Tumgik
#depois quem e escreve assim em nome de um banco
momo-de-avis · 5 years
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Recebi a tentativa de fraude mais hilariante em que aparentemente o gajo simplesmente decidiu mudar de vida a meio do esquema e bazou pra se dedicar à pesca
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louiehrry · 3 years
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Oii, os pedidos estão abertos? Poderia fazer um com o Styles, sobre a páscoa? Tipo eles na quarentena (ainda 😭) e acabam fazendo os ovos e tals ♥️
oie obrigada pelo pedido, ficarei esperando sua opinião na minha ask <3
avisos: era pra ser um especial de páscoa, mas como tava sem ideia não pude postar na data, considerem como se fosse na páscoa mesmo.
adicionei uma criança no pedido pq o harry papai de menina sempre me ajuda a escrever.
me empolguei tanto que o imagine deu 3.159 palavras e fiz até gif. feliz pq esse é o maior imagine que já fiz!
e espero que gostem, boa leitura.
CRIANÇAS NA COZINHA ESCUTANDO A MÚSICA DO PAPAI
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Comemoravam a segunda páscoa da pequena Darcy, a garotinha havia nascido um mês antes da páscoa. E agora que tinha feito seus 2 anos, infelizmente, na pandemia.
Tão pequena, mas com uma esperteza que deixava todos impressionados.
Ainda em quarentena, sem poder reunir seus amigos e familiares, o único jeito era se divertir em casa, Harry tinha dado a opção de passarem a data em sua fazenda, mas S/N achou que não tinha necessidade sair de casa para encontrar a diversão.
E foi aí que ela lembrou o que fazia quando criança
Sua família se reunia e fazia ovos de Páscoa, a lembrança era incrível. Queria que Darcy tivesse pelo menos fotos para lembrar, já que a mesma era muito pequena para recordações.
A primavera estava florida em Londres, o frio do dia estava ótimo para colocar agasalhos fofos e tocas de animaizinhos.
Harry descia as escadas ao amanhecer, encontrando sua esposa que observava o jardim pela janela com a pequena em seu colo, S/N contava para Darcy sobre a Páscoa e a garotinha sussurrou na orelha da mãe, sem dúvidas, a cena fazia Styles se derreter como manteiga.
— Bom dia, meus amores! — Harry abraçou S/N por trás, beijando o pescoço dela e Darcy abriu um sorriso ao ver a presença do pai.
— Bom dia amor, dê um beijinho no papai. — S/N pediu virando-se para Harry, e levantando Darcy para beijar o rosto do mesmo.
— Feliz P-páscoa! — Darcy falou com um pouco de dificuldade na última palavra, e Harry a encarou surpreso.
A garotinha estava começando a falar algumas palavras mais difíceis, e qualquer coisa que ela falasse Harry morria de amores.
— Pra você também minha pequena! — ele a pegou no colo, e a mesma agarrou no pescoço dele.— Quanto tempo você levou para fazer ela aprender isso? — Harry perguntou sorridente para a mulher.
— Esse é um dos meus truques secretos. — S/N gargalhou e ele sorriu, ela foi em direção a cozinha, e Harry a acompanhou enquanto a pequena mexia em seus fios de cabelos bagunçados.
— Você já comprou o chocolate para os ovos? — S/N perguntou mexendo na galeria a procura do leite para colocar no copo de Darcy, e o homem sentou-se no banco que o deixava de frente para ela.
— Ainda não, estava pensando em ir depois do café da manhã. — disse Harry, ajeitando sua filha para deixá-la em uma posição confortável, evitando que ela chorasse enquanto não estava pronto o leite. — Vou sozinho e você fica com Darcy, os mercados estão deixando entrar apenas uma pessoa por família. — ele comentou e S/N virou para olhar seu marido, estendeu o braço para entregar o leite pronto.
— Isso é bom né? Assim impede de acontecer aglomerações. — S/N mexia nos armários tentando achar algo rápido e prático para comerem e Harry concordou com um murmuro. — E também poderei fazer o almoço enquanto você está no mercado, temos todos os ingredientes para aquela receita certo? — ela pediu a confirmação dele.
Ultimamente ela anda esquecendo muitas coisas, como o dia do Grammy onde seu marido estaria presente e se Gemma não tivesse ligado para ela perguntando como estavam os preparativos, S/N estaria ferrada.
Talvez fosse o cansaço da pandemia, era tedioso ficar em casa e se não tivessem Darcy tudo seria pior.
Antes da pandemia, mesmo já com sua filha, ainda tinham uma vida agitada, Harry estava com sua turnê e S/N com as gravações do filme, que agora os trabalhos deles estavam temporariamente suspensos devido ao vírus.
— Temos, mas se faltar é só você me ligar. — Harry confirmou, ajudando a pequena em seu colo.
— Você pode comprar aquele biscoito que eu e Darcy gostamos, por favor? — a mulher virou-se sorrindo, com um prato de tortinhas nas mãos.
— Aquele com a embalagem azul? De mel? — ele questionou e S/N assentiu com a cabeça, largando o prato na bancada.
— Abra a boca Harry! — S/N estendeu o braço para poder dar uma tortinha na boca dele, e o mesmo abriu depressa.
— Hum, isso está bom! — Harry exclamou com a boca cheia, fazendo sua esposa gargalhar.
— E você, Darcy já acabou? — disse S/N para a garotinha sentando-se no banco ao lado de Harry, Darcy apenas fez um joia com o polegar em sinal de aprovação. — Você aprendeu isso com seu pai, estou certa? — ela brincou.
— Pelo menos em alguma mania ela é parecida comigo. — Harry justificou-se, e a garotinha encarou ele.
— Não seja mentiroso! Darcy é idêntica a você, olhe os olhos e o nariz dela, são iguais aos seus. — S/N retrucou apontando para Darcy no colo dele que segurava seu copo com as mãos, e dava risada de seu pai.
— Se é assim, Darcy fique sabendo que você será linda igual a mim. — o homem falou orgulhoso abraçando ela, a mesma gargalhava alto, um pouco confusa com a conversa mas achava engraçado as expressões dos seus pais.
— Agora vai ficar se achando pelo que eu falei! — S/N reclamou em tom de voz alto, cruzou os braços no peito e bufou aborrecida.
— Pense antes de falar, meu amor. — Harry aproximou-se dela com Darcy em seus braços e deu um beijo em seu rosto, a mesma desfez a cara emburrada e abriu um sorriso tímido. — Fique com Darcy, vou me arrumar para ir ao mercado. — entregou a pequena para S/N, que nem reclamou de deixar o colo do pai. — Quero ir cedo para podermos começar a fazer os ovos de Páscoa logo. — ele explicou, beijando o rostinho da menor, e logo em seguida, beijando os lábios da mulher. S/n concordou e imediatamente depois viu Harry subir as escadas com rapidez.
— Está animada para hoje, minha pequena? — S/N sorriu para ela, e a garotinha mexeu a cabeça em assentimento.
A menor não se importava com datas comemorativas, ainda não sabia diferenciar um dia normal para um feriado.
Os pais da garotinha queriam que tudo fosse uma experiência divertida para ela, sempre faziam tudo pensando nela e em como agradá-la.
[...]
— Diga "oi" para sua avó, ela quer desejar feliz Páscoa. — S/N pediu para Darcy, que estava na mesa comendo frutas.
— Darcy! — Anne gritou, e a garotinha mexeu a cabeça de um lado para o outro procurando pela voz da avó. — Aqui amorzinho, estou aqui! — chamou a atenção dela e Darcy olhou para o celular na mão da mãe.
Anne acenou para ela, que abriu um sorriso e levantou o polegar fazendo um "joia".
— Desculpe Anne, ela está com essa mania nova de fazer isso. — a mulher desculpou-se pelo gesto da filha e a sogra riu pela situação.
— Não se desculpe querida. Harry fazia o mesmo, estou acostumada. — respondeu delicadamente, tentando despreocupar S/N.
— Escutei meu nome, o que estão falando? — Styles exclamou entrando na casa, o que acabou tirando toda a atenção de Darcy para avó, que agora prestava atenção nos passos do pai mostrando seus poucos dentes na boca com um sorriso.
— Sobre sua mania de levantar o polegar. — S/N explicou.
— Darcy, faça o joinha para sua mãe! — Harry fez o gesto incentivando a menor a fazer o mesmo, Darcy o acompanhou rindo e S/N mexeu a cabeça em sinal de negação para a brincadeira.
— Como eu queria que pudéssemos passar a Páscoa juntos. — Anne mencionou enquanto via a cena.
— Nós também, mãe. Estamos com saudades de todos. — o homem entrou na conversa e S/N o olhou fixamente.
— O que você ainda está fazendo aqui? Vá direto para o banho e deixa as compras para que eu possa higienizar. — S/N deu uma bronca nele, o mesmo saiu sem abrir a boca, podendo escutar uma gargalhada de Anne no celular. — Vamos fazer ovos de Páscoa daqui a pouco. — contou enquanto ajudava Darcy a comer a última fruta da tigela.
— Que legal! Se puderem me mandem um vídeo. — disse Anne.
— Okay, agora tenho que limpar Darcy, sei que Gemma está passando a quarentena com você, mande um beijo a ela.
— Claro. Tchauzinho Darcy, Tchau S/A. — despediu-se encerrando a chamada de vídeo.
[...]
Harry colocava sua última peça de roupa quando escutou alguém conversando, apressou-se para ver quem falava, ou melhor, o que S/N falava para a garotinha.
S/N sempre conversava com Darcy, era algo natural, que foi virando costume e não incomodava a filha, muito pelo contrário, ela amava conversar com a mãe.
E Styles adorava ver sua esposa conversando, e sempre dava um jeito de escutar, ou saber a reação da garotinha quando S/N comentava dele. A relação delas era adorável para ele.
— Você é igualzinho seu pai, teimosa igual ele também. — S/N falou no outro cômodo fazendo o homem soltar uma risada baixa dentro do banheiro. — E não me olhe com essa cara, eu estou falando a verdade! — Harry faria qualquer coisa para poder ver a cara da filha.
Com calma, ele abriu a porta e caminhou em silêncio até o quarto, podendo escutar com mais clareza o que ela falava, parou em frente a porta que estava entreaberta e colocou seu rosto mais próximo a fim de escutar.
O sorriso dele no rosto era inevitável não aparecer, tudo que ele queria era abraçar S/N e dar beijos em todo o rostinho de Darcy. E ele poderia fazer.
Harry entrou cautelosamente, sua primeira visão foi ver S/N colocando uma pequena meia nos pés da filha, aproximou-se ainda com cuidado, as duas nem perceberam sua presença, com delicadeza colocou as mãos na cintura de S/N. A mesma soube que era ele, abriu um sorriso pela surpresa e pegou Darcy da cama.
— Podemos começar? — S/N virou-se com Darcy para ele
— Claro. — ele respondeu. — Está animada, pequena? — Harry perguntou para a garotinha, a mesma não suportava perguntarem sobre isso
— Poxa papai, mamãe já me fez essa pergunta. — Darcy brigou com o pai, S/N e Harry não se aguentaram e riram do seu jeito.
— Tudo bem, mini pessoa briguenta. — ele brincou. — Agora venha comigo para sua mãe poder prender o cabelo. — Harry abriu os braços e a menor se esticou para frente, fazendo S/N chegar mais perto dele.
— Não demore por favor, mamãe. — a Styles mais nova pediu, enquanto saiam do quarto e S/N riu. — A mamãe vai demorar né? — Harry descia as escadas quando Darcy perguntou.
— Não vai meu amor, ela só vai arrumar o cabelo igual ela faz com o seu em dia de parque. Você lembra? — agora era vez dele questionar a menina, e ela concordou com a cabeça.
[...]
— Cheguei! — S/N berrou entrando na cozinha, e Darcy arregalou os olhos encarando ela.
— Estou derretendo o chocolate, você pode me ajudar colocando o avental na Darcy por favor.— Harry estava focado em derreter o chocolate que nem olhou na cara dela. E S/N não se sentiu ignorada, sabia que ele gostava de dar o seu melhor, e a comprovação disso era o seu último álbum lançado.
— Vem aqui, minha pequena. — ela segurava o avental com o nome de Darcy personalizado, a mesma que estava sentada em seu pequeno banco correu rapidamente para S/N.
S/N levantou ela, colocando na bancada de mármore no centro da cozinha e Darcy ficou quietinha prestando atenção no que o pai fazia.
— S/N pegue as formas, o chocolate já está ficando pronto. — Harry conferia a tigela no microondas para não queimar e S/N o olhou fixamente, enquanto ele estava de costa, dando indícios de que Harry estava sem saída.
— HARRY EU QUERO MATAR VOCÊ. — S/N gritou alto e Harry desviou o olhar do chocolate, assustado pelo grito, até então para ele sem motivo.
— Não grita. O que foi? — Harry desligou o microondas, com a atenção totalmente nela e S/N com suas sobrancelhas franzidas, que o deixam mais assustado.
— Você esquece de comprar as formas. Sua única responsabilidade era comprar chocolate e as formas. — ela disse brava pelo esquecimento de Harry e sua filha agora encarava ele igual a mãe, era assustador o quão elas conseguiam ter o mesmo olhar de braveza.
Seria o fim da Páscoa divertida?
— Me perdoem por favor! Meu Deus como eu fui idiota de esquecer isso. — Styles se culpava por esquecer o mais importante, e ele sabia que tinha estragado o dia.
— E agora, não vai ter mais chocolate mamãe? — Darcy perguntou triste, fazendo Harry se sentir mais idiota.
— Eu vou dar um jeito, mas vamos ter chocolate. — o homem impediu S/N de abrir a boca para, pelo menos, dar uma desculpa e tentar animar a filha de novo.
— Eu ainda estou chateada com você, mas acho que temos aquelas formas de bombom. — S/N lembrou.
A mesma procurou pelos armários tentando lembrar onde havia colocado da última vez que usou.
Darcy olhava a situação segurando-se para não rir, sua mãe brava com seu pai, e seu pai desesperado e rezando para que S/N achasse
— Achei! — ela comemorou pegando o objeto e Harry suspirou aliviado por não ter literalmente estragado a data.
— Tudo certo, podemos começar. — Harry falou, servindo sua frase mais para ele do que para qualquer pessoa daquela cozinha. — Que tal a gente escutar uma música para animar?
— Papai, coloca aquela sua que eu gosto por favor. — agora quem se derretia era Harry, ele amava saber que sua filha gostava de suas músicas, e saber sobre o que achava da música era super importante para ele.
Sem demora, Harry mexeu no celular dando play na lista de músicas favoritas de Darcy.
— I couldn't want you anymore. — Harry movimentava os quadris e cantava, e Darcy sacudia os braços ainda sentada na bancada. — Kids in the kitchen listen to dad's song. — a garotinha parou de cantar e olhou para Harry surpresa por ele ter errado a música.
— Você errou a letra. — ela o corrigiu chateada, como ele poderia errar a letra da sua própria música, fazendo Harry rir por ela achar que havia cometido um erro em Sunflower, Vol 6.
— Eu não errei, meu amor. Apenas troquei para se encaminhar ao que estamos fazendo. — ele explicou para a menor, que deu de ombros e voltou a cantar.
— Darcy, fique aqui no banco para conseguir ajudar seu pai. — S/N mandou enquanto puxava o banco alto para ela sentar e a mudou de lugar, deixando ela do lado do pai que conferia a temperatura do chocolate.
— Querida, pegue a espátula por favorzinho. — Harry pediu extremamente fofo para tentar se redimir pelo erro.
— Eu sei que você não quer que eu fique chateada com você, e não se preocupe. Só esqueça isso, eu só quero aproveitar o momento. — a mulher sorriu e mexeu nas gavetas.
— Muito fofos, mas agora eu quero chocolate! — Darcy interrompeu com seu jeito mandona.
— Você anda fazendo muito FaceTime com o Louis. — ele comentou enquanto pegava as formas de bombom na bancada de centro, onde a esposa havia deixado.
— A gente pode ligar pro tio Louis depois mamãe? — a pequena ignorou seu pai e perguntou para S/N.
— Podemos, mas me prometa que você vai se comportar até o final daqui. — S/N exigiu em troca.
— Prometo de mindinho. — Darcy estendeu o dedo mindinho para cruzar, e S/N fez o mesmo.
— Darcy, quer um pouco de chocolate derretido? — o pai da garotinha perguntou e ela deu um enorme sorriso, logo em seguida abriu a boca para que ele pudesse colocar a colher.
— Ops! — Harry exclamou quando viu o chocolate respingar no avental e a boca de Darcy encontrava-se cheia de chocolate em volta.
Em movimentos rápidos, Darcy colocou a mão na boca suja e espalhou no rosto, deixando suas mãos e todo o rosto agora sujos. A cena era fofa, mas Harry sabia que S/N havia dado banho nela mais cedo.
S/N que tirou os olhos dos dois por alguns segundos para ir a geladeira pegar água, algo que não era tão longe, quando voltou deu-se de cara com uma criança toda suja e um homem fazendo uma careta de "estou mais que fudido agora, mas ela 'tá tão fofa assim".
— Eu só deixei vocês sozinhos por alguns segundos e Darcy está cheia de chocolate. — S/N reclamou. — Tudo bem, Harry você já colocou todo o chocolate nas formas?
— Ainda não, quer me ajudar? — ele questionou.
— Sim, me dê um pouco de chocolate e uma forma. — S/N aproximou-se deles, deixando Darcy no meio para que pudesse ver.
Tudo estava tranquilo.
S/N adicionava o resto de chocolate na forma, mas desviou a atenção para a forma de Harry. Encostou-se mais próximo da bancada e quando viu, a forma já estava no chão e o chocolate derramado. O barulho fez Harry e Darcy olharem para o chão.
— Acho que teremos que ir ao mercado de novo e comprar algum chocolate pronto. Não somos bons com isso. — Harry propôs.
— Mamãe está toda suja! — Darcy gargalhou e S/N encarava a roupa manchada.
— Coelhinho da Páscoa, salva a nossa Páscoa! — ela brincou.
— Não tem problema, vou colocar essa no congelador. — disse Harry, segurando a forma — Vocês estão extremamente fofas. Mas o que vocês acham de irem pro banho enquanto eu arrumo a bagunça aqui?
— Você não se importa, amor? — S/N chegou mais perto dele.
— Não me importo, mas eu me importo com você chegando perto de mim toda cheia de chocolate. Sabe como é né, distanciamento social por favor. — Styles zombou e ela riu.
— Só não quer tomar outro banho! Nossa, fedorento! — retrucou. —Vamos Darcy, faça o joinha para seu pai. — S/N pegou ela no colo, mostrando o polegar e Darcy fez o mesmo, rindo do seu pai.
— Isso é provocação! — gritou enquanto elas saiam da cozinha.
— Isso é vingança, Harry! — S/N gritou de volta e o homem riu sozinho.
E Harry aprendeu que mesmo que tudo dê errado, ainda assim eles conseguem se divertir.
Não precisa ser tudo perfeito.
Se ele está com elas, não importa o que aconteça, sempre será divertido.
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𝐓𝐨 𝐛𝐞 𝐬𝐨 𝐋𝐨𝐧𝐞𝐥𝐲: 𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 12
“O vestido”
❥Na: Muito obrigada a todos por estarem cada sexta aqui♥️ sem mais comentários pois o post não permite então é isso.
Aviso: A parte em negrito é um pequeno Flashback.
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Boa leitura ✨
•8 de Abril de 2021•
S/n sempre sentia-se nervosa em entrevistas, mesmo que isso já fosse parte de sua vida, toda vez que ela precisava falar de si para uma câmera a deixava tensa e agora não estava sendo diferente.
"Pronta senhorita?"
"Sim"
—Senhora e Senhores S/n Stringer.— Ellen com toda animação chamou a convidada do programa.
— Olá a todos. — S/n acenou para à plateia logo que sentou-se. — Estou muito feliz em estar aqui novamente. — Ela faz um sinal de agradecimento com as mãos para a mais velha.
— Eu estou muito feliz que esteja participando conosco. — Ela sorriu. — S/n você acabou de lançar seu segundo álbum certo?— Ela pegou o álbum na mão mostrando para a plateia. — Podemos falar dele um pouco?— Ellen diz e S/n afirmou com a cabeça. — Tem duas músicas suas que me chamou à atenção. A música que deixou todos nós intrigados foi " You broken me first" A qual saiu seu primeiro clipe deste álbum. Ela está fazendo muito sucesso sendo a mais tocada em 4 países meus parabéns — a plateia aplaudiu calorosamente.
— Muito obrigada Ellen— Comentou animada . — Estou realmente muito contente com toda essa repercussão, não esperava tanto apoio nesse segundo algo como está sendo.
— Nós podemos mostrar o clipe um pouco do clipe no telão produção?— Prontamente o colocaram.
— Você pode nos dizer um pouco mais sobre esta música? O que te inspirou a escrever?
— Bem.— Ela respirou pesadamente alguns segundos. — É uma música muito pessoal, acho que a própria letra já se explica por si só. — Ela sorri um pouco nervosa. — Não tem muito a acrescentar.
— São vídeos caseiros seus no clipe certo?
— Sim.
— Feito pela pessoa que quebrou seu coração eu presumo— Ela diz e toda a plateia faz um enorme "Oh" tristonho.
— Sim. — S/n faz um beicinho. — Eu e os produtores achamos que seria mais verdadeiro usar estas imagines, mas obviamente tiramos a outra pessoa para manter sua privacidade.
— Recentemente você terminou com o ator Nick Robinson, sinto muito por isto.
— Obrigada Ellen.
—Acho que esta é a pergunta que você mais deve receber, mas nós precisamos saber. É sobre ele? — Uma música de suspense toca ao fundo fazendo ambas rirem. E S/n da uma olhada pra Diana antes de responder.
— Não. — Ela pronúncia e a plateia fica surpresa junto com Ellen.
— Uau!— Ela está boquiaberta.—Quem é este homem secreto que partiu seu coração?
— Eu sabia que esta seria a reação de todos, precisei estar preparada para isto, mas ainda não terei um nome para dar. — Ela deu os ombros suavemente. — Acho que abrir meu coração nesta música já diz muito de mim, talvez desta pessoa também.
— Como você se sente relevando um novo romance publicamente? Para uma cantora que sempre manteve seus relacionamentos privados, nós nem sabimos que existiu alguém antes de Nick.— Ellen tomou um gole da bebida sua xícara, soltando uma risadinha.
— Me sinto aliviada, eu acho, tem sentimentos que ficam tanto tempo guardado nos corroendo por dentro, a forma que encontrei de me livrar deles e começar o processo de cura para seguir em frente foi através da música.
—Isto foi profundo— Comentou. —Você e Nick Robinson ainda se falam? Foi um término tranquilo?
— Términos em si nunca são tão tranquilos, Nick e eu se vimos algumas vezes mesmo ainda sendo um pouco estranho, mas acho que estamos lidando bem.
—Alguma música de seu novo álbum é para Nick? Quero dizer esta música "Don't Forget: Você se esqueceu?Que eu ainda estava viva.Você se esqueceu? Tudo que tivemos. Você se esqueceu? De mim?" Um verso revelador no entanto, também me intrigou muito para saber se desta vez era sobre ele.— Ela diz esperançosa.— Mas depois desta revelação, não sei mais o que pode acontecer.
— Me sinto um pouco tola ao admitir isto, mas sim. — As bochechas da cantora coraram.— É sobre Nick.
— Ele sabe?
— Agora provavelmente sim. — Ela soltou uma gargalhada fofa tentando esconder seu rosto avermelhado com as mãos.
— Oh! Você e Nick eram um casal tão fofos, queremos vê-los juntos de volta.
— Quem sabe um dia, quem sabe. — Ela riu antes de continuarem com a entrevista.
• 19 de abril de 2021•
Harry não tinha certeza de como se sentiria ao vê-la agora, depois de tanto tempo, isto seria o mais próximo que ele esteve dela em meses, as borboletas estavam dando reviravoltas em seu estômago, tanta coisa havia mudado, parecia que sim, ele queria esquecê-la, mas estava muito difícil com seu novo álbum em todas as paradas e rádios, ela era como uma praga, para onde que Harry ia só falavam dela e ele estava odiando isso. Ainda assim ele estava lá, sentado, tentando não esbolsar nenhuma reação quando a porta do escritório se abriu, ele respirou fundo, ajeitando-se melhor em seu assento vendo Diana entrar.
"E então, podemos começar?" Ela diz fechando a porta atrás de si.
"Não devemos esperar S/n?" Harry tentou parecer despreocupado.
"Ela pediu desculpas a todos, mas não estará presente conosco hoje." Diana respondeu sentando-se.
"Ótimo." Resmungou irônico, sentindo toda esperança de ter um pouco dela esvaindo-se, não que ele estivesse desesperado para ouvir sua voz, sentir seu cheiro, tocar sua pele em um aperto de mão desajeitado, talvez um pouco, mas seu ego nunca deixaria admitir que sentia falta dela, não depois de tantas feridas causadas pela última vez que a viu ou por todas às vezes que doeu ouvir a música que ela escreveu para ele.
"Podemos continuar?" Jeff pronuncia-se.
"Não! Antes eu quero saber! Você sabia Diana?" Ele tentou se conter em não questiona-lá sobre a música, mas não durou nem cinco minutos para se lamentar miseravelmente.
"Do que exatamente você está falando Harry?"
"Que ela seria tão baixa a usar algo tão íntimo nosso pra promover sua música? Ou que ela já tinha essa música pronta bem antes de assinarmos o contrato de nossa parceria?"
"Harry." Jeff chamou a atenção."Não faça isso! Está sendo ridículo."
"Eu quero saber! Se ela não tem a porra da coragem de vir aqui cancelar essa parecia que ela mesma assinou, porque sabe que eu a enfrentaria então no mínimo eu quero saber a verdade de você, me diga." Ele falou um pouco mais alto.
