto. Harry me olhou e eu tentei disfarçar, mas ele me conhece bem para saber que a presença de William me atingiu. De tantos shoppings na cidade, ele tinha de vir logo para esse? ── S/N... ── Harry resmungou e antes que pudesse me falar qualquer coisa, os dois vieram em nossa direção e pararam bem em nossa frente. William, surpreso (de um jeito negativo, claro) e sua mulher, olhando para Harry como se ele fosse um pedaço de carne suculento e ela... uma leoa faminta.
Vadia.
── Harry, vamos. ── eu o chamei e então, saímos andando. Ele continuou olhando para o meu ex fixamente, como se estivesse esperando que ele falasse qualquer coisa, mas não foi o que aconteceu.
── Esse cara não me desce. ── disse irritado e eu suspirei aliviada por estarmos longe dos dois, sorrindo um pouco.
── Não perca seu tempo com ele, Harry. Você é muito melhor que isso! ── eu apertei a sua mão e ele me olhou de novo.
── Você tem razão. ── mordi o lábio e balancei a cabeça. Caminhamos juntos até onde comeríamos e nos sentamos em uma mesa disponível. Existem muitas pessoas aqui e como era de se esperar, vieram conversar com Harry, tirar algumas fotos. ── Sei que não vai superá-lo por agora, mas eu ainda quero tentar, S/A. ── ele falou assim que ficamos sozinhos de novo.
── Como assim? Eu já superei! ── menti na cara dura, até tentei evitar olhá-lo. Como era de se esperar, Harry sabe que eu estou mentindo.
── Não é tão simples assim, S/N. Não precisa mentir para mim. ── ele segurou a minha mão que estava em cima da mesa ── Eu já sabia que seria uma missão difícil, mas não sou do tipo que desiste fácil. ── piscou o olho em minha direção e eu engoli a seco, sorrindo mediante a sua convicção em me fazer superar William.
E eu aceitei. Aceitei de bom grado a sua ajuda, afinal, é o Harry.
• • •
Ao comermos juntos, compramos só umas poucas coisas e então saímos do shopping. Harry teve a ideia de passarmos no parque antes de finalmente voltarmos para casa. Não está tão tarde, mas o dia já está começando a findar.
Harry me comprou um sorvete, e quando chegamos, inalei com muita admiração o cheiro da grama molhada e o ar puro que tem aqui. Segui o Harry, então sentamos em um banco, lado-a-lado, observando as pessoas caminharem nos arredores. ── Senti muita saudade de ter momentos assim com você. ── ele disse me olhando profundamente, sem sequer disfarçar. Sorri pelo nariz e balancei a cabeça, enfiando uma colher com sorvete na boca.
── Eu também senti saudades, Harry. Estou grata pela sua ajuda e por ter escolhido ficar comigo durante suas “férias”. ── admiti e recostei minha cabeça em seu ombro.
Ele passou a mão por minha cintura e me trouxe para bem mais perto. ── Eu escolheria você mil vezes, S/N.
• • •
• 9° DIA
Harry me convidou para visitar a familia dele. Eu aceitei obviamente, até porque amo todos eles e porque faz tempo que não os vejo, mas converso com Gemma vez ou outra, seja por mensagem ou chamada de vídeo.
Entretanto, ela não mora mais com a mãe.
Inicialmente, não achei que seria uma boa ideia acompanhá-lo, porque eles precisam desse momento em família, mas Harry insistiu tanto que acabei aceitando. De onde eu moro até onde eles moram, são só seis horas de carro.
Saímos cedo de casa e chegamos lá antes mesmo de anoitecer. ── Harry, você avisou a eles que eu viria? ── perguntei nervosa e ele concordou.
── Não precisou. Na verdade, minha mãe quem deu a ideia de virmos juntos. Eu disse a ela que não viria sem você. ── respondeu naturalmente e saiu do carro, abrindo o porta-malas para pegar as pequenas malas que trouxemos.
── Que gentileza a sua, Harry. Mas sabe que não precisaria se preocupar comigo, eu poderia ficar lá para dar privacidade a vocês.
── Claro que não, S/N. Ainda estou na minha super-missão, esqueceu? Além do que, tenho planos para nós dois nos três dias que ficaremos aqui. ── confessou e me agarrou pelo ombro, abraçando-me de lado.
Caminhamos juntos até a porta e quando toquei a campainha, não demorou muito para que quem nos recebesse fosse Robin, o padrasto de Harry. Sorri e me afastei um pouco dele para cumprimentá-lo. ── Oi, Robin! Que prazer revê-lo! ── o homem me abraçou subitamente, me surpreendendo. Sorri e apertei o seu corpo no meu, enquanto ele acaricia as minhas costas.
── O prazer é todo meu, querida. Há quanto tempo não nos falamos. É difícil até saber se você está viva! ── alfinetou-me e eu revirei os olhos, rindo mais um pouco.
── Desculpe. Sabe como é, Robin... Tenho estado ocupada com o trabalho. Pedi licença agora na folga de Harry para passar esse tempo com ele. ── respondi sinceramente e depois, percebi que havia me entregado de graça praticamente. Arregalei os olhos e olhei para o Harry, que me encara tão surpreso quanto seu padrasto.
── S/N...?
── Robin, quem... Ah, olá, queridos! ── Anne entra em cena e se aproxima, me abraçando e em seguida, o seu filho. ── Entrem, por favor! Não fiquem aí fora, está ficando muito frio.
Entramos em casa e imediatamente, um maravilhoso cheiro de frango assado invadiu os meus sentidos. ── Que bom que chegaram a tempo do jantar. Preparei algo para comerem, mas não sabia se chegariam hoje ou não... ── ela ficou nos olhando com um enorme sorriso.
── Obrigado pela recepção, mãe. ── Harry agradeceu e acariciou o ombro dela.
── Não é nada. Quero deixar vocês confortáveis, ── ela pensou um pouco e então, pareceu lembrar de algo ── Ah, Robin! Vá mostrar a eles os quartos em que dormirão. Vou checar o frango! ── e assim Robin o fez.
Harry vai dormir em um quarto bem ao lado do meu e dessa vez, não precisaremos dividir banheiro algum. Isso me deixou bem mais confortável e menos envergonhada.
Pus minha mala no canto da cama e aproveitei os minutos que tenho antes do jantar para tomar um banho relaxante e vestir roupas mais confortáveis. Quando terminei, voltei a descer até a cozinha e encontrei a família Styles sentada à mesa. ── S/N, Harry insistiu para que esperássemos você para começar a jantar. Tudo bem? ── Robin disse quando me avistou e eu balancei a cabeça, me sentando ao lado do meu melhor amigo.
Harry me olhou e sorriu, colocando a mão em meu joelho, o apertando suavemente. Dessa forma seguimos o jantar.
