#descascada
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dicasverdes · 1 year ago
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10 maneiras rápidas e fáceis de esconder uma pequena mancha de tinta descascada ou outras imperfeições em suas paredes
Você pode ocultar remendos de parede usando as seguintes correções rápidas e fáceis… A casa própria é um dos melhores investimentos que você pode fazer na vida. Nada é melhor do que saber que você está morando em sua própria casa sem ter que pagar aluguel ou cuidar de algumas contas desnecessárias. No entanto, também vem com sua própria parcela de despesas. Você precisa garantir que pode cuidar…
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frutosesaude · 10 months ago
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Descubra as Vantagens das Frutas Sem Casca
Frutas Sem Casca: Uma Abordagem Completa para uma Alimentação Saudável
Introdução
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Benefícios de Frutas Sem Casca
Maior Digestibilidade
Ao retirar a casca das frutas, facilitamos a digestão. Muitas cascas contêm fibras insolúveis que podem ser difíceis de digerir para algumas pessoas. Consumir frutas sem casca pode ser especialmente benéfico para aqueles com sistemas digestivos sensíveis.
Redução de Resíduos Químicos
As cascas das frutas podem abrigar resíduos de pesticidas e produtos químicos usados durante o cultivo. Ao descascar as frutas, reduzimos a exposição a essas substâncias potencialmente prejudiciais, tornando nossa alimentação mais segura.
Maior Sabor e Textura
Frutas sem casca muitas vezes têm um sabor mais suave e uma textura mais agradável. Isso pode ser especialmente apreciado por crianças e adultos que não gostam da sensação de mastigar a casca das frutas.
Opções Populares de Frutas Sem Casca
Maçãs
As maçãs são um exemplo clássico de frutas que muitas pessoas preferem comer sem casca. A casca pode ser ligeiramente amarga para alguns paladares, e retirá-la revela a doçura e a suculência da fruta.
Pêssegos
Os pêssegos são outra escolha popular para consumo sem casca. Sua casca pode ser difícil de mastigar, e a carne macia por baixo é uma verdadeira delícia.
Peras
As peras são frutas que podem ser consumidas com ou sem casca, dependendo das preferências pessoais. Muitos apreciam a suavidade das peras sem casca, mas a casca também é rica em fibras e nutrientes.
Dicas para Preparar Frutas Sem Casca
Agora que você conhece os benefícios das frutas sem casca e algumas opções populares, aqui estão algumas dicas para prepará-las adequadamente:
Lave Bem as Frutas
Certifique-se de lavar as frutas cuidadosamente antes de descascá-las. Isso ajuda a remover qualquer sujeira, resíduos químicos ou bactérias da superfície.
Use um Descascador de Frutas
Para garantir que você esteja retirando apenas a casca e não desperdiçando parte da polpa, utilize um descascador de frutas de qualidade. Isso tornará o processo mais eficiente e seguro.
Armazene Adequadamente
Depois de descascar as frutas, armazene-as corretamente na geladeira para mantê-las frescas e saborosas por mais tempo.
Conclusão
Frutas sem casca são uma opção nutritiva e deliciosa para aqueles que desejam evitar as cascas ou que têm dificuldade em digeri-las. Ao conhecer os benefícios, as opções populares e as melhores práticas de preparação, você pode desfrutar dessas frutas de forma saudável. Lembre-se sempre de variar sua dieta para obter uma ampla gama de nutrientes, e aproveite o sabor puro e suculento das frutas sem casca em sua próxima refeição.
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kingoflenses · 2 years ago
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Esquenta King Friday 🔥 As suas #Lentes estão #Arranhadas, #Descascadas ou #Pipocadas? #VemPraKing (em Oferta Relâmpago - Confira) https://www.instagram.com/p/ClEDXhEu334/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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susinna · 2 months ago
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Me chama de parede descascada e me dá uma pintada ☢️
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bisouros · 2 months ago
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hoje sonhei que uma figura mística oferecia uma bergamota descascada para minha versão criança.. amanhã vou sonhar que ela irá me oferecer uma laranja com casca e tudo
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jenovascaino · 11 months ago
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lee jeno x reader
inspirado em clube da luta
havia conhecido lee jeno antes de você encontrá-lo e grudar em sua pele como um verdadeiro parasita.
as poucas noites de sono que tinha foram embora assim que virou costume te encontrar na casa que dividia com jeno, seu parceiro num projeto. contigo ali, a insônia voltara. não dormia mais. nem um pouco. o sangue fervia de raiva. ouvia teus gemidos, gritos e grunhidos todas as noites, chamando pelo nome do lee e pedindo para ir mais rápido.
o chão do segundo andar se desfazia acima de sua cabeça. a tinta descascada caída do teto boiava em seu café, e só restava escutá-los fodendo como dois animais selvagens quieto, como se não passasse de um telespectador. um mero narrador.
o gosto forte da bebida tomava a boca e deixava ali um certo amargor, que não chegava a ser tão incômodo quanto o emaranhado de xingamentos que tinha para soltar, mas eram engolidos enquanto rasgavam sua garganta.
tua voz o incomodava de todas as formas. saber que você gastava o tempo e ocupava a mente de lee jeno o irritava. não era merecedora de toda aquela atenção. não mesmo. não passava de uma mentirosa.
sentia o estômago embrulhar ao te imaginar se contorcendo na cama, tocando a bucetinha molhada com agilidade, cheia de tesão. os olhos se reviraram, enojado, ao pensar em você toda abertinha, esperando para ser comida por jeno enquanto tuas mãos famintas apertavam os peitinhos arrebitados. seus joelhos flexionados e quase tocando o colo só para ficar totalmente exposta, com o buraquinho pulsando e escorrendo teu melzinho brilhante, que deslizava até tua outra entradinha. você era desprezível.
não merecia ter o rabinho cheinho de porra ao final da noite, ou ficar com a bucetinha inchada de tanto levar pica. também não merecia ter a boca fodida do jeitinho que gostava, levando leite na cara enquanto gozava nos próprios dedinhos. nem ser comida com metade do corpo para fora da janela, ecoando teus malditos gemidos pela rua enquanto o lee te empurrava sem dó, para que todos ali pudessem ouvi-la.
muito menos merecia ser escutada por ele mesmo nessa madrugada, com a tua vozinha manhosa e irritante estragando mais uma de suas preciosas noites de sono. mas ele sabia que você curtia isso. sabia que queria se mostrar para todo mundo. para qualquer um. seja quem fosse.