"Sim Harry, eu sabia que ela usaria essa música e o clipe, na verdade era para ter sido lançado à algum tempo, mas ela descartou à ideia durante alguns meses dizendo que não iria mais lançar! Porém voltou a trás em sua decisão, agora podemos focar aqui?" Ela estava ficando impaciente ao ler os papéis do rompimento da parceria.
"Como ela pode ser tão calculista." Rebateu.
"Eu não entendo, não foi você quem usou um áudio da sua ex em Cherry?" Diz irônica.
"Foi diferente."
Ele iria continuar se seu agente não tivesse apoiado sua mão em seu braço o interrompendo.
"Harry, pare ou eu vou pedir para você se retirar." Jeff falou severo. " Não é o momento porra."
"Não precisa." Ele levantou-se. " Não estou mais com cabeça para isto, terminem essa merda como quiserem, eu não me importo mais." Apertou o passo a sair dali.
Sentado em seu carro logo depois de dar alguns autógrafos Harry esperava por Jeff vasculhando suas redes sociais, algo lhe chamou atenção rapidamente quando viu o nome dela na trending topics do Twitter.
1º Assuntos do Momento
#SneNickVoltaram
#Nick
#S/neNick
300mil tweets
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Sua mandíbula pulsou quando ele fechou os olhos e respirou fundo antes de ler alguns tweets sobre eles.
"Ela só pode está de brincadeira comigo? Faltar a reunião para sair com este merda?." Harry mumurrou socando o volante, jogando o celular no banco do passageiro. "Eu sou um idiota em pensar que ela poderia querer me ver! Idiota! Idiota! Idiota!"
•21 de abril de 2021•
"Ei Harry, posso pegar uma da suas camisas?" Charlotte perguntou enquanto saía do banho só de calcinha.
" Claro." Ele sorriu, Harry secava seu cabelo com a toalha observando-a caminhar em seu quarto. Ela era tão linda! Não como S/n, mas ainda havia algo nela que fazia o coração de Harry aquecer-se." Não... nessa gaveta ..." Harry nem pode terminar sua frase quando ela o interrompeu.
" O que é isto?" Ela encarava a caixa de madeira com as iniciais de Harry e S/n.
" Por favor, guarde onde você encontrou." Ele soou rígido.
" Mas eu quero ver." Ela brincou chacoalhando a caixa. " Que inicial é essa com a sua? S/n?
"Sim. Cuidado com isto." Ele soou mais alto agora.
" Calma, eu não vou estragar." Ela caminhou sentando-se na ponta da cama, pronta para abrir quando a mão de Harry pousou em cima da dela.
"Eu disse que era pra você guardar." Às narinas estavam dilatas enquanto tinha seu olhos fixados nela.
"Você é tão obcecado por ela." Ela provocou.
" Não sou." Rebateu.
" Então deixe me ver, mostre que isto não tem importância." Ela arqueou as sobrancelhas.
"Foda-se." Murmurou, indo buscar algo para vestir. " Vá em frente."
Charlotte abriu a caixa boquiaberta de tantas coisas pequenas e insignificantes que haviam ali — mas não para Harry, cada pequeno objeto dentro daquela caixa era uma lembrança do momento que tiveram. O primeiro objeto que ela pegou na mão foi um par de ingressos que eles usaram em seu primeiro encontro. — Eles foram ver "Diários de uma Paixão" no Cinema Drive-In do outro lado da cidade, Harry queria privacidade e foi onde roubou o primeiro beijo de S/n. Ela deixou de lado pegando uma pequena concha.— Esta concha o fazia se lembrar quando a levou para seu primeiro fim de semana na praia como um casal? Ou sla o que fossem onde disse que a amava pela primeira vez.
" O que é isto?" Ela segurava alguns papéis amassados.
" O que?" Harry vira-se terminando de vestir seu moletom.
"São músicas? Pra ela?." Ela nem precisou ouvir uma confirmação, lendo cada verso. "Uau! Algumas são boas por que não gravou isto?"
"Porque são muito pessoais, você já se divertiu agora me de isto." Ele parou na frente dela. "Por favor." Pediu-lhe com mais calma.
" Espera! From The Dining Table? Como assim? Eu não sabia que era pra ela." Ela tentou esconder os rascunhos para continuar a olhá-los. "Tão carente e obcecado você Harry, nunca sonharia que você era desse tipo." Ela zombou, mas Harry segurou o pulso dela com uma certa força para pegar o papel." Ei, você está me machucando." Ela soltou-se da mão dele.
"Acho melhor você ir." Ele guardava com cuidado cada objeto tirado novamente na caixa.
" O que? Eu acabei de chegar Harry." Ela reclama.
"Foda-se, eu quero que você vá embora, porra."
"Por isto?" Ela indaga ofendida. " Por essas coisas velhas que você deveria ter se desfeito à anos."
Harry não deu ouvidos fechando a caixa e guardando onde estava.
"Harry?"
"Eu te mostrei o caralho de um lado meu que nunca ninguém tinha visto depois dela e o que você faz? Zomba de mim." Ele estava ofendido e irritado.
"Baby, aquilo não foi sério."
"Não me chame assim, não te dei esse direito." Ele gritou.
"Harry pare de agir como um babaca." Ela respondeu à altura.
" Por favor Charlotte é melhor você ir."
" Harry estava tudo bem até agora, você vai fazer isto só por conta de uma caixa idiota?" Ela ajeitava suas coisas. "Eu pensei que estávamos indo bem, que eu tinha ..."
" Que você tinha me mudado?" Interrompeu.
" Não é isto...quer dizer, você estava diferente."
" Eu não preciso ser concertado." Indagou sentando-se a cama.
"Você precisa seguir em frente e por um momento eu pensei que estava."
" Pensou errado." Bufou. "Agora saía, cansei de você."
Então Charlotte em prantos deixou a casa de Harry.
•1 de maio de 2021•
" Mais vinho?" Sarah ofereceu.
" Com certeza." S/n ergueu sua taça. "Obrigada mais uma vez por me convidar para vir hoje, sabe eu não tenho tantas amigas." Ela fez uma careta. " Não de verdade, quando você é famoso é meio difícil saber se a pessoa tá ali por quem você é ou só pela fama."
" Como vinho te deixa carente." Zombou de sua amiga.
" Eu sei, eu fico péssima." Ela riu.
" Fico feliz que tenha aceitado o convite, com Mitch fora da cidade eu me sinto tão sozinha."
" Para onde ele foi mesmo?"
" Casa dos seus avós." Ela mordeu um dos petiscos da mesa de centro. " Mas eu estou louca pra saber, você e Nick? Voltaram ou não? Está rolando algo de novo?"
"Não!"Ela soltou um gritinho. " Desta fez não... bem estamos tentando ser amigos, não há nada rolando entre nós.
"Jura? Não parece, vocês até andaram saindo."
" Nós não pretendíamos ter tanta atenção pra isto." Ela riu." Mas não digo que não acabamos damos uma escorregada em uma noite de bebedeira e dando alguns beijos."
"Eu sabia." Sarah exclamou. "Harry ficou rabugento alguns dias depois de vocês serem assunto número um no Twitter."
" Foda-se o Harry!." Ela molhava sua torrada no fondue. " Está uma delícia."
"Então sua música é verdadeira mesmo? Você não se importa mais com ele?"
"Não." Cantarolou.
"Vocês não se falaram mais depois de tudo o que aconteceu no seu camarim?" Ela questionou curiosa.
"Não, sinceramente quero distância dele."
Antes que Sarah pudesse especular um pouco mais a campainha foi tocada, a pessoa atrás dela parecia impaciente tocando sem parar, ela se levantou deixando seu vinho ao lado de S/n indo atender.
"Ei, tudo bem?" Ela diz alegremente vendo Harry parado em frente à sua porta.
"Oi Sarah, você tem a chave reserva do estúdio? Deixei a minha em Londres, estava pensando em ir lá escrever alguns versos já que estou de bobeira."
" Tudo bem Harry, entre, eu vou pegar para você."
"Humm, que cheiro bom, estou morrendo de fome." Ele comentou a fechando a porta." O que você fez aí?"
"É fondue de queijo, se quiser um pouco está na sala."Ela gritou do corredor indo procurar a tal chave.
Harry caminhou até onde Sarah havia mencionado, seus olhos se arregalaram ao encontrar S/n sentada ao chão de frente para mesa de centro. Ele poderia jurar que seu coração parou de bater e sua respiração ficou presa na garganta.
"Ah é você." Ela diz com indiferença após erguer sua cabeça tirando sua atenção do telefone por alguns segundos, mas ele não respondeu, ele estava muito paralisado para isto, logo ela voltou a sua atenção ao aparelho nem ligando para o homem parado a encarando.
"Aqui está a chave." Sarah entra no local." Você não quer provar?" Ela apontou para a mesa.
"Perdi minha fome." Ele ainda tinha os olhos fixos nela enquanto ela nem fez questão de olhá-lo por uma segunda vez. " Tchau Sarah." Ele se virou deixando um beijo em sua bochecha, antes de sair pela porta.
Nauseado não descrevia a sensação que ele sentira em seu estômago, era pior. Ele nunca se sentiu tão insignificante do que naquele momento, saber que ela tinha raiva dele depois de tudo ainda era alguma coisa, mas olhar para ela e sentir seu olhar de indiferença era o fim. Aquilo foi o suficiente para provar a si que nenhum vestigio de sentimento restou ali, acabou, Harry tornou-se invisível, insignificante para ela. Isto bastou para acabar com sua noite, errar o caminho para o estúdio e acabar em uma balada qualquer com um uísque na mão e novamente com uma garota nova em sua cama pela manhã
• 10 de maio de 2021•
A viagem de LA para NY durou um pouco mais de cinco horas e S/n sentiu-se muito agradecida por seu pai ter emprestado seu avião particular para que pudesse comparecer ao Met Gala deste ano, champanhe e conversas sobre o evento preenchiam o local, mas ela só tinha sua atenção aos seus pensamentos sobre a noite que estava esperando-a.
Logo que chegou ao hotel começou às preparações tudo tinha que estar perfeito, era o dia dela, ela tinha que ser o centro de tudo. Diana se responsabilizou de contratar os melhores para que S/n estivesse impecável, ela esteve presa em seu luxuoso quarto do hotel sendo praticamente esculpida por mais pessoas do que se sentia confortável.
" Traga minha roupa por favor." S/n pronuncia-se a uma das assistentes do dia, assim que sua maquiagem acabou de ser finalizada.
"Desculpe S/n não estamos encontrando." a voz da pequena mulher tremia .
"O que? Chame agora! Diana aqui!"
Ela suspirou fundo tentando não surtar, a mulher estava em uma ligação e sua feição parecia descontente com a pessoa do outro lado da linha.
" Diana." Chamou desta vez mais alto agora tendo toda a atenção dela.
"Desculpe querida, o que aconteceu?"
"O pior desastre possível, não conseguem achar minha roupa para ir." Ela respirou fundo tentando manter a calma.
"Não há nada com que se preocupar, houve só uma mudança de figurino." Ela a acalmou. "Traga por favor o vestido que chegou hoje." Disse para assistente que prontamente saiu dali pra buscar a peça.
"Pronto!" A mulher que a vestiu exclamou, admirando-a por completo enquanto ainda estava em cima do pedestal.
" Deixe-me ver."S/n não pode deixar de sorrir ao se olhar no espelho, ela se sentia incrível.
"Gostou? Como se sente?" Diana parou ao lado do espelho à observando.
"Um pouco pesado admito nem sei como andarei com isto." Ela riu. " Mas é simplesmente o vestido mais lindo que já usei." Os olhos dela brilhavam.
"Agradeça ao Alessandro Michele." Ela riu da expressão de supresa de S/n. " Um presente dele, uma peça feita exclusivamente para você."
" O que? Isto é Gucci? E foi feito só para mim ? Meu Deus sempre foi meu sonho usar Gucci no Met Gala eles são os melhores." Ela pulava de alegria." Está noite vai ser incrível, eu não acredito que recebi um presente desses." Ela tinha as mãos sobre a boca surtando de felicidade, a única coisa que ela podia fazer era se lembrar do dia que sonhou com esse momento.
Harry mal conseguia dormir quando não tinha os braços em volta dela, essa era uma de suas partes favoritas sobre seu relacionamento secreto com a cantora, mas essa noite quando se mexeu um pouco entre os seus lençóis sua cama estava vazia.
"S/n? baby?" Chamou um pouco sonolento.
Cambaleando até o andar de baixo ele a encontrou assistindo deitada preguiçosamente no seu sofá.
"Amor, o que faz acordada?"
"Perdi meu sono, não quis te acordar."
"Que horas são?"
"Umas três da manhã."
Ele deu um suspiro profundo e se aproximou dela, ajeitando-se em seu colo.
" o que está vendo?"
"Reprise do Met Gala." Disse risosa. " Esse ano os artistas estavam incríveis."
Harry mal raciocinava pelo sono, ele se remexeu para ficar mais confortável antes de aninhar o rosto em seu pescoço, puxando o cobertor dela para se cobrir.
"Baby?" Ela perguntou.
"Hmm." Resmungou ele quase pegando no sono novamente.
"Posso te contar um segredo?"
"Claro."
"Um dia eu quero estar lá."
" Na tv? Mas você já é famosa"
"Não bobinho, no Met Gala, meu sonho é ser convidada! Eu quero estar perfeita! No meu lindo vestido Gucci.
"Gucci?"
"Sim!! Os melhores vestidos sempre serão Gucci e meu sonho é um dia eu ter um feito só para mim." Sorriu.
Harry envolveu a cintura dela em seus braços, seus dedos frios deslizando para dentro de sua camisa e enviando uma sensação de arrepio à sua pele.
"E terá amor, eu prometo que darei a você tá bom?
"Você faria isso?
"Eu faço tudo por você, você sabe disso,mas só vamos dormir, tá bom?" Ele implorou, mal conseguindo manter os olhos abertos.
"Ok, vamos meu amor."
Uma pequena parte dela ficou feliz pelo que ele disse, mesmo que talvez ele nem se lembrasse de sua promessa pela manhã ou se aquilo realmente se realizasse, de alguma forma era reconfortante saber que o tinha daquela maneira.
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S/n estava familiarizada com o procedimento, de eventos como este, mas Diana repassou às coisas durante a viagem do hotel até o local. Ela iria sair, andar pelo carpete, posar para algumas fotos, cumprimentar os anfritriões e entrar, se misturar com algumas pessoas e curtir a noite.
Haviam gritos de empolgação das pessoas reunidas ali, quando a porta do carro de S/n foi aberta, o barulho causado em sua chegada resultou em toda atenção para ela naquele instante. S/n endireitou sua postura e colocou um sorriso no rosto antes de caminhar até o tapete vermelho. Assim que entrou pelas portas o som dos cliques das câmeras aumentou conforme os paparazzi mudavam o foco para S/n em seu vestido atraente. Tudo estava imprecionante desde o decote até a cauda elegante a tornava o centro de tudo por um pequeno momento, andar lá sozinha ainda traziam borboletas ao seu estômago, mas ela conseguiu passar por isso sem nenhum problema, S/n nasceu pra isto, ela sonhou com isso, ela trouxe seu caminhar elegante deixando todos invejados para serem ou estarem com ela.
Não muito longe dela, no início das escadas encontrava-se o anfitrião da noite Harry Styles, os olhos de S/n percorreram seu corpo o analisando por completo, Harry vestia o macacão de renda preta caia tão bem em si, o tecido feito sob medida para seu corpo o tornava inegavelmente o homem mais atraente da noite, mas ela não iria deixar se afetar por isso, ela continuou a posar para as fotos quando ouviu uma voz chamando seu nome.
" S/n."
Ela congelou em seu lugar por um momento, vendo Harry voltando e estendendo a mão.
"Deixe-me ajudá-la a subir, por favor." O sorriso instalado no rosto dele era encantador.
Claro, que ele não poderia deixar de ser um cavalheiro de merda trazendo toda a atenção de volta a ele, fazendo todos ali registrarem este momento para ser admirado mais uma vez.
" Claro." Ela forçou um sorriso, deixando-o segurar sua mão e começando a subir."Você realmente não precisava, mas obrigado." Ela diz logo que já estavam no topo.
"Você está incrível."
"Obrigada, você também Harry."
"Acho que te vejo na festa,então?" Ele perguntou.
Eles se olham por um momento, um silêncio constrangedor entre os dois.
"Acho que sim." Ela diz um pouco tímida passando por ele e entrando no evento.
Assim que S/n entrou Harry se juntou a Alessandro Michele que cumprimentava alguns convidados.
"Muito obrigada Alessandro por ter aceitado meu pedido tão em cima da hora." Harry diz, dando um tapinha no ombro de seu amigo."Sei o quanto foi apertado para você fazer aquela peça exclusiva, mas ficou incrível." Sorriu satisfeito. "Aquele vestido ficou realmente incrível nela."
Adoraria saber o que você achou🥺💖
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desfrutaipqehbom · 3 years
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Minha primeira aventura
Como havia dito, pedi baixa do Exército e voltei a estudar. Fui estudar no colégio/curso Miguel Couto. Foi muito bom porque conheci muita gente.
Durante meus estudos continuava saindo com a Renata. Nessa época, para transar era muito complicado. Eu não trabalhava, não ganhava mesada e não tinha carro. Então, para transar, tinha que aproveitar quando meus pais saiam para arrastar a Renata para lá. E isso quase nunca acontecia.
O que fazer? Não sabia. Até que num dia, durante um encontro com a Renata, ficamos até mais tarde numa praça no bairro onde morávamos. A praça foi ficando vazia… vazia… até que ficaram apenas alguns visitantes noturnos… “morcegos”.
Estávamos sentados num banco junto a uma mesa de damas/xadrez e o clima ficou muito quente durante nossos beijos. Percebemos que não tinha ninguém na praça. A Renata estava de saia jeans curta… eu diria que se tratava de uma micro saia…  e eu de bermuda. Minha mão já estava passeando por aquelas pernas por horas enquanto beijávamos.
Então tive uma ideia. Me levantei e pedi para a Renata se levantar. Peguei ela pela cintura e a coloquei sentada na mesa de xadrez.  A saia como era bem curta já estava quase na cintura dela. Pude ver sua calcinha rosa e fiquei louco. Ela estava um pouco “manchada” na frente. Fiquei de frente para ela e levei minha mão até sua calcinha e fiquei acariciando sua xota. Hmmmmmmm aquela “mancha” era o melado dela que estava escorrendo e marcando toda a calcinha.
Meu pau já estava totalmente duro e eu louco para enfiar naquela xota. Puxei o corpo dela bem para a ponta da mesa e pedi para ela puxar a calcinha de lado. Enquanto ela fazia isso, abri minha bermuda e coloquei o pau para fora.
A calcinha já estava de lado. Eu só precisava encaixar e empurrar. Hmmmmmmmm antes de meter no buraco rocei o meu pau no grelo da Renata e deixei ela louca. Ela segurou minha bunda e empurrou meu corpo contra o dela. Finalmente coloquei meu pau na portinha e empurrei. Hmmmmm entrou deslizando. O pau entrou fazendo barulho… a buceta estava toda babada. O pau foi entrando e arregaçando aquela bucetinha.
Ela apertava minha bunda enquanto metia meu pau nela. Começamos a nos beijar e ela ficava mordendo meus lábios enquanto gemia a cada estocada que dava nela.
Fui sentindo meu pau ficando cada vez mais babado e quando fui olhar para ele e o vi todo babado e com suas veias pulsando… para quem conhece meu pau, sabe que ele é bem veiudo. Minha marca registrada.
Continuamos a meter gostoso naquela praça e nem percebíamos o que acontecia ao nosso redor. Renata ora beijando minha boca, ora apertando minha bunda e demonstrando que estava sentindo muito prazer.
Então, com as pernas ela me laçou e me apertou. Me puxou contra seu corpo e deu um grito gostoso no meu ouvido. “Aaaaaaaaiiiii”….
Hmmmmm que delicia. Sentia a xota dela pulsando… e claro… totalmente melada. Meu pau estava ensaboado.
Então continuei metendo mais alguns segundos e gozei… logo depois dela. Ficamos nos beijando e ela então reparou que numa mesa próximo da nossa tinha uns 4 idosos “jogando” algum jogo de tabuleiro. Rapidamente coloquei meu pau para dentro da cueca e fechei a bermuda. A Renata se arrumou e desceu da mesa. Então começamos a rir e ainda com os corações disparados saímos andando da praça de mãos dadas.
Essa foi minha primeira transa ou atividade sexual em público. E parece que aquilo entrou pela minha veia e depois daquele dia, isso se tornou uma “necessidade” na minha vida.
Renata e eu continuamos nos vendo, mas durante meu ano no colégio Miguel Couto conheci uma turma muito safada que só falava de putaria na sala. O grupo tinha 3 mulheres e 3 homens. Um casal ficava se pegando. Eram amigos, assim como Renata e eu.
Continua no próximo episódio…
Envie seu nome ou apelido mais seu fetiche e terei um grande prazer em escrever um conto para você e com você!
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1dpreferencesbr · 4 years
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Importuno
*Escrito por Destiny, no tumblr antigo* 
Durante toda uma vida desacreditou e menosprezou o ato de um superior se envolver de forma passional e/ou sexual com seu subordinado. O local de trabalho é um lugar que exige respeitado, nada além. Lugar onde somente o lado profissional e especialista tinha vez. Fazia questão de lembrar-se sobre isto todos os dias, sabia o quão humano era pela quantidade absurda de vezes que errou e não estava disposto a ter mais uma conquista inoportuna. Dentro de sua cabeça sua linha de raciocínio parecia mais uma bola de neve, completamente embolada e aos poucos se desmanchando. A razão para todo este infortúnio cerebral Não se tratava de um chefe e uma funcionária e sim de um professor com uma aluna. Nunca havia acontecido nada e queria continuar pensando que não aconteceria, custaria seu emprego. Emprego este que custou um esforço abundante e não poderia simplesmente colocá-lo à deriva, sem rumo algum. Poderia lecionar suas aulas de História em qualquer outro lugar, mas poder praticá-las no colégio em que estudou era de um grande feitio para si.  Não tinha certeza do que sentia por àquela garota, mas desde o dia em que se apresentou como o novo professor de sua turma, ela simplesmente havia decidido se apoderar de seus pensamentos. Estacionou o carro em sua vaga, pegando seu material do dia no banco do carona, sem esquecer-se de pegar seu copo com café do porta-copo do automóvel.
 Caminhou vagamente pelo estacionamento, sem prestar atenção se algum aluno ou professor o cumprimentava. Sua mente estava em outro lugar, mais precisamente na dona dos olhos mais brilhantes que já vira. Como era possível alguém se afixar em sua cabeça dessa forma? Fazer uma invasão com essa proporção? Mal se deu conta e estava andando por um dos longos corredores da escola, caminho já comum para ele. Entrou na sala e cumprimentou alguns outros profissionais e colegas ali. Sentou-se em um dos sofás, colocando sua bolsa e pasta em cima da mesa ao centro, assim como seu copo de café quase vazio. Um som familiar lhe chamou a atenção, o trazendo momentaneamente para a realidade. A foto de uma ruiva muito conhecida sua brilhava no visor de seu aparelho, fazendo logo o sentimento de culpa lhe invadir. Como poderia ser tão imbecil ao ponto de ficar pensamento em uma aluna e esquecer que tem uma namorada que o ama e faria tudo por ele?! Com um suspiro atendeu ao telefonema, recebendo a voz alegre de Hanna, compartilhando a felicidade de saber que estava finalmente e novamente empregada. Hanna era uma pessoa incrível, alegre, inteligente, doce, dona de uma compaixão enorme. Poder ajudar alguém, poder trazer um pouco de felicidade para alguém em um momento onde tudo parece ser somente trevas lhe deixava realizada.
 Talvez fosse esse amor ao próximo que tenha o feito se apaixonar por ela. E certamente foi por essa qualidade que decidiu ser médica. Contente pela companheira, não deixou de parabenizá-la, sabia que ela conseguiria. Ela era boa demais no que fazia. Seu desemprego só se deu por conta do falimento do hospital em que trabalhava. Digamos que ser praticamente a única a se importar com os pacientes, fazer o possível e buscar o impossível sozinha nem sempre é viável. Os doentes foram todos transferidos de unidade, mas nem todos os médicos haviam conseguido também ter seus cargos transferidos. Uma ironia do destino. Conversou mais um pouco com ela, para logo encerrar a ligação com o soado do sinal escolar indicando que mais um dia ali se iniciava.
 Suas turmas eram somente os últimos anos da escola. Eram aulas com assuntos um tanto já familiar para os alunos, mais fáceis de trabalhar. O 3º B sem dúvidas era a turma querida pelos professores, já que está possuía sempre as melhores notas e constatou isso mais uma vez após fazer a entrega de sua ultima prova aplicada já devidamente corrigida ao fim da aula. Poderia ser essa a turma favorita, mas não para ele. Louis Tonlimson tinha sua turma favorita e com certeza era o 3º D, era lá que ela estava matriculada e era para lá que ele seguia seu caminho. Entrou na sala e cumprimentou a todos, correndo os olhos pela sala a fim de encontrá-la. Estava cheia. Quando pensou na possibilidade dela ter faltado, a encontrou em um canto, ao lado da janela e seu peito se encheu. Poderia parecer loucura da parte dele, mas já chegou a pensar sobre ela também se interessar por ele e por isso fazia questão de torturá-lo.
 Não poderia ficar a encarando feito um débil, perceberiam e não seria algo agradável, logo então tratou de começar sua aula. Revisou sobre os Homos e as classificações ancestrais do homem moderno. Falar sobre os fósseis encontrados que podem explicar o surgimento e evolução humana sempre lhe foram de grande fascínio. Claro que nem todos possuíam esse mesmo interesse, então como professor sempre que possível buscava uma forma de passar conhecimento para seus alunos de uma forma mais familiar para eles, ao invés do tradicional “escreve escreve”. Todos estavam com sua atenção voltada para a apresentação em Power point que fazia. Alguns curiosos, realmente interessados em saber mais sobre o assunto, principalmente quando imagens de possíveis reconstruções de gêneros brilhavam na tela. Outros somente olhavam o conteúdo sem prestar atenção, poderiam estar pensando no namorado ou namorada, no que teria para o almoço, no gato de estimação, naquele filme que vai estrear e todo mundo só fala, em alguma festa que teve no fim de semana ou a próxima que vai ter. Qualquer coisa. Estavam pensando em qualquer coisa. Seus corpos estavam aqui, mas suas mentes não.
