#desafios de física
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Novo jogo indie "Pantless" chega ao Steam no dia 2 de Julho
O estúdio independente Pebbles Games anunciou o lançamento de seu novo jogo Pantless, previsto para o dia 2 de julho. O título, que integra desafios baseados em física, promete testar a paciência dos jogadores e está disponível em versão demo gratuita durante o Steam Next Fest deste mês. Pantless é um jogo multiplayer que proíbe o uso de calças e desafia os jogadores a superar obstáculos…
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#Baby Mode#Bennett Foddy#desafios de física#Getting Over It#jogabilidade em tempo real#jogo multiplayer#jogos de física#jogos de obstáculos#Jogos Independentes#lançamentos de julho#Pantless#Pebbles Games#personalização de personagens#Steam#Steam Next Fest
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Atividades Físicas para Melhorar o Equilíbrio: Guia Completo para um Corpo Mais Estável e Saudável
O equilíbrio é uma habilidade essencial para a nossa mobilidade e segurança, especialmente conforme envelhecemos. Além de evitar quedas e lesões, atividades físicas para melhorar o equilíbrio também contribuem para o fortalecimento muscular, estabilidade e até mesmo para a melhora na postura. Neste artigo, exploraremos as melhores atividades físicas para melhorar o equilíbrio, discutindo como…
#Alongamento para equilíbrio#Atividade física em casa#Atividades físicas#Atividades para equilíbrio#Coordenação motora#Desafios de equilíbrio#Dicas para equilíbrio#Equilíbrio corporal#Equilíbrio e coordenação#Equilíbrio muscular#Equilíbrio na terceira idade#Equilíbrio para iniciantes#Estabilidade corporal#Exercícios de equilíbrio#Exercícios de estabilidade#Exercícios de fortalecimento#Exercícios em casa#Exercícios para idosos#Fortalecimento do core#Melhorar a postura#Pilates de equilíbrio#Rotina para equilíbrio#Treino de equilíbrio#Treino funcional#Yoga para equilíbrio
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🎃 kinktober - day seventeen: degradação com matías recalt.
— aviso: degradação duhh, menção à sangue, violência física, penetração vaginal, sexo desprotegido.
— word count: 2,6k.
— nota: estamos mais na metade do mês!! e o desafio segue de pé (orgulho de mim mesma, pra ser honesta).
as geladas gotículas de suor que desciam pela sua nuca causavam uma sensação gostosa em comparação à temperatura escaldante da boate. você evitava abrir os olhos, gostava de curtir o efeito do álcool de olhos fechados para que batesse mais forte. as mãos na sua cintura eram das suas amigas, encostando os seus corpos nos seus, dançando a música techno como ela devia ser dançada: loucamente.
"preciso de beber mais!" uma delas gritou para outra e, você que estava no meio, não deixou de ouvir.
"eu também." você abriu os olhos. já estava bêbada para um caralho, mas precisava de mais. até que esquecesse que o cachorro do seu chefe tinha a tratado como uma qualquer naquele dia. depois de te humilhar na frente de todos em uma reunião com uma empresa parceira, ele tinha tido a pachorra de te tirar das negociações por você ser muito "sensível".
sua amiga a puxou para o grande bar que exibia luzes quentes no canto do cômodo. você ajeitou o vestidinho azul que usava, os descendo até o meio da coxa. você provavelmente já tinha pagado um pouco da bochecha da bunda, mas e daí? ninguém parecia estar interessado o suficiente.
"um sex on the beach." sua amiga pediu.
"dois." você gritou para o barman.
"três." sua outra acompanhante se debruçou sobre o balcão, tentando cantar o atendente bonitinho.
estava prestes à xingar a sua amiga por ter atrasado a produção dos drinks quando seus olhos bêbados encontraram ele. estava o cabelo cortado em um mullet bagunçado, usava uma blusa de botões preta e tinha um sorriso travesso nos lábios que te fez arrepiar. e o pior: ele estava olhando de volta. ergueu o copo de cerveja que bebia e te deu uma piscadela.
você piscou embasbacada com a audácia do filha da puta. era Matías. seu ex-namorado que havia terminado com você por mensagem de texto há alguns meses atrás. você tinha sofrido como uma cachorra porque ele fazia o melhor oral de toda sua vida e sempre te fazia gozar, coisa que quase nenhum homem conseguia. e claro, ele era engraçadinho e carinhoso do jeito que você gostava.
sempre te levava para dançar e beber com os amigos dele, para jantar em lugares exóticos e vocês tinham uma intimidade natural e muito bonita. você não tinha problemas quando se tratava de Matí, porque ele sempre estava de bom humor. e de repente, um dia, tinha acordado estranho quando você o chamou para o café. depois de dizer que almoçaria com alguns amigos, nunca mais voltou. a mensagem tinha vindo só de madrugada, colocando um fim no relacionamento.
quando você se deu conta de que estava devaneando e seus olhos se focaram novamente, ele havia ido embora. você xingou baixinho e bebeu todo o líquido do seu copo de uma só vez. você iria dar a noite por encerrada para ir para casa vomitar e chorar pelo encontro repentino seu ex quando uma mão pousou na sua cintura.
"vai ficar olhando e não vai pagar nem uma bebida?" era Matí, com as mãos na sua cintura. ainda tinha usava o mesmo perfume misturado com o cheiro do cigarro. a cerveja complementava o cheirinho de perdição. você o olhou sobre os ombros como se ele fosse uma mosca pousada na sua pele.
"é que não dá pra mandar bebida por mensagem. não é por lá que você se comunica?" você comentou, um sorrisinho de falsa educação delineando seus lábios.
"ai não, nena. não me diga que não superou essa coisa boba." ele fez um beicinho, tocando sua mão para levá-la até os lábios dele. você estremeceu ao sentir os lábios gelados e molhados nas costas da sua mão. "eu era muito novo e muito bobo."
"todos os homens são." você arrancou sua mão dele, voltando a olhar para o bar que tinha se tornado de muito interesse. conseguia ler até mesmo o rótulo das garrafas de bebida para ignorá-lo.
"eu não sou muito cavalheiro." ele confessou, chamando o bartender (o que não estava beijando sua amiga) e pedindo duas doses de tequila. "mas, por você eu finjo ser porque você está muito gostosa nesse vestidinho que eu te dei."
você sentiu o ódio te consumir. nem tinha se dado conta de que usava o vestido tubinho que Matías tinha te dado como presente de aniversário (o único que vocês tinham passado juntos). tinha se tornado uma peça frequente do seu guarda-roupa. ele sempre adorava quando você usava e a noite sempre terminava em sexo. e ele nunca tirava o vestido do seu corpo.
"você é sempre descarado assim?" ele arrumou um espacinho do seu lado. agora vocês dois estavam um de frente para o outro, se encarando. Recalt tinha um sorriso cafajeste nos lábios e você tinha um biquinho de raiva. "não tem medo de levar um tapa?"
"não. eu tenho tesão em apanhar de mulher bonita." ele deu um dos shot para você, bebendo o dele de uma vez. você o mimetizou e sentiu a cabeça tontear. Matías sorriu. "está mais bonita do que antes."
"e você está mais baixo e mais insuportável." você bebeu o restinho do seu drink doce para não vomitar o líquido forte que tinha acabado de rasgar a sua garganta. por um segundo, você até achou que seria cômico se você vomitasse em Matías.
"mas 'tô mais pirocudo." ele pegou sua mão mais uma vez. desta vez, ele tinha um plano: te levar até a pista de dança até que você se esquecesse que o odiava. sua amiga te olhou com uma cara de reprovação, embora que não fosse intervir. você era grandinha, já sabia cuidar de si. "vai dançar comigo, não é, nena? sempre fomos bons nisso."
sua mente brilhou com a melhor ideia de que você já teve na vida. iria fazer com Matí o mesmo que ele havia feito com você: provocá-lo antes de deixá-lo na mão. um sorrisinho de divertimento surgiu nos seus lábios e você viu o argentino se animar.
"claro, Matí. vou dançar com você pelos velhos tempos." você o puxou para pertinho. você colou o seu quadril ao dele, os braços ao redor do pescoço do argentino. as mãos dele acharam a sua cintura com facilidade, apertando-a do jeitinho que você gostava. você rebolou, deu um sorrisinho para ele, um beijinho na bochecha e então se virou de costas. e aí que o show começava. roçar sua bunda contra ele tinha virado questão de honra e em poucos minutos você dançava como uma profissional. descendo, subindo, indo para frente e para trás. as mãos do Recalt corriam por todo o seu corpo e você até deixou que ele desse uns tapinhas na sua bunda de propósito. "sabe, eu queria muito fumar um cigarro. pega um copo d'água pra mim?"
a carinha de animado desabou. ele queria continuar dançando, você sabia. a ereção que ele tinha na calça o entregava. talvez fosse o jeitinho dele achar que te levaria para cama e você tinha estragado tudo. mas, como Matí podia negar você pedindo como uma princesinha? ainda mais quando você tinha o perdoado e provavelmente iria para casa com ele.
"te encontro na área dos fumantes." você sorriu depois que ele concordou silenciosamente, deixando um outro beijinho na bochecha dele.
você não queria fumar, mas tinha que fazer jus. então bateu no ombro de um dos fumantes da área externa pedindo por um cigarro e um isqueiro. você só não contava que ele ia ser um gostoso. se apresentou como Símon, colocou o cigarro na sua boca e o acendeu enquanto te olhava.
"estás sola?" ele pergunta quando você dá o seu cigarro para ele para que ele também fume.
"depende das suas intenções." você brincou. não estava nos seus planos fazer aquilo com Matías, mas Símon era um homem tão bonito que você teve que repensar. e enquanto você fazia o seu charminho, te puxou pela cintura e te deu um beijo que te fez delirar. as mãos seguraram sua cintura com força, a língua deslizava sobre a sua com talento. você quase se esqueceu de Matías, se ele não tivesse puxado sua cintura para que você se separasse do homem.
"vai ficar beijando outro na minha frente como uma vagabunda, é?" ele sussurrou no seu ouvido, te puxando para longe de Símon que fingiu que nada tinha acontecido para não arrumar briga.
"que foi? a gente não namora." você pegou o copo de água na mão dele, dando um grande gole. você viu os olhos de Matías brilharem de raiva, um sorriso incrédulo estampando a sua face de moleque.
"entendi. 'tá tentando me punir pelo o que eu fiz né, nena?" ele cruzou os braços, te olhando de cima à baixo. seu vestido tinha subido de novo e ele podia ver a calcinha branca que você usava. o corpo ardia num misto de ciúmes e desejo. ele tinha se arrependido de ter terminado desde que a viu naquele maldito bar. "veni acá."
