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#como tirar linhas de expressão
mariasilva041 · 5 months
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fernanda-santos123456 · 5 months
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imninahchan · 4 months
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𓏲 ๋࣭ ࣪ ˖ 𐙚 ⌜ 𝐀𝐕𝐈𝐒𝐎𝐒: swann arlaud x leitora x sandra hüller, oscar 2024, contagem de palavras (944), leitora!personal stylist, sexo sem proteção (se cuidem flores!), masturbação fem + masturbação masc, nipple play ⁞ ♡ ̆̈
꒰ 𝑵𝑶𝑻𝑨𝑺 𝑫𝑨 𝑨𝑼𝑻𝑶𝑹𝑨 ꒱ @fromirkwood vc como sempre sendo a mais babilônica nas minhas asks, graças a deus vc existe ─ Ꮺ !
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.⸙ ELA VOLTA RADIANTE DA PREMIAÇÃO, o sorriso enorme esticando os lábios finos. A primeira coisa que faz, quando sobe as escadas para o segundo andar da casa reservada para a noite, é tirar os sapatos e te encontrar num dos quartos em meio à bagunça de maletas de maquiagem, malas e as araras duplas com roupas e caixas guardadas. Atrás dela, 𝑺𝒘𝒂𝒏𝒏 sobe devagar os degraus, meio tímido, com um sorriso em linha e as mãos no bolso da calça social.
Se divertiram?, você pergunta, pegando os saltos de grife das mãos dela. 𝑺𝒂𝒏𝒅𝒓𝒂 ri, doce, “muito!”. Adentra o cômodo, enquanto você espera o francês para poder encostar a porta. “Agora temos que nos arrumar pra festa”, ela diz, gesticulando com as mãos no ar, te chamando. Você sorri, achando bonitinha toda a animação, os passos pelo piso te colando mais próxima da alemã. Mas algo parece suspeito, o seu olhar recai no homem, que vaga pelo canto do quarto até se recostar na penteadeira. Ele está sorrindo ainda, com o olhar perdido no chão, feito evitasse vocês duas.
“Vocês voltaram cedo”, você nota, “pensei que fosse voltar todo mundo junto também.”
“Porque a gente tem que se arrumar”, ela responde, roubando a sua atenção mais uma vez, “pelo menos eu tenho, né? Não separou outro vestido pra mim, hm?”, e você a observa, aperta as vistas, desconfiada. 𝑺𝒂𝒏𝒅𝒓𝒂 não se deixa abalar, mantém a mesma postura descontraída. Limpa os cabelos das costas, te convidando, vem tirar o meu vestido.
Você balança a cabeça, contendo um sorriso ao desviar o olhar. Não a nega o “convite”, por um momento nem questiona a presença do francês quando vê as costas nuas da mulher e a peça íntima rendada no quadril. Ela se vira, os olhos claros te observando, o toque das mãos frias se aquece quando as palmas se enchem com as suas bochechas, terna.
Et moi?, o eco da voz rouca do homem te rouba a sua atenção. 𝑺𝒘𝒂𝒏𝒏 está olhando, esforçando-se para conter o sorrisinho fácil enquanto as mãos descansam ainda no bolso na calça social. É uma expressão malandra, você o conhece bem. Diferente dela, ele não consegue — ou não tenta — disfarçar as intenções. “Eu também tenho que me arrumar”, te fala, faz um aceninho com a cabeça, chamando, meio tímido, muito canalha, “tira a minha roupa.”
E você retira o blazer preto, desfaz com calma os botões da camisa social também escura pra descobrir o torço magro. Quando coloca as mãos no cinto, o olha, feito desse uma última chance pra ele protestar antes que você o desmonte todo. Mas tudo que recebe é um arquear de sobrolho como quem espera que seu desejo seja finalizado. Aí, você finaliza. Traz à tona mais um corpo que tanto se pegou imaginando nesses últimos meses trabalhando juntos.
Sente a mão dele tocando na sua nuca, firme. Num carinho que vem desaguando no ladinho do seu pescoço até tomar conta da garganta, te fazendo cerrar os olhos, suspirar. O jeito com que ele admira os seus lábios, você deveria ter visto, é de perder o fôlego também. Vem comigo, te é sussurrando pertinho do rosto antes de ser guiada pra cama.
𝑺𝒘𝒂𝒏𝒏 se senta na beirada, de pernas separadas. Toca o próprio sexo, se acaricia, lento, preparando para te oferecer, esticar a mão à sua direção. “Senta aqui”, diz, “no meu colinho”, sorrindo. Você ergue a barra da saia longa, logo deslizando a calcinha pelas pernas, e é virada de costas para o homem, se ajoelha na cama dessa forma, as mãos dele te segurando na cintura, para pairar por cima da pontinha melada. “Devagar”, ele murmura, te descendo, “sem pressa”, um centímetro de cada vez, “temos todo o tempo do mundo”, até que esteja cheia, sentada nas coxas dele.
Gut?, o tom alemão, embora soe até doce, te leva a responder de imediato, obediente, afirmando com a cabeça. Ela sorri, toca o seu rosto enquanto sente as suas mãos no quadril dela. “Tão bonita...”, te elogia, “mesmo quando eles voltarem, você sai daqui depois que eu fizer tudo que eu quero fazer contigo”, se inclina, a ponta do nariz resvalando na sua, “...okay?”, e te beija, estimulantemente áspera ao apertar o seu queixo dessa forma. Os lábios finos estalando nos seus, com certeza te marcando de batom nude.
Na cerviz, tem a boca quente do francês te molhando de saliva, chupando. Beijos que se espalham de tal maneira pela sua pele que alcançam a sua boca, por fim, quando pende a cabeça pro canto ao encontro dele. A língua empurra a sua, habilidosa, muito sensual. Rapidamente, você perde o ar, presa entre as duas bocas que tanto te devoram. As mãos de 𝑺𝒘𝒂𝒏𝒏 na sua cintura começam a te encorajar, a orientar os movimentos de subida e descida, te preenchendo e esvaziando repetidas vezes.
Os dedos de 𝑺𝒂𝒏𝒅𝒓𝒂 escorregam pela sua blusa, se afundam entre a bagunça amarrotada na qual a barra da sua saia se transforma para tocar o seu pontinho. Acaricia, circulando. Te incendiando.
Você tomba a cabeça pra frente, a testa se apoiando entre os seios dela, ofegante. Ela afasta a alça fininha pelos seus ombros, os seus peitinhos parcialmente à mostra agora. Tem o prazer de apertar um biquinho duro, te causar um espasmo, a crueldade de ter que morder os lábios para segurar um arquejo. Porra... São tantos estímulos, tanto carinho, tanto desejo acumulado ao longo do tempo que você nota os olhos nublando, a mente apagando conforme se entrega mais à satisfação. Mesmo quando escuta as vozes ecoando do andar de baixo, não se importa, sabe que só sai desse quarto quando te for permitido sair.
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sunshyni · 7 months
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ㅤㅤ<goodnight n go>
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<p>why'd you have to be so cute?</p>
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<notas>Gente, ele é tão fofo, sério!!! 😭
Eu achei que meu bias no zb1 fosse o Ricky, mas agora tenho as minhas dúvidas KKKKK Foi muito gostosinho escrever isso, e sinceramente??? Acho que ficou a cara dele!!! Juro!!! 😭 Espero que vocês gostem!!!
<w.c>1.2k
<avisos>Tá um tiquinho sugestivo porque eu escrevi escutando Ariana Grande, então já era de se esperar KKKKK Informação muito específica e desnecessária, mas a prota é um ano mais velha que o Gunwook em homenagem a mim mesma porque eu sempre fico muito chocada quando me deparo com idols mais novos que eu (sim, eu sou que nem o Jisung bugando muito com os membros do nct wish se referindo a ele como hyung KKKKK)
Boa leitura, docinhos!!! 🌀
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<p>you know where your hands should be. So baby, won't you come show me?</p>
— Eu perdi meu ônibus pra casa — Gunwook reapareceu à porta do seu apartamento, depois de vocês terem passado a tarde inteira aconchegados no corpo um do outro, sendo obrigados a se despedirem com um “Boa noite” hesitante, acompanhado pelo ato de segurar as mãos até a distância desvencilhar os dedos. Então, numa atitude imprudente, Gunwook simplesmente deixou passar diante dos seus olhos o último ônibus da linha que o deixava praticamente na porta da sua casa. Mas como voltar para a sua casa se ele só conseguia de fato descansar apenas nos seus braços? — Posso ficar aqui?
Ele perguntou, pressionando a bochecha contra o batente da porta, o rosto ligeiramente corado, você não sabia dizer se era pela pequena quantidade de liquor que você adicionou no chocolate quente que vocês estavam bebendo, ou se era devido ao ar gelado da noite, ou – última hipótese e a mais provável de todas – se era por sua culpa.
— Não — Você brincou, um sorriso emoldurando seus lábios nos quais o Park era incapaz de tirar os olhos nas últimas semanas. Você segurou a palma direita dele com as duas mãos, conduzindo-o até a sala enquanto ele fechava a porta com a mão livre, e assim estavam de volta em frente ao sofá que passaram embolados um no outro ao passo que assistiam um clássico com a Sandra Bullock. Os créditos de “Enquanto você dormia” ainda estavam pausados e as xícaras da bebida quente que você providenciou permaneciam sobre descansos de copo em cima da mesinha de centro quando você ajudou Gunwook a tirar o casaco de inverno pesado.
— Você nem deveria ter se despedido pra começo de conversa — Gunwook estreitou os olhos para você, mas seus olhos estavam mais concentrados na camisa de mangas compridas que mais parecia de compressão, marcando os ombros largos de uma forma gloriosa que te fez se ajoelhar no sofá e abrir os braços num pedido silencioso de abraço. Gunwook tratou de repousar a terceira peça no primeiro móvel que encontrou – um armário que você utilizava para guardar suas louças mais caras e que em outras circunstâncias teria reclamado da escolha, mas era incapaz de discutir com aquele ursinho – e te abraçou, contornando a sua cintura com uma ternura sem igual ao passo que se juntava a você no sofá confortável.
— Foi a senhorita que 'tava quase me expulsando daqui — Você gritou de surpresa quando Gunwook fez cosquinhas na sua barriga, fazendo com que você perdesse a força nos joelhos e desistisse de lutar contra as mãos traiçoeiras do mais novo, deitando no sofá esticado como sinal de derrota.
O Park se deitou bem ao seu lado, de frente para você, a mão acariciando gentilmente o seu rosto enquanto você fazia subir a barra da calça dele com o pé, roçando na perna de Gunwook e provocando-o de um jeitinho que fez ele se estremecer de prazer.
— Porque eu tenho medo de não conseguir me conter — Você admitiu e Gunwook te olhou com uma expressão confusa adornando o rosto angelical — Só não se despede mais de mim, tá? Fica aqui. Você é um pouco maior que esse sofá, mas a minha cama te serve bem.
Gunwook desviou o olhar, claramente envergonhado, mas um sorriso orgulhoso cobria-lhe os lábios rosados, afinal ele não se importaria de morar por definitivo dentro de um cômodo do tamanho de um banheiro, se estivesse junto com você, disso ele tinha certeza.
Mesmo que vocês ainda nem namorassem. Vocês se conheceram no trabalho, num acidente no qual você quase quebrou a impressora colossal e Gunwook te impediu de imprimir uma quantidade absurda de cópias, não demorou muito para você se sentir ansiosa em vê-lo engravatado todos dias a la Clark Kent, e Gunwook tinha inventado de presentear a equipe com um copo de café todos os dias, apenas para grudar um post-it no seu com mensagens simples de “Bom dia” e um desenho fofo, e algumas mais ousadas como “Sinto o seu perfume de longe. Será que eu posso chegar mais perto pra averiguar se é seu mesmo?”, pequenas atitudes que te faziam querer mimá-lo e tê-lo por cima do seu corpo ao mesmo tempo. Vocês com frequência trocavam olhares por cima das repartições e enviavam mensagens um para o outro no chat da empresa, Deus sabia o quanto você tinha medo do departamento dos recursos humanos estar secretamente interceptando as conversas, mas isso nem passava por sua cabeça quando Gunwook esticava o pescoço do outro lado da mesa e perguntava “Sério?” para alguma mensagem sua, apenas movimentando os lábios.
Gunwook vivia segurando sua mão, vocês passeavam para tudo que é canto, mas nenhum dos dois havia se declarado ainda e Gunwook ainda não tinha te beijado, embora você tivesse consciência – levando em consideração as milhares de mordidas de lábio de puro nervosismo enquanto contemplava sua boca – que ele estava desesperado para isso, o que fazia com que ele chegasse um bocado mais perto da definição de fofura.
— Quero que você saiba que tem toda a liberdade — Gunwook nem piscava, atento demais no que você tinha a dizer e de repente consciente demais da proximidade dos seus corpos, o que fez com que seu coração batesse em disparada, feito um cavalo de corrida destinado a alcançar o primeiro lugar — Pode me tocar como você quiser.
Gunwook mordeu o lábio inferior, soltando-o lentamente, permitindo que ele escapasse suavemente dos dentes antes de colar os lábios nos seus com sutileza, ao passo que a mão retinha sua nuca com confiança, um contraste que não podia passar despercebido e que te fez derreter feito picolé nos braços dele. Consistentemente, lá estava Gunwook por cima de você enquanto te beijava com uma doçura sem fim, o antebraço bem ao lado do seu rosto, impedindo-o de colocar o peso do corpo sobre você, ainda que aquela altura do campeonato, você não desse a mínima se ele te pressionasse um pouco, seria tão bom quanto, já que dessa forma poderia senti-lo melhor.
— Eu 'tava sonhando com isso desde que te dei aquele primeiro café — Você prendeu a respiração quando a mão dele percorreu a lateral do seu corpo de forma perigosa, no entanto ainda suave e pura, apenas conhecendo território desconhecido.
— Então o café sempre foi proposital? — Questionou e pode observar bem de perto quando as bochechas e as orelhas de Gunwook adquiriram um tom vermelho de forma gradativa. Você deixou um selinho rápido na ponta do narizinho encantador dele, tirando-o de uma tela azul da timidez — Quer que eu tenha tanta energia pra que, especificamente?
— É que... — Ele escondeu o rosto quente em seu pescoço, incapaz de te olhar nos olhos por aqueles instantes, embora estivesse se aproveitando da oportunidade para sentir seu cheiro e espalhar beijos preguiçosos na região do seu colo, o que provocava arrepios por toda extensão do seu corpo sensível especificamente por ele.
Quando Gunwook guiou o olhar para você novamente, seus olhos tinham adquirido um brilho diferente que se assemelhava bastante com desejo, as pupilas dilatadas comprovavam isso, e o frio na sua barriga, como se estivesse prestes a andar em uma montanha-russa sem trava de segurança constatava isso de forma mais impetuosa ainda.
— Continua... — Você o estimulou com a voz falha e com a impressão de que poderia facilmente se dissolver feito uma gelatina em dias quentes, se as coisas progredissem naquela maneira gostosa.