Falou mais um pouco e jurou ter ouvido alguém bocejar. Tudo bem, também preferia estar em sua cama a essa hora, mas poderia ao menos fingir estar interessado? Isso seria bom. Pensou. (S/n) fazia anotações sobre o que falava em seu caderno, e não deixou de sorrir internamente com aquilo. Além de linda, era esperta e inteligente. Balançou a cabeça, afastando seus pensamentos. Explicou um pouco mais aprofundado o tema e em seguida a atividade que queria para a próxima aula, sem deixar de ouvir os múrmuros de insatisfação vindo dos estudantes.
— Por hoje, é só classe! Espero que tenham aprendido algo.  — Brincou.  — Caso tenham alguma dúvida podem vir falar comigo. — Dito isso, os estudantes logo se aprontaram em sair da classe, ele não esperava menos. Riu consigo mesmo e passou a organizar seu material e a guardá-lo, sem muita pressa, já que estava agora em pausa de aulas. Enquanto guardava seus papéis viu a lista de chamada que havia passado para que assinassem, seu nome estava entre os primeiros. Tinha uma letra bonita, caprichosa, redondinha, uma graça.
— Professor? — O susto que levou fora tão grande que quase se desequilibrou. Estava tão envolvido em seus pensamentos que mal sequer tinha reparado que um pequeno grupo de quatro meninas tinha permanecido na sala. — O senhor está bem? Não queríamos te assustar. — Disse uma delas segurando o riso, provavelmente pelo seu quase tombo.
— Não, tudo bem. Não há o que se desculpar. — Disse gentil. — Em que posso ajudá-las?
— Temos algumas dúvidas sobre a atividade pedida pelo senhor em relação ao tema. — Respondeu outra. Prontamente seu lado profissional estava ativado e rapidamente respondeu e explicou mais detalhadamente as duvidas das meninas. Não precisou de muito, suas dúvidas eram fáceis de serem resolvidas. Após atender ao pedido de ajuda, se dirigiu a sala dos professores. Alguns não estavam provavelmente tinham ido almoçar fora ou estavam fumando em algum canto do estacionamento. Sentou no mesmo lugar de hoje mais cedo. Apesar do pouco gasto físico estava exausto, talvez por conta das noites mal dormidas com que vem tendo. Antes que alguém puxasse assunto com ele, decidiu sair dali e ir espairecer a mente até dar novamente seu horário. Na época em que estudava costumava fazer o mesmo, indo a lugares pouco frequentados na escola onde poderia ficar em paz com seus pensamentos. Era divertido saber que nem tudo havia mudado.
(…)
Depois de um horário duplo com o 3º A não teve mais nada a fazer, a não ser ir para casa. Poderia ir quem sabe jogar um pouco de futebol com os amigos para descontrair ou FIFA. Não teria nada relacionado à escola para ser feito ou adiantado. Já tinha feito isso. Hanna odiava quando seu namorado, ou melhor, recente noivo passava a tarde e parte da noite jogando vídeo game e não lhe dava atenção. Talvez Louis soubesse disso e já não se importasse tanto.
— Professor Tomlinson? — Ouviu ser chamo e parou imediatamente de caminhar.
— Sim, diretora Narrow. Em que posso ajudá-la? — Caminhou para perto da mulher mais velha.
— Sei que já estava de saída, mas peço por gentileza que supervisione alunas na detenção. – Suspirou.
— O que houve? — Perguntou. — Se recusaram a fazer a atividade do professor Corbel. Quero que as supervisione até terminarem de concluir suas atividades para nota. — Fora respondido.
— Bem, não irei ficar lhe questionando então. — Obrigada.
Planos podem mudar, não? O futebol ficaria para depois. Não poderia fazer uma recusa à diretora Narrow, logo ela que sempre fora tão boa consigo. Também não teria com o que se preocupar, a atividade aparentemente já havia sido aplicada e não precisaria auxiliá-las, visto que deve ser da matéria de Corbel. Depois de seguir esquerda duas vezes chegou ao seu destino. Teve uma pequena surpresa ao encontrar (S/n) ali. Odiava clichês. O jovem professor não ousou dizer nada, apenas se sentou no lugar destinado para si e observou as poucas alunas fazerem suas atividades tediosamente e completamente emburradas. O tempo passava e já não sabia o que fazer para se distrair, não completamente já que tinha a missão de observar as garotas. Aos poucos foram terminando, assinando a lista destinada para presença de detenção e saindo. Logo só estavam (S/n) e mais duas garotas. Quando a primeira se levantou, já se viu pensando no que diria para despedir, mas não precisou disso.
— Professor, posso ir no banheiro? – Perguntou com a voz baixa e arrastada.
— Desculpe, não tenho permissão para deixar você sair da sala. — Disse firmemente.
— Mas eu estou apertada. — Insistiu quase lhe implorando e aquilo era demais para si.
— Espero que eu não me meta em encrenca! Seja rápida, está bem? — Falou contrariado. A garota assentiu e saiu rapidamente da sala, deixando somente ele e as outras duas jovens. Se a diretora encontrasse com (S/n) estaria comprometido. Esperava fortemente que a mesma já tivesse ido para sua casa e, a julgar pelo horário já deveria ter isso.
Já havia se passado quinze minutos e Louis já estava sufocando, esperou somente Elena terminar sendo ela a ultima ali para ir atrás de (S/n). A escola estava vazia, o que dava certo alivio de não ser visto, mas isso não anulava a possibilidade da Diretora ainda estar em sua sala. Engoliu em seco e parou na porta do banheiro das garotas. Chamou pela menina, mas só obteve seu próprio eco em resposta. Estava já ficando nervoso, será que ela teria fugido? Ela não seria capaz. Olhou para os dois lados do corredor. Vazio. De repente, fora puxado para dentro do banheiro por mãos ágeis.
— Srta. (S/n)! O que pensa que está fazendo? — Perguntou sem saber reagir direito àquela situação. Não era por conta da onde estava afinal já estivera muitas vezes ali antes, o problema era com quem estava.
— Oras professor, não me venha se fazer de bom moço porque sei muito bem da sua atração por mim. — Tinha um sorriso triunfante nos lábios que fez Louis engolir seco. Como assim ela sabia?
— Eu não sei do que a senhorita está falando! Vamos sair já daqui e voltar para a detenção. — Fez menção de ir até a porta, mas a garota fora mais rápida e a trancou. Pronto. Estavam os dois ali sozinhos e trancados.
— Sabe sim. Se não quiser admitir não tem problema, mas saiba que o senhor também me desperta certas sensações que…
— Senhorita (S/n), você está completamente fora de controle! – Quem Louis queria enganar, estava atordoado. Estava trancado no banheiro feminino da escola com uma aluna, a qual ultimamente vem ganhando sua atenção e agora revela que tem interesse nele. Estava borbulhando por dentro. Sua respiração estava começando a acelerar e (S/n) percebeu.
— Não precisa ficar nervoso, seu segredo está bem guardado comigo. — Sorriu. O professor não conseguia dizer nada, tê-la tão perto assim de si o deixava desconexo. Estava se controlando ao máximo para não tomar certas atitudes ali mesmo. — O senhor pensa demais! — A garota apontou. — Já disse, seu segredo está bem guardado. Não há com o que se preocupar. Veja só, ouça este silêncio, não há ninguém na escola além de mim e o senhor. Não há com o que se preocupar. Podemos fazer o que quisermos. — Piscou. Ele estava impressionado. Nunca tinha a visto falar ou agir daquela forma, mas não poderia negar, estava gostando. — Olha, eu vou voltar para a detenção. O senhor não diz ou faz nada. Fiquei esse tempo todo aqui sem fazer nada, só esperando que viesse me procurar por conta da demora e vejam só, não acontece nada! — Frisou aparentemente desapontada e aborrecida. Então ela tinha planejado aquilo? Caminhou até a porta e a destrancou, voltando para perto dele. Louis só conseguia continuar a observar. — Te vejo lá. — Disse e em uma rapidez deu um selinho nos lábios do mais velho, deixando um professor completamente abobado para trás, certamente tentando entender o que tinha acabado de acontecer.
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armyhome · 4 years
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A Verdade Não Dita: Capitulo 7
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↳ sinopse - Kim Seokjin não é só um herdeiro chaebol, ele é O herdeiro chaebol. O conglomerado Kim é o que a Coreia do Sul tem de mais próximo a família imperial da dinastia Joseon e assim como o imperador Taejo, tudo sobre o solo coreano pertencia a família Kim, quer dizer, quase tudo. Pouco antes de morrer, o avô de Seokjin vende uma das propriedades mais antigas da família, o que deixa seu neto inquieto já que o que essa era a propriedade onde a avó crescerá, porém a família que comprou o local se nega a vender de volta para Seokjin independente do valor que ele oferecesse, o que o leva a brilhante ideia de se disfarça como o trabalhador chamado Jin e assim descobrir o motivo de uma família não vender para ele o agora único prédio de Seul que não pertence a seu conglomerado. 
↳ rating-  Livre;
↳ pairing- Seokjin x Hye Jeun ;
↳ gênero - Enemies to Lovers;
↳ avisos - Essa é uma obra ficcional, inspirada na estrutura de um k-drama porque, a autora que vos escreve cansou de esperar a boa vontade da grande hit de colocar meu menino Seokjin em um, espero que gostem, sejam gentis e construtivos se tiverem criticas por favor!
-Até pouco tempo atrás eu não sabia que na Coreia as mulheres não aderem ao sobrenome do marido, achei isso incrível, então peço desculpas pelo meu equivoco cultural nos próximos episódios.
Capitulo 1
Capitulo 2
Capitulo 3
Capitulo 4
Capitulo 05
Capitulo 6
Capitulo 07/16
-Jin olha o que achei - A mãe de Hye Jun entrega um álbum - Como pode ver minha Hye Jeun, sempre foi linda! - Ele folheia o álbum enquanto bebericava o chá, ela era tão fofinha quando neném, segurado o Hoseok, outra brigando com ele, com alguém que identificou como sendo a avó de Hye Jun. - Minha sogra - Confirma Sra. Jung - No mundo não existiu uma mulher como ela, perdi meus pais durante a guerra entre as Coreias, quando cheguei a essa casa, tinha um pouco mais de onze anos, minha sogra cuidava do estabelecimento junto a sua melhor amiga, anos depois meu marido voltou da escola militar, nos apaixonamos e mesmo eu sendo uma órfã, ela me aceitou como nora, cuido de mim como se fosse sua própria filha!
-Ela era realmente uma pessoa incrível -  Jin não conseguiu conter a curiosidade - E o que aconteceu com a outra senhora? 
-A princípio, a sua família era a dona dessa casa, mas eles abrigavam militantes pró independência coreana, então foram retalhados pelo império japonês, perderam tudo menos a casa, hum, minha sogra nunca falou muito sobre diretamente, mas o que ouvi dos vizinhos ela casou com um homem de família muito rica e essa família não permitia que ela viesse nos visitar - Sra Jung respirou fundo - Minha sogra ficou tão triste, sentiu como se sua unnie tinha abandonado ela, mas alguns anos atrás, quando Hye Jeun estava terminando o colegial, o marido dela apareceu aqui, disse que sua esposa havia falecido, que  minha sogra sempre esteve nas lembranças de sua esposa, e ela tinha deixado essa casa no nome dela, como agradecimento por todos os anos de amizade. 
 -Uau, essa casa tem uma história impressionante! - Ele tinha tentado tirar o lar da família de sua avó, nunca se perdoaria por isso, mesmo que um dia Hye Jeun o fizesse, nunca conseguiria - Posso tirar uma foto dessa aqui? 
Era a foto de Hye Jeun vestida com seu uniforme de chefe de cozinha, a mãe de Hye Jeun permite, a Sra Jung queria do fundo do seu coração que aquelas duas pessoas pudessem se apaixonar profundamente, e construíssem uma vida feliz.
-Preciso sair um pouquinho, vou comprar algumas coisinhas com meu marido e Hae Soo, pode avisar Hye Jeun para mim por favor? - Jin faz que sim com a cabeça sem desgrudar os olhos do álbum - Obrigada querido.
Sra Jung faz carinho no seus cabelos, arrumando os fios no lugar, ele segura a vontade de chorar, a culpa iria acabar matando ele aos poucos, por que sua avó não contou aquilo pra ele?
-O que você acha do nosso encontro ser hoje? - Pergunta Hye Jeun aparecendo na sala subitamente, o de Seokjin coração de palpita, ele faz que sim - Espera só mais um pouco que vou me arrumar e já volto! 
Ao entrar no quarto ela não sabe da onde surgiu a ideia ou porque sentia-se tão determinada, talvez ela e Seokjin pudessem superar seus primeiros amores juntos, porém não tinha certeza se era uma boa ideia. 
Estava calor, então um vestido seria bom, tinha um azul bebê assim como a camisa social que ele vestia aquele dia, não sabia se iria de coque, trança ou cabelo solto, tinha passado muitos anos sem ir a um encontro, era mais fácil só pentear o cabelo, Seokjin já estava na sala esperando! 
Quando Hye Jeun saiu do quarto, o cérebro de Seokjin travou por alguns segundos, como se tivesse levado um soco na cara, o azul na pele bronze dela fazia seu coração dar cambalhotas, respirou fundo para não parecer um idiota e sorriu.
-Não tenho nada em mente, porque não planejamos com antecedência? Existe alguma coisa que queira fazer? - Seokjin nem ao menos consegue respirar enquanto fala. 
-Hum, gostaria de passear, faz tempo que não aproveito a cidade de noite, podemos decidir o que fazer no meio do caminho, não me importo. Você viu meus pais? 
-Eles saíram há pouco, não se preocupe avisei que estávamos de saída e que não voltaríamos muito tarde! - Ela sorri, nunca tinha nem em sonho imaginado que alguém como Jin ficaria nervoso em uma situação como aquela - Uau senhorita Hye Jeun está muito bonita! 
-Obrigada! Você também Jin, está muito bonito hoje! Vamos? - Ela estende a mão para ele, Jin a segura, entrelaçando seus dedos.
-Sim!
Eles caminharam em silêncio até o ponto de ônibus, não era aquele silêncio constrangedor e sim algo aconchegante, quando subiram no ônibus e  se sentaram Hye Jeun recebeu seu sinal. No banco da frente eles estavam gravadas as iniciais M.Y e J.HJ dentro de um coração.
-Posso te contar um segredo Jin? - Ele faz que sim com a cabeça - Eu que gravei isso aqui.. - Diz apontando para seu pequeno ato de vandalismo, seu e de Min Yoongi - Quase dez anos atrás, foi quando me apaixonei pela primeira vez, ele era uma nova criança no bairro, tímido, a única coisa com qual conseguia conversar era o piano, até eu encher sua paciência ao limite e convencê-lo a ser meu amigo, claro que tive que bater em alguns meninos que implicavam com ele antes - Seokjin ri, isso era a cara de Hye Jeun, ela não havia mudado muito de temperamento - Quando nos tornamos adolescentes confessei meus sentimentos primeiro porque, se fosse depender daquele bobo, nunca nada iria acontecer - Hey Jeun respira profundamente - Porém poucos meses depois de entramos na universidade, ele descobriu que os rins dele, não estavam fazendo direito o seu trabalho…- Jin segura com força a mão dela, se xingou mentalmente, era o pior dos monstros, aquela menina já tinha sofrido tanto! - Estou te contando isso para que entenda, eu amei muito Min Yoongi e provavelmente ele vai sempre ter um lugar especial no meu coração, não quero ter segredos Kim Jin, porque acho que podemos voltar a funcionar juntos. 
“Você me faz querer ser egoísta Jung Hye Jeun, quero abandonar minha família, viver para ser feliz com você e nada mais!” As palavras ficam presas na garganta de Seokjin. Eles descem no centro de Seul, a cidade vibrava nas luzes de néon do comércio.
-Primeiro preciso confessar, minha situação financeira não é como tenho feito parecer - Seokjin fecha os olhos com força esperando o primeiro tapa, que nunca chegará. 
-Imaginei, nenhuma empresa daria um celular daquele para um estagiário, mas sei que deve ter seus motivos para ser reservado quanto a isso…- Seokjin suspira.
-Meu primeiro amor é um dos motivos, estudávamos na mesma escola durante o ensino médio, ela era filha de um dos funcionários da escola e as outras crianças implicavam com ela por conta disso, sempre odiei esse tipo de atitude, por isso a protegi, porque sabia que contra mim, ninguém poderia fazer nada ali! -Ele fecha os olhos por alguns segundos, tomando coragem para acessar essas memórias - Aos poucos acabei me apaixonando, esqueci minha posição como filho mais velho, vivi como um louco por ela, acreditei que faria o mesmo por mim, porém um dia ela desapareceu, fui atrás dela, precisava descobrir o que aconteceu então, quando fui até sua casa, as vizinhas me contaram que eles tinham ganhado muito dinheiro e tinham mudado de casa, Chae-in fora estudar no exterior, quando encontrei sua mãe dela, ela nem ao menos sabia quem eu era e me contou tudo, um senhor muito rico apareceu na porta da casa deles, oferecendo muito dinheiro para que a filha deles mantivessem distância do filho deles…
Hye Jeun nem ao menos o deixou terminar o abraçou no meio da rua, Seokjin se permite inclinar para apoiar a cabeça no ombro dela e eles se permitiram chorar, tudo que ficou guardado tanto tempo, bem no meio da cidade, sem se importar se outras pessoas estavam olhando ou não. 
-Vamos tomar uma café? Recuperar a energia? - Hye Jeun secava as lágrimas do rosto dele - Conheço um aqui pertinho!
Seul era um lugar cheio de cafés personalizados, aquele era um lugar que era aconchegante e ao mesmo tempo parecia sair de um filme romântico, Seokjin precisava contar a verdade para ela, sabia que era pedir demais mas, precisava do seu perdão. 
-Sua mãe estava me contando a história da sua casa mais cedo - Hye Jeun coloca os cafés na mesa.
-Ela realmente deve gostar de você, não é de contar essa história para qualquer pessoa! - Hye Jeun bebe um pouco do café - Aquele lugar era muito especial para minha avó e sua melhor amiga, a família dela antes de ser colocada na lista obscura do império japonês, acolheu a minha avó, seus pais eram amigos dos donos do local, criaram minha avó como se fosse a própria filha, e a filha biológica deles também a tratou e cuidou como faço com Hoseok. Acho que foi por isso que minha avó não se permitiu ficar muito triste quando a amiga casou e desapareceu.
-Talvez não ela não tivesse escolha. - Jin bebe seu café. 
-Talvez… Mas se JuDa fizer isso comigo arranco os cabelos dela! Prometemos uma para outra que eu seria madrinha dos filhos dela! 
-Ela é sua melhor amiga? 
-Sim, na verdade, foi ela que me fez descobrir como gosto de cozinhar, JuDa se cobrava muito quando mais nova, ser uma ótima aluna,uma boa filha sua avó paterna cobrava muito dela também, a deixava um dia todo sem comer se ela não fosse a primeira da sala, eu não sabia na época, não éramos próximas e eu também gostava do primeiro lugar, então um dia brigamos feio e ela deixou escapar “eu só quero comer, eu preciso do primeiro lugar porque preciso comer sua idiota egoísta!” - Hye Jeun encolhe os ombros - Naquela época ainda não tínhamos reformado a parte de baixo para ser um ambiente de restaurante, meu pai só tinha um carrinho de sondei, mas eu a levei até em casa fui até a cozinha e lembrei detalhe por detalhe da receita de kimbimpap que minha avó fazia pra mim quando eu estava triste, nunca vi alguém comer tão bem em toda minha vida!
-Você realmente é uma pessoa incrível Hye Jeun! - Jin segura sua mão - E estou completamente apaixonado por você! Porque você me ensina a como ser humano, cada dia mais. 
-Todos temos cicatrizes Kim Jin, o importante é não deixá-las o definirem - Ela segura com firmeza a mão dele - Já deixei o luto me definir por tempo demais, agora preciso de um pouco de vida, vamos passear mais um pouquinho? 
Eles andam até encontrar músicos, ficam ali junto de outras pessoas apenas aproveitando, até começar uma música lenta, Jin puxa Hye Jeun para dançarno meio da rua, as pessoas em volta ficam abismadas com a atitude, Hye Jeun pensa em repreender a atitude, mas ele parecia tão feliz, Jin conhecia a música então cantarola baixinho. 
-E eu sei, seu calor é real, sua mão colhe as flores azuis, eu quero segurá-la, mas…-Hye Jeun apoia  a cabeça em seu peito.
-Esse é meu destino, não sorria para mim, me ilumine, porque eu não posso chegar até você -Jin sentia o peso de cada palavra que ela cantava- Não há um nome para chamar. Você sabe que eu não posso, me mostrar para você, me doar para você…
-Eu não posso te mostrar minha fraqueza, então coloco uma máscara para te encontrar, mas eu ainda quero você. - Seokjin beija o topo da cabeça de Hye Jeun, queria que naquele momento, o mundo pudesse parar e ela ficasse para sempre em seus braços.
^-^
-Gostaria de dizer como me sinto ultrajado por terem escondido isso de mim - Jimin olha com reprovação para os amigos.
-Não é o que você está pensando Jimin - Se adianta a dizer Jungkook, Jimin bufa.
-Olha eu sei que não sou a pessoa mais inteligente do mundo, mas duvido que sua língua quase tocando a garganta do Hoseok possa significar qualquer outra coisa!  - A voz dele subia duas oitavas a cada palavra dita.
-Não contamos, porque ainda não sabemos muito bem o que vai ser deste relacionamento, no que vai dar… - Uma veia saltou na testa de Jimin assim que Hoseok fechou a boca. 
-Não sabe no que vai dar? Você compromete minha criança até o último grau, sem saber no que vai dar Jung Hoseok? - Hoseok fecha as mãos em punhos.
-Ele NÃO É SUA CRIANÇA! - Jungkook segura o braço de Hoseok.
-Vocês podem parar de brigar como se eu não estivesse aqui? - Grita Kookie - Jimin não sou mais criança, eu sei me defender e tomar minhas próprias decisões okay? E nesse momento o que quero é estar com Hoseok hyung, independente do que as pessoas vão achar, quero estar com ele. - Hoseok entrelaça os dedos ao de Jungkook,e começa a chorar sem perceber, Kookie o abraça. - Está tudo bem, tudo bem hyung, estou aqui. 
-Pode ir me pagando as cinquenta pratas Park Jimin - Diz Taehyung assustando os três - O que? Vocês acham que eu não percebi? Fui eu que avisei o amigo aqui, que estávamos ficando de vela!
-Um garoto rico desses me cobrando cinquenta míseros wons - Resmunga Jimin. 
-Posso aceitar um abraço - Diz abrindo os braços. 
-Amanhã apareço com seu dinheiro! - Jimin respondeu se afastando dele. 
-Não, vem cá,me dá um abraço Jimin!! - Taehyung corre na direção do amigo. 
Hoseok estava aliviado pela reação dos amigos, e saber que eles apoiavam significava o mundo pra eles dois. Os quatro caminharam em silêncio até o ponto de ônibus, Taehyung e Jimin provocavam um ao outro e Jungkook apoiava a cabeça no ombro de Hoseok.
-Vamos juntos andando pra casa? - Jungkook sussurra o pedido, Hoseok faz que sim -  HYung, seu motorista pode levar Jimin até em casa? Eu e Hoseok vamos andando, queremos conversar um pouco. 
-Não..- Taehyung cobre a boca do amigo com a mão, antes que ele possa falar alguma besteira. 
-Claro sem problema! Podem ir! A noite é uma flor, já diria minha avó! - Jimin se livra do amigo.
-O certo é “A noite é uma CRIANÇA” você é muito bobo mesmo ein! - Grita Taehyung rindo de nervoso.
^_^
-Obrigado pelo passeio Jin - Eles ainda seguravam a  mão um do outro - Obrigado por confiar em mim seus segredos!
-Digo o mesmo senhorita Jung, também sou grato por ter me concedido o prazer de uma dança… - Antes que consiga terminar o que queria falar Seokjin é empurrado contra o muro da casa vizinha, Hye Jeun aproxima seu corpo do dele - Senhorita Jung o que… - Ela cobre a boca dele, Jin sente seu coração bater mais forte.
-Hoseok está entrando em casa com alguém! - Sussurra, Seokjin tenta se concentrar nas palavras dela - Ah finalmente, acho que esses dois se resolveram! 
-Quem? - Hye Jeun aponta na direção do casal, Seokjin fica impressionado com a habilidade dos jovens se beijarem nos dias de hoje, realmente teria que pedir umas dicas ao seu novo cunhado - Seus pais, vão ficar bem com isso? 
-Não tenho certeza, mas vou ficar do lado do meu irmão, ele não está fazendo nada de errado!
-Podemos fazer nada de errado também senhorita Hye Jeun? - Ela sorri pra Seokjin.
-Você perdeu a vontade de viver Kim Jin? - A lembrança da cena dela falando para Taehyung que cortaria as partes dele com sua coleção de facões que hoje ele conhecia muito bem voltou vivia como nunca, ele cobre parte abaixo da sua cintura com as duas mãos.
-De forma alguma senhorita Jung! Sinto muito! 
-Vamos esperar um pouquinho aqui até eles entrarem? 
-Sim.
Seokjin percebe os pelinhos do braço de Hye Jeun arrepiados, então retira seu blazer e coloca sobre seus ombros. Ele tinha cheiro de sabonete de camomila e era tão quentinho ali.
-Eu gosto de você Kim Jin! - Hey Jeun segura a mão dele, tão macia em comparação ao sua, calejada e cheia de pequenos cortes devido a culinária  - Gosto muito de você! De verdade!