sabia disso porque lee jeno também sabia.
não te odiava sem motivos. muito pelo contrário. antes de te encontrar perambulando pela própria casa na calada da noite e saindo pela manhã, havia te conhecido no último lugar que gostaria — se ao menos quisesse ter te conhecido.
pelas manhãs, trabalhava num escritório medíocre e tedioso, mas que pelo menos cobria os gastos de seu apartamento mais medíocre e tedioso ainda. vivia uma vida descartável, e parecia que aquilo lhe tirava o sono. seus dias eram cansativos e nem mesmo à noite podia relaxar. sua mente estava sempre acordada.
com insônia nada parece real.
no entanto, com a descoberta de grupos de apoio, podia dizer que estava dormindo como um bebê pelas seguintes noites. participava de inúmeros grupos, mas seu preferido era o homens remanescentes unidos, criado para prestar apoio a homens com câncer nos testiculos. chorar nos peitos desenvolvidos de jaemin, membro do grupo e antigo fisiculturista que tomou bomba demais, havia sido seu remédio e conforto mais precioso. adorava amassar as bochechas na pele quente, gordurosa, e deixar a marca de suas lágrimas em sua camiseta.
na realidade, não havia perdido suas bolas, ou sequer estava no estágio inicial do câncer como os outros homens ali. quando se está prestes a morrer, porém, as pessoas realmente escutam o que você tem a dizer. não só esperavam sua vez para falar. e mesmo que não abrisse a boca — e aquilo fazia com que os outros pensassem o pior —, sentia-se extremamente acolhido.
ir a grupos de apoio tinha elevado completamente a sua qualidade de vida. as olheiras começaram a clarear, as bochechas a corarem e sorrisos modestos ao longo do dia brotavam em seu rosto. até você aparecer.
você era a doença. com seus malditos olhos irritantes que o fitavam constantemente, como se encarassem sua alma. como se soubessem da verdade.
reparou em você, de fato, naquele mesmo grupo. os peitos fartos de jaemin, seu parceiro no “momento do abraço”, envolviam seu rosto choroso quando os olhos inchados e molhados miraram os seus.
você estava lá, tragando um cigarro enquanto um cara baixinho chorava agarrado em seus braços. logo reconheceu seu rosto inconfundível, e constatou que já havia te visto na sexta à noite, num grupo de apoio à tuberculose. e na mesa-redonda de melanoma, às quartas. também na segunda à noite, no grupo de leucemia. e no de parasitas sanguíneos. também no de cerebrais.
você era uma mentirosa. uma turista.
e não que ele não fosse, também. mas claramente eram casos diferentes. precisava daquilo. e precisava muito mais do que você. disso tinha certeza.
não conseguia fingir com outra pessoa fingindo. com alguém de fora o olhando. naquele momento, sua mentira refletia a dele, e então formavam uma grande mentira em meio a verdade daquelas pessoas.
tentou te convencer. te implorou para que largasse os grupos. para que fosse embora para bem longe e esquecesse da existência daquelas pessoas. contou que aqueles grupos eram importantes para ele, que necessitava daquilo para sobreviver, e que precisava que você saísse dali. mas de nada adiantou. afinal, de que te interessava? não tinha nada a ver contigo.
então negou, e ao ser ameaçada de ser exposta para todos como turista, ameaçou fazer o mesmo com ele, e isso iniciou uma longa discussão sobre a futilidade da vida e o merecimento. e então como vocês estavam em barcos diferentes nesse quesito. brigaram e brigaram, e o maluco te perseguiu por toda a rua. no final, chegaram a acordo nenhum.
e a partir dali, ele passou a remoer um ódio profundo por você. não passava um dia de sua vida sem descontar toda a raiva e frustração que sentia em sua figura, mesmo que em segredo. queria te ver destruída, acabadinha. do mesmo jeito que você o deixou, por mais indiretamente que fosse.
com o tempo, você descobriu seu verdadeiro nome. lee jeno, como havia se apresentado num sábado à noite, nos fundos de uma loja nunca alugada. parecia finalmente ter deixado aqueles papos estranhos para trás e dado uma chance para conversarem civilizadamente.
seu rosto estava machucado e suas roupas sujas, como se tivesse participado de uma briga de rua. um dos olhos estava roxo e na boca escorria uma fina faixa de sangue seco. os punhos estavam mais feridos ainda e os nós dos dedos manchados e sujos. mantinha um sorriso sacana nos lábios enquanto tragava um cigarro, te analisando de cima a baixo. então prensou teu corpo sobre a lataria velha de seu carro, apoiando o antebraço ali para se inclinar até você. o hálito de nicotina acertou seu nariz quando lee jeno disse que estava a fim de destruir uma coisa bonita.
e então você riu, sem graça, e acabou caindo em seus encantos. não se importava se há menos de dois meses ele era um cara metido que chorava em grupos de apoio como um bebezão mimado. tudo o que importava para você era o quanto ele te fodia bem nas madrugadas.
por isso estava mais uma vez em sua cama, em cima dos lençóis empoeirados daquela casa de paredes apodrecidas, tendo os joelhos forçados contra o colo pela mão forte do homem a sua frente, que esfregava o pau na tua intimidade coberta pela calcinha.
jeno adorava brincar com a tua bucetinha coberta, como se fosse revelar um tesouro ao arrastar tua calcinha molhada para o lado. puxava o tecido para cima, partindo tuas carnes enquanto a peça se enterrava entre os teus lábios. também puxava para o alto e descia, esfregando a peça para um lado e para o outro sobre o teu pontinho sensível.
podia brincar desse jeito contigo por horas. gostava de ver tua buceta ficando cada vez mais molhadinha, descendo o teu mel até tua outra entradinha e melando toda a calcinha. aquilo o deixava duro pra caralho, e o pau latejava na cueca só em te ver assim.
o lee adentrou tua calcinha com o pau babado sem se importar em tirá-la do teu corpo. queria sentir o pano sobre o próprio caralho também, apertando vocês dois ali. escondeu o membro dentro do tecido e esfregou a cabecinha no teu buraquinho, aproveitando para lubrificar ainda mais o resto da tua buceta. começou a estocar teus lábios, deixando a vulva toda meladinha e escorregadia. pelos movimentos descuidados, às vezes o caralho grosso escorregava para fora da calcinha, lambuzando tua barriga, e logo depois voltava a se afundar ali dentro. a pontinha do pau molhava a peça todinha, que agora tinha uma mancha formada pela porra de vocês dois.
você gemia arrastado, barulhento, ansiando por mais. tua voz manhosa se misturava com o barulhinho molhado que saia da tua calcinha, tomando conta de todo o quarto.
sem avisos, jeno tirou o pau dali e te deixou sentadinha na cama. a peça molhada incomodava tua partezinha sensível, mas aquilo só te excitava ainda mais. o lee enfiou com tudo o pau babado na tua boca, entrelaçando os dedos entre teus fios de cabelo e os puxando.