— É que a gente pode fazer bem lentinho... — A sua mão repousou sobre o peitoral dele, se certificando de mantê-lo minimamente afastado para fitá-lo nos olhos enquanto falava — Mas é que eu não sei se consigo me conter com só uma vez.
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little-big-fan · 1 year
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Imagine com Niall Horan
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Problem
Faz tempo que não apareço por aqui, hum? Bom, espero muito que gostem desse pedido! Foi super gostoso de escrever ele! Estava com saudades!
Contagem de palavras: 1,542
— Você realmente não vem? — Perguntei ainda sentindo meu coração apertado dentro do peito. 
— Desculpa, linda. Você sabe que sempre que nós aparecemos juntos saem notícias por todos os cantos… — Niall suspirou do outro lado da linha.
— Antes de termos qualquer coisa, nós éramos amigos, Niall. — Engoli o bolo que se formava em minha garganta. — E você não costumava se importar com esse tipo de fofoca. 
— Amor, tenta entender… 
— Preciso ir. — Corto sua fala, e desligando a ligação o mais rápido que consegui. 
A foto de Niall voltou a piscar em minha tela, mas apenas silenciei o aparelho.  No mesmo momento, uma mensagem apareceu.
“Podemos comemorar mais tarde, só nós dois. O que acha?”
“Vou para o after party com as meninas. Se quiser mesmo comemorar, sabe onde me encontrar.”
Já fazia quase um ano que havíamos embarcado em um relacionamento de verdade. E alguns meses desde que Niall começou a ficar mais incomodado que o normal com as fofocas sobre nós. 
No começo eram apenas algumas reclamações, que foram passando para “encontros secretos” e por fim, cada notícia que vinculasse o seu nome ao meu era apagada em questão de horas. 
Claro, isso não acabava com os burburinhos que o fandom criava, tanto seu quanto o meu. 
Nas últimas semanas, Niall parecia evitar completamente de me encontrar, até mesmo nos hotéis que costumávamos frequentar com nomes falsos. 
Hoje, no show comemorativo de cinco anos da minha banda, mais uma vez, ele não está ao meu lado, mesmo sabendo o quão importante era aquela data para mim. 
— Está pronta, querida? — Jeff, um dos dançarinos perguntou, colocando a cabeça para dentro do camarim. Engoli em seco mais uma vez, e vesti o meu melhor sorriso falso. 
— Sempre. 
O show estava incrível, a plateia acompanhava cada letra, vibrando junto com a gente a ponto de fazer o palco tremer. Por algumas horas, me concentrei totalmente em fazer aqueles que me amavam felizes, e lhes dar a melhor experiência possível. Porque eu com certeza não seria a mesma sem o amor deles. 
Por mais que eu quisesse me divertir na festa, e que estivesse rodeada de amigos e artistas, era inevitável sentir falta do meu namorado. 
E, quando os drinks começaram a entrar na equação, o resultado foi uma S/N com vontade de chorar quase incontrolável. 
— S/A! — Uma voz conhecida me fez sair do meu próprio mundo. 
— Harry! — Sorri abertamente para o meu amigo, que segurava um copo cheio de uma bebida cor de rosa. — Não acredito que deu uma pausa nas suas férias para vir! — Me joguei em seus braços, sendo recebida de bom grado e com uma risada sonora. 
— Eu não perderia sua comemoração por nada! Parabéns pelos cinco anos da banda, sun, espero que venham muitos pela frente. 
— Obrigado. — Resmunguei, apertando-o ainda mais no abraço. Um dos pontos negativos da bebida e da ausência do meu namorado era a carência. 
Conheci Harry em um evento beneficente que nossa agência promoveu, há quase quatro anos atrás. O fato de Niall e eu virarmos amigos quase instantaneamente me aproximou do inglês também. E por ser uma das poucas pessoas que sabia da nossa real situação, Harry às vezes acabava servindo como confidente e terapeuta. 
Sua presença definitivamente melhorou a noite. Fazendo as suas piores piadas e dançando de forma completamente desajeitada ele me arrancou gargalhadas de verdade, que há algum tempo eu não conseguia dar. 
E no fim da noite, fez questão de me deixar em casa. 
Entrei no apartamento escuro cambaleando, e estranhando o fato da televisão estar ligada. Meu coração deu um salto enorme quando vi o moreno sentado no meu sofá, com os braços cruzados e uma expressão péssima no rosto lindo. 
— Como entrou aqui? — Perguntei ainda nervosa. 
— A senha da fechadura é o meu aniversário. — Niall disse sem tirar os olhos da televisão. 
— E o que veio fazer? — Falei soltando minha bolsa sobre o sofá. 
— Você por acaso sabe que horas são? — Sua voz estava baixa, e ele parecia tentar controlar a raiva. Sem muito sucesso. 
— Não faço a mínima ideia. — Dei um sorriso irônico. 
— A festa estava boa? 
— Ótima. — Niall soltou o ar pelo nariz, empurrando a língua pela bochecha. 
— Tem fotos suas e do Harry por toda a parte, sabia? — Disse se levantando e enfiando as mãos na calça jeans solta.
— Melhor com ele do que com você, não é? 
— O que você disse? — Falou entre dentes. 
— Exatamente o que você ouviu. — Cruzei meus braços sobre o peito, sentindo a raiva emanar. — Melhor existirem fotos com outras pessoas do que com você. 
— Não acredito que você está dizendo isso. 
— Não é exatamente o que você acha? — Ergui as sobrancelhas, na minha expressão mais debochada. — Se você tem vergonha de aparecer comigo, Niall, outras pessoas não tem. — Despejei o pensamento que me assombrava. 
— Vergonha? Acha que eu tenho vergonha de você? — Disse incrédulo.
— O que mais seria? — Dei de ombros, já sentindo meus olhos marejarem. — Você faz o maior esforço para que ninguém nos veja a quilômetros de distância. 
— Eu só não quero que ninguém se meta entre nós. 
— Isso não era um problema antes. 
— Antes era diferente. 
— Talvez antes fosse melhor. — Sussurrei, sentindo as lágrimas queimarem as minhas bochechas. 
— É o que você acha? 
— É o que parece,  Niall. Se você está tão preocupado que a sua imagem seja vinculada á minha a ponto de faltar em um momento tão importante pra mim, podemos voltar ao que éramos. 
— Você quer terminar? 
— Não. — Digo sem conseguir conter meu soluço. — Eu só não aguento mais essa situação. Eu não sou uma criminosa pra me esconder toda vez que vou ver o meu namorado. Não estamos fazendo nada errado, Niall. — Passei o punho pelas bochechas. 
— Amor… 
— Não me chame assim. — Pedi. — Parece mentira quando sai da sua boca. 
— Eu amo você, sabe disso. 
— Sei mesmo, Niall? Porque parece que não. Às vezes parece que você não queria sequer ter me conhecido. 
— S/N! 
— Às vezes parece que você se arrepende de ter começado tudo isso. — Continuei jogando todas as coisas que me machucavam sobre ele. 
— Você sabe que isso não é verdade. 
— Sinceramente? Eu não sei de mais nada. — Funguei. — Eu preciso descansar, por favor, vá embora. 
— Nós precisamos conversar. 
— Não estou em condições agora. — Falei, indo em direção ao meu quarto.
Sentei na cama, me sentindo horrível quando ouvi a porta bater. Por alguns minutos imaginei que Niall fosse voltar e tentar resolver tudo. 
Mas não. 
Ele realmente foi embora, depois de ouvir todas as minhas mágoas. 
Como se eu não fosse nada, Niall foi embora. 
Sem nem mesmo tirar a maquiagem ou o vestido de festa, me cobri com o edredom e chorei até conseguir dormir. 
Acordei sentindo uma dor horrível em minha cabeça. 
Peguei meu celular jogado ao meu lado na cama e disquei o numero da minha assessora, sabendo que a internet deveria estar em polvorosa com fotos minhas e de Harry. 
— Lisa, bom dia. — Resmunguei. — por favor, divulgue uma nota falando que Harry e eu somos apenas amigos. 
— Acho que isso não será necessário, querida. 
— Não? — Falei confusa. 
— Abra o instagram. — Ela disse logo antes de desligar. 
Ainda mais confusa, obedeci. 
A primeira postagem me fez sentar na cama, completamente em choque. 
Fotos minhas e de Niall por todo o lado. De momentos que antes eram só nossos. Nossa primeira viagem, a primeira vez que fomos ao cinema, uma noite em que compomos juntos. 
Abri a legenda do instagram de fofocas, sentindo meu coração bater ainda mais forte que o normal, causando mais desconforto em minha cabeça. 
“Durante a madrugada desta sexta feira (29), o cantor Niall Horan deixou a internet completamente chocada ao revelar seu relacionamento de mais de um ano com a também cantora S/N/C! “Meu lugar no mundo, musa de todas as minhas músicas, dona de todos os meus sonhos” foram as palavras que ele escolheu ao compartilhar fotos de momentos dos dois” 
— Você acordou. — A voz de Niall me assustou. Na porta do quarto, ele sorria enquanto segurava um copo de água e uma embalagem de aspirina. — Aqui, acho que você está precisando disso. — Me ofereceu. 
— Você divulgou nosso namoro? — Perguntei antes de tomar o remédio.
— Eu pensei muito nas coisas que você disse ontem. — Falou, sentando ao meu lado. — E você está certa, não estamos fazendo nada de errado. — Acariciou minha bochecha. — Me desculpe por tudo isso, linda, eu não fazia ideia que você se sentia daquela forma. 
— Me desculpe por ontem, eu bebi demais. — Resmunguei, envergonhada. 
— Você estava certa. — Sorriu. — Eu fiz café para você. — Fez menção de se levantar, mas eu puxei seu braço, fazendo com que voltasse a sentar. 
— Você realmente não se importa de que todos saibam? 
— Eu entendi que quero que o mundo inteiro saiba que eu te amo. — Sorriu, causando um solavanco no meu coração. — E que você não está disponível por aí. — Revirou os olhos. 
— Ah… então foi ciúmes? — Provoquei, fazendo-o rir. 
— Vem tomar seu café logo, antes que eu me arrependa. — Piscou um olhos. 
— Não quero levantar. — Falei manhosa, erguendo os braços em um pedido silencioso para que ele me carregasse. 
— Você é um bebê grande. — Reclamou, me erguendo em seus braços. 
— Que pena para você, está comprometido oficialmente com essa bebê aqui. — Ri, deixando um beijo em sua bochecha. 
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1dpreferencesbr · 1 year
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Matando a saudade
N/a: simplesmente um hot gigantesco para vocês! Hahaha bommm espero muito que vocês gostem tanto quanto eu! Quero muito saber sua opinião! Caso encontrem algum erro, eu escrevi e editei tudo pelo celular, o que deixa muito fácil de perder os erros, mas logo arrumo isso!
Avisos: conteúdo sexual explícito, linguagem de baixo calão, +18
Diálogos: Você tem noção do quão linda é? É realmente uma distração / Acho que fui feito para te amar / Por anos ansiei por você em segredo e silêncio / Toque-se olhando para mim / Você achou que eu tinha terminado? Oh não, baby, hoje é sobre você. E eu vou te fazer gozar de novo.
Masterlist
Lista de diálogos
Contagem de palavra: 3,609
Finalmente estiquei meus músculos após apertar o botão de "enviar" do último relatório. Havia passado uma semana infernal, fazendo todo o possível para terminar todos os documentos que estavam à espera. Harry finalmente estava de volta depois de longas semanas longe por conta da reta final da turnê. E eu queria passar cada segundo do final de semana o mais próxima possível do meu namorado.
Fechei a tela do notebook antes de colocá-lo na maleta. Conferi uma última vez a lista de tarefas, tudo feito. Me despedi de Linda, minha secretária, desejando um bom final de semana e saí.
Para a minha surpresa, ao lado de fora do escritório, estava Harry. Com as costas apoiadas no jeep enorme, vestido de forma despojada e com um sorriso gigante que se abriu no instante em que passei pela porta giratória.
Por um momento, esqueci que era uma mulher adulta saindo de seu emprego e corri. Corri para os braços do meu amor, jogando meu corpo contra o seu e sendo recebida em um abraço apertado, repleto de saudade.
— Meu deus, como senti sua falta. — Resmunguei, inalando seu cheiro depois de tanto tempo.
— Eu estava ficando louco sem você, babe. — Murmurou, me apertando ainda mais contra si.
— Achei que nos encontraríamos amanhã. — Falei me soltando um pouco do aperto, mas ainda em seus braços. Havíamos combinado de nos encontrar na manhã de sábado para aproveitar todo o dia e depois o domingo.
— Não iria aguentar mais um dia sem te ver. — Um sorriso tímido se abriu nos lábios rosados. — Então, vim sequestrar você.
— Sequestrar?
— Isso mesmo, senhorita. Vai ter que passar o final de semana inteiro grudada em mim. — Projetou os lábios para o lado, em uma expressão no mínimo fofa.
— Você diz isso como se fosse um sacrifício. — Provoquei.
— Ah, mas será. Você vai querer fugir no final. — Os lábios de Harry se juntaram em uma linha fina, ele tentava segurar um sorriso. Meu namorado sabia muito bem que eu adorava e ansiava por passar aqueles momentos com ele.
— Posso saber o por que?
— Porque...— Curvou um pouco as costas, aproximando o rosto do meu pescoço. Pude ouvir Harry puxar uma respiração funda, sentindo meu cheiro assim como eu havia feito com ele. — não vou tirar as minhas mãos de você tão cedo... nem a minha boca. — A voz rouca e sussurrada soou próxima ao meu ouvido, arrepiando cada pelo em meu corpo.
— Pode começar agora, se quiser. — Ofeguei.
Não precisei dizer mais uma vez. Harry juntou com cabelos da minha nuca em uma das mãos antes de grudar sua boca na minha com rapidez. Precisei segurar a maleta com força para não deixá-la cair. Aquilo era saudade, na sua forma mais crua.
Era loucura fazer uma cena daquelas em plena rua. Um cantor renomado e uma advogada em frente ao seu escritório de trabalho. Com certeza em alguns minutos fotos estariam pipocando pela internet de todos os ângulos. Mas, por breves minutos deixamos de ser Harry Styles e S/N/C. Éramos um casal, com saudade. Uma saudade insuportável e dolorida.
Harry empurrou a língua contra a minha, invadindo minha boca com o gosto mentolado de seu hálito. Perdi a conta de quantas vezes já nos beijamos. Mas a sensação de flutuar para fora de órbita era sempre a mesma. Com a mão livre, amassei o tecido de seu moletom, puxando-o ainda mais para mim.
O beijo se partiu entre selinhos demorados. Por mais que fosse arrebatador, não matava nem 1% da falta que eu sentia. Encarando meus olhos com as íris verdes, Harry deixou um último selinho antes de se afastar e abrir a porta do passageiro.
Harry dirigia com calma, uma das mãos no volante e a outra pousando em minha coxa, fazendo círculos com o polegar por cima da saia social. Eu falava sobre um caso de divórcio que estava cuidando, uma situação complicada. Ele sempre demonstrou interesse na minha área de trabalho, ouvindo com atenção e me apoiando quando precisava tomar decisões difíceis.