-Sei disso senhorita Jung! - Ele se arrisca ao abraçá-la - Eu também, gosto muito de você - Seokjin beija novamente o topo de sua cabeça, foi um hábito que ele adquiriu rapidamente - Muito, muito, muito!
^-^
JuDa recolhia as últimas coisas do seu apartamento no centro de Seul, voltaria para casa dos seus pais, Namjoon não conseguiria te encontrar tão facilmente e talvez nem fosse querer encontrar, tinha organizado as coisas bem o suficiente para isso. 
Se seu coração doesse mais um pouquinho quebraria, se doer mais um  pouquinho ela desistiria de tudo e se jogaria nos braços de Namjoon, todas as lembranças deles estavam ali, por isso precisava partir.
“-Eu só gosto de meninas altas, sabe corpão violão, de preferência loiras - Namjoon encosta na beirada da mesa de seu escritório.
-Não tenho interesse nenhum em saber seu tipo ideal, estou aqui para ser a auxiliar administrativa diretor Kim - JuDa responde sem tirar os olhos do computador - A construtora precisa do seu aval para começar as obras do centro de idosos, já mandei a documentação por e-mail para o senhor lê enquanto office boy  não chega com a papelada do cartório…
-Só estava deixando elucidando esse ponto, não se apaixone por mim, porque você não faz o meu tipo okay? - JuDa se segurou para não revirar os olhos para ele, como alguém conseguia ser tão prepotente?
-Não se preocupe diretor Kim, gosto de homens que conquistaram o próprio dinheiro, ou seja você não é meu tipo ideal também. - Namjoon começa a se mexer desconfortável - Então agora que estamos na mesma página, pode por favor ler o documento?”
Ao fechar a porta daquele apartamento, ela estava deixando tudo para trás, o emprego que ela tanto batalhou para conseguir, o homem que amava e uma parte de si ficaria ali para sempre.
JuDa precisava proteger sua família da fúria dos imperadores Kim, seus pais que trabalharam tanto para garantir seu futuro quem nem conseguiam passar muito tempo com ela quando criança, eles trabalhavam para que ela pudesse frequentar a faculdade que ela decidisse fazer. Eles sacrificaram tudo, inclusive a própria saúde. 
O celular vibra, mensagem do taxista avisando que já estava esperando em frente a portaria, não tinha como ou porque voltar atrás naquele momento. 
-Adeus Joonie! por favor não pule as refeições, durma pelo menos seis horas e por favor se mantenha saudável mesmo que de longe, eu te amo para sempre!
Elas escreve um bilhete junto ao envelope de dinheiro e empurra para debaixo da porta da vizinha, esperando que ela agisse da forma que tinha sido acordado entre as duas quando Namjoon aparecer.
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genextsofuniverse · 4 years
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CONTO #4  — TALIA WAGNER E REBECCA LEBEAU
Já passava das dez e meia da noite, e o clima estava bem frio, apesar de não estar nevando. Por conta disso, a quantidade de pessoas na rua naquela parte da cidade já havia diminuído consideravelmente. Claro que ainda haviam alguns pedestres caminhando pelas ruas, indo para suas casas, restaurantes ou bares, mas em sua maioria, eram moradores de rua que ficavam vagando pelas ruas a essa hora.
Talia não se incomodava nem um pouco com essas pessoas. Não tinha medo de moradores de rua que pudessem se aproximar por algum motivo e também não tinha medo de eventualmente encontrar alguém disposto a assalta-la, porque ela era uma mutante e tinha certeza de que poderia se virar em uma situação dessas. Coisa que não diminuam sua atenção e cuidado ao andar pelas ruas a noite, obviamente.
No entanto, naquela noite, sua mente estava preocupada com outra coisa mais importante. Estava preocupada com sua prima e em seu paradeiro. Não era a primeira vez que Rebecca havia fugido Instituto onde moravam, mas certamente ela já estava fora há muito mais tempo do que das outras vezes. Havia saído de madrugada e até agora, não sabiam onde ela estava.
O edifício Baxter foi o primeiro lugar onde a procuraram, pela manhã. Geralmente quando ela estava se sentindo particularmente rebelde e tinha vontade de escapar, Rebecca corria para a casa de uma de suas melhores amigas, Valeria Richards. No entanto, tanto ela quanto Franklin disseram não saber onde Rebecca estava.
Não chegaram a se preocupar muito quando não a encontraram lá. Afinal, ela podia ter ido para a casa de um de seus amigos da escola, os amigos que não eram mutantes. Rebecca não tinha o costume de falar sobre eles, mas Vampira e Gambit tinham o contato de pelo menos um deles. Quando também negaram ter visto Rebecca o dia todo, foi quando todos começaram a ficar apreensivos.
A hipótese de que ela poderia ter sido sequestrada por alguém foi levantada por Jimmy e Alexandra, mas Madison e Jason achavam muito improvável. Ninguém teria conseguido entrar no Instituto no meio da noite para leva-la. A não ser…. que ela tenha sido pega assim que saiu.
Mas novamente, a hipótese foi contestada. Se ela tivesse sido pega por alguém, já teria entrado contato com eles. A não ser…
Talia Balançou a cabeça, tentando não pensar nos piores cenários. Ela preferia pensar que Rebecca só havia fugido outra vez. Não sabia o que ela pretendia fazer, nem para onde iria, mas precisava acreditar que era somente um ato de rebeldia adolescente.
As buscas por ela pelo condado de Westchester começaram no fim da tarde. Os membros da GeneXt que estava livres se separam para procura-la, mas até aquele momento, nenhum deles estava tendo sucesso. Estavam ficando cansados, e assim que a meia noite chegasse, eles retornariam para a escola e continuariam no dia seguinte.
Só que Talia só estava disposta a voltar para casa depois de encontrar a prima.
Cansada de ficar rodando sem rumo, a jovem mutante teve um pequena intuição e resolveu entrar em um pequeno parque. Andou por alguns minutos, observando atentamente tudo ao seu redor e as pessoas que passavam por ela. Nenhuma delas percebia que ela era uma mutante, graças a seu indutor de imagem que fazia com que ela tivesse a aparência normal de uma jovem de 20 anos. Se pudessem ver sua aparência de verdade, duvidava que eles a ignorariam daquele modo.
Demorou pelo menos 10 minutos em sua pequena busca e assim que já estava pronta para sair do parque em busca de um novo local para continuar, sentiu uma onda de alívio tomar conta de si.
Rebecca havia acabado de se sentar em um dos bancos disponíveis, próximo a um poste de luz. Ela tirou a mochila das costas, vasculhou a mesma por um momento e então colocou ao seu lado. Iria usar a mochila como um travesseiro e dormiria no banco daquele parque, Talia constatou.
— Encerrem as buscas. — Talia disse em seu comunicador, antes de se aproximar da prima, que ainda não a havia visto. — Já estou com a Rebecca.
— Onde ela está? — Ouviu a voz ansiosa de Olivier, o irmão gêmeo de Rebecca, e um pequeno sorriso surgiu em seus lábios.
— Ela está bem? — Agora era Maddie quem questionava.
— Parece que está bem. Voltem pra casa e nos esperem lá. Contamos tudo assim que chegarmos.
E com isso, ela desligou o comunicador. Não queria que nenhum deles ficassem falando em seu ouvido enquanto conversava com a prima, e também não queria que eles aparecessem ali, nem mesmo Olivier. Ela queria conversar com Rebecca a sós.
Aproximou-se lentamente, não querendo assustar a garota.
— Becca?
A mais nova levantou assim que ouviu seu nome, sem se alarmar. Por um momento, pareceu irritada, mas Talia logo pode ver que ela estava apenas muito cansada e desconfortável.
— Você quase nos matou de susto, Becca! Estamos te procurando o dia inteiro! Achamos que você poderia estar com problemas, ou machucada! Estávamos muito preocupados!
Rebecca não disse nada por um momento. A irritação voltou a tomar conta de seu rosto e ela deu de ombros.
— Acho um pouco difícil de acreditar. — Ela resmungou, desviando o olhar para não encarar a mais velha. — Ninguém naquela droga de lugar gosta de mim. E os que não me odeiam me ignoram. 
A mutante mais velha suspirou, e se sentou ao lado de Rebecca, depois de dizer um rápido “chega pra lá.”
— Vamos começar pelo começo. Ninguém te odeia. — Talia olhou para a mais nova, que ainda fugia de seu olhar. — Não vou dizer que você é a pessoa mais popular na escola, porque realmente não é. Você despreza praticamente todo mundo lá e deixa bem claro que não gosta muito de ser uma mutante. Isso realmente não te faz ser amada. Mas ninguém te odeia.
— Não é o que parece. É por isso que eu queria dar o fora daquele lugar.
Talia jogou a cabeça para trás.
— Esqueça o resto então. E quanto ao seus pais? E o seu irmão? Os três estavam loucos de preocupação com você! — Rebecca não respondeu nada, apenas continuou a encarar o chão. — Além disso, pra onde você iria, exatamente?
— Não sei. — Finalmente resmungou. — Eu ainda estava pensando nisso. Só sei que eu ia para longe. Onde ninguém me conhecesse. Ondeu eu pudesse ser eu mesma.
Talia suspirou. Não queria lhe passar um grande sermão, sabia que Vampira e Gambit fariam isso assim que elas retornassem, mas não podia deixar de falar algo sobre o assunto.
— Olha, Becca… eu sei que você não gosta do Instituto e sei que você gostaria de ter uma vida normal, como suas amigas da escola. Mas você só tem 15 anos. Você não tem pra onde ir agora e a pior coisa que você pode fazer é ficar andando por ai sozinha. Já pensou o que poderia ter acontecido caso você esbarrasse um vilão que nos conhece? Ou acabasse cruzando seu caminho com algum bandido? Algum cara que poderia te sequestrar ou algo assim? 
— Eu não…
Mas a mais velha não deixou que ela continuasse.
— Você está se arriscando. Se eu não te encontrasse você iria o que? Dormir aqui no frio? O que iria comer amanha? E se algum maluco tentasse se aproveitar de você?  Sair desse jeito foi uma ideia muito idiota.
— Eu sei. — Rebecca disse por fim, parecendo finalmente disposta a dar o braço a torcer. As palavras de Talia foram suficientes para lhe assustar. 
— Se sabe,  porque não voltou? — A mais nova deu de ombros e Talia soube o motivo. Orgulho. — Olha, acho que até seus pais sabem que o Instituto talvez não seja seu lugar. Mas você ainda vai ter que nos aturar por pelo menos três anos. Assim que fizer dezoito, você pode sair e viver sua vida do jeito que quiser. Pode ir fazer faculdade em outro estado, pode ir viajar pelo mundo… fazer o que quiser! Vamos sentir sua falta, mas você vai ser livre pra seguir seu caminho. Por hora… você ainda é nova demais.
Talia olhou para Rebecca. Por mais que ainda parecesse bem relutante, ela podia ver que a mais nova estava pensando no que ela havia dito.
—  Eu também vou sentir sua falta. —  Ela disse por fim, fazendo a mais velha sorrir. —  Você é uma das únicas legais lá. —  Então rebecca suspirou, e olhou para frente. —  Mas três anos ainda é muito tempo em um lugar que você não se encaixa. Onde ninguém gosta de você. Eu não tenho amigos por lá, TJ.
Talia passou o braço pelos ombros da prima.
—  Vamos dar um jeito de tornar sua estadia mais suportável. —  Propôs. —  Mas pra eu te ajudar você precisa me ajudar. Se prometer ser um pouquinho mais tolerante, acho que vai fazer novos amigos. Também posso te apresentar para outras equipes, quem sabe você não faz amizade com outras pessoas de fora? Os Jovens Vingadores, os Novos Mutantes, até mesmo a equipe do Luke ou do Jonah… você vai encontrar alguém legal, e ai tenho certeza de que você vai se sentir melhor.
Pela primeira vez na noite, Rebecca abriu um sorriso.
—  Também quero que parem de me forçar a treinar. Não tenho interesse nisso no momento.
—  Vamos parar. Tem a minha palavra. Mas só se você prometer parar de fugir desse jeito.
—  Acho que posso fazer isso. 
Sem dizer mais nada, Talia puxou a prima para um abraço, e ela retribuiu o gesto.
—  Pronta pra voltar? —  Questionou assim que ela e Rebecca se separaram. 
—  Sim, acho que estou pronta.
—  Prefere ir andando ou quer que eu nos teleporte?
Rebecca pensou por um momento.
—  Prefiro ir andando, se não se importa. Não quero chegar tão rápido.
—  Okay, como preferir.
As duas se levantaram e começaram a fazer o caminho de volta até o instituto. Talia ainda estava preocupada com a rebeldia da prima, mas por hora tudo o que importava era que ela estava bem e que apesar de tudo, estavam voltando para casa.
Heeeey !!
Me pediram pra fazer alguns contos aqui também, e como eu amo os mutantes, já estou pensando em alguns pra ir fazendo !! Eu tive a ideia desse aqui do nada ontem a noite, e achei que seria legal postar hoje, já que é aniversário da Rebecca e do Olivier ( se bem que o conto não aborda isso lol ) mas enfim...
Eu já to com algumas outras ideias, mas ainda não comecei a escrever, então não sei quando vou postar mais um, espero que logo. Fiquem a vontade pra sugerir mais contos, mandar aqueles pedidos das listas ou pedir contos de um personagem especifico!
Enfim, eu espero que vocês gostem !!
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madneocity-universe · 4 years
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Chilling Adventures: Rei and Arisu Yagami.
Uma característica minha que ficou muito clara e presente desde os meus primeiros dias de vida, era que eu era muito, muito pegajosa. Talvez não no sentido ruim da descrição, mas não queria dizer que eu de fato não fosse a definição humana e viva de um chiclete. 
Quando comecei a marcar com baba todos os meus brinquedos e roupas favoritas, ameaçar cuspir em todas as pessoas que chegavam perto da minha mãe e chorar sempre que meu tio PENSAVA em me tirar do colo e me deixar no chão, ganhei o apelido de Grudinho. 
Hope sempre me disse que eu mais parecia um filhote marcando território em todo canto, mas eu gostava de acreditar que só gostava de me apegar as coisas e as pessoas de um jeito muito particular e assim elas sempre iam saber como eu me importava com elas, e o quanto me importava. 
— Ele vai ser meu agora. — Avisei ao meu tio e Roxie, observando Riku no berçário com os outros bebês, o nariz grudado no vidro depois de sair da prática de patinação correndo com a notícia de que ele tinha sido um bebê surpresa, quase. — E vocês podem ficar com o Ryuji, eu prometo que vou cuidar dele direitinho, eu… — Fui afastada dele no dia de voltar pra casa porque realmente acharam que eu era capaz de o sequestrar e nunca mais devolver. 
Errados não estavam, mas nada me impediu de o proteger como se fosse meu. 
— NÃO FAZ ISSO, ELE NÃO SABIA O QUE TAVA FAZENDO. — Defendi o mais jovem o colocando atrás de mim, quando minha tia emprestada disse que ia logo meter um castigo nele não lembrava mais pelo que, porque estava ocupada demais chorando junto com ele. — ME DEIXA DE CASTIGO NO LUGAR DELE. — E cada episódio era marcado por uma eu com meu primo caçula no colo, correndo pelo quarteirão jurando que só ia voltar quando fosse seguro. 
Hope também dizia que eu era muito emocionada e devotada pro meu próprio bem, e quem não me conhecia, poderia facilmente me confundir com uma psicopata abusiva. Pesado? Pra caramba, porque eu nunca errava e todo mundo sabia disso! Mas ela jurava que tinha experiência me assistindo o suficiente pra criar esses diagnósticos de comportamento. 
Como no dia que minha mãe saiu de casa dizendo que ia conversar com minha tia Maria, e desapareceu por quase cinco horas sem nem me mandar uma mensagem, e quando liguei na casa dos então agora Sterling, ninguém nem tinha visto ela passar por lá. 
— Não, tio, você não entendeu! Ela desapareceu, ela sumiu, ela evaporou e nunca mais voltou! — Falava ao telefone com tio Takashi, soluçando a cada palavra, inconsolável. — E se ela tiver sido sequestrada? E se ela tiver sido sequestrada e vendida? E se ela tiver sido sequestrada e vendida e depois morta? 
Me limitei a não expor na internet meu descontentamento e acabar causando uma comoção global, uma vez que minha mãe não era só a minha mãe, mas agora uma produtora e empresária em ascensão, e em compensação, liguei pra cada número na minha agenda de contatos e pra cada pessoa que passava pela minha cabeça, não satisfeita em alarmar apenas meus parentes próximos. 
— Sua mãe deve ter saído pra dar. — Hiro Hamada disse no telefone, sem mais nem menos. — E sinceramente? Eu nem julgo ela, Rei. Sua mãe ta te dando um perdido, isso sim. 
Me senti bastante ofendida, e estava prestes a começar a chorar ainda mais com a ideia dele deslegitimar minhas preocupações daquele jeito, até ouvir a porta ser destrancada e minha mãe passar por ela. Radiante, confusa e sorridente demais pra uma pessoa que só tinha ido tirar um tempo pra falar mal dos diretores supremacistas de Hollywood. 
— Você mentiu! — A acusei do outro lado da sala, apontando um dedo em sua direção, secando as lágrimas com a outra mão. 
— Eu disse que ia ali e já voltava. — Minha mãe se defendeu, erguendo as mãos na altura dos ombros. 
— Mas já faz cinco horas! Você disse que ia sair pra conversar! 
— Eu nunca disse o que realmente ia fazer com a minha boca, e cinco horas dá um espaço de tempo muito grande pra fazer outras coisas além de conversar! 
Depois daquela confissão, chorei tanto que achei que ia desidratar, e terminei no sofá encolhida, meu espírito cansado de ficar preocupado com uma herege como Arisu Yagami. 
— E se você terminasse morta? O que ia sair no jornal? Mulher diz que vai fazer fofoca e termina assassinada no banco de trás de um ficante? — Comecei a questionar ela, indignada, sentindo uma bola de catarro crescer no meu nariz. 21 anos, mas nem parecia. — O que iam escrever na sua lápide? Mãe mentirosa, mas uma namoradeira desimpedida do CARALHO?! 
Falando sério, no geral, eu nem ligava. Perdia as contas de quantas vezes tinha trombado com um cara meio suspeito e perguntado na cara dele se ele era meu pai, desde que eu era criança, mas aquilo tinha sido muito, muito pra eu lidar. 
O que eu lembro, depois de fazer Hope ouvir todos os meus relatos de madrugada e isso dar material pra ela me diagnosticar, é que fiz minha mãe me prometer de dedinho que por mais que doesse e me fizesse ficar traumatizada, ela jamais, nunca mais mesmo, ia mentir na minha cara daquele jeito. 
Mal sabia eu que arrependida ia virar meu segundo nome. 
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kamillamassilon · 4 years
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"Você me transborda" eu tô transbordando agora e geralmente quando eu sinto algo que já não cabe em mim, me transbordam palavras, frases, textos inteiros; mas nesse momento tu me faz sentir tanto que nem em palavras tá cabendo o que transborda de mim. Geralmente essas coisas fluem pra fora como uma nascente serena banhando minha mente com tudo o que eu escrevo, mas agora o meu amor por você, essa paixão intensa, essa admiração incrível, essa felicidade e esse sentir jorram de mim mais rápido e mais forte do que eu consigo descrever... Você me deixa maravilhada todos os dias com o quanto o nosso sentimento é ao mesmo tempo intenso e leve, suave, tranquilo. Você me anima e me traz paz.
Tem mais de uma semana que eu busco tempo pra te escrever, mas meu tempo foi mais bem utilizado te sentindo.
Prestes a completar mais uma primavera e o único presente que eu desejava era você. E você veio, do mesmo jeito que sempre vem, acompanhado de um vinho, de carinho e de segundas intenções. Você sempre me surpreende de um jeito novo e ultimamente tem me surpreendido mais. Se teleporta ao meu encontro como eu sempre quis e me beija com carinho como eu sempre amo. Você já sabe que tem centenas de coisas que eu amo em você, e essa é só uma delas. Seria só mais um dia se não tivesse sido um dia inteiro contigo. Cada segundo perto de ti é uma dádiva. Era o presente que eu mais queria e eu o ganhei.
Eu gosto de como você me observa atento quando eu faço as coisas mais banais. Um café, um lanche, um cantarolar de qualquer música. Parece que você vê um universo se formando bem na frente dos teus olhos e eu me sinto um universo inteiro quando você me olha assim. E eu gosto de como você desfruta do processo de me conhecer. De como você toca e sente cada traço do meu corpo observando minhas reações. De como você se esforça pra me aprender e sempre busca o meu prazer. Eu amo fazer isso contigo também. Minha semana começou numa sexta-feira e nessa sexta-feira você experimentou me vendar. Parece que ao me privar de um sentido você provocou todos os outros e os fez crescer. Teu corpo tocava o meu lentamente com calor e interesse enquanto minha mente processava tudo a mil por hora. Quanto mais eu te sentia, mais eu queria te sentir. Quanto mais você brincava com os meus arrepios e com o meu desejo, menos eu podia esperar pra te ter inteiro. E quando eu tive... ah, você é um artista e a tua obra prima é o meu prazer. Você consegue me provocar coisas que ninguém nunca pôde e me levar ao êxtase de formas que eu nunca consegui. Eu ouvia a tua voz gemendo, suspirando e chamando o meu nome, e meu corpo respondia em deleite. Impossível não suspirar lembrando da sensação de te ter dentro de mim enquanto meu corpo inteiro sentia tudo ao mesmo tempo e te envolvia com força sem segurar os espasmos. Impossível não deixar escapar da minha boca um gemido sufocado ao lembrar do teu prazer logo depois. Eu quase posso senti-lo novamente.
Eu amo observar o teu prazer, e é por isso que eu aprecio tanto testar os gatilhos que te levam a ele. Eu te dei o troco te vendando também e brincando de quente e frio com o teu corpo. Você nunca se contêm quando eu te provoco novas sensações e eu me divirto observando o momento de ruptura em que teu corpo toma o controle de você e precisa olhar, precisa tocar, precisa tomar. Eu me divirto te vendo ofegar e ouvindo tua voz mudar de tom enquanto o teu corpo dança uma música imaginária pedindo pra me conduzir. Mas as vezes sou em quem te conduz e você parece se divertir ainda mais com isso. E a cada vez compartilhamos mais intimidade, porque parece não haver limites no nosso desejo um pelo outro.
Mesmo à distância estamos próximos. Uma conversa boba, uma foto, uma lembrança... de repente você está na minha cabeça e a sensação e de que está ao meu lado, porque me alegra. Eu comemorei aquele sábado a quilômetros de você, mas ainda pude sentir o teu amor, a tua atenção, você me fazendo sentir importante. Você habita meus pensamentos completamente e isso fica claro pra quem percebe que eu sempre tenho um pretexto pra falar de você. É engraçado, mas é real. As pessoas ao meu redor já percebem o amor e a felicidade que você me provoca.
A solidão do domingo a noite foi preenchida pelo teu desejo que eu amo tanto provocar. Quando você o demonstra eu me sinto amada e valorizada e isso é só um pedaço da perfeição que você é pra mim. Você tem recuperado em mim a mulher que me fizeram desaprender a ser.
Na segunda minha semana se aproximava da metade e eu acordei levemente insegura. O que nós temos envolve uma liberdade que pra mim antigamente representava algemas disfarçadas com veludo, e eu aprendo contigo a voar todos os dias, mas eu aprendi a temer a queda. Eu não sabia o que ou quando dizer a respeito do meu dia a seguir, então aguardei a tua curiosidade. Então você perguntou, aos poucos e suave, me permitindo te responder o que eu não sabia se dizia. Passaram pela minha cabeça um milhão de traumas baseados nos ciúmes e na falta de sinceridade que eu já vivi no que parece ter sido séculos atrás, mas o que você me ofereceu foi apoio, amor e amizade. Você faz eu me sentir segura até quando eu não estou contigo e isso é libertador. Engraçado, né? Geralmente as pessoas associam segurança à coisas que as prendem, nossa segurança é baseada na liberdade e em desejar que o outro esteja bem, mesmo que não seja consigo. Eu passei a te amar um pouco mais naquele dia, porque isso me provou mais o quanto não somos uma obrigação, o quanto não não somos posse e o quanto o teu desejo pelo meu bem estar é sincero. O quanto você realmente quer tanto quanto eu o que estamos vivendo hoje.
Na terça eu voltava à minha rotina, mas eu não abriria mão, nem por um minuto, nem por um dia, da chance de estar contigo, mesmo que por meia hora no teu intervalo longe de casa. Esses momentos mesmo que breves e simples são preciosos pra mim. Porque eu posso até satisfazer um momento de tesão e curiosidade com qualquer ocasião despropositada, mas é só você que satisfaz vontades que eu nem sabia que tinha. De ser amada, de ser cuidada, de ser valorizada, de sentir teu cheiro e teu calor, ouvir a tua voz e te ver me olhando com interesse verdadeiro enquanto conversamos sobre tudo ou sobre nada, aconchegados num banco ao lado da estrada. Eu sempre vou ter vontade de aproveitar meu tempo ao teu lado.
E a gente nem planejava mas isso virou um convite pro dia seguinte, e na real eu aceitaria até um convite pra mesma noite se viesse de você. Foda-se se eu tava com sono e se eu precisava lavar meu cabelo, na tua casa tem cama e shampoo. Foda-se se eu precisava de roupas limpas e se eu ia fazer alguma coisa quando chegasse em casa, tudo o que eu preciso eu tenho quando eu tô com você. Então na quarta eu conheci tua morada, teus gatos e mais um pedacinho da tua intimidade e pude aproveitar tua companhia logo pela manhã. E como isso é precioso pra mim... sempre parece que a gente se conhece a vida inteira e é íntimo desde o início dos tempos. Tempo é tudo o que nós temos e eu amo aproveita-lo contigo, acompanhado de um café e um cigarro de palha.