— chupa gostosinho o meu pau, princesa — enterrou seu rosto lentamente sobre a pélvis. — e eu te fodo do jeito que você gosta depois.
com o lee enterrado em sua boca, tua bucetinha pingava ainda mais. chupava o caralho grosso desajeitadamente, encharcando todo o comprimento com a tua baba. tua língua rodeava a cabecinha e tua boca ia e voltava num movimento que deixou jeno impaciente.
— caralho, garota — empurrou você para trás pelos cabelos, tirando o membro da tua boca. — nem um pau tu sabe mamar direito? tá de sacanagem.
e você estava, sim. não fazia esforço algum quando o assunto era chupar o lee. queria ter a boquinha esfolada, cheinha de pau e dolorida. estava doidinha para ser fodida por ali, e aquilo sempre funcionava. irritar jeno era a melhor das opções.
o homem puxou teus cabelos e se enterrou mais uma vez na tua boca com tudo. o caralho grande ia e voltava, tocando a tua goela e deslizando pela tua língua. metia até o fundo, te fazendo engasgar inúmeras vezes. teus pelinhos se eriçavam quando a pontinha do pau parecia tocar tua garganta, e os biquinhos sensíveis dos peitos já estavam durinhos.
fodia a tua boca sem delicadeza alguma, afundando o pau ali enquanto seus quadris se moviam de forma agressiva. no entanto, achava que assim fazia um esforço que você não merecia. então te puxou pelos cabelos e enterrou tua boca ali até a base do pau, teu nariz quase tocando a pélvis, e as bolas pesadas quase encostando no teu queixo.
os cantinhos dos teus lábios já doíam e estavam escorrendo tua própria baba. mesmo assim, o lee continuava, arrombando a cavidade e machucando o céu da tua boca. você adorava isso, e sentia a calcinha encharcar ainda mais. esfregou a bucetinha coberta nos lençóis e teus dedinhos foram rápidos ao deslizar até ali.
no entanto, jeno foi mais ágil ainda ao impedir seu movimento. empurrou tua cabeça para trás e tirou o pau dali, deixando com que teu rosto voltasse para frente e fosse lambuzado pelo caralho babado, que balançava e te melava a bochecha.
um tapa ardido acertou o teu rosto, e seu típico olhar de desprezo te atingiu mais uma vez.
— porra, isso é tudo no que tu consegue pensar? — te empurrou sobre a cama, te puxando pelos joelhos até ele. — quer ser fodida em todos os buracos, princesa? caralho, tu é uma putinha mesmo.
empurrou tua calcinha para o lado, enfiando o caralho grosso na bucetinha molhada. forçou novamente tua boca para abri-la, cuspindo em tua língua e deixando o fio de saliva que se esticava conectar suas bocas entreabertas.
— engole.
você prontamente obedeceu, e logo sentiu o pau começar a invadir tua bucetinha pulsante. os quadris do lee se moviam violentamente, e suas bolas batiam com tudo na popa da tua bunda. a cabecinha do pau ia e voltava no teu abdômen, e aquilo o deixava ainda mais duro. jeno relaxou a própria boca, deixando-a abertinha até sua saliva começar a pingar sobre o teu corpo. você deslizou dois dedos até a pele babada, esfregando-os na saliva e assim os levando até sua boca, chupando tudinho.
— porra, piranha — soltou uma risada soprada, observando seus movimentos.
logo cuspiu novamente em você, dessa vez pertinho da tua boca só para te ver tentar alcançar a saliva com a língua. depois foi a vez de cuspir no teu monte de vênus, deixando a baba escorrer até o teu pontinho e se perder entre os teus lábios.
— a única coisa que tu pensa é em pau, não é? burra pra caralho. pelo menos é gostosinha. — você ao menos deu-se ao trabalho de responder. estava bobinha demais com o caralho grosso de jeno dentro de você. — só serve pra guardar a minha porra. uma piranha do caralho.
tirou o pau da tua buceta, o que logo foi reprovado com um resmungo seu. pegou tua cintura e te virou de costas para si, erguendo teus quadris e roçando a cabecinha do caralho nas tuas duas entradinhas. você imediatamente se empinou, deixando os buraquinhos bem expostos para ele.
— fica doidinha assim só pra levar pau — forçou o caralho no teu rabinho. — porra, aposto que todo mundo já te fodeu.
empurrou a pontinha do pau para dentro do buraquinho apertado, sentindo tuas paredes pulsantes esmagarem todo o seu tamanho. tua entradinha já estava vermelhinha e babada, prendendo o caralho ali.
— vou te deixar larguinha pra quem for te comer depois, então — estocou o pau no teu canalzinho. — vai ficar com o rabinho cheinho com a minha porra. será que vão gostar do presente, princesa?
e depois de uma boa foda você apagava. só acordava no outro dia, quase pela manhã, e encontrava lee jeno na cozinha, bebendo seu café. não te dirigia sequer uma palavra, como se não lembrasse da noite que passaram juntos. de tudo o que fizeram.
e então, sob aquele maldito olhar de desprezo, você ia embora da casa. mas com a certeza de que voltaria na noite seguinte.
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maximeloi · 4 months ago
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𖹭 starter with @kretina
¸ prompt: o grimório perdido.
terceiro capítulo.
⭒  ๋࣭ 𖹭  ๋࣭ ⭑ bater a estufa de cima a baixo, procurar no chalé dez, checar na biblioteca, nada daquelas tentativas conseguiram fazer com que maxime encontrasse o que procurava. seu grimório precisava ser atualizado hoje junto com algumas anotações que pegou com natalia, novos significados para algumas ervas que ele não conhecia tão profundamente quando começou a escrever aquela coletânea de receitas. o único problema é que não sabia onde diabos deixara o grimório. sua irritação começou a deixar o cabelo com algumas manchas vermelhas nas raízes, a raiva passando a tomar conta de si. tão chateado com o sumiço, tão bravo de ter que vasculhar aquelas gavetas da estufa pela terceira vez, não notou que já não era mais a única pessoa ali dentro. a mão direita bateu sem querer na madeira e uma das unhas partiu-se; aquilo estava acontecendo com tanta frequência que suas unhas normalmente tão bonitas e bem feitas, agora estavam partidas e sem conseguir segurar bem o esmalte. a cor azul estava descascada hoje. “ ━━━ merda.” resmungou, balançando a mão para espantar a dor e só assim se virando, notando então a presença da filha de éris. “ ━━━ hm, ei, katrina, tudo bem? precisa de alguma coisa? eu posso….” o semideus parou no meio da saudação, os olhos azuis fixos no que a garota segurava. “ ━━━ onde você encontrou isso?”