Matí segurou um dos seus pulsos com força. te arrastou por toda a pista de dança sem nenhuma gentileza. você trombou com algumas pessoas que te olharam feio e quando você estava para reclamar que ele estava a machucando, ele abriu uma porta escondida e te jogou pra dentro. somente quando ele acendeu a luz do ambiente, você viu que estava num banheiro para deficientes.
"você me machucou, seu viado." você olhou para o próprio pulso avermelhado antes de dar uma bolsada nele. ele te empurrou de volta, fazendo seu corpo bêbado balançar. um tapa estralado atingiu a face do argentino e o banheiro caiu em silêncio. antes que você pudesse se desculpar, Matías te jogou contra a parede e te beijou com muita força. a pressão dos lábios dele nos seus era quase insuportável.
sua bolsa caiu no chão e ele prendeu os seus braços rente ao seu corpo. o beijo era desesperado, hostil e te fazia estremecer cada vez que ele investia no ato. dava para sentir o ódio. ele não tinha gostado nada de ver outro homem com aquilo que já tinha sido dele. suas mãos encontrara o peitoral de Recalt, o empurrando para trás com toda sua força.
"você me larga e agora quer ter ciúmes?" a pergunta saiu em um tom ressentido, mas Matí ainda forçava o corpo dele contra o seu e mordia seu pescoço como se quisesse arrancar um pedaço.
"cala a porra da boca e me dá essa buceta. você sabe que quer desde que me viu." ele te puxou para cima da pia com uma força que você desconhecia que ele tinha. suas pernas foram abertas e com facilidade, Matí arrancou sua calcinha branca e guardou no seu bolso. você não sabia o que queria. se queria dar para ele ou chutá-lo no meio das pernas.
decidiu que ficaria com a primeira opção quando ele puxou o seu vestido tomara que caia para expor os seus seios e abocanhar um deles, mordendo o seu mamilo com força para te punir pelo seu comportamento anterior. suas costas arquearam e você grunhiu alto, não se preocupando com o barulho uma vez que a música ensurdecedora da balada não parecia acabar nunca. as pernas rodearam o corpo ex-namorado, o puxando para mais perto, roçando a intimidade descoberta sobre o pau rijo escondido pelo tecido jeans da calça.
"você sabe que foi por isso que a gente terminou, né?" ele afastou os lábios dos seus seios, as mãos focadas em desabotoar a calça e descer o zíper, arrancando o pau para fora da cueca. você ignorou o discurso alheio, dando uma espiadinha no membro que amava tanto. estava exatamente como você lembrava: grossinho, rosado e babado. "porque você é uma vagabunda que não consegue ficar em um relacionamento. sempre quer fazer uma gracinha por atenção."
"parece que você 'tá me usando de desculpa pra falar de si mesmo." você voltou a encarar os olhos repletos de veneno de Matías, sorrindo enquanto o fazia.
"piranha." ele riu, pois sabia que era verdade. voltou a te puxar para perto, se encaixando na sua entrada. a boca estava colada na sua quando ele deslizou para dentro e os gemidos de ambos se tornaram um só.
seu corpo se arrepiou ao abrigar Matías dentro de si novamente. você sentia saudades dele, apesar de tudo. e a melhor parte do breve relacionamento de vocês tinha sido o sexo. o sexo sujo, bagunçado e excitante. as palavras grosseiras sussurradas ao pé do ouvido, o ritmo eletrizante, os tapas e as mordidas. tudo com ele era intenso e você sentia falta dessa intensidade.
"sua buceta ainda é uma delícia." ele segurou os cabelos da sua nuca enquanto a outra mão permaneceu na sua coxa, puxando você para mais perto à cada investida. o membro dele atingia uma grande profundidade devido a sua posição. "você sempre foi uma cachorra apertadinha."
"cala a boca, Matías." você o repreendeu. queria focar apenas no seu próprio prazer, mas o tom de voz irritante a fazia perder as estribeiras à cada segundo. pensou em batê-lo novamente para que ele ficasse quieto mais uma vez.
um tapa estralado foi depositado na sua bochecha. a pele esquentou e o seu olhou fechou involuntariamente com a agressão, o ouvido zumbindo graças à força que ele tinha imprimido no tapa. você não disse nada, apenas retribuiu o tapa que lhe fora dado com toda força que tinha. mais uma vez, Matías te beijou depois do contato. durante o beijo, você mordeu com força o lábio inferior do argentino, sentindo o gosto de sangue no seu paladar.
"você é doida, porra?" Recalt empurrou o seu tronco, levando a mão aos lábios. tinha ficado lindo com a mancha de sangue escorrendo pelo queixo, mas você achou melhor não comentar. a feição que ele estampava não era das melhores. "vagabunda maluca."
o argentino te empurrou contra o espelho, voltando a te foder sem piedade. dessa vez, não fez piadinhas nem continuou a conversação desenfreada. se enterrou em você com força e com velocidade, arrancando gemidos cada vez mais altos e necessitados. suas pernas o traziam para mais perto, mas ele ainda a empurrava contra o espelho. queria você bem longe dele para que evitasse acidentes.
suas pernas tremiam, o peito subia e descia e o ventre era invadido pela sensação única que Matías lhe causava, o prazer singular que só ele sabia lhe dar. você fechou os olhos, aproveitando da sensação de ser realmente fodida em tempos, um sorriso bobo em meio aos gemidos que você deixava escapar.
Matías, focado somente em si, não demorou muito para gozar. depois do tapa e da mordida, tinha ficado com ainda mais tesão. era masoquista e você tinha dado exatamente o que ele queria. derramou-se no interior da sua coxa, arrancando um suspiro de consternação dos seus lábios.
"que porra é essa? eu ainda nem gozei." você protestou, o segurando pela camisa para que ele não escapasse. o peito ardia em raiva pela sensação gostosa ter sido arrancada de si tão rapidamente.
"a gente teve o mesmo tempo, meu bem." ele deu de ombros, vestindo a calça novamente e soltando suas mãos da camiseta dele. "é uma pena que você não tenha conseguido."
Matías apertou a sua bochecha, retirando-se do meio das suas pernas e em seguida, do banheiro. você continuou sentada na pia, o sentimento de humilhação e frustração a comendo viva. as bochechas ardiam em vergonha e as mãos agarraram o pedaço de mármore que a sustentava para que não corresse atrás dele e o esganasse no meio de todas aquelas pessoas.
contentou-se em se vestir novamente e limpar a coxa onde o maldito tinha deixado a sua marca. só aí percebeu que ele tinha levado a sua calcinha com ele, gemendo em descontentamento.
quando achou a bolsa e pegou o celular, algumas mensagens pularam na tela. a maioria das suas amigas, procurando por você. mas, no topo de todas elas, estava o contato que você nunca tinha apagado por mais que jurasse que não receberia uma mensagem dele nunca mais.
a gnt devia repetir oq rolou hj mais vezes
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O sol se despedia no horizonte, tingindo o céu de laranja e roxo, enquanto eu observava as sombras do dia se alongarem. Era um daqueles momentos em que a beleza do mundo exterior contrastava com a tempestade que se desenrolava dentro de mim. Eu sou a mãe, e a vida, que antes parecia tão clara, agora se tornava um labirinto de incertezas e medos.
Minha filha sempre foi a luz da minha vida, um raio de sol que iluminava os dias mais sombrios. Observá-la crescer foi como assistir a uma flor desabrochar; cada conquista, cada sorriso, cada passo dado era uma celebração silenciosa do amor que nos unia. Mas, à medida que ela se aventurava para longe de mim, o medo começava a se infiltrar nas minhas preocupações. O mundo lá fora, tão vasto e selvagem, parecia ameaçador e implacável, e eu, como mãe, sentia o peso da responsabilidade em cada decisão que tomava.
O dia em que tudo mudou foi um marco que eu gostaria de apagar da memória. A angústia de não saber onde ela estava, de não poder protegê-la, era um fardo que pesava em meu peito. As horas se arrastavam, transformando-se em dias, e a incerteza tornava-se uma sombra constante, sussurrando que eu poderia ter falhado. A sensação de impotência era como um mar revolto que me arrastava para baixo, sem que eu pudesse lutar.
Entretanto, em meio ao desespero, havia uma chama de esperança. A busca por minha filha se tornou uma jornada não apenas externa, mas também interna. Cada passo dado na direção dela era uma tentativa de resgatar não apenas sua vida, mas também a essência do que significava ser mãe. Eu percebia que a conexão que tínhamos ia além da proteção física; era uma ligação que se manifestava nas memórias, nos ensinamentos e na força que eu havia tentado incutir nela ao longo dos anos.
Enquanto enfrentava os desafios e as incertezas, fui confrontada com as minhas próprias fraquezas. A vida é um mosaico complexo de alegrias e tristezas, e entender que não tenho controle total sobre tudo foi uma lição dolorosa, mas necessária. Cada pessoa que encontrava em meu caminho, cada gesto de compaixão que recebia, se tornava um lembrete de que, mesmo nas horas mais sombrias, ainda havia luz.
Por fim, percebi que a verdadeira força de uma mãe não reside apenas em proteger, mas em estar presente, em ouvir, em compreender. Meu papel não é ser uma heroína invulnerável, mas um porto seguro, uma âncora em meio à tempestade. A conexão que construí com minha filha era um testemunho de amor, e mesmo quando os desafios pareciam insuperáveis, essa ligação se tornava minha motivação para lutar.
Eu sou a mãe que caminha por esse mundo, com a esperança de que, não importa quão obscuro o caminho se torne, o amor sempre encontrará uma maneira de brilhar. E, enquanto houver vida, haverá luta, e enquanto houver luta, haverá a possibilidade de reencontro. No final, o que realmente importa é a jornada e o amor que nos guia, mesmo nas horas mais difíceis.
(Rosa) 🌹 🦁
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@aemmc said : would you lie with me and just forget the world ?
↳ more about her under the read more .
( ☀︎ 𓉸 ) ⁺‧₊˚ TRIVIA + HEADCANNONS .
nome : Aemma Caeran Villacourt
idade : 27 anos
altura: 1,60 m
hospedeira de: Osiris
orientação sexual e romântica: Heterossexual e heterromântica bissexual e birromântica
hobby: Jardinagem, culinária e harpa
extracurricular favorita: Clube de jardinagem
descrição física: Cabelo longo e preto, que geralmente utiliza preso em um rabo de cavalo alto decorado com joias prateadas. As roupas incluem peças com variações de branco, preto e prateado, além do uniforme da Academia.
inspirações: Shadowheart (Baldur's Gate 3), Gale (Baldur's Gate 3), Elain Archeron (Corte de Rosas e Espinhos), Misery Lark (Ali Hazelwood) e Sookie Stackhouse (True Blood)
blog de musing . ✿ pinterest . ✿
( ☀︎ 𓉸 ) ⁺‧₊˚ RESUMO .