Eu acho que eu nunca conversei tanto e sobre tanta coisa com ninguém antes. Eu te digo coisas que eu nunca disse pra mais ninguém e isso é simplesmente natural. Eu amo isso sobre a gente. É muito mais do que sexo, diversão, companhia e prazer. É companheirismo e horas a fio que nós podemos passar fazendo qualquer coisa e sempre vai ser bom. É tão raro a forma como eu nunca me arrependo de passar o dia inteiro compartilhando um milhão de opiniões, lembranças e intimidades com você e isso chega a me dar medo, porque perder esse pedacinho de felicidade que você me dá seria impensável.
E como nem essa coisa tão rara e incrível entre nós é o limite da nossa compatibilidade, nosso dia terminou novamente em prazer. E novamente eu pude apreciar a sensação ímpar de conhecer o teu corpo através de novas sensações que eu queria testar em você. Pude observar tuas reações deliciosas enquanto eu te ensinava coisas novas sobre você mesmo até que você me pedisse, quase incontrolável, pra que eu satisfizesse o nosso desejo alimentado por tanta excitação. Eu nunca havia te visto tão em êxtase, tão tomado. Eu nunca me senti tão satisfeita em te satisfazer.
Foi um dia tão repleto de coisas boas que eu poderia escrever sobre isso até amanhã, mas não foi o último. Depois de a gente dormir melhor que nunca, aninhados na sua cama, acalmados um pela presença do outro, aquecidos pelo nosso calor e pela nossa paixão, e depois da manhã de quinta-feira se extender um pouquinho mais pela nossa vontade de aproveitar mais um minuto que fosse, mais um café da manhã, mais uma transa, mais um carinho; eu fui pra casa me preparando para o dia seguinte.
Eu nem tinha nada pronto, mas tinha vários planos. Uma roupa improvisada, uma ideia. Uma música. Uma inspiração pra te dizer o que o meu coração gritava e pra te lembrar das nossas sensações.
Usei um caderno com páginas bonitas, uma caneta e uma tesoura pra te lembrar de algumas das coisas que eu amo em você. Um pote cheio delas não deve ter chegado a nem um por cento do que eu realmente sinto. Incrível como você me inspira, e até meu cheiro eu lembrei de botar ali porque eu imaginei como seria cada vez que você pegasse um daqueles papeizinhos e lesse o que eu sinto. Pensei que talvez eles despertassem lembranças, mas também novidades, e que você pensaria em mim. Lembrei que você gosta tanto do meu cheiro e que certamente ele daria um toque especial a esses momentos, então decidi colocá-lo ali também.
Eu poderia ter me contentado com isso para a parte dos sentimentos, mas não resisti à ideia de conecta-los às sensações que já compartilhamos, então fiz novamente os bombons que uma vez eu te dei e fizeram vc se sentir tão amado. Quase sem querer eu tinha algo pra provocar teu olfato e algo pro teu paladar. A visão e o tato seriam contemplados a noite, quando eu tocasse a música que você me sugeriu. Essa parte eu já tinha planejada há algum tempo.
A sexta-feira começou comigo chegando à sua casa como se já fosse a milésima vez. Eu já tinha a chave e eu sabia que você ainda dormia, então eu entrei em silêncio e te acordei com um abraço carinhoso. Eu devia ter tirado uma foto de você dormindo tão fofo e sereno sob as cobertas, mas eu não pude esperar pra me arrastar pra cima de você e te envolver com carinho. Horas de conversa durante o café da manhã e do almoço quase me fizeram esquecer do que eu havia preparado na noite anterior. Eu nem consigo me lembrar da tua reação sem sorrir o sorriso mais largo do mundo. Você é a primeira pessoa que se emociona tão verdadeiramente ao ver um pedacinho do meu coração transformado em presente. Foi a coisa mais linda que eu já pude provocar e me tornou ainda mais grata pelo teu amor.
Você também me deu um pedacinho do teu coração em forma de presente, porque eu sei que o bar é uma das coisas que fazem o teu olho brilhar. Você achou simples demais, mas pra mim foi uma demonstração da tua dedicação que veio do teu coração tanto quanto a minha. Trocamos nesse dia uma parte do amor de cada um.
Nossos drinks e um vinho depois, quando a embriaguez se amenizou e o desejo nos transformou em imãs atraídos pelo corpo um do outro, era hora de eu executar o plano que eu tinha. Você já sabia que teria que se ausentar um pouco até que eu estivesse pronta, porque senão não seria capaz de deixar eu me preparar devidamente, a antecipação e a expectativa te obrigariam a entrar naquele quarto segundos após eu fechar a porta, então você foi e eu fiquei, ansiosamente montando a imagem que eu imaginei no teu quarto. Velas pelo chão ao nosso redor, a meia luz banhando uma cadeira e uma poltrona, meu corpo vestido com uma camiseta de botões e uma saia colada estilo secretária, meu rosto adornado com cores escuras e quentes que eu já sabia que te chamariam a atenção, nos meus pés um salto preto que você nunca havia me visto usando. Te enviei uma foto da minha boca te convidando a voltar e te ouvi destrancando a porta e caminhando em direção ao quarto enquanto eu observava da poltrona, com um paiol na mão, você se aproximar ansioso. Não mais ansioso que eu. Eu caminhei até você e te despi, você me observava com uma expressão de incredulidade, curiosidade e desejo. Te sentei na cadeira e coloquei a música pra tocar. Amarrei seus pulsos, não forte demais porque eu precisava de facilidade para livrá-los mais tarde, mas te disse pra ficar quietinho. Você parecia já sentir o desejo mesmo antes de eu correr as mãos pelo teu corpo, beijar o teu pescoço e andar até a sua frente.
Eu quase não consegui fazer meu plano dar certo, mas você ainda me observava como se eu fosse o teu maior desejo. Enquanto eu desabotoava minha blusa você me olhava como se nunca tivesse me visto tirar a roupa. Eu me debruçava sobre a poltrona e você parecia prestes a pular da cadeira a qualquer momento e vir em minha direção. Eu me sentei em teu colo e te autorizei a me tocar e você parecia ter fome do meu corpo. Você me pegou no colo, faminto, e me colocou na cama ao nosso lado. Nem sequer terminou de me despir, fez questão de apreciar o meu corpo de quatro na lingerie preta, o desejo ardendo em teus olhos, se permitindo fazer o que desse vontade. Você não tem noção do quanto isso me excita.
Quando você deslizou pra dentro de mim nem sequer se deu ao trabalho de tirar minha calcinha. Você gostou tanto de me ver nela que seria blasfêmia mudar isso. Foi provavelmente o melhor sexo que tivemos e ainda assim você continuava me desejando. Então começamos de novo. E mais uma vez sem parar. Isso foi único de tantas formas... e desperta ainda lembranças e sensações incontroláveis, inconfundíveis.
A gente foi dormir essa noite de sexta exaustos como se ela houvesse durado dias, mas num encaixe perfeito como sempre, serenos e em paz, aquecidos um pelo outro e compartilhando o carinho que sempre nos envolve e nos faz sentir seguros. Eu te abraçava sentindo tanto amor e cuidei dos teus pesadelos pra que você pudesse sonhar tranquilo. Acordar pela manhã ao teu lado, ouvindo o teu bom dia e sentindo o teu amor novamente é uma das melhores sensações do mundo, certamente a melhor forma de começar um dia.
Eu havia devolvido a tua chave na manhã anterior, mas quando a minha semana terminou no início da tarde daquele sábado você me deu uma cópia dela. Isso foi incrível porque eu me senti tão... acolhida. Desejada, não especificamente no sentido carnal, mas pela minha companhia. Valorizada. Não vou negar que eu me orgulho de receber isso tudo de alguém como você. De estar ao teu lado por você se importar tanto, me querer tão bem, e de forma explícita. Você me deixou circular pela tua vida quando quisesse porque sabe que eu entendo essa responsabilidade e vou usá-la com cuidado.
Eu fui pra casa no final dessa semana me sentindo ainda mais amada, cuidada. Me sentindo ainda mais segura de que você me faz bem e de que todas as decisões que me trouxeram até você foram as certas. De que quanto mais nós nos aproximamos mais compatíveis nos descobrimos e mais felicidade você me provoca. Quanto mais eu te conheço mais eu te amo.
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ligajusticajovem · 5 years
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Sienna & Lars - 🏬 Os dois personagens vão fazer compras de natal juntos
ESPECIAL DE NATAL  : Os dois personagens vão fazer compras de natal juntos
Demorei pra postar, mas é que essa foi uma semana bem chatinha pra mim. Tive alguns problemas e ai acabei não conseguindo escrever muito mas, por sorte a inspiração bateu agora há pouco e eu consegui terminar esse continho pra vocês :) Espero que vocês gostem e eu vou tentar postar os outros antes do natal de fato !! Lembrando que eu já postei outros dois desse pequeno especial de natal, então quem não viu é só dar uma olhada depois !!
ps: a sienna dá uma leve citadinha nos irmãos dela de outras dimensões aqui, espero que não se importem kkkkkkk
CENA #7 — LARS NELSON X SIENNA CONSTANTINE
Lars sentiu-se extremamente grato por Sienna ter aparecido para tirá-lo de casa naquela manhã. Estava passando alguns dias com seu pai e, apesar de não ter problemas com Kent Nelson, o jovem se sentia extremamente sozinho na Torre do Destino. Apesar de ser tímido, ele não era uma pessoa que gostava da solidão. Mesmo tendo poucos amigos, Lars sempre estava com eles, por isso ficar sozinho por muito tempo o incomodava profundamente.
— Você e eu, uma caçada a presentes de Natal! — Ela propôs quando chegou, animada como sempre. — O que me diz? 
— Mas é claro que eu topo! — Disse prontamente, já pegando seu casaco e sua carteira, porque se fossem mesmo fazer compras de natal, ele aproveitaria e compraria o restante dos presentes que precisava para dar a seus amigos. — A April vai com a gente?
— Não, infelizmente a minha irmã está em uma pequena missão com um amigo nosso. E mesmo que estivesse, eu não poderia convidá-la. Preciso comprar o presente dela, e não quero que ela trapaceie como ano passado e o veja antes da hora.
— Entendo. — Ele sorriu, se mostrado pronto para sair. — Já tem algum lugar em mente?
— Ah, meu querido….. — Ela tirou um pequeno caderno do sobretudo que usava e mostrou a ele. — Eu tenho muitos lugares em mente. É melhor se preparar, porque nós vamos demorar um bastante.
Quando ela disse aquilo, Lars imaginou que ela estivesse apenas exagerando. Sim, compras de Natal sempre costumavam ser demoradas, especialmente para alguém como Sienna que gostava de visitar lojas atrás de lojas e escolher com muito cuidado os presentes que compraria para todo mundo, porque ela era uma pessoa que amava dar presentes. No entanto, ele não esperava a saga que teriam pela frente.
Para começar, eles não foram apenas no shopping mais próximo, coisa que ele faria se estivesse sozinho. Não, a jovem feiticeira os teleportou para diversos lugares do mundo em poucos minutos. Itália, França, Índia, Brasil, e Lars desconfiou que ela até mesmo o levara para uma outra terra em um momento, já que foi o único lugar em que ela não deixou que ele se afastasse por muito tempo.
Depois da décima terceira viagem ele já não sabia mais dizer o horário exato ou há quanto tempo estavam fora. Ele estava experimentando uma espécie de jet-leg estranho, que esperava nunca mais vivenciar. Mas para seu alívio, se viu em Nova York, e um sorriso surgiu em seu rosto quando a amiga lhe garantiu que aquela seria a última parada. Estava se divertindo, claro, mas não aguentava mais ser teleportado pra lá e pra cá e definitivamente não aguentava mais andar e segurar tantas sacolas de presentes já comprados. Ele tinha certeza de que não conseguiria levantar nem um dedo no dia seguinte, tanto era o peso que levava.
— Vamos fazer uma pausa pra tomar um café. Você está com uma cara péssima, querido. — Ela disse enquanto o guiava para a starbucks mais próxima.
Ao contrário dele, Sienna, que também carregava diversas sacolas, parecia perfeita e cheia de energia como sempre. Talvez a magia tivesse lá suas vantagens, ele pensou. Ou talvez, por ela ser uma heroína de fato, ela já estivesse acostumada com todo aquele esforço e andanças. Ele fez uma nota mental para retomar a academia assim que o próximo ano começasse e talvez no próximo natal, ele pudesse acompanhar o ritmo dela sem muito esforço.
— Eu nunca mais vou me levantar daqui. — Disse assim que jogou os presentes no banco livre ao seu lado e se sentou, colocando a cabeça na mesa. — Não sei nem se consigo escolher o que eu quero comer agora.
— Um muffin de blueberry e um chá verde gelado. — Sienna respondeu por ele, se levantando para fazer o pedido. — É o que você sempre pede.
— Ainda bem que eu sou previsível. — Ele resmungou, sentindo-se realmente bem cansado.  — Eu te espero aqui.
Ele fechou os olhos por um breve segundo, ou foi o que pensou, porque quando voltou a abri-los, viu que os pedidos já estavam na mesa e Sienna já quase terminava seu croissant. 
— Você tirou um pequeno cochilo de quinze minutos.— Ela sorriu para ele quando o moreno se levantou, sentido os olhos pesados. —  Coma pra recuperar um pouco mais de energia, porque ainda temos que encontrar o presente da minha irmã. — Ela então apoiou os cotovelos na mesa e colocou as duas mãos no rosto. — Por que é tão difícil achar um presente pra April?
— Já tentou pedir umas dicas pra sua mãe? Elas são tão próximas. — Arriscou, dando uma mordida em seu muffin doce. 
— A mamãe está em uma missão, não posso entrar em contato com ela só pra isso ou ela me mata. E o papai acha que a April ainda tem dez anos. Me disse pra dar um pônei pra ela ou algo assim. — Sienna suspirou de forma dramática. — Eu já tentei até mesmo conseguir umas ideias com alguns dos meus irmãos de outras dimensões, mas não consegui falar com o único que poderia saber.
Lars quase engasgou com o bolinho, e teve que tomar vários goles de seu chá pra não perder mais ar.
— Como é que é? Você foi pedir ajuda dos seus o que?!
— Irmãos de outra dimensão sabe? É como nós nos chamamos. Nossas contrapartes de outras terras. Filhos das mesmas pessoas mas com outros nomes, personalidades…. somos basicamente irmãos. Você tem também.
— Eu… não sabia disso.
— É porque você nunca quis saber. Mas se quiser, eu te conto. — Ela apoiou a cabeça em uma das mãos. — Eu até comprei presentes pra eles. Como forma de agradecimento pela ajuda. — Com a mão livre ela apontou para duas sacolas com seis presentes no total. Todos tinham nomes, mas ele não conseguiu ler, só conseguiu ver que dois deles começavam com Z. — Quer apostar quanto que eu vou acertar nos presentes deles e errar o da April? Eu sou a pior irmã do mundo!
— Acho que não. — Ele soltou uma leve risada. — Você comprou presentes até pros seus irmãos de outras terras, acho que isso te classifica uma irmã bem legal.
— Esse não é o foco aqui. — Ela disse. — O foco é encontrar algo para April.
— Certo, certo. — O mais novo terminou seu chá e seu muffin e então se espreguiçou, reunindo coragem para continuar a caminhada. — Tá, vamos ver se achamos alguma coisa aqui. Estamos em Nova York, é impossível não acharmos nada.
Depois de mais duas horas, Lars estava começando a achar que estava terrivelmente errado. Talvez eles não achassem o presente perfeito para a irmã de Sienna, afinal. Até que, por um golpe de sorte, eles acabaram passando em frente a uma loja de antiguidades, e ele viu algo que lhe chamou a atenção.
— Algum problema, Lars? — A Constantine notou que o amigo não a acompanhava mais e voltou para ver o que havia prendido sua atenção. 
— Acho que encontrei algo pra ela. — Ele apontou para a vitrine. Quando a loira olhou para onde ele apontava, seu queixo caiu, e por um segundo, ela quase derrubou os outros presentes.
— Não pode ser! — Ela quase gritou. — É o colar! É o colar ela!
— Não sei se é exatamente o colar que era dela mas…. São realmente bem parecidos. — Idênticos, na verdade, mas qual seria a chance de terem encontrado o colar que fora roubado dela em uma missão naquele lugar? 
— Sendo o mesmo ou não, eu tenho certeza que ela vai adorar ter ele de volta! 
Lars conhecia a história. April ganhara o colar de Zatanna logo depois de ter sido adotada por ela e John, e Sienna lhe disse que a irmã era extremamente apegada ao objeto. Não tinha propriedades mágicas, até onde ele sabia, mas possuía certo valor comercial, além de valor sentimental, e acabou sendo roubado em uma das missões em que as irmãs Zatara-Constantine se envolveram, há mais de um ano. Todos sabiam do valor sentimental que a peça tinha para a garota, por isso, aquele talvez fosse mesmo ser o presente perfeito.
— Vai lá pegar ele antes que outra pessoa coloque as mãozinhas no nosso colar. — Ele brincou. — Eu fico aqui fora com meus trezentos amigos presentes.
A mais velha não precisou ouvir o incentivo duas vezes, Entrou dentro da pequena loja enquanto Lars se sentou na calçada, tentando não sumir por entre as sacolas e caixas. E para sua sorte, não precisou esperar muito pelo retorno da amiga.
— Lars, eu sabia que trazer você comigo seria uma ótima ideia! — Ela disse de forma entusiasmada, guardando a pequena caixa no bolso de seu sobretudo. — Se não fosse por você, eu nunca teria visto! Teria passado reto com toda a certeza. Nem sei como te agradecer.
— Você pode me agradecer nos teleportando pra casa. — Ele disse, cansado mas também animado. — Me dando um grande copo de água depois disso e pode me deixar dormir na sua casa.
— Contanto que você não se importe caso algum dos meus amigos pareça sem aviso nenhum por lá, posso fazer tudo isso!
— Eu to tão cansado que eu não estou nem aí pra isso. Pode aparecer um lobisomem na sua casa que eu nem vou perceber.
— Não brinque com essas coisas, porque elas podem acontecer. — Ela o ajudou a se levantar, com um sorriso no rosto. — Então… acho que podemos dar nossa busca por presentes encerrada por hoje.
— Encerrada pelo ano, por favor!
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peterlimanarua · 4 years
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O mendigo que falava inglês
          Foi pelo tempo em que morava em Ouro Preto. Lembro-me que cheguei àquela cidadela para viver de minha própria literatura. Ali aportei somente com um par de roupas e minha velha Olivetti. Hospedei-me na pensão de Paulinho Góes, pensão não, uma espelunca, mas era o que dava para ser naquele momento. Sempre ao acordar saía às ruas da Barra, passava pela fonte do Pilar, subia suas ladeiras, cruzava a rua São José e percorria a rua da Lama até chagar ao bar Barroco. Sentava sempre no mesmo banco, que ficava encostado na janela do canto esquerdo. Ali tomava meu café da manhã, que consistia nada mais do que um pão torrado e um ovo cozido. Tirava minha Olivetti, colocava-a na mesa, e ficava a observar o movimento dos corpos indolentes que desfilavam sobre meus olhos. Ficava ali esperando a inspiração para o meu texto do dia. Percebendo alguma sutileza que pudesse surgir ou algo interessante na vida daquela vila colonial. O texto que escrevia vendia por ali mesmo. Agora já podia pedir uma cerveja e um torresmo, e voltava a escrever no boteco. Assim ficava escrevendo, fazendo o dinheiro do almoço, da estadia, da cachaça.
        Com o tempo fui reconhecendo as personagens que ali freqüentavam. Os estudantes, guias e seus gringos, turistas, ourives, músicos, vagabundos e claro ele, o rebelde. Era assim que eu o chamava, pois seu nome era fonte de um intrigante mistério. Sempre chegava ao crepúsculo, todo imerso em suor e poeira, sua cor era marrom dos pés a cabeça. O cheiro inconfundível. Adentrava no recinto, dava uma olhadela para ambos os lados e dizia: “I am a teacher”.... Alongava-se no palavreado em inglês, chamando atenção de todos que ali por ventura estavam. Falava num inglês britânico correto, sem sotaques. Estranha composição aquela. O inglês saindo daquela boca, daquele corpo fétido era no mínimo curioso. Depois encostava-se a cada mesa em que havia algum cliente e lançava-lhe um desafio, já em português. Dizia assim: “Com licença cavalheiros, senhoritas, estão bem acomodados em seus lugares? Se não, posso providenciar melhores acomodações. Aqui já não é mais o mesmo lugar, desde que faleceu o fundador, seu Maneco Calambau. Agora ficou o filho, este traste sem educação nem cultura. Tudo bem então. Já que está tudo certo posso lançar- lhes um singelo desafio? E então ele lançava: “Tente adivinhar meu nome, se acertares pago-lhes uma cachaça, se errares pagam uma para mim. Quero alertá-los que para este jogo é preciso absoluta confiança em minha palavra, se tiver certo direi que sim se não direi que não. Sem nenhum problema, já que somos todos cavalheiros. E assim ele ia avançando, bebendo suas pingas e filosofando cada vez mais, na proporção em que o licor da cana ia regando sua corrente sangüínea, pois claro, ninguém acertava seu nome. Sempre que acompanhava a cena lembrava-me de Quincas Borba. Os dois mendigos e filósofos.
        Não demorava muito chegava até minha mesa, sempre embriagado, pois como disse sentava sempre no canto ao fundo do bar. Para mim nenhum problema, até gostava, pois assim poderia travar conversa com ele mais abertamente, e há mim muito interessava a história daquela incrível personagem. Ele parava na minha frente, lançava-me o desafio meio trôpego, exalando um cheiro pútrido e eu respondia. Lógico que tinha tentado inúmeros nomes, mas nunca acertava. Tentava nomes esquisitos, diferentes. Jerônimo, Ainá, Laureano,Thomé, Augustino, Raolino e nada. Na verdade nem ligava para isto, fazia questão de pagar-lhe uma cachaça para ficar com ele ouvindo suas histórias. E assim ele dizia...” Sou professor de inglês, trabalhei muitos anos dando aula no CEFET , porém os alunos são muito ignorantes, não compreendem que aprender uma língua não é só gravar suas palavras, mas captar sua alma, e sua alma está na arte, na literatura. Não conhecem Shakespeare, Malory, Thomas More, Defoe, nada, não conhecem nada! Então fui para a música, Beatles, The Who, Queen, Led Zeppelin, nada  de nada, só sertanejo! Não deu para mim. Peguei minhas coisas e fui embora, abandonei tudo, minha profissão, minhas economias, meu casarão no centro histórico, e embarquei para o velho mundo. Queria encontrar a alma da língua inglesa. Não acreditei quando cheguei a Londres, no meio de seu Fog. Lá vivi por um bom tempo. Vivi como um cavalheiro inglês. Porém também não achava entre aqueles a alma inglesa. Eram todos fúteis, rasos, não conheciam a própria história. Não foi difícil desanimar, andava cabisbaixo, entristecido mesmo. Não encontraria a alma em nenhum lugar? Porém a vida me pregou uma peça. Estava passeando pelas ruelas antigas derrotado, quando virando a esquina esbarrei num boteco sujo, na verdade uma taverna medieval. Por incrível que pareça lá encontrei com Jimmy Page e Robert Plant, sim, Led Zeppelin. Finalmente conheceria a alma inglesa. Parei ao lado deles me apresentei, e comecei a falar-lhes. Estava todo inflamado que nada via ao redor de tanta emoção. Qual foi minha surpresa observei que eles faziam pouco caso de minha pessoa, dando risadinhas entrecortadas. Quando de repente Jimmy puxa profundo em sua garganta e solta uma escarrada ao lado de meus pés e grita: go away cucaracha! Que isto? Era isto mesmo? Eles estavam me chamando de barata. Robert fazia um som com a boca que lembrava um inseto voando. Logo para mim, que estava em busca da alma... Para mim o mundo acabou, a partir de então nutro um ódio profundo por aqueles ingleses e por todos. Só me importa minha filosofia, nem você me importa, só sua cachaça. Por isso ando assim, não tenho nenhuma relação material com o mundo, agora sou eu que cuspo. Jogo meu catarro na cara de qualquer um. Eu sou a própria rebeldia, sou as verdadeiras pedras rolando, triturando as almas mesquinhas....