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arclariam · 5 months ago
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Sentado nos escombros das ruínas, enquanto o eco do fim apático da nossa pequena eternidade ainda grita pelos cantos de paredes descascadas e trincadas. Hoje me perguntei em qual trago daquele cigarro caro ou em qual dose daquela bebida quente tudo se tornou frio e vazio.
- Arclariam
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serdapoesia · 1 year ago
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O pai cavando o chão mostrou pra nós, com o olho da enxada, o bicho bobo, a cobra de duas cabeças. Saía dele o cheiro de óleo e graxa, cheiro-suor de oficina, o brabo cheiro bom. Nós tínhamos comido a janta quente de pimenta e fumaça, angu e mostarda. Pisando a terra que ele desbarrancava aos socavões, catava tanajuras voando baixo, na poeira de ouro das cinco horas. A mãe falou pra mim: “vai na sua avó buscar polvilho vou fritar é uns biscoitos pra nós”. A voz dela era sem acidez. “Arreda, arreda”, o pai falava com amor. As tanajuras no sol, a beira da linha, o verde do capim espirrando entre os tijolos da beirada da casa descascada, a menina embaraçada com a opressão da alegria, o coração doendo, como se triste fosse. Figurativa, Adélia Prado
In: Bagagem (1976)
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amargurasdoamor · 10 months ago
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Conheci o amor e quis esconder todo o lado escuro do meu ser.
Conheci o amor e quis que ele enxergasse só coisas belas e me amasse por isso.
Conheci o amor e tentei me mostrar o mais perfeita possível, assim ele ficaria e se sentiria em casa.
Mas o amor é teimoso e fez questão de quebrar a camada da perfeição. Quis que eu me mostrasse e dissesse sobre todo meu ser.
Achei que o amor partiria, mas teimoso ele se apaixonou ainda mais pelos meus defeitos.
Acolheu a insegurança, a angústia e os medos.
O amor fez morada mesmo com a casa toda capenga. Com alguns buracos no chão e a pintura descascada.
O meu amor, tem a paciência e a calma para lidar com as minhas dores.
E o meu amor, é a escolha diária mais linda da vida.
Cartas de amor a você - G
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srtamg · 2 years ago
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Nossos monstros dançam juntos
Sempre dançaram
Numa melodia limiar
Sedentos por razão
Longes da verdade
Nossas feridas descascadas em fúrias dialogais
Meu espírito ferido pela sua flecha obscura
Julga-me alimentando a sua própria Fera
Desordens sentimentais
Palavras cruciais
No mesmo ritual interno de amor e ódio eterno
@srtamg
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henleblanc · 1 year ago
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𝐀𝐍𝐒𝐖𝐄𝐑: 𝑳𝒐𝒗𝒆 𝑴𝒚𝒔𝒆𝒍𝒇
loving myself might be harder than loving someone else, let's admit it the standards you made are more strict for yourself
alguns dias depois da festa.
música referência
LeFou pareceu muito preocupado com Henri após uma ligação de vídeo, alguns dias já tinham se passado após a festa e todo o caos causado por Charming, ainda sim, o rapaz carregava fortes sinais da violência em seu rosto e em seu corpo, o pequeno aliado de Gaston não hesitou em simplesmente surgir na porta da academia, montar uma pequena mala para o Henri e levá-lo de lá, podia até mesmo ver um sorriso nos lábios do rapaz como um sinal de que estava fazendo certo. São apenas algumas horas de viagem até que chegue no seu destino, mas sabia que, independente das consequências que pudessem vir a seguir, LeFou não iria se arrepender de tomar essa decisão.
Aquele pequeno vilarejo ainda existia, o mesmo em que Gaston amava se exibir com novos animais para ser empalhados, novas histórias e novos desafios entre todos os homens igualmente estúpidos como ele. E, não muito longe dali, ficava um pequeno chalé perfeitamente confortável, aquecido e muito decorado onde vivia LeFou, e muitos diziam que era onde ele dividia alguns segredos de Gaston, a maioria era boatos, a única verdade absoluta estava colocando os dois pés no interior daquela moradia humilde, pois foi ali que Henri foi deixado nos braços de Gaston, e que passou a maior parte da sua vida.
Dois dias foram o suficiente para que a energia de Henri mudasse, mais sorrisos e menos lágrimas, tinha uma rotina que amava que consistia em pão caseiro pela manhã, sempre com uma receita nova, café moído na hora e o famoso croissant que Henri simplesmente amava. A tarde, sempre que o rapaz estava por perto, LeFou arriscava um pouco da culinária coreana, as vezes conseguia e em outras ocasiões, apenas desistia e acabava preparando o que já sabia mesmo. E não foi diferente nesses dias, Henri estava começando a enjoar de japchae, ainda que tenha amado o sabor daquele prato.
Depois de alguns dias tão bem aproveitados, no fim da tarde daquele dia quente e ensolarado, LeFou estava descascando algumas batatas para o jantar quando Henri apareceu, até as roupas dele pareciam diferentes ali. A bermuda de tecido tão leve sempre lhe pareceu confortável e cobria as suas pernas até alguns dedos abaixo do joelho, além de ter alguns números a mais, a camisa ele sabia que pertencia ao seu ex, mas continuava sendo a sua preferida por ser muito confortável, já estava um pouco surrada de tanto usar a peça. — Eu pensei que tivesse se livrado dessa camisa. - Ouviu o homem falar quando se posicionou no seu banco preferido, ninguém ousava se sentar ali, porque sabia que era o cantinho do Henri. "Nah, eu gosto dela, você já lavou tanto que ela passou a ter apenas o meu cheiro, então ela é minha agora"
LeFou sorriu enquanto terminava com uma batata grande, os olhos seguiam do legume até o rosto do rapaz e logo retornava ao legume. — Está pronto para tirar essas marcas do seu rosto? - A pergunta pareceu derrubar um pouco a energia do corpo de Henri, fazendo o rapaz se desfazer do sorriso e da postura relaxada de maneira imediata. - Não precisa responder. - O homem enfim disse enquanto afastava a vasilha de água com as batatas descascadas mergulhadas nela, limpou as mãos com um pano e pegou a própria carteira, colocando um cartão preto sobre a bancada. - Pois amanhã vamos tirar isso da sua cara, gastar o máximo de dinheiro que o seu pai tem...