Aemma é uma feiticeira gentil e acolhedora, com um sorriso que atrai as pessoas. Embora seja uma confidente leal e capaz de perceber as emoções dos outros, sua natureza sensível a torna vulnerável a decepções. Nascida durante uma tempestade, Aemma enfrentou a perda precoce da mãe e a ausência do pai, que a enviou para longe para aprender sobre seu papel como herdeira do marquesado de Villacourt.
Criada em um templo dedicado ao deus Balder, Aemma encontrou propósito na fé, embora tenha se afastado emocionalmente do lar. Com o tempo, se tornou hospedeira de Osiris, mas a vida na Academia de Artes Mágicas Hexwood trouxe desafios inesperados, especialmente após o desaparecimento de sua irmã gêmea, Jocelyn. Apesar da falta de respostas sobre o paradeiro de Jocelyn, Aemma mantém a esperança de reencontrá-la.
O incêndio no Wülfhere Instituto Militar de Dragões desvia sua atenção da busca pela irmã, mas sua natureza pacifista e solidária se manifesta na interação com changelings, refletindo sua crença em harmonia e amor. A história de Aemma é uma jornada de autodescoberta, resiliência e busca por conexão, marcada por perdas e um profundo vínculo com sua gêmea.
( ☀︎ 𓉸 ) ⁺‧₊˚ PERSONALIDADE .
Aemma é uma das pessoas mais gentis que você encontrará, sempre disposta a oferecer uma palavra de conforto ou um gesto de apoio. Seu sorriso caloroso e sua natureza acolhedora atraem as pessoas, fazendo com que se sintam à vontade em sua presença. A feiticeira tende a ser reservada, especialmente na presença de estranhos, já que ainda possui a desconfiança inata obtida através dos anos de experiência dentro do templo de Balder.
A feiticeira tem a capacidade de perceber as emoções dos outros, tornando-se uma confidente valiosa e uma amiga leal. No entanto, essa sensibilidade também a torna vulnerável. Aemma acredita no melhor de cada pessoa, mas sua confiança excessiva pode levá-la a se decepcionar. Em momentos de frustração, ela pode se fechar ainda mais, lutando para expressar suas próprias necessidades e sentimentos.
( ☀︎ 𓉸 ) ⁺‧₊˚ HISTÓRIA COMPLETA .
Nascida na cidade das tempestades, o nascimento de Aemma e sua irmã, Jocelyn, foi acompanhado pelos trovões, que se misturavam aos gritos da mãe. O pai, como sempre, estava ausente durante todo o começo da vida da garota, ocupado com os seus deveres como conselheiro. Assim permaneceu pelo resto da vida dela, mais lembrado por fotografias do que pela presença na vida das filhas. O que não esperavam era o desenvolvimento de uma doença incurável na mãe, ocasionada a partir da gestação das gêmeas. Ao ser descoberto, já era tarde demais para ser salva. Demoraram apenas alguns meses para que a vida fosse ceifada da vida das irmãs, que ainda eram muito novas para compreender o que significava. O funeral foi íntimo, reservado apenas para os mais próximos, uma vez que a mulher não possuía nenhuma proximidade com os humanos que moravam aos arredores. Depois do acontecimento, não demorou muito para que fosse nomeada herdeira do marquesado de Villacourt. Antes mesmo de ter consciência de quem era, sabia o peso que o cargo carregava.
Passou os poucos anos iniciais na presença da irmã, o suficiente para que desenvolvessem algum tipo de vínculo e conexão que apenas crianças que compartilharam o nascimento pareciam ter. Não demorou muito, no entanto, para que o marquês decidisse que a filha estava se apegando demais aqueles ao seu redor, mesmo que permanecesse em tenra idade. Já era o suficiente para que ela começasse a aprender os modos e o que era necessário como herdeira. Esse foi um dos motivos de ter sido praticamente banida (pelo menos, era o que sempre pareceu para Aemma) para uma terra distante o suficiente para que não se tornasse um incômodo. Conforme o pai, era um ensinamento de humildade e resiliência. O homem não pretendia se casar novamente, já que era uma perda de tempo completa, principalmente quando tinha duas filhas legítimas, abençoadas pelos deuses. Para ele, era mais do que o suficiente, então ninguém sequer decidiu contrariar as decisões. Foi mandada para uma cidade longínqua, com proteção para que nada fosse cometido contra sua herdeira, mas, ainda assim, remoto o suficiente para que não chamassem atenção. Aquela foi a última vez que viu a irmã durante anos que se prosseguiram, já que não era permitido que retornasse para a casa, independente das comemorações. Depois de um tempo, parou de pensar no lugar que vivia anteriormente como um lar. Sentia que não pertencia mais ali.
A mudança foi feita para um templo destinado ao deus Balder. Mesmo que tenha sido abrupta, os fiéis adeptos a Fé de Luguy tomaram Aemma como aprendiz. Era muito jovem para compreender e discernir qualquer conhecimento que passavam para a jovem de maneira obrigatória. A única certeza da vida da jovem era a Fé de Luguy, que foi aceita sem qualquer hesitação. Sabia que o seu propósito era o que os tutores sempre ensinaram para ela: ser herdeira do nome Villacourt e orgulhar o seu pai, que sequer lembrava do rosto. Distante de tudo que fazia com que lembrasse de casa, desapegou-se às ideias que tinham sido plantadas em sua mente anteriormente. Focou no culto aos deuses, em específico Balder, pois era a única certeza que possuía naquele ponto. As comunicações com a gêmea eram curtas, mesmo que tentassem manter o afeto que tinham. Para Aemma, nunca houve nenhuma dúvida do amor que compartilhavam uma pela outra, fortalecida pelo vínculo do nascimento. Independente da distância, sabia que um dia voltaria a vê-la, mesmo que acreditasse que deveria abandonar os próprios anseios em nome da fé. Seus dias eram resumidos em cuidar do templo, estudar e preencher as atividades com tarefas que auxiliassem para que não perdesse a sanidade. Não era uma surpresa que, ao longo dos anos, tenha desenvolvido uma série de interesses que pareciam torná-la mais apta ainda para o cargo que tinha sido destinada.
Aos dezoito anos, o convite pelo qual tanto ansiava chegou. Passou a vida inteira escutando a respeito desse momento, trancafiada em lugar nenhum, apenas para que se tornasse o mais próximo de respeitosa. Sabia que muitos aguardavam para analisar as gêmeas Villacourt, que sequer tinham se visto na última década de suas vidas. Tudo o que sabiam uma sobre a outra eram as cartas que eram transmitidas. Enquanto Aemma era contida e gentil, Jocelyn carregava uma travessura no olhar e um sorriso sarcástico que acompanhava qualquer um que ousasse se aproximar. Eram duas pessoas completamente diferentes, mas possuíam a proximidade inata, dois polos de um imã. Quem as visse, mesmo que não compartilhassem muitas características físicas, sabia que eram gêmeas pelo carinho que demonstravam. Assim que entrou, passou pelo Primeiro Ritual, um momento de grande ansiedade para alguém que escutou durante a vida inteira a respeito daquilo. Ao se tornar hospedeira de Osiris, pode-se falar que teve uma surpresa ao ser protegida por um deus que era tão diferente do que estava acostumada. Mesmo que soubesse que não deveria ter expectativas, pensava que alguém como Balder ou Febo teriam preferências por ela. Demorou algum tempo para digerir a notícia e, assim que o fez, prometeu ser digna dele. Os anos que se seguiram foram sem nenhuma grande novidade: um possível casamento arranjado aqui, muito estudo e relacionamentos sendo construídos na mesma velocidade que eram desfeitos. Foi no começo da sua estadia na Academia de Artes Mágicas Hexwood que desbravou aspectos da vida que tinha sido privada durante todos os anos, principalmente em relação às interações com pessoas da sua idade. Havia muito a aprender, já que era excessivamente polida e quieta para alguém com apenas dezoito anos.
O que não esperava era um dia acordar e Jocelyn não ser encontrada. Foi a primeira a notar e, quando comentou com algumas pessoas ao seu redor, todas não demonstraram preocupações. "É o jeito dela" ou "logo ela aparece, Aemma" eram as frases que foram mais ouvidas por ela. Acreditava verdadeiramente que era uma dos momentos de rebeldia protagonizados pela gêmea, então não se preocupou tanto, mesmo que soubesse que havia algo errado. Sempre sabia tratando-se de Jocelyn. Seguiu as aulas do dia, mas, quando ainda não tinha encontrado ela durante a noite, começou a se preocupar. Dividiu as preocupações para aqueles que não eram somente alunos e foi quando soube que algo estava errado. As autoridades foram acionadas, assim como o marquês, mas ninguém sabia o paradeiro dela. Decidiram esperar mais alguns dias para ver se retornava aos estudos, mas não tiveram nenhuma notícia ou sequer aparição da khajol. As investigações foram iniciadas e duraram meses, mas, ainda assim, não obtiveram qualquer informação a respeito dela. Mesmo que tivessem declarado a morte de Jocelyn, Aemma sabia que ela não estava morta. Não tinha como estar morta, certo? Ela saberia, graças ao vínculo de gêmeas que compartilhavam. Por conta da sensação que tinha, jamais perdeu a esperança que veria a irmã novamente, o que fez com que iniciasse uma pequena investigação por conta própria, já que odiava não ter a certeza de algo.
O incêndio no Wülfhere Instituto Militar de Dragões foi o que tirou a atenção de Aemma da sua preciosa procura pela irmã perdida. Claro que ainda deseja continuar a investigação, mas a mente agora permanece dividida. Diferente de muitos khajols, nunca foi uma pessoa que possuía preconceitos em relação aos changelings. A posição dela sempre foi mais relacionada à pacificidade do que uma hostilidade, mesmo que muitos tutores tenham franzido o nariz quando escutava a respeito das ideias utópicas que a herdeira possuía. Eram apenas sonhos, devaneios e, mesmo que fossem em um momento terrível, a khajol viu uma oportunidade de compreendê-los de forma mais completa. Desde a chegada deles, têm se demonstrado receptiva e acalentadora, tratando com muita gentileza e solidariedade, já que sabe que é uma transição que é complicada.
( ☀︎ 𓉸 ) ⁺‧₊˚ SEON .
