#desmatamento na floresta tropical
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revista-amazonia · 16 days ago
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Brasil reduz em 12% emissões de gases do efeito estufa em 2023
O Brasil reduziu em 12% as emissões de gás carbônico equivalente (GtCO2e) em 2023 em relação ao ano anterior, conforme divulgou nesta quinta-feira (7) o Observatório do Clima. No ano passado, o país emitiu 2,3 bilhões de toneladas de gases do efeito estufa, enquanto que, em 2022, foram emitidas 2,6 bilhões de toneladas. Segundo o observatório, essa é a maior queda percentual nas emissões desde…
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edisilva64-blog-blog · 2 years ago
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A destruição da floresta amazônica e a participação do governo Bolsonaro
A destruição da floresta amazônica e a participação do governo Bolsonaro A floresta amazônica é um dos ecossistemas mais importantes do mundo, com uma biodiversidade única que é fundamental para a estabilidade do clima global e para a sobrevivência de milhões de pessoas e espécies. No entanto, nos últimos anos, a floresta tem sido alvo de uma crescente destruição, com taxas alarmantes de…
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amazoniaonline · 1 year ago
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antoniodatsch · 1 year ago
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O desmatamento na Amazônia brasileira caiu pelo menos 60% em julho em comparação com o mesmo mês do ano passado, disse a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ao Guardian.
A boa notícia vem antes de uma cúpula regional que visa evitar que o maior bioma da América do Sul atinja um ponto de inflexão calamitoso.
O número exato, que se baseia no sistema de alerta por satélite Deter, será divulgado nos próximos dias, mas analistas independentes descreveram os dados preliminares como "incríveis" e disseram que a melhora em comparação com o mesmo mês do ano passado pode ser a melhor desde 2005.
O rápido progresso destaca a importância da mudança política. Há um ano, sob o então presidente de extrema direita, Jair Bolsonaro, a Amazônia passava por uma das piores temporadas de cortes e queimadas da história recente. Mas desde que um novo governo liderado por Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o poder, no in��cio do ano, o governo penalizou grileiros, montou operações paramilitares para expulsar garimpeiros ilegais, demarcou mais terras indígenas e criou mais áreas de conservação.
Os resultados reforçarão Lula, Marina e outros anfitriões brasileiros de uma cúpula amazônica destinada a fortalecer a cooperação regional que ocorrerá em Belém nos dias 8 e 9 de agosto com a participação de oito nações da floresta tropical: Brasil, Colômbia, Bolívia, Peru, Equador, Venezuela, Guiana e Suriname. (...)
Excerpt from this story from The Guardian:
Deforestation in the Brazilian Amazon fell by at least 60% in July compared to the same month last year, the environment minister, Marina Silva, has told the Guardian.
The good news comes ahead of a regional summit that aims to prevent South America’s largest biome from hitting a calamitous tipping point.
The exact figure, which is based on the Deter satellite alert system, will be released in the coming days, but independent analysts described the preliminary data as “incredible” and said the improvement compared with the same month last year could be the best since 2005.
The rapid progress highlights the importance of political change. A year ago, under the far-right then president, Jair Bolsonaro, the Amazon was suffering one of the worst cutting and burning seasons in recent history. But since a new administration led by Luiz Inácio Lula da Silva took power at the start of the year, the government has penalised land grabbers, mounted paramilitary operations to drive out illegal miners, demarcated more indigenous land and created more conservation areas.
The results will bolster Lula, Marina and other Brazilian hosts of an Amazon summit designed to strengthen regional cooperation that will take place in Belém on 8-9 August with the participation of eight rainforest nations: Brazil, Colombia, Bolivia, Peru, Ecuador, Venezuela, Guyana and Suriname.
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radioshiga · 28 days ago
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Silêncio ensurdecedor: a hipocrisia ambiental no Brasil
Brasilia, Brasil, 28 de outubro de 2024 – Um Só Planeta – A Amazônia arde em chamas, e o silêncio é ensurdecedor. Em 2024, sob a presidência de Luiz Inácio Lula da Silva, o Brasil testemunha níveis recordes de queimadas na maior floresta tropical do mundo. Paradoxalmente, as mesmas vozes que bradavam contra o desmatamento durante o governo anterior agora se calam, revelando uma hipocrisia…
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overdoso · 2 months ago
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Esta lagarta evoluiu para se assemelhar a penas de pássaros para se proteger de predadores 🐛
Ela pode ser encontrada na floresta amazônica, essa foi flagrada no Equador, mas infelizmente, devido à perda de habitat e ao desmatamento, o habitat natural da lagarta imitadora de penas está ameaçado 💔
Seu estado de conservação é atualmente desconhecido, mas como acontece com muitas espécies da floresta tropical, é vulnerável à extinção
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ambientalmercantil · 2 months ago
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josuejuniorworld · 3 months ago
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Projeto “Amazônia Revelada” usa Tecnologia Lidar para Mapear Sítios Arqueológicos em Risco
A descoberta de milhares de sítios arqueológicos na Amazônia nas últimas décadas está transformando a visão sobre o passado da maior floresta tropical do mundo. Esses locais, que guardam testemunhos das atividades de populações tradicionais, enfrentam ameaças crescentes, como desmatamento, garimpo ilegal e mudanças climáticas. Com o objetivo de preservar esse patrimônio, pesquisadores…
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amor-barato · 4 months ago
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(…) o desmatamento tropical é notoriamente difícil de mensurar, mas vamos supor que as florestas estão sendo desvastadas num ritmo de 1% ao ano. (…) Se admitirmos, de maneira bem conservadora, que existem dois milhões de espécies nas florestas tropicais, isso significa que algo em torno de cinco mil espécies estão sendo extintas a cada ano. Isso nos leva a mais ou menos catorze espécies por dia, ou uma a cada cem minutos.
Elizabeth Kolbert, in: A Sexta Extinção
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orsassur5 · 7 months ago
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A Verdade Não Contada por Trás da Soja Brasileira
Uma Investigação Profunda Revela os Bastidores do Cultivo e Exportação de Soja no Brasil
No coração das vastas terras brasileiras, onde o verde das plantações de soja se estende até onde os olhos podem ver, uma história complexa e muitas vezes não contada se desenrola. Por trás da imagem idílica de um dos maiores produtores e exportadores mundiais de soja, esconde-se uma narrativa intricada de questões sociais, ambientais e econômicas que ecoam muito além das fronteiras do país.