"Por que quer fazer isso? Estou bem do jeito que estou..."
— As vezes é importante sentir a dor, ela nos ensina muita coisa... posso te dizer com propriedade sobre isso - Henri calou naquele momento e apoiou as mãos no assento do banco, o corpo sendo jogado para frente, deixando o peso com as palmas que pressionava contra a madeira, só para manter a cabeça baixa, deixando o silêncio daquele lugar invadir o cômodo junto com a brisa deliciosa que chegava ali, só para que a voz de LeFou fosse a única a ser ecoada no ambiente. - Mas eu acho que essa dor específica... não dá mais pra você sentir. Eu sei o que o Gaston te disse, também sei que o seu encontro com o Lowell não foi muito bom, não precisou me contar nada para saber disso... Ainda teve a situação com as brigas, que eu aposto que descontou toda a raiva e frustração que sentia naquele momento em pessoas que você mal conhecia - LeFou tinha uma diferença de altura significativa se comparado com o Henri, sendo que o rapaz não tinha esforço algum para se acomodar em seu banco, enquanto o francês precisava dar saltinhos e as vezes até usar de um apoio para conseguir se acomodar sobre o dele. - Mas você não pode se definir através disso, meu querido.
[...] Quando eu decidi não sofrer mais pelo o que eu sentia pelo seu pai, eu ouvi de uma pessoa que eu era bom, que eu deveria me amar mais e que isso faria boas coisas serem direcionadas a mim. Você sabe quem me disse isso...?! Sem a Sra. Potts talvez eu estivesse ainda encobrindo todas as safadezas de seu pai sem hesitar... Bem, é a minha vez de dizer isso a alguém, e eu acho que você deveria se desvincular mais de seu pai, esquecer essas idiotices que ele te diz e ser mais você. - LeFou suspirou, enquanto a mão deslizava na nuca do rapaz, toda a fala foi dita no caminho que LeFou fazia de seu lado da bancada até o lado em que Henri estava, agora os seus olhos estavam focados no rapaz e apenas nele. Por ser baixo, o francês conseguia ver os olhos marejados de Henri sem dificuldade nenhuma, mesmo que ele estivesse praticamente encolhido contra o banco de madeira. - Não quero que ame ninguém mais além de você, se coloque em primeiro lugar e só depois coloque quem você acha importante, chega de se levar e de ouvir essas coisas horríveis que estão dizendo sobre você... Só você sabe quem você é, e se existem pessoas que dizem exatamente isso a você, então essas pessoas que devem ser mantidas na sua vida. Não é porque ele é seu pai que você tem alguma obrigação com ele.
"As vezes, eu acredito nele... ou talvez... concordar com ele seja a única forma de sofrer sozinho, como se tivesse um motivo para isso... eu cometi muitos erros com as minhas escolhas, perdi muito de mim... estou exausto... papa"
— Eu sei meu filho, por isso estou aqui... você tem amigos para te ajudar com isso... mas alguém para estar ao seu lado pra sempre? acompanhando o seu crescimento? nesse caso, você tem a mim... e nada no mundo vai me tirar do seu lado. Eu quero o meu Henri iluminado, cheio de sonhos e apaixonado pela vida de volta, eu sei que são muitas feridas, mas a gente pode cuidar disso juntos. - LeFou soltou um som baixo após ouvir alguns pequenos soluços do mais novo, dando um beijo na lateral de seu rosto enquanto secava as suas lágrimas, voltou a erguer o rosto dele em uma altura que conseguisse vê-lo melhor. - Só não desiste ainda, tá bom?! vamos ressurgir das cinzas e fazer todo mundo admirar você de novo. E, de quebra... - Pegou o cartão e ergueu na altura dos olhos dele. - Dá um enorme prejuízo para o desgraçado do seu pai.
now let's forgive ourselves our lives are long, trust yourself when in a maze when winter passes, spring always comes
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boatsandgods · 11 months ago
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        ───  MERCY HAS A PRICE  ───
                                       ❝ Ruthless is mercy upon ourselves. ❞
Desde sua não tão feliz infância Calista tinha em mente que a solidão não era algo a ser temida, não era uma punição em todos os casos, tão pouco era algo a ser facilmente rejeitada, a solidão era, para todos os efeitos, apenas mais uma forma de amor. Afinal quando homens dizem que seus corações são solitários o que querem dizer se não que lhes falta a companhia do amor? Algumas pessoas amavam tão intensamente que a solidão as matava como a falta de sol e água matam as flores campestres que insistem em florescer em locais que não lhes pertencem. Calista, por outro lado, sempre florescera entre os solitários, uma flor que não precisava de luz ou água para sobreviver, deixando suas pétalas guardadas de qualquer um que fosse tentar as segurar, a solidão da falta de amor nunca lhe foi uma inimiga, até porque pouco conhecera do tão temido amor que todos sussurravam poemas sobre. E então ela tinha se tornado uma mulher. Linda, desejada, disputada, e a solidão tinha a ensinado que não há melhor companhia que não fosse a sua, não havia nada mais puro que o amor que sentia por seu próprio reflexo, ela amava o que o escuro de um quarto vazio podia trazê-la.
Grande parte de sua vida fora envolta da crença de que a solidão era sua aliada, uma companheira silenciosa que a fortalecia e lhe concedia a liberdade de florescer sem depender das interações mais sagradas a todos, alguns diziam que isto era um sinal de seu parentesco divino, um testemunho ao que Hades tinha de melhor, o isolamento emocional de anos de rejeição como uma camada de proteção que precisava ser descascada delicadamente sem alarde algum. Dentre todos os presentes divinos, dentre todos os seres que nadavam na imortalidade do olimpo havia apenas um do qual seu pai e madrasta lhe alertavam: Eros. The cupid. O deus da paixão, do amor romântico, do amor devastador que lhe consome como doença dedo após dedo, unha por unha, cabelo por cabelo, lágrima após lágrima.