• • •
Vesti meu pijama e me joguei na cama, sentindo-me um pouco cansada. Mas antes de dormir, peguei meu celular e comecei a dar uma fuçada nas redes sociais e, bem... meu nome e o de Harry anda sendo muito comentado nas últimas semanas. Fotos nossas no shopping, entrando na cabine de fotos nesse mesmo dia, quando estávamos no parque. Tiraram fotos do exato momento em que recostei minha cabeça no ombro dele, fotografaram nossos olhares nem um pouco discretos...
E, com isso, bem como era de se esperar, começaram a especular um montão de coisas, acreditando que estamos namorando. Até sobre meu ex descobriram, e também acham que eu estava traindo William com Harry.
Não me importei muito, mas foi só ver os comentários me chamando de tudo quanto é nome que minha naturalidade perante os boatos mudou. Me senti ofendido por ser chamada de vadia, infiel, que eu não sou o suficiente para o Harry...
Tentei não me deixar atingir com a insensibilidade das pessoas,, mas cada comentário que eu leio me instiga a procurar ainda mais a respeito. Entretanto, ouvi batidas na porta e essa foi a minha deixa para fechar o twitter e ignorar essas pessoas por enquanto. ── Entra! ── pedi e foi aí que Harry abriu a porta, colocando a sua cabeça para dentro do cômodo. ── O que foi?
── Posso dormir com você? Houve um problema no ar-condicionado do meu quarto e minha mãe aconselhou que eu não dormisse lá.
── Tudo bem, Harry. Venha. ── dei espaço para que ele deitasse ao meu lado na cama. Ele já foi entrando e ao trancar a porta, deitou-se comigo. Entreguei uma parte do meu cobertor a ele.
── Que cara é essa? ── questionou me olhando sério, como se me estudasse. ── O que aconteceu?
── Nada. ── respondi simplesmente, voltando a colocar meu celular na cômoda ao lado da cama.
── É algo sim. Diga o que é.
── Ah, Harry... ── pensei um pouco e depois de um suspiro, decidi falar. ── Já viu suas redes sociais? O que estão falando sobre nós dois? ── o olhei e ele revirou os olhos, ajeitando o travesseiro abaixo de sua cabeça.
── Já sim. ── respondeu-me ── Há muito tempo, mas não ligo. Você liga?
── Não, mas-
── S/N, não precisa se importar com o que estão falando sobre nós dois. ── me interrompeu ── Sempre vão falar mal de qualquer pessoa que esteja comigo, por causa de ciúmes ou algo assim. Mas, querida... ── ele segurou a minha mão e a ergueu, beijando a sua costa ── Se importe mais com o que eu penso ao seu respeito, com o que estamos vivendo. Logo mais vou voltar a trabalhar e eles vão parar mais de falar de ti.
── Você tem razão. ── sorri minimamente e me deitei ao lado dele. Harry me puxou para que deitasse em seu peito e assim o fiz. ── Acho que nunca me senti tão bem com alguém como quando estou com você, H. É por isso que vou ignorar os seus fãs obsessivos. Porque te amo muito. ── envolvi a sua cintura com meus braços e lhe dei um beijo bem na direção do seu coração e o ouvi suspirar, ao mesmo tempo que sua pele se arrepiou.
Um sorriso presunçoso deixou meus lábios por perceber que minhas ações também podem causar efeitos no corpo dele, assim como as suas causam no meu.
• • •
• 11° DIA
Ontem, fomos ao cinema e jantamos em um restaurante chique com a mãe e o padrasto de Harry. Eles são super legais, foram muito receptivos e apoiaram a ideia de Harry me levar para patinar no gelo hoje.
Essa noite está fria em Londres, por isso, antes de sair, vesti umas roupas quentes e botas nos pés para não correr risco de congelar lá fora. ── Está pronta? ── Harry questionou e eu concordei. Segurei a mão dele e então, caminhamos para fora de casa. Nos despedimos da mãe dele e usamos o carro dela para ir ao nosso destino.
Ele dirigiu calmamente. Uma música tranquila toca baixinho na rádio e por reconhecer a melodia, comecei a cantarolar comigo mesma, prestando atenção nas casas e prédios passando rapidamente pela janela. ── Já patinou antes? ── questionou ele, me olhando por alguns segundos.
── Sim, uma vez na infância e outra na adolescência. ── o vi balançar a cabeça em concordância. ── E não, eu não sei patinar muito bem. ── deduzi que ele perguntaria isso.
Harry sorriu. ── Também não sei patinar muito bem, mas vou te ensinar o que sei.
── Tá bom. ── dei de ombros, sem me importar muito com isso. Não é tão aterrorizante quanto nadar.
• • •
Assim que chegamos, me impressionei com a beleza do lugar. Existem algumas barraquinhas ao redor, e outros compartimentos. Um deles, é uma espécie de “loja” de patins de gelo. ── Ali. Vamos. ── de novo, Harry segurou a minha não e me guiou até lá.
Ele alugou dois pares de patins e me entregou os meus. ── Escolhi brancos para você. Vai combinar com a sua roupa! ── sorri enorme e me sentei em um banco ali perto para calçá-los, enquanto Harry fazia a mesma coisa com os seus.
Por fim, ele terminou primeiro que eu. Tive dificuldade pois minhas luvas são um pouco grossas. ── Pronto? ── perguntou e eu neguei.
── Não consigo amarrar os cadarços. Me ajuda, por favor? ── pedi e ele assentiu, se pondo de joelhos em minha frente, rapidamente amarrando-os, com mais experiência e precisão que eu.
── Ok, agora levanta. ── Harry estendeu suas duas mãos para que eu as segurasse e assim o fiz. Me levantei devagar para não me atrapalhar e acabar caindo. Fomos bem devagar até a pista e então, me desesperei um pouco quando eu comecei a escorregar sem qualquer controle e com muita inexperiência.
── Meu Deus, Harry! ── eu resmunguei assustada e ele riu, ainda segurando firme as minhas duas mãos.
── Calma, mulher! Você não vai cair. ── ele foi se movendo devagar e me levando junto ── Você só precisa se equilibrar. Posso te soltar? ── perguntou todo paciente, rindo de mim ao mesmo tempo.
── Não! Por favor, não me solta. Eu vou cair. ── eu quase gritei e ele revirou os olhos, contra a minha vontade me soltando ── Harry!
── S/N, calma! Só se equilibra, você não vai cair! ── ele foi se afastando de mim, se movendo no gelo de maneira magnífica, me deixando com muita inveja.
Meu único feito incrível foi me manter em pé e não machucar a bunda no chão.
── Harry, eu te odeio... Vou cair! ── minha voz soou embargada e ele, depois que parou um pouco de rir, se aproximou de novo e me segurou pelas mãos.