Strålende : o primeiro raio de luz da manhã.
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“ 𝗁𝖺𝗎𝗇𝗍𝖾𝖽 𝖻𝗒 𝗳 𝗲 𝗮 𝗿, 𝗅𝗈𝗌𝗍 𝗂𝗇 𝚌 𝚑 𝚊 𝚘 𝚜, 𝖼𝗅𝗂𝗇𝗀𝗂𝗇𝗀 𝗍𝗈 𝒇𝒂𝒍𝒔𝒆 𝒉 𝒐 𝒑 𝒆 ”
, 𝓙𝓪𝓶𝓮𝓼 𝓮𝓶 : 𝖿𝖾𝖼𝗁𝖺𝗆𝖾𝗇𝗍𝗈 𝖽𝖺 𝖿𝖾𝗇𝖽𝖺
O caos tinha se instalado no Acampamento Meio-Sangue mais uma vez. Para James, a tensão que permeava o ar era quase insuportável. Ele podia sentir o medo pulsando em suas veias, tão vivo quanto o sangue que corria em seu corpo. A última vez que tentou ser corajoso, ao tentar enfrentar a Fúria, pagou um preço alto com feridas profundas, tanto físicas quanto emocionais. Agora, só o que conseguia pensar era em sobreviver e proteger aqueles que amava. O coração de James estava acelerado, e seus pensamentos eram uma mistura de pânico, autocrítica, desesperança. "Eu não sou um herói", ele repetia para si mesmo, lutando contra a vontade de simplesmente correr e se esconder até que tudo passasse.
No meio do tumulto, quando os monstros começaram a surgir de todos os lados, ele tentou focar nas palavras que ouviu de outra semideusa: "A defesa é não acreditar." Não sabia quem havia descoberto, mas ouvia alguns campistas gritarem a informação. Como não acreditar quando tudo o que seus olhos viam era uma criatura enorme e monstruosa correr atrás de si e outros campistas, deixando para trás olhares apavorados e feridas visíveis e muito reais? Era fácil para dizer para não acreditar, mas para James, que tinha o medo como companheiro constante, era um desafio quase impossível. Ele tentou se convencer de que aquilo era apenas uma ilusão. Respirou fundo e repetiu as palavras da filha de Atena como um mantra. Quando os monstros começaram a ignorá-lo, ele percebeu que talvez, só talvez, pudesse sobreviver a isso sem mais cicatrizes. Em vez de lutar, ele correu para ajudar os outros campistas, espalhando a informação e buscando seus amigos. Mas não conseguia encontrar nenhum de seus irmãos ou amigos, o que aumentava ainda mais seu desespero.
O combate finalmente cessou.
James havia conseguido sair dessa sem nenhum ferimento físico, mas a mente com certeza fervilhando de apreensão. Os campistas começaram a se reunir, procurar uns pelos outros e mencionaram a ausência de alguns. As ordens de Quíron foram claras: todos deveriam ir para seus chalés para que os conselheiros fizessem a contagem. Os mais feridos foram enviados rapidamente para a enfermaria, James conseguiu ajudar a carregar um deles antes de correr para o chalé doze. Onde estava Brooklyn para iniciar a contagem? Ansioso e preocupado, ele mesmo tomou a frente e começou a verificar quem estava ali. O conselheiro ainda não havia aparecido. Cogitou ir à enfermaria procurá-lo, mas não precisou.
Os murmúrios começaram. Os nomes dos desaparecidos começaram a ser sussurrados - ou gritados - pelos membros dos chalés. Os filhos de Hermes anunciavam que sua conselheira não estava lá. Brooklyn e Melis. Seu coração parou por um segundo, como se o mundo tivesse congelado ao seu redor. Brooklyn, seu irmão, confidente, melhor amigo... E Melis, a primeira pessoa que o acolheu no acampamento e que tinha o seu coração até hoje. A notícia o atingiu como um soco no estômago, mas, em choque, simplesmente não conseguia acreditar. Começou a repetir para si mesmo e para os outros que estava tudo bem, que logo eles estariam de volta. "Está tudo bem. Eles vão voltar", ele dizia com um sorriso tenso, forçando-se a acreditar nisso, mesmo que uma parte de si soubesse que era apenas negação.
A notícia de que Estelle, sua... sua... Como definir o que ela era para ele? Seu casinho de missão? Sua ex-quase-namorada? Bem, a nomenclatura da relação dos dois não importava naquele momento, mas a sim a lembrança de que ela estava envolvida como traidora que também o abalou. Ele não conseguia entender como alguém que ele conhecia tão bem podia estar do outro lado. Mesmo assim, James não conseguia culpá-la. Preocupava-se com ela, e sua mente tentava desesperadamente encontrar uma explicação para o que estava acontecendo. E Hektor... Hektor era mais que um instrutor de combate; ele havia se tornado uma espécie de mentor, de inspiração. Foi o único que topou ajudar James em sua empreitada para se tornar um guerreiro melhor, e o semideus recusava-se a acreditar que o homem que vinha lhe ensinando - com muita paciência - a usar adagas poderia ser um verdadeiro traidor. Ele só conseguia pensar que, talvez, houvesse algo mais por trás de tudo aquilo, algo que ele ainda não entendia.
Enquanto o acampamento tentava se reorganizar, o filho de Dionísio se isolou por um momento no chalé doze, tentando processar tudo o que tinha acontecido. Sentia-se vazio, incapaz de encontrar respostas para as perguntas que o atormentavam. Ele sabia que precisava manter a esperança viva, tanto por si mesmo quanto pelos outros. Afinal, ele sempre era o ponto de luz na vida de seus amigos durante todo o caos. Mas no fundo, estava completamente arrasado, destruído, e tudo o que conseguia fazer era tentar, desesperadamente, se agarrar à ideia de que tudo voltaria ao normal, mesmo que seu coração dissesse o contrário. Mesmo que estivesse com aquela angústia profunda e aperto no peito que só se lembrava de ter sentido quando perdeu a sua mãe. Mesmo que, no fundo, algo dentro de si lhe gritasse dizendo que notícias ainda piores estavam para chegar.
Para sua própria sobrevivência, ele precisava se agarrar a qualquer fio de esperança, por mais que ninguém se sentisse assim. Por mais que tudo indicasse o pior. Por mais que nem mesmo ele estivesse tão confiante assim.
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semideuses mencionados: @sinestbrook @melisezgin @stellesawyr @somaisumsemideus
@silencehq @hefestotv
#* . ⊹ 𝐵𝑅𝐴𝑉𝐸𝑅 𝑇𝐻𝐴𝑁 𝑌𝑂𝑈 𝑇𝐻𝐼𝑁𝐾 › extras#pov#esse conseguiu ficar pior que o da izzy kkkk#ainda falta o da nika vai ser o pior!!! aguardem#swf:ritual
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Este desafio é da criadora @sims-himbo e como fã e apaixonada por essa Diva Barbie vi esse desafio e já fiquei super animada para fazer ^^ Socorro deux kjkjkj então simbora lá para as regras!
💋Observação Créditos das Imagens utilizadas nesse post para @sims-himbo!
Todos os herdeiros têm de ser do sexo feminino e chamar-se Barbie (os filhos não herdeiros podem ter qualquer nome). Podes usar o cheat freerealestate para a tua primeira casa, mas tenta não usar cheats de dinheiro depois disso! É permitido e encorajado o uso de traços de lote e recompensas para aumentar o ganho de habilidades, qualquer coisa que esteja no jogo é justa. Pacotes de que vais precisar:
💋EPs: Ao Trabalho, Vida na Cidade, Gatos e Cães, Rumo a Fama, Ilhas Tropicais GPs: Dia de Spa*, Paternidade Packs opcionais (para as gerações opcionais):
💋EPs: Universidade, Viver em casa de campo, Rancho de cavalos GPs: Strangerville *Só precisas de Dia de Spa para o traço Alta Manutenção numa das gerações e nada mais, por isso não há problema em não o usar.
(💋Dona de casa)
Foi educada com valores tradicionais: encontrar um bom homem, constituir família, ser dona de casa… Mas quer que os seus filhos tenham objetivos mais ambiciosos, por isso vai prepará-los para o sucesso.
Completar a aspiração Linhagem de Sucesso Máximo de habilidades Criação e Educação e culinárias Ter pelo menos 3 filhos e 1 animal de estimação, cada filho deve completar pelo menos uma aspiração e todos devem ser estudantes A+ (Nota10) Tem de ter o traço "Orientado para a família
(💋Negócios)
A tua mãe era feliz a ficar em casa, mas tu não. Está pronto para lutar para chegar ao topo e ganhar dinheiro suficiente para sustentar a sua família durante as gerações futuras.
A tua mãe era feliz a ficar em casa, mas tu não. Está pronto para lutar para chegar ao topo e ganhar dinheiro suficiente para sustentar a sua família durante as gerações futuras.
Completar a aspiração Fabulosamente Rico Máximo de carisma e lógica Máximo de carreira empresarial (ramo de investidores) Deve ter uma caraterística ambiciosa
A sua família é muito rica, por isso usou os seus fundos para abrir a sua própria clínica veterinária e seguir o seu sonho de estar rodeado de peluches todo o dia! Mas pode ser mais difícil do que pensavas…
Aspiração completa de Amigo dos Animais Habilidade Máxima de Veterinário Gerir uma clínica veterinária de 5 estrelas Ter pelo menos 3 animais de estimação e ser amigo de todos eles Deve ter a caraterística Cat Lover ou Dog Lover
Cresceste rodeado de animais de estimação e agora queres explorar ainda mais o reino animal… Por isso, vais para debaixo de água! Que segredos mágicos vais descobrir na tua viagem?
Deve viver em Sulani Aspiração completa de vida na praia Carreira máxima de conservacionista (ramo de biólogo marinho) Tornar-se uma sereia Máximo de habilidades de Lógica e Aptidão Deve ter o traço Criança do Oceano
A tua mãe tinha um nível de fitness quase sobrenatural no mar, por isso agora foste inspirado a dominar o fitness em terra! Estás determinado a atingir todo o teu potencial em termos de desempenho físico e a tornar-te um campeão mundial.
Juntar-se a uma equipa de claque ou de futebol enquanto adolescente e atingir o nível mais elevado Aspiração de culturista completo Máxima aptidão física e carisma Carreira máxima de Atleta (ramo Atleta) Deve ter uma caraterística ativa
A sua família alcançou muitos, muitos prémios, e você decidiu capturar tudo isso num romance épico de "Conta Tudo" que passará toda a sua vida a escrever!