**Introdução:**
Enquanto o Brasil mantém sua posição como um dos principais fornecedores globais de soja, alimentando populações em todo o mundo e impulsionando sua economia, há uma faceta menos conhecida que merece ser trazida à luz. Esta investigação jornalística mergulha fundo nos bastidores do cultivo e exportação de soja no Brasil, revelando verdades desconfortáveis que desafiam a narrativa predominante.
**Capítulo 1: O Impacto Ambiental**
O cultivo de soja no Brasil frequentemente ocorre à custa de vastas áreas de floresta tropical, particularmente na Amazônia e no Cerrado. A busca por terras para expandir as plantações muitas vezes leva à desmatamento ilegal e à destruição de habitats naturais preciosos, colocando em risco a biodiversidade e contribuindo significativamente para as mudanças climáticas globais.
**Capítulo 2: Questões Sociais e Trabalhistas**
Por trás das fileiras de soja, há histórias de trabalhadores rurais explorados, muitas vezes em condições de trabalho deploráveis e com salários inadequados. A pressão por produtividade e os padrões econômicos muitas vezes resultam em práticas trabalhistas injustas e até mesmo trabalho escravo, uma realidade sombria que é frequentemente negligenciada.
**Capítulo 3: Consequências Econômicas e Sociais**
Embora a soja traga riqueza para muitos no Brasil, sua dependência excessiva desencadeia uma série de consequências econômicas e sociais, incluindo a concentração de terras nas mãos de poucos, o deslocamento de comunidades locais e a marginalização de pequenos agricultores. Além disso, a volatilidade dos preços no mercado global de commodities pode deixar os agricultores vulneráveis a ciclos de pobreza e endividamento.
**Capítulo 4: Perspectivas Futuras e Alternativas Sustentáveis**
Apesar dos desafios, há esperança. Iniciativas de agricultura sustentável e certificações ambientais estão surgindo, oferecendo um caminho para um cultivo de soja mais ético e responsável. Além disso, o crescente interesse em alternativas vegetais à base de proteína, juntamente com a conscientização crescente sobre os impactos ambientais da agricultura convencional, está impulsionando a demanda por mudanças significativas na indústria.
**Conclusão:**
À medida que o mundo continua a se alimentar da soja brasileira, é imperativo que olhemos além dos números de produção e exportação para entender as complexidades subjacentes. Somente ao reconhecer e abordar as questões ambientais, sociais e econômicas inerentes ao cultivo de soja, podemos verdadeiramente avançar em direção a um futuro mais sustentável e equitativo para todas as partes envolvidas. Esta é a verdade não contada por trás da soja brasileira - uma história que merece ser ouvida e confrontada.
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oliverfredericdieck · 8 months ago
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A dimensão individual da atividade contra o aquecimento global, versão francesa (portugaisch)
Meus amigos franceses: estudei economia/gestão DEUG/Ensette em Estrasburgo, França, entre 1990 e 1992. Lá compus, entre outras coisas, os fundamentos do meu primeiro concerto para piano, Estrasburgo, na qualidade de Tchaikovsky. É claro que sei que a França depende 75% da energia nuclear e é a terceira potência nuclear mais forte do mundo como medida de segurança e isto corresponde à utilização pacífica da energia nuclear. Quanto a este último, espero que haja um guarda-chuva nuclear comum, a UE, para proteger também o meu país natal, a Europa. A este respeito, tenho alguma compreensão de que a França vê a energia nuclear como uma força ecológica em transição e negligencia as perspectivas a longo prazo.
Em primeiro lugar: sou Oliver Frederic Dieck O.F.D. Não se trata de clima gay ou de vingança maluca contra Deus. É sobre a vingança da Terra por ter feito de nós, humanos, o verdadeiro câncer da Terra, e sobre como a Terra pode ser curada através de um comportamento melhor. Na minha opinião, basta um derreter na minha frente.( Devemos proteger a floresta tropical e o Delta do Amazonas juntos. Proibir novos produtos feitos de madeira de florestas tropicais e o desmatamento de florestas tropicais e a agricultura de corte e queima…....) Resumindo: O que podemos fazer a nível individual:
Algumas ideias :
Não compre coisas que sejam realmente lavadas de verde como argumento de marketing. Consulte os custos reais do início ao fim, incluindo os custos sociais e os custos ambientais. Nenhum outro cálculo faz sentido para torná-lo melhor na realidade.
Precisamos colocar em cada produto uma placa que mostre o real custo ambiental, incluindo a informação, como fazemos hoje em dia com o cigarro e o tabaco, com a informação “Isso pode te matar”.
Precisamos de impor impostos adicionais que reflictam os custos reais, incluindo os custos para a sociedade ecológica em todo o mundo, e adicioná-los aos preços. Talvez se fizermos isso desta forma pedagógica, precisaremos cortar impostos em outros lugares
Precisamos de um mundo pacífico, sem loucuras como guerras frias ou quentes, para termos os recursos para corrigir as nossas ações. A dissuasão mútua não é o caminho a seguir. Não há alternativa real à lei e à prisão pacífica. Não precisamos de ditadores e criminosos na liderança mundial. Isso é tudo. Então proceda com cuidado.
-A produção just-in-time e a produção terceirizada devem mudar. Interdependências, alternativas para redução de riscos e motores que utilizam, por exemplo, gás hidrogênio ou outras tecnologias modernas. Então é possível continuar com a produção global. Caso contrário não.
Não acredite muito nas palavras dos políticos que preferem soluções de boa vontade em vez de quadros jurídicos iguais que obrigam todos os participantes no mercado a serem ecologicamente responsáveis. Caso contrário, não acontecerá nada que nos possa enganar durante mais uma década, até ao nosso fim certo, como tem acontecido durante quatro décadas, incluindo a deslocalização da produção para a então próspera China, Índia e assim por diante.