Afrodite era perigosa, ela sabia disso, o amor, a beleza, o redemoinho que leva os humanos a insanidade em busca da perfeição, mas até Afrodite conhecia limites, limites estes que não apresentara a seu filho alado. E quando Calista chamara a atenção do cupido não demorou para que toda sua construção fosse derrubada como uma casa de palha diante de sopro de um lobo. Primeiro viera Dominico, ele e suas mãos exigentes, seus sussurros pedintes, seus gemidos imprudentes, Dominico e suas palavras nuas e cruas que sempre diziam exatamente o que queriam, Dominico e suas mãos em suas coxas e seios, seus lábios em suas mãos e boca, sua cabeça em seu colo e seus dedos em seus dedos. E então Myrine havia aparecido, com seus olhos claros, seus cabelos escorridos e um sorriso charmoso que mais parecia esconder suas presas que demonstrar felicidade, Myrine e seus dedos ágeis, sua boca exigente, suas coxas que prendiam Calista ao lugar, suas palavras doces que levavam a filha de Hades a fazer o que fosse por ela e seus olhos cruéis que deixavam Calista rendida. O amor que sentia pelos dois tinha a mantido viva por muito tempo.
A presença de outra pessoa trouxe uma nova dimensão à sua vida, a solidão, outrora sua aliada, se tornara um espaço longínquo que não havia mais a necessidade de ser habitado constantemente. De repente havia em sua vida uma luz calorosa, preenchendo os cantos escuros que Calista nunca soubera que existiam dentro dela. Flores contornavam seus sorrisos e floresciam dentro de seus pulmões dificultando sua respiração, apenas os lábios alheios podiam aspirar o conteúdo lhe trazendo oxigênio. E então seus filhos vieram, primeiro Selene, nascida sob a luz do luar com apenas Myrine e Dominico para presenciar o milagre dos deuses que era sua pequena menina, nascida com os cabelos loiros, um olho verde que parecia conter os mares e um olho azul que parecia refletir o mais lindo céu. E então viera Julius, adorado pelo reino, um herdeiro para o trono, ainda que nenhum de seus três pais parecesse entender porque subitamente todos falavam sobre sucessão quando Selene já estava ali para ser rainha. O casamento, o nascimento de seus filhos, seu reino, todas aquelas coisas haviam trazido a promessa de uma vida sem o vazio que lhe criara.
Ainda assim a promessa havia lhe levado ali. Junto de Myrine na sacada de seu castelo, o vestido preto caindo com leveza sobre seus ombros quase como uma extensão do vermelho que adornava o corpo esbelto de Myrine. O ventre inchado de Calista era cuidadosamente acariciado com uma de suas mãos enquanto via Dominico se afastar cada vez mais em direção ao porto. ❝ Is this what we have become to him? One to rule, one to bare children. For what? To watch while he sails after we got everything we wanted? Not even a proper goodbye in sight. ❞ Sua voz não trazia tristeza e sim ódio, uma raiva que crescia dentro de si desde a primeira conversa sobre a maldita guerra. ❝ How are we supposed to stay behind and explain and justify a war that is not even ours to be fought? ❞
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amor-barato · 1 year ago
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Observei a imensidão da cidade. O que seria feito daquilo tudo...? Não era possível que depois de uma história cheia de guerras, pestes, invenções, a raça humana terminasse num abandono completo. Era ridículo. Esperei. Nada. Voltei a pensar na possibilidade de estar morto. Antes de virar pó, percorria espaços guardados na memória. A cidade. Os animais. Não. Não era possível. Eu nunca tinha ido ao Aeroporto de Cumbica. Eu o via claramente, não poderia estar imaginando, muito menos estar morto. Não. Ter entrado numa outra dimensão do tempo também não era possível. Os animais se mexiam normalmente. Se por acaso eles estivessem também paralisados, seria uma hipótese forte: o meu tempo, o de Mário e o de Martina estaria superacelerado, dando a impressão de tudo parado. Mas não. Os animais, a poeira, os relógios, contestavam esta teoria. Então, que merda estava acontecendo?! Uma meia dúzia de cachorros andando juntos atravessaram a pista lentamente. Estavam calmos e despreocupados. O último deles era um filhote, que pulava, brincava com os outros, parava e corria para alcançá-los. Eles não sabiam o que estava acontecendo. Fiquei com inveja deles. Encontrei Martina deitada no sofá, com um livro na mão.
- Por onde você andou?
- Por aí. Examinando a cidade. Está abandonada, vazia...
- Seu amigo ainda não apareceu - disse irritada.
- Daqui a pouco ele aparece. Ele precisa disso: ficar sozinho.
Era verdade; eu conhecia Mário como ninguém.
- E, mas a gente tem de ficar junto!
Ela estava mesmo irritada. Me sentei na sua frente, estiquei as pernas sobre a mesa e relaxei. Pausa.
- Você ouviu algum avião a jato sobrevoar a cidade hoje? - perguntei.
- Não - respondeu sem tirar os olhos do livro.
Será que imaginei aquilo? Suspirei de cansaço; muito cansaço. Martina parecia atenta ao livro, ou pelo menos fingia muito bem. Pausa. Ela não estava muito a fim de papo. Mesmo assim, perguntei honestamente:
- Você acha que morremos?
Percebi que o dia estava rendendo mais. O tempo demorava para passar e, pior, não tinha muito o que fazer. A vista da janela parecia uma pintura: estática. Fui dar uma volta. Passou a ventar umidamente. Em seguida, pingos grossos começaram a batucar no cape. Chuva. O ritmo mecânico dos limpadores de párabrisa me mantinham atento. Eu gostava de chuva principalmente quando estava dentro de um carro. Dirigia com cuidado para não ser surpreendido por carros largados no meio da rua. Parei em frente ao edifício do Nariz, um traficante que fazia ponto no cursinho da Bela Vista. A chuva aumentou escondendo o enorme prédio com formato de um “S“, um agitado cortiço. Não tinha nada para fazer. Peguei o machado, abri a porta e corri até o hall me desviando dos pingos. Não cheguei a me molhar muito. Olhei ao redor; não havia ninguém. Um forte cheiro de mijo por toda parte. As paredes estavam descascadas, pichadas com vários palavrões. O lixo, amontoado no chão. Um agitado e sujo cortiço. Caminhei até o elevador chutando uma sandália perdida. Era um vício: chutar coisas perdidas no chão. Subi até o décimo andar e procurei o apartamento do Nariz entre dezenas de portas. Não me lembrava do número, mas não seria difícil, já que a maioria dos seus fregueses deixava recados escritos em código no batente da porta. Nariz era batuqueiro da Vai-Vai, escola de samba vizinha ao cursinho. Ficamos amigos por causa do seu ofício. Era um bom profissional, diferente dos outros mal-humorados traficantes da região, que trabalhavam sempre apressados e nervosos, como se houvesse um policial escondido em nossos bolsos. Nariz servia a sua clientela diferentes tipos de maconha e deixava experimentar sem nenhuma pressa. O estranho era que ele próprio não sabia avaliar a qualidade da mercadoria. Se eu dissesse que era bom, ele me segurava nos braços e dizia orgulhoso:
- Você sabe, Alemão, que só trabalho com coisa boa.
