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Ontem foi aniversário da minha ex melhor amiga de 19 anos atrás. Não sei porque tenho tanto apego a datas. Eu não esqueço nunca o aniversário de pessoas que foram importantes para mim não importa quanto tempo passe. Até mesmo algumas pessoas meio inúteis do ensino fundamental/médio que nunca fui tão próxima. E tenho uma memória bem ruim, não sei porque com datas minha cabeça funciona de outra forma.
Lembrei dela, sei um pouco como está a vida dela porque vez ou outra me bate curiosidade. Tem algumas coisas sobre ela que ainda me intrigam tipo o fato de ela ter namorado o meu primeiro amor no último ano de ensino médio dela, quando eu tinha trocado de escola. Eles não tinham nada a ver um com o outro e descobri que ela fez o movimento de se aproximar dele depois que mudei de escola. Isso me deixa um pouco irritada até hoje. Nunca entendi isso. Por que justo o menino que fui apaixonada por três anos, de quem eu ouvi o primeiro "eu te amo" romântico?
Outra escolha dela que me intriga é o que ela escolheu como profissão. Meu sonho sempre foi ser psicóloga, desde os 13 anos de idade. Ela resolveu fazer Psicologia também. Quando as pessoas pensam em "psicólogo" é sempre aquela figura do psi clínico. É só na graduação que a gente começa a ter uma dimensão real do tanto de lugares que o psicólogo pode ocupar.
Minha ex melhor amiga não tinha nenhum perfil para ser psi clínica. Ela tinha zero autoconhecimento, não sabia expressar/reconhecer emoções ou sentimentos. A partir de certo ponto, ela se tornou uma pessoa bem fria e indiferente. Mas converge com a área dentro de psicologia que ela resolveu seguir: neuropsicologia. A explicação para tudo é nome de estruturas cerebrais ou neurotransmissores. Tudo é frio.
Sei que hoje ela está em um programa de phD na área de Neuropsicologia na Holanda, o tema da pesquisa dela é ensino de linguagem. Ela dá aulas abertas ao público regularmente, uma vez pensei em assistir, mas acabei desistindo por achar o tema desinteressante e, principalmente, medo do que eu ia sentir vendo ela depois de tantos anos.
O aniversário do meu ex A**** foi dia 18 agora também. Sempre faço questão de ser a primeira a dar os parabéns a ele. O porquê disso eu não sei. Uns anos atrás desejei parabéns de uma forma idiota. Tirei fotos minhas simulando que tava cagando e escrevi "parabéns" no papel higiênico. Ele achou bem engraçado, eu também me diverti fazendo arte. Nunca esqueci nenhum ano desde que nos conhecemos em 2011.
Acho que o simbolismo da data é uma das razões pelas quais eu faço tanta questão de parabenizar as pessoas que foram importantes para mim no aniversário delas. O aniversário de alguém simboliza o dia em que elas vieram ao mundo. O momento em que elas passaram a existir. E sou grata à existência de cada uma delas independente de fazerem parte da minha vida ou não naquele momento. A existência de cada um me tocou e me mudou de alguma forma e eu valorizo muito isso. Fazer parte da vida de alguém é tornar-se parte dessa pessoa para sempre, mesmo que o encontro seja momentâneo.
Não são todos que recebem minhas parabenizações e lembrança da data de uma forma positiva. E eu confesso que, muitas vezes, é difícil pra mim aceitar isso. Tenho bastante dificuldade em ser rejeitada por alguém que já foi importante pra mim. Eu entendo, mas fico bem abalada. Sei que eu já desrespeitei o espaço de quem não queria ouvir um "a" mais de mim. Romantizar muito as coisas tem suas desvantagens, e essa é uma delas. Odeio terminar amizades/namoro em maus termos.
Meu contato não tem sentido para todo mundo. Nem minha visão de mundo e de relações. Meu próprio namorado acha estranho eu conseguir manter contato com meu ex porque ele quer que as dele sumam todas. Eu tenho uma interpretação romântica das relações (não estou falando no sentido romântico da palavra) e dos papéis delas na vida de alguém. Às vezes uma única interação com alguém tem um poder tão grande sobre o outro. Imagina uma relação de tantos anos. Não vejo porque se afastar de alguém por não manter mais uma relação romântica.