Somos muitos neste planeta de 8 bilhões de pessoas. Mas nos países desenvolvidos, com mulheres estudando e acesso gratuito a preservativos sexuais seguros, pelo menos o comportamento da população mudou drasticamente. Nós, europeus, estamos a morrer. Devemos tomar medidas pessoais para as próximas gerações, também para manter estáveis ​​o sistema social e económico e os contratos intergeracionais. Mas funcionará da mesma forma noutros lugares se houver também uma modernização da religião e do iluminismo. Penso que o desenvolvimento da Terra é a principal chave para travar o crescimento explosivo da Terra.
Na Alemanha, o meu estado natal na Europa, um em cada sete trabalhadores depende da indústria automóvel. Na França é diferente, mas semelhante. Portanto, é necessário desenvolver novas tecnologias responsáveis ​​pela nossa prosperidade pessoal e pela solução dos nossos problemas climáticos globais.
Coma menos carne, mais ovos, peixes e aves e, claro, frutas e vegetais. Favoreça fontes em sua área.
Não compre roupas fast fashion baseadas nas últimas tendências. Na maioria das vezes, a moda apenas vende produtos criando artificialmente uma nova tendência a cada ano. Compre algo de bom no seu estilo individual com qualidade duradoura e fique satisfeito com isso.
Não jogue tudo fora e recicle se necessário. Reparar é a opção. Novo não é argumento de qualidade!
Demonstre, use sua rede social e vote neles.
Resumindo: Pare de lutar pela sua liberdade individual. Lute contra Razões que nos obrigam a usar cada vez menos as nossas liberdades e, em última análise, limitá-las a zero por responsabilidade.
Atenciosamente, Oliver Frederic Dieck. O.F.D para abreviar Oli.
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revista-amazonia · 2 months ago
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Como a seca na Amazônia poderia facilitar a remoção do Pedral do Lourenço e impulsionar a logística hidroviária?
  A Amazônia enfrenta um cenário alarmante em 2023. O ciclo de secas intensas, exacerbado pelo desmatamento e pelas mudanças climáticas, impactou gravemente a vida da população local e os ecossistemas da maior floresta tropical do mundo. Contudo, em meio aos desafios ambientais e socioeconômicos, essa seca apresenta uma janela de oportunidade para o desenvolvimento de infraestrutura e logística…
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capitalflutuante · 10 months ago
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Foi lançado nesta segunda-feira (29), no Rio de Janeiro, o Business 20 Brazil, ou B20 Brasil, uma espécie de braço de negócios do G20, grupo que reúne as 19 maiores economias do mundo, mais a União Europeia e a União Africana. O lançamento foi na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Assim como o Brasil preside o G20 pela primeira vez, desde dezembro do ano passado, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) assume o comando do braço de negócios do fórum global.Ao longo de 2024, representantes do setor industrial vão organizar diálogos em busca de caminhos e otimização do desenvolvimento econômico. Ao participar do lançamento do B20 Brasil, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse que o Brasil pode “fazer a diferença” no espaço de diálogo por ser protagonista em três temas de importância global: segurança alimentar, segurança energética e clima. “Na segurança alimentar, somos o campeão na produção de proteína animal e vegetal. Na segurança energética, temos a energia mais limpa, praticamente, do planeta. Um exemplo: temos uma enorme contribuição a dar na descarbonização nos desafios que se avizinham. Na questão do clima, a Floresta Amazônica, maior floresta tropical do mundo. O desmatamento, que é uma preocupação extremamente relevante, caiu já 50% em menos de, praticamente, um ano”, afirmou o vice-presidente. Alckmin elogiou o B20 por reunir representantes da indústria. “Fico feliz de ver aqui os dirigentes das federações das indústrias do Brasil inteiro. Sociedade civil organizada faz diferença.” O vice-presidente destacou iniciativas do governo em prol do desenvolvimento da indústria, como iniciativas de desburocratização de negócios e fomento ao crédito por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Alckmin ressaltou também impactos positivos da reforma tributária, promulgada no mês passado. “A reforma tributária vai desonerar completamente investimento e exportação, porque acaba com a cumulatividade de crédito. Passa a ter IVA [Imposto sobre o Valor Agregado], isso dá um empurrão. É uma reforma que traz eficiência econômica, faz toda a diferença, ajudando a impulsionar a economia e fortalecendo o comércio exterior. Se o Brasil tem um PIB [Produto Interno Bruto, soma de todos os bens e serviços produzidos no país] de 1,8% do PIB do mundo, 98,2% do comércio está fora do Brasil. Então, o comércio exterior é cada vez mais relevante”, afirmou Alckmin, enfatizando também a importância de o país buscar mais acordos comerciais com países e blocos. “O desenvolvimento é o novo nome da paz”, disse o vice-presidente, parafraseando o papa Paulo VI (1897-1978). “Emprego, renda e oportunidade são o novo nome da paz”, completou Alckmin. Diálogo com países ricos O presidente do BNDES fala na abertura do B20 Brasil - Cadu Gomes/VPR   O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, aproveitou a abertura do B20 para exaltar vantagens do Brasil para a transição energética, como matriz majoritariamente de energia limpa, o que deixaria a economia brasileira mais competitiva, mas criticou subsídios mantidos por outros países. “Onde nós somos mais competitivos é onde a gente enfrenta mais subsídio e mais prática de apoio a países que não têm as mesmas condições, especialmente, países ricos e desenvolvidos. Então, estamos diante de um debate que precisa ser verdadeiro, precisa ser construtivo, precisa ser de parceria.” Mercadante disse acreditar que o G20 pode ser a última instância de governabilidade para um diálogo franco entre os países para a redução das desigualdades. “O mundo precisa de mais governança econômica e comercial, de regras mais claras. Esse caminho de que vale a lei do mais forte não é bom para o Sul global [países em desenvolvimento] e para a maioria da população do planeta.” Setor produtivo O presidente da CNI, Ricardo Alban, defendeu o programa Nova Indústria Brasil, anunciado pelo governo para acelerar
