#costume internacional
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adriano-ferreira · 5 months ago
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Fontes do Direito Internacional
1. Fontes Formais e Fontes Materiais do Direito O conceito de fontes do direito abrange as origens das normas jurídicas que regulam a conduta dos atores dentro de um sistema jurídico. Essas fontes podem ser divididas em duas categorias principais: fontes formais e fontes materiais. As fontes formais referem-se aos instrumentos que expressam as normas jurídicas e que são aceitos pelos Estados e…
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jukeboxofjellycat · 1 year ago
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artist: kittykasa
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useless-catalanfacts · 10 months ago
Note
I'm so happy to know you're actually an historian on top of holding that account for the community.🫶
I wanted to ask if you knew some ressources that covered what were different historic fashion in the different Catalan Countries, on different eras and centuries?
My main institute for research and learning is too limited on the subject, so I got redirected to online libraries.
Hi! 😁 Sorry it took me some days to answer, I've been very busy and I was waiting to get a moment to answer this from my computer because adding links from the app is a pain.
(This is secondary but first of all I wanted to say I'm actually an archaeologist and not a historian, I left that ask without specifying what I had studied in relation to history because I don't want to give much information about myself online lol, but I don't want to give wrong credentials either.)
I can give very limited information about this because it's not my area of study, sorry. I'm assuming for your blog description that the resources can be in Catalan, am I right? (because I don't know anything in English about this)
My first thought was the Virtual Museum of Fashion of Catalonia. They have digitalized pieces from different collections around the country. You can browse them by many different labels. But most of them are from the 18th century to nowadays, very few are older than that.
Then my second thought was that the collection Barcelona 1700 surely had one tome dedicated to clothing, and of course they do! It's this book:
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Barcelona 1700 is a collection of books about different topics of life in the Early Modern Period in Barcelona, each of them written by historians (or other scholars) specialized in that particular topic. If you're looking for 17th and early 18th centuries, you'll find it here.
You can also check past exhibits from the Valencian Silk Museum and you can find some information in the website of the Garnet Institute (Northern Catalonia).
For the 20th and 21st century, there are many more things. You can check the collection of the Design Museum or the Foundation Antoni de Montpalau which specializes in preserving fashion from the 20th century. And for an overview of seamstresses and fashion in the 20th century, there's this past exhibit from the Catalonia History Museum that continues to be available on their website: Moda i modistes.
If you look for specific time periods, you can probably find more articles or other sources of reliable information. I've checked to see if anything would come up with a quick search on Google Scholar and I found this PhD thesis titled "L'art de la indumentària a la Catalunya del segle XIV", this other PhD thesis titled "La indumentaria señorial femenina catalana del siglo XV y su reflejo en el arte", or this article "La indumentària tradicional d'Eivissa segons les aquarel·les de Joan d'Ivori", "Pasado de moda: una serie de ilustraciones de la indumentaria popular valenciana". I also found this article titled "Definició de dues tipologies de vestit a través del seu ús històric: la indumentària d'arrel tradicional i el vestit d'inspiració internacional" that cites many other books that could be useful to you: Indumentaria tradicional by Joan Amades (of course, how could Amades not have covered everything!), La indumentària civil catalana: segles XIII-XV by Isidre Marangues, Indumentària tradicional del Pallars by Ramon Violant i Simorra, El vestit tradicional d’Amposta. La seva època by Màrius Lopez Albiol, etc.
I don't know what level of analysis and accuracy you're going for, but maybe you can find it useful to take a look at historical recreation societies. Most of them here are from the Baroque period or the Civil War, but you can find them throughout all the Catalan Countries (various Miquelets groups in the Valencian Country and Catalonia come to mind, or the Le Temps du Costume Roussillonais in Northern Catalonia which reaches until the 1910s).
If there's any specific period of history that you're looking for, I can try to find more about that. All the articles I've linked in this post are open, so you don't need to access it through a university or research institution. I hope it's useful!
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rainhaladebaixo · 1 year ago
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↳ Conhecendo o Reino da Austrália
A Austrália é um reino soberano que compreende o continente australiano, a ilha da Tasmânia e numerosas ilhas menores. O país saiu da zona da Commonwealth Britânica após a guerra, mas que até hoje mantém ligações com a coroa inglesa, é o maior país em área da Oceania e o sexto maior país do mundo. A Austrália é um país megadiverso, com uma população altamente miscigenada e seu tamanho lhe confere uma grande variedade de paisagens e climas, com desertos no centro, florestas tropicais no nordeste, savanas tropicais no norte e cadeias de montanhas no sudeste.
Com o fim da guerra, a Austrália se transformou em um reino autônomo, atendendo os pedidos da população que vinham desde os anos 80 do Século XX para mudança de bandeira. As cores oficiais são o azul, branco, vermelho, verde e amarelo, englobando as origens indígenas e britânicas em um só símbolo.
Economia e Governo
A Austrália é uma monarquia constitucional parlamentarista, composta por seis estados e dez territórios. O país é governado pelo rei Leon II, coroado há oito anos, em decorrência do assassinato do rei George IV e de toda a família York, ramo principal da família real, por parte de um grupo rebelde, no maior atentado da história da Austrália contra a monarquia.
O rei Leon II foi o responsável por estabelecer uma nova constituição para o país, instituindo o voto direto para vereadores, prefeitos, deputados e senadores, entretanto, o rei tem o poder de nomeação direta de governadores dentre outros membros do poder executivo. A coroa ainda tem decisão para vetar e propor leis, sobrepujando qualquer uma das instâncias de poder, quer seja ela judicial ou parlamentar. Entretanto, Leon II já se mostrou inúmeras vezes como um monarca que respeita a vontade popular, algo que foi primordial para a manutenção da estabilidade política e econômica do país.
A população da Austrália é altamente urbanizada e fortemente concentrada na costa leste. Tem uma economia de mercado altamente desenvolvida e uma das rendas per capita mais altas do mundo. A Austrália é uma potência regional e tem o décimo terceiro maior gasto militar do mundo.
Com a destruição de Camberra durante a guerra, Sydney se tornou a capital do país, com o famoso prédio do Opera House sendo transformado no Palácio Real de Sydney e sede do governo, enquanto suas cidades mais populosas são Melbourne, Brisbane, Perth e Adelaide, com cada uma contendo um ducado. É um país etnicamente diverso e multicultural, produto da imigração em grande escala. Os abundantes recursos naturais da Austrália e as relações comerciais internacionais bem desenvolvidas são cruciais para a economia do país, que gera receitas de várias fontes, incluindo serviços, exportações de mineração, bancos, manufatura, agricultura e educação internacional. A Austrália tem uma classificação elevada em qualidade de vida, saúde, educação, liberdade econômica, liberdades civis e direitos políticos.
Os principais problemas enfrentados pela monarquia hoje em dia são as crescentes demandas do parlamento, que briga por maior acesso aos cofres públicos, ação prontamente barrada pela coroa e a exigência de que o Estado libere mais concessões públicas para os meios de comunicação
O Povo Australiano
Apesar de serem adeptos do liberalismo econômico, a população em grande parte é cristã, o que faz da sociedade australiana bastante conservadora quanto a pauta de costumes. Há uma certa resistência em algumas camadas da população, mas nos últimos anos o rei Leon II tem aprovado e publicado uma série de medidas pró LGBT e pró indígenas, que tem se mostrado populares com a parte mais progressista da plebe, apesar dos protestos da população com idade mais avançada.
O idioma oficial do reino é o inglês, mas são comuns regiões que falam italiano, árabe e yumplatok (maior tribo aborígene existente). Na Tasmânia é falado um dialeto chamado Palawa Kani, que é uma mistura de todas as línguas aborígenes locais.
Os feriados oficiais na Austrália baseiam-se em diversas observações religiosas, culturais e cívicas. As celebrações cristãs , nomeadamente o Natal e a Páscoa , são algumas das mais significativas observadas. O Dia do Trabalho é comemorado em cada estado e território, embora tenha datas variadas. Existem dois dias nacionais importantes, o Dia da Austrália (26 de janeiro) e o Dia Anzac (25 de abril - em homenagem aos soldados australianos e neozelandeses que morreram em batalha), que são feriados nacionais.
Tecnologia e comunicação
O grau de tecnologia do reino australiano é bastante similar à tecnologia do início do Século XXI. As camadas mais pobres têm acesso às mesmas benesses que as camadas superiores, mas em versões defasadas, quando a burguesia e a nobreza tem o que há de mais moderno. Entretanto, todos os aparelhos são controlados e monitorados pelo sistema de inteligência do governo
A coroa australiana tem o controle de todos os meios de comunicação, escolhendo a dedo quem tem direito as concessões do governo. A maior emissora do país é a estatal ABN (Australian Broadcast Network) que trabalha com muito afinco para manipular a população para acreditar que o governo está ouvindo suas demandas, utilizando-se de políticas públicas para estimular o consumo e dar a falsa impressão de que há liberdade e acesso à direitos básicos de qualidade, em troca de uma alta concentração de riqueza e poder na mão de poucos.