— O que foi? — Perguntei ao notar que ele me encarava durante um sinal vermelho.
— Você tem noção do quão linda é? — Suspirou. — É realmente uma distração. — Acelerou mais uma vez, me fazendo corar como uma adolescente. Harry sempre teve esse tipo de efeito em mim, até mesmo antes de namorarmos.
Cerca de cinco anos atrás, eu havia iniciado um estágio juntamente da assessoria jurídica de Harry. Foi como nos conhecemos. Por mais de quatro anos nutri sentimentos em segredo por ele. Harry se demonstrou desde o primeiro segundo muito diferente da imagem de celebridade que eu imaginava. Ele era sempre tão educado, gentil com quem quer que fosse. Era engraçado, galanteador, respeitoso. Um verdadeiro cavalheiro.
Quando meu estágio chegou ao final, após um ano se seu inicio, efetivei na empresa, por onde fiquei por mais três anos. A oportunidade de abrir meu próprio escritório juntamente de uma colega querida da faculdade veio. E, Harry, que já era meu amigo na época, me deu total apoio. Mesmo deixando claro que sentiria minha falta nas reuniões.
Ele sempre me apoiou, independente do que fosse ou o tempo que nos conhecíamos. Todos o acharam louco por mandar adicionar uma advogada recém formada e saída de um estágio em sua assessoria jurídica, mas Harry não ligou. Com os meses, nossos encontros deixaram de ser apenas em reuniões de trabalho. Passamos a almoçar juntos sempre que possível, o mundo a nossa volta parecia não existir quando conversávamos por horas a fio.
Eu sabia que estava perdida. Completamente apaixonada por ele. A Love on Tour chegou, trazendo uma saudade tão grande, mas que como amiga eu não deveria sentir. Então, quatro meses atrás, Harry me convidou para assistir um show seu. Em seu camarim, ainda em êxtase com sua performance, e sem conseguir segurar todos os elogios que tinha para tecer, fui surpreendida por um beijo arrebatador.
Não demorou muito para que o namoro começasse, fazendo com que eu me sentisse dentro de um livro de romance. Harry parecia um "homem escrito por uma mulher". Sempre perfeito. Fazendo com que cada vez eu caísse mais no penhasco que era o amor.
— Você preparou tudo mesmo. — Falei ao adentrar em sua cozinha. Estava tudo tão lindo. Havia um jantar digno de filme posto na mesa enorme, acompanhado de taças de vinho e velas aromáticas.
— Tudo para o meu amor. — Ele sorriu, puxando o tecido do meu casaco pelos meus ombros.
— Isso parece uma delicia. — Falei observando o prato. Harry puxou a cadeira para que eu me sentasse, se posicionando em seu lugar logo a minha frente. Soltei um suspiro de satisfação quando o gosto maravilhoso atingiu meu paladar. — As vezes me pergunto o que fiz para merecer isso tudo. — Admiti.
— Você merece bem mais que um jantar á luz de velas. — Ele disse erguendo uma sobrancelha antes de levar uma porção de sua comida á boca.
— Eu falo de tudo. — Dei de ombros. — Você parece ter saído diretamente dos meus romances favoritos. — Harry sorriu, estendendo uma das mãos para segurar a minha em cima da mesa. — Não sabia que era possível ser tão feliz assim. Eu amo você. — Proferi as temidas "três palavras" pela primeira vez. Meu coração batia tão forte contra o peito que achei que talvez ele pudesse ouvir. A expressão no rosto de Harry era de pura surpresa. Eu não precisava que ele respondesse de pronto, mas a necessidade de dizer aquilo era tão forte quanto a saudade que me abateu por tantas semanas. Abri a boca para tranquilizá-lo, mas Harry apertou minha mão, fazendo com que eu encarasse seus olhos, marejados.
— Acho que fui feito para te amar, S/N. — Declarou, fazendo o ar sumir dos meus pulmões por alguns segundos. — Por anos ansiei por você em segredo e silêncio. Desde que apareceu em minha frente pela primeira vez, eu sabia que estava acabado. Não quero mais esconder isso. Eu te amo. Como nunca na vida amei alguém. — Sorri entre as lágrimas que começaram a brotar.
— Não posso acreditar que você também me amou em segredo. — Sussurrei.
— Também? — Assenti. Finalmente podia admitir o amor que martelava em meu peito a cada batida do meu coração desde que encarei aqueles olhos verdes pela primeira vez.
— Sou sua desde que te vi pela primeira vez. Acho que também fui feita para amar você, Harry. — O sorriso que se abriu em seu rosto iluminou todo o ambiente. As covinhas se afundaram em seus bochechas e ele secou uma lágrima que escorreu com a mão livre.
O jantar transcorreu mais perfeito ainda. Harry ria enquanto contava das peripécias de suas fãs durante os shows, dos cartazes engraçados que ele lia. Era lindo ver a relação de amor e carinho que ele desenvolveu com o público ao longo dos anos de carreira. Por mais que não pudesse conhecer cada um pessoalmente, Harry os amava profundamente, dedicando todos seus esforços para que a experiência em seus shows fossem a melhor possível.
— Assistiu meu clipe novo? — Murmurou quando deitamos no longo sofá da sala. Neguei com a cabeça.
— Queria ver com você. — Depois de um longo selinho, Harry colocou o vídeo. Cantarolando baixinho junto de sua própria imagem na tela. — Você está parecendo um príncipe. — Falei quando a cena onde ele cavalgava apareceu.
— Como os dos seus livros? — Passou um um braço em volta da minha cintura.
— Muito melhor. Você é real. — Recebi mais um beijo entusiasmado com minha fala.
Por mais que o beijo estivesse delicioso, precisei quebrar quando meu pescoço doeu. A tensão da última semana estava se manifestando na hora e lugar errado. Movi a cabeça para os lados, tentando algum alívio os músculos duros, sem muito sucesso.
— Me faz uma massagem? — Pedi, fazendo um beicinho que o fez rir. Harry se ergueu e me estendeu uma das mãos.
Caminhamos com calma até seu quarto. Avisando que iria pegar um hidratante, meu namorado sumiu dentro do banheiro. Desabotoei a camisa social, deixando á mostra o sutiã clarinho.
— Deita. — Harry proferiu, despejando um pouco do creme branco e cheiroso sobre as palmas. Obedeci, ficando de bruços e afastando o cabelo para o lado.
Soltei um suspiro baixinho quando as mãos geladas tocaram minha pele. Harry fazia uma pressão gostosa em meus músculos doloridos, massageando até que cada um desfizesse o "nó" que formava.
— Posso abrir? — Se referiu o fecho do sutiã. Apenas assenti em resposta, adorando a sensação de relaxamento que estava sentindo.
As mãos grandes passeavam pela minha pele, acariancando com certa força. Um gemido escapou quando Harry apertou o ponto certo, diminuindo a dor de antes até que eu quase não sentisse mais nada.
— Assim mesmo. — Resmunguei.
— Se continuar falando assim, não vou conseguir continuar. — Sua voz estava ainda mais rouca, me causando um arrepio que Harry com certeza notou. Abri um olho, erguendo levemente o pescoço para olhá-lo. As íris verdes estavam levemente acinzentadas, podia ver as veias que subiam por seus braços dilatadas e Harry puxava o ar pelos lábios entreabertos. — Não me olhe assim. — Avisou.
— Por que? — Sussurrei. A sensação de relaxamento deu lugar para um calor que se espalhava cada vez mais rápido.
— Vou ser obrigado a foder você, amor. — Mordeu o lábio inferior. — E isso não vai ajudar a sua dor.
— A dor já passou. — Falei rápido, fazendo-o soltar o ar pelo nariz enquanto sorria.
— É? E o que a senhorita gostaria de fazer agora? — Arrumou sua postura, ficando completamente ereto, me dando uma visão privilegiada do volume que se formava dentro da calça de moletom.
Sem responder sua provocação, virei o corpo no colchão, ficando com a barriga para cima. Me livrei do sutiã já aberto. Harry pareceu segurar o ar em seus pulmões com a visão dos meus seios descobertos. Por mais que já tivesse visto meu corpo muitas vezes desde nosso primeiro beijo, Harry me tratava com devoção. Dando tanta atenção para cada detalhe presente em meu corpo que me fazia sentir a única mulher no mundo.
— Porra, senti tanto a sua falta, linda. — Sorri com o xingamento sincero. Por mais que fosse um perfeito cavalheiro na maior parte do tempo, na cama Harry me tratava como uma puta, apenas para me mimar depois de orgasmos arrebatadores. Mais uma qualidade para o combo enorme que era Harry Styles.
— Então vem matar a sua saudade, amor. — Murmurei.
Contrariando meus pensamentos e meus planos, Harry se ergueu da cama. Levando suas mãos até minha saia, abrindo o zíper lateral e puxando-a para fora do meu corpo junto da meia-calça preta. Estava apenas com a calcinha clara, sentindo o olhar de cobiça que queimava cada centímetro de pele exposta.
Mordendo o lábio inferior, Harry quebrou o contato visual apenas para arrancar a camiseta pela cabeça, deixando o peito tatuado e malhado exposto. Brad fazia Harry treinar duro, e eu definitivamente precisava agradecê-lo por aquilo. O tecido antes confortável da calcinha estava grudado contra minha intimidade pela umidade, minha respiração já estava desregulada.
— Vai ficar só me olhando? — Resmunguei manhosa. Harry assentiu vagarosamente, parado em frente á cama. Todo o quarto parecia quente demais.
— Toque-se enquanto olha para mim. — Ordenou. Apenas sua voz já era o suficiente para me fazer gemer. Sem desgrudar meus olhos dos seus, arrastei o tecido para o lado, ofegando alto ao direcionar meus dedos até o ponto que gritava por atenção.
Nunca havia sido assim. Harry já havia visto eu me dar prazer, em uma chamada de vídeo quando a saudade e o tesão falaram mais alto. Mas nunca pessoalmente. Sua expressão era de fome, seus olhos devoravam cada movimento meu.
Rodeei o ponto inchado com a ponta dos dedos, gemendo ainda mais. Com a mão livre, segurei um dos meus seios sensíveis, apertando o mamilo da forma que eu sabia que era gostoso. Nunca fui o tipo de mulher que gostava de ser observada, na maioria das vezes me sentia exposta demais e envergonhada. Mas com Harry cada experiência se demonstrava nova. O tesão ardia, queimando minha pele. Abri ainda mais minhas pernas, lhe dando uma visão ainda maior.
Harry abaixou a calça de moletom junto da cueca, libertando a ereção monstruosa. Gemi seu nome, fazendo seu pau ter um espasmo e um gemido escapar de sua boca. Desci meus dedos pela carne molhada, penetrando dois de uma vez, o mais fundo que pude.
— Você é a visão do paraíso. — Harry proferiu com dificuldade, rodeando o pau com uma das mãos tatuadas, começando movimentos rápidos para cima e para baixo. A glande rosada escorria pré-semem, e ele suspirava sem tirar os olhos de mim. Era enlouquecedor demais. Não havia uma parte desse homem que não fosse perfeito. — Sabe... — Sussurrou, quebrando um pouco da nossa distância, engatinhando pela cama enorme enquanto se aproximava. — Eu preparei um pote bem grande de sorvete de chocolate para a sobremesa. — A mão quente segurou meu pulso, afastando da minha intimidade. — Mas, acho que quero outra coisa. — Puxei o ar com força quando Harry sugou os dedos que antes estavam dentro da minha boceta com força, se deliciando com o gosto. — O que acha? — Provocou.
— Você prometeu não tirar a boca de mim. — Sussurrei. Um sorriso sacana dançou por sua boca.
— Que boa memória, linda. — Me remexi na cama em expectativa, estava a ponto de explodir. Harry sabe disso, ele adora me provocar. Segurando os dois lados do único tecido que me cobria, Harry o rasgou, atirando longe antes de se abaixar.
Sem quebrar o contato visual, Harry colocou a língua longa para fora, deixando uma lambida por toda a extensão da minha boceta, me fazendo querer gritar. Poderia dizer que estava sensível demais pelas semanas de abstinência, mas era sempre assim. Esse homem me tinha rendida e pronta por ele só de me olhar.
— Você é a minha sobremesa favorita, amor. — Ele sussurrava contra a minha pele sensível. Com a língua habilidosa, Harry passeava pela minha boceta antes de sugar o clitóris com força. Meus pensamentos se esvaíam em uma nuvem de prazer e desejo. Virei uma bagunça de gemidos e suspiros. Meus seios pareciam pesar o dobro, os apertei com força quando um dedo longo me invadiu. — Sua boceta é uma delícia, babe. — Disse antes de lar mais uma longa lambida.
Mais um dedo se juntou, levando qualquer controle que eu podia achar que ainda tinha sobre meu corpo. A combinação dos movimentos de seus dedos com a boca que me sugava e mordia era simplesmente demais. O orgasmo me atingiu sem avisos, me fazendo gritar seu nome. Mas Harry não parou, tirando os dedos de mim, ele sugou cada gota do orgasmo, como um prêmio muito mais que merecido.
— Eu poderia te provar todos os dias que não me cansaria. — Falou subindo beijos por meu corpo, trilhando um caminho molhado por minhas coxas, barriga, seios e pescoço. Tentei mudar nossas posições, queria retribuir, mas Harry não deixou. — Você achou que eu tinha terminado? Oh não, baby, hoje é sobre você. E eu vou te fazer gozar de novo. — A obscenidade de suas palavras foi o suficiente para me fazer escorrer mais uma vez.
Harry colou a boca contra a minha com brutalidade, me fazendo sentir meu próprio gosto contra sua língua. Seus dedos apertam a carne das minhas coxas, meus mamilos muito sensíveis roçam contra a pele de seu peito, me fazendo suspirar enquanto sua boca me devora.
— Harry... — Sussurro seu nome. O calor é insuportável, queima.
— Me fala o que você quer, amor. — Sussurrou, migrando a boca até meu pescoço, lambendo minha pele.
— Quero você. — Puxei seu cabelo entre meus dedos, fazendo-o me olhar. — Me fode. — Não foi um pedido. Sempre fui o tipo que fica com vergonha de falar durante o sexo, me mantendo sempre entre gemidos e suspiros. Mas Harry arranca de mim uma S/N que nunca conheci antes. Uma que gosta de sussurrar putaria contra seu ouvido e adora mais ainda quando ele realiza. Harry me obedece, me invadindo com tanta vontade que meu corpo balança para cima, me fazendo soltar um grito de prazer.
— Gostosa do caralho. — Xingou, arrematando cada vez mais rápido. Atrás de algum fio de consciência, enfio as unhas curtas contra a pele se suas costas, o que parece fazer Harry entrar e sair ainda mais. — Porra. ­— Ele resmunga, saindo de uma vez. Harry respira fundo por alguns segundos, sei que está se segurando para não gozar, assim como eu.
Em um movimento bruto, meu namorado segura minha cintura como se não pesasse nada, me colocando de quatro á sua frente. Um tapa estalado e ardido é dado contra minha banda direita, me obrigando a gemer e empinar ainda mais a bunda em sua direção.