── Observe! ── logo ele foi me puxando bem mais e pela rapidez dos fatos, me empolguei e comecei a mexer os pés. Arregalei os olhos e olhei para ele surpresa por estar conseguindo. Harry parece bem mais animado que eu, por isso fomos rodopiando alegremente. Eu não consigo parar de sorrir e ele também não. ── Está vendo? Sabia que você ia conseguir!
Só que, em certo momento, acabei me esquecendo de uma importante regra: Manter o equilíbrio. Foi aí que acabei escorregando e o Harry, para não me ver quebrar a cara ao ir de encontro ao chão, ficou na minha frente e obviamente não conseguiu me segurar. Caímos juntos, mas fiquei por cima dele e por causa do medo, acabei fechando os olhos com força e quando abri, percebi os de Harry me fitando em choque.
Nossos rostos estavam bem próximos e, por um segundo, me perdi nos seus lábios, na forma como sua respiração batia em meu rosto. Voltei a olhar em seus olhos e percebi que ele os arregalou minimamente e olhou de volta para minha boca. Então, todo o meu interior pareceu gritar “beija ele logo!” mas antes que fizesse isso, senti uma mão em meu ombro. ── Vocês estão bem? ── perguntou o rapaz, educadamente. Assustada, eu saí de cima do meu amigo e me ajoelhei perto dele, com medo de que possa ter acontecido alguma coisa.
── Estou bem! Harry, você está bem? ── perguntei extremamente preocupada e ele concordou, se sentando no gelo.
De repente, ele simplesmente começou a rir. Rir descontroladamente e isso me deixou confusa. Olhei para o rapaz que veio nos ajudar que também parece da mesma forma que eu. ── Você precisa de ajuda para levantar, amigo? ── perguntou ele ao Harry, que, em meio à sua crise de risos, negou.
Quando o homem foi embora, fiquei o olhando sem entender o seu comportamento. ── Harry, o que deu em você? Acabamos de nos esborrachar no chão e você está rindo?
── É que você tinha que ver o seu rosto, S/N. Estava em pânico por causa de uma pista de patinação?
── Seu cretino! Está rindo de mim? ── semicerrei os olhos e dei um tapinha em seu ombro, mas acabei não resistindo e comecei a rir também.
O ajudei a levantar e então, saímos da pista quando conseguimos nos equilibrar. Harry insistiu bastante para comprar cachorro-quente pra mim e eu aceitei. Antes de voltarmos para casa, comemos um pouco. Tiramos algumas fotos e eu não hesitei em postar no meu feed do instagram.
As fãs dele precisam me aturar agora.
• 13° DIA
Depois de nos “divertirmos” na pista de patinação, Harry ficou com dor nas costas e isso me preocupou bastante, ele ao menos consegue dormir direito. Fomos ao hospital, estava temendo que tivesse quebrado algum osso ou algo assim, mas graças a Deus não foi nada disso. Ele só se machucou, mas o médico passou alguns remédios aos quais ele está tomando mas não parece adiantar muito.
Ele tem dormido no meu quarto desde que voltamos da casa da mãe dele. Acontece que eu faço massagem em suas costas antes de dormirmos e ele acaba caindo no sono na minha cama mesmo e eu fico com dó de mandá-lo para o seu quarto. E também gosto de dormir com ele, o seu cheiro é maravilhoso.
── S/N, pode secar o meu cabelo, por favor? Não quero dormir com ele molhado, vai me dar muita dor de cabeça e quero estar disposto para viajar. ── um sentimento muito ruim se apossou do meu peito quando ele mencionou a viagem que fará em dois dias.
Tentei ignorar isso, no entanto.
── Claro! ── sorri tentando não demonstrar a minha tristeza por saber que logo serei só eu de novo.
Não terei mais o Harry nas manhãs, não vou acordar com a sua linda voz a ecoar do banheiro, não vou mais receber flores, chocolates todos os dias (não que eu me importe com isso, eu só quero ele comigo). Não vou mais receber cafuné quando estivermos na sala assistindo filmes e nem receberei seu abraço quando estiver com insônia.
── S/N? Está tudo bem? ── ele me acordou do meu transe e eu concordei, pegando o secador de suas mãos e o plugando na tomada.
── Está sim, senta aí. ── concordou e eu puxei a cadeira da minha penteadeira para que ele se acomodasse. Peguei uma escova e penteei seus cabelos, os dividindo para tornar a secagem mais fácil.
Comecei o meu trabalho e depois de um tempo, ouvi o toque do celular de Harry – este que está em cima da penteadeira. Ele o pegou e checou o ecrã, mas eu nem prestei atenção, estava bem focada em secar os cabelos dele. ── Ih, é o Niall. Vou atender. Tudo bem pra você? ── arregalei os olhos.
── É... bem, tudo. Tudo bem sim. ── tentei fingir naturalidade com o fato de Niall Horan estar ligando para ele.
Assim que percebi que era uma chamada de vídeo, quase infartei. ── Harry! Finalmente estou te vendo. Você prometeu que ligaria! ── ele falou do outro lado da linha, quase gritando com o Harry e eu reprimi a risada.
── Eu estava ocupado, Niall. Você sabe bem. ── respondeu sério e eu engoli a seco.
── Espera, quem é essa aí atrás de você? ── Harry mirou ainda mais a câmera na minha direção e eu quase bati com o secador na testa enorme dele.
É Niall quem está do outro lado da linha e eu só estou vestindo a droga de um pijama!
── A S/N! Diga “olá” para ela. ── Hazz pediu ainda com o celular no meu rosto. Sorri sem graça e acenei para o homem do outro lado da linha, que também sorri bastante mas não é pelo mesmo motivo que eu, aparentemente.
── Oi, S/N! ── Niall acenou de volta ── Harry fala muito de você, sabia? Eu estava louco para te conhecer.
── Ah, Niall. Não enche! ── ele afastou o celular e continuou conversando com o amigo, animadamente.
Niall só ligou para falar que está com saudades e avisar que, em dois dias (que seria o dia em que Harry vai embora) seus colegas de banda pousarão aqui para que possam ir juntos e economizar tempo.
Novamente, fiquei triste. Esses dias se passaram tão rápido, quase não notei. Vai ser doloroso ficar sem o Harry, sem o meu Harry... mas eu preciso me acostumar com essa ideia. Não posso ficar dependente dele (mesmo eu achando que já estou).
Terminei de secar o cabelo dele e desliguei o secador, me jogando na cama, sem conseguir esconder minha expressão insatisfeita. Quando Harry encerrou a ligação ele se deitou ao meu lado e obviamente perguntou, porque percebeu o meu comportamento. ── Não é nada demais. ── respondi, tentando engolir o choro. Mordi a parte interna de minha bochecha e até evitei olhá-lo nos olhos.