a industrialização, na última segunda-feira (22), e ressaltou a importância do setor produtivo para o desenvolvimento do país. “O setor produtivo é o gerador de riquezas, de emprego, é o arrecadador de carga tributária para fazer a socialização desses impostos”, disse. Alban avalia que a grande oferta de energia limpa é uma vantagem competitiva para a indústria brasileira. “Todos sabem que a indústria manufatura, que é a indústria que agrega mais valor, que agrega tecnologia, perdeu espaço representativo em nível global. Esse é o momento de nós podermos recuperar esse espaço. A grande motivação que nós temos são as energias renováveis, o processo de descarbonização. Vamos ajudar o mundo na descarbonização, mas vamos fazer a nossa descarbonização para ganharmos a competitividade e algumas vantagens competitivas junto ao mercado internacional.” B20 O lançamento do B20 reuniu ainda empresários de diversos setores da indústria. Participaram também o presidente do Fórum Econômico Mundial, o norueguês Børge Brende; o presidente do B20 Brasil, o empresário do setor automotivo Dan Ioschpe; e o sherpa (representante de chefe de Estado) do G20, embaixador Mauricio Lyrio. O primeiro evento contou com a participação, por videoconferência, do cientista político americano e presidente da consultoria Eurasia, Ian Bremmer, especializado em política externa global. As discussões do B20 são divididas por temas: comércio e investimento, finanças e infraestrutura, emprego e educação, transição energética e clima, transformação digital, integridade e compliance, sistemas alimentares sustentáveis e agricultura, além do Conselho de Ação Mulheres, diversidade e inclusão em negócios. Ao longo de uma série de reuniões nos próximos meses, os participantes brasileiros e estrangeiros vão elaborar um documento com demandas e sugestões para os chefes de governo e de Estado que se encontrarão na reunião de Cúpula do G20 em novembro, no Rio de Janeiro. Com informações da Agência Brasil
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amazoniaonline · 11 months ago
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Pesquisa mede emissão de óxido nitroso na Amazônia e no Pantanal
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Com experimentos realizados em campo e em laboratório, pesquisa do Instituto de Química da Universidade Federal Fluminense (UFF) avalia a variação de emissão de óxido nitroso (N2O) na Amazônia e no Pantanal. O óxido nitroso é capaz de agravar a destruição da camada de ozônio e sua principal forma de emissão nos dois biomas brasileiros é pelo solo de áreas alagadas. De acordo com o último relatório da Convenção-Quadro da Organização das Nações Unidas sobre Mudança Climática (UNFCCC), a temperatura do planeta pode aumentar até 2,6ºC até o fim do século. Na Amazônia, a diminuição do nível de chuva nos períodos de estiagem, somada ao avanço do desmatamento, pode levar à ampliação da seca em algumas áreas, enquanto o aumento das chuvas em outras regiões da floresta pode provocar o alagamento de locais nunca antes alagados. Esses eventos são intensificados pelo efeito estufa, um fenômeno natural que impossibilita a vida na Terra já que gases presentes na atmosfera, chamados de gases do efeito estufa (GEE), passam a reter parte da radiação emitida pelo Sol. Entre esses gases está o óxido nitroso, capaz de agravar a destruição da camada de ozônio, uma camada de proteção da atmosfera. Gabriela Cugler, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Geociências (Geoquímica) da UFF, explica que a agricultura e as indústrias são grandes fontes de produção do gás, mas que existe uma lacuna de informações ao tentar entender qual o impacto das emissões de N2O pelas florestas naturais. “Seja uma floresta tropical ou temperada, onde elas se encaixam dentro desse cenário?”, questiona. O estudo destrincha como a produção de N2O funciona em diferentes cenários do bioma amazônico, considerando a presença ou não de água e de árvores, em quatro trabalhos: dois de campo, na Amazônia e no Pantanal, para avaliar o que acontece com o ambiente com o aumento ou diminuição do nível de água, e dois experimentos em laboratório apenas na Amazônia, buscando entender o impacto desses eventos extremos de seca ou alagamento. “As plantas amazônicas, além de metano, que é um gás do efeito estufa, emitem também o N20 que é um outro gás de efeito estufa”, explicou Alex Enrich Prast, orientador da pesquisa. “Historicamente, as áreas amazônicas já emitiam esse gás do efeito estufa, mas existia um equilíbrio na natureza e no planeta onde os trópicos emitiam mais metano ou mais óxido nitroso e isso ajudava a manter a temperatura da Terra numa temperatura aceitável. No que o homem passa a emitir pelas atividades antrópicas mais metano e mais N2O com mais agricultura e fertilizantes, como consequência disso, emitem mais N2O. É importante acompanhar as emissões naturais”, detalhou. “O óxido nitroso é 310 vezes mais potente na retenção de calor do que o CO2 e o tempo que ele fica na atmosfera é maior que o CO2. O N2O aumenta os efeitos da mudança do clima, isso já está bem estabelecida na literatura”, disse Gabriela. Fonte Agência Brasil. Read the full article
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antoniodatsch · 1 year ago
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País quer união pela meta mais ambiciosa do Acordo de Paris
Proposta é estratégica para que COP de Belém seja-bem sucedida
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, se dirige nesta sexta-feira (1º) a outros chefes de Estado e de governo na 28ª Conferência do Clima das Nações Unidas (ONU), a COP28, em Dubai, nos Emirados Árabes, buscando se estabelecer como uma liderança climática.
Neste que deve ser o ano mais quente da história, o governo brasileiro leva um chamado para que as nações unam esforços em uma escala sem precedentes para restringir o aumento da temperatura média do planeta a 1,5°C. 
A proposta faz parte da estratégia do Brasil para pavimentar o caminho até a COP30, que deve ser realizada em Belém em 2025 e já vem sendo considerada a mais importante desde a COP de 2015, que estabeleceu o Acordo de Paris. É na rodada brasileira de negociações climáticas que os países deverão apresentar novas metas de redução de gases de efeito estufa, e o sucesso disso vai depender dos resultados entregues neste ano. 
Na cúpula de Dubai, que ocorre até o próximo dia 12, será realizado o primeiro balanço global do que foi feito (ou não) para conter o aquecimento global até o momento. Não só em termos de ações de mitigação, mas também de adaptação e de meios de implementação. E o diagnóstico já é bem conhecido: estamos bem atrasados. O mundo segue num trilho de aquecer quase 3ºC até o fim do século, em vez de apenas 1,5ºC, como é recomendado pela ciência.