Mas se eu dissesse que era ruim, ele concordava. Se desculpando, afirmava que havia uma tremenda crise no mercado. Engraçado é que eu também não sabia avaliar se era bom ou não. Era inexperiente. No entanto, sempre chutava: um dia dizia que era bom, outro, que era ruim. E tudo bem. “Alemão“ era como ele chamava os que não eram negros. Uma vez fomos fumar no estacionamento. No meio do baseado, pintou não sei de onde um Tático Móvel. Engoli aquele cigarro aceso. Eles desceram do carro de arma na mão.
- Mão na cabeça, os dois! Quietinhos...
Sentiram o cheiro, examinaram nossos olhos, mas não encontraram nada.
Onde é que está o bagulho? - perguntou um deles rindo.
Não sabíamos de nada, já ouvimos falar de maconha, tá bom, já fumamos, uma vez, não, não conhecíamos nenhum traficante, éramos estudantes do cursinho, estávamos ali passeando, temos família, sim senhor, não, não somos vagabundos, não senhor. Documento, claro, documento. Nome, pai, mãe, RG, data de nascimento, sim senhor, não senhor... Ficamos um bom tempo naquela situação. Eu cagava de medo. Nariz era rude com os caras, falando no mesmo tom, declamando alguns chavões de Direito. Um deles não se conformava. Queria dar um pau na gente ali mesmo. O filho da puta me dava chutes na canela. Doía demais. Era um covarde, filho da puta. O que parecia ser de patente mais alta era o mais calmo e objetivo. Sabia que não tinha provas contra nós. Fez um longo discurso moralista; pedindo para não nos envolvermos com traficantes ou drogas, que deveríamos estudar para o bem do Brasil. Nos ameaçou caso nos encontrasse mais uma vez naquele ponto. Finalmente foram embora, depois de o inconformado me dar um último pontapé na canela. Filho da puta!
- A partir de hoje, você é meu sócio - declarou Nariz apertando a minha mão.
Sabia que o termo “sócio“ não queria dizer que iríamos repartir os dividendos do seu negócio. Sócio era a categoria que adquiria o direito de filar alguns baseados sem pagar. Era o segundo escalão nesta estranha ligação: consumidor e vendedor. Encontrei a porta do meu “sócio“. Dei uma machadada na madeira e consegui entrar. Fácil. Não havia ninguém dentro do apartamento. A sala tinha uma TV em cores, um jogo de sofá de plástico imitando couro e um enorme poster do Palmeiras na parede. Fui até a cozinha procurar a panela de pressão dentro do forno. Era onde ele guardava a mercadoria (o lugar ideal, pois qualquer problema, era só ligar o forno). Na panela havia de tudo: quase um quilo de maconha, vários pacotinhos de cocaína, uns comprimidos e ampolas. Enfiei tudo dentro de um saco e fui embora. Descendo de elevador, me assustei com um raio que caiu por perto. A luz foi enfraquecendo até apagar. Tudo escuro. Merda! Apertei os botões do painel, mas nada aconteceu. Bosta! Forcei a porta até abri-la. Estava parado entre um andar e outro. Não era meu dia. Com um pulo consegui alcançar a saída de emergência e ficar na parte de fora do elevador. Tudo escuro. Apalpando, senti a porta pesada de um andar qualquer. Enfiei o machado.
- O Mário apareceu? - perguntei entrando.
- Não! - respondeu secamente Martina, sem tirar os olhos do livro. O mesmo livro. Subindo a escada, ouvi quando perguntou:
- Onde é que você esteve?
Numa noite, ficamos com a sensação de que de um momento para o outro a porta se abriria e Mário, com um enorme sorriso, iria nos explicar as razões do que estava acontecendo. Mas nada dele. Martina lia. Vez ou outra eu provocava:
- Vamos jantar fora?
Ela ficava parada, concentrada nas páginas do livro. Tentava enxergar através de seus olhos. O que estava pensando? Eu tinha mania de fazer isso. Imaginar o que os outros estavam pensando. No fundo, no fundo, meu grande sonho era ser telepata. Desses que dão shows na TV. Entraria com uma belíssima assistente loira. Ela vestida com uma roupa transparente, sexy. Eu, de fraque e cartola. Ela circularia pela platéia, escolheria um espectador e perguntaria: “Mestre Rindu, o que esse homem está pensando?“. E eu responderia e acertaria na mosca. Aplausos. Eu me inclinaria e adivinharia outros pensamentos. Este foi meu grande sonho. Para falar a verdade, eu queria mesmo era saber o que os outros pensavam. Eu era tão confuso. Pensava em quinze coisas ao mesmo tempo, embaralhava as idéias e era difícil de tomar decisões. Se eu soubesse o que as pessoas pensavam, eu diria as palavras certas, as palavras que elas queriam ouvir. Um dos meus maiores problemas era que nunca dizia as palavras certas, na hora certa, com a pessoa certa.
Mas isso faz muito tempo.
Marcelo Rubens Paiva – Blecaute
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belaspalavras · 1 year ago
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Amor Simples
E se eu simplesmente esquecer você? E se eu achar outra pessoa que roube minha atenção, claramente sem o seu talento, mas com o tempero certo. O que farei? Mesmo sabendo que essa conexão que nos entrelaça não acharei em mais ninguém, não quer dizer que eu não possa amar outro. Eu tenho medo de um dia aceitar menos do que você oferece, por tanto tempo longe, talvez por acaso a distância e o tempo, faça eu esquecer aquela sensação unicamente divina. Falo com sinceridade em minhas palavras, que você sempre será o amor da minha vida, mas infelizmente, isso não é o bastante para termos os nossos felizes para sempre. 