A Monarquia na Austrália
A dinastia atual da Austrália é a da família Lancaster, composta pelo rei Leon Albert Piastri Lancaster, ou Leon II, pela rainha consorte Alexandra Marie Versace Lancaster, pela princesa Lívia Elizabeth Versace Lancaster e pela rainha mãe Victoria Louise Piastri Lancaster. O rei Leon II é filho do 8o. Duque de Melbourne, Lance Lancaster, primo de primeiro grau do falecido rei George IV e que por anos manteve uma rivalidade com George IV, mas que era vista apenas como uma rixa amistosa entre parentes. Costumava-se dizer que enquanto os York possuíam o porte e a nobreza, os Lancaster possuíam o ouro e a riqueza da Austrália, já que a família sempre fora uma das mais ricas do país, em especial, após o casamento de Lance com Victoria Piastri, única herdeira do Piastri Financial Bank, o maior banco de investimentos da Oceania.
Há rumores de que seria uma tradição comum entre os Lancaster australianos de realizar casamentos arranjados entre as famílias mais ricas do país, para garantir que um Lancaster sempre estivesse na liderança da elite financeira da Austrália. Por esse motivo, houve muita desconfiança no enlace entre Leon e Alexandra, já que os Versace eram a segunda família mais rica do país. Os rumores desapareceram após o casamento, já que o povo australiano caiu de amores pelo casal, perdendo em popularidade apenas para a princesa Jasper York e seu príncipe consorte Kudzai Dombo do Império Rozvi.
Com o assassinato dos Yorks, o trono do reino fico vago por três dias sem um postulante ao cargo, já que haviam rumores de que a coroa estava amaldiçoada. De todos os duque que teriam direito a reclamar a posição, apenas Leon Lancaster, o 9o. Duque de Melbourne teve a coragem de se apresentar para assumir o posto, acreditando ser o único que tinha as qualidades necessárias para governar o reino no momento de sua maior crise desde a guerra, uma vez que a Austrália enfrentava uma grave seca, problemas nas contas públicas e denúncias de corrupção nos três poderes. Os Lancaster e os Versace usaram suas fortunas para dar aporte financeiro para o país, conseguindo tirar o país da crise financeira, além de propor uma profunda reforma política e começar uma perseguição fervorosa contra os rebeldes.
Hoje, oito anos após a coroação de Leon II, a rejeição à monarquia é quase nula, com focos de resistência nas cidades do interior, mas que são rapidamente reprimidas pelo exército ou pelo financiamento privado de grupos de extermínio locais.
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ariel-seagull-wings · 1 month ago
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@themousefromfantasyland @the-blue-fairie
Afinal, o que é a liberdade?
(de Millôr Fernandes)
Apesar de tudo o que já se disse e de tudo o que dissemos sobre a liberdade, muitos dos senhores ainda estão naturalmente convencidos que a liberdade não existe, que é uma figura mitológica criada pela pura imaginação do homem. Mas eu lhes garanto que a liberdade existe. Não só existe, como é feita de concreto e cobre e tem cem metros de altura. A liberdade foi doada aos americanos pelos franceses em 1866 porque naquela época os franceses estavam cheios de liberdades e os americanos não tinham nenhuma. Recebendo a liberdade dos franceses, os americanos a colocaram na ilha de Liberty Island, na entrada do porto de Nova York. Esta é a verdade indiscutível. Até agora a liberdade não penetrou no território americano. Quando Bernard Shaw esteve nos Estados Unidos foi convidado a visitar a liberdade, mas recusou-se afirmando que seu gosto pela ironia não ia tão longe. Aquelas coisas pontudas colocadas na cabeça da liberdade ninguém sabe o que sejam. Parecem previsão de defesa antiaérea. Coroa de louros certamente não é. Antigamente era costume coroar-se heróis e deuses com coroas de louros. Mas quando a liberdade foi doada aos Estados Unidos, nós os brasileiros já tínhamos desmoralizado o louro, usando-o para dar gosto no feijão.
A confecção da monumental efígie custou à França trezentos mil dólares. Quando a liberdade chegou aos Estados Unidos, foi-lhe feito um pedestal que, sendo americano, custou muito mais do que o principal: quatrocentos e cinqüenta mil dólares. Assim, a liberdade põe em cheque a afirmativa de alguns amigos nossos, que dizem de boca cheia e frase importada, que o “Preço da Liberdade é a Eterna Vigilância”. Não é. Como acabamos de demonstrar, o preço da liberdade é de setecentos e cinqüenta mil dólares. Isso há quase um século atrás. Porque atualmente o Fundo Monetário Internacional calcula o preço da nossa liberdade em três portos e dezessete jazidas de minerais estratégicos.
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liel-sumeragi · 8 months ago
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Moçambique com Z de Zarolho
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Livro do mês de maio - Clube do livro do Belas.
Título: Moçambique com Z de Zarolho
Autor: Manuel Mutimucuio
Editora: Dublinense
“Manuel Mutimucuio, autor Moçambicano nascido na capital, Maputo, em 1985. Doutor em Economia Política pela Universidade de Coimbra e atua como consultor internacional de gestão de recursos naturais. Sua literatura se caracteriza pela análise social e pelo questionamento do status quo.” Que é exatamente o que Mutimucuio faz neste seu livro: questionar o status quo com muita sátira. 
A história é desencadeada pelo seguinte: o governo com o argumento de melhorar sua posição no cenário capitalista global e promover o que chama de o  Renascimento Moçambicano, quer aprovar uma lei que faça do inglês a língua oficial de Moçambique. 
Vamos então observar quais seriam as consequências para as várias camadas sociais pelo ponto de vista de Hohlo, que trabalha como empregado doméstico para Djassi, um político que é contra a mudança. 
Hohlo admira o patrão e estuda para ser como ele: falar bem aquela que é até o momento a língua oficial, o Português. Teoricamente isso lhe daria acesso a melhores oportunidades de ir atrás de melhores condições econômicas.
O que ele não faz ideia é que as elites estão muito mais à frente do que ele imagina… Os ricos e poderosos veem o inglês como a língua mais importante. Seus filhos estudam em escolas bilíngues e eles próprios estudaram em universidades de língua inglesa, e assim, olhando para o próprio umbigo, querem forçar que o inglês substitua o portugues como língua oficial. Sem levar em conta que grande parte da população, principalmente a área rural e a população mais pobre, não aprendeu nem mesmo o português (tornado língua oficial durante o período colonial). 
Djassi, patrão de Hohlo vota contra, mas não por altruísmo, por motivos pessoais seria prejudicial para ele a mudança. 
É interessante notar como há um paralelo entre Hohlo e Djassi. Os dois querem ascensão social. E podemos ver que mesmo que exista uma enorme distância (enorme mesmo!) entre as condições dos dois, ainda assim existem pessoas em melhores condições que Djassi e pessoas em piores condições que Hohlo. De certa forma eles são o meio entre os extremos.
Sendo a questão da língua o ponto central refletimos sobre poder. Dominação cultural. Colonialismo. Como conhecimento e educação são importantes. 
Sobre o texto, a edição mantém palavras que não são do nosso costume (o que pelo menos para mim só tornou a leitura mais rica!). Algumas palavras eu já conhecia do vocabulário de Portugal, como telemóvel ou autocarro, mas outras tive que ir decifrando pelo contexto, como chapa, matrecos ou parangona.
Decifrar pelo contexto ou pesquisar mesmo. Se tem algo que esse livro me inspirou a fazer foi pesquisar. Não só palavras, mas sobre Moçambique. Foi só em 1975 que o país se tornou independente e logo caiu em um período de guerra civil, de forma que somente em 1994, realizou as suas primeiras eleições. 
A língua oficial é o português, mas este é falado como segunda língua e apenas por cerca de metade da população. Entre as línguas nativas mais comuns estão o macua, o tsonga, ndau, chuabo e o sena.
A população de cerca de 30 milhões de pessoas é composta predominantemente por povos bantus. 
A religião com o maior número de adeptos é o cristianismo, mas há uma presença significativa do islamismo.
As taxas de PIB per capita, índice de desenvolvimento humano (IDH), desigualdade de renda e expectativa de vida de Moçambique ainda estão entre as piores do planeta.
E todos esses dados sobre línguas, desigualdade, pobreza… o texto não nos fala assim (como na wikipédia) ele nos mostra na prática na vida dos personagens!
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Gostaria de comentar o final.
*************** !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! *************
Então a partir daqui ZONA DE SPOILER!!!