Para que ações mais ambiciosas sejam assumidas pelos países, a palavra-chave é dinheiro. Nos últimos anos, a questão tem protagonizado uma crise de confiança nas negociações, já que os países desenvolvidos estão atrasados no cumprimento da atual meta de financiamento climático – pagar US$ 100 bilhões ao ano, de 2020 a 2025, aos países em desenvolvimento. Isso quase sempre acaba emperrando as tratativas – situação que o Brasil deseja evitar a todo custo daqui até Belém. 
“Florestas Tropicais para Sempre”
Como bandeira da demanda por maior financiamento, o Brasil também levará à conferência a proposta de criação de um novo instrumento de proteção de florestas tropicais. 
A iniciativa busca reunir os países detentores de florestas, cerca de 80, bastante heterogêneos entre si, em uma iniciativa por meio da qual eles mesmos apresentem às nações desenvolvidas suas necessidades financeiras para proteger os biomas. É uma tentativa de inverter a lógica dos mecanismos que atualmente existem com essa finalidade, em que os doadores estabelecem as condições, e os beneficiados apenas aceitam.
Em entrevista à Agência Pública, o embaixador André Corrêa do Lago, secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores (MRE), explicou que o instrumento levará em conta uma noção mais complexa do que são as florestas: “A floresta é mais do que o carbono. É a biodiversidade, são as populações locais, vários elementos extremamente importantes que têm que ser levados em consideração. E, sobretudo, essa variedade de circunstâncias, inclusive dentro do próprio Brasil.”
Iniciativa busca reunir países detentores de florestas
Por isso, disse Corrêa do Lago, o mecanismo, que foi debatido com os demais países, não será baseado apenas em desmatamento evitado e nas emissões de carbono associadas a ele que deixaram de ocorrer. A medição acontecerá por hectare protegido, segundo o embaixador. 
Está previsto para esta sexta-feira (1) o lançamento, pelos ministérios do Meio Ambiente e Mudança do Clima, da Fazenda e das Relações Exteriores, da iniciativa que está sendo chamada de “Florestas Tropicais para Sempre: pagamento por floresta tropical conservada”,  em Dubai. Representantes de outros países com florestas também devem comparecer.
Embora o instrumento não deva operar sob a estrutura da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (a UNFCCC, na sigla em inglês), como a meta global dos US$ 100 bilhões de dólares, é um símbolo de como “o Brasil está na origem de propostas muito diferentes, mas todas nesse esforço da busca de recursos financeiros”, destaca o secretário.
“Missão 1,5”
A sugestão brasileira de união em torno do 1,5°C, batizada como “missão 1,5”, foi incorporada, na abertura da COP em Dubai, nesta quinta (30), à discussão que será feita pelos países em torno do balanço global das ações desde Paris, chamado em inglês de Global Stocktake (ou apenas GST).
O Acordo de Paris, pelo qual 196 países se comprometeram, em 2015, a fortalecer a resposta global à mudança do clima, tem como uma de suas metas principais conter a elevação da temperatura média global num patamar “bem abaixo de 2°C” em relação aos níveis pré-Revolução Industrial, com esforços para limitá-la a 1,5°C. 
Relatório lançado em 2019 pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (o IPCC, na sigla em inglês, vinculado à ONU) aponta que um aquecimento de 1,5°C, embora prejudicial, é mais seguro para a saúde humana, ecossistemas e biodiversidade em comparação ao de 2°C. Em seu sexto ciclo de análise, cujos resultados foram divulgados entre 2021 e 2023, o IPCC reforçou essas conclusões.
O governo brasileiro defende que a meta de 2°C “pode não estar mais alinhada com o objetivo final” da Convenção do Clima de estabilizar as “concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera num nível que impeça uma interferência antrópica perigosa no sistema climático”. E diz que é necessário que a humanidade “dê as mãos” em torno da “missão para manter vivo o 1,5°C” e a coloque como prioridade máxima. 
Isso exigirá, aponta a proposta brasileira, níveis muito mais elevados de recursos financeiros, tecnológicos, capacitação e cooperação internacional para que os países avancem na ação climática.
“O Brasil será o paladino do 1,5°C”, declarou André Corrêa do Lago na primeira coletiva de imprensa sobre a cúpula de Dubai, em 8 de novembro. O chefe da equipe brasileira de negociações climáticas afirmou que “o Brasil está absolutamente determinado a ser o país que quer liderar”, já com vistas à COP30, que será presidida pelo país. A confirmação da capital do Pará como sede da conferência deve acontecer na COP28.
Indagado sobre por que, em outras COPs, o Brasil não havia sido tão enfático em relação à meta do 1,5°C, Corrêa do Lago comentou a mudança de posição na entrevista à Pública. “No momento da negociação [do Acordo de Paris], o IPCC ainda não havia sido claro com relação a essa questão [de que meio grau a mais na temperatura significará consequências danosas]  – por isso, o acordo saiu [com a meta de ficar] nitidamente abaixo de 2°C e, se possível, 1,5°C”, disse. “Hoje, o Brasil é totalmente consciente de que a sua população mais vulnerável está na linha de frente dos que serão atingidos pela evolução da mudança do clima”, complementou.
“Ao falar que é uma ‘missão 1,5’, o que a gente quer é ambição [correspondente à meta de] 1,5°C. Porque todos os outros mecanismos [previstos no Acordo de Paris] ainda estão alinhados aos 2°C”, explicou à Pública Ana Toni, secretária Nacional de Mudança do Clima do MMA.
Toni destaca que a “missão 1,5” tem base na realidade do próprio país. Como exemplo, cita a seca e a temporada de queimadas históricas que acometeram o Amazonas nos últimos meses. “Para o Brasil, que é um dos países mais vulneráveis à mudança do clima, se o planeta aquecer a 2°C, talvez veremos, em alguns biomas como o da Amazônia, processos de perdas e danos, não de adaptação. É a consciência de que precisamos mirar no 1,5°C porque é importante para o Brasil, para a agricultura brasileira, para as hidrelétricas brasileiras, para a Amazônia brasileira”, pontua.
