#aula3fluxodeconsciencia
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escritacriativaunip · 4 years ago
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Aula 3 - Silas Tibiriça
Ele estava pegando o metrô para ir para o centro da cidade. "Mas como seria essa viagem?" Pensou. Começou então a pensar na vida. 
Como gostava daquele cara da aula de geografia, pensava muito nele. O que ele fazia da vida? Do que ele gostava? Qual era o sabor de sorvete preferido dele? Se ele era hétero?! Tinha certeza que sim, mas não queria perder as esperanças. A esperança de um dia estar acordando com ele, fazendo café pra ele, fazendo crescer a paixão que sentia por aquele garoto. 
Começou a pensar no que ele estava fazendo agora, será que também estava em um metrô indo para o centro da cidade? Será que ele estava dormindo? Afinal era uma tarde de domingo… 
Queria ser uma mosca para saber o que ele estava fazendo, mas logo pensou nisso, tentou tirar isso da mente. Que bobagem! Ser uma mosca só por causa de um garoto… Quem mais pensaria nisso?! 
Então pensou o que faria se estivesse com o garoto. Voltou a pensar em fazer café pra ele… será que gostava de biscoitos? Será que tomava café com leite ou café puro? Ou será que preferiria chá? Não sabia, só conseguia pensar em como gostava daquele garoto e como faria qualquer coisa que ele gostasse. 
Parou para pensar nas características físicas do garoto, seu cabelo preto e liso, seus olhos verdes, sua pele branca pintada pelo sol que deixava o nariz dele avermelhado. Suas roupas, sempre em tons neutros, seu cheiro, aquele perfume que ele usava era mesmo uma delícia… Apesar de tudo o que sentia, nunca teve coragem de falar com ele. 
Começou a pensar nisso, será que ele seria amigável? Ou não falaria muito? Será que ele seria mais sério ou brincalhão? Não sabia. Só sabia que na terça iria tentar falar com ele.
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escritacriativaunip · 4 years ago
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Aula 3 - Geovanna Maria
Devaneios no metrô
Muito obrigada, Meu Deus! Encontrei uma cadeira vazia no metrô no horário de pico. Isso é uma baita sorte milagrosa! Certo, certo, um pouco de descanso. Nina do céu, que olheiras são essas? Parece que você não pregou os olhos de noite. Talvez por trabalhar quase doze horas atendendo telefone e resolvendo problemas dos outros, né minha filha? Pena que hoje é quarta e só folgo no fim de semana. Não pegue o celular… não pegue o celular… não pegue… Três mensagens novas de duas conversas. Ah, é o chefe: cheguem 7:30 amanhã, pessoal. A empresa vai fazer uma promoção via telefone (gif de cachorro animado). Meu pai amado… Menos tempo pra descansar… Ah, é um áudio da mamãe: vai demorar, Meu Bem? O seu macarrão vai esfriar… Respondo por mensagem: não, não. Já estou em Corinthians/Itaquera,  logo eu chego em casa. Mamãe deve estar sentada na cozinha assistindo novela, enquanto olha o meu prato vazio pela milésima vez. Duda deve estar debaixo da saia dela e pedindo carinho… o metrô parou.
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escritacriativaunip · 4 years ago
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Aula 3 - Laíza Sant’Anna
Finalmente encontrei um assento vazio nesse bendito trem, eu só queria chegar logo em casa, eu definitivamente odeio ir ao centro, sempre cheio, com pessoas estranhas, suspeitas, sem falar desse odor desagradável que parece que me persegue até eu chegar em casa. Pelo menos agora posso ter uma hora de paz e descansar. Andei tanto hoje que daria para correr uma maratona se eu contasse a quilometragem. Eu queria que Jana estivesse aqui, ela adoraria passar o dia comigo. Me pergunto em como ela deve estar, quão difícil será que pode ser morar em outro país? Não conhecer ninguém e ficar solitária… Ah, mas o frio, céus, como deve ser horrível. Ainda bem que estamos na primavera aqui em São Paulo, espero que o verão chegue logo, preciso tirar férias dessa cidade, eu só queria uma água de coco agora, bem geladinha. Ou talvez eu pudesse ir acampar, aposto que minha sobrinha gostaria disso, ficar longe daquele frio todo, quando eu chegar em casa vou ligar para a minha irmã e ver se a Esthefany pode vir mesmo, tudo seria mais fácil se a Jana não fosse tão