Aspiração completa de autor de best-sellers Máxima capacidade de escrita Escreve o Livro da Vida e ata-o aos teus pais, usa-o para os trazer de volta de uma morte prematura Tens de ter uma caraterística criativa
O estrelato cinematográfico é o próximo passo lógico para a tua linhagem, por isso, vais partir à conquista do grande ecrã. Conseguirás catapultar o nome da família para patamares ainda mais altos, ou será agora associado à infâmia?
Aspiração completa a Mestre Atriz Habilidade máxima de representação Deve atingir pelo menos o estatuto de Celebridade Adequada Deve ter um caso secreto com um colega ator! Deve ter um traço de Alta Manutenção
Como filho de uma atriz de sucesso, as pessoas podem revirar os olhos e pensar que és mais um neo-bebé a tentar iniciar uma carreira musical… Por isso, tens de provar que estão todos errados, tornando-te uma verdadeira estrela rock!
Aspiração completa de celebridade mundialmente famosa Habilidade máxima em canto Habilidade máxima em pelo menos 2 instrumentos Carreira máxima de animador (ramo de músico) Tens de ter a caraterística Amante de Música
O que é que se segue depois de conquistarem tantas carreiras e alcançarem fama mundial para o nome da família? Dominar o mundo, claro! Torna-te o maior líder que esta nação já viu!
Aspiração completa de Barão da Mansão Carreira máxima de Político (ramo Político) Habilidade Carisma máxima Deve ter o traço Autoconfiança
Agora que já conquistaste o mundo, está na altura de te aventurares no Espaço! Há tanto para explorar lá fora, e a Barbie tem de deixar a sua marca por toda a galáxia.
Aspiração completa do Cérebro Nerd Máxima capacidade de lógica e ciência de foguetões Vai ao SIXAM pelo menos uma vez e traz uma recordação Deve ter um traço de Génio
Ainda queres mais? Aqui estão algumas Barbies extra com que podes brincar!
Barbie do Campo Aspiração completa de Zelador do Campo Habilidade máxima de jardinagem Deve ganhar todo o dinheiro com jardinagem, agricultura, vinificação, etc. Nada de trabalho diurno! Deve possuir um cavalo e ter todas as suas habilidades no máximo Deve ter o traço Animal Enthusiast
Barbie General do Exército Tem de viver em Strangerville Completar a aspiração do Mistério de Strangerville Habilidades máximas de Lógica e Carisma Máximo de carreira militar (qualquer ramo) Deve ter o traço Errático
Barbie Cientista Aspiração Cérebro Nerd completa Carreira máxima de cientista Ser raptado por extraterrestres pelo menos uma vez Deve ter a caraterística Genius
Barbie Suprema Definir o tempo de vida como longo Completar pelo menos 2 aspirações de criança Completar as aspirações do Sim Renascentista E Académicas Máximo de 10 habilidades Ter 12 ou mais características Concluir a faculdade Chegar ao topo de qualquer carreira Ter uma casa no valor de 1 milhão de Simoleons Ter pelo menos 5 filhos e maximizar a tua relação com todos eles
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Iniciar um relacionamento é a parte mais fácil de uma jornada a dois. A empolgação do novo, o encanto das primeiras descobertas, a alegria de compartilhar momentos juntos. Terminar um relacionamento pode ser uma experiência complexa e dolorosa, carregada de emoções e aprendizados. A tristeza e a dor são inevitáveis, mas com o tempo, elas se transformam e passam, deixando para trás lições valiosas. Sabe o que eu acho difícil? a capacidade de fazer uma relação durar. Isso exige muito mais do que sentimentos iniciais de paixão; requer dedicação, compreensão e um compromisso contínuo. Fazer um relacionamento durar significa abraçar o desafio de crescer juntos, navegando pelas mudanças da vida lado a lado. Envolve ceder em certos momentos - tanto de um lado quanto do outro - para encontrar um equilíbrio que funcione para ambos. Essa dança de dar e receber, de ajustar e reajustar, é o que mantém o relacionamento dinâmico e saudável. Não se trata de perder a própria identidade, mas de entender que o amor é muitas vezes sobre encontrar um meio-termo onde ambos possam crescer. É nos pequenos gestos de carinho, nas palavras de apoio nos momentos difíceis, e na alegria compartilhada nas conquistas. É estar presente, tanto física quanto emocionalmente, e é através desse cuidado contínuo que o amor se fortalece. Conquistar uma vida ao lado de quem se ama é uma das experiências mais bonitas - e difíceis - que existem. Cada dia, cada desafio e cada alegria compartilhada são caminhos que exige paciência, compromisso e um coração aberto, mas o resultado é um amor que cresce, se fortalece, floresce e inspira. (Edgard Abbehusen)
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The sims 4 - Desafio do legado
Geração 1: Fundador - Willow Creek
comece o jogo com 0 simoleons, os traços de personalidade dos sims de todas as gerações são decididos pelo jogador.
História: O fundador é um pioneiro na cidade de Willow Creek. Ele sonha em construir uma vida estável e próspera, começando do zero.
Meta: Construir uma casa com pelo menos 3 quartos e 2 banheiros e ter uma família de 4 filhos.
Habilidades:
Carisma
Culinária
Carreira: Negócios (Ramo de Gestão)
Geração 2: Explorador Urbano - San Myshuno
História: O herdeiro da segunda geração muda-se para a cidade grande em busca de oportunidades e aventura. Ele quer fazer um nome para si mesmo na vibrante cidade de San Myshuno.
Meta: Viver em todos os tipos de apartamentos (de pequeno a grande) e vencer pelo menos 3 festivais da cidade.
Habilidades:
Canto
Pintura
Carreira: Artista (Ramo de Pintura)
Geração 3: A Natureza em Primeiro Lugar - Granite Falls
História: Este herdeiro sente uma forte ligação com a natureza e decide se mudar para Granite Falls para viver uma vida de tranquilidade e harmonia com o ambiente.
Meta: Completar a aspiração "Curador da Natureza" e ter um jardim completo com todas as plantas coletáveis.
Habilidades:
Jardinagem
Herbalismo
Carreira: Freelancer (Fotógrafo da Natureza)
Geração 4: Cientista Ambicioso - Oasis Springs
História: Fascinado pela ciência e inovação, este herdeiro muda-se para Oasis Springs para trabalhar como cientista e explorar o desconhecido.
Meta: Completar a aspiração "Cérebro Cheio de Conhecimento" e construir um laboratório subterrâneo.
ter um diploma em física (opcional)
Habilidades:
Lógica
Robótica
Carreira: Cientista
Geração 5: A Estrela da TV - Del Sol Valley
História: Apaixonado pela fama e glamour, este herdeiro se muda para Del Sol Valley com o sonho de se tornar uma estrela.
Meta: Tornar-se uma celebridade de 5 estrelas e ganhar um Starlight Accolade.
Habilidades:
Atuação
Carisma
Carreira: Ator/atriz
Geração 6: Vida Rural - Henford-on-Bagley
História: Depois de uma vida de glamour na cidade, o herdeiro decide se afastar da fama e se muda para o campo para viver uma vida simples e sustentável.
Meta: Completar a aspiração "Vida Campestre" e ganhar os concursos da Feira de Finchwick.
Habilidades:
Agricultura
Culinária
Carreira: Jardineiro (Ramo de Botânica)
Geração 7: Fuga para Selvadorada
História: Este herdeiro decide se aventurar na cultura e mistérios de Selvadorada, dedicando sua vida a explorar as selvas e ruínas antigas.
Meta: Completar a aspiração "Explorador de Selva" e coletar todos os artefatos.
Habilidades:
Cultura Selvadora
Arqueologia
Carreira: Freelancer (Arqueólogo)
Geração 8: Vida Paranormal - Forgotten Hollow
História: Intrigado pelo sobrenatural, este herdeiro se muda para Forgotten Hollow para estudar e conviver com vampiros e outras entidades paranormais.
Meta: Completar a aspiração "Investigador Paranormal" e fazer amizade com todos os vampiros do bairro.
Habilidades:
Pesquisa Vampírica
Médium
Carreira: Freelancer (Investigador Paranormal)
Geração 9: Amigo dos animais - Brindleton Bay
História: O herdeiro busca uma vida equilibrada entre o legado de sua família e sua própria paixão pelos animais.
Meta: Completar a aspiração "Amigo dos Animais" e adotar pelo menos 3 animais de estimação diferentes.
Habilidades:
Treinamento de Animais
Veterinária
Carreira: Veterinário
Geração 10: Peixe fora d'agua - Sulani
História: Depois de anos de glamour e fama, o herdeiro busca uma vida mais simples e tranquila em Sulani, se dedicando à preservação ambiental e ao bem-estar da comunidade local.
Objetivo: Concluir a aspiração "Salvador da Ilha" e tornar Sulani um paraíso ecológico.
Aspirção: Salvadora da Ilha
Habilidades a maximizar: Pesca, Jardinagem
Carreira: Conservacionista
Geração 11: O Líder Mundial - Evergreen Harbor
História: Com um desejo de mudar o mundo para melhor, você se muda para Evergreen Harbor para iniciar uma carreira na política e lutar por um futuro sustentável.
Meta: Alcançar o nível 10 na carreira de Político e completar a aspiração "Líder do Mundo Livre".
Habilidades: Carisma e Lógica.
Carreira: Político (Carreira Política).
Geração 12: O Romântico Culto - Windenburg
Meta: Alcançar o topo da carreira Literária e completar a aspiração romântico em serie
História: O sétimo herdeiro é um romântico incurável e amante da literatura que se muda para Windenburg, uma cidade histórica perfeita para escrever seu grande romance.
Habilidades: Escrita, carisma
Carreira: Escritor (Ramo Autor)
Geração 13: O Guardião do Conhecimento - Glimmerbrook
História: Descobrindo um legado oculto de magia na família, o herdeiro muda-se para Glimmerbrook para dominar as artes místicas e proteger o conhecimento mágico.
Meta: Tornar-se o Feiticeiro Supremo
História: Descobrindo um legado oculto de magia na família, o décimo herdeiro muda-se para Glimmerbrook para dominar as artes místicas e proteger o conhecimento mágico.
Habilidades: Feitiçaria, Alquimia, gemologia
Carreira: Carreira Livre/ venda de joias e cristais (Exploração Mágica)
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[Entrevista] Interseccionalidade - experiências da transição tardia
Entrevista entre o blog e @laurisflora .
Introdução
A interseccionalidade é o fênomeno em que pessoas de diferentes grupos sociais enfrentam desafios muito especificos por ser parte de ambos os grupos, ao invés de só um. Essas experiências se sobrepõem também nos quesitos de descriminação e opressão da sociedade. Como pessoas trans*, devemos estar abertos a descobrir as interseccionalidades alheias da comunidade.