Cintya Feitosa, assessora de Relações Internacionais do Instituto Clima e Sociedade (iCS), comentou que a proposta brasileira é “interessante” por reforçar o objetivo mais ambicioso do Acordo de Paris diante de ameaças que vem sofrendo nas próprias negociações. Na reta final da COP27, no Egito, a meta correu o risco de ficar de fora da decisão final. Após pressão de alguns países, como as pequenas ilhas, e da sociedade civil, isso acabou não acontecendo. “O que a gente tem visto é uma descrença em relação ao 1,5°C, sendo que deveríamos continuar perseguindo esse objetivo”, indica.
Aumento da ambição
A conclusão do primeiro balanço global (o GST) na COP28 marcará o fim de uma etapa essencial do Acordo de Paris: a avaliação do progresso coletivo na implementação das metas apresentadas pelos países em 2015. Como estágios desse processo, durante os últimos dois anos foram realizados levantamentos de informações e diálogos técnicos no âmbito da UNFCCC. 
O resultado desse trabalho está expresso em um relatório síntese, lançado em setembro deste ano. Ele indica que, embora o Acordo de Paris tenha fomentado uma “ação climática quase universal” ao estabelecer metas e revelar a urgência de se responder ao aquecimento global, são necessárias muito mais medidas “em todas as frentes”. Uma das principais constatações do documento é a de que os atuais níveis de emissões globais de gases de efeito estufa não estão compatíveis ao objetivo de 1,5°C. 
Na conferência de Dubai, os países discutirão o que fazer daqui para frente com base nos resultados desse processo. A intenção é que identifiquem oportunidades e desafios para tornar a ação climática mais efetiva. 
Uma decisão ambiciosa em relação ao balanço global é considerada fundamental por especialistas, já que ela guiará a apresentação da nova rodada de metas voluntárias de redução de emissões das nações sob o Acordo de Paris, as Contribuições Nacionalmente Determinadas – ou NDCs, na sigla em inglês. Isso precisa ocorrer em 2025, até a COP30, que deve ocorrer em Belém.
Portanto, um desfecho para o balanço global que recoloque o mundo na trilha do 1,5°C é encarado como essencial para que a COP brasileira seja bem sucedida, quando é esperado que os países apresentem uma segunda rodada de NDCs com cortes de emissões de gases de efeito estufa mais elevados e abrangentes em termos de setores econômicos.
“Na nossa cabeça [está o caminho] da COP28 à COP30”, disse Ana Toni na entrevista à imprensa de 8 de novembro. “Estamos pensando não só na COP28, mas nesse processo e no papel do Brasil nesse processo.”
“Só que, antes de chegar na COP30, têm que acontecer algumas coisas na COP28 e na COP29. Na COP28, a coisa mais importante é que o Global Stocktake seja muito bem feito, escrito, pensado. Que tenha todos os elementos que sirvam para as NDCs, que vão ser revistas na COP30”, adicionou. O alinhamento da nova rodada de NDCs à meta de limitar o aquecimento global a 1,5°C será “o sucesso da COP30”, ressaltou Toni à Pública.
De acordo com ela, a “missão 1,5” idealizada pelo Brasil entra nessa história para propor um “caminho mais rápido” dentro do balanço global. “A submissão que o Brasil fez é para ver se, dentro do Global Stocktake, vão querer criar um mecanismo de fast track ou não”, disse.
Para viabilizar essa aceleração, conforme a proposta brasileira, mais do que metas nacionais compatíveis ao 1,5°C, é necessária a sua implementação. E a chave para isso é o financiamento, no sentido clássico definido pelos acordos climáticos internacionais: dinheiro concedido pelos países desenvolvidos aos em desenvolvimento. 
Nas negociações climáticas, o financiamento vem representando o principal ponto de embate entre as nações. Enquanto o grupo desenvolvido cobra do mundo em desenvolvimento políticas mais avançadas de redução de emissões – o que a linguagem técnica chama de “mitigação” –, os últimos demandam que, antes, os primeiros “mostrem o dinheiro”. 
Isso porque a atual meta de financiamento climático está sendo cumprida com muito atraso pelos países ricos. Em 2009, na COP15, na Dinamarca, eles se comprometeram a prover 100 bilhões de dólares por ano, a partir de 2020 e até 2025, aos pobres. No entanto, segundo o mais recente relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), lançado em novembro, em 2021 (o último ano analisado), esse valor foi de apenas 89,6 mil milhões de dólares.
“Com base em dados preliminares e ainda não verificados à disposição da OCDE até à data, parece provável que o objetivo já tenha sido alcançado em 2022”, informou a entidade em um comunicado à imprensa. Ou seja: se a afirmação se confirmar na análise do ano que vem, os países ricos terão demorado dois anos a mais para colocar em prática o compromisso feito em 2009. 
Num contexto em que os 100 bilhões de dólares anuais já são insuficientes para que as nações em desenvolvimento enfrentem a mudança do clima – até 2025, a OCDE prevê que eles necessitarão de cerca de 1 bilhão de dólares anuais para investimentos climáticos, sendo que esse valor aumentará para cerca de 2,4 bilhões de dólares por ano entre 2026 e 2030 –, a morosidade no cumprimento da promessa provoca uma crise de desconfiança em relação aos ricos.
Na COP29, que ainda não tem sede para acontecer no fim de 2024, será definida uma nova meta global de financiamento climático sob o Acordo de Paris. Segundo os representantes do governo brasileiro ouvidos pela reportagem, ela também é considerada central para que a COP de Belém atinja seus objetivos.
“Todos temos consciência de que não vamos poder acelerar e ter NDCs mais ambiciosas em Belém se os recursos financeiros não vierem de maneira muito mais clara, transparente e efetiva”, afirmou Corrêa do Lago à Pública. O embaixador vem dizendo que o Brasil quer ser o “destravador de negociações difíceis”, e a questão do financiamento é um “ponto absolutamente central” para a construção desse papel.
Não está claro como se daria, na prática, essa atuação do Brasil. Cintya Feitosa pontua, no entanto, que seria importante que o país conseguisse criar “um espaço mais amigável e confortável para a discussão daqui até a COP30, respondendo ao Global Stocktake”, na intenção de desarmar a polarização entre ricos e pobres que muitas vezes trava as negociações. 
