Você tinha que agradecer pelos amigos que te ajudaram a colocar Enzo no carro.
Apesar de não ser tão grande, bêbado ele criava uma força que sabe se lá Deus, de onde ele tirou.
Assim que chegaram em casa, deixou ele no sofá e foi pegar os tênis e a blusa dele que ficaram no carro. Quando voltou, teve uma surpresa.
Um Enzo deitado no sofá, com a cabeça no escosto do mesmo, com os bracinhos cruzados.
"Amor" Disse arrastada jogando as coisas dele na poltrona ao lado da porta "Vamos tomar um banho, vamos?" Perguntou se abaixando perto dele e acariciando o rosto dele.
Enzo olhou para você franzindo a testa, e se levantando do sofá.
"Eu..." Parou um pouco e teve um pequeno arroto para dentro "Eu...não vou parar lugar nenhum com você! Eu quero minha mulher! Cadê minha mulher?!" Ele gritou e cobriu o rosto com as mãos
Ah claro, foi esse o motivo que você precisou de ajuda para colocar ele no carro. Além de mal conseguir andar, Enzo se negava a ir com você, afinal ele "queria a namorada dele".
"Você quer se aproveitar de mim" Ele argumentou de olhando enquanto tentava se levantar "Você sabe que isso é errado? Eu estou bêbado"
Enzo se levantou e foi andando pela casa, gritando pelo seu nome
"Enzo pelo amor de Deus, para de gritar" Enquanto ele andava pelo corredor da casa aos gritos, você tentava acompanhar ele, na tentiva de fazê-lo parar com aquilo
"Você vai ver" Se virou para você e apontou um dedo "Ela vai...vai te quebrar na porrada" Riu com a maneira que ele falava, com os olhos cheios de lágrimas e pernas tortas "Ela é braba! Muito, e ela treina na academia sua aproveitadora"
Após minutos e minutos de argumentação, convenceu Enzo que "ligaria para a namorada dele", se ele tomasse banho.
Enquanto você pegava um roupa para ele, escutou a porta do banheiro ser fechada, e o trinco da porta
"Enzo?" Bateu na porta "Amor? Abre a porta caralho"
"Eu quero minha namorada!" Ele gritou com a voz de choro
Logo percebeu que seu celular vibrava. Era Enzo ligando.
Atendeu o celular, e ouviu ele dizer (ouviu tanto do banheiro, quando do celular).
"Amor? Tem uma mulher aqui em casa, ela quer meu corpo...me ajuda"
"Enzo, eu sou essa mulher"
"Então abre a porta por favor" Terminou a chamada chorando enquanto chamava por você
Bendito momento, que vocês decidiram ir naquele rolê...
Pedi um amor e ele me deu um bolo mofado.
“Eu pedi amor”, disse.
- Isso é amor.
- Mas não vai me fazer mal?
- Talvez.
Olhei e novo e percebi uma larvinha de mosca saindo da cobertura.
- Vai querer ou não? – Ele olhava a larva também.
- Não sei. – A larvinha agora afundava cada vez mais no bolo.
- Eu não vou ficar parado o dia todo aqui, sabe.
Lembrei que não sabia cozinhar e levei o bolo para a casa. Primeiro tentei tirar tudo que se movia na cobertura, mas era impossível . Me contentei em raspar o mofo, fechar os olhos e engolir uma garfada.
Vomitei.
Dormi com o estômago roncando e acordei com dor de barriga dos infernos. Não saí de casa nos próximos três dias: sem amor, não tinha vontade de tomar banho nem de escovar os cabelos. Não queria olhar o céu e nem os olhos das pessoas. No quinto dia sem amor, não quis abrir as pálpebras muito menos as janelas da casa.
Prestes a perder as forças, olhei para a mesa e resolvi tentar de novo. O estômago reclamou, mas não devolveu. O intestino resolveu não opinar. Fui dormir indigesta e ao mesmo tempo aliviada. Pela manhã, as maquiagens do banheiro voltaram a fazer sentido. As roupas no chão pediram para serem penduradas. A maçaneta da porta pedia para ser girada e eu obedeci.
A cada passo, sentia o estômago revirar, mas também sentia que estava viva. Segui na rua disfarçando uns arrotos enquanto olhava vitrines.
À noite, resolvi encarar o bolo de novo.
Ele não pareceu tão ruim quanto no dia anterior. Na verdade, olhando de lado nem dava para ver a parte feia. Segui comento o bolo, segui com o estômago revirado e mais importante: segui com vontade de entrar no ônibus e pagar minhas contas.
Até que o bolo acabou.
Preocupada, fui até ele pedir mais amor. O bolo que ele me entregou estava coberto de moscas.
- Está fedendo demais. – comentei.
- É o que eu tenho.
Não consegui colocar sobre a mesa da sala, já que atraía mais moscas. Botei dentro do forno e cortei uma fatia: o cheiro era insuportável. Tampei o nariz aproximei o garfo da boca, tentando não mastigar as moscas mortas. Sabendo que não poderia ficar sem amor e nem me livrar de todos os insetos, engoli. O estômago não roncou nem a garganta contraiu: já estavam habituados.