        Assim o rebelde continuava seu discurso, cada vez mais incoerente, falando alto devido a embriaguez, soltando perdigotos em todos no bar. Até chegar o dono e o expulsa-lo dali a pontapés. Esta era a rotina daquela taberna, variava muito pouco. Porém um dia tudo transcorreu de forma diferente. Aparentemente estava tudo normal, tinha tomado meu café rotineiro pela parte da manhã, já estava na minha terceira crônica quando chegava o final da tarde. Gostaria de dormir mais cedo, pois passara a noite em claro terminando de ler Crime e Castigo. Estava já arrumando minhas coisas, guardando minha Olivetti para me dirigir ao Paulinho Góes quando chega o rebelde. Ele estava adiantado desta vez. Não tinha tanta gente no bar, no que ele não demorou muito em encostar-se à minha mesa e repetir toda sua ladainha. Como estava com pressa não alimentei tanto desta vez seu teatro cotidiano. Lembro-me que falei assim: rebelde, sei quem você é. Com sua capacidade de estar acima de todos e de tudo, com sua disposição solitária, não possuindo relação material alguma com o mundo, a não ser estes andrajos que traz no corpo, remanescentes do fatídico dia em Londres, tu és a Rebeldia em pessoa com sua filosofia independente. Tu és a própria Evolução, és o pai da evolução das espécies! Terminei de dizer aquelas baboseiras já esperando a negativa do incomum, pegando minhas coisas para ir embora quando reinou um silêncio. Tive que prestar atenção. Então algo extraordinário acontecera. Em vez de o rebelde me dar à negativa nominal de sempre me estendendo a mão, a espera dos trocados para a cachaça, ele permanecia estranhamente quieto. De repente seu rosto começa a mudar, começa ganhar uma forma desesperada, todos seus músculos faciais tremiam num frenesi espasmódico, até que do nada, escorre uma lágrima em seus olhos. Nunca tinha presenciado aquilo, o amante da alma inglesa estava chorando na minha frente. Ele começou então a murmurar palavras quase inaudíveis. Dizia sempre: “não pode ser, sou um cavalheiro, tenho palavra tenho honra, não pode ser...” Já não estava entendendo nada, o que acontecera, o que eu lhe disse para ficar naquele estado deplorável. Ele não parava de retorcer o bolso, mexia num, mexia noutro, sem nada encontrar ali. Ficou assim por uns bons cinco minutos, sem que ao menos eu pudesse fazer algo. Depois daquele espetáculo grotesco, o rebelde me pede desculpas por não poder honrar a palavra. Aquilo, ele dissera, nunca tinha acontecido, ele deveria ter o dinheiro para me pagar a cachaça. Então ele tirou de um bolso escondido da camisa um papel todo amarrotado. Imundo como ele, todo sujo de gordura, sangue, poeira e sei lá mais o quê. Esticou o braço e deu para mim. Com muita dificuldade consegui entender o que era aquilo. Era uma identidade, bem velha por sinal. Quase não dava para ver o nome que ali estava escrito, porém com esforço consegui ler. Assim estava, Charles Darwin de Souza. Cara, consegui quebrar o enigma! O nome do rebelde que ninguém nunca adivinhara era simplesmente Charles Darwin, o pai da evolução das espécies. Não me agüentei e soltei uma gargalhada estrondosa. Vi que ele ficara perplexo com a situação. Percebi então seu embaraço, como ele tinha tanta certeza que ninguém jamais iria acertar seu nome, nunca andava com dinheiro. Para ele, porém isso era uma ofensa, não poder honrar com sua própria filosofia, que consistia em não possuir nada além de sua palavra. Como não me interessava destruir tão linda filosofia, peguei do meu bolso uns trocados, e discretamente deixei cair perto da mesa em que nos encontrávamos. Disse-lhe então que havia um mal entendido, se aquele dinheiro no chão não era dele. Não é que ele não tivesse dinheiro, ele só havia perdido. Abaixou então, mesmo percebendo que eu fizera, pegou o dinheiro e me deu. Peguei-o, apertei sua mão, dei-lhe um abraço, e disse-lhe: obrigado Charles Darwin pela cachaça. A honra é toda minha. Respondeu-me. Logo depois, retirou-se do bar e sumiu na penumbra da noite. Agora era eu que estava emocionado. Pela primeira vez pronunciei o nome daquela estranha figura. Só eu conhecia o seu segredo e saberia guardá-lo com carinho.
        Naquela noite dormir como nunca, sonhando com Galápagos, com os dinossauros, com o Homo sapiens, enfim sonhando com Charles Darwin.
 Peter Lima.
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escritacriativaunip · 4 years
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It’s a kind of magic por Amanda Monteiro
Estamos nos anos 80 e, poucas coisas no mundo, são melhores do que ser um feiticeiro. O Prince é uma delas. Vivo em uma realidade onde a caça as bruxas nunca aconteceu e, por isso, para onde quer que olhe, há um feiticeiro, um mago, uma bruxa, como preferir. Cada um de nós tem um poder específico, um tipo de magia diferente. Alguns nascem com o dom para fazer poções, outros conseguem controlar objetos, os sortudos podem controlar pessoas e por conta do dinheiro se especializam em magias para trazer amor, dinheiro, e etc. Poucos, como eu, controlam magia obscura, e isso não quer dizer que somos maus, apenas que nossa magia não está sujeita às regras da magia comum de troca equivalente, nós podemos fazer o que quisermos. 
Para alguém de espírito livre como eu, esse é o melhor cenário possível. Minha especialidade são portais, posso viajar para qualquer lugar nesse mundo ou em outros, dentro ou fora da realidade onde nasci. As únicas regras que regem meus poderes são: Se eu sair da minha dimensão, preciso assumir o lugar de alguém nativo da realidade para onde estou indo; tenho que viver uma vida inteira lá e uma vez que morrer, voltarei para minha própria realidade; por último, na minha nova vida, não me lembrarei nada sobre quem fui, mas quando voltar para minha própria vida, lembrarei de tudo o que vivi. Bem simples na verdade, nada demais para quem é imortal.
Já vi e vivi de tudo. Já fui um príncipe Scylla, destinado a casar com o guerreiro que derrotasse o Kraken. Nessa vida, morri bem velhinho depois que meus filhos assumiram o trono. No princípio, odiava o tritão com quem me casei, mas aquele idiota acabou me conquistando. Nessa realidade, a Era dos deuses e criaturas gregas nunca chegou ao fim. O Olimpo dominou e subjugou a todos. Depois, fui para uma realidade bem interessante. Neste mundo futurista, escritores não escrevem seus livros de maneira tradicional. Existe uma tecnologia que possibilita que entrem em um programa e assumam o papel de um personagem estabelecido previamente. Eu era um escritor policial famoso e estava trabalhando na minha obra prima. Entrei no corpo de um dos meus personagens favoritos entre todos os que já criei. Um jornalista, tão obcecado por crimes, que decidiu cometer o seu próprio. Durante meses ele manipulou seu co-protagonista até deixá-lo à beira da loucura e por fim, presenciar sua morte. O livro foi um best-seller, me rendeu muito dinheiro, mas, passar meses na mente perturbada de um personagem, foi demais para mim e acabei morrendo em uma festa. Não foi minha primeira overdose.
Minha penúltima viagem foi a mais perturbadora. Entrei no corpo de um astronauta pouco antes dele ser convocado para uma missão. Fiquei séculos preso em uma câmara bizarra, navegando em uma nave a mercê do universo. Pelo menos, tive um final feliz. Conseguimos chegar no nosso destino, minha esposa e filhas acordaram bem, assim como toda a tripulação e as demais famílias. Conseguimos estabelecer nossa primeira base e, com sucesso, conseguimos trazer mais uma geração. Aos poucos, mais tripulações foram chegando, estabelecendo novas bases e pouco antes de morrer pude ver a nossa nova casa engatinhar. Morri de velhice com toda a minha família e a sensação de dever cumprido.
Por último, decidi ir atrás de mais emoção. Assumi o corpo de um rei intergalático, megalomaníaco, obcecado por ser imortal. Foi a primeira vez que assumi o papel de um “vilão”. Fui um conquistador e tive um fim digno para tal. Sofri um golpe de Estado no melhor estilo Júlio César.  Esfaqueado pelo meu próprio filho caçula enquanto dormia.
Depois de viver tantas vidas, decidi que queria viver a minha própria, pelo menos até que ela me entediasse. Me mudei para (neo) Tóquio e me encontrava completamente deslumbrado por toda a estética. Me sentia Rick Deckard, vivendo minha fantasia de Kaneda ao som de 1984 da Junko Yagami. Quem precisa do dia e do sol, quando se tem a noite e os neons. A eternidade tinha a duração de uma madrugada.
Andava pelas ruas, transformando estranhos em amigos, quem sabe em amantes ou até mesmo parceiros para crimes futuros. A vida fica infinitamente mais fácil quando se aceita que as coisas não tem um significado real além do que atribuímos a ela. Ser livre é se permitir ressignificar tudo. Entender que as coisas não precisam durar, é possível se apaixonar perdidamente por alguém que conheceu há cinco minutos e sequer saber o nome, como também é possível apenas gostar de alguém que conhece a vida toda. Tempo, sentimentos, experiências, tudo é relativo. Tudo é mutável, nenhuma dessas coisas precisa ser um peso.
Tudo ia muito bem, até que, em uma noite andando pelo centro, a procura de algo para fazer ou de um problema para causar, encontrei exatamente o que queria. — Sabe que é considerado falta de respeito deixar sua identidade a mostra em um bairro humano, não sabe? — Com um sorriso, me sentei ao lado do dono dos olhos violetas mais lindos que já vi em todas as minhas vidas. Muitos podem considerar minha atitude imprudente, até mesmo eu considero isso. Estávamos sozinhos, sentados no banco de uma praça deserta e ele não parece nada amigável. Antes que me perguntem o que faço aqui: meu apartamento fica próximo dessa praça e eu uso ela para cortar caminho. Me teletransportar é legal, mas hoje estava afim de uma caminhada.
Vestido de preto dos pés a cabeça. Seus cabelos tão escuros quanto suas roupas, e longo, mesmo preso em um rabo de cavalo, podia ver que chegava a altura de sua cintura. Ele com certeza era mais alto do que eu, maior e mais forte também. Seus punhos causariam um grande estrago a minha pessoa, mas pela sua aura, podia ver que sua magia era inofensiva para mim. Ele controla pessoas, mais especificamente a mente delas, lavagem cerebral. Não afeta outros feiticeiros. — Não tem ninguém aqui. Prefiro que continue assim, estou aguardando uma pes- Espera! Esses olhos, é você? — Seu tom começou áspero e, no momento em que levantou o olhar, sabia que sua intenção era me intimidar. Como cortesia, deixei minha marca a mostra, meus olhos assumiram sua cor natural, o tom entre o amarelo e o ocre, minhas pupilas verticais como as de um gato, mas mais estreitas como a de um réptil. Com essa mudança, passei a enxergar melhor no escuro, bem a tempo de ver a expressão surpresa no rosto dele. — SOU EU!? — Falei animado — Por que me espera? — Nina me disse que eu te encontraria aqui.
— Nina? Aquela bruxa doida do akai ito? Uma mentirosa. Acho que está me confundindo
— Duvido, agora posso ver sua aura… Você é o bruxo dos portais. — Sou, mas isso não é segredo para ninguém. — Ela me disse que eu estava ligado a um feiticeiro de magia obscura, sua especialidade é a única que explica essa loucura toda. — Será que podemos correr para a parte da conversa onde você me conta o que tá acontecendo e eu fujo pra uma dimensão bem longe daqui? — NÃO! VOCÊ NÃO VAI A LUGAR NENHUM.— Ele se exaltou e eu me assustei com a mudança repentina. —  Estou ligado a você, então nem pense em fazer outro salto em portal. — Ligado a mim? Então foi essa a mentira que Nina enfiou na sua cabeça? Ligações não existem, o fio vermelho do destino é só uma farsa, inventada para consolar humanos que acham que vão morrer sozinhos — Então como me explica isso? -- Ele falou entre dentes e arrancou a luva da sua mão esquerda. Baixou todos os dedos e deixou apenas o mindinho levantado, podia ver um fio vermelho bem fino brilhante, parecia um delicado anel de barbante tatuado em sua pele. —  É uma tatuagem bem fofa. — Falei em tom de brincadeira, o que o fez suspirar e revirar os olhos — Olhe a sua mão direita. — Foi minha vez de revirar os olhos, mas o obedeci. Por todos os deuses ativos e aposentados, que merda é essa? — QUANDO FOI QUE COLOCOU ISSO EM MIM? ESTÁ CONTROLANDO A MINHA MENTE, NÃO ESTÁ? — Apontava o meu mindinho para ele. Lá estava a mesma marca vermelha, o mesmo fio, a mesma “tatuagem fofa” — Mais do que ninguém, deveria saber que não posso controlar a mente de outros feiticeiros. — Então, repetindo sua pergunta, “como me explica isso?” — Já te expliquei.
— Não é o suficiente.
— Não tem outra explicação. Ligações acontecem ao acaso, sorte, azar. Faça um ritual e invoque Khaos, pergunte diretamente para ele.
— Ainda não me prova nada! Se somos mesmo ligados, por que não posso usar a sua magia? 
— Apenas a magia mais forte é compartilhada, no caso a sua. — VOCÊ ANDA USANDO MEUS PORTAIS? — Não! Mas sou arrastado junto toda vez que você pula em um. — O que quer dizer? — Aindrea, o tritão com que você se casou; seu editor; seu braço direito no comando da nave; o seu conselheiro real. Todos, eu. — Mentira. Você leu minha mente. — Quantas vezes vou ter que falar que não tenho acesso a droga da sua mente!? — Prove.
— Provar o que?
— Prove que viveu como todos eles. Fale algo que só nós saberíamos. — Você odiava quando eu mimava as crianças e dava espadas de brinquedo para elas, “Scyllas são nobre e não bárbaros”. Eu tentei te impedir de escrever aquele livro e nós tivemos uma briga feia, você me demitiu, mas nunca preencheu papelada nenhuma, então ninguém sabe. No centro de treinamento, fui eu quem sabotou o sorteio e fiz com que se casasse com aquela médica antes da missão. Já está bom? — Isso é tão bizarro — Falei, completamente estático e em choque. — Bizarro… — Ele repetiu. — E agora? — E agora nós temos que achar um jeito de quebrar essa ligação, porque eu não aguentaria viver mais uma vida tendo que te aturar
— Que fofo, obrigado pela parte que me toca — Respondi com ironia — Por onde começamos? — Precisamos encontrar uma das bruxas originais. Elas são as únicas que tem o poder para isso.
— É impossível encontrar elas, há milênios não são vistas por ninguém.
— Temos tempo, mas eu tenho uma ideia. — Qual ideia?
— Amanhã nós conversamos melhor, já está tarde. — Ele falou e então se levantou. — EI! Aonde vai? — Para o seu apartamento. — Para o meu o que? — Seu apartamento. Não sou daqui, não tenho onde ficar e nem dinheiro para pagar um hotel. — Será que você pode pelo menos me dizer o seu nome antes de invadir minha casa? — Me chamo Newe. — Sou Erian.
— Eu já sei. — Ele respondeu seco e continuou andando. Eu permaneci sentado no banco da praça, olhando para o céu e tentando aproveitar as últimas horas de paz que teria. Algo me dizia, que a partir de amanhã, minha vida seria mais louca do que qualquer outra que já vivi.
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rubihell · 5 years
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A Santa e a Puta
           Aceitar o convite para uma noite de sexo com um desconhecido havia sido algo incogitável em toda minha criação. Lembro-me de minha mãe, por diversas vezes, ensinar-me como as “boas garotas” devem se comportar; “Aprenda os deveres da casa”, “Não use roupas de puta”, “Seja sociável, ande direito, não fale alto”, e claro “Se puder, deixe que ele pague a conta do jantar”.
           Isso sempre foi algo deveras problemático na minha cabeça juvenil, ainda em formação de conceitos e princípios. Está tudo bem cuidar de uma casa para agradar o homem, usar roupas discretas, ser socialmente simpática e deixar que o meu companheiro me banque, desde que seja um homem conhecido, de respeito, que tenha se apresentado à família e todos os decoros dos enamorados da década de 40. Mas, e quando se tratasse de um anônimo? E se fosse alguém, que eu veria apenas uma vez, que desaparecia em algumas horas? Se eu o deixasse pagar minha bebida, o jantar, a suíte, as horas da minha companhia, em troca da liberdade? Liberdade de ser quem sou, de andar com a roupa que melhor me convir? Para a nossa sociedade, a mulher se vender como a perfeita substituta de uma mãe para as tarefas de um lar, vender-se como uma boneca; com as roupas de cortes recatados, vender-se em troca do jantar, é moralmente aceito, não é mesmo? Não se importam com nossas vontades, desejos, sonhos, ambições. Bastava-me ser uma “boa moça” dentro desse molde cruel e deturpado, que provavelmente, os anseios teriam sido perfeitamente saciados e as expectativas ao meu respeito atenderiam os mais rígidos requisitos, se meu espírito não queimasse feito o fogo... Se eu não a mais fiel personificação do pecado mais vermelho, rubro feito uma flor da primavera e a folha do outono, o vermelho da vida e tudo aquilo que simboliza o seu calor.
             Na cidade do Rio de Janeiro, em meados de 2014, talvez fosse o auge de uma garota exemplar que eu alcancei em toda vida até aqui. Jovem e casada, construía o que vocês hoje conhecem por uma família tradicional, regada daquilo que mais se tem; aparências. Sorte a minha ter construído em meu ser a paixão pelos livros e, portanto, embora suas capas bonitas me encantem à primeira vista, não é o que de fato busco. Estudar e aprofundar as observações são um conceito válido para todos os âmbitos da vida. Havia uma beleza rara contida na história com meu ex companheiro; uma paixão que superou distâncias, inconsequente e fracassada. Era uma ilusão, e no agora, no presente momento em que relato este texto para você, reconheço a minha pífia e genuína tentativa, não a primeira – mas certamente a mais marcante – nisso que vos digo sobre a busca da aceitação.
             Lembro-me, ao embarcar de volta para minha cidade natal, a sensação de algo estar mudando gradativamente dentro de mim. Nunca almejei a vida de aparências. Minha filosofia consiste na verdade sobre quem e o que sou. Seguir ordens e cumprir regras não é a minha praia, não para agradar “as pessoas”, sejam lá quem essas pessoas são. E apesar dos hábitos metódicos e caseiros, existe uma parcela daqueles que me tem como uma mulher rebelde. E, se rebeldia representa as tatuagens sobre a minha pele, a postura, as escolhas, podemos dizer que sim. O sou. Porque sou um ser pensante, questionadora o suficiente para me permitir abrangentes experiências. E veja, meu caro, preciso discorrer sobre toda essa abobrinha, sobre essa conversa que em plena era virtual você já se deparou em algum momento, para que entenda sem o menor engano daquilo que venho a relatar. Chame-me de Mulher Felina, como um gato de apartamento, que está dentro de um molde e um conforto ideal que exigem as máscaras do papel esperado por todos, com a alma de um Tigre feroz e sedento de curiosidade por aquilo que está além da cerca que o impede de escapar.
             Todavia, hoje, há cinco anos de volta para São Paulo, somando a coragem que habita o meu corpo, decido por fim me aventurar em sua noite. Eu já havia trocado sexo por dinheiro anteriormente, no conforto das minhas divulgações em redes sociais. O método é simples: tire fotos sensuais e seja simpática, agende em um hotel de sua preferência com quem lhe chamar e depois do encontro pegue o Uber e volte para casa em segurança, o modo de prostituição mais inteligente que posso imaginar devido ao poder de autonomia que está nas mãos da profissional. No entanto, um bordel? Boate? Puteiro? Nunca havia tocado os meus pés. Não sabia o que esperar, e posso aqui te jurar, embora todas as demências que a ansiedade me causa, a tranquilidade que estava o meu coração no momento em que adentrei o recinto escuro, que tocava música, onde homens caçavam sexo e a caça desfilava; todas lindas, cada uma à sua maneira. Mulheres de todo tipo; altas, magras, gordas, negras, loiras, e até cheguei a ver duas que haviam raspado o cabelo. Aquele lugar cheirava a pecado e lascívia, mas havia regras, e as regras eram rígidas, o que o tornava também um local “seguro”. Num prazo de dois meses, em duas madrugadas andei por entre elas, traçando meus passos de lá para cá entre os salões de socialização. Não subi para os quartos em nenhuma das vezes, mas aceitei bebidas, troquei prosas e cigarros. Não era um lugar tão inóspito como dizem os conservadores, tanto que se por um momento você abstraísse da sexualidade implícita, talvez fosse se sentir como num bar ou balada com seus amigos, e foi com essa ideia em mente que me permiti uma terceira visita à casa noturna.
             Madeline estava empolgada, fazendo alusões sobre quantos homens atenderia naquela noite e quanto dinheiro conseguiria com isso. Ela é uma garota pequena e jovem, e por ela tenho um senso de cuidado difícil de ser explicado por aqui, contudo, foi devido a este sentido – ou sentimento – que cedi a sua vontade. Precisávamos de grana, é verdade. E mesmo em minha plena convicção de que conseguiríamos pagar nossas contas de outro modo, não quis lhe parecer uma estraga prazeres. Meu mau humor imperava na primeira hora, entre me arrumar e retornar à boate. Fazia frio, talvez 13ºC graus, e confesso para vocês que meu maior desejo era retornar para casa, fumar meu baseado em paz, ler meus livros, escrever meus textos ou assistir qualquer bobagem de conteúdo na internet. O ar introspectivo me sondava. Mas, ainda pior que estar fora do conforto do meu lar, cercada de estranhos, era imaginar minha pequena companheira nesta mesma situação e sozinha. Que tipo de amiga eu seria? Apesar do pouco tempo de convivência, apreciava toda sua graciosidade e bom humor. Contrastava-me em muitos aspectos, além de tornar minha rotina um pouco mais leve. Eu ainda que de mãos dadas caminhe com a minha solidão, aprendia a apreciar sua companhia. E a regra do rolê é clara: “Chegamos juntas e voltaremos para casa juntas.” Como um time, uma equipe de dois. E assim foi.
             Madie não demorou a sumir de vista. Não havia quem não se encantasse com sua aparência e sua excentricidade. Eu, por outro lado, que me fiz presente para acompanhá-la, tratei de exercitar a ideia da abstração do contexto; esquecer-me de que estava num puteiro, e fazer o mínimo, tratando todos como gente, não como uma rival ou um cifrão. Evidente – sem hipocrisias –, que se rolasse um clima gostoso com algum daqueles machos, estrearia minha noite num dos quartos do andar superior. Mas, particularmente, meu sentimento era o mais sincero “foda-se”. Naquela noite eu só conversaria, ou ficaria na minha, fumando meu cigarro ou tomando meu copo de Jurupinga enquanto eu esperava o tempo fazer o seu papel: passar.
             Em dado momento, nas primeiras horas da madrugada, tive sorte de encontrar uma boa companhia, ocasionalmente, na área de fumante ao notar que havia me esquecido do isqueiro. Não me lembro de seu nome, mas consigo me recordar de vários dos assuntos pelo qual passamos. Suas bochechas eram fofas por debaixo de sua barba loira, e sua barriga saliente o fazia parecer um homem saído direto dos contos vikings. É infalível a união entre amigos de fumaça, não é verdade? Entretanto, ele não tardou a partir, talvez incomodado por tomar o meu tempo num lugar onde o tempo era tão valioso e cobiçado. Abdiquei-me de oposições e o deixei partir, voltando a caminhar sozinha entre tantos rostos que eu não conhecia.
           As horas avançaram, mas não o suficiente. E muito embora todas as razões positivas para se estar ali, o tédio prestes a me consumir, guiou-me ao balcão do bar, onde me acomodei no único banco livre e sobre a vida comecei a refletir, percorrendo entre os labirintos dos meus pensamentos. Dissertava para mim mesma, dentro da minha cabeça, ideias que pairavam entre quais foram os caminhos que segui, que me trouxeram a experimentar os ares da noite, eu que sou tão diurna, criada em meio aos recatos, para também a reflexão sobre o que atraíam tantos para o mesmo lugar. Cheguei à conclusão, ainda quieta e observadora, que tudo se tratava de três itens: Dinheiro, Poder e Prazer, mas tamanha a complexidade desse insight, que guardarei a ideia para ser discutida em outro momento. Não aqui, não agora. Até mesmo porque, após algum tempo sozinha, não demorou até que me alguém me abordasse, o que me faz descer do mundo das fantasias e aterrissar no plano real da vida.
             Um grupo de cinco amigos (pelo que pude contar) se puseram ao meu lado, sorridentes, bêbados e alegres. Minha beleza chamou a atenção de todos, é claro. No entanto, apenas o que se pôs à minha esquerda puxou assunto, e despretensiosamente começamos a conversar. Ele me dizia sobre a maneira que se sentia confortável ao meu lado, como se tivesse no balcão de um bar qualquer com uma amiga, ainda que tivéssemos acabado de nos conhecer, e para seus amigos que se afastaram para nos deixar às sós, quando retornaram, elogiou-me repetidas vezes, enfatizando o fato de que em todo tempo de conversa, não o chamei para transar, não pedi para que me pagasse uma bebida, como se isso fosse algum tipo de orgulho. Como se eu fosse diferente apenas por tratá-lo bem, o que deu brecha para que um dos homens que o acompanhava se aproximar pelo lado oposto.
           Vi-me cercada por essa energia masculina de admiração, e nesse instante, tamanho êxito em não me deixar guiar pelo mau humor do tempo ócio, encontrava-me verdadeiramente bem, envolta de companhias agradáveis. Toda mulher gosta de ser elogiada, e particularmente, o cortejo além do que exalta o meu físico é capaz de me encantar com muito mais eficiência.
           De toda forma, não foram esses os admiradores que tornaram dessa noite algo memorável, digna de um texto meu. Eles foram o caminho para um fato muito mais inédito.
             Uma nova figura se aproximou como quem não quer nada, apoiou seus braços no balcão, e após chamar pelo bar tender e fazer seu pedido virou-se de frente para mim, e em seguida guiou seus olhos para o homem que já proseava comigo, soltando o elogio de que “ele havia feito uma boa escolha”. Apertaram as mãos como parceiros, e tamanho era o grupo de homens que interagia naquele momento, que ingenuamente acreditei que se tratava de mais um conhecido entre tantos que falavam comigo e tratei de lhe dedicar também a minha atenção.
             Precisei de pelo menos dez minutos até perceber que o grupo amistoso de rapazes haviam se afastado. Foi inevitável não criar algum tipo de alusão em minha mente, quando agora, o novo desconhecido parecia-me como um lobo alfa, que espantava toda a matilha de perto da fêmea que chamou sua atenção apenas com sua presença. Oh, não. Ele não precisou ranger os dentes, ser mal educado, grosseiro ou grunhir. Ao contrário, sua simpatia era algo contagiante. Um brilho e energia própria, que parecia ser algo capaz ofuscar qualquer um que estivesse próximo, menos a mim.
             Seus olhos possuíam algum tipo de encanto sobrenatural. E, embora tamanhas coincidências descobertas em meio aos cigarros trocados, a magia não se encaixava nesses aspectos. Afinal, com quantos homens eu já não havia feito o mesmo somente naquele prazo de horas? Definitivamente não se tratava disso, mas sim, sobre a forma que ele me encarava sem pudor. Minha presença não o intimidava, e com aquele par de íris cor de jade, sentia-me como se tivesse a alma invadida sem um pedido de licença. Era como se ele fosse capaz de me devorar ali mesmo, naquele instante, diante de todos. Seu nome? Isso é irrelevante para vocês tanto quanto é para mim mesma. Não me interessava por quem quer que ele fosse. Talvez, tivéssemos nosso primeiro contato ali, numa dentre tantas boates de São Paulo, e nunca mais nos encontraríamos. Mas, com toda a certeza, seu rosto não era só mais um no meio da multidão, e a lembrança dessa noite já teria seu lugar no palácio das memórias ainda que tudo tivesse acabado ali, com o raiar do dia, quando nos despedimos e, junto de minha pequena amiga de madeixas cor-de-rosa, voltei para casa.