Oque é Transição Tardia?
Por diversos motivos, muitas pessoas trans* apenas descobrem sua identidade bem depois dos seus anos de adolescencia. Infelizmente a mídia e a comunidade dão enfase grande no lado jovem de ser trans, e as pessoas mais velhas da comunidade muitas vezes se sentem deixadas de lado.
A transição tardia é um termo para pessoas que transicionaram após os 30 anos. Porém, é um termo bem falho: nenhuma época é tarde demais para ser quem você quer ser! Essa é uma entrevista com Lauris Flora, uma pessoa transmasculina que começou a transição com na casa dos 30 anos.
Glossário
Neopronomes , neolinguagem e linguagem neutra -> A criação de pronomes novos na lingua portuguesa, já que não há pronomes tradicionais que falem com um gênero neutro sobre a pessoa. Os mais comuns são elu ou ile, assim como a adição de “e” ao invés de “a” ou “o” quando dando gênero a adjetivos dessa pessoa e afins.
Entrevista
Bom dia, Sre. Lauris. Gostaria de se Introduzir?
Me chamo Lauris Flora, tenho 34 anos, moro no estado de São Paulo e sou ilustrador e designer gráfico. Ainda estou no processo de entender em qual nomenclatura me encaixo, mas sou transmasculino e meus pronomes são "ele" e "elu" e sou pansexual.
Oque você acha do termo "transição tardia"? Acredita que você faz parte dessa categoria?
É uma questão de perspectiva. Comparando com a maior parte das pessoas trans, a minha transição é tardia. Porém ainda sinto que tenho alguns anos para viver uma juventude no meu corpo autêntico, meu corpo transmasculino. Tem sido interessante notar que, no ambulatório Trans que faço o meu acompanhamento (pelo SUS), vejo pessoas nos encontros mensais que estão nos dois extremos - entre os 18 e os 25, ou acima dos 50 anos. Sou o único na minha faixa etária.
Você diria que apenas se descobriu mais tarde, ou se reprimiu por muito tempo?
Me descobri mais tarde porque quando eu era mais jovem (adolescente nos anos 2000) eu não tinha nenhuma referência de transgeneridade, eu nem ao menos sabia o que isso era.
Houve algum fator que atrasou sua transição pós-descoberta? Se sim, quais?
Sim! Eu só entendi que a desconexão que eu sentia com o meu corpo tinha relação com os atributos do meu “sexo biológico” quando fui pesquisar sobre a identidade de gênero “não-binária”, em 2022. O entendimento da não-binariedade me mostrou que eu poderia ter as características físicas masculinas que eu admirava de foram tão visceral, mas sem necessariamente precisar me identificar como homem.
Isso me assustou pois eu não estava preparado para deixar para trás toda uma construção de anos em torno de uma identidade de gênero baseada no sexo que me foi atribuído ao nascer. Demorei dois anos para digerir essa ideia.
Como foi a primeira puberdade para você?
O início da puberdade não me causou estranheza ou repulsa, era algo esperado. Fui criado fortemente dentro das normas da feminilidade, e tenho uma personalidade introvertida e amável, o que se encaixa na expectativa que se existe sobre uma pessoa do sexo feminino. Então tudo parecia correto. Com o passar da adolescência, conforme minha fascinação pela androginia masculina foi aumentando, comecei a sentir um tipo de desconexão com o meu corpo, mas eu não entendia do que se tratava.
Como se sentiu com o tratamento hormonal?
No terceiro dia em testosterona, notei uma diferença na minha sensação corpórea que é um pouco difícil de explicar, por ser muito sutil. Talvez algo no meu próprio cheiro, que me fez ficar pensando repetidamente “agora eu faço sentido, agora o meu corpo faz sentido”. Parece que acendeu um sol dentro de mim.
Eu amo cada mudança da transição, inclusive a dificuldade em chorar, pois antes eu chorava muito e com muita facilidade, fora de controle. Me sinto regulado agora. Só agora consigo entender como eu me sentia miserável antes. Eu nunca havia me sentido conectado e feliz com a minha existência corpórea. Eu não sabia o que era isso. O tratamento hormonal tem sido uma libertação.
Você acredita que sua vida adulta mudou muito com a transição? Se sente mais feliz?
As mudanças ainda estão sendo digeridas. Eu só realmente aceitei que eu era trans e precisava da terapia hormonal em Maio deste ano (2024, pra quem estiver lendo no futuro). Comecei a terapia hormonal em Julho. Estamos em Setembro. Tudo tem acontecido MUITO rápido e ao mesmo tempo, as mudanças são graduais. Então não consigo dizer ainda o que mudou na vida adulta. Mas me sinto MUITO mais feliz.
Há alguma parte da sua transição que você acha que foi especifica as pessoas que transicionam a ser maior que 30 anos? Quais eram suas maiores preocupações quanto a isso?
Deixar para trás uma construção de gênero feita por 34 anos em torno do gênero que me foi designado ao nascer, parecia algo muito assustador. Como se eu estivesse “matando” o meu antigo eu. Eu não queria viver um luto, não queria me sacrificar.
Mas então eu fui entendendo duas coisas: a primeira, é que a transição de gênero dava sentido para tudo o que eu sentia e não sabia nomear, e ainda curava todas as angústias que estavam relacionadas a isso.
Então, não era sobre “matar” o meu antigo eu, mas sobre “me curar”, sobre encontrar uma harmonia. A segunda coisa, é que transição de gênero é mais sobre se tranformar no seu eu autêntico do que sobre algo em você morrer.
Como as pessoas reagiram? Foi diferente entre sua família e os outros?
Meu circulo social é muito pequeno. Todos os meus poucos amigos me aceitaram e perceberam o quanto isso foi libertador pra mim.
Meus pais já faleceram (quando eu tinha 24 anos) então não precisei passar pelo sufoco da aprovação dos pais. Não falo com uma das minhas irmãs, e a outra ficou um pouco confusa a princípio, mas ela me aceita e hoje ela já está entendendo melhor o que isso significa pra mim e percebe o quanto isso me faz mais feliz.
Acredita que sua transição impactou muito sua jornada de trabalho?
No meu caso não, pois trabalho por conta própria. Mas ano passado estava trabalhando numa empresa (fora da minha área) onde as pessoas tiravam sarro de travestis e pronomes neutros, isso me irritava bastante. Se eu tivesse feito a transição antes, teria sido bem difícil.
Especificamente sobre ser ilustradore e designer gráfico, você diria que essa profissão é amigavel para pessoas transgênero?
Acredito que sim! Áreas relacionadas a arte ou trabalho remoto são mais amigáveis. Existe a expectativa de que o artista seja uma pessoa “fora da caixa” e no trabalho remoto você não precisa lidar com muitas pessoas. Deve haver preconceito nessas áreas, mas ainda não vivi isso.
Você já enfrentou alguma discriminação por ter transicionado em uma idade mais tarde?
Por enquanto, só no setor médico.
A primeira psiquiatra que eu passei pelo SUS achou que eu estava confuso, pois a referência que ela tinha de uma pessoa trans era muito limitada e esteriotipada dentro da expectativa da performance binária de gênero que é institucionalizada desde a infância.
O senhor mencionou à pagina que transicionou enquanto casado. Como você descreveria que foi o processo de sair do armario com sua parceira? Afetou a relação entre vocês?
Não! Eu não transicionei enquanto casado, hahaha.
Eu fui casado com uma mulher enquanto ainda “era mulher”. Quando eu transicionei, já haviamos nos separado. Mas é interessante dizer que ainda moramos juntos (por questões financeiras) e nos damos bem.
Em 2022, enquanto ainda éramos casados, eu já havia conversado com ela sobre as minhas questões de gênero, que ainda eram incertas e ela já havia notado as minhas disforias, especialmente com os meus seios. Inclusive, já no pós divórcio, ela que me disse que na nossa cidade havia aberto um “ambulatório trans” do SUS. :)
Dito isso, como você se relaciona com sua identidade sáfica que teve por tantos anos antes de transicionar?
Honestamente, sempre tive uma desconexão com a identidade sáfica, por mais que eu fizesse parte dela. Eu não sabia o motivo. Achava que poderia ser lesbofobia internalizada, mas hoje sei que não é. Então eu não tenho problemas quanto a isso.
Sobre comunidade trans e LGBT, você se sente incluide nos espaços e discussões destinados a eles? Por quê?
Sobre me sentir incluido, por mais que a minha identidade ainda esteja em construção (ainda estou entendendo se sou transmasculino não-binário ou homem trans), eu sinto que ainda existe um pouco de estranheza vindo da comunidade sobre a não-binariedade, ou mesmo da expectativa performática de um homem trans, mas (ainda, rs) não fui desrespeitado ou excluido por conta disso.
Acredita que há uma certa solidão em ser trans em uma época mais velha, visto o foco da comunidade em pessoas jovens?
Sim, mas tento não focar nisso. Tenho na minha mente que quanto mais pessoas trans mais velhas se fazerem notadas, mais forte será o senso de comunidade e ainda podemos mostrar para os jovens as possiblidades de um futuro para eles.
Considerando que você também utiliza pronomes neutros, acredita que as pessoas têm respeitado?
Só quem está por dentro assunto que se lembra de usar. No meu circulo social, percebo que as pessoas não usam pronomes neutros, mais por questão de não terem o hábito do que por desrespeito (assim como ainda me chamam no feminino, às vezes).
Como considera todo o discurso sobre linguagem neutra que tem ocorrido ultimamente? Tem te afetado pessoalmente?
O discurso reacionário sobre os pronomes neutros me entristece demais. Eu procuro não dar atenção para eles pois os que são fervorosamente contra, são irredutíveis. Mas acredito que a língua é mutável e a linguagem neutra é um percurso inevitável.
Qual parte da sua transição foi a mais difícil até agora?
Como estou no início, detesto quando as pessoas que eu não conheço me chamam no feminino, como um atendente de caixa de supermercado, por exemplo. Mas sei que preciso ter paciência e que logo as transformações da testosterona vão mudar essa situação.
Tem algo que gostaria de dizer a pessoas da comunidade que realizaram ou pensam em realizar transição tardia?
Não tenham medo. A transição tardia não precisa ser um luto. Não é uma morte, é uma transformação. Toda a construção da sua identidade anterior, contribuiu para que a identidade trans pudesse emergir e assim fazer com que você se sinta pertencente ao seu corpo e capaz de expressar o seu eu autêntico.