── Claro que há alguma coisa, querida. Diga-me, o que te aflige? ── Harry segurou o meu queixo e me fez olhar para ele. Um vinco se formou em suas sobrancelhas ao perceber meus olhos brilhando e quando ele me abraçou, não consegui me conter. Simplesmente desmoronei. ── S/N, o que está acontecendo? Você está me assustando!
── Vou sentir saudades, Harry. Não queria que você fosse embora. ── agarrei o seu corpo como se minha vida dependesse desse toque, como se fosse acordar a qualquer momento e perceber que tudo não se passou de um sonho e que ainda estou sofrendo pelo cretino do William.
── Ah, meu bem... ── ele acariciou as minhas costas, beijando o meu cabelo repetidas vezes ── Não pense nisso agora, mhm? Eu estou aqui, não estou? ── falou como se fosse fácil, como se ele não fosse me deixar em dois dias. ── Amanhã vamos jantar fora, quero que me faça companhia. Ok? Não chore, S/A!. ── me empurrou um pouco para que pudesse enxugar as minhas lágrimas ── Você é linda, sabia?
── Não! ── respondi ao revirar os olhos e ele sorriu.
── Pois saiba que pra mim, você é a mulher mais linda do mundo! ── meu coração acelerou com as suas palavras. ── Não te quero chorando mais, me ouviu? Vamos viver o hoje, não pensa no amanhã, S/N!
── Mas-
── Eu tô aqui, não tô? ── concordei ── Então. Me aproveita enquanto estou contigo hoje, meu amor. ── e, novamente, Harry Styles me fazendo derreter com simples palavras.
Dormi nos braços dele e me senti tão confortável, segura, protegida...
De repente, não haviam mais viagens, shows, banda, fãs, meu ex, ódio ou qualquer outra coisa. Só Harry e eu.
• 16° DIA
É hoje.
Antes de sair do banheiro, chorei tanto, mas tanto, que acho que nem somando todos os anos da minha vida até aqui, as vezes que chorei não chegam nem perto do tanto de lágrimas que derramei por saber que Harry está indo embora.
Vê-lo arrumando as malas dói. Doeu ontem quando chegamos do restaurante e ele precisou organizar tudo para sairmos cedo hoje.
A propósito, ontem foi incrível. Jantamos juntos, conversamos sobre tantos e tantos assuntos, caminhamos de mãos dadas sob a luz da lua... nesses dias que passei ao lado do Harry, eu me senti em um verdadeiro conto de fadas. Fui tão feliz que a cada dia que acordava, era como se estivesse sonhando. Eu dormia ansiosa pelo amanhecer, para que pudesse vê-lo e colocar em prática os seus planos mirabolantes.
Harry me fez esquecer o meu ex sim e não só isso... ele me fez feliz. Genuinamente feliz. Ele me fez esquecer da minha dura rotina, me fez esquecer que estou sofrendo por não saber qual faculdade cursar, estar em dúvida se cursar uma faculdade é o que eu realmente quero... Me fez esquecer o dilema que enfrento todos os dias.
E como se não bastasse apenas superar o meu ex... Também estou apaixonada pelo Harry.
E é por isso que dói tanto vê-lo partir. A incerteza, a dúvida... Dói tanto, como se fossem diversas facadas diferidas em meu peito. Fico o observando caminhar pelo aeroporto em busca de seus amigos (que não estão esperando-o aqui, mas no avião. Eles queriam evitar mais tumultos).
Ao pararmos em frente ao portão de desembarque, Harry para e me olha. Eu ainda estou com o rosto inchado por ter chorado tanto e por não conseguir parar. Nunca pensei que uma despedida poderia doer tanto. ── Ô, anjo... Odeio te ver assim. ── ele se aproximou e passou o polegar por meu rosto. Solucei e abracei o seu corpo, muito, muito forte.
── Vou sentir saudades, Harry. Já estou sentindo. ── falei com a voz mais baixa por estar com o rosto enfurnado em seu peito.
── Eu também, S/A... Eu também! ── ele acariciou os meus cabelos e deixou um beijo no topo de minha cabeça. ── Logo mais vamos nos ver de novo. O tempo passa muito rápido, você sabe.
── Eu espero que sim. Mas vai ser uma tortura esse tempo sem você. ── Harry sorriu e se afastou para olhar-me nos olhos.
── Eu quero que você me garanta que vai ficar bem, que vai se valorizar e não chorar mais por aquele moleque. Ele não te merece, S/N! ── ele segurou o meu rosto para que eu não desviasse o olhar ── Me prometa!
── Eu vou ficar bem, Harry. Prometo. E eu não vou mais chorar pelo William. Nunca mais. ── fui sincera em cada palavra, até porque, depois de tudo o que eu vivi, não poderia me contentar com menos de tudo o que Harry me proporcionou. Todas as sensações, os sentimentos...
── Então acha que já é mais fácil superá-lo?
── Não fale isso, Harry. Eu já superei o William. Você realmente fez tudo parecer mais fácil! ── seu sorriso alargou-se e, novamente, ele me abraçou.
── Fico tão feliz em ouvir isso, gatinha. De verdade.
── Obrigada por me proporcionar tudo isso, Harry. ── eu disse, olhando nos olhos dele.
── Ora. Estou aqui para te ajudar, querida! ── sorri em meio as lágrimas.
── Eu te amo, Hazz. Amo de verdade. ── eu falei de coração, mas sei que ele não entenderia.
Os olhinhos dele brilharam ao me ouvir.
Na verdade, acho que parte de mim sempre amou o Harry. De um jeito diferente... Sempre soube que havia algo errado. Só não queria acreditar.
── Eu também te amo, anjo! Amo muito! ── fez menção de falar alguma coisa, mas seu celular tocou e ao checar, ele suspirou. ── São os meninos. Eu tenho que ir. ── concordei e me afastei, acenando brevemente para ele.
── É... Nos vemos em breve? ── perguntei com um meio sorriso e ele assentiu, convicto.
── Mais breve do que você imagina, meu amor. ── surpreendendo-me, Harry se aproximou e me deu um selinho demorado, em seguida um outro. Depois de murmurar mais um “eu te amo” ele foi embora, rapidamente sumindo entre as pessoas.
Ah, Harry. Se você soubesse que meu problema já não é mais o meu ex...
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xolilith · 7 months
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Minhas apostas para o oscar 2024:
☆ melhor filme: pobres criaturas
☆ melhor ator: não assisti nenhum filme dos que foram indicados, mas torcendo pra não ser o bradley cooper e particularmente torço para o cillian murphy porque ele é introverido as me
☆ melhor atriz: repartiria o prêmio entre todas elas, mas vocês sabem que eu tenho uma favorita que é a emma stone, então, estarei torcendo para a diva.
☆ melhor ator coadjuvante: DE NIRO O PRÊMIO É SEU O UNIVERSO É SEU
☆ melhor roteiro original: torcendo para vidas passadas e anatomia de uma queda. qualquer um dos dois que ganhar vai me deixar satisfeita.