Quando o amor acabou, ele me entregou um prato fundo.
- Mas isso é vômito!
- Eu chamo de amor.
Entendi que era bolo vomitado e resolvi guardar na geladeira. No dia seguinte provei uma colherada antes de ir trabalhar, e, para a minha surpresa, eu já não sentia mais gosto de nada. Tomei outra
colherada à noite, pra garantir que iria ter vontade de tomar banho e sair com meus amigos.
No dia seguinte tive um pouco de febre, mas segui dando umas colheradas.
Dois dias depois, a cabeça doeu.
A febre voltou.
A garganta inchou.
Sem conseguir engolir o amor, fechei as cortinas e esperei a morte bater. Quando ouvi o som da campainha, suspirei aliviada. Mas não era ela.
Não era alguém que eu conhecesse. Tinha cabelos encaracolados e trazia um prato com uma espécie de massa branca. Leve, limpa, tinha cheiro de primavera.
- Isso não é amor. - Eu disse. -
- É amor, sim. - Parecia surpreso. -
- Não, não é. - Eu ri. -
Os olhos dele encheram de lágrimas. Antes que eu pudesse mudar de ideia, levou a torta de creme embora.
ESSE TEXTO É UM SOCO NO ESTÔMAGO E TRADUZ O QUE É RELACIONAMENTO ABUSIVO... DESCONHEÇO O AUTOR
Pedi um amor e ele me deu um bolo mofado.
“Eu pedi amor”, disse.
– Isso é amor.
– Mas não vai me fazer mal?
– Talvez.
Olhei e novo e percebi uma larvinha de mosca saindo da cobertura.
– Vai querer ou não? – Ele olhava a larva também.
– Não sei. – A larvinha agora afundava cada vez mais no bolo.
– Eu não vou ficar parado o dia todo aqui, sabe.
Lembrei que não sabia cozinhar e levei o bolo para a casa. Primeiro tentei tirar tudo que se movia na cobertura, mas era impossível . Me contentei em raspar o mofo, fechar os olhos e engolir uma garfada.
Vomitei.
Dormi com o estômago roncando e acordei com dor de barriga dos infernos. Não saí de casa nos próximos três dias: sem amor, não tinha vontade de tomar banho nem de escovar os cabelos. Não queria olhar o céu e nem os olhos das pessoas. No quinto dia sem amor, não quis abrir as pálpebras muito menos as janelas da casa.
Prestes a perder as forças, olhei para a mesa e resolvi tentar de novo. O estômago reclamou, mas não devolveu. O intestino resolveu não opinar. Fui dormir indigesta e ao mesmo tempo aliviada. Pela manhã, as maquiagens do banheiro voltaram a fazer sentido. As roupas no chão pediram para serem penduradas. A maçaneta da porta pedia para ser girada e eu obedeci.
A cada passo, sentia o estômago revirar, mas também sentia que estava viva. Segui na rua disfarçando uns arrotos enquanto olhava vitrines.
À noite, resolvi encarar o bolo de novo.
Ele não pareceu tão ruim quanto no dia anterior. Na verdade, olhando de lado nem dava para ver a parte feia. Segui comendo o bolo, segui com o estômago revirado e mais importante: segui com vontade de entrar no ônibus e pagar minhas contas.
Até que o bolo acabou.
Preocupada, fui até ele pedir mais amor. O bolo que ele me entregou estava coberto de moscas.
– Está fedendo demais. – comentei.
– É o que eu tenho.
Não consegui colocar sobre a mesa da sala, já que atraía mais moscas. Botei dentro do forno e cortei uma fatia: o cheiro era insuportável. Tampei o nariz aproximei o garfo da boca, tentando não mastigar as moscas mortas. Sabendo que não poderia ficar sem amor e nem me livrar de todos os insetos, engoli. O estômago não roncou nem a garganta contraiu: já estavam habituados.
Quando o amor acabou, ele me entregou um prato fundo.
– Mas isso é vômito!
– Eu chamo de amor.
Entendi que era bolo vomitado e resolvi guardar na geladeira. No dia seguinte provei uma colherada antes de ir trabalhar, e, para a minha surpresa, eu já não sentia mais gosto de nada. Tomei outra
colherada à noite, pra garantir que iria ter vontade de tomar banho e sair com meus amigos.
No dia seguinte tive um pouco de febre, mas segui dando umas colheradas.
Dois dias depois, a cabeça doeu.
A febre voltou.
A garganta inchou.
Sem conseguir engolir o amor, fechei as cortinas e esperei a morte bater. Quando ouvi o som da campainha, suspirei aliviada.
Mas não era ele.
Não era alguém que eu conhecesse. Tinha cabelos encaracolados e trazia um prato com uma espécie de massa branca. Leve, limpa, tinha cheiro de primavera.
– Isso não é amor. – Eu disse.