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É que o final pode parecer destoar um pouco do que o livro vinha entregando. Não pela morte de Hohlo… esta se não foi previsível é ao menos coerente.. o que parece destoar é o “como”... um livro que vinha sendo muito embasado nos aspectos práticos e materiais. Em dinheiro e assuntos cotidianos, de repente está mergulhado em misticismo e crenças. Não estou falando que não gostei do final, pelo contrário, gostei! foi uma cena forte e envolvente. terminei o livro lamentando a morte do Hohlo, mas bem satisfeito com essa última carga de sentimentos indefinidos de tristeza,revolta e conformismo… mas não tenho como negar que senti sim como sendo um final destoante; algo deslocado do resto.
bem… como disse no início esse foi o livro do clube do Belas. No encontro anotei sobre o final a seguinte frase de um dos colegas: “ … todo o projeto modernizador proposto durante todo o livro não consegue apagar (ou dar conta) das tradições arraigadas. Não é atoa que a última palavra do livro é mistério.”
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baschiat-archive · 6 months ago
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Margot Le Roux Vaütteri, uma antropóloga recém-formada pela prestigiada Universidade de Dartmouth, cuja paixão pelas culturas e narrativas humanas a levam a explorar os confins do mundo em suas pesquisas. Inspirada pelas palavras de Claude Lévi-Strauss, que afirmou que "o mundo começou sem o homem e terminará sem ele, mas no intervalo, podemos aprender algo sobre a nossa condição", Margot dedica-se a desvendar os mistérios das tradições, costumes e modos de vida das comunidades que encontra.
Em colaboração com a Dartmouth, a romena embarca em um projeto de pesquisa internacional que a guia por paisagens diversas, desde sociedades indígenas preservadas até as metrópoles pulsantes da modernidade. Sua abordagem, profundamente enraizada na empatia e na curiosidade, revelam as sutis nuances das estruturas culturais e sociais, refletindo a complexidade da condição humana que Michel Foucault tão eloquentemente descreveu.
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Para compartilhar suas descobertas e aventuras, Vaütteri criou este blog como uma tessitura de suas experiências de campo, entrelaçando as histórias das pessoas que conhece com as lições profundas que extrai de cada encontro. Não se trata apenas de um diário de viagem, mas de um compêndio rico em conhecimento antropológico, um tributo à diversidade humana que é tanto uma inspiração quanto uma provocação intelectual para os leitores.
Acompanhe Margot em sua jornada e descubra o mundo sob a lente de uma antropóloga apaixonada e dedicada. Suas narrativas prometem enriquecer a compreensão sobre as complexidades e belezas da vida humana. Sua escrita poética e erudita oferece uma reflexão profunda sobre a interconexão das culturas e a eterna busca pelo entendimento do que nos torna verdadeiramente humanos.
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sandrazayres · 11 months ago
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No sábado pós-Carnaval, Anitta leva 800 mil foliões ao Centro do Rio*
_Megabloco da Poderosa desfilou pela Rua Primeiro de Março_
Eram 8h25 da manhã quando a cantora Anitta, do alto de seu trio elétrico, na Rua Primeiro de Março, no Centro do Rio, deu início ao seu desfile na manhã deste sábado, 17 de fevereiro. Com uma fantasia em homenagem à Mangueira, uma das mais tradicionais escolas de samba do Rio, a Poderosa deixou os foliões em polvorosa com músicas como "Show das Poderosas", "Bang", "Envolver", além de sucessos da MPB, do funk e do axé. Segundo a Riotur, 800 mil pessoas se divertiram no megabloco, o penúltimo do circuito no Carnaval do Rio.
Preocupada com o calor forte, Anitta fazia questão de perguntar, a todo o tempo, se os foliões estavam se sentindo bem e se hidratando. Dois carros-pipas refrescavam a multidão a todo tempo. A Cedae também distribuía água para os foliões, enquanto a cantora fazia a festa no trio, convidando o público a curtir o bloco em clima de paz e diversão.
“Todo mundo vai se dar muito bem, vai pular, vai brincar, vai ser muito feliz, até o fim do desfile. Eu amo vocês demais! Obrigada!”, agradeceu a Anitta logo no início do evento.
O show contou ainda com as participações dos cantores porto-riquenhos Justin Quilles e Lenny Tavarez, compositores de sucessos internacionais de Anitta, como “Volver”.
Outra atração comemorada pelo público foi Dennis DJ, mais conhecido como Dennis o Brabo, que transformou a Primeiro de Março num enorme baile funk.
Os foliões, como de costume nos desfiles da cantora, responderam cantando todos os hits.
“A Anitta é uma artista de nível internacional. Ela está em vários top 10 do mundo inteiro. E poder assistir a um show dela assim, na rua, de graça, é um privilégio”, afirmou a professora Vânia Trindade, que foi ao desfile com a companheira e algumas amigas de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense do Rio, só para ver Anitta.
Aplicativo para conferir a agenda de blocos
Para ver a programação completa dos blocos, com data, horário e percurso, basta baixar o app Blocos Rio 2024, disponível em todas as plataformas digitais. A ferramenta é gratuita e funciona por geolocalização.
Para fotos e vídeos do Carnaval de Rua Rio 2024, basta acessar: https://drive.google.com/drive/u/0/folders/1B3lmVg1EuYgJBzMnIYcke_ncx9COXg0E
Fotos: Fernando Maia/Riotur
Proibido a reprodução das imagens sem autorização expressa do autor Lei 9610 de Direito Autoral
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bikeaospedacos · 1 year ago
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CIMTB Araxá acontecerá uma semana depois da Copa do Mundo
Tradicional etapa do município mineiro acontecerá dias 26 a 28 de abril, uma semana após a inédita disputa da Copa do Mundo UCI de Mountain Bike de Araxá
Tradicional etapa do município mineiro acontecerá dias 26 a 28 de abril, uma semana após a inédita disputa da Copa do Mundo UCI de Mountain Bike de Araxá A Copa Internacional de Mountain Bike (CIMTB) já iniciou o planejamento do calendário de provas para 2024. Como de costume, a cidade de Araxá, em Minas Gerais, sediará a prova de abertura, chamada Hors Class, que ocorrerá entre os dias 26 e 28…
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warmania · 1 year ago
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PRE-DRINK from Midi La Nuit on Vimeo.