É romanticamente triste, pensar em você todos os dias, sem dar pausas para feriados, é complicado, não diria que isso me sufoca, pois você é o motivo de eu ter conhecido um lugar de mim mesma que nunca achei que poderia saber antes, a paz interior. Com você, sinto que estou num lugar longe de problemas, um lugar que fala sobre coisas boas, deixando as ruins em segundo, terceiro ou por último plano. 
Eu imagino deitada no meu quarto, eu contando a você a minha história para o Rio de Janeiro, queria que soubesse o quanto eu fui feliz, e também no quanto eu pensei naquele diálogo, que você disse que iríamos juntos. Eu sabia que aquilo era um faz de conta de nós dois, ou melhor, nosso sonho secreto que fingimos ser verdade para que a realidade parecesse mais doce. 
Fazíamos planos, mesmo sabendo que tudo aquilo não funcionaria e que não poderia acontecer, um amor proibido tem dessas. Saber que pensamos um no outro como forma de força para seguir em frente, é loucura, estamos falando de duas pessoas que se conheceram num cenário com nada de especial, sem músicas românticas ou algo que prevalece o amor. Mas mesmo assim, nossas almas se escolheram como em outras mil vidas anteriores, isso não é loucura? 
No terceiro dia que nos conhecemos, jogamos fifa no videogame, você ganhou de mim como toda vez, foi a melhor partida que eu já joguei, com certeza por ter sido com você.
Mas o que eu mais lembro desse dia, era que nós nos olhávamos, intensamente, havia momentos que o tempo parecia parar, e seus olhos eram hipnotizantes, azuis, tão azuis. Era um pouco cômico, o jeito que sentimos a vontade de se encarar, sem falar uma palavra, simplesmente admirava você, e você me admirava também. Lembro tão claramente do meu pensamento enquanto observava seus olhos oceânicos, “nossa que lindos, eu com certeza conseguiria observá lo pela eternidade e nunca me cansaria”. 
Ontem eu pintei as unhas, e me perguntei se você elogiaria ela se visse, como fazia com todas as outras, o jeito que dizia que elas estavam bonitas mesmo desbotadas, e descascadas, era tão você.  
“    -      Agora elas não estão tão bonitas
Mas eu entendi a essência, entende?"
E é claro que eu entendo.
Mesmo não estando comigo, eu sei que seria meu companheiro, escutaria comigo as novas músicas do Harry Styles, falaria sobre os filmes da Marvel e o quão bonito é o capitão américa, sei que escutaria eu dizendo teorias sobre filmes, casais e tudo que eu gostasse, palavra por palavra, sem esforço, apenas por me amar. 
Apesar de tudo isso me fazer ser melhor, e eu acreditar no amor de novo, eu volto com a pergunta do começo. E se eu simplesmente esquecer você? E eu pergunto isso, não no sentido de esquecer o seu jeito e nossos momentos, e sim esquecer nós como uma alma só. 
Eu nunca esquecerei do garoto que conheci tão poucas vezes, mas que nessas vezes fui mais eu do que tantos anos. Nunca, de forma alguma, conseguirei esquecer de seus olhos brilhantes, e seu jeito único comigo, jamais. 
Porém, se eu conhecer alguém que eu goste, cuja pessoa seja fácil, disponível para mim, não vou fugir. Sendo assim, a pergunta que me atormenta, é que se eu esqueceria de nós juntos, da força que real��a ao nosso redor com poder de afastar as negatividades, e que se esquecendo, eu poderia encontrar alguém que eu ame, mas com um amor comum, verdadeiro e simples, sem mais.
Será que eu conseguiria viver esse amor simples mesmo tendo vivido o seu? 
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amantesdopensar · 2 years ago
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Tangerina, manga
Clichê, seu sorriso surge a cada 6 pensamentos meus. Involuntário, necessário, súbito; como o desejo de te ver mais uma vez, confortável em meu sofá, estendendo a mão por sobre a minha, em um aperto suave de afeto e gentileza.
Aquele sentimento, simultaneamente brando e abrasador, de quem se vê no outro; aquela luz sadia que é emitida pela sua voz grave e calma. Sofro dessa patologia extraterrestre que busca satisfação de uma vida inteira no antídoto destilado nesses lábios doces. É visando essa doçura viscosa que desejei te ver próximo a mim, acariciando meu antebraço com a ponta dos seus dedos indicador e médio.
Seu quê de complacência, sereno, demonstra a evidência de um carinho real. Um fato que admito não ser idêntico ao meu, mas não conto com isso, afinal, se igual, desejo o mesmo ao avesso.
Desejo lhe oferecer meu amor aberto, como uma tangerina descascada, exposta, aguardando para que seja debulhada e, enquanto você se apetece do doce azedo único, eu assista amando aberto, ao seu modo doce viscoso – como só você parece conseguir, em um laranja amarelado vivo, que escorre pelos dedos em abundância.
Nesse laranja amarelado, sinto os dedos úmidos no doce caldo, no branco deleite que se funde ao calor solar do fruto; é no conjunto, que desce pela sua garganta tão efemeramente, que deliciosamente me permite admirar o momento, em observação. O toque no copo de vidro que serve de receptáculo para esse prazer tremendo é que me vejo apegado; é ser como o copo, tocando teus lábios, em instante vivaz de puro regozijo.
Quando será possível ver-te deliciar-se no suco? Virão meses, dia após dia, de espera intensa por algo-o-que-?, incompreendido por mim.
É no amor exposto, fora da casca, seja no doce abundante ou no azedo açucarado que desejo ver sua boca amarrar; quero ver o líquido escorrer, sujando sua face, em ânsia perene, contínua, com sabor de quero-mais; em pedido por uma segunda experimentação – então terceira, quarta, infinitas – em suco, vitaminado ou chutney, se quiser. Te ofereço até geleia, sou bom em te oferecer, mas é necessário que você aceite e, se porventura, for doce demais, peço que me diga. Posso reduzir mais o sumo, o açúcar será o mesmo, mas posso comer junto de ti para tornar mais tolerável; eventualmente, posso oferecer um acompanhamento, uma pitada de sal, ou quem sabe aquele leite de coco que muda tudo e que sua mãe sempre usa o frasco todo a cada receita.
Quero que você se torne tão bom em aceitar que não seja mais necessário oferta; que com o tempo meu braço não se estenda mais que metade do caminho para encontrar o seu, que também trilhava o percurso.
Esse texto não trata de frutos.
– L.R.S
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