Conversei muitas vezes com meu namorado sobre os antigos relacionamentos dele, ouvi ele sobre questões que nunca foram resolvidas, planos e desejos que precisaram ser abandonados pelo término. Sei que essas conversas ajudaram ele de alguma forma, deram o desfecho que ele não teve na época mas precisava. Mas é isso, a vida é feita de sucessivos lutos, e eu não gosto muito da forma que lido com os meus, mas não tenho muito desejo em mudar.
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Caralho, ontem foi uma loucura! Fui a São Paulo com a minha mãe porque ela tinha uma consulta, ela está acompanhando com os médicos de lá porque sempre que a coisa fica feia e ela começa a correr risco real de morrer, é pra lá que ela vai.
Fomos de avião e voltamos no mesmo dia de ônibus. Fazia muito tempo que eu não viajava de avião. Até 2013 era algo comum para mim. Toda viagem que eu fazia era de avião. Ontem fiquei igual uma criancinha aproveitando aqueles friozinhos na barriga, turbulências e a paisagem. Me senti criança de novo, fiquei sorrindo igual idiota com uma coisa tão banal. Só fiquei incomodada com o tempo que levou para embarcar mesmo sendo prioridade já que minha mãe não tem metade do rosto. Me estressou bastante, e olha que sou extremamente paciente com essas coisas.
Aí eu e minha mãe fomos ao shopping para almoçar antes da consulta. Fazia no mínimo uns 5 anos que minha mãe não ia ao shopping por conta da depressão, e depois foi ficando cada vez pior ela sair de casa por conta da aparência já que ela foi retirando partes do rosto aos poucos.
A aparência dela chama bastante atenção, mas percebi que lá em SP as pessoas tavam pouco se fodendo. A primeira coisa que ela disse é "não sei quantos anos faz que eu não venho ao shopping", ela ficou muito feliz. Fiquei muito surpresa que ela comeu em público não só uma, como duas vezes. Fazia muito tempo que eu não via minha mãe vivendo a vida normalmente. Comer em público era uma questão porque ela tem dificuldade para comer já que perdeu quase todos os dentes e o palato. Antes a comida saía pelo nariz. Ela interagiu com os vendedores e comprou o que quis também.
Fomos às pressas ao hospital para a consulta dela depois de almoçar já que tudo demorou muito na viagem. O hospital é um labirinto, mas deu tudo certo, mas ela desistiu de fazer um exame lá também pela distância e dificuldade de chegar ao local.
Saímos de lá e tivemos uma pequena discussão porque minha mãe queria visitar a mãe horrorosa dela (pensa na pessoa mais narcisista que você conhece e multiplique por 1000) e gastar em torno de 230 reais de uber ida/volta. Só que eu tinha combinado com a minha amiga P***** de encontrá-la no shopping enquanto minha mãe fazia o exame que ela desistiu. Aí falei que não valia a pena gastar tanto de Uber e falei do combinado com a minha amiga. Muitas birras da adolescente de 48 anos depois, ela aceitou ir ao shopping comigo e com a minha amiga.
Foi muito divertido e eu sempre amo ver minha amiga. Ela saiu lá de Mauá com uma puta chuva para nos vermos. Ela trouxe um presente para mim e compramos o dela lá no shopping. Dei duas makes da Kiko Milano, comprei um batom para mim e um hidrantante labial pra minha mãe também. Nem doeu tanto quanto pensei que doeria passar 400 reais no meu cartão. Acho que porque não era tudo pra mim. Tenho problema de gastar grandes valores comigo mesma, mas quando é para os outros tá tudo bem.
Também jantamos nós três no Almanara, a P***** nunca tinha comido comida árabe e minha mãe adora. Inclusive quando fomos almoçar ela queria ter comido árabe, mas ia demorar muito e tivemos que ir de massa. Minha mãe ficou muito feliz de comer lá e de "ensinar" minha amiga sobre as melhores comidas e como comer cada uma delas. Foi muito legal!! Minha mãe realmente viveu o dia de ontem como não vivia há quase uma década. Antes a depressão era um impeditivo, e agora, ela está segura o suficiente consigo própria para sair de casa.