2017 | 23 min | French with English Subtitles | 4:3 | Couleur | 5.1 - ALEXE est une jeune femme trans, et CARL un homme gai. Meilleurs amis depuis toujours, une soirée passée ensemble déstabilise ALEXE, lorsque les deux décident de coucher ensemble pour la première fois. - ALEXE is a young trans woman, and CARL a gay man. Best friends since forever, an evening spent together destabilizes ALEXE, when both decide to have sex together for the first time. -
Un film de / A film by : Marc-Antoine Lemire Produit par / Produced by : Maria Gracia Turgeon (Midi La Nuit) Distribué par / Distributed by : H264 Distribution
CAST Pascale Drevillon - Alex Trahan
CREW Cinematographer: Léna Mill-Reuillard Editor: Anouk Deschênes Sound: Laurent Ouellette Sound Mixer & Editor: Theo Porcet - Jean-David Perron Key Gaffer & Grip: Olivier Racine 1st Assistant Camera: Ariane Aubin-Cloutier Art Director: Marc-Antoine Lemire Costumes: Alexandra Bégin- Laurie-Anne Viens - Renée Sawtelle Make-up: Andie Wisdom Dawson Hair: Tania Lacoste-Major - Andie Wisdom Dawson Executive Producers: Annick Blanc - Evren Boisjoli - Item 7 1st Assistant Director: Catherine Kirouac Coordinator: Kelyna N. Lauzier Production Intern: Gabrielle De Cevins Production Assistant: Lysandre Leduc Boudreau Catering: France Turgeon Traducer: Guylaine Jacob
Festivals: Toronto International Film Festival – Short Cuts, 2017 *Best Canadian Short Film Talent tout court/Not Short on Talent – Cannes Film Festival, 2017 Atlantic International Film Festival, 2017 Festival international du film francophone de Namur, 2017 Festival international du film de Bordeaux, 2017 Taipei Golden Horse Film Festival, 2017 Prends Ça Court Trouville, 2017 Festival international du film francophone d’Acadie, 2017 Whistler Film Festival, 2017 Thess International Short Film Festival, 2017 *Cinematic Achievement Award Southwest International Film Festival, 2018 Taos Shortz Film Fest, 2018 Flickerfest, 2018 Tampere Film Festival, 2018 Antitube, 2018 Canada’s Top Ten Film Festival, 2018 Canadian Screen Awards, 2018 *Nominated for Best Short Film 15e Gala Prends ça court *Audience Award, Post-Moderne Award Rendez-vous Québec Cinéma, 2018 *Best Fiction Short Film Melbourne Queer Film Festival, 2018 Nashville Film Festival, 2018 KASHISH Mumbai International Queer Film Festival, 2018 On vous ment : Festival Documenteur, 2018 InsideOut LGBT Film Festival, 2018 Seoul International Women Film Festival, 2018 Gala Iris Québec Cinéma, 2018 *Best Fiction Short Film OutFilm : Connecticut LGBT Film Festival, 2018 Kansas City LGBT Film Festival, 2018 Festival 48 Images Seconde, 2018 – *Jury Prize Festival Longue Vue sur le court, 2018 – *Best Script Moscow International Film Festival, 2018 Sicilia Queer Film Fest, 2018 Mostra La Ploma, 2018 Kortfilmfestivale, 2018 fliQs: Queer Film Nights, 2018 Frameline, San Francisco, 2018 Festival MIX Milano, 2018 Korea Queer Film Festival, 2018 Outfest Los Angeles, 2018 Odense International Film Festival, 2018 Seattle International Film Festival, 2018 Transgender Film Festival Zurich, 2018 Lovers Film Festival – Torino Lgbtqi Visions, 2018 Festival Internacional de Cine IBAFF, 2018 Wicked Queer: Boston LGBT Film Festival, 2018 CinemaQuebecItalia, 2018 Vancouver Queer Film Festival, 2018 Meziprata Film Festival, 2018 *Best Short Film award Festival Internacional de Cine de Murcia IBAFF, 2018 Norwegian Short Film Festival – Grimstad, 2018 Écrans Mixtes Lyon, 2018 Lviv International Short Film Festival Wiz-Art, 2018 Reel Affirmations: Washington, DC’s LGBTQ Film Festival, 2018 Off-Courts Trouville 2018 Queergestreift Filmfestival, 2018 Zinegoak, International LGTB Film and Performing Arts Festival, 2018 Mardi Gras Film Festival, 2018 Festival de cinéma de la ville de Québec, 2018 Les Percéides, 2018 L’Espace Filmique, 2018 Cinéma Diverse, Palm Spring LGBT Film Festival, 2018 Q Cinema – Fort Worth, 2018 PROUD film festival, 2018 Louisville LGBT film festival, 2018 TWIST Seattle film festival, 2018 Durham film festival, 2018 Mix Copenhagen LGBTQ film festival, 2018 NewFest: The NYC LGBT film festival, 2018 Reel Affirmation film festival, 2018 Inside Out 2018 Ottawa LGBT Film Festival, 2018 Austin Gay and Lesbian International Film Festival, 2018 Iris Prize Festival, 2018 *Finalist – Iris Prize Encounters Bristol, 2018 BENT: the 27th annual Sacramento LGBTQ Film Festival, 2018 Out On Film/Atlanta, 2018 Trans Film Fest Stockholm, 2018 SPASM, 2018 *Audience Award Chéries-Chéris, Festival LGBT à Paris, 2018 *Grand Prize Nahia Film Fest: International Short Film Festival, 2018 *Special Jury Award Plein(s) Écran(s), 2018 26th MIX BRASIL FESTIVAL, 2018 Queer Screen – Sydney, 2019 ReelOut – Kingston’s Queer film + Video festival, 2019 Qflix Philadelphia, 2019 Go Short – Netherlands, 2019 Queen’s World film festival, 2019 Vues d’en Face – Grenoble, 2019 Académie des Césars – Nuits en Or, 2019 Prague Pride screening – Meziprata Film Festival, 2019
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segredosdavizinhanca · 2 years ago
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Os Segredos da Vizinhança #2
CAPÍTULO I: Os Três Ratos Cegos
Parte I
              Pra conseguirem entender mais facilmente, acho melhor apresentar dois dos personagens mais importantes dessa história.
Primeiramente meu irmão, Ariel, é um branquelo de olhos castanhos e cabelos castanhos raspados na máquina 2, dono de uma genuína “beleza padrãozinho” e como é de se esperar, é meio cuzão quando se trata do emocional alheio. Foi preso duas vezes por acusações injustas em seus respectivos contextos (voltaremos nisso). Seu vício no “jogo da faca” (aquele onde um idiota fica batendo a faca entre os dedos o mais rápido que pode, e se não decepar nenhum, vitória!) acabou nos rendendo nossa Kombi, e a maioria dos objetos valiosos inúteis em nosso apartamento. Mora comigo, viaja comigo, fornece comigo, e quase sempre tá comigo onde quer que eu vá. No nosso apartamento, geralmente passa o tempo desenhando ou pintando na varanda, costume que começou na terapia ainda criança. É dois anos mais novo que eu e cresceu comigo em Araí, um vilarejo a uns dez quilômetros a oeste de Santa Lourdes. Quando tínhamos dezesseis e dezoito anos, respectivamente, fomos largados por nossos pais que decidiram que éramos “muito difíceis de lidar” e se mudaram pra outro estado sem especificar onde.
E segundo, basicamente a causa de toda essa situação que vou contar, eu, Cameron. Olhos castanhos, pele branca, cabelo castanho na altura do ombro e um denso cavanhaque. Não sou a melhor pessoa do mundo, mas não diria que estou entre os piores também. Acredito ter um dom… Ou melhor, uma espécie de aura de sorte, pois quase sempre consigo me dar bem, mesmo nas piores situações, mas é claro, que não é como se eu me desse bem sempre, ou como se minha vida fosse tranquila, mas acho que vão entender o que quero dizer. Como já disse, trabalho com meu irmão, como “roadies”, e fornecedores em toda Santa Lourdes. Passo muito do meu tempo estudando a história dessa cidade, por ser o que me faz admirar tanto essa realidade que me cerca, e isso vai desde conversas com nossos clientes à visitas regulares na biblioteca local; Isso, quando não estou tentando conseguir uns trocados extras com outros pequenos trabalhos, a maioria também considerada ilegal, pra ser sincero.
              Nas últimas horas de uma tarde de sexta, eu e meu irmão preparávamos nossas roupas e o equipamento para um grande evento em que DJ Praga, nosso insuportável “chefe” e colega de quarto, tocaria durante o fim de semana. Naquele mesmo momento, deixando um corpo para trás após uma breve parada na estrada até a cidade, três homens seguiam viagem sem peso algum na consciência, um grupo de criminosos internacionais (que conhecíamos de uma situação anterior, em outra cidade), conhecidos no mundo do crime organizado como Os Três Ratos Cegos. Empregados de um poderoso traficante e assassino internacional, o Raposa, cada um deles integrava o grupo por possuir grandes habilidades para papéis específicos durante os trabalhos.
O mais velho era Richard “Ric” Marques, o líder coroa e geralmente motorista do trio, quem tentava encarar as situações de forma mais bem-humorada, apesar de geralmente ser o responsável por resolver os problemas quando o clima esquentava. O segundo, Gustavo “Gus” Rizzo, parecia uma espécie de jovem ciborgue parrudo, era o atirador de elite frio e ambicioso da equipe, devido ao seu treinamento militar, era responsável por eliminar alvos a distância, e dar cobertura para a equipe em campo aberto. E o terceiro, Carlos Eloi, não era nada além do sociopata engomadinho de meia-idade do grupo, certamente o mais violento e explosivo dos três, responsável por localizar alvos e fazer os serviços mais sujos, que requerem mais sangue frio. Antes dessa, o grupo teve várias outras formações ao longo dos muitos anos de sua existência, membros entraram e saíram por diversas razões, alguns vivos, mas não a maioria.
Nós ainda não sabíamos naquele momento, mas as razões da vinda desses três à Santa Lourdes tinha relação com a gente e alguns conhecidos nossos.
              Nos próximos dias, Praga tocaria na famosa boate GAL, popular há mais de 30 anos por ser um grande símbolo para a cena LGBT+ de Santa Lourdes, mesmo em épocas mais conservadoras da cidade. Eu já conhecia bem aquele lugar, além de frequentá-la desde o fim da adolescência, quando ainda exagerava um pouco na maquiagem e nos sintéticos, o velho alemão dono do lugar, Andre Galler, começou a comprar comigo a erva dele e de seus funcionários para ajudá-los durante a correria e o estresse dos dias mais pesados. Ao anoitecer, fomos para uma festa prévia no local.
Nós três ficamos quase toda a festa na área de fumantes na cobertura do pequeno prédio onde era a boate. Enquanto Praga puxava o saco de um grupo de velhos produtores ricos que eram patrocinadores em potencial, meu irmão e eu fomos para a sacada observar o movimento da rua enquanto conversávamos. Acendemos um dos últimos baseados de White Widow da nossa parcela pessoal do último estoque. Fumamos em silêncio por um momento, e então refletimos sobre nosso problema com a plantação.