controladora. Desde a infância sempre foi assim: “Organização e preparação são a base de todo e qualquer bom dia, se não desse jeito, nada se resolve.” Eu a amo, mas meu Deus, como ela pode ser tão chata? É absurdamente mais simples e prazeroso só deixar as coisas fluírem, ver como tudo se encaixa. Organizar para que? Nem sei quem serei amanhã, na verdade, mal sei quem sou hoje. Às vezes me pergunto o que estou fazendo com a minha vida, se tudo isso tem algum sentido, mas a verdade é que tentar controlar as coisas para que elas sejam como eu quero só me torna tão perturbada quanto a mamãe era, e no que isso a levou? Tenho certeza de que foi por isso que o papai nos deixou, se nem a gente aguentava, não o culpo por partir. Só não entendo como minha irmã se tornou uma sósia da nossa mãe, eu deveria saber que isso ia acontecer, os sinais estavam ali o tempo todo. Já não importa mais, nem sei porque estou pensando sobre isso. Graças a Deus, já estou quase em casa, será que o idiota do meu marido lembrou de trancar a porta? Ou pelo menos de dar comida para o gato? Tenho que fazer tudo sozinha. Inclusive, eu preciso aproveitar o sol e lavar a roupa hoje, mas acho melhor eu descer uma estação antes e passar no mercado para comprar mistura, espero que dê tempo. Ah, a Julia reclamou de dor de cabeça ontem, tenho que passar na farmácia e acho que estamos sem pasta de dente também. Isso me lembra que faz tempo que não visito minha mãe, talvez eu lave a roupa amanhã e aproveite que estou perto da casa dela e vou vê-la. Nesse caso, vou descer agora para comprar flores para ela. — Me levanto, e saio pela porta.
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escritacriativaunip · 4 years ago
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Aula 3 - Daniela Bajluk
O doador de poesias
Eu não pretendia entregar o trabalho de física na segunda-feira da semana que vem. Enquanto me sentava ao fundo do ônibus que me levaria para  casa, pensava nas diversas poesias que meus colegas encomendaram da semana passada para cá. Caio do xadrez; Lucas, o skatista seboso e Ruan, o famosinho do terceiro.
Tentava pegar essas pequenas características de cada um e colocar nas escritas que formulava gradualmente na cabeça. Mas não fazia o mínimo de sentido, nenhum deles parecia ter nada de bom.
Eu ria sozinho, percebendo aos poucos que arranjava para mim um trabalho desnecessário. Não tinha tempo para fazer trabalhos, não saia com os amigos, ou o melhor: não tenho amigos. Não tenho tempo!
Cada precioso minuto era gasto escrevendo bobagens para que adolescentes pudessem transar. Mas admitio: era bom mesmo.
Não entendo sobre o amor, não o pratico e nem penso em pratica-lo, acho piegas, brega. Mas a poesia… ah, essa sim vale a pena investir. Faço o que eu gosto e, de quebra, ganho dez reais em cada 5 versos que escrevo.
 Tinha o lápis entre meus lábios, a cabeça deitada na janela do ônibus e encarava a folha em branco como se fosse um mártir.
Se as escritas têm um remetente, é nisso que eu devo focar.
A ficante do Caio, meio nerd e anti-social, vive se esgueirando de cabeça baixa pelos corredores, se parece com aquelas pessoas que sempre tem algo para falar, mas nunca falam. Podemos pensar nisso como uma característica forte nos nossos versos.
A remetente do Lucas, ah essa… morena, popular, uma deusa do ensino médio, saia com os caras mais bonitos e bombados do colégio, mas o Lucas ouviu dizer que ela paga um pau para as coisas que eu escrevo. Todas, na verdade, já sabem do meu trambique, mas mesmo assim gostam de receber as cartinhas e isso me dá uma certa credibilidade.
Poderia usar a sua beleza como ponto chave, ela era realmente bem bonita. Se o Lucas tinha chance? No máximo receberia um 'não'.
Ruan pretendia reconquistar a ex-namorada, o que era uma incógnita, já que ele havia traído a garota por mais de três vezes, e detalhe: todos no colégio sabiam. A nossa temática principal? Milagre. Nenhuma garota poderia ser tão burra a ponto de voltar com um cara como esse. O senhor músculo, nada tinha de especial, talvez algo dentro das calças (ouvi pelos corredores) e o cabelo maior do que o da minha mãe e mais sedoso que o da minha irmã, mas nada que realmente valesse a pena.
Parece que a única coisa que ganho escrevendo essas coisas, é dinheiro.