☆ melhor roteiro adaptado: quero que pobres criaturas ganhe, mas acho que quem leva é oppenheimer.
☆ melhor fotografia: OBVIAMENTE pobre criaturas
☆ melhor direção: lógico que meu pai yorgos lanthimos
☆ melhor design de produção, som: POBRES CRIATURAS
☆ melhor edição: anatomia de uma queda
☆ melhor filme internacional: SOCIEDADE DA NEVE (foi o único que assisti, mas eu gostei o suficiente pra achar que eles merecem. latinos no topo)
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imninahchan · 7 months
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𓂃 ഒ ָ࣪ eu assiti “pobres criaturas”
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confesso que tava morrendo de medo de ver esse filme porque tudo que eu descobria sobre ele me dava a sensação de que é só mais um roteiro com uma protagonista feminina do estilo born sexy yesterday, e olha eu não tava errada, não. Isso é, sim, mais um born sexy yesterday disfarçado de cult.
o que foi todas essas cenas de sexo e nudez?! A gente é apresentado a essa personagem com corpo de mulher adulta mas com comportamento de criança e descobre que ela tem, literalmente, cérebro de um bebê e tudo que vai acontecendo ao longo do filme é uma sequência de pornografia?!! Eu juro que eu como audiência não me importo com nudez e cenas de sexo, porque como escrevo literatura erótica eu tenho o senso de enxergar a sexualidade como algo além da moral cristã que perpetua na nossa sociedade, mas esse filme não tem senso nenhum nesse quesito, não existe nada de feminista nele e, pra mim, foi um deserviço total.
o enredo te faz querer engolir a narrativa de uma mulher em desbravamento do mundo, buscando sua liberdade e independência, mas esse é justamente o pecado. A bella baxter não é uma mulher, a victoria era uma mulher. A bella é uma criança. Durante o filme todo (repito, o filme todo) ela anda como uma criança, o figurino dela e o penteado te passa isso, ela fala como uma criança (ela até aprende palavras rebuscadas mas continua com a mesma entonação e construção de raciocínio que uma criança faz na fase de curiosidade sobre o mundo). E gente, cadê o desbravamento do mundo que queriam vender??? Eu só vi duas cenas dela tendo algum choque com o mundo real (andando por portugal e a ilha dos bebês mortos), além disso tudo que ela faz e fala faz ela parecer uma ninfomaníaca.
ah mas estavam querendo chocar a audiência e CHOCAR É O MEU CU! se o God ou os outros caras que ela conhece (e a abusam de diversas formas, diga-sede passagem) tivessem sofrido mais eu até consideraria catártico, mas o único que ganha algum karma é o marido dela, enquanto os outros ficam por isso mesmo. O God ficando doente e toda aquela música triste tocando no final foi o auge da babaquice.
gente não dá. Não me desceu. Não consigo. O elenco é incrível, belas atuações, belíssimas escolhas de fotografia, cenário, direção, guarda-roupa e trilha sonora, mas o enredo disso aqui teria sido mil vezes melhor se as cenas de sexo não existissem. Eu queria ver ela conhecendo mais do mundo, desenvolvendo caráter (desenvolvimentoo cérebro de bebê), mas eu tive a impressão até o final que ela nunca mudava, era sempre a mesma bella do começo do filme. E honestamente meu estômago até revirava toda vez q a emma stone aparecia sem roupa (sentimento similar ao que eu senti tentando ver the idol antes se largar no primeiro ep)
Se isso foi inspirado em Frankenstein, eu se fosse a mary shelly me sentiria ofendida. Não acho que ela faria a criatura dela virar uma prostituta na França.
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bcyswannabeher · 8 months
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❥ 𝑂𝑃𝐸𝑁 𝑆𝑇𝐴𝑅𝑇𝐸𝑅 !!
* . ⊹ depois do quinto canapé, florence cede: pede licença ao homem com quem estava engajada em uma conversa para lá de fiada sobre política — falhara miseravelmente na tarefa de se recordar do nome do seu interlocutor, mas reconheceu de cara a imbecilidade das suas opiniões — e parte em direção às portas do centro de convenções. ela precisava de um pouco de ar. ironicamente, a primeira coisa que faz ao pisar fora do local do evento é descansar a sua taça de vinho vazia em um canto e tatear o blazer à procura do maço de dunhill que havia comprado mais cedo, em um posto de gasolina no meio do caminho entre pasadena e los angeles; de vinte, restavam-lhe apenas cinco cigarros.
seus pés, comandados pela força do hábito, levam-na pelos corredores do pavilhão de esportes da universidade até uma vitrine de troféus que reluzem sob o brilho amarelado de um sistema de iluminação artificial. do outro lado do vidro, olhos iguais aos seus, menos os pés de galinha, encaram-na de volta, estáticos e orgulhosos. na moldura da fotografia há uma fina placa que indica que as meninas empilhadas na foto, todas de uniforme azul e dourado, são da ❛ equipe de torcida, 2014. pódio nacional. go bruins! ❜ e florence — bem, uma versão mais jovem e feliz sua — é a que está no topo da pirâmide. o registro fá-la sorrir de canto.
as suas mãos procuram nos seus bolsos pelo seu isqueiro, mas permanecem vazias até que ela, enfim, se cansa de procurar. para a sua sorte, ela não fora a única que teve a brilhante ideia de escapar da reunião de formandos de 2014 — do vinho barato e de reencontros indesejados — para se afogar na nostalgia daquela situação toda em silêncio. timidamente, com a cartela de cigarros na mão, ela toca o ombro de sue companheire para perguntar: ❝ você tem fogo? ❞
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lofilrk · 3 months
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ebony, ag beatz - pensamentos intrusivos
produção: GAFE Filmes roteiro: Ebony direção: Felipe Gomes direção de fotografia: Reginaldo Luca direção de arte: Gabi Lisboa
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natydrii · 1 year
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Olá! Você poderia escrever uma cena do Q! Cellbit contando sobre seu passado como f!Cell para um leitor que seja interesse romântico dele?
Estou adorando ler suas fica, você escreve muito bem
QSMP Q!Cellbit x Reader (Neutro) - A Escuridão que Une.
Quantidade de palavras: 1.425 Desculpa a demora :'3 me animei demais pra fazer esse HC
– Richarlysson eu pensei ter dito que era outro tipo de madeira, essa madeira é muito escura para o banco. – Freneticamente o homem de cabelos castanhos e mecha branca balançava o material em mãos.
Vocês estavam no castelo gótico no andar de cima, estavam construindo a parte de fora onde é situado o quarto de vocês, você estava cultivando algumas plantas em vaso, decorando o espaço.
– Não seja tão rígido com ele meu amor. – Mais uma vez você interviu na discussão que surgia entre pai e filho.