— Você fica ainda mais linda quando está necessitada do meu pau, amor. — Harry provocou, esfregando a glande gorda contra mim, descendo da entrada até o clitóris, me fazendo xingar.
— Não me tortura. — Implorei, mas ele ignorou, esfregando meu ponto sensível mais uma vez. — Haz... — Supliquei.
Harry empurrou minha cabeça contra os travesseiros, juntando meus cabelos em sua mão e puxando antes de entrar com tanta força que o barulho do choque das nossas peles reverberou por todo o quarto. Estou completamente encharcada, facilitando ainda mais suas entradas. Sinto sua bolas baterem contra minha pele, gemidos escorrem pela minha boca, sinto lágrimas de puro tesão escorrerem pelos meus olhos.
— Você me come tão bem, Styles. — Ronronei. A menção do sobrenome me faz receber mais um tapa. Empurro meu corpo contra o de Harry, estou enlouquecendo, a ponto de colapsar novamente, sei disso.
— Porra, essa sua boceta está estrangulando o meu pau, linda. — Harry diz com dificuldade. — Está louca para sentir a minha porra aqui, não está?
— Sim. — Admito, sem vergonha alguma. Em gemido alto escapa de seus lábios. O suor escorre de nossos corpos, o cheiro do nosso sexo se infiltra em minha narinas, a sinfonia de gemidos e das batidas certeiras do corpo de Harry contra o meu deixa tudo ainda mais pornográfico. A mão grande de Harry aperta minha bunda com força, me deixando do jeito que ele quer, para fazer o que quiser comigo. Sinto um dedo acariciar minha segunda entrada, mas meu corpo não se tenciona como sempre fez. Estou louca demais para ter qualquer ressentimento. A entrada intocada é sensível, fazendo meu corpo ter espasmos com o carinho. — Ainda vou te foder aqui, e você vai adorar. — A promessa é a minha ruína.
O orgasmo me atinge mais uma vez, me fazendo gritar tão alto que tenho certeza de que a cidade toda sabe que Harry está me fodendo. Como se meu ápice fosse tudo que faltava, Harry enfiou mais uma vez, gemendo tão alto quanto eu, me preenchendo com seu gozo como havia prometido antes.
Meu corpo inteiro ainda treme quando meu namorado joga o corpo enorme e suado ao meu lado. Puxamos o ar com força, tentando nos recuperar do que possivelmente foi nossa melhor foda até hoje.
— Vamos tomar um banho? — Harry me convida quando os ânimos se acalmam um pouco.
— Vamos. — Sorri, tentando me levantar, mas meu homem me puxa, deixando um longo beijo em meus lábios.
— Fica aqui, vou preparar a banheira. — Avisou, distribuindo mais beijos em minha boca.
— Banho de banheira? Que tratamento de princesa. — Brinquei enquanto ele ia até a porta do banheiro. Harry parou no meio do caminho, virando o rosto para mim, com um sorriso lindo em sua boca.
— Só o melhor para a minha mulher.
Pela milésima vez, meu coração salta no peito. Harry já me chamou de sua antes, durante o sexo. A sensação é inexplicável. Ele não reivindica posse, pois sabe que é verdade. Eu sou sua, assim como ele é meu. E a certeza de que seremos um do outro para o resto da vida é cada vez mais real.
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skzoombie · 1 year
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Queria muito algo fofo com o Johnny ou Yuta, estou necessitada disso
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-Yuta, cadê você? - você sussurrava com o celular no ouvido para o casal de japonês que sentava no sofá alguns metros não escutarem.
-Estou quase chegando, vai se enturmando com eles - ele respondeu do outro lado da linha, você trocou um olhar rapidamente com o casal e sorriu forçado.
-Por que não me disse que seus pais iriam chegar hoje? - reclamou mais baixo ainda para não ter perigo de entenderem.
-Surpresa! Desculpa amor, eu devia ter contado mas esqueci - ele respondeu com um tom de remorso.
-Eu não sei falar nada de japonês, como quer que me comunique? Eles vão me odiar. - falou com uma voz manhosa.
-Tudo bem, vai dar tudo certo! - ele finalizou e desligou a ligação sem avisar, você ficou chocada e encarou o celular de boca aberta.
Respirou fundo e caminhou até a sala tentando manter a calma para conversar com os sogros, eles olharam sorrindo e você retribuiu sentando na frente deles.
-Então, como vocês se conheceram? - você falou em inglês para ver se eles entendiam algo e conseguiam iniciar uma conversa.
A mãe do namorado levantou a sobrancelha e virou os rosto para o marido como quem mostrou que realmente não tinha entendido nada, você riu sem jeito e eles riram um pouco mais alto pela sua expressão e como sabiam que estava dando o seu máximo para começarem um diálogo.
-Arigato! - os três escutaram uma voz animada e alta falar quando entrou pela porta.
Yuta abriu um sorriso gigante quando trocou um olhar com os pais e correu para abraçar os dois, ficaram um tempo abraçados, ele caminhou até você que estava em pé admirando a cena e sorriu também com os seus olhos brilhando, deu um pequeno beijo na sua boca e sentou ao seu lado de frente para os pais.
Os três conversavam animadamente, você não compreendia uma mínima palavra apenas sorria animada para eles quando te encaravam, yuta começou a te encarar por mais tempo enquanto continuava falando com os pais que sorriram e concordavam com tudo que ele falava.
-Por que todos estão me encarando? Você não tá contando algo constrangedor de mim, não é? - rebateu com um suspeito.
-Sim, que quando nos encontramos você disse que amava assistir hentai antes de dormir - ele respondeu provocativo para entender, você arregalou os olhos e colocou a mão na boca.
-Espero que seja uma das suas mentiras - respondeu abrindo um sorrisos forçado para os sogros não suspeitaram.
-Mentira? Tipo a que eu acabei de contar para os meus pais que estou decidido a casar com você e ter uma família? - ele rebateu sorrindo fofo e você retribuiu começando a sentir o rosto esquentando.
-Aishitemasu - respondeu para o namorado fazendo o mesmo soltar uma risada alta e os pais juntamente com ele, todos sorriram olhando para você novamente que se sentiu a pessoa mais divertida da sala.
-Eu te amo também, quer casar comigo? - perguntou sem pensar duas vezes, você soltou um ar pelo nariz pensando que ele estava brincando, até ver o pai de yuta tirar do bolso uma caixinha pequena.
-Como? Meu deus! - respondeu ainda em choque e começou a rir de nervosa, ele abriu a caixinha sorrindo e esperando a resposta, os pais sorriam mais ainda.
-Eu te odeio, você me coloca em cada situação, é óbvio que aceito. - yuta riu bem alto e colocou o anel no seu dedo, te abraçou forte e escutavam os casal ao lado batendo palma felizes.
-Eu disse que daria tudo certo, confia em mim, te amo muito - sussurrou no seu ouvido e afastou o abraço dando um selinho na sua boca.
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cncowitcher · 3 months
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76. ENZO VOGRINCIC IMAGINE
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ᡣ𐭩 ─ enzo vogrincic × leitora.
ᡣ𐭩 ─ gênero: divertido. 🪁
ᡣ𐭩 ─ número de palavras: 820.
ᡣ𐭩 ─ notas da autora: oioi meus aneizinhos de saturno, como vão? espero que gostem viu? se cuidem e bebam água, um beijo. 😽💌
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O apartamento em Montevidéu estava quieto e S/n começou a se sentir arrependida de não ter ido para Bariloche, na Argentina com o seu namorado.
A noite estava entediante. Mesmo do quarto e com a televisão em baixo volume, a brasileira conseguiu escutar Un Año, de Sebastián Yatra e Reik tocando no apartamento de cima. Sem mais nem menos, veio a imagem de Enzo em sua mente e o sorriu com isso.
O rosto simétrico, o olhar marcante, os cabelos aos ombros e o sorriso que contagia todos à sua volta… Sem dúvidas Enzo Vogrincic é um homem com H maiúsculo não só pela sua beleza exterior, mas sim, também, pelo o que ele é por dentro e tem a oferecer.
Prontamente S/n pegou seu celular para perguntar se estava tudo bem com ele, mas se surpreendeu quando uma notificação do X apareceu no canto superior do aparelho.
Era uma conta de fã que ela seguia e nesse certo post, a pessoa escreveu assim:
“simplesmente enzo vogrincic aceitando a carona de uma fã DO NADA KKKKKKKKKKKKKKKK tipo assim o nosso muso é muito acessível mesmo e ainda fez questão de ouvir radiohead com a querida”
S/n sentiu ser corpo gelar e num solavanco ela se sentou na cama. Ao abrir os comentários ela não sabia se ria ou se ficava preocupada com o uruguaio.
Alguns eram tipo: “a diva foi forte, se fosse eu ia bater o carro só pq eu ia tá olhando pra ele o tempo todo” “KAKAKAAKQKAKAKA MDS DO CÉU, ele não tem amor a vida tadinho” e realmente a garota ria ainda desacreditada na situação que seu namorado se meteu.
Mas quando leu um comentário dizendo: “porra facinho de sequestrar ele, o divo não tem um pingo de senso de sobrevivência KKKKKKK” S/n mudou sua expressão rapidamente, entrando no WhatsApp e ligando pro chamada de vídeo para Vogrincic.
─ Hola, nena, ¿Cómo estás ahí? ─ Enzo sorri segurando o celular de baixo pra cima.
A câmera tremeu um pouco e a garota observou um carro se distanciar atrás dele e de Felipe, amigo do uruguaio.
─ S/n! ¿Qué tal? ─ Felipe apareceu na câmera e acenou para a brasileira, que retribuiu com um sorriso pequeno.
─ Você tá bem, chiquita? ─ Indaga Enzo aproximando o celular de seu rosto e acompanhando o amigo até a entrada do apartamento.
─ Só não me diga que você pegou carona com uma fã completamente desconhecida e que poderia matar você e Felipe no meio do caminho e jogar seus corpos na pracinha de madrugada…  ─ S/n fala passando a mão no rosto e encarando a câmera.
Enzo solta uma risada alta e entra no elevador com o argentino, que ria da forma desesperada que a garota falava.
─ Bueno… Digamos que a gente pegou carona com uma fã agora pouco sim… ─ Enzo sorri com as sobrancelhas pouco juntas e quando S/n abriu a boca para argumentar, ele prosseguiu, dizendo com os olhos brilhando: ─ Mas veja pelo lado bom, fiz a feira do mês aqui! Comprei banana, leite e mais algumas coisinhas.
O queixo da garota cai quando de fato o mais velho levanta a mão direita perto do visor do celular e mostra a sacola vermelha para sua mulher.
Tentando manter a calma, a brasileira fica encarando seu namorado pela tela do telefone por alguns segundos.
─ Quando você chegar aqui em casa a gente conversa, viu Enzo? ─ Diz a mulher sorrindo numa linha.
Felipe começou a rir e foi o primeiro a sair do elevador quando a porta se abriu.
─ O que isso quer dizer? ─ Enzo perguntou desconfiado.
─ Que dizer que você tá fodido, mi amigo! ─ Felipe comenta rindo e volta até Vogrincic, aparecendo novamente na câmera. ─ Mas perdoa a gente, chica. Estávamos sem Internet e dinheiro para o Uber.
S/n comprimiu os lábios e assentiu com a cabeça, observando o argentino levar a mão no bolso e tirar de lá uma chave.
─ Eu te amo, amor. A gente se vê em breve, tá bom? ─ Vogrincic lança um beijo para sua mulher e sorri perto da câmera. ─ Te amo, te amo, te amo. ─ Ele sussurra.
─ Eu te amo, amor. E vê se se cuida e não sai por aí aceitando carona de ninguém, viu? ─ A brasileira o encara com uma expressão séria e escuta Felipe dizer no fundo, meio abafado, antes de Enzo desligar a chamada:
─ Cara, até parece que é ela quem é a mais velha. A mulher tem mais responsabilidade e consciência do que a gente!
Após o encerramento da ligação, S/n ficou mais tranquila ao saber que os dois já estavam fora daquele carro e demorou muito para pegar no sono pois não parava de pensar no comentário da menina dizendo que era facinho de dar um perdido nele…
Será mesmo?
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liawuan · 2 years
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Um poema da pele.
Ele disse que ( também ) gostava dela assim :
sem tirar nem pôr ...
Mas que se pudesse tirar e
pôr
tirar e
pôr
tirar e pôr,
infinitamente ...
Que gostava muito mais.
Maria Nilda de Carvalho Mota a.k.a Dinha
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É uma manhã fria.
Fria e completamente não perfeita para um dia em grupo de estudos.
Um grupo no qual você não conhece ninguém em que todos são estranhos, sem nomes e sem história e pouca diferença faz isso. No dia a dia é ligeiramente confiante, adotando uma postura altiva e indiferente nos ombros, assim a expressão seria no rosto charmoso passa a impressão errada, a de poucos amigos. A verdade é que não consegue sequer respirar, capturar o oxigênio à sua volta se tornou algo de outro mundo e a familiar vontade de vomitar retorna depois de muito tempo sem dar as caras, certas vozes te cercam e certos rostos usam do desfoque para te cegar fazendo fios de palavras evaporarem da mente tantas vezes que sequer sabe se ainda esta consciente.
Tenta respirar fundo lembrando de que é completamente capaz dessa função mais básica o ar frio e rígido entrando de uma vez em seus pulmões, o que doí um pouco, porém, soa ainda muito preferível do que as temperaturas lamentáveis de verão.
Olha para a porta se perguntando quantos passos são necessários para chegar ao outro lado.
Olha para o relógio na parede se perguntando o que o tempo significa.
Olha para a janela e bem não resisti a inclina-se para o lado na cadeira, imaginando se sobreviveria a uma tentativa de fuga pela lateral. Provavelmente não, mas se talvez tentasse…
— Muito alto para pular, acho — fala alguém, em tom conspiratório atrás de si.
Contém um pequeno grito com o sobressalto e na urgência de dominar o susto trava as unhas levemente na cadeira.
— Sou Doyoung.
Ele é lindo com os cabelos negros caindo sobre a testa, linha da mandíbula definida, o pescoço elegante adornado pela cola rolê preta que ressalta o físico magro e forte. É deslumbrante, é charmoso e simplesmente aterrorizante, perfeito como os raios no céu. Se inclina, força um riso, sem realmente sorrir.
— Desculpe se te assustei.
Ousa se deparar com seu olhar. Doyoung tem os olhos mais encantadores do mundo, são nítidos e decididos e se tornam algo realmente estrondoso com seu sorriso gengival e suas feições gentis.
— Está tudo bem.
— Então por que você não me diz o seu nome? — Tomba a cabeça para o lado e nada te resta a não ser derreter, evaporar.
Quando se apresenta de forma clara ainda que com o tom baixo a ele, os lábios bonitos se amolecem em um sorriso de quebra a espinha. Repete seu nome como se a palavra o deleitasse e ninguém jamais o fez desse jeito e o ar que nem tinha te escapa fácil e jamais lhe ocorreu de como um sorriso chegou aos seus lábios ou de como era bom conversar com alguém depois de tanto tempo.