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escritacriativaunip · 4 years ago
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Aula 3 - Fellipe Rebouças
Um dia atarefado
Triiiiim! Triiiiim! Ok. Eu não posso me atrasar, vou fazer as coisas com calma, vai dar tudo certo. Só não posso demorar no banho. Banho… preciso trocar a resistência do chuveiro que queimou ontem, mas não sei se vai dar tempo, não posso chegar atrasado na entrevista, nem na escola. Maldita escola que nunca tem horário livre pra eu ir. Tenho que pegar aquele histórico escolar logo. Triiiim! Eu não desliguei aquele despertador ainda? Só posso estar maluca. Vou sair logo para não me atrasar e chegar na escola a tempo, sem o histórico escolar não passo na entrevista de emprego. Só preciso tomar café antes e sair. Triiiim! Ok, preciso comprar outro despertador mais tarde também, acho que depois da entrevista passo em alguma loja. Enquanto entra no ônibus, Clara lembra que seu cartão estava sem crédito e que ela devia recarrega-lo antes de sair. — Oi, moço, meu cartão ta sem crédito, só lembrei agora, posso descer pela frente? — Pode… — Responde o motorista com uma expressão de raiva Ai, que vergonha. Tá, só preciso pegar meus documentos que esqueci na casa da minha mãe. Pronto, hora de passar na escola e pegar meu histórico, de lá mesmo posso ir a pé até a empresa. Será que não estou esquecendo de algo? Acho que não. Hora da entrevista. Finalmente, acabou, hora de voltar. Cadê meu bilhete único mesmo? AH, ELE TA SEM CRÉDITO, CLARA. Vou ter que pedir carona de novo. — Licença, motoris… É o mesmo motorista, é claro que é. Vou recarregar o bilhete amanhã sem falta. Finalmente em casa! Pensa Clara aliviada. Triiiiim! AH NÃO É POSSÍVEL QUE EU ESQUECI.
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escritacriativaunip · 4 years ago
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Aula 3 - Brendha
Liberdade
Observação: Os erros gramaticais, a escolha de palavras e as repetições foram usadas para construir a personagem.
Os guardas chegam exatamente às 11 horas. O comportamento é o de sempre: algemas no pulso e nenhum piu trocado. Nós deixamos a cela e seguimos em direção à saída. 
A ansiedade pega todo o meu corpo. Como vai ser ver a vida depois de tantos anos trancada? Deitar na grama, nadar no mar, comer lanche. Mas, principalmente, como vai ser ver de novo as pessoas que eu amo? Meu Deus, eu nunca mais vi o Lucas. Será que ele cresceu muito? Tomara que ele não tenha cortado aquele cabelo enroladinho. E a Ana? Nós 'era' tão amigas e ela tinha acabado de entrar na faculdade lá. Agora ela já deve ter se formado e deve ser uma uma boa professora, ela deve tá linda… Acho que eu preciso ir ao cabeleireiro e na manicure, quem sabe até mesmo fazer um curso de maquiagem!? Sei lá, anos aqui dentro pode destruir a autoestima de qualquer um e eu sei que estou horrível. Jesus, vai ser tão difícil conseguir um emprego. Quem contrataria uma pessoa como eu? Ninguém quer trabalhar com ex presa. É triste, mas é a verdade. Será que a Maria vai me ajudar a pagar as contas no final do mês? Será que o João vai deixar que eu more em casa de novo? Eu sei que eles vieram me ver todos esses anos, mas agora é diferente, né. Será que eu ainda tenho minhas roupas ou será que a louca da Franciele jogou fora? Eu juro por Deus que se ela tiver se livrado das minhas coisas, eu acabo com a raça dela. Ou talvez não. A comida dela é muito boa. Eu sinto saudade de comer bastante, aquele temperinho delicioso de dar água na boca, hum… E beber uma cervejinha então? Nossa, eu ainda me lembro do gosto meio amargo. Sinto saudade. Mas nem tanta. Quem diria que uma maldita bebida me renderia anos no xilindró? Ninguém merece, né. Esse tempo aqui foi tão difícil, mas como será que as coisas tão lá fora? O que eu perdi? Será que eu pedi muita coisa?
O portão dos fundos, o lugar de saída, aparece em minha frente e minha cabeça se cala bem rápido. As perguntas são inúteis, elas não podem ser respondidas apenas com a força de meu pensamento, isso é bobagem. Eu terei que ir atrás das respostas sozinha. Liberdade vai cantar.