A volta atrasou 1h30 porque aquela rodoviária estava uma loucura. Chegamos às 23h30 e os ônibus das 21h30 estavam saindo ainda. Era tanta gente, me surpreendeu da minha mãe ficar entre tanta gente sem reclamar ou se sentir mal por conta da aparência. Vou guardar essa viagem de um único dia com muito carinho porque vi acontecer algo que achei que nunca mais iria rolar.
Minha mãe me deu dois kits de shampoo/condicionador/máscara/óleo da Wella e comecei a voltar de ter um gostinho em me cuidar. Hoje comprei mais um hidratante, body splash e esfoliantes. Adoro produtos para corpo, nunca fiquei sem passar hidratante. Ultimamente estava evitando perfume porque o cheiro forte me deixava com dor de cabeça, aí achei uma boa comprar body splash. Quero mais produtos de banho no futuro porque sinto que é uma hora que tô literalmente trocando de pele, tirando todo o cansaço do dia de mim. Vou cortar e pintar o cabelo de roxo escuro semana que vem.
Só tô tendo dificuldade de parar de comer igual um leitão porque meu namorado não ajuda e é bem difícil comer saudável e pouco em casa quando quem faz a comida não é você. Quando era eu, minha comida era tão ruim que me obrigava a comer pouco, e eu que escolhia o que comprar.
Amanhã vou encontrar uma amiga aqui da minha cidade, vamos tomar café juntas. Eu amo um cafezinho com amigas.
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me sentindo muito bem na minha própria pele hoje
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Pra quando você se lembrar de mim
Quando você precisar de mim, lembre que eu estou aqui. Quando você sentir falta de algo e não saber o que é, olhe pro céu, veja o Sol e se lembre de mim. Quando você precisar de mim, olhe as estrelas e faça um pedido. Eu prometo que irei aparecer. Quando você se lembrar de mim, eu vou estar logo ao seu encontro, sem que precise sentir o peso da falta. Quando você precisar de mim, cante a sua canção favorita e eu vou surgir para completa-la. Quando você sentir um vazio, olhe a nossa fotografia e se lembre como somos felizes juntos. Quando você não souber pra onde ir, pode voltar pra mim. Quando você se esquecer de quem é, é só me perguntar. Eu sei cada detalhe. Quando não souber o que dói mas sente dor mesmo assim, pouse sua mão sobre o meu peito e lembre que essas batidas acontecem porque as suas também pulsam.
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“Hardly any man is clever enough to know all the evil he does.”
— François de La Rochefoucauld, Moral Reflections
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Mary Oliver, from a poem titled "Catbird," featured in Devotions: Selected Poems
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“I would never die for my beliefs because I might be wrong.”
— Bertrand Russell, attr. in New York Post (June 23, 1964)
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Walt Whitman, “Song of Myself”, Complete Poems
[Text ID: “Divine am I inside and out, and I make holy whatever I touch or am touch’d from,”]
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Stephanie Foo, What My Bones Know: A Memoir of Healing from Complex Trauma
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Ontem estava bem nostálgica. Tive um tempo livre no trabalho já que esse posto é uma várzea e fiquei andando pelo google maps nas ruas da minha cidade Londrina e senti saudades. O engraçado é que quando eu morava lá ainda, eu sempre reclamava que aquela cidade me fazia infeliz, que as coisas seriam diferentes quando eu mudasse. Tava sempre desesperada para ir embora de lá. Agora, quando vou pra lá fico tão feliz, me dá aquele sentimento de "lar". Irônico como eu precisei mudar de cidade para sentir isso.