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Agradecemos profundamente ao entrevistado Lauris Flora por compartilhar suas experiências de interseccionalidade com os leitores. Esperamos que saber de uma experiência de pessoas mais velhas possa dar esperança aos que necessitam.
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📩 Tous le jours - maio
A vida pode ser boa, mesmo quando ela não é como nós gostaríamos.
De certa forma essa é uma continuação da última carta.
Ultimamente tenho acreditado que a vida é muito mais do que só ter um trabalho, uma casa, dinheiro, beleza física, um nome ou um título.
Não vou ser a hipócrita de dizer que essas coisas não são importantes e não nos fazem assim tão felizes, porque elas fazem.
Mas sabe quando você percebe que tudo isso aí citado vai passar com o tempo? A gente vai envelhecer e perder cabelo, e talvez ganhar peso e a pele não vai ser a mesma. E não vamos estar acompanhados das mesmas pessoas. E nossos interesses não serão os mesmos. Nossas questões, dificuldades e desafios vão ser diferentes. Esse corpo que habitamos agora será um estranho. Tudo vai se esvanecer e algumas coisas irão até apodrecer. Como a madeira que sustenta uma casa por anos e anos e o teto infiltrado; eles mofam. Por que assim é o ciclo natural das coisas.
Ser o melhor em alguma habilidade física, artística, ter um milhão de roupas. Nada disso vai importar. O que de fato importa é o quanto você amou. Se foi humilde, se perdoou. Você pode ser o melhor em algo e ser a pessoa mais insuportável da face da Terra. Ninguém vai lembrar que você desenha "mais ou menos", mas vão lembrar se você os tratou com ignorância. E se as chances de amar que foram dadas a você, foram cumpridas.
Existem tantas coisas que se tem ainda para amar. Para aprender a amar.
"O apego é a raiz de todo o sofrimento."
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O que você não conta a si mesmo:
Uma reflexão ou talvez, um chamado, para que possamos direcionar nossa atenção, para as coisas que realmente merecem a nossa empatia. Cada pessoa nessa vida, possui algum desafio na qual nunca foi dito de maneira tão explicita para outro alguém, talvez, nem mesmo parcialmente, ou pior, aprofundando mais ainda nesse pensamento, acredito que há desafios que nem se quer para você mesmo, isso foi admitido de fato. Porque, existe uma crença de que há dores que, que quanto menos falarmos delas, menos vamos sangrar, e menos vamos perceber o vazio causador dessa dor.
Nossa vulnerabilidade é como se fosse uma balança, ela pode pesar para o lado da fraqueza, ou para o lado da força, (eu usei a palavra ‘’fraqueza’’ porque algumas pessoas, inclusive eu mesmo, já interpretei a vulnerabilidade dessa forma, mas de maneira geral, acredito que a fraqueza, nada mais é, do que, uma falta de habilidade nesse setor de nossa vida, seja esse setor na parte emocional, psicológica, física ou até mesmo acadêmica).
O que eu quero dizer, é que você vai se sentir menos habilidoso naquilo que menos praticar, e quanto menos você falar da sua dor, menos você pensar nela mais difícil será reconhece-la, mais difícil será, compreende-la. Porque existe uma diferença entre pensar em não pensar em algo, do que pegar aquele pensamento que causa tanto incomodo e analisar ele por completo, em todas as suas camadas, toda sua superficialidade e profundidade, como se fossemos astronautas curiosos com novas descobertas no universo adentro, prontos para descobrir tudo que se pode.
Eu já tive a oportunidade de transformar algumas das minhas vulnerabilidades, em aspectos que eu mais gosto em mim atualmente, e eu descobri, que quanto mais eu falava sobre essa vulnerabilidade, sobre essa dor, menor o problema ficava, e mais eu compreendia, que na verdade não era um problema, eu só não tinha descoberto quais recursos eu precisava para lidar com eles.
Falar em voz alta, para nós mesmos, sobre o que nos dói, o que é de fato difícil para gente e o mais importante, acolher todo esse sentimento, é crucial para que possamos ter a chance de, nos apresentarmos para nós mesmos. O que eu quero dizer com isto é: passamos as vezes tanto tempo tentando convencer a nós mesmos de que não temos nenhuma dificuldade, ou que não precisamos lidar com aquilo, por ser doloroso demais, ou por termos medo do que as pessoas vão pensar, que no meio de toda essa jornada, perdemos características importantes do nosso ser, nossa autenticidade, versões nossas vão ficando pelos caminhos, vamos nos perdendo, daí a sensação do vazio.
Não é que nos falta algo do mundo em nós, mas, falta partes de nós para nos completarmos. E quando você finalmente, compreende e fala sobre o que você não conta para ninguém, nem mesmo contava a si mesmo, é como se tivesse resgatando as melhores partes de você, e entenderá, que a vulnerabilidade, nada mais é o nosso calibre mais preciso para sermos nós mesmos. Então, concluo que, deve-se ser criado uma intimidade para que você preste a devida atenção ao que você não conta a si mesmo.
— Shandy Crispim
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Cognitivismo no emagrecimento ♡
A abordagem cognitivista, também conhecida como terapia cognitivo-comportamental (TCC), enfoca a mudança de pensamentos e crenças disfuncionais que influenciam comportamentos e emoções. No contexto de emagrecimento e controle da compulsão alimentar, a TCC pode ser bastante eficaz.
1. Identificação de Pensamentos e Crenças:
• Monitoramento de Pensamentos: Mantenha um diário para registrar pensamentos e sentimentos associados à alimentação. Identifique padrões de pensamento que contribuem para a compulsão alimentar, como "Eu nunca vou conseguir emagrecer" ou "Eu preciso comer para me sentir melhor".
• Avaliação de Crenças: Explore crenças centrais sobre alimentação, corpo e autoestima. Crenças como "Se eu não comer isso, não vou ser feliz" podem ser identificadas.
2. Desafio e Reestruturação Cognitiva:
• Questionamento de Pensamentos Automáticos: Aprenda a questionar pensamentos automáticos negativos e substituí-los por pensamentos mais realistas e positivos. Por exemplo, substituir "Eu falhei novamente" por "Eu tive um deslize, mas posso continuar a fazer escolhas saudáveis".
• Reestruturação de Crenças: Trabalhe para alterar crenças disfuncionais e desenvolver uma perspectiva mais saudável sobre alimentação e imagem corporal. Isso pode envolver exercícios de reflexão e autocompaixão.
3. Desenvolvimento de Habilidades de Enfrentamento:
• Técnicas de Relaxamento: Pratique técnicas de relaxamento, como respiração profunda, meditação ou ioga, para gerenciar o estresse e a ansiedade que podem desencadear a compulsão alimentar.
• Estratégias de Problemas: Aprenda a resolver problemas e lidar com situações difíceis de maneira construtiva, sem recorrer à comida como escape.
4. Planejamento e Preparação:
• Planejamento de Refeições: Estruture um plano de refeições saudável que inclua uma variedade de alimentos nutritivos. Planeje com antecedência para evitar decisões impulsivas.
• Preparação para Situações de Risco: Identifique situações que podem desencadear compulsão alimentar e desenvolva estratégias para lidar com elas, como ter lanches saudáveis disponíveis ou praticar distração com atividades prazerosas.
5. Modificação de Comportamentos:
• Estabelecimento de Rotinas: Crie e mantenha rotinas alimentares e de atividade física. Estabeleça horários regulares para refeições e exercícios.
• Reforço de Comportamentos Positivos: Reforce comportamentos saudáveis com recompensas não alimentares. Por exemplo, celebre a conquista de metas com atividades prazerosas ou presentes para si mesma.
6. Desenvolvimento de Habilidades de Mindfulness:
• Alimentação Consciente: Pratique a alimentação consciente, prestando atenção plena ao ato de comer, saboreando cada mordida e reconhecendo sinais de fome e saciedade.
• Autocompaixão: Cultive a autocompaixão, tratando-se com gentileza e compreensão, especialmente quando enfrentar desafios ou deslizes.
7. Avaliação e Ajustes:
• Revisão Regular: Avalie seu progresso regularmente e faça ajustes nas estratégias conforme necessário.
• Persistência e Flexibilidade: Compreenda que a mudança cognitiva e comportamental é um processo contínuo e requer flexibilidade e perseverança.
Ao focar na identificação e reestruturação de pensamentos e crenças, bem como no desenvolvimento de habilidades de enfrentamento e modificação de comportamentos, a abordagem cognitivista pode ajudar a reduzir a compulsão alimentar e promover a perda de peso de maneira sustentável.
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um passeio pela livraria da travessa. eu amo passear por livrarias, mesmo que hoje a internet tenha facilitado muito mais a compra. a sensação de estar cercada por livros e por pessoas que se interessam por literatura não pode ser reproduzida por cliques num site.
um dos meus hobbies favoritos é ir em livrarias grandes, passear por sessões que talvez não seriam minha primeira opção, admirar as capas e andar por todo o espaço carregando em mãos uma pequena pilha de livros que me chamaram a atenção e eu gostaria de, ao menos, folhear.
infelizmente, o dia se conclui comigo pesquisando o preço dos livros na amazon e desistindo da compra. apesar do passeio agradável, comprar livros na livraria física anda sendo um desafio. edições simples passam facilmente de 50, 70 reais. enquanto que, na internet, acabei encomendando dois desses livros — antes que o café esfrie 2 e cleopatra & frankenstein — por um preço bem mais acessível. mas gosto de mentir para mim mesma e fingir que comprei esses livros bem aí.
é triste ver tantas livrarias que fizeram parte da nossa vida fechando. a concorrência com a internet é injusta, e eu queria poder comprar mais livros na livraria física. pelo menos sai de lá com uma linda ecobag e a lembrança de um dia especial.
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A Razão do Amor – Ali Hazelwood
Descrição do livro
No novo livro da autora best-seller de A hipótese de amor, uma cientista será obrigada a colaborar com seu rival em um projeto de proporções interestelares, e os resultados prometem ser explosivos.
A carreira de Bee Königswasser está indo de mal a pior. Quando surge um processo seletivo para liderar um projeto de neuroengenharia da Nasa, ela se faz a pergunta que sempre guiou sua vida: o que Marie Curie faria? Participaria, é claro. Depois de conquistar a vaga, Bee descobre que precisará trabalhar com Levi Ward – um desafio que a mãe da física moderna nunca precisou enfrentar.
Tudo bem, Levi é alto e lindo, com olhos verdes incríveis. E, aparentemente, está sempre pronto para salvá-la quando ela mais precisa. Mas ele também deixou bastante claro o que pensa de Bee quando os dois estavam no doutorado: rivais trabalham melhor quando estão cada um em sua própria galáxia, muito, muito distantes.