– É amor, sim. – Parecia surpreso.
– Não, não é. – Eu ri.
Os olhos dele encheram de lágrimas. Antes que eu pudesse mudar de idéia, levou a torta de creme embora.
O que você tem aceitado como amor?
O que você acredita que é amor?
Amor é limpo, inteiro, sem mofo, sem insetos.
Não aceite menos do que você merece, afinal, amor próprio também é amor!
hoje eu passei a maior vergonha na escola 😭 fui purgar na cabine do banheiro dd lá e nao consegui controlar o barulho do "arroto" quando o vômito esta subindo. oq eu nao sabia é que tinham meninas la, elas entraram na cabine do lado, uma delas SUBIU NO VASO PRA ME VER DE CIMA 😭😭😭😭😭😭 eu quis morrer vai tomar no cu serio
Guarde na boca o gosto da próxima refeição. Leve na mente o prazer do alimento, de cada sabor te oferecido, do corpo saciado, da alma nutrida.
Que a abundância da mesa te seja memória e reflexão.
Que te seja crítica.
Que a cada arroto te venha a noção da desigual selva onde vivemos. Que há quem, ao invés de arroto, sinta o estômago doer.
Que a caça não é distribuída como deveria, que essa aldeia onde habitas é de lágrimas e azias, de luxos e relentos. De flechas negadas a quem pode caçar, de alvos já carimbados com os nomes privilegiados.
Nessa aldeia, o digno pai caçador, o certeiro, lamenta.
Okê arô, Oxóssi, nosso senhor das consciências e olhos atentos.
Ela se sentou e começou a escrever sobre seus amores,queria colocar a vida em prantos limpos,de tanto que chorou, quando não era de tristeza era de alegria,abandono ou amor,vindas e partidas,parecia aquelas famílias que acham motivo só para poder fazer um churrasco,ela era pra chorar,aquele homem me fez feliz, aquele outro só me fez sorrir,hummm,esse me deixou,esse me machucou,ah esse era lindo,me fez feliz, sorrir,me deixou e me machucou,ela fez um x nesse nome,esse era tão carinhoso,na cama era melhor em levar café do que fazendo amor, esse era escroto, soltava pum e dava arroto, só de pensar que beijei tanto aquela boca,tenho até sintomas de gravidez,olha me lembro bem desse garoto, só ficamos um mês, não tem como esquecer,foi com ele a minha primeira vez,acho que posso dizer que só me usou,mas valeu a experiência,com esse não rolou nada, só sonhos e suspiros do nada,me casei com esse, três anos depois,uma filha e muita mágoa,depois tem esses três, acho que eu os usei pra dar o troco,tem o garoto do posto,foi só um amor de carnaval,agora tem esse último,que pena que não me amava tanto assim,mas escrevia belos poemas, acho que é o fim desse resumo, aí ela disse,nossa sobrou só meia linha do meu diário, tudo bem só preciso isso, dá pra escrever assim, esse último é a minha alma gêmea.
eu te amo b*limiaaaaa!!! Pq insistem em dizer que a mia é a vilã? Tudo está tão perfeito. Almocei hj e infelizmente quebrei o nf (total 108 cals), fingi tomar banho e pronto... eliminei calorias extras. Infelizmente a segunda "etapa" é mais barulhenta, sai tipo um arroto sabe? Preciso melhorar.
Há uns três meses, não consigo fazer o número dois sem ajuda extra, e curiosamente, também deixei de peidar. Às vezes, sem motivo aparente, arroto com o estômago vazio, mas não é ronco, é arroto. Que coisa.
Meus hábitos e gestos estão gastos
Enferrujados perto da exuberância da máquina pública
Oferta-se um espaço tardio frente ao caos
Quando as tempestades trovejam de dentro para fora
Deferir cartas de poemas,
Forçando a memória
Sempre ao esquecimento
Crime de pleonasmos
Toda a vala será proibida
Menos minha boca que idolatra:
Rancores, manchetes, costumes, desleixo,
Vaidade, beijos, animais, anistia e presbíteros
Especulam qual de meus amores me visitara
Pelo meu arroto enfadonho
Dançar com a morte não é um pretexto
Nesta época, teu abstrato sonho eram frutos do desgoverno
Eu empurro de volta para minhas pupilas
Todo o pranto que por descuido escorre
Eu me comovo em ensaios e possessões
Mas a culpa que gira ao meu redor me fascina
Gritos abafados pela tua arcada dentária
É só o amor científico, meu amor
Diz-me tu decentemente enquanto disseca-me
Ingenuamente atrás de pecados e sobras de Bacantes
Você pulsa como os ruídos de uma metrópole
Eu ponho-me na linha do horizonte de fechaduras
Dançando com os olhos em busca da vista de mobílias
Eu corro risco ao me inclinar ao corpo-cinismo
Dissolvendo sonhos em reconciliações
Meu desejo imerge do corpo feito noiva
Sem véus, exibe-se à mercê do entreter
Toma-me o engano quem quiser dialogar com Tânatos