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escritacriativaunip · 4 years ago
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Aula 3 - Amanda Monteiro
Quando acordei naquele ambiente estranho, a primeira coisa que pensei foi “estou vivo”. Fui oferendadado a essas pixies, e tenho lembranças vivas de ter sido devorado por elas, mas de alguma forma, ainda estou vivo. Quanto tempo fiquei inconsciente? Impossível dizer, nem sequer sei se o tempo no mundo das fadas segue as mesmas regras do tempo no mundo dos humanos. Olhei ao meu redor e tudo o que via eram árvores e mais árvores, não era a floresta na qual fui deixado dentro daquele círculo maldito de cogumelos. Vagando pela noite, o mundo parecia diferente e igual ao mesmo tempo, uma dicotomia bizarra entre sonho e realidade. As fadas fizeram algo comigo, algo que não sei explicar e não estou disposto a descobrir. Via pequenos seres rastejando no chão e não eram insetos, o que é aquilo? Estou alucinando? Quais as chances de ter um golem me vigiando? Vamos Theo, corra! Corra como se sua vida dependesse disso, porque ela depende! Isso! Ele está ficando para trás! Tem luz ali na frente, dever ser a casa de alguém ou alguma saída desse inferno, só mais um pouco, só mais um pouquinho e… NÃO! Caí em mais um buraco, sério, outro portal!? De onde saíram tantos portais!? Calma Theo, respire, olhe em volta, procure referencias, qualquer coisa que possa te ajudar a se localizar. Ok, parece uma feira, um mercado ao ar livre frequentado por pessoas com três pares de braços, outras com apenas um olho, algumas voando… mas que por — não, vovó odiaria que você falasse palavrões. O que as pessoas estão falando? Mercado dos trolls? TROLLS? Espera, como eu entendo o que essas “coisas” falam? Eu tô muito fud — lascado. Parado no meio do caminho, não fiquei surpreso quando um ogro esbarrou em mim e fez questão de berrar para que eu não o atrapalhasse. Segui andando caçando qualquer ponto que pudesse me servir de guia, e foi assim que acabei andando no ombro de um gigante. Aparentemente ela supôs que eu era uma “criança” perdida e enfiou na sua cabeçorra que tinha que me devolver para meus pais. Olhando tudo de cima eu só conseguia pensar em como poderia sair daqui a! Não vejo saídas, não vejo humanos, sequer uma placa de direcionamento. Como eu pude me meter numa enrascada dessas? Tudo o que eu queria era um encontro com uma menina legal e não uma viagem transcendental para outra dimensão, estava bem com a minha vidinha tediosa… ESPERA UM MINUTO! Cérebro, rebobine por favor, o que foi que você disse? Mas é claro! Se eu posso entendê-los, então eles também podem me entender! — Senhora gigante, sabe como posso fazer para voltar para o mundo dos humanos? — Uma pergunta inocente e educada, o que pode dar errado? Tá? tirando com a minha cara né? droga droga eu deveria ter ficado quieto! Não acredito que sobrevivi a tudo isso para morrer pisoteado! EU NÃO SOU UMA BARATA! Alguém me ajuda.
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escritacriativaunip · 4 years ago
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Aula 3 - Janaína Ruas
Ariel
Todo sábado, naquele horário, o metrô parecia um local mais ou menos decente. Eu nunca conseguia um assento, mas pelo menos conseguia me equilibrar segurando a barra com todos os meus lados livres de pessoas. Com olhar distante enquanto ouvia música nos headphones de quinta categoria, me perguntava o motivo de ainda me prestar a frequentar as aulas de pintura. 
“Eu não sei dar profundidade às minhas obras, mas sempre fora meu sonho aprender a pintar. Atuar quando eu tinha uns 9 anos... Mas isso eu não saberia nem se fizesse aulas. E todos gostam dos meus desenhos também né... Quem sabe se eu começasse a retratar o que eu realmente gosto... Bom, eu gosto de cachorros, mas há pinturas de cachorros por todos os lugares, não seria nada original. Será que eu tenho a síndrome hipster de só valorizar coisas originais e entupidas de conceito? Aquela moça ali parece bem mais hipster que eu, chapéu e coturno, ulalá! Será que eu fico bem de chapéu? Seria legal experimentar alguns no shopping.
E se eu mudasse radicalmente meu estilo… Eu poderia- ai meu deus essa música é muito boa, vou colocar no repeat. Ai que torcicolo maldito, tenho que arrumar a postura”. 
Tirando a atenção dos meus tênis, olhei ao redor. “Esse anúncio de clínica de estética sempre aparece quando pego esse metrô. Não... não vou fazer nenhum procedimento”. Faltam duas estações, entram algumas pessoas e saem outras. “A sacola daquele moço tem bastante verdura, ele deve ser bem saudável. Márcio sempre pega no meu pé pra dar um jeito na alimentação, chato demais. Eu tinha algo pra fazer depois da aula, mas não consigo me lembrar. A alça deste sutiã está me incomodando demais, eu deveria ter colocado o que estava no varal. Hmm, pegar o presente do Hugo na segunda na joalheria e aproveitar pra passar na loja de antiguidades, ver se tem um espelho com moldura, acho que é isso que tenho de fazer. Aah, já é minha estação.”