Quando o projeto começa a ficar conturbado, Bee não sabe se é seu córtex cerebral lhe pregando peças, mas pode jurar que Levi está apoiando suas decisões, endossando suas ideias... e devorando-a com aqueles olhos. Só de pensar nas possibilidades, ela já fica com os neurônios em polvorosa.
Quando chega a hora de se decidir e arriscar seu coração, só há uma pergunta que realmente importa: o que Bee Königswasser fará?
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De repente, todos querem ser Brat
Quem acompanha a carreira da Charli xcx há pelo menos 10 anos jamais imaginou que um álbum da cantora seria o maior sucesso de 2024. Principalmente em um ano em que Beyoncé, Ariana Grande, Billie Eilish e Taylor Swift lançaram discos.
O engraçado é que quando falo de sucesso não significa o maior número de vendas digitais e físicas, ou o topo do Billboard Hot 100, muito menos em relação a números de vendas da turnê. Com mais de um mês de lançamento do aclamado álbum, Charli ainda é a 116º entre os artistas mais ouvidos no Spotify. Mas como o comportamento brat se tornou uma força imparável entre o público?
Contexto sobre a carreira da Charli
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Primeiro é importante mencionar a base do público de Charli: A comunidade LGBTQPIA+. Cantoras nichadas, por não serem A lists e estarem longe do status de popstar, sempre contam com o apoio da comunidade em seus lançamentos e Charli sempre foi uma artista que abraçou a causa - toda diva pop que se preze tem como sua grande fanbase a comunidade LGBTQIAP+ diga-se de passagem - e esse apoio leva artistas como Charli para um patamar de incompreendidas pelo público geral, amada de verdade por poucos.
Um segundo motivo do sucesso do Brat, vem da peculiaridade da música de Charli. Os maiores sucessos da sua carreira até então aconteceram em 2014, Fancy com Iggy Azalea - passou 7 semanas em #1 na Billboard - e Boom Clap - trilha sonora de A Culpa é das Estrelas. De lá para cá, Charli podia ter feito sua carreira como uma artista em busca do estrelato, surfar na onda do gênero do momento - Roar de Katy Perry e Shake it off de Taylor Swift eram os maiores sucessos naquela época - mas em 2016, indo contra as vontades da gravadora Charli lança o EP Vroom Vroom de forma independente, produzida pela “mãe” do hyper pop, Sophie. A música teve uma recepção mista, com algumas pessoas torcendo o nariz pelo instrumental de sintetizadores, mas a crítica já falava que ali um novo momento do Pop estava sendo surgindo. Desde então, o hyper pop ou pop experimental ganhou um novo público e se tornou um movimento entre os apreciadores de música pop/eletrônica. O gênero se distanciava do EDM produzido pelos Djs do momento, e se afastava do pop mainstream feito pelas divas pop.
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Desde então, Charli e suas parceiras C-lists na indústria continuavam trilhando seus caminhos longe do grande público. Tove Lo, Caroline Polachek, Arca e Marina são algumas das colegas de escanteio da indústria musical que acompanhavam Charli. Até que 2024 chegou.
O início de um movimento
Não há como resumir o que é o fenômeno Charli xcx e o que ela causa entre os admiradores da música alternativa, o Brat chegou agora para o grande público, mas na verdade ele sempre esteve presente esperando o seu momento de romper a barreira entre o comum e o rebelde. A forma de se vestir, agir e pensar Brat vão contra o que a sociedade “normativa” pede. O ano de 2023 foi o ano de Taylor Swift e suas músicas sobre ser uma mulher que o maior desafio de sua vida é superar o ex, o ano do feminismo branco de Barbie e a “celebração” da masculinidade sem graça de Harry Styles. Os transgressores queriam algo diferente, queriam sair do esconderijo que a heteronormatividade chorosa os força a seguir. Então, Charli anuncia seu novo álbum e que a capa do disco seria um verde, com o nome em fonte Arial em uma qualidade reduzida.
A capa causou controvérsias, ela era muito simples e esteticamente estranha. Mas a cantora britânica explicou que estava cansada da sociedade cobrar a utilização dos corpos de mulheres e que queria algo simples, mas impactante. A cor verde foi a maior aposta da era, o que me deixou um pouco saudosista, pois é a cor oficial do NCT, mas ela utilizou do que pode para mover um público. O Interessante é que eu não fazia ideia de como essa antecipação pelo álbum tomou força. O primeiro single lançado, Von Dutch, foi marcado pelo seu clipe agressivo e a câmera em movimentos dinâmicos. Charli briga com o público que a persegue, com a fama e como se sente cassada pelos holofotes. A música ganhou uma nova repercussão após o remix com Adison Rae, o que era bem incomum mas funcionou. Foi o suficiente para viralizar e até Lady Gaga utilizou a música para fazer um tik tok. Aos poucos o movimento brat tomou forma, as pessoas que estão no círculo de Charli também tiveram peso. No clipe de 360 ela reúne Gabbriette Bechtel, Julia Foxx, Rachel Senot, Alex Consani e até Chloe Sevigny para mostrar o que é ter atitude de It girl. O principal sentimento? Não se importe com nada.
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Nesse texto, não há como não falar de Taylor Swift e Matt Healy. A relação estranha entre os dois foi um grande alvoroço quando foi lançado o TDPD pois era o tema central do álbum da loira. Bem, eu não gosto do Matty por suas atitudes problemáticas mas uma coisa que mexe com pessoas é o saudosismo com o que uma banda já foi, e o 1975 já foi uma grande referência do rock alternativo, e até hoje ainda continuam levando multidões de fãs para shows e para defendê-los na internet. E o que 1975 tem relação com Charli? Ela é noiva do baterista da banda, George Daniel. Um pouco antes do Brat ser lançado, vazou a letra de Sympathy is just a Knife e em uma estrofe Charli canta “Don't wanna see her backstage at my boyfriend show.. Cause I can't be her even if I try” e os swifties já especularam ser sobre Taylor. Eu acho que não é, mas as letras do álbum são tão pessoais que não tem como não associar a acontecimentos reais.
Dinheiro não significa sucesso
Ainda falando da loira da Pensilvânia, é engraçado que sua turnê e as várias versões do álbum não foram suficientes para causar uma comoção entre o público, bem, na verdade teve, porém com o efeito contrário. Público e crítica não gostaram do álbum, seja da mesmice sonora, seja das letras rasas ou da estranheza em dedicar um álbum para um cantor que a maioria dos fãs nem gosta. Não só Taylor, mas Beyoncé também lançou um álbum, com a proposta country e um vocal poderoso, Cowboy Carter tinha tudo para ser tão grandioso quanto Renaissance, mas a recusa da cantora em se divulgar faz o movimento enfraquecer. Mas sem clipe não dá né.. Ariana Grande era outra concorrente forte para trazer um álbum mainstream, seus discos anteriores tiveram uma sucessão de hits mas o Eternal Sunshine - apesar de eu gostar muito - não chegou a fazer tanto sucesso, também pela recusa da cantora em se empenhar na divulgação de disco (me dói falar isso pois tivemos 3 clipes bem produzidos e algumas performances ao vivo). E por fim, uma cantora que iria bater de frente com o poderio de Taylor nos charts: Billie Eilish. Apesar de ter amado o Hit me hard and soft e ter achado incrível como as músicas nada convencionais viralizaram, acho que algumas pessoas esperavam muito da divulgação da cantora, mas não acho que ela prometia muito. Sim, Billie poderia ter se dedicado mais nos clipes - que considero sim ainda muito importantes na indústria - mas fez produções fracas. Mas tudo bem, elogiando ou não, todo o marketing da Billie parece algo genuíno que ela quer fazer. Até lançar o álbum de graça no soundcloud ou ir para a Coreia do Sul divulgar o álbum.
Ser brat é pertencer a algo
Um dos símbolos da Era foi a Brat Wall, uma parede verde no meio de Los Angeles com a palavra Brat no meio foi o suficiente para deixar as pessoas em polvorosa. Ela subiu em cima de um carro e com uma caixa de som reuniu centenas de pessoas. Nem os fãs mais positivos iriam imaginar o tamanho da repercussão que esse álbum chegaria.
Minha aposta? é que após o fracasso nas críticas com o álbum de Taylor Swift, os haters (e até quem gosta da cantora) estavam querendo o anti-loirismo. Essas pessoas queriam se distanciar da estética clean de Taylor, os seus shows lotados de crianças inclusive já foram motivo de uma controvérsia com Charli. Os gays e as mulheres do movimento brat queriam se libertar da mesmice da cantora da Pensilvânia e meio que tudo podia ter dado errado, até que o Brat foi lançado e as críticas aclamaram como o melhor álbum do ano.
Um dos motivos para tornar as músicas tão icônicas, é a sinceridade. Charli disse que queria escrever o álbum como se fosse um diário, uma conversa com amigos. E de fato em boa parte das letras você ouve os pensamentos mais sinceros da artista, que confessa ter inveja de outras pessoas, que têm insegurança sobre sua carreira, que se sente culpada após a morte repentina de sua amiga Sophie e até dá vontade de ser mãe - que logo passa pois ela quer mesmo é ser uma party girl. Essa clareza com que Charli fala dos seus sentimentos demonstra uma artista que está no topo mas ainda é humana. Não são sentimentos fabricados nem mascarados para render entretenimento, é sobre a vida dela e a honestidade em ser falha.
De todo modo, parece que ser Brat se tornou uma tendência. A Charli não é mais C-list e se tornou uma forte concorrente para o Álbum do Ano no Grammys do ano que vem, todo mundo quer estar relacionado a ela ou ser ela - Camila Cabello e Katy Perry - e fracassam. Acho que nunca vi algo tão orgânico como a equipe de Kamala Harris se associar a cantora para se promover como candidata a presidente.
Minha aposta é que esse movimento não vai deixar a Charli extremamente famosa como Lady Gaga ou Taylor, daqui um tempo a massa se desfaz, outra cantora surge, outra estética se torna o alvo e quem de fato é “alternativo” vai continuar sendo, quem se apropriou do momento vai continuar sendo maleável. Mas uma lição que fica é que autenticidade ainda é a maior publicidade que alguém pode ter e que não é por que você não se tornou grande antes, que você nunca vai conseguir chegar ao topo, e o principal, sendo você.
Nota: Tenho consciência que não comentei sobre I love it, que foi um sucesso com o duo IconaPop nem os demais álbuns da Charli, que tiveram alguns sucessos nichados como Break the rules, Boys e 1999.
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