No final naquela tarde não perde tempo ao subir sobre o colchão de tão exausta mal sentindo as pernas, a última coisa a pensar antes da exaustão invalidar seu corpo é que Doyoung é um nome realmente bonito.
♩ ♬ ♪ ♫♩ ♬♪
Num dia, ele te disse "bom dia" já em outro te convidou para tomar um café e de repente, já estavam rindo juntos, sentados lado a lado nas aulas e se apresentando a alguns amigos de forma casual fácil assim começaram a passar as tardes bem juntinhos, Doyoung lendo suavemente enquanto a mão acariciava seu cabelo, vez ou outra, leves obscenidades disfarçadas de poema encontrando o caminho para o seu ouvido. Era num toque prolongando, um abraço que nunca acabava que ele dava voltas no seu coração e corria maratonas na sua mente, os ossos cobiçando cobiçando cobiçando seu calor.
Sempre muito delicado ou muito contido e nunca fugindo da dança que ele intrincadamente coreografou.
Isso é claro até aquela festa.
Até Yuta dar um tapinha em sua própria coxa.
E você ir de bom grato.
Foi quase cômico a forma como o rosto de Kun foi ao chão com isso e irresistível o sorrisinho de canto que o Nakamoto deu
— Veja desta forma protótipo de Chopim: mais espaço para você e sua partituras no sofá. — desliza um copo da mesinha de centro até você, o outro braço enrolando em volta da cintura.—Não se preocupe com ele, — diz, roçando os lábios em sua orelha, os olhos fixos na boquinha nervosa, os dentes mastigando os lábios com gloss sabor cereja sem parar.— Se você quiser colocar algo na boca, é só pedir princesa, você deve conseguir.
Seu rosto aquece com a insinuação, o que não impede de abrir um sorrisinho toda meiga, os olhos se erguendo para encontrar os de Kun, gélidos.
A real era que o Nakamoto tinha razão, você não precisava se preocupar com Kun, ainda.
O perigo real estava atrás desse sofá, encostado no corrimão das escadas, os braços cruzados sobre o corpo em uma conversa ouvida pela metade, uma plena expressão de deboche no rosto que ele pouco fazia para se esconder, algo frio tomava conta do estômago de Doyung ao vê os dedos de Yuta subindo pela sua saia e se tornava como pedra quando você se roçar nele feito uma maldita gatinha no cio.
♩ ♬ ♪ ♫♩ ♬♪
Eram quase duas da manhã quando você saia daquela "reunião" com seus novos amigos, tento passando a noite mais imersa no homem cujo colo ocupava fazendo pouco para se atentar aos acontecimentos em seu redor. Esperando pelo lado de fora por sua carona, se equilibra com apenas um pé no meio fio, sentindo o vento fresco da madrugada em suas pernas.
— Sabe, eu deveria ter imaginado...
É Doyoung, que passou a maioria da festa fora do seu campo de visão sem ao menos um sinal  que confirmasse sua presença na casa, agora está ali encostando na parede ao lado da porta sorrindo debochado, a cabeça levemente jogada para trás quando olha para você sobre as pálpebras pesadas.
Os braços cruzados aqueia a sobrancelha ao questionar
— Imaginado o que exatamente, me elucide.
Doyoung sorri igual ao ganhar doce, o lindo sorriso gengival.
— Que você não aguentaria ficar sem atenção, é claro, foi acabar se esfregando no primeiro pau que encontrou.
Sai de onde está, caminhando de forma suspeitosamente tranquila, sempre tão sereno e elegante. Ele se aproxima, sobrando alguns centímetros. Quatro longos dedos roçam a lateral do seu rosto, devagar, muito devagar antes de escorregarem para a parte de trás da cabeça, presos naquele espaço logo acima do pescoço. O polegar esfregando a bochecha do rosto. Encara sua boca, cobiçando aquele calor por muito, muito, muito tempo. Respirando e sem respirar como se algo estivesse quebrado dentro dele, tudo esta ruindo e caindo dentro de seu coração e você é seu desastre.
♩ ♬ ♪ ♫♩ ♬♪
Uma cócega aveludada desliza em toda a a sua pele. O quarto está mais claro, o sol nasce ilumindo a cama. A uma chuva caindo forte, ecoando através do telhado, e trovões rolando lá fora.
Doyoung está com o peito nu e seu lado,
—O que você está fazendo??
—Shh, não se mova — ordena, movendo a caneta sobre a pele.— Você é a coisa mais próxima que tenho para escrever.
Da uma risada em silêncio, fechando os olhos. O ruído pacífico da chuva lá fora te acalma e traz de volta para o relaxamento, cruza os braços sob a cabeça, sentindo o movimento da ponta de feltro rapidamente sobre a minha pele, parando de hora em hora para pontilhar ou cutucar algo.
—Eu gostaria que pudéssemos ficar aqui para sempre— admite.
Ainda com a caneta na mão, ele se move para cima de você que arqueia o pescoço para trás, encontrando sua boca e beijando-o. Seus dentes mordiscando a pele que envia um choque elétrico na sua barriga. Ele desliza a mão sob seu peito, cobrindo seu seio, contornado com ponta o mamilo na maior leveza. Desce esse mesmo dedo para as palavras que acabaram de residir ali, na base de sua costela.
A forma como que abre as coxas
reluz agora.
é tão estreita, então se alarga.
Ah seu interior, morte em vida,
sepultura lírica
por isso pulsa
quente e molhada
para mim
—Está tudo bem?? — pergunta.
Fica olhando para seus lábios. Geme baixo, os olhos estão perto de rolar na parte de trás da cabeça enquanto sua boca trilha no teu pescoço beijos quentes e exigentes. Sua mão desliza para baixo de suas costas nuas, escovando o cabelo e fazendo cócegas na pele.
— Me encha com as sua palavras. — dobra o joelho para o lado, se abrindo para ele.
Uma frase ali, no interior da sua coxa
Outra em cima do seu quadril.
Um nome sobre o peito.
⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯
N/a: tanta coisa pra fazer que mal me lembrei de publicar
qraivakkkkkkk joguei de maluca aqui
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bartzcarla · 11 months
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e foi que sem parar de pensa que ele ficou memorável. seria muito querer que soubesse que acertei, sem querer achar ou procurar achei ele. querer se adaptar do menor ao maior sonho. a sensação de que se ama somente a ideia que fiz sobre ele. a sensação de ser amado é bom, amar é melhor. nao foi algo revelado, nao soube enxergar e não tive coragem de declarar, calei-me.
apreciar sua arte, em me fazer sentir o que sentia ate mesmo o misterio do seu mundo. a expressão intelectual das emoções tao distinta da minha vida.
sua arte em me fazer desejar aquilo que não é meu, e que desejo urgentemente, o rastro, o sorriso o poema todo nele.
nele um artista forte que nao só tira proveito da arte que nasceu em si das proprias sementes. seu grande grau de amor que pode ter impelido dele criar sua arte em mim.
fez sua alma metafísica uma ética uma estetica. completo como uma maquina. como penetrar nisso tudo? combustão insaciavel.
me senti uma autora de antiguidade inocente, pouco poluente expressando-me mal pela vida que hoje passo. como uma criança que brinca com sua simplicidade, simples demais com os pensamentos que não param de dançar, e o coração provoca.
a barra tem sido pensar nele, o artista me deixou com o drama, apenas mostra a minha capidade de interpretação artistica, habilidade, onde nada é limitado. uma barra: posso fazer com ela um numero limitado de coisas, mas podendo fazer de mil formas individuais.
esse amor alheio abstrato, o resto é gente e alma, complicado, nos falamos mas não vi. de braços cruzados o imaginei sem pensar. fiquei sem mágoas, sem o beijo intacto. a vida é só para esperar morrer?
a beleza é nome de qualquer coisa que não existe, já que nao posso extrair a beleza da vida coisas positivas são erguidas como colunas e pilares. a beleza é a bondade.
pensando nele acabei criando a bússola da ação. a inteligência que nao se assemelha a ele, distinguir a figura artistica de sonho e realidade.
uma caixinha para conter o infinito, guardando coisas que se definem pequenas.
ele é luz é sol faz calor, numa roupa invisível, da vontade de tirar. um calsal, sulistas? eu o furtaria pra mim.
sera que nasci apenas pra escrever bem? depois eu leio de onde me veio isso? é melhor do que eu. sou neste mundo apenas autora. como alguem que escreveu valeu a pena nos traçarmos?
essas linhas são sonhos dados, queria viver anônimo encantada, um lugarzim para me pertencer. só desejei ve-lo sair de manhã e pela noitinha recebe-lo. e meus sonhos uma escala sem princios ou fim.
enviar uma cartinha de amor ridicula, nao seria carta de amor se nao fosse riducula. tem que ser. mas afinal, só criaturas que nunca escreveram é que são. ridiculas.
das coisas impossíveis que mais me irritam. os sentimentos as emoções mais absudas, a ânsia do impossível, saudades do que nunca ouve, desejo do que poderia ter sido.
começou de forma involuntária, eu nada podia, nada fiz na ilusão de te-lo comigo compreendendo que nada sou. nada terei?
confesso que versos não me bastam. a arte nele é a esperança de alguem. a minha.
recordar sem conhecer, somos demais, cazalzão, olhamos quem somos. ignorar que vivemos e curprir as nossas vidas. é isso? pois os mortos são em maiores números concordamos.
não ha aproximação sem conflito. conhecer conquistar, vencer conciente da loucura de que me perdi dentro de mim. tenho receio de me encontrar com nele.
loucura longe de ser uma anomalia, é minha condição humana normal ter conciencia dela me deixa um genio, uma grande louca. conciencia de amar o outro e não se entregar. quanto maior a entrega maior o amor. a entrega conciente total ao outro, o esquecimento a renúncia dos que são subordinados do amor.
nele um coração tão espontaneo, um abrigo. deixe-me entrar ai? ele que bate com o pé na melodia das canções. coração se pudesse pensar, pararia. peito enorme que transpassa... definir como bonito seria nao compreender, as linhas das minhas confissões podendo escrever de alguma modo de verdade. tudo quanto penso, tudo quanto sou, imensa, onde nem mesmo eu estou a confiar nesse tal destino que me deixa ralar mostrando que nao se importa comigo.
abalada por uma paixão. dias a mais, dias a menos eu continuo escrevendo, nao desejo escrever mais,frases diferentes, reconheço minha limitação, pelos deuses sou digna daquele coração? ele deixou minha vida incerta antes mesmo de anoitecer.
dizer que foi entendido o que eu ainda nao tinha dicernido, ha algum erro nisso? temer minha propria face enfeitiçada pelo amor? a quem tentei enganar? tenho dó de mim algum tempo, de tudo enfim, para as coisas que sou, essa especie feminina ou qualquer coisa. tem perdão? enfrentaria um parto a entregar meu coração. ilusão. e se fosse durar? para, meu coração! nao pense, deixe para pensar na cabeça, soma-se os dias, raiva de não ter ligado e trago ele pra mim. estupida! nenhuma ideia brilhante entrou em circulação? a sua autoria é apenas pra agradar? arte media, apenas para se libertar. exprimiu o que sentia? cade a inteligência da ação aperfeiçoada de um amor puro por um rapaz é um dos encantos do mundo.
so encontrei ele quando de mim fugi. nao sei de mais nada, ainda tenho tanto a aprender a confiar no efeito do meu valor.
nao quero que meu amor se resuma a certas com parecer de requirimento de advogado, amor nao estuda tanta coisa, mas me tratou como réu porque foi preciso. condenada.
"para o cara mais incrível que eu conheci. talvez você nunca vai ler esse textinho mixuruca com demasiado paragrafos e regado de mim deixo registrado o que ficou."
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greencruz · 1 year
Note
“ you’re over me ? when.. when were you under me ? ” rachel&adam
FEELINGS ARE COMPLICATED: ACCEPTING !
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o som da festa ficou abafado do lado de fora da república, embora ainda o surpreendesse o fervor com o qual escutava o coro doído de cruel summer ecoar pelo restante do campus, entre assobios e lamúrias de jovens claramente alterados. se alguém lhe perguntasse, não achava a melhor escolha para uma festa teoricamente feliz, mas quem era ele para ir contra a maioria? na verdade, naquele momento, era só mais uma vítima do torpor bem no topo da cabeça, deixando a impulsividade das próprias palavras o dominarem enquanto a voz desafinada de courtney, uma das estudantes de nutrição do sexto período, berrava a letra com a sonoridade de um gato franzino miando e, ainda assim, soava perfeitamente como um incentivo, um diabinho musical em seu ombro que dizia que ele também não queria manter segredos apenas para manter alguém. rachel. antiga vizinha e notória paixonite de toda a sua adolescência, atual amiga sem qualquer tipo de benefício extra que, definitivamente, não havia se passado pela sua cabeça desde o momento em que voltaram a conversar um com o outro. não, de jeito nenhum. 
essa era só mais uma mentira. suspirou, bebendo um gole generoso da bebida escabrosa no copo rosa neon, e olhou para ela mais uma vez, controlando os dedos para que não os enrolasse nos fios castanhos da mais velha, do jeito mais imbecil de um bobo apaixonado. e, em seguida, pensou em como isso também era ridículo. — com certeza. — deixou um riso escapar, e torceu para que fosse convincente o suficiente como alguém que estava prestando atenção no que ela dizia, não especificamente em como sua boca era bonita demais para não estar recebendo um beijo naquele momento.  ok, ele precisava esfriar a cabeça. e, considerando como não sabia fingir coisas, talvez ela tivesse notado. coçou a nuca. — foi mal, me distraí. acho que eu preciso parar de beber.
bom, sorte sua que estavam literalmente na beirada de uma piscina inutilizada. dali para o próximo segundo não houve uma linha de pensamento mais complexa do que obedecer ao ímpeto de tirar a camisa e a bermuda, parando apenas quando notou que ela provavelmente deveria estar achando estranha a agitação súbita, então, como uma resposta natural, deu mais uma risada. — tem uma piscina na nossa frente. — e fez um aceno, como se fosse óbvio o que deveriam fazer em seguida. o que, no caso, foi o que fez, tomando cuidado para não chamar atenção de ninguém através da vidraça, e mergulhando a cabeça para molhar o cabelo. — tá parada por quê? eu tenho certeza que você não é imune ao verão. — arqueou uma das sobrancelhas, encostado à beirada com os braços. 
a partir daí, as coisas desandaram de novo. quem diria que isso traria mais memórias do que ele estava tentando mentir para si mesmo? soltou um assobio, sem que tirasse os olhos da figura feminina. — ainda bem que eu te superei, senão isso aqui seria uma cena clássica de romance. — quis se afogar logo depois disso. não levou muito tempo para que rachel fizesse a óbvia pergunta. ah, mas ele não poderia ser mais idiota. após os poucos segundos que pareceram eternos, vendo a vida passar diante dos próprios olhos, tentou sustentar sua expressão mais casual e descontraída. — ah, é que… — pensa, pensa, pensa. merda, ser um mentiroso péssimo realmente se mostrava nesses momentos… e é por isso que tinha aprendido o truque de que era só não mentir. precisava só rodear. — coisa de adolescente! você cresceu muito mais rápido que as meninas da minha sala. todos os meus amigos eram a fim de você também. 
em mais um ato de impulso, usou as mãos para jogar um pouco da água na direção de rachel, e deu risada. — anda, entra! melhor a gente usar logo, eles não vão ficar lá dentro pra sempre. — apontou para a casa comunitária. — da última vez, duas meninas de artes cênicas arrumaram uma briga tão feia, que a reitoria pensou em proibir até as idas aos lagos. — e então, não se aguentou, deixou o suspiro escapar dos lábios. — ei, rach. vem cá. — a chamou com o indicador, dessa vez, seu rosto tinha uma expressão muito mais suave do que a tentativa de parecer um cara legal que não se importava. — não foi nada demais, juro. não precisa ser estranho. tendo isso dito... — forçou os braços para que sair da água, indo em direção a ela com a clara intenção de jogá-la dentro da piscina.
foda-se a taylor swift. se precisasse mentir para mantê-la perto, mentiria. mesmo que não fosse mais um pirralho babando pela garota dos sonhos, perfeita e inalcançável, havia uma diferença entre os flertes brincalhões rotineiros e falar sobre sentimentos genuínos.