      – Cê acha que dá pra pagar uma estufa nova só com o que a gente vai fazer vendendo isso aqui? – perguntei para Ariel.
      – Sinceramente, a gente vacilou muito com essa. – ele respondeu – Além das perdas, esse incêndio com certeza chamou muita atenção. Eu acho que é melhor a gente ficar mais discreto por um tempo, mano.
      – Mais discreto? Como assim, Ariel? A gente tem proteção, e não é como se a gente tivesse anunciando que vende maconha abertamente na internet.
      – Mas é como se você tivesse, nesse momento, falando em voz alta sobre o fato da gente vender maconha, com um monte de estranhos em volta dos dois.
      – Como assim estranhos? Todo mundo aqui conhece a gente, guri.
      – Exa… – ele quase gritou, então se conteve, olhou em volta e voltou a atenção a mim – Exatamente! – ele falou ficando com a voz baixa, mas nervosa – A gente precisa ser um pouco mais discreto, Cam. A nossa amiga na polícia deu um jeito, mas tenho certeza que alguém lá dentro ainda tá curioso pra saber quem tava por trás das plantas. Sente o cheiro dessa parada na sua mão, agora imagina uma plantação inteira disso queimando, todos os policiais e maconheiros que pisaram o pé naquele terreno, ou em qualquer lugar a alguns quilômetros dele, certamente sabem a qualidade disso, e alguns deles possivelmente sabem que nós somos os únicos com acesso a esse tipo de semente na cidade. Se alguém que tava lá sentir até mesmo esse cheiro agora, pode ser o bastante pra incriminar a gente. Desculpa se to parecendo paranoico, mas pra isso acabar com o nosso negócio basta um desses abrir a boca pra pessoa errada!
Ariel tinha toda a razão, apesar de que logo essa preocupação seria uma das nossas menores em algum tempo, eu estava relaxando um pouco e ficando cada vez mais descuidado, confiando que meus contatos me livrariam de qualquer situação, mas como um bom irmão mais velho, certamente eu não poderia dar a razão pra ele naquele momento, então respondi com um sorriso no rosto:
      – Vai tomar no seu cu, guri! A gente já passou por situações de risco muito mais diretas que essa, não vai ser por causa de um descuido assim, que devo reiterar que não vai se repetir, eu prometo, que vamos botar todo o esquema a perder.
Ariel me encarou com expressão incrédula por alguns instantes.
      – Ah, me respeita, Cameron! – ele me respondeu segurando o riso – Você sabe que eu to certo, mas nunca vai admitir... E para com essa porra de me chamar de guri, eu nunca gostei disso.
Ariel então parou, olhando em choque fixamente para a rua, com clara expressão de surpresa em seu rosto e a respiração nervosa. Olhei na mesma direção e vi um carro estacionando na quadra ao lado. Era de um modelo diferente do último, dessa vez um Impala, mas nós sabíamos a quem pertencia no momento em que avistamos, sentimos a atmosfera maligna que os acompanhava, porém continuamos sem desviar o olhar, no fundo do peito torcendo para que estivéssemos errados; Infelizmente nossa suspeita foi confirmada quando vimos os três abrindo as portas e descendo quase que simultaneamente.
Muito diferentes desde o nosso encontro anterior, mas pra nós inconfundíveis. Ric vestia um grosso paletó preto sobre uma camisa de lã branca, luvas de pilotagem de couro preto, e uma calça social preta. Gus, segurando uma sacola de viagem em sua mão esquerda, vestia um sobretudo de algodão cinza escuro sobre uma camisa social preta, cachecol cinza claro, sapatos e luvas de couro marrom e calça social larga preta. Eloi vestia uma jaqueta jeans escura sobre uma camisa social salmão, luvas de couro marrons e calça social cinza escuro. Embora fosse noite já há algumas horas, por algum motivo, que só eles entendiam, os três usavam seus óculos escuros.
Calmamente eles olharam em nossa direção, esperaram que o movimento dos carros parasse por um momento para atravessarem a rua e em seguida entraram na boate. Eu e meu irmão nos olhamos confusos por alguns momentos, tentando pensar em algo pra falar, mas com tantas perguntas passando em nossas cabeças ao mesmo tempo, mal conseguimos externar duas.
      – Mas… Os… Esses três? – Ariel questionou gaguejando.
      – Na nossa cidade? – completei, igualmente chocado.
Eloi e Ric chegaram na cobertura, e rapidamente vieram em nossa direção.
      – Ric! Eloi! Que bom ver vocês. – falei me virando para eles.
      – Não, nem começa, bebê… – sorrindo para mim, Eloi parou bruscamente de caminhar e discretamente mostrou seu revólver por baixo da jaqueta  – A gente vai do jeito fácil, ou prefere que eu bagunce um pouco essa cobertura pra te incentivar?
      – Relaxa querido, não precisa de drama, vocês acabaram de chegar. – comecei a caminhar – Vamo de boa lá pro camarim, tá bom? Eu tô com a chave.
Ric e Eloi sorriram e se viraram em direção a porta de onde vieram, caminhando atrás de nós enquanto eu trocava olhares com Ariel. Chegando no camarim, atrás do palco no primeiro andar, assim que destranquei a porta Ric pegou sua faca dentro do paletó, apontou-a para fora e só disse “Bora! Circulando!”. Rapidamente uma dupla de DJs que estavam ali com alguns fãs cheirando carreiras imensas de cocaína, levantaram-se e saíram rindo sem questionar, ainda limpando seus narizes e deixando os restos sobre a mesa; Ao fechar a porta atrás de todos, Eloi me empurrou na pequena poltrona de couro próxima à entrada, sacou a arma e apontou-a para a parede do outro lado do cômodo, sinalizando para que meu irmão encostasse.
      – Vamo lá Cameron, poupa o nosso tempo, certo? – Ric sorriu para mim e sentou no sofá vermelho a minha frente – O quê você pode me dizer sobre Edson Plata? – Ric perguntou – Perceba que a gente cruzou um longo caminho pra te fazer essa pergunta especificamente, então pensa bem no que você vai responder.
Parei por um momento antes de responder. Olhei para Ariel. Me ajeitei na poltrona e respondi:
      – É o dono da joalheria de Rosa Cristal. – respondi nervoso – Sua loja é bem perto de onde a gente mora.
      – Tô sabendo – Eloi disse, segurando sua arma firmemente, já um pouco alterado – Mas a gente não quer saber quem ele é atualmente, temos interesse mesmo em quem ele já foi, sabe do que to falan...
      – Como vocês sabiam onde a gente tava? – Ariel questionou interrompendo-o.
Os dois olharam para Ariel sérios e em silêncio. Percebendo a impaciência deles, chamei novamente sua atenção pra mim.
      – Segundo a filha dele, Edson trabalhava como traficante de armas pras máfias locais, mas as minhas fontes garantem que ele parou há mais de 20 anos. – acendi o baseado que segurava apagado desde a chegada deles, dei um longo trago, então o ofereci para Eloi – Aceita uma bola? É o nosso produto novo.
Eloi, ainda sério, me encarou por um momento, esticou o braço direito para pegar o baseado, e agradeceu com a cabeça.
      – Você deve saber mais que isso, Cameron, por favor, facilita o nosso lado… – Ric disse.
      – Isso é tudo, eu juro pra vocês. – respondi, torcendo para acreditarem.
Ric riu cinicamente
      – Você tem certeza mesmo que o velho parou? – Eloi falou – Não foi isso que a gente soube antes de cruzar meio mundo atrás dessa informação.
      – Sim! Eu juro que isso é tudo que sei, pode confiar. – confirmei novamente, ainda torcendo pra acreditarem.
      – Cameron, Cameron, se a gente descobre que você tá mentindo pra gente… – Ric balançou a cabeça enquanto coçava sua barba – O Raposa vai ficar sabendo, e eu sou um cara gente boa, você sabe, mas ele nem tanto. Inclusive, não falem pra ele que eu disse isso, a gente mal começou a criar uma relação mais próxima.
      – Eu não tenho motivo algum pra mentir pra vocês, acreditem. Nunca deixei de ajudar quando vocês precisaram, certo? Não vejo motivo de tanta desconfiança agora. – levantei da poltrona e comecei a mexer nas maquiagens sobre uma das penteadeiras – E faz o favor de deixar o Raposa confortável na toca dele, as vidas no caminho entre a puta que pariu e Santa Lourdes certamente agradecem.
      – Você sabe bem o motivo da nossa desconfiança, espertinho, mas tudo bem. A gente se vê em breve. – Ric pegou o baseado da mão de Eloi, puxou duas vezes, e o estendeu em minha direção enquanto prendia a fumaça.
      – Podem ficar com esse…  – respondi – Certeza que vão precisar. 