– Não estou sendo rígido. – O pequeno filho-dragão parecia desapontado olhando para baixo, não queria decepcionar vocês dois, ele segurava em suas pequenas mãozinhas nas duas pontas da touca de vaquinha vermelha que possuía na cabeça, fazendo um biquinho.
– Você é perfeccionista demais. – Deixou de lado o pequeno canteiro tirando a terra de suas mãos, fazendo as poeiras caírem. – Vá comer o sorvete que eu deixei na porta da geladeira, vai, vai. – Você disse se aproximando do pequeno e o direcionando até a porta de saída, logo o pequeno se esqueceu dos problemas pulando de animação até a cozinha.
– Porque eu sinto que essa história tá me deixando ser o pai-ruim? – E lá vai mais uma cena dramática se iniciando, braços cruzados viradinha de cabeça e o “Hum” característico sendo apresentado novamente, porque até nisso ele tem que ter charme?
Uma revirada de olhos e um sorriso galanteador são tudo o que você dá para Cellbit, o que faz o homem retribuir com risadinhas tímidas, ainda faltava muita coisa para que o castelo estivesse pronto, você dava uma ultima olhada na sacada, ela estava bela, o sol poente no fundo junto do céu alaranjado combinava bem com todo o aspecto escuro do ambiente.
– Eu penso que essa sacada tá muito perigosa, eu vou procurar alguma coisa para pôr para nossa segurança. – Você foi em direção ao salão de baús que se situa no andar de baixo, Cellbit já tinha se jogado na cama de casal de vocês, ele estava exausto então apenas murmurou em resposta.
Você desceu as escadas, faltavam alguns moveis para preencher os espaços em vazios, mas a sala de baús estava completa, tinha certeza que encontraria algum material que pudesse fazer uma cerca para a sacada, mexeu e remexeu atrás de algum material que combinasse, no entanto não havia muitas opções, no lado direito da sala você percebeu um baú no qual ainda não tinha dado uma olhada, sendo sua única opção você abriu na esperança de que arranjasse algo, mas tudo que havia eram apenas alguns livros, álbuns de fotos e os antigos óculos de Cellbit no qual ele guardava com certo carinho e nostalgia.
Relutante, ponderou na decisão se seria correto em abrir os livros e lê-los, porém vocês estavam juntos, não havia segredos entre vocês, ele sabia tudo sobre você e você queria saber mais sobre ele.
É algo justo.
Os livros pareciam não ter nada demais, passavam-se as folhas e não havia nada que parecia importante, mas aquela foto antiga e manchada com borra de café na ultima página lhe deixou com várias questões.
Deixando de lado o restante do livro você segura os antigos óculos enquanto passa sua visão sobre a foto, era ele? Porque era ele?  Roupas laranja, luvas marrons, seus tradicionais óculos, você apertava mais ainda a mão sobre eles.
Você tremia, mas por quê? Repentinamente, os olhares carinhosos que você sempre recebia de Cellbit no seu dia a dia estavam ali naquela fotografia, eles não brilhavam como agora, parecia qualquer outra pessoa, mas não o seu Cellbit, não o Cellbit no qual você bota a mão no fogo para defendê-lo.
Por trás da foto você vê o nome dele manchado, mas que ainda permanece lá, uma letra que você reconhecia, dizendo:
- Termine o que você fez..
Uma sombra cobria sua pessoa, você reagiu fechando repentinamente o baú e deixando que os óculos caíssem de suas mãos indo direto para o chão, você não tinha escutado passos, pois estava concentrado em ler os livros.
Cellbit se abaixou para que ficasse cara a cara com você se apoiando nos pés, pôs os braços em cima do joelho, segurando as próprias mãos, sua feição não possuía traços de raiva ou surpresa, pelo o contrário ele parecia bem conformado como se já aceitasse o que quer que esteja para acontecer naquele momento.
- Você têm medo de mim? – Sua voz estava cabisbaixa, monótona, mas não por conta do cansaço, não dessa vez, seus olhos fixos nos seus, porque aparentavam estarem frios, era apenas uma impressão sua?
Você apenas balançava a cabeça em negação, mas o homem na sua frente riu abaixando a cabeça visando os pés.
- Eu pensei que fossem só rumores..
- Não são só rumores. – Com a voz áspera respondeu de imediato, percebendo a mudança no tom e vendo que você não o encarava nos olhos, você parecia se fixar a um ponto especifico no chão, ah como aquilo doía em no peito daquele homem, ele coçou a garganta, emitindo involuntariamente um barulho estranho no processo, nervoso.
- Bem, tudo que eu posso assegurar é que aquele cara não me define, não define meus sentimentos, minhas vontades, não mais... – Suspirou por um longo período, mas voltou a falar.
– Eu sei que não posso enterrar o meu passado, existem pessoas – Pac e Mike- que me conheceram naquele estado, eu não quero mais ser recordado como alguém assim, eu quero mudar, eu quero viver como vocês vivem. – Sem dar chances de você se pronunciar ele começa a bombardear você com palavras, você sabia, ele estava confuso, não sabe medir as palavras, mas estava sendo sincero.
- Eu sinto que de certa forma parar nessa ilha com essas pessoas, com Richarlysson e com você estando aqui é muito mais do que eu mereço. – Ele puxou suas mãos que ainda seguravam as pegando firmemente, fazendo você dar de cara com ele, elas estavam quentes.
De mãos dadas aquela cena poderia simbolizar um pedido de casamento se fossem vistos por alguém, mas vocês sabiam que não se tratavam disso, era algo muito mais complexo se tratando de pensamentos, desejos, valores, todos querem uma conexão, mas, o quão dispostos estão para fazerem algo a respeito?
A desconfiança que paira sobre esse homem, seu modo de agir, sua mecha de cabelo esbranquiçada, tudo causava uma grande incerteza sobre o que era certo a se fazer, todos [ da ilha ] lhe avisavam que ele era um cara mau, traiçoeiro, mas você não tem como negar, se ele esta com você é tudo que importa então não tinha com o que se preocupar, mesmo que esse caminho lhe conduzisse a um único destino, ele estaria com você.
Ele soltou suas mãos aos poucos, o clima havia esfriado o castelo não possuía portas então o ar saia e entrava facilmente.
Ele estava hesitante com o seu silêncio, como se fossem pequenos tiques, os dedos dele não relaxavam, subitamente ele levantou-se e deu meia volta sem dar explicações, ele espera que você saia e vá se hospedar em alguma base de alguém mais confiável que ele, afinal, é isso que ele merecia não é? Ficar sozinho, ele sabia que isso aconteceria.
Mas você apenas correu até ele segurando firmemente seu punho, ele parou, estático, surpreso, não sabendo o que você faria e não demorou muito para que você agisse, invés de tomar o caminho da porta de saída do castelo.