             Ahh, a vida e suas artimanhas, caminhos, percursos...
             Aquilo só poderia ser algum tipo de peça, de brincadeira, de piada, pegadinha. Salvo por raras exceções, jamais dedicava minha atenção a trocar mensagens. Esse meu péssimo hábito, inclusive, era muito prejudicial. Pois, qual jovem em seus vinte e tantos anos, abdicava-se de contato virtual? De redes sociais? Exceto por minha conta no Twitter, que uso apenas para divulgação e agendamentos de programas, sou uma completa anônima, à parte da Era tecnológica. Paciência comigo e com minhas demoras no que se tratava de mensagens de texto é o pré-requisito que alerto todos aqueles que se aproximam. Então, por qual razão o respondia? Desejava-lhe bom dia? Boa noite? Foram seus olhos ou o sabe-se lá o quê. A única coisa certa era o meu desejo. Eu o queria. Sim, como o queria... De inimagináveis formas, jeitos, posições, contextos. Tratava-se uma forte intuição que parecia transcender a lógica de meus hábitos, e uma semana depois, aceitei seu convite para sairmos. Agora, apenas nós dois, sem interrupções, por duas horas do meu atendimento, ainda que eu soubesse – talvez mais do que ele próprio –, que aquele encontro não seria apenas um programa. Havia algo sensorial no ar, eu sentia, conseguia farejar como a boa felina que sou.
             O local escolhido foi uma balada de cunho progressista, de temática latina, com músicas alegres, onde a maioria eu conhecia a letra. O gênero não parecia ser do agrado pessoal daquele lobo, pois com o tempo, percebi seu gosto especialmente peculiar e melancólico para as canções, algo que, no entanto, não parecia ser motivo para que não apreciasse o show. Seu humor parecia se contagiar com o meu, e na pista nos mexíamos como numa mesma sintonia, esta tão perfeita, que não pude resistir ao convite feito posteriormente.
           Ir para um lugar mais reservado não estava nos meus planos para aquela noite. Embora não soubesse, eu não saía com pessoas aleatórias que cruzavam o meu caminho. Não para festas, tampouco de um destino para outro. E, no nosso acordo inicial, motel não havia sido cogitado. Ele mesmo não o queria, sentia-se desanimado e só queria curtir a noite com alguém legal, e já o fazíamos. O cachê pago representava somente duas horas, onde dançaria com ele e depois voltaria para casa, na mesma noite, sem mais delongas. Era só mais um atendimento, não concorda? É o que faz uma acompanhante de luxo; companhia para um cliente pelo tempo que ele te pagar para isso, certo? Não. Errado. Não me senti capaz de negar seu convite. Ali, com ele, não era somente a Rubi. Havia uma verdade para além das burocracias. O valor que se paga por sexo não era capaz de suprimir aquilo que se é impagável, e adentrando no seu carro, senti-me como um corpo celeste perdido na imensidão no espaço e inevitavelmente, atraída por sua gravidade.
             A tensão que antecede o sexo pairava em nosso olhar, no ar, em tudo que nos cercava, quando da janela do quarto, fumávamos outro cigarro. Incontáveis se foram àquela noite. Seu beijo, tão intenso, por diversas vezes me engolia. Sentia minha calcinha umedecida somente com sua mão ao redor da minha cintura, segurando-me forte contra seu corpo enquanto nossas línguas dançavam entre nossas bocas. Que maldito feitiço era esse? Estranhamente bom, estranhamente estranho, confuso, que me causava tão misteriosa euforia? Não sei, não sabia, não me interessava. O único sentimento vigente era o meu desejo tão declarado, tão nítido, tão explícito; no meu cheiro, no aroma de cio que exalava pelos meus poros. Tudo em mim denunciava o meu tesão, embora tímida, mantivesse a postura sorridente e calma.
             Inacreditável, não? Eu, tímida para um homem. Parecia piada. Mas, o que ali para mim não o parecia? Divagando o observei se despir de suas peças, que sem pressa ele dobrou e guardou sobre a mesa ao lado da cama juntamente ao colar que guardava o segredo de sua alma, com cuidado e atenção à tarefa, enrolando-se em seguida na toalha branca do hotel. Recusei seu convite para o banho, deixando-o só enquanto agora, nua, com o corpo escondido por outra toalha, aguardei que terminasse para me lavar em seguida. Não sentia meu corpo soado, mas a água quente era bem-vinda após algumas horas de dança.
             Quando deitados na cama, entre a atração instaurada, ainda houve tempo para um pouco mais de conversa enquanto chapávamos os últimos tragos antes do atrito de nossos corpos, mas não tardou muito mais até que sedento ele me puxasse para mais perto, desembrulhando meu corpo do único tecido que ainda me cobria, e sua boca começou a me presentear com os mais primitivos beijos. Suas mãos me apertavam, deslizavam por minha pele com destreza, com nuances que variavam entre o suave e o intenso. Ele me parecia perdido em sua própria mente, entre a perversão e o encanto. Comentava-me sobre como a delicadeza de meu rosto de menina contrastava a volúpia do meu corpo de succubus, sobre o tom bronzeado da pele lisa e macia, enchendo-me de elogios que pareciam não ser cabíveis em suas expressões. Eu, por outro lado, nada conseguia lhe dizer. Mantinha-me sorridente; um sorriso feliz e malicioso, satisfeita por tê-lo ali tão perto, tão inteiro, tão meu.
             Sentei-o na beirada na cama, e cobrindo-o de beijos me ajoelhei perante seu pênis, ereto, pronto para receber minha boca. Antes, porém, subi com a minha língua debaixo para cima. Uma, duas, diversas vezes, lambendo sua glande até que o engolisse, começando a chupá-lo como se me deliciasse com meu doce favorito. Conseguia ouvir seus suspiros abafados, a forma que ofegava, e por diversas vezes enquanto o satisfazia busquei encará-lo. Seus olhos reviravam-se, e quando lhe perguntei retoricamente se estava bom, não havia palavras que pudesse me dizer. O sorriso afiado de canto foi sua única resposta enquanto eu prosseguia, massageando-o, chupando-o, brincando com toda habilidade que possuía. Queria lhe dar um boquete memorável, e quando por fim coloquei-me de pé e ele me jogou do outro lado da cama, um único comentário ecoou no ar até que voltasse a me beijar e a me deleitar com seus toques:
             “Eu queria poder morar na sua boca.”
             A recíproca surgiu de inevitável maneira. Seus lábios desceram por meu queixo, ombros, seios, barriga, ai que frio... Arrepiava-me, sentindo calafrios quanto mais perto da minha intimidade ele se aproximava. E, com uma perna para cada lado de sua cabeça, era chegada a minha vez.
             Meus gemidos dominavam o quarto, minhas mãos soavam frio... Deuses, o que era isso? Que boca era essa? Contorcia-me na cama, sem saber o que fazer, impensante. O mundo por um momento se tornou apenas ele e eu. Não existia o depois, a vida além das paredes que nos cercavam. Tudo se resumia apenas a minha buceta e sua língua, que me pirava, e quando a excitação me fazia tencionar as pernas, ele as abria ainda mais. Estremecia-me, sentindo dormência nas mãos e nas pernas. Todo o meu corpo entrou em chamas, me faltava ar, estava prestes a explodir quando sua língua retornou a trilha de volta para minha boca e nos beijamos como somente os amantes são capazes.
           Meu comentário das mãos adormecidas lhe causou uma ligeira preocupação. “Céus, será que ela está tendo um derrame?” Ele pensou, o que me causou um riso sincero. Ah, bobinho... O único mal que sofria era da minha libido, que gritava e me deixava em frenesi.
             O tempo tornou-se algo abstrato. Há muito havia excedido o prazo que deveria passar ao seu lado, e se você me perguntasse se eu ainda me importava com isso, a resposta é não. Tanto que, em dado momento, quando o próprio atentou-se a isso, segurei-o num abraço, mantendo-o sobre mim. Não importa que horas são, eu lhe disse, e novamente nos beijamos intensamente. Ah... Como eu adorava o seu beijo, seu toque, sua pegada, além de todo brilhantismo que parecia emanar de sua mente, tão desconhecida quanto o próprio também me era, e ao mesmo tempo, contraditoriamente, tão familiar. Parecíamos falar um mesmo idioma, fosse através das palavras, do silêncio, do nosso olhar quando se encontrava, e nosso corpo, uma simbiose. Entrelaçávamos e rolávamos na cama como se fôssemos um. Um mesmo ritmo, uma mesma sintonia. Era um dominador e uma submissa dançando a mais perfeita canção; sentia-o a cada toque mais rude que parecia acompanhar meus passos, e somando o último comentário que poderia restar antes de finalmente tê-lo dentro de mim, o questionei.
             “Você gosta de dominar? Controlar? Comandar?”
             Eu estava deitada sobre a cama, de frente para ele, que estava um pouco mais elevado, ajoelhado, pensativo sobre o que responder. Pareceu-me desconcertado e cuidadoso com a maneira que pudesse a vir revelar seus instintos mais devassos. Talvez, o que não esperasse, fosse o meu sorriso sapeca, de garota travessa ao constatar a resposta que eu queria ouvir, quando então, lhe confesso ser exatamente seu oposto.
             Queria que todos vocês estivessem lá para ver a expressão desenhada no rosto daquele homem. Havia um misto de surpresa, satisfação, confusão, como se sem querer (será? rs) eu tivesse dado passagem para uma linha onde ele pudesse cruzar, e de imediato suas mãos seguravam-me com ainda mais força e paixão.
             Minha buceta o chamava, e por cima de mim, me penetrou. Senti cada centímetro do seu membro ao me invadir enquanto ele segurava minhas pernas para o alto. Seu ritmo de vai e vem era impressionante. A cada estocada uma nova força, um pouco mais de domínio, gradativo, do jeito certo, sem instruções, sem decepções, exatamente como eu gostava. Ai meu Deus! Quê homem é esse? Ai de mim, que era controlada e guiada, completamente entregue, quente e despudorada.
           Ao trocarmos de posição, a ideia de cavalgá-lo foi sugerida. E confesso aqui para vocês que eu o queria, o queria muito, mas com um acordo. E trato proposto fosse que, em seguida, ele me pegasse de quatro. Que homem recusaria, afinal de contas? No entanto, ideia esta minha tão genial, que para tal já partimos. Posicionei-me de costas para o mesmo e, antes de me inclinar, separei o máximo que pude minhas pernas. Sua destra percorreu o caminho pela linha da minha coluna até minha nuca, sua mão depositou pressão e curvou o meu corpo até que meu ombro estivesse contra o colchão, mantendo-me empinada naquela posição enquanto novamente me penetrava com o seu pau, para frente e para trás, com força, força, mais força... Oh... Eu delirava. Não continha mais os meus gemidos de prazer, ora como uma vadia escandalosa, ora como uma gatinha manhosa.
           Em algum momento suas mãos imobilizaram as minhas para trás, em outro segurou meu pulsos contra a cama, depois segurou meus cabelos, os puxando para trás, obrigando-me a permanecer ajoelhada, sem apoios, como quem domina as rédeas de um animal selvagem enquanto metia rápido, rápido e mais rápido! Iríamos gozar! Minhas pernas perderam as forças e eu cedi primeiro, voltando ao colchão, ainda gemendo e inerte, como se de mim ele tivesse drenado todas as minhas forças, para em seguida aliviar o seu prazer, soado, despencando ao meu lado, sem energia, em êxtase.
             Sejam lá quais foram nossos caminhos até nosso ocasional encontro, certamente ele tanto eu não imaginávamos tamanha consequência. Bom, pelo menos eu, não contava com esse dia, com essa noite, com essa foda. Dentre tantos destinos possíveis, vi-me neste; onde deitada no peito de um anônimo da boate onde uma semana antes conheci, ouvia seu coração pulsar enquanto fumávamos mais um cigarro.
             De Santa para Puta é apenas um salto, um passo e um sorriso, não é mesmo?
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(Arte ilustrativa)
A Santa e a Puta, parte I.
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frasesincompletas · 5 years
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H,
       A vida é um negócio esquizofrênico as vezes, não é? Essa noite eu resolvi escrever um conto bobo que me surgiu na cabeça e por isso precisei roubar alguma de suas palavras, como de costume. Normalmente o mote da minha escrita é você e peço desculpas por isso, mas ao mesmo faço isso por três motivos. Primeiro porque você inevitavelmente foi quem me fez voltar a escrever, segundo porque me sinto um tanto quanto vingada quando te roubo algo tão simplório como as palavras da sua literatura e terceiro porque eu realmente gosto do que você escreve. Eu sei que você não gosta, e as vezes eu acho que isso faz parte da sua persona, ou pelo menos da sua persona pra mim. Mas é bom. Eu gosto. Sinto falta dos seus textos barrocos. 
       A questão é que eu sabia que seu antigo blog não existia mais porque, por gostar do que você escreve, apesar de tudo, eu tentava acompanhar alguma coisa e eventualmente ele sumiu, como você. Mas hoje eu estava especialmente determinada a escrever meu conto e eu procurei o nome de um dos seus textos (mantenho guardado comigo pra saber que tudo que aconteceu não foi simplesmente um delírio) e encontrei seu blog com um novo endereço. Se me permite, te pergunto (mesmo esperando nenhuma resposta) por que dessa mudança? 
       E imagina meu espanto quando encontrei sua resposta a minha carta, querido. Atordoada, tive que re-ler a minha carta, porque já não lembrava mais do que havia escrito. Meus hipnóticos psiquiátricos são eficientes em apagar as memórias enquanto dura sua meia vida. Ri com a tosquice do que disse e fui ler sua resposta. 
       Resolvi responder porque talvez eu queira dizer algumas coisas já que esse canal de comunicação me pareceu aberto de alguma forma. Eu nem imaginava que você ainda me lia, que eu ainda existia dentro da sua cabeça. Não se preocupe, não vou gastar essa oportunidade com sentimentos infantis, com questões que nunca serão respondidas. Talvez quem está te escrevendo essa carta já não seja mais a pessoa que você conheceu. 
      Como um todo, talvez essa carta seja um grande pedido de desculpas. Isso não mudou. Eu ainda sou a pessoa que perdoa demais, que pede desculpas demais. E é estranho te pedir desculpas porque as vezes me parece que você me machucou mais do que eu te machuquei. Mas peço mesmo assim, porque, racionalmente, eu sei que isso não é bem verdade. Ninguém magoou a outra pessoa a mais ou a menos. Nós atravessamos violentamente um ao outro, arrastando tudo no caminho, causando mácula. Mas isso é apenas a vida, ou pelo menos como eu penso que a vida deveria ser. As pessoas nos atravessam, como você diz (e eu concordo), da mesma maneira que o tempo faz. Não deveria haver culpa, ou pelo menos, não completamente.
       Depois de muitas sessões de análise eu e minha terapeuta chegamos em uma conclusão de que há um embate entre a minha interpretação pessoal do que ocorreu entre n��s e o que o mundo externo pensa que aconteceu entre nós. Eu acreditei, por muito tempo, baseado na minha experiência, na minha intuição e na minha interpretação dos suas palavras, seus atos mas especialmente seus gestos e postura corporal, que éramos cúmplices. 
       Resolvemos, talvez inconsequentemente, assaltar um banco. Pecaríamos juntos, e pecamos. Você dirigiria o carro para a fuga, assim como dirigiu o carro na ida. Mas quando eu saí do banco, com as sacolas cheias de dinheiro, você já não estava mais lá me esperando no carro. Portanto, você foi meu cúmplice e eu a sua. Talvez você não tenha sido o melhor cúmplice porque no fim você desapareceu. É coisa que mais me dói, mas é a vida. 
       Mas o mundo externo insiste em me colocar numa posição de vítima, como se você apenas tivesse me usado, como se eu tivesse sido só mais uma das mulheres que você coloca de maneira leviana na sua vida. Diversos fatos fofocados comigo me fizeram começar a duvidar na nossa imagem de cúmplices. E agora, agora que eu finalmente te entendo, entendo também que essa imagem de vítima não é certa. Principalmente porque ela faz eu duvidar de mim mesma, das minhas percepções e da minha leitura do universo e isso é o primeiro passo em direção a loucura. E sua resposta, suas palavras, mesmo que atrasadas, me aquecem por dentro e me fazem acreditar no que eu acreditava antes. Me faz acreditar que houve algo e que eu fui importante pra você, que você me sentiu de alguma forma, não que isso importe agora de fato, na vida prática, ou mude qualquer coisa agora, mas importa pra que eu não enlouqueça. Existiu, não existe mais e tudo bem. 
       Eu quero te pedir desculpas por todas as vezes que te descrevi como meu algoz. Que disse coisas infálaveis como que você é um canalha ou aleijado afetivamente. Não que isso seja mentira. Você é um canalha e é aleijado afetivamente, mas isso não é coisa que se fale, não é? Mesmo porque, eu também tenho meu lado canalha. Aleijada afetivamente ainda não sou e pretendo não ser, mas não é um defeito em si e mais uma consequência da vida e dos atravessamentos que vivemos. Então, com honestidade, me desculpe por ser maldosa e cruel com a persona que criei de você. 
       Todas as pessoas na verdade não são elas mesmas, são as nossas interpretações e projeções sobre elas. Todos somos personas ou personagens para quem nos atravessa. Tudo que eu sei sobre você é uma personalidade com a qual tiro conclusões, baseadas apenas na minha experiência porque já há tempos que vejo tudo que tangue você como desconfiança, como você me pediu. Você é escorregadio e difícil e por vezes incompreensível, ou essa é a imagem que criei de você, mas espero que você tenha entendido a partir desse parágrafo que pouco importa quem somos de verdade para os outros. 
      Você não deve pedir desculpas por nada anterior a nossa despedida esquizofrênica. E, tendo você pedido desculpas pelos seus silêncios, fico agradecida. Imensamente. Mas queria dizer que os entendo, querido. Entendo porque foi esse silêncio que me permitiu existir depois da nossa catástrofe. 
Sabe Henrique, eu amo você. Eu nunca disse isso com essas palavras e não acho que tenha sido preciso porque isso não mudará nem mudaria nada. Mas eu te amo, ou amo a criatura-você que eu criei na minha cabeça. Eu achava que isso nunca ia acabar, que isso nunca ia desaparecer. E de fato, nunca irá. Eu te amo e não consigo parar. Entretanto, os seus silêncios me fizeram passar por isso. Fico feliz em te dizer que eu choro. Agora que te entendo, choro. Choro com a performance correta de chorar. E eu amo, não só você, mas outras pessoas. E amo de maneiras diferentes e por conta dos seus silêncios eu fui capaz de me entregar para alguém tão intimamente como me entreguei pra você. É assustador porque eu tenho medo, muito medo, do que me reserva. 
      Quanto mais eu subo mais dolorida será a queda mas os seus silêncios me permitem ser otimista. Me permitem entender, como eu li em um dos seus poemas, que perder-se agora é perder tudo que está adiante. Então, obrigada por eles. E obrigada pelas desculpas, porque o silêncio dói demais, mesmo sendo imprescindível. 
      Te entendo, querido. Mesmo assim, você continua sendo a pior (e a melhor) coisa que me aconteceu. Mas eu choro, escrevo, amo e não existe uma troca macabra. Existe uma chaga macabra talvez, porque eu acho que nunca vou esquecer você e nunca vou deixar de te amar. Mas isso faz parte da vida. Eu penso, de maneira hedonista e perigosa, que vale a pena se destruir por algo que você quer muito se você sabe que você pode voltar. E eu posso. Eu voltei.  
Queria te agradecer pela parte que você me diz que as vezes ouve uma música que faz você se lembrar de mim e esmurra o volante. Me pergunto quais seriam elas, mas não sei se isso tem resposta. Peço desculpas porque nesse embate vítima x cúmplice muitas vezes meu lado irracional e doente me convenceu que não havia nenhum sentimento seu comigo. Que era unilateral. Mas não pode ser, não é? Não faz sentido. E peço desculpas por ter te desumanizado, te tornado um monstro. Me desculpe pelas minhas palavras ácidas, duras e cortantes nos meus textos. Eu verdadeiramente não sabia que você os leria um dia. 
      Diferente de você, meus textos não são véus sobre o que eu realmente quero dizer. É aquele sentimento tempestuoso do momento que sai da minha boca ou dos meus dedos, sentimentos que as vezes desaparecem segundos depois. Gosto de tentar torná-los literatura porque assim eu vou estar transformando algo impalpável em algo que existe aqui, concretamente, no mundo real. E eu prometo, que se um dia tudo isso de alguma forma virar um livro, te darei os devidos créditos e os devidos pseudônimos, se assim você desejar. Me desculpe, mas essa carta vai acabar não sendo só uma carta, mas um artifício literário, um exercício, por assim dizer, porque eu me viciei em escrever coisas e começo a gostar da ideia de que eu posso escrever. Me desculpe pela arrogância desse pensamento, mas me permito de vez em quando uma arrogância saudável, pra me ajudar a lidar com tudo. 
      Eu sinto sua falta. Não como amante, mas como cúmplice de algo só nosso. Sinto falta das nossas conversas, dos seus textos. Mas entendo, compreendo, que é necessário o tempo e o silêncio para que algumas coisas se resolvam, se dissipem. 
      Não sei bem como terminar essa carta. Eu acho que assim que eu terminar de escrever vou me arrepender de todas as palavras. É estranho não estar no silêncio falando com um interlocutor inexistente. Tenho a impressão de que tudo que eu escrevi será tosco, bobo, uma grande merda.
Não sei bem como usar essa oportunidade que você me deu. De ser ouvida, de te ouvir. É engraçado que a maior parte das coisas que eu quero dizer sejam desculpas, você não acha? Talvez eu termine dizendo que continuarei escrevendo sobre você ou sobre o personagem que criei de você, mas gostaria que você não levasse para o pessoal. Não é você, não sou eu, não é verdadeiramente ninguém. As vezes, são sentimentos reais, mas eles são efêmeros demais, apesar de cíclicos por vezes. Nem tudo que eu escrevo é autobiográfico, apesar de tudo ser autobiográfico. 
      Enfim, também queria te pedir desculpas pelas mensagens que te mandei, caso você as tenha visto. Às vezes eu me aproximo demais da melancolia e da reminiscência quando eu tenho meu estado mental alterado, então me perdoe por todos esses despropósitos. Me desculpe por todas as vezes que te forcei a falar, que te forcei a preencher os meus vazios. 
       Eu gostaria que você me respondesse, sabe? Não me magoaria se isso não acontecer porque respeito seus silêncios. Mas seria agradável. Faria com que eu me sentisse civilizada. Não sou ninguém para te pedir qualquer coisa então não farei disso um pedido. Mas sinto que esse canal de comunicação é seguro, está longe do pecado da imprudência, mas não sei. Não importa no fim o que vai acontecer a partir disso. Nada importa no fim, além do que virá realmente, seja sobre eu e você (o que dificilmente será, pois o tempo já nos corroeu o suficiente para não ser), seja sobre qualquer coisa.
       No fundo, tentando atropelar todo meu rancor, mágoa e afetos negativos, eu espero que você esteja feliz. Eu espero que você volte a escrever um dia. Eu espero que não haja maldição.
      Não é o arrebatamento e não estamos no apocalipse. 
Com carinho,
Berenice.
PS: antes que eu me esqueça: de quem eram as coxas?
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A CHUVA
- É meio estranho alguém que você nunca viu pessoalmente escrever coisas assim tão íntimas sabe? -- disse ele depois de ler o conto que mandei sobre uma possível transa entre nós.
- pode até ser até estranho, mas quando temos admiração e consequentemente atração pela pessoa acaba sendo normal, pensa comigo... -- retruquei.
- hahaha pensando por esse lado, faz sentido.
Sempre na defensiva não é moço? Pensei mas não mandei essa mensagem.
Deixei para lá. Quem sabe né?
Acabei mandando:
- nada é tão real quanto a fantasia, só basta acreditarmos nela e CABUM! Ela é real. -- respondi dando de ombros.
- hmm então você quer que seja realidade? -- responde me provocando...
- quero né, mas quando um não quer duas lombrigas 🤷🏾‍♀️ -- respondi desapontada.
- hahaha. O que? 🤔
- huehuehue. Quando um não quer dois não brigam -- respondi rindo (pelo menos eu fiz ele rir né, mas eu queria mais)
- ah sim. Não falei que não quero... -- respondeu depois de um bom tempo.
Paralisei. É isso mesmo produção? Ele está afim de algo? Meu cérebro foi a mil e não pude esconder minha excitação.
- tá livre hoje mais tarde. Sei que tu trabalha perto da Paulista, posso te encontrar lá depois. -- respondi depois de um tempo pensando naquela resposta.
- parece bom -- respondeu.
- umas oito, pode ser; ali no shopping são Paulo? -- sugeri.
- combinado 😘💜
Dei like na mensagem e segui com meu dia. Confesso que muito animada e ainda sem acreditar. Quem sabe realmente rolaria algo a mais, porém, coloquei na minha cabeça que não ia criar expectativas sobre nada. Apenas deixar a coisa rolar. Eu não queria (e nem podia) deixar a ansiedade falar mais alto.
Segui com esse mantra até uma 18 horas quando já estava me preparando para sair. Queria sair antes pois queria ir de metrô para esfriar a cabeça (entenda como amenizar todo o tesão que eu estava sentindo). Sai e no caminho coloquei minha playlist e fui cantando cada música.