      – Sério? Porra, eu agradeço – Ric sorriu – A gente entra em contato em algum momento. – ele acenou com a cabeça, e sinalizou para Eloi segui-lo enquanto saia.
Eloi fechou a porta atrás deles.
      – Que porra foi essa? – meu irmão perguntou imediatamente – O que o Edson tem a ver com esses malucos?
      – E como diabos eles sabem que temos qualquer relação com ele? – respondi – Você tá certo, a gente precisa ser mais discreto por um tempo. Foda-se a polícia, mas eu não quero ter nenhuma relação com o que quer que eles estejam envolvidos.
Antes de voltarmos para a festa, eu continuei no camarim com meu irmão, pensando no que tinha acabado de acontecer. Nada do que falei era mentira; O dono da joalheria Ouro de Tolo ainda traficava no porão de sua loja, mas de fato não fornecia pra máfia há mais de 20 anos. Seu negócio, quando rompeu suas relações com os grandes criminosos, passou a ajudar criminosos locais em troca de proteção contra os que pudessem tentar matá-lo por sua decisão.
O motivo de naquele momento eu não ter revelado mais sobre o empreendimento alternativo da joalheria para os Ratos, foi por ter de certa forma o meu próprio envolvimento nele, sendo Edson o responsável pela lavagem de quase todo o dinheiro que passava por nossas mãos já há alguns anos naquela época. Wila Plata, sua filha, também era uma de minhas clientes e amigas mais confiáveis, sempre me ajudou como pôde em algumas situações complicadas. Eu não poderia de forma alguma complicar a família dela.
Após concluirmos nosso trabalho com Praga naquela noite, voltamos pra casa, onde seguimos reflexivos com o que estaria por vir nos próximos dias. Os Três Ratos sempre foram criminosos que vendem a sua imagem, não é costume deles passar por qualquer lugar que seja sem tentar chamar um pouco de atenção de quem possa se interessar por sua capacidade destrutiva de uma força da natureza.
              Imagino que esteja muito claro nesse ponto que nós não somos os “mocinhos” de forma alguma, considerando toda a merda que nossa cidade é por baixo dos panos, e o fato de que boa parte das pessoas com as quais nos envolvemos são criminosos de verdade. Mas apesar de acreditar que o meu negócio tenha diversos fatores positivos a serem considerados, minha intenção ao contar isso nunca foi convencer ninguém de que somos inocentes de algo, muito pelo contrário, vim expor detalhadamente como foi a nossa vida nessa época, sem negar participação alguma que tivemos na desgraça que começou com a chegada desse trio.
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animaletras · 2 years ago
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Ontem foi Dia Internacional do Beijo e o Animaletras está aqui para te contar um pouco sobre a origem curiosa dessa data, o que acontece com o nosso corpo enquanto beijamos e como esse gesto foi e é visto pelas culturas ao redor do mundo.
A verdadeira origem da data não é muito clara, mas acredita-se que havia um beijoqueiro chamado Enrique Porchelo num vilarejo italiano, que era famoso por beijar todas as moças que encontrava, sendo elas comprometidas ou não (isso me parece um pouco problemático, viu?). No dia 13 de abril de 1882, um padre da região ofereceu um prêmio em ouro para a primeira mulher que se apresentasse afirmando nunca ter sido beijada por Enrique, mas ninguém se pronunciou. Reza a lenda que essa fortuna ainda está escondida em algum lugar da Itália. Que péssimo motivo para se comemorar um gesto tão carinhoso, não é mesmo?
Mas afinal, quando surgiu o ato de beijar?
Essa é outra pergunta que não tem uma resposta exata, mas acredita-se que as primeiras menções de algo parecido com um beijo são de escritos do sânscrito védico hindu, de mais de 3.500 anos atrás, descrevendo o beijo como “aspirar a alma um do outro”. A hipótese mais comum do surgimento do beijo é a de que os humanos possuíam o costume de cheirar o rosto uns aos outros, e em algum momento lábios se tocaram e perceberam que o beijo era uma forma muito mais prazerosa de fazer essa troca. Na cultura indiana, o beijo já era visto como um ato sexual, o que fica mais explícito em registros como o Kama Sutra (entre 200 e 400 d.C.), manual sexual muito famoso pelo mundo todo.
A cultura romana foi a primeira a ser reconhecida como beijoqueira, categorizando o beijo em três tipos: Osculum (beijo de amizade), Basium (beijo sensual e romântico) e Savium (o nosso famoso beijo de língua). Já na cultura grega, o beijo era usado para selar acordos e demonstrar respeito.
A partir do século IV d.C., o gesto passou a ser reprimido pela Igreja Católica, que transformou o beijo com fins sexuais em algo ilícito e perigoso, mantendo o ato restrito a um contexto religioso e ritualístico, nos momentos de louvar a Deus e de adorar imagens. Chegou até mesmo a ser proibido no século XII, sendo definido pelo papa da época com um “pecado mortal”. No entanto, as regras cristãs não foram capazes de impedir o gesto de afeto, pois já fazia parte dos hábitos sociais da época. Continuaram se beijando, com ou sem a permissão do papa.
No século XVII o beijo já era amplamente difundido na corte francesa, e os ingleses, que ficaram chocados com a libidinosidade presente na maneira como os franceses exploravam o ato, apelidaram o beijo de língua de “beijo francês”, termo que é usado até os dias atuais.
Saindo um pouco da Europa, é curioso observar que outras culturas não necessariamente veem o beijo como algo romântico. De acordo com estudos realizados pelas universidades de Nevada e Indiana nos EUA, dentre as 168 culturas estudadas, apenas 46% delas usam o beijo como demonstração romântica, mostrando que não é um gesto tão universal assim.
Os povos indígenas brasileiros, por exemplo, não tinham o costume de beijar antes de ter contato com povos europeus. Apesar de lidarem com o sexo de maneira bem espontânea, o beijo apenas não fazia parte dos hábitos culturais e sexuais dos povos originários. Já no Japão, não havia nem mesmo uma palavra para o ato até a forte influência dos EUA no século XX. O beijo se mantinha discreto, como um gesto restrito à intimidade do casal, assim como o sexo. Ainda hoje, japoneses são um pouco resistentes a se beijarem em público.
E por que beijamos? O que acontece com o nosso corpo quando damos umas beijocas?
O beijo estimula principalmente três dos nossos sentidos: o tato, o paladar e o olfato. Biologicamente falando, o cheiro é um critério bem importante na hora de escolhermos nossos parceiros, e como o beijo estimula o olfato, é uma maneira socialmente aceita de nos aproximarmos o suficiente do outro para reconhecer seus odores. Ou seja, o objetivo do beijar é o mesmo do farejar em outras espécies. Durante o beijo, trocamos informações químicas e táteis com o outro, e a compatibilidade dessa troca é o que faz com que gostemos mais de um beijo do que de outro.
E só humanos beijam?
Na verdade, pouquíssimos animais usam o beijo como um ato social. Chimpanzés se beijam como forma de reconciliação após algum conflito, sendo mais comum entre os machos e não utilizado como um ato romântico. Já os Bonobos, que são uma espécie muito sexual, se beijam com mais frequência e dão beijinhos de língua e tudo. No entanto, eles usam o sexo como uma ferramenta de interação social, e os beijos também não possuem uma intenção romântica.
No mundo animal existem outras formas de buscar um parceiro compatível, como a liberação de feromônios, por exemplo. Como os humanos possuem sentidos muito menos apurados, o beijo acaba sendo uma ferramenta bem útil para se conectar com o outro, criar laços e, quem sabe, também encontrar parceiros compatíveis.
No fim das contas, não se sabe se beijar é algo natural que foi reprimido em algumas culturas ou se é uma invenção do humano moderno. O que sabemos é que o ato do beijo libera ocitocina e serotonina, estimulando a produção de dopamina, hormônio responsável pela sensação de prazer e felicidade. E socialmente, é um gesto que estimula a conexão sexual do casal (ou trisal, quadrisal, enfim, o céu é o limite!), explorando os sentidos e sensações para fortalecer vínculos afetivos.
E aí, o que acharam da história? Deixa aqui nos comentários os beijos mais marcantes da cultura pop!
Beijo!
Referências bibliográficas:
BBC News Brasil. O que acontece no nosso corpo durante o beijo? Youtube, 2021. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Wmwn7jnkAFE
BBC News Brasil. Por que beijamos (e outros animais não)? | Ouça 7 minutos. Youtube, 2022. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=791ujoGQ8ig.
Diário de Biologia & História. BEIJO AO LONGO DA HISTÓRIA: Quando e porque as pessoas começaram a beijar na boca? Youtube, 2021. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Rcs4xUvL9-s.
Minutos Psíquicos. A CIÊNCIA DO BEIJO. Youtube, 2018. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=FSNr-D5yXc8.