Aí eu paro para olhar minha vida aquela época e vejo que não era tão ruim quanto eu pensava ser. Ir à faculdade não era tão ruim assim, ficar o dia todo lá não era tão cansativo. Percebo que eu adorava minha vida de estudante. Talvez eu pense assim porque tenho um novo parâmetro de cansaço. Estudar é cansativo, mas trabalhar é pior ainda, para mim, por conta do contato constante com as pessoas. Odeio sentir essa pressão e ver politicagem acontecendo. Eu sempre fico muito na minha quando estou no trabalho, mas sinto um incômodo porque sei que aquela falsidade no trabalho, conversar de coisas inúteis é um acordo social que não cumpro. Tirando esse aspecto da socialização, estudar é bem mais cansativo.
Outro aspecto que eu tinha uma visão diferente naquela época era do meu relacionamento com o J***. Eu achava muito bom por alguma razão distorcida. Demorei para perceber que ele fez muito mal pra mim, que eu era muito, mas muito maltratada mesmo fazendo de tudo por ele.
É muito curiosa a forma que o tempo muda a gente. Como as coisas se transformam e é possível ver o mundo de tantas maneiras em um determinado período de tempo. Sinto quase como se eu fosse outra pessoa de tempos em tempos. É como se eu trocasse de pele.
Falando em outras peles, atendi uma paciente no particular ontem que ela trouxe uma questão de relacionamentos, desejar e ser desejada por outras pessoas. Fiquei um pouco pensativa após o atendimento. Também juntou com o fato de que todas as minhas amigas fizeram vários procedimentos estéticos essa semana. A R***** fez preenchimento labial, a B***** fez um laser lá na cara pra rejuvenescer e eu fico meio incomodada de não me incomodar tanto assim com aparência. Sei que não estou na minha melhor forma, mas não me importo.
De 2021 até 2023 eu tive essa época de preocupação excessiva com aparência, e, de fato, foi a época em que eu estive mais "bonita" segundo os padrões de beleza. Estava magra, cabelo liso e sempre muito arrumada. Passava maquiagem até para ir ao mercado. Pensava nos looks que eu ia colocar, usava muitos acessórios.
Aí comecei a namorar de novo e essas preocupações foram diminuindo aos poucos. Não sei se relacionamentos saudáveis tem esse poder de fazer com que a gente se sinta segura da forma que somos, mas é meio patético pensar isso. Quando eu fazia toda essa rotina de autocuidado e tudo mais eu pensava em mim fazendo isso, estava muito feliz solteira e nunca me importei com validação social.
Mas o que quer dizer esses hábitos terem ido embora justamente depois que voltei a namorar? Se bem que comecei a trabalhar também e me sentir bem cansada. Essa época de ouro da minha beleza eu estava desempregada e podendo gastar quanto eu quisesse sem me preocupar com valores. Mas existem várias mulheres que trabalham, que estão em relacionamentos, e querem estar impecáveis.
E pensando bem, essas amigas que citei estão em relacionamentos também, mas sinto que são bem inseguras consigo e com o companheiro. Uma delas, tecnicamente não está nem em um relacionamento porque o cara é um bosta. Eu nunca tive contato, nunca vi, mas não gosto dele. Ela namora um cara de São Paulo e ele já deu várias mancadas com ela em menos de um ano que nos conhecemos. É sempre ela que tomas atitude, vai visitar ele e quer fazer acontecer. Ele fica nessa de "não está pronto pra assumir um relacionamento". Além de ele ser um picolé de chuchu. 0 personalidade, 0 humor, um mala. Essa amiga saiu de um relacionamento abusivo de 13 anos, é meio natural que ela veja qualquer merda como ouro agora. Espero muito que ela saia disso.
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Que final de semana tranquilo! Eu amo ficar com o meu namorado, mas tava sentindo falta de ficar um tempo sozinha. Ontem ele foi ao churrasco da empresa dele lá e fiquei sozinha em casa com meus gatos. Joguei e ouvi música o dia todo, aí ele chegou às 21h e jogamos lol juntos até 1h.
Agora estamos nós cinco deitados na cama. Eu, o G** e meus três gatos. Queria conseguir parar o tempo e ficar pra sempre nesse momento.
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“Things can change over time, what looks fixed and pinned and closed in a life can change and open, and what’s unthinkable and impossible at one time will easily be possible in another.”
— Ali Smith, Spring
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