Andando na rua doze, ao final dela ficava a escola de artes. “Essa árvore me faz lembrar da casa dos meus avós, quem sabe eu tente pintá-la. Verdade, preciso ligar para a vovó. Pelo menos uma vez na semana, mas ainda preciso lembrar. Meu irmão deveria ligar mais para nossos familiares. Uma boa bronca resolveria isso. Mas-”.
Bruscamente uma figura baixinha e veloz se projeta e puxa meu celular pelo cabo do fone. 
— Perdeu, perdeu!
A figura some na mesma velocidade em que apareceu. “Essa ruazinha próxima a escola de artes é meio perigosa mesmo. Agora não sei o que fazer, o que falar, nem o que pensar.”
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escritacriativaunip · 4 years ago
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Aula 3 - Thabata Santos
8:00. Merda, acordei atrasado!
Banho, música, "Soneto de Bach para violoncelo", n°8 ou 13°? É sempre necessário ouvir uma boa música!
Café da manhã, sem avelãs. Meias. Relógio. Fone. Carteira. Chaves... Ração pro Pompom. Oh meu Deus, mais contas nããão!
Bom dia, céu! Parece que hoje vem chuva! Ônibus. 10:30, de novo atrasado. Então vamos atender a clientela. 13:00. Almoçar. Comprar cigarros. Fumar. "Noah não veio de novo!". Que horas são agora? 14:05. Caramba! Voltar pro trabalho. Será que Ana está bem? Que chegue a hora de ir embora logo, amém.
19:00. Ir embora. Ônibus chegando, "Não vou perder!", atravessar corredor (escorregando entre pistas), "O importante é chegar vivo, e pra Ana ler poesias". Bolsa presa na catraca. Senhora brava com a filha, coitada da menina! Ouvir histórias de cobrador, pessoas cada vez mais entrando, lotação. Chegou meu ponto...
Caminhada vazia, chegar em casa. Cumprimentar Pompom. Banheiro, banho, roupa cheirosa, perfume importado. Sair de novo, bicicleta, ciclovia ainda molhada. "Amor, chegarei atrasado!"
21:07, cadê Ana...? "Ó céus, ela é tão bela!". Beijo. Mãos dadas. Chegou o momento, ela no violoncelo, e eu aqui no piano tremendo.
[Passam-se as horas]
Sorveteria, piadas, cantadas, abraços. Em casa, amor com palavras, "Te amo", ela nua na cama e eu aqui no sofá, minha sogra sempre certa, eu é quem tenho sorte de ela poder amar.
01:00. Assistir séries, graças a deus amanhã é sábado! 
Às 10:00 levar Pompom pra passear...
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escritacriativaunip · 4 years ago
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Aula 3 - Letícia Rocha
Diária pena 
Era de manhã, tudo parecia estar como normalmente, levantei para tomar um café, mas só café mesmo... Nada de pão, nada de manteiga, talvez às treze eu já tivesse fome novamente, peguei minhas malas, desci observando os degraus, eles pareciam curtos demais, não me surpreenderia se a senhora do 92 caísse rolando escada abaixo. 
Sempre foi um sacrilégio ter de pegar um ônibus no horário de pico, tanta gente com os olhos surrados saindo para trabalhar, dava para perceber quem realmente estava indo fazer algo que gostasse, eu não era diferente, sempre com os olhos caídos, o meu estômago roncava como se destruído em tanto café flutuando no meu suco gástrico, se por um acaso eu morresse cedo? Acho que ninguém iria ficar surpreso, eu sou tão descuidada, tão... tão... Me esqueci, talvez não fosse importante mesmo.
Mais uma parada, pessoas das quais provavelmente nunca mais verei acabaram de partir, me pergunto se elas poderiam em algum momento pertencer ao meu mundo? Talvez não, elas não existem para mim, e muito menos eu existo para elas, são apenas miragens passageiras, existem para dar cenário ao que tange somente os meus olhos. A Casa das Rosas do outro lado da rua, penso quando foi a última vez que passei por ali, será que ele continua o mesmo? Pedindo uma salada de batata, tomando um vinho do Porto em plena manhã? Já não importa mais. Por fim, cá estou! Sem mais comprometimentos, é a hora de fazer a festa, mais uma vez ... Vou precisar me matar para continuar a viver.
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