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Capítulo 192
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Armin se isolou completamente após nosso pedido de achar a Debrah.
Ficamos todos em silêncio enquanto ele fazia suas pesquisas, no máximo falávamos baixo entre nos.
“Ah, que horas são?” Azriel perguntou um tanto desesperado.
“Hora de aventura” Armin respondeu sem sequer tirar os olhos do computador ou mudar sua expressão. Bem, no meu caso e provavelmente no caso do Nath, que o conhecemos muito bem, notamos um leve sorriso de canto.
“Tem certeza que ele tá mal Boreal?” Nathaniel questionou enquanto dava um sorriso por conta da minha cara de quem queria bater no Armin… como sempre. E assim, deixando claro que eu estava certa e ele notou o sorriso de Armin.
“São 10 da manhã” Alexy respondeu ignorando completamente o Armin.
“Vou ficar só mias alguns minutos, não quero me atrasar pra encontrar o Hyun.” ele completou.
“Hyun? O rapaz que fica no restaurante?” Nathaniel perguntou.
“Sim, ele mesmo! Todo dia de manhã ele me ensina a cozinhar, primeiros socorros e várias coisas importantes pra ajudar no grupo, ele me ensina muita coisa daqui sabe, então sempre vou ver ele!” Azriel respondia sendo inocentemente quebrado por Alexy
“Ele te ensina a beijar também?” Ele ria falando isso.
“Para Alexy! Nada a ver” Azriel respondia tímido
“Ele já nos falou que vocês já ficaram, não tem o que esconder mais querido.” Alexy respondia rindo.
“Foi algo rápido e nada serio! Somos só amigos.” Azriel insistia.
“Eu tenho vários amigos que eu beijo, transo etc, o nome que dá é amizade colorida, podemos iniciar uma se quiser.” Alexy ria fazendo Azriel se levantar e começar a sair do local.
“Pensando melhor, vou logo, tchau pra vocês” com um rosto tão vermelho quanto seu cabelo e completamente emburrado, ele se retirou.
“Alexy, sempre tem que ser tão inconveniente? Ele não queria falar disso!” Dake que estava perto quietinho se meteu.
“Eu me ofereci! Como sou inconveniente se até quis participar pra ficar com algum contexto pra me meter?” Dake só respirou fundo enquanto todos riam.
Ficamos mais um tempo ali esperando até que Armin veio até nós.
“Então, eu consegui algumas Debrahs, mas não sei se alguma dessas é a que procuramos já que não achei ninguém com o sobrenome dela…” ele mostrava uma lista extensa.
“Podemos ligar pra todas, a nossa Debrah vai saber quem somos, afinal, ela tem ligação com todas as linhas, mesmo sem nos conhecer ela vai nos reconhecer” Nathaniel falava calmamente.
“É a melhor opção no momento… Ter até tem outras formas, mas acho que assim já conseguem o contato dela de uma vez, até porque a lista não é extensa, a menos que ela tenha mudado de país, ai realmente vou ter mais trabalho.” Armin dizia com apatia.
“OK, vamos começar então.” Dake dizia já começando a ligar pra um número.
“Meu escravo se tornou bem eficiente sem minhas ordens, né?” Armin provocou Dake.
“Não enche porra” e o Dake rebateu deixando um leve clima de descontração.
Começamos todos a ligar, e foram horas ligando mesmo a lista não sendo enorme, ela era grande o suficiente pra ser cansativo.
Foi quando, Ambre que estava ali perto pareceu ter conseguido algo.
Ela não falou nada conosco, só deduzi pela conversa que ouvi, e após ela desligar ela confirmou: “Debrah nos chamou pra encontrar com ela no endereço da casa do Lysandre…” Ambre dizia.
“Casa do Lysandre? A mansão?” Nath perguntou.
“Não… a fazenda onde ele morava na nossa linha…” todos se olharam confusos, como assim a fazenda onde ele morava? O que a Debrah faz lá? Sei que tudo está diferente, mas… isso não é um pouco demais?!
“Então vamos logo ver a cabeçuda filha da puta” Castiel dizia.
“Você tem que parar com essa agressão gratuita com ela, até porque ela pode ser nossa única ajuda” Ambre falava.
“PREFIRO ENFIAR A CABEÇA NO MEU CU E CAGAR DO QUE SER AJUDADO POR ELA.” Ele disse.
“BELEZA ENTÃO ENFIA A CABEÇA NO SEU CU E MORRE AQUI NESSA LINHA TEMPORAL SOZINHO!!” Ambre gritou saindo do lugar.
 “É… Vamos?” Nathaniel sorriu e assim todos nos retiramos.
Passamos pela sala principal onde estava o Ken e o Daniel conversando, Ken ainda estava abatido e eu completamente sem jeito com toda a situação.
Suas olheiras eram fundas e horríveis.
“Vou pegar um carro no estacionamento ok?” Armin falava com Daniel e Ken já com completa intimidade.
“OK, mas… vão onde? Precisamos saber. Sabe que somos cuidadosos, e depois do que houve com a Iris… Nosso cuidado precisa redobrar” Ken dizia colocando sua máscara de liderança firme como sempre, mesmo com cara de quem quer chorar e desabar a qualquer momento…
“Visitar uma amiga de outra linha, digo, dessa linha, mas… é complicado. Já falei dela com  Daniel, a Debrah. Estamos indo atrás de uma solução pra toda essa confusão” Armin respondeu.
“Onde ela mora? Talvez me passando a localidade poderemos monitorar tudo” Ken dizia.
“Ou podemos ir com eles, eu quero muito conhecer essa tal Debrah. Não é todo dia que conhecemos uma pessoa com a mente tão expandida ao ponto de ter consciência em todas as linhas temporais simultaneamente.” Daniel dizia realmente interessado.
Ken mesmo com todo seu desanimo, respirou fundo e já se virou pegando seu casaco sem retrucar nem falar muita coisa, ele simplesmente decidiu levar a gente pra la de carro, até porque ele demonstrava muita curiosidade quanto a quem era Debrah depois o Daniel ter falado dela.
Daniel ficou monitorando de dentro do carro, pois como sempre ele era bem desconfiado de tudo, nada de muito diferente do Armin no fim das contas, o não nega que os dois são a “mesma” pessoa.
Fora que nossa situação atual precisa do dobro de cuidado né…
Ken estava com um olhar abatido, uma postura abatida, um ar abatido… com motivo, não tinham nem 24 horas direito que a Iris tinha morrido… E pior é pensar que ele viu tudo, cada detalhe na frente dele.
Não que fosse ser menos doloroso ver ela morta depois, mas… Assistir ela morrendo… é muito cruel.
O Lysandre definitivamente é um monstro…
Ele até tentou puxar alguns assuntos, algumas vezes, mas dava pra sentir aquela vibe muito ruim sabe? Ele não prestava atenção em suas próprias palavras.
Quando chegamos lá, estava a Debrah nos esperando na porta da enorme casa na fazenda do Lysandre.
Sem aquelas roupas de modelo dela, penteados espalhafatoso, nada, eram roupas simples e até sem graças se comparado ao que eu estava acostumada.
“Oi Armin.” Ela falou se aproximando dele logo de cara, talvez ela tenha lido algo na mente dele pela troca de olhares que eles tiveram, e pude notar desconforto por parte do Armin.
Em outra situação eu morreria de ciúmes, mas ali naquela hora não… Especialmente após notar seu desconforto.
“SUA CABEÇUDA, FILHA DA PUTA!” Castiel gritava.
“Oh, olá Castiel.” Ela falou calmamente, ignorando o ataque de histeria dele.
“Porque tá morando na casa antiga do Lysandre?” Perguntei.
“Podemos conversar lá dentro?” Ela dizia abrindo passagem pra gente em seguida.
Ao entrarmos, Leigh estava la dentro sentado com uma criança no colo.
“Oh, esses são seus amigos que disse que viriam nos visitar! Sejam bem vindos.” Ele falava gentilmente daquele jeitinho que o Leigh tem, eu fiquei muito mais confusa e pude optar todos confusos.
Debrah sorriu pra ele e nos levou até a sala.
Após todos nós cumprimentarmos ele e o Leigh ter saído pra por o bebê no quarto e pegar coisas para comermos na fazenda, Debrah finalmente começou a falar.
“Eu e Leigh casamos e tivemos um filho recentemente.” ela falava sem rodeios ao notar nossa confusão estampada em nossos rostos.
Se lembro bem, a Debrah era louca pelo Leigh, dizia que ele tinha genes perfeitos pra procriação. Nunca compreendi.
“Então, seu filho tem genes perfeitos?” Perguntei.
Debrah sorriu pra mim e balançou a cabeça positivamente.
“O que esperar de alguém com memória eidética né mesmo Boreal?” Ela sorria discretamente.
“O que isso significa Debrah? Um filho com genes perfeitos?” Ken perguntou.
“Oh, basicamente os genes do Leigh permitem que nosso filho desenvolva habilidades com maior facilidade que as demais pessoas, além de ele ser praticamente imune a doenças. O Leigh tem esse notável detalhe no DNA que foi o que me chamou atenção. Afinal, sabe que meus planos são que dominação e evolução, logo, ter um filho com tais genes me facilita muito.” ela respondia.
“Ainda tá nessa de dominação?” Armin falava cansado, sendo interrompido por Nathaniel.
“Posso perguntar onde está a Rosalya?" Nathaniel questionou.
“Sinto muito, mas não tenho como responder isso, nunca conheci ela aqui nessa linha, nunca nem a vi.” Ela respondia calmamente.
“Então já conheceu o Leigh solteiro?” Perguntei.
“Basicamente. Ele morava aqui e eu me mudei pra perto, quando nos conhecemos e começamos a namorar, casamos esse ano e meu filho nasceu tem 2 meses.” Debrah respondia calmamente.
“Entendo. Bem recente. Parabéns pros dois!” Nathaniel completou sorrindo.
“Bem, já li a mente do Armin e já sei pra que estão aqui, e tudo que tenho a dizer é: tem muita coisa planejada pra vocês.” Ela dizia.
“Como pode ter certeza disso? Você ter conexão com outras de você não te faz conhecedora de planos e do que vai acontecer conosco…” Armin dizia.
“… Não sei até onde eu devia estar falando isso, mas… Muitas Debrahs já morreram ou se mataram, minha mente está bem em paz quanto a isso, mas muito em pânico quanto ao que pode acontecer a qualquer momento nessa linha…É a primeira linha que minha vida está plena e pacifica” ela se silenciou enquanto pegava a xícara que o Leigh servia gentilmente pra todos.
Ele era meigo e calmo, um pouco diferente do que eu lembrava dele.
“Eu queria muito poder conhecê-los mais, mas tenho que ir na fazenda vizinha. Sintam-se a vontade ok?” Leigh falava gentilmente.
“O Antoine está dormindo, certo?” Debrah perguntou. Deduzo que esse seja o nome de seu filho pelo dialogo.
“Sim, e já está alimentado.” Ele dizia sorrindo e dando um beijo na testa dela enquanto saia.
A Debrah parecia genuinamente feliz, o que é estranho pra pessoa que dava um discurso inteiro a respeito do quanto sentimentos são inúteis.
“NOSSA ELE TEM BASTANTE ESPAÇO PRA BEIJAR NESSA TUA CABEÇA DE BALÃO NE?!” Castiel dizia após Leigh sair, com Debrah o ignorando completamente.
“Mas prossiga falando sobre o que vai acontecer com nosso futuro e como sabe disso. Seus poderes não são previsões que eu saiba.” Armin questionava.
“Eu não sei do futuro, sei o que planejam pra vocês… o computador principal, do bunker do seu eu mais velho sou eu, Armin. Eu não devia estar falando isso provavelmente, mas a situação atual requer essa informação.” Quando ela falou isso, todos se olharam e ficou um clima muito estranho. 
Debrah é um computador do bunker?
“Explica isso direito porque esse quebra cabeça tá muito confuso, e quem começou ele vai ter que terminar.” Alexy respondia.
“Minha eu que se encontrava na linha do Armin foi usada pra ser o computador do Armin. Ele literalmente colocou minha consciência no computador, e assim ele tem acesso a todos os acontecimentos simultaneamente de qualquer linha, claro, através da minha visão. Ele sabe exatamente quais linhas foram afetadas ou desapareceram por completo usando minhas memórias e existência de base.” Debrah dizia.
“Ele, então, tem como saber que estamos falando contigo agora?!” Ambre questionou assustada.
“Talvez. Mas mesmo sendo sua maquina, eu tenho minha própria consciência, então tenho direito de esconder certas coisas dele.”
“Pera, então é verdade mesmo que você tem consciência de todas as linhas temporais?” Daniel estava muito assustado, mas era aquele assustado de Armin sabe? Surpreso de uma forma positiva.
“Sim Daniel.”
“Então agora explique sobre o que falou mais cedo sobre nosso destino.” Nathaniel dizia.
“Basicamente, vocês nunca poderão descansar até completarem a missão ou toda realidade acabar pra sempre. Armin do bunker não vai deixar. Vocês são soldados dele e ele mantêm backup de vocês pra caso algo assim aconteça trazê-los de volta pra continuar a missão. E eu sou uma peça pra chave pra ele saber quais linhas ele ainda tem acesso. Se todas as minhas outras eus de outras dimensões e linhas temporais decidirem se matar, ele perde acesso às demais linhas.” Debrah comentou.
“Vocês são um sistema com mente coletiva composto por uma única pessoa, vocês podem tomar a decisão de se matar se quiserem acabar com isso tudo a qualquer hora.” Daniel afirmou.
“Sim, podemos. Mas não queremos, afinal, somos lógicas, e isso faz com que continuemos tentando até conseguirmos alguma solução pra essa situação toda. Sabemos que somos um dos poucos acessos que vocês possuem com outras linhas e dimensões.” ela dizia.