Vocês dois subiram as escadas vagarosamente, o vento frio batia contra vocês, lentamente aproveitavam a companhia e o sereno toque, se ele possuísse uma cauda e orelhas elas estariam inquietas certamente.
- Eu só estou vendo as opções, essa é o caminho mais lógico.  – Ele mente pro seu coração.
Você ignorou, cantarolando enquanto estavam á caminho da porta do quarto.
Entrando no quarto, você colocou ele na cama o cobrindo com os lençóis, ele parecia um boneco, sua testa franzia, mas ele não estava achando ruim, só algo incomum, você correu e deitou-se ao lado dele o puxando para si, basicamente o fazendo ser a colher menor.
- Pare de mentir, pare de fingir que não se importa porque eu me importo com o que você sente. – Deitado sobre você, mas não tanto para não esmagar, ele soltou um ar que nem sabia que estavam preso, suas mãos quentes em volta do seu corpo agarrando-se a ti, pequenas gotículas de água no canto de seus olhos que ele insistia em esconder em si para que não o visse tão desmoronado, estava molhando suas vestes.
O amor é isso, não precisa fazer sentido, ele só precisa ser sentido.
Vocês dormiram logo depois, próximos da luz da lua que rebatia no chão da varanda, aquela escuridão fria mas que unia.
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moonhearty · 2 years
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Mine for life LH44
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Lewis Hamilton x Reader
N: soulmate au!; diferença de idade (reader 28; LH 37); angst, fluff , final feliz, Reader/Fênix .
PART 2
Aos 15 anos uma tatuagem diferente aparece em cada uma das almas gêmeas, quando se encontram e conversam pela primeira vez a tatuagem se completa.
Aos 15 anos Lewis acordou com uma ardência do lado direito de seu quadril, ele lembrava do medo e ansiedade de olhar para o que ele já sabia que era sua marca, correndo para o espelho do banheiro ele viu uma grande variedade de folhas tatuadas claramente em sua pele, ele também lembrava de quando deixou seu dedo correr pela tinta preta e sentir um vazio, a parte que faltava para completar sua tatuagem de almas, esse vazio continuaria ali por mais uma década ainda esperando pelas linhas que a completassem.
O despertador tocando ao lado da cama de hotel fez a mulher pular da cama, seus próximos movimentos foram feitos com sua memória muscular, todo final de semana de corrida era da mesma forma, suas higienes, checar equipamentos de fotografia, bolsa para o longo dia, se arrumar e descer para o café da manhã e depois seguir com colegas da equipe até o circuito.
O calor surpreendentemente escaldante de Montreal fez que a escolha de roupa fosse uma jardineira jeans e um cropped azul petróleo, seu passe de membro de equipe enfeitando seu pescoço.
Vendo o horário em seu celular a mulher decide descer, seus equipamentos carregados em sua mochila descansavam em suas costas enquanto ela ia para o elevador, apertando o botão para o andar do restaurante ela espera pacientemente quando o elevador para antes de seu ponto, seu coração dá um pulo vendo os dois pilotos de sua equipe entrarem.
" Olha para desparecida, você não foi na festa de comemoração do meu pódio, Carmen ficou magoada" Russel inicia assim que reconhece a mulher, Lewis olha atentamente pra mulher mais baixa com um passe de equipe da Mercedes no pescoço.
" Carmen é claro, eu não pude ir porque fiquei doente, minha falta já foi justificada ao Toto" cruzando os braços a mulher olha para o mais novo que sorri novamente.
" Suas fotos são as melhores, por favor cuide de sua saúde, minha beleza tem que ser divulgada" o homem brinca novamente a fazendo revirar os olhos rindo quando o vê jogar o cabelo imaginário.
George olha pra Lewis e se prepara para apresentar os dois mas o telefone da mulher toca a fazendo acenar para o britânico esperar enquanto ela atende.
"Susie, oi, eu já estou descendo, porque ? " a mulher sorria ao conversar com Susie Wolff " Claro, já estou chegando então, você quer dar uma olhada nas fotos de ontem ? parecem muito boas, passei a noite editando umas, elas ficaram insanas sendo honesta" a mulher aperta o botão do térreo se lembrando que terá que descer antes.
Lewis prende a respiração vendo uma flor vermelha no quadril da mulher, um aperto em seu coração o grita dizendo que era ela, ele se sente preso em sua cabeça quando ela sai do elevador ainda falando no celular acenando para George.
" Que foi Lewis? nunca viu uma mulher bonita? ou melhor, nunca viu Fênix ?" o mais velho suspira.
" Acho que eu nunca tinha, de fato, visto ela" os dois saem do elevador indo em direção ao carro de Lewis para se encontrar com os outros pilotos para um café da manhã em conjunto.
A mulher suspira se olhando no espelho, aquela sensação de vazio em seu quadril a estava atormentando o dia todo , ela se lembrou das palavras de Susie quando ela se queixou do sentimento.
" Talvez sua alma gêmea tenha visto você, ou quase tenha falado com você, estava lendo um livro sobre isso á alguns dias, as vezes o destino muda de ideia de última hora e seu corpo que estava preparado para aquele momento se frustra, mas isso é tudo especulação" Susie falava " mas seria bom ir no médico, não prolongue muito se a dor piorar".
Seus dedos passaram pela marca sentindo a pele pintada pelas linhas vermelhas formigarem, suspirando novamente ela se acalma.
" Só aguentem mais um pouco, logo estaremos completos, eu espero".
Lewis de repente sentiu como se sua atenção estivesse voltada e atada a mulher, por todo final de semana sua antes suposição cresceu em uma paranoia de que era ela, e que aos poucos o medo criou obstáculos do por que ele não deveria ficar com ela, a diferença de idade, personalidade, ele tinha medo de que ela não tinha interesse algum nele, por não gostar de sua aparência, pela sua queda ressente em sua temporada, as vezes até mesmo por sua pele, tudo parecia crescer em seu estomago, a mistura de insegurança e medo era amarga em sua boca, ele não sabia como agir, sua cabeça rodando ao vê-la interagir com outras pessoas.
" Lewis é melhor você falar do que morrer engasgado com isso" Angela trazia uma garrafa para o homem enquanto ele descansava de seu alongamento antes da corrida " você definitivamente precisa esvaziar a cabeça para essa corrida" .
" Se eu falar com ela e ela não me querer apesar de ser minha alma gêmea será ainda pior para a corrida" Lewis resmungou baixo vendo o olhar de repreensão da mulher mais velha.
" Sinceramente Lew, você acha que o destino seria cruel a esse ponto, você entende o que faz com que cada pessoa seja alma gêmea de outra?" a mulher não espera resposta antes de continuar " estar atado a alguém é você ter a exata realização que você irá ser dele para sempre, crescer em torno disso sem perder sua essência, amar sem pedir nada em troca, é tudo Lewis, é literalmente tudo".