Em reunião do MRE com organizações da sociedade civil sobre a COP28 em 25 de outubro, o diplomata Túlio Andrade, chefe da Divisão de Negociação Climática do ministério, explicou um pouco mais sobre esse processo.
“Recuperar a confiança entre as partes vai ser uma das principais missões do Brasil, nesse contexto em que a gente precisa de união de um lado e comprometimento com o multilateralismo do outro. E, terceiro, um sentido de missão da comunidade internacional em torno do 1,5°C, para que não só haja um comprometimento em mitigação e adaptação, mas haja também um sentido de que, se o objetivo é 1,5°C, a gente não pode ter limitações de recursos para a gente cumprir esse objetivo”, declarou.
Edição: Giovana Girardi
COP28: Entenda os principais pontos defendidos pelo Brasil em Dubai @agenciapublica @anjosannab @giovanagirardi
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gazeta24br · 1 year ago
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Samuel Hanan* A polêmica dentro do próprio governo federal sobre a exploração da foz do Amazonas é uma boa oportunidade para o Brasil discutir a Amazônia de forma mais ampla e profunda. O país precisa entender, definitivamente, como e por que essa região tão cobiçada foi deixada à margem do desenvolvimento, prejudicando significativamente a população que a habita e, a partir disso, apontar caminhos para mudar essa situação. Convém olhar com cuidado os dados que mostram a magnitude da Amazônia, esse gigante da região norte que abriga sete estados: Amazonas, Acre, Amapá, Pará, Tocantins, Rondônia e Roraima. Sua área é de 3,88 milhões de km², o correspondente a 45,65% do território nacional, e equivalente ao território ocupado por 27 países da Europa, que somam 486,7 milhões de habitantes. Uma diferença abissal em relação à população amazônica, de apenas 17,83 milhões de pessoas (Censo 2022), ou seja, somente 8,78% da população brasileira. Além disso, ali está concentrada a maior parte das terras indígenas brasileiras, que ocupam de 23% a 26% do território amazônico e abrigam 846 mil indígenas (Censo 2022), o correspondente a 51% dessa população no Brasil. É verdade que a população indígena, nos últimos 12 anos, vem crescendo à taxa de 5,21% ao ano, média muito maior que a média nacional (0,5% ao ano), mas representa apenas 4,75% da população amazônica. Há outra peculiaridade importante: da área total da Amazônia temos que pouco mais de sua metade (51%) responde por áreas de uso restrito da, sendo 10,54% de áreas integralmente protegidas; 14,31% de áreas de uso sustentável, e 26,07% de terras indígenas. Esse dado remete à preservação da floresta, questão discutida mundialmente há algumas décadas. Neste ponto, é preciso destacar que, passados 523 anos do descobrimento do Brasil, a Amazônia ainda possui de 83% a 85% de sua floresta em pé. Combater o desmatamento é medida impositiva. Manter a floresta em pé atende a necessidades ambientais pela questão climática – a mais discutida -, mas também alerta para a preservação da fauna e da flora. Maior banco genético do planeta, a Amazônia possui biodiversidade incomparável, com mais de 33.000 espécies de plantas superiores e 10.000 espécies de plantas portadoras de princípios ativos. Na imensidão da floresta crescem 2.500 tipos de árvores de grande porte, quantidade análoga a um terço de toda a madeira tropical do mundo. A fauna, igualmente rica, abriga mais de 5.000 espécies de animais catalogados. Há, ainda, o apelo das necessidades econômicas. Na floresta amazônica concentra-se mais de um quinto da disponibilidade de água doce do planeta, volume alimentado pelo Sistema Aquífero Grande Amazônia (SAGA), o maior do mundo. O índice pluviométrico é alto e os rios voadores levam chuva para as regiões centro-oeste, sudeste e sul, contribuindo para o sucesso do agronegócio, setor responsável por 26% do Produto Interno Bruto brasileiro. Além disso, assegura a geração de energia hídrica, barata e confiável, que abastece as indústrias instaladas no sul e sudeste e os lares nas duas regiões mais desenvolvidas do país. Tudo isso vem sendo mantido graças à consciência ambiental do povo simples da Amazônia, à custa de enormes sacrifícios dessa população. A região tem IDH muito inferior à media nacional, assim como a escolaridade e a remuneração médias. A infraestrutura tem nível de abandono; os serviços de saúde são precaríssimos. E a expectativa de vida do amazonense ao nascer é de cinco anos a menos que a dos brasileiros de outras regiões. A despeito de seu esforço, a população da Amazônia sofre há décadas com o descaso do governo federal, cujas ações cuidaram unicamente de impor restrições econômicas por meio de leis, decretos, portarias e atos normativos sempre limitantes e espasmódicos. Quase nada foi pensado ou executado com foco nos 18,8 milhões de habitantes da região. A única ação efetiva dos governos brasileiros em favor da Amazônia aconteceu há mais de 50 anos
com a criação da Zona Franca de Manaus/Polo Industrial de Manaus, ainda que limitada à capital do estado. Após a Constituição Federal de 1988, nada foi acrescentado ao desenvolvimento da região. Pelo contrário, os governos – à exceção de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff – sempre tentaram estrangular a ZFM, editando continuamente leis e atos, depois derrubados pelo Supremo Tribunal Federal. Tanto tempo de menosprezo oficial explica o nível crítico das desigualdades regionais e sociais que castigam o povo da Amazônia. Para reverter essa situação, algumas medidas se impõem. É preciso investimento estatal – diretamente da União ou por meio de suas estatais - de forma contínua e obedecendo a planos plurianuais. Também é fundamental investimento em infraestrutura básica – saneamento, portos, aeroportos, rodovias, ferrovias e metrôs – e em educação, mediante a implantação de programas de escola em tempo integral, com professores mais qualificados, comprometidos e, obviamente, mais bem remunerados. Além disso, é fundamental a priorização das renúncias fiscais (gastos tributários) em favor dos beneficiários das regiões norte e nordeste, os mais empobrecidos do país. Falta no Brasil a consciência de que, para assegurar a floresta em pé, o caminho mais seguro é garantir ao homem da Amazônia condições de emprego e renda, bom índice de desenvolvimento humano, escolaridade e expectativa de vida, compatíveis com a média