“Você falou mais de uma vez de dimensão… até então eu sabia que tinha a dimensão da Boreal e tinha a nossa, você quer dizer que existe uma versão sua na dimensão da Boreal?” Ken finalmente falou algo.
“Deve ter, mas aí vai contra meu conhecimento da situação. Quando falo dimensões me refiro de microversos dentro da nossa dimensão atual. A nossa linha atual é dividida em várias linhas temporais, que são criadas a cada escolha diferente de nossa vida. O certo é existem poucas, entre umas 4 ou 5 pra falar números elevados, a criação de paradoxos criou possibilidades tão infinitas que começou a sobrecarregar essa dimensão. Mas as modificações são tão grandes que algumas se tornaram microversos, que nada mais são do que universos pequenos dentro de nosso próprio universo, na nossa dimensão atual dimensão.
Tudo é completamente diferente ao ponto de às vezes só sobrarem resquícios nossos e nada mais. Mas por se encontrarem em nossa dimensão atual, eu ainda consigo acesso. O que difere esses microversos de uma linha temporal, é que os microversos tem sua própria linha temporal e possuem estrutura completamente diferente da nossa dimensão atual. 
Digamos que foi uma forma do universo não explodir, começar a expandir pra criar novas linhas.
Nosso universo está sobrecarregado e gritando por socorro. Tudo isso são tentativas falhas de nossa realidade se manter viva.
Já tentei ficar com o Nathaniel na linha de vocês porque vi que em outra linha temporal minha eu usei o Castiel pra tentar ficar com o Nathaniel e funcionou, mas o fato de terem linhas distintas, isso pode ter confundido minha eu da linha de vocês de como prosseguir com isso.”
“EU SABIA QUE VOCÊ ERA UMA VADIA QUE TAVA DANDO EM CIMA DO NATHANIEL E ME USANDO! NOSSA EU TE ODEIO TANTO!!” enquanto Castiel esbravejava, Debrah o ignorava por completo.
“Outro exemplo, agora de microverso, eu tenho acesso a uma eu, por exemplo, que vive em um vilarejo bem distante daqui, completamente tropical que usam crianças pra controlar o clima temporal, algo que não acontece aqui onde vivemos.
Nessa pequena dimensão eu já vi a gente morrendo por conta de tentar controlar uma criança, como sempre, a realidade sendo destruída porque o ser humano quer controlar coisas que não devem ser controladas.” Ela então encarou o Armin que desviou o olhar. Pobre Armin… O peso está todo sob ele, e ele sabe disso…
“Saudade de quando o maior dos nossos problemas era a diretora…” respirei fundo enquanto falava.
“No fim, a diretora só estava vivendo a vida dela, assim como vocês. Vocês julgam ela como ruim, mas já pararam pra pensar quantas coisas absurdas já fizeram pra se protegerem, protegerem a Boreal e pra conseguir coisas fúteis?” Debrah falou silenciando todos ainda mais, exceto Castiel que começou a gritar com ela.
“NÃO COMPARA A GENTE COM AQUELA FILHA DA PUTA! ELA MATOU A MÃE DA BOREAL E TENTOU MATAR A PRÓPRIA BOREAL!! ALÉM DE FICAR MATANDO GENTE PRA FICAR VIVA!!”
“Castiel, você matou apenas pra conseguir super força, quem é você pra julgar ela? Não só atou como continua matando pra se manter vivo, assim como ela faz. O que faz dela a vilã é a história de que está sendo contada, a perspectiva, se a história fosse do ponto de vista da diretora claramente a vilã seria a Boreal, você e todos que estão impedindo ela de se reencontrar com seu amado. E mais uma vez esse sentimento inútil atrapalhando a vida das pessoas.” Debrah continuava.
“E digo mais, sabemos que Armin fez coisas piores do que ela, afinal, se tudo está esse caos, a culpa é de quem?  Minha que não é. Tudo porque ele quis proteger ela, assim como a diretora com Nathaniel e o Nathaniel com a diretora…”
“VIU PORRA?! TÁ AI A DIFERENÇA! CADA UM NO NOSSO GRUPO FAZ UMA COISA! ELA FAZ OS DOIS!! EU SÓ MATO!”
“Só”...  Foi tudo que consegui pensar…
“E o que faremos…?” Ken dizia desanimado, usando completamente o assunto.
“Eu também não sei Kentin. Já tá tudo tão embaralhado que penso se não é melhor que vivam suas vidas até o fim chegar… Eu já perdi a conta de quantas consciências já perdi ao longo do tempo. E quanto mais usarem a viagem temporal, mais irão acelerar o processo de destruição de tudo. É como uma pessoa com câncer no pulmão que insiste em fumar, isso vai acelerar a morte dela, o receptor é o cigarro que está parando nosso pulmão, aka realidade. No fim, que bom que não possuem mais o receptor. O universo está colapsando tentando se manter com essa quantidade de linhas que foram criadas. Viagem no tempo nunca deveria ter sido tocada pra começo de conversa” senti ela mandar mais indireta pro Armin que estava com jeito desconfortável no local e se levantou sem mais nem menos.
Decidi ir atrás dele, deixando todos conversando com a Debrah.
“Armin! Tá tudo bem?” Já ame aproximei falando.
“Não Boreal, não tá. Sabe porque não tá?! Porque EU DESTRUÍ TUDO COMO SEMPRE!” Ele dizia, eu não sabia como consolar ja que ele estava certo.
 Não e bem assim… voc—“‘ 
“Boreal, se tudo ta a merda que ta foi porque eu criei a máquina! Não finge que acredita na sua própria mentira de que eu não fiz nada.  Eu não sei como arrumar tá bom?! Tá sentindo esperança?! Porque eu senti um pouco quando citaram a Debrah e agora, após falar com ela, simplesmente voltei pro desespero! Se nem ela que tem acesso a tudo e é o computador central do bunker consegue resolver as coisas, quem sou eu?!” Ele estava em um misto de desespero e raiva.
“Nós podemos—-“
“Eu vou pra casa sozinho…preciso… me acalmar longe das pessoas… fica tranquila que não vou em matar… eu preciso resolver tudo isso que eu fiz antes…”
Sem me dar mais nenhum pouco de atenção, e sequer me dar oportunidade pra falar sobre sua frase horrivelmente fúnebre,  Armin saiu pelo portão da fazenda sozinho.
Fiquei la um tempo até Ambre vir atrás de mim, depois Nathaniel e aos pouco todos estavam comigo
Expliquei tudo que havia acontecido e por fim, fomos embora.
Debrah deixou seu contato conosco e pegou o contato de Ken e Daniel
E assim seguimos de volta pro shopping.
Eu estava muito mal, e a realidade é que todos estavam…
O clima morto dali era terrível, tipo o fato do Ken ter perdido a Iris tão recentemente.
Assim que chegamos no shopping todos de dissiparam, exceto Nathaniel e Alexy que pareciam preocupados comigo.
“Tá tudo bem?” Alexy perguntou.
“Sim… eu vou… procurar o Armin.” respondi.
“Qualquer coisa eu vou estar na academia do shopping” Nathaniel dizia com olhar preocupado.
“E eu na praça de alimentação.” Alexy me abraçou.
Eles sabiam como eu estava…
Subi e notei que a loja onde eu ficava com o Armin estava “fechada”, o que indicava que ele estava lá.
Assim que entrei, ele estava deitado no meio das pelúcias com o notebook jogado no canto com a tela quebrada.
Haviam fios pra todo canto.
“Armin…?” falei me aproximando aos poucos e vendo que ele estava com um olhar muito frustrado.
“Boreal, me deixa quieto.” ele dizia.
“Mas… Você tá bem?” falei baixo.
“Boreal, me deixa quieto.” ele voltou a repetir.
Eu sei que eu devia ter saído, ele pediu numa boa, mas… eu insisti.
“Armin…Eu só–”
“EU FALEI PRA ME DEIXAR QUIETO!! QUER FICAR AQUI?! TUDO BEM EU SAIO!!! MAS EU QUERO FICAR QUIETO!!!!” ele então começou a se levantar pra sair quando eu saí correndo primeiro que ele ao ouvir seu berro.
Ele gritou muito, MUITO forte comigo…
Meu coração estava disparado, meu olho ardia já com lagrimas prontas pra caírem.
Corri direto pra academia.
Sei que o Alexy se ofereceu também, e ele é um dos meus melhores amigos e conhece bem o Armin, mas senti que naquele momento eu precisava o Nathaniel, não do Alexy.
Eu entrei ofegante, estava escuro e o Nathaniel estava no fundo batendo em um saco.
Pude notar pela pouca iluminação local suas cicatrizes das costas e o brilho do suor em seu corpo destacava ainda mais aquelas cicatrizes… Seria impressão minha ou elas pareciam mais fortes?
Talvez pelo tempo que eu não o via, eu esqueci completamente de como elas eram… Poderia ser.
Não esquecer no literal, mas… ver com clareza a intensidade delas.
Ou talvez a iluminação destacasse mais.
Sei que aquele buraco enorme que a Ambre fez chamava muita atenção e me dava gatilhos de bons momentos.
Momentos que não nos preocupamos com nada.
Foi horrível a princípio mas… Eramos mais felizes que agora. Todos unidos.
E esses flashes de memórias me fizeram chorar na mesma hora que olhei suas cicatrizes.
Como pode algo tão simples e banal dar um gatilho grande desses…
Ele notou minha presença e se virou, parando de bater no saco.
“Boreal?” ele falava assustado ao notar meu estado, e se aproximando já foi passando a toalha úmida que estava ali pra secar seu suor.
“Nathaniel… posso falar com você?” Perguntei entrando na área em que ele estava da academia do shopping. 
Quase ninguém vai la…
“Claro! Não esperava que seria tão rápido. O que houve?” assim que ele perguntou eu desabei, eu não conseguia falar, só chorar. 
Nathaniel ficou o tempo todo do meu lado quieto e passando a mão nas minhas costas até eu conseguir começar a falar.
Ele me consolava mesmo que em silêncio, e terminou me abraçando ao me ver chorar naquela intensidade. 
Finalmente consegui falar.
“Eu não aguento mais Nathaniel… Eu só quero que isso tudo acabe! Eu já perdi tudo! E a tendência é piorar mais!!” Eu me alterava e chorava mais e mais.
“E vai acabar, estamos trabalhando pra isso.” Ele tentava me consolar, mas eu sentia ser em vão.
“Enquanto passo isso, é justo eu ser tratada dessa forma?! O Armin gritou comigo Nathaniel! Eu sei que ele também tá mal! Mas e eu?! Faz meses que cheguei aqui e eu só queria conforto pra enfrentar isso tudo!! Eu sou a causa disso tudo!! Não tá fácil seguir em frente sem apoio, sendo deixada de lado…” eu gritei no rosto do Nathaniel aos prantos.
“… Não, mas pense que todos estamos no mesmo barco… Além do mais, não pegue a culpa exclusivamente pra si Boreal. Armin com certeza tá sofrendo muito também. Pense que tudo que a Debrah falou, infelizmente é verdade, ele criou a máquina do tempo e isso foi o que começou tudo. Não sou isento de culpa, eu usei o receptor pra te manter viva também.” Nathaniel dizia olhando profundamente em meu olho.
“E NO FIM ELE CRIOU A MAQUINA PRA ME SALVAR! VOCÊ VOLTOU NO TEMPO PRA ME SALVAR! O GRUPO DO LYSANDRE ESTÁ MATANDO GENTE DESSA REALIDADE PORQUE ESTÁ ME CAÇANDO! EU SOU O CENTRO DISSO TUDO NATHANIEL! EU!!!” eu gritava mais.
Ele então em sacudiu de leve.
“BOREAL! Olha nos meus olhos. Respira fundo. Se acalma ok?” ele dizia depois de ter me sacudido e segurado firme meus ombros.
Aos poucos ele foi respirando fundo, e expirando, meio que me forçando a seguir o ritmo de sua respiração pra fazer om que eu me acalmasse.
Eu não conseguia parar de chorar um segundo, mas confesso, olhar os olhos do Nathaniel mexeu comigo.
Eu estava fragilizada, com medo e me sentindo sozinha.
Ele era o único ali pra mim no momento.
Após meses isolada, ele era o primeiro a verdadeiramente me dar atenção e se preocupar em como eu estava.
Não o casual “como vai?” esperando sempre a resposta “Vou bem e você?”.
Mas verdadeiramente me ouvir e querer em ajudar.
Confesso que até hoje, ainda quando vejo o Nathaniel sem camisa, isso mexe comigo, nunca neguei e nem irei negar isso.
Eu amei o Nathaniel em grande intensidade mesmo sem termos ficado por um período longo.
E ele sempre foi um amigo precioso pra mim, não somente um romance, assim como aconteceu com o Armin…
Gradualmente eu fui estabilizando meu estado enquanto acompanhava a respiração do Nathaniel.
Eu conseguia sentir sua respiração em meu rosto de tão perto que estávamos.
Meu coração disparava como se fosse acontecer algo inédito, algo com aquela pessoa que você gosta a tempos espera ter algo e parece que finalmente vai rolar, sabe?
Eu olhava pros seus olhos e olhava pros seus lábios, em seguida sem parar, pude notar que ele claramente fazia o mesmo.
Comecei a alisar seus cabelos enquanto ele me encarava ainda mais.
Nossos corpos se aproximavam mais e mais, era algo quase que automático, sabe?
Meu coração disparava mais e mais, eu podia sentir minhas mãos suarem e meu coração como se fosse sair do meu peito pela minha boca.
Foi quando ambos tomaram o impulso de se aproximar, nossos lábios estavam ao ponto de se tocarem, mas, ele me freou colocando a mão sob meu rosto e me afastando gentilmente.
“Tenta falar com o Armin Boreal… Insista. Ele deve estar tão mal quanto você.” sua frase me trouxe de volta pra realidade.
Se o Nathaniel fosse outra pessoa e não fosse tão certinho, provavelmente eu teria feito uma besteira da qual teria me arrependido…
Memo que eu tivesse a intenção de terminar com o Armin…trair ele com seu melhor amigo é muito errado.
Além do mais, eu sei a história de vida do Armin e todos os pontos fortes de sua personalidade, eu seria muito, MUITO mau caráter ao fazer algo assim… Já fui no passado com o Nathaniel, não posso repetir esse erro.
E eu quero me resolver com o Armin… eu só to… fragilizada.
“Me desculpe…” falei com vergonha e colocando minhas mãos no meu próprio rosto.
“Tudo bem Boreal… eu te entendo… Me desculpe também. Me deixei levar pela situação. Mas o melhor a se fazer agora é conversar com ele. Ele não tá nada bem, e eu tenho certeza que ele te ama muito, só… não sabe o que fazer. Você conhece o Armin tanto quanto eu, talvez até mais, sabe que ele é confuso às vezes e se isola numa bolha pra fingir que tá tudo bem e conseguir voltar a raciocinar.” ele sorria.
“Ele já tá meses nessa bolha…” resmunguei, voltando um silêncio constrangedor.
“… você pode conversar com ele junto comigo?” Perguntei o encarando.