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cyprianscafe · 1 month ago
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Folclore na feira
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Fletcher S. Bassett, fundador da Chicago Folk-Lore Society e organizador do Terceiro Congresso Internacional de Folclore Mundial na Feira Mundial de Chicago, 1893.
A Feira Mundial de Chicago de 1893 foi provavelmente o ponto alto da ideologia americana de indústria e empreendimento, bem como dos estudos folclóricos evolucionários. Na feira, a visão corporativa de grandeza da América foi vigorosamente colocada em exposição, e folcloristas desempenharam papéis de liderança. O meio da feira, com suas exibições de pessoas "que menos participaram do avanço geral," foi colocado sob a responsabilidade do departamento de antropologia. O departamento também foi responsável pelo que acabou sendo uma das exibições mais populares da feira, uma exibição vencedora de medalha de ouro de "objetos folclóricos" consistindo em artefatos de jogos mostrados para evoluir de ritos religiosos, preparados por Stewart Culin. No Manufactures Hall, o museu da universidade exibiu "uma série muito completa de objetos ilustrando os costumes dos trabalhadores chineses nos Estados Unidos," Em outro lugar, "George F. Kunz exibiu sob o nome de New York Branch of the American Folk-Lore society uma coleção de gemas e minerais com um significado folclórico que eram de interesse e valor peculiares," A Feira Mundial de Chicago, Stewart Culin observou, "ofereceu a maior oportunidade ao estudante e colecionador de folclore que já foi apresentada neste continente" (Culin 1894,51-59).
Como parte da missão educacional da feira, congressos eruditos serviam para honrar as questões urgentes no final do século XIX. A tarefa de organizar um congresso de folclore foi dada a um ex-oficial da marinha, Fletcher S. Bassett (1847-1893), fundador da Chicago Folk lore Society. A sociedade foi formada em dezembro de 1891 e via como seu campo especial a coleção de "literatura tradicional" a oeste dos Alleghenies. A importância da seção, de acordo com o credo da sociedade em sua segunda publicação, The Folk-Lorist em julho de 1892, era que "seu progresso até agora tem sido encorajador, e agora está estabelecido em uma base que garante sua utilidade" ("Chicago" 1892,1).
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Capa da publicação da Chicago Folk-Lore Society, The Folk-Lore Manual. O selo foi desenhado por Frederick W. Gookin e, de acordo com a publicação da sociedade, retratava um "Navajo 'akaan ndeinilii, ou aspersor de comida - um mensageiro enviado pelo cantor, ou cantador, durante o cerimonial conhecido como Canto da Montanha."
A primeira publicação foi um manual de coleção de folclore que trazia um logotipo mostrando um índio americano envolvido em um ritual místico para curar doenças e garantir prosperidade. O lema no logotipo foi retirado de Hiawatha de Longfellow, "De onde vêm essas lendas e tradições?" O lema invocava a busca por origens ocultas e antigas de tradições exóticas, e também implicava aplicar as lições obtidas dessa busca à política e cultura americanas. "Há abundante tradição tradicional a ser reunida no país ocidental,"' a introdução de The Folk-Lorist anunciava, "e muito que está desaparecendo rapidamente," Enfatizava que "esta Sociedade encoraja a coleta de tal material, importante para o estudo da história da humanidade, e em suas relações com os muitos problemas da vida" ("Chicago" 1892, 1).
A Chicago Folk-lore Society proclamou seus propósitos em seu principal evento público, o "Terceiro Congresso Internacional de Folclore" na Feira Mundial de Chicago em julho de 1893. Foi o primeiro congresso desse tipo a ser realizado nos Estados Unidos após reuniões anteriores em locais de prestígio de Londres e Paris. Bassett organizou um comitê consultivo de duzentos acadêmicos de todo o mundo e recebeu promessas de cem artigos sobre o programa. O assunto do folclore fez do programa "o centro das atrações" entre vários congressos realizados na feira, de acordo com o Chicago Tribune (McNeil 1985, 13). Os jornais publicaram avisos de várias das apresentações, especialmente relatos de ritos e costumes exóticos dos índios americanos. Uma manchete expressou espanto com uma demonstração de linguagem de sinais por vários membros da nação Sioux e um tenente Scott para "conversar sem o uso de palavras". De acordo com o jornal, "o uso especializado da linguagem de sinais pelo Tenente Scott recebeu a aprovação incondicional dos guerreiros, que recompensaram cada discurso com sorrisos gordurosos. O público aplaudiu a apresentação vigorosamente e queria mais, mas a duração do programa não permitiu que mais fosse dado" ("In a Sign" 1893). O comparecimento e o interesse do público atingiram o auge no congresso folclórico com a chegada de eminentes "autoridades científicas" e "um concerto gêmeo monstruoso realizado no Hall of Washington e no Hall of Columbus" consistindo de música folclórica altamente arranjada realizada no Chicago Art Institute. O Tribune relatou isso em 15 de julho como o principal "evento do dia" da feira.
Quando o congresso em Chicago foi aberto, Bassett se emocionou ao falar do crescimento dos estudos folclóricos nos últimos anos: "Publicações, anuais, trimestrais, mensais e semanais, aparecem em nossa própria cidade, em Boston, em Londres, em Ghent, em Antuérpia, em Liège, em Helsingfors, em Copenhague, em Berlim, em Leipzig, em Leyden, em Paris, em Palermo, em Viena, em Varsóvia, em Bombaim e em outras cidades, dedicadas a este estudo, além de outras cujas colunas são amplamente dedicadas ao Folclore" (Bassett 1898, 20; veja também McNeil 1985). Bassett então passou a observar o papel especial dos estudos folclóricos na sociedade americana. "As sociedades de Folclore encorajam a coleta, publicação e estudo dessas informações importantes e benéficas e atendem a um propósito importante em nossa civilização," ele explicou. "Os trabalhos dos eminentes estudiosos da América nessa direção," ele ofereceu, "demonstram que o Folclore está muito avançado em nosso meio, apesar da juventude de nossa existência. O Folclore," ele enfatizou, "tornou-se um assunto do dia" (Bassett 1898, 20).
De fato, tinha. Em estudos de folclore, escritores descreveram "maneiras" incomuns de "eras mais rudes" e "terras distantes", julgadas pelos rígidos padrões morais da época. Os relatos se debruçavam sobre sensualidade e vínculo emocional em costumes e contos e os profundos apegos e significados aparentes em objetos rituais e decorativos. O folclore mostrava a proximidade dos humanos com a natureza e a situação difícil da mão trabalhadora. O alcance da tradição era amplo, mas os vitorianos traçaram três linhas especiais de investigação relacionadas às rápidas mudanças na vida social do final do século XIX. Relacionada à preocupação dos vitorianos com a secularização da cultura moderna, o deslocamento da religião pela ciência como uma fórmula para viver, estava sua busca pelo significado e desenvolvimento da crença espiritual. Relacionada à sua preocupação com a rápida industrialização da vida cotidiana estava sua descoberta da "invenção", "indústria" e "tecnologia" primitivas. E, ligada à sua preocupação com o utilitarismo da ordem racional trazida pela industrialização, muitos vitorianos buscavam o caráter da arte e da expressão na tradição popular. Para nações expansivas como a Inglaterra e a América, onde o folclore era especialmente popular, os estudos do folclore evolucionário abriram o mundo para o julgamento cultural.
Qual foi, então, a mensagem fornecida pelos folcloristas evolucionistas da feira? Empoleirado antes da virada do século e da mudança importante que ela representava, o professor da Universidade de Chicago e presidente da Chicago Folk-lore Society William I. Knapp defendeu a ideia de que o folclore mostrava a transformação do passado no presente civilizado. Era um movimento de progresso, com a ciência substituindo a superstição. E que lugar melhor para mostrar isso do que Chicago, o símbolo americano de rápido crescimento social e material? "Chicago é hoje o redemoinho centrípeto em direção ao qual a onda gigante está rolando e do qual a reação centrífuga será mundial", berrou Knapp (Knapp 1898, 24-25). O triunfo da teoria da evolução cultural na época da feira coroou cinquenta anos de avanços científicos vitorianos que beneficiaram o público, de acordo com W. J. McGee. "Os principais movimentos", ele anunciou, significavam que as fontes da estética e da ética foram buscadas com sucesso, os primeiros passos no curso do desenvolvimento industrial foram rastreados, os primórdios do direito foram analisados ​​e o curso do desenvolvimento humano foi trazido à luz; e agora se sabe que as linhas do progresso humano nas artes e indústrias, na sociologia, na linguagem e no pensamento são convergentes, em vez de divergentes como as linhas de desenvolvimento entre animais e plantas, e que a unificação de ideias pelo telégrafo, telefone e imprensa é apenas uma ondulação marcando o curso do grande fluxo da atividade humana. (McGee 1898, 319)
Essa retórica grandiloquente com sua declaração de domínio social americano moderno também marcou a abertura do Congresso Internacional de Folclore na Feira Mundial de Chicago. "O princípio supremo do século XIX", enfatizou a palestra de Knapp, "é a irmandade do homem." "Por quarenta anos," ele continuou, "a procissão pacífica se moveu dos cantos mais remotos da Terra para alguns centros comuns. Rostos pitorescos, trajes estranhos, línguas ininteligíveis se misturaram com as civilizações dominantes da Europa Ocidental e do Novo Mundo além, enquanto raças veneráveis ​​fizeram reverência à prosperidade material de instituições mais jovens e inovadoras" (Knapp 1898, 24-25).