nacional. A questão é que nos últimos 20 ou 30 anos os principais atos dos governos ignoraram essa necessidade. Um exemplo: a Petrobras, maior estatal nacional, vendeu seus ativos em Urucu-Coari-Amazonas, onde produzia de 45.000 a 50.000 barris/dia e cerca de 6 milhões de m³ de gás natural/dia, produção que com poucos investimentos poderia alcançar 12 milhões de m³ de gás natural/dia. Posteriormente, o grupo privado vencedor da licitação desistiu do negócio em razão de passivos com o Fisco e com empresas estatais e privadas. Com isso, o polo voltou para a Petrobras que já manifestou não ter mais interesse em prospectar e produzir petróleo (óleo cru) em depósitos shallow por ser atualmente empresa especializada e vocacionada para a exploração offshore em águas profundas. A Petrobras ainda alienou a refinaria de petróleo de Manaus (Reman) e o gasoduto que transportava de 5,5 a 6,0 milhões de m³ de gás natural/dia de Urucu para Coari/Manaus, equipamento que, com modestos investimentos, poderia duplicar o volume transportado. Como se não bastasse, a renúncia fiscal da União, da ordem de 4,5% a 5% do PIB (R$450 a 500 bilhões/ano), é predominantemente dirigida (mais de 65%) para beneficiários das regiões sudeste e sul, justamente as mais desenvolvidas, contrariando o que determina a Constituição Federal (artigos 43, 151 e 155 e parágrafos 6º e 7º do art. 165). Ademais, o Orçamento da União, que cobra muito de tributo mas pouco ou nada investe, tem praticamente ignorado a Amazônia, privilegiando as regiões mais desenvolvidas, e novamente contrariando a Constituição (parágrafos 6º e 7º do art. 165). Enquanto isso, a rodovia BR-319 (Manaus-Porto Velho) está intransitável por falta de manutenção adequada, sem perspectiva de recomposição por falta de licença ambiental, deixando a população privada do mais importante acesso terrestre para o resto do país. Agora, o governo cogita a implantação de mais ações restritivas, sem nenhuma discussão a respeito das consequências graves e injustas para o povo amazônico. A principal, sem dúvida, é a exploração de petróleo na foz do Amazonas, sem estudo prévio das mitigações possíveis e já praticadas no mundo. Resta aos sete estados da região norte, responsáveis na prática pela manutenção do maior patrimônio nacional, a floresta amazônica, elaborarem um documento conjunto, um plano de metas decenal ou vintenal construído após estudos e aperfeiçoamentos, com identificação de recursos para sua implementação, submetendo-o ao governo central e ao Congresso Nacional.
Enquanto isso não é viabilizado, é possível implementar iniciativas para dar início ao plano de redução do processo de empobrecimento do povo amazônico. É preciso aproveitar o momento histórico, após John Biden, presidente dos Estados Unidos, país líder mundial com PIB de US$ 23 trilhões/ano – 14 a 15 vezes maior que o PIB brasileiro -, reconhecer a responsabilidade dos países ricos e conclamar seus colegas líderes do G7 ou G10 a avançarem na mesma direção, assegurando ao governo brasileiro contribuições financeiras em programas decenais voltados à conservação da floresta amazônica. Evidentemente, não se trata de mera generosidade estrangeira, mas de reconhecimento da importância da floresta para a humanidade. O mundo parece, enfim, estar tomando consciência de que o meio ambiente não tem fronteiras e de que vivemos todos na mesma casa, o planeta Terra. A ocasião é propícia para suscitar ampla discussão sobre os créditos de carbono e seus mercados, e de reconhecer que estão instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM) empresas globalizadas, muitas delas líderes mundiais em seus segmentos – como Coca-Cola, Honda, Samsung, LG Eletronics, Gillette, Yamaha e outras – que podem ser parceiras em programas privados com o respaldo dos governos de suas matrizes e da população mundial em defesa da Amazônia. São multinacionais que podem emprestar suas marcas, pontos de venda e credibilidade mundial para angariar recursos destinados a custear a preservação da floresta amazônica mediante a cobrança de alguns centavos de dólar a mais no preço de varejo de cada unidade de seus produtos, numa ampla campanha global em que o consumidor se sinta partícipe do esforço global pela defesa dessa imensa reserva natural que já foi chamada de “pulmão do mundo”. A conta é simples. Apenas um centavo de dólar cobrado a mais, como contribuição, em cada uma das 684 bilhões de unidades de refrigerantes que a Coca-Cola vende anualmente no mundo inteiro, significará, ao final, US$ 6,84 bilhões por ano para aplicação na preservação da Amazônia. Fácil imaginar como esses recursos se multiplicarão se a mesma campanha envolver produtos como água mineral, aparelhos de barbear, celulares, televisores e motocicletas, dentre tantos outros comercializados mundialmente pelas indústrias multinacionais com plantas em Manaus. “Save the Amazon forest” seria um apelo internacional com ampla adesão. Há outras possibilidades plausíveis na esteira do que propôs Joe Biden. Um grande acordo entre as nações poderia estabelecer às empresas emissoras de poluentes a compra compulsória de créditos de carbono em Bolsas de Valores, a fim de resguardar a liquidez aos proprietários de áreas de florestas nativas intactas na Amazônia. É preciso convencer governos e organismos internacionais para que realizem na Amazônia seus grandes eventos anuais, trazendo recursos e despertando mais atenção para a região. No campo comercial, governos dos países da América do Norte, Comunidade Europeia e Japão, dentre outros, poderiam conceder tarifas preferenciais na importação de produtos da Amazônia, como pescados, frutas (in natura ou sucos), insumos para a indústria de cosméticos, etc, tudo com selos ambiental e de inspeção sanitária, observando-se as exigências internacionais. O primeiro passo é essencial para vencer a inércia e transformar o discurso ambientalista em ações concretas para manter a floresta em pé, com o envolvimento dos países ricos e com a atenção voltada para quem mais protege a floresta: o povo amazônico. *Samuel Hanan é engenheiro com especialização nas áreas de macroeconomia, administração de empresas e finanças, empresário, e foi vice-governador do Amazonas (1999-2002). Autor dos livros “Brasil, um país à deriva” e “Caminhos para um país sem rumo”. Site: https://samuelhanan.com.br
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