Eu estava de macaquinho preto que ganhei de aniversário de uma amiga, tênis branco, uma pochete preta e uma jaqueta jeans que personalizei. O ar condicionado do metrô estava bem frio, inversamente proporcional a temperatura do meu corpo, eu fervia, mas seguia plena.
Desci na estação e fui andando em direção ao ponto de encontro. Em frente ao shopping tinha uma pequena banda com um tecladista , um guitarrista e uma mulher. Ela começou a cantar Trip da Ella Mai. Fiquei encantada com voz forte dela.
Eram umas 19:20 ainda estão resolvi parar e admirar. Me empolguei e comecei a cantar junto. A cantora percebeu e me chamou para cantar junto. Fizemos uma espécie de dueto e entrei na música. Algumas pessoas começaram a sacar o celular e gravar. Comecei a ficar com vergonha, mas superei e continuei.
A música acabou e alguns aplaudiram. Eu fiquei morrendo de vergonha. Mas nos elogiamos e ela disse por que não investia na música, expliquei que a vida tomou uns rumos meio loucos e não pude seguir com nada e agora já era tarde.
- nunca é tarde mulher -- disse Joyce, esse era seu nome.
- vamos de apaga a luz? -- perguntou ela toda animada.
Olhei a hora e vi que ainda eram 19:40. Então tinha um tempinho. Começamos a música e eu comecei a introdução; fazia tempo que eu cantava assim então errei um pouco na hora de entrar mas tudo bem. Enquanto cantava percebi que ele estava na porta do shopping me olhando. Gelei por um milésimo de segundo, mas não errei a letra. Foquei meu olhar aos outros que assistiam, na Joyce e na banda.
Em alguns momentos da letra eu olhava para ele, como se eu estivesse mandando um recado. Ele dava um leve sorriso ou uma leve arqueada na sobrancelha. Gostei de ver ele assim.
A música acabou e eu peguei o contato da Joyce e agradeci a banda pela abertura.
Meu coração palpitava enquanto eu ia na direção dele. Minha mão suava e meu corpo ascendeu em brasa.
- oi, tudo bem? - o comprimentei dando um leve beijo no rosto e um abraço rápido.
Nesse momento senti seu cheiro e era como se fosse uma droga. Eu queria me deleitar nele, por longas horas, até seu perfume se impregnar em mim.
- oi, estou sim e você? -- disse tímido mas com uma voz calma e muito sexy.
- tô bem, deu para perceber né, até cantei ali com a mulher hahaha -- falei meio sem graça tentando me recompor do combo cheiro + voz que ele jogou como uma bomba nos meus sentidos.
- eu vi, você canta muito bem, parabéns -- retrucou me olhando nos olhos.
- obrigada -- agradeci e imendei: onde vamos? Quer dar uma volta?
- vamos sim -- ele assentiu.
Fomos caminhando sentido o MASP e a passos lentos conversávamos sobre a vida, sobre a arte e filmes também. Vi o quanto ele era apaixonado por aquele universo e pensei em como ele era inteligente e legal. Eu sabia que eu não estava atraída apenas pela aparência mas sim por tudo. Conversa vai e conversa vem ele me fez algumas perguntas sobre os contos e eu respondi o mais sincera possível.
- uau, nunca pensei que alguém poderia fazer algo assim sabe. Fiquei bem surpreso. -- disse.
- é, se bem que as brincadeiras que eu sempre faço tem fundo de verdade. Mas como as coisas não são tão simples assim eu preferi descarregar parte do meu desejo nos contos. -- retruquei olhando em seus olhos. Senti meu corpo cada vez mais quente, mas me contive.
- Ah sim, interessante -- respondeu.
Chegamos no vão do MASP e decidimos sentar por ali mesmo. Ele sentou e eu sentei na frente dele. Continuamos a falar sobre nossas vidas, contei a minha ligação forte com a Paulista e que sempre que vou para lá algo bom acontece.
- ah e o que você espera que aconteça hoje aqui? -- perguntou.
Ela sabia muito bem o que eu ia responder.
- eu espero que a gente converse mais, coma alguma coisa e quem sabe outras coisas né -- respondi.
- hm, que outras coisas? -- perguntou aproximando seu rosto e apoiando o braço no banco em que sentávamos, bem perto da minha perna.
Eu quis entrar no jogo dele e respondi me inclinando para ficar próximo ao seu ouvido:
- ah que eu possa te dar um beijo e ir te perguntando o plural de decimal, que tal?
Ele me olhou rindo com o trocadilho e respondeu:
- eu gostei dessa "outra coisa". Rimos e continuamos a conversar sobre outras coisas, o papo fluía e sinceramente eu gostava assim. Apesar do tesão estar tomado no corpo por causa da sua voz e linguagem corporal, aquele momento único de conexão era muito mais íntimo que qualquer trepada.
Depois de um tempo decidimos ir em uma cafeteria que ele gosta na região e pedimos um café. Ele gosta assim como eu: puro e sem açúcar, para aproveitar ainda mais o aroma e as nuancias do sabor do café. Falei à ele que sempre que tomo café sinto uma palpitação no peito mas que chega a ser gostosa é apesar de atacar um pouco minha ansiedade, eu gosto de aproveitar esse prazer.
- olha eu meio que sinto o mesmo. Tomo de teimoso mas foda-se -- disse ele, entre um gole de café. Notei que o café molhou seus lábios e meio que me distrai com eles. Como eu queria aqueles lábios nos meus, no meu corpo, na minha buceta. AAAAAAAAA. Mas me acalmei e voltamos a papear. Pedimos uns doces, comemos e decidimos dar uma mais uma volta pela avenida.
Quando começamos a se distanciar da cafeteria uma chuva começou a cair gradativamente. Não era leve mas não faria grandes estragos.
- Você tem guarda chuva? - perguntou.
- Não, eu queria curtir um pouco da chuva antes da gente se abrigar em algum lugar. -- respondi olhando em seus olhos e senti o calor da retribuição (talvez desejo).
- um, que interessante. -- respondeu meio pensativo.
- que foi? Olha, tu fez minha concepção sobre a chuva mudar. Ela realmente lava nossa alma, floresce nossos pensamentos mas também pode devastar nossas estruturas e ventar nossas ideias. Gosto de pensar assim. Hoje eu curto ela é depois me abrigo absorvendo tudo o que ela me trouxe: bom ou ruim. A Chuva é o resumo da vida. E temos que aprender a viver com ela, pois ela sempre estará lá, sobre nós e nos momentos mais inesperados.
Ao falar isso percebi que ele me olhava fixamente. A Chuva estava um pouquinho mais forte, e o pouco dos seus cabelos que estavam fora do capuz estavam meio umidos já. Ele é bem alto, uns 1,80m e eu um gnominho, uns 1,55m.
- nossa. Tô até sem palavras Fran. - respondeu me olhando fixamente. Seus lábios estavam entreabertos e percebi que respirava mais forte. Me aproximei mais dele e disse:
- Não precisa falar nada, o momento já diz tudo. - respondi.
Ele se aproximou de mim e com os nós dos dedos tocou meu rosto já úmido pela chuva. Meu corpo se ascendeu em chamas, aquela mão, aquele toque me fizeram perder o chão por um momento. Eu fiz o mesmo. E senti seu corpo mexer. A pele era macia e cada traço, mesmo imperfeito, realçavam ainda mais sua beleza. Fiquei na ponta dos pés, e mesmo assim não pude alcançar seus lábios.
- o que está fazendo? -- disse rindo de mim.
- tentando te beijar mas tu é um elfo alto pra caralho - retruquei fazendo voz de brava.
- e você é um gnominho muito ousado.
Ao falar isso ele me puxou para si me enrguendo a ponto de nossos rostos quase se unirem. Nossos lábios se encontraram. E um beijo que se iniciou calmo e sutil se transformou em uma avalanche de desejo e calor. Sua língua invadia minha boca e a minha a dele. Eu apertava sua nuca e entrelaçava meus dedos em seu cabelo. Ele com uma mão segurava minha cabeça me guiando e com a outra mão segurava meu quadril com força e pude sentir suas unhas na minha pele. O tesão tomou contra do nosso corpo. Eu queria que ele me fodesse ali. O seu cheiro, seu toque fizeram minha buceta enxarcar e pulsar quando percebi que seu pau também está ficando duro e apertando minha barriga. Comecei a me mexer mais para instigar ainda mais sua ereção. Sua respiração estava ofegante. O calor do corpo dele se unia ao do meu. A Chuva começou a engrossar mais. Até que ele soltou meus lábios, ainda me segurando, disse:
- essa é a hora que eu digo o plural de decimal? Falou mais calmo, sexy e provocante possível.
Ofegante, somente ri e saímos correndo para se abrigar em algum toldo ou algo do tipo. Não achamos nada como um toldo mas tinha uma rua pequena com algumas lajes que podíamos nos abrigar. Estava meio ruim de iluminação e a chuva estava torrencial. Não havia ninguém na rua. Só nós.
Coloquei sua mochila atrás de mim para que ela não molhe mais. E voltamos a nos atracar. Ele me beijava com força e começou a tocar minhas costas e quadril. Chegando ao meu bumbum. Ele o apertou forte e soltei um gemido leve. Ele começou a beijar meu pescoço e eu coloquei minha mãos dentro da sua blusa e abraçando- o arranhei suas costas com minhas unhas. Ele me empurrou mais contra parede soltando um "hmmm" carregado de tesão.
Olhei ao redor para detectar alguma câmera por ali e não vi nehuma.
Voltamos a nos olhar nos olhos e fui descendo minha mão para seu peito e enquanto fazia ele me olhava e mordia de leve o lábio. Sorriu e rapidamente segurou minha mão em negativa.
- tá louca Fran, estamos na rua. Podem nos ver. -- disse cauteloso mas se roendo de tesão.
- que nada, não tem câmera ao redor e a chuva não daria para ver muito coisa.
Desci minha mão até chegar no seu pau, que estava duro como pedra. Comecei a alisa-lo suavemente, para cima e para baixo. Ele colocou o corpo mais perto de mim. E gemia de leve no meu ouvido enquanto eu o punhetava por cima da roupa mesmo. Eu também gemia e meu tesão era tanto que eu poderia gozar ali a qualquer momento, só de sentir aquele membro gostoso e aqueles gemidos sexys. Até que fui surpreendida com ele dizendo:
- Desce mais... desce mais... -- sussurrou.
Dei uma rápida olhada em volta e fui abaixando a calça e cueca dele a ponto que só seu pau ficasse à mostra. Seu membro estava pronto para mim e sua glande reluzia de um mel que estava louca para beber. Ao colocar seu pau na boca, o fiz olhando em seus olhos. Sua boca estava entreaberta e assim que abocanhei seu pau por completo ele fechou os olhos e com uma mão que estava apoiada na parede onde estávamos segurou minha cabeça. Comecei a chupar aquele pau com fervor. Ele gemia, mas os sons era abafados pela chuva forte que caia.
Ele começou a guiar minha cabeça com mão e eu a acariciar as suas bolas. Continuei chupando e fui sincronizando com as mãos em uma leve punheta que começava da base do seu pau, bem rente aos pelos até metade do membro. Eu tirei levemente o pau da boca e fui lambendo e chupando a glande até que engoli seu pau novamente.
- Fran, para, eu vou gozar.-- disse entre gemidos.
- então goza -- respondi. Mas sei que ele não me ouviu.
Continuei engolindo seu pau com mais rapidez, até que ao engoli-lo completamente e fechar a boca ele empurrou mais minha cabeça e projetando sua pelve contra mim pulsando e gozando na minha garganta. Suas pernas tremiam enquanto ele esporrava na minha boca. Era muita porra. O líquido quente encheu minha boca e enquanto seu pau ainda esporrava fui lambendo toda a extensão dele e a glande que ainda pulsava. Depois de deixar ele limpinho, eu coloquei seu pau dentro da calça de novo, dei um beijinho e cambaleando me ergui. Por incrível que pareça, eu gozei com ele fodendo minha boca; enquanto ele me guiava e gemia minha buceta pulsava e na sua última estocada, quando finalmente ele se libertou com aquele gozo quente e viril, eu explodi em um gozo magnético e pulsante; por alguns segundos eu fui ao céu e voltei.
Seu olhar era um misto de tesão e incredulidade.
- o que foi? -- perguntei curiosa. Ele ainda ofegante, apoiando um braço na parede e com uma mão em meu ombro disse:
- não acredito que você engoliu minha porra. E não acredito que fizemos isso no meio da rua... -- desabafou meio ofegante ainda.
Eu sorri e disse calmamente:
- você disse: desce mais. O que eu poderia fazer? -- respondi dando de ombros. Ele deu uma gargalhada e encostou minha cabeça em seu peito me abraçando. Ficamos assim por um tempo. Conversamos mais, nos beijamos até a chuva dar uma amenizada.
Fomos caminhando até o metrô. Carreguei meu bilhete e fomos para plataforma. Entramos no trem e por coincidência encontramos dois amigos dele. Nos comprimentamos, e eu desci na próxima estação.
Os dias após esse foram bons. Como todos os outros e a chuva sempre voltou a cair... [...]
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historiasdocoracao · 5 years
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Verônica e o passado...
Ainda com as mãos trêmulas, Olivia tocou na maçaneta da porta. Era a terceira vez que tentava entrar ali, mas nunca conseguia. Não entendia porque a mãe fazia de tudo para mantê-la longe daquele cômodo da casa e isso instigava sua curiosidade ainda mais. A mãe era enfermeira e passaria a noite no hospital em uma emergência. Na ligação telefônica, ao avisar a filha sobre a emergência, ela alertou Olivia sobre o cômodo.
- Olivia, por favor, não se aproxime daquele lugar. Ali não há nada além de coisas velhas e lembranças desnecessárias. Assista um filme e não vá dormir tarde. Chegarei ao amanhecer.
Mesmo assim, Olivia teimava em desobedecer a mãe. Estranhamente, quando ela girou a maçaneta, a porta se abriu revelando um cômodo escuro e fedido. A garota olhou para trás, observando as escadas que a levaria para a parte de cima da casa, engoliu a saliva com dificuldade e tateou a parede em busca do interruptor para acender a luz. Tentou algumas vezes, mas a luz estava queimada. Tirou o celular do bolso para utilizar a lanterna. Por enquanto, não via nada além do chão de madeira e muita poeira o cobrindo. Mesmo sem enxergar muito bem, ela continuou andando até que tropeçou em alguma coisa. Lentamente, ela se abaixou o celular para enxergar o que era quando um grito ficou sufocado na sua garganta. Era um osso humano, em estado avançado de decomposição, que estava no porão de sua casa. Ela tentou se acalmar ainda observando o osso, lutando contra a vontade de sair correndo dali. Andou mais um pouco e sentiu que o chão havia mudado. Sua lanterna não funcionava muito bem, parecia estar mais fraca do que o normal, mas Olivia não tinha tempo de pensar sobre isso. O chão estava muito fofo e Olivia gritou ainda mais alto quando viu o chão de terra e algumas lápides dentro do próprio porão. Os nomes que outrora estavam gravados ali, sumiram com o decorrer do tempo.
Olivia tremia da cabeça aos pés. Ela tentava respirar calmamente, mas o cheiro de mofo misturado com o medo que estava sentindo tornava sua respiração difícil. Reunindo toda sua coragem, levantou a lanterna do celular e olhou ao redor. Viu um quadro, provavelmente pintado à mão, de uma moça muito bonita e parecida com sua mãe. Ela estava com um vestido vermelho que deixava os ombros a mostra, sentada provavelmente em um banco e seu olhar era triste, mesmo que estivesse sorrindo sem mostrar os dentes. Seu cabelo estava preso em um coque alto com uma trança fazendo uma tiara, sua pele era clara e seus olhos e cabelos eram bem pretos. O coração de Olivia se encheu de tristeza ao ver aquela moça, trazendo lágrimas aos seus olhos.
Decidiu que seu tour acabava ali e que nunca mais desobedeceria a sua mãe com relação aquele cômodo. Mas, ao se virar, a garota derrubou uma mesa, que não havia percebido que estava ali, caindo no chão um caderno vermelho, cheio de poeira, mas parecia intacto comparado aos outros objetos ali. Ela pegou o caderno do chão, apertou contra seu peito e saiu do cômodo.
Apesar de tentar ver filmes, ela só conseguia pensar no quadro da mulher de vestido vermelho e no caderno que havia trazido consigo de lá. Colocara ele no quarto, com a esperança de esquecer que havia túmulos ali embaixo, mas não conseguia. Provavelmente, não conseguiria dormir aquela noite.
Buscou o caderno e sentou-se na sala para ler. Já na primeira página, descobriu que a dona do caderno, que na verdade era um diário, chamava-se Verônica.
“Abril, 19.
 Querido Diário,
Preciso lhe contar, já que não posso fazê-lo para ninguém, que fui à loja de fitas nesta manhã e esbarrei com o amor de minha vida. Não sei o seu nome ou de onde vem, mas sinto uma ligação muito forte entre nós dois. Estou sorrindo ao escrever isso aqui, pois sei que o encontrarei no baile desta noite. Me deseje sorte, querido Diário. Preciso declarar-me para o amor de minha vida.
Volto para lhe contar mais tarde,
V.”
 Olivia continuou a leitura do diário por mais algumas páginas, até descobrir que Verônica vivera um amor proibido.
 “Junho, 15.
 Querido Diário,
Papai não está feliz com meus encontros às escondidas com meu amado. Não posso lhe revelar seu nome, pois colocarei em risco nossa relação. Mas lhe adianto que ele é um cavalheiro e hoje beijou minha mão com tanta paixão, que quase me escapuliu um “eu te amo”. Preciso ir, mamãe me chama para jantar. (Pretendo fugir com ele em breve. Não conte a ninguém!)
V.”
Olivia não entendia porque ela havia rabiscado aquela frase. Talvez alguém tivesse a surpreendido, mas não tinha certeza. Porém, o que Verônica lhe passava, era que sentia muito medo de sua família. Que provavelmente era a família de Olivia, pela incrível semelhança entre ela e sua mãe. Avançou algumas páginas descobrindo que o inevitável acontecera. O pai de Verônica lhe forçou a casar com outra pessoa, que não era seu misterioso amado.
 “Novembro, 12.
 Querido Diário,
Papai me obrigou a casar com um homem velho e fedido. Não me agrada estar em sua companhia. Meu amado não foi esquecido. Estivemos juntos outrora e estaremos juntos para sempre, ligados pelo fio do destino. Ligados, principalmente, pela agitação presente em meu ventre. Lhe escrevo isto segurando meu filho que foi concebido pelo amor. Mamãe descobriu. Chorou comigo e me disse para esconder esse segredo para sempre. Pediu que eu esquecesse meu amado, coisa que não poderei fazer. Seguirei amando-o até o fim de meus dias. Preciso ir, Diário. Preciso dar atenção ao meu marido do qual não me agrada a companhia. Lhe contarei novidades em breve.
V.”
 Olivia era capaz de visualizar as cenas enquanto lia o diário de Verônica. Estava se sentindo realmente triste pela moça que nem conhecia. Ela parecia muito infeliz, forçada a estar em um casamento e grávida de outra pessoa.
 “Dezembro, 25.
 Querido Diário,
Conversei com meu amado esta manhã. Contei-lhe sobre nosso filho e ele me revelou o plano que está criando há meses para fugir comigo. Ele ainda me ama. Com todas as forças, foram as suas palavras. Fugiremos em duas semanas, no próximo baile em que o meu marido estará embriagado demais para notar minha ausência. Ele tem bebido cada vez mais e me deixou uma marca vermelha no rosto, após uma de suas bebedeiras. Minha mãe chorou ao ver meu rosto, meu amado se enfureceu e meu pai disse-me que eu mereci isto. Não entendo porquê. Mas também não me importo. Serei feliz novamente em duas semanas, como há muito não sou. Terei a minha verdadeira família. Meu coração está ficando em paz.
V.”
 O resto do diário estava em branco. Olivia não sabia se Verônica havia conseguido fugir ou não com seu amado. Não soube se ela teve o bebê ou o que aconteceu após o baile. Colocou o diário embaixo do travesseiro e deitou-se, imaginando o porquê o seu pai não aceitara seu relacionamento com o amado misterioso.
Quando acordou no dia seguinte, a mãe já estava em casa, mas dormindo em um sono pesado. Depois do café da manhã, Olivia seguiu novamente para o porão, pois haveria um pouco de claridade vindo de fora. Realmente, o porão estava um pouco mais claro e ela pode perceber três lápides unidas. Os nomes já não estavam mais escritos ali e deu um grito ao ouvir seu nome sendo falado.
A mãe estava em pé na porta, muito brava com ela, já que as recomendações sobre aquele cômodo eram muito claras.
- Mãe – disse Olivia, suspirando – quem é essa mulher parecida com você? Ela morreu do que? Por que está enterrada no porão de nossa casa? Quem são as outras duas pessoas enterradas? Por que há um cemitério no nosso porão?
- Olivia, saia já daí. Você me desobedeceu e terá consequências graves. Eu te falei para não vir aqui desenterrar um passado que eu não sei se poderemos enterrar de novo...
A voz da mãe foi se alterando, como se não fosse mais ela quem falasse naquele corpo. Olivia correu ao seu encontro e a tirou dali. A mãe ainda estava aturdida enquanto se sentava no sofá da sala.
- Olivia, minha filha, essa família escondeu o segredo de Verônica durante anos. Eu mesma não sei o que ela cometeu de tão grave e minha avó me rejeitou enquanto eu ia crescendo e me tornando cada vez mais parecida com Verônica. A história dela foi escondida de todos e só contaram uma terrível versão de que ela odiava todos da família e deixou seu bebê nas mãos de sua mãe já que ela pretendia ser livre para viver o seu amor. Eu sempre duvidei disso, principalmente quando encontrei aquele retrato que está no porão em que ela está com um olhar tão triste, que doeu meu coração. Minha mãe trancou aquele cômodo e nunca mais me deixou entrar. Após um tempo, eu acabei desistindo de saber a verdade, mas sempre tive medo de você se assustar ao ver o cemitério improvisado ali, por isso sempre a mantive longe daquele cômodo. Minha avó está nos seus últimos dias de vida e ainda me rejeita. Ela fala coisas sem sentido sobre Verônica e ninguém é capaz de contraria-la. Eu sinto que Verônica era boa, mas jamais toquei no assunto, com medo da reação de minha avó.
Enquanto a mãe de Olivia divagava suas teorias sobre a avó, Olivia entendia que precisava agir rápido. Nunca fora próxima da bisavó já que ela sempre odiou sua mãe e a velhinha morreria achando que Verônica não a queria. Mas era mentira. Olivia havia escrito que ela estava feliz com o bebê e que fugiria com o amado quando pudesse. Ela precisava desenterrar o resto da história e dar paz a sua bisavó antes de sua partida.
Passado alguns dias após aquela conversa com a mãe, Olivia foi visitar a bisavó no hospital. Ela confundiu Olivia com Verônica, já que passara anos olhando o retrato de Verônica, tentando entender porque fora rejeitada.
Olivia sentou-se ao lado da bisavó, mesmo com seus protestos e beijou-lhe a mão. Contou para ela a verdadeira história de Verônica. Lágrimas brotaram aos olhos de sua bisa e pediu perdão à neta, mãe de Olivia, por intermédio de Olivia, já que ela havia rejeitado a neta muito tempo. Agradeceu imensamente a bisneta já que poderia descansar em paz. Fechou os olhos e adormeceu para sempre.
Após o enterro da bisavó, Olivia mostrou à mãe como conseguiu descobrir a verdadeira história.
- Encontrei o diário dela, mas percebi que haviam folhas arrancadas dali. Procurei por todo o porão e encontrei as páginas que Verônica teve o bebê que lhe foi arrancado de seus braços para que sua mãe criasse. Era o jeito que seu pai lhe puniria por amar outro homem e não o seu marido. O pai do bebê, o marido de Verônica, nem olhava para a criança, sabendo que era fruto do verdadeiro amor entre ela e seu amado. A mãe de Verônica cuidou do bebê do melhor jeito que pode e foi impedida de lhe contar a verdadeira história de sua mãe, o quanto ela sofreu ao ser separada de sua filha. Verônica ficou trancada no porão, definhando aos poucos, tudo porque seu pai achava que ela merecia pagar por amar demais. O amado de Verônica enlouqueceu quando soube o que havia lhe sucedido e deu um jeito de entrar no porão, planejando uma fuga que foi malsucedida, já que ela estava fraca demais. Com ajuda de um amigo, eles fugiriam com a bebê para longe aquela noite, mas Verônica foi pega em flagrante pelo pai que desconfiou da movimentação perto da casa. Ele matou os três sem dó e Verônica morreu nos braços da mãe, que clamava pela sua vida. O que a manteve viva foi a bebê de Verônica, que ela tomou como filha e dedicou-se todos os seus dias para ela, ignorando completamente a presença do marido, que morreu de desgosto por ter matado a filha e perdido a esposa.
Quem completou o diário de Verônica foi a mãe, mas alguém arrancou essas páginas importantes, com o intuito de que a filha de Verônica a odiasse para sempre. – Olivia cessou o relato, observando atentamente as reações de sua mãe.
Com todas aquelas informações, a mãe de Olivia decidiu o que iria fazer. Pouco tempo depois, elas mudaram para uma casa menor e sem tristes lembranças do passado, transformando a outra casa, em um grande museu, onde contava-se a história de Verônica, a filha do primeiro prefeito da cidade.
Em uma de suas visitas à antiga casa, Olivia e sua mãe, observaram o quadro de Verônica. Seu semblante parecia em paz. Aquele olhar de tristeza havia suavizado. Olivia indagou um dos trabalhadores se haviam reformado o quadro e ele alegou veemente que não. O pegaram no porão da casa daquele jeito e estava em exposição, sem ser mexido. A mãe de Olivia sentia-se em paz após olhar o quadro. De alguma maneira, Verônica estava lhe agradecendo.
Ela sussurrou para o quadro, olhando-o atentamente:
- Agradeça a minha maravilhosa filha, Olivia.
Sorriu para Verônica, abraçou Olivia e deixou a antiga casa para trás.
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