“É algo que acho melhor que vocês resolvam a sós” ele respondeu
“Ele não vai me ouvir… por favor, tenho certeza que contigo ele vai parar pra escutar, o problema dele sou eu e você é melhor amigo dele, ele sempre te ouve…Já tem meses que eu tento Nath, é em vão. Ele me evita.” continuei.
Nathaniel ficou em silêncio um tempo, parecia pensar na resposta, mas em seguida, como esperado, ele deu uma resposta positiva.
“… ok, eu faço… Mas vamos dar um tempo pra ele antes ok?” Nathaniel respondeu sorrindo gentilmente pra mim.
Eu quase fiz algo do qual eu iria me arrepender eternamente… o Armin mesmo estando distante não merece esse tipo de coisa.
Eu pensei que essa Boreal não existisse mais, mas com esses problemas todos, essa carência que estou sofrendo e o fato do Nathaniel ser o Nathaniel… somou tudo e eu me perdi…
Obrigada Nathaniel por me frear.
Desculpe Armin por não me portar devidamente…
Bem… Tudo que me resta é tentar resolver as coisas.
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borbonsg · 1 year
Note
🍻- For something bad/mischievous you did as a child or teen that your parents don’t know about
˛ ⠀ ⠀ *   ⠀ ⠀fica quieta! ele gritou para irmã, tentando segurar o rosto dela no mesmo lugar. eu sei o que eu estou fazendo, tá bom? é claro que aquilo era mentira e ele definitivamente não sabia o que ele estava fazendo. nicolás era um garoto muito curioso e quando viu aqueles produtos de beleza no quarto da mãe, ele precisou pegar e na mesma linha de raciocínio, precisou usar a irmã mais nova de cobaia. ele seguiu sua intuição, tentando imitar as maquiagens que normalmente via as rainhas e princesas usando. quando começou a chegar no final, ele percebeu que estava muito feio. nem de perto como ele tinha imaginado na sua cabeça. só preciso arrumar algumas coisas, ok? já te dou o espelho. ele saiu cambaleando na própria cama e foi atrás de papel higiênico e água. precisava tirar aquilo do rosto da irmã antes que alguém visse. voltou com um rolo de papel e um pouco de sabonete, mas para o seu desespero... a maquiagem não saiu. antes que ele pudesse avisar alba, ele escutou as batidas de alguém no quarto e ele entrou em modo de sobrevivência. a voz da mãe chamando o seu nome fez com que ele pegasse alba como se ela fosse uma boneca de pano. cala boca! cala boca! ele ordenou baixinho, antes de trancar a irmã dentro do roupeiro. nesse exato momento, guadalupe entrou no quarto do filho mais velho com uma expressão nada feliz. nicolás, você viu minhas maquiagens? havia um tom de acusação na voz dela e é claro que ele negou veemente. quando ela perguntou onde estava alba, ele disse a primeira coisa que veio na sua mente: não sei, deve ter sido ela que roubou suas maquiagens.
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Ritmo em The Many Deaths of Laila Starr
Nas minhas leituras mais recentes, eu tenho prestado uma atenção especial nas diversas técnicas empregadas pelos artistas de quadrinhos para criar ritmo na página. Na página a seguir, retirada da edição #2 de The Many Deaths of Laila Starr, Ram V e Filipe Andrade combinam dois ou três artifícios para criar um mood bastante específico nessa história fenomenal sobre a morte, o luto e a condição humana.
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A página é composta em três linhas. A primeira delas, com três quadros, mostra os dois personagens centrais da cena, o corvo e Laila Starr/Deusa da Morte, que se conheceram momentos atrás. O primeiro quadro não tem texto e mostra, simplesmente, o corvo pulando no ombro de Laila (movimento simbolizado pela discreta linha de ação à esquerda no quadro). É uma imagem simples, mas levamos algum tempo na sua "leitura", absorvendo, ainda que brevemente, o movimento da ave na direção de Laila. O segundo quadro, com boa parte do texto da página, mostra o corvo propondo a Laila uma visita a um funeral. Aqui, o texto é o elemento central, e a tendência é ficarmos no quadro apenas o tempo necessário para a sua leitura: a imagem traz apenas uma sequência lógica e natural do momento anterior. O terceiro e último quadro tem em comum com o primeiro a ausência de texto, mas aqui o silêncio tem outro significado: enquanto, no primeiro quadro, o silêncio tinha a função de não tirar nossa atenção do foco da imagem -- o movimento do corvo na direção de Laila -- aqui o silêncio representa a reflexão de Laila sobre a proposta feita pelo corvo momentos atrás.
A segunda linha, também com três quadros, mostra cenas urbanas comuns ao cotidiano de qualquer cidade grande como Mumbai, onde a história se passa: alguém acompanhando o movimento da cidade enquanto espera seu pedido em um quiosque, um rapaz pegando carona em um trem, um casal de namorados contemplando o oceano Índico enquanto um cachorro de rua persegue um grupo de pássaros. A função dessas imagens é criar um clima específico, um sentimento de normalidade da vida, de poesia do cotidiano, que tem o efeito duplo de representar o tempo gasto por Laila para avaliar o convite do corvo na linha anterior, e de apresentar aos leitores diferentes aspectos da cena em questão -- não por outro motivo, Scott McCloud batizou esse tipo de transição de aspect-to-aspect em seu fundamental Understanding Comics:
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Na terceira e última linha, com apenas um quadro, temos uma Laila com uma expressão meditativa e algo resignada, aceitando o convite do corvo. É uma imagem ampla, em "widescreen", que dá uma certa grandiosidade ao momento. Até o letreiramento contribui para o ritmo: percebam o uso de dois balões, criando uma certa cadência no texto; o efeito seria totalmente diferente se as expressões "yeah" e "why not?" estivessem em um único balão. Essa bela imagem conclui uma verdadeira aula de ritmo nos quadrinhos, cortesia de Ram V e Filipe Andrade, nesta página impecável, como tantas outras de The Many Deaths of Laila Starr.
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ayumutextos · 5 months
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Fome
Joanne expirou em tom de tédio; o olhar vago fitando o vazio. Tinha acabado de consultar o relógio em seu pulso - o tempo era um cruel adversário. Aparentava ter pouco mais de quarenta anos. Estava sentada há mais tempo do que desejaria em um banco qualquer, no balcão daquele velho bar. Havia pedido - e consumido - mais doses de whisky nessa sua estada do que desejaria em todo o final de semana. O blues tocado no ambiente dava a tudo um tom ainda mais enevoado.
Entre os goles de seu scotch favorito, alternavam-se o olhar de consulta ao relógio, ao anel em seu dedo e, em seguida, novamente focado no vazio - a penumbra no canto mais distante do bar parecia convidativa.
O barman pensou tantas vezes quanto pode em puxar algum assunto, como costumava fazer com todos os clientes em sua longa carreira atrás daquele balcão, mas o olhar que alternava entre o vago e o depressivo daquela estranha o impedia de prosseguir. Nenhum dos homens ali tomara qualquer iniciativa de se aproximar - algo difícil de acreditar, dada a exuberância que se escondia atrás de toda a melancolia.
Passara horas se preparando aquela noite, maquiou-se como quem pinta uma obra de arte; escolheu dentre todos os vestidos o mais exuberante, de um tom vermelho que contrastava com sua pele extremamente branca e os cabelos negros como a noite.
Mesmo assim, ninguém se aproximava. No momento, era exatamente o que ela queria, mas o tempo era seu algoz.
Quando deixava de olhar o vazio, permitia que seus olhos passeassem pelo ambiente, de encontro aos homens que ali estavam; ela escolheria um - estava ficando sem tempo.
Joanne havia aprendido a controlar seu apetite, mas havia um limite - e ela não tinha muito tempo. A maquiagem encobria os traços desgastados que a fariam parecer uma paciente terminal; suas últimas forças seriam concentradas para a jogada que viria a seguir.
Parou seus olhos fitando os de um rapaz que aparentava ter cerca de trinta anos, vestido com um jeans tradicional, sobretudo e coturnos e que jogava dardos no canto oposto do estabelecimento. No mesmo momento, a expressão dele mudou completamente: vazio e compenetrado, não parecia mais ter controle algum sobre si. Joanne projetou um sorriso em seus lábios semicerrados - foi seu comando para que o rapaz se aproximasse - e ele veio, em linha reta, quase que deslisando em sua direção, sem tirar seus olhos dos dela.
Joanne se levantou, pesarosa pelo que estava prestes a fazer. Por mais que tivesse aprendido a se controlar, sabia que de tempos em tempos seria obrigada a fazer aquilo - e foi quando parou de mandar sinais para repelir qualquer contato e tomou a iniciativa com aquele que agora a acompanhava rumo ao ponto mais escuro do bar. A desolação em seu interior não transparecia. Pesarosa, rumou com seu parceiro através da porta que aquele canto escuro ocultava, e em uma questão de segundos, estavam ambos sozinhos em um beco escuro para o qual dava os fundos do bar.
Foram ainda mais longe, no canto mais afastado, e foi ali que Joanne se entregou: os corpos colados um no outro milimetricamente, os olhos de ambos conectados, a respiração ofegante. Predador e presa eram enfim um só. Não havia ninguém para ver o que acontecia ali, ninguém para ouvi-los. Joanne estava entregue aos seus instintos mais animais, seus olhos no dele e os lábios de ambos totalmente unidos.
O dia já era claro quando um morador de rua encontrou as roupas jogadas ali - seu dia de sorte - afinal de contas, quem jogaria fora um sobretudo daqueles, um jeans praticamente novo e o que mais chamou sua atenção: coturnos perfeitamente engraxados. Não fosse pela quantidade de poeira, que mais pareciam cinzas, aquelas roupas poderiam muito bem estar em uma loja. Revirou os arredores e não encontrou indício algum que pudesse dar alguma pista sobre as roupas. Apenas livrou-as daquela quantidade absurda de poeira e as colocou em seu carrinho improvisado com uma carcaça de geladeira, no qual estavam todos os seus pertences e com o qual fazia seu sustento.
Longe dali a mulher de pele branca e cabelos negros exibia uma vitalidade impressionante. Era a mesma mulher que vestia vermelho na noite anterior, mas agora aparentava ter dezoito anos. Apesar do vigor físico, seus olhos mostravam melancolia maior que horas antes - ela havia se entregado à fome; era inevitável.
Lembrou-se do momento em que seus olhos marcaram sua presa; no momento em que seu olhar se cruzou com o dele, o homem tornara-se um mero fantoche.
Pensou no momento em que o conduzira para fora do bar e, em seguida, para o canto mais afastado do beco - suas ações e pensamentos em um conflito impressionante; como ela queria poder deixá-lo ir, como ela gostaria de poder existir sem ceder à fome.
Lembrou-se então dos olhos dele, olhos verdes que demonstravam todo o desespero que o corpo não mostrava.
Os olhos dela, se tornaram felinos; suas presas se afiaram e os lábios foram de encontro aos dele.
E então Joanne já não tinha nenhum controle sobre si - não enquanto toda a vida daquele homem não fosse sugada.
Quando nada mais havia nele, os olhos de Joanne voltaram à forma humana e ela pode ver o que se tornara sua vítima - um corpo completamente seco. Quando ela o soltou, o pouco que sobrara do rapaz virou pó; só um amontoado de roupas e poeira jogado no chão.
Joanne olhou para o céu da noite e pediu perdão, por mais que jamais conseguisse se perdoar.
Ela seguiu então para sua casa, teria algum tempo até ser obrigada a ceder à fome novamente.
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cmechathin · 7 months
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wearin’ rose colored lenses, let’s just play pretend (celric)
Estava acostumado com as respostas curtas e grossas de Celeste ー na verdade, esse era o tipo de resposta que esperava sair de sua boca na maioria das vezes ー, então não se abalou com seu revirar de olhos impaciente, característico dos momentos em que ele a tirava do sério propositalmente. Após uma primeira resposta mais seca, porém, ela o ofereceu um pequeno sorriso. Cedric ergueu as sobrancelhas apenas ligeiramente com sua pergunta, surpreso com o retorno do assunto, mas logo esboçou uma risada ao soltar uma lufada de ar pelas narinas. Como respondê-la sem dar a entender que era um pervertido, como alguns segmentos da mídia repercutiam? Já tivera muitos amantes homens, embora não tantos quanto amantes mulheres, e como dissera mais cedo, havia perdido a conta ainda no início da juventude. Precisaria engolir todas as possibilidades de piada ou, ainda, de provocar nela o ciúmes que gostava de ver em seus olhos, algo difícil de evitar para o mago de ar. ー Já… Algumas vezes. ー Foi ameno inicialmente, considerando a falta de experiência de Celeste com mulheres, mas depois esclareceu: ー Várias vezes, na verdade. Alguns países vizinhos tinham uma visão intensamente intolerante desse tipo de relação. Esse não era o caso de Sarin, que realizava havia séculos rituais de união para casais do mesmo sexo com os mesmos ritos que casais de sexos diferentes. Contudo, entre Mechathins e Bondurants a necessidade de manter uma linha de sucessão clara trazia, consigo, a obrigatoriedade de casamentos heterossexuais. ー Mas não tenho interesse em convidar um para participar das nossas noites. ー Ele continuou, sem conseguir resistir a uma piadinha inocente. ー A não ser que você insista muito, claro.
Imaginou que a expressão de Cedric fosse parecida com a dela momentos antes, quando ele tinha perguntado a mesma coisa, só que bem menos dramática. Não ficou confuso, apenas surpreso. Ela também não ficou surpresa com a confirmação que veio logo depois, afinal, já tinha dado indícios naquela noite mesmo e sua pergunta tinha apenas o objetivo de tirar a última prova.
Ainda assim, irritava-lhe saber que teria o dobro de chances de sentir ciúmes de alguém perto dele.
Conseguiu suprimir a careta que veio quase automaticamente com o retorno ao assunto “sexo a três”. Não era uma atividade que tinha interesse em fazer, principalmente com Cedric, mas preferiu brincar de novo.
ー Nesse caso, talvez ー disse, com um sorriso malandro.
Celeste se virou para abrir o armário acima da pia e alcançar dois pratos de louça branca. Nesse momento, a campainha tocou. 
ー Ah, chegou ー a maga anunciou e deixou os pratos em cima da ilha.
Tomou seu tempo para ir até a bolsa deixada no móvel da entrada e pegar sua carteira, tirando algumas notas altas de lá. Então, destrancou a porta e depois de olhar pela câmera que se encontrava logo ao lado dela, andou e abriu o portão.
Ali se encontrava um jovem de vinte e poucos anos que parecia ligeiramente nervoso. Quando viu Celeste, ele arregalou um pouco os olhos e os desviou para o chão.
ー Vossa graça ー cumprimentou, se recompondo e voltando a olhá-la nos olhos ー Bom apetite.
ー Obrigada ー a maga sorriu para ele, pegando os pacotes de suas mãos e deixando em uma delas a gorjeta gorda.
ー Obrigado ー foi a vez dele falar.
Celeste voltou para onde Cedric a esperava rapidamente e percebeu que ele tinha tomado a iniciativa de arrumar a mesa sem ela.
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