Engolindo em seco o homem assente tentando entender as palavras, o aperto em seu coração diminuindo um pouco com as sábias palavras.
" Vai falar com ela ou não ? ".
" Se eu ganhar a corrida, se eu ficar pelo menos no pódio eu irei" Lewis diz com pouca confiança, ele não ouve as palavras seguintes de Angela, Fênix passa configurando algo em sua câmera, a tatuagem vermelha é visível em seu quadril, o coração de Lewis se aperta ao ver Roscoe andar até a mulher e parece sentar e sorrir esperando por uma foto, Lewis sentado onde está consegue ouvir as risadinhas e os elogios que ela faz ao cachorro que logo se rende aos carinhos que ela oferece.
" Mas se ela for mesmo" Angela segura no ombro de Lewis que apesar de escutar mantem seus olhos fixos naquela interação " sabe, sua alma gêmea, Deus, ela é perfeita para você, não deixe esses últimos meses chegarem a sua cabeça" acenando para a mulher de fios brancos ele começa a se arrumar vendo a agitação nos mecânicos do time aumentarem.
" Um pódio duplo para a Mercedes, quem esperava por uma reviravolta dessas? Eu devo confessar que nem considerei"
Fênix gritou com o time ao ver a bandeira quadriculada balançar para os dois carros que passavam na frente da RedBull, a mulher não esperou antes de correr para pegar um bom lugar para suas fotos, George é o primeiro á parar, ficando atrás da placa de segundo lugar, essa é a primeira foto que ela faz, a explosão de fogos de artificio faz a foto ter um brilho especial mostrando a sensação do momento vivido por todos no lugar, sua próxima foto é a corrida para o abraço de equipe, e o beijo de cinema entre Russel e sua namorada, o beijo no capacete parecia um ritual para os dois.
Sua atenção foi voltada sem esforço ao carro de Lewis que para, mas o mesmo demora pra sair, ela tira a primeira foto, com a cabeça apoiada no volante ele fica quieto, parece pessoal, ela fica em duvida se essa irá realmente sair, ela tira foto dos pneus rachados, e logo Lewis sai do carro fazendo um agradecimento engraçadinho, ela tira três fotos, uma delas é contra a luz do sol, Lewis parece um Deus, ou até mesmo um astro, suas próximas fotos parecem ser seu melhor trabalho na equipe, a comemoração do pódio brilha ao ter confetes azuis e brancos caindo sobre a cabeça de todos, o calor esquentando todos os corpos agitados.
É anunciado que o salão do hotel estará ocupado com uma grande festa da equipe, ela tinha pouco tempo para ir para o hotel, editar algumas fotos mandar para a equipe das redes sociais e se arrumar para ir ao evento e tirar mais fotos, após fazer seu trabalho e tomar seu banho ela fica no mínimo 10 minutos olhando para sua mala, o vestido preto com uma transparência lateral chamava seu nome, ao coloca-lo ela se sentiu como uma deusa, um salto e uma maquiagem a fizeram ter certeza de que estava se sentindo melhor que de manhã.
Mais uma vez ela espera pacientemente o elevador abrir, George e Carmen aparecem rindo quando as portas se abrem.
" Cadê sua câmera? " George nota o acessório principal da mulher faltando, que de repente sente falta do peso em seu pescoço, os olhos se arregalam em pânico e logo mudam pra frustração.
" Merda, eu esqueci, vou voltar pra buscar, podem descer eu espero ele voltar" a mulher troca de lugar, ficando agora no corredor enquanto o casal está dentro do elevador.
" Não, a gente pode esperar, na verdade, ir com você seria melhor" Carmen sorri ao ver a outra mulher negar firmemente.
" Nem pensar, vão logo" disse vendo os dois negarem com a cabeça rindo.
" Sim senhora" fazendo continência o britânico acena enquanto a porta se fecha.
A mulher espera pacientemente, ela sentia sua paciência se esgotar nesses elevadores de hotéis de luxo, mas ignorando o pensamento ela aperta o botão de seu andar e corre pegar sua câmera, ela se lembra de pegar a bolsa e outro cartão de memória, saindo do quarto ela volta ao elevador antes que ele feche a porta, as portas se abrem novamente no mesmo andar que antes, mas a única pessoa que estava a entrar era Lewis.
" Espere, fique bem aí" a surpresa do homem parece o deixar ainda mais bonito, seus olhos brilhando com a atenção, uma foto é tirada, Lewis sente seu quadril latejar, a mesma sensação de 12 anos atrás.
A mulher sente a mesma coisa ao ouvir ele pedir a câmera dela emprestada, uma fotografia é tirada, na imagem é possível mostrar as linhas pretas formando folhagens envolta da flor vermelha.
A mulher engasga ao ver uma pequena pétala ir de seu braço onde Lewis devolve sua câmera para o dele trilhando a pele do mesmo para dentro do terno.
" Eu sabia" ele enfim fala entrando dentro do elevador.
" Você sabia?"
" Eu tinha a quase certeza" o homem conclui olhando para a outra " você é obrigada a ir ao evento?" a mulher comprime os lábios negando " Isso é bom" o homem aperta o botão do andar dela.
" Eu deveria questionar como você sabe disso ? ".
" Não".
" você é muito mais bonito pessoalmente, minhas fotos nunca conseguiram passar tudo que você é" ela comenta sem esforço parecia fácil.
" Eu acho que suas fotos me deixam melhores do que eu realmente sou" a voz do mesmo a fez virar sua atenção para si.
" Como assim?" ela caminha pelo corredor indo até o seu quarto e o abrindo, se repreendendo internamente com a bagunça pelos cantos do quarto.
" Eu pareço jovem e interessante"
Lewis enfim a olha nos olhos, ele esperava decepção ou até mesmo desgosto, não paixão, os olhos femininos pareciam ser feitos de coração olhando para ele.
" Você é jovem e interessante, você é o elemento principal de meus melhores trabalhos, sério, se não fosse por você eu nunca teria ficado na formula 1, sua história me deu força e vontade para ficar, até mesmo inspiração, então você definitivamente é interessante pra mim Sir Lewis Hamilton, você é como minha musa, e eu nem to sendo puxa saco por descobrir que você é minha alma gêmea" Lewis sente seu peito bater loucamente, e entende o medo dos livros do par romântico escutar os batimentos, ele também sente sua tatuagem quente, e ele pode ver as bochechas da mulher ficarem vermelhas.
" Droga esse negócio de compartilhar sentimentos é realmente poderoso, você consegue sentir que eu quero te beijar ?" a mulher da risada sentindo mais ainda a timidez por parte do homem, que sorri se aproximando dela.
" Tive medo que você não me quisesse" ele fala sentindo seus narizes se encontrarem.
" Isso foi muito bobo de sua parte Hamilton".
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