Em feiras anteriores, exibições antropológicas apelavam ao voyeurismo americano sobre "povos primitivos" e seus costumes populares - no Midway Plaisance, que ficava bem atrás da "Court of Honor" central com sua principal característica do Manufactures Hall. O Midway Plaisance consistia em inúmeras pequenas exibições dando a impressão da variedade de raças no mundo. O Manufactures Hall era o maior edifício único da feira e culminava uma viagem pela feira representando a unidade e o progresso do avanço industrial. O presidente da Chicago Folk-Lore Society deu as boas-vindas aos participantes da Feira Mundial declarando: "Então, toda essa reunião de raças e rostos humanos dos quatro ventos do céu contém uma lição que logo será encarnada em um propósito. Estamos nos transformando, quase transformados" (Knapp 1898, 24-25). A procissão evolucionária simbólica do presidente Cleveland para abrir a Feira Mundial de Chicago começou com "os alienígenas rudes do Midway Plaisance,'' nas palavras de E. Benjamin Andrews, e terminou no Manufactures Hall. Fazendo referência às tradições que o sustentam como base para os "resultados estupendos do empreendimento e atividade americanos," o presidente anunciou, "Estamos hoje na presença das nações mais antigas do mundo, e apontamos para as grandes realizações que aqui exibimos, sem pedir subsídios em relação à juventude. É uma missão exaltada na qual nós e nossos convidados de outras terras estamos engajados enquanto cooperamos na inauguração de um empreendimento dedicado à iluminação humana" (Andrews 1896, 244).
Following tradition: folklore in the discourse of American culture - Simon J Bronner
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eduardocantagalo · 2 months ago
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Passo a passo para organizar uma viagem internacional perfeita
Planejar uma viagem internacional pode parecer uma tarefa desafiadora — especialmente se for sua primeira vez —, mas com algumas dicas e organização, você pode transformar esse processo em algo simples e prazeroso. Antes de qualquer coisa, pense no que torna uma experiência inesquecível: boa companhia, destinos marcantes e, claro, momentos especiais como um jantar nos melhores restaurantes londrina.
Escolhendo o destino ideal
O primeiro passo é decidir para onde você quer ir. Essa decisão depende de alguns fatores importantes: orçamento, clima e preferências pessoais. Você quer uma viagem cultural, de aventura ou algo mais relaxante? Considere também a época do ano. Por exemplo, se Fortaleza está na sua lista de desejos, saber a melhor epoca para ir em fortaleza pode ajudar a evitar surpresas com chuvas ou lotações.
Documentação em dia
Com o destino decidido, hora de garantir que sua documentação esteja em ordem. Confira a validade do seu passaporte e verifique se o país de destino exige visto. Cada lugar tem suas especificidades, então é essencial pesquisar sobre isso com antecedência. Ah, não esqueça de guardar cópias digitais dos seus documentos. Assim, você evita dores de cabeça caso algo se perca.
Montando o roteiro
O roteiro é a espinha dorsal da sua viagem. Divida seu tempo entre as atrações principais e momentos de descanso. Pesquise bem — leia blogs, assista a vídeos e converse com quem já foi ao destino. Aproveite para encaixar restaurantes e experiências autêuticas. Por exemplo, ao visitar Fortaleza, há ótimas opções de restaurantes baratos em fortaleza para incluir no seu roteiro.
Passagens e hospedagem
Reserve suas passagens e hospedagem com antecedência para garantir melhores preços. Use plataformas confiáveis para comparar opções e leia as avaliações de outros viajantes. Além disso, fique de olho em promoções. Flexibilidade de datas pode ser sua aliada para economizar.
Seguro viagem: indispensável
Embora muitos pensem que seguro viagem é um gasto extra, ele é essencial. Além de garantir assistência médica, ele cobre imprevistos como cancelamento de voos e perda de bagagem. Escolha um plano que atenda às exigências do país de destino e às suas necessidades.
Orçamento e moeda estrangeira
Estabeleça um orçamento realista para sua viagem. Isso inclui passagens, hospedagem, alimentação, transporte e passeios. Troque moeda com antecedência e pesquise as melhores taxas de câmbio. Usar cartões internacionais é uma boa alternativa, mas lembre-se de que pode haver cobranças de IOF.
Preparativos finais
Na semana anterior à viagem, organize sua mala de acordo com o clima e as atividades previstas. Tenha cuidado com os limites de peso e itens proibidos em voos internacionais. Leve também um adaptador universal e pesquise sobre os costumes locais para evitar gafes culturais.
Por fim, planejar uma viagem internacional exige dedicação, mas a recompensa é imensurável. Cada detalhe — desde a escolha do destino até os lugares onde você vai comer — contribui para uma experiência memorável. Com essas dicas, você estará pronto para embarcar na sua próxima aventura pelo mundo!
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apontamentes · 3 months ago
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Relações Internacionais
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Já estão a ser realizados os marcadores de livros para serem enviados aos alunos da escola Wester Elementary, em Dallas, Texas.
Esta é uma atividade a que o agrupamento se junta todos os anos através do Bookmark Exchange Project, uma iniciativa da IASL (International Association of School Librarianship) para comemoração do MIBE (Mês Internacional das Bibliotecas Escolares).
Na imagem vemos em destaque um aluno da EBI/JI do Couço a realizar o seu marcador de livro, uma coruja!
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MAs também foram realizadas muitas cegonhas!
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O projecto RADIOACTIVE Musical Odyssey, promovido pela Biblioteca Escolar, que decorreu no ano letivo passado, envolvendo alunos do 1.º Ciclo, 2.º Ciclo e PIEF, professores de diversas áreas, foi agora premiado com um selo de qualidade. 😁
Este foi um projeto realizado na plataforma eTwinning, onde se partilharam músicas, danças e costumes com escolas da Grécia, Croácia, Italia e Eslováquia.
Clica aqui para veres um vídeo de resumo.
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scripto-fabulas · 3 months ago
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Mericrisma e Madeinusa
Abriu a porta de casa e, como de costume, encontrou-o capturando pernilongos entre as páginas de um livro. Sorriu-lhe brevemente antes de mirar em um inseto particularmente gordo e fechar o pesado volume em cima do bichano com um estrondo.
“Este não me toma mais o sangue!” comentou, orgulhoso.
Duzentos e setenta livros, entre clássicos da literatura e enciclopédias. Todos de capa dura, imponentes e repletos de esqueletos de pernilongos e aranhas que percorreram aquele cômodo ao longo dos anos.
Seu João tinha um orgulho imenso de sua bela biblioteca. Não que os livros em si guardassem qualquer valor sentimental, mas dentro de cada um morava uma infinidade de palavras bonitas das mais diferentes línguas – e restos de pequenos insetos. Tendo “nascido errado”, como costumava dizer, não tivera acesso ao ensino das letras, e talvez por isso as contemplasse com um respeito inaudito, incomparável em grau ao que dispenssasse a qualquer ser humano. “Esses conheço bem, muito mais do que gostaria,” completava, se algum novato ousasse desafiar sua reverência pelos livros.
Após a morte dos pais, trabalhou com afinco para garantir um futuro melhor para o irmão mais novo, José, que concluiu a escola e, com algum esforço, conseguiu se firmar como parte da tripulação da grande companhia de cruzeiros StarBoatClub. Em sua primeira viagem internacional, um cruzeiro de natal para Miami, mandou um cartão postal para o irmão, que, recém-casado, esperava a chegada do primeiro filho. A leitura da mensagem foi atribuída a Isaura, esposa de João, que tinha cursado até a quarta série do Ensino Fundamental. Por vezes, a moça se oferecera para ensinar o alfabeto ao marido, mas ele insistia que tinha nascido errado e que não estava à altura das letras, que ambos estavam destinados àquele tratamento de senhor e subalterno.
(…)
Para ler mais, acesse o link: https://www.amazon.com.br/Mericrisma-Madeinusa-Nomes-Marina-Morais-ebook/dp/B06XC5N11P/ref=sr_1_5?ie=UTF8&qid=1488385445&sr=8-5&